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1 ----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA -------------------------- ------------------------------------- Mandato 2013-2017 ------------------------------------------- ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM DOZE DE JANEIRO DE DOIS MIL E DEZASSEIS ------------------------------------------------------------------------ --------------------------------ATA NÚMERO NOVENTA ------------------------------------- ----- Aos doze dias do mês de janeiro de dois mil e dezasseis, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, no auditório dos Serviços Sociais da CML, na Avenida Afonso Costa, nº 41, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela Excelentíssima Senhora Margarida Maria Moura Alves da Silva Almeida Saavedra, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais.------------------------------------------------ ---- Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, André Nunes de Almeida Couto, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos Alpoim Vieira Barbosa, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria Fonseca Santos Bacelar Begonha, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Davide Miguel Santos Amado, Fábio Martins de Sousa, Fernando José da Silva e Nunes da Silva, Fernando Manuel Moreno D´Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, Joaquim Maria Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rute Sofia Florêncio Lima de

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Page 1: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA --------------------------

------------------------------------- Mandato 2013-2017 -------------------------------------------

----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM DOZE DE JANEIRO DE

DOIS MIL E DEZASSEIS ------------------------------------------------------------------------ --------------------------------ATA NÚMERO NOVENTA -------------------------------------

----- Aos doze dias do mês de janeiro de dois mil e dezasseis, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo

do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e

nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo seu Regimento, reuniu a Assembleia

Municipal de Lisboa, no auditório dos Serviços Sociais da CML, na Avenida Afonso

Costa, nº 41, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente

efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta,

coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela

Excelentíssima Senhora Margarida Maria Moura Alves da Silva Almeida Saavedra,

respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. -------------------------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais. ------------------------------------------------

---- Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, André

Nunes de Almeida Couto, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da

Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino

Ferreira Fernandes da Silva, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos Alpoim Vieira

Barbosa, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino

Madeira, Cristina Maria Fonseca Santos Bacelar Begonha, Daniel da Conceição

Gonçalves da Silva, Davide Miguel Santos Amado, Fábio Martins de Sousa, Fernando

José da Silva e Nunes da Silva, Fernando Manuel Moreno D´Eça Braamcamp,

Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Alberto

Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice

Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro,

João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, João Manuel Costa de Magalhães

Pereira, Joaquim Maria Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José Luís

Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno,

José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Pedro

Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro

Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio

de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos

Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Simonetta Bianchi Aires de

Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Alexandre

Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno

Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrocínia

Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves,

Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Ricardo

Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno

Elias Gonçalves da Silva, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rute Sofia Florêncio Lima de

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Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Tiago Miguel de Albuquerque Nunes

Teixeira, Vasco Miguel Ferreira dos Santos, Lúcia Alexandra Pereira de Sousa Gomes,

Nuno Ricardo Dinis de Abreu, Miguel Martins Agrochão, Patricia Caetano Barata,

Luís Graça Gonçalves, Ricardo Filipe Barbosa Santos, Maria Margarida Matos Mota,

Marina de Jesus Penedo Figueiredo, Sandra Cristina Andrade Carvalho e Rosa

Lourenço. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: ----------------------------------

----- José António Cardoso Alves e Sandra da Graça Lourenço Paulo. -----------------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de 18

de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: ----------------------

----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Ajuda, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal

Marina de Jesus Penedo Figueiredo.----------------------- ----------------------------------------

----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um

dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal Rosa Lourenço.---

----- Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues (PS), por um dia, tendo sido substituído

pela Deputada Municipal Margarida Mota. -------------------------------------------------------

----- Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado (PSD), Presidente da Junta de

Freguesia de Santo António, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal

Deputada Municipal Ricardo Filipe Barbosa Santos.--------------------------------------------

----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro (PSD), por um dia, tendo sido

substituído pelo Deputado Municipal Luís Graça Gonçalves. ---------------------------------

----- Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves (PSD), entre os dias 6 e 28 de janeiro,

tendo sido substituído, nesta reunião, pela Deputada Municipal Patricia Caetano

Barata. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Miguel Tiago Crispim Rosado (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Nuno Ricardo Dinis de Abreu ---------------------------------------------

----- Deolinda Carvalho Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Lúcia Alexandra Pereira de Sousa Gomes -------------------------------

----- Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista (PCP), por um dia, tendo sido

substituída pelo Deputado Municipal Miguel Martins Agrochão ------------------------------

----- Mariana Rodrigues Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Cristina Andrade. ------------------------------------------------------------

----- Solicitou a suspensão do mandato o Deputado Municipal Telmo Augusto Gomes

de Noronha Correia (CDS-PP), sendo o mandato assumido pelo Deputado Municipal

João Diogo Santos Moura, durante o período compreendido entre 5 de janeiro e 31 de

março de 2016, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal, nos

termos do disposto no artigo 77.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação

dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se mantém em vigor por força do

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disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de

12 de setembro, e do art.º 7.º do Regimento da Assembleia Municipal. ----------------------

----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 30/2016, de

12 de janeiro de 2016, foram justificadas as faltas dos seguintes Deputados Municipais:

João Manuel Costa de Magalhães Pereira (PSD), Lúcia Alexandra Pereira de Sousa

Gomes (PCP), Miguel Martins Agrochão (PCP) e Hugo Alberto Cordeiro Lobo (PS) na

89ª Reunião da AML (56ª. Sessão Extraordinária) realizada em 17 de dezembro de

2015. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelo Exmº. Senhor Presidente da CML e pelos

Senhores Vereadores: Duarte Cordeiro, Manuel Salgado, Paula Marques, João Paulo

Saraiva, Catarina Albergaria Jorge Máximo e Rui Franco (em substituição de João

Afonso). ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: António Prôa,

João Pedro Gonçalves Pereira, Carlos Moura e Alexandra Duarte. ---------------------------

----- Às quinze horas e dez minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora

Presidente da Assembleia declarou aberta a reunião. ------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra fez a seguinte

intervenção inicial:------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, eu pedia que tomassem os vossos lugares. Já temos quórum

e temos que começar a sessão. Já temos o público inscrito para falar. ------------------------

----- Pedia aos Senhores Deputados que dessem as boas festas e os bons anos

discretamente, e sem perturbar o bom funcionamento da sessão porque, efetivamente,

temos que começar os nossos trabalhos.-----------------------------------------------------------

----- Lembro aos Senhores Deputados que antes de chegarmos ao ponto um da nossa

ordem de trabalhos, que é precisamente a questão das declarações políticas, os grupos

que querem intervir em matéria de declarações políticas têm de dizer à Mesa que

querem intervir senão já não os podemos aceitar. Portanto, agradeço que o façam,

rapidamente. Porque tem de ser antes de começar a sessão que têm de dar a notícia das

declarações políticas que querem fazer. -----------------------------------------------------------

----- Temos quatro inscrições para declarações políticas. O Senhor Primeiro-Secretário

vai só chamar a atenção para quem já se inscreveu para declarações políticas que é para

não virem dizer que também, queriam falar mas não se inscreveram.” -----------------------

----- O Senhor Primeiro-Secretário da Mesa Deputado Municipal Rui Paulo

Figueiredo no uso da palavra, referiu o seguinte: -----------------------------------------------

----- “Boa tarde a todas e a todos. Está aqui a agitação… --------------------------------------

----- Nós, até agora, só temos inscritos; Deputado Municipal Sobreda Antunes do

Partido Ecologista “Os Verdes”, o Deputado Municipal Carlos Barbosa do PSD,

Deputado Municipal Carlos Silva Santos do PCP e o Deputado Municipal João

Pinheiro do PS. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- E toca o telefone do BE.” ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Senhores Deputados, são estas as declarações políticas que iremos ter. Nós temos,

também, um pedido de palavra do deputado Nunes da Silva para falar ao abrigo da

disposição regimental que permite a todos os Deputados, uma vez por ano, utilizarem

cinco minutos do tempo da assembleia para intervirem sobre o assunto que quiserem.

O Senhor Deputado evocou esse artigo, e portanto, quando terminarem as declarações

políticas o Senhor Deputado Nunes da Silva terá o uso da palavra pelos cinco minutos

regimentais. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos, então, dar início aos nossos trabalhos, formalmente. ----------------------------

----- Em primeiro lugar, queria desejar a todos os Senhores Deputados, Senhoras

Deputadas e pessoas presentes, um bom 2016. --------------------------------------------------

----- Queria pedir desculpa, mais uma vez, sobretudo às pessoas do público pelas

condições um pouco apertadas e difíceis em que realizamos os nossos trabalhos. As

nossas obras estão a decorrer no Fórum Lisboa que nós pensamos que terminem até ao

final do mês de janeiro, o mais tardar princípio de fevereiro. Dia nove de fevereiro é

dia de carnaval, não teremos sessão, portanto, eu penso que a seguir ao carnaval já

poderemos retomar os nossos trabalhos na nossa sala. E, entretanto, trabalhamos aqui. ---

----- Temos inscritas cinco pessoas. Uma das pessoas que estava inscrita, a Senhora

Isabel Maria Geraldes Catarino Rocha Pereira, teve um problema de saúde de um

familiar e teve que se ausentar, deixou uma carta que a Mesa naturalmente fará chegar

cópia a todos para conhecimento, porque estava inscrita e tinha o direito de usar da

palavra. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Sendo assim temos quatro inscritos. A Senhora Ana Maria Vieira Isidro é a

primeira e vem falar de um problema de habitação. -------------------------------------------

----- Enquanto se dirige ao púlpito eu lembro a Senhora Ana Maria que tem 3 minutos

para fazer a sua intervenção, depois quando estiver a chegar ao final do seu tempo eu

chamo a atenção para poder terminar e seja bem-vinda.” -------------------------------------

----------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, residente em Rua Vasco Mendonça Alves

n.º9 - R/C, 1900-434, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------

----- “Boa tarde, eu sou a Ana Maria Vieira Isidro. -------------------------------------------

----- É o seguinte, eu estou a ser vítima de mexerem na minha identidade. ----------------

----- Eu pedi casa em 2010, apagam-me, baixam-me, fui dada como brasileira que

morava há menos de 3 anos em Lisboa. Eu sou aqui da Picheleira, sou do Beato e

estão a fazer uma grande maldade que eu nem nunca conheço o Brasil, não é. Com o

meu nome, não pode haver contribuintes iguais do bilhete de identidade, acho eu. -----

----- E é isto, apagam-me a casa, baixam-me os coupons, da outra vez em Dezembro

pedi outra vez e eu estou em risco de vir para a rua porque eu pedi um T1 para mim,

desde 2010 que isto dura, ainda tinha um netinho pequeno. É o seguinte, é isto. --------

----- Com o meu bilhete de identidade estão a fazer isto, como brasileira. Eu nem

conheço o Brasil. Pagam-me, morava há menos de 3 anos em Lisboa, eu sempre morei

aqui, já fui provar à Freguesia do Beato, apresentar as declarações não é, como

sempre morei aqui em Lisboa. --------------------------------------------------------------------

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----- Não sei o que se está a passar. Eu estou em risco de ficar também sem casa, é

assim, é tudo.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, inquiriu à

Munícipe: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Dona Ana Maria, tanto quanto eu percebi há um problema com o seu bilhete de

identidade. Foi usurpado por outra pessoa?” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, fez a seguinte intervenção: ------------------

----- “Nunca me desapareceu. Nunca desapareceu o bilhete, tive sempre, nunca tive

esses problemas.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Pois, ultrapassa um bocadinho aqui a Assembleia Municipal, uma vez que a

questão da emissão dos cartões de identificação é uma competência do serviço de

pessoas coletivas, do serviço de registo, não sei agora dizer exatamente a entidade, mas

é uma competência do Estado. --------------------------------------------------------------------

----- Eu o que sugeria…Senhores Vereadores, Senhores Vereadores desculpem, mas

perturba-me a vossa conversa aqui. Senhores Vereadores eu estou a falar com a cidadã

e agradeço que não…pronto. ----------------------------------------------------------------------

----- Senhora Ana Maria a única coisa que eu posso pedir, vou pedir eventualmente a

um dos meus assessores, ao Doutor Pedro Tito Morais, para lhe explicar exatamente

porque penso que não percebemos bem o teor do seu problema. Para explicar com mais

detalhe o que é que se passou e depois veremos se podemos fazer alguma coisa ou não.

----- Muito obrigado. O Senhor Pedro Tito Morais está-lhe a fazer sinal ali da porta, vai

falar com ele, vai explicar isso mais detalhadamente para nós percebermos o que é que

se passa e para vermos como é que podemos encaminhar. -----------------------------------

----- Muito obrigado. -------------------------------------------------------------------------------

----- A segunda pessoa inscrita é a Senhora Isabel Pereira, como eu disse não está,

deixou uma carta por razões de saúde que houve um acidente com um dos filhos teve

que sair imediatamente, mas vamos dar seguimento através da carta que deixou. --------

----- A terceira pessoa inscrita é o Senhor José Santos Lopes. -------------------------------

----- Já não é a primeira vez que cá vem, várias vezes veio cá já levantar o problema,

mas vem cá novamente hoje com sacrifício pessoal, como estamos todos a ver, porque

naturalmente este incómodo de vir aqui tantas vezes existe e a questão que se coloca, já

veio aqui colocar. A última vez que colocou foi em Novembro do ano passado e é por

causa de uma oficina que está nas traseiras da sua residência. -------------------------------

----- A Mesa ainda não tem respostas da Câmara, portanto, pedia ao Senhor José Lopes

para fazer o favor com toda a sua paciência de repetir aquilo que já nos disse para nós

insistirmos junto da Câmara para uma reposta.” -----------------------------------------------

----- O Senhor José Santos Lopes, residente em Rua dos Balsares de Baixo, nr.º19 -

R/C esq., 1750-037 Lisboa, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Arquiteta, é o seguinte, eu hoje terei pouco, queria realçar só

o que me traz aqui pela terceira vez. -------------------------------------------------------------

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----- Consigo mais uma vez não ter sossego na minha residência. Não sei o que é que

se passa, isto dura há 3 anos. Isto é um dilema em que intervém a Polícia da Câmara,

a 41ª Esquadra, a 3ª Divisão e o Comando Geral. --------------------------------------------

----- É uma oficina que está aparentemente legalizada num espaço clandestino, uma

oficina que usava até mudanças de óleo, que acabaram com essa situação. --------------

----- Tenho agora um processo na ASAE, faz de oficina no passeio, corre o óleo em

frente à garagem, mas não me deixam descansar, não me deixam dormir, funcionava

até às duas horas da manhã, fecha agora, por intermédio de não sei de quem, os

portões às sete horas da tarde. Funciona ainda agora no Domingo, funcionava no

Sábado até às cinco horas da tarde, liguei para a polícia e disse, vá dormir, vá

descansar, isto às quatro horas e cinquenta e cinco minutos. Portanto, o guarda que

atendeu o telefone não se quis identificar, eu disse que vinha expor na Assembleia

Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, o Senhor Arquiteto Rui, a Arquiteta Célia, têm conhecimento deste

assunto de há 3 anos a esta parte. A minha advogada pôs desde me deitarem o muro

abaixo, não consigo vedar o muro com licenças, plantas. ------------------------------------

----- Denunciei uma venda…uma ocupação de um terreno da Câmara, pago 360 euros

de IMI do terreno que comprei à Câmara no tempo do Presidente João Soares, pago

360 euros de IMI, o meu vizinho fez uma escritura de usucapião, paga 25 euros de IMI

com uma oficina clandestina de alumínios de um lado do outro lado é uma oficina

clandestina. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- É uma injustiça, é terrorismo puro dentro das entidades da Câmara Municipal de

Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- É a terceira vez que venho aqui. Ontem pensei não poder vir porque estava

paralisado do movimento das pernas. -----------------------------------------------------------

----- Ainda se riem. ---------------------------------------------------------------------------------

----- O polícia disse ‘o Senhor não tem ninguém por você’, portanto, há uma

conivência entre as autoridades. Isto a Polícia da Câmara, desde o Subcomissário da

Polícia que já saiu. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Não sei como é que hei de resolver esta situação, peço clemencia, peço que me

auxiliem nesta situação onde que eu tenha que usar outro sistema.” -----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor José. ---------------------------------------------------------------

----- Penso que mais do que clemência o Senhor José o que tem direito é a justiça e

sossego. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu já consegui apurar alguma coisa. Efetivamente a questão do usucapião foi-me

referida numa informação que acabo de receber da câmara, que haverá, que terá sido

registada essa tal oficina por usucapião, mas o usucapião não dá direito a exercício

ilegal de atividades com incómodo para os vizinhos, nomeadamente em termos de

ruído e de prodição de produtos eventualmente tóxicos. --------------------------------------

----- Portanto, eu penso que têm-se estado a ver a questão só do lado urbanístico, se há

ou não legitimidade de ocupação do terreno e não do lado da atividade em si que está

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lá a exercer-se, e isso depois tem consequências também em termos de IMI, no

processamento do IMI. -----------------------------------------------------------------------------

----- Naturalmente a Mesa vai agora estudar melhor este caso com os dados que o

Senhor José aqui trouxe e com as informações que já tenho. Iremos interpelar

sobretudo a questão do ruído e do desassossego que isto constitui para si, porque os

cidadãos têm direito e há legislação em Portugal sobre essa matéria, têm direito ao

sossego. As pessoas não podem produzir ruídos acima de um determinado nível fora de

determinadas horas e, portanto, isto está mal, está mal o que está a acontecer consigo e

a Assembleia Municipal vai procurar, a Mesa vai procurar ver que diligencias é que

pode fazer para resolver o seu problema. E desejar-lhe que finalmente isto se consiga

resolver para que o Senhor possa ter um pouco mais de sossego do que aquele que tem

neste momento. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhor José e por ter que cá vir três vezes para pôr uma questão

tão básica e que nós ainda não conseguimos resolver. ----------------------------------------

----- Muito obrigado. -------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar a palavra à Senhora Ana Sofia Correia. ----------------------------------

----- É um problema de um espaço educativo no Restelo e a Senhora Ana Sofia vai

apresentar a questão. -------------------------------------------------------------------------------

----- Há duas pessoas inscritas sobre este problema, a Senhora Ana Sofia e estava

também inscrita a Senhora Ana Maria do Carmo Almeida que pede para ser substituída

pelo esposo que falará a seguir.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Sofia Correia, residente em Rua Voz do Operário n.º13, 1100-

620 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------

----- “Boa tarde a todos. ---------------------------------------------------------------------------

----- Eu trago uma intervenção escrita.----------------------------------------------------------

----- Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------

----- Senhoras e Senhores Vereadores e Senhores Deputados. ------------------------------

----- Estou em representação da Voz do Operário, como já foi dito, estão também cá

trabalhadores da nossa instituição e representantes dos encarregados de educação do

espaço educativo do Restelo. ----------------------------------------------------------------------

----- O assunto que motiva esta intervenção refere-se à gestão do equipamento social

de Creche e Pré-escolar da Rua do Alcolena, no Restelo, atribuído à Voz do Operário

desde 14 de Setembro de 2010. Aliás, a Senhora Presidente da Assembleia Municipal

recordar-se-á com certeza, tendo em conta as responsabilidades que assumia na

altura na CML e cuja assinatura do protocolo foi motivo de satisfação e regozijo para

ambas as partes. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Para além dos apoios necessários ao arranque do equipamento, o protocolo

estabeleceu que a CML transferiria para a Voz do Operário um valor de apoio às

famílias igual ao praticado pela Segurança Social, o qual se manteria enquanto esse

apoio não puder transitar para a Segurança Social. ------------------------------------------

----- A CML liquidou naqueles moldes, as verbas relativas aos anos letivos de

2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013, estando em dívida os valores relativos aos anos

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letivos de 2013/2014 e 2014/2015, apesar de todos os esforços por nós desenvolvidos

para que a CML procedesse ao seu ressarcimento. -------------------------------------------

----- Após várias audiências e reuniões a situação continua por resolver. ----------------

----- A CML não só contínua em dívida para com a Voz do Operário em mais de 340

mil euros, cerca de 170 mil por cada ano letivo, como ao mesmo tempo a única

resposta que obtivemos refere-se à pretensão de continuar com o protocolo de gestão,

mas alterando de forma substancial e de forma retroativa as contrapartidas

acordadas. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta proposta é inqualificável e representa uma redução da contrapartida do

Município para menos de metade, procurando a Autarquia, retroativamente ainda por

cima, não pagar aquilo que deve e que foi acordado. -----------------------------------------

----- Foi o empenho e esforço dos trabalhadores e equipas técnicas da Voz do

Operário que permitiram abrir este equipamento com os prazos tão apertados. São

estas mesmas pessoas que diariamente contribuem para o ambiente que se vive e para

a qualidade do trabalho que se desenvolve, como comprova a satisfação dos pais e

encarregados de educação e o facto de ano para não as vagas estarem completamente

preenchidas, existindo lista de espera. É com esse empenho que nos mostramos

disponíveis para continuar com o protocolo no futuro de forma equilibrada e justa. ----

----- É impossível e injusto que uma instituição como a Voz do Operário, que sempre

fez por cumprir com todos os compromissos que assume com a Autarquia e,

principalmente, com a população de Lisboa, continuar a suportar uma situação deste

tipo. Tivemos já, inclusivamente, que recorrer a empréstimos e a créditos para fazer às

despesas e obrigações com trabalhadores e fornecedores. Esta situação é

incomportável, assim como é a dúvida dos trabalhadores quanto aos seus postos de

trabalho e dos pais quanto à escola dos seus filhos. É urgente darmos respostas, não

podemos permitir que estes trabalhadores e pais cheguem novamente ao final do ano

letivo sem saber como vai ser o seu futuro, sem saber como vai ser o futuro das suas

crianças. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ainda há poucas semanas tive oportunidade de ouvir o Senhor Presidente da

Câmara valorizar o esforço e empenho das associações, das coletividades, das IPSS’s,

não só de Lisboa, mas de todo o País. Da riqueza da sua atividade, da profundidade e

importância do seu contributo para a cidade. --------------------------------------------------

----- Num tempo em que muitas vezes somos obrigados a substituir aquelas que são as

responsabilidades do Governo e do Estado Central para satisfazer as necessidades

mais básicas das populações, como são as creches, é fundamental exigir respostas e

que os compromissos assumidos sejam respeitados e cumpridos. Só assim se pode,

efetivamente, respeitar e dignificar o trabalho desenvolvido por estas instituições. -----

----- Assim, apelo a todos os presentes e, em particular, aos Senhores Deputados

eleitos para que tenham em atenção esta situação e façam o que estiver ao vosso

alcance no sentido de podermos ver esta situação resolvida com a celeridade que se

impõe, de modo a rapidamente a CML assumir os compromissos necessários, podendo

a Voz do Operário dar garantias junto dos encarregados de educação do

prosseguimento da nossa atividade neste equipamento, situação que dos ecos de

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solidariedade que ouvimos por parte dos mesmos, pensamos ser a pretendida por

todos. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Obrigado pela vossa atenção.” -------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- O público em princípio não deve poder manifestar-se, evidentemente, que é

solidariedade evidente, mas não há problema, vamos prosseguir e pedia que na

próxima intervenção não se manifestem porque as regras são essas, só os Deputados

nestas sessões podem aplaudir ou fazer outra coisa qualquer. -------------------------------

----- O Senhor Bruno Noronha é isso? -----------------------------------------------------------

----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Bruno Noronha, residente em Calçada da Ajuda, nr.º154 - 1º esq.,

1300-017 Lisboa, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------

----- “Boa tarde a todos. ---------------------------------------------------------------------------

----- Agradeço o tempo que me deram para convosco e dar-vos conhecimento do

ponto-de-vista do encarregado de educação de uma criança que está na Voz do

Operário. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Confesso que houve alguma informação que eu desconhecia, como empréstimos e

afins, que são feitos para pagar os ordenados dos professores que tomam conta da

minha filha e que, em parte, me ajudam a educá-la. ------------------------------------------

----- E o que eu gostava de lhes passar é a importância que aquela escola tem para os

pais, a qualidade daquela escola que, quem não conhece convido a visitar porque vale

a pena visitar, é uma escola inacreditavelmente feliz. ----------------------------------------

----- A minha filha tem 3 anos e adora aquela escola e, eu gostava que este tema

realmente fosse resolvido, gostava que não estivesse como tive este ano no princípio

do ano, uma abordagem por parte da escola de possivelmente ter que fechar por não

ter condições de continuar, por falta de compromisso e falta de respeitar os

compromisso da Câmara. -------------------------------------------------------------------------

----- Foi feio, foi chato, o tema continua, agora no final do ano, no Natal, foi abordado

outra vez o tema. Eu pensei que estivesse resolvido porque me parece um tema de fácil

resolução, acho que se há um compromisso tem que ser respeitado, envolve crianças,

acho que tem uma importância que deverá ser priorizada por envolver crianças, no

entanto vejo que a situação é a mesma. ---------------------------------------------------------

----- Eu peço a quem de direito e quem possa realmente fazer qualquer coisa para

resolver este tema e, não deixar os pais numa angústia grande que é, o que é que eu

vou fazer ao meu filho e à minha filha. Que o façam, que se cheguem à frente porque é

quem pode e isto tem uma importância muito grande para várias centenas de pais e

largas dezenas de crianças. -----------------------------------------------------------------------

----- Por isso, a todos agradeço, espero que realmente este tema fique resolvido o mais

breve possível. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Ficaram registadas as vossas intervenções. A Mesa neste momento não tem

condições de vos responder de imediato, mas tomaremos nota do que foi dito e iremos

ver com a Câmara, nomeadamente, com a nova Vereadora que está com esta

responsabilidade o que é que podemos responder. ---------------------------------------------

----- Vamos prosseguir, então, os nossos trabalhos, e antes de começarmos o Período

da Ordem do Dia, a Mesa informa que o Senhor Deputado Municipal Telmo Correia

que pediu suspensão de mandato pelo período de tempo compreendido entre cinco de

janeiro e trinta e um de março, sendo a vaga preenchida pelo cidadão João Diogo

Santos Moura, nos termos do disposto na lei, verificada a respetiva identidade e

legitimidade da substituição, operou-se de imediato, podendo iniciar o exercício de

funções como membro efetivo desta Assembleia, o Senhor Deputado Diogo Moura de

acordo com o previsto na legislação. -------------------------------------------------------------

----- Portanto, estando ultrapassada esta questão, vamos dar início às declarações

políticas.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------PERÍODO DA ORDEM DO DIA -----------------------------

----- PONTO 1 – DECLARAÇÕES POLÍTICAS AO ABRIGO DO ARTIGO 40º.

DO REGIMENTO; GRELHA J, LIMITE MÁXIMO 280 MINUTOS; -

INTERVENÇÕES. – VOTAÇÕES; -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Primeiro-Secretário da Mesa Deputado Municipal Rui Paulo

Figueiredo no uso da palavra, referiu o seguinte: -----------------------------------------------

----- “Nós temos até agora, inscritos, e recordar aquilo que a Senhora Presidente da

Assembleia Municipal já disse, que é até este momento que se podem inscrever para

fazer as declarações políticas, e não posteriormente. -------------------------------------------

----- Temos inscritos o Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes do Partido

Ecologista “Os Verdes”, o Deputado Municipal Carlos Barbosa do PSD, Deputado

Municipal Carlos Silva Santos do PCP e o Deputado Municipal João Pinheiro do PS,

Cristina Andrade do BE, e após a inscrição dos partidos, o Senhor Deputado

Independente Fernando Nunes da Silva -----------------------------------------------------------

----- Se houver mais algum pedido de inscrição, é agora, pois, posteriormente, já não é

regimental. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não havendo, julgo que podemos começar.” -----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, lembrara o formato da sessão. -------------------------------------

----- Os Senhores Deputados de cada Grupo Municipal, ou o conjunto dos

Independentes, têm oito minutos para fazer a declaração política. Segue-se um período

de quinze minutos em que qualquer um dos outros grupos pode fazer perguntas ou

considerações sobre aquilo que foi dito, e depois há um período de quatro minutos para

encerrar cada declaração política. ------------------------------------------------------------------

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----- Peço para obedecerem a este formato que é o que está definido no nosso

regimento e, portanto, se não houver perguntas ou pedidos de esclarecimentos, é

apenas os oito minutos que cada grupo dispõe e, mais nada.” ---------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) fez a seguinte

Declaração Política: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde Senhora Presidente, restantes Membros da Mesa, Senhor

Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, Público, Jornalistas e

Funcionários, bom ano, em primeiro lugar, e bons trabalhos para todos. --------------------

----- “Os Verdes” trazem hoje a esta Assembleia a candente questão da Soberania

Alimentar, pois se um Estado não pugnar pela sua soberania alimentar, também não

consegue sequer assegurar nem a segurança alimentar, nem um combate eficaz ao

desperdício alimentar. --------------------------------------------------------------------------------

----- O conceito de soberania alimentar representa o direito de cada País ou Região a

poder escolher e aplicar o seu ou os seus próprios tipos ou modelos agrícolas, de forma

a melhor servirem as suas próprias necessidades agroalimentares, em respeito pelos

seus recursos e produções locais/regionais. -------------------------------------------------------

----- Por seu turno, soberania e segurança alimentares implicam o direito e a

consequência prática à produção de bens agroalimentares a um nível produtivo e de

aprovisionamento de pelo menos 2/3 das necessidades agroalimentares de cada País. ----

----- É neste contexto que “Soberania e Segurança Alimentares” se podem

vantajosamente associar e sintetizar no conceito de “Produzir e consumir local”, em

suma, no direito a produzir para suprir parte substancial das necessidades

agroalimentares de um País ou Região com produtos acessíveis e de melhor qualidade

alimentar, promovendo o emprego e o desenvolvimento interno. -----------------------------

----- Todavia, o nosso País vem-se defrontando com um défice na balança de

pagamentos agroalimentar que coloca os portugueses na dependência alimentar de

muitos produtos importados, um pouco de todo o lado e sem um controlo higieno-

sanitário eficaz. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Se Portugal não salvaguardar convenientemente parte significativa da sua

soberania alimentar, se não combater o ilusório critério de ser mais barato importar

produtos prontos a consumir do que produzi-los internamente, também dificilmente

conseguirá ser eficaz na garantia da segurança alimentar e no combate ao desperdício

alimentar. Por isso, a soberania alimentar deve ser sustentável, ou seja, ser uma causa

do presente e do futuro do nosso País. -------------------------------------------------------------

----- De facto, a soberania alimentar representa a garantia do direito de todos ao acesso

a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente, com base

em práticas alimentares saudáveis e sem comprometer o acesso a outras necessidades

essenciais, como o sistema alimentar futuro, devendo por isso realizar-se em bases

sustentáveis. Neste sentido, qualquer País deve procurar a sua soberania alimentar para

assegurar a sua própria segurança alimentar, respeitando as características culturais de

cada povo, manifestadas na produção, no consumo e no ato de se alimentar. É, por

isso, uma responsabilidade dos Estados nacionais assegurar este princípio básico da

economia. ----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Neste contexto, como proteger então a produção e a soberania alimentar

nacionais? Garantindo o direito a produzir internamente através da definição de

políticas agrícolas, marítimas e alimentares nacionais, de acordo com as

potencialidades e as necessidades prioritárias do País. Ora, importar os produtos

necessários à nossa alimentação obriga cada família a despender no estrangeiro uma

verba avultada (mais de 2 mil € por ano), com um peso significativo sobre o deficit

comercial. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Nos últimos anos tem-se prestado mais atenção à segurança alimentar, dado que

todas as pessoas no mundo procuram ter direito a uma alimentação suficiente para

viver com dignidade, o que, todos sabemos, ainda não acontece. Poderá não estar em

causa a qualidade social e ambiental da alimentação, mas antes a sua quantidade e

qualidade sanitária. -----------------------------------------------------------------------------------

----- A soberania alimentar coloca, em primeiro lugar, o direito efetivo a uma

alimentação saudável e respeitadora do ambiente para todas as pessoas, não deixando

em último lugar aqueles que cultivam os produtos com os quais a comida é depois

confecionada. Em segundo lugar, deve ser tido em conta que a super-produção conduz,

em última instância, ao inevitável desperdício alimentar. Daí que, para concretizar esse

desiderato, seja preciso manter o controlo sobre os recursos naturais que são bens

públicos, como a água, mas também uma gestão eficaz dos solos e das sementes. ---------

----- Na perspetiva da soberania alimentar, a defesa da biodiversidade é fundamental e

exige uma ação determinada, já que se perdem diariamente centenas de espécies vivas

em todo o mundo, como consequência do modelo de produção e consumo atuais. Neste

âmbito, inserem-se a utilização e a recriação das tradições agrícolas e gastronómicas

locais. Passa também pelo respeito pelos produtores/as, pela saúde dos consumidores,

pelo ambiente e pela sua boa gestão, dando prioridade ao consumo de produtos locais e

de época, reconhecendo a responsabilidade dos agricultores, a dispensa do uso de

conservantes e outros aditivos e evitando o gasto energético e despesas desnecessárias

com o transporte de mercadorias a longa distância. ---------------------------------------------

----- Sérias ameaças ao direito à alimentação, à saúde pública, às plantações endógenas

e biológicas e à biodiversidade são, por exemplo, o açambarcamento de terras, a

estagnação de cultivos, o desenvolvimento e comercialização dos OGM, que têm por

base o patenteamento e controlo privado de sementes artificialmente concebidas e o

cultivo de agrocombustíveis, só rentável em larga escala, que ocupa terrenos essenciais

à produção de bens alimentares seguros, que prejudica o ambiente e, ainda por cima,

não obtém os resultados necessários na substituição dos combustíveis fósseis. -------------

----- É preciso criar condições para não ceder às enormes e constantes pressões das

grandes multinacionais e das indústrias agroalimentares estrangeiras, que baseiam a

sua atividade no latifúndio, na monocultura, na exploração dos trabalhadores, na

desregulação do trabalho e no uso indevido da tecnologia. -------------------------------------

----- “Os Verdes” consideram que o acompanhamento das políticas públicas, o

conhecimento das práticas produtivas e de comercialização, e a reivindicação da

soberania alimentar, fazem parte das próprias condições de segurança e combate ao

desperdício alimentar. --------------------------------------------------------------------------------

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----- Daí que, contrapondo ao Acordo Bilateral de Comércio Livre, também

denominado por Tratado Transatlântico, “Os Verdes” recomendam a esta Assembleia

que se pronuncie favoravelmente em defesa da soberania e segurança alimentares. -------

----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, fez a seguinte pergunta: -

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------

----- A Mesa pergunta se há algum Senhor Deputado que queira usar da palavra em

relação àquilo que foi expresso pelo Senhor Deputado Sobreda Antunes? ------------------

----- Não havendo pedidos de palavra, vamos passar à declaração politica seguinte.” -----

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Barbosa (PSD) fez a seguinte

Declaração Política: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde Senhora Presidente, Senhor Presidente da Câmara, Senhores

Vereadores, Senhores Deputados. ------------------------------------------------------------------

----- E venho, aqui, falar sobre a 2ª Circular, como podem calcular. --------------------------

----- Em 2012, o PDM fez sete estudos técnicos para determinar o PDM, de 2012. No

estudo de mobilidade e de tráfego, em 2012, não foi feito nenhuma intervenção no

sentido da requalificação da 2ª Circular, ou seja, não houve, rigorosamente, nada

previsto para que houvesse uma intervenção, na 2ª Circular. ----------------------------------

----- Por outro lado, o Presidente Fernando Medina afirmou, já, em vários sítios e

inclusivamente, hoje, na TSF, de que na Câmara Municipal de Lisboa havia vários

estudos sobre a 2ª Circular. São totalmente desconhecidos, pelo que gostava de saber

onde é que os posso ver, onde a qualquer um de nós deputados pode ter acesso a eles

que são completamente desconhecidos, inclusivamente, dentro da própria Câmara

Municipal de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------

----- A terceira coisa que eu gostava de dizer é que esta obra na 2ª Circular, não afeta

apenas a Cidade de Lisboa, afeta toda a Área Metropolitana, afeta Loures, afeta Sintra

e Vila Franca. É uma via de interesse metropolitano e até agora, não sei se já falaram

com algumas das Câmaras perto de Lisboa, se já houve conversa com Área

Metropolitana de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente disse, hoje, uma coisa extraordinária que foi que houve 55

mortos. Consultando, hoje, a ANSR houve apenas 5, no período em que ele falou 55,

portanto, gostava de saber onde é que o Senhor Presidente foi buscar mais 50 mortos,

em 3 anos, na 2ª Circular. ----------------------------------------------------------------------------

----- Nos dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, hoje, de manhã,

apenas houve 5 mortos, em 3 anos, não contando com o último ano. ------------------------

----- No concurso público que o Vereador Manuel Salgado fala na maior

sustentabilidade ambiental. Ora bem, como sabem, no próprio projeto da Câmara a

árvore que vai ter em maior número naquela coisa, chama-se Lodão Bastardo Celtis

Australis que é uma árvore que pode atingir 25 a 30 metros de altura, de folha caduca,

cujos frutos são bagas são comestíveis, portanto, altamente bons para os pássaros. Com

a queda da folha cobre-se a faixa de rodagem, de folhagem morta, e portanto, vai

obviamente, perturbar a segurança da própria estrada, já não falo, obviamente que, para

aliviar o entupimento das sarjetas a partir de Setembro, quando começarem as uvas, a

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via será ocupada pelos homens e pelos aspiradores para recolherem essas folhas com

frequentes obstáculos na via mais à esquerda, como é evidente, ou mais à direita,

conforme forem feitas as obras de escoamento que não se sabe, ainda bem, onde é que

vão ser. Depois, aliás, o próprio Francisco Ferreira, da Quercus, hoje, afirmou que

efetivamente, não era as árvores, os milhares de árvores que vão ser colocadas, que vão

eliminar a poluição naquela via de tráfego. -------------------------------------------------------

----- Eu gostava de saber uma das coisas, também, que era as vias não vão ser

alteradas, mas vão ser extremamente reduzidas e, portanto, conforme está no próprio

estudo, eu gostava de saber numa via onde passam milhares de pesados, diariamente,

como é que vão conseguir conciliar os carros com os pesados e, neste caso, na faixa da

direita que é as faixas de saídas mesmo para os cruzamentos que vão ser reduzidos? -----

----- Outra coisa que gostava de perguntar como é que vão conviver árvores deste

tamanho com as luzes que vão pôr novas e, portanto, gostava também de perceber

como é que isso vai conviver? ---------------------------------------------------------------------

----- Para dar aqui um erro muito grande da Câmara no que diz respeito à segurança, é

que não é baixando a velocidade de 80 quilómetros para 60 quilómetros hora, que se

reduzem os acidentes. Os acidentes podem ter acidentes mortais a 30 quilómetros à

hora 60 40 ou 30, portanto, é uma falsa questão de que baixar para 60 se podem reduzir

acidentes. Por outro lado, esta Vereação que já faziam alguns membros parte da

anterior Vereação, e que fizeram parte da Comissão de Radares e que há 5 anos estão

para serem instalados na 2ª Circular, dois radares para manter a estabilidade da

velocidade, seja ela de 80, seja ela de 60. E até agora, nada foi feito. -----------------------

----- Por outro lado, também gostava de saber, e para terminar, porque é que, em vez de

estarmos a gastar dinheiro como, aliás, lembro-me o Deputado Sá Fernandes, que hoje

não está cá, aquando o Túnel do Marquês fez uma pergunta que o dinheiro faz falta

para muita coisa mais urgente e, porque é que iam fazer o Túnel do Marquês. Eu faço a

mesma pergunta agora, como é que, por exemplo, não acabaram, ainda, a Circular das

Colinas que é tão importante para a Cidade de Lisboa, e que começa na Infante Santo,

Pascoal Melo, Mouzinho de Albuquerque, e a terminar em Santa Apolónia? Portanto,

porque é que não gastamos esse dinheiro noutras coisas mais prioritárias do que uma

via de que vai ser um conflito muito grande que os automobilistas, não vai resolver o

problema do trânsito ali, não vai resolver o problema da sinistralidade e, sobretudo é

um projeto que eu não direi que é faraónico, porque não é, mas é um projeto que vai

essencialmente, embelezar a zona, mas que não vai resolver o problema da mobilidade,

naquele sítio? ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, fez a seguinte pergunta: -

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------

----- A Mesa pergunta se há algum Senhor Deputado que queira usar da palavra nesta

fase? Há quinze minutos para os vários partidos para agora intervirem, se assim o

entenderem. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Se ninguém se inscreve, vamos prosseguir com a próxima declaração política. ------

----- Tem a palavra o Senhor Deputado Carlos Silva Santos, do PCP.” ----------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) fez a seguinte

Declaração Política: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Membros da Mesa, do Senhor Presidente da

Câmara, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, Membros do Público. ---------------- ~

----- Naturalmente, uma saudação especial desejando um bom ano. Na minha

perspetiva que seja um ano saudável, em que saibam defender e promover a vossa

saúde, e participar nesta atividade política com uma atividade de salutogénica

comprovada cientificamente, portanto, os meus parabéns por continuarem a participar

ativamente. O meu cuidado vai neste sentido, a vossa saúde também contribuirá para a

nossa. Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Transportes e mobilidade na cidade: ---------------------------------------------------------

----- Com os resultados das eleições legislativas de quatro de Outubro passado, a nova

correlação de forças e o novo quadro político daí resultante, estamos assim, em

melhores condições para voltar a repor, na ordem do dia, a questão magna da

mobilidade e dos transportes públicos na cidade de Lisboa e nos municípios

envolventes. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste mandato, esta questão dos transportes coletivos que Lisboa necessita foi

amplamente discutida, essencialmente, na perspetiva política e estratégica, no famoso

debate da primavera de 2014, nesta assembleia, onde foi evidente que o contexto era

adverso a uma solução global integrada e efetiva para os transportes públicos da

cidade. A senha privatizadora de entregar de forma lesiva e compulsiva as empresas

públicas de transporte a interesses privados, a multinacionais, que visam, somente, o

lucro, assistido com garantia estatal, envenenou a discussão. Mas no essencial foram

valorizadas posições como: -------------------------------------------------------------------------

----- Defenderam a titularidade e gestão pública de todos os transportes; -------------------

----- Apoiaram a planificação e a integração dos diversos serviços de transporte; ----------

----- As várias posições colocaram a rede de transporte ao serviço da cidade, os

habitantes e das populações vizinhas como um elemento chave; ------------------------------

----- Consideraram o serviço de transporte como um bem público que deve ser

devidamente custeado pelo Estado; ----------------------------------------------------------------

----- Identificaram-se grandes vantagens ambientais, sociais e até culturais para a

cidade e para a Grande Lisboa; ---------------------------------------------------------------------

----- Valorizaram-se o transporte coletivo como o mais efetivo, o mais eficiente e o

socialmente, mais adequado e assustado.----------------------------------------------------------

----- Derrotada que foi a política do anterior Governo, novas condições estão criadas

para discutir e aprovar uma nova estratégia de futuro para a cidade em que a questão da

mobilidade, vá a par de outros ângulos estratégicos de planificar e gerir a cidade, como

foi referido, anteriormente, pelo anterior orador, uma questão urbanística importante,

como lançar grandes avanços na organização da cidade com respeito pelos seus povos. --

----- Na reorganização do espaço público, na melhoria da qualidade e da

funcionalidade da cidade, a visão urbanística, a perspetiva do mundo do trabalho, da

Educação e do lazer, a valorização histórica e cultural vão estar sempre presentes para

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que seja saudável e agradável viver na cidade que precisa, urgentemente, de quebrar o

ciclo demográfico e de qualidade de vida negativo. ---------------------------------------------

----- É necessário criar um novo regime jurídico para a gestão integrada das diversas

empresas públicas de transporte na Área Metropolitana, que ultrapassa a atual

fragmentação e dispersão de competências em matéria de transportes. É preciso

revalorizar e até reconstruir as empresas da Carris, do Metro, Transtejo e Soflusa, com

contributo naturalmente indispensável dos seus valiosos trabalhadores que merecem

uma saudação especial pela longa, persistente e vitoriosa luta, contra a destruição da

empresa e dos seus postos de trabalho. ------------------------------------------------------------

----- Perante a situação muito grave que nos encontramos, importa equacionar soluções

globais, mas a apontar medidas prioritárias e exequíveis a curto prazo. Esta Assembleia

Municipal deverá assumir o seu papel de em representação e em contacto direto com as

populações, apresentar sugestões ao executivo municipal e às empresas públicas de

transporte, como, por exemplo, no Metro é urgente repor a capacidade de serviço que

foi sendo reduzida, maior frequência de composições e, se possível, mais velocidade e

particularmente, na linha Verde, em concreto, terminar as obras da estação do Areeiro

e desbloquear, definitivamente, as obras de ampliação da estação de Arroios para

permitir composições com seis carruagens. -------------------------------------------------------

----- De referir e a necessidade de prolongar as seguintes linhas: -----------------------------

----- Linha vermelha de São Sebastião da Pedreira até Campolide e da Linha Amarela

do Rato até Alcântara. --------------------------------------------------------------------------------

----- Na CARRIS é necessário: ---------------------------------------------------------------------

----- Repor os serviços interrompidos; -------------------------------------------------------------

----- Aumentar a frequência dos autocarros com horários mais alargados, à noite e no

fim de semana; ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Lançar novos percursos, particularmente, entre as freguesias mais populosas; --------

----- Alargar as coroas do passe social intermodal e torná-lo extensivo a todos os

operadores; ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Promover a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, com especial

atenção para a manutenção e funcionamento dos meios mecânicos de acesso ao

Metropolitano de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------

----- Estes são alguns exemplos práticos da ação direta e que poderiam ser,

rapidamente, resolvidos. Para isso, contamos atualmente com o apoio da Assembleia

Municipal, e com os bons esforços que, por certo, o Senhor Presidente da Câmara, e o

próprio executivo, farão para salvaguardar o bem-estar, não só dos cidadãos de Lisboa,

como dos municípios vizinhos. ---------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, fez a seguinte pergunta: -

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------

----- A Mesa pergunta se há algum Senhor Deputado inscrito para colocar questões ao

Senhor Deputado Carlos Silva Santos? ------------------------------------------------------------

----- Não vejo pedidos de palavra. ------------------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir para a próxima declaração política.” ----------------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) fez a seguinte Declaração

Política: -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Os meus cumprimentos à Senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal

de Lisboa, Senhora Secretária, Senhor Secretário, Senhor Presidente da Câmara

Senhores Vereadores, Senhora Vereadora, Senhores Vereadores, caras e caros colegas

Deputados Municipais, público presente, antes de mais, um bom ano a todos. -------------

----- A intervenção política do Partido Socialista síntese, em três partes, uma primeira

intervenção sobre a atualidade, nomeadamente, sobre a decisão de reversão das

subconcessões, uma segunda sobre a apreciação dos documentos subscritos pelas

outras forças partidárias, e claro, uma última intervenção sobre a temática da 2ª

Circular. No que concerne ao primeiro tema, não deixamos de assinalar críticas às

posições do décimo nono e vigésimos governos constitucionais que, recordamos, não

só rejeitaram cumprir a lei, como optaram por desrespeitar interesses patrimoniais do

município. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Encaramos, por isso, com otimismo a atual conjuntura política que já determinou

a reversão das subconcessões e abre uma oportunidade, que consideramos única, para

que o município através de uma parceria pública com o Estado permita prosseguir

relevantes objetivos de interesse público: ---------------------------------------------------------

----- 1º Melhorar a qualidade do serviço de transportes, como já referido pelo deputado

Carlos Santos, especialmente ao nível do metro; ------------------------------------------------

----- 2º O reforço da coesão territorial mobilizando a rede da Carris para zonas

desfavorecidas da cidade, incluindo a reativação de linhas de elétrico com potencial

turístico; ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 3º Articulação das redes de transportes com políticas de mobilidade, otimizando,

nomeadamente, as capacidades dos interfaces modais, para operar uma desejável

integração entre as redes transportes e outros modos de deslocação, o pedonal e o

ciclável; -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4º Integração da Mobilidade e transportes no planeamento de soluções

urbanísticas, longo prazo baseadas na sustentabilidade ambiental, no favorecimento de

novas centralidades em Lisboa, permitindo, repito, pela primeira vez, coordenar e gerir

de forma integrada as políticas de estacionamento, gestão do transporte público e de

distribuição de tráfego; -------------------------------------------------------------------------------

----- 5º Repartição do financiamento da rede de transportes entre os poderes públicos,

estatal e municipal, através da política fiscal, mas também das receitas otimizadas das

redes de transportes e, também, através do título integrado que favoreça um menor

custo para os utentes. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Por último, repartição, como já referimos, das receitas geradas por estes meios de

transportes. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Salientamos que a articulação destas medidas terá, como recomenda também o

PCP, que ser feita na Área Metropolitana de Lisboa com a reformulação das suas

competências, razão pela qual votaremos favoravelmente a recomendação número

dois, subscrita pelo PCP, embora ressalvando que muitas das medidas que propõem já

estão a ser prosseguidas pelo município, e outras carecem de uma apreciação casuística

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no quadro do que sejam as reais competências da Câmara Municipal de Lisboa, após o

novo modelo de gestão das redes de transportes. ------------------------------------------------

----- Iremos, também, anunciamos, melhor dizendo, também, o nosso voto favorável à

recomendação número três, subscrita pelo Partido Ecologista “Os Verdes”

exclusivamente, devido à parte deliberativa que, em nosso entendimento, vale muito

mais do que alguns pontos dos seus considerandos dialético-retóricos que não

podemos, neste momento, valorizar por falta de informação, nomeadamente, a

promoção do consumo local, a defesa da qualidade das produções nacionais, a redução

do desperdício alimentar, são medidas que já estão implementadas em autarquias

geridas pelo PS. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Já a moção número três, terá que merecer o nosso repúdio, essencialmente, por

dois motivos: para já, porque apela ao exercício das competências que não são da

Assembleia Municipal, nem da Câmara, não são do município, são competências que

ainda estão a ser exercidas pelo Governo, por Órgãos da União Europeia, e

aguardamos serenamente a evolução deste debate para uma tomada de posição. ----------

----- A moção número dois do Bloco de Esquerda é extensão no conteúdo e nas

propostas, no que diz respeito à sua exposição de motivos, reconhecemos, com agrado,

a valorização do Serviço Nacional de Saúde, e assinalamos, também, para não esquecer

que favorece a construção do Hospital de Lisboa Oriental, parece que ao arrepio do

que, anteriormente, chegou a defender. Por estes motivos, iremos votar favoravelmente

os pontos um, dois, três e sete da moção, abstemo-nos no ponto quatro, porque

consideramos que não é numa linha que se discute a municipalização da Saúde. Os

pontos cinco e seis, serão rejeitados porque consideramos que a regularização de

recursos humanos deve ser progressiva e não automática, sendo precedida de uma

auditoria para aferir as efetivas necessidades. O ponto seis refere-se à temática

recorrente dos contratos, emprego e inserção que são, no nosso entender, uma medida

desde que gerida com critérios, favorável e positiva para aproximar as fases de

formação e de efetivo exercício profissional. -----------------------------------------------------

----- Como disse no início, não podemos fugir ao tema da requalificação da 2ª Circular,

rejeitando os epítetos que publicamente lhe têm sido atribuídos de medida

oportunística e casuística antes, pelo contrário, é uma medida que visa prosseguir

importantes objetivos políticos, de médio e longo prazo, para a cidade de Lisboa. ---------

----- Antes de mais, não é casuística os civis porque é precedida por projetos, por uma

memória descritiva bem fundamentada, por um estudo de mobilidade que,

infelizmente, não foi aqui abordado, não tem sido, mas é bom convidar os Deputados

Municipais, principalmente, a lerem-no. A interpretação conjugada destes documentos

permite-nos identificar os tais objetivos de política de médio e longo prazo que são

relevantes, prevenção da sinistralidade rodoviária e de saúde pública, não entramos na

discussão, se são cinco, se são cinquenta e cinco, dos milhares de acidentes que são

gerados anualmente, naquela artéria. Enquanto autarcas não nos podemos conformar

com uma situação que é geradora e potenciadora de mortes e dos acidentes, já para não

falar nos milhares de horas de trabalho desperdiçadas, e de lazer, desperdiçadas com os

acidentes diários que ali ocorrem. Portanto, com a requalificação e supressão de nós de

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acesso, melhoria da iluminação da via, redução da velocidade com melhoria da fluidez

e aumento da velocidade média, consideramos que se poderá inverter esta triste

tendência de mortes, feridos e horas desperdiçadas da vida das pessoas. --------------------

----- Integração urbanística das partes Norte e Sul, nascente e poente da cidade, a 2ª

Circular já não é uma via delimitadora do concelho de Lisboa, é uma via que, neste

momento, prossegue uma ligação da parte Norte e Sul de Lisboa, nascente e poente,

deve ser requalificada como está previsto, Senhor Deputado, no PDM, 2012,

concretamente, identificada com um projeto urbano número dezanove, portanto, não é

verdade, na minha opinião, que o PDM não preveja, não preveja a requalificação da 2ª

Circular, não só prevê como a inclui enquanto medida com financiamento. ----------------

----- Depois outro objetivo relevante é, de facto, reduzir o volume de tráfego existente

não só através da supressão do nó da Azinhaga das Galhardas como a exploração de

outros acessos ao Aeroporto de Lisboa. -----------------------------------------------------------

----- Também concordamos com a harmonização ambiental e melhoria da qualidade de

vida, onde não nos opomos nitidamente, à transformação de zonas inóspitas que hoje

são em zonas arborizadas, potenciadores de lazer e de alguma qualidade de vida,

incluindo para os automobilistas. -------------------------------------------------------------------

----- Também, identificamos uma oportunidade excelente de requalificação da 2ª

Circular, enquanto o meio de transformação de uma via urbana que reforce a coesão da

cidade, e reforce a utilização dos transportes públicos, é um dos objetivos que estão

identificados. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Por isso, termino, agora mesmo, incentivando a ação do Presidente Fernando

Medina e que não se acanhe com estas críticas, porque provavelmente terão sido

críticas que foram ouvidas por Marquês de Pombal, Duarte Pacheco e Fontes Pereira

de melo quando ousaram desenvolver projetos que transformaram a Cidade de

Lisboa.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------

----- Registamos a inscrição do Senhor Deputado Carlos Barbosa para fazer perguntas,

ou para comentar esta intervenção. E o PSD tem quinze minutos para o fazer.” ------------

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Barbosa (PSD) fez a seguinte pergunta: --

----- “Eu só queria fazer um pequeno esclarecimento ao Senhor Deputado João

Pinheiro de que, para onde o Senhor Arquiteto Manuel Salgado quer mandar os carros

que é para o Eixo Norte-Sul e para a CRIL neste momento, o número de mortos em

ambas as vias é o dobro do que está na 2ª Circular. A CRIL, neste momento, o estudo

de tráfego que a Câmara não dispõe, que a câmara não fez, porque não fez bem o

trabalho, e essa é que é verdade, aliás, exatamente igual faço a mesma crítica para o

Eixo Central, não faz o trabalho até ao fim, e quando nós pedimos esclarecimentos à

Câmara, como tenho pedidos pessoais do Automóvel Clube Portugal ao Senhor

arquiteto Manuel Salgado, em vinte e cinco de novembro, os estudos não estão

completos e, portanto, nós não podemos ter uma opinião formada, seja qualquer dos

deputados, que a Câmara não fornece os estudos completos, nem estudos de tráfego,

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mas o que é que se passa agora vamos ver o que é que se vai passar quando forem

feitas as obras. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu só quero relembrar uma coisa que é muito importante, é que efetivamente há

coisas neste projeto que são boas, eu não estou contra o projeto total, há cruzamentos

que já deviam ter sido fechados há muito tempo, agora, o que não faz sentido é um

projeto como ele está feito, portanto, não é crítica por criticar, é crítica baseada, aliás,

nós agora, neste caso, não posso pôr o chapéu porque eu queria dizer-lhe que aceita,

porque pôs no seu Facebook, porque é que eu falo muito no Facebook em nome do

Presidente do ACP, e não falo aqui? Eu quando venho para esta Assembleia deixo o

ACP lá fora, Senhor Deputado João Pinheiro, o ACP fica lá fora, ok? Qual é a sua

dúvida, Senhor Deputado? ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, interrompeu: --------------

----- “Senhor Deputado o senhor não interrompe o Senhor Deputado que está no uso da

palavra. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigada, Senhor Deputado Carlos Barbosa. ---------------------------------------

----- Senhor Deputado Manuel Lage e Senhor Deputado Carlos barbosa, não há à

partes, vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado João Pinheiro tem quatro minutos para responder. ----------------

----- Não sei se há outros pedidos de palavra? Não vejo mais pedidos de palavra,

portanto, o Senhor Deputado João Pinheiro tem quatro minutos para responder.” ---------

----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) no uso da palavra,

respondeu o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado Municipal Carlos Barbosa, efetivamente, no uso da minha

liberdade de expressão, utilizo a plataforma Facebook para criticar as opções e

declarações públicas com as quais não concordo, do Presidente do Automóvel Clube

de Portugal. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- As opiniões e declarações públicas do Deputado Municipal Carlos Barbosa fiquei

a conhecer hoje, não tenho dados para contrariar a sua afirmação sobre o número de

mortes na CRIL e no eixo Norte-Sul, apenas digo, o seguinte; é uma excelente

oportunidade então, para melhorar o desempenho dessas artérias, não só da 2ª Circular

como da CRIL, como do Eixo Norte-Sul, relativamente a esse número de mortos, então

que se otimize e que se regule o trânsito em todas estas artérias, para reduzir a zero, se

possível, o número de mortes. E creio que é isso que está, em parte, consagrado nas

orientações políticas para este projeto. ------------------------------------------------------------

----- Relativamente à qualificação em si, fico satisfeito que reconheça méritos à

proposta, creio que, enquanto Deputados Municipais, não nos podemos conformar com

o estado atual da 2ª Circular. Não serve. Não serve pelo nível de ruído que causa às

populações das zonas envolventes, não serve pelo nível de poluição que gera, portanto,

é a artéria, segundo consta dos estudos, que mais poluição gera em Lisboa e, portanto,

se não serve para todos estes motivos há que corrigir, há que corrigir e então com o

contributo do Deputado Municipal Carlos Barbosa e com a Câmara Municipal, na ação

fiscalizadora que aqui fazemos na Assembleia Municipal, vamos então corrigir. ----------

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----- Agora, rejeitar por rejeitar, qualificando à partida com qualificações que eu acho

que são injustas, creio que não é esse o melhor contributo que podemos dar para a

discussão pública deste projeto.” -------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: --------

----- Muito obrigada, Senhor Deputado. -----------------------------------------------------------

----- Não há mais intervenções sobre esta declaração política, que terminou. ---------------

----- Vamos passar à declaração política seguinte que é a última. ----------------------------

----- A mesa clarifica que, no final das intervenções das forças políticas há uma

intervenção ao abrigo do artigo 51º, número 2, do Deputado Municipal Fernando

Nunes da Silva.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputado Municipal Cristina Andrade (BE) fez a seguinte

Declaração Política: ---------------------------------------------------------------------------------- ~

----- “Muito boa tarde a todos e a todas, Senhora presidente, Senhores Membros da

Mesa, Senhores Vereadores, caros colegas Deputados, Público presente e

Comunicação Social. Antes de mais, um bom ano a todos e todas que aqui estamos

presentes, com trabalho para todos nós. -----------------------------------------------------------

----- Eu queria começar com dois pontos prévios, um deles relativo à declaração que

vamos apresentar, para vos dar indicação que fazemos uma pequena proposta de

alteração no parágrafo treze, em específico, retiramos uma parte desse parágrafo só

para que ele se torna mais claro e, portanto, passará a ler-se; “Lisboa há muito que

aguarda a construção do novo hospital designado como Novo Hospital de Lisboa

Oriental”. A outra nota diz respeito à intervenção que o Senhor Deputado João

Pinheiro aqui fez, para dar nota de duas coisas, uma delas que é o BE sempre defendeu

a construção do novo Hospital de Lisboa está, aliás, no nosso programa, quando fomos

a votos, aquando das legislativas, portanto, não há aí nenhuma novidade. E para lhe

dizer, também, que registamos, mas lamentamos o voto que irão fazer relativamente à

utilização dos contratos emprego-inserção, mas acreditamos que, no âmbito do acordo

que foi celebrado e que sustenta o atual Governo, felizmente, esta discussão se tornará

obsoleta em breve, uma vez que os contratos emprego-inserção irão ser, se tudo correr

bem e se o acordo for cumprido, irão ser revistos e deixarão de existir nos termos em

que existem, atualmente. -----------------------------------------------------------------------------

----- Assim sendo, gostaria de iniciar, então, a nossa apresentação, referindo que o

Bloco de Esquerda apresenta nesta sessão uma moção em defesa do Serviço Nacional

de Saúde, como saberão. -----------------------------------------------------------------------------

----- Há quarenta e dois anos a esperança média de vida, em Portugal, era de sessenta e

quatro anos, para os homens, e cerca de setenta anos para as mulheres. Atualmente, é

de setenta e seis anos para os homens, e oitenta e dois anos, para as mulheres. Há

quarenta e dois anos, a taxa de mortalidade infantil indicava que, por cada mil crianças

nascidas em Portugal, sessenta e cinco não completavam o primeiro ano de vida

enquanto, atualmente, por cada mil nascimentos, apenas três não sobrevivem ao

primeiro ano de vida. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Os princípios da revolução de Abril permitiram construir o Serviço Nacional de

Saúde, garantindo cuidados de saúde primários e hospitalares a todas as pessoas

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disseminando no território, hospitais e centros de saúde, e assegurando equidade no

acesso a cuidados médicos a todas as pessoas, a título geral, universal e gratuito, como

então, constava da Constituição. Como se compreende, para que o Serviço Nacional de

Saúde funcione é necessário que o orçamento, que lhe é atribuído, lhe permita

assegurar as suas funções. ---------------------------------------------------------------------------

----- Ao longo dos últimos quatro anos, o Governo PSD-CDS fez com que o orçamento

do SMS recuasse dez anos. Na verdade, em 2015, foi o orçamento do SNS foi de 7,8

mil milhões de euros ao nível das dotações de 2005 e 2006. Entre 2010- 2014, a

despesa pública total com saúde reduziu-se em 5,5 mil milhões de euros, no entanto,

durante este período, o setor privado cresceu florosamente, graças ao Estado. Entre

2010 e 2014, os pagamentos do Estado aos grupos privados aumentaram de 160 para

427 milhões. O Orçamento do Estado para 2015, ou de 2015, destinou 417 milhões de

euros para as parcerias público-privadas na saúde, e reservou 120 milhões de euros

para aquisição de serviços através de contratação externa. São escolhas é verdade, e o

Governo PSD-CDS fez as suas escolhas. Neste caso pela austeridade, pelo apoio ao

setor privado e pelo corte no setor público. -------------------------------------------------------

----- Consequentemente, as dificuldades do SNS avolumaram-se ao ponto de se registar

falta dos mais simples materiais nos hospitais e centros de saúde, e das terapêuticas

mais caras como seja medicamentos oncológicos ou medicamentos biológicos. -----------

----- O tempo de espera nas urgências atingiu limites bastante impossíveis de se aceitar

e a falta de recursos para reparar, ou renovar equipamentos e instalações tornou-se

evidente. Tudo isto perante equipas de profissionais levadas ao limite da exaustão por

falta de médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais de saúde. ---------------------

----- Os utentes depararam-se com taxas moderadoras que se transformaram em que

copagamentos, meios complementares de diagnóstico a atingirem valores

absolutamente absurdos e a impossibilidade de dar continuidade a tratamentos por não

poderem pagar o transporte, ou a terem cirurgias desmarcadas por falta de material. ------

----- Sucederam-se os alertas, dando conta das dificuldades no SNS, sucederam-se as

evidências que não era possível fazer mais com menos, sucederam-se as provas de que

a austeridade estava a degradar a qualidade do SNS e sucederam-se as desvalorizações

destes mesmos alertas por parte do Governo PSD CDS. Até que, da pior forma, deixou

de ser possível ignorar que a austeridade mata. Por tudo isto, consideramos que é

imperativo travar este processo de destruição do SNS, é absolutamente, fundamental

assegurar que o Serviço Nacional de Saúde tem condições orçamentais necessárias ao

seu funcionamento e para tal, é necessário aumentar o seu funcionamento. -----------------

----- Em Lisboa, há muito que se aguarda a construção do novo hospital normalmente

designado por Hospital de Lisboa Oriental. A construção deste hospital não pode

continuar a ser algo de que se fala, que se estuda, que dá origem a sucessivos grupos de

trabalho, mas que nunca sai do papel. É fundamental que o Hospital de Lisboa Oriental

veja a luz do dia, e que a sua gestão seja pública. Uma vez construído o novo hospital,

os espaços que sejam, entretanto, substituídos podem e devem ser reconvertidos a

favor das populações, os serviços públicos seja do ponto de vista cultural, seja

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enquanto unidades de saúde, de proximidade ou unidades inseridas no âmbito da rede

de Cuidados Continuados Integrados. -------------------------------------------------------------

----- De facto, Lisboa apresenta um défice bastante grande de camas, no âmbito desta

rede, consequência, aliás, do modelo desenvolvimento da rede que tem vindo a ser

desenvolvido e que a tem deixado ficar refém do setor social. Consequentemente,

regista-se uma falta de camas assinalável em regiões como seja o Algarve e Lisboa, e

consideramos que é necessário reverter este cenário. -------------------------------------------

----- Achamos, também, que é necessário garantir que os habitantes de Lisboa têm

acesso a médico de família. Para citar Rui Nogueira, Vice-presidente da Associação

Portuguesa de Medicina Geral e Familiar; “A situação vivida em Lisboa é gravíssima

e, na verdade, um grande drama. Há zonas de Lisboa de cerca de 30% das pessoas não

têm médico de família e esta é uma realidade que tem que mudar”. Um SMS geral,

universal e de acordo com a Constituição, atualmente, em vigor, tendencialmente

gratuito, não cabe no âmbito da municipalização, na nossa opinião. A prestação de

respostas sociais às populações é um serviço importante dos municípios, mas a sua

disponibilização não pode, nem deve, ser confundida com a gestão municipalizada do

serviço de saúde. A cidade de Lisboa apresenta especificidades da sua população que

justificam respostas ajustadas, de pessoas idosas, estudantes, população flutuante e

turistas, mas a disponibilização destes serviços deve acontecer no âmbito do SNS e

garantindo a articulação necessária com os cuidados de saúde primários e a rede

hospitalar. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Os desafios do SNS enfrenta são imensos, travar a destruição em curso e salvar o

SNS é uma missão crucial para a qual estamos todos convocados, para que a

austeridade possa deixar de matar. -----------------------------------------------------------------

----- Obrigada.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada, Senhora Deputada. --------------------------------------------------------

----- A Mesa pergunta se alguém quer colocar questões, ou fazer considerações sobre a

intervenção da Senhora Deputada? Não vejo pedidos de palavra. -----------------------------

----- Tem, agora, a palavra o Senhor Deputado Fernando Nunes da Silva, ao abrigo do

artigo 51º, número 2, como eu acabei de informar. O Senhor Deputado requereu

utilização dos meios audiovisuais que o regimento, também, permite. São cinco

minutos, e eu pedia ao Senhor Deputado para respeitar o tempo uma vez que, aqui, não

há previsão de cedências tempo, nesta fase.” -----------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Nunes da Silva (IND) no uso da

palavra, fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Presidente, restantes Membros da Mesa, caros colegas

Deputados, Senhor Presidente da Câmara, restantes Vereadores, como será a minha

última intervenção nesta Assembleia Municipal, pedi para o fazer ao abrigo de uma

clausula que existe em que a minha intervenção só a mim vincula, e nada mais do que

a mim próprio. Como é limitada a 5 minutos, não posso justificar muito mais coisas,

mas, fundamentalmente, queria recordar aquilo que foi apresentado no segundo ano de

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mandato do Senhor Presidente António Costa, uma parte de um PowerPoint que é

muito mais extenso e corrigi bastante, sobre o que era a política de mobilidade para

Lisboa, PowerPoint esse que foi sancionado, na altura, pelo Senhor Presidente da

Câmara. Os principais problemas era a pressão do tráfego automóvel e a procura de

estacionamento, em particular, de residentes, e depois uma estratégia que assentava,

fundamentalmente, na intermodalidade e era aí que se trabalhava. Este era o esquema

que depois foi sendo atualizado e a ideia principal era uma primeira zona de proteção

ao centro histórico da cidade de Lisboa, essa zona, fundamentalmente, traria, um

pouco, a primeira transversal de Lisboa, que já aqui foi falada, da própria Avenida de

Ceuta e daquilo que era o antigo limite da estrada militar, e desse cordão para baixo,

devia-se tentar, por todos os meios possíveis, reduzir a pressão do automóvel porque a

cidade não aguentava e tinha imensos problemas sobre isso. Para o fazer, atua-se em

várias coisas, entre elas, a descontinuidade dos dois principais nós de distribuição de

tráfego na cidade de Lisboa, a zona da Baixa, Praça do Comércio e o Marquês de

Pombal, ambas as ações foram concluídas no mandato anterior. ------------------------------

----- Depois entre isto e a 2ª Circular uma zona de transição onde a prioridade devia ser

dada ao transporte coletivo mas onde era muito difícil, em algumas zonas, evitar por

causa da ocupação do uso do solo e por causa do tipo de atividades económicas que ali

havia, o uso do automóvel e seria mitigado mas não se conseguia evitar. -------------------

----- E uma terceira zona, que era a zona em torno da 2ª Circular ia até à cidade

universitária, depois, até à Gare do Oriente, onde se deveria passar do automóvel para

o transporte coletivo, através da criação de onze mil lugares de estacionamento que

chegaram a estar até previstos, com um título único transporte, também, foi criado na

altura que permitia à pessoa estacionar durante todo o mês e utilizar todo o sistema de

transportes naquela cidade. --------------------------------------------------------------------------

----- Como é que esta esta estratégia é implementada? Ela é implementada

fundamentalmente, através de várias coisas. A primeira grande medida foi alterar a

tarifa única na cidade de Lisboa, em termos estacionamento, para que, dentro daquela

coroa principal, a tarifa fosse mais cara e, nos eixos servidos pelo metropolitano, fosse

reduzido tempo e aumentar a tarifa que, com isto, diminuía-se a pressão. Logo a seguir,

no ano seguinte, nesta altura, ainda, não estava posto em funcionamento as zonas de

emissões reduzidas como uma forma, também, de progressivamente, diminuir a

pressão dos veículos, sobretudo mais poluentes, neste centro da cidade de Lisboa e,

devo dizer que, quando isso passasse ao nível dos táxis era um volume de tráfego

significativo. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- O segundo dado importante, aquilo que falei, anteriormente, uma articulação entre

o estacionamento e a rede de transportes, através do passe integrado, estacionamento e

transportes coletivos que infelizmente, veio a ser boicotado na prática pela EMEL

como, aliás, foi noticiado pelos jornais, na altura, e uma intervenção muito forte nas

principais interfaces da cidade de Lisboa. A câmara lutava, e bem, há muito tempo,

para ter a tutela dos transportes coletivos que operam no interior da cidade de Lisboa,

não o podendo fazer porque isso era tarefa do Estado e de Governo, pelo menos podia

intervir numa série de interfaces que são extremamente importantes, e que foi

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identificado, qual o seu papel, quais as suas articulações, qual a sua prioridade de

intervenção. E depois o favorecimento dos modos suaves que passava, por um lado,

por uma rede ciclável que devia de se articular entre três diferentes níveis, aquilo que

era a rede no interior de espaços de lazer, aquilo que era a rede no interior das Zonas

30, onde é perfeitamente possível, a convivência entre bicicleta e o automóvel e,

depois, uma intervenção cirúrgica, porque o dinheiro é pouco e o espaço, também, uma

intervenção cirúrgica de articulação e de ligação entre estas diferentes redes de forma a

formar uma malha, continua e seguinte. E daí, a importância das Zonas 30, não apenas

para reduzir o tráfego de atravessamento dentro dos bairros residenciais, e reduzir a

sinistralidade, onde, aliás, é muito superior àquela que se verifica noutras vias da

cidade, mas, sobretudo, para criar uma nova cultura de apropriação do espaço e criar a

possibilidade de aumentar a oferta de estacionamento para residentes, como, aliás, foi

feito na única Zona 30 que foi até ao fim no Bairro do Charquinho na Junta de

Freguesia de Benfica, aumentar o estacionamento para residentes que é um dos

problemas graves na cidade de Lisboa e, por outro lado, criar espaço para criar uma

praça, zona de encontro no interior da cidade, coisa que também foi feito no Bairro do

Charquinho, e o plano de acessibilidade pedonal que, aliás, fechou este trabalho e,

portanto, estávamos a trabalhar numa forma integrada nos diferentes aspetos que têm a

ver com a mobilidade na cidade e que, em particular, na baixa, teriam uma importância

acrescida para que fosse possível, às pessoas, movimentaram-se no interior da Baixa e,

entre colinas, sem necessidade do automóvel e, aliás, fiz depois essa experiência, e era

muito mais rápido passar do Castelo até ao Chiado, utilizando os vários elevadores e as

ruas pedonais, e as escadas rolantes, do que fazê-lo de automóvel, e isso é algo que está

a ser feito. E o problema principal estava na rede viária, e a rede viária, e esta era a

situação atual, como se vê passar de um sistema, mais ou menos, radioconcêntrico

incompleto para um sistema de malha reticulada exigia algumas intervenções,

intervenções de completar a malha viária, mas também e, sobretudo, intervenções num

conjunto de nós. Estes foram os nós que foram todos estudados, aliás, vêem-se ali os

nós da 2ª Circular que agora, felizmente, vão ser intervencionados, um conjunto de nós

que era absolutamente, essencial e para cada um desses nós, foi feito no anteprojeto

foram quantificados dinheiro, na altura, as intervenções somavam quarenta milhões de

euros. Na altura, não havia dinheiro, e neste momento, há dinheiro e aquilo que não se

percebe é que as alterações de prioridade que foram feitas. ------------------------------------

----- Outras questões, igualmente, importantes e deixa só para o fim, foi a identificação

dos espaços possíveis, existentes na posse da câmara, ou os espaços públicos para

poder fazer parques para residentes, alguns de dimensão reduzida, estamos a falar de

40, 50 lugares, mas que são, extremamente, importantes para quem perceba da cidade e

para quem perceba onde é que está a cidade, extremamente importantes ao nível de

resolver esse tipo de problema e ser, absolutamente, essencial fazer.-------------------------

----- O problema é haver legitimidade em alterar prioridades e de alterar estratégias. A

questão é de como é que elas fazem. E só quero recordar uma coisa para que, de uma

vez por todas, fique claro. A minha carta que escrevi para os meus colegas dos

“Cidadãos por Lisboa”, e uma carta pessoal para o Senhor Vereador Manuel Salgado, a

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justificar porque é que me vinha, embora da Assembleia Municipal, data do dia 15 de

Novembro, não tem nada a ver com a atual polémica em torno da 2ª Circular, ela é

apenas, mais um aspeto e obviamente, não deixaria de me pronunciar sobre isso,

quando for solicitado. Mas não tem a ver com isso, tem a ver, de facto, com uma

alteração de estratégia política, em termos de mobilidade, com a qual não estou de

acordo, tanto mais que nem sequer me foi dada oportunidade de a poder discutir. ---------

----- Muito obrigado, Senhor Presidente, e grato pela sua atenção.” --------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) fez o seguinte pedido de

esclarecimento: ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -------------------------------------------------------

----- Nós recebemos esta notícia da renúncia e depois suspensão do Senhor Deputado

Nunes da Silva com alguma preocupação e, lamentamos que tenha tomado essa

decisão, sabemos que é um dos melhores contributos que esta assembleia pode ter em

matéria de urbanismo e de mobilidade e por isso, temos pena que esta decisão tenha

sido tomada. Vimos, até, que aproveitou este agendamento potestativo, esta figura

regimental, para partilhar connosco, muito do conhecimento que tem e muitas das

ideias e sugestões que tem para a cidade de Lisboa, e não podemos deixar de dizer que

partilhámos muitas das críticas que têm sido feitas pelo Deputado Nunes da Silva,

nesta Assembleia, em matéria de urbanismo e em matéria de mobilidade e, também,

percebemos, agora, que não foi por causa disso, por causa da 2ª Circular, que houve

esta iniciativa do Senhor Deputado Nunes da Silva, mas também olhámos para este

processo da 2ª Circular e percebemos, porque é que o Deputado João Pinheiro atribui o

cognome de Marquês de Pombal ao atual Presidente da Câmara de Lisboa, porque

existe um processo de consulta pública que está em curso, mas o Senhor Presidente da

Câmara Municipal de Lisboa diz para a comunicação social que só tem a certeza de

uma coisa; é que o projeto vai avançar, assim, desta forma, e essa é a única certeza que

tem. E, portanto, há uma consulta pública, há cidadãos se querem pronunciar, querem

influenciar esta decisão, mas ele tem uma certeza, o projeto vai ser feito desta forma e,

portanto, não há alterações, e há um pró-forma de uma consulta pública e de uma

democracia participativa para enfeitar. ------------------------------------------------------------

----- E, portanto, terminando, lamentamos que o Senhor Deputado Nunes da Silva

tenha tomado esta decisão. Inicialmente, soubemos que seria uma demissão, uma

renúncia, sabemos, agora, que é uma suspensão. E o esclarecimento que gostávamos de

ter é se terminado o prazo de suspensão máxima previsto no regimento, se poderemos

voltar a contar com a sua presença na Assembleia Municipal e na Comissão de

Urbanismo e da Comissão de Mobilidade, que muito tem enriquecido com os seus

contributos.”------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Barbosa (PSD) fez o seguinte pedido de

esclarecimento: ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Professor Nunes da Silva, queria só fazer-lhe uma pergunta, visto que, se

calhar, é a última vez que lhe posso fazer uma pergunta, aqui, na Assembleia

Municipal, e tomei aqui nota de algumas coisas que vi, que aqui fez, diga-me que

alternativas deviam ser seguidas pela Câmara Municipal de Lisboa, para, no fundo,

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reduzir a pressão do automóvel no centro da cidade, e qual é que é o faseamento que

devia ser feito para os projetos de intervenção na rede viária, que eu acho que é muito

importante, porque, até agora, nem no mandato anterior, nem neste mandato, a gente

teve alguma resposta no que diz respeito a este que é o ponto mais importante? É como

retirar a pressão do carro do centro da cidade, que não é com as obras a avulso que têm

sido feitas, e mal feitas. ------------------------------------------------------------------------------

----- Obrigado.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Nunes da Silva (IND) no uso da

palavra, respondeu o seguinte: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado pelas perguntas. Agradeço as amáveis palavras do Senhor

Doutor Ricardo Robles. ------------------------------------------------------------------------------

----- O que acontecerá quando terminar o meu período máximo suspensão dependerá

das condições, se houver condições para discutir as coisas com serenidade e com

tempo e com a informação, disponibilizada na Assembleia Municipal, poderei

reconsiderar. Caso contrário, a questão se manteria, aliás, a figura da suspensão

permite que eu seja substituído por um Deputado dos “Cidadãos por Lisboa”, se fosse

renúncia, entraria um Deputado do PS, e eu pensei que, de acordo com os meus

colegas, que era preferível isso. Tão simples quanto isso. É uma questão de

solidariedade com as pessoas com quem participei numa lista, não tem a ver com mais

nada, nem sequer sei quem era a pessoa que está a seguir a mim, na lista, nem sequer

fui consultar isso, portanto, não tem nada a ver com uma questão pessoal, tem a ver

com uma questão de ética e de solidariedade com as pessoas que fizeram o caminho

comigo, nesta matéria, não tem a ver com mais nada. ------------------------------------------

----- Em relação a medidas de faseamento, a questão fundamental é, de facto, e acho

que, neste momento, com o novo Governo vamos ter essa oportunidade é ter uma

articulação muito forte entre política de estacionamento, política de transportes

coletivos e política de gestão dos acessos à zona central da cidade de Lisboa. Uma das

coisas fundamentais que tínhamos previsto, e caiu por falta de verbas, na altura, era a

instalação de 20 câmaras, depois de um ano de negociação com a Comissão Nacional

de Proteção de Dados, a instalação de 20 câmaras de leitura de matrícula para poder

fiscalizar as zonas de emissões reduzidas, esse era o pretexto, mas isso era, também,

um elemento fundamental para nós podermos gerir centralizadamente, a abertura dos

semáforos e de encaminhar o tráfego para as principais das principais vias, isso é uma

questão, absolutamente, essencial. A solução não é comprar uma caixa negra chave na

mão, isso foi o erro, na altura, aceitável e explicável o que se fez nos anos 80, hoje em

dia não se trabalha assim, isso seria um erro fazê-lo, como a Câmara, e pelos vistos,

pretende fazê-lo, nesta matéria. ---------------------------------------------------------------------

----- A outra questão fundamental, é aqueles nós que estão ali assinalados e tão todos

desenhados, aliás, por alguém que, neste momento, é Assessor do Senhor Vereador,

Manuel Salgado, e que foi meu Assessor, anteriormente, e que é, de facto, pôr as

transversais a funcionar convenientemente, portanto, corrigir aquele estrangulamento

que foi introduzido na Marquês de Fronteira, em frente ao Corte Inglês, que é uma

verdadeira aberração, porque não serve aos peões, e cria um engarrafamento naquele

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cruzamento que, neste momento, se expande até à Praça de Espanha, para quem

conhece, sabe o que é que eu estou a falar, por sua vez, para poder dar escoamento a

isso, o congestionamento prolonga-se pela Avenida de Ceuta, fora da hora de ponta,

até ao Aqueduto das Águas livres, portanto, sem absoluta, necessidade nenhuma por

causa de uma pequena brincadeira que se fez, de alargar um passeio que não serve a

ninguém, e que criou um estrangulamento e uma diminuição dos tempos de ver,

naquele cruzamento, extremamente, significativo. ----------------------------------------------

----- Portanto, são intervenções destas relativamente pontuais, algumas delas, o Senhor

Vereador Manuel Salgado teve a oportunidade de explicar na Comissão de Mobilidade

que vão ser feitas, como é o caso da Estados Unidos da América e da Almirante Gago

Coutinho, como é o caso da Praça do Chile, mas faltam outras importantes,

Entrecampos o problema do desnivelamento das Forças Armadas junto ao Hospital de

Santa Maria para dar, de facto, capacidade de escoamento a uma destas transversais

que vai ser extremamente solicitada a partir do momento em que, boa parte do tráfego

vai ser dirigido para a Radial de Benfica, a partir da 2ª Circular e, portanto, ele vai

desembocar é aí, para poder, depois, distribuir na cidade e, portanto, esses é que eram

as prioridades para mim fundamentais. ------------------------------------------------------------

----- Em relação à questão da 2ª circular, é extremamente simples do meu ponto de

vista, a única questão que está em causa é a redução das vias para uma largura que não

é aceitável para o tipo de tráfego que ali está a circular, para se introduzir, neste

momento, um separador central arborizado que podia perfeitamente ser relegado para

uma segunda posição. Aliás, devo recordar que com uma redução do tráfego médio,

não estamos a falar do tráfego máximo, o tráfego máximo da 2ª Circular anda à volta

dos 150 mil veículos, 150 mil veículos por dia, o estudo de tráfego propõe uma

redução de 20 por cento desse tráfego, não sabe para onde é que o resto nalgumas

coisas, noutras é perfeitamente, é perfeitamente impossível porque o próprio estudo de

tráfego contraria alguns afirmações que aparecem, depois, na conclusão. Mas com essa

redução de 20% repare-se, a velocidade média sobe 1%, passa de 45,6 para 46,7

qualquer coisa do estilo, portanto, isto mostra bem que o problema da fluidez de

tráfego não é resolvido, porque com uma redução brutal ao nível do volume de tráfego

que circula, aquilo que são as condições de operacionalidade, o próprio estudo de

tráfego indica que tem valor extremamente reduzidos. E, portanto, o problema não é

esse, mas infelizmente, as pessoas preferem discutir sound bytes e preferem criar factos

pretensamente políticos, do que sentar-se à mesa e, serenamente, encontrar soluções. ----

----- Mas como hoje foi dito, a grande maioria das árvores e aquilo que é importante

para humanizar e para integrar urbanisticamente, a 2ª Circular estão fora do espaço

canal da 2ª Circular e podiam ser feitas desde hoje, como, aliás, é um pouco

incompreensível que sendo aquela via uma via com aquela sinistralidade, se tenham

esperado quatro anos para dar seguimento àquilo que eram os concursos para a

colocação dos novos, dos controladores de velocidade e dos radares que estavam

previstas há não sei quanto tempo. Se a gravidade era tão grande, não se justifica ter-se

perdido tanto tempo. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Obrigado, Senhora Presidente.” ---------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, informou o seguinte: -----

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------

----- Apenas para informação dos Senhores Deputados, uma vez que temos de ser

rigorosos nessas coisas, o preenchimento de vagas, quer por suspensão, quer por

renúncia, é feito nos termos da lei sempre da mesma maneira, pelo cidadão

imediatamente, a seguir na ordem da lista. Os Deputados Independentes na lista do PS

são substituídos pelo cidadão imediatamente a seguir na ordem da lista e, quando assim

não acontece, é por negociações entre esses Deputados Independentes e o Partido

Socialista que designa a precedência. A lei, o que diz a regra é esta, portanto, é igual

ser suspensão ou renúncia a substituição por vagas, ocorre sempre da mesma maneira. --

----- Vamos agora, o Senhor Presidente da Câmara pediu a palavra no contexto das

declarações políticas e, naturalmente, são os dez minutos que a câmara tem para as

declarações políticas. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Faz favor.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: -

----- “Eu quero fazer a minha intervenção relativamente à questão da Segunda Circular.

------

----- E quero começar a minha intervenção dizendo ao Senhor Deputado Carlos

Barbosa e ao Deputado Fernando Nunes da Silva, o seguinte; eu poderei ter com os

senhores as maiores divergências políticas, mas nunca usarei para com os meus

adversários políticos os mesmos termos que os senhores usam comigo. Não usarei. E

não usarei pelo respeito que no debate político deve existir, e também porque entendo

que é minha obrigação com elevação para o debate das matérias concretas e para a

substância dos problemas, e não para a adjetivação supérflua, embora também vos

deva dizer que não temo o debate feito nesses termos e nesse campo, mas deixo-o mais

para quem o queira fazer pois, eu não entrarei nesse plano. ----------------------------------

----- Gosto que diga, e registo, que o Deputado Carlos Barbosa não faz a crítica por

criticar. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Mas eu devo dizer que do debate todo que assisti sobre a Segunda Circular, nas

últimas semanas, fundamentalmente, o que ouvi foram críticas a aspetos que não

constam do Projeto da Segunda Circular, e vamos a eles: ------------------------------------

----- Veio como crítica fundamental ao Projeto da Segunda Circular de que no projeto

se reduzia o número de vias, de três para duas vias. É falso. Em nenhum momento, na

Segunda Circular, se reduz de três para duas vias, isto é a Segunda Circular manterá

exatamente nos seus troços como via fundamental três vias em cada sentido como tem,

atualmente; -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Segunda questão que é apontada, é apontada que se vai proceder a uma redução

muito significativa da largura das vias na totalidade do seu eixo de circulação.

Também não é verdade. Uma parte importante, as duas vias centrais da Segunda

Circular já foi operada essa redução, já está operada, Senhor Deputado, está marcada

no chão, é uma questão de ir medir. Conheço o documento e conheço o que lá está. Já

está operada essa redução; -------------------------------------------------------------------------

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----- Diz, em terceiro lugar, que as árvores que vão ser plantadas vão causar uma

perturbação dramática relativamente à circulação. Bom, no eixo da Segunda Circular,

vão ser plantadas 570 árvores, no eixo central, nos 7,9 Km que vai ter a intervenção.

Ora, onde vão ser plantadas o grosso das árvores que irão ser plantadas nesta

intervenção, não são no eixo central, não são sobre a via, são sobre as áreas

expectantes da Segunda Circular que nem sequer incidem diretamente para a Segunda

Circular. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- E depois, nós sabemos bem de onde vem, onde nasce a crítica. É porque se ouvem

muito as vozes críticas a dizer, “bom, vamos ter aqui o problema do eixo central”. É

que a verdade, é que os críticos que se apressaram em entrar no debate não se

aperceberam da questão tão simples, é que a intervenção na Segunda Circular não tem

nada a ver com a intervenção feita no eixo central, não tem. Mas levam-na e vai por

arrasto ….Senhores Deputados, eu ouvi-os com toda a atenção, Senhor Vereador, a si,

ouvi-o hoje de manhã, ouvi-o com toda atenção, com discordância, mas com atenção, e

sem interrupção. Eu estou a fazer uma síntese das críticas, e cada um enfia o chapéu

que quer enfiar. Eu não estou a personalizar as críticas, procuro aliás, não

individualizar as críticas porque algumas das intervenções que foram feitas,

verdadeiramente, não tem nenhuma crítica da substância, foi só mesmo ataque político.

Eu só estou a fazer a síntese das críticas da substância que foram feitas, que eu ouvi no

global deste período. E no fundo, no global das críticas que aqui foram colocadas,

durante este período, foi uma analogia grosseira da intervenção da Segunda Circular

com a intervenção do eixo central, como se a proposta da Câmara fosse algo

semelhante a transformar-mos a Segunda Circular numa via com passeios, com peões e

com ciclovias. E na base deste quadro mental, surgiram obviamente, as acusações à

Câmara de uma alteração radical, profunda e absoluta relativamente à Segunda

Circular. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ora, se nós nos abstrairmos destes pontos da crítica que são falsos e não constam

do projeto, o que é que sobra? O que é que sobra da crítica ao Projeto da Segunda

Circular? O que é que sobra do projeto da Segunda Circular e o que é que sobra da sua

crítica? Alguém crítica a repavimentação integral de toda a Segunda Circular em toda a

sua extensão? Do novo pavimento que proteja do ruído, alguém crítica isto? Alguém

crítica a pintura integral da Segunda Circular, a sinalização totalmente nova da

Segunda Circular? Alguém crítica que seja revisto todo o sistema de iluminação

pública da Segunda Circular e que seja adequadamente iluminada? Alguém crítica que

sejam corrigidos os problemas de drenagem da Segunda Circular, e que em alguns

pontos são geradores de problemas severos? Alguém critica que sejam corrigidos

pontos fundamentais de geometria de entrada e saída de vias de entrada da Segunda

Circular? Alguém crítica que sejam alargadas as vias de entrada de acesso e de saída,

no fundo, prolongando os canais de acesso quando isso é possível? Alguém crítica a

obra que é feita de ligação da Segunda Circular para a Calçada de Carriche, evitando

um dos estrangulamentos mais importantes que a Segunda Circular tem hoje? Alguém

crítica que seja introduzido no cumprimento do Plano de Ruído as barreiras para

proteção de ruído dos milhares residentes e trabalhadores que trabalham e que, no

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fundo, sofrem as consequências da vivência perto da Segunda Circular para poder

reduzir os níveis de ruído? Alguém contraria a arborização, não do eixo central, mas de

uma enorme área circundante, expectante, fora da Segunda Circular? Não. A verdade é

que ninguém crítica rigorosamente, nada disto. ------------------------------------------------

----- Posto isto, o que é que sobra do projeto da Segunda Circular, e das críticas?

Sobram duas coisas. A primeira coisa é a crítica ao limite da velocidade, da diminuição

do limite de velocidade. Os que criticam, que dizem que não se deve diminuir de 80

para 60 Km hora. E a resposta a essa crítica é uma resposta simples, é que para o

funcionamento atual da Segunda Circular a velocidade máxima não é hoje a velocidade

determinante, porque a questão é que entre as velocidades máximas e os

estrangulamentos que são muitos, a velocidade média é uma velocidade baixa. E por

isso, não é a velocidade máxima que é o limite, não é a velocidade máxima que

resolve, o problema que resolve é resolvermos os estrangulamentos, os

congestionamentos e a própria forma como circula na Segunda Circular. -----------------

----- Assim, é perfeitamente possível diminuir a velocidade máxima, e aumentar a

velocidade média de circulação na Segunda Circular. E é por isso, que se faz os

cálculos de que a velocidade média da Segunda Circular, em hora de ponta,

diminuindo e com as características atuais deste projeto, a surpresa para os críticos é a

seguinte: é que a velocidade média, à hora de ponta, na Segunda Circular vai aumentar.

E vai aumentar porquê? Porque vão diminuir os congestionamentos, porque vão

diminuir os pontos de estrangulamento, porque vão reduzir os limites extremos de

velocidade que os carros podem praticar, e praticam por via da situação que hoje têm, e

por isso haverá maior fluidez de tráfego. --------------------------------------------------------

----- Por isso, a primeira crítica que sobra é a crítica de que a diminuição do limite vai

causar congestionamento do trânsito, não a diminuição do limite em conjugação com

nas outras medidas, vai permitir maior fluidez de trânsito. -----------------------------------

----- Agora, sobra uma segunda crítica, e que é a seguinte; dizem “Isso é tudo muito

bonito, mas isso só devia de ser feito depois de ser feita a ligação da IC19 à CRIL,

depois de ser feita a ligação da A5 ao Eixo Norte/Sul, ser feita a ligação da A1 à CRIL

em moldes diferentes, de ser feito isto, aquilo…”. Bom, este é um princípio da inação,

é o princípio de nós fazermos rigorosamente, nada, é o princípio de nós não mexermos

uma palha do ponto de vista da nossa ação. Porque nada disso é incompatível, o que

nós temos de fazer é fazer aquilo que em que nós temos responsabilidade e temos que

lutar por aquilo que, verdadeiramente, pretendemos e é necessário para completarmos

os instrumentos fundamentais à mobilidade. ---------------------------------------------------

----- É por isso que nós avançamos com este projeto, e é por essa razão, também, que

nós não desistimos e trabalhamos com o governo, com o anterior e com o atual, para

resolvermos os problemas de ligações que estão identificados e que são muito

importantes. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- E é por esta razão, também, que desenvolvemos, já no governo anterior, e

trabalharemos neste governo, agora aqui, em condições diferentes, relativamente ao

aspeto nuclear da gestão dos transportes públicos pela Cidade de Lisboa. Infelizmente,

nesta luta, não somos acompanhados por todas as forças políticas. -------------------------

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----- O que eu quero dizer com isto é o seguinte; é que nós podemos ter perspetivas

diferentes, podemos ter até ponderações diferentes, nada de fundamental que até agora

foi colocado no debate público sobre a Segunda Circular dá alguma dimensão de razão

aos temores daqueles que apontam como alteração profunda, radical, estrutural do

papel da Segunda Circular para uma alteração de calamidade no trânsito na Cidade de

Lisboa, pelo contrário, contribuirá para a melhoria, para a fluidez, para a melhoria da

situação dos automobilistas que utilizam a Segunda Circular, e não há nada que nos

aconselhem, pelo contrário, a pararmos com esta intervenção e a esperarmos por outras

intervenções feitas sabe-se lá quando, por quem e em que condições, para fazermos

aquilo que devemos. --------------------------------------------------------------------------------

----- A verdade é que a Cidade de Lisboa é hoje muito diferente do que era, e a nossa

responsabilidade é de estarmos à altura e em todos os momentos tomarmos as decisões,

e neste momento, porque podemos financeiramente, para fazermos aqueles

investimentos tão necessários à qualidade de vida na cidade. --------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Nunes da Silva (IND) no uso da

palavra, fez o seguinte pedido de esclarecimento: -----------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. --------------------------------------------------------

----- Não vou sequer usar os três minutos porque, obviamente para discutir algumas

coisas que aqui foram colocadas, era necessário mais tempo, quero só recordar ao

Senhor Presidente que, em situações semelhantes em Barcelona e Madrid, a velocidade

máxima admitida varia em função do grau de congestionamento e, é evidente, que é

isso que devia ser feito por estar a pôr o 60 quilómetros por hora, às onze da noite para

quem vem do Aeroporto para a Buraca, é evidente que é um disparate completo. E,

portanto, isso são soluções técnicas, não vale a pena continuarmos, aqui, a debater

porque como é evidente, o Senhor Presidente não tem obrigação de conhecer

tecnicamente estes detalhes e, portanto, não vamos aqui discuti-lo, embora como já

manifestei há muito tempo, ao Senhor Vereador Manuel Salgado, estarei sempre

disponível para discutir estas coisas, de uma forma, absolutamente, tranquila e serena. ---

----- A única coisa que me levou a intervir foi que o senhor Presidente referiu-se que eu

tinha eventualmente utilizado expressões menos próprias para me dirigir a si, e eu

gostava de perguntar onde é que me ouviu utilizar essas pressões menos próprias que

levam a ter a reação que teve, dizendo que não descia a esse nível para responder? Pelo

que, agradecia.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Barbosa (PSD) no uso da palavra, fez o

seguinte pedido de esclarecimento: ----------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, ouvi a sua disposição, portanto, “Lisboa no país das

maravilhas…”, em que tudo é fácil e, tudo se resolve, e queria dizer-lhe o seguinte;

primeiro, a sociedade civil tem todo o direito de participar em todos os debates que a

Câmara Municipal faz e em tudo aquilo que aquilo que a Câmara Municipal faz para

bem, ou para mal, dos lisboetas. A sociedade civil e todos os estudos que a sociedade

civil entregou na Câmara Municipal de Lisboa, até agora, quer no seu mandato, quer

no anterior, foram todos para uma coisa chamada lixo e, portanto, gastaram-se milhares

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de euros para contribuir para coisas que a Câmara Municipal fez, e todos os estudos,

porque era uma decisão política, e não era uma decisão técnica, nunca foi ouvido os

técnicos, porque era uma decisão política, esses estudos foram todos para o lixo e

recordo vários, acabei de entregar há pouco tempo, um sobre o eixo central continua à

espera de respostas que não são dadas pelo Arquiteto Manuel Salgado, e mesmo em

relação a isto, vamos entregar até ao prazo limite, que é sexta-feira, qual é a posição

contra a posição da Câmara no que diz respeito à 2ª Circular. ---------------------------------

----- A segunda coisa que queria dizer é a seguinte; quem se opõe, quem se opõe, não é

opor-se, é a maneira como é feito, e o que é que é feito. Ninguém está contra que

ponha árvores, ninguém está contra a que feche cruzamentos, ninguém está contra isto,

ou aquilo, é a maneira como você, não desculpe, é a maneira como eu quero fazer antes

de fazer coisas que não vão resolver o problema. Portanto, há uma série de ligações

que o Senhor Presidente acabou de dizer, peço desculpa, eu já pedi desculpa, que o

Senhor Presidente acabou de explicar de que é o Governo, não sabe que o Governo,

mas o Senhor Presidente não pode fazer um determinado número de intervenções na 2ª

Circular sem ter os outros problemas anteriormente, resolvidos, não vai resultar. É só

isto que lhe queria dizer.” ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara no uso da palavra, respondeu o seguinte: -------

----- “Relativamente ao Senhor Deputado Nunes da Silva, eu mantenho o que afirmei

relativamente aos termos do debate público e cada um interpreta como quiser e como

entender. Se quisesse ter dito de forma diferente, teria dito, não disse mais, nem menos

do que aquilo que disse, e o que disse foram duas coisas: ------------------------------------

----- Primeiro, eu oiço e leio como toda a gente, não sou ingénuo, sei aquilo que leio e

aquilo que oiço, e também sou inequívoco sobre a forma de participar no debate

público, eu participo pelo debate das ideias e não trato os meus adversários políticos

como inimigos, trato-os como pessoas que têm opiniões diferentes e não trato de outra

forma. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente às matérias de substância, eu com franqueza aceito toda a discussão

teórica sobre a velocidade às onze da noite, à meia-noite, à uma da manhã, às duas da

manhã, podemos discutir isso e se o Senhor Deputado quiser carrear para a Câmara

todos os exemplos internacionais serão certamente, bem-vindos. Mas deixe-me dizer-

lhe com franqueza que essa não é a minha grande preocupação. A minha grande

preocupação é o que se passa na hora de ponta quando as pessoas utilizam a Segunda

Circular, e quando utilizam a Segunda Circular durante o dia, e quando a utilizam nas

horas de grande congestionamento. E a questão é a seguinte, nós dizemos que temos,

ou não temos um problema, e do que eu ouvi até agora, não ouvi ninguém dizer que

existe um problema. Não ouvi. -------------------------------------------------------------------

----- Segundo aspeto, relativamente aos aspetos críticos do projeto tenho que vos dizer,

com toda a franqueza, que não me peçam para repetir a lista exaustiva do que são as

intervenções dominantes do projeto que me pareceram que não ouvi uma única crítica

sobre elas. Alguém está contra a repavimentação integral da Segunda Circular?

Alguém está contra a pintura e toda a sinalização horizontal nova na Segunda Circular?

Alguém está contra a sinalização vertical nova na Segunda Circular? Alguém está

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contra a melhoria de todo o sistema de iluminação pública na Segunda Circular?

Alguém está contra a melhoria das entradas e das saídas da Segunda Circular? Alguém

está contra a correção do problema do nó no Campo Grande na Segunda Circular?

Alguém está contra a introdução e a redução do ruído na Segunda Circular? Não.

Ninguém está contra. Não ouvi uma única voz contra. Se alguém estiver contra que

diga. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu ouvi pessoas contra as ciclovias na Segunda Circular, mas não vai haver

ciclovias na Segunda Circular. Ouvi pessoas contra a redução de faixas na Segunda

Circular, mas não há redução de faixas na Segunda Circular. Ouvi pessoas contra o

estrangulamento abruto das vias da Segunda Circular que não vai haver porque o

fundamental das medidas já lá estão a ser executadas. Eu ouvi pessoas que eram

contra, passo a expressão, “a brincadeira chegou a tal ponto”, que um jornal

humorístico dizia: “com tanta florestação na Segunda Circular, agora, vamos lá lançar

o lince ibérico”. Mas alguém está contra a florestação do que são as alamedas laterais

da Segunda Circular, que não o eixo central da Segunda Circular? Alguém está contra

a isso? É que estão quinhentas e setenta árvores em 7 Km, quinhentas. Não são oito

mil. Não é uma floresta na Segunda Circular. Mas as críticas são como se a

quiséssemos transformar numa floresta na qual agora os carros iriam passear entre as

árvores. Por isso, alguém está contra a que se arborize o que são todas as zonas

expectantes da Segunda Circular e que estão com aquele sentido de desertificação?

Não há uma única voz contra ou, pelo menos, nunca as ouvi. Por isso, só sobram

verdadeiramente, duas vozes contra: uma voz contra os limites de velocidade, e essa

voz contra os limites de velocidade é uma voz que na minha opinião não tem razão de

ser porque a redução da velocidade, ao contrário do temor, porque eu percebo o temor

de muitos. Eu não trato como digo, quem pensa de forma diferente de mim, não é meu

inimigo. Eu percebo o temos de quem acha que uma redução de velocidade lhe vai

causar problemas, que vai demorar mais tempo a chegar ao emprego, que vai demorar

mais tempo a deixar os filhos na escola, claro que esse é um receio perfeitamente

legítimo. Mas é que esta intervenção é, precisamente, para melhorar a vida de todas

essas pessoas. É que melhora a vida de todas essas pessoas. É que esta obra não é feita

por nenhuma oposição de ciclistas contra condutores, ou de pedestres contra

condutores, isto é uma via motorizada exclusivamente para uso motorizado que irá

continuar como tal, não tem nenhuma alteração a esse nível, não tem nenhuma

comparação com o eixo central, não tem nenhuma comparação a intervenção no eixo

central a esse título é muito mais pesada, muito mais, diria eu, de gestão de conflitos

sobre a operação que é feita. Na Segunda Circular, não. É uma operação de outra

natureza. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Assim, tudo retirado sobra aquilo que o Senhor deputado Carlos Barbosa colocou,

que identificou bem, de facto, o ponto de divergência que é, há um outro conjunto de

intervenções que são necessárias para que todo o sistema possa funcionar bem. É

verdade. Estamos de acordo. A grande diferença que nós temos é a seguinte: é que o

Senhor Deputado acha que nós devemos parar até ter essas alterações feitas, e eu acho

que nós devemos avançar e fazer essas alterações. Se fossemos esperar para que,

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verdadeiramente, tudo funcionasse, Senhor Deputado, nós tínhamos que parar tudo e

começar por um outro ponto muito diferente, que era começar por todo o investimento

em transporte público e metropolitano que durante décadas não foi feita neste país.

Ora, se nós parássemos à custa disto, se nós parássemos, Senhor Deputado, há duas

coisas que eu sabia que iria acontecer se parássemos à espero disso. Sabe o que é que

era? Primeiro, não resolveríamos nada. Segundo, é que nós não teríamos nisto o apoio

do PSD. É que o PSD sempre foi muito claro na batalha dos transportes públicos,

nunca esteve ao lado do Executivo Municipal, sendo um elemento absolutamente,

estruturante para a aferição da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa. ------------

----- Por isso, Senhor Deputado, a diferença que existe neste momento, é só uma, é

avançamos com aquilo que é competência da Câmara e trabalhamos para resolver os

pontos identificados, ou ficamos a aguardar pelo “dia de são nunca”, por um dia que

não sabemos se irá acontecer, e vamos adiando sucessivamente a resolução de

problemas que estão verdadeiramente, nas nossas mãos, resolver. --------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhor Presidente. ---------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, terminámos esta parte da nossa ordem de trabalhos, e vamos

prosseguir com a ordem de trabalhos. -----------------------------------------------------------

----- Nesta parte temos um conjunto de moções e recomendações para votar, que é o

que vamos fazer, agora. ----------------------------------------------------------------------------

----- Moção nº 1/90 - “Mobilidade e Transportes Coletivos de Lisboa”; ---------------

----- (A Moção nº 1/90 é anexada á presente ata como Anexo I e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- N moção nº 1/90, apresentada pelo Partido Socialista, moção sobre “Mobilidade e

Transportes Coletivos de Lisboa”, na sua parte deliberativa ela tem três alíneas, e o

Partido Socialista pediu para separar a votação da alínea b). Eu peço às pessoas que

queiram sair que passem por trás. Peço desculpa, não foi o Partido Socialista mas sim,

foi o Partido Comunista que pediu para votar separadamente, a alínea b), e vamos,

portanto, pôr à votação a moção nº 1/90, as alíneas a) e c). Votos contra do PSD,

CDS-PP e MPT. Não há abstenções. Votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN

e 6IND. Estão aprovadas por maioria as alíneas a) e c), da moção nº 1/90. ------------

----- Vamos passar à alínea b) da moção nº 1/90. Votos contra do PSD, PCP, CDS-PP

e PEV, abstenção do MPT e votos a favor do PS, BE, PAN, PNPN e 6IND. A alínea

b) da moção nº 1/90 foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------

----- Moção nº 2/90 - “Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde”; ---------------------

----- (A Moção nº 2/90 é anexada á presente ata como Anexo II e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- E vamos passar agora, à moção nº 2/90, e pede a votação separada por pontos, eu

penso que eram os pontos 4, 5 e 6, não era? Ou eram todos? Ela tem 8 pontos, e são os

pontos 4, 5 e 6 segundo me apercebi na intervenção do Deputado João Pinheiro que era

para ser votado separadamente. Portanto, vamos pôr à votação a moção nº 2/90,

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36

apresentada pelo Bloco de Esquerda, “Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde”.

Vou pôr à votação os pontos 1, 2, 3, 7 e 8, portanto, com exclusão dos pontos, 4, 5 e 6,

os pontos 1, 2, 3, 7 e 8. Votos contra do PSD, abstenção do MPT e votos a favor do PS,

PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, PNPN e 6IND. Os pontos 1, 2, 3, 7 e 8 da moção nº

2/90 foram aprovados por maioria. ------------------------------------------------------------

----- Vamos passar ao ponto 4 da moção nº 2/90, que tem a ver com a municipalização

da saúde, e o que diz a proposta é “rejeitar a municipalização da saúde”. Votos contra

do PSD, abstenção do PS, CDS-PP, MPT e PNPN, e votos a favor do PCP, BE, PEV,

PAN e 6IND. O ponto 4 da moção nº 2/90 foi aprovado por maioria. ------------------

----- Vamos passar aos pontos 5 e 6 da moção nº 2/90, votos contra do PSD, PS e

PNPN, abstenção do CDS-PP, MPT e da Presidente da AML, e votos a favor do PCP,

BE, PEV, PAN e 6IND. Os pontos 5 e 6 da moção nº 2/90 foram rejeitados. -----------

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) no uso da palavra,

apresentou a seguinte declaração de voto oral: ---------------------------------------------------

----- “É só para dizer que nós votámos a favor dos pontos da resolução, no entanto

queremos deixar muito claro que nos texto desta moção, encontram-se afirmações

totalmente, erróneas e com as quais discordamos.- ----------------------------------------------

----- É associar à construção do novo hospital a desanexação e deixar de funcionar os

Hospitais da Colina de Santana. -------------------------------------------------------------------

----- Nós continuamos a defender os hospitais da Colina de Santana e continuamos a

defender o Hospital Oriental como hospital para essa população, da zona oriental, e

que não é incompatível com resto. Esta é uma questão de fundo que, ainda, não está

resolvida, mas, digamos, não deixamos de votar a parte resolutiva, mas consideramos,

nesta moção, nós protestamos, e o nosso o que é numa moção tenha contexto

contraditório com as conclusões e, por isso, aí, fica afirmado e fica em ata.” ---------------

----- Moção nº 3/90 - “Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e

Investimento”; --------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Moção nº 3/90 é anexada á presente ata como Anexo III e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Miguel Graça solicita a votação por pontos. ---------------------

----- A moção nº 3/90 é a que vamos votar a seguir, é sobre o “Acordo de Parceria

Transatlântica de Comércio e Investimento”, e foi apresentada pelo Partido Ecologista

“Os Verdes” e vamos pôr à votação, separadamente, o ponto 1, votos contra do PSD,

PS, CDS-PP, MPT e PNPN, abstenção de 6IND, e votos a favor do PCP, BE, PEV e

PAN. O ponto 1 da moção nº 3/90 foi rejeitado. ---------------------------------------------

----- Vamos passar ao ponto 2 da moção nº 3/90, votos contra do PSD, PS, CDS-PP,

MPT e PNPN, não há abstenções, e votos a favor do PCP, BE, PEV, PAN e 6IND. O

ponto 2 da moção nº 3/90 foi rejeitado.--------------------------------------------------------

----- Passamos, agora, aos pontos 3 e 4 da moção nº 3/90, votos contra do PSD, PS,

CDS-PP, MPT e PNPN, não há abstenções, e votos a favor do PCP, BE, PEV, PAN e

6IND. Os pontos 3 e 4 da moção nº 3/90 foram rejeitados. --------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage do Grupo Municipal do Partido

Socialista, apresentou a seguinte Declaração de Voto): ---------------------------------------

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----- “Manuel Portugal Lage, Membro da Assembleia Municipal de Lisboa, do Grupo

Municipal do Partido Socialista vem apresentar a sua declaração de voto relativo ao

seu sentido de voto, na Moção 3/90, apresentada pelo PEV, intitulada “Acordo de

Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento”, na reunião de 12 de Janeiro de

2016. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vem o PVE referir-se a um conjunto de tratados internacionais a celebrar entre a

UE e os EUA, conforme mandato conferido pelos Estados Membros da UE em 2013 à

Comissão Europeia. --------------------------------------------------------------------------------

----- Ao longo do texto da Moção pode ler-se que “(…) a Comissão Europeia e o

Governo dos EUA têm vindo a promover no maior secretismo, um acordo (…)”, sendo

que adiante se pode ler exatamente o contrário disto, senão vejamos; diz o texto da

Moção: “(…) O que se sabe (…) é o facto de se pretender “ligar ao mais alto nível de

liberalização” os acordos de comércio livre existentes (…) e a eliminação de todos os

obstáculos inúteis ao comércio (…)”. -----------------------------------------------------------

----- Como se não fosse ainda bastante, o PEV, continua ao longo da Moção

apresentada com esta contínua contradição, tecendo considerações sobre as

consequências da aceitação de um acordo que é secreto, mas que mesmo assim

permite tirar conclusões sobre a sua implementação. ----------------------------------------

----- Critica-se depois o favorecimento estratégico da posição Europeia ao nível da

OMC face aos países que têm vindo a bloquear as negociações com as suas

exigências. Mas de novo, recordando o caráter secreto do documento. -------------------

----- Acena seguidamente o PEV com a “(…) destruição de milhares de empregos, (…)

falência das micro e pequenas empresas (…), da degradação dos direitos laborais por

toda a Europa (…), também aligeirar as regras (…) da qualidade dos produtos (…)” -

----- Ora, não se pode o signatário conformar-se com esta argumentação, uma vez que

feita uma pesquisa acerca do tema deparamo-nos com quatro artigos sobre o assunto.

----- Vejamos quais: --------------------------------------------------------------------------------

----- 1. Algumas notas sobre o TTIP, por João Ferreira, publicado na edição 334 de

Janeiro/Fevereiro de 2014, na revista do Partido Comunista Português, “O

Militante”; -------------------------------------------------------------------------------------------

----- 2. O Que esconde o TTIP, pelo Grupo de Portugal para análise crítica ao Acordo

UE-EUA, publicado no blogue parceriatransatlântica.wordpress.com --------------------

----- 3. Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, publicado na

Wikipédia. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4. Acerca do TTIP, da Direção-geral do Comércio da Comissão Europeia, cuja

última atualização é de 1 de Abril de 2015. ----------------------------------------------------

----- Assim, e dispensando-me, por motivos óbvios de me pronunciar acerca das

dissertações quer da Wikipédia, quer do Blogue criado especificamente para

desacreditar o tema, ou do artigo do Deputado Comunista publicado na revista oficial

do PCP, ficar-me-ei por analisar, o documento oficial da Comissão Europeia. ----------

----- Pelo que, de acordo com este documento é inegável que a UE está a negociar o

TTIP com os EUA. ----------------------------------------------------------------------------------

Page 38: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

38

----- No entanto, daqui em diante, tudo o que nos é dito pela Comissão Europeia

contraria a Moção do PEV. -----------------------------------------------------------------------

----- Senão vejamos: --------------------------------------------------------------------------------

----- O TTIP tem como objetivo ajudar pessoas e empresas pequenas e grandes a

alcançar os mercados Europeus e Americanos; a Desburocratizar procedimentos para

essas empresas aquando das exportações; estabelecendo novas regras para facilitar

as exportações e importar e investir no estrangeiro. ------------------------------------------

----- Refere ainda que o TTIP pode ajudar criando empregos em toda a Europa;

reduzindo preços quando se compra aumentando a oferta do consumidor, influenciar

as regras de comércio mundiais e na projeção dos valores europeus a nível mundial. --

----- Assegura ainda este documento que o TTIP não pode ser negociado a qualquer

preço. Por isso tem de ser assegurado que os produtos importados para a Europa

cumprem os mais elevados padrões de qualidade; que protegem a saúde, a segurança

e o ambiente e que representam um benefício para a sociedade de outras formas; e que

isso é assegurado permitindo a autorregulação nacional ambiental e pessoal. ----------

----- Por fim, refere que à medida que as negociações decorram serão envolvidos o

Parlamento Europeu, os Sindicatos, os Grupos de Interesse e o Público em geral. ------

----- Termina este documento oficial da União Europeia assegurando que quando

houver um texto final, caberá aos governos nacionais e ao PE a sua aprovação. --------

----- Por tudo isto, o voto coerente e sério do signatário europeísta. O voto contra.” ---

----- Vamos prosseguir com as Recomendações. -------------------------------------------------

----- Recomendação nº 2/90 – “Transportes e Mobilidade Um Direito de Todos”; ----

----- (A Recomendação nº 2/90 é anexada á presente ata como Anexo IV e dela faz

parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar, agora, à recomendação nº 2/90, é uma recomendação do PCP.

Havia um primeiro ponto que foi retirado, esta é a nova versão que tem, treze pontos

deliberativos, apenas para estarmos todos cientes do que estamos a votar. ------------------

----- Foi distribuída e o CDS-PP pede para separar o ponto 1 da atual versão. Pergunto

ao CDS se está com a atual versão em mão? Tem treze pontos deliberativos, é isso?

Confira….muito bem. E pedem para autonomizar o ponto 1, e é isso que vamos fazer,

vamos pôr à votação o ponto 1 da recomendação nº 2/90, do PCP, sobre “Transportes

e Mobilidade um Direito de Todos”. Votos contra do PSD, CDS PP e do MPT, não há

abstenções, votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN e 6IND. O ponto 1 da

recomendação nº 2/90 foi aprovado por maioria. --------------------------------------------

----- Vamos passar à votação dos restantes 12 pontos da recomendação nº 2/90. Votos

contra do PSD, abstenção do MPT, e votos a favor do PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV,

PAN, PNPN e 6IND. Os restantes 12 pontos foram aprovados por maioria. A

recomendação nº 2/90 foi aprovada por maioria. --------------------------------------------

----- (O Grupo Municipal do CDS-PP, apresentou a seguinte Declaração de Voto): -------

----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP, declaram que votaram contra o ponto 1

da Recomendação acima referenciada por: ------------------------------------------------------

----- 1. Não acompanharem o espartilho ideológico, dualista e desfasado da realidade

do PCP em que o que o público é bom e o privado é mau; -------------------------------------

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39

----- 2. O CDS-PP há décadas que assume que o Estado tem um papel

desproporcionado de proprietário, acionista, gestor, regulador, operador concedente

e concessionário do sistema de transportes na Área Metropolitana de Lisboa, facto

que deveria ser alterado; ---------------------------------------------------------------------------

----- 3. Nesta perspetiva, a concessão da operação a privados seria benéfica para

clientes, utentes e trabalhadores sendo estes menos sacrificados do que em empresas

públicas esgotadas e sem capacidade de endividamento para o regular funcionamento

e, sobretudo, para investimentos necessários para manutenção das boas condições de

prestação dos serviços; ------------------------------------------------------------------------------

----- 4. As autarquias podem e devem colaborar para um eficiente sistema de

transportes colocando ao seu serviço as prerrogativas que possui no que respeita a

competências de gestão da via pública, manutenção de infraestruturas viárias,

interfaces modais entre vários tipos de transporte, bem como a devida adequação do

mobiliário e espaço público, contributo esse essencial no desígnio de ultrapassar e

resolver as dificuldades manifestadas pelos utentes e munícipes; ----------------------------

----- 5. O Estado deve evitar e acautelar todas as situações de abuso de posição

dominante no mercado em matéria de concorrência e preços. No entanto, o CDS

entende que os municípios devem ter liberdade de autorização e regulamentação

especial em formas específicas de transportes de idosos e outras classes de mobilidade

reduzida; -----------------------------------------------------------------------------------------------

------ 6. O Governo deverá, ainda e com a maior urgência, aplicar imediata regulação

através da Autoridade de Mobilidade e Transportes. Importa, acima de tudo,

assegurar não apenas a sustentabilidade económica do sistema de transportes, mas

garantir uma rede integrada que responda às necessidades da população e sempre

numa lógica metropolitana.” ------------------------------------------------------------------------

----- Recomendação nº 3/90 – “Em Defesa da Soberania Alimentar”; -------------------

----- (A Recomendação nº 3/90 é anexada á presente ata como Anexo V e dela faz

parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à recomendação nº 3/90, do Partido Ecologista “Os Verdes”, e

alguém pediu a palavra….. e o CDS-PP pede a palavra para informar que irá apresentar

uma declaração de voto. -----------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à recomendação nº 3/90, “Em Defesa da Soberania Alimentar”,

apresentada pelo Partido Ecologista “Os Verdes”. Tem 4 pontos deliberativos e mais

um encaminhamento, e vamos pôr à votação. Votos contra do PSD, abstenção do CDS-

PP, e votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A

recomendação nº 3/90 foi aprovada por maioria. --------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage do Grupo Municipal do Partido

Socialista, apresentou a seguinte Declaração de Voto): ---------------------------------------

----- “Manuel Portugal Lage, Membro da Assembleia Municipal de Lisboa, do Grupo

Municipal do Partido Socialista vem apresentar a sua declaração de voto relativo ao

seu sentido de voto, na Recomendação 3/90, apresentada pelo PEV, intitulada “Em

defesa da soberania alimentar”, na reunião de 12 de Janeiro de 2016. -------------------

Page 40: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

40

----- Vem o PEV referir-se ao tratado internacional a celebrar entre a UE e os EUA,

conforme mandato conferido pelos Estados Membros da UE em 2013 à Comissão

Europeia, o TTIP, alegando a sua negociação secreta.---------------------------------------

----- Ao longo do texto da Recomendação pode ler-se que “(…) a ser aprovado, esse

acordo poria em causa o objetivo de garantir a Soberania Alimentar do nosso país e

do nosso povo (…)”, sendo que adiante se pode ler “(…) que nos EUA a indústria

(…), conseguiram que o Governo autorizasse a eliminação nos rótulos de referências

aos OGM (…)” e que “(…) Tal facto poria inevitavelmente em risco a própria

Segurança Alimentar (…)”. -----------------------------------------------------------------------

----- Depois de um conjunto de considerações opinativas e não consubstanciadas em

nada senão na opinião do PEV, o que aliás, vem ao encontro do que vem sucedendo,

isto é, trata-se de um acordo secreto, mas o PEV refere-se a ele como se o mesmo

tivesse sido já aprovado ou até mesmo publicitado. -------------------------------------------

----- O cúmulo é quando o PEV alega “(…) a possibilidade desse Tratado (…) facilitar

a importação de muita da desregulação dos EUA (…)”, extrapolando de forma

dramática para a consequência para si óbvia, mas na realidade alarmista, populista e

demagógica dizendo que “(…) poderá representar (…) menos saúde, menos emprego,

menos sustentabilidade e menos regulação financeira por parte do Estado português

(…)” --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tudo isto, recorde-se acerca de um tratado secreto, mas que mesmo assim

permite tirar conclusões sobre a sua implementação. ----------------------------------------

----- Ora, não se pode o signatário conformar-se com esta argumentação, uma vez que

é por demais conhecida a entidade dos EUA que regula o setor: a “FDA”. -------------

----- Diz então a “U. S. Food and Drug Administration”, do Departamento de Estado

da Saúde e Serviços Humanos do Governo dos EUA no seu sítio oficial na internet que

os alimentos que derivam de OGM têm de alcançar os mesmos requisitos de segurança

alimentar que se aplicam a todos os alimentos regulados pela “FDA”. -------------------

----- Aliás, acrescenta-se ainda que conforme já vem sendo regulado desde 1992

acerca dos OGM, a “FDA” não tem conhecimento de que estes alimentos difiram de

outros de forma significativa. Pode ainda ler-se que, estes alimentos também não

apresentam preocupações diferentes ou maiores que os que não são OGM. No entanto

refere que no caso de ser materialmente diferente da contraparte natural a rotulagem

desses alimentos tem de revelar essas diferenças. ---------------------------------------------

----- Contrariando a ideia de desregulação que o PEV pretende passar, a “FDA”,

acrescenta que exigiu rotulagem adicional para alimentos que derivam de OGM, onde

foram detetadas diferenças que resultaram em alterações materiais. ----------------------

----- No entanto e à semelhança do que foi feito com a moção do PEV referente ao

mesmo tratado, encontraram-se quatro artigos principais sobre o assunto. Vejamos

quais: -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 1. Algumas notas sobre o TTIP, por João Ferreira, publicado na edição 334 de

Janeiro/Fevereiro de 2014, na revista do Partido Comunista Português, “O

Militante”; -------------------------------------------------------------------------------------------

Page 41: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

41

----- 2. O Que esconde o TTIP, pelo Grupo de Portugal para análise crítica ao Acordo

UE-EUA, publicado no blogue parceriatransatlântica.wordpress.com --------------------

----- 3. Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, publicado na

Wikipédia. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4. Acerca do TTIP, da Direção-geral do Comércio da Comissão Europeia, cuja

última atualização é de 1 de Abril de 2015. ----------------------------------------------------

----- Assim, adere o signatário ao aduzido pela Comissão Europeia bem como pela

“FDA”, não considerando por motivos óbvios, as restantes fontes supracitadas, como

sejam os meios de propaganda do PCP ou a Wikipédia. -------------------------------------

----- Pelo que, de acordo com este documento é inegável que a UE está a negociar o

TTIP com os EUA. ----------------------------------------------------------------------------------

----- No entanto, daqui em diante, tudo o que nos é dito pela Comissão Europeia

contraria a Moção do PEV. -----------------------------------------------------------------------

----- Senão vejamos: --------------------------------------------------------------------------------

----- O TTIP tem como objetivo ajudar pessoas e empresas pequenas e grandes a

alcançar os mercados Europeus e Americanos; a Desburocratizar procedimentos para

essas empresas aquando das exportações; estabelecendo novas regras para facilitar

as exportações e importar e investir no estrangeiro. ------------------------------------------

----- Refere ainda que o TTIP pode ajudar criando empregos em toda a Europa;

reduzindo preços quando se compra aumentando a oferta do consumidor, influenciar

as regras de comércio mundiais e na projeção dos valores europeus a nível mundial. --

----- Assegura ainda este documento que o TTIP não pode ser negociado a qualquer

preço. Por isso tem de ser assegurado que os produtos importados para a Europa

cumprem os mais elevados padrões de qualidade; que protegem a saúde, a segurança

e o ambiente e que representam um benefício para a sociedade de outras formas; e que

isso é assegurado permitindo a autorregulação nacional ambiental e pessoal. ----------

----- Por fim, refere que à medida que as negociações decorram serão envolvidos o

Parlamento Europeu, os Sindicatos, os Grupos de Interesse e o Público em geral. ------

----- Termina este documento oficial da União Europeia assegurando que quando

houver um texto final, caberá aos governos nacionais e ao PE a sua aprovação. --------

----- Por tudo isto, o voto coerente e sério do signatário europeísta. O voto contra.” ---

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- “E terminámos esta parte, dos nossos trabalhos, Senhores Deputados, obrigada

pela vossa colaboração e compreensão. -----------------------------------------------------------

----- Temos, agora, alguns pontos, da nossa ordem de trabalhos que eu penso que

podemos ver, desde já, é a Proposta nº 806/2015, trata-se da tabela taxas, são

correções à tabela de taxas, é a própria Tabela de Taxas de 2016, e correções ao

Regulamento Geral, Taxas, Preços e Outras Receitas Municipais. ---------------------------

----- O Senhor Vereador não quer fazer a apresentação da proposta. O Relator é o

Senhor Deputado Hugo Xambre que dispensa a apresentação do parecer. -------------------

----- Temos inscritos. Vamos dar a palavra.” -----------------------------------------------------

Page 42: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

42

----- PONTO 2 – PROPOSTA Nº 806/CM/2015 – TABELA DE TAXAS 2016 E

CORREÇÕES AO REGULAMENTO GERAL DE TAXAS, PREÇOS E

OUTRAS RECEITAS MUNICIPAIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO

ABRIGO DAS ALÍNEAS B), C) E G) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º DO

REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, APROVADO PELA LEI

Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; 2X GRELHA BASE – 68 MINUTOS; ------- ----- (A Proposta nº 806/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo VI e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e

Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo VII e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Mesa, Excelentíssimo Senhor Presidente

da Câmara, restantes Vereadores, Excelentíssimas e Excelentíssimos Senhores

Deputados Municipais, minhas Senhoras e meus Senhores. -----------------------------------

----- Relativamente à proposta de revisão da tabela de taxas, pretendo referir-me,

especificamente, à matéria das taxas no âmbito de competências das Juntas de

Freguesia ou seja, as taxas de licenciamento de proximidade, ditas de proximidade. ------

----- Pela segunda vez no espaço de um ano, estamos a defraudar uma oportunidade

para o novo quadro de gestão do espaço público. Não vou discutir o regulamento em si

já que as divergências são muitas, e mais importante…..eu diria que o tablet não quer

colaborar mesmo, Senhora Presidente., quer-me parecer que eu vou ter que recorrer ao

mesmo expediente da última reunião da Comissão de ontem, ele recusa-se

terminantemente, a colaborar com uma intervenção de hoje, e eu gostaria muito de

poder contar com a colaboração dele, porque estas coisas quando são preparadas com

tempo, têm uma…. mas isto, de facto, não está a funcionar. Continuando… ---------------

----- Não vou discutir o regulamento em si, já que as divergências são muitas, isto é ali

o Senhor Vereador a lançar energia negativa…… não vou discutir o regulamento em si

já que as divergências são muitas e mais importante, o que há 6 meses atrás parecia ter

só a Junta de Freguesia da Estrela a defender, hoje já tem mais entidades a concordar

connosco, nomeadamente aquelas que estão relacionadas com o comércio local, aliás,

ontem mesmo o próprio vereador admitiu em sede de comissão que sobre este

regulamento podem existir várias interpretações. Senhor Vereador, esse é o primeiro

sinal da urgência da sua alteração e/ou correção. E quero-lhe dizer que, relativamente a

esta matéria, tenho de me opor, categoricamente à revisão e, portanto, a minha votação

aqui, é contra a revisão, a revisão não do ponto de vista da maior parte dos pontos que

a contém, mas especificamente do ponto 2, porque ele não deveria estar no ponto 2,

conforme já para explanar mais à frente. ---------------------------------------------------------

----- A mesma revisão trata de forma diferente alterações com o mesmo fim, para as

taxas que a Câmara Municipal de Lisboa aplica, vossa Excelência propõe alterar e

muito bem, o regulamento, para as da Junta vossa Excelência não altera o regulamento,

mas coloca um ponto fora do regulamento na proposta 806, que é o ponto número 2.

Page 43: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

43

Senhor Vereador, o ponto número 2, para ter eficácia, já o disse, e torno a dizê-lo, tem

de estar alterado dentro do regulamento. Mais, Senhor Vereador, o texto que foi

publicado em dezembro de 2014, e republicado depois das alterações feitas em julho

de 2015, contém o mesmo erro no artigo 97º, diz que as taxas devem ser aplicadas

durante o ano de 2010. Ora, nós, nessa altura, estávamos em 2015, e hoje, estamos em

2016. Não em 2010. Isso mesmo foi objeto de um parecer por parte da própria CML

chega a ser delicioso porque a única vez que os serviços jurídicos da Câmara

Municipal de Lisboa fazem um parecer sobre a questão das taxas é para dar razão à

Junta de Freguesia da Estrela. E solicitar a correção, sugerir a correção desse artigo e,

nem isso, fizeram. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Vereador, vossa Excelência herdou, à semelhança do seu antecessor, um

erro claro dos serviços jurídicos que tem participado na construção deste regulamento. --

----- Sabemos, infelizmente, que tem sido vários os erros desses serviços jurídicos, aqui

tem uma opção de exercer a sua função de decisor político e corrigir esse erro. Ficou

claro, em sede de comissão, que é uma alteração simples e que daria conforto todas as

bancadas. Temo-lo visto, muitas vezes discordando a matéria, mas não da forma, a

exercer a sua função de decisor político, por isso é com espanto que o vejo refugiar-se

na condição de burocrata, por favor, não o faça, estão a aconselhá-lo o mal, e a partir

deste momento, vossa Excelência estará, sobejamente, alertado, e o erro dos serviços

passará a ser o seu erro, também. -------------------------------------------------------------------

----- Se querem valores que não os estabelecidos então não os aumentem duas vezes

em 2 vezes consecutivas e não os coloquem nas várias tabelas. ------------------------------

----- E por fim, Senhor Vereador, quero alertá-lo para a questão do “repristinar”.

“Repristinar”, não é o que está a ser feito, aliás, Senhor Vereador, não podia.

Repristinar é recuperar a lei revogada quando se esgota a lei que a revogou. Não é o

caso, nesta matéria, porque a lei que a revogou não se esgota, pelo contrário, ela

impõe-se. E eu até faria uma pequena brincadeira, Senhor Vereador, e ainda bem que

não são os mesmos serviços jurídicos que o estão, neste momento, a aconselhar, nesta

matéria, que também trataram da sua substituição, porque se não eles poderiam ter

optado pela repristinação, e teríamos o Vereador Cardoso da Silva, novamente, a

exercer funções, aqui, como vereador das Finanças. --------------------------------------------

----- Por isso, o Senhor Vereador, por favor, não se deixe embrulhar, passou um ano, e

o único jurista que na CML, se atreveu a escrever uma linha sobre isto, ou seja, a

atravessar a sua reputação nesta matéria, veio dar razão à Junta. Mas eu, aqui, quero ir

mais longe, também quero discutir o facto de passarmos mais uma oportunidade para

criar valores concretos para as taxas, e mais importante, criar claros critérios para a sua

definição. Não o fizemos em Julho, e não o estamos a fazer em Janeiro. Senhor

Vereador, há esplanadas e esplanadas, ocupações de espaço público, e ocupações de

espaço público, já devia ser claro o que é que é uma estrutura fixa e o que é que é uma

estrutura amovível. Já devia ser claro que esplanadas e roulottes não deviam pagar o

mesmo, mas, sobretudo, já deviam as Juntas de Freguesia ter tido oportunidade de se

pronunciarem sobre esta regulamentação. A cidade não é homogénea e, aliás, rica nas

suas diferenças, sejam elas de enquadramento, sejam de oportunidade, por isso, vimos

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hoje, aqui, votar as segundas alterações ao regulamento de 2015, e não se trata do novo

regulamento como ansiava-mos.--------------------------------------------------------------------

----- Senhor Presidente da Câmara, não está cá, portanto, dirijo-me ao Senhor Vice-

Presidente, termino dirigindo-me a si com apelo, o apelo da coerência que deve vigorar

no âmbito da nossa ação autárquica, portanto, eu peço que transmitam-lhe isto porque

isto é mesmo dirigido a ele. Sempre defendi nesta casa, muitas vezes, sabendo que não

era a posição do meu partido, a coerência da gestão territorial, nomeadamente, no que à

correta utilização das suas ferramentas, diz respeito. --------------------------------------------

----- O Presidente da Câmara, veio aqui várias vezes manifestar-se contra a imposição

de impostos ou taxas, ou remoção neutral destas, alegando que era uma situação de

injustiça institucional e incoerência na gestão. Vossa Excelência não concorda, e bem,

que outros decidam sobre matérias que incidam sobre as suas ferramentas de gestão e

sobre o território que administra. Eu, também não concordo que seja cortada a minha

capacidade de gestão da receita, de criação de medidas de apoio ao desenvolvimento

local, ou isenções para situações de desespero. Divergências à parte, esperamos que o

novo regulamento que não estará, pronto, venha a sanar, importa aqui dar mais um

passo importante na reforma administrativa. -----------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador das Finanças, em julho passado, comprometeu-se com essa

questão, até ao final de 2015. Não o fez, e pede agora, mais três meses, porque tem

outras prioridades na Câmara Municipal de Lisboa, eu compreendo. Isto para ele não é

uma prioridade, porque é uma matéria que só o afeta quando aqui a discutimos, porque

não é uma matéria que incida, diretamente, sobre o seu quadro de competências. Mas,

para as Juntas, isto é uma prioridade diária, e nós não podemos ficar mais três meses

suspenso. O Senhor Presidente de Junta dá a cara junto do seu comércio local para

comprimento e cobrança de taxas que não aprovou. Por isso, faço este apelo, e agora o

apelo é para o Presidente da Câmara. Dê o novo passo na reforma administrativa, e

nesta matéria, permita que as Juntas e as suas Assembleias tomem as suas decisões. A

cidade não é igual, o IMI não é igual, este tipo de licenciamento não tem a mesma

relevância em todas as freguesias. Dê um sinal de coerência com a reforma

administrativa, defenda para as Juntas o mesmo que defende para a Câmara, não é

apenas, uma visão autárquica, é uma visão de organização de país, uma visão de

descentralização e promoção da dinâmica local. Disse.” ---------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Hugo Xambre (PS) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, acho que todos nós devemos ser, aqui, também taxados para

comprar um novo tablet ao Senhor Deputado Luís Newton se me permite a

brincadeira, para começar, até porque aquilo que eu pretendo é dizer aqui algumas

notas, também, breves, mas sobre isso, o primeiro ponto que o Grupo Municipal do

Partido Socialista, gostaria de saudar é a decisão da Câmara Municipal fruto de uma

conjuntura económica, ainda, difícil para muitas famílias e para muitas empresas da

Cidade de Lisboa, de manter os valores das taxas ao nível do ano passado e porque

considero que a política definição de taxas municipais e a política fiscal devem andar

de juntas e, quase de mãos dadas, é mais uma prova que, também, Lisboa é uma cidade

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muito competitiva para os seus munícipes, ao nível fiscal, e ao nível de taxas, também,

e, como tal muito de algum tipo de celeumas que às vezes, se levantam em relação a

essas matérias, quando vamos discutir os valores no ponto de vista prático, mostra-se

que, de facto, que não tem sentido e aquilo que realça é a competitividade fiscal de

taxas que se e Lisboa tem. ---------------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado e, também, com uma ligação a isso, realçar a redução presente 15%

para os feirantes do ramo alimentar que é uma medida importante para as várias feiras

que a Cidade de Lisboa tem, e que é um estímulo que se dá de forma muito claras aos

também, feirantes. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Por último, gostaria de poder realçar, também, a abertura do Senhor Vereador

João Paulo Saraiva tem sempre mostrado para ouvir o conjunto de sugestões e de

opiniões em várias matérias relacionadas com esse tipo de regulamento. Não há

dúvidas, e ele próprio, ontem, na comissão, teve oportunidade, de forma muito clara,

de dizer que é um regulamento que tem que ser alterado e vai ser alterado, durante o 1º

semestre, trimestre, peço perdão, de assumir também pequenos lapsos que o

regulamento tinha e que esta próxima proposta permite fazer a sua correção, visto que

um regulamento desse tipo de tamanha natureza, é impossível que não têm esse tipo de

lapsos, e também, poder realçar que naquilo que é o estudo que está a decorrer por uma

melhor definição das taxas de ocupação do espaço público para todos, e também

esplanadas, não tem dúvidas que as juntas de freguesia têm um dever e um papel muito

ativo para poder haver uma decisão mais participada e uma decisão que seja melhor, de

forma global para a Cidade de Lisboa, e o Partido Socialista está muito à vontade para

dizer isso até porque é o Grupo Municipal com mais Presidentes de Junta de Freguesia

e, como tal, de forma muito clara, assume isso. E estamos cá, durante o 1º trimestre,

para voltarmos a discutir esse tipo de regulamentos e esse tipo de matérias. Disse.” ------

----- O Senhor Vereador João Paulo Saraiva no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde a todos já agora aproveitar também para desejar um bom ano a

todos os Deputados. Um ano empenhado como, aliás, foi de 2015, e um ano

fundamental, mas um ano que nos permita, a todos, contribuir de forma decisiva para o

desenvolvimento da Cidade de Lisboa, e do país. -----------------------------------------------

----- Dito isto, dizer que que, de facto, eu não fiz numa apresentação até porque a

discussão foi exaustiva na comissão, há aqui algumas questões que já são questões

antigas, estes ajustamentos que nós estamos aqui a propor no regulamento de taxas e na

tabela de taxas, decorrem da tentativa de sanar algumas, que após o feedback tido

durante o ano anterior, o retorno por cada um dos munícipes que de alguma forma nos

contactou Presidentes de Junta, outras instituições, algumas coisas que resultaria

menos claras da redação, digamos, aprimorar essa mesma redação. Por outro lado,

introduzir alguns ajustamentos que decorreram das negociações e das auscultações

tidas com os parceiros a propósito da introdução da taxa turística dormidas e, portanto,

desse mesmo diálogo resultaram alguns ajustamentos que, também, foram aqui

contemplados. -----------------------------------------------------------------------------------------

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----- A questão fundamental referida pelo Deputado Hugo Xambre da redução

temporária de 15% relativamente às taxas pagas pelos feirantes fixos do ramo não

alimentar, e de alguma forma, tendo assim corpo a toda a política, e que continuando a

política de uma abordagem às questões tributárias, claramente favoráveis,

nomeadamente, quando se comparam com a Área Metropolitana de Lisboa que é, no

fundo, a nossa área de concorrência direta. -------------------------------------------------------

----- Mas, também, não queria fugir à questão que o Deputado Hugo Xambre referiu

para dizer que, também, como foi referido, ontem, na comissão, havia uma intenção do

município, de proceder a um conjunto de alterações que me parecia, a mim, possível de

serem trazidos a esta Assembleia, ainda, durante o final do ano 2015, assim, não se

veio a verificar, de facto, a intensidade do trabalho que recai sobre a mesma área, sobre

a mesma área funcional da Câmara que decorreu da taxa municipal de proteção civil na

sua implementação, e da taxa turística não nos permitiu, mas o trabalho já está bastante

avançado naquilo que é a nossa proposta para discussão e debate, nomeadamente, com

as Juntas de Freguesia, os pontos que o Deputado Newton referiu e, portanto,

brevemente retomaremos este assunto. ------------------------------------------------------------

----- Isto não prejudica, evidentemente, todas as iniciativas que os Senhores Presidentes

de Junta, nomeadamente, o Presidente de Junta Newton, possam realizar, entretanto, e

todos os contributos, todas as sugestões que quiser, desde já, colocar em cima da mesa

serão úteis até para este processo de construção de uma proposta que nós estamos a

desenvolver na Direção Municipal de Finanças. -------------------------------------------------

----- Esta questão da repristinação não é nova, a questão já foi colocada em diferentes,

em todas as situações, onde foi discutida esta matéria, portanto, não me vou alongar,

são visões diferentes. Quando eu disse na comissão que havia interpretações diferentes,

evidentemente, que sobre a esmagadora maioria das matérias jurídicas há

interpretações diferentes, há formas diferentes de ver, admito que esta, em particular,

tenha aqui algumas diferenças notórias e, portanto, para que, digamos, de uma forma

contínua, possamos eliminar essas mesmas diferenças de interpretação e de

abordagem, vamos clarificar esta matéria e vamos torná-la bastante mais inteligível e

com menor número de dúvidas possíveis, foi esse o compromisso, no ano passado e,

portanto, é isso que vamos realizar no 1º trimestre. ---------------------------------------------

----- Para já, o que foi possível foi trazer nos mesmos moldes no ano anterior, esta

mesma matéria do artigo 97º, e mais não tenho a dizer, não é nenhuma novidade, foi

aquilo que foi aprovado em anos anteriores, e reiterado o compromisso, que iremos

clarificar e tornar esta matéria muito mais inteligível, em breve, durante o próximo, até

ao final do próximo trimestre, esperamos ter uma proposta que possa vir a esta

Assembleia. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador. -----------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, estamos em condições de pôr à vossa votação a Proposta nº

806/2015, e tenho um pedido do MPT para ser votada por pontos, todos os pontos em

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separado. A Proposta nº 806/2015 tem 4 pontos, o primeiro sobre a tabela de taxas, o

segundo é a prorrogação do regime do artigo 97º para 2016, o terceiro é a redução

temporária de 15% para os feirantes fixos e o quarto ponto são correções e

ajustamentos ao regulamento geral de taxas e a sua fundamentação. Portanto, vamos

colocar à votação cada um dos pontos. ------------------------------------------------------------

----- A Proposta nº 806/2015, ponto 1, votos contra do PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP

e MPT, abstenção do PAN e votos a favor do PS, PNPN e 6IND. O ponto 1 da

Proposta nº 806/2015 foi aprovado por maioria. ---------------------------------------------

----- Quanto ao ponto 2 da Proposta nº 806/2015, votos contra do PSD, PCP, BE,

PEV, CDS-PP e MPT, abstenção do PAN e votos a favor do PS, PNPN e 6IND. O

ponto 2 da Proposta nº 806/2015 foi aprovado por maioria. -------------------------------

----- Ponto 3 da Proposta nº 806/2015, votos contra do PSD, CDS-PP e MPT,

abstenção do PAN e votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PNPN e 6IND. O ponto 3 da

Proposta nº 806/2015 foi aprovado por maioria. ---------------------------------------------

----- Ponto 4 da Proposta nº 806/2015, votos contra do PSD, PCP, BE, PEV e CDS-

PP, abstenção do PAN e do MPT, votos a favor do PS, PNPN e 6IND. O ponto 4 da

Proposta nº 806/2015 foi aprovado por maioria. ---------------------------------------------

----- Portanto, a proposta está aprovada. Declaração de voto do BE, do PSD e do PS.” ---

----- (O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos do Grupo Municipal do Partido da

Terra, apresentou a seguinte Declaração de Voto): --------------------------------------------

----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra na 90ª reunião da Assembleia

Municipal, de 12 de Janeiro de 2016, na votação da Proposta 806/CM/2015 por

pontos: ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Por lapso nos pontos 3 e 4 da Proposta, o MPT votou o seguinte: --------------------

----- Ponto 3: Contra; ------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 4: Abstenção. --------------------------------------------------------------------------

----- Pedimos a compreensão da Sra. Presidente pelo lapso, mas os votos do MPT são

os seguintes: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 3: Abstenção; --------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 4: Contra.” -----------------------------------------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Luís Newton do Grupo Municipal do Partido

Social Democrata, apresentou a seguinte Declaração de Voto): -----------------------------

----- “Sobre a Proposta nº 806/2015, colocada à discussão e votação na Reunião da

Assembleia Municipal de 12 de Janeiro de 2016, o que faz nos seguintes termos: -------

----- “A razão pela qual votou contra a aprovação da proposta deve-se ao facto de

entender que o nº 2 da proposta apresentada não permite a aplicação, pelas Juntas de

Freguesia, das taxas revogadas pelo Regulamento Geral de Taxas, Preços e outras

Receitas do Município de Lisboa em vigor. -----------------------------------------------------

----- Com efeito, tendo a Câmara Municipal de Lisboa a oportunidade para alterar,

expressamente, a redação dos números 4 e 5, do artigo 97.º, do Regulamento Geral de

Taxas, Preços e outras Receitas do Município de Lisboa, nos termos da posição que

vem defendendo por parecer jurídico dos serviços, atenta a proposta apresentada,

voltou a não fazê-lo, deixando em aberto margem para interpretações divergentes

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pelas Juntas de Freguesia no âmbito da competência de atribuição de licenças que

lhes foi conferida pela alínea g), do art.º 12.º, da Lei 56/2012, de 8 de Novembro,

alterada pela Lei n.º 85/2015, de 7 de Agosto. -------------------------------------------------

----- Em face do exposto, e porquanto, não consta do articulado do diploma, é

discutível a eficácia do n.º 2 da proposta apresentada para efeitos de alteração do

Regulamento em vigor.” ---------------------------------------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo do Grupo Municipal do

Partido Socialista, apresentou a seguinte Declaração de Voto): -----------------------------

----- “Acompanhei o sentido de voto favorável do Grupo Municipal do Partido

Socialista nesta proposta uma vez que considero positivo para a economia da cidade a

não promoção da atualização nominal dos valores praticados na Tabela de Taxas

Municipal (TTM. Do mesmo modo, ao nível da consagração de uma redução

temporária de 15%, sujeita a reavaliação anual para os feirantes fixos do ramo não

alimentar. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não obstante, não quero deixar de deixar expressas as minhas dúvidas em

relação à impossibilidade de definir, até ao momento, o modelo de implementação da

entrada em vigor da Taxa Municipal Turística de chegada por via aérea e por via

marítima. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Analogamente, as minhas discordâncias claras com a solução jurídica

encontrada, como manifestei em sede de reunião da Comissão de Finanças, e que tem

sido objeto de grande debate e de sucessivas promessas de alteração, no que concerne

ao artigo 97.º e a tudo o que concerne, sobre este tema, na articulação com as

freguesias. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tais factos não alteraram o meu sentido de voto favorável em razão dos

compromissos assumidos pela CML para resolução adequada destas matérias em

maio e durante o primeiro trimestre de 2016, respetivamente.” ----------------------------

----- PONTO 3 – APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 3/89 (1ª E 5ª CP)

SOBRE AS PROPOSTAS 778/CM/2015 E 779/CM/2015, RELATIVAS A

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NAS FREGUESIAS DE CARNIDE E

SANTO ANTÓNIO, APROVADAS EM 17 DE DEZEMBRO DE 2015; GRELHA

BASE – 34 MINUTOS; -------------------------------------------------------------------------- ----- (A Recomendação 3/89 fica anexada à presente Ata como Anexo VIII e dela faz

parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: -----------------

----- “Vamos passar, então, ao ponto seguinte que é, Senhores Deputados, na última

sessão que foi antes do Natal, nós aceleramos bastante para o final da sessão, e

deixámos pendurada uma recomendação que acabou por não ser votada e, portanto, a

Mesa agendo-a, hoje, é sobre as propostas da delegação de competências, e era uma

recomendação no mesmo sentido das anteriores, ela, aliás, tem uma gralha no ponto

número 2, e peço aos serviços para tomarem nota que há uma gralha no ponto número

2, está; “que seja, ainda…”, está aqui um “u” a mais, “incrementado do”, não é do, é

“o”, outra vez, “seja ainda, incrementado o número e âmbito, etc..”, isto é uma

recomendação semelhante há que já se tinha feito para propostas semelhantes e que,

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com a pressa de se fechar os trabalhos, não foi votada. Portanto, eu penso que não há

inscrições e vamos passar à votação da Recomendação nº 3/89. Não há votos contra,

nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, MPT,

PNPN e 6IND. A Recomendação nº 3/89 foi aprovada por unanimidade. ---------------

----- PONTO 4 – PROPOSTA Nº 639/CM/2015 – ALTERAÇÃO, EM UMA

DIVISÃO, DO NÚMERO MÁXIMO DE DIVISÕES NA ESTRUTURA

NUCLEAR DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, NOS TERMOS DA

PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA M) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º

DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, ANEXO À LEI Nº

75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, BEM COMO DA ALÍNEA C) DO ARTIGO 6º

E DA ALÍNEA A) DO ARTIGO 7º DO DECRETO-LEI Nº 305/2009, DE 23 DE

OUTUBRO; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 639/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo IX e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e

Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo X e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação nº 1/90 sobre a Proposta nº 639/CM/2015 – 1ª CP - fica

anexada à presente Ata como Anexo XI e dela faz parte integrante) ----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “O Senhor Vereador prescinda da apresentação da proposta. A relatora, que fui eu

própria, também prescindo da apresentação do relatório. -------------------------------------

----- A Mesa não regista inscrições, vamos pôr à votação a Proposta nº 639/2015. Não

há votos contra, abstenções do PSD, CDS-PP e do MPT, votos a favor do PS, PCP,

BE, PEV, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº 639/2015 foi aprovada por maioria. -

----- Vamos passar à votação da Recomendação nº 1/90. Não há votos contra,

abstenções do PSD e CDS-PP, votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PAN, MPT, PNPN

e 6IND. A Recomendação nº 1/90 foi aprovada por maioria. ----------------------------

----- A Proposta nº 679/2015 foi adiada. Ela foi adiada porque não chegou a ser

aprovado, ontem, o parecer portanto, não está em condições de ser votada, pelo que

será reagendada, novamente. ----------------------------------------------------------------------

----- PONTO 6 – PROPOSTA Nº 661/CM/2015 – DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DE

UMA PARCELA DE TERRENO COM 94,50 M2, SITA NO LARGO DE SANTA

CATARINA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA Q)

DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO DAS

AUTARQUIAS LOCAIS, ANEXO À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO;

GRELHA BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------ ----- (A Proposta nº 661/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XII e

dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e

Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo XIII e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- (A Recomendação nº 4/90 sobre a Proposta nº 661/CM/2015 – 1ª CP - fica

anexada à presente Ata como Anexo XIV e dela faz parte integrante) --------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Eu penso que havia uma correção que o Deputado Magalhães Pereira me tinha

pedido, mas, desculpem, não é sobre esta, é sobre a proposta nº 663/2015. Sobre a

Proposta nº 661/CM/2015 o que há é uma recomendação. ----------------------------------

----- Não há indicação de apresentação da proposta, nem do parecer. ----------------------

----- A Mesa não autonomizou, e foi lapso meu, não autonomizou uma recomendação

que está no final do parecer. Portanto, vamos votar a proposta e se ela for aprovada, a

Mesa, depois, formulará sob a forma de recomendação a recomendação que consta do

parecer da 1ª Comissão. ----------------------------------------------------------------------------

----- Vou pôr à votação a Proposta nº 661/2015. Não há votos contra, abstenções do

PCP, CDS-PP, BE e PEV, votos a favor do PS, PSD, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A

Proposta nº 661/2015 foi aprovada por maioria. -------------------------------------------

----- Uma Declaração de Voto do BE. -----------------------------------------------------------

----- (A declaração de voto indicada pelo BE não foi entregue, até à data, nos

respetivos serviços). --------------------------------------------------------------------------------

----- Há uma recomendação na parte final do parecer que diz o seguinte: “Recomenda-

se que a Câmara proceda à compensação do proprietário comprador do imóvel sito no

Largo de Santa Catarina, ainda domínio público municipal, de que ora propõe a

desafetação, com esta área, pela verba de 14958,17”, e porque a Câmara vendeu o

edifício e depois de vender o edifício, que era municipal, descobriu que, no caso do

edifício, nomeadamente as escadas, afinal, era do domínio público e, agora, tem que se

regularizar e agora quer pedir mais 14 mil euros e a Comissão propõe que isto seja

compensado ao proprietário porque quando o comprou julgou que tinha comprado o

edifício inteiro, naturalmente, com as escadas. Desculpem-me esta explicação,

provavelmente, adicional, mas para estarmos a perceber do que é que estamos a falar,

não estamos a falar em entregar dinheiro, em devolver dinheiro a ninguém por razões

escórias, mas apenas porque a pessoa foi induzida em erro, ao comprar o imóvel em

que as estradas ficaram de fora. Basicamente, é isto. ------------------------------------------

----- Portanto, vou pôr à vossa consideração a recomendação da Comissão que tem

estas caraterísticas. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à votação da Recomendação nº 4/90. Não há votos contra,

abstenções do PCP, BE e PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PNPN

e 6IND. A Recomendação nº 4/90 foi aprovada por maioria. ----------------------------

----- (A Senhora Deputada Municipal Maria Luísa Aldim do Grupo Municipal do

CDS-PP, apresentou a seguinte Declaração de Voto): ----------------------------------------

----- “O Grupo Municipal do CDS‐PP declara que se absteve na proposta acima

referenciada, que teve por objeto a desafetação do domínio público municipal da

parcela de terreno, sita no Largo de Santa Catarina, por considerar que: ----------------

----- 1. Existe falta de atenção por parte dos serviços e executivo camarário, que vende

um imóvel sem verificar se o mesmo é, no seu todo, válido para a venda. Só foi

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verificado que não, apenas quando surge uma proposta de alteração às escadas e

varandas por parte do requerente, suposto proprietário da totalidade do edifício. -----

----- 2. Existiu falta de clareza e objetividade na proposta enviada à Assembleia

Municipal. Foi colocado à assembleia um pedido de alteração de domínio público

para domínio privado, sem que na proposta sejam referidos os motivos do pedido.

Esses só são possíveis de ser encontrados nos anexos; ---------------------------------------

----- 3. Mesmo após a venda do edifício na sua totalidade, a proposta de desafetação

que a CML apresenta, contempla um valor para alienar a parte a transferir para o

domínio privado. Uma vez que o edifício na totalidade já havia sido vendido,

consideramos incoerente e pouco serio que exista uma dupla venda sobre a mesma

área; --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4. O comprador e atual proprietário do edifício refere, como podemos confirmar

nos anexos à proposta, poder invocar direitos de compensação resultantes das

consequências e danos colaterais que este erro da CML pode resultar, sendo o valor

desta compensação ainda desconhecido.” ------------------------------------------------------

----- PONTO 7 – PROPOSTA Nº 662/CM/2015 – DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DE

UMA PARCELA DE TERRENO COM 8,58 M2, SITA NA TRAVESSA DO

FALA SÓ, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA Q) DO

NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS

LOCAIS, ANEXO À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; GRELHA BASE –

34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 662/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XV e

dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e

Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo XVI e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “A Câmara não quer apresentar a proposta, a relatora do parecer, também, não. A

Mesa não regista nenhuma inscrição, pelo que vamos passar à votação da Proposta nº

662/2015. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE,

CDS-PP, PEV, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A Proposta nº 662/2015 foi aprovada por

unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à última proposta, a Proposta nº 663/2015, em que, aqui sim, havia

uma dúvida que foi colocada na 1ª Comissão e que me pediram para transmitir ao

Senhor Vereador. -----------------------------------------------------------------------------------

----- A Proposta nº 663/2015 sobre a Cessação do Protocolo celebrado a 2 de maio de

2003, com a Associação de Proteção à Infância da Ajuda, e a dúvida que foi suscitada

na 1ª Comissão é a seguinte: saber quais eram os custos para a Associação de Proteção

à Infância da Ajuda na cedência da propriedade municipal em causa,

comparativamente com os custos da renda em direito de superfície. Ou seja,

basicamente, o que a 1ª Comissão quer saber é se a Associação vai pagar mais, ou

Page 52: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 · disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º

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menos, com esta proposta. Não sei se o Senhor Vereador Manuel Salgado está em

condições de esclarecer este ponto. --------------------------------------------------------------

----- Se não está, pergunto aos Senhores Deputados se justifica o adiamento da

proposta e teremos o esclarecimento, depois? --------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Magalhães Pereira pede isso, e não tem problema nenhum,

adiamos a proposta por uma semana, ou duas, e esclarece-se isto. --------------------------

----- E eu penso que estas coisas são sempre melhor, não estar com dúvidas e, portanto,

iremos esclarecer na próxima reunião, não tem qualquer problema, esclarece-se este

ponto, e eu entrego ao Senhor Vereador, a dúvida. Senhor Vereador, faz favor, está

aqui a dúvida que, depois, poderá esclarecer oportunamente. --------------------------------

----- Senhores Deputados, creio que chegámos ao fim dos nossos trabalhos, oiçam por

favor, oiçam favor, na próxima semana, nós não temos matéria suficiente para uma

sessão, tenho apenas duas propostas com parecer pronto e uma petição que não

justifica, provavelmente, o agendamento, portanto, vamos ter a próxima reunião de

hoje a quinze dias, ainda, será aqui, penso que só voltaremos aos nossos locais de

trabalho depois do Carnaval. ----------------------------------------------------------------------

----- Portanto, de hoje a quinze dias teremos reunião, e na segunda-feira precisamos de

fazer uma Conferência de Representantes para organizar o trabalho deste ano que ainda

não se fez, e há várias coisas que preciso de ver com todos portanto, serão convocados

para segunda-feira. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Não se esqueçam de devolver os cartões. Ninguém sai sem entregar os cartões.” --

----- A sessão terminou, eram dezassete horas e quarenta e cinco minutos. ----------------

----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de Apoio

à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos do

disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do n.º 2

do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 10 de Setembro de

2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2014. --------------------------------

---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------