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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------
------------------------------------- Mandato 2013-2017 -----------------------------------------
----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VINTE E SEIS DE
JULHO DE DOIS MIL E DEZASSEIS ------------------------------------------------------ ---------------------------ATA NÚMERO CENTO E DEZASSEIS -------------------------
----- Aos vinte e seis dias do mês de julho de dois mil e dezasseis, em cumprimento da
respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo
do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e
nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo seu Regimento, reuniu a Assembleia
Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14,
em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva,
Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada
pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela
Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva, respetivamente Primeiro
Secretário e Segunda Secretária, em exercício.-------------------------------------------------
----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da
Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------
----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana
Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias
Figueiredo, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama
Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Cristina
Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel
Santos Amado, Deolinda Carvalho Machado, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues,
Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando
Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Filipe Xambre Bento
Pereira, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, João Luís Valente Pires, João
Manuel Costa de Magalhães Pereira, José Alberto Ferreira Franco, José António
Cardoso Alves, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes,
José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luís
Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro
Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio
de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos
Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de
Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Nuno
Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia de
Oliveira Caetano Barata, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro
Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel Sousa Barrocas Martinho Cegonho,
Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva
Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rute Sofia Florêncio
Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Vasco André Lopes Alves
Veiga Morgado, Vasco Miguel Ferreira dos Santos, Lúcia Alexandra Pereira de Sousa
Gomes, Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem, José Vítor dos Reis, Jorge
Manuel de Almeida, Susana Maria da Costa Guimarães, Igor Boal Roçadas, Ana
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Paula da Silva Viseu, Carla Rothes, Sara Diana de Campos Leiria Goulart de
Medeiros, Tiago Maria de Sousa Alvim Ivo Cruz, Sandra Cristina Andrade Carvalho,
Rosa Lourenço, Duarte Miguel Rafael Sopeira, João Gomes Boavida, João Diogo
Santos Moura, Pedro Manuel Cunha da Silva Ribeiro, Sofia Margarida Vala Rocha,
Nelson Pinto Antunes, Luís Graça Gonçalves, Rui Jorge Gama Cordeiro. ----------------
----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------
-----António Modesto Fernandes Navarro, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, ----------------
----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de
18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se
mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do
artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da
Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------
----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um
dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal Rosa Lourenço. --
----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Campolide, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado
Municipal Duarte Miguel Rafael Sopeira. ------------------------------------------------------
----- Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes (PS), Presidente da Junta de
Freguesia de Benfica, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal
Deputada Municipal Carla Rothes. ---------------------------------------------------------------
----- Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira (PS), por um dia, tendo sido
substituído pelo Deputado Municipal João Boavida. ------------------------------------------
----- Sandra da Graça Lourenço Paulo (PS), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Susana Guimarães. --------------------------------------------------------
----- Nuno Ferreira Pintão (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado
Municipal Igor Boal Roçadas. --------------------------------------------------------------------
----- José Roque Alexandre (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada
Municipal Ana Paula da Silva Viseu. ------------------------------------------------------------
----- Daniel da Conceição Gonçalves da Silva (PSD), Presidente da Junta de Freguesia
de Avenidas Novas, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado
Municipal Pedro Manuel Cunha da Silva Ribeiro. ---------------------------------------------
----- Joaquim Maria Fernandes Marques (PSD), por um dia, tendo sido substituído
pelo Deputado Municipal Luís Graça Gonçalves. ---------------------------------------------
----- Carlos de Apoim Vieira Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela
Deputada Municipal Nelson Pinto Antunes. ----------------------------------------------------
----- Tiago Miguel de Nunes Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela
Deputada Municipal Sofia Margarida Vala Rocha. --------------------------------------------
----- Margarida Maria Moura da Silva de Almeida Saavedra (PSD), por um dia, tendo
sido substituída pelo Deputado Municipal Rui Jorge Gama Cordeiro. ---------------------
----- Carlos José Pereira da Silva Santos (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Lúcia Alexandra Pereira de Sousa Gomes. ----------------------------
----- Miguel Tiago Crispim Rosado (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal José Vítor dos Reis. -------------------------------------------------------
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----- Mariana Rodrigues Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Sara Goulart Medeiros. ---------------------------------------------------
----- Isabel Cristina Rua Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada
Municipal Cristina Andrade. ----------------------------------------------------------------------
----- José Manuel Marques Casimiro (BE), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Tiago Ivo Cruz. ------------------------------------------------------------
----- Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça (IND), por um dia, tendo sido
substituído pelo Deputado Municipal Jorge Almeida.-----------------------------------------
----- Ana Luísa Flores de Moura e Regedor (IND), por um dia, tendo sido substituída
pela Deputada Municipal Catarina Canongia de Alpoim de Gouveia Homem. -----------
----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro e
pelos Senhores Vereadores: Carlos Castro, João Paulo Saraiva, Catarina Albergaria,
Manuel Salgado, Catarina Vaz Pinto José Sá Fernandes, Jorge Máximo e Rui Franco. -
----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Carlos Moura,
João Gonçalves e Alexandra Duarte. ------------------------------------------------------------
----- Às quinze horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum, a
Senhora Presidente da Assembleia declarou aberta a reunião. ----------------------------
-----A Senhora Presidente da Assembleia, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados estamos prestes a ter quórum, falta-nos ainda quatro
Senhores Deputados, não podemos começar a sessão sem quórum, mas posso
entretanto dar um aviso pelo menos. -------------------------------------------------------------
----- Temos cinco pessoas inscritas para falar, duas pessoas que se inscrevam como
suplentes, uma vez que a Assembleia vai estar fechada agora durante mais de um mês.
