assembleia municipal de lisboa mandato 2013-2017 … · ----- aos vinte e seis dias do mês de...

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1 ----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ------------------------------------- Mandato 2013-2017 ----------------------------------------- ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VINTE E SEIS DE JULHO DE DOIS MIL E DEZASSEIS ------------------------------------------------------ ---------------------------ATA NÚMERO CENTO E DEZASSEIS ------------------------- ----- Aos vinte e seis dias do mês de julho de dois mil e dezasseis, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária, em exercício.------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Cristina Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel Santos Amado, Deolinda Carvalho Machado, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, João Luís Valente Pires, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, José Alberto Ferreira Franco, José António Cardoso Alves, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia de Oliveira Caetano Barata, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado, Vasco Miguel Ferreira dos Santos, Lúcia Alexandra Pereira de Sousa Gomes, Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem, José Vítor dos Reis, Jorge Manuel de Almeida, Susana Maria da Costa Guimarães, Igor Boal Roçadas, Ana

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Page 1: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 … · ----- Aos vinte e seis dias do mês de julho de dois mil e dezasseis, em cumprimento da ... ----- Ana Luísa Flores de Moura

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------

------------------------------------- Mandato 2013-2017 -----------------------------------------

----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VINTE E SEIS DE

JULHO DE DOIS MIL E DEZASSEIS ------------------------------------------------------ ---------------------------ATA NÚMERO CENTO E DEZASSEIS -------------------------

----- Aos vinte e seis dias do mês de julho de dois mil e dezasseis, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo

do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e

nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo seu Regimento, reuniu a Assembleia

Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14,

em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva,

Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada

pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela

Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva, respetivamente Primeiro

Secretário e Segunda Secretária, em exercício.-------------------------------------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------

----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana

Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias

Figueiredo, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama

Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Cristina

Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel

Santos Amado, Deolinda Carvalho Machado, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues,

Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando

Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Filipe Xambre Bento

Pereira, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, João Luís Valente Pires, João

Manuel Costa de Magalhães Pereira, José Alberto Ferreira Franco, José António

Cardoso Alves, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes,

José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luís

Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro

Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio

de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos

Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de

Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Nuno

Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia de

Oliveira Caetano Barata, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro

Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel Sousa Barrocas Martinho Cegonho,

Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva

Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rute Sofia Florêncio

Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Vasco André Lopes Alves

Veiga Morgado, Vasco Miguel Ferreira dos Santos, Lúcia Alexandra Pereira de Sousa

Gomes, Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem, José Vítor dos Reis, Jorge

Manuel de Almeida, Susana Maria da Costa Guimarães, Igor Boal Roçadas, Ana

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Paula da Silva Viseu, Carla Rothes, Sara Diana de Campos Leiria Goulart de

Medeiros, Tiago Maria de Sousa Alvim Ivo Cruz, Sandra Cristina Andrade Carvalho,

Rosa Lourenço, Duarte Miguel Rafael Sopeira, João Gomes Boavida, João Diogo

Santos Moura, Pedro Manuel Cunha da Silva Ribeiro, Sofia Margarida Vala Rocha,

Nelson Pinto Antunes, Luís Graça Gonçalves, Rui Jorge Gama Cordeiro. ----------------

----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------

-----António Modesto Fernandes Navarro, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, ----------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um

dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal Rosa Lourenço. --

----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Campolide, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado

Municipal Duarte Miguel Rafael Sopeira. ------------------------------------------------------

----- Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes (PS), Presidente da Junta de

Freguesia de Benfica, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal

Deputada Municipal Carla Rothes. ---------------------------------------------------------------

----- Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira (PS), por um dia, tendo sido

substituído pelo Deputado Municipal João Boavida. ------------------------------------------

----- Sandra da Graça Lourenço Paulo (PS), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Susana Guimarães. --------------------------------------------------------

----- Nuno Ferreira Pintão (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Igor Boal Roçadas. --------------------------------------------------------------------

----- José Roque Alexandre (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Ana Paula da Silva Viseu. ------------------------------------------------------------

----- Daniel da Conceição Gonçalves da Silva (PSD), Presidente da Junta de Freguesia

de Avenidas Novas, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado

Municipal Pedro Manuel Cunha da Silva Ribeiro. ---------------------------------------------

----- Joaquim Maria Fernandes Marques (PSD), por um dia, tendo sido substituído

pelo Deputado Municipal Luís Graça Gonçalves. ---------------------------------------------

----- Carlos de Apoim Vieira Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela

Deputada Municipal Nelson Pinto Antunes. ----------------------------------------------------

----- Tiago Miguel de Nunes Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela

Deputada Municipal Sofia Margarida Vala Rocha. --------------------------------------------

----- Margarida Maria Moura da Silva de Almeida Saavedra (PSD), por um dia, tendo

sido substituída pelo Deputado Municipal Rui Jorge Gama Cordeiro. ---------------------

----- Carlos José Pereira da Silva Santos (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Lúcia Alexandra Pereira de Sousa Gomes. ----------------------------

----- Miguel Tiago Crispim Rosado (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal José Vítor dos Reis. -------------------------------------------------------

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----- Mariana Rodrigues Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Sara Goulart Medeiros. ---------------------------------------------------

----- Isabel Cristina Rua Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada

Municipal Cristina Andrade. ----------------------------------------------------------------------

----- José Manuel Marques Casimiro (BE), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Tiago Ivo Cruz. ------------------------------------------------------------

----- Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça (IND), por um dia, tendo sido

substituído pelo Deputado Municipal Jorge Almeida.-----------------------------------------

----- Ana Luísa Flores de Moura e Regedor (IND), por um dia, tendo sido substituída

pela Deputada Municipal Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem. -----------

----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro e

pelos Senhores Vereadores: Carlos Castro, João Paulo Saraiva, Catarina Albergaria,

Manuel Salgado, Catarina Vaz Pinto José Sá Fernandes, Jorge Máximo e Rui Franco. -

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Carlos Moura,

João Gonçalves e Alexandra Duarte. ------------------------------------------------------------

----- Às quinze horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum, a

Senhora Presidente da Assembleia declarou aberta a reunião. ----------------------------

-----A Senhora Presidente da Assembleia, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados estamos prestes a ter quórum, falta-nos ainda quatro

Senhores Deputados, não podemos começar a sessão sem quórum, mas posso

entretanto dar um aviso pelo menos. -------------------------------------------------------------

----- Temos cinco pessoas inscritas para falar, duas pessoas que se inscrevam como

suplentes, uma vez que a Assembleia vai estar fechada agora durante mais de um mês.

Nós vamos aceitar estas duas inscrições, com um apelo veemente a todos serem o

mais sintéticos possível, só porque esta sessão hoje tem 43 pontos na ordem de

trabalhos e nós prevemos terminar os nossos trabalhos muito para lá das 10 horas da

noite. Portanto, agradecia a todas as pessoas que hoje vão falar que tivessem em

consideração que hoje é um dia muito carregado, mas queremos que todos tenham a

oportunidade de falar. ------------------------------------------------------------------------------

----- E assim que tenhamos quórum começamos. ----------------------------------------------

----- Senhores Deputados se há algum Senhor Deputado que ainda não assinou,

agradeço que venham a Mesa, porque não podemos começar a sessão que devia ter

começado às 14 horas e trinta minutos, porque faltam Senhores Deputados e eu sem

quórum não posso começar a sessão, pedia um esforço de todos. ---------------------------

----- Senhores Deputados temos quórum, peço para ocuparem os vossos lugares, nós

temos uma sessão, como eu já disse, muito preenchida e hoje tenho que pedir um

esforço a toda a gente para nós conseguimos realmente fazer os nossos trabalhos da

melhor maneira possível. --------------------------------------------------------------------------

----- Vamos começar. Nós temos agora inscritas cinco pessoas. -----------------------------

----- Não se esqueçam que o 1º ponto da ordem de trabalhos de hoje é uma petição e,

portanto, também têm direito a usar da palavra, será a seguir ao público. -----------------

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----- Senhores Deputados havia vários votos que eu não agendei para hoje, porque

temos já uma sessão muito sobrecarregada, naturalmente ficarão para a próxima

sessão. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em todo o caso, para que não fique completamente desatualizado e porque já o

fizemos uma vez, queria apenas pedir a todos os Senhores Deputados presentes uma

aclamação, equivalente a um voto de saudação pela vitória no Campeonato do Mundo

de 420 em vela de Diogo Costa e Pedro Costa. Peço a todos uma salva de palmas e,

naturalmente, faremos chegar. --------------------------------------------------------------------

----- Estamos realmente em maré de campeonatos e em maré de vitórias, o que é

muito bom para o para o ego nacional e para os atletas que conseguem estes trunfos,

portanto, fica registado, ficará registado em Ata e a Mesa far-lhes-á a chegar a

posição. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Quanto ao mais, relativamente aos votos que entraram, eu já falei aos

proponentes que eram do Partido Socialista e do e do PAN que os votos ficarão para

Setembro, serão colocados no site e, portanto, ficaram para Setembro.” -------------------

---------------------PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --------------------

-----A Senhora Presidente da Assembleia, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Para hoje, temos agora as pessoas inscritas a quem eu vou passar a dar a palavra.

----- Temos duas pessoas suplentes que, naturalmente também lhes darei a palavra,

pedindo para serem o mais sucintos possível. --------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Raquel Cardoso Paisana, já agora aproveito para dizer que a

Senhora Rosa Teixeira Ribeiro que falará a seguir vai ser sobre o mesmo assunto e é

precisamente sobre um assunto está agendado para hoje. ------------------------------------

----- Peço a maior atenção a todos, temos os jornalistas a assistir, nós vamos discutir

hoje a versão final do regulamento de horários de funcionamento e, portanto, é sobre

esse assunto que temos pessoas inscritas que nos querem transmitir o seu ponto de

vista. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Faça favor Senhora Dona Raquel Maria.” -------------------------------------------------

----- A Senhora Dona Raquel Maria Cardoso de Matos Paisana, residente em Rua

Dona Filipa de Vilhena nº60 – 4º Dto., 1000-135 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ---

----- “Boa-tarde a todos, chamo-me Raquel Paisana e sou Presidente da nova

Associação de Moradores do Arco do Cego. ---------------------------------------------------

----- Falo em nome de muitos moradores dessa zona e por causa das propostas de

alteração à proposta de revisão do Regulamento de horários dos estabelecimentos de

venda ao público, proposta nº 206/CM/2016. --------------------------------------------------

----- Começo por referir que tendo nascido e residindo nesta nossa cidade, sempre vi

o comércio local ser acarinhado pela população residente que conhece os

comerciantes e os estima, numa sã convivência de bairro. -----------------------------------

----- No entanto, cada vez mais verificamos a abertura de comércio ganancioso que

vende sobretudo bebidas alcoólicas, a maior parte cerveja, em enormes quantidades,

de forma descontrolada, pelo que de noite, mas também de dia, é habitual a

frequência de clientes. Muitos deles jovens menores de idade que ficam depois

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alcoolizados, atraindo passadores de droga e marginais, que são um foco de conflito

com os moradores e também com os outros comerciantes habituais.-----------------------

----- Os embriagados insultam os residentes a qualquer hora do dia ou da noite,

mesmo que não sejam confrontados com o despejo permanente de garrafas, copos de

plástico e restos de comida. Urinam nas árvores em frente das casas, nas portas das

lojas e nas escadas dos prédios, é vomitado, beatas de cigarros aos quilos, maços de

tabaco vazios, cascas de tremoços fora e dentro de baldes de plástico, ratos e

ratazanas e papéis que ficam no chão e na relva ou por detrás dos arbustos dos

jardins. É só ir lá ver. Uma lixeira a céu aberto! ----------------------------------------------

----- Estas zonas da cidade tendem a aumentar, porque deixou de ser só o Bairro Alto

e a segurança e a qualidade de vida dos munícipes degrada-se, rápida e

progressivamente.-----------------------------------------------------------------------------------

----- Portugal é um dos países do mundo com maior consumo de álcool por habitante

e, pasme-se, há quem defenda que a solução para este problema da cidade de Lisboa,

é o de fomentar mais locais de venda de cerveja a custo baixo, para não haver

concentração de alcoolizados só em certas zonas, em suma, mais offshores de

alcoolémia. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- É pois com estranheza que não se vê a preocupação dos eleitos locais de aprovar

regulamentos que proíbam o consumo de bebidas alcoólicas na rua, como acontece

em outras cidades do País e da Europa e que não se proíba de urinar na rua. Pelo

contrário, antes facilita o prolongamento do horário de funcionamento deste tipo de

estabelecimentos. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Já se fez uma amostragem com base na faturação registada por hora quanto ao

número e tipo de produtos que são vendidos a partir das 23 horas, por exemplo, nos

cafés e lojas de conveniência que ficam abertas com ou sem esplanadas? É muito

fácil apurar tais dados. ----------------------------------------------------------------------------

----- Porque tem o cidadão comum de pagar 0,10€ por saco de compras e tropeça-se

diariamente nas ruas com dezenas ou centenas de copos de plástico, que nos chegam

a impedir de circular e que, com o vento habitual da cidade, se espalham pela via

pública em várias artérias? -----------------------------------------------------------------------

----- Porque tem a CML uma empresa que controla, rigorosamente e bem, o mau

estacionamento dos carros e não cuida de controlar a sujidade, a degradação do

espaço público, a destruição das plantas, passeios, imóveis e equipamentos

urbanos?” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Dona Raquel, o assunto é da maior importância para nós, vou-lhe pedir

para sintetizar porque na estamos no final da sessão de intervenção, se tiver um

documento escrito ele serás transcrito integralmente na Ata.” -------------------------------

----- A Senhora Dona Raquel Maria Cardoso de Matos Paisana prosseguiu com a

sua intervenção: -------------------------------------------------------------------------------------

----- “ Estou a acabar. ------------------------------------------------------------------------------

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----- Quanto gastam diariamente as autarquias na limpeza desses espaços que daí a

umas horas voltam a estar infectos e sem condições de habitabilidade? ------------------

----- Não temos dúvidas, são tais estabelecimentos e não o comércio local habitual

que causam a destruição do ambiente das nossas ruas e da nossa cidade. Porque eles

pagam taxas? Nós também pagamos, IMI e outras! -------------------------------------------

----- Espero porém, citando Camões, ‘Não vir cantar a gente surda e endurecida por

não estar ainda a Pátria, estas cidades. Espero, metida no gosto da cobiça’. ------------

----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada nós pelo vosso contributo e naturalmente hoje vamos discutir

essa matéria e vamos ver o que é que sai das propostas de alteração, o que vai ser

aprovado ou não pela Assembleia Municipal. --------------------------------------------------

----- A Senhora Dona Rosa Teixeira Ribeiro é sobre o mesmo assunto, estamos bem

conscientes da importância que este assunto tem para todos os habitantes de Lisboa e,

portanto, é muito importante ouvirmos o que as pessoas têm para dizer.” -----------------

----- A Senhora Dona Rosa Teixeira Ribeiro, residente em Rua Dona Filipa de

Vilhena nº6 – 3º Dto., 1000-135 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -----------------------

----- “Boa-tarde, sou moradora há exatamente 15 meses na Rua dona Filipa de

Vilhena, frente ao Jardim do Arco do Cego, passei da fase do encanto à fase da

consternação. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Lisboa precisa de dois grupos importantes de pessoas para o seu

desenvolvimento, moradores e turistas. Que se relacionem e interajam de forma

harmoniosa e sustentada, sendo imperativo respeitar e conciliar os respetivos

interesses, aproximar posições, implementar receitas já testadas noutras cidades e,

porque não, imaginar formas originais de intervenção? -------------------------------------

----- O Regulamento hoje em apreciação aponta soluções que se nos afiguram

desconectadas da realidade, tais como, a equiparação do horário de uma esplanada

ou de um estabelecimento em que se insere, assim como, a mudança do regime de

horários das lojas de conveniência. Vejamos, em torno do Jardim do Arco do Cego

temos estabelecimentos instalados no piso térreo de edifícios habitacionais,

construídos em épocas onde não existiam normas de isolamento acústico, de

pequenas dimensões e de reduzida lotação, de modo que parte substancial dos seus

clientes se concentram na via pública e nela consomem bebidas. ---------------------------

----- A nossa situação é pouco vulgar, já que a nossa preocupação não se prende com

o fluxo turístico de passagem mas com uma situação mais específica, enraizada e

popularizada, sobre a apelativa designação de “Spot da Cerveja”. -----------------------

----- Assistimos a uma obstrução quase sistemática da via pública, dificultando a

circulação das pessoas e das viaturas, praxes académicas mensais ruidosas e jovens

em coma etílico, atentados à propriedade privada com ocupação, deterioração e

conspurcação das entradas dos prédios, perturbação recorrente da ordem,

insegurança, intranquilidade pública, ofensas e ameaças a moradores, destruição e

danificação de equipamentos urbanos. ----------------------------------------------------------

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----- Convivemos com esta realidade a partir das 12 horas, até adiantada hora da

noite, duas, três e mais horas e estamos numa situação de grande vulnerabilidade e

impotência. A qualidade do nosso sono é grandemente afetada, deixando de ser uma

estrita questão de incomodidade para se transformar, cada vez mais, numa questão

de saúde pública.------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi tomada recentemente uma decisão de encerramento de dois bares às 21

horas e, obviamente, houve uma alteração qualitativa visível, pelo menos no passeio

contíguo, já que o problema foi transportado para a área do jardim onde os

utilizadores se sentem ainda mais à vontade e sem constrangimento de qualquer

espécie, para dar livre curso à sua imperiosa e ruidosa expressão. ------------------------

----- Não se trata de querela entre idosos rezingões e jovens dinâmicos. Infelizmente é

muito mais do que este falso antagonismo de opereta, pois a degradação do ambiente

do quarteirão é evidente e notória e todas as Leis da República em matéria de

ambiente, saúde pública, álcool e ruído, são ostensivamente ignoradas. ------------------

----- O Jardim do Arco do Cego transformou-se num parque de diversões a céu

aberto, sem regras nem fiscalização séria, crescendo um sentimento de insegurança. --

----- Os moradores desgastados pela situação que tem vindo a agudizar-se e a

degradar-se, apelam ao bom senso, à identificação e ao tratamento individualizado

dos seus problemas, em particular, que seja estipulado um limite horário de 22 horas

para todos os estabelecimentos situados em zonas residenciais como a sua, sendo

admissíveis exceções limitadas em número por ocasião de grandes eventos municipais

ou desportivos, de modo que a deadline existente na Lei do Ruído seja respeitada

podendo assim viver no sítio que escolheram, convivendo em boa harmonia com os

restantes utilizadores do espaço público. -------------------------------------------------------

----- Obrigado pela vossa atenção.” -------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Nós é que agradecemos Senhora Dona Rosa a vossa vigilância, vamos ver o que

é que a Assembleia hoje consegue fazer ao fim da vários meses de andar à volta desta

matéria, vamos ver o que é que hoje é aprovado. ----------------------------------------------

----- Vamos passar ao Senhor José Manuel Justino Fernandes, vem fazer uma queixa

por causa de notificações dos lojistas da Rua da São Lázaro. Penso que a Rua de São

Lázaro é uma das áreas do novo programa de habitação acessível que a Câmara está a

lançar e provavelmente o assunto tem a ver com isso, vamos ver o que é que o Senhor

José Manuel tem para nos dizer. Se faz favor.” ------------------------------------------------

----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes, residente em Rua de São Lázaro

nº60, 1150-333 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------

----- “Muito boa-tarde. O meu nome é José Fernandes e eu tenho uma loja na Rua de

São Lázaro, portanto, esta minha intervenção é uma intervenção de desespero e de

ajuda. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, eu sou comerciante, tenho uma loja que pertence, portanto, o senhorio

é a Câmara Municipal de Lisboa e nós recebemos uma carta a pedir determinados

documentos. Que eu fui à Câmara saber e informaram-me por telefone que os

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documentos que estão a pedir, em causa, alguns documentos privados que a

Segurança Social não dá, não entrega, portanto, dos ordenados dos meus

funcionários, no caso, não é? Porque todos nós recebemos e a finalidade é que,

portanto, os prédios vão ser demolidos e que nós vamos sair todos, portanto, não fica

ninguém e é para sair tudo. -----------------------------------------------------------------------

----- Isto é um desespero que eu tenho, porque eu estou na rua há 30 anos, tenho

colegas que estão há 40 ou 50 anos na rua e quando eu disse à doutora, portanto, que

falou por telefone comigo, que é um desespero. O que é que eu vou fazer à minha

vida? --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, como eu digo estou há 30 anos, portanto, sou comerciante há 30 anos,

tenho 5 funcionários que trabalham comigo na empresa e vou para onde? Portanto, é

um terramoto na minha vida que eu não sei o que fazer! -------------------------------------

----- Pronto, é complicado, a Senhora disse-me que ia receber depois um documento

para negociar e que tinha dez dias. Ora, mas vou para onde? O que é que faço à

mercadoria que tenho, porque no fundo o meu património são os clientes que eu fui

adquirindo nos 30 anos que estou ali na rua. Portanto, e, como eu os meus colegas

estamos todos desesperados, não sabemos o que fazer, portanto, se nos puderem

ajudar, agradecia!” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor José Manuel, aquilo que eu lhe sugeria era o seguinte, penso que esses

dez dias têm a ver com o facto de a Câmara dever ter pedido, a Câmara está a preparar

um processo de requalificação da Rua de São Lázaro e deve ter feito diligências no

sentido de cessar contratos ou cessar cedências de lojas e os dez dias é o que o Código

do Procedimento Administrativo diz que as pessoas têm para se pronunciar. -------------

----- Eu talvez sugerisse, não sei se já o fizeram, que fossem falar com a Junta de

Freguesia e pedir à Junta de Freguesia que analisasse este problema com a Câmara

para ver qual é a melhor solução. Porque o processo neste momento está a correr

burocraticamente, portanto, esses dez dias são da Lei. ----------------------------------------

----- Agora, ainda não há uma decisão definitiva e, portanto, convinha talvez com a

ajuda da Junta que a Junta pudesse negociar com a Câmara para ver qual é a melhor

solução para todos, antes que a Câmara tomasse a decisão definitiva. Sendo certo que

a Câmara tem muito interesse em requalificar aquela rua e compreenderão este

interesse que é um interesse também da cidade, portanto, temos que encontrar aqui

uma solução.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes fez a seguinte intervenção: ------------

----- “Eu agradeço Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “O que eu lhe sugeria, porque acho que neste momento é o mais expedito, até

porque a Assembleia Municipal agora fica encerrada e não tem poder executivo. Era

que sendo lojas de comércio e de proximidade, que fossem à Junta de Freguesia,

falassem com o Presidente da Junta e pedissem à Junta de Freguesia para ver junto da

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Câmara como é que está o processo e, enfim, se é possível introduzir alguma

alteração.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes fez a seguinte intervenção: ------------

----- “Muito obrigado. É só uma pergunta, muito rápido, mas é desesperante quando

a base negocial, digamos assim, é o sair!” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Desculpe, o que eu lhe estou a dizer é que os dez dias é o que chamamos a

audiência de interessados, a Lei permite. --------------------------------------------------------

----- Presumo que a Câmara ainda não lhe pode responder aqui diretamente, porque

não está previsto na Lei que a Câmara responda diretamente. Eu vou pedir à Câmara

para ver o que se passa. ----------------------------------------------------------------------------

----- Mas penso que podiam também antecipar caminho se falassem com a Junta de

Freguesia, é a sugestão que eu daria. Muito obrigada.” ---------------------------------------

----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes fez a seguinte intervenção: ------------

----- “Muito obrigado também a si, muito obrigado.” -----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos prosseguir e temos a Senhora Dona Ana Maria Vieira Isidro, é uma

questão de habitação, já cá esteve várias vezes, este assunto já foi analisado no Grupo

de Trabalho, vamos ver o que é que a Senhora Dona Ana Maria tem de novo para nos

dizer, nós temos aqui alguma informação que depois lhe poderemos dar. Se faz

favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, residente em Rua Vasco Mendonça Alves

nº5 – R/C, 1900-434 Lisboa,fez a seguinte intervenção: -------------------------------------

----- “Boa tarde a todos, Senhores deputados, Senhora Presidente, Vice-Presidente a

todos os respetivos. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Eu venho pela quarta vez pelo mesmo motivo de habitação. ---------------------------

----- Está-se agora um bocadinho a cercar a cerca. Não é? Porque veio pelo correio

da parte dos senhorios. Não é? E a coisa está muito próxima, estou em perigo, como

tal estou à espera de resposta. Como agora é altura de férias, eu tenho estado a

aguardar e espero alguma resposta da Doutora com todo o…mas com a máxima

urgência, porque eu estou mesmo a ficar com a cerca apertada. Num mês ou dois, eu

já telefonei para eles, eles disseram que até hoje não acontecia nada, depois de

Setembro que dissesse alguma coisa que não havia perigo.” --------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Oh senhora Ana Maria a situação é esta, a Senhora Ana Maria realmente

candidatou-se a um pedido de habitação municipal, teve várias candidaturas, mas

depois como saiu, esteve num sítio e depois esteve noutro sítio, as candidaturas não

batiam certas umas com as outras e a última candidatura que tinha de 2015 estava

numa posição em cento e tal lugar para um fogo que precisa. Portanto, não é uma

posição que permita eu poder lhe dizer com segurança que vai ter uma atribuição de

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um fogo rapidamente, não vai ter porque há gente à sua frente com pontuações mais

altas, portanto, por aqui não consegue solução. ------------------------------------------------

----- Portanto, nesta circunstância aquilo que eu lhe sugeria era que, enfim, verifica-se

junto da junta de freguesia ou da Santa Casa da Misericórdia se lhe podem dar algum

apoio de emergência, se porventura o despejo se efetivar e, se isso acontecer, avisar

imediatamente a Câmara.” -------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------

----- “Eles deram-me um prazo até Setembro que não havia problema, depois

disso….” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Se o seu advogado diz que não tem problema, em princípio, os tribunais estão

fechados mas de qualquer modo, talvez valesse a pena verificar se tem condições de

concorrer a qualquer um dos outros programas da Câmara. ----------------------------------

----- A Câmara tem outros programas que vão abrir agora no Verão, nomeadamente

um programa de apoio ao subsídio de renda, um subsídio de renda para apoio a uma

renda no parque privado, uma vez que as casas da Câmara não chegam para todos os

pedidos. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tem essa possibilidade e tem a possibilidade também de concursos de casas em

rendas um bocadinho mais baixas, são mais altas que as casas sociais, mas são baixas

que o mercado. Informe-se nos serviços de habitação se algum desses programas lhe

interessa e concorra.” -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------

----- “Eu estou a aguardar, o Doutor também está de férias….” ----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Dona Ana Maria eu não lhe posso dizer mais do que lhe estou a dizer, se quiser

ao serviço de habitação no Campo Grande perguntar quais são os programas que vão

abrir agora em Agosto para se candidatar, elas lá verificam se tem condições para se

candidatar ou não e se tiver avance. Porque tem esta candidatura, mas esta candidatura

mas está num lugar muito para trás.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------

----- “Já ando há muito anos, desde 2002.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu sei que sim Dona Ana Maria, mas há muita necessidade.” ------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------

----- “Apagam-me tudo, eu tinha um netinho, eu tinha (…), agora é muito urgente

para mim, senão fico na rua com os bens. Não é?” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Nós temos consciência disso mas não podemos passar as pessoas à frente

quando as pontuações são mais baixas, não podemos fazer isso por lei. -------------------

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----- Eu sugeria-lhe isso.” --------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------

----- “Já comuniquei com o Doutor, está aqui no processo, ele disse-me que tivesse

descansada que até Setembro depois eu dissesse qualquer coisa que não havia perigo.

Pronto.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Faça como quiser, se o seu advogado lhe diz isso, faça como quiser. Do nosso

ponto-de-vista o conselho era que se dirigisse aos serviços de habitação para ver se os

novos programas que abrem agora no Verão, se algum deles lhe convém. ----------------

----- É só isso, obrigado.” --------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------

----- “Eu vou entregar se me permite, vou-lhe entregar estas cópias.” ---------------------

----- (A Documentação entregue pela cidadã Ana Maria Vieira Isidro, fica anexada

à presente ata como Anexo I e dela faz parte integrante) ------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Pode entregar documentos sim senhor. ---------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------

----- Isto é difícil porque nós temos estado no grupo de trabalho a analisar estas

situações e, de facto, as casas que a Câmara tem disponíveis não são suficientes para

os pedidos e isto torna-se difícil, mas tem de se ver se algum outro programa serve

para o caso da Dona Ana Maria. ------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar então à próxima pessoa inscrita. É o Senhor José Teles Baltazar, é

um problema que tem a ver com os separadores centrais. Não sei exatamente em que

zona da cidade de Lisboa, mas ele vai dizer-nos. ----------------------------------------------

----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor José Teles Baltazar, residente em Passeio do Levante nº2 – 5B, 1990-

503, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------

----- “Agradeço à Senhora Presidente a oportunidade de me dirigir aqui aos autarcas

da cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------

----- Como todos sabemos e temos reparado, faz parte da estratégia municipal

urbanística em curso o embelezamento e humanização das vias de tráfego que estão

em curso um pouco por toda a cidade, até em dimensões e localizações impensáveis,

mas isso é outro assunto que logo veremos. ----------------------------------------------------

----- Estão na Avenida da República, Campolide, Campo Grande, Avenida Rio de

Janeiro, Rua Viriato, em todos os locais e anuncia-se o mesmo critério paisagístico

par Sete Rios e para a Segunda Circular. -------------------------------------------------------

----- No Parque das Nações, onde eu resido e sou eleito na Assembleia de Freguesia,

ao arrepio destas boas-práticas preconizadas pela CML, a Junta de Freguesia do

Parque das Nações decidiu apresentar numa assembleia de freguesia extraordinária

um pacote de delegações de competências que inclui uma que eu vou aqui destacar,

pouco avisada e com muito pouco tino. Defende retirar toda a vegetação e arrancar o

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sistema de rega do separador central da Avenida Dom João II, o troço Sul que

pertence ao PP1 e proceder ao seu calcetamento. ---------------------------------------------

----- Passar de arbustos estéticos, intransponíveis, para calçada que já foram no

Google View de 2012, eram intransponíveis, agora já não são porque deixaram ruir,

para uma calçada sem proteção, compromete a segurança dos peões que passarão a

ter a via aberta para atravessar a avenida em qualquer ponto, aumentando deste

modo o risco de atropelamento. ------------------------------------------------------------------

----- Além do desajustado critério estético, trata-se de uma medida despesista, pois a

manutenção dos canteiros é efetuada ao abrigo do contrato de prestação de serviços

nos espaços verdes da responsabilidade da Junta de Freguesia do Parque das

Nações. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Consultada uma empresa de especialidade e sem qualquer negociação

comercial, estou certo que com um quarto da estimativa orçamental apresentada,

será possível requalificar e dignificar a Avenida Dom João II de acordo com o que foi

originalmente projetado pelos Arquitetos responsáveis. --------------------------------------

----- Eu tenho aqui comigo os documentos que o Executivo da Junta de Freguesia do

Parque das Nações vai apresentar na assembleia de Freguesia, com os orçamentos e

com o que vai fazer, vou entregar aqui à Mesa. -----------------------------------------------

----- Ontem, um comunicado da Junta de Freguesia do Parque das Nações ou do

PNPN faz-nos pensar se estaremos a lidar com autarcas sem caráter, sem palavra,

porque veem dizer ontem num comunicado ‘que informamos que a solução que nos

foi apresentada como um facto consumado, está em fase de aprofundamento entre a

Junta de Freguesia do Parque das Nações e a CML’, ‘para terminar e para perceber

onde é que ficamos afinal, vamos requalificar ou terraplanar?’. ---------------------------

----- Compreende-se a intenção deste comunicado que pretende desmobilizar a

espontânea manifestação popular de protesto em forma de cordão humano ao longo

da avenida Dom João II, amanhã dia 27 de Julho às 18 horas, mas amanhã lá estarei

na companhia da minha família e de residentes interessados. O ponto de encontro

está marcado para a Avenida Dom João II, junto à loja Nespresso e Clínica dos

Lusíadas. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu apelo aqui ao Senhor Presidente, vou terminar, apelo aqui ao Senhor

Presidente da distrital do PS que neste caso em particular, conceda liberdade de voto

sem orientação política que não seja a consciência dos seus eleitos na Assembleia de

Freguesia extraordinária de amanhã no Parque das Nações. -------------------------------

----- Termino desejando boas férias aos Senhores Deputados Municipais. ----------------

----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Documentação entregue pelo cidadão José Teles Baltazar, fica anexada à

presente ata como Anexo II e dela faz parte integrante) -------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor José Baltazar naturalmente essas matérias são competência da

Assembleia de Freguesia e não da Assembleia Municipal e, portanto, eu não posso dar

a palavra a ninguém para-lhe responder, mas a Assembleia Municipal é alheia a um

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problema que é do fórum da assembleia de freguesia. E o Senhor como membro da

assembleia de freguesia é no seio da assembleia de freguesia que poderá colocar essa

questão e atendê-la. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos continuar com os inscritos. ---------------------------------------------------------

----- Já terminou? Não. Temos duas pessoas suplentes e onde é que está a minha folha

de inscritos? ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, vamos prosseguir. -----------------------------------------------------------------

----- É o Senhor Rui Sousa Costa. ----------------------------------------------------------------

----- Oh Senhor Deputado José Moreno neste momento não pode usar da palavra, o

regimento não permite, eu sei que foi diretamente interpelado, mas o regimento não

permite neste período. ------------------------------------------------------------------------------

----- Eu peço desculpa Senhores Deputados, o regimento não permite que os Senhores

Deputados respondam diretamente ao público. O Senhor Deputado pode fazer um

ponto de ordem à Mesa se quiser, pode fazer um ponto de ordem à Mesa e fica

registado em Ata, mas eu não lhe posso dar a palavra para outra coisa. Pode fazer um

ponto de ordem à Mesa, isso pode fazer. --------------------------------------------------------

----- Peço desculpa Senhor Rui Costa. -----------------------------------------------------------

----- Microfone ao Senhor Deputado José Moreno para fazer um ponto de ordem à

Mesa.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Moreno (PNPN), no uso da palavra, fez o

seguinte ponto de ordem à Mesa: ----------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- No fundo eu não me vou alongar muito, como a Senhora Presidente tem dito,

temos uma sessão muito longa, mas não posso deixar, obviamente, verberar aquilo

que foi dito contra mim. ‘Falta de caráter’, isto é inadmissível de alguém dizer, mais

ainda de um elemento do público, de um elemento eleito desta casa, desta Assembleia.

----- Portanto, para que conste em Ata, isto é inadmissível, não podem em

circunstância alguma tolerarem-se estas atitudes. ----------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado e fica registado o seu protesto e com razão, a

Mesa é que não tinha maneira de lhe dar a palavra de outra maneira senão esta, mas

muito oportunamente o fez. -----------------------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Rui Sousa Costa é também a alteração do regulamento dos horários. ----

----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Rui Sousa Costa, residente em Rua Dona Filipa de Vilhena nº4 – 3º

Dto., 1000-135 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Membros da Mesa, Senhor Vice-Presidente, Senhores

Vereadores, Senhores Deputados Municipais, Minhas Senhoras e Meus Senhores, os

meus cumprimentos respeitosos.------------------------------------------------------------------

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----- É sobre o Regulamento dos Horários dos Estabelecimentos, o artigo 5º., para ser

conciso fala nas esplanadas e tem o limite dos horários e há aqui uma alteração à

proposta que foi aprovada na generalidade. ---------------------------------------------------

----- Eu permito-me fazer a seguinte sugestão: primeiro um dos fundamentos desta

alteração, é que se estão na esplanada, não estão no espaço público e, controla-se

melhor a utilização do espaço público. A minha sugestão é que isso seria verdade se

os preços fossem iguais para a esplanada e para o take away, o que realmente não

são na venda de bebidas alcoólicas, sendo assim temos que, temos que passar a ter

talvez um novo tipo de lojas de conveniência com horário alargado. ----------------------

----- Como disse aqui há uns tempos o Senhor Presidente da Câmara é o andarem de

um lado para o outro, logo há apenas uma mudança do local do consumo, daí ou se

alteram os preços, o preçário que está estipulado ou se proíbe o consumo para fora

dos estabelecimentos e das esplanadas, abrangendo os quiosques ou então se volta à

proposta original das 24 horas como encerramento da esplanada. ------------------------

----- O Artigo 6º diz-se que há um número novo porque já previsto no despacho nº.

40-P-2014, a sugestão é que fosse salvaguardado sem prejuízo das zonas onde já

existe um horário específico de funcionamento dos estabelecimentos. ---------------------

----- O Artigo 7º. Lojas de conveniência, a minha pergunta é, se se mantém a regra

generalizada do encerramento às 22 horas, ainda que se preveja nesta alteração

haver um alargamento dos horários de acordo com as definições das Juntas de

Freguesia. Há aqui um aspeto que eu vou ter que chamar a vossa atenção, as Lojas

de Kebab para mim são algo de híbrido na cidade de Lisboa porque vendem no

estabelecimento no interior pouco e vendem muito mais refeições e bebidas na via

pública e têm um horário segundo me parece das 6 da manhã às 2 da manhã, isto é,

vamos ter mais um foco de instabilidade nas Lojas de Kebab que estão abertas e que

fornecem sobretudo para o exterior e não para o interior, portanto, tem que haver

aqui um controlo ou tem que haver uma legislação ou uma regulamentação específica

para estas lojas. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu agradeço, são os seus três minutos, são problemas candentes que nós vamos

hoje discuti-los, depois poderá acompanhar a nossa discussão, naturalmente os

Senhores Deputados ouvirão os seus argumentos e também têm os seus próprios e

vamos ver o que é que isto hoje, que resultado obtemos no final da discussão e da

votação. Muito obrigada. --------------------------------------------------------------------------

----- Temos uma última pessoa inscrita, a Dona Célia Simões, Presidente da

Associação “A Cidade Imaginada”. Também são problemas relacionados com o

Parque das Nações. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Como já é uma inscrição excedentária pedia-lha também para ser o mais sucinta

possível para não atrasar os nossos trabalhos, se faz favor.” ---------------------------------

----- A Senhora Dona Célia Simões fez a seguinte intervenção: ---------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente. -----------------------------------------------------

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----- Muito boa-tarde, falo em nome da Associação “A Cidade Imaginada” do Parque

das Nações, criada em março deste ano e já com uma centena e meia de sócios, que

surge com o propósito de em colaboração com as autarquias locais, devolver ao

Parque das Nações o nível de excelência de qualidade urbana que sempre o

caraterizou e que se tem vindo a perder de há três anos a esta parte. ----------------------

----- Começo por referir as palavras do nosso Primeiro-ministro António Costa, em

Dezembro de 2012, era então Presidente da Autarquia, e garantia, e passo a citar,

‘Quem mora, trabalha e investiu no Parque das Nações, tem obviamente o direito de

exigir o mesmo elevado padrão de qualidade que teve até aqui, e que se vai manter,

(…) e não há razão para que seja agora, pior do que era antes.’. --------------------------

----- Foram três anos em que fomos ouvindo reiteradamente a argumentação de que a

transferência das competências da Parque Expo para a Câmara Municipal de Lisboa

não correu bem e que as autarquias locais foram vítimas deste processo

desculpabilizando assim o péssimo trabalho, para não dizer nulo, da Junta de

Freguesia do Parque das Nações. ----------------------------------------------------------------

----- Passaram três anos, repito, tempo mais do que suficiente para estarem agora a

apresentar outros resultados na gestão urbana! “Sejamos rigorosos”, como dizia o

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa quando se tratou da passagem da gestão

dos espaços verdes e da higiene urbana e dos contratos de manutenção, “Sejamos

rigorosos”. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Também já ouvimos até à exaustão o argumento de que os materiais e

equipamentos utilizados na Expo98, estão hoje, quase duas décadas volvidas, em fim

de vida, fruto da falta de manutenção e investimento da Parque Expo. --------------------

----- Estamos de acordo quanto ao peso dos anos nos materiais e equipamentos, já

quanto há falta de manutenção, efetivamente só demos por ela nos últimos três anos.

Sejamos rigorosos, não tivesse a população do Parque das Nações percecionado

tamanha incúria e destruição e nunca teria nascido a nossa associação. -----------------

----- Sabemos que não temos nem mais nem menos direitos que as restantes freguesias

da cidade de Lisboa. No entanto, o que deveríamos estar hoje aqui a exigir era que

essas freguesias tivessem as mesmas condições que existiam há quatro anos no

Parque das Nações e não baixar os padrões de qualidade, ‘lisbonizando’ o que era

um espaço de excelência. --------------------------------------------------------------------------

----- Pior ainda, é que algumas das poucas intervenções realizadas pela CML no

Parque das Nações já se encontram vandalizadas, por falta de iluminação e

vigilância adequadas, necessitando de novas intervenções. ---------------------------------

----- Mas este cenário de decadência não acaba aqui. Hoje é fácil encontrar locais de

tal maneira ao abandono e na mais completa escuridão, que se tornam convidativos a

delinquentes e propícios a práticas de pedofilia e prostituição. Houvesse apenas um

candeeiro em algumas zonas e conseguiria comprovar o que digo com algumas fotos,

em todo o caso, podem presenciar in loco fazendo uma visita aos locais entre a meia-

noite e as seis da manhã. --------------------------------------------------------------------------

----- Permito-me enumerar alguns casos de má gestão do espaço público e aqui

destruição do legado da Expo 98: ----------------------------------------------------------------

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----- 1 - Foram instalados candeeiros novos de tecnologia Led no Passeio do

Neptuno, junto ao Jardim das Ondas e nos decks da Alameda dos Oceanos. Além de

violarem os princípios e conceitos em que assentavam todo o projeto de iluminação

do recinto da Exposição, a luz destes candeeiros é demasiado branca e a luminância

muito má. A intervenção foi há poucos meses e alguns já se encontram vandalizados. -

----- 2 - Ainda sobre a iluminação, um levantamento realizado pela ACIPN permitiu

concluir que nos troços norte da Alameda dos Oceanos e da Avenida Dom João II,

mais de metade das lâmpadas dos candeeiros estão fundidas ou desligadas. -------------

----- Uma situação totalmente inaceitável que representa um perigo para todos os que

ali circulam e que revela mais uma vez a negligência de quem gere habitualmente o

Parque das Nações. --------------------------------------------------------------------------------

----- Foi tornada pública uma carta que a ACIPN enviou à Junta de Freguesia do

Parque das Nações, à CML e à EDP Distribuição, entidades responsáveis por esta

situação. Até hoje, não recebemos resposta de qualquer destas entidades. Acrescento

que não há poupança que pague uma vida humana! ------------------------------------------

----- 3 - Entre o final de 2013 e o início de 2015 os jardins Garcia de Orta estiveram

esquecidos e vetados ao abandono, o lixo acumulou-se e muitas espécies foram

irremediavelmente perdidas. Chagada a altura de refazer, foi com alguma admiração

que a ACIPN constatou que a Arquiteta Cristina Castel-Branco, autora dos Jardins

Garcia de Orta e de uma referência na recuperação de jardins históricos, não foi

envolvida no projeto de requalificação daqueles jardins. ------------------------------------

----- Nas diversas comunicações que foi fazendo sobre o assunto, a Junta de

Freguesia do Parque das Nações sempre atribuiu a autoria dos Jardins Garcia de

Orta ao arquiteto João Gomes da Silva, com quem foi trabalhando no projeto durante

mais de um ano, mas tal facto não corresponde à verdade. ----------------------------------

----- Temendo estar presente perante mais uma intervenção de descaraterização de

um espaço emblemático do Parque das Nações, solicitámos que a Arquiteta Cristina

Castel-Branco fosse envolvida na requalificação do jardim. Não só não foi envolvida,

como já se procedeu, aliás, ao abate de árvores e arbustos com mais de 20 anos de

idade. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4 - No Parque Tejo, aquela zona que o Vereador Sá Fernandes quando alertado

para a degradação dos relvados referiu que estava em excelentes condições…” --------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Dona Célia terminou o seu tempo, queria-lhe pedir para abreviar se faz

o favor.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Dona Célia Simões fez a seguinte intervenção: ---------------------------

----- “Estou a terminar Senhora Presidente. ----------------------------------------------------

----- Referiu que estavam em excelentes condições, é com tristeza que assistimos mais

uma vez com a chegada dos dias quentes de verão, ao desaparecimento do pouco

verde que persiste nos relvados. Isto, apesar da Junta de Freguesia do Parque das

Nações ter noticiado a renovação do sistema de rega. ---------------------------------------

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----- Aliás, já o Vice-Presidente Duarte Cordeiro garantira em 3 de Fevereiro de

2016 que o problema com o sistema de rega no Parque Tejo, não só estava

ultrapassado, como seria mais eficaz. -----------------------------------------------------------

----- Não está ultrapassado Senhor Vice-Presidente! Convido-vos a fazer uma visita. --

----- O Parque Tejo já foi motivo de orgulho de todos nós, hoje é uma triste sombra

do que já foi. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Até quando? ------------------------------------------------------------------------------------

----- É assim que queremos promover o Parque das Nações? -------------------------------

----- Quem se pode sentir orgulhoso do aspeto atual deste parque? ------------------------

----- Quem ganha com toda esta destruição? ---------------------------------------------------

----- 5 - O Skate Parque continua abandonado, ao lado, as casas de banho públicas

voltaram a ser grafitadas e estão fechadas três meses após a sua inauguração.

Parece evidente, mas relembramos que falta vigilância e iluminação. ---------------------

----- 6 - Na Alameda dos Oceanos não conseguimos compreender que os vulcões de

água, um ex-libris do Parque das Nações, continuem sem funcionar em pleno com os

seus famosos jatos de água. Há um ano e meio que o último dos vulcões deixou de

funcionar. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Recordo que são muitos os turistas que diariamente visitam aquele espaço e que

ficam longos momentos à espera de tirar uma fotografia ao instante da explosão.

Felizmente, para eles, acabam por desistir. A água tem naquele espaço uma função,

não se esqueçam disso! ----------------------------------------------------------------------------

----- 7 – Também a limpeza dos jardins é assustadoramente escassa, pois vemos

constantemente o acumular dos lixos, sem que se faça a higiene urbana destes

espaços. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Verificamos também constantemente que a calçada portuguesa, sobretudo nas

zonas junto a grandes empresas e há muitas no Parque das Nações felizmente, não é

varrida nem lavada, o que remete para um aglomerado de pontas de cigarro e uma

sujidade sempre presente nas ruas mais frequentadas de Lisboa. Falo da alameda dos

Oceanos e da Avenida Dom João II. -------------------------------------------------------------

----- 8 - Por fim, queremos ainda reforçar que há muito que a população do Parque

das Nações pede, quase que encarecidamente, que o separador central da Avenida

Dom João II seja requalificado com arbustos e vegetação apropriada, tal como

acontecia até 2012 e que desde então tudo morreu devido à falta de manutenção. ------

----- Numa altura em que por toda a cidade se rasgam avenidas para que se criem

separadores verdes, no Parque das Nações substitui-se o verde por pedras. -------------

----- Nesta fase de análise, pedimos que a população do Parque das Nações seja

ouvida. Queremos os arbustos no separador central e não pedras. Pela segurança

rodoviária, pelo ambiente, pedras não! Arbustos sim! ----------------------------------------

----- Não posso terminar sem deixar de referir que esta semana ficaram mais de 300

crianças sem colocação na Escola Vasco da Gama, a escola da sua área de

residência, entrando apenas 29. ------------------------------------------------------------------

----- Constroem-se ciclovias, gasta-se meio milhão de euros em instalações de um

Clube Sénior e arrasta-se um problema de anos com a construção da nova escola! ----

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----- Até quando? ------------------------------------------------------------------------------------

----- Não podemos esquecer a educação, onde mais uma vez centenas de crianças

ficaram sem poder frequentar a escola da sua residência, na Vasco da Gama, na

Escola Vasco da Gama, por exemplo, entraram 29 de 324 candidatos! A

responsabilidade dos jardins-de-infância e 1º ciclo pertence às Câmaras Municipais. -

----- Sabemos dos problemas que se arrastam há anos com a posse dos terrenos, mas

se há 700.000€ para ciclovias e 435.000€ para instalações da junta e de um clube

sénior, por que razão não há dinheiro para resolver, de uma vez por todas, o maior

problema de todos e que afeta o que de melhor há no mundo, as crianças? --------------

----- Pedimos que as cidades sejam pensadas para as pessoas, com espaços verdes e

equipamentos para todos, com instituições de proximidade, com limpeza, com

manutenção. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Não podemos seguir com uma política do deitar abaixo, apenas porque agora a

Autarquia tem dinheiro, tirado a ferros de todos os contribuintes e visitantes, que

querem apenas melhor qualidade de vida urbana. --------------------------------------------

----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Dona Célia tem mesmo que terminar.------------------------------------------

----- Eu peço desculpa de estar a fazer esta pressão sobre quem está afalar, não é

elegante, mas de facto já foi uma inscrição aceite já em suplente e, portanto, já

estamos no limite, se a Senhora Dona Cidália quiser deixar o integral da sua

intervenção para a Ata, ficará registada na integralidade. ------------------------------------

----- Muito obrigada. -------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, naturalmente, não tenho outra resposta a dar à Dona Célia a

não ser que as questões do Parque das Nações, mais uma vez, devem ser colocadas na

Assembleia de Freguesia. --------------------------------------------------------------------------

----- Nós aqui apenas apreciamos as questões de natureza genérica, embora hoje

mesmo, tenhamos um tema na ordem de trabalhos que pode ser relevante que é a

discussão na generalidade do Regulamento Municipal do Arvoredo, que tem a ver

com a gestão dos espaços verdes da cidade de Lisboa. Veremos como é que corre essa

parte dos nossos trabalhos. ------------------------------------------------------------------------

----- Terminou as intervenções do público em matéria de período de intervenção

aberta ao público.” ----------------------------------------------------------------------------------

--------------------------- PERÍODO DA ORDEM DO DIA ----------------------------------

----- PONTO 1 - APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 10/2016 - PELO FIM

IMEDIATO DA UTILIZAÇÃO DE HERBICIDAS/GLIFOSATO NOS

ESPAÇOS PÚBLICOS DE LISBOA, NOS TERMOS DA PETIÇÃO E AO

ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X GRELHA-BASE - 51M, A

QUE ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS SUBSCRITORES;

APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DO PARECER DA 4ª E 6ª COMISSÕES

PERMANENTES E DA RECOMENDAÇÃO 01/116 (1ª CP) – TEMA 6. ------------

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19

----- (A Petição nº 10/2016 fica anexada à presente Ata, como Anexo III e dela faz

parte integrante). ------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente, fica anexado à presente

Ata como Anexo IV e dela faz parte integrante). ----------------------------------------------

----- (A Recomendação nº 1/116 – 3ªCP - fica anexada à presente Ata, como Anexo

V e dela faz parte integrante). ---------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Temos mais intervenções do público hoje, mas já no âmbito da apreciação da

Petição 10/2016. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Tenho a indicação que é o Senhor Gabriel Mateus que virá fazer a apresentação

da petição. Pergunto se está presente? Está sim senhora, julgo que vem a caminho. -----

----- A apreciação, esta petição foi apreciada pela 4ª e 6ª Comissão Permanente, teve

como Relator o Senhor Deputado Miguel Santos, creio eu, e, portanto, depois pedirei

ao Senhor Deputado Relator para naturalmente se pronunciar sobre o vosso relatório

antes de apreciamos a recomendação. -----------------------------------------------------------

----- Portanto, tem a palavra o peticionário Senhor Gabriel Mateus, em representação

dos peticionários da Petição 10/2016 ‘Pelo fim imediato da utilização de herbicidas

Glifosato no espaço público de Lisboa’.” -------------------------------------------------------

----- O Senhor Gabriel Mateus Representante dos Peticionários, no uso da palavra,

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde Senhora Presidente, Senhores Deputados e a todos os presentes.

Muito obrigado. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Gostaria de agradecer, uma vez mais, esta oportunidade que nos dão de podermos

vir aqui falar sobre um assunto que pensamos ser da máxima importância e da

máxima atualidade que é a utilização de Glifosato e de herbicidas à base de Glifosato,

na gestão dos nossos espaços públicos. ----------------------------------------------------------

----- Eu venho então em representação de um grupo de cidadãos que partilha entre eles

desta preocupação e também gostaria de se colocar do lado da solução e, portanto,

contribuir da melhor forma possível por concretizar aquilo que nos parece ser uma

evidência que é, a gradual proibição desta substância na utilização dos espaços

públicos. E, portanto, nós, na realidade apenas estamos a procurar um contributo da

nossa parte na condição de cidadãos, para que essa concretização se venha a fazer o

mais rápido possível e não só se venha a fazer, mas também que se encontrem as

melhores soluções e alternativas para substituir estas substâncias nos espaços

públicos. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Nesse sentido, nós tivemos várias iniciativas. A primeira foi a criação de uma

petição que pedia à Câmara Municipal de Lisboa que deixasse de utilizar Glifosato e

herbicidas à base de Glifosato na gestão dos espaços públicos e dos parques da cidade

de Lisboa. Mas também além disso, nós procurámos contactar todos os atores desta

problemática, nomeadamente as várias juntas de freguesia de Lisboa, as 24 juntas de

freguesia, não só para dar conhecimento daquilo que foram as nossas iniciativas e

aquilo que era a nossa proposta, mas também para procurar termos toda a informação,

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estarmos na posse de toda a informação relativamente à utilização de Glifosato e de

herbicidas por parte das juntas de freguesia. ----------------------------------------------------

----- Eu devo dizer que a recetividade que nós tivemos foi bastante grande, o que nos

deixou bastante contentes e bastante entusiasmados, por sentirmos que havia uma

recetividade por parte de todas as juntas de freguesia em relação à nossa proposta. E,

nesse sentido, conseguimos identificar diretamente 14 juntas de freguesia que, neste

momento, nos disseram que já não utilizam herbicidas à base de Glifosato ou então

que estão em vias de deixar de utilizar ao longo deste ano. E, portanto, aquilo que nós

pudemos confirmar é de que existe uma vontade generalizada em fazer esta transição.

E, portanto, conseguirmos reduzir os vários fatores de risco e várias exposições

desnecessárias para a população e, portanto, proteger os nossos cidadãos e as gerações

futuras de uma substância, como todos já sabemos, foi classificada como

provavelmente cancerígena, além de outros problemas associados para a saúde

pública, para o Ambiente e para os animais. ----------------------------------------------------

----- E, portanto, nós também depois de ter sido colocado e disponibilizado

publicamente o relatório sobre o Glifosato, pudemos então também verificar que,

neste momento, faltam apenas esclarecer 6 juntas, das 24 juntas de freguesia, em

relação à utilização ou não do herbicida à base de Glifosato. --------------------------------

----- Nesse sentido, é claro que gostaríamos muito de obter toda esta informação, nós

temos tentado fazer uma ponte bidirecional, isto é, não só levarmos às juntas de

freguesia aquilo que é um consenso generalizado da população em não se expor a uma

substância potencialmente cancerígena. Mas também através das redes sociais que

criámos e deste movimento que criámos, procurámos levar até à população as

dificuldades que nós percebemos e, principalmente, quando participámos da 4ª e da 6ª

Comissão, onde pudemos ouvir os vários autarcas e perceber também as dificuldades

que existem nesta transição, nomeadamente financeiras, de recetividade por parte da

população por vezes. -------------------------------------------------------------------------------

----- E, nesse sentido, nós tentamos fazer um trabalho de criar uma aliança de

cidadania entre autarcas e cidadãos e, portanto, levar a informação dos cidadãos aos

autarcas, mas também dos autarcas aos cidadãos. Portanto, nesse sentido, seria muito

importante, até por este lugar que nós ocupamos de mediação, digamos assim, seria

muito importante obtermos o mais rapidamente possível, o esclarecimento

relativamente às 6 juntas de freguesia que faltam. E também nesta preocupação que

temos em levar às pessoas que nos acompanham, toda a informação mais atualizada

possível. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Temos recebido também, recebemos pelo menos duas notificações por parte de

alguns cidadãos, dizendo que nestas 14 juntas de freguesia que identificámos, houve

duas em que os cidadãos nos assinalaram a utilização de herbicida com Glifosato.

Claro que nós sabemos que estamos numa fase de transição, algumas destas juntas de

freguesia mostraram vontade em fazer a transição, mas ainda em alguns momentos

poderão vir a utilizar e, portanto, esperemos também que isto seja esclarecido o mais

rapidamente possível. ------------------------------------------------------------------------------

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------ Tivemos acesso ao relatório, o qual lemos com muita atenção e houve algumas

questões que nos ficaram por esclarecer. Nomeadamente, a certa altura é dito que o

Senhor Vereador Sá Fernandes nos terá respondido em relação às várias questões que

nós levantamos e, no entanto, ainda não obtivemos nenhuma resposta e, portanto, nós

gostaríamos muito que que isso acontecesse o mais breve possível. ------------------------

----- Também temos conhecimento das atividades do grupo de trabalho criado pela

Câmara Municipal de Lisboa no sentido de avaliar as melhores soluções possíveis

para substituir, para alternativas em relação aos herbicidas. Segundo consta dia 11 de

Agosto serão apresentados resultados e claro que estaremos muito atentos e a querer

muito saber os resultados deste grupo de trabalho, até porque, se houver uma

conclusão no sentido de se fazer essa transição então o nosso trabalho também fica

concluído e fica resolvido dessa maneira instantaneamente. Gostaríamos muito de

saber o ponto da situação, mal esteja concluído este relatório.-------------------------------

----- Também a certa altura no relatório é dito que caso fosse proibida, até porque há

esta intenção que foi anunciada por parte do Senhor Ministro da Agricultura, que terá

dito que existe a intenção de proibir a utilização de herbicidas à base de Glifosato nos

espaços público. E, a certa altura, o relatório diz-nos que a Câmara Municipal de

Lisboa tem todas as condições para fazer já esta transição e, nesse sentido,

congratulamo-nos que exista já essa preocupação, esse conhecimento e essa

capacidade de fazer a transição rapidamente. Então, também ficamos na expectativa

de que se concretize aquilo que nos parece ser o consenso em torno da vontade

popular e também da maior parte dos autarcas que temos que contactado, no sentido

de fazer esta transição o mais rapidamente possível. ------------------------------------------

----- Bom, nós da nossa parte, nós temos feito todo este trabalho, nós tínhamos feito

inicialmente e tínhamos assumido um compromisso também de criarmos condições

para uma discussão que juntasse todos os autarcas das juntas de freguesia e alguns

especialistas, no sentido de percebermos as dificuldades, de todos poderem partilhar

essas dificuldades e também se encontrar um consenso em torno das melhores

alternativas. Penso que se isso for feito e concluído pela parte do grupo de trabalho,

essa nossa iniciativa original deixa de fazer sentido. No entanto, nós, daqui para a

frente, aquilo que vamos fazer é continuarmos atentos à problemática, perceber a

evolução desta questão que, como disse, inicialmente, parece-nos uma evidência que

esta transição se faça e que acabe por acontecer de uma maneira ou de outra. ------------

----- E, portanto, aquilo que nós temos como proposta daqui para a frente, é

continuarmos a monitorizar esta evolução, esta transição inevitável e de alguma forma

continuarmos a reforçar esta aliança que nos parece muito importante, não só pela

questão do Glifosato, mas também numa questão mais abrangente que é reforçar a

participação e a aliança de cidadania entre autarcas e cidadãos. -----------------------------

----- E, portanto, podemos também ter aqui um papel pedagógico em todas as direções

e, nesse sentido, vamos manter os instrumentos que criámos para as nossas iniciativas

e vamos obviamente, a estar sempre disponíveis para estreitar estes laços e para

continuar a informar, tanto autarcas naquilo que parece-nos ser a vontade popular,

mas também as populações daquilo que são as soluções encontradas por parte das

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juntas de freguesia. E nesse sentido, penso que podemos todos estar seguros de que

conseguiremos trabalhar para uma cidade realmente mais segura, que esteja atenta à

segurança e à saúde pública dos seus cidadãos e os cidadãos também apreenderem

uma forma nova de estar em sociedade que é assumirem o seu compromisso da parte

que lhes toca de um problema comum a todos nós. --------------------------------------------

----- Muito obrigado pela atenção.” --------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada. ------------------------------------------------------------------------------

----- Nós também saudamos a vossa iniciativa.-------------------------------------------------

----- Vou agora dar a palavra ao Senhor Deputado Relator Miguel Santos, para

apresentar um relatório e depois há vários Senhores Deputados inscritos que se vão

pronunciar. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Penso que os peticionários sabem que, depois no final, temos uma recomendação

que vamos pôr à votação para que haja um resultado concreto desta vossa iniciativa e

que resulta, de facto, numa recomendação à Câmara que iremos votar no final destas

intervenções.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e na

qualidade de Relator do Parecer Conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente, fez a

seguinte apresentação: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Antes de mais queria saudar os peticionários pela excelente intervenção cívica

que proporcionaram, como exemplo, para toda a cidade. E, gostava de lembrar que,

toda esta nossa intervenção partiu de um trabalho que é feito nas comissões que é um

trabalho de acompanhamento e de monitorização das recomendações que são

aprovadas nesta Assembleia. ----------------------------------------------------------------------

----- Portanto, neste caso, o PAN tinha apresentado uma recomendação que tinha sido

aprovada, pelo fim da utilização também do Glifosato e chegou a altura, passados

quase 2 anos, de tentar perceber o que é que tinha acontecido entretanto. E, esse

trabalho foi entregue, neste caso à 6ª Comissão a que depois se juntou também a 4ª

Comissão, uma vez que havia intervenção também da parte ambiental, mas foi nesse

trabalho de monitorização que começámos a tentar perceber tudo o que se tinha

passado. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Esse trabalho de compilação foi um trabalho que foi feito de forma sistemática,

nós começámos por fazer e eu convido a todos que possam ler o relatório, começámos

por fazer um enquadramento de considerações prévias nas intervenções relativas à

Assembleia Municipal de Lisboa, ao plano internacional e europeu e do plano

nacional, nomeadamente ao trabalho que tem sido feito na Assembleia da República. --

----- Ouvimos também o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos, que foi uma das

intervenções mais se salientou pelo detalhe que proporcionou a todos os Deputados,

digamos, no estabelecimento da periculosidade deste produto. A que depois,

entretanto, se juntou esta Petição nº 10/2016 que aparece, portanto, já quando

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estávamos a fazer este trabalho. E, esta Petição nº 10/2016, levantou uma série de

questões que permitiram dar um ângulo diferente ao nosso trabalho de relatório. --------

----- Esta petição permitiu um tipo de colaboração que normalmente não acontece,

porque os peticionários fizeram um trabalho de audição de audição, de interação com

as juntas de freguesia do qual nós fomos também beneficiários, ao poder estabelecer

aquilo que se ia passando em cada junta de freguesia. Relativamente a isto, eu gostava

de dizer que houve mais uma junta de freguesia que se juntou, entretanto, foi a

Freguesia dos Olivais, que embora não acabe já imediatamente, mas estabelece um

caminho para acabar com a utilização do Glifosato. -------------------------------------------

----- E, portanto, cada vez mais existe esta intenção de acabar com o Glifosato. ---------

----- Finalmente, eu gostaria de salientar que fizemos também mais audições,

nomeadamente, dos Senhores Presidentes de junta de freguesia, nomeadamente o

Presidente de Junta de Freguesia da Estrela que foi um dos primeiros a autarcas a

fazer, digamos, o fim da utilização do Glifosato. Ouvimos também o Senhor Vereador

do Ambiente da Câmara Municipal de Lisboa que, permitiu-nos saber que a qualquer

momento que seja tomada essa decisão, a Câmara está preparada para fazer o fim da

utilização deste produto. E eu iria finalmente a passar às recomendações que foram,

entretanto, estabelecidas. --------------------------------------------------------------------------

----- De referir que no dia 11 de Agosto sairá o relatório do grupo de trabalho da

Câmara relativamente à utilização do Glifosato e que nos poderá dar novas pistas

relativamente a este problema. --------------------------------------------------------------------

----- Portanto, ouvidos os peticionários e apresentada a documentação, consultado o

relatório, apresenta as seguintes conclusões. À luz do conhecimento científico atual,

podemos afirmar com segurança que estamos perante uma questão de saúde pública

nacional que pode assumir contornos preocupantes no presente e para as gerações

vindouras, como tal, o Município não pode ser alheio àquilo que à sua

responsabilidade diz respeito. ---------------------------------------------------------------------

----- Devem ser envidados esforços, no sentido de eliminar a utilização de produtos

fitofarmacêuticos nos espaços públicos de Lisboa. A eventual decisão de não

utilização de herbicidas, Glifosato em particular e de todos os produtos

fitofarmacêuticos, obedece ao princípio da precaução, tendo em especial consideração

a proteção das pessoas, dos animais e da natureza, a saúde pública, assim como a

preservação dos ecossistemas. --------------------------------------------------------------------

----- A decisão de não utilização destes produtos em contexto urbano requer um

diálogo próximo entre o Município e juntas de freguesia, no sentido de serem

encontradas as melhores soluções alternativas e os recursos materiais e técnicos para a

sua implementação. ---------------------------------------------------------------------------------

----- As alterações que venham a ser sentidas pelos munícipes, carecem de

esclarecimento e sensibilização para as opções tomadas e para as implicações da fase

de transição necessária. A informação ao público é um aspeto crítico, pelo que deve

começar-se por responder aos subscritores da Petição nº 10/2016 que deu entrada,

entretanto, na Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------

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----- A Câmara está a desenvolver o estudo de realidade de utilização de herbicidas

Glifosato na cidade, estando a ser aprofundados todos os dados obtidos no âmbito do

grupo de trabalho criado para o efeito em 11 de Abril de 2016. Está prevista a

conclusão do respetivo relatório em 11 de Agosto de 2016 que será remetido à

Assembleia Municipal, contendo o diagnóstico da situação relativamente à utilização

de herbicidas em espaços públicos da cidade. --------------------------------------------------

----- 1 - Quem o faz, como o faz e com que produto o faz. -----------------------------------

----- 2 - A identificação de métodos alternativos. ----------------------------------------------

----- 3 - Calendarização da aplicação destes métodos no território de Lisboa. -------------

----- As conclusões do relatório, com informação sobre métodos alternativos, serão

transmitidas às freguesias de Lisboa, articulando soluções no respeito pelas

competências de cada autarquia. O Vereador irá sensibilizar o Executivo sobre as

consequências materiais e financeiras para as freguesias de erradicação de herbicidas,

nomeadamente o Glifosato. -----------------------------------------------------------------------

----- A Câmara Municipal tem vindo a testar métodos alternativos adequados a cada

situação ou localização, estando em condições de prosseguir a deservagens, mesmo

perante uma eventual decisão legislativa de proibição do uso de fitoformes.--------------

----- Em face ao exposto, a 6ª Comissão Permanente propõe à Assembleia Municipal

de Lisboa…” -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Oh Senhor Deputado, o Senhor Deputado está a ler a recomendação que foi

distribuída por todos os Senhores Deputados. Naturalmente, as conclusões não são

votadas e, portanto, pareceu-me muito bem, mas nós daqui a pouco vamos votar as

recomendações que todos têm. --------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado acha que é necessário fazer leitura? -------------------------------

----- Se entender, tem esse direito, naturalmente tem esse direito. É só por uma

questão de economia de tempo, uma vez que o documento está no site, foi distribuído

a toda a gente, foi entregue aos peticionários e está na mão de todos os Senhores

Deputados.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e na

qualidade de Relator do Parecer Conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente, retorquiu: -

----- “Se for lido a seguir, eu prescindo de ler agora.”-----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, respondeu:

----- “Não, ele não vai ser lido a seguir, se o Senhor Deputado quiser, faça favor. É

isso que eu estou a dizer.” -------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e na

qualidade de Relator do Parecer Conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente,

prosseguiu a apresentação: ------------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, face ao exposto, 6ª Comissão Permanente propõe à Assembleia

Municipal de Lisboa que delibere recomendar à Câmara Municipal que: ------------------

----- 1 – Elimine a utilização de produtos fitofarmacêuticos em espaço público de

forma tão célere quanto possível, excetuando situações limite previstas em

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disposições legais, acompanhadas de medidas de segurança que evitem o contacto de

pessoas e animais com estes produtos químicos; -----------------------------------------------

----- 2 - Seja apresentado no mais curto espaço de tempo possível, um diagnóstico

exato da situação que inclua também os meios de intervenção no espaço público

externos à Câmara Municipal e um plano para a eliminação do uso de todos os

fitofarmacêuticos; -----------------------------------------------------------------------------------

----- 3 - No âmbito do grupo de trabalho, entretanto constituído nos serviços

camarários, ausculte especialistas na matéria para encontrar soluções viáveis e

simultaneamente eficazes e eficientes; ----------------------------------------------------------

----- 4 - Envolva e ausculte as freguesias e desenvolva estes estudos articuladamente; --

----- 5 - Sejam garantidas as condições, para que as alternativas que venham a ser

encontradas sejam progressivamente implementadas, nomeadamente compensando as

freguesias com meios humanos e materiais adicionais, pela eventual perda de

eficiência com a aplicação de métodos alternativos; ------------------------------------------

----- 6 - Informe a Assembleia Municipal de Lisboa das circunstâncias de qualquer

utilização de produtos fitofarmacêuticos no espaço público, efetuado em termos da

presente recomendação. ----------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado nós pelo seu trabalho, pelo relatório que propôs e que, de facto,

foi um relatório extenso e bem informado e esta recomendação que resulta

diretamente do relatório do Senhor Deputado Miguel Santos. -------------------------------

----- Temos vários Senhores Deputados inscritos, a Senhora 2ª Secretária vai dar a

palavra. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Pedia aos Senhores Deputados para estarem em silêncio na sala, quem precisa de

falar tem lá fora as foyers, porque custa muito a quem está aqui a presidir aos

trabalhos estar com este ruído de fundo e para quem está a usar da palavra também.” --

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente em representação do Presidente da

CNL, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, público aqui presente. -----------------

----- Eu de uma forma sucinta diria que hoje é um dia muito importante por duas

razões. A primeira, porque, de certa forma, regozijo-me com o facto de vermos

aqueles que são os peticionários desta proposta, trazerem à Assembleia Municipal

uma matéria que nós na Junta de Freguesia da Estrela já há cerca de 2 anos que

conseguimos erradicar. -----------------------------------------------------------------------------

----- E isto, também, porquê? Qual é a segunda? A segunda é ter a oportunidade

também de ver à Assembleia Municipal, que há 2 anos não ligou muito a isto, ver

agora envolvido desta forma, fruto da intervenção também dos peticionários e ver-se

envolvida numa matéria que é, de facto, importante. ------------------------------------------

----- E, por isso, eu diria senhora presidente, porque também não quero tomar muito

tempo, que o desafio agora é, de certa forma, estender às outras freguesias aquilo que

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há 2 anos acontece na Estrela. E recomendo, e aqui é o compromisso que acho que é

importante que todos possamos ter, o protocolo que a Junta de Freguesia da Estrela

celebrou com a Quercus para a eliminação deste tipo de químicos de utilização no

espaço público. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Esse é um momento determinante e é o momento que, de facto, vai validar a

intervenção que é feita no espaço público sem utilização desses químicos e vai validar

o esforço, tanto da Junta de Freguesia da Estrela como também dos peticionários que

hoje aqui os trouxeram essa proposta. -----------------------------------------------------------

----- Muito obrigado, Senhora Presidente.” -----------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, caro Presidente em

exercício, Vereadores, Caros Deputados. -------------------------------------------------------

----- Eu não gostaria de deixar passar este momento sem poder intervir no âmbito

desta petição, uma vez que não pude participar nas reuniões e nas várias audições por

uma questão profissional e tendo em conta as horas a que estão ser convocadas as

comissões, mas não gostaria. ----------------------------------------------------------------------

----- Deixar aqui uma palavra em primeiro lugar, para saudar os peticionários por esta

iniciativa. E, obviamente, quando se trata de saúde pública, em que todos somos

responsáveis pelo seu zelo, ainda mais os órgãos municipais. -------------------------------

----- Gostaria de dizer que esta é também uma matéria que tem sido debatida por

vários concelhos do país e também na Assembleia da República, embora com uma

extensão no mundo agrícola que não se aplica à capital. -------------------------------------

----- Resumidamente, o CDS tem analisado a questão do Glifosato com especial

atenção, seja no alarmismo criado na população, sejam na obtenção de dados

científicos que nos permitam ter uma leitura clara sobre a sua aplicabilidade no meio

urbano e suas consequências. E, é nessa perspetiva científica e não ideológica que

devemos discutir esta questão. --------------------------------------------------------------------

----- A verdade, é que uso do Glifosato, à semelhança de outros pesticidas e

herbicidas, tem efeitos secundários quando as doses aplicadas ultrapassem as medidas

definidas especificamente para o seu uso. -------------------------------------------------------

----- Assim, avaliaria esta questão em duas vertentes, a forma como é utilizado e os

efeitos do seu uso. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar e segundo especialistas que ouvimos, há que perceber que por

vezes o mau uso deste herbicida é potenciado quando se aplicam doses acima das

recomendadas e, nessa matéria, deveríamos propor investimento na formação dos

trabalhadores que aplicam estes químicos, bem como a utilização de fatos de proteção.

----- Por outro, a aplicação feita durante o dia é contraproducente, uma vez que a sua

aplicação durante os períodos de exposição solar, agravam a sua evaporação e

contacto com o ambiente e, consequentemente, com pessoas e animais, pelo que o seu

uso deveria ser efetuado à noite, o que por razões óbvias, traria outras implicações às

autarquias. --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Ou seja, aplicar Glifosato no período de pique de circulação de pessoas na rua, no

passeio dos animais e quando as crianças utilizam os parques infantis, são dinâmicas

que não podem ser conjugadas e que seguramente contribuiu com um contacto maior

e mais rápido com os seres humano. E, portanto, há que encontrar alternativas como

algumas juntas já estão a fazer e de que é exemplo a Junta de Freguesia da Estrela. -----

----- Quanto ao efeito cancerígeno e como a própria refere, a IARC que é mencionada

várias vezes no parecer, concluiu em 2015 e é isto que conclui, que há provas

limitadas em como o Glifosato seja potencialmente cancerígeno. ---------------------------

----- Ora, este ato foi profusamente divulgado junta da população, causando

preocupação generalizada, e quando tal acontece, importa centrarmo-nos na análise

científica. A classificação do potencialmente perigoso refere-se ao uso excessivo ou

contínuo do herbicida o que, neste caso, o primeiro foco de atenção deve ser com os

funcionários, além da população, que aplicam o mesmo no meio urbano. Para que se

entenda, a mesma agência diz que as carnes fumadas são potencialmente cancerígenas

e, portanto, obviamente se estivéssemos a consumir, nomeadamente enchidos todos os

dias durante 2 meses, obviamente que o risco potencial de cancro seria, obviamente,

triplicado ou quadruplicado. -----------------------------------------------------------------------

----- Mas dizer, para não me estender muito, que das várias citações feitas durante as

audições sobre as diretivas da Comissão Europeia, não se falou por acaso que a

Comissão Europeia recomenda a comercialização do Glifosato por mais 7 anos. Não

quer dizer que concordemos. Que a FSA afirma que o Glifosato não é móvel no solo

e, portanto, o risco de presença nas águas subterrâneas é mínimo e, destaco, a

Comissão Europeia recomenda, e bem, que a sua utilização em espaços públicos seja

minimizada. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Saliento ainda e, aliás, em suma para não me alongar muito mais, a problemática

em torno do uso de produtos fitofarmacêuticos deve preocupar cidadãos, mas, em

particular, os agentes públicos que os utilizam, sem alarmismos e com precaução,

tomando medidas sempre fundamentadas em pareceres das agências europeias e

portuguesas públicas que atuam nesta área, fundamentadas em estudos científicos. -----

----- No caso de Lisboa o caminho trilhado até ao momento, com destaque para as

medidas tomadas pela Junta de Freguesia da Estrela e também a abertura manifestada

pela Câmara nesta resolução, deixa-nos esperança de que, em breve, consigamos ter

uma cidade sem estes químicos, pese embora o aumento exponencial de custos que tal

medida irá implicar, mas isso é inevitável. ------------------------------------------------------

----- Sabemos também que técnicas alternativas, como a monda técnica, queimas,

podem ser mais nocivas para a biodiversidade. Ainda assim, como refere a Câmara na

sua resposta, há espaço em que a operacionalização de retirada de ervas não é, de

momento, possível eliminar de vez o seu uso. É, neste sentido, que consideramos que

a palavra eliminar no Ponto nº 1 das recomendações e, tendo em conta uma perspetiva

de rigor científico, deveria ser substituída por evitar, o que não altera o espírito do

cumprimento da legislação vigente e seria mais fidedigna a realidade atual, na

aplicação e na vontade também das autarquias, em caminhar para a sua não utilização.

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----- No âmbito desta discussão em Lisboa, gostaria ainda de salientar o trabalho

realizado pela 6ª Comissão, em particular pelo Senhor Deputado Relator, que torna

possível que o debate hoje seja feito sem ideologias à mistura e assente em dados,

diagnóstico, auscultação e recomendações profícuas à Câmara. -----------------------------

----- Dizer que da parte do CDS, continuamos atentos pela salvaguarda da saúde

pública dos munícipes e na implementação de medidas que venham ao encontro deste

desígnio, esperanto num futuro muito próximo que Lisboa adeque e integre medidas e

intervenções que não suscite dúvidas nesta matéria. ------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Eu penso que o Senhor Deputado Relator estava a conversar com a Senhora

Deputada Sofia Cordeiro, não terá ouvido uma proposta concreta que foi feita,

portanto, a Mesa vai repeti-la só para todos terem consciência. -----------------------------

----- O Senhor Deputado do CDS acaba de sugerir, no Ponto nº 1 da Recomendação,

onde está a palavra ‘elimine’, passe a ser a palavra ‘evite’, naturalmente, teremos de

pôr a proposta a votação, mas é para estarem conscientes com esta proposta que foi

feita. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir as intervenções.” --------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, muito obrigada. ------------------------------------------------------

----- Eu só, antes de começar a minha intervenção, queria dizer que não vou levantar

aqui esta questão, porque li na diagonal e não me parece ter interferência, mas as

conclusões e as recomendações foram alteradas em relação àquilo que foi votado na

comissão e foram alteradas de forma que altera o conteúdo, de facto. ----------------------

----- Pois, foram retiradas palavras e, palavras que tinham significado, que não são

propriamente adjetivos inócuos e foram acrescentadas conclusões. O acrescento de

conclusões não tem problema nenhum, agora, estas coisas não se podem fazer assim,

só porque são úteis à discussão. ------------------------------------------------------------------

----- De qualquer forma isso não altera a nossa posição e, penso que, mas penso que

tinha que ser dito porque, de facto, não podemos trabalhar assim, nesta Assembleia.” --

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Oh Senhora Deputada, eu peço desculpa, a responsabilidade da passagem, eu

peço imensa desculpa. ------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, agora a Mesa também tem aqui um direto de palavra. --------

----- A responsabilidade da passagem das conclusões para a recomendação é minha e,

portanto, se há erros façam o favor de dizer onde é que estão que eu corrijo

imediatamente.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra

respondeu:--------------------------------------------------------------------------------------------

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----- “Não, não, estão no próprio relatório alterado, ou seja, aquilo que foi votado em

Comissão, não é aquilo que aparece no relatório. ----------------------------------------------

----- Se nós temos que verificar à vírgula cada vez que temos uma recomendação.” -----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu peço desculpa, mas isso ultrapassa-nos, a Mesa quanto recebe o relatório

presume que a Comissão o verificou. Peço desculpa, mas então aí o erro já me

ultrapassa.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra

prosseguiu a intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “De qualquer forma. Continuando e muito obrigado por me dar a palavra. ----------

----- Cara Senhora Presidente, restantes membros da Mesa, colegas Deputadas e

Deputados, público presente. ----------------------------------------------------------------------

----- Gostaríamos antes de mais, agradecer a apresentação de mais uma petição por um

grupo de cidadãos que, mais uma vez, demonstra a cidadania viva que é possível

encontrar na cidade de Lisboa e que fazem das decisões que tomamos, decisões mais

participadas e mais informadas. ------------------------------------------------------------------

----- Esta petição e várias recomendações e moções apresentadas anteriormente por

vários Grupos Municipais e aprovadas por este Plenário, sobre a utilização de

Glifosato, trouxeram-nos mais e melhor informação sobre este assunto. ------------------

----- De facto, nos últimos anos têm crescido os alertas sobre malefícios para a saúde

da utilização do herbicida Glifosato. Este herbicida é, como a maioria saberá, um

herbicida de síntese que pode ser utilizado em culturas agrícolas com uma

determinada modificação genética que os torna resistentes a sua ação. Por esse motivo

cresceu a sua utilização nas culturas agrícolas, com importantes ganhos de

produtividade para o agricultor, razão pela qual se tornou tão utilizado. -------------------

----- Este herbicida teve até há pouco tempo uma patente da empresa Monsanto que, é

atualmente e ainda, o principal produtor da substância. ---------------------------------------

----- Tendo este contexto, é fácil entender que a sua utilização tem uma dimensão

completamente diferente em meio urbano e meio agrícola. Desde logo, porque grande

percentagem dos cereais produzidos no mundo, são geneticamente modificados para

serem tolerantes a esta substância e, por isso, ela pode ser utilizado em larga escala. É

desta forma que os resíduos de herbicidas chegam aos alimentos que todos

consumimos. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Em meio urbano, as quantidades aplicadas e o contacto com o produto, são muito

menores. Este facto, não reduz a preocupação que todos devemos ter com a saúde

pública, mas deve ser tido em conta no contexto da análise que estamos a fazer neste

momento. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara Municipal de Lisboa confirmou-nos em comissão e em todos os

documentos a que tivemos acesso, nomeadamente no despacho do Senhor Diretor

Municipal de Estrutura Verde, Ambiente e Energia de 11 de Abril de 2016, que a

Autarquia tem tido por prática e cito ‘A adoção de estratégias de proteção

fitossanitária que, privilegia uma baixa ou mesmo nula utilização de produtos

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fitofarmacêuticos no combate contra pragas, doenças e infestantes. Facto esse

comprovado, pelas muito baixas quantidades deste produto adquirido desde 2010 pelo

Município’. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- E aqui devemos remeter-nos também à legislação em vigor que já é altamente

restritiva na utilização que permite. As situações em que à data é ainda utilizado esta

substância, são a deservagem de pavimentos e o controlo de infestantes invasores e a

limpeza de cemitérios. A utilização ainda é feita, uma vez que sem ela, não existiriam

ainda alternativas sem consequências para o estado de conservação dos espaços. --------

----- São conhecidas alternativas para a deservagem que requerem mais recursos

humanos e materiais no que respeita ao controlo da vegetação, em particular de

invasoras, já se faz sobretudo por meios mecânicos como o corte e a desmatação. Há,

no entanto, situações em que se torna indispensável o uso de um herbicida, como é o

caso da erradicação das canas. Estes trabalhos têm, sobretudo, lugar nas chamadas

áreas expectantes onde não existe ainda um coberto verde programado e instalado,

porque em espaços verdes consolidados o uso do herbicida é praticamente nulo. --------

----- Tanto do ponto-de-vista ambiental, como técnico e financeiro, a questão requer

uma abordagem transversal em todos os serviços da CML e também do conjunto das

freguesias, para que possa fazer-se a eliminação por completo da utilização destes

produtos. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tendo estas conclusões em conta, emitiu a 6ª Comissão em relatório ratificada

pela 4ª Comissão, uma série de recomendações na redação das quais colaborámos de

forma ativa e que, naturalmente, subscrevemos, pelo menos na forma como foram

aprovadas na 6ª Comissão. ------------------------------------------------------------------------

----- É importante salientar que uma dessas contribuições foi a introdução, sempre que

se falava do herbicida Glifosato, da expressão de todos os produtos fitofarmacêuticos.

O Glifosato não é nem mais nem menos perigoso que outros herbicidas de síntese que

o possam substituir e, já tive oportunidade de aqui o dizer, devemos pugnar pela

eliminação, sempre que possível, de todos os produtos fitofarmacêuticos que

utilizamos, o Glifosato é apenas um deles. ------------------------------------------------------

----- E se há razões atendíveis que deverão excecionar esta regra de não utilização, até

serem encontradas alternativas e implementadas em pleno, o que não há é razão

nenhuma para um combate específico a um produto. E por essa razão, o Grupo

Municipal do PS pugnou para que esta não fosse uma posição específica para um

produto não muito diferente dos demais, mas fosse antes uma recomendação que

dissesse respeito ao ambiente da cidade e a todos os produtos que possam ser nocivos

para a sua população. É essa posição que aqui tomamos hoje, a de uma cidade

moderna, progressista e preocupada com o seu ambiente.” ----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada. -------------------------------------------------------

----- Eu de qualquer maneira ia pedir, o Senhor Deputado Miguel Santos está inscrito

para falar no final das várias intervenções que estão aqui. Ia pedir à Senhora Deputada

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Sofia Cordeiro se me pode fazer chegar à Mesa quais são os pontos em que há

alterações? -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Para ver se consigo esclarecer antes da votação o que é que se passou, se alguém

alterou o relatório depois de ele ter sido aprovado, coisa que nunca aconteceu aqui e,

portanto, quero verificar o que é que se passou.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Lúcia Gomes (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente e Secretários da Mesa, caros colegas e

público presente. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Antes de mais, o PCP gostaria de agradecer aos peticionários pela apresentação

desta petição que deu azo a discussões profundas e sérias no âmbito da Assembleia

Municipal, nomeadamente da 6ª Comissão e só por isso esta já, vale já esta grande

manifestação de cidadania e da preocupação do dia-a-dia dos cidadãos na nossa

cidade e no nosso concelho, entrecruzando também aquilo que é a vontade popular e o

exercício da vontade popular, juntamente com a Assembleia Municipal. ------------------

----- Subscrevemos também e agradecemos aqui o alerta da Senhora Deputada Sofia

Cordeiro, quanto àquilo que são as decisões em comissão e àquilo que deve ser o

respeito pelas decisões tomadas em comissão e, que essas mesmas decisões não sejam

alteradas sem o conhecimento e a votação das mesmas. --------------------------------------

----- Relativamente então à questão que é trazida aqui pelos peticionários. Os produtos

químicos utilizados pelos seres humanos com o objetivo de melhorar as suas

condições de vida. Disso, são exemplos mais conhecidos medicamentos de utilização

humana e animal, os seus benefícios, os seus malefícios, estão em muito casos

dependentes da forma e da quantidade em que são utilizados. -------------------------------

----- A decisão sobre a sua utilização deve estar centrada no balanceamento entre

benefícios e malefícios da sua utilização. Evidentemente com isto se cruzam

interesses de natureza económica que forçam a sua utilização, quando há benefícios

económicos, apesar dos malefícios evidentes ou supostos. -----------------------------------

----- O domínio de multinacionais no agronegócio, nesta matéria e no controlo da

produção agrícola mundial, é uma evidência e o PCP não se tem cansado de anunciar.

Aliás, tem um património consistente de denúncia e apresentação de propostas sobre o

domínio das multinacionais, o agronegócio e a promoção de uma agricultura

sustentável que, em nada fica a dever a qualquer outro agente político, do qual se

orgulha e muito mais vai para além da volatilidade de agendas mediáticas. ---------------

----- Por isso, é fundamental que a capacidade de escrutínio independente e neste caso

do público e desta iniciativa cidadã sobre este tipo de produtos e que ela seja

analisada, nomeadamente, por estes órgãos de poder local. ----------------------------------

----- O PCP interveio sobre o funcionamento da Comissão Consultiva de Pesticidas e

Comissão de Avaliação Toxicológica de Produtos Fitofarmacêuticos e apresentou

também uma proposta de resolução na Assembleia da República, sobre o nº 325 na

13ª Legislatura, recomendando ao Governo a promoção de medidas para melhorar o

controlo dos fitofármacos e promover a sua aplicação de forma insustentável, o que,

aliás, vai de encontro àquela que é a recomendação desta Assembleia Municipal.

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Reafirma-se, portanto, a necessidade de o País ter capacidade autónoma de avaliação

dos produtos fitofarmacêuticos e nos últimos 5 anos foi o PCP, o partido que mais

escrutinou o Governo através de várias perguntas e requerimentos sobre pesticidas e

fitofármacos. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Quando falamos em fitofármacos, vulgarmente conhecidos como pesticidas,

falamos de vários produtos químicos utilizados no apoio à atividade humana que

podem ter efeitos muito variados na vida, incluindo a humana. Em muitos casos, esse

efeito tem uma relação estreita com as formas de utilização e dosagens usadas,

noutros casos os impactos ultrapassam estes aspetos. -----------------------------------------

----- No caso do Glifosato é afirmado pelos especialistas que o produto provocou

cancro em cobaias e poderá provocar cancro nos seres humanos. A Organização

Mundial de Saúde considerou que o Glifosato é composto por substâncias e, passo a

citar, ‘provavelmente cancerígenas para os seres humanos’. ---------------------------------

----- Já a Agência Europeia para a Segurança Alimentar tem vindo a defender que o

alegado potencial carcinogénico não está ligado à Glifosato, mas a um coformulante, a

Talamina, em certos produtos fitofarmacêuticos que evidenciou um potencial

genotóxico. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Na fase preparatória do processo de renovação da licença do Glifosato, processo

que desencadeou a presente discussão, o Instituto Federal Alemão de Análise de Risco

concluiu que era improvável que o Glifosato fosse cancerígeno, contudo, no Comité

de Peritos da União Europeia a posição da Alemanha sobre a renovação da licença,

tem sido a da abstenção. ---------------------------------------------------------------------------

----- Ora, para o PCP, o que é necessário é o estabelecimento de um calendário para a

criação de uma lista de coformulantes a interditar em fitofármacos e que se promova e

se estimule a investigação sobre o controlo de plantas e vegetantes nos espaços

públicos e nas culturas agrícolas. Optando-se assim por uma abordagem responsável,

fugindo à tentação de explorar com objetivos meramente políticos e partidários um

clima de alarme que se tem procurado criar em torno do tema. ------------------------------

----- Por esse motivo, o voto do PCP será naturalmente favorável, com a ressalva e

com o sublinhar que é preciso, de facto, eliminar a utilização de todos os pesticidas e

fitofármacos e, nesse sentido, o Município de Lisboa tem dado passos importantes que

esperamos que continuem a ser dados.” ---------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados só para vossa informação, eu mandei pedir o original do

relatório e parecer da 6ª Comissão que foi ratificado pela 4ª Comissão e que deu

entrada nos serviços e que está rubricado pelos respetivos presidentes, para conferir

aqui eu própria se houve alguma alteração entre aquilo que foi rubricado e aquilo que

foi distribuído. Se efetivamente houver alteração, mas tiver tido a rubrica em cima, eu

peço as pessoas que rubricaram que da próxima vejam com mais atenção, mas vou

verificar primeiro. Muito obrigada.” -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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----- “Muito obrigado Senhora Presidente. Boa tarde a todos e a todas. --------------------

----- Naturalmente saudar os peticionários, os 1390 subscritores desta petição. ----------

----- O tema do Glifosato entrou na agenda política em Lisboa e a nível do país

também, muitas foram as iniciativas nesta Assembleia, na Assembleia da República

também. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Bloco de Esquerda teve algumas iniciativas, teve um requerimento à Câmara,

teve uma recomendação que foi aprovada em Maio deste ano sobre esta matéria e,

portanto, saudar mais uma vez os peticionários por insistirem nesta matéria tão

importante para a saúde na cidade de Lisboa. --------------------------------------------------

----- O requerimento do Bloco de Esquerda não foi ainda respondido. Foi respondido

o do PAN, tinha algumas perguntas semelhantes e, é sobre essa resposta que gostava

de vos dizer algumas coisas. ----------------------------------------------------------------------

----- Um dos problemas que se destaca nas respostas dadas pelo Município, neste

requerimento, prende-se exatamente com a falta de informação. Grande parte do

trabalho feito nas áreas verdes e que implica herbicidas com base no Glifosato, é feito

por empresas em outsourcing, em que os contratos com estas empresas não são

suficientemente claros para permitir saber se este veneno está ou não a ser utilizado. ---

----- E essas evidências são claras nas respostas dadas pelo executivo. Inclusivamente,

na pergunta e) do requerimento do PAN, é perguntado se este produto é utilizado no

Parque Florestal de Monsanto e em que situações. E a resposta da Câmara é taxativa,

não sabemos e estamos a recolher informação junto das empresas que prestam estes

serviços. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- E, portanto, é de grande gravidade que o Município não saiba exatamente os

serviços que contrata especificamente neste tema, se estes produtos estão ou não a ser

utilizados. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, esta discussão reforça a sua importância desse ponto-de-vista. ------------

----- E, portanto, gostaríamos de saudar os dicionários, naturalmente, que votaremos

favoravelmente a recomendação tal como ela nos foi apresentada, aguardamos pela

intervenção da Senhora Presidente para perceber se há, de facto, essas diferenças e

havendo que haja o devido esclarecimento.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------

----- Eu também estou à espera que me tragam o processo para verificar isso. ------------

----- Vamos prosseguir.” ---------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Em primeiro lugar, o Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”

deseja saudar esta iniciativa dos peticionários tendente ao fim imediato da utilização

de herbicidas/Glifosato nos espaços públicos de Lisboa. E agradecemos-lhes também,

porque os cidadãos voltaram a colocar na ordem do dia uma já antiga preocupação

tanto dos munícipes, como do nosso Grupo Municipal. --------------------------------------

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----- Com efeito, em vários cadernos de encargos de concursos abertos, em 2010, pela

Vereação dos Espaços Verdes, incluindo para Monsanto, se estipulava aos

concorrentes que, ‘o herbicida a utilizar deverá ter como substância ativa Glifosato, à

razão de 1:1, uma parte herbicida, uma parte água’. -------------------------------------------

----- Foi neste contexto que, há mais de 6 anos, concretamente em Maio e Dezembro

de 2010, “Os Verdes” interpelaram o Executivo, por meio de dois sucessivos

requerimentos, sobre para quando ponderava a Autarquia passar a recorrer a métodos

alternativos aos herbicidas para o controlo de vegetação herbácea e arbustiva. -----------

----- E como esses requerimentos ficaram, até hoje, sem qualquer resposta do Senhor

Vereador dos Espaços Verdes, em 19 de Abril 2011, esta Assembleia aprovou uma

recomendação do PEV para que o Município de Lisboa passasse a utilizar métodos

alternativos ao uso de herbicidas na via pública, como medida de precaução e também

por a sua utilização ir contra os princípios da Agenda XXI Local. --------------------------

----- Entretanto, que processos alternativos teriam os serviços municipais passado a

recorrer? Aparentemente, nenhuns, pois nunca foi reportado que medidas mais

ecológicas poderiam vir a ser adotadas. ---------------------------------------------------------

----- Sabe-se hoje que, desde 2015, a Organização Mundial de Saúde, por intermédio

da sua Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, designou o

Glifosato, o pesticida mais usado em Portugal, como ‘carcinogéneo provável para o

ser humano’. A nível internacional, vários países já proibiram a utilização destes

agressivos produtos. De acordo com o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos,

tratando-se de um problema de saúde pública, a solução terá de ser semelhante ao que

aconteceu com o DDT, serem proibidos por causa dos enormes riscos e consequências

para o ambiente e a saúde humana. --------------------------------------------------------------

----- Ora as autarquias já têm ao seu dispor a possibilidade de aplicação de métodos

alternativos, tanto mecânicos como biológicos. Mas poucas decidiram suspender,

realmente, o uso de produtos fitofarmacêuticos em espaço público, argumentando que

necessitam de fazer primeiro esgotar o seu stock desses artigos. Apesar de apenas

algumas Câmaras terem já aderido à iniciativa da Quercus “Autarquias sem

Glifosato”, pensamos que Lisboa pode e deve ser um dos municípios a dar este

exemplo pioneiro. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Por todos estes motivos, não poderíamos, por isso, deixar de saudar esta

iniciativa de cidadania por parte dos peticionários. --------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Moreno (PNPN) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito brevemente, apenas para felicitar os peticionários por terem trazido mais

alguma cor a um debate que já se fazia nesta casa há algum tempo e, que tomando por

base, o muito que já foi dito aqui e que não vou repetir, pelos oradores que me

antecederam, está ainda longe de estar terminado. ---------------------------------------------

----- Seguramente ainda vamos continuar a debater este tema que é um tema polémico,

é um tema sobre o qual as dúvidas que existem são ainda muitas, se calhar mais do

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que as certezas e, portanto, digamos que seguramente não será um debate encerrado

aqui. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Queria apenas dizer e, foi isso essencialmente que me trouxe aqui, para além de

felicitar os peticionários por esta iniciativa, por trazer, de facto, mais alguma

animação e mais algum aconchego a este debate que aqui temos estado a fazer. ---------

----- E dizer que eu próprio respondi a algumas questões que me colocaram, há mais

freguesias que não apenas a da estrela que foi aqui referida. Eu penso que isso se

deverá, obviamente a um lapso da vossa parte e terem omitido isso, mas creio que há

mais freguesias que já há algum tempo, a Estrela ou outra qualquer poderá ter sido a

primeira. A minha, provavelmente, não foi a primeira, mas também já não usa o

Glifosato, apesar de todas as dúvidas que ainda existem em torno dele, já não o usa

por uma questão de prudência desde o início do ano. Portanto, já há alguns meses, já

há seis, sete meses que não se usa. ---------------------------------------------------------------

----- Portanto, era apenas para deixar aqui registado isso, que a minha freguesia, a

Freguesia do Parque das Nações, também já não utiliza o Glifosato, como

provavelmente outras da nossa cidade. ----------------------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado Miguel Santos, sobre a questão dos pareceres, eu estou à

espera de ver, já tenho aí o documento, o parecer final. A informação que posso dar

neste momento é que a reunião da 6ª Comissão que aprovou o parecer foi no dia 11 de

Julho, a reunião da 4ª Comissão que ratificou o parecer da 6ª Comissão foi no dia 13

de Julho. A única coisa que eu não sei, foi qual foi o documento que a 4ª Comissão

ratificou no dia 13, porque supostamente seria o mesmo que teria sido aprovado no

dia 11. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O documento que foi aprovado no dia 11 foi o que eu recebi com carimbo dos

serviços e assinado pelo Relator e pelo Presidente da 6ª Comissão. Há aqui uma

desconformidade que eu não consigo identificar onde é que foi, onde é que ela

aconteceu, mas de qualquer maneira o Senhor Deputado tem a palavra.” -----------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “As coisas foram viciadas, eu rejeito liminarmente esse tipo de asserção. -----------

----- Obviamente que será descoberto exatamente a razão de ser desta situação, até lá,

apenas posso dizer que eu como Relator sou o responsável por o que quer que tenha

acontecido, mas, neste momento não posso dizer mais do que isso, a não ser que,

obviamente, não houve qualquer intenção em viciar os resultados do relatório. ----------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados como não há mais ninguém inscrito, vamos fazer o

seguinte, como ainda não consegui esclarecer este ponto, vamos prosseguir com a

discussão do ponto seguinte e fica a votação desta matéria para a parte final. ------------

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----- A Senhora Deputada quer usar da palavra uma segunda vez, pergunto se alguém

dá tempo à Senhora Deputada para poder usar da palavra? ----------------------------------

----- O PEV dá tempo, tem um minuto Senhora Deputada para esclarecer então,

vamos ver se conseguimos resolver isto.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “É muito simples, eu não acusei ninguém de fazer mais nada do que aquilo que

foi feito, que foi, houve uma proposta de redação alternativa que foi enviada ao

Senhor Relator e ao Presidente da 6ª Comissão, essa proposta foi aprovada na reunião

da 6ª Comissão do dia 11, salvo erro, e aquilo que aparece no documento final que

está rubricado, de facto, pelo Senhor Deputado Relator e pelo Presidente da Comissão

é diferente, pronto. ----------------------------------------------------------------------------------

----- E isso é diferente, de forma, que altera o conteúdo. Até podia ser diferente apenas

numa vírgula e isso tinha importância, porque houve, de facto, uma proposta escrita

que foi aquela que foi votada, mas não é. É, de facto, altera o conteúdo e retira, por

exemplo, um ponto. É tão simples quanto isto. -------------------------------------------------

----- Eu posso passar a comparar se quiserem, mas, de facto, acho que isto é uma

questão de princípio e não pode acontecer. São coisas tão simples como no Ponto nº 1

dizerem, ‘elimina a utilização de produtos fitofarmacêuticos no espaço público de

forma progressiva e tão célere quanto possível’ e ser alterado para ‘de forma tão

célere como possível.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Oh Senhora Deputada há aqui um problema. Eu vou suspender isto,

naturalmente, não vamos prosseguir esta discussão, isto fica para Setembro, tenho

imensa pena. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Mas não vamos fazer aqui em sede de Plenário, num dia em que temos 43 pontos

na ordem de trabalhos, um esclarecimento de uma matéria que, neste momento, pelos

vistos, não se consegue esclarecer. ---------------------------------------------------------------

----- Aquilo que eu tenho, eu não tenho a Ata, nem da 6ª Comissão, nem da 4ª

Comissão, portanto, não tenho prova nenhuma do que é que exatamente se passou.

Portanto, os Senhores Deputados vão ter que reunir novamente, em reunião conjunta

de preferência, a 4ª e a 6ª Comissão e esclarecer isto em definitivo. ------------------------

----- Peço que relativamente à vontade de evitar ou eliminar o uso do Glifosato que

ninguém tem dúvidas, foi a vontade dos peticionários, ninguém aqui se manifestou em

sentido contrário. Portanto, os peticionários não vão daqui com as mãos a abanar, vão

daqui com a convicção de que esta é uma vontade da Assembleia. -------------------------

----- Agora, eu não vou votar um documento, quando há entre os presidentes de duas

comissões, ou entre a presidente de uma comissão e o relator de outra, uma discussão

sobre o que é que foi aprovado e o que é que não foi. Porque acho que não é em sede

de Plenário que esta discussão deve ter lugar. --------------------------------------------------

----- Isto vai ser resolvido em reunião conjunta das duas comissões, peço que a

possam fazer ainda esta semana, se for possível, para que isto fique esclarecido o mais

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depressa possível e nós votaremos, naturalmente, na primeira sessão de Setembro esta

recomendação. Não é pelo mês de Agosto que ela não ser votada que ela perde, mas

votamos com a consciência que temos tudo esclarecido, que sabem que é norma desta

Mesa, e minha em particular, não estarmos a votar coisas quando há questões por

esclarecer. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos esclarecer isto, só os próprios é que podem esclarecer. Portanto, eu apelo

aos Senhores Presidentes da 4ª e da 6ª Comissão que, ainda esta semana e antes de

encerrarem os trabalhos para férias, promovam uma reunião conjunta, esclareçam isto,

fechem o documento final que deve ser votado, o que deve ser votado, portanto, qual é

a recomendação exatamente que deve ser votada. ---------------------------------------------

----- Se não houver consenso, as alternativas que forem apresentadas e nós votamos

aqui, a democracia funciona e aquilo que tiver o apoio da maioria é o que será a

vontade desta Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------

----- E vamos prosseguir Senhores Deputados. -------------------------------------------------

----- Eu peço desculpa, mas com a ordem de trabalhos de hoje, eu creio que esta

discussão seria estéril aqui. Isto é um assunto que tem que ser mesmo esclarecido em

sede de comissão, até para haver confiança entre todos e podermos trabalhar todos na

base da confiança que é fundamental no bom funcionamento de uma Assembleia. ------

----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir com o Ponto nº 2, é um ponto importantíssimo da nossa ordem

de trabalhos. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados eu agora pedia que nos concentrássemos neste ponto. ---------

----- Quanto à questão do Glifosato, está claro a intenção genérica da Assembleia, está

clara a posição dos peticionários e votaremos na primeira sessão de Setembro,

daremos conhecimento aos peticionários do agendamento do texto final que vai ser

posto a votação. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Este texto da Recomendação nº 1/116 é, neste momento, retirado para uma

verificação e uma conformação com a vontade das comissões.” ----------------------------

----- (O Ponto nº 1 da ordem de trabalhos foi adiado para a Sessão seguinte.) ------------

----- PONTO 2 - APRECIAÇÃO FINAL DA PROPOSTA 206/CM/2016 -

REVISÃO DO REGULAMENTO DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO

DE SERVIÇOS DO CONCELHO DE LISBOA, APROVADA NA

GENERALIDADE EM 7 DE JUNHO DE 2016, JUNTAMENTE COM AS

PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO APRESENTADAS PELA 2ª COMISSÃO, AO

ABRIGO DA ALÍNEA B) DO Nº 1 DO ARTIGO70º DO REGIMENTO; 3 X

GRELHA BASE – 1 HORA E 42 MINUTOS; ---------------------------------------------- ----- APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DO RELATÓRIO E PARECER DA 2ª

COMISSÃO PERMANENTE E DAS PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO

RESULTANTES DA APRECIAÇÃO PELA 2ª COMISSÃO PERMANENTE. ---- ----- (A Proposta nº 206/CM/2016 fica anexada à presente Ata, como Anexo VI e

dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------

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----- (O Relatório e Parecer da 2ª Comissão Permanente, fica anexado à presente Ata

como Anexo VII e dela faz parte integrante). --------------------------------------------------

----- (As Propostas de alterações da 2ª Comissão ficam anexadas à presente Ata,

como Anexo VIII e dela fazem parte integrante). ---------------------------------------------

----- (As Propostas de alteração do BE, ficam anexadas à presente Ata como Anexos

IX e X e dela fazem parte integrante). -----------------------------------------------------------

----- (A Proposta de alteração do PSD, fica anexada à presente Ata como Anexo XI

e dela faz parte integrante). ------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar ao Ponto nº 2 da ordem de trabalhos. -----------------------------------

----- A revisão do Regulamento de Horários de Funcionamento de Estabelecimentos

de Venda ao Público Prestação dos Serviços do Concelho de Lisboa. ----------------------

----- Esta também é uma matéria que já há vários meses esteve aqui na Assembleia,

houve um trabalho intenso da 2ª Comissão que eu quero saudar, não está presente hoje

o Senhor Presidente, mas quero saudar, porque, de facto, ainda antes de haver

qualquer espécie de regulamento já a 2ª Comissão estava a promover iniciativas,

visitas, debates, audições. --------------------------------------------------------------------------

----- Este é uma matéria que tem sido muito acompanhada pela Assembleia Municipal

e que é da maior importância, como ainda hoje vimos pelas intervenções do público. --

----- Pedia ao Senhor Vice-Presidente para fazer uma apresentação do projeto de

revisão do regulamento. Depois pedia à Senhora Deputada Relatora para fazer uma

apresentação do relatório e depois, naturalmente, os Senhores Deputados usarão da

palavra. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu lembro que distribui por todos os Senhores Deputados, um documento base

com as propostas todas que foram apresentadas, é esse documento base que vai servir

de apoio à nossa votação. Vamos seguir pela ordem que está no documento de base e

conforme as propostas de cada partido que estão assinaladas a cores diferentes. A

Mesa irá projetar no ecrã, exatamente aquilo que está no documento base, para toda a

gente estar consciente do que é que estamos a votar em cada momento, com as

propostas concretas de cada partido em cada momento. Se houver alguma alteração da

Câmara que não pôde pronunciar-se sobre este documento base, se houver alguma

alteração que a Câmara queira sugerir aqui ou algum partido ainda o queira fazer,

naturalmente com a maior das, enfim, capacidades de síntese que tenham todos,

naturalmente que poderão ser aceites antes da votação. Uma vez votado, está votado.

É isto que eu peço a todos para que os trabalhos corram da melhor maneira. -------------

----- O Senhor Vice-Presidente tem a palavra.” ------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, disse o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Quero em primeiro lugar cumprimentar os Senhores Deputados, cumprimentar

também o público que a este propósito há pouco fez intervenções sobre a matéria. ------

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----- Dizer que esta é uma discussão que se pretende concluir um processo que é muito

importante. Quero, por essa razão também, agradecer a todos os que têm contribuído

para a melhoria deste projeto de regulamento de horários, desde os Vereadores que

reunião de Câmara fizeram propostas que melhoraram, como está aqui a Senhora

Vereadora Barreiras Duarte. Aos vários Grupos Municipais da Assembleia da

Municipal que fizeram várias propostas que estou em querer que muitas delas

contribuíram para melhorar o regulamento de horários. --------------------------------------

----- O regulamento de horários vem, obviamente, na sequência de vários anos em que

havia uma necessidade da revisão deste regulamento. Tem como objetivo, difícil,

compatibilizar, por um lado, aquilo que é o direito ao sossego, o direito ao descanso

dos cidadãos, por outro lado, permitir a liberdade de iniciativa na cidade. Trata de

situações muito diferentes e, portanto, vem também depois do enquadramento

legislativo, em que houve uma alteração legal que permitiu por princípio conferir

liberdade de definição de horário para as atividades comerciais. E, é uma resposta da

cidade de Lisboa que tem como objetivo uma definição estratégica com vista, no

fundo, a permitir criar ferramentas que sejam suficientemente flexíveis para que quer

a Câmara, quer as juntas de freguesia, quer os cidadãos, quer os agentes de

fiscalização, as forças da autoridade, possam trabalhar nos próximos anos sem

necessidade de rever um regulamento do horário, mas que a partir deste regulamento

de horário tenham suficiente agilidade para poder adaptar ao território, às diferentes

realidades das freguesias, às diferentes realidades que nós encontramos na cidade.------

----- Um dos aspetos centrais deste regulamento de horários é, desde logo, não

confundir as situações, dar liberdade às atividades comerciais que por natureza não

precisam de ter qualquer tipo de restrição. Portanto, existe naturalmente um

alargamento das liberdades para um conjunto de atividades económicas que pela sua

natureza, pela sua história, não conferem um problema do ponto-de-vista daquilo que

é a compatibilização com outras realidades da cidade. ----------------------------------------

----- Por outro lado, naquilo que é um conjunto de áreas de atividades comerciais que

carecem da definição de limites, nomeadamente, as áreas tradicionais relacionadas

com restauração, com estabelecimentos noturnos, com as lojas de conveniência,

procurar aqui encontrar uma formulação que dê liberdade às situações em que não são

problema e, por outro lado, criar mecanismos de restrição nas matérias e nas áreas em

que nós entendemos que fazem sentido. ---------------------------------------------------------

----- Um dos aspetos centrais deste regulamento de horários foi criar duas zonas da

cidade, uma zona ribeirinha onde se permite que os estabelecimentos noturnos

funcionem sem qualquer tipo de restrição. Onde, no fundo, a cidade ao assumir este

regulamento, confere também o encaminhamento da atividade noturna e também da

diversão noturna, para zonas onde elas possam ocorrer sem tanta incompatibilidade

com as zonas residenciais. Por outro lado, nas zonas residenciais tenta-se distinguir as

situações consoante, volto a dizer, um conjunto de critérios. --------------------------------

----- Por um lado, procura-se criar, no fundo, a distinção pela tipologia de

estabelecimento. Estabelecimentos que, pela sua natureza, estejam a funcionar com

características que lhes permita uma insonorização do seu espaço, que lhes permitam

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maior controlo daquilo que é a sua atividade na relação com a cidade, terão mais

liberdade na definição do seu horário, podendo funcionar até mais tarde.

Estabelecimentos que, pela sua natureza, não têm essas características e, como tal, são

mais conflituosos na relação com a cidade e, nomeadamente, com as áreas

residenciais, têm horários, obviamente, mais restritos. Estes são princípios

orientadores muito importantes. ------------------------------------------------------------------

----- Outro princípio orientador muito importante é a ideia de que este regulamento de

horários tem que funcionar com muito maior fiscalização do que até agora

funcionávamos. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Por um lado, a possibilidade de conferir às juntas de freguesia intervenção nesta

matéria, ou seja, não ser apenas um mecanismo em que os cidadãos fazem petições

para poder haver restrições concretas de determinadas zonas, mas as juntas de

freguesia passarem a ter um papel mais ativo. --------------------------------------------------

----- Por outro lado, a ideia de ter, até por proposta que foi revista reunião de Câmara,

até por proposta, neste caso dos Vereadores do PSD, a possibilidade de termos uma

unidade que permita um controlo mais presente, uma porta de entrada quando surgem

queixas da parte dos cidadãos ou da parte dos comerciantes, uma unidade que permita

a todo o momento monitorizar esta atividade. --------------------------------------------------

----- E, por outro lado, um conselho consultivo onde todos os atores, os moradores, os

comerciantes das várias áreas de atividade, as forças de segurança, permitam avaliar

regularmente o cumprimento deste regulamento. ----------------------------------------------

----- Por outro lado, existe um conjunto de mecanismos que permitem também uma

maior fiscalização, desde logo, do ponto-de-vista técnico e aí há uma inspiração

noutro tipo de regulamentos que já estavam em vigor, por exemplo, na cidade do

Porto ou mesmo experiências estrangeiras. Como a existência de mecanismos em que

se, no fundo, cria-se obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais terem

limitadores ligados a plataformas eletrónicas de acesso permanente da parte dos

serviços da Câmara, para caso existam queixas, se verificar se o volume de som que

esse estabelecimento estava a emitir, estava ou não em conformidade com aquilo que

está estabelecido do ponto-de-vista das regras. E, por outro, lado confere-se também

maior força para as entidades fiscalizadoras e, obviamente, procura-se que as

contraordenações sejam mais, no fundo, mais agressivas, mais pesadas, para quem

não cumpre com os horários que estão estabelecidos. -----------------------------------------

----- Houve duas discussões que foram presentes durante este processo do

regulamento horário, a questão das esplanadas e a questão das lojas de conveniência.

Importa falar abertamente sobre os assuntos nesta discussão que vamos ter. --------------

----- A questão dos horários das esplanadas. Em primeiro lugar, é importante que se

refira que as esplanadas não têm sido, quando existem queixas de ruído da parte de

moradores, as queixas de ruído geralmente tem muito mais a ver com o

funcionamento do próprio estabelecimento do que, em particular, com a parte

destacada da esplanada no estabelecimento. Ou seja, a cidade convive bem com

horários mais alargados para esplanadas ou não, consoante a zona e não, em

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particular, pelo facto de existir ou não uma esplanada com um horário diferente do

estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Isto não significa que não existam zonas da cidade, onde os horários do

estabelecimento ou os horários das esplanadas constituam um problema. Aliás,

quando esta questão foi discutida em reunião de Câmara, o princípio da aceitação da

alteração da proposta original, estava exatamente assente na ideia de que havia

flexibilidade neste regulamento, ou seja, nós podemos partir de um princípio mais

geral para um princípio mais restrito, ou de um princípio mais restrito para um

princípio, no fundo, mais alargado. Ou seja, por outras palavras, nós podemos

perfeitamente estabelecer um regulamento em que exista um horário das esplanadas

que funciona com o horário dos estabelecimentos e, depois, mediante as situações

concretas aplicar restrições, ou podíamos funcionar com um princípio de horários

mais restritos e depois alargávamos em zonas onde nós considerávamos, digamos

assim, que era perfeitamente possível funcionar em horários mais alargados. ------------

----- Qualquer uma das vias resolverá a situação de quando existem moradores que se

queixam com horários de determinados funcionamentos, existirem regras e

funcionamentos e metodologias que permitam dar resposta a essas solicitações. E,

portanto, por princípio, não é um problema os horários das esplanadas terem um

horário idêntico ao horário dos estabelecimentos, o que é importante é que, mediante,

no fundo, reclamações continuadas e comprovadas da parte de moradores, todos nós

termos a possibilidade de revisitar esses processos e tomar decisões de restrição de

horários onde eles fazem sentido serem mais restritos. ---------------------------------------

----- Da mesma maneira, nas lojas de conveniência, o princípio de funcionamento das

lojas de conveniência, é um princípio de funcionamento que é diferente de zona para

zona da cidade. Nós, na zona da Misericórdia, identificámos num passado recente

quando aplicámos uma restrição de horários na zona da Misericórdia, cerca de 50

lojas de conveniência naquela zona. Não faz sentido haverem 50 lojas de

conveniência naquela zona, aliás, o objetivo daquelas lojas de conveniência não era

mais do que vender álcool para a via pública e álcool, nomeadamente, vendido em

garrafas que acabava por haver problemas do ponto-de-vista de segurança, de higiene

urbana, etc.. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O que faz sentido do ponto de vista do planeamento da cidade, e é isso que se

pretende nesta proposta de Regulamento de Horários é que nós tenhamos a capacidade

de dar liberdade de horários, nomeadamente às lojas de conveniência, onde elas fazem

sentido funcionar com liberdade e por isso, mais uma vez, desde que exista, esteja

previsto um mecanismo que a todos der resposta, neste caso em particular, à

possibilidade de haver lojas de conveniência a funcionarem com um horário mais

alargado onde elas não são problema, não me parece que a questão central seja o

funcionamento, o horário está pré-definido das lojas de conveniência no Regulamento

de Horários. Quer isto dizer que da forma como as propostas aqui estão previstas do

ponto de vista de do Regulamento de Horários, numa fase seguinte em Reunião de

Câmara será perfeitamente possível e é uma das propostas que nós faremos àquilo que

é a Recomendação da Comissão que a Câmara Municipal de Lisboa, ouvidas as Juntas

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de Freguesia e tendo a concordância das Juntas de Freguesia, rapidamente em

Reunião de Câmara apresento um mapa de zonas, onde as lojas de conveniência

podem funcionar com horário alargado, sem que isso se traduza num problema em

concreto neste Regulamento de Horários e, portanto, é essa a Proposta que nós vamos

fazer, para mitigar a discussão em relação às lojas de conveniência. -----------------------

----- Em relação às esplanadas, nós entendemos que a forma como foi apresentada a

proposta que foi, que acabou por entrar neste Regulamento de Horários e acabou por

chegar aqui à Assembleia Municipal foi entendida, nomeadamente pelo setor da

restauração, como uma por uma proposta extraordinariamente restrita, eu acho que é

perfeitamente possível nós funcionarmos com o princípio das esplanadas terem os

horários dos estabelecimentos e depois trabalharmos em zonas onde elas merecem ter

os horários restritos. --------------------------------------------------------------------------------

----- Nós não ignoramos problemas, aliás, foram aqui alguns moradores que falaram

do Arco de Cego, nós não ignoramos os problemas, a Câmara Municipal tem estado

atenta às zonas onde têm existido conflitos, nós sabemos bem que os assuntos não

estão todos resolvidos, nós temos que perceber que este Regulamento de Horários vai-

nos dar outros instrumentos que até à data nós não tivemos e o objetivo central é

monitorizar a aplicação destas novas regras destes novos instrumentos com o objetivo

de tornar alguns dos conflitos que nós temos tido, resolver alguns desses conflitos e,

por outro lado, equilibrar alguns desses conflitos. ---------------------------------------------

----- Nós esperamos desta discussão uma discussão produtiva, que melhore

efetivamente a proposta que nós trouxemos para que este Regulamento de Horários

seja um regulamento que seja assumido pela cidade e que seja entendido como o

regulamento estruturante para os próximos anos, suficientemente flexível para

resolver os vários problemas que nós temos vindo a encontrar. Muito obrigado a

todos.” -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. ------------------------------------------------

----- Perguntar agora à Senhora Deputada Carla Madeira, que foi a Relatora, que

apresente então o Relatório. -----------------------------------------------------------------------

----- Temos vários Senhores Deputados inscritos, portanto, se mais algum Senhor

Deputado se quiser inscrever neste ponto da Ordem de Trabalhos é altura e

agradecemos.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Carla Madeira (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e Senhores

Vereadores, pública e comunicação social. -----------------------------------------------------

----- O projeto de Regulamento de Horários de funcionamento dos estabelecimentos

de venda ao público e de prestação de serviços no Concelho de Lisboa baixou à 2ª

Comissão para emissão de parecer onde foi decidido realizar diversas audições, a 2ª

comissão ouviu a União das Associações do Comércio e Serviços, a UACS, a

Federação das Associações de Moradores da Área Metropolitana de Lisboa, a

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FAMALIS, e o Senhor Vice-Presidente da Câmara, Vereador Duarte Cordeiro, a

ARESP também foi contactada, mas por razões de indisponibilidade de agenda não

foi possível realizar a reunião. --------------------------------------------------------------------

----- Posteriormente a posição da ARESP foi enviada através de correio eletrónico. ----

----- No dia 7 de junho, a Proposta foi votada na generalidade em Sessão

Extraordinária da Assembleia Municipal e aprovada por maioria. A 2ª Comissão

produziu um Parecer que foi bastante discutido e que foi aprovado por maioria a 6 de

julho onde constam as seguintes conclusões e recomendações: Conclui-se que o

Regulamento foi substancialmente melhorado em relação ao anterior. As partes

interessadas tiveram a oportunidade de no período de consulta pública de contribuir

com sugestões sendo que a maioria dos contributos foram tidos em conta na

elaboração do documento final; entende-se que o Regulamento poderá permitir um

melhor controlo da utilização do espaço público, deverá entre internamento estar as

medidas que visem uma diminuição da aglomeração de pessoas para consumir

bebidas na rua de forma a diminuir o ruído, o vandalismo do espaço público e a

produção de lixo. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste sentido a 2ª Comissão, propôs à Senhora Presidente da Assembleia

Municipal que levasse a plenário as seguintes Recomendações à Câmara Municipal de

Lisboa: ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 1 - Relativamente ao ponto 2 do artigo número 5 do Regulamento que

define o encerramento das esplanadas às 24 horas, a Comissão considera que o horário

de fecho das esplanadas deve coincidir com o horário de fecho dos respetivos

estabelecimentos, podendo ser aplicada uma restrição à horário da esplanada, quando

devidamente justificado, não abrangendo essa restrição o horário de estabelecimento.

De acordo com o artigo 12º do Regulamento que define as restrições de horário de

funcionamento, sublinha-se que quanto necessário se aplique restrições em resultado

do Direito de Petição dos administrados, da Junta de Freguesia ou da força de

segurança territorialmente competente. Entende-se que as esplanadas são uma forma

de controlo da utilização do espaço público e que em algumas situações contribuem

para a diminuição da aglomeração de pessoas no espaço público a consumir bebidas. --

----- Ponto 2 - O licenciamento de esplanadas e competência das Juntas de Freguesia

motivo pelo qual elas deverão ter uma palavra importante na definição do seu horário,

dada a sua proximidade são elas que melhor poderão definir as situações em que é

benéfico para a qualidade de vida da população a restrição do horário de

funcionamento das esplanadas. Neste sentido, deveria ser definido que caso as Juntas

de Freguesia solicitem junto da Câmara a restrição do horário de funcionamento de

uma esplanada a Câmara deveria responder até ao limite de 10 dias úteis, iniciando-se

um processo de restrição, caso a Câmara não responde neste prazo. ------------------------

----- Ponto 3 - Deverá ser incluída no Regulamento a proibição de venda de bebidas

para a rua a partir de, no mínimo a uma hora, tal como consta do despacho

140/P/2014, deverá ser criada a possibilidade de mediante solicitação da Junta de

Freguesia e ouvidas as Associações Representantes dos Moradores e dos

Comerciantes serem definidas zonas em Lisboa, onde, como medida de controlo da

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utilização do espaço público que seja proibida a saída de bebidas do interior dos

estabelecimentos para a rua a partir de, no mínimo a uma hora. A avaliação foi feita

pela Famalis e pela UACS da aplicação do Despacho 140 é positiva defendendo que

não só deveria ser mantida esta proibição de venda de bebidas a partir da uma hora na

Bica, Cais Sodré e Santos, como deveria ser alargada a outros bairros mediante

solicitação da Junta de Freguesia e ouvidas as Associações Representantes dos

Moradores e dos Comerciantes. ------------------------------------------------------------------ --

----- Ponto 4 - Como regra o horário do encerramento das lojas de conveniência

deverá ser às 22 horas, dado que este tipo de estabelecimentos contribuir bastante para

a aglomeração de pessoas na via pública à noite, mas as Juntas de Freguesia deverão

poder definir as situações específicas em que poderá haver um alargamento deste

horário, é importante garantir na cidade a existência de algumas lojas de conveniência

com um horário mais alargado, dado o serviço prestado por algumas delas às famílias

da cidade. Contudo, a maioria delas ver bastantes bebidas para consumo na rua,

motivo pelo qual a regra deverá ser o seu encerramento ocorrer às 22 horas e só em

situações específicas ocorrer mais tarde. Dada a proximidade das Juntas de Freguesia

à população são elas quem melhor poderá definir as situações em que a população

será beneficiada por um horário mais alargado ou mais restrito. ----------------------------

----- Ponto 5 - Deverá ser aumentada a representatividade no Conselho de

Acompanhamento da Vida Noturna, nomeadamente, incluindo a Associação da

Hotelaria de Portugal aumentando o número de representantes das associações de

moradores e aumentando o número de Juntas de Freguesia. ---------------------------------

----- Ponto 6 - Para as casas de espetáculos, tais como cinemas, o horário deverá ser

das 11 às 4 horas e não das 12 às 4 horas como consta da atual proposta, se não existir

esta alteração as salas de cinema serão impedidas de apresentar as habituais sessões

para crianças em fins de semana e feriados com início a partir das 11 horas da manhã,

provocando assim alterações à programação das sessões dos cinemas e

consequentemente às rotinas das famílias da cidade de Lisboa. -----------------------------

----- Ponto 7 - Deverá ser competência da Assembleia Municipal a aprovação de

alterações ao mapa do regulamento que define a delimitação da cidade de Lisboa em 2

zonas, A e B, a proposta de regulamento prevê delimitação da cidade de Lisboa em 2

zonas, uma com um horário de funcionamento livre e outra com limitações ao horário

de funcionamento, tal delimitação é efetuada por um mapa anexo ao Regulamento. O

artigo 3º número 2 do Regulamento permite à Câmara, sem necessidade de consulta à

Assembleia Municipal, alterar essas áreas, o que a 2ª Comissão propõe é que seja

eliminado o número 2 do artigo 3º, sendo a Assembleia Municipal quem deverá ter a

competência para aprovar qualquer alteração ao referido mapa. ----------------------------

----- Resumindo, entende-se que a conjugação destas medidas iria melhorar bastante a

disciplina da ocupação do espaço público, iria contribuir para a diminuição da

aglomeração de pessoas na via pública e consequentemente para a diminuição do

ruído e da produção de lixo, iria promover o comércio de qualidade e com

comportamentos responsáveis e consequentemente o turismo sustentável.” --------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada. ------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, agora temos de tornar aqui clara uma questão, como

ouviram a apresentação do relatório da 2ª Comissão termina com um conjunto de

Recomendações à Câmara, nós estamos em sede de apreciação de especialidade de

um Regulamento cuja competência de aprovação é da Assembleia, portanto

Recomendações à Câmara nesta sede são extemporâneas, porque já deviam ter sido

antes, uma vez que agora o Regulamento está aqui para ser aprovado ou para não ser

aprovado. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu quando percebi que não havia propostas de alteração na especialidade, mas

apenas recomendações para propostas de alteração na especialidade falei com o

Senhor Presidente da 2ª Comissão e com a Senhora Relatora e perguntei, posso

transformar em propostas de alteração nas políticas especialidade as vossas

recomendações? O Senhor Presidenta da 2ª. Comissão deu como carta-branca e disse

“Faça o favor de o fazer, a Senhora Presidente fará isso.”. Eu fiz esse trabalho, mandei

à Senhora Relatora as propostas de alteração resultantes do parecer, a Senhora

Relatora disse que estavam conformes com o que tinha sido discutido na Comissão,

foi essa a proposta que foi distribuída a todos os Senhores Deputados e que está no

guião. E tenho que dar esta explicação para que depois não digam que isto não foi

exatamente como foi votado, foi votado foi um conjunto de recomendações, o que eu

como Presidente fiz e assinei na proposta que distribui por todos os Senhores

Deputados foi a transformação destas Recomendações em Propostas de Alteração,

porque nesta fase, e isto é uma indicação útil para todas as Comissões, não há muita

tradição nas Assembleias Municipais, em particular nesta, de fazemos alterações na

especialidade, em todas as Comissões isto pode acontecer quando estamos a fazer

alterações na especialidade, seja a um Regulamento, seja a um Plano Diretor

Municipal, seja um Instrumento de Ordenamento do Território, nós temos o poder

legislativo na mão e portanto, é a nós que nos compete, nós Assembleia Municipal,

fazermos as alterações que entendemos que devem ser feitas e não devolver outra vez

à Câmara uma Recomendação para alterar. ----------------------------------------------------- -

---- Portanto eu pedia para terem isto em conta para que no futuro se precisarem de

Apoio Jurídico e que naturalmente ser-vos-á dado, poderem transformar aquilo que é

a vossa vontade e a vossa intenção em propostas em concreto que possam depois ser

aprovadas, portanto, penso que isto está claro, teve obteve o acordo da Senhora

Relatora e do Senhor Presidente da 2ª comissão foi distribuído nestas condições por

todos os senhores deputados foi colocado no site e são estas propostas de alteração

que resultam do parecer da 2ª Comissão, foi distribuído nestas condições por todos os

Senhores Deputados, foi colocado no site e são estas propostas de alteração que

resultam do Parecer da 2ª. Comissão que estão no guião de votações. ---------------------

----- Se houver alguma dúvida no decurso debate, agradeço que ela seja colocada para

que isto seja absolutamente claro para todos e vamos prosseguir com as intervenções.”

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----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente em representação da Câmara

Municipal de Lisboa, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados, público

aqui presente. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, eu quero começar por num registo claramente diferente

daquele que foi a minha última intervenção sobre esta matéria na última Assembleia,

manifestar e saudar, manifestar agrado e saudar sobretudo aquela que tem sido

disponibilidade de todas as Forças Políticas, inclusivamente do seu Vice-Presidente

para podermos analisar e como ele aqui já teve aqui a oportunidade de dizer, melhorar

o que poder ser melhorado no âmbito do Despacho, no âmbito do novo Regulamento,

há matérias que aí incontornavelmente nos irão manter afastados são no limite

perspetivas que temos diferentes, mas também se víssemos sempre tudo de forma

igual, se calhar, depois isto teria muito pouca graça, não é? Não valia a pena estarmos

aqui e diferenciarmo-nos nem do ponto de vista estratégico autárquico nem do ponto

de vista político. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre o que nos separa eu diria que aquela que é a primeira questão e que será a

questão fulcral é incontornavelmente a questão da matéria de 22/23 horas de

encerramento, ou seja, a questão da definição clara de uma zona residencial, uma zona

protegida, daqueles que são o surgimento de qualquer tipo de estabelecimento cujo

horário possa entrar por um período a que prejudique aquele que é o descanso daquela

que é a zona tradicionalmente residencial na área de uma freguesia. -----------------------

----- Depois dar nota de que um agradecimento também porque o desafio lançado e,

aliás, como já foi dito pela Senhora Presidente de Junta da Misericórdia, o desafio

lançado no âmbito da revisão daquilo que era o horário das próprias esplanadas, o

desafio lançado à Câmara Municipal ter sido aceite e estarem disponíveis para rever

essa matéria e isto porquê? Porque, conforme eu também tive oportunidade aqui de

dizer, no período noturno e nomeadamente nas zonas de forte intensidade de diversão

noturna as esplanadas conseguem funcionar como um mecanismo de ordenamento e

isto é muito importante, porque, de alguma forma a controlam aquele que é o

acumular descontrolado de multidões que naturalmente acabam por produzir muito

mais ruído do que se tiverem dispostas em esplanada e, portanto, aqui não como um

mecanismo de negócio mas também como um mecanismo de apoio àquilo que é a

tentativa de ordenamento no espaço público num período que é tradicionalmente mais

difícil. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois uma questão também naturalmente relevante e que o Senhor Vice-

Presidente aqui também focou e está é de facto determinante, são diários os contatos

que recebo de muitos moradores que se veem muitas vezes numa situação de enorme

desespero pelo grau de impunidade que resulta da ação, muitas vezes eles interpretam

como deliberada para prejudicar a sua própria qualidade de vida e que irrompe pelas

suas horas de sono com incumprimentos relativamente à legislação que está

atualmente em vigor e, portanto, a parte da fiscalização poder passar para as Juntas de

Freguesia articulação com a Câmara Municipal. Agilizando assim o processo de

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intervenção, eu acho que é fundamental para podermos desta forma transmitir a essa

comunidade e, em particular aos moradores que que com quem vou contactando que a

partir de determinada data, a partir do momento em que entre em vigor este

Regulamento torna-se possível as Juntas de Freguesia poderem responder na hora às

necessidades da população e poderem na hora dar a aquele que é o alento e a

satisfação de ver que Regulamentos não se resumem a uma interpretação escrita das

vontades, Regulamentos tem depois uma tradução física dessa mesma vontade. ---------

----- Por fim, por fim não, mas igualmente relevante é a possibilidade que está agora

inerente, que é a de construção do no seu território em termos de ocupação do espaço

público e em termos de horários, as Juntas de Freguesia com este Regulamento ficam

capacitadas para poderem propor, para poderem ter uma intervenção direta naquela

que é a adequação do Regulamento àquela que é a característica particular daquela

Freguesia e muitas vezes particular a determinado território de dentro da Freguesia, e

este é um aspeto igualmente importante, porque se é verdade que a cidade de Lisboa

não é toda igual também não é menos verdade que mesmo as próprias Freguesias não

são todas iguais e há territórios dentro das Freguesias que merecem tratamentos

diferenciados, exatamente para podemos gerar aqui situações que não perturbem a

qualidade de vida da comunidade e que possam gerar os equilíbrios que são

necessários. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Por fim a questão das lojas de conveniência e aqui há uma diferença muito

importante e eu julgo que também as alterações que que se têm vindo a discutir em

sede de Comissão e que têm contado também com as qualidade do Senhor Vice-

Presidente vão muito ao encontro daquilo que é claramente esse fator diferenciador, é

que nós temos lojas de conveniência que servem a comunidade, lojas conveniência

que existem para acudir a situações de última hora que resultam da própria vida

residencial de cada um de nós e depois temos lojas de conveniência que existem quase

como certo apoio a determinado tipo de atividade noturna, não estão registados

especificamente para esse feito o que o torna, aliás, dentro do processo concorrencial,

eu diria que no limite há aqui um mecanismo de algum desequilíbrio, porque as lojas

de conveniência acabam por criar este este paradigma de uma bebida fácil, acessível e

facilmente também transportável para o espaço público prejudicando pois todos os

nossos esforços de ordenamento e por isso aqui também é muito importante, não sou

grande fã do mecanismo de diabolização de tudo o que aparece, as lojas de

conveniência têm uma dimensão necessária e útil à comunidade, mas também há

aquelas lojas de conveniência, como em tudo na vida há as coisas boas e as coisas más

relativamente a uma determinada matéria. -----------------------------------------------------

----- Por fim, agora sim por fim, relativamente à questão específica das propostas de

alteração que estão contempladas e aqui a dar duas notas muito importantes. Em

primeiro lugar dizer que parte importante daquilo que foi o Debate gerado em sede de

Comissão e parte importante daqueles que foram os contributos que o que o próprio

PSD entendeu fazer chegar numa fase final à própria Comissão são exclusivamente

aqueles sobre o qual não nos foi possível gerar mais algum consenso, e o que é que se

pretende dizer com isto? Que o PSD se revê em muitas daquelas propostas que estão

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já, fazem parte já do documento que foi consensualizado no seio da Comissão e,

portanto, só estão aqui separadas dessas propostas, outras nos quais não há aqui

acordo e eu sobre essas queria apenas fazer aqui dois destaques para clarificar, porque

julgo que nesta altura faz sentido que o possamos fazer no momento em que se

avizinha a votação.----------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, fazer aqui uma nota de ressalva que foi algo que acaba por

escapar e que eu gostaria que a Mesa pudesse também ter presente, nós no artigo 5º,

no ponto 2 a proposta do PSD tem a ver com a questão das esplanadas, era a da

eliminação deste articulado, porquê? Porque nós não concordávamos com o

encerramento das esplanadas às 24 horas com esta limitação à partida no

funcionamento das esplanadas e no entanto existe a proposta da 2ª Comissão que faz

um ponto que me parece adequado que é: conjuga o momento do encerramento, não

elimina o articulado, substitui-o por adequar então o funcionamento da esplanada, o

horário de funcionamento da esplanada com o horário de funcionamento do

estabelecimento que a serve e, portanto, nós aqui estamos de acordo com este modelo

e, portanto, nós não iremos propor a votação alternativa, porque, na realidade a

proposta de alteração feita pela 2ª Comissão já encerra aquela que era a vontade do

próprio PSD, que era não ficar fechado limitado ao encerramento à meia-noite e,

portanto, não iremos propor, iremos retirar esta para votarmos favoravelmente a

proposta de alteração. ------------------------------------------------------------------------------

----- Depois aqui duas questões, uma de âmbito mais prático e outra de âmbito mais

jurídico. A questão mais prática tem a ver com o artigo 10º em que nós fazemos a

proposta de eliminação das alíneas d) e e) do número 2. O número 2 diz “o

alargamento previsto é precedido da consulta não vinculativa a um conjunto de

entidades” e lá colocam as Forças de Segurança e as Juntas de Freguesia. ----------------

----- Nós pedimos para ser removido isto porque nós entendemos que o número 4

desse mesmo artigo 10º já confere às Juntas de Freguesia e às Forças de Segurança,

algo mais poderoso do que um parecer não vinculativo e, portanto, correndo o risco

aqui até de se tornar algo de contraditório, nós já nos revemos nesta possibilidade e o

parecer que a Junta de Freguesia tem e as próprias Forças de Segurança têm é de tal

forma relevado que é o próprio Regulamento que diz que, no ponto 4 “a competência

para a decisão do alargamento nos casos em que não haja concordância com o parecer

da Junta ou da Força de Segurança territorialmente competente é da Câmara

Municipal”, portanto, a partir do momento em que nós temos esta redação aqui está já

reforçado aquele que é o papel das duas principais entidades que do nosso ponto de

vista em conjugação com a Câmara Municipal mais responsabilidades têm no âmbito

de intervenção territorial que é para além da Câmara Municipal, como disse, as Juntas

de Freguesia e as Forças de Segurança territorialmente alocadas e, portanto, daí a

nossa proposta de nós não queremos que as Forças de Segurança e as Juntas de

Freguesia deixam de ter parecer, nós entendemos é que os pareceres das Juntas de

Freguesia das Forças de Segurança já estão diferenciados dos outros pareceres dos

Sindicatos, das Associações de Empregos, as dos Consumidores e outras entidades e

serviços municipais é só por isto. -----------------------------------------------------------------

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----- Por fim uma última linha tem a ver e que é claramente uma dimensão mais

jurídica que tem a ver com a questão da norma revogatória, o Regulamento determina

a invocando e revogando algumas normas e alguns despachos e fá-lo e, portanto, isto

é uma posição de enfim, isto é mais uma dúvida jurídica que nos assiste a partir do

momento em que há normas que estão revogadas e há normas que estão reforçadas ou

despachos revogados ou despachos reforçados, se há algum que não está referido de

alguma forma corre o risco de existir um perigo de omissão, portanto, nesse sentido da

proposta que nós fazemos é que seja aqui claramente colocado na uma linha final no

ponto das normas revogatórias, nas disposições finais, portanto, que é o artigo 17º.,

uma alínea especificamente para o Despacho 140, uma vez que, como disse a Senhora

Presidente de Junta da Misericórdia, e bem, está aberto no Regulamento a

possibilidade de as próprias Juntas de Freguesia poderem incidir com limitações de

horários para bebidas no espaço público e, portanto, nesse sentido da nossa parte,

julgo que faria tanto do ponto de vista jurídico e regulamentar, como até do ponto de

vista operacional, poder ser colocado lá isto, mas como disse não é uma questão de

condição sine qua non, é mais aqui um pequeno desentendimento do ponto de vista

jurídico e por nada mais. Muito obrigado Senhora Presidente.” -----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, a forma como vamos fazer isto, vamos ouvir todos os

Deputados, naturalmente, que estão a apresentar as suas posições, ou a defendê-las, ou

a entender o que é que deve ser alterado. Depois quando formos artigo a artigo, antes

da votação de cada alteração, a Mesa perguntara à Câmara o que é que a Câmara

pensa da proposta de alteração que está a ser apreciada, que é para termos também a

posição da Câmara sobre todas as propostas de alteração que me parece relevante

nesta matéria. E só depois de ouvirmos o que tem a Câmara a dizer é que passaremos

à votação.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Carla Madeira (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “O PS saúda a preocupação que a Câmara tem manifestado com a melhoria da

qualidade de vida da população de Lisboa. -----------------------------------------------------

----- Uma Câmara que pretende incrementar as potencialidades turísticas da cidade,

mas que não quer ver diminuída a qualidade de vida dos seus moradores. Que quer

continuar a ter uma cidade que figure nos roteiros turísticos e que continue a

contribuir para a economia do país, mas que não quer que tal invalide o direito ao

descanso dos moradores. ---------------------------------------------------------------------------

----- O PS saúda também a dedicação desta Assembleia e da sua 2ª Comissão a esta

temática, essencial para a cidade e para os seus residentes. E a 2ª Comissão fez uma

análise profunda deste regulamento e apresentou um conjunto de recomendações,

traduzidas em propostas com vista a sua melhoria. --------------------------------------------

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----- O PS revê-se inteiramente nas propostas resultantes das recomendações da 2ª

Comissão e irá votá-las favoravelmente com as propostas de alteração apresentadas

pela Câmara. Votará contra todas as restantes propostas, uma vez que, destas as que

reuniram um consenso alargado estão incluídas no relatório da 2ª Comissão. ------------

----- Estas medidas contribuem para o equilíbrio tão desejado e para uma coexistência

mais pacífica entre moradores, comerciantes e visitantes. Permitem uma maior

conciliação entre a função residencial e a função comercial. Se é essencial assegurar

os direitos dos moradores, nomeadamente o direito ao descanso, também é importante

assegurar o crescimento do potencial cultural, social e económico da cidade. Para tal,

há que promover a proliferação do comércio de qualidade e há que terminar com o

crescimento desenfreado do comércio sem qualidade que não representa mais-valia

para a cidade e que se limita a despejar litros de álcool na via pública. --------------------

----- Este comércio é uma das principais causas do aglomerado de pessoas na rua à

noite, muitos dos estabelecimentos tem reduzidas dimensões e a maioria dos seus

clientes encontra-se no exterior, com consequências a nível da higiene urbana, da

ocupação do espaço público, da segurança e do ruído. Trata-se de comércio que utiliza

o espaço público como extensão do seu negócio, funciona de portas abertas,

incomodando os moradores com o ruído e com os resíduos que os seus clientes

depositam nas ruas. E a limpeza e manutenção do espaço público é feita pelas

autarquias e paga pelo erário público. -----------------------------------------------------------

----- Um modelo de negócio baseado numa ocupação abusiva do espaço público e

com prejuízo para as famílias. Como certamente todos concordamos, este não é um

modelo de progresso que queremos para a nossa cidade. -------------------------------------

----- O PS entende que o regulamento deveria ver reforçadas as medidas que limitem a

abusiva utilização do espaço público, para o comércio e consumo de bebidas sem

regras, licenciamento ou controlo. Este regulamento contém várias medidas que vão

ao encontro destes objetivos, como é o caso do encerramento das lojas de

conveniência às 22 horas, dado o seu contributo para a aglomeração de pessoas na via

pública à noite, pois a maioria vende um grande número de bebidas para consumo na

rua, salvaguarda-se a possibilidade de se definirem as situações específicas em que

poderá haver um alargamento de horário. -------------------------------------------------------

----- Existem contudo, outras medidas que que gostaríamos de ver refletidas.

Consideramos que, por regra, o horário de encerramento das esplanadas deve

coincidir com o horário de encerramento dos respetivos estabelecimentos. ---------------

----- As esplanadas são, atualmente, uma forma de controlo da utilização do espaço

público e em algumas situações contribuem para a diminuição da aglomeração de

pessoas a consumir bebidas na rua. --------------------------------------------------------------

----- Defendemos porém, que deverá ser aplicada uma restrição ao seu horário quando

se verifique incómodo para os moradores, conjugada com esta medida outra das

importantes medidas que deverá ser incluída é a proibição de venda de bebidas para a

rua a partir de, no mínimo a uma hora, tal como consta do Despacho nº 140. Esta

medida é aplicada desde janeiro de 2015, às zonas do Cais do Sodré, Bica e Santos, e

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tem permitido diminuir a aglomeração de pessoas na rua e, consequentemente, a

emissão de ruído e a produção de lixo. ----------------------------------------------------------

----- A avaliação que foi feita pela Famalis e pela WAX, da aplicação desta medida, é

positiva, defendendo que não só deveria ser mantida nestas zonas, como deveria ser

alargada a outras zonas. ----------------------------------------------------------------------------

----- A Freguesia da Misericórdia também considera que esta medida foi positiva na

Bica e no Cais do Sodré, não se pronunciando, naturalmente, com a sua aplicação

noutras freguesias. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Por isso, o PS defende que deverá ser criada a possibilidade mediante solicitação

da Junta de Freguesia e ouvidas, as associações representantes dos moradores e dos

comerciantes, serem definidas zonas em Lisboa, onde, como medida de controlo da

utilização do espaço público, seja proibida a saída de bebidas do interior de

estabelecimentos para a rua a partir de, no mínimo, a uma hora. Este regulamento com

a introdução das propostas da 2ª Comissão e das alterações, há pouco apresentadas

pela Câmara, irá melhorar muito a situação existente, contribuindo bastante para a

melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Sabemos que este regulamento não irá

resolver, no imediato, todos os problemas, mas sabemos que será um passo muito

importante para a sua resolução. ------------------------------------------------------------------

----- O caminho faz-se caminhando, e estamos disponíveis para trabalhar esta solução

gradual, por isso, Senhora Presidente da Assembleia, Senhor Vice-presidente da

Câmara, o apelo do PS é que este regulamento inclua as propostas de alteração da 2ª

Comissão já com as alterações apresentadas, há pouco, pela Câmara e que seja

aplicado no imediato. Entendemos que o ótimo é inimigo do bom, e que este

regulamento deve entrar em vigor ainda neste verão, pois a cidade não pode esperar

mais, os lisboetas não podem esperar mais.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Gaspar (IND) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Cara Presidente, Secretários, Caro Vice-presidente da Câmara, Vereadores,

Deputados e Deputadas, e restantes Cidadãos e Cidadãs. -------------------------------------

----- Eu citaria, pensava terminar a minha intervenção, mas citaria e reforçaria o que a

Deputada Carla Madeira disse agora, de facto, o caminho faz-se caminhando, sempre

com os caminhantes, porque há, também, os outros. ------------------------------------------

----- Dizer muito rapidamente que, em primeiro lugar, naturalmente, saudar a

capacidade da Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do Vereador Duarte Cordeiro,

nesta capacidade de acolher depois da votação significativa na Câmara Municipal,

novas propostas. Salientar, também, o trabalho de vários meses, da Comissão, em que

o Presidente da Comissão, Carlos Silva Santos, tentou, por todos os meios, uma

consensualização, quase no limite do impossível. Ver, também, que a Deputada Carla

Madeira, com paciência e capacidade de inclusão, reforçou, reforçou tudo o que havia,

a inclusão, de facto, faz assim, de um modo natural, ou não se faz, e a Deputada,

enfim, nem sempre nós gabamos o que é nosso, mas a Deputada de facto, tem essa

capacidade, é uma capacidade que nem todos temos, mas a Deputada tem. ---------------

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----- E dizer-vos que este trabalho foi muito interessante do ponto de vista do trabalho

desta casa que é, de facto, uma casa cidadania, é um trabalho exaustivo, é um trabalho

exemplar de inclusão. ------------------------------------------------------------------------------

----- Pois bem, após o que esteve consensualizado, nem todos conseguimos isso,

enfim, a votação estará aí para o exprimir, da nossa parte acompanhamos tudo aquilo

que foi consensualizado, até ao limite, na Comissão, e dizer de facto que pensamos

que com este regulamento, a cidade fica de facto, mais coerente, e se me permitem o

pleonasmo, mais cidadã, porque de facto, nesta cidade há cidadãos e cidadãs que, no

âmbito da política que nós fazemos cumprem, apenas, esse desígnio. Há, também, os

outros, mas desses a história nunca falará. -----------------------------------------------------

----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra, fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Gostaria, obviamente, em primeiro lugar, de reconhecer e saudar o trabalho de

minúcia e o cuidado com que a Deputada Carla Madeira elaborou este documento,

este parecer, obtendo uma análise criteriosa da aplicação do regulamento atual e do

despacho nº 140/2014, na cidade, o seu impacto na vida dos moradores e dos

comerciantes, a tentativa de encontrar respostas que possam resolver os problemas daí

decorrentes e granjear, na medida do possível, como já foi aqui dito, o consenso mais

alargado possível que é o que, também, hoje, nós todos pretendemos. E, portanto,

deixar esta nota de reconhecimento, não só à Deputada Carla Madeira, mas,

obviamente, a toda a 2ª Comissão. --------------------------------------------------------------

----- A abordagem que o CDS faz desta revisão do Regulamento de Horários foi

construída ao longo do tempo em que assumimos a defesa dos moradores afetados no

seu descanso, pelo ruído emanado dos estabelecimentos, quantidade noturna e para o

qual contribuímos, ativamente, para encontrar soluções. -------------------------------------

----- Importa recordar que a liberalização dos horários de funcionamento alterou, ou

aumentou um conjunto de situações que provocaram visível incómodo aos moradores,

motivado pelo ruído da música, ou de consumo de bebidas na via pública e também

por desacatos. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Todos estamos conscientes dos anos da Saúde que a falta de descanso pode

provocar a quem está, frequentemente, disposto a esta situação, particularmente, em

zonas classificadas por animação noturna. Nalguns locais, acresce, ainda, problemas

de salubridade e de segurança na via pública. --------------------------------------------------

----- Foi, portanto, com manifesto agrado que assistimos à aprovação por

unanimidade, em reunião de Câmara, realizada em novembro de 2015, do projeto de

Regulamento de Horários que continham assinalável contributo do CDS em relação à

restrição do horário de fecho das esplanadas e das lojas de conveniência. E nesta

matéria, queria apenas a abrir um parêntesis sobre alguma demagogia que o Bloco de

Esquerda, aqui, trouxe numa das suas propostas de emenda, e que insinua, em certa

parte, que a limitação dos horários das lojas de conveniência pode, eventualmente, ter

como alvo a população imigrante, e até refere as intervenções, quer do CDS, quer do

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Vice-presidente Duarte Cordeiro e, portanto, não me parece que insinua, também, que

há aqui um preconceito xenófobo, ideologia xenófoba e, portanto, lamentamos essas

declarações que estão escritas, nem sequer foram verbais e, portanto, lamentamos nem

podemos aceitar. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Encerrado este parêntesis sobre uma matéria que gostaria que não tivesse

acontecido, o CDS insiste para que a proposta mantenha os horários de encerramento

das lojas de conveniência e das esplanadas como medida de bom senso, uma vez que a

mesma pode ser sempre excecionada pelas Juntas de Freguesia é, nomeadamente o

caso das lojas de conveniência, com encerramento previsto para as vinte e duas horas

quando estes estabelecimentos contribuem para aglomerar pessoas na via pública já

que, praticamente, só vendem álcool nas zonas mais problemáticas da cidade, no que

concerne ao consumo na via pública e esse é um facto. ---------------------------------------

----- Porém, caso a caso, as Juntas de Freguesia podem avaliar e considerar o

alargamento do horário face ao pedido dos comerciantes, e tendo em conta a sua

envolvente e antecedentes, o que nos parece suficiente, nesta matéria. Aliás, a atual

redação do regulamento confia na capacidade de avaliação e de critérios das Juntas

nesta matéria, julgo que é motivo suficiente para optarmos por manter este articulado. -

----- Sobre o horário autónomo para as esplanadas, temos alguma compreensão pelas

esplanadas serem dissuasoras do consumo de bebidas na via pública, e que isso possa

ser uma realidade em zonas mais problemáticas. Contudo, não é argumento para

generalizar a toda a cidade, não podemos partir, nesta matéria, de uma situação

focalizada em alguns bairros e zonas, e aceitá-la como um todo na cidade. --------------

----- Em inúmeros bares inseridos em malha residencial com esplanadas agregadas e

horário de funcionamento autorizado para as três, as esplanadas funcionam até às três.

Adicionalmente, pedindo a prorrogação do prazo para as cinco, possível em trinta dias

por ano, acrescidos de trinta minutos de tolerância para esvaziar os últimos clientes,

temos uma esplanada em malha residencial que pode funcionar legalmente até às

cinco e meia da manhã. Se o funcionamento da esplanada não colidir com o direito ao

descanso, obviamente, que nada temos contra, aliás, em último caso, as esplanadas até

poderiam funcionar vinte e quatro horas, desde que cumprissem a Lei do Ruído. --------

----- Contudo, regulamentar com essa abrangência em detrimento de uma redação

moderada, que é a atual, não nos parece a melhor solução para Lisboa. Nesse sentido,

o CDS defende a proposta apresentada em Câmara e aprovada por unanimidade, como

sendo a mais moderada e conciliadora entre a iniciativa privada, que sempre

incentivámos e promovemos, e os interesses dos moradores, cabendo às Juntas de

Freguesia a possibilidade de se pronunciarem sobre os horários, de uma forma

construtiva e positiva, e não o contrário, ou seja, prolongar o horário e depois retirar

alguns comerciantes irá gerar sentimento de punição pública quando as Juntas de

Freguesia deverão assumir um papel positivo, alargando aos comerciantes que tenham

demonstrado saber respeitar a ambiência envolvente e o respeito pelos moradores,

entre outros critérios, e não o contrário. É mais fácil e pedagógico autorizar do que

restringir, na medida em que promove o cumprimento da lei e é mais bem aceite pelos

interessados e pela população. E se fosse Presidente de Junta, não sou, mas se fosse,

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preferiria tomar medidas pela positiva, do que pela negativa, que é o que agora se está

a propor e, obviamente, julgo que os Senhores Presidentes de Junta, também. -----------

----- É, por essa razão, que o horário cautelar que se encontra previsto na redação atual

de regulamento nos parece o adequado. Aliás, reafirmo com o conhecimento

territorial e emissão de parecer pelas Juntas é essencial, facto, pelo qual, concordamos

com a proposta de alteração apresentada pelo PSD, ao número 2, do artigo 10º, e que

eleva assim o parecer das Juntas de Freguesia e das Forças de Segurança, ou seja,

nesta proposta de alteração, e que já foi, aqui, explicada, no nosso entender, vem ela

própria reforçar e ao encontro da manutenção dos horários previstos na proposta de

regulamento, uma vez que, novamente, é depositada nas juntas o poder vinculativo

nas decisões de alargamento e restrição. --------------------------------------------------------

----- Senhor Vice-presidente, deixamos ainda, uma sugestão à Câmara que esta deva

avaliar a questão dos horários das entidades culturais e associativas que detém

licenças de funcionamento passadas, nomeadamente pela DG Artes, possuidoras de

serviço, também, de bebidas, cuja fixação e a atuação por parte das Forças de

Segurança se tem verificado difícil face ao seu enquadramento legal. Portanto, é uma

matéria que temos que dar especial destaque e atenção. -------------------------------------

----- Reforçar a necessidade de investir na fiscalização com mais meios, de nada

valerá aprovar um regulamento se, depois, a fiscalização aos vários casos de abuso

que abundam pela cidade, não forem alvo de fiscalização e, alguns casos novos, de

prévia sensibilização. -------------------------------------------------------------------------------

----- Nas propostas de alteração apresentadas, importa dizer que iremos acompanhar a

larga maioria das apresentadas pelo PSD e que nos parecem pertinentes e avaliar,

obviamente, a redação de outras, nomeadamente, uma que o PSD nos propõe e que

gostaria de colocar à consideração do grupo que é a alteração proposta ao número 2,

do artigo 15º, e que diz respeito à Constituição, e bem, esta proposta em câmara, para

a criação de uma unidade técnica contra o ruído. O atual articulado propõe a inclusão

de um representante da Junta de Freguesia, competências delegadas para o efeito, e

nesta matéria, parece-me que a redação não é a mais clara, quanto ao Presidente que

irá fazer parte desta unidade e, portanto, dos vinte e quatro, qual será o Presidente

indicado. Portanto, aqui parece-me, que podemos caminhar por dois caminhos à

semelhança do que, também, proposto noutro artigo mais à frente, pela Comissão, ou

pela designação de um representante das Juntas de Freguesia a designar por esta

Assembleia, ou então convidar os Presidentes de Junta de Freguesia, ou quem

representa a Junta de Freguesia, para participar nestas reuniões da unidade técnica

contra o ruído sempre que sejam discutidos processos referentes à sua área geográfica,

porque, segundo percebi não é freguesia a freguesia e, portanto, penso que nesta

matéria, temos de definir muito bem como é que iremos indicar esse Presidente de

Junta uma vez que não poderão estar os vinte e quatro, no nosso entender e, portanto,

deixava esta sugestão de esclarecimento ao PSD. ---------------------------------------------

----- Informar, também, que o CDS-PP irá votar contra as alterações apresentadas pelo

BE, seja pelos considerandos e respetiva fundamentação, mas principalmente porque

as mesmas são o oposto do que temos defendido neste processo a que se junta a

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questão dos horários de funcionamento das grandes superfícies comerciais, em que o

BE pretende restringir, mais uma vez, a liberdade de escolha dos munícipes. ------------

----- Quanto às propostas de alteração emanadas pela 2ª Comissão, iremos

acompanhar todas, destacamos a inclusão da proibição de venda de bebidas para a rua

a partir da uma da manhã, e que estava, anteriormente, prevista no despacho 140, e

que a proposta atual de regulamento deixa cair. A possibilidade, também, nas Juntas

prolongar o horário das lojas de conveniência, conforme pelas razões anteriormente

expostas, a inclusão da competência da Assembleia Municipal no que concerne à

delimitação dos mapas A e B e respetivas subdivisões que venham a ser propostas

Câmara e, portanto, reforçar, também, os poderes desta Assembleia Municipal parece-

me, extremamente, importante. Quanto ao ponto um, e é o único que nós

excecionamos na questão da recomendação, ele mesmo colide com aquilo que foi a

apresentação da proposta aprovada por unanimidade na Câmara e que colide, também,

com a proposta que é de génese do CDS, mas foi adotado por todos os partidos na

Câmara Municipal e, portanto, como é óbvio, sendo coerente, não podemos

acompanhar a mesma. E nesta matéria, faço aqui um apelo para que a Assembleia

Municipal também, não retroceda nesta opção, e que opte por uma solução moderada

e positiva, e não por um modelo que, no nosso entender, pode ser encarada pelos

comerciantes, como punitivo. ---------------------------------------------------------------------

----- Senhora Presidente, eu também, vou já terminar, penso que já disse o essencial

sobre as alterações, sobre aquilo que é a nossa posição e, portanto, importa que neste

regulamento, em apreço, pensarmos sempre nos moradores, naqueles que, ainda,

tentam viver, particularmente, na zona histórica da cidade e que nela investe na sua

reabilitação para depois criar medidas com o intuito de já equilíbrio entre quem mora

e quem tem um negócio. A partilha de responsabilidade deve ser mútua, mas a

Câmara e as Juntas têm especial responsabilidade nesta matéria pelo que importa não

defraudar as expectativas que, ainda, muitos depositam neste regulamento, que será

aprovado hoje, e no cumprimento da legislação em vigor, em particular, em matéria

de ruído e, portanto, ou este regulamento vinga, ganha eficácia, ou será mais um

papel, um documento. ------------------------------------------------------------------------------

----- Pugnemos e zelemos por um bom ambiente urbano, pela salubridade, pelo

combate ao ruído, pelo descanso dos moradores, em suma, por tudo aquilo que

comporta a vivência numa cidade que se pretende, e passando a redundância, viva

mas, em que o respeito pelo próximo e pelas regras existentes, impere sempre. ----------

----- E é por isso que apelo aos Senhores Deputados e à Mesa, a todos os Deputados

em geral, e à Câmara também, que haja um consenso alargado numa matéria tão

importante como esta, e à semelhança do que foi possível em Câmara, e se possível, a

unanimidade que conseguimos obter nesse órgão, era bom que conseguíssemos,

também, na Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Sara Goulart (BE) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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----- “Muito boa tarde, Cara Presidente da Assembleia, Caros Deputados, Caros

Vereadores, Caros Munícipes. --------------------------------------------------------------------

----- Antes de mais, reconhecer o esforço feito pela 2ª Comissão ao ouvir uma tão

grande quantidade de entidades a propósito deste Regulamento dos Horários de

Funcionamento. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Reconhecer, também, o esforço da Senhora Deputada Municipal Carla Madeira

na tentativa de incluir um maior número de propostas, e de conciliá-las no relatório da

comissão, e também, ressalvar que foi com agrado que vimos que a Comissão acolheu

bem a nossa proposta de salvaguarda das competências da Assembleia. -------------------

----- De qualquer forma, há duas propostas de emenda que não foram acolhidas pela

Comissão, e que nós queremos voltar a apresentar, e que já anteriormente, vieram,

aqui, a Plenário. Uma delas, que já foi aqui bastante falada, que visa a clarificação do

conceito de loja de conveniência e do respetivo regime de horário funcionamento. ------

----- Ora, considerando que é relatada de Lisboa pela concentração populacional

determina uma grande procura de serviços e bens, e que o conceito de loja de

conveniência enquanto estabelecimento comercial de pequena dimensão e oferta de

surtido básico, com um horário de abertura dilatado, permite aos consumidores o

abastecimento de bens em falta num regime de proximidade e acessibilidade de

horário, permite, também, oferecer a satisfação de necessidades básicas a qualquer

momento. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Considerando, ainda, que existência de lojas de conveniência é de grande

utilidade para os consumidores, importando assim que a sua existência seja

assegurada nessa dimensão de disponibilidade, que o presente regulamento reconduz

o conceito de loja de conveniência, a venda de bebidas, não procurando regular o seu

conceito e de lhe oferecer densidade num horário de funcionamento adequado aos

seus propósitos, assim, privando os lisboetas desta útil oferta, aliás, os propósitos do

regulamento contido na Proposta nº 206, como é patente da proposta de alteração do

Senhor Vereador João Gonçalves Pereira, do CDS-PP, e da sua discussão em sede da

Câmara Municipal, designadamente, a sua intervenção e da intervenção do Senhor

Vice-presidente da Câmara Municipal, são muito claros quanto aos alvos visados. ------

----- Ao decidir a Câmara Municipal de Lisboa caiu numa solução que é reveladora do

espírito que preside à celebração desta proposta, define, por um lado, loja de

conveniência como um estabelecimento tipo 6, que tenha atividade de venda de

bebidas, nem sequer as especificando como alcoólicas, o que pode fazer de qualquer

supermercado uma loja de conveniência e restringindo o horário relativamente a todos

os outros tipos de estabelecimentos, passando, as mesmas, a encerrar às vinte e duas

horas, ao passo que o menor dos limites máximos é das vinte e quatro horas. ------------

----- Esta proposta acaba por cair numa inevitável contradição. -----------------------------

----- Lembra-se, ainda, que os estabelecimentos visados são, em grande número,

explorados por membros de comunidades imigrantes, esperando que esse facto seja

alheio a formulação, aqui trazida, e alvo da presente emenda. ------------------------------

----- Também não se ouviram as queixas de concorrência feitas pelos donos de bares

relativamente à oferta destas lojas, e não se ignora que estas lojas possam fornecer

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alguns clientes ruidosos no exterior, tal como o fazem muitos bares, aliás, sendo que a

solução deve estar na fiscalização do ruído e atitude destes clientes. ----------------------

----- Pede, ainda, que esta proposta não serve os lisboetas e presta-se a privá-los de

uma oferta de emergência e proximidade de um conjunto de bens essenciais, por isso,

propomos regular o conceito de loja de conveniência, seguindo de perto o conceito da

revogada Portaria nº 154/96, de quinze de maio, estabelecendo para que a sua

atividade seja, verdadeiramente, o que se procura numa loja de conveniência,

obrigatoriedade da prática de um horário extenso e da existência de apenas um dia de

descanso semanal, obrigando a uma oferta diversificada de bens essenciais e de

emergência, e a uma área de venda reduzida. ---------------------------------------------------

----- Para assegurar o cumprimento cabal do regime especial das lojas de

conveniência, e para que as mesmas não se constituam numa fraude ao espírito

exceção que determina o seu horário e regime, acrescenta-se a punição e título

contraordenacional do não cumprimento dos requisitos de funcionamento do

estabelecimento como loja de conveniência. ---------------------------------------------------

----- Trazemos, ainda, uma outra proposta de emenda que visa o encerramento das

grandes superfícies e de estabelecimentos de insígnia. ----------------------------------------

----- Considerando a competência para o estabelecimento de limites de horários de

funcionamento dos estabelecimentos comerciais, foi cometido aos órgãos dos

municípios, onde os mesmos se situam; ---------------------------------------------------------

----- Considerando que o Decreto-lei nº 10/2015, de dezasseis de janeiro, aprovou o

regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e

restauração que definiu, autonomamente, para efeitos de acesso à atividade na sua

alínea a), o seu artigo 1º, número um, a atividade de exploração de estabelecimento de

comércio a retalho que pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias,

ou estejam integrados num grupo que disponha, a nível nacional, de uma área de

venda acumulada, igual ou superior, a trinta mil metros quadrados, nos casos em que

isoladamente considerados têm uma área de venda inferior a dois mil metros

quadrados e não estejam inseridos em conjuntos comerciais, e de estabelecimentos de

comércio a retalho com área de venda igual ou superior a dois mil metros quadrados,

inseridos em conjuntos comerciais, no seu artigo 1º, número um, alínea x), o conceito

de grande superfície comercial como o estabelecimento de comércio a retalho

alimentar, ou não alimentar, que disponha de uma área de venda continua igual ou

superior a dois mil metros quadrados. ----------------------------------------------------------

----- Esta automatização e definição conceptual, leva em linha de conta o especial

impacto destes estabelecimentos no pequeno comércio por força da crescente

concentração do setor, e possibilitando a competição do pequeno comércio de

proximidade, muitas vezes de cariz familiar, levando ao inexorável decréscimo de

clientes e ao consequente encerramento de muitas pequenas empresas de comércio a

retalho. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta situação torna, muitas zonas da cidade, privadas de comércio de

proximidade, pondo, ainda, sobretudo, em risco a sobrevivência económica de muitas

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famílias, descaracterizando, ou tornando insignificante, a prática do comércio de

proximidade com a confiança salutar e recíproca que lhe é intrínseca. ---------------------

----- O regime de horário de funcionamento proposto tem, também, como inevitável

consequência que os trabalhadores das cadeias de insígnias e das grandes superfícies

comerciais, vejam condicionado o seu direito ao descanso em dias que, a generalidade

das famílias, utilizam para o lazer. Falamos, obviamente, de domingos e feriados. ------

----- O Bloco de Esquerda, tendo em consideração estes importantes aspetos, defende

que as grandes superfícies encerrem aos domingos e feriados. No entanto, para prover

a satisfação das necessidades especiais de abastecimento dos consumidores, que

ocorrem em determinadas épocas do ano, esses mesmos estabelecimentos, poderão,

respeitando o horário normal, abrir em quatro domingos, ou feriados, por ano com

exceção do “1º de Maio”. Excetua-se o “1º de Maio” pelo seu caráter simbólico para

os direitos dos trabalhadores, evitando assim o seu desrespeito. ----------------------------

----- Equilibra-se, pois, as pretensões meramente economicistas, com o direito ao lazer

dos trabalhadores destas grandes superfícies. Para além disso, e não menos

importante, traz aos pequenos e médios comerciantes, um contributo numa luta

concorrencial, à partida, desigual, estes têm, através desta proposta, melhores

condições para o auxílio à revitalização dos centros da nossa cidade, com tudo o que

isso, necessariamente, significa, um incremento da nossa qualidade de vida. -------------

----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, colocou a seguinte

questão: -----------------------------------------------------------------------------------------------

------ “Senhora Deputada, a sua intervenção suscitou-me uma dúvida que eu gostaria

de formular em voz alta, até para que o Senhor Vice-presidente a possa esclarecer

para todos. Isto não foi verificado, nem na Câmara, nem na Comissão, mas na

definição dos grupos, grupo um, dois, três, quatro, cinco, seis, o grupo seis aparece no

fim, dizendo; “que se integram no grupo seis os estabelecimentos que não se

enquadrem em qualquer dos grupos anteriores”, e o grupo anterior, o grupo cinco, são

as lojas de conveniência. Pois, quando vamos definir as lojas de conveniência,

dizemos que, são aquelas inseridas no grupo seis, e não no grupo cinco, portanto,

parece haver aqui, uma confusão, e não há confusão porque o conceito de loja de

conveniência é um subgrupo do grupo seis, e não é um grupo diferente do grupo seis,

é uma parte do grupo seis, uma parte das lojas classificadas como estabelecimentos

que não se enquadrem em quaisquer dos grupos previstos, são as lojas de

conveniência. Da maneira como isto está não fica muito claro. De qualquer maneira, o

Senhor Vice-presidente poderá, depois, esclarecer isto melhor, porque senão isto

parecer uma gralha, parecer que falámos das lojas de conveniência como sendo o

grupo cinco, no artigo 4º, e depois dizemos, no artigo 7º, que elas são as do grupo

seis. Isto estabelece, aqui, eventualmente, alguma confusão. --------------------------------

----- Portanto, estou a chamar a atenção para isto para que possamos clarificar isto

melhor, mesmo que não fique na redação do articulado, Senhores Deputados, mesmo

que não fique na redação do articulado, se ficar expresso, claramente, pela voz da

Câmara qual é a interpretação que dão a isto, essa interpretação é que serve para,

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depois, interpretarmos o regulamento, no caso de ele ser aprovado, porque é muito

importante que as interpretações respeitem o espirito do legislador, e é isso que eu

estou a pedir que fique claro, não é que o espírito compareça perante nós, mas que

clarifique, exatamente, o que está a dizer aqui.” -----------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, tendo sido feito um pedido de esclarecimento relativamente,

a uma das propostas que nós, tendo sido feito um pedido de esclarecimento por parte

de um Senhor Deputado do CDS-PP, relativamente a uma proposta que nós

apresentámos, julguei ser útil poder fazê-lo, ainda, em tempo oportuno. ------------------

----- E portanto, clarificar que a indicação que lá vem designada como representante

das Juntas de Freguesia, teria que ser incontornavelmente, teria que ser uma decisão

emanada da própria Assembleia Municipal à semelhança de todos os outros processos

para onde são indicados representantes. ---------------------------------------------------------

----- As Juntas de Freguesia, como é sabido, não têm órgão próprio colegial de

Presidentes de Junta para definir tal indicação, portanto, o único que poderia garantir,

mas a questão é, de facto, esta, é a de que a indicação não podendo ser feita por um

representante das Juntas de Freguesia, porque não existe esse órgão de representante

de junta de freguesia, teria a emanar de uma indicação feita em sede de Assembleia

Municipal, onde os Presidentes de Junta têm assento.” ---------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------

----- “Muito obrigada, aliás, temos tido essa prática para outras circunstâncias, e

poderia ser esse o espírito do legislador caso a norma seja aprovada, será esse a

indicar pela Assembleia Municipal, ou podemos mesmo acrescentar essa explicitação.

----- Terminámos as intervenções, peço que tenham o vosso documento de apoio, na

vossa presença, a Mesa vai projetar, eu vou pedir imagem para o meu computador, se

faz favor, a Mesa vai projetar aqui, os artigos que têm proposta de alteração, de

acordo com o documento de apoio que foi distribuído. --------------------------------------

----- Estão indicados, a azul sublinhado, as propostas do PSD. ------------------------------

----- Estão indicados, a verde, as propostas da 2ª Comissão. ---------------------------------

----- E estão indicados a vermelho escuro as propostas do BE. É rigorosamente, a

mesma coisa que está no documento de apoio. -------------------------------------------------

----- Naturalmente, só fiz este exercício para os artigos que têm alteração. ----------------

----- A metodologia que vos ia propor é esta; nós vamos, agora apreciar, um a um, os

artigos que têm alterações propostas, sobre cada um destes artigos pergunta à Câmara

se quer pronunciar, e depois ponho à votação por ordem de entrada. A ordem de

entrada é primeiro, o que entrou primeiro, depois o que entrou depois, e portanto, é a

mesma que está neste guião, portanto, é exatamente, por esta ordem, se forem

contraditórios, o primeiro que for aprovado, o segundo é prejudicado, como

habitualmente, nestas votações. -------------------------------------------------------------------

----- E o primeiro artigo sobre o qual há propostas de alteração é o artigo 5º, Senhor

Vice-presidente pode seguir pelo guião porque é exatamente igual ao que está no

guião. Peço desculpa, é o artigo 3º, e eu não fiz a alteração do artigo 3º,

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eventualmente, comecei logo no 5º, será? Vamos lá, artigo 3º há uma proposta de

eliminação do número 2, pelo BE, e há uma proposta de alteração do número 2, a

proposta pela Comissão. Eu acho que o BE estaria disponível para aprovar a proposta

da Comissão, porque o seu problema era salvaguardar as competências da

Assembleia, e portanto, podemos retirar esta? Correto. Portanto, esta proposta do BE,

para eliminação do número 2 é retirada. -----------------------------------------------------

----- E o que está aqui em causa é a alteração do número 2, do artigo 3º, resultante do

parecer da 2ª Comissão. Eu pergunto à Câmara se se quer pronunciar? No fundo, é

que a alteração do mapa das zonas A e B, que está previsto neste regulamento, não

possa ser feita pela Câmara Municipal, mas sim, sempre, pela Assembleia, sob

proposta da Câmara. Faz todo o sentido, uma vez que o regulamento é apreciado pela

Assembleia, quem altera o regulamento, pode alterar, não pode ser a Câmara sem a

Assembleia o alterar, sem a aprovação da Assembleia, mas de qualquer forma, Senhor

Vice-presidente pergunto se quer intervir? Não se quer pronunciar. Muito bem. ---------

----- Então neste momento, temos para votar apenas a Proposta de Alteração do nº 2,

do artigo 3º, resultante do parecer da 2ª Comissão, e nós vamos pôr isto à votação, é o

que está a verde, neste slide, o que está a vermelho foi retirado. Não há votos contra,

nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP, PAN, MPT,

PNPN e 6IND. A Proposta de Alteração do nº 2, do artigo 3º, foi aprovada por

unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à próxima alteração, que é o artigo 5º. Há uma proposta do BE

para no grupo cinco, que é o grupo definido como sendo as lojas de conveniência, seja

alterado o horário. O que estava cá, no artigo 5º, era entre as seis e as vinte e duas,

todos os dias da semana, e o BE propõe entre as zero e as vinte e quatro, todos os dias

da semana. Está clara a proposta? A Mesa vai pôr à votação a Proposta de Alteração

do BE, do artigo 5º. Votos contra do PS, PSD, CDS-PP, PNPN e 6IND, abstenções

do PCP, PAN, PEV e MPT, votos a favor do BE. Esta Proposta de Alteração do BE

foi rejeitada. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à seguinte, e é a alteração do nº 2, do artigo 5º. Do PSD, o

Senhor Deputado Luís Newton informou que retiravam a vossa proposta, correto?

Certo. Então o que vamos pôr à vossa consideração é a proposta de alteração do nº

2, do artigo 5º, resultante do parecer da 2ª Comissão que é a questão dos horários das

esplanadas e dos estabelecimentos. Está aqui assinalado a verde, podem ler. -------------

----- E eu pergunto ao Senhor Vice-presidente se se quer pronunciar sobre esta

proposta? Não se quer pronunciar. Portanto, não há objeções da Câmara, e a Mesa vai

pôr à votação a proposta de alteração do nº 2, do artigo 5º, resultante do parecer da

2ª Comissão. Votos contra do PCP, PEV, CDS-PP, 1DM do PS, abstenção do BE e

votos a favor do PS, PSD, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A proposta de alteração do nº

2, do artigo 5º foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------------

----- Vamos passar à votação, há três aditamentos que o BE apresenta para o artigo 5º,

e que tem a ver com o funcionamento das grandes superfícies. Foram, aqui,

explicados pela Senhora Deputada, e portanto, querem votar cada um de “per si”,

querem votar os três em conjunto? Se há dúvidas, a Mesa volta a ler. Podem ser em

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conjunto, muito bem. Portanto, Senhores Deputados está tudo clarificado do que é que

estamos a votar, são os três novos números ao artigo 5º, apresentados pelo BE, e

tem a ver com os horários de funcionamento das grandes superfícies. Votos contra do

PS, PSD, CDS-PP, PNPN, MPT e 6IND, abstenção do PAN, votos a favor do PCP,

BE e PEV. Esta proposta dos três novos números ao artigo 5º foi rejeitada. -----------

----- E vamos passar, agora sim, à proposta que a 2ª Comissão faz ao artigo 5º e que

é aditar um número final que diz; “o horário aplicável às salas de espetáculos, teatro,

cinemas referidos na alínea d), do número 1, do artigo 4º, pertencentes ao grupo três,

entre as onze e as quatro, todos os dias da semana”. Também está justificado esta

alteração proposta no relatório. Vamos pôr à votação esta proposta da 2ª Comissão,

não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-

PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A proposta que a 2ª Comissão faz ao artigo 5º foi

aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------

----- Não perguntei à Câmara se tinha alguma objeção, peço ao Senhor Vice-

presidente que alerte quando for o caso. ---------------------------------------------------------

----- Vamos passar, agora, à votação do aditamento de um novo número, a seguir

ao número um do artigo 6º, resultante do parecer da 2ª Comissão, e que é um

número que tem a ver com “zonas específicas onde é proibida a saída de bebidas do

interior dos estabelecimentos para a rua a partir da uma da manhã”. ----------------------

----- O Senhor Vice-presidente tem alguma coisa a dizer sobre esta matéria? Não

havendo nada a declarar, vamos pôr à votação esta proposta. Não há votos contra,

nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP, PAN, MPT,

PNPN e 6IND. A proposta que a 2ª Comissão faz sobre aditar um novo número a

seguir ao número 1 do artigo 6º foi aprovada por unanimidade. -----------------------

----- Vamos prosseguir, agora, com o artigo 7º, o Senhor Vice-presidente pede a

palavra sobre este artigo. Faça favor, Senhor Vice-presidente.” -----------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- E era no sentido, a questão foi colocada, há pouco, pelo BE, referir que,

aproveito, e fazia já o comentário a todo este artigo. ------------------------------------------

----- Realmente, o que aconteceu foi quando foi introduzida em discussão de Câmara

na altura, em reunião de discussão de Câmara, uma proposta de aditamento pelo

Vereador do CDS quanto, no fundo, à definição do artigo, do grupo cindo das lojas de

conveniência. Na realidade há aqui, uma espécie de erro de concordância, porque o

grupo cinco que é uma parte do grupo seis, aparece primeiro, o que faria,

eventualmente, mais sentido do ponto de vista de redação, era o grupo que agora se

entende como seis, aparecesse, previamente, com o grupo cinco, e o grupo cinco, que

é uma parte do grupo seis, aparecesse depois. Não há nenhum erro do ponto de vista

daquilo que é a substância, mas há aqui um erro do ponto de vista, de, digamos assim,

de leitura por causa desta questão que acabei de referir. --------------------------------------

----- Entendeu-se que, só não se foi buscar referência que o Bloco de Esquerda aqui

faz, e eu percebo o Bloco de Esquerda quando identifica aquilo que era a definição

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que no passado estava identificada na portaria que definia as lojas de conveniência

que, entretanto, foi revogada, a opção de não entrar numa definição tão concreta, teve

a ver com, no passado, haver fácil adulteração áquilo que é a designação de lojas de

conveniência. Por isso, propositadamente, se procura uma definição mais lata. ----------

----- O ponto 2 do artigo 7º, pretende ir ao encontro, eu sei que sobre esta perspetiva o

Bloco de Esquerda tem o princípio, e parece-me que todas as propostas tinham essa

coerência, de entender que há lojas de conveniência que devem, por sua própria

natureza, funcionar com horários mais alargados, porque respondem a necessidades

básicas da população, o objetivo quando foi desenhado este artigo 7º, nomeadamente

no seu ponto 2, que eu daqui a pouco já vou fazer uma proposta de aditamento, era

exatamente, ir ao encontro desse mesmo espírito, não admitindo princípio de que

todas as lojas de conveniência têm um horário livre, mas admitir o princípio que era

perfeitamente possível, à Câmara e às Juntas de Freguesia, identificarem zonas na

cidade onde as lojas de conveniência tivessem o tal horário alargado. Portanto, é um

princípio de responsabilidade da Câmara e das Juntas de Freguesia, irem ao encontro

do espírito, que penso que preside à proposta do Bloco de Esquerda. Portanto, foi por

opção que se procurou uma definição pouco mais alargada para enquadrar um

conjunto de estabelecimentos que se utilizavam da definição de loja de conveniência,

para procurar horários mais alargados. Isso aconteceu, por exemplo, no Bairro Alto ao

que nós, depois corrigimos no despacho de restrição do Cais do Sodré. -------------------

----- Só para explicar o porquê de não ter ido ao encontro da definição entretanto,

daquilo que foi uma portaria que foi revogada. ------------------------------------------------

----- Só para clarificar, efetivamente, deixo ao critério a possibilidade na redação final

haver uma clarificação, este problema surgiu pelo aditamento que aconteceu em

reunião de Câmara.” --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “O Senhor Vice-presidente tinha-me dito que ia propor um aditamento à proposta

da 2ª comissão…” ----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------

----- “Sim, a proposta que se faz de aditamento seria o seguinte: ----------------------------

----- Onde se lê na proposta de alteração do número 2 do artigo 7º, “resultante do

parecer da 2ª comissão” logo no início, “a Câmara Municipal, a pedido das Juntas de

Freguesia”, o que se solicita é que apareça a Câmara Municipal em concordância, ou a

pedido das Juntas de Freguesia, isto aqui, para quê, ao introduzir o “em concordância”

permite à Câmara Municipal tomar a iniciativa de, assim como o regulamento do

horário esteja aprovado, e ouvidas as Juntas de Freguesia, propor um mapa da cidade

onde as lojas de conveniência que funcionem com horário mais alargado, comecem a

funcionar com horário mais alargado. Em alternativa a Câmara Municipal tinha que

estar à espera de cada uma das Juntas de Freguesia, solicitar à Câmara, o pedido.

Pensamos que, desta forma, a iniciativa, pelo menos nesta fase inicial em que as lojas

de conveniência funcionarão, as que se entenderem em conjunto e em concordância

da Câmara com as Juntas de Freguesia, as que funcionarem em horários mais

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alargados, toma-se uma iniciativa única, em reunião de Câmara, e parece-me que é

mais evidente. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- No futuro, pode sempre haver a possibilidade das Juntas, a pedido, fazerem mais

pedidos de alargamento, mas, pelo menos é uma fase inicial, onde nós, Câmara

Municipal, ouvirá todas as Juntas que recolherá todas as concordância, mas faz uma

única proposta onde se definem logo quais é que são as lojas de conveniência que

funcionam com horário mais alargado. Daí, a proposta de aditamento para não ir fora

daquilo que a proposta da Comissão propõe é acrescentar, “em concordância”, ou “a

pedido”, exatamente como a Senhora Presidente já escreveu.” ------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Senhores Deputados está feito o esclarecimento da Câmara, e temos, então, em

relação ao artigo 7º, duas propostas, uma proposta de alteração do BE, aliás, três

propostas: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Uma proposta de alteração do BE, que é esta que está a vermelho; -------------------

----- Depois temos uma proposta de alteração da 2ª Comissão que está a verde; ---------

----- E haverá uma proposta de aditamento da Câmara que estará a roxo, no slide

seguinte, o Senhor Deputado Sobreda Antunes pede a palavra.” ----------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “É muito rápido, é só um pedido de esclarecimento ao Senhor Vice-presidente se

for possível. É que nesta nova sugestão, a Câmara Municipal em concordância, ou a

pedido das Juntas, mas só a Câmara. Portanto, se houver alterações ao regulamento, a

Assembleia Municipal, nesta versão, está excluída, sim, ou não? É uma dúvida.---------

----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------

----- “Está. Está mas não é por nenhuma razão negativa. Há decisões que têm, que eu

acho que faz sentido regulamento, o regulamento é isto mesmo, a possibilidade,

depois, de criar métodos decisão mais rápidos para determinado tipo de

procedimentos. Neste caso, em particular, sim. Há situações que a Assembleia

Municipal, como há pouco foi definido por uma proposta do Bloco de Esquerda que

até a Câmara Municipal concorda que é estratégica, que faz sentido que venha à

Assembleia Municipal, que são as zonas A e B, os mapas, há matérias que têm um

caráter mais concreto, mais específico, estamos a falar, obviamente, em matérias desta

natureza que nós entendemos que poderá ser a Câmara Municipal a tomar a decisão de

forma mais ágil. Portanto, a forma como a Comissão propõe, e como a Câmara,

também, sugere é que dispensa a Assembleia Municipal dessa tomada de decisão.” ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Está esclarecido, Senhor Deputado? Podemos pôr à votação? ------------------------

----- Senhores Deputados, em primeiro lugar, as propostas de alteração do Bloco de

Esquerda, relativamente às lojas de conveniência, que estão aqui assinaladas a

vermelho, alteração do número um do artigo 7º, vamos votar. Votos contra do PS,

PSD, CDS-PP, MPT, PNPN e 6IND, abstenções do PCP, PAN e PEV, votos a favor

do BE. A proposta de alteração do número um do artigo 7º foi rejeitada. ------------

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----- Vamos passar agora à proposta seguinte, que é a proposta de alteração do

número 2 do artigo 7º. Eu pergunto à Senhora Relatora da 2ª comissão, se podemos

votá-la, simultaneamente, com aditamento da Câmara? Alguém objeta a que seja

votado, em simultâneo, já que o aditamento? Ninguém tem objeção, portanto, vamos

votar com esta redação, já, que tem esta alteração a rosto do aditamento apresentado

pelo Senhor Vice-presidente. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do

PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A proposta de

alteração ao número 2 do artigo 7º já com o aditamento da Câmara foi aprovada

por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à próxima alteração que é a alteração apresentada pelo PSD ao

alargamento previsto, o artigo 10º, número 2, são as entidades que se têm de

pronunciar, e o Senhor Vice-presidente pede a palavra para dizer a sua posição. Faça

favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, agradeço. -------------------------------------------------------------

----- Neste caso, é só para explicar que é por, neste caso, por identificação do ponto 2,

que nós entendemos que se é referida a consulta, que depois se faz a discriminação do

tipo de consulta relativamente às Juntas de freguesia e às Forças de Segurança. ---------

----- Portanto, é entendido como necessário a referência no ponto 2, para haver a

discriminação no ponto 4. Isto é uma opção jurídica, foi assim que foi redigido este

ponto. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- No ponto 2 é feita a referência a quem é consultado. -----------------------------------

----- No ponto 4 é feita a discriminação em relação à consulta, quer da Junta, quer das

Forças de Segurança. -------------------------------------------------------------------------------

----- Só para deixar claro que não há, aqui, nenhuma questão que não seja opção

jurídica.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Muito bem, sendo assim, vamos pôr à votação as propostas de eliminação das

alíneas d) e e), do número 2 do artigo 10º. Há um Senhor Deputado a pedir a palavra.

Senhor Deputado Luís Newton.” -----------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, aqui a dimensão tem a ver, obviamente com a questão da

formulação jurídica. O esclarecimento, do meu ponto de vista, é suficiente. A

preocupação assentava, no facto, de não existir, de existir, aliás, duplicação naquilo

que é o papel da Junta de Freguesia. -------------------------------------------------------------

----- Assim sendo, e ficando clarificado entre todos que, como dizia, ainda, há pouco a

Senhora Presidente, o espírito do legislador é esse, nós retiramos, então, a nossa

proposta.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

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----- O PSD retira estas duas propostas, tendo sido clarificado o sentido que lhe estava

atribuído à redação do número 2 e, portanto, não vão ser votadas, foram retiradas pelo

proponente. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à proposta de alteração seguinte, é uma proposta de alteração do

PSD ao número 5, do artigo 12º. Estava o prazo de pronúncia, num prazo de iniciar

um procedimento pela Câmara, dez dias úteis, e o PSD propõe que seja iniciado no

dia seguinte, no dia útil seguinte. Portanto, alteração é só do prazo, é só essa parte que

está assinalada a azul. ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente tem a palavra.” ------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, muito obrigado. -----------------------------------------------------

------ E se calhar, aproveitava para, também, discutir a proposta de aditamento da 2ª

Comissão, também, em relação ao mesmo ponto. Eu diria que, nós compreendemos,

quer o sentido da primeira proposta do PSD, nomeadamente, formulada pelo Senhor

Presidente Luís Newton, quer da Comissão. Acontece que na proposta da Comissão, a

questão que nós levantamos é que a redação da forma como está construída, coloca

competências nas Juntas de Freguesia que não existem do ponto de vista da lei,

nomeadamente, o facto de a Junta poder iniciar um processo de restrição de horários,

algo que não pode, mesmo no processo de competências de licenciamento de

esplanadas. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, aquilo que, entendendo o espírito preside às duas propostas, aquilo que

eu acho que fazia sentido era, pedindo, também, a compreensão que, se calhar, iniciar

um processo no dia útil seguinte, é talvez para nós pouco excessivo, reduzir o número

de dias úteis que estão expressos na proposta inicial, talvez de dez para cinco dias

úteis, indo ao encontro das duas propostas que a ideia da pressão da Câmara na

formulação de resposta, em relação a estas matérias.” ----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Reduzir, a redação da proposta era invés de dez, passar a cinco, é isso? ------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, se me permitir, se for ao ponto cinco…” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Portanto, se não se importa, o Senhor Vice-presidente pode repetir como é que a

proposta ficaria. Fica como estava a redação inicial, só que ao invés de ser dez dias

úteis, fica cinco, é isso? ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------

----- “Sim. Basta como está a azul, sublinhado, parte da proposta do PSD, se

introduza, se houver a concordância, no prazo de cinco dias úteis…” ----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Não é isso que eu estou a fazer. -----------------------------------------------------------

----- Onde está, no texto inicial diz: “no prazo de dez dias úteis”, e a proposta do PSD

diz no dia útil seguinte.” ---------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------

----- “Onde está dez, passa a cinco dias úteis.” -------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Era isso que eu estava a perguntar. Na proposta inicial, é iniciado no prazo de

cinco dias úteis. É isso que eu estou a tentar perceber se é isso que estamos a propor. --

----- E em relação à proposta da Comissão, o Senhor Vice-presidente entende que ela

não tem a possibilidade de ser aprovada por ela não ter cobertura legal, é isso se eu

bem entendi? -----------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------

----- “Exatamente, Senhora Presidente. Porque, efetivamente, o que pode acontecer,

havendo as Juntas de Freguesia a tomar a iniciativas para as quais não têm

competências, é que os atos são nulos e depois, obviamente, as restrições não têm

efeito. Portanto, a formulação como está feita induz, digamos assim, a que as Juntas

de Freguesia assumam uma competência que não têm, porque elas não podem iniciar

o processo de restrição de horários. --------------------------------------------------------------

----- Sugiro que só se vote a proposta alterada.” -----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Esta é a proposta alterada, eu vou só mostrá-la melhor para que todos possam

vê-la, prazo de cinco dias úteis ao invés dos dez dias úteis. ----------------------------------

----- Como isto é votado pela ordem de entrada, esta foi a última a ser apresentada,

devia de ser votada no fim. -----------------------------------------------------------------------

----- Os Senhores Deputados do PSD retiram a proposta, e eu pergunto à 2ª Comissão,

não sei se retira, se mantém? A Comissão não pode retirar a proposta. Elas são

exclusivas, portanto, temos é que votar com a cabeça esclarecida sobre o que é que

estamos a fazer. Há uma proposta da 2ª Comissão que o Senhor Vice-presidente

entende que não tem cobertura legal. Portanto, eu chamo a vossa atenção para isso, e

como deu entrada em primeiro lugar, tem de ser votada em primeiro lugar, e depois é

que votamos a proposta que a Câmara, agora, apresentou dos cinco dias uteis ao invés

dos dez dias úteis. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, chamada a atenção para isto, pergunto, Senhores Deputados peço a

vossa atenção, a Câmara acabou de dizer que a proposta não tem fundamento legal.

Vamos pôr à votação a Proposta da 2ª Comissão. ---------------------------------------------

----- Vamos esclarecer isto, vamos voltar atrás e esclarecemos o que for preciso. --------

----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra,

colocou a seguinte questão: -----------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, é só um ponto rápido à Mesa. -------------------------------------

----- Eu suponho que se isso for permitido no Regimento, podia ser quem vota numa

solução, quem vota numa proposta, quem vota na outra, e quem se abstém. E

resolvíamos o problema.” --------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------

----- “Senhor Deputado, não temos o método da votação alternativa é o método de

votação sucessiva, e é por ordem de entrada. Eu penso, em todo o caso, que facilitaria

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os trabalhos se houver consenso da Assembleia, votarmos primeiro a proposta da

Câmara porque se a proposta da Câmara for votada é prejudicada a outra e escusamos

de pedir à Comissão retirar uma coisa que, neste momento, a Comissão não pode fazer

porque não está reunida. ---------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, aquilo que eu vou perguntar e é uma questão, agora, logística e de

procedimento, é se o Plenário concorda que demos prioridade à votação da proposta

da Câmara? ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado Luís Newton. -------------------------------------------------------------

----- Quando toda a gente está de acordo com as alterações, estes problemas não se

põem, mas como há aqui contradição é preciso ver isto com cuidado.” --------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “A alteração, a outra, a da Comissão, foi feita por proposta da Câmara Municipal.

E o que me parece, a Comissão quando avançou com a proposta…” -----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------

----- “Mas eu perguntei se alguém objetava a que se votasse ao mesmo tempo. Como

ninguém objetou, e agora, estou a fazer a mesma coisa, estou a perguntar se alguém

objeta a que a gente vote, em primeiro lugar, esta proposta que a Câmara apresentou,

depois, se ela for aprovada…” --------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra,

interrompeu: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu acho que é de primeiro, votar a proposta da Comissão e depois a da Câmara,

seguindo, já, o que a Senhora Presidente estabeleceu.” ---------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------

----- “Se votarmos, primeiro, a da Comissão, vamos obrigar a Assembleia a

pronunciar-se contra o que disse a Comissão. Mas, enfim, é o que quiserem. Não vale

a pena perdermos mais tempo com isto. ---------------------------------------------------------

----- Vamos votar a da Comissão, primeiro? Então, eu tenho de perguntar, tenho de

perguntar e tenho de pôr à votação a ordem de votação. Peço desculpa, Senhor

Deputado Luís Newton, deixe-me lá conduzir os trabalhos. ---------------------------------

----- A pergunta é esta, Senhores Deputados, a Mesa pergunta se podemos votar, em

primeiro lugar, a proposta, agora, apresentada pela Câmara? Não há votos contra, nem

abstenções, foi aprovada por unanimidade. Portanto, em primeiro lugar, vamos votar

primeiro, a proposta da Câmara. ------------------------------------------------------------------

----- A proposta da Câmara é a que está no ecrã, (alterar o nº 5 do artigo 12º), e

que é; “o processo é iniciado no prazo de cinco dias úteis”. Vamos pôr à votação esta

proposta. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE,

CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A proposta da Câmara - alterar o nº 5

do artigo 12º - foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------

----- Senhores Deputados entendo eu, depois do que o Senhor Vice-presidente disse,

que a proposta da Comissão fica prejudicada e, portanto, não é sequer votada pela

simples razão de estar prejudicada. Alguém se opõe a este entendimento? Se ninguém

se opõe podemos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Deputado Sobreda Antunes tem uma dúvida e, portanto, pede a

palavra.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “É em relação à proposta da 2ª Comissão. O que a Comissão propõe não é o novo

número cinco, é um novo número a seguir ao número cinco. Portanto, será o número

seis, ou algo do género. Elas nem sequer são em alternativa. --------------------------------

----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------

----- “Senhor Deputado, certo, correto, elas não são em alternativa e obrigada pela sua

ajuda na condução dos trabalhos. Mas em todo o caso, houve aqui, um facto e que foi

a Câmara ter dito que não tem cobertura legal, e por isso, a Mesa entende que está

prejudicada. Alguém se opõe a este entendimento? -------------------------------------------

----- A proposta da 2ª Comissão, na sequência do esclarecimento do Senhor Vice-

presidente está prejudicada em termos de poder ser votada, não é por causa do prazo,

também, mas não é só por causa do prazo, está prejudicada porque não há cobertura

legal para as Juntas de Freguesia iniciarem este procedimento de restrição pois as

Juntas de Freguesia não têm competências para isto. ------------------------------------------

----- Muito bem, sendo assim, esta proposta da 2ª Comissão cai, não é votada. -----------

----- Vamos passar ao artigo seguinte que é o artigo 15º, e há uma proposta de

aditamento apresentada pelo PSD no sentido de juntar às entidades fiscalizadoras as

Juntas de freguesia com competências delegadas para o efeito, peço desculpa, saltei,

aqui, um slide, há propostas do BE para aditar uma nova alínea ao artigo 13º que é o

artigo das contraordenações. Correto? Estamos em condições de votar de votar esta

proposta do BE? Não estamos em condições de votar. O Senhor Deputado José

Franco pede a palavra.” ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Franco (IND) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- É para chamar a atenção que esta proposta está prejudicada pela não-aceitação da

proposta do BE relativa às lojas de conveniência.” --------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------

----- “Eu agradeço a vossa ajuda, e os próprios proponentes, também, consideram o

mesmo, portanto, esta está prejudicada, porque esta fazia referência ao artigo 7º a uma

alteração que não foi aprovada. Portanto, está efetivamente, prejudicada. -----------------

----- Vamos passar, agora, ao artigo 15º e há este aditamento proposto pelo PSD, e o

Senhor Vice-presidente tem a palavra.” ---------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -----------------------------------------------------

----- Em relação a este artigo 15º, a proposta do PSD, o entendimento que nós temos é

que não há necessidade que tem escrito no regulamento tratando-se de uma

competência própria da Câmara é sempre passível de ser feita a delegação, se

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estiverem reunidas as condições. Por princípio as Juntas de Freguesia, nesta fase, não

têm, ainda, condições para fiscalização, e aquilo que é um entendimento que nós

aceitamos é o princípio de que estando disponível a Câmara Municipal para fazer uma

experiência-piloto nestas matérias, se assim for encontrada vontade e disponibilidade

a colocação deste ponto, aqui, o que fará e cria uma expectativa sobre todas as Juntas

de Freguesia, mesmo aquelas que não se sentem, nesta fase, capazes para fazer esta

fiscalização. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- E, portanto, sendo uma competência própria da Câmara nunca será prejudicada

esta capacidade de fazer a delegação de competências.”--------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Com uma pequena correção, Senhor Vice-presidente, eu acho que as Juntas de

Freguesia que são muito flageladas por esta situação, sentem-se capazes de, e com

vontade como, aliás, já foi aqui várias manifestado, ir rapidamente para o terreno

iniciar processos de fiscalização. -----------------------------------------------------------------

----- De facto, a questão, aqui, tem a ver com o afirmar a possibilidade de as Juntas de

Freguesia, regulamentarmente, estarem previstas no âmbito da componente da

fiscalização. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- É, também, verdade o que diz o Senhor Vice-presidente que, no limite, a opção

poderá recair, ou não, porque a competência delegada é um exercício da Câmara

Municipal e, portanto, poderia se chegar, aqui, a uma discrepância no que diz respeito,

depois, à real eficácia da norma regulamentar. ------------------------------------------------

----- Havendo disponibilidade para o efeito, então somos de retirar, também, esta

alteração.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------

----- “O PSD, portanto, após os esclarecimentos que foram dados, retira a proposta,

portanto, ela não é posta à votação. -------------------------------------------------------------

----- Temos, agora, no número 2, há um aditamento do PSD, que era acrescentar nesta

unidade técnica contra o ruído de um representante da Junta de Freguesia com

competência delegada para o efeito e, já foi feito o esclarecimento, o sentido como é

que era designado este representante, seria designado pela Assembleia Municipal. ------

----- Portanto, é esse o sentido da norma, se ela vier a ser aprovada, era a dúvida que o

CDS tinha colocado. --------------------------------------------------------------------------------

----- Pergunto se estamos em condições de votar? Está prejudicada? ----------------------

----- A competência delegada, e de ainda não estar delegada, portanto, só depois.

Senhores Deputados, o que podermos sempre dizer, e é o espírito desta coisa, quando

houver competência delegadas nesta matéria, cá estarão os Senhores Deputados

Municipais para lembrar à Câmara que deve designar, pedir a designação, para esta

unidade de um representante das Juntas de Freguesia está prejudicada, não vai ser

votada. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar, agora, ao artigo 16º, o número 2. Houve uma intenção da 2ª

Comissão de reforçar a representação das Juntas e a representação dos moradores, e

de acrescentar a Associação da Hotelaria de Portugal. Eu interpretei a reforçar o

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Presidente das Juntas, onde estavam três por quatro, e a representar os moradores

onde estavam dois por três. Não sei se este reforço é considerado suficiente, mas para

não desequilibrar a composição de todo o conselho, limitei-me a acrescentar mais um.

----- Não há dúvidas, vamos pôr à votação esta redação, a proposta de alteração do

número 2 do artigo 16º, resultante do parecer da 2ª Comissão. ----------------------------

----- O Senhor Vice-presidente tem alguma coisa a acrescentar? Não tem. ----------------

----- Vamos votar. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,

PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A proposta de alteração do

número 2 do artigo 16º foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------

----- Finalmente, temos uma última norma que o PSD propõe, a revogação do

Despacho nº 140, sei que o Despacho nº 140 tem grandes defensores, vamos lá ver

qual vai ser o destino. ------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Vice-presidente.” --------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o

seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, há também, aqui, um problema de entendimento jurídico, a

Câmara entende e, aliás, perante uma pergunta muito objetiva que me foi colocada na

Comissão a propósito da discussão desta proposta, a Câmara entende que o Despacho

nº 140, portanto, é revogado com este regulamento de horários e, portanto, existe da

Câmara Municipal o entendimento que o ponto 1 revoga o anterior regulamento, e

quando se refere quais é que são, no ponto 3, os despachos posteriores ao regulamento

que continuam em vigor, apesar deste regulamento, são referidos dois, ao ser referido

Despacho nº 140, a forma como foi que feita a proposta jurídica deste regulamento é

que desta forma acaba por revogar o Despacho nº 140. Portanto, é do entendimento da

Câmara, e volto a dizer, já tinha dito, também, em reunião de Comissão, que

Despacho nº 140 foi revogado com esta proposta de regulamento.” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------

----- “Senhor Vice-presidente já agora, esclareça-me o Despacho nº 140 baseava-se na

Deliberação nº 87 da Assembleia Municipal? Presumo isso.” -------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------

----- “Não, não. O Despacho nº 140 foi um despacho que foi feito, diz respeito à

restrição de horários no Cais de Sodré, Bica e Santos e que, no nosso entender, ao não

constar do ponto 3, deste artigo, é naturalmente, revogado.” --------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Voltamos onde estávamos, Senhores Deputados. Portanto, a Câmara já expôs o

seu ponto de vista, o Senhor Deputado Luís Newton, ainda, quer vir dizer alguma

coisa, faça favor.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-presidente, sobre esta matéria há, obviamente,

várias leituras. Aquilo que se pretendia, sobretudo, era poder blindar essa vontade

implícita, transformando-a numa vontade explícita. Poder-se-á dizer que há matérias

no âmbito do próprio regulamento que já indiciam revogação desse despacho. Aquela

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proposta que nós, agora, aprovámos por parte da 2ª Comissão que disse que sugere a

criação de restrições específicas em determinados horários, já indicia que,

eventualmente, o despacho, agora, estamos a falar de elementos que em nada sai

prejudicado o regulamento, nós podermos explicitar a presença dessa revogação, não

prejudica, só acrescenta. --------------------------------------------------------------------------

----- E portanto, do nosso ponto de vista, não se perdia nada, só se poderia ganhar com

a inclusão dessa revogação. -----------------------------------------------------------------------

----- Também não se compreende, porque é que há resistência à colocação dessa

revogação explícita, portanto, não é nada do outro mundo, e eu diria que é mais uma

clarificação até do ponto de vista jurídico para ajudar a blindar aquilo que resulta do

anterior regulamento, e com os despachos acessórios aquilo que tem a ver com o novo

regulamento, mas no final do dia, é uma votação, não é, mas o nosso apelo era muito

nesse sentido. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste momento, há uma indicação implícita, acho que o regulamento ganhava

com uma referência explícita, não obstante o facto de já terem sido aprovadas, aqui,

algumas alterações ao regulamento que indiciam que isso poderia acontecer, mas no

entanto, também, podem reforçar. Por isso, eu acho que não se perdia.” ------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Senhor Deputado, ouvimos a sua explicação. Portanto, temos aqui uma posição

clara que o PSD tomou, temos uma posição diferente da Câmara Municipal, mas

vamos esclarecer isso na votação, naturalmente, vamos pôr à votação esta norma

revogatória. Portanto, os Senhores Deputados, agora, é que são detentores do poder de

decidir e é esse poder soberano que têm que eu vou fazer apelo, neste momento. --------

----- Vamos pôr à votação a proposta de aditamento do PSD da norma revogatória

do despacho nº 140/P/2014. Votos contra do PS, PCP, BE, PEV, PNPN, 6IND,

abstêm-se a Presidente para não influenciar os resultados, votos a favor do PSD, CDS-

PP, PAN e MPT. Portanto, não teve maioria, a proposta de aditamento do PSD da

norma revogatória do despacho nº 140/P/2014, foi rejeitada. ---------------------------

----- Mas de qualquer maneira, ficou, aqui, claro que o espirito da Câmara era revogar

o despacho e, portanto, se alguém vir o despacho a não ser revogado antes do

regulamento entrar em vigor, pode acontecer, mas depois do regulamento entrar em

vigor aí já tínhamos que chamara a tenção da Câmara. --------------------------------------

----- Senhores Deputados, antes de terminarmos esta parte dos nossos trabalhos, eu ia

sugerir, oralmente, uma recomendação relativamente simples que é a seguinte: uma

vez que isto é uma matéria complexa e o regulamento de horários foi, profundamente,

alterado com algumas destas normas que nós acabámos, aqui, de aprovar, eu atrevia-

me a sugerir que a Câmara fizesse uma revisão da redação final do regulamento, que

fizesse uma versão consolidada da redação final e que enviasse para conhecimento da

2ª Comissão e da Presidente da Assembleia e, depois, é que publicasse em Boletim

Municipal, porque, infelizmente, temos más experiência de regulamentos que são

publicados com versões que depois têm que ser ratificadas porque não foram

devidamente, revistas. Alguém se opõe a esta recomendação? Nem vale a pena pô-la à

votação, é uma boa prática e, portanto, agora cabe à Câmara consolidar a redação

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final. Falta, ainda, votar o resto. Senhor Vice-presidente, ainda, não acabámos. Eu

peço desculpa, o Senhor Primeiro-secretário está aqui a chamar à atenção, e com toda

a razão, nós votamos, apenas, as alterações, agora temos que votar as propostas

originais. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Vice-presidente, faça favor.” -------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu: -----------

----- “Acho que é só, antes mesmo da votação, agradecer o trabalho da Assembleia

Municipal, de todos os grupos municipais, independentemente da concordância, ou

não, das propostas em concreto, porque acho que foi um debate muito importante, e

esta proposta, a partir de agora, será nós seguiremos escrupulosamente esta

recomendação para que todos analisem a redação final, antes mesmo da publicação. ---

----- Muito obrigado a todos.” ---------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-presidente. -------------------------------------------------

----- Vamos ter que fazer, ainda, duas votações, uma votação do articulado todo que

eu penso que pode ser em bloco que não teve propostas de alteração e, depois, uma

votação final de tudo o que aprovámos para ratificar tudo aquilo que votámos, aqui. ---

----- Portanto, vou pôr à votação os artigos que não tiveram alteração, e que vinham

em anexo à Proposta nº 206/CM/2016, apresentados pela Câmara. Não há votos

contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PAN, PNPN e 6IND. Os artigos que não tiveram alteração foram aprovados por

unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- E agora, sim, a votação final global da Nova Redação do Regulamento de

Horários. Votos contra do BE, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP,

CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Nova Redação do Regulamento de

Horários foi aprovada por maioria. -----------------------------------------------------------

----- Uma declaração de voto do BE, muito bem, que fará, depois, a sua declaração de

voto, e terminámos esta parte dos nossos trabalhos com sucesso, pelo que, nos

congratulámos, também, uma declaração de voto do PCP, e também, já agora, fazer

uma referência expressa ao Presidente da 2ª Comissão que não esteve presente, hoje,

porque está ausente em férias, mas também, deu bastante contributo para podermos

chegar a este ponto dos nossos trabalhos, e portanto, agradeço o trabalho de todos.” ----

----- (A Declaração de Voto do BE não deu entrada nos serviços da Assembleia, até à

presente data). ---------------------------------------------------------------------------------------

----- (O PCP apresentou a seguinte Declaração de Voto): ------------------------------------

----- “O Grupo Municipal do Partido Comunista Português votou favoravelmente a

Proposta 206/CM/2016 - Revisão do Regulamento dos Horários de Funcionamento

dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços do Concelho

de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do Partido Comunista Português votou também

favoravelmente a generalidade das alterações propostas pela 2ª Comissão

Permanente - Comissão de Economia, Turismo, Inovação e Internacionalização, à

exceção da respeitante ao número 2 do artigo 5º. Considera o Grupo Municipal do

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Partido Comunista Português que o horário aplicável às esplanadas deve ser o

proposto pela Câmara Municipal de Lisboa (entre as 6 horas e as 24 horas), por ser

o mais adequado à menor perturbação possível dos moradores e ao seu descanso.” ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Senhores Deputados vamos passar, agora, às alterações ao regulamento geral de

estacionamento na via pública na cidade de Lisboa. Penso que este método de votação

que se usou para a Proposta nº 206/2016, não chegámos a fazer para a Proposta nº

154/2016, uma vez que as alterações à proposta nº 154/2016 são bastante mais

simples, há também um documento de apoio e, portanto, eu peço para se munirem do

documento de apoio, o ponto 3 da ordem de trabalhos, e dou a palavra à Câmara. O

Senhor Vereador Manuel Salgado prescinde da apresentação. Dou a palavra ao Senhor

Deputado Relator da 8ª Comissão, o Senhor Deputado José Alberto Franco.” ------------

----- PONTO 3 – APRECIAÇÃO FINAL DA PROPOSTA 154/CM/2016 –

ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO GERAL DE ESTACIONAMENTO NO

VIA PÚBLICA NA CIDADE DE LISBOA, APROVADA NA GENERALIDADE

EM 19 DE JULHO DE 2016, JUNTAMENTE COM AS PROPOSTA DE

ALTERAÇÃO APRESENTADAS PELA 8ª COMISSÃO, AO ABRIGO DA

ALÍNEA B), DO NÚMERO 1, DO ARTIGO 70º DO REGIMENTO;

2XGRELHA-BASE – 68 MINUTOS; --------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 154/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XII e

dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 8ª Comissão Permanente de Mobilidade e Segurança fica anexado

à presente Ata como Anexo XIII e dela faz parte integrante). -------------------------------

----- (A Proposta apresentada pela 8ª Comissão para alínea b), do número 2 do

artigo 6º, fica anexada à presente Ata como Anexo XIV e dela faz parte integrante). --

----- (As Propostas de Alteração do PAN para o Regulamento do Estacionamento

ficam anexadas à presente Ata como Anexo XV e dela fazem parte integrante). ---------

----- O Senhor Deputado Municipal José Alberto Franco (IND) no uso da palavra,

e na qualidade de relator do parecer da 8ª Comissão Permanente de Mobilidade e

Segurança, fez a seguinte apresentação: ---------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Secretários da Mesa, Senhor Vice-Presidente da

Câmara, Senhores Vereadores, Colegas Deputados e Cidadãos presentes. ----------------

----- A matéria deste ponto da ordem de trabalhos, como foi anunciado é da revisão do

regulamento geral de estacionamento e paragem na via pública o qual na sua redação

que está em vigor, foi aprovado pela Assembleia Municipal pela Deliberação nº

47/AM/2013, portanto, a revisão deste regulamento que foi proposta à Assembleia

Municipal por uma proposta, por uma deliberação, por conseguinte adotada pela

Vereação, pelo Executivo da Câmara Municipal. ---------------------------------------------

----- O relatório que está disponível e que foi preparado pela 8ª Comissão, dado que

ele é relativamente breve, eu peço licença para o ler de uma forma célere, se não

houver inconveniente, passarei a fazê-lo já de seguida: ---------------------------------------

----- Parte A, na sua sessão de 13 de Abril de 2016, a Câmara Municipal de Lisboa

aprovou por maioria, com 11 votos a favor do PS, Independentes e PCP, e 3

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abstenções do PSD e do CDS, a Proposta nº 154/2016 subscrita pelo Vereador Manuel

Salgado, visando aprovar e submeter à Assembleia Municipal de Lisboa, um conjunto

de alterações ao regulamento geral de estacionamento e paragem na via pública. --------

----- Recebida na Mesa da Assembleia geral a Proposta nº 154/2016, foi a mesma

agendada para discussão na generalidade na 115ª reunião ordinária, realizada na

semana passada, em 19 de Julho de 2016, o que ocorreu como previsto, tendo o

documento baixado, em seguida, à 8ª Comissão Permanente para parecer, antes de ser

submetida de novo ao Plenário, ou seja, para hoje. --------------------------------------------

----- Entretanto, foi esclarecido que o texto da Proposta nº 154/2016, submetida à

Assembleia Municipal foi revisto e já incorpora agora os contributos apresentados

pelo PSD, na vereação, e por ela aceites, como modificação ao texto inicial da mesma.

----- Por outro lado, deu entrada na Mesa da Assembleia Municipal, uma proposta de

alteração apresentada pelo PAN, que figura em anexo ao presente relatório, e que a 8ª

Comissão entendeu apreciar em conjunto com a Proposta nº 154/2016. ------------------

----- Parte B, as alterações ao regulamento contidas na Proposta nº 154/2016, visam no

essencial permitir a implementação de zonas de estacionamento de duração limitada

em toda a cidade, e a modificação dos limites das atualmente existentes, bem como

das zonas de acesso condicionado e, ainda, incluir a fundamentação das atuais

isenções ao regulamento. --------------------------------------------------------------------------

----- Parte C, no debate da proposta em plenário, que realizámos, aqui, na semana

passada, foi expresso uma concordância alargada dos deputados municipais que se

manifestaram em relação ao propósito principal das alterações, em particular, pela

possibilidade de se corrigirem distorções e constrangimentos que, atualmente, se

verificam no estacionamento automóvel em vários territórios da cidade, e de dar

resposta às insatisfações que são transmitidas, recorrentemente, por muitos moradores.

----- Todavia, foram também expressas, por alguns deputados municipais, dúvidas ou

reservas quanto ao papel previsto para as Juntas de Freguesia na criação de novas

zonas de estacionamento de duração limitada e quanto ao alcance de certas isenções

previstas. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Submetida a proposta à votação na generalidade, foi a mesma aprovada por

maioria, com votos a favor do PS, PCP, Bloco de Esquerda, PEV, PAN, PNPN e dos

Independentes, e abstenções do CDS, PSD e do MPT. ---------------------------------------

----- Parte D, no dia 20 de Julho de 2016, a 8ª Comissão Permanente procedeu à

audição dos serviços da Direção Municipal de Mobilidade e Transportes e da Empresa

Municipal EMEL acerca da Proposta nº 154/2016. A DMMT esteve representada pela

Senhora Diretora Fátima Madureira, pela Jurista Dr.ª Isabel Martins, enquanto a

EMEL foi representada pelo Administrador João Luís Dias. --------------------------------

----- As duas entidades ouvidas sublinharam que, em seu entender, as alterações ao

regulamento tem um caráter bastante limitado, pretendendo tão-só aumentar a

capacidade de resposta da EMEL às inúmeras solicitações das Juntas de Freguesia que

desejam ver implantadas zonas de estacionamento de duração limitada nos seus

territórios, ou corrigidos desequilíbrios no desenho das atualmente existentes. -----------

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----- Esclareceram, ainda, que não se introduzem quaisquer modificações nas isenções

e só se explicitam os seus fundamentos. --------------------------------------------------------

----- Intervieram no debate, colocando questões à DMMT e à EMEL, vários deputados

municipais, que eu me dispenso de enumerar e que fazem parte da 8ª Comissão. --------

----- A DMMT e a EMEL responderam às questões levantadas, admitindo poder ser

melhorada a alteração prevista para o artigo 6º do regulamento, sublinhando que se

quer criar um procedimento simples de criação de novas zonas de estacionamento,

mas de forma gradual e controlada, esclarecendo que as atuais isenções previstas para

os veículos da EMEL só são aplicáveis quando, os mesmos, se encontram em

operação. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Outros temas suscitados na Comissão, como seja, a política seguida em relação

aos veículos elétricos, a construção de parques de estacionamento dissuasores

articulados com os transportes públicos pesados e os espaços de estacionamento para

motorizadas e para bicicletas, não obtiveram respostas conclusivas por os

representantes da DMMT e da EMEL terem considerado que transcendem o atual

exercício de revisão do regulamento, não obstante tais questões serem contempladas

num futuro próximo. -------------------------------------------------------------------------------

----- Parte E, a Senhora Diretora Municipal de Mobilidade e Transportes

comprometeu-se a remeter à 8ª Comissão um novo texto para a proposta de alteração

ao artigo 6º do regulamento, suscetível de acolher a preocupação expressa por vários

deputados municipais de que as Juntas de Freguesia passem a ter um papel decisivo na

definição das novas zonas de estacionamento de duração limitada. Tal compromisso

da Senhora Diretora Municipal foi satisfeito por email de 21 de julho, endereçado ao

Presidente da 8ª Comissão, onde se sugere o seguinte texto para o dito artigo 6º,

dispenso de ler o artigo todo, a parte que é de facto, diferente e que vai ao encontro,

que tenta ir ao encontro das preocupações da 8ª Comissão, é a alínea b), do número 2,

onde se prevê como condição para a implementação das novas zonas de

estacionamento de duração limitada, prevê-se a emissão de um parecer favorável por

parte das Juntas de Freguesia competentes por um prazo máximo de quinze dias úteis

a contar da data da notificação para o efeito. ---------------------------------------------------

----- Portanto, este foi o texto que a 8ª Comissão recebeu logo a seguir à reunião que

realizou, após o que tendo em conta o enquadramento regimental da apresentação de

propostas na especialidade, portanto, em que para a sessão de hoje, era necessário que

houvesse propostas distribuídas, atempadamente, aos Senhores Deputados, tendo em

conta que esta reformulação da proposta da Câmara Municipal foi ao conhecimento

do Senhor Vereador Manuel Salgado, da Administração da EMEL e das juristas que

apoiam o processo, o Presidente da 8ª Comissão em uníssono com o relator,

encaminhou esta proposta à Mesa da Assembleia Municipal, solicitando que fosse

submetida à Sessão Plenária de hoje, como alteração na especialidade. --------------------

----- Parte F, os Grupos Municipais e Deputados Independentes representados na 8ª

Comissão, recomendam que a Proposta nº 154/2016, com as alterações incorporadas,

aquelas que mencionei, e as propostas do PAN que, entretanto, foram presentes, sejam

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todas elas submetidas a votação final no Plenário reservando, para esse momento, a

expressão do seu sentido de voto. ----------------------------------------------------------------

----- Este relatório foi aprovado por unanimidade. ---------------------------------------------

----- Sem querer tomar muito mais tempo à Assembleia, porque a ordem de trabalhos

ainda longa, gostava só de sublinhar, e já sei que o Senhor Presidente João Pinheiro

prescinde de intervir, e pediu-me que, enfim, aquilo que houvesse de útil a transmitir,

que o fizesse, agora, portanto, a 8ª Comissão funcionou, de facto, num período muito

curto, portanto, neste intervalo, entre duas sessões plenárias da semana passada e a de

hoje, reunimos por duas vezes, ouvimos aquelas entidades que nos parecia

imprescindível ouvir, tomámos em conta, portanto, as preocupações que tinham sido

expressas, aqui no plenário, e estamos, no essencial, de consciência tranquila. -----------

----- Portanto, correspondemos a um anseio que muitos munícipes, através de muitas

vias, designadamente, dos seus representantes eleitos nas Juntas de Freguesia fizeram

chegar aqui a esta assembleia, no sentido de que, ainda se possível, durante a presente

sessão da Assembleia, este assunto fosse discutido e sujeito a votação, as condições de

discussão na especialidade não terão sido as condições ideais, mas a 8ª Comissão

espera, da parte da Assembleia, compreensão para o facto de que, nesta pressão de

tempo, dificilmente teria sido possível fazer diferente. ---------------------------------------

----- Relativamente às propostas que, na especialidade, o Partido PAN nos apresenta

esperamos que elas sejam vistas e votadas, na especialidade, conforme o guião que,

entretanto, a Mesa da Assembleia preparou, e que, à semelhança do que acabámos de

fazer para o regulamento dos horários, também, com base nesse guião, poderemos

com alguma ponderação, portanto, ver o que é que é, e o que é que não é aceitável

pela Assembleia, para consolidar este regulamento. -------------------------------------------

----- Para terminar, gostava de referir que esse mencionado artigo 6º que se for

aprovado, irá estabelecer o quadro regulamentar através do qual, no futuro, as zonas

de estacionamento de duração limitada poderão expandir-se para os territórios da

cidade onde ainda elas não foram implementadas, essa expansão, esse crescimento,

que conforme eu acabei de ler, é firme convicção da Câmara que será um processo

gradual, portanto, a Câmara não que não se considera em condições, nem a EMEL, de

num momento para o outro, criar dezenas de novas zonas de estacionamento de

duração limitada. Quando houver iniciativa, nesse sentido, está previsto, neste projeto

de artigo 6º, que haja comunicação a esta Assembleia Municipal, eu gostava de

lembrar isto porque se até ao presente o regulamento que está em vigor, e o mapa das

zonas de estacionamento de duração limitada que figura em anexo, foram deliberados,

corretamente, por esta Assembleia, também, estas futuras zonas se eventualmente,

vier a haver algum caso mais controverso, mais delicado, nós teremos sempre a

possibilidade de intervir desde que, façamos essa reação em tempo útil, a partir do

momento em que, nos seja comunicado a intenção de criar determinadas novas zonas

e, portanto, se for caso disso, e se a Assembleia quiser intervir de uma forma expressa

nalgum caso futuro, evidentemente, que a competência geral, desta Assembleia,

afirmar-se-á, se for caso disso, e se for necessário. E, é tudo. --------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: ------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Agradeço, também, à 8ª Comissão o trabalho que fez com este regulamento, as

audições e toda a análise que fizeram desta matéria. ------------------------------------------

----- Temos dois Senhores Deputados inscritos. ------------------------------------------------

----- Eu propunha ao Senhor Vereador, como nós temos um guião que eu suponho que

o Senhor Vereador também tem, com as alterações na especialidade, tem o documento

base para a votação, eu propunha que, depois, artigo a artigo, se entendesse dever

dizer alguma coisa, antes de votarmos cada artigo, dou-lhe a palavra.” --------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------

----- Breves cumprimentos, dado o adiantado da hora, a todas e todos os colegas

Deputados Municipais, Senhoras e Senhores Vereadores, Público presente. --------------

----- Nada a acrescentar à descrição já efetuada pelo relator José Alberto Franco sobre

os trabalhos da Comissão, apenas a elogiar e a agradecer o empenho, também, de

todos os deputados que integram a 8ª Comissão que se disponibilizaram para um

conjunto sequencial de reuniões, exigente. -----------------------------------------------------

----- A minha intervenção vai, apenas, no sentido de explicitar a motivação e a

apreciação do Partido Socialista, sobre as propostas na especialidade apresentadas no

PAN. Consideramos que, relativamente, à proposta de alteração ao artigo 4º, número

2, de impor a duplicação de sinalização horizontal e vertical, em todos os pontos, se

trata de uma duplicação despesa. Entendemos é que deve existir informação, ou

vertical, ou horizontal, e que essa informação deve estar disponível, são recursos

financeiros que se libertam para outras funções da EMEL, eventualmente, para outros

recursos do município. -----------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente ao artigo 6º, quando o PAN propõe a aplicação da consulta

pública prevista para uma alteração de regulamento, consideramos que é desadequada

porque o que estamos a falar é a alteração de uma zona tarifária, não abrangida, que se

faz através de um ato administrativo, e que esta proposta de regulamento que aqui

estamos a apreciar, já foi ela por si precedida de um procedimento de consulta

pública, como consta da proposta da Câmara que nos foi remetida. O que está, aqui,

em causa, em termos concretos e, segundo a proposta do PAN, um mês e meio de

consulta pública, ou segundo a proposta que nos vem, apreciação formulada pela

Câmara de três semanas. Considerando a urgência manifestada por vários Presidentes

de Junta, de que esta alteração de zonas tarifadas é urgente para que se possa regular

zonas desreguladas e em absoluta carência de estacionamento ordenado, consideramos

que a proposta da Câmara deve prevalecer, relativamente, a esta nova sugestão do

PAN. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ainda, relativamente, ao quadro de isenções de que o PAN, também, propõe

alteração, nós consideramos que os esclarecimentos que foram prestados na 8ª

Comissão, pela Senhora Doutora Fátima Madureira, e pelo Engenheiro João Paulo

Dias, em representação da Câmara Municipal de Lisboa, e em representação da

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EMEL, foram suficientes no sentido de evidenciar que algumas das preocupações que

levavam a falar no tema das isenções, já estavam acauteladas no regulamento, em

vigor e que, eventualmente, numa futura revisão mais global, deste regulamento, estas

e outras propostas de alteração de isenções terão que constar, todas elas, numa nota

justificativa com enquadramento financeiro, como, aliás, a lei exige. ----------------------

----- É apenas, e só, para explicitar estas motivações.” ----------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Membros Deputados da Assembleia,

Senhoras e Senhores Deputados da Assembleia, Membros do Público aqui presente. ---

----- Senhora Presidente, eu não podia deixar passar este dia, e este momento, sem

manifestar uma enorme congratulação pelo facto de estarmos à beira de aprovar este

regulamento. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Parte daquilo que foi o esforço de descentralização que a Câmara Municipal de

Lisboa tem assumido com a reforma Administrativa desde 2013, tem sido sobretudo

na ideia de poder reforçar aquela capacidade de intervenção no local e essa

capacidade de intervenção no local tem uma dimensão esquizofrénica com o quadro

de competências atuais, tem sido, em vários momentos, as Juntas de Freguesia em

articulação com os vários serviços municipais, e com serviços não, exclusivamente,

municipais, como é o caso da própria EMEL, em encontrarem soluções àquelas que

são as principais ansiedades da comunidade, que todos os dias, procuramos servir. -----

----- Também, não é menos verdade, que têm sido várias as propostas que as Juntas de

Freguesia têm feito, e a Junta de Freguesia da Estrela também isso não lhe é

indiferente, e também tem várias propostas feitas junto da EMEL, que a informação

que temos é que, enquanto houvesse uma maior abrangência na capacidade de

intervenção da própria EMEL, e um alargamento das competências que estão

previstas no seu regulamento, dificultavam a operacionalização dessas medidas e

desses projetos, fossem eles projetos, perfeitamente, normais, ou projetos mais pilotos

como algumas Juntas arrojadas gostam de apresentar. Mas a verdade é essa, a verdade

é que sem podermos fazer esta alteração, sem podermos começar a dotar o

regulamento com estes novos mecanismos que permitem, à EMEL, agilizar um

conjunto de operações que, inclusivamente, com próprias Juntas de Freguesia,

continuaríamos coxos. E, portanto, hoje é um dia muito importante os custos, tanto

hoje é um dia muito importante, e gostaria muito de congratular a Assembleia

Municipal por estar, já, nesta fase final, congratular, também, a EMEL e a Câmara

Municipal por terem estado a desenvolver este esforço que, do nosso ponto de vista,

nós achamos sempre que tudo é pouco, só peca por estar a demorar, mas são os

procedimentos, legalmente instituídos, e portanto as alterações a esses prazos,

obrigam. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- E portanto, a mensagem é, sobretudo, de congratulação e de alguma esperança

porque, a partir de agora, ou a partir do momento em que entre em vigor, o

regulamento, isto é já o entusiasmo a falar, a partir do momento em que entre em

vigor o regulamento, as Juntas de Freguesia estão, ainda, mais capacitadas para

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continuar a poder propor soluções, em parceria com a EMEL, em parceria com a

Câmara Municipal, para resolver aqueles pequenos grandes problemas que

diariamente, assolam, e o estacionamento, e agora no caso em particular da Freguesia

da Estrela, o estacionamento é de facto, uma das nossas principais preocupações, as

soluções para estacionamento têm sido um dos nossos principais desafios, e ver agora

a EMEL dotada de mais ferramentas para nos poder ajudar a resolver o problema, ou

nós podemos ajudar a EMEL a resolver o problema, é muito gratificante, Senhora

Presidente. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado e boa tarde.” ----------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- De facto, houve um período muito curto para discussão desta proposta, aprovação

na generalidade, foi há poucos dias. As Comissões fizeram um bom trabalho em

tempo recorde, das audições com a EMEL e com a DMMT e, portanto, o trabalho foi

feito, e estamos em condições de fazer a votação final. Em particular, esta alteração

refere-se a dois pontos, fundamentalmente, um que se relaciona com a fundamentação

das isenções e, portanto, aí não temos nenhum registo fazer, mas tem um outro ponto

fundamental que se prende com a implementação de zonas de estacionamento de

duração limitada, em toda a cidade, assim como, o alargamento e a definição das

zonas de acesso condicionado. --------------------------------------------------------------------

------ Há também um fator fundamental que atravessa esta alteração ao regulamento

que é a inclusão das Freguesias nesta discussão e, portanto, a necessidade de as destas

estruturas, destas autarquias, se envolverem nesta discussão e terem uma voz

importante e isso saudamos, porque, de facto, é uma das posições que o Bloco tem

defendido, que está incluída na descentralização e na reforma administrativa. -----------

----- E, portanto, gostaríamos de dizer sobre isto e a crítica fundamental que deixamos

a esta alteração prende-se com uma questão de princípio de base, de fundamento, da

própria gestão da mobilidade urbana, em Lisboa. A questão da mobilidade é um dos

pilares fundamentais da gestão da cidade, do seu planeamento, da forma como se olha

para a cidade e como se pode transformá-la, e a opção do município tem sido deixar

esses instrumentos na mão de uma empresa municipal. --------------------------------------

----- Naturalmente, que achamos que os instrumentos devem existir, alargar a

implementação de zonas de estacionamento de duração limitada na cidade, pode ser

um bom princípio, o problema é que essas ferramentas não estão nas mãos do

executivo, mas sim de uma empresa municipal, e essa lógica associada, naturalmente,

à rentabilidade que tem de ser uma das preocupações da EMEL, cria uma gestão que

pode deformar os princípios da mobilidade urbana. E, portanto, a articulação com

transportes públicos, a utilização das definições das zonas de estacionamento que

deveriam ser um instrumento fundamental para condicionar e para promover formas

de mobilidade na cidade, de alguma forma saem fora do controlo do executivo

municipal, e é essa a crítica fundamental que deixamos a esta alteração e ao

regulamento e à lógica de mobilidade urbana.” ------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: ------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado Ricardo Robles. -------------------------------------

----- Não temos mais Senhores Deputados inscritos, e a Mesa queria chamar a atenção

que há um erro no documento de apoio à votação, no artigo 12º, na Proposta do PAN,

está aqui uma proposta de alteração à alínea b) e à alínea c), a proposta de alteração à

alínea b) nunca existiu, foi uma má interpretação minha da proposta do PAN.

Proposta à alínea b), é para eliminarem do guião porque não existe nesta proposta,

alínea b) do artigo 12º, proposta do PAN, que cortem e risquem para não haver

confusões. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu não fiz uma apresentação no ecrã para vermos ali, porque estas são mais

simples, penso que podemos seguir, diretamente, o guião e, como fizemos há pouco,

nós vamos pôr à votação as propostas de alteração primeiro, e depois votamos o que

não tem propostas nenhumas de alteração. E, vamos pôr, também, por ordem de

entrada e vou perguntando artigo a artigo, ao Senhor Vereador Manuel Salgado se tem

alguma coisa a comentar às propostas apresentadas. ------------------------------------------

----- O primeiro artigo que tem proposta de alteração é o artigo 4º, é uma aposta do

PAN no sentido da sinalização ser vertical e, também, no pavimento. Portanto, esta

proposta, o Senhor Vereador Manuel Salgado.” -----------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Muito boa tarde Senhores Deputados. -----------------------------------------------------

----- Eu comungo da posição assumida pelo Partido Socialista, e queria adicionar um

outro argumento, é que, exatamente, a execução do plano de acessibilidade pedonal

leva-nos a retirar o máximo de obstáculos dos passeios, e esta redundância de

sinalização, vertical e horizontal, e é exatamente ao arrepio do plano de acessibilidade

pedonal, que foi aprovado por esta Assembleia. -----------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Se não há mais ninguém inscrito, vamos começar a votação. --------------------------

----- Vou pôr à votação a Proposta do PAN de alteração do número 2 do artigo 4º,

do regulamento do estacionamento. Votos contra do PS, PSD, PCP, BE, PEV, PNPN

e 6IND, abstenções do CDS-PP e do MPT, votos a favor do PAN. A Proposta do

PAN de alteração do número 2 do artigo 4º foi rejeitada. --------------------------------

----- Passamos, agora, à Proposta do PAN de alteração da alínea a), do número 2

do artigo 6º. Chamo a vossa atenção que há um erro na proposta mas isso,

naturalmente, a redação final dava por ele, “zonas de estacionamento de duração

limitada”, “DL” e não “LD”, mas isso é uma gralha, está no número 1. Não é

alteração nenhuma, é uma gralha, mas isso, naturalmente, depois a redação final

retifica as gralhas. -----------------------------------------------------------------------------------

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----- Há uma proposta do PAN para alteração a alínea a), com o que está aí assinalado

a vermelho, e há uma proposta de alteração proposta pela 8ª Comissão, a alínea b), do

número 2.---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, vamos primeiro pôr à votação a Proposta de Alteração do PAN para

alínea a), do número 2 do artigo 6º. Está identificado, é o texto que têm no guião, a

vermelho, vamos pôr à votação. Votos contra do PS, PCP, PEV, PNPN e 6IND,

abstenções do PSD e CDS-PP, votos a favor do BE, MPT e PAN. A Proposta de

Alteração do PAN para alínea a), do número 2 do artigo 6º foi rejeitada. ------------

----- Vamos passar, agora, à Proposta apresentada pela 8ª Comissão para alínea b),

do número 2 do artigo 6º. -----------------------------------------------------------------------

----- Pergunto se o Senhor Vereador Manuel Salgado se quer pronunciar sobre esta

proposta?” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Só para dizer que estamos de acordo com o texto que foi encontrado, e que

responde, na nossa opinião, às preocupações que foram expressas na apreciação na

generalidade. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Vamos pôr à votação a Proposta apresentada pela 8ª Comissão para alínea b),

do número 2 do artigo 6º. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS,

PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta de alteração

apresentada pela 8ª Comissão para alínea b), do número 2 do artigo 6º foi

aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------

----- Vamos pôr, agora, à votação a Proposta de Alteração para a alínea c) do

artigo 12º, sobre as isenções, apresentada pelo PAN. É um aditamento, no fundo, para

os veículos da frota da Câmara sejam devidamente identificados “aquando em

serviço”, esta expressão é que foi aditada. ------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador não se quer pronunciar, vamos pôr à votação. Votos contra

do PS, PCP, PEV, PNPN e 6IND, abstenção do BE, votos a favor do PSD, CDS-PP,

MPT e PAN. A Proposta de Alteração para a alínea c) do artigo 12º foi rejeitada. -

----- Passamos à Proposta de Alteração para a alínea a), do número 2 do artigo

20º, apresentada pelo PAN. Votos contra do PS, PCP, PEV, PNPN e 6IND, abstenção

do BE, votos a favor do PSD, CDS-PP, MPT e PAN. A Proposta de Alteração para

a alínea a), do número 2 do artigo 20º foi rejeitada. ---------------------------------------

----- Já não há mais propostas de alteração, todas as outras já estão consideradas,

vamos pôr, agora, a proposta original, os artigos que não tiveram alterações, portanto,

a Proposta nº 154/CM/2016 já com estas alterações introduzidas. Não há votos

contra, abstenções do BE e do CDS-PP, votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, MPT,

PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº 154/CM/2016 foi aprovada por maioria. --------

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----- Senhor Vereador Manuel Salgado, a mesma recomendação da há pouco,

recomendamos uma cuidadosa verificação da redação final, e o envio à 8ª Comissão e

a mim, para vermos a redação final antes de ser enviada para Boletim Municipal,

antes de ser publicada em Boletim Municipal. -------------------------------------------------

----- O BE indica que irá apresentar uma declaração de voto.” ------------------------------

----- (A Declaração de Voto indicada pelo BE não deu entrada nos serviços da

Assembleia até à presente data). ------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu queria agradecer à 8ª Comissão e aos Senhores Deputados, o excelente

trabalho que fizeram e ter permitido que este regulamento fosse aprovado, nesta

altura, porque, como já aqui foi dito pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia da

Estrela, ele é particularmente, urgente. ---------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Só mais uma coisa, já agora, É conveniente, uma vez que ele altera várias

coisas, e nomeadamente, estas fundamentações todas, seria útil, provavelmente, que

fosse republicado o artigo, o regulamento quando a redação final fosse verificada, ser

publicado em Boletim Municipal com a republicação, para termos um só regulamento

e não criar dificuldades de interpretação a ninguém. ------------------------------------------

----- Vamos passar, agora, ao conto próximo ponto da ordem de trabalhos, a Proposta

nº 799/CM/2015, apreciação na generalidade do regulamento municipal do arvoredo. --

----- Pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação da proposta? O Senhor Vereador

Sá Fernandes quer fazer a apresentação da proposta? Não quer fazer a apresentação da

proposta. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste momento, não há parecer, não a parecer, uma vez que ela foi uma

apreciação na generalidade, houve, no entanto, pareceres jurídicos que foram pedidos,

quer ao Departamento Jurídico da Câmara, quer à ANAFRE, e há um projeto de

recomendação que eu distribui por todos os Senhores Representantes, no sentido de,

caso o regulamento mereça uma aprovação na generalidade, ele poder ter obras

profundas, digamos assim, em sede de especialidade para resolvermos as várias

questões que foram suscitadas. -------------------------------------------------------------------

----- De qualquer modo, eu agora vou abandonar a mesa, porque quero usar da

palavra, nesta matéria.” ----------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 4 – APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE DA PROPOSTA

799/CM/2015 – REGULAMENTO MUNICIPAL DO ARVOREDO DE

LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DA ALÍNEA A) DO

Nº 1 DO ARTIGO 70º DO REGIMENTO E AO ABRIGO DO DIPOSTO NO Nº

7 DO ARTIGO 112º E NO ARTIGO 241º DA CONSTIUTIÇÃO DA

REPÚBLICA PORTUGUESA, NOS ARTIGOS 135º E SEGUINTES DO

CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, E DA ALÍNEA G) DO

Nº 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS

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PUBLICADO EM ANEXO À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO;

2XGRELHA-BASE – 68 MINUTOS; --------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 799/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XVI e

dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer do Departamento Jurídico da Câmara Municipal de Lisboa fica

anexado à presente Ata como Anexo XVII e dela faz parte integrante). -------------------

----- (O Parecer da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, fica anexado à

presente Ata como Anexo XVIII e dela faz parte integrante). -------------------------------

----- (A Recomendação nº 02/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XIX e

dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Helena Roseta (IND) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu depois, irei para o meu lugar no final das intervenções, mas dizer-vos o

seguinte, Senhores Deputados, eu penso que este regulamento é necessário, mas

precisa de obras profundas, porque ele não está corretamente, na minha opinião,

evidentemente, não está corretamente compatibilizado com a delegação de

competências, nem é a delegação de competências, ele não está corretamente

compatibilizado com as competências próprias das Juntas de Freguesia criadas pela

Lei nº 56/2012. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Em minha opinião, o regulamento tem que ser modificado e, naturalmente, a

Mesa tinha aqui dois caminhos; era devolver o regulamento à Câmara a dizer para

corrigirem porque isto está bem, ou aceitar o desafio de corrigirmos o regulamento em

sede de Assembleia Municipal. Uma vez que isto esteve vários meses na Comissão e

desculpem usar uma metáfora jornalística, uma metáfora futebolística, “uma vez que a

bola está do lado de cá, eu acho que a devemos manter no lado de cá”, porque temos

capacidade política e competência necessária para fazermos deste regulamento um

bom regulamento. E, portanto, acho que a Assembleia Municipal pode assumir essa

responsabilidade e, naturalmente aquilo que eu peço e a recomendação que eu faço é

que todos os Senhores Deputados e neste caso, em particular, os Senhores Presidentes

de Junta que deem um contributo importante e necessário no regulamento sobre esta

matéria, nós tínhamos o que são princípios gerais, assumidos por toda a gente, o que

são regras que se aplicam espaços verdes estruturantes que são da competência da

Câmara, e que para os espaços verdes que não são estruturantes que são competência

própria das Freguesias, as Freguesias definirão as suas regras desde que obedeçam,

naturalmente, aos princípios gerais que têm de ser igual para todos, porque em matéria

de arvoredo e de património vegetal não há os meus, os teus e os nossos, há o que é de

todos porque o ambiente é todos e, portanto, temos que ter aqui uma boa articulação e

uma compreensão de que esta matéria diz respeito a toda a gente, e que é necessário

esta concordância. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Nós temos perfeita consciência que há matérias aqui muito sensíveis e temos tido

casos de protestos públicos relacionados com podas, relacionados com abates, mas eu

penso que se ficar bem, claro, quem manda em quê, o regulamento será um bom

regulamento. Concretamente, quem é que pode autorizar o abate de uma árvore? Se

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for num espaço verde estruturante, no meu ponto de vista, naturalmente, o Presidente

da Câmara, ou em quem ele delegue. Se for num espaço verde não estruturante, terá

que ser o Presidente da Junta, ou em quem ele delegue. Não pode é acontecer um

abate de árvore, porque uma empresa que tinha um trabalho adjudicado resolveu

abater a árvore. É este tipo de sensibilidade que eu acho que é importante

introduzirmos na redação do regulamento, termos isto em conta e, portanto, gostaria

até, caso o regulamento mereça a aprovação na generalidade, gostaria até que na

especialidade, a coordenação do trabalho terá que ser feita para a 4ª Comissão, mas a

1ª e a 5ª Comissão também dessem uma vista de olhos por este regulamento e também

dessem o seu contributo, porque são duas comissões que acompanham, de muito

perto, o problema da descentralização administrativa, as competências das Juntas e,

nesta matéria, não há dúvida que é uma matéria em que há competências das duas

entidades, quer da Câmara, quer, dos dois níveis de autarquias, quer da Câmara, quer

das Juntas de Freguesia.----------------------------------------------------------------------------

----- A questão do meu ponto de vista, não é jurídica, é política e nós somos um órgão

político, e é por isso que estamos aqui, e é por isso que eu entendo, temos a bola do

lado de cá, vamos deitar mãos à obra, e gostaria que a Assembleia viabilizasse a

passagem do regulamento para podermos fazer obras, no mesmo. Se a Assembleia

entender de outra maneira, naturalmente, o processo volta à estaca zero. Seja como

for, é esta a posição que eu vos queria transmitir, e é um pouco este o sentido daquilo

que eu digo na recomendação que apresentei. --------------------------------------------------

----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra,

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhor Presidente em exercício, Senhora Secretária, Senhores

Vereadores e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------------------

----- Nesta discussão na generalidade sobre o Regulamento Municipal do Arvoredo de

Lisboa, Os Verdes tecem apenas algumas considerações, sendo que, posteriormente,

na Comissão de Ambiente, teremos oportunidade de aprofundar alguns aspetos. --------

----- Reconhecemos a importância da existência de um regulamento para o arvoredo,

razão pela qual votaremos a favor da proposta apresentada para que possa ir à

comissão para ser trabalhada, aprofundada e melhorada, pois há algumas questões que

precisam de ser revistas e, apesar de o regulamento resolver alguns problemas, precisa

de ir mais longe. -------------------------------------------------------------------------------------

----- No entanto, este regulamento mostra-nos algumas incoerências e fragilidades da

transferência de competências da Câmara para as Juntas de Freguesia, cenário para o

qual Os Verdes alertaram desde o início. --------------------------------------------------------

----- Esta proposta acaba por ser o reconhecimento de que algo falhou porque primeiro

fez-se a transferência de competências e depois para tentar resolver algumas questões,

apresenta-se um regulamento, que mesmo assim é suscetível de vir a manter alguns

conflitos entre os diferentes órgãos autárquicos. -----------------------------------------------

----- Neste contexto, não nos podemos esquecer que o próprio Senhor Vereador

admitiu, em Maio do ano passado, que desde que a intervenção no arvoredo transitou

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para as juntas tem havido casos de poda excessiva e falta de informação devida às

populações. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Também não nos podemos esquecer que algumas podas e abates levaram a que

muitos munícipes e organizações tivessem protestado por considerarem determinadas

intervenções duvidosas. ---------------------------------------------------------------------------

----- Sabemos que não é fácil para muitas juntas assegurar esta competência pois não

têm pessoal técnico nesta área, tendo que entregar as intervenções a entidades

externas, que muitas vezes acabam por ter outros interesses que não a correta

manutenção do arvoredo. --------------------------------------------------------------------------

----- E a questão que se coloca é: por que razão as árvores de alinhamento não se

mantiveram na Câmara? ---------------------------------------------------------------------------

----- Para Os Verdes o arvoredo da cidade de Lisboa deve ser gerido de forma

integrada, porque os espaços verdes e as árvores de arruamento das principais vias

constituem um todo, em termos ambientais, paisagísticos e históricos. --------------------

----- E a este propósito relembramos uma recomendação que apresentámos há cerca de

um ano sobre os procedimentos de manutenção e substituição de arvoredo. --------------

----- Esta recomendação surgiu porque em 2009 o município aprovou o Regulamento

Municipal de Proteção de Espécimes Arbóreos e Arbustivos mas, em 2012, através de

um Despacho, a Câmara Municipal de Lisboa instituiu um conjunto de normas e

procedimentos sobre a manutenção e remoção de árvores, onde se estipulava que

qualquer abate requeria a emissão de pareceres prévios e a obrigatoriedade de

antecipadamente se informar os cidadãos. Porém, com a passagem de parte da

manutenção do património arbóreo para responsabilidade das Juntas, isso não ficou

salvaguardo. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- O nosso objetivo era precisamente que fossem normalizados os procedimentos de

manutenção, poda, abate e substituição de árvores de grande porte, não apenas pela

importância ecológica do arvoredo citadino, como pela necessidade de existir,

previamente às operações de abate, o indispensável parecer da entidade com

competências fitossanitárias.” ---------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente em exercício, Senhores Vereadores, Senhor Vereador dos

Espaços Verdes. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta intervenção é particularmente difícil e extensa e, por isso peço a vossa

paciência, e sobretudo, sobretudo, também, o vosso contributo. ----------------------------

----- Pedem-nos que discutamos, hoje, um regulamento. ------------------------------------

----- São feitas, têm sido feitas intervenções que têm beliscado aquilo que é o esforço

por parte das Juntas de Freguesia em assegurar matérias que, de acordo com os

próprios relatórios da Câmara Municipal, não tinham qualquer tipo de intervenção em

alguns, há 8, em alguns, há 10, em alguns há mais de 12 anos. ------------------------------

----- Tem sido criada uma imagem pública de que as intervenções feitas pelas Juntas

de Freguesia roçam a incompetência de onde, também, roçará a ideia de que os

autarcas, por inerência, também, são eles próprios incompetentes. Foi aqui agora

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reafirmado que as próprias Juntas de Freguesia não dispunhariam, se calhar, dos

elementos técnicos, equipa técnica, ou meios técnicos para fazer este tipo de

intervenções, portanto, partimos do princípio que a intervenção tenha que ser só a boa

intervenção só pode ser feita por técnicos municipais ou técnicos de freguesia,

devidamente preparados. O que é um contrassenso se formos analisar, porque não é

nem a primeira, nem será a última vez que, no passado, a própria Câmara Municipal

concessionou, atribuiu gestão e manutenção de espaços verdes a entidades privadas,

algumas até de interesse público, o que me leva a concluir que, no final do dia, e para

não querer entrar em mais polémicas, o que aqui temos é uma clara situação de muita

falta de informação, não quer dizer desinformação, quer dizer, falta de informação. ----

----- Começamos, logo, por discutir um regulamento que não o pode ser. E aqui a

matéria é clara, aliás, até estranho, porque temos todo um Executivo a caminhar no

sentido de um mecanismo de descentralização e de desenvolvimento de delegação de

competências para reforçar a capacidade de intervenção territorial, melhorando com

isto, a cidade, essas competências acontecem no mecanismo de parceria entre os

serviços da Câmara Municipal e os serviços das Juntas de Freguesia, grosso modo, e

depois, temos um regulamento que é feito à arrepio de tudo isto, que é proposto, peço

desculpa à arrepio de tudo isto. Esta é a principal reflexão que temos que fazer porque

há uma coisa que estaremos, de certeza, todos de acordo, é que no final do dia, seja o

Presidente de Junta, seja o Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, seja o

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, seja o Deputado Municipal, a verdade é

que todos temos que estar a prestar o melhor serviço possível, e queremos fazer a

melhor intervenção possível no espaço público. Não há gosto nenhum, em autarca seja

ele qual for, em ter qualquer tipo de intervenção no espaço público que resulte numa

situação desastrosa ou irreversível, até do ponto de vista, já nem direi fitossanitário e

por isso, a questão que se coloca aqui, aquela que é, de facto, a principal questão que

se coloca aqui, é o que é que deveríamos estar aqui a discutir, hoje? -----------------------

----- O que entende o PSD é que nós não devíamos estar a discutir um regulamento,

porque, em primeiro lugar, há que compreender algo que é essencial e que, aliás, o

parecer da própria ANAFRE é muito claro, competências próprias, conforme as que

estão estipuladas na lei, não têm espaço para serem avaliadas juridicamente, em sede

de Assembleia Municipal, ou com rolamentos de Câmara Municipal. Não é que não

queiramos discuti-las em sede de Assembleia porque, para isso, estamos disponíveis,

porque como todos os Deputados Municipais, também, os Presidentes de Junta e os

Vereadores têm vontade em prestar um bom serviço. Agora, a questão, aqui, é

incontornável, não podemos estar a fazer um regulamento com estas características.

Podemos depois, como foi dito pela Senhora Presidente e, com a qual, eu concordo,

considerar as intervenções nos espaços que estão previstos como espaços estruturantes

para que o regulamento se abranja. Mas aí, eu tenho uma outra questão, o que é que

me garante que, hoje, o que é um espaço estruturante, não é, amanhã, um espaço não

estruturante? Porque é que, hoje, havemos de estar a desenvolver um regulamento

específico sobre matérias onde há, e não há, competências, quando amanhã, ele

poderá ser, ainda, mais ineficaz mesmo para os serviços camarários? E, por isso,

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pergunto, porque é que não fazemos, como sempre anunciámos que era importante ser

feito, porque estamos todos de acordo numa coisa, todos queremos fazer o melhor

trabalho possível, mesmo as intervenções que a Câmara Municipal de Lisboa não

fazia, e que as Juntas de Freguesia têm procurado fazer. Quando não se faz nada e, de

repente, se faz muita coisa, parece que há uma destruição do espaço verde. --------------

----- Houve erros, com certeza que os houve, e por isso é que eu acho que o

importante, aqui, não é discutir em regulamento, porque o regulamento vai perder

eficácia, presumivelmente, ao longo dos próximos quatro anos, porque é este o

sentido do mecanismo descentralização que nós temos estado, aqui, a implementar na

cidade de Lisboa. É este o exemplo, que queremos dar ao país, e agora, queremos

reverter isso, criando um regulamento muito restritivo da própria ação? Não, a

proposta, aqui, só pode ser uma, tem que existir um manual de boas práticas, o manual

construído em parceria entre a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia,

sedimentado em pareceres técnicos e não em opiniões, pareceres técnicos esses que

devem estar documentados e anexos aos ao próprio processo, é desta forma que nós

construímos uma verdadeira parceria para a cidade de Lisboa, Câmara e Juntas de

Freguesia, porque é esse o sentido da reforma administrativa, não é a divisão

partidária, nesta matéria, é o trabalho conjunto de todas as forças políticas em prol de

algo que é, de facto, significativo para todos, que é a nossa comunidade. -----------------

----- E com isto termino, e com este apelo não percamos tempo neste regulamento que

não o é, nem poderá ser, façamos já, construímos já, um processo em articulação com

a Câmara Municipal, e com os Deputados Municipais e com as Juntas de Freguesia

naquilo que é um manual de boas práticas que as Juntas de Freguesia assinam e se

comprometem a fazer cumprir de acordo com as especificações técnicas que estão,

inicialmente, previstas porque o problema não é o problema de querer fugir às

responsabilidades. Não. Nós queremos as responsabilidades, e queremos assumir

corretamente as responsabilidades. Não estamos é disponíveis para, porque, volta e

meia, há um erro como há em todo o lado, de repente, os Presidentes de Junta

passarem a ser tidos como incompetentes. Isso é que é inaceitável. E, por isso, nós

estamos cá para ajudar a construir, conforme, pediu a Senhora Presidente, vamos

construir esse manual de boas práticas, vamos construi-lo com a Câmara Municipal,

com o Senhor Vereador, vamos dar-lhe força de lei com a nossa assinatura, com

assinatura dos Presidentes de Junta, com a assinatura da Câmara Municipal, com o

envolvimento da Assembleia Municipal, e vamos dar eficácia, de facto, a um processo

que é fundamental que é este, de podermos fazer mais e melhor intervenção na cidade

de Lisboa, nomeadamente, numa área tão sensível como é a dos espaços verdes. --------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhor Presidente da Câmara,

Senhores Vereadores e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------

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----- Estamos, hoje, a apreciar a Proposta 799/CM/2015, Regulamento Municipal do

Arvoredo de Lisboa, apreciação, esta, apenas, na generalidade, e posterior discussão e

aprofundamento em sede de Comissão do Ambiente e Qualidade de Vida. ---------------

----- O PCP vota favoravelmente esta proposta, considerando que pode resolver alguns

problemas na cidade, mas não podemos deixar de manifestar a nossa posição muito

crítica, já manifestada em Câmara, onde apresentámos uma proposta de regresso dos

espaços verdes para a esfera de competência da Câmara Municipal de Lisboa, que

ajudaria a minorar alguns problemas que afetam a cidade, neste âmbito, proposta essa

que foi rejeitada. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Mais uma vez, reiteramos a nossa posição de discordância em relação à

reorganização administrativa da cidade, que permitiu intervenções no arvoredo, estou

a falar de podas e abates extemporâneos, em certas zonas da cidade, de forma muito

questionável, conforme os inúmeros protestos de organizações ambientalistas e de

cidadãos preocupados com estas matérias. ------------------------------------------------------

----- O Regulamento que hoje discutimos revela bem a incapacidade e dificuldade de

uma gestão do arvoredo, pois as Juntas não têm uma visão global necessária ao

desenvolvimento harmonioso entre os espaços verdes e as árvores de alinhamento. -----

----- O regulamento reconhece que as questões paisagísticas ligadas ao arvoredo vão

muito além de uma gestão da dimensão de uma freguesia. -----------------------------------

----- Os Vereadores do PCP propuseram que os espaços verdes significativos, para a

cidade (grande e média dimensão), e todas as árvores de alinhamento de vias,

voltassem a ser geridos pelos serviços municipais, pois entendemos que a gestão do

arvoredo se deve inserir no tal todo harmonioso e integrado da gestão dos espaços

verdes, respeitando-se, assim, as competências que Câmara e as Juntas têm nestas

matérias, cada uma com as suas capacidades e com os seus conhecimentos técnicos. ---

----- Em relação à recomendação apresentada pela Senhora Presidente da Assembleia

municipal de Lisboa, lamentavelmente, não podemos acompanhá-la, desta vez. Se é

para deixar situações, como refere a alínea b) da sua recomendação, que “as normas

técnicas tenham um carácter, sobretudo, pedagógico”, portanto, se é para deixar

situações como não vinculativas e sujeitas ao sabor das freguesias,

independentemente, das suas especificidades, para quê, então, um regulamento? Não

nos parece que esta questão seja respondida. --------------------------------------------------

----- O que isto deixa muito claro é a precipitação e a falta de cuidado com que foi

feita a reorganização administrativa da cidade. ------------------------------------------------

----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Presidente em exercício, Caros e Caras colegas

Deputados, Público presente. ---------------------------------------------------------------------

----- A proposta de Regulamento do Arvoredo deu entrada, nesta assembleia, em

dezembro último, e foi debatida na 4ª Comissão, tendo a Comissão comunicado à

Senhora Presidente que deveriam ser obtidos esclarecimentos jurídicos sobre a mesma

por haver divergências de opinião quanto à aplicabilidade deste regulamento às

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freguesias de acordo com a discussão, nessa comissão. Tratava-se de saber se há

matérias que são agora competência própria das freguesias, transferidas por via

legislativa pela reforma administrativa da cidade, se aplicavam, ou não, a

regulamentos municipais. -------------------------------------------------------------------------

----- A reforma administrativa da cidade de Lisboa é um processo pioneiro e, por isso

não está isento de conflitos ou da necessidade de afinação de pormenor que a melhor,

se a reforma administrativa pretendia simplificar a vida de todos e melhorar o serviço

às populações, não deve ser o espírito da reforma, colocada em causa por uma leitura

de autonomia, que não serve essa mesma população. A reforma não é isenta de

problemas e de situações novas, como é o caso presente, de um eventual conflito

regulamentar, e nessa situação, devemos socorrer-nos na da lei e das disposições que

o legislador quis garantir que encontrava solução a tal conflito. -----------------------------

----- A competência de gestão e manutenção de espaços verdes como outras passou na

modalidade de transferência por via legislativa, levada a cabo pela Lei 56, a ser uma

competência própria das freguesias lisboetas, mas não deixou de ser, por isso, uma

competência delegada de uma nova forma, não antes testada entre autarquias, mas

uma competência delegada. E é do facto de Lisboa ter um regime especial e único no

país, que resulta com própria a competência das freguesias de fazer a gestão e

manutenção de espaços verdes. Contudo, o facto de deterem esta nova competência,

não significa que, a partir daqui, apenas, as freguesias tenham capacidade de aprovar

regulamentos sobre ela. E o legislador garante isso mesmo, se a nossa lei fundamental

confere igual dignidade constitucional às autarquias locais, sejam elas municípios ou

freguesias, um princípio de igualdade que não as desnivela mas, antes, possibilita a

que ambas emitam normas regulamentares independente autónomas, o legislador veio

resolver potenciais conflitos regulamentares entre autarquias, dentro da mesma área

concelhia, quando, no Código de Procedimento Administrativo estabelece claramente

que os regulamentos municipais prevalecem sobre os regulamentos de freguesia, tal se

se configurarem normas especiais. ---------------------------------------------------------------

----- E é, neste princípio, de uma relação entre iguais, mas que deve ser harmoniosa no

contexto concelhio que apreciamos, hoje, este regulamento. ---------------------------------

----- É da leitura atenta da nossa Constituição e da lei que se conclui que em Lisboa,

não obstante o regime especial estabelecido com a reforma administrativa, não pode

ser pelo motivo de as freguesias lisboetas terem como própria uma competência, que

lhes fica atribuída de forma exclusiva a responsabilidade de produzir regulamentação

sobre ela, tornando o município incompetente para o fazer. Não entender, este

princípio, ou não querer aceitá-lo, é pôr em causa os reais objetivos da reforma

administrativa e querer fragmentar a cidade, em vez de melhor servir as populações

através da descentralização de competências. --------------------------------------------------

----- Chegados a este ponto, o Regulamento do Arvoredo reveste-se, hoje, de uma

importância que não é apenas ambiental para a cidade. Trata-se de garantir que em

todas as matérias, a cidade continua a fluir como um contínuo e que os munícipes não

encontram, de uma rua para a seguinte, um enquadramento diferente que ponha em

causa a identidade de cidade. ----------------------------------------------------------------------

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----- Sobre a proposta apresentada, e na discussão em especialidade que se seguirá, há

muito trabalho a fazer e devem garantir, certamente, um conjunto de alterações com

as quais esta assembleia se sinta confortável e que garantam às freguesias que o

exercício da sua autonomia, não é posto em causa, mas antes, que a sua posição em pé

de igualdade com o município, serve os interesses da população e mantém de pé

aquela que é uma das marcas identitárias da cidade de uma forma coerente e

harmoniosa. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Pedro Alves (PS) no uso da palavra, fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, procurarei ser muito breve

na medida em que muito já foi dito na intervenção anterior, mas é importante que

posicionemos naquilo que estamos a discutir no quadro daquilo que é um modelo

único de gestão municipal e de freguesias que temos a cidade de Lisboa, e que assenta

numa lógica de gestão partilhada. E, de facto, falou-se bastante da identidade e da

identificação, aliás, do que é estruturante e do que não é estruturante, mas há que fazer

uma distinção clara que nos tem que habilitar nesta discussão, que é o facto de termos

espaços que são por si mesmos estruturantes, mas também temos atividades e temos

as funções que são, também elas, por si mesmas, estruturantes. E por isso, pode

parecer contraintuitiva a ideia de que o arvoredo como um todo, foi transferido para as

Juntas de Freguesia, mas na realidade aquilo que é muito claramente explicitado na lei

e que foi a gestão deste arvoredo que foi transferida para as Juntas de Freguesia,

retendo, o município, um conjunto de competências relevantes na identificação do que

são opções estruturais, infraestruturais, sobre cada árvore, sobre cada mancha arbórea.

----- Agora, portanto, é inegável que tem que haver articulação entre o que faz o

município e o que fazem as freguesias nesta sede. E parece-me que a única coisa

razoável que todos nós aceitamos como óbvia, quando discutimos outros pontos, nesta

Assembleia, é a criação de um quadro de normas suficientemente claro, e

suficientemente bem balizado, que identifica o espaço de intervenção de cada um e

crie critérios únicos e uniformes para que a Cidade de Lisboa continue a ter um

tratamento uniforme, nestas matérias. -----------------------------------------------------------

----- E se é indiscutível que vamos discutir regulamentos sobre utilização do espaço

público para lá destas matérias dos espaços verdes, se é indiscutível e aceitamos o

princípio de que discutimos, por exemplo, a existência de regulamentos sobre os

mercados que também muitas vezes têm a sua gestão cometida junto das Juntas de

Freguesia, também deve parecer, igualmente, tranquilo e, igualmente, pacífico no

quadro da reforma que decidimos construir conjuntamente, que existem competências

partilhadas em matéria de espaços verdes e que carecem de uma intervenção

articulada entre estes dois planos de intervenção. ----------------------------------------------

----- E, de facto, é um caso único no país e, portanto, sublinhava apenas que a

ANAFRE não se pronunciou, explicitamente, sobre a questão jurídica, que é uma

questão jurídica nova e uma questão jurídica específica da Cidade de Lisboa em que

há como que, já usei esta expressão que não fazia na escola, mas eu penso que é

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aquilo que se traduz que é uma cogestão, ou uma gestão partilhada de muitos do que

são aspetos fundamentais da vida na cidade. ---------------------------------------------------

----- Inegavelmente, há muito aspetos que podem e devem ser trabalhados em sede de

especialidade, aquilo que mais atenção, normalmente, provoca é a matéria das podas,

aquela que mais, se quisermos, à flor da pele, que à flor da casca de árvore, promove

as reações dos munícipes mas, para além destas há muitas que podem ser melhoradas

na discussão na especialidade, nomeadamente, quanto à responsabilidade civil

emergente de danos provocados por arvoredo, matérias relativas à periodicidade e à

regularidade das ações de manutenção e de aferição do estado de conservação

fitossanitário das árvores, a própria conservação das mondas e das, melhor, a própria

realização de mondas e a conservação das caldeiras das árvores que, mais uma vez,

está indissociavelmente ligada à gestão do espaço público quotidiana e que, também

aí, mais uma vez, mobiliza-se, simultaneamente, município e freguesias e, por isso, há

aqui, um trabalho ainda longo a percorrer, mas um trabalho que, acima de tudo, hoje,

deve assentar no princípio de que um regulamento municipal nesta matéria em que

com toda a clareza, a lei, hoje, identifica qual a prioridade de intervenção e qual a

escala que deve ser reservada, quer ao município, quer às freguesias, deve ser

encarada não só com naturalidade, mas também como um aspeto em que melhoramos

a reforma administrativa. --------------------------------------------------------------------------

----- Discordaria, apenas, pontualmente, do facto que foi referido, quer nas

intervenções do PCP, quer do PEV, quanto ao facto de isto traduzir um falhanço da

reforma administrativa, bom, não é um falhanço, é apenas a necessidade de aprimorar

e de melhorar a qualidade dessa reforma. De facto, todos sabemos, nós Presidentes de

Juntas de Freguesia, se calhar mais do que qualquer um outro membro da Assembleia

Municipal, mas nós, na primeira linha bem sabemos muitas insuficiências e muitos

aspetos que vamos corrigindo ao longo, temos vindo a corrigir, ao longo destes

últimos três anos e que continuaremos, seguramente, a fazê-lo, e este é mais um

contributo que nos parece bastante positivo e que, também, vai no sentido daquilo que

é uma necessidade que os próprios munícipes da Cidade de Lisboa identificaram

como relevante, porque queiramos, ou não, os munícipes da Cidade de Lisboa não se

circunscrevem e não se limitam ao sítio onde vivem, eles percorrem a cidade e ao

fazê-lo também identificam disparidades que para si não são desejáveis e que, por isso

esta Assembleia Municipal pode, e deve, dar uma resposta e é nesse sentido que eu

acho que este é um passo muito positivo, muito favorável e, por isso, o voto favorável

é, não só uma boa resposta, mas uma resposta que melhora e que dá maior certeza, à

forma como, futuramente, vamos gerir esta situação. Nada pior do que manter o

regime de incerteza no qual temos vivendo, nomeadamente, por exemplo, ao nível de

responsabilidade civil e de indemnizações que ocorre em relação a uma árvore que

pode ter sido transferida com o estado de conservação fitossanitário que não é

adequado, e que, muitas vezes, pode criar um limbo, quer para aquele que é lesado por

uma ocorrência, quer para as próprias Juntas de Freguesia e para o Município que não

tem uma resposta a clara a dar aos seus cidadãos. Pelo menos essa é uma valia que já

justificaria um voto a favor. ----------------------------------------------------------------------

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----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra,

referiu o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- A Presidente Helena Roseta vai retomar os trabalhos para a votação, mas

aproveito que estou a conduzir os trabalhos, e queria só deixar uma nota é que eu sou

sempre solidário com todas as decisões da Mesa mas, também, sou sempre coerente

com as afirmações que fiz em sede de comissão e, portanto, eu não queria deixar de

dar uma nota que não me revejo no entendimento jurídico que foi feito e, ao mesmo

tempo, também não me revejo nas críticas que são feitas à gestão das freguesias, tendo

sido um participante ativo nessa reforma administrativa da cidade, não ficava de bem

comigo próprio, se não dissesse isto.” -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: ------

----- “Senhores Deputados, chegado a este ponto dos nossos trabalhos, cabe-me pôr à

votação a proposta. ---------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Miguel Coelho pede a palavra. É uma interpelação à Mesa.” -

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (PS) no uso da palavra, fez a

seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------

----- “Era apenas fazer um apelo para que este regulamento descesse à Comissão, sem

votação. Era, apenas, este apelo que eu queria fazer.” ----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------

----- “Muito obrigado, Senhor Deputado. -------------------------------------------------------

----- Essa proposta não veio de nenhum Grupo Municipal, mas os Senhores Deputados

são livres de fazer propostas, aqui, em sede de Plenário e, portanto, a Mesa não se

sente autorizada para tomar uma decisão sobre essa matéria, vamos devolver a

questão ao Plenário. --------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, há uma proposta concreta do Senhor Deputado Miguel Coelho, no

sentido deste regulamento baixar à 4ª Comissão, sem votação, na generalidade. Está

entendido o que foi proposto? É uma baixa à Comissão sem votação na generalidade.

Está entendido isto e, portanto, eu vou pôr à votação, este, posso interpretá-lo como

um requerimento do Senhor Deputado Miguel Coelho, neste sentido. Não se opõem à

votação do requerimento. Vamos votar o requerimento do Senhor Deputado Miguel

Coelho. Votos contra de 20 Deputados do PS, PCP, BE, PEV e PNPN, abstenção dos

6IND, votos a favor do PSD, CDS-PP, PAN, MPT e de 16 Deputados do PS. Tenho,

agora que os somar, tenho que fazer por diferença. Há abstenções no PS? Não há.

Então tenho que fazer por diferença. Senhor Deputado, são 20 em princípio, são só os

da primeira fila, a contagem é feita por diferença, a bancada tem um ponto e depois

contamos as outras. --------------------------------------------------------------------------------

----- Eu sei que não é a mesma coisa, mas é assim que fazemos. Senhores Deputados,

vamos usar o procedimento que sempre usámos, há um sentido de voto da bancada e

nós tomamos esse sentido de voto, deduzimos a esses votos os votos que se

manifestem em sentido contrário, tem sido sempre este o entendimento porque senão

a bancada em que há votos diferentes ficaria com votos a menos e, portanto, tem sido

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sempre este o entendimento, é o mesmo entendimento que vamos ter, deixem-me só

fazer as contas e já proclamo o resultado. -------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, a Mesa vai anunciar os resultados: São 33 votos contra o

Requerimento Oral do Senhor Deputado Miguel Coelho. São votos contra do PS,

PCP, PNPN, PEV e BE. São 6 abstenções dos IND. Votos a favor são 36 do MPT,

PSD, CDS-PP, PS e PAN.O Requerimento oral foi aprovado por maioria. -----------

----- O Requerimento foi aprovado por maioria, pelo que está prejudicada a votação na

generalidade da Proposta de Regulamento, baixa à Comissão sem votação e resta

saber agora o que é que a Comissão vai fazer. -------------------------------------------------

----- Há uma Recomendação da Mesa, antes da Recomendação da Mesa na baixa à

Comissão, a Mesa tinha sugerido que isto baixasse à 4ª Comissão para coordenar, mas

com a 1ª e 5ª Comissões também a darem o seu contributo. Alguém objeta? Não há

objeções. Então a 4ª Comissão coordena e a 1ª e 5ª dão o seu contributo, e como não

há objeções não vale a pena pôr à votação. -----------------------------------------------------

----- Temos que pôr agora que pôr à votação a Recomendação 2/116, escrita, que eu

apresentei relativamente a esta matéria, e que foi retificada. Vou então pôr à votação a

Recomendação 2/116. Votos contra do PCP, PEV, e PSD. Votos de abstenção CDS-

PP e MPT. Votos a favor do PS, BE, PAN, PNPN e IND. A Recomendação 2/116 foi

aprovada por maioria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, nós temos hoje realmente uma Ordem de Trabalhos

bastante extensa, mas eu penso que já ultrapassámos o Cabo Bojador e que agora os

restantes pontos não são tão complexos na sua discussão, embora possam ser extensos

e para nos organizarmos são 19h 24m no meu relógio, penso que nós com esforço

conseguiremos terminar até às 21 horas. Chegando às 20h30m se nós virmos que há

muita matéria eu proporei uma interrupção dos trabalhos, é possível que não seja

necessário porque pode ser que isto seja mais rápido mas também não temos que estar

a votar à pressa, portanto, vamos fazer as coisas como deve de ser, é apenas para se

organizarem, em princípio pelo menos atá às 21h vamos, a menos que esteja muita

matéria e nessa altura interrompemos às 20h 30m para poderem comer qualquer coisa

e voltarmos a seguir. --------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir, vamos tentar fazer seguido e sendo assim temos agora à vossa

consideração a proposta 278/2016.” -------------------------------------------------------------

----- PONTO 5 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº. 278/2016 – CEDÊNCIA

DA UTILIZAÇÃO AO MUNICÍPIO PELO ESTADO PORTUGUÊS DO

IMÓVEL DESIGNADO PM 164/LISBOA – MANUTENÇÃO MILITAR – ALA

SUL, LOCALIZADO NA RUA DO GRILO, FREGUESIA DO BEATO, PELO

PRAZO DE 50 ANOS, APROVAÇÃO DA MINUTA DO AUTO DE CEDÊNCIA

E DE ACEITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA A REPARTIÇÃO DE

ENCARGOS E ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO ARTIGO 25º.

DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS PUBLICADO EM

ANEXO À LEI Nº. 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, BEM COMO DA ALÍNEA

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C) DO Nº. 1 DO ARTIGO 6º. DA LEI Nº. 8/2013, DE 21 DE FEVEREIRO, NA

REDAÇÃO ATUAL; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; -------------------------------- ----- Parecer da 1ª e 2ª Comissões Permanentes; --------------------------------------------

----- (A Proposta nº. 278/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XX e dela

faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer Conjunto da 1ª e da 2ª Comissões Permanentes sobre a proposta

278/2016 ficam anexados à presente Ata como Anexo XXI e dela fazem parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Agora pergunto eu se a Câmara Municipal quer apresentar a proposta? O Senhor

Vereador Manuel Salgado dispensa a apresentação. -------------------------------------------

----- Ela foi apreciada pela 1ª e pela 2ª Comissões Permanentes, os Relatores foram a

Deputada Municipal Ana Páscoa e o Deputado Hugo Xambre. Os Senhores Relatores

querem apresentar a proposta da Manutenção Militar? Dispensam a apresentação da

Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, vamos passar então às inscrições. Pergunto se há inscrições para esta

proposta? O Senhor Deputado Municipal do CDS/PP Diogo Moura quer inscrever-se

para esta proposta? Então faça o favor, é a altura.” --------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS/PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, também sendo muito telegráfico dizer que

obviamente que o CDS se congratula com a realização da Websummit em Lisboa no

próximo mês de novembro e que se estenderá até 2018, contribuindo obviamente

fortemente para o desenvolvimento económico da Cidade e para novas oportunidades

de negócio, aliás uma matéria que já vem do anterior Governo, na pessoa do Senhor

ex-Vice Primeiro-ministro Paulo Portas, que esteve particularmente empenhado, a par

do Senhor Presidente da Câmara Fernando Medina na captação deste evento

fundamental para a nossa Cidade e para a projeção dele. -------------------------------------

----- Quanto à proposta da cedência de utilização o CDS não concorda com os

princípios da mesma. Com efeito o Executivo Camarário pretende aceitar a cedência

de utilização ao Município do imóvel da Manutenção Militar- Ala Sul pelo total de

cerca de 7 milhões de euros e pelo prazo de 50 anos, a este valor acresce o

investimento em obras que será necessário efetuar e que está estimado em 9 milhões,

ou seja, trata-se de um investimento no mínimo de 16 milhões de euros para o

Município. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado e segundo a avaliação realizada por três entidades competentes, a

convite da Câmara, o valor atual de mercado é de 11,9 milhões, a opção por 50 anos e

o valor a investir não nos convence porque nesta matéria importa referir o seguinte: a

cedência do espaço tem apenas como horizonte temporal a realização do Websummit,

que como sabemos abrange uma parte mínima do prazo de cedência. ----------------------

----- O investimento que a Câmara fará no espaço e por apenas 50 anos traduz-se em

mais 4 milhões de euros acima do valor de mercado do imóvel. A zona oriental de

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Lisboa e em particular aquela em que se encontra o edifício da Manutenção Militar

exige uma requalificação e regeneração urbana que poderia passar entre outros por

encontrar soluções de habitação a preços acessíveis considerando simultaneamente o

objetivo de repovoar a cidade, dando oportunidades a muitos daqueles que não

conseguem aceder atualmente ao mercado imobiliário na capital. --------------------------

----- Esta opção, tendo como horizonte o Websummit é redutora e demonstra que não

existe por parte do Executivo um olhar estratégico e de futuro a longo prazo sobre a

utilização deste espaço, embora ele não se fique apenas por 2018 como sabemos, mas

ainda assim não perspetiva a 2050 a sua utilização. -------------------------------------------

----- Assim e numa altura em que a Câmara despende de tantas verbas em

investimento o CDS lamenta que a opção do Executivo Camarário não seja a de

reforço do património municipal concretizando a compra a título definitivo do imóvel

face à necessidade de garantir a regeneração urbana da zona e tendo em conta que esta

opção de entre os valores em causa seria benéfica para as contas da Câmara e para a

Cidade. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Com esta opção propõe-se uma cedência por 50 anos, com o objetivo de

utilização pensado a curto prazo e a restituição do imóvel em muito melhor estado de

conservação do que foi recebido. Por estas razões e por considerarmos que a opção de

cedência não é a que melhor serve os interesses da Zona Oriental de Lisboa e dos

lisboetas votaremos contra. Muito obrigado.” --------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Hugo Xambre (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, de uma forma muito rápida, a Hub Criativa e Tecnológica

de Lisboa, a Hub do Beato, como eu gosto também de chamar e todos com certeza

compreende o porquê, insere-se numa aposta política que o Município de Lisboa tem

de tornar Lisboa uma cidade de investimento, uma cidade empreendedora, uma cidade

que aproveite todas as várias oportunidades que tem, como é a Websummit, uma

cidade criativa, uma cidade que atrai os melhores de todo o mundo para criar valor,

para criar também Startup e para desenvolver também Startup em Lisboa com todo o

tipo de envolvência que isso tem e por isso mesmo considero que é de uma visão

muito redutora aquilo que ouvimos há pouco por parte do nosso colega do CDS, visto

que aquilo que é o trabalho que Lisboa tem feito mostra que esse tipo de investimento

é um investimento que vai muito para além de algum tipo de evento e que também por

isso mesmo não tenho dúvidas nenhumas que o tempo que vai existir a Hub vai

também permitir começar um trabalho que vai também depois com certeza continuar e

50 anos é de facto muito tempo e esta proposta que até naquilo que foi a discussão na

sede da 1ª e da 2ª Comissão foi bastante consensual. ------------------------------------------

----- Também é muito importante porque vai conseguir aproveitar todo o potencial de

criação de investimento e atração de empreendedorismo, como há pouco eu disse, mas

também vai ser um estímulo para a requalificação urbana, para a requalificação do

espaço público num eixo que há muitos anos necessita, Xabregas, Beato e também

Poço do Bispo e que vai também servir melhor para uma definição daquilo que é a

circulação rodoviária e daquilo que se pretende daquele sítio e por isso mesmo aquilo

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que eu também como autarca de Freguesia não concordava era aquilo que era a

proposta que antigamente se ouvia falar de fazer um condomínio fechado naquela

zoina, como várias vezes ouvi falar disso, isso é que de facto não era e não permitia o

desenvolvimento e isso é que o Partido Socialista com certeza também votava contra. -

----- Como tal, como eu considero que 50 anos é muito tempo, dá para conseguir

também transformar o Beato numa estrutura única e é o início de um trabalho que

vamos ter com certeza muitos fóruns para conseguir discutir, porque não vai acabar

em um ano, ou dois, ou três, vai acabar se calhar daqui a 50 anos, quem estiver cá

estará a discutir como é que pode ser feito e como é que pode continuar aquilo que

será um polo de desenvolvimento da cidade de Lisboa.” -------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Tiago Cruz (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Obrigado Senhora Presidente, Senhores Deputados, Camaradas e Amigos. -------

----- Eu tenho que começar, sem querer ser demasiado sintético, dado o avançado da

hora tenho que começar por pôr um like na intervenção do Deputado Diogo Moura, há

de facto face ao valor de aluguer e ao valor projetado de aquisição há alguma dúvida

que se impõe da possibilidade de aquisição que devia ser considerada e é

liminarmente posta de lado, sobretudo sendo isto um aluguer a 50 anos com um plano

vagamente aludido na proposta de trabalhar e tratar do património industrial, que não

está no entanto classificado, não sei se isto é uma proposta que vai ser detalhado no

futuro por parte do Executivo, mas o central da proposta é criar um novo espaço de

conferências para o Websummit e nos gastos projetados estão entre 7 milhões de

aluguer, 5 milhões de obras, que podem ser 8 ou 9 milhões acrescidos no futuro, ou

seja, 12 a 16 milhões de euros para criar um espaço para o Websummit e acrescento

apenas à intervenção do Diogo Moura aquilo que normalmente ninguém fala nestas

grandes obras e eventos de regime absolutamente consensuais, que é por exemplo o

facto de haver 2 mil estágios projetados para estudantes que vão ter que cumprir

segundo o site da Websummit horários fixos e flexíveis, ou seja, terão que cumprir

aquilo que o chefe mandar e a troco de um bilhete grátis para entrar no Websummit,

que a própria organização avalia entre 600 e 900 euros. --------------------------------------

----- Acrescento a isto o facto de um membro do público generalista quiser ir ao

Websummit terá que pagar entre 500 e 4 mil e 700 euros, por isso a Câmara está a

fazer um investimento significativo financeiro e logístico para realizar e instalar a

Websummit em três anos em Lisboa e contrapartidas de estágios que deveriam

obviamente ser pagos, já que têm horário fixo e contrapartidas de acessibilidade dos

cidadãos de Lisboa, zero. --------------------------------------------------------------------------

----- Por isso deixamos aqui esta crítica, achamos muito bem que queiram requalificar

a zona de Marvila mas algum esforço crítico se impõe. Obrigado.” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. A Mesa não regista mais pedidos de palavra. -

----- Pergunto ao Senhor Vereador Manuel salgado se quer usar da palavra? Faz

favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, eu devo dizer que estou atónito com estas

intervenções porque aquilo que se passa não tem nada a ver, quer dizer a aquisição por

50 anos da Ala Sul da Manutenção Militar na Freguesia do Beato foi espoletada pelo

Websummit, mas o Websummit não se vai realizar ali, o Websummit vai-se realizar

no Parque das Nações. -----------------------------------------------------------------------------

----- O Websummit é um evento que para já está previsto durante três anos na Cidade

de Lisboa, não se sabe depois o que é que vai acontecer e a oportunidade que

pretendemos é pelo facto de se realizar o Websummit em Lisboa dar um impulso ao

empreendedorismo na cidade, à instalação de Startup e criar condições para fazer um

grande espaço para atividades económicas na Freguesia do Beato, o qual vai

certamente constituir uma fortíssima alavanca para o desenvolvimento da zona

Oriental de Lisboa, para surgir mais habitação a custos acessíveis, outros

equipamentos e por aí fora. ------------------------------------------------------------------------

----- Quer dizer, agora pensar que esta iniciativa no Beato está diretamente ligada para

se realizarem as Conferências do Websummit, é um erro total e absoluto. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, a Mesa não regista mais pedidos de palavra pelo que vamos

pôr à vossa consideração a Proposta nº 278/2016, a cedência de utilização ao

Município do imóvel designado Manutenção Militar- Ala Sul nas condições que estão

previstas na proposta. ------------------------------------------------------------------------------

----- Votos contra do PSD. CDS/PP e MPT. Abstenções do Bloco de Esquerda. Votos

favoráveis do PS, PCP, PEV, PAN, PNPN e 6 IND. A proposta está aprovada por

maioria.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do CDS/PP, pela voz do Senhor Deputado Municipal

Diogo Moura fez a seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------

----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que votaram contra a proposta

em epígrafe, não obstante se congratularem com a realização do Websummit em

Lisboa, no próximo mês de Novembro e que se estenderá até 2018, contribuindo

fortemente para o desenvolvimento da economia e de oportunidades de negócio,

matéria aliás em que o ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas esteve

particularmente empenhado, conjuntamente com o Presidente da Câmara Municipal

de Lisboa, na captação de um evento fundamental para a projeção de Lisboa. ----------

----- No entanto, o voto fundamenta-se nos seguintes pontos em relação aos princípios

da proposta de cedência: --------------------------------------------------------------------------

----- O executivo camarário pretende aceitar a cedência de utilização ao Município

do imóvel da Manutenção Militar – Ala Sul – pelo total de cerca de 7 milhões de

euros e pelo prazo de 50 anos; --------------------------------------------------------------------

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----- A este valor acresce o investimento em obras que será necessário efetuar e que

está estimado em 9 milhões de euros;------------------------------------------------------------

----- Trata-se, portanto, de um investimento de, no mínimo, 16 milhões de euros para

o Município; -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Na avaliação realizada por 3 entidades competentes, a convite da própria

Câmara Municipal de Lisboa, o valor atual de mercado é de 11,9 milhões de euros. ---

----- Entende o CDS-PP que a opção por 50 anos e o valor a investir não são a opção

acertada pelo que importa referir: ---------------------------------------------------------------

----- A cedência do espaço tem como horizonte temporal a realização do Websummit

(conforme descrito na proposta) e, no seguimento da discussão em sede de comissão,

nos anos seguintes o que, como se verifica, é uma ínfima parte do prazo de cedência; -

----- O investimento que a Câmara Municipal de Lisboa fará no espaço, por apenas

50 anos, traduz-se em mais de 4 milhões de euros acima do valor de mercado do

imóvel; ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A zona oriental de Lisboa, e em particular aquela onde se encontra o edifício da

Manutenção Militar, exige uma requalificação e regeneração urbana que poderia

passar, entre outros, por encontrar soluções, além da proposta, de habitação a

preços acessíveis, considerando, simultaneamente, o objetivo de repovoar a cidade

dando oportunidade a muitos daqueles que não conseguem aceder, atualmente, ao

mercado imobiliário na capital; ------------------------------------------------------------------

----- Esta opção tendo como horizonte apenas a Websummit é redutora e demonstra

que não existe, por parte do executivo, uma visão estratégica, a longo prazo, sobre a

utilização desse espaço. ----------------------------------------------------------------------------

----- Assim e numa altura em que a Câmara Municipal de Lisboa despende tantas

verbas em investimento, o CDS lamenta que a opção do executivo camarário não seja

a de reforço do património municipal concretizando a compra, a título definitivo, do

imóvel, face à necessidade de garantir a regeneração urbana da zona e tendo em

conta que esta opção, mediante os valores em causa, seria benéfica para as contas da

Câmara e para a cidade. Com esta opção da Câmara Municipal de Lisboa o grande

beneficiado é o atual Governo.” ------------------------------------------------------------------

----- (O Bloco de Esquerda não entregou posteriormente a sua Declaração de Voto) ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

prosseguiu a sua intervenção: ---------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar então para a proposta 327/2016, trata-se da constituição de

direitos de superfície a favor da Associação de Turismo de Lisboa.” -----------------------

----- PONTO 6 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 327CM/2016 –

CONSTITUIÇÃO DOS DIREITOS DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA

ASSOCIAÇÃO DE TURISMO DE LISBOA – VISITORS & CONVENTION

BUREAU (ATL), ENTIDADE GESTORA DO FUTURO MUSEU JUDAICO DE

LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO

Nº. 1 DO ARTIGO 25º. DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS

PUBLICADO EM ANEXO À LEI Nº. 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; 2X

GRELHA BASE – 68 MINUTOS; -------------------------------------------------------------

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----- (A Proposta nº 327/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXII e

dela faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer conjunto da 1ª e da 7ª Comissões Permanentes sobre a Proposta

nº 327/2016 ficam anexados à presente Ata como Anexo XXIII e dela fazem parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação nº 3/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXIV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

prosseguiu a sua intervenção: ---------------------------------------------------------------------

----- “Esta proposta foi apreciada pela 1ª e pela 7ª Comissões Permanentes e tem uma

Recomendação associada. Pergunto à Câmara se quer fazer a apreciação da proposta?

A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto não quer fazer a apreciação da proposta, o

Senhor Vereador Manuel Salgado também não, penso que é uma proposta conjunta

dos dois. ---------------------------------------------------------------------------------------------

-----Pergunto aos Senhores Relatores, a Senhora Relatora foi a Senhora Relatora

Patrocínia César quer fazer a apresentação do relatório? Não quer fazer a apresentação

do Relatório, então nesse caso, vamos dar a palavra aos Senhores Deputados inscritos.

----- Tem a palavra a Senhora Deputada Ana Páscoa, do PCP.” ----------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente, muito rapidamente, obviamente que em relação a

esta proposta, o PCP vai votá-la favoravelmente trata-se realmente da construção de

um Museu Judaico que é uma iniciativa prevista, aliás, há vários anos, no entanto, nós

apenas gostaríamos aqui de colocar uma dúvida que tem que ver com a Associação

Turismo de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Realmente na proposta a Associação Turismo de Lisboa surge como facilitador,

isto foi discutido também em sede da 1ª da 7ª Comissão quando se discutiu parecer e,

de facto, nós entendemos que este papel que está a ser cometido à Associação

Turismo de Lisboa não deveria sê-lo a esta instituição, mas sim à Câmara, obviamente

que ouvimos e lemos os argumentos utilizados para justificar isto, mas a nossa

preocupação tem realmente que ver com o facto de quando estas matérias passam para

o âmbito da Associação Turismo de Lisboa, o que acontece é que a Assembleia

Municipal deixa efetivamente de ter conhecimento destas questões e a talhe de foice

eu já agora gostaria de perguntar, não é para a resposta hoje até dado o adiantado da

hora, mas, de facto, é uma preocupação que nós temos e diz respeito ao Pavilhão

Carlos Lopes, que foi para a Associação Turismo de Lisboa e nunca mais soubemos

qual é o ponto da situação em relação a esse importante estabelecimento, portanto, de

Lisboa. Muito obrigada.” --------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte interpelação: -----------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Deputada desculpe, mas a Mesa estava-se a rir quando a Senhora

Deputada disse “a talho de foice” nós pensámos todos “ a talho e foice e martelo”,

mas tudo bem! ---------------------------------------------------------------------------------------

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----- Vamos prosseguir, perdoem-me o sentido de humor mas temos que o ter nestes

dias de trabalhos mais intensos!” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente, muito obrigada por me ter dado a palavra. ---

----- Relativamente a esta proposta o CDS queria aproveitar a ocasião para manifestar

a concordância relativamente à criação do Museu Judaico de Lisboa. É mais um passo

na consolidação física da história da cidade e simultaneamente para a oferta cultural e

turística da cidade, mas, sobretudo esperamos que seja um importante contributo para

o conhecimento papel que as diferentes comunidades judaicas tiveram, identidade

portuguesa na diáspora. ----------------------------------------------------------------------------

----- Acreditamos que este Museu seja um polo ativo conhecimentos na luta contra o

fanatismo e antissemitismo, contudo não podemos deixar de manifestar a nossa

discordância quanto ao facto de o mesmo ser entregue a Associação de Turismo de

Lisboa, exatamente num período em que o Município passou por grande parte dos

seus equipamentos culturais para a EGEAC, de que destaco criação de uma rede de

museus de Lisboa, aliás, as explicações dadas em sede de Câmara continuam não

sustentar esta posição do Executivo Camarário, neste sentido, julgamos que seria

essencial este novo Museu fosse gerido pela EGEAC em detrimento da ATL. -----------

----- Deva esta assumir um papel muito importante na sua gestão, caso queiramos dar

coerência à gestão estratégica de equipamentos culturais da cidade criando uma

verdadeira rede, além disso papel de envolvimento da comunidade na gestão do

Museu deveria ser maiores, mas tal não tem sido vislumbrado nesta proposta. -----------

----- Parece-nos que seria mais coerente esta opção considerando que a proposta não

fundamenta nem sustenta de forma inequívoca a opção pela Associação de Turismo

de Lisboa contribuindo uma vez mais para o esvaziamento da EGEAC contrastando

com propostas anteriores de assunção equipamentos por esta empresa. --------------------

----- Referir ainda que, por último que acompanharemos recomendação apresentada

pela 7ª Comissão, de qualquer forma, se ainda referir que o passo que hoje é dado é

importantes, portanto, Lisboa está de parabéns. Obrigada.” ----------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Tiago Cruz (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente, Senhores Deputados. -----------------------------------

----- Sintetizando, há obviamente um consenso sobre a necessidade do Museu Judaico,

Lisboa tem um património com uma relação profundíssima histórica com os 3

monoteísmos do livro, por isso justifica-se plenamente. --------------------------------------

----- Obviamente, há dúvidas sobre o modelo de gestão entregue à ATL, lendo as

Atas, eu compreendo as limitações levantadas relativamente ao modo de

financiamento, mas a Câmara já tem suficientes níveis de administração de

equipamentos públicos, serviços públicos de cultura para ser desnecessário criar mais

um nível de entropia. -------------------------------------------------------------------------------

----- Levanta contudo a questão que algum dia, a discussão que algum dia vai ter de

ser tida sobre a relação umbilical entre a ATL e iniciativas culturais do município, se a

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ATL funciona sustentadamente como o financiador, o pilar financeiro de iniciativas

culturais da Vereação de Cultura, eu já não coloca em questão o facto de a da taxa

turística ir para um fundo administrado pelos próprios taxados, é um privilégio

absurdo um orçamento participativo inverso que num não se compreende, mas,

independentemente disso, se a ação cultural, a iniciativa cultural está sempre

dependente ou de aceitação de candidaturas à ATL algum dia vai ter de ser pensado

por uma questão de clareza política de quem toma as decisões e quem é responsável

por elas desse orçamento ser afeto a geração da Cultura, senão vamos continuar a

andar aqui com um sucessivos níveis de decisão em Corpos que com os quais esta

Assembleia não tem nada a ver, como é a ATL.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, a Mesa não regista mais pedidos de palavra,

pergunta à Câmara se quer responder. O Senhor Vereador Manuel Salgado e a

Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, as senhoras primeiro, a Senhora Vereadora,

Catarina Vaz Pinto, se faz favor.” ----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente, muito boa-tarde Senhoras e Senhores

Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tal como já referi na discussão que houve na reunião com a 1ª e com a 7ª

Comissões, compreendo de alguma forma as dúvidas que são levantadas, mas penso

que as esclareci em sede de discussão e, portanto, elas estão devidamente esplanadas

no Relatório e na Proposta que hoje vem aqui. Consta aqui da proposta que vai aqui a

Plenário e eu mais uma vez reitero que, de facto, este é um projeto singular que é a

primeira vez que há a conjugação de 3 entidades, a Câmara Municipal de Lisboa, a

Comunidade Israelita de Lisboa e a ATL, que se juntam para fazer criar um novo

projeto de raiz, o novo museu de raiz e com diversas fontes de financiamento e com

algumas especificidades em termos de gestão e, é por isso que este projeto tem este

formato também e de gestão. ----------------------------------------------------------------------

----- Quanto às preocupações que são colocadas agora pelos Senhores Deputados,

também foram de alguma forma colocadas na discussão que houve em sede de

Comissão a eu penso que elas vão poder ser todas acauteladas uma vez que também

ficou aprovado em sede de Executivo Municipal que as questões que ainda faltam

decidir, nomeadamente quanto à definição programa museológico ou quanto ao

modelo institucional e organizativo do próprio museu, que ainda não está

completamente clarificado e que será clarificado agora na 2ª fase que se vai seguir,

essa definição vai ter que ser aprovada em Reunião de Câmara e eu também já me

disponibilizei para vir aqui apresentá-la à Assembleia Municipal, bem como o

programa museológico que o projeto do museografia, portanto, tudo isso vai ser

acompanhar por esta Assembleia e eu também tomo nota, boa nota da recomendação

que é feita pelas Comissões é evidente que não posso dizer que vai ser assim de uma

forma ou de outra porque nós ainda vamos ter que negociar com os parceiros, mas

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tomo boa nota daquilo que foi recomendado e portanto isso será tida em conta

também nas negociações que vou ter próximas quer que ou com a Comunidade

Israelita com a CIL, quer com a ATL no sentido de clarificar no futuro o papel que vai

existir da Câmara Municipal/ EGEAC na gestão quotidiana do futuro museu. Muito

obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. Era só para dar a informações à Senhora

Deputada Ana Páscoa é que o pavilhão Carlos Lopes tem a obra, está adiantada a obra

e que se prevê que abra ou público e retome a sua atividade no primeiro semestre do

próximo ano.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhores Deputados. -----------------------------------------------------

----- Vamos então nessas condições de passar à votação da proposta, 327/2016, a

constituição de direitos de superfície a favor da ATL para a entidade gestora do futuro

Museu Judaico de Lisboa. A Mesa vai para proposta 327/2016. Votos contra do BE,

CDS-PP e MPT. Votos de abstenção do PSD, PAN e PEV. Votos a favor do PS, PCP,

PNPN e IND. A proposta está aprovada por maioria.---------------------------------------

----- Vamos passar à votação da Recomendação 3/116.---------------------------------------

----- O MPT quer fazer uma Declaração de voto sobre a proposta 327 e o CDS-PP

também, muito bem, e o Bloco de esquerda também.” ----------------------------------------

----- O Grupo Municipal do CDS-PP fez a seguinte Declaração de Voto: -------------

----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que votaram contra a proposta

em epígrafe, ressalvando a sua plena concordância relativamente à criação do Museu

Judaico de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Na nossa opinião, é mais um passo na consolidação física da histórica da cidade

e, simultaneamente, para a oferta cultural e turística da capital. Mas, na essência,

queremos que seja um importante contributo para o conhecimento do papel que as

diferentes comunidades judaicas tiveram identidade portuguesa e na diáspora. Por

último, acreditamos que este museu deve ser um polo ativo de conhecimento na luta

contra o fanatismo e o antissemitismo. ----------------------------------------------------------

----- Contudo, manifestamos a nossa discordância pelo mesmo ser entregue à

Associação Turismo de Lisboa, exatamente num período em que o Município passou

grande parte dos seus equipamentos culturais para a EGEAC, como é exemplo a

criação em rede do Museu de Lisboa. -----------------------------------------------------------

----- Aliás, as explicações dadas em sede de Câmara continuam a não sustentar esta

posição do executivo camarário. -----------------------------------------------------------------

----- Nesse sentido, julgamos que seria essencial que o novo museu fosse gerido pela

EGEAC em detrimento da ATL. Deve ser esta a assumir um papel importante na sua

gestão caso se pretenda dar coerência à gestão estratégica de equipamentos culturais

da cidade, criando uma verdadeira rede. Além disso, o papel e envolvimento da

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Comunidade Israelita de Lisboa na gestão do Museu deveria ser maior, o que não se

vislumbra. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Assim, considera-se que a proposta não fundamenta nem sustenta de forma

inequívoca a escolha da Associação Turismo de Lisboa contribuindo assim, uma vez

mais, para o esvaziamento da EGEAC, em contraste com propostas anteriores de

assunção de equipamentos por esta empresa, o que, na nossa ótica, são sinais

preocupantes de ausência de política de gestão cultural. ------------------------------------

----- Lisboa, 26 de Julho de 2016, pelo Grupo Municipal do CDS-PP, Diogo Moura.” -

----- O Grupo Municipal do Partido da Terra fez a seguinte Declaração de Voto: -

----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra eleito para a Assembleia Municipal de

Lisboa, vem, nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do artigo 57º do

Regimento da AML, fazer constar na Ata da 75ª Sessão Extraordinária realizada no

dia 26 de Julho de 2016 a sua declaração de voto referente à Proposta n.º

327/CM/2016 – Constituição de direitos de superfície a favor da Associação de

Turismo de Lisboa – Visitors & Convention Bureau (ATL), entidade gestora do futuro

Museu Judaico de Lisboa, que mereceu o voto Contra deste Grupo Municipal, pelos

seguintes motivos:-----------------------------------------------------------------------------------

----- Não obstante do Partido da Terra – MPT manifestar concordância com a

criação do Museu Judaico de Lisboa, não pode concordar que a transferência da sua

gestão fique a cargo da Associação de Turismo de Lisboa (ATL). --------------------------

----- De referir que recentemente a Câmara Municipal de Lisboa transferiu vários

equipamentos culturais para a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação

Cultural, E.M. (EGEAC), com o intuito de criar uma Rede de Museus de Lisboa. -------

----- Neste contexto, o Grupo Municipal do Partido da Terra defende que este futuro

equipamento cultural deve ser gerido pela EGEAC de forma a dar continuidade à

estratégia delineada para este tipo de equipamentos culturais. -----------------------------

----- Lisboa, 29 de Julho de 2016, pelo Grupo Municipal do Partido da Terra, o

Deputado Municipal Vasco Miguel Ferreira dos Santos.” -----------------------------------

----- (O Bloco de Esquerda não apresentou posteriormente a sua Declaração de Voto) -

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos votar então a Recomendação nº 3/116. Não há votos contra. Votos de

abstenção do PSD e do PAN. Votos favoráveis do PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e IND. A Recomendação nº 3/116 está aprovada por maioria.” -----------------

----- PONTO 7 – APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DO DEBATE

ESPECÍFICO SOBRE TRANSPORTES NA ÁREA METROPOLITANA DE

LISBOA E DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO SOBRE TRANSPORTES NA

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA APRESENTADOS PELA 8ª.

COMISSÃO PERMANENTE; 2XGRELHA BASE – 68 MINUTOS; -----------------

----- (O Relatório Final do Debate sobre o Trânsito na Área Metropolitana de

Lisboa fica anexada à presente Ata como Anexo XXV e dela faz parte integrante.) ----

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----- (A proposta de Deliberação da 8ª. Comissão Permanente sobre Transportes

na Área Metropolita de Lisboa fica anexada à presente Ata como Anexo XXVI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Este é o Relatório Final do Debate Específico sobre Transportes na Área

Metropolitana de Lisboa e há uma Proposta de Deliberação da 8ª. Comissão. ------------

----- Eu lembro aos Senhores Deputados que este Debate Específico esteve cá o

Senhor Secretário Executivo da Comissão Metropolitana, há um processo de

transferência de competências em curso muitíssimo importante nos transportes para os

municípios da Área Metropolitana de Lisboa e aproveito para vos dar conhecimento

que os Municípios da Área Metropolitana de Lisboa tomaram uma posição, eu depois

enviarei a todos os representantes, que tomaram muito recentemente no dia 21 de

julho uma posição unânime, muito crítica relativamente ao processo de

descentralização administrativa das áreas metropolitanas no que diz respeito à eleição

do seu órgão diretivo e à composição dos órgãos, eu depois de transmitirei a todos os

senhores representantes, esta decisão não é exatamente sobre transportes, mas é sobre

a Área Metropolitana de Lisboa e voltamos onde estávamos, vamos apreciar este

Relatório Final. O Relator é o Senhor Presidente da 8ª Comissão, o Deputado João

Pinheiro, pergunto se quer apresentar o relatório? Prescinde da apresentação do

Relatório. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre a proposta de deliberação é um documento da maior importância, o Senhor

Deputado João Pinheiro vai apresentar a proposta de deliberação, é isso? Ou vai usar

da palavra? Vai usar da palavra. ------------------------------------------------------------------

----- Chamo a vossa atenção que se trata de um documento da maior importância que

resume muitos dos pontos de tomadas de posição que esta Assembleia tem vindo a

tomar em matéria de transportes e que é extremamente oportuno, portanto, o Senhor

Deputado João Pinheiro pode usar da palavra aqui na tribuna, se quiser já que está aí

em pé.” -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, mais uma vez muito obrigado pelo uso da palavra. Eu

dispensei a apresentação do relatório porque seria uma apresentação mais formal e o

documento está, de facto disponível na página de apoio aos nossos trabalhos. -----------

----- Relativamente às recomendações queria, perfilhando este entendimento

manifestado pela Senhora Presidente destacar a importância do mesmo e o impacto

que este tema dos transportes e da mobilidade tem para a população da Área

Metropolitana de Lisboa, saúdo por isso a iniciativa que foi da Mesa da Assembleia

Municipal de organizar o debate específico onde podemos ouvir a expressão política

quer da Câmara quer do Representante da Área Metropolitana de Lisboa, seguiram-se

trabalhos na 8ª Comissão onde os temas foram discutidos e não posso deixar de

salientar alguns tópicos para reflexão futura apelando ao envolvimento de todos os

Deputados Municipais nesta temática em iniciativas futuras. --------------------------------

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----- Destaco em primeiro lugar uma crítica à Lei nº 52/2015, de 9 de junho e a Lei

que regula o regime jurídico do Serviço Público de Transporte Público, é uma lei a

meu ver irresponsável, no que concerne à definição do financiamento do sistema de

transportes, especialmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, é

irresponsável, porque aponta um caminho de demissão de responsabilidades do

Estado numa matéria onde a intervenção do Estado foi sempre fulcral ao nível

designadamente do financiamento das infraestruturas ferroviárias pesadas. É também

uma lei que não define claramente responsabilidades dos municípios das áreas

metropolitanas e do próprio Estado, porque tem um regime para os municípios e tem

outro para as áreas metropolitanas, sendo que para as áreas metropolitanas é aqui que

vivemos, pressupõe uma contratualização muito complexa do Governo para a Área

Metropolitana que recordo não tem legitimidade democrática e, por isso, tem

dificuldades de atuação, perante os municípios que compõem a Área Metropolitana,

que têm essa legitimidade, mas depois também pressupõe que haja depois uma

congregação de esforços e uma contratualização integrada de creio que são 18

municípios que compõem esta Área Metropolitana e nada disto tem mecanismos de

eficácia assegurados para que o sistema de transportes seja coerente e seja financiado,

por isso alerto os Senhores Deputados que toda a gente se queixa ou a maior parte das

pessoas queixam-se do desinvestimento nas redes do Metro e da Carris e o que temos

neste momento, é a ausência de garantias de investimento e de recuperação da

degradação do serviço que se tem verificado nos últimos anos. -----------------------------

----- Em simultâneo quando se verifica que em Lisboa há uma pressão urbanística de

empurrar as pessoas de zonas residenciais afastadas, cada vez mais do centro, temos a

seguinte conjugação: pessoas mais distantes com menos serviços de transporte menos

financiados, no fundo, uma incógnita relativamente à sustentabilidade do direito de

acesso à mobilidade nesta Área Metropolitana, outro que chamo a atenção dos

Senhores Deputados é que as Assembleias Municipais, a nossa inclusive, não estão a

ter uma participação ativa como poderiam na formação dos planos estratégicos quer

da Área Metropolitana quer no plano de mobilidade concelhio isto também nos deixa

um pouco sem capacidade de resposta para algumas questões concretas que se

apresentam à mobilidade em Lisboa, creio que será talvez eventualmente se as

recomendações forem aprovadas de passar a monitorizar estes processos e de

demonstrar que quer a Área Metropolitana de Lisboa, quer aos outros Municípios que

há interesse da Assembleia Municipal de Lisboa de se envolver a fundo nesta

incógnita que é a gestão futura das redes do Metropolitano, do Metro e também dos

Transportes Fluviais. -------------------------------------------------------------------------------

----- Um outro aspeto que cabe identificar é que neste sistema complexo e de leitura

difícil também não se percebe como se articula depois, a fiscalização da prestação do

serviço de transporte público, enquanto que se apela à Área Metropolitana de Lisboa

que faça a gestão ao nível da exploração do sistema, depois ao nível da fiscalização da

prestação do serviço e é fácil perceber quando o serviço falha os primeiros

prejudicados e diretamente são as pessoas não há uma capacidade de atuação do

município, há a centralização dessa função num instituto público sem sabermos se

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está financiado para a missão se está capacitado e, portanto, é mais uma incógnita que

fica.----------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Outra incógnita que consideramos inadmissível é todo o regime jurídico está

centrado na prestação do serviço e na exploração do mesmo, palavras de garantia e de

conforto para o utente são nulas, zero, não há um estatuto integrado para o utente dos

transportes públicos apela-se a que as pessoas revertam a relação desequilibrada entre

transporte individual e transporte público, mas não há um incentivo legal, uma

proteção uma carta de direitos de garantias que confiram aos utentes o conforto de

optar pelo transporte público em detrimento do transporte individual e são estes

tópicos que gostaria de partilhar convosco, outros estão desenvolvidos na proposta de

deliberação que está sufragada pela Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e

em boa hora dirigida à Câmara Municipal, ao Governo, a Área Metropolitana.” ---------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada, portanto em primeiro eu gostaria de salientar a intervenção do

Senhor Deputado João Pinheiro que, de facto, foi uma intervenção e eu vou só referir

a parte final, quando fala realmente na importância da Carta dos Direitos do Utente,

que nós realmente partilhamos inteiramente a preocupação que ele aqui manifestou. ---

----- Muito obrigada pela intervenção. -----------------------------------------------------------

----- Em relação à discussão do relatório do Debate Específico sobre transportes, eu

apenas iria fazer umas breves notas para que refletem a posição do PCP nestas

matérias, frisar o papel estruturante estratégico que o setor dos transportes tem na vida

do país como garante da circulação global da produção e da mobilidade dos

trabalhadores e população, o peso em termos de investimento bem como o papel que

representa no incremento do uso do transporte público com evidentes benefícios para

o Ambiente e Desenvolvimento das sociedades. -----------------------------------------------

----- Face aos inúmeros e graves problemas com que o setor dos transportes se debata

consideramos que estes só podem ser resolvidos com uma resposta Metropolitana

enquadrada com as prioridades nacionais e coordenada com as necessidades de cada

município, um verdadeiro sistema de transportes funciona em rede, por isso sempre

defendemos a existência de Autoridades Metropolitanas de Transportes e apontamos

como profundamente negativo o seu encerramento decretado pelo anterior Governo,

elas terão que ser reconstruídas hoje partindo Área Metropolitana de Lisboa, garantido

um planeamento, a coordenação e a gestão Metropolitana dos transportes públicos e

promovendo, de facto, a participação do conjunto de entidades envolvidas: autarquias,

a Área Metropolitana de Lisboa, o Governo Central, empresa, utentes e trabalhadores.

----- Consideramos urgente entre outras medidas que apresentámos e que se

encontram em anexo a este relatório, o desenvolvimento de uma política pública de

investimentos nos transportes, a redução imediata e significativa do preço dos

transportes, o alargamento do passe social intermodal a todos os operadores a todas as

carreiras e a toda a área Metropolitana, a criação de novas autoridades metropolitanas

de transporte com funcionamento e composição democráticas, o combate à criação de

novos impostos, taxas e tarifas sobre a população e os utentes. -----------------------------

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----- Consideramos como sempre afirmámos que os transportes são um serviço

público e devem continuar a sê-lo, rejeitamos qualquer tentativa da sua privatização. --

----- Como Lisboa se insere numa área mais vasta e os transportes não podem ser

avaliados apenas numa perspetiva local, defendemos a intervenção da Área

Metropolitana de Lisboa no seu planeamento e coordenação, obviamente,

acompanhámos e recomendações constantes deste relatório que iremos votar

favoravelmente Obrigada.” ------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Alberto Franco (IND) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. Atendendo de facto a que já muita muitas coisas importantes

foram ditas pelos oradores anteriores apenas sublinhar e reforçar a importância que os

Deputados Municipais Independentes do Movimento Cidadãos por Lisboa damos e

temos dado em todos os 9 anos da nossa existência o aos assuntos da Mobilidade e

dos Transportes, não apenas na cidade de Lisboa, mas na Área Metropolitana de que

fazemos parte. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta Deliberação que resultou do das reflexões havidas na 8ª Comissão e das

recomendações que, no final do relatório, que foi aprovado na 8ª. Comissão, foram

depois lançadas sob a forma de proposta de deliberação, que iremos votar, gostava

apenas de sublinhar que as preocupações quase unanimemente assumidas por esta

Assembleia relativamente ao transporte público de passageiros na Região de Lisboa, e

que estão em nosso entender muito bem traduzidas na proposta de deliberação. ---------

----- Chamava a atenção em particular para 6 dos seus tópicos: a defesa intransigente

do serviço de transporte público de passageiros a que se refere a alínea a); a

necessidade, a que agora a Senhora Deputada Ana Páscoa também se referiu; a

necessidade de o estatuto de utentes de transportes públicos e da Carta de Direitos do

Utente a que se refere a alínea e); uma rejeição nítida veemente de que a os

desenvolvimentos que venham a ser decididos se traduzam num aumento da carga

fiscal sobre os contribuintes como meio de financiamento do sistema de transportes, o

que está claramente expressa na alínea h); na alínea k) uma orientação que está aqui

muito bem definida sobre como é que deve ser a política de preços futura nos

transportes nos circuitos e respetivas frequências por forma a que efetivamente a

utilização dos transportes públicos seja promovida em detrimento do transporte

individual motorizado e é nesse mesmo sentido que a alínea n) aponta com o tema da

necessidade de desenvolver a rede de parques de estacionamento dissuasores

periféricos, que permitam garantir a ligação ao centro da cidade e a outras zonas

através dos diferentes meios de transporte, incluindo os modos suaves. -------------------

----- Finalmente e, como última nota que queria deixar aqui a alínea m) da proposta de

deliberação em que se reivindica a revisão urgente dos cortes que foram impostos pelo

anterior Governo na oferta dos serviços da Carris, do Metro, Transtejo e Soflusa, isto

deve ser uma bandeira nossa no que se refere aos transportes urbanos de Lisboa e a

pressão que deve ser desenvolvida, em nosso entender, sobre a gestão em particular da

Carris e do Metro para que, em todos os casos em que seja tecnicamente possível se

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revertam urgentemente os referidos cortes na oferta dos transportes em Lisboa. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Após o debate sobre os transportes na Área Metropolitana e perante o relatório

final que agora discutimos, há um conjunto de aspetos que Os Verdes pretendem

reforçar. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, destacamos a importância que uma rede de transportes

públicos coletivos eficaz assume, não só como forma de garantir o direito à

mobilidade dos cidadãos, um direito constitucional, mas também porque representa

benefícios ambientais, económicos e sociais que são amplamente reconhecidos. --------

----- Exatamente por isso, o investimento nos transportes públicos coletivos tem de ser

uma prioridade absoluta e é nesse sentido que temos apresentado inúmeras propostas,

a nível nacional e local. ----------------------------------------------------------------------------

----- Por todas estas razões, as políticas seguidas devem promover a crescente

utilização de transportes coletivos. Só assim teremos uma melhoria na qualidade de

vida das populações e o desenvolvimento sustentável da cidade e da Área

Metropolitana de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------

----- Em segundo lugar, é possível concluir que há muitos problemas a nível dos

transportes na Área Metropolitana, que carecem de uma resposta também a nível

metropolitano, tendo em conta as necessidades de cada município. ------------------------

----- É cada vez mais evidente que só assim se conseguirá contrariar a degradação

qualitativa e quantitativa do serviço de transportes públicos. --------------------------------

----- Essa degradação caracteriza-se por um conjunto de problemas como a redução de

serviços e de carreiras, as alterações de serviços que obrigam os utentes a um maior

número de transbordos, os elevados preços dos títulos de transportes sem que haja

qualquer aumento a nível da oferta. Temos zonas com graves carências de transporte,

outras onde o transporte público é inexistente, longos tempos de espera, entre muitas

outras situações que põem em causa, e chegam mesmo a negar o direito à mobilidade,

potenciando e fomentando a utilização do transporte individual, porque as alternativas

existentes não representam soluções sustentáveis ou, simplesmente, porque não há

sequer alternativas. ---------------------------------------------------------------------------------

----- As consequências desta situação refletem-se também na emissão de dióxido de

carbono, na maior incidência de doenças respiratórias e no aumento dos níveis de

ruído nas cidades. ----------------------------------------------------------------------------------

-----Tudo isto se tem passado porque o sector dos transportes é estratégico, e os

últimos governos, fizeram deste sector um alvo preferencial da sua ofensiva. E o que a

realidade nos mostra é que nos últimos anos as políticas para os transportes

basicamente assentaram no objetivo de entregar este sector aos privados, tendo apenas

como preocupação os seus interesses e o lucro. A mobilidade das populações e o

desenvolvimento nunca se apresentaram como uma prioridade.-----------------------------

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----- É urgente inverter esta situação. Não podemos continuar a ter um sistema incapaz

e insuficiente. Os transportes têm que dar resposta às necessidades dos cidadãos. Uma

resposta rápida, eficaz e acessível a todos. ------------------------------------------------------

----- Julgamos que o relatório que é agora discutido, assim como as suas

recomendações, podem e devem ser uma boa base para procurar responder aos

problemas sentidos pelas populações da Área Metropolitana de Lisboa, sendo

importante que a Assembleia Municipal se pronuncie sobre esta matéria e que as

conclusões do debate sejam tidas em conta. ----------------------------------------------------

----- Para terminar, destacamos e reforçamos apenas alguns dos pontos que nos

parecem fundamentais e que podem representar uma inversão nas políticas que têm

votado ao abandono a área dos transportes e da mobilidade:---------------------------------

----- O serviço público de transportes deve servir as necessidades das populações e

deve ser valorizado e defendido, e não deve estar refém de imposições europeias ou

da mera realização de interesses por parte dos privados. -------------------------------------

----- O Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros deve ser

revisto para ser capaz de dar uma efetiva resposta às necessidades sentidas a nível de

mobilidade. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Os cortes que foram impostos às empresas de transporte públicos devem ser

revertidos. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Outra proposta em que temos insistido e que consideramos essencial é o

desenvolvimento de uma rede de parques de estacionamento dissuasores periféricos,

permitindo garantir ligações a diferentes zonas, através dos diferentes meios de

transporte, obviamente sem esquecer os modos suaves. --------------------------------------

----- Para concluir, naturalmente não podemos ter uma rede de transportes públicos

eficaz sem o reforço dos meios humanos necessários como forma de responder às

necessidades operacionais das empresas, garantindo os seus direitos e condições

laborais. Não esquecendo os contributos dos trabalhadores que exercem funções nos

diversos operadores de transporte existentes na Área Metropolitana de Lisboa, que

desempenham um papel crucial para que o sistema de transportes possa cumprir com

a sua missão, assim como os contributos dos utentes da rede de transportes da Área

Metropolitana de Lisboa. Sobre as recomendações dizer que as acompanhamos e que

votaremos a favor.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Eu penso que terminámos as intervenções, pergunto se da Câmara alguém quer

intervir? Não há intervenções da Câmara.-------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados vamos pôr então à vossa Votação a Proposta de Deliberação

da 8ª. Comissão, é uma proposta de deliberação e não uma proposta de recomendação,

porque envolve uma data de entidades e não apenas a Câmara, nós quando são

recomendações é recomendações à Câmara, mas aqui é uma coisa outro nível,

portanto, implica diligências junto do Governo e junto de outras entidades e, por isso é

uma Proposta de Deliberação. --------------------------------------------------------------------

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----- A Mesa vai pôr à vossa consideração a Proposta de Deliberação apresentada

pela 8ª. Comissão. Votos contra do PSD e do CDS- PP e do MPT. Não há

abstenções. Votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PNPN, IND e PAN. A Proposta

está aprovada por maioria. ---------------------------------------------------------------------- ----- A Mesa depois dará conhecimento a todas as entidades e colocará no site a

proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- O MPT vai apresentar Declaração de Voto e o Senhor Deputado Luís Newton, do

PSD, vai fazer uma Declaração de Voto oral, neste momento.” -----------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton, do PSD fez oralmente a

seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------

----- “Para informar que a posição do PSD não incide sobre a sobre o trabalho, a

posição, o voto contrário não incide na elaboração do Relatório, tem a ver

exclusivamente com as recomendações, que muitas das recomendações que lá são

descritas, portanto, e que com as quais não podemos acompanhar. Obrigado.” ---------

----- O Grupo Municipal do MPT apresentou a seguinte Declaração de Voto: ------

----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra eleito para a Assembleia Municipal de

Lisboa, vem, nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do artigo 57º do

Regimento da AML, fazer constar na Ata da 75ª Sessão Extraordinária realizada no

dia 26 de Julho de 2016 a sua declaração de voto referente à Proposta de

Deliberação sobre Transportes na Área Metropolitana de Lisboa apresentada pela 8ª

Comissão Permanente, que mereceu o voto Contra deste Grupo Municipal, com os

seguintes fundamentos: ----------------------------------------------------------------------------

----- O Partido da Terra – MPT considera meritório todo o trabalho desenvolvido

pela 8ª Comissão Permanente, desde a realização do Debate à reprodução do

Relatório e consequente Proposta de Deliberação. Nesta última, destaca-se a

integração dos vários prestadores de transportes numa visão global da área

metropolitana como um todo, a criação de parques dissuasores, entre outros. ----------

----- Porém, o Partido da Terra – MPT, não corrobora com outras das deliberações

vertidas no documento em análise, nomeadamente, o peso excessivo do Estado e

investimento publico na sua criação, visto que torna todo o sistema dependente de

financiamento publico e sem espaço à colaboração de prestadores privados. ------------

----- Em suma, o Grupo Municipal do Partido da Terra – MPT defende que não se

deve restringir o livre funcionamento do mercado, com uma limitação à iniciativa de

operadores privados e com um peso excessivo do Estado na criação do mesmo. --------

----- PONTO 8 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO SOBRE

A LINHA FERROVIÁRIA DO OESTE APRESENTADA PELA 8ª.

COMISSÃO PERMANENTE; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; --------------------

----- (A Proposta de Deliberação sobre a Linha Ferroviária do Oeste fica anexada

à presente Ata como Anexo XXVII e dela faz parte integrante.) ---------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, vamos apreciar agora mais uma outra proposta da 8ª

comissão e uma força e direção sobre a linha ferroviária do Oeste, os municípios do

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Oeste, os municípios, muitos municípios aqui da região têm tomado posições nas suas

Assembleias Municipais e Lisboa não quer ficar atrás, naturalmente e, portanto,

pergunto ao Senhor Deputado João Pinheiro se quer apresentar a Proposta, penso que

ela foi distribuído a todos a têm. -----------------------------------------------------------------

----- Há aqui um pedido de palavra, penso que do PEV, é isso? Então o melhor é dar-

lhe já a palavra. Senhora Deputada Cláudia Madeira sobre esta proposta. Se mais

alguns dos Senhores Deputados se quiserem escrever sobre ponto 8 da Ordem de

Trabalhos, a Proposta de Deliberação sobre a Linha Ferroviária do Oeste, eu pedia

para fazer sinal à mesa.” ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Para Os Verdes, o transporte ferroviário sempre foi fundamental para uma

estratégia integrada de desenvolvimento. -------------------------------------------------------

----- Reconhecemos a importância e a urgência da requalificação da Linha Ferroviária

do Oeste, que é essencial para o desenvolvimento ambiental, social e económico da

região e um eixo estratégico da rede ferroviária nacional. -----------------------------------

----- Esta modernização tem sido uma reivindicação das populações, de agentes

económicos e de autarcas, uma vez que a linha foi votada ao esquecimento por parte

de sucessivos governos. Situação que não foi mais longe devido às lutas entretanto

travadas. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A requalificação desta linha representa uma melhoria significativa das condições

de vida das populações, no entanto, o Plano de Investimentos em Infraestruturas –

Ferrovia 2020, apenas prevê a requalificação do troço entre Meleças e Caldas da

Rainha, ou seja, somente 103 kms dos 198 kms que compõem a referida linha,

omitindo o restante troço entre as Caldas da Rainha e o Louriçal, assim como a

ligação à Figueira da Foz. -------------------------------------------------------------------------

----- Na perspetiva de Os Verdes, esta requalificação, apesar de positiva, é insuficiente

e não eliminará por completo os problemas atualmente existentes, ficando aquém da

possível e necessária requalificação, não sendo possível ultrapassar e resolver de

forma definitiva os problemas estruturais que a Linha do Oeste hoje em dia apresenta,

mantendo-se, desta forma, subaproveitada. -----------------------------------------------------

----- Deixar de fora parte do troço, fará com que se anule o efeito positivo da

intervenção que venha a ser feita e será manter os problemas antigos, o que não faz

qualquer sentido. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Razão pela qual consideramos que é importante que a deliberação da 8ª

Comissão se pronuncie favoravelmente em relação à requalificação na totalidade do

troço da linha. Caso contrário, estaremos perante uma total falta de compreensão da

importância regional desta linha. -----------------------------------------------------------------

----- Sobre a realização de estudos para avaliar a viabilidade de uma ligação desta

linha a Lisboa através do Município de Loures, apenas queremos realçar que

eventuais estudos não devem atrasar ou inviabilizar o início dos trabalhos de

requalificação. ---------------------------------------------------------------------------------------

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----- Chamamos também a atenção para o facto de o Plano de Investimentos

Ferroviários dar prioridade aos investimentos no transporte de mercadorias em

detrimento do transporte de pessoas, o que acaba por se ver refletido na proposta de

requalificação da Linha do Oeste o que, em nosso entender, deveria ser revisto, pois o

transporte de mercadorias não é a única razão para justificar a requalificação da Linha.

----- Não sendo esta linha, as opções que restam às populações desta região são o

transporte individual e o transporte rodoviário, que não se apresentam como as

soluções mais sustentáveis. ------------------------------------------------------------------------

----- Dizer ainda, para terminar, que consideramos que neste processo é fundamental

ouvir os agentes com interesse no assunto, nomeadamente a Comissão para a Defesa

da Linha do Oeste. Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa-noite, já é boa-noite. Em primeiro lugar, obviamente destacar a rede

de cooperação criada entre vários municípios nesta matéria e dizer, obviamente, para a

nossa cidade podemos falar que a linha do Oeste não tem nada a ver com Lisboa, mas

tem, porque não pode ser deixada de ser tida em conta nesta matéria face aos milhares

de pessoas que oriundas desta região se deslocam diariamente à capital para trabalhar

e estudar. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- O caso de desinvestimento na linha do Oeste não é recente, aliás, a existência de

infraestruturas viárias como a A-8 e a aposta na criação de vias cuja necessidade

premente merece reflexão, revelam um incentivo ao uso do transporte individual,

simultaneamente a diminuição do número de utentes desta linha e o desinvestimento

na mesma tem levado a que esta tenha deixado de ser vista como opção viável e é

obviamente que este desinvestimento percorre vários Governos, portanto não é culpa

de um só. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Contudo a linha ferroviária do Oeste apresenta várias potencialidades, além das

evidentes, de que destaco a vertente turística face ao cruzamento do itinerário da

mesma com paisagens fascinantes, localidades de elevado interesse histórico e a

proximidade com vários destinos turísticos de praia, golfe, natureza, entre outros. ------

----- Salientar também que, além de desenvolvimento turístico, o impacto económica

que a linha pode gerar, quer a nível nacional quer local seja pelo transporte pessoas,

seja com o transporte de mercadorias, animando o porto da Figueira da Foz. -------------

----- Deparamo-nos também com a proposta do Município de Loures para expansão da

linha até Lisboa e Sintra proposta, essa que importa avaliar no futuro. No cômputo

geral, consideramos ser importante aproveitamento das sinergias criadas em torno da

modernização da linha e previstas em planos nacionais e estratégicos, se bem que no

que respeita aos estudos a efetuar seria importante que o Governo facultasse dados aos

municípios envolvidos, nomeadamente os seguintes elementos: custo de investimento

com a infraestrutura, portanto, a linha; superestrutura, a eletrificação e o material

circulante, portanto, as carruagens e as locomotivas; a estimativa de tráfego, o preço e

tarifas a aplicar e o número de frequências diárias. --------------------------------------------

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----- Só com o conhecimento destes elementos básicos é que é possível ter uma noção

do custo financeiro desta nossa reivindicação. -------------------------------------------------

---- Em suma Senhora Presidente, para terminar e face às potencialidades apontadas e

ao interesse dos municípios abrangidos pela linha que iremos acompanhar a

deliberação proposta pela 8ª Comissão. Muito obrigado.” -----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Pronto Senhores Deputados, neste caso uma vez que não temos mais Senhores

Deputados escritos, pergunto se a Câmara quer intervir? A câmara não assinala

intervenção e, portanto, o que nós temos para a votar neste momento, é proposta de

Deliberação sobre a Linha Ferroviária do Oeste apresentada pela 8ª Comissão e é isso

que a Mesa vai pôr á votação. ---------------------------------------------------------------------

----- Não há votos contra. Abstenções do PSD. Votos favoráveis do PS, PCP, BE,

CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e IND. Está aprovada por maioria este ponto.” ---

----- PONTO 9 – APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO DA VISITA DA 8ª.

COMISSÃO À FREGUESIA DE SANTA CLARA; GRELHA-BASE – 34

MINUTOS; -----------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Relatório da 8ª Comissão Permanente sobre a visita à Freguesia de Santa

Clara fica anexado à presente Ata como Anexo XXVIII e dela faz parte integrante) ---

----- (A Recomendação nº 4/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXIX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar ao ponto seguinte, a 8ª. Comissão de facto fez muito trabalho e

não quis ir para férias sem deixar os dossiers todos encerrados. O senhor Presidente

está de parabéns, porque foi muito também é também seu, dos seus colegas de

Comissão também, com certeza, mas também seu. Há aqui um Relatório apresentado

pela da pela 8ª Comissão de uma visita que fizeram a freguesia Santa Clara, na zona

da Ameixoeira. A Senhora Deputada Relatora é a Senhora Dona Rosa Maria Carvalho

da Silva que nos vai apresentar o seu Relatório.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Rosa Carvalho da Silva (PSD), na qualidade

de Relatora da 8ª Comissão, no uso da palavra apresentou o relatório: -------------------

----- “Os cumprimentos à Mesa, ao Senhor Secretário, aos Senhores Deputados e aos

Senhores Vereadores e ao Senhor Presidente em Exercício. --------------------------------

----- Esta Recomendação provém do Requerimento da Senhora Presidente da

Freguesia de Santa Clara à 8ª Comissão, dirigida à 8ª Comissão, o qual incluía as

preocupações da senhora Presidente quanto à circulação do tráfego no interior da zona

da Ameixoeira. De salientar que a Senhora Presidente da Freguesia de Santa Clara já

apresentou problema que que considera ser de fácil resolução aos Departamentos da

Câmara e inclusive ao Senhor Presidente da Câmara Municipal que se mostrou

sensibilizado com a preocupação da Senhora Presidente, aliás, segundo disse a

Senhora Presidente a todos os Departamentos têm-se mostrado sensibilizados com o

problema que a afeta naquela zona da Freguesia. Contudo, um problema que é de fácil

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resolução não se tem enquadrado de modo a que a Câmara o resolva com a urgência

premente que se manifesta. ------------------------------------------------------------------------

----- Assim sendo a 8ª Comissão aprovou este parecer por maioria, esta

Recomendação por maioria, com a abstenção de uma Senhora Deputada

Independente. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Passo agora a dizer as conclusões, uma das conclusões da que vem no Relatório.

O escoamento do tráfego na Freguesia de Santa Clara só se torna resolúvel com a

aquisição pela Câmara Municipal de Lisboa de um terreno que dificulta o acesso à

Estrada de São Bartolomeu, cuja aquisição permitirá a implementação de um anel de

circulação de modo a que o tráfego circule em todas as artérias da Ameixoeira, sem

originar engarrafamentos nas vias adjacentes face ao volume de tráfego, de salientar

que a Senhora Presidente já explicitou e bem em diversas em diversos fóruns

possivelmente da Câmara que o proprietário desta pequena parcela de terreno até

pretenda fazer uma negociação com a Câmara, portanto, a saliento e alerto o Senhor

Vice-Presidente para esta situação, se o Senhor Vice-Presidente me ouvisse também,

para esta situação que realmente preocupa a Senhora Presidente e os fregueses da

Freguesia da Ameixoeira. --------------------------------------------------------------------------

----- Posto isto a 8ª Comissão propõe que o Plenário da Assembleia Municipal

delibere recomendar à Câmara Municipal que proceda no sentido do definido pela

freguesia de Santa Clara, no sentido de adequar a circulação de tráfego na zona da

Ameixoeira. Disse, obrigada.” --------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. A Mesa não regista mais pedidos de palavra.

----- Estamos em condições de pôr à consideração dos Senhores Deputados, a

Recomendação que a Senhora Deputada acabou de apresentar sobre a circulação do

tráfego na zona da Ameixoeira. Não é freguesia da Ameixoeira, já foi, é a zona da

Ameixoeira na Freguesia Santa Clara. -----------------------------------------------------------

-----Vamos pôr à votação a Recomendação 4/116 sobre este assunto, situação de

tráfego na zona da Ameixoeira, Freguesia de Santa Clara. Não há votos contra e nem

abstenções. Aprovada por unanimidade.” ----------------------------------------------------

----- PONTO 10 – APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 5/116 (8ª. CP) –

SOBRE O ENCERRAMENTO DA ESTAÇÃO DE METRO DE ARROIOS;

GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 8ª Comissão Permanente relativa à Moção ‘Contra o

encerramento da Estação de Arroios nos períodos de ponta’ fica anexada à

presente Ata como Anexo XXX e dela faz parte integrante.) --------------------------------

----- (A Recomendação nº 5/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXI e

dela faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar agora ao Ponto 10, ainda trabalho da 8ª Comissão, receberam

uma Moção da Comissão de Utentes de Transportes Públicos de Lisboa contra o

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encerramento da estação de Metro de Arroios e a 8ª comissão promoveu uma série de

diligências. Pergunto se o Senhor Deputado João valente Pires quer apresentar o

Relatório? Prescinde da apresentação do Relatório. Quando chega a esta altura já está

tudo um bocado mais cansado e, portanto, de qualquer maneira, os Relatórios foram

distribuídos, é um Parecer que foi distribuído e está no site e é disponível para toda a

gente, portanto, toda a gente tem consciência do que é que estamos a ver. ----------------

----- Há uma Recomendação e há Deputados inscritos, portanto, a Senhora Deputada

Cláudia Madeira está inscrita e tem, naturalmente o uso da palavra.” ---------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Os Verdes querem começar por saudar a Comissão de Utentes dos Transportes

Públicos de Lisboa e dizer que concordam com as preocupações e com as

reivindicações expressas na moção sobre a estação de metro de Arroios,

nomeadamente a nível das dificuldades de mobilidade, da redução do número de

carruagens, do aumento dos tempos de espera, assim como da degradação de algumas

estações e das frequentes avarias das escadas rolantes. ---------------------------------------

----- Especificamente sobre o encerramento parcial da estação de Arroios, Os Verdes

recordam que assim que surgiram notícias sobre este assunto, entregaram uma

pergunta ao Governo e um requerimento à Câmara Municipal de Lisboa que, por

sinal, até ao dia de hoje continua sem resposta, e isto já foi no início de Fevereiro. ------

----- Se o encerramento parcial avançasse, ou seja, se a estação de Arroios encerrasse

duas vezes por dia às horas de ponta, seria uma medida errada e perigosa, sendo de

difícil execução tanto operacional como a nível de segurança. Portanto, percebemos

perfeitamente a apreensão da Comissão de Utentes. ------------------------------------------

----- Para Os Verdes é imperioso que se solucionem os vários problemas que afetam o

Metro de Lisboa, procurando contrariar a degradação que se tem apoderado deste

serviço de transporte. Para isso, é urgente a imediata reposição da circulação das

quatro carruagens na Linha Verde, assim como é necessário ampliar a estação de

Arroios, para uma capacidade que viabilize a projetada circulação de seis

composições. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Aliás, estas reivindicações não são recentes. No início de 2012, quando o Metro

diminuiu de quatro para três o número de carruagens que circulavam na Linha Verde,

por pretensos motivos de adequação da oferta à procura do serviço, o que de imediato

se comprovou ser falso, Os Verdes apresentaram uma recomendação pela reposição

das carruagens. -------------------------------------------------------------------------------------

----- A verdade é que esta situação de redução de carruagens constituiu um retrocesso

na qualidade do serviço prestado, levando a que os comboios passassem a andar

sempre cheios nas horas de ponta, sendo praticamente inviável entrar nas composições

em algumas estações, ou viajar no meio de uma massa comprimida de pessoas,

causando um óbvio desconforto para o público em geral e para os utentes com

mobilidade reduzida, idosos e portadores de crianças, em particular. ----------------------

----- De tal maneira que, passados dois meses após a implementação desta medida, o

então Secretário de Estado dos Transportes comunicou em plena sessão da Comissão

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de Economia e Obras Públicas já ter dado orientações à Administração do Metro no

sentido de voltar a reforçar o número de composições na Linha Verde, face à evidente

insuficiência da oferta do serviço, tendo ele próprio, comprovado o mau serviço

prestado pelo Metro. --------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto facilmente se pode concluir que o problema é reconhecido por todos,

tem havido propostas no sentido da sua resolução mas, até hoje, tudo se mantém na

mesma. Saudamos por isso a Comissão de Utentes que trouxe mais uma vez este

assunto à discussão, através da Comissão de Mobilidade que, depois de um conjunto

de diligências, apresentou as suas conclusões e recomendações procurando a célere

resolução dos problemas sentidos. Esperamos que desta vez surta mais efeito. -----------

----- Outra questão que não pode ser ignorada e que também precisa de solução

urgente prende-se com a conclusão das obras na ala norte da estação do Areeiro e a

falta de condições das estações do Intendente, Anjos e Arroios, que têm uma grande

utilização e que têm sido descuradas em termos de limpeza e de aspeto geral.” ----------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente, Senhores Secretários, Executivo Camarário

e Deputados Municipais. ---------------------------------------------------------------------------

----- O PCP tem tido uma preocupação constante nesta assembleia pela defesa de

medidas que promovam a mobilidade, o respeito pelo ambiente e preocupações

ecológicas, nomeadamente através de diversas intervenções e recomendações/moções

que apresentámos. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Contrariamente ao que é expectável em termos de boas práticas ecológicas e

ambientais, os transportes públicos na cidade não servem o cidadão, e são um

incentivo ao transporte individual, com todos os prejuízos inerentes. ----------------------

----- A degradação dos transportes tem vindo a acentuar-se, com particular realce para

a Carris e Metro, com perda de utentes, redução de carreiras, menos segurança, tudo

isto acompanhado por enormes aumentos de tarifários desde 2011. ------------------------

----- Em causa neste Relatório está a questão do Metro, em particular da linha Verde;

o Metro decidiu em 2012, por razões economicistas retirar carruagens nesta linha, que

passou a funcionar apenas com 3 carruagens, o que origina superlotação em

praticamente todo o dia, e não apenas nos “picos” decorrentes de horas de ponta, e

aglomeração de utentes no cais, com riscos para a segurança. Ainda recentemente

questionámos a CML sobre a reposição de 4 carruagens nesta linha, como forma de

garantir um serviço público de qualidade a que os lisboetas, trabalhadores e visitantes

têm direito. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste contexto, acompanhamos as decisões da Comissão de Mobilidade e

Segurança contidos neste Relatório no que diz respeito à necessidade urgente de

melhoria sobretudo nas estações de Arroios, Anjos e Intendente, mas sobretudo

entendemos que é urgente a reposição das 4 carruagens na linha Verde, o início de

obras na estação de Arroios com vista a receber 6 carruagens, a conclusão das obras

na estação do Areeiro. Obrigada.” ----------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada, não temos mais ninguém inscrito. Senhores

Deputados não havendo mais ninguém inscrito, vamos passar à votação da

Recomendação nº 5/116 sobre o encerramento da estação de metro de Arroios,

apresentada pela 8ª Comissão. --------------------------------------------------------------------

----- A Mesa vai pôr em votação. Não há votos contra e nem abstenções. Aprovada

por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, o Senhor Deputado Luís Newton levantou-me aqui um

problema relacionado com a duração dos trabalhos e com o Regimento. O Regimento

o que nos diz é que os trabalhos podem ir até às 9 horas da noite, excecionalmente até

às 24 horas. Não podem ter mais de 2 períodos de 320 minutos cada, não podem ter

mais de 2, mas podem ter menos e este problema dos 320 minutos de cada é só para

não haver vários períodos de reunião, porque cada período reunião dá direito a uma

senha de presença diferente, é esta a razão do Regimento. -----------------------------------

----- Não temos qualquer problema entre a nossa hora normal e as 21 horas, que é a

hora tradicional, se necessário podemos prolongar, são neste momento, portanto,

20h30m. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu penso que já estamos muito próximo, embora tenhamos ainda muitas coisas

para votar, é uma matéria que está muito consensualizada nas comissões e, enfim, não

é habitual haver muitas intervenções nestas matérias, portanto, eu penso que nós o

mais tardar até às 21h 30m conseguiremos concluir os nossos trabalhos e penso que é

preferível fazer tudo seguido do que estar agora a interromper. Pergunto se alguém se

opõe? Se não se opõem é assim que faremos e vamos prosseguir com os nossos

trabalhos e agradeço ao Senhor Deputado Luís Newton pela sua atenção estarmos

naturalmente sempre vigilantes com as nossas regras de funcionamento. ------------------

---- Não, tudo bem, as coisas são todas legais, regulamentares para não haver depois

qualquer invalidade possível, esteja tranquilo, lá chegaremos.” -----------------------------

----- PONTO 11 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 369/CM/2016 -

ALTERAÇÃO DAS MINUTAS DOS ACORDOS DE DELEGAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA DE BENFICA, S.

DOMINGOS DE BENFICA, OLIVAIS E LUMIAR, RELATIVAS A

REFEIÇÕES ESCOLARES SAUDÁVEIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA E

AO ABRIGO DAS DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DA ALÍNEA K) DO Nº 1

DO ARTIGO 25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E

DO ARTIGO 116.º E SEGUINTES DO REGIME JURÍDICO DAS

DELEGAÇÕES DE COMPETÊNCIAS, AMBOS PUBLICADOS EM ANEXO

À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA SUA REDACÇÃO ACTUAL;

GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; Parecer da 1ª e 5ª Comissões Permanentes. -----

----- (A Proposta nº 369/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXII

e dela faz parte integrante.) ------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer conjunto da 1ª e 5ª Comissão Permanente fica anexado à presente

Ata como Anexo XXXIII e dela faz parte integrante) ----------------------------------------

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----- (A Recomendação nº 6/116 da 1ª e 5ª Comissão Permanentes sobre a Proposta nº

369/CM/2016 por lapso não foi votada nesta reunião, sendo adiada e votada na

Reunião nº 117 de 13 de Setembro) --------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar então à Proposta nº 369/CM/2016 que é a alteração das minutas

dos acordos de delegação de competências para as Juntas de Benfica, São Domingos,

Olivais, São Domingos de Benfica Olivais e Lumiar relativos a refeições escolares

saudáveis. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tenho ideia que a Senhora Vereadora tinha dito que havia um problema com as

propostas que queria apresenta-lo. Faça o favor.” ---------------------------------------------

----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, caros Vereadores, caras e caros Deputados

Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu venho pedir-vos para ser retirado a alínea c) da nossa proposta, portanto, isto

é, no âmbito da delegação de competências que temos estado aqui a fazer onde já

estão englobadas a Freguesia da Estrela, de Alcântara, Benfica, São Domingos de

Benfica e Olivais, tínhamos a proposta do Lumiar, mas em virtude estarmos atrasados

com as obras no mercado e sendo o projeto da Junta de Freguesia do Lumiar, prestar a

comida a alimentação biológica através do fornecimento de Agro Bio, que vai operar

dentro do mercado do Lumiar atrasamos ligeiramente estas datas, de maneira que eu

pediria para retirarem a alínea c) e votávamos as restantes alíneas que é a delegação

de competências agora do catering, nós nas outras Assembleias votámos a parte da

confeção local e agora acabando a vigência da contratação pública anterior,

poderemos então delegar estas competências, agora nas que se nas Juntas de Freguesia

que já absorveram a confeção local.” -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, se eu entendi é a alínea c) da parte deliberativa que é

retirada, sendo que depois nos considerandos tudo o que diz respeito à freguesia do

Lumiar também deve ser retirado. Corretamente? Portanto, há uma retificação da

Proposta nº 369/CM/2016, há uma alteração da Proposta nº 369/2016 no sentido de

retirar a referência quer no título, quer nos considerandos, quer na parte deliberativa à

Freguesia do Lumiar, pelos motivos expostos pela Senhora Vereadora. -------------------

----- Posto isto, há um parecer elaborado como habitualmente pelos Senhores

Deputados João Magalhães Pereira e Sofia Oliveira Dias. Querem apresentar o

parecer? -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não ouviu a questão? Eu vou repetir Senhor Deputado Magalhães Pereira, é

assim, a parte que desta proposta dizia respeito ao Lumiar, está atrasada e, portanto,

tem que ser retirada da proposta quer no título, quer nos considerandos quer na parte

negativa que a alínea c), portanto, é esta a alteração. -----------------------------------------

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119

----- As razões foram por um atraso que houve num acerto que estão a fazer e que,

portanto, não estava em condições de o fazer já, é isto. ---------------------------------------

----- Eu simplifiquei demais, mas depois, o Senhor Deputado poderá ver e a Senhora

Vereadora já lhe explicará em detalhe. ----------------------------------------------------------

----- Pergunto se há inscrições para a Proposta nº 369/2016? Senhor Deputado Luís

Newton. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu peço desculpa, agora baralharam-me, há inscrições, então faz favor, agora a

Senhora 2ª Secretária dará a palavra.” -----------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente, relativamente a este ponto 11 e à proposta 369

fazemos um registo que depois se estende também ao ponto 13 das restantes propostas

de delegação de competências nas freguesias e que se relaciona com a falta dos

estudos de fundamentação legalmente exigidos. -----------------------------------------------

----- Eu relembro que esta Assembleia há um ano e meio, dia 27 de janeiro de 2015,

aprovou uma Recomendação por unanimidade em que recomendava à Câmara que

passassem a ser sempre entregues e que as futuras propostas de delegação de

competências viessem devidamente instruídas, nomeadamente com estes estudos e

neste caso e no do ponto 13 isso não acontece.” -----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem. Não há mais ninguém inscrito, eu penso que o Senhor Deputado

Ricardo Robles fez uma intervenção que, que estamos no ponto 11, não estamos no

ponto 13. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Luís Newton pede a palavra para?”--------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, eu faço uma interpelação à Mesa em vez de fazer uma

intervenção era que há uma retirada de uma proposta dada da Câmara. Da qual

fazemos obviamente boa-fé, mas é relativo a um protocolo de delegação de

competências, é uma proposta da Câmara Municipal para um PDC com uma Junta de

Freguesia, portanto, fazemos, obviamente, boa-fé da retirada da proposta, no entanto,

não ouvimos a Junta de Freguesia sobre esta matéria em concreto e estamos na

Assembleia Municipal e não temos nenhuma informação.” ----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado, não custa nada pedir ao Senhor Presidente da Junta de

Freguesia que está presente e quer pronunciar-se sobre a proposta. Muito obrigado. ----

----- A Mesa aproveita para perguntar ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia do

Lumiar, o Senhor Deputado Pedro Delgado Alves se quer usar da palavra, se faz

favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Pedro Delgado Alves (PS) no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

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120

----- “Muito obrigada Senhor Presidente, a intervenção da Senhora Vereadora foi

cabal e esclarecedora, mas já agora posso dar nota efetivamente como consta dos

pontos da Ordem do Dia de hoje vai ser apreciado entre outras coisas um protocolo de

delegação de competências para realizar a obra no Mercado Lumiar e obviamente, não

estando ainda ele concluído e sendo uma das componentes precisamente a da criação

daquele Mercado condições para ser um mercado biológico e havendo interesse em

associar esta opção pelas refeições saudáveis também ao fornecimento de bens,

entendemos que as condições não estão reunidas de forma total para que hoje possa

ser já deliberada a inclusão e uma vez que é só supressão de uma alínea e a supressão

das referências várias ao longo de toda esta proposta é uma, digamos, é uma matéria

que já te já fica apreciada que para efeitos futuros, mas de forma não poderia que a

atual proposta não há razão para tem que aguardar as restantes e, portanto, tem total

concordância nossa, aliás, foi articulado com a Senhora Vereadora.” ---------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, sendo assim há mais uma questão com a Proposta nº

369/2016, é que a folha de declaração de fundos disponíveis que veio junto com a

proposta dizia relativamente a esta que aguarda a alteração orçamental, pelo que a

votação será uma votação condicionada à verificação pela Câmara se a DFD está em

condições. A informação que nós temos é que aguardava a alteração orçamental, não

sabemos se é para todas as freguesias se é só para uma, portanto, tenha indicação na

declaração de fundos, para as quatro. Portanto, é uma votação condicionada, depois

isto, naturalmente, terá que ser verificado em sede de Executivo, falado com os

serviços da contabilidade para confirmarem a declaração de fundos disponíveis antes,

naturalmente, de procederem à efetiva alteração das minutas. -------------------------------

----- Pergunto se há mais algum pedido de palavra? Não há. A Senhora Vereadora

Catarina Albergaria.” -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Vereadora Catarina Albergaria no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Só respondendo à intervenção do Senhor Deputado Municipal do Bloco de

Esquerda, que nós efetivamente estamos aqui a fazer uma alteração a minuta, porque a

própria minuta quando foi redigida estava, aliás, com esta avaliação, deveria de ser

anual, portanto, as Juntas de Freguesia deveríamos fazer monitorização do projeto de

uma forma anual posteriormente, penso que foi posteriormente, foi aprovada uma

recomendação aqui sede da Assembleia Municipal que a Câmara teria que reportar a

este Órgão, trimestralmente, quando nós na própria minuta inicial pedíamos um

reporte anual, portanto, estamos a fazer uma que o acréscimo à adenda para que as

Juntas de Freguesia nos possam reportar mensalmente, para que nós possamos trazer

um relatório trimestral com foi aprovado aqui em sede. Obrigada.” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Penso que o esclarecimento está feito e vamos prosseguir. O Senhor Deputado

Magalhães Pereira faz favor.” ---------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente é só para confirmar que no DFD, Declaração de

Fundos Disponíveis, o único que está aguardando alteração orçamental era a que

correspondia à Freguesia do Lumiar. Todas as outras estão já com o fundo, com o

fundo disponibilizado e, portanto, não há razão para não está completa a proposta.” ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado, agradeço muito o seu contributo porque eu não tinha aqui

condições para fazer essa verificação e, portanto, esta questão que era precisamente a

questão colocada pelo Senhor Deputado Sobreda Antunes, está esclarecida. Nesse

caso, não é necessário condicionar a votação da proposta, porque já chegou entretanto

a DFD, eu é que não a tinha aqui na minha mão, mandei-a para o processo não podia

verificar isso. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, Senhores Deputados, estamos em condições, agora, creio eu, de

votarmos a Proposta nº 369/CM/2016, que altera as minutas dos acordos de delegação

de competências para as Juntas de Freguesia de Benfica, São Domingos de Benfica e

Olivais, relativamente a refeições escolares saudáveis. ---------------------------------------

----- Vou pôr à votação. Não há votos contra e nem abstenções. A Proposta

369/CM/2016 foi aprovada por unanimidade.” -----------------------------------------------

----- PONTO 12 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 368/CM/2016 –

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA FREGUESIA DE ALCÂNTARA,

NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DAS DISPOSIÇÕES

CONJUGADAS DA ALÍNEA K) DO Nº 1 DO ARTIGO 25.º DO REGIME

JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E DO ARTIGO 116.º E SEGUINTES

DO REGIME JURÍDICO DAS DELEGAÇÕES DE COMPETÊNCIAS,

AMBOS PUBLICADOS EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; Parecer da 1ª e 5ª Comissões

Permanentes. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 368/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXIV e

dela faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer conjunto da 1ª e da 5ª Comissões Permanentes sobre a Proposta

nº 368/2016 fica anexado à presente Ata como Anexo XXXV e dela fazem parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação nº 7/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXVI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Passamos agora a Proposta nº 368/CM/2016 que é uma delegação de

competências na Freguesia de Alcântara, pergunto à Câmara se quer apresentar a

proposta? Câmara quer apresentar a proposta? Pergunto se querem e não? Prescindem

da apresentação da proposta. ----------------------------------------------------------------------

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----- Os Senhores Relatores querem apresentar o Parecer? Senhor Relator João

Magalhães Pereira, Senhora Oliveira Dias, o Parecer sobre a 368, a delegação da

Freguesia de Alcântara pergunto se querem apresentar? Prescindem da apresentação

do Parecer. Temos Deputados inscritos e vamos ouvi-los, um é precisamente o

Presidente da Junta comtemplada.” --------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal David Amado (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa-tarde Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores

Deputados, muito brevemente, para dizer que esta proposta que a 368 que agora

vamos votar vai resolver um problema que foi criado há mais de 10 anos a conta

aquando da construção da Piscina do Alvito, problema, esse que tem sido resolvido,

fora provisória, com a colocação de uma bancada provisória e agora com esta

delegação de competências vamos resolver definitivamente o problema do Atlético,

da Freguesia de Alcântara e da Cidade de Lisboa. ---------------------------------------------

----- Eu queria aproveitar esta intervenção para realçar o trabalho que foi feito e o

empenho que foi tido pelo Senhor Vereador do Desporto, o Jorge Máximo, que se

empenhou pessoalmente na resolução do problema que tínhamos há mais de 10 anos e

não quer deixar passar esta oportunidade sem vir aqui referido mesmo. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhor Deputado. Sendo assim creio que não temos mais Senhores

Deputados inscritos e vamos pôr à votação. O Senhor Deputado Sobreda Antunes?

Não é comigo, vejo sinais, mas não são para aqui. --------------------------------------------

----- Vamos pôr à votação a proposta 368/2016, a delegação de competências na

Freguesia de Alcântara, estamos em condições de votar a proposta 368? A Mesa vai

pôr à votação. Não tem votos contra. Abstenção do CDS-PP. Votos a favor do PS,

PSD, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6 IND. A Proposta foi aprovada por

maioria. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Temos agora uma Recomendação apresentada pela 1ª e 5ª Comissão, é uma

Recomendação simples no sentido habitual de enviar os relatórios de progresso para

conhecimento da Assembleia e incrementar este tipo de contratos. -------------------------

----- Vou pôr em votação a Recomendação nº 7/116. Não há votos contra e nem

abstenções. A Recomendação foi aprovada por unanimidade. ----------------------------

----- Ora muito bem, vamos entrar agora nas delegações de competências das Juntas

de Freguesia, é uma apreciação conjunta das 23 com um Parecer Conjunto, depois na

votação tem que ser uma a uma, e eu naturalmente dar-vos-ei conhecimento de algum

problema que haja relativamente a qualquer uma delas e que foi identificado e que

darei conhecimento no momento da votação, para estarmos todos cientes de do facto

de haver ou não haver alguma votação que se possa estar condicionada. -----------------

----- Temos um outro problema que lhes queria colocar e que é o seguinte. Eu já falei

por telefone com todos os Senhores Representantes e com os Deputados

Independentes, no seguinte sentido: a minuta de contrato anexa a todas estas

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delegações de competências, expressa claramente que 60% da verba é transmitida

com a celebração do contrato, a expressão é “aquando da celebração do contrato” e os

restantes 40%, após a conclusão dos trabalhos. ------------------------------------------------

----- Acontece que esta redação do ponto de vista operacional, levanta vários

problemas e o Senhor Vereador das Finanças pedia para nós substituirmos em todas as

minutas de contratos de cada vez que aparece a expressão a “seguir aos 60% da

primeira prestação” substituir a expressão “aquando da celebração do contrato”

substituirmos “por 20 dias após a celebração do contrato”. Ao contrário do que pode

parecer, estes 20 dias após tornam o processo mais rápido e não mais lento e, portanto,

era esta explicação que eu queria dar. Já expliquei a todos os Representantes com

mais detalhe a razão da explicação disto e, portanto, esta alteração terá ser

considerada em todas as propostas e, portanto, peço à Câmara para tomar devida nota,

ao Senhor Vice-Presidente para tomar devida nota. -------------------------------------------

----- Senhor Vice-Presidente, eu sei que está num profundo diálogo democrático, mas

tome se faz a devida nota que terá que em todas as minutas do contrato sempre que

aparecer a expressão “aquando da celebração” terá que ser substituída por “20 dias

após a celebração”, está claro para todos esta retificação tem que ser feita, os serviços

também tomam devida nota, nós depois retificamos isto tudo e vamos agora entrar

sim, primeiro na apresentação pelo Senhor Vice-Presidente, que certamente a quer

fazer apesar do adiantado da hora.” --------------------------------------------------------------

----- PONTO 13 - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS DE

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM JUNTAS DE FREGUESIA ABAIXO

ELENCADAS, NOS TERMOS DAS MESMAS E AO ABRIGO DAS

DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DO ARTIGO 23º E DA ALÍNEA K) DO Nº1

DO ART.25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E DOS

ARTIGOS 116.º E SEGUINTES DO REGIME JURÍDICO DAS DELEGAÇÕES

DE COMPETÊNCIAS, AMBOS APROVADOS PELA LEI N.º 75/2013, DE 12

DE SETEMBRO E PUBLICADOS EM ANEXO I À MESMA LEI; 2 X

GRELHA-BASE – 68 MINUTOS; -------------------------------------------------------------

----- (O Parecer conjunto da 1ª e da 5ª Comissões Permanentes fica anexado à

presente Ata como Anexo XXXVII e dela faz parte integrante) ----------------------------

----- (A Recomendação nº 8/116 relativa às Propostas 393/CM2016 e 415/CM/2016

fica anexada à presente Ata como Anexo XXXVIII e dela faz parte integrante) ---------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Apesar do adiantado da hora estamos perante um importantíssimo pacote de

delegação de competências e, portanto, naturalmente, se o Vice-Presidente quer

chamar a atenção para o que vamos fazer. ------------------------------------------------------

----- A seguir temos o Relatório da Comissão e temos os Senhores Deputados que

estiverem inscritos. --------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara Duarte Cordeiro no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. ----------------------------------------------------

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----- Esta discussão como foi organizada pela Assembleia Municipal, e muito bem, faz

sentido ser tida como um único ponto de depois é desagregado em vários pontos e é

nesses termos que queria fazer esta intervenção. -----------------------------------------------

----- Este conjunto de protocolos de delegação de competências, trata-se na realidade

daquilo que nós designamos em conjunto com uma nova geração de protocolo de

delegação de competências. Ela surge depois de o processo da reforma administrativa

ainda temos obviamente e temos acompanhado a Assembleia Municipal tem-no feito,

acompanhado a reforma administrativa. Temos relatórios da reforma administrativa e

este protocolo de delegação de competências, estes contratos, de alguma forma

também vão responder a muitas das matérias que nós temos identificado nos relatórios

da reforma administrativa. É um contrato de delegação de competências que, de

alguma forma vem prestar tributo à capacidade, à maturidade e à confiança das Juntas

de Freguesia de Lisboa. Trata-se no fundo de procurarmos agregar num único contrato

interadministrativo, num único contrato entre a Câmara Municipal e cada uma das

Juntas de Freguesia um conjunto de áreas nas quais a Câmara Municipal de Lisboa

entende por princípio, reunidas um conjunto de condições, que podem ser delegáveis

nas Juntas de Freguesia, no fundo, a Câmara Municipal vem referir que hoje, como no

futuro, uma questão de coerência, se estiver identificada uma necessidade muito

concreta num conjunto de áreas que nós identificamos, se existir a capacidade

financeira do município e a disponibilidade financeira para num dado momento em

que está reunida essa necessidade dar resposta favorável à transferência ou à execução

dessa verba. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Se existir da parte da Junta de Freguesia utilizando o princípio da

subsidiariedade, uma melhor capacidade de resposta ao nível local do que da parte da

Câmara então, por princípio, este projeto, esta competência deve ser executada ao

nível da Junta de Freguesia. ----------------------------------------------------------------------

----- Esta é uma diferença substancial, no fundo, nós vamos recuperar o princípio dos

envelopes financeiros de transferências de competências para as Juntas de Freguesia e

reconhecemos, volto a dizer, que as Juntas de Freguesia reunidas estas condições têm

capacidade para a realização de um número vasto de projetos num conjunto de áreas,

desde a requalificação de pavimentos, desde a execução do plano de acessibilidade

pedonal, desde no fundo a criação de bolsas de estacionamento, a limpeza e

requalificação taludes expectantes, a requalificação de logradouros, a recuperação de

escadarias, a requalificação dos jardins, a recuperação de lagos, a requalificação de

parques infantis ou mesmo a criação e requalificação de equipamentos, circuitos de

fitness, parques caninos ou mesmo a execução do orçamento participativo, de alguma

forma, muitos dos projetos e das competências que nós aqui estamos identificar, volto

a dizer, vão dar resposta a muitos das aspetos que estavam por terminar da Reforma

Administrativa. Nos relatórios da Reforma Administrativa estão identificados um

conjunto de equipamentos que passaram para as Juntas de Freguesia e que careciam

de intervenção, nesses relatórios estão identificados um conjunto de insuficiências,

parques infantis que precisavam de ser recuperados foram em péssimas condições, nós

de alguma maneira também estamos a dar e a completar este processo, isto só é

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possível, porque as Juntas de Freguesia de Lisboa e também por causa da Reforma

Administrativa têm hoje outra capacidade para assumir competências e para assumir

responsabilidades. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Estes contratos têm esta nova formulação que de alguma forma também vão ao

encontro das Recomendações que geralmente acompanham os relatórios de

monitorização, nomeadamente a adoção de tal modelo base normalizado e

uniformizado para os contratos interadministrativos. -----------------------------------------

----- Da parte da Câmara Municipal obviamente que no futuro haverá em cada

mandato momentos que nós entendemos que são adequados para definição das

necessidades e se calhar, um ou dois momentos por mandato para a realização deste

tipo de contratos de delegação de competências. ----------------------------------------------

---- Os contratos de delegação de competências não são homogéneos entre todas as

Juntas de Freguesia e não havia razão para serem. Por um lado, porque nós nesta

altura, estamos a fazer contratos de delegação de competências quando durante o

mandato já realizámos contratos de delegação de competências com outras Juntas de

Freguesia, só assim se justifica que haja uma Junta de Freguesia que não tenha verba

aqui inscrita, porque durante o mandato já teve vários contratos de delegação de

competências nas mesmas áreas ou mesmo que exista diferenças de valor entre as

Juntas de Freguesia, isto nada diz respeito a não ser aos projetos que foram

apresentados para estas áreas de competências que aqui foram identificados, mas

também não diminuem em nada as Juntas de Freguesia de voltarem a apresentar

projetos em áreas que agora identificam que são áreas de transferência de

competências para uma outra Junta de Freguesia. ---------------------------------------------

----- Do lado da Câmara Municipal obviamente este é um processo que nós

acreditamos que todos temos responsabilidade e maturidade para levar à frente e todos

temos a capacidade para ir acompanhando na execução em concreto destes destas

competências, portanto, é algo que nós entendemos que é muito importante que ao

que o que revela também que a Reforma Administrativa foi um sucesso, porque só

sendo um sucesso é que hoje é possível que as Juntas de Freguesia de Lisboa, reúnam

as condições para não só desenvolverem todas as suas competências próprias, que

decorrem da Lei 56, como agora consigam em cima de todas elas ter tamanha

responsabilidade e tamanha empreitada pela frente, há um conjunto de melhorias que

foram sendo feitas e eu quero aqui também prestar tributo que é mais do que merecido

a todas as equipas da Assembleia Municipal que estiveram durante este tempo todo,

os vários Grupos Municipais a trabalhar para que fosse possível, nós temos bem a

noção de dificuldade que significou este processo, eu quero-vos agradecer toda a

tolerância, já temos agradecido em Reunião de Câmara aos vários Vereadores de

todos os Partidos, agradecer a tolerância em relação a este processo. ----------------------

----- Queremos agradecer a colaboração das Juntas de Freguesia, queremos agradecer

muito especialmente à Senhora Presidente da Assembleia Municipal e aos Senhores

Relatores, nomeadamente Magalhães Pereira e a Sofia Dias, que já tem empreitada

difícil de ser os nossos Deputados Relatores de todos os protocolos de delegação de

competências, mas agora foi uma empreitada muito maior, muito mais complicada. ----

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----- Estamos disponíveis, como é óbvio, para acolher melhorias no que respeita às

propostas e estamos todos de boa vontade, todos conscientes da responsabilidade do

momento e, portanto, por isso mesmo nós achamos que é fundamental a Assembleia

Municipal aprovar estes contratos de delegação de competências, as Juntas de

Freguesia terem as condições para rapidamente iniciarem obra. ----------------------------

----- Muito obrigado a todos, muito obrigado uma vez mais por todo o trabalho

desenvolvido, temos bem noção que houve um conjunto de erros, não é suposto haver

tantos erros em propostas que aqui foram entregues, mas tenho a convicção que,

entretanto, neste trabalho em conjunto, todos eles foram sendo suprimidos. Muito

obrigado a todos uma vez mais.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. Tem a palavra o herói do dia também,

que é o Relator, foram dois, a Sofia Oliveira Dias e João Magalhães Pereira, João

Magalhães Pereira creio que assumiu um pouco a maior parte do trabalho, mas

sempre, sempre invocando a colaboração indispensável da Senhora Deputada Sofia

Oliveira Dias e nós pedimos ao Senhor Deputado Relator para fazer o favor de usar da

palavra, neste momento histórico. ---------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado fez já um esforço enorme que foi em 23 propostas fazer

apenas um parecer do qual se extrai uma Recomendação, mas creio que há coisas que

ele nos quer dizer aqui pessoal e diretamente. Se faz favor, Senhor Deputado.” ----------

----- O Senhor Relator, o Deputado Municipal João Magalhães Pereira (PS), na

qualidade de Relator, no uso da palavra apresentou o relatório: ----------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, mas em resultado de todo este processo

pensamos que, de facto, é necessário poder perante todos ler as Recomendações que

apresentou e que foram aprovadas por unanimidade pela Comissão e que são as

seguintes. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Recomenda-se à Câmara municipal que: --------------------------------------------------

----- 1 - Remeta à Assembleia Municipal os Relatórios referidos no Contrato

Administrativo respetivo, no número 5 do capítulo 4º do presente Relatório/Parecer; ---

----- 2 - Providencie a continuidade e eventual incremento do número e âmbito destes

contratos interadministrativos, para a execução de obras e outras operações de

interesse para as populações locais em distribuição equitativa pelas Freguesias de

Lisboa; ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- 3 - Proceda de forma a que os referidos contratos tenham a duração prevista na

Lei; ----------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente lembrar-se-á qual é a razão que explícita este ponto nº 3. ---

----- 4 - Considere do âmbito da nova estrutura de redação dos contratos

interadministrativo e a legitimidade democrática direta que detêm as Assembleias de

Freguesia e ou a Presidente da respetiva Junta, restringindo a ação e de auditoria

interna referida nas cláusulas 5ª, secção 2ª, destes contratos, há a componente

específica Municipal, pondere a forma e a periodicidade de transferência dos recursos

financeiros associados aos trabalhos e fornecimentos delegados, no sentido de

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127

diminuir a componente a transferir, apenas após conclusão das obras em redução da

pressão sobre os orçamentos comparativamente frágeis das Freguesias. -------------------

----- Acrescente às condicionantes dos contratos o clausulado aprovado em sede da

sessão de Câmara que aprovou as propostas em causa como aditamento, no sentido de

vir a ser celebrada adenda ao contrato administrativo, caso seja necessário um acerto

ou reajuste dos recursos financeiros previstos para este conjunto de propostas. ----------

----- Muito obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------

----- Eu não expliquei as razões subjacentes mas parece que são completamente claras.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. Também reconhecemos o esforço enorme

que foi feito aqui no final das votações, terei eu também uma palavra a dizer sobre

isso, pergunto se mais algum Senhor Deputado, há vários Senhores Deputados

inscritos e vamos dar a palavra. ------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- A análise deste pacote de delegação de competências, com as Propostas n.ºs

368/CM/2016, 369/CM/2016 e 393/CM/2016 a 415/CM/2016, foi assaz trabalhosa.

Para todos? Muito sinceramente, para a CML não parece ter sido. Sim,

prioritariamente, para aqueles que, de facto, as leram e tiveram de analisar e elaborar

o respetivo parecer. É que até ontem, ao final da tarde, subsistiam incompreensíveis

falhas e imprecisões diversas nos documentos distribuídos para a Ordem de Trabalhos

de hoje, pelo que nos deparamos com alguma dificuldade em entender como puderam

essas propostas ter sido aprovadas em sessão de CML. Mas enfim, essas são contas de

outro rosário. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Decorridos estes últimos anos, “Os Verdes” não podem deixar de considerar

lamentável que a CML, invariavelmente, apresente propostas com erros de menor ou

maior grau de relevância, uns de mero pormenor, como pequenas gralhas, lacunas e

omissões, e outros de fundo, bem mais graves, como ausência de anexos, somas

incorretas mesmo com a ajuda de folhas de cálculo, transcrições erradamente

transpostas de freguesia para freguesia ou ainda as repetidas incongruências nas

cabimentações financeiras, que já chegaram, inclusive, a apresentar saldos negativos.

Por vezes, esta catadupa de imprecisões técnicas e políticas acaba mesmo de fazer

perder muito tempo e a paciência de ‘Job’ a Vereadores, a Deputados Municipais e

aos Relatores das Comissões. ---------------------------------------------------------------------

----- É por demais conhecido o provérbio que refere as ‘cadelas apressadas’, e o caso

das propostas de delegação de competências parecem fazer-lhe justiça. -------------------

----- Neste enquadramento, “Os Verdes” indagam-se se não existirá uma coordenação

ou uma equipa no Município que, antecipadamente avalie da legalidade dos

documentos? Que supervisione e uniformize as propostas e as minutas de contratos?

Que verifique a oportunidade dos estudos prévios e de outros anexos? Que valide as

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orçamentações, mas, acima de tudo, que depois assuma o erro e peça desculpa aos

Vereadores, aos Relatores e aos Deputados. Tal postura, Senhor Vice-Presidente, só

ficaria bem ao Executivo. --------------------------------------------------------------------------

----- Agora, para um registo mais positivo, gostaríamos ainda de deixar uma reflexão

para uma melhor ponderação deste Plenário e da Vereação Camarária. Fomos

verificar, caso a caso, e constatámos que há várias freguesias que, só nestes primeiros

meses de 2016, recebem a sua terceira delegação de competências e algumas já vão

mesmo no seu 4º contrato em seis meses (casos de Campo de Ourique e de Santa

Clara). ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O interessante sistematizado formato, que nos está hoje aqui a ser apresentado,

leva-nos a questionar o porquê para as repetidas delegações de competências ‘às

pinguinhas’, com mais ou menos acertos corretivos, à posteriori. Neste contexto, “Os

Verdes” sugerem, perguntando, até que ponto poderia mais vantajosamente serem

avaliadas, anualmente ou num período de mandato, em conjunto entre a CML e cada

freguesia, as necessidades estruturais de intervenção local? ---------------------------------

----- Deste modo, tanto órgãos autárquicos, como eleitos e munícipes, poderiam ter

um melhor enquadramento sobre as intervenções previstas, no mínimo para cada ano,

para o espaço público, equipamentos vários, etc.. ---------------------------------------------

----- Ou será que o Município prefere navegar ‘à vista’, decidindo pela máxima

bocagiana ‘ao pé do pano é que se talha a obra’? Não seria preferível, e inclusive

economicamente mais proveitoso para o erário público, proceder-se à contratualização

de delegações por grandes áreas de intervenção? “Os Verdes” deixam aqui este

raciocínio para uma melhor ponderação futura. ------------------------------------------------

----- Finalmente, estamos hoje todos aqui a proceder a um esforço suplementar, para

concluir uma maratona de delegações direcionada, prioritariamente, para os munícipes

da capital. “Os Verdes” apenas esperam que esta recente lição sirva para os Grupos

Municipais retirarem as suas ilações e para instar o Executivo a apenas submeter a

esta AML documentos técnica e formalmente em condições. -------------------------------

----- Os nossos votos são para que o período de férias que se avizinha constitua, de

vez, um bom conselheiro para que de futuro se evite a ocorrência de situações

semelhantes. Boas férias para todos!” -----------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, não obstante a intervenção do Senhor Vice-Presidente e

também, porque quero poupar intervenções mais extensas, há que reforçar aqui 2

pontos muito importantes. Não podemos deixar de manter a de ser as reflexões

exaustivas do Deputado Sobreda Antunes que verificam e validam consecutivamente

os documentos e de forma muito pró-ativa contribuir para a sua qualidade e rigor, esta

maratona não é certamente uma maratona relacionada com outra vontade que não

aquela de que podemos dirigir rapidamente algumas intervenções, essenciais à

qualidade de vida das nossas comunidades, independentemente de ser via Câmara

Municipal ou por qualquer uma das Juntas de Freguesia, mas há aqui 2 pontos muito

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importantes que convém realçar e a senhora Presidente e o Senhor Vice-Presidente de

facto aqui chamaram a atenção e eu gostava de reforçar, isto é um momento histórico. -

----- Em 2013 o novo quadro de reorganização administrativa transferiu para as Juntas

de Freguesia cerca de 65 ou 67 milhões de euros. Hoje, no âmbito desta nova geração

de PDC estamos aqui autorizar o equivalente a 16 milhões de euros de transferência

para as várias Juntas de Freguesia. Há que realçar aqui 2 pontos fundamentais: em

primeiro lugar o reconhecimento implícito do sucesso implícito, eu diria mesmo

explícito do sucesso da Reforma Administrativa, não há e agora aproveito também

para poder contribuir com este esclarecimento ao Deputado Sobreda Antunes, não

havia condições nem possibilidades para as Juntas de Freguesia poderem assumir em

tempo anterior a este um quadro de, um novo quadro de competências ou

transferência de competências, as Juntas estão a consolidar, estavam a consolidar o

mecanismo da primeira grande transformação, a parte da Reforma, 2013/2015, final

de 2015 iniciámos um segundo processo, que é de reavaliação da intervenção no

espaço público e aí o parceiro fundamental era a Câmara Municipal e foi quando

começou esta conversa abertura da própria Câmara Municipal, algo que se calhar

noutro lado, noutro concelho qualquer, poderiam ter ocorrido neste primeiro mandato,

mas aqui está ocorrer, 16 milhões de euros significam praticamente mais 25% daquilo

que foi o primeiro a primeira grande transferência de verbas para as Juntas de

Freguesia que ocorre, que ocorreu em 2013, isto é um sinal muito importante. -----------

----- E eu termino com a seguinte com a seguinte reflexão: tem sido muito politizada a

dimensão da própria reorganização administrativa e nós podemos concordar que nem

tudo é perfeito, agora aquilo que Lisboa neste momento se apraz fazer relativamente

ao resto do país é poder sinalizar o caminho a seguir e esse caminho teve dois

momentos muito importantes, um primeiro o da consolidação do novo quadro de

competências das Juntas de Freguesia, no âmbito daquilo que era a verdadeira

reforma, não era exclusivamente uma dimensão da organização administrativa, era

também uma dimensão do quadro de competências, que é isso é que confere

capacidade para que, de facto, as Juntas de Freguesia que possam ter uma afirmação

junto das suas comunidades; em segundo lugar, o envelope financeiro, para o

assegurar, porque muitos dos projetos que vão agora decorrer são por iniciativa da

Junta de Freguesia, cofinanciados pela Câmara Municipal. ----------------------------------

----- Isto é muito importante, porque permite que para Lisboa possamos a iniciar um

processo também aqui de descentralização das intervenções no espaço público, não só

no âmbito da manutenção, mas, sobretudo e mais importante no âmbito do

investimento, e esta que é a grande revolução, Senhora Presidente, que eu hoje quero

aqui realçar, hoje estamos a aprovar uma grande mudança, um novo paradigma! Hoje

estamos a aprovar a capacidade das Juntas de Freguesia de poderem investir no seu

espaço público e na comunidade. Muito obrigado.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

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----- “A Mesa informa que não tem mais Senhores Deputados inscritos, creio que o

Senhor Vice-Presidente queria ter uma última palavra e assim será e depois vamos

passar às votações tranquilamente.” --------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- O CDS gostaria de em primeiro lugar enaltecer a forma com que a análise técnica

e financeira deste pacote de propostas, foi efetuado desde o seu prévio envio à

Assembleia Municipal, fazendo-o na pessoa dos Senhores Deputados Relatores João

Magalhães Pereira e Sofia Oliveira Dias, mas, em particular à task force de

funcionários da Assembleia e da Câmara Municipal que procederam à análise dos

mesmos. Prestamos aqui o nosso reconhecimento pelo trabalho e pela dedicação que

tanto os funcionários como os Deputados empenharam nas propostas e que empenham

todos os dias e que são submetidas à apreciação da Comissão, sugerindo alterações

aos documentos quando necessário e realizando recomendações para a melhoria e

elaboração dos mesmos. ---------------------------------------------------------------------------

----- É também um sinal exterior do papel fundamental que a Assembleia Municipal

de Lisboa desempenha. ----------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente ao pacote em si, nas propostas delegação de competências em 23

Juntas de Freguesia da cidade começa por salientar o incontestável papel impacto que

a Reforma Administrativa de Lisboa teve na vida quotidiana dos munícipes,

nomeadamente com a atribuição legal de competências próprias às Freguesias. ----------

----- Ainda antes da aprovação da Lei 56/2012, o CDS participou de forma ativa e

empenhada neste processo, através da apresentação de um modelo organizativo e

administrativo da cidade, a atribuição de competências próprias às juntas superior

àquela que a respetiva legislação hoje estipula. Sempre acreditámos que as Juntas de

Freguesia pela sua proximidade com as populações conseguem executar a resolver

situações de forma mais célere, imediata de que são exemplo, algumas melhorias,

como a limpeza urbana, os jardins, o ordenamento do espaço público e o

licenciamento publicitário. ------------------------------------------------------------------------

----- Esta é uma matéria que a Assembleia tem dedicado especial atenção no que

respeita ao cumprimento dos mesmos, à melhoria da informação disponibilizada sobre

a sua execução, à necessidade de estudos que sustentem os projetos a implementar e,

acima de tudo avaliar e monitorizar a descentralização de competências propondo

melhorias e acertos sempre que necessário. -----------------------------------------------------

----- Nas propostas, em apreço, a Assembleia tem pugnado de que é exemplo, a

Recomendação nº 1/91, para que a Câmara Municipal adapte modelo base,

normalizando e uniformizando para os contratos interadministrativos entre a Câmara e

as Juntas para competências em obras a realizar em áreas estruturantes da cidade,

incrementando essa prática de forma equitativa. -----------------------------------------------

----- Na análise das propostas em apreço o CDS considera que uma correta

descentralização administrativa é fundamental para a boa gestão da cidade e deve ser

feita de acordo com o quadro legal vigente, nomeadamente com a aplicação e

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conjugação do número 4 do artigo 14 e da Lei 56/2012 de 8 de novembro na sua atual

versão e da lei de 75/ 2013, de 12 de setembro, conforme a Moção apresentada pelo

CDS na Reunião de Câmara de 20 de julho de 2016. -----------------------------------------

----- A descentralização consubstanciada nas Propostas de Delegação de

Competências com os números 393/CM/2016 a 415/CM/2016, apresentadas pelo

Vice-Presidente da Câmara Municipal e de acordo com a com a própria nomenclatura

utilizada, pode representar a delegação de novas competências para as Juntas de

Freguesia como consta da fundamentação, de facto, das propostas em causa ao

afirmar-se que este é porventura o momento para a introdução de um novo impulso ao

processo de descentralização, abrindo novos caminhos, delegando novas

competências nas Freguesias, sempre que o Município e Freguesias sintam, quis que

trará claros benefícios para a população, quer pela proximidade quer pela celerização

de execução e nesta matéria, estamos todos de acordo. Contudo, atendendo à matéria e

aos valores em causa e porque estamos a falar de 18 milhões de euros, urge proteger

os interesses da Câmara Municipal de Lisboa e das Juntas de Freguesia bem como dos

munícipes, pelo que teria sido prudente que o Executivo tivesse assegurado a

obtenção de um parecer junto do Departamento Jurídico, esta Câmara por forma a

garantir a legalidade e a conformidade das propostas de delegação de competências

com o ordenamento jurídico em vigor. ----------------------------------------------------------

----- A Câmara Municipal arrisca-se a ser colocada perante um conjunto de decisões

por pura precipitação e cuja motivação não se vislumbra podem implicar a

responsabilidade financeira para o conjunto dos eleitos na Câmara Municipal,

Assembleia e Juntas de Freguesia, pelo que o CDS entende que a decisão deveria estar

salvaguardada por um parecer emitido pelo Departamento Jurídico da Câmara

Municipal que conforme a interpretação de enquadramento jurídico, em apreço,

solicitação essa levantada pelo CDS na reunião de Câmara Municipal de 20 de julho e

que a maioria dos eleitos rejeitou. ----------------------------------------------------------------

----- Acresce ainda referir que a assunção de novas competências no espírito do

número 4 do artigo 14 da Lei 56/2012 de 8 de novembro, na sua atual versão é clara

quando se define que os novos acordos delegação não podem ter em caso algum prazo

de duração inferior a 2 anos, articulado que colide diretamente com o disposto nas

cláusulas das minutas no que respeita a vigência dos contratos, mas para o efeito leia-

se também o número 2 da cláusula da minuta de contrato que refere apenas a

coincidência com o mandato autárquico, obrigação prevista na Lei 75/2013 e

facultativa na Lei 56/2012, com a obrigatoriedade de duração mínima dos referidos

contratos por 2 anos dado pela 56/2012 e cuja obrigação é incluída no mesmo

clausulado referente ao período de vigência. ---------------------------------------------------

----- O mesmo articulado da Lei refere que a duração do acordo deve ser em regra,

uma duração coincidente com a duração do mandato autárquico, o que não se

vislumbra. Nesta matéria, Senhores Deputados não há certezas, mas há uma dúvida

que persiste, uma dúvida com base em duas Leis com artigos que importa conjugar,

não sou jurista, nem pretendo ser, nem nenhum de nós tem de fazer esta análise

interpretativa. Seria no entanto, parece-nos elementar que existindo uma dúvida e a

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mesma deveria ser confrontada com parecer jurídico que a maioria decidiu não

solicitar, por isso quando não se clarifica o que deveria ser cristalino o voto favorável,

não é consciente. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Caros Deputados é nítido que o Executivo Camarário a quem competia clarificar

o enquadramento jurídico, e os únicos que tiveram tempo de preparar as propostas não

o quiseram fazer, mas o CDS requereu essa fundamentação não apenas por si, mas

particularmente para evitar futuras interpretações que possam pôr em causa os

interesses das partes envolvidas e da cidade em particular. ----------------------------------

----- Face ao exposto o CDS entende que a Câmara Municipal não pretendeu clarificar

o enquadramento jurídico das presentes propostas salvaguardando assim as

deliberações a tomar pela Câmara e pela Assembleia Municipal com reflexo nas

Juntas e na Freguesia, o que infelizmente não nos permite uma aclaração do

enquadramento jurídico de forma a sustentar a viabilização das mesmas. -----------------

----- Neste sentido, o CDS não se encontra em condições de acompanhar as propostas

em apreço não deixando de salientar contudo a importância e o impacto que as

delegações de competência têm na cidade e nas comunidades, por entender que as

Juntas de Freguesia enquanto Órgão mais próximo dos lisboetas conseguem auferir,

implementar e executar soluções para as suas necessidades com maior eficácia.

Obrigada.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. A Senhora Deputada suscitou aqui um

problema que, e ainda bem que o suscitou para que fique claro o seguinte, nós

discutimos amplamente na Comissão, ontem, essa questão na Comissão, ontem, esta

questão do enquadramento jurídico da duração dos contratos e acabou por haver uma

alteração quer à redação final do parecer, quer à Recomendação nº 8/116 no ponto 3,

eu não sei se todos os Senhores Deputados têm a versão inicial ou a versão já

retificada da Recomendação e, portanto, é importante chamar a atenção para isto e a

Mesa vai lembrar aqui qual é a relação retificada. A Recomendação nº 8/116 no seu

ponto 3, diz o seguinte: dizia na redação anterior “proceda de forma a que os contratos

de duração mínima de 2 anos, após a sua assinatura, dando cumprimento ao disposto

no artigo 14, número 4, da Lei 56/2012 de 8 de novembro”, que era precisamente um

dos pontos que o CDS levantava porque entrava em conflito com a 65/2013 e a

redação foi alterada e o ponto 3 da Recomendação nº 8/116 retificada diz “que

proceda de forma a que os referidos contratos tenham a duração prevista na Lei”,

portanto, deixamos para a competência dos juristas a questão de saber como é que se

compatibiliza estas duas, estes dois preceitos legais. ------------------------------------------

----- Está clarificado isto no site e tem que ficar clarificado na Ata em minuta e na Ata

depois da votação, se isto for aprovado, que é esta última versão que estamos a

debater. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Vice-Presidente tem a palavra.” ---------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara Duarte Cordeiro no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

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----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -----------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, porque acho que estas matérias têm que ser mesmo ditas, eu

há pouco não terei sido totalmente explícito na nos meus agradecimentos, queria

agradecer às Coordenadores Cristina Martinho, Alexandre Casanova, Cristina

Constantino e a todo o Secretariado do GAAM que deu o apoio e também os Serviços

da Câmara, em particular ao DAOSM, pelo extraordinário trabalho que fizeram sem

os quais, nós não poderíamos estar aqui a discutir e a aprovar estas propostas e,

portanto, queria em nome da Câmara agradecer este extraordinário trabalho que

tiveram ao longo destas últimas semanas. -------------------------------------------------------

----- Depois, referir ao Senhor Deputado Sobreda Antunes que não tenho qualquer

problema de pedir desculpas pelos incómodos que nós causámos e pelos erros e

omissões que as propostas têm, portanto, dizer-lhe que, com toda a humildade lhe

digo que tenho o maior brio em apresentar contratos de delegação de competências

corretos que estejam sem qualquer tipo de falha. Obviamente o tamanho da

empreitada e o processo que foi desenvolvido, obviamente, trouxe um conjunto de

erros que obviamente não nos dão conforto, mas efetivamente foram sendo corrigidos

e uma vez mais agradecer a tolerância de todos em relação a isso. O que mais importa

é que nós todos temos a certeza que não há nada que não tenha que ser suprimido e

que não há nada que seja feito sem estar absolutamente corrigido. -------------------------

----- Depois referir como foi dito aqui pelo Senhor Presidente Luís Newton e quero a

também reforçar o que ele disse, que este era o momento, ou seja, não podia ser outro,

quer dizer, há aqui um processo de Reforma Administrativa, de assimilação de

competências próprias da parte das Juntas com um conjunto mudanças, desde

mudanças relativas a instalações e equipas, à assunção das responsabilidades que

foram sendo colocadas não de uma de uma vez, mas ao longo destes 2 anos que já

vamos de execução nomeadamente das competências que, entretanto já teve correções

de Lei, quer em relação às verbas, quer em relação às próprias condições dos

Executivos e, portanto, que efetivamente não poderia ser de outra forma, também não

fazia sentido ter a capacidade de investimento ter a vontade de perceber que existe a

parte das Juntas de Freguesia como foi dito, e bem, a capacidade de investir no seu

próprio território e dizer que não, portanto, obviamente que a Câmara Municipal tinha

que ir ao encontro desta expectativa e arriscar nesta delegação de competências na

perspetiva convicta de que nós vamos todos aprender que o processo, mas que as

Juntas de Freguesia vão estar absolutamente à altura deste processo. ----------------------

----- Este é um processo que carece de acompanhamento com qualquer outro contrato

de delegação de competências, na realidade nós não estamos a fazer nada de novo, o

que aqui é particularmente diferente é admitimos o modelo de contrato

interadministrativo único que condensa todas as áreas de intervenção, que eu

concordo que o princípio que no futuro deve-se encontrar momentos para a definição

das necessidades e momentos para a celebração dos contratos, eu partilho essa sua

opinião, entendemos que ao haver um modelo único nós tornamos também muito

mais fácil, a fiscalização e transparência, porque esse é outro dado que se consegue

com este processo, porque era muito diferente porque temos aqui cerca de 200

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projetos que são aprovados para as várias Juntas de Freguesia, virmos aqui hoje com

200 contratos de delegação de competências tornava mais difícil a vida toda a gente,

dos Grupos Municipais, da Câmara Municipal, das próprias Juntas de Freguesia desta

forma também se torne mais simples mais eficaz e mais transparente. --------------------

----- Depois de dizer que a Senhora Deputada Maria Luísa Aldim que não há ausência

nenhuma de enquadramento jurídico em relações a estes contratos que aqui estamos a

ter. Já foi dito ao CDS na Reunião de Câmara, já foi colocado e por escrito e vai,

vamos voltar a referir, inclusivamente, devo dizer que o CDS já aprovou vários

contratos de delegação de competências exatamente com o mesmo enquadramento

jurídico, portanto, também não entendo muito bem o que é que faz o CDS ter uma

opinião diferente em relação a estes! Estes contratos de delegação de competências

não são diferentes de todos os outros que o CDS aprovou, eu até por graça acho que

hoje mesmo nesta reunião o CDS já aprovou contratos de delegação de competências

com o mesmo enquadramento jurídico, nomeadamente a Lei 75 e, portanto, o que

importa referir é que a Lei 56 falava de acordos de delegação de competências e

remetia para a lei anterior. Agora há uma nova lei, que é a Lei 75 que fala de contratos

interadministrativos que é o que nós estamos a fazer, nos contratos

interadministrativos explícito qual é a duração deve ter um contrato administrativo,

que é até ao final do mandato, é absolutamente evidente, de qualquer forma, por uma

questão de prudência a Assembleia Municipal quer ter aquela salvaguarda, muito

bem! Nós não temos dúvidas jurídicas nenhumas, acho que quando existe essa dúvida

jurídica deve ser colocada quando existe não deve e volto a dizer que este é um

enquadramento idêntico a todos os outros que o CDS tem, se calhar agora a partir de

hoje, o CDS vai-se começar a abster em todos os contratos de delegação de

competência, mas é uma novidade, é uma novidade começa neste ponto este Ordem

de Trabalhos! Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------

----- Senhores Deputados estamos em condições de começar a votar as propostas

sobre as delegações de competências. -----------------------------------------------------------

----- Há cinco delas que eu vou dizer, quais são: da 403, 404 e 406, a 412 e a 413,

quando chegar à altura eu volto a lembrar em que os processos estão todos completos,

mas faltam alguns estudos. Todas as outras foram verificadas os estudos e têm os

estudos completos, nestas cinco faltam alguns estudos, quando chegar à votação

faremos a votação condicionada, para que a Câmara complete o processo com os

estudos em falta e já avisámos a respetivas juntas de que isto estava assim, para terem

conhecimento.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.1 - Proposta 393/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia da Ajuda; -------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 393/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXIX

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 393/2016

foi aprovada por maioria.” -------------------------------------------------------------------------

------ Ponto 13.2 - Proposta 394/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Alcântara; -------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 394/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XL e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP e MPT. Não há abstenções.

Votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 394/2016

foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.3 - Proposta 395/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Alvalade; --------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 395/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, BE, MPT, PNPN e IND. A Proposta 395/2016

foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.4 - Proposta 396/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Areeiro; ----------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 396/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 396/2016

foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.5 - Proposta 397/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Arroios; ----------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 397/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLIII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 397/2016

foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.6 - Proposta 398/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia das Avenidas Novas; -----------------------------------------------------------------

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----- (A Proposta nº 398/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLIV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 398/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.7 - Proposta 399/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia do Beato; -------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 399/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 399/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.8 - Proposta 400/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Belém; -------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 400/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLVI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 400/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.9 - Proposta 401/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Benfica; -----------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 401/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLVII

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 401/2016

foi aprovada por maioria.” --------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.10 - Proposta 402/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Campo de Ourique; --------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 402/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLVIII

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 402/2016

foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------

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137

----- Ponto 13.11 - Proposta 403/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Campolide; -------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 403/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLIX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 403/2016

foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos

técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.12 - Proposta 404/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Carnide; ----------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 404/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo L e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 404/2016

foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos

técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.13 - Proposta 405/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia da Estrela; -----------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 405/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 405/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.14 - Proposta 406/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia do Lumiar; -----------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 406/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 406/2016

foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos

técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.15 - Proposta 407/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Marvila; ----------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 407/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LIII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

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138

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 407/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.16 - Proposta 408/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia da Misericórdia; ----------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 408/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LIV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 408/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.17 - Proposta 409/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia dos Olivais; ----------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 409/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 409/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.18 - Proposta 410/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia do Parque das Nações; --------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 410/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LVI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 410/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.19 - Proposta 411/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Santa Clara; -----------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 411/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LVII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 411/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.20 - Proposta 412/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de Santo António; --------------------------------------------------------------------

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----- (A Proposta nº 412/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LVIII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 412/2016

foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos

técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.21 - Proposta 413/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de São Domingos de Benfica; ------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 413/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LIX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 413/2016

foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos

técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 13.22 - Proposta 414/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia de São Vicente; ------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 414/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 414/2016

foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.23 - Proposta 415/CM/2016 – Delegação de competências na

Freguesia da Penha de França; -----------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 415/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a

favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 415/2016

foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------------------------------- ----- Vamos agora pôr à votação a Recomendação nº 8/116, naquela redação que eu

aqui referi em que ponto 3 foi alterado e retificado e de acordo com o que está no site

e foi distribuída em último lugar, vamos pôr à votação a Recomendação 8/116. Não há

votos contra. Abstenção do CDS/PP. Votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN,

MPT, BE, PNPN e IND. A Recomendação 8/116 foi aprovada por maioria. ----------

----- Senhores Deputados, eu atrevia-me a pôr à vossa consideração um Voto de

Louvor ao trabalho dos Relatores mas, enfim, essa é a sua obrigação, quer também de

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toda a equipa técnica, quer de funcionários da Assembleia, funcionários também da

Câmara que fizeram todo o trabalho de preparação deste nosso trabalho de hoje.

Vamos para a votação? -----------------------------------------------------------------------------

----- O CDS faz uma declaração de voto.--------------------------------------------------------

----- Portanto, eu vou pôr um Voto de Louvor à vossa consideração. Não há votos

contra e nem abstenções. O Voto de Louvor foi aprovado por unanimidade.

Agradeço e aplausos e ficará registado em Ata. ------------------------------------------------

----- Fica também registado em Ata que o MPT e o CDS/PP apresentarão suas

declarações de voto.” -------------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou a seguinte Declaração de Voto: --

----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que que votaram contra as

Propostas em epígrafe por considerar que: -----------------------------------------------------

----- Para o CDS-PP uma correta descentralização administrativa é fundamental

para a boa gestão da Cidade e deve ser feita de acordo com o quadro legal vigente,

nomeadamente com a aplicação e conjugação do n.º4 do artigo 14.º da Lei n.º

56/2012 de 8 de Novembro na sua atual versão, e da Lei n.º 75/2013, de 12 de

Setembro, conforme a moção apresentada pelo CDS-PP na reunião de CML de

20.07.2016; ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A descentralização consubstanciada nas Propostas de Delegação de

Competências, com os números 393/2016 a 415/2016, apresentadas pelo Presidente

da CML, e de acordo com a própria nomenclatura utilizada, pode representar a

delegação de novas competências para as Juntas de Freguesia, como consta da

fundamentação de facto das Propostas em causa, ao afirmar-se que: “(…) - Este é,

porventura, o momento, para introduzir um novo impulso ao processo de

descentralização, abrindo novos caminhos, delegando novas competências nas

freguesias, sempre que o Município e as freguesias sintam que isso trará claros

benefícios para a população, quer pela proximidade, quer pela celeridade na

execução.”; ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Atenta a matéria e os valores em causa, urge proteger os interesses da Câmara

Municipal de Lisboa e das Juntas de Freguesia, bem como dos munícipes, pelo que

teria sido prudente ter o Senhor Presidente assegurado a obtenção de parecer junto

do Departamento Jurídico desta Câmara, por forma a garantir a legalidade e a

conformidade das Propostas de Delegação de Competências com o ordenamento

jurídico em vigor. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Arriscando esta Câmara estar a ser colocada perante um conjunto de decisões

que, por pura precipitação cuja motivação não se vislumbra, podem implicar

responsabilidade financeira para o conjunto dos eleitos na Câmara Municipal,

Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia, o CDS-PP entende que a decisão a

tomar estaria salvaguardada com parecer emitido pelo Departamento Jurídico da

CML que confirme a interpretação do enquadramento jurídico em apreço, solicitação

essa levantada pelo CDS-PP em reunião de CML de 20.07.2016 e que a maioria dos

eleitos rejeitou; --------------------------------------------------------------------------------------

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----- Acresce ainda referir que a assunção de novas competências, no espírito do nº 4

do Art.º 14º da Lei n.º 56/2012 de 8 de Novembro na sua atual versão é claro quando

define que os novos acordos de delegação não podem ter, em caso algum, prazo de

duração inferior a dois anos, articulado que colide com o disposto nas cláusulas das

minutas no que respeita à vigência dos contratos. Referir ainda que o mesmo

articulado da lei refere que a duração do acordo deve ter, em regra, uma duração

coincidente com a duração do mandato autárquico, o que não se vislumbra. ------------

----- Face ao exposto, o CDS-PP entende que a Câmara Municipal não pretendeu

clarificar o enquadramento jurídico das presentes propostas salvaguardando, assim,

as deliberações a tomar pela Câmara e Assembleia Municipal, com reflexo nas

Juntas de Freguesia o que, infelizmente, não nos permite uma aclaração do

enquadramento jurídico de forma a sustentar a viabilização das mesmas. ---------------

----- Na discussão da proposta em sede de Assembleia Municipal e após a intervenção

do CDS, o Vice-Presidente não apresentou qualquer informação, fundamentação ou

argumento sustentado relativo ao enquadramento jurídico das propostas. ---------------

----- E, nesse sentido, o CDS-PP não se encontra em condições de acompanhar as

propostas em apreço não deixando de salientar, contudo, a importância e impacto

que as delegações de competências têm na cidade e nas comunidades, por entender

que as Juntas de Freguesia enquanto órgão mais próximo dos lisboetas, consegue

aferir, implementar e executar soluções para as suas necessidades com maior

eficácia. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Lisboa, 26 de Julho de 2016, pelo Grupo Municipal do CDS-PP, João Diogo

Moura.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Municipal do MPT quer fazer a sua declaração de Voto

agora, então faça o favor. --------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, estamos em Trabalhos, peço respeito por todos, é um

direito do Senhor Deputado, o Senhor Deputado tem o direito a exercê-lo, faz favor.” -

----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos, do MPT, fez oralmente a

seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente, eu queria fazer uma declaração referente à

Proposta nº 349/CM/2016 que votámos contra porque há na delegação de

competências está o levantamento da calçada e não mostram alternativas, não

sabemos exatamente o que é que querem com o levantamento da calçada portuguesa,

só por esse motivo é que votámos contra. Obrigado.” ----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. Como vem foi sintético e não perdoou de

modo algum os nossos Trabalhos, nem o poderia fazer. --------------------------------------

----- Senhores Deputados, temos agora um conjunto de repartições de encargos que….

Senhor Deputado Sobreda…A Recomendação nº 8/116 já foi votada e o Senhor

Deputado, o que é que falta que eu não estou a perceber? Senhor Deputado, eu não

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estou a perceber o que é que falta, falta, nós votámos já a Recomendação. Bom muito

bem, falta é irmos jantar, mas isso é mais daqui a bocadinho!” -----------------------------

----- PONTO 14. APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS DE

ALTERAÇÃO DA REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E COMPROMISSOS

PLURIANUAIS ABAIXO INDICADAS, NOS TERMOS DAS MESMAS E AO

ABRIGO DO ARTIGO 24.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS

LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO, DOS NºS 1 E 6 DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99,

DE 8 DE JUNHO E DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º

8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA-

BASE – 34 MINUTOS; ---------------------------------------------------------------------------

----- 14.1 – 2º Ponto da parte deliberativa da Proposta 349/CM/2016 – Alteração

da repartição de encargos e compromissos plurianuais para aquisição de Gás

Natural Comprimido (GNC) para veículos da frota municipal; ----------------------- ----- (A Proposta nº 349/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados temos várias repartições de encargos que são fundamentais

para não ficar tudo parado agora na Câmara durante 30 e tal dias ou 40 dias e,

portanto, eu vou pôr à vossa consideração. -----------------------------------------------------

----- São simples repartições de encargos, não têm pareceres, não tenho pessoas

inscritas e vou pôr à vossa votação o segundo ponto da parte deliberativa da Proposta

nº 349/CM/2016, que é uma alteração da repartição de encargos para aquisição de gás

natural comprimido, para veículos da frota municipal.----------------------------------------

----- Vou pôr à votação. Não há votos contra e nem abstenções. Votos a favor do PS,

PSD, CDS-PP, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 349/CM/2016

está aprovada por unanimidade. --------------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, o segundo ponto da parte deliberativa da proposta

350/CM/2016.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- 14.2 – 2º Ponto da parte deliberativa da Proposta 350/CM/2016 – Alteração

da repartição de encargos e compromissos plurianuais para aquisição de serviços

de aluguer operacional de veículos ligeiros de carga, pelo período de 60 meses; ---- ----- (A Proposta nº 350/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXIII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Sobreda Antunes alertou-me que havia uma

desconformidade na declaração de fundos disponíveis, portanto, é uma votação

condicionada que vamos fazer, já foi esclarecida? Então se já foi esclarecida não é

uma votação condicionada, é uma votação simples que vamos fazer de imediato. -------

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----- Não há votos contra. Abstenções do MPT e PSD. Votos a favor de PS, PCP,

CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 350/CM/2016 foi aprovada por

maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 14.3 - Proposta 351/CM/2016 - Alteração da repartição de encargos e

compromissos plurianuais para aquisição de aluguer operacional de veículos

ligeiros de passageiros elétricos e híbridos pelo período de 60 meses; ----------------- ----- (A Proposta nº 351/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXIV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Não há votos contra. Abstenções do CDS/PP, MPT e PSD. Votos a favor PS,

PCP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 351/2016 foi aprovada por

maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Passamos agora às autorizações para a assunção de encargos para o ano que vem,

ano de 2017.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 15. APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS DE

AUTORIZAÇÃO PARA ASSUNÇÃO DE ENCARGO E COMPROMISSO

PARA O ANO DE 2017 ABAIXO INDICADAS, NOS TERMOS DAS MESMAS

E AO ABRIGO DO ARTIGO 24.º DO REGIME JURÍDICO DAS

AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12

DE SETEMBRO, DOS N.ºS 1 E 6 DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º

197/99, DE 8 DE JUNHO E DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI

N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA-

BASE – 34 MINUTOS: ---------------------------------------------------------------------------

----- 15.1 – Ponto 6 da Proposta 352/CM/2016 – Autorização para assunção de

compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição e instalação de 1500

sensores de enchimento para equipamentos de deposição coletiva; --------------------

----- (A Proposta nº 352/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXV e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Não há votos contra. Abstenções do PSD e MPT. Votos a favor PS, PCP, CDS-

PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta nº 352/CM/2016 foi aprovada por

maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 15.2 – Ponto VII da Proposta 354/CM/2016 - Autorização para assunção de

compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição de equipamento

informático; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 354/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXVI e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

Page 144: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2013-2017 … · ----- Aos vinte e seis dias do mês de julho de dois mil e dezasseis, em cumprimento da ... ----- Ana Luísa Flores de Moura

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----- “Não há votos contra. Abstenções do PSD e MPT. Votos a favor do PS, PCP,

CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 354/CM/2016 foi aprovada por

maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 15.3 - Ponto VII da Proposta 355/CM/2016 - Autorização para assunção de

compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição de licença de software

SAP; --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 355/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXVII

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Não há votos contra. Abstenções do MPT e PSD. Votos a favor do PS, PCP,

CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 355/CM/2016 foi aprovada por

maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 15.4 – Ponto 6 da Proposta 387/CM/2016 - Autorização para assunção de

compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição de Sistema de Gestão para

controlo eletrónico da remoção de resíduos para viaturas municipais; ---------------

----- (A Proposta nº 387/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXVIII

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Não há votos contra. Abstenções do MPT e PSD. Votos a favor do PS, PCP,

CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 387/CM/2016 foi aprovada por

maioria.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 16. APRECIAÇÃO DO PONTO 7 DA PROPOSTA 389/CM/2016 -

REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS

PLURIANUAIS PARA AQUISIÇÃO DE DEZ VEÍCULOS URBANOS DE

COMBATE A INCÊNDIOS (VUCI) PARA O REGIMENTO DE SAPADORES

BOMBEIROS DE LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO

DO ARTIGO 24.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,

PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, DOS

N.ºS 1 E 6 DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO

E DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE

FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS. -

----- (A Proposta nº 389/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXIX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O último ponto da nossa Ordem de Trabalhos é o ponto 7 da Proposta 389, que é

uma repartição de encargos e compromissos plurianuais, agora este tem vários anos e

não apenas 2017, para a aquisição de 10 veículos urbanos de combate a incêndios para

o Regimento de sapadores Bombeiros. ----------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado do MPT quer usar da palavra nesta proposta, tem a palavra,

naturalmente, faça favor.” -------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente e restante Mesa, Senhores Vereadores,

Caros Deputados. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Em relação ao que está em apreciação da Proposta nº 389/CM/2016, para a

compra de veículos na para a compra de veículos de combate a incêndio, chegou a

todos os Grupos Municipais, incluindo ao MPT e também a Vereadores e alguns

serviços, um email que levanta aqui algumas questões, por isso eu sugeria que este

ponto não fosse votado hoje e que isto baixasse à 8ª Comissão para avaliar a

veracidade deste email. ----------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Mostre-me lá o email, se faz favor. Senhor Deputado, eu desconheço o email,

portanto, a Mesa pede aqui 30 segundos para ver o que é. -----------------------------------

-----Senhores Deputados, é um email enviado por uma pessoa particular contra o

procedimento desta proposta, mas naturalmente nós não temos que estar aqui a

discutir este tipo de situações. É distribuído por todos os Senhores Deputados, se

alguém entender, o Senhor Deputado entendeu chamar aqui à atenção, não há

proposta nenhuma sobre este email, o email é de hoje às 17h35m, não há condições

evidentemente para estarmos agora a adiar uma coisa por uma denúncia particular que

nos ultrapassa completamente. --------------------------------------------------------------------

----- Eu irei analisar este email com cuidado, se houver algum problema, isto é apenas

uma repartição de encargos para a Câmara poder fazer o concurso público, há muito

tempo de se verificar que se há algum problema grave a Câmara suspender o

procedimento, portanto, vamos fazer uma votação condicionada para, caso se

verifique alguma razão de ser nesta denúncia que nos apareceu às 5h30 da tarde nos

nossos emails e que eu não estive nem sequer a vê-los porque estava a dirigir os

Trabalhos, mas suspender-se-á e verificar-se-á, portanto, uma votação condicionada é

o que eu vos peço. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado, faça o favor de continuar.” --------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhora Presidente, o email é de ontem ao final da tarde, mas

isso também com a Ordem de Trabalhos que hoje tínhamos é natural que não tenham

todos tido tempo de o ver, de qualquer forma eu mesmo que haja a votação

condicionada, era bom que ela baixasse à 8ª. Comissão, eventualmente à 8ª e à 1ª para

que fosse analisado o conteúdo do mesmo e serem descartadas as acusações que estão

aí feitas, mas acho que valia a pena esclarecer e clarificar o conteúdo do mesmo.” ------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado, muito obrigado pelo seu alerta. Vamos fazer o seguinte, eu

estive a ver aqui assim para quem é que o email foi dirigido e foi dirigido aos

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gabinetes dos Vereadores, foi dirigido aos Gabinetes dos Partidos, por acaso não foi

dirigido ao gabinete da Presidente, razão pela qual eu não o recebi, nem sequer o vi,

estou a tomar conhecimento pela primeira vez. Por aquilo que estou a ver, posso pedir

à 8ª Comissão o favor de analisar este email posteriormente, mas, neste momento,

vamos votar a proposta. ---------------------------------------------------------------------------

----- Já vou dar a palavra ao Senhor Vereador Carlos Castro, mas eu não queria agora

generalizar o debate, o que eu dizia por propor, porque por uma questão operacional

era o seguinte: nós fazemos uma votação condicionada, a 8ª Comissão dá uma vista de

olhos neste email, o Senhor Vereador dá uma vista de olhos neste email, esclarece a 8ª

Comissão, a 8ª Comissão Esclarece a Presidente, eu informo todos os representantes,

mas fazemos uma votação condicionada quando este esclarecimento chegar cá

levanta-se condicionante se ficar tudo esclarecido. É mais simples do que estamos

agora aqui a prolongar o debate, é o que eu vos proponho, uma votação condicionada

com este procedimento. ---------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro.” --------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, a propósito desta intervenção do Senhor

deputado do MPT que a quem agradeço por ter suscitado esta questão, devo só dizer

de uma forma muito sido muito simples e objetiva que a discussão das questões

suscitadas tem a sua sede legal no procedimento do concurso designadamente nos

erros e omissões do projeto e nos esclarecimentos a prestar pelo júri, portanto, não há

qualquer receio em relação a estas questões, terão a sua sede própria. Obrigado.” -------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Vereador, está a dizer que já tinha dito, isto é apenas uma a uma

repartição de encargos para permitir abrir o concurso e, portanto, temos muito tempo

para se houver erros no procedimento, eles serem devidamente corrigidos, seja como

for o problema foi suscitado, eu pedia para não prolongar a discussão, o problema foi

suscitado, vou mandar um email à 8ª Comissão, vou pedir que o veja quando

entender, o concurso tem prazos longos, vai haver tempo para nós corrigirmos isto em

setembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Ana Lúcia está a pedir a palavra e o Senhor Deputado João

Pinheiro também.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Lúcia Gomes (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, é só Lúcia sem Ana. ------------------------------------------------

----- Senhora Presidente, eu acho que a votação não deve ser condicionada nem deve

ser mandado nenhum pedido à 8ª Comissão porque efetivamente e, como já

esclareceu o Senhor Vereador qualquer esclarecimento, qualquer dúvida, qualquer

questão tem que ser averiguada em sede de procedimento concursal e a Assembleia

Municipal não tem qualquer competência em termos de procedimentos concursais.” ---

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Deputada agradeço a sua intervenção, tanto mais que a Senhora

Deputada é uma ilustre jurista, coisa que eu não sou e, portanto, se tem esse

entendimento deve ser melhor que o meu e, portanto, eu sou em abono do rigor

jurídico. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente da 8ª Comissão também está a pedir a palavra, mas creio

que secunda as palavras da Senhora Deputada, secunda as palavras da Senhora

Deputada Lúcia Moura. ----------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, Senhores Deputados sendo assim, sendo assim, não há mais problema,

na devida altura quem tiver queixas a fazer sabe a quem se dirigir, que não será a

Assembleia Municipal, mas sim, a Câmara e o júri do procedimento, basicamente, o

júri do procedimento. Nós aqui não estamos a pronunciar-me sobre o concurso

público, estamos a pronunciarmo-nos apenas sobre a repartição de encargos que

permite que a Câmara possa lançar o concurso, sem isso não pode ser sequer lançado.

----- Portanto, Senhores Deputados a Mesa vai pôr à votação, neste caso a Presidente

da Mesa vai pôr à votação o ponto 7 da Proposta nº 389/CM/2016, repartição de

encargos, como se viu, aquisição de 10 veículos urbanos de combate a incêndios para

o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa que, naturalmente é através de um

procedimento de concurso público internacional. ----------------------------------------------

----- Não há votos contra. Abstenção do MPT. Votos a favor do PS, PSD, PCP, CDS-

PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta nº 389/CM/2016 foi aprovada por

maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Agora sim, terminámos os nossos Trabalhos. ---------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira apresentará uma Declaração de

voto por escrito. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados desejar- vos a todos boas férias, a nossa próxima Sessão é

no dia 13 de Setembro, aproveitem descansem e obrigado a todos por toda a

colaboração e todo o empenho no vosso trabalho. Uma salva de palmas para todos.” ---

----- O Senhor Deputado Magalhães Pereira (PSD) apresentou posteriormente a

seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------

----- “ O Grupo de Lista do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, apresenta

a seguinte Declaração relativamente ao seu Voto Favorável na Apreciação do ponto

nº 7 da Proposta n.º 389/2016 referente a Repartição de Encargos e Assunção de

compromissos plurianuais para aquisição de 10 (dez) Veículos Urbanos de Combate

a Incêndios destinados ao Regimento de Sapadores Bombeiros, Proposta esta

submetida a Plenário da Assembleia Municipal na sessão de 26 de Julho de 2016 e aí

acolhida por Unanimidade. -----------------------------------------------------------------------

----- 1. O Grupo Municipal do PPD/PSD votou FAVORAVELMENTE a Proposta em

epígrafe por entender ser de extrema urgência a disponibilização desses 10 veículos,

indispensáveis que são para possibilitar um socorro musculado e célere, adequados

em equipamento e tipologia aos sinistros a que acorrem. ------------------------------------

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----- 2. No entanto verifica que apesar de a Câmara Municipal de Lisboa estar a

arrecadar mais de 19 Milhões de Euros por ano com a famigerada Taxa de Proteção

Civil, mantém uma continuada redução de meios humanos e materiais do Regimento,

com resultados diretos na forte e lamentável diminuição da eficiência do dispositivo

operacional. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- 3. As características específicas da cidade de Lisboa, aliadas à vulnerabilidade a

catástrofes sísmicas e alastramento de sinistros de incêndio, tal como o passado nos

ensina, não permitem, antes punem, as soluções de redução de guarnições e de

facilitismos nas ordenanças que têm sido sistematicamente adotados. ---------------------

----- 4. Urge portanto preencher devidamente o depauperado Quadro de Pessoal do

Regimento, compensando aposentações e folgas, reorganizando os meios humanos e

o reforço do socorro através do pessoal do ativo que está desviado para funções

administrativas, assim como a abertura de novas recrutas e a aquisição de viaturas

ligeiras e de operação específica, em número e tipo adequados, retornando aos

tempos de resposta que eram apanágio da cidade de Lisboa e dos Sapadores

Bombeiros. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- 5. Não pode, nem deve ainda a Câmara Municipal, deixar de atender aos

relevantes serviços que os Bombeiros Voluntários têm sempre prestado à cidade e aos

cidadãos, apoiando determinadamente as corporações de Lisboa e as suas

Associações Humanitárias, de forma a integrarem um dispositivo coordenado,

atribuindo-lhes para esses efeitos os respetivos meios. ---------------------------------------

----- Lisboa, 27 de Julho de 2016 -----------------------------------------------------------------

----- Pelo Grupo de Lista do PPD/PSD, os Deputados Sérgio Azevedo e João de

Magalhães Pereira.” -------------------------------------------------------------------------------

----- A sessão terminou eram vinte e uma horas e quarenta e cinco minutos. --------------

----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de

Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos

do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do

n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 10 de Setembro

de 2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2014. -----------------------------

----------------------------------------A PRESIDENTE -------------------------------------------