Nós vamos aceitar estas duas inscrições, com um apelo veemente a todos serem o
mais sintéticos possível, só porque esta sessão hoje tem 43 pontos na ordem de
trabalhos e nós prevemos terminar os nossos trabalhos muito para lá das 10 horas da
noite. Portanto, agradecia a todas as pessoas que hoje vão falar que tivessem em
consideração que hoje é um dia muito carregado, mas queremos que todos tenham a
oportunidade de falar. ------------------------------------------------------------------------------
----- E assim que tenhamos quórum começamos. ----------------------------------------------
----- Senhores Deputados se há algum Senhor Deputado que ainda não assinou,
agradeço que venham a Mesa, porque não podemos começar a sessão que devia ter
começado às 14 horas e trinta minutos, porque faltam Senhores Deputados e eu sem
quórum não posso começar a sessão, pedia um esforço de todos. ---------------------------
----- Senhores Deputados temos quórum, peço para ocuparem os vossos lugares, nós
temos uma sessão, como eu já disse, muito preenchida e hoje tenho que pedir um
esforço a toda a gente para nós conseguimos realmente fazer os nossos trabalhos da
melhor maneira possível. --------------------------------------------------------------------------
----- Vamos começar. Nós temos agora inscritas cinco pessoas. -----------------------------
----- Não se esqueçam que o 1º ponto da ordem de trabalhos de hoje é uma petição e,
portanto, também têm direito a usar da palavra, será a seguir ao público. -----------------
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----- Senhores Deputados havia vários votos que eu não agendei para hoje, porque
temos já uma sessão muito sobrecarregada, naturalmente ficarão para a próxima
sessão. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em todo o caso, para que não fique completamente desatualizado e porque já o
fizemos uma vez, queria apenas pedir a todos os Senhores Deputados presentes uma
aclamação, equivalente a um voto de saudação pela vitória no Campeonato do Mundo
de 420 em vela de Diogo Costa e Pedro Costa. Peço a todos uma salva de palmas e,
naturalmente, faremos chegar. --------------------------------------------------------------------
----- Estamos realmente em maré de campeonatos e em maré de vitórias, o que é
muito bom para o para o ego nacional e para os atletas que conseguem estes trunfos,
portanto, fica registado, ficará registado em Ata e a Mesa far-lhes-á a chegar a
posição. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto ao mais, relativamente aos votos que entraram, eu já falei aos
proponentes que eram do Partido Socialista e do e do PAN que os votos ficarão para
Setembro, serão colocados no site e, portanto, ficaram para Setembro.” -------------------
---------------------PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --------------------
-----A Senhora Presidente da Assembleia, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Para hoje, temos agora as pessoas inscritas a quem eu vou passar a dar a palavra.
----- Temos duas pessoas suplentes que, naturalmente também lhes darei a palavra,
pedindo para serem o mais sucintos possível. --------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Raquel Cardoso Paisana, já agora aproveito para dizer que a
Senhora Rosa Teixeira Ribeiro que falará a seguir vai ser sobre o mesmo assunto e é
precisamente sobre um assunto está agendado para hoje. ------------------------------------
----- Peço a maior atenção a todos, temos os jornalistas a assistir, nós vamos discutir
hoje a versão final do regulamento de horários de funcionamento e, portanto, é sobre
esse assunto que temos pessoas inscritas que nos querem transmitir o seu ponto de
vista. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Faça favor Senhora Dona Raquel Maria.” -------------------------------------------------
----- A Senhora Dona Raquel Maria Cardoso de Matos Paisana, residente em Rua
Dona Filipa de Vilhena nº60 – 4º Dto., 1000-135 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ---
----- “Boa-tarde a todos, chamo-me Raquel Paisana e sou Presidente da nova
Associação de Moradores do Arco do Cego. ---------------------------------------------------
----- Falo em nome de muitos moradores dessa zona e por causa das propostas de
alteração à proposta de revisão do Regulamento de horários dos estabelecimentos de
venda ao público, proposta nº 206/CM/2016. --------------------------------------------------
----- Começo por referir que tendo nascido e residindo nesta nossa cidade, sempre vi
o comércio local ser acarinhado pela população residente que conhece os
comerciantes e os estima, numa sã convivência de bairro. -----------------------------------
----- No entanto, cada vez mais verificamos a abertura de comércio ganancioso que
vende sobretudo bebidas alcoólicas, a maior parte cerveja, em enormes quantidades,
de forma descontrolada, pelo que de noite, mas também de dia, é habitual a
frequência de clientes. Muitos deles jovens menores de idade que ficam depois
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alcoolizados, atraindo passadores de droga e marginais, que são um foco de conflito
com os moradores e também com os outros comerciantes habituais.-----------------------
----- Os embriagados insultam os residentes a qualquer hora do dia ou da noite,
mesmo que não sejam confrontados com o despejo permanente de garrafas, copos de
plástico e restos de comida. Urinam nas árvores em frente das casas, nas portas das
lojas e nas escadas dos prédios, é vomitado, beatas de cigarros aos quilos, maços de
tabaco vazios, cascas de tremoços fora e dentro de baldes de plástico, ratos e
ratazanas e papéis que ficam no chão e na relva ou por detrás dos arbustos dos
jardins. É só ir lá ver. Uma lixeira a céu aberto! ----------------------------------------------
----- Estas zonas da cidade tendem a aumentar, porque deixou de ser só o Bairro Alto
e a segurança e a qualidade de vida dos munícipes degrada-se, rápida e
progressivamente.-----------------------------------------------------------------------------------
----- Portugal é um dos países do mundo com maior consumo de álcool por habitante
e, pasme-se, há quem defenda que a solução para este problema da cidade de Lisboa,
é o de fomentar mais locais de venda de cerveja a custo baixo, para não haver
concentração de alcoolizados só em certas zonas, em suma, mais offshores de
alcoolémia. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- É pois com estranheza que não se vê a preocupação dos eleitos locais de aprovar
regulamentos que proíbam o consumo de bebidas alcoólicas na rua, como acontece
em outras cidades do País e da Europa e que não se proíba de urinar na rua. Pelo
contrário, antes facilita o prolongamento do horário de funcionamento deste tipo de
estabelecimentos. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Já se fez uma amostragem com base na faturação registada por hora quanto ao
número e tipo de produtos que são vendidos a partir das 23 horas, por exemplo, nos
cafés e lojas de conveniência que ficam abertas com ou sem esplanadas? É muito
fácil apurar tais dados. ----------------------------------------------------------------------------
----- Porque tem o cidadão comum de pagar 0,10€ por saco de compras e tropeça-se
diariamente nas ruas com dezenas ou centenas de copos de plástico, que nos chegam
a impedir de circular e que, com o vento habitual da cidade, se espalham pela via
pública em várias artérias? -----------------------------------------------------------------------
----- Porque tem a CML uma empresa que controla, rigorosamente e bem, o mau
estacionamento dos carros e não cuida de controlar a sujidade, a degradação do
espaço público, a destruição das plantas, passeios, imóveis e equipamentos
urbanos?” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Dona Raquel, o assunto é da maior importância para nós, vou-lhe pedir
para sintetizar porque na estamos no final da sessão de intervenção, se tiver um
documento escrito ele serás transcrito integralmente na Ata.” -------------------------------
----- A Senhora Dona Raquel Maria Cardoso de Matos Paisana prosseguiu com a
sua intervenção: -------------------------------------------------------------------------------------
----- “ Estou a acabar. ------------------------------------------------------------------------------
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----- Quanto gastam diariamente as autarquias na limpeza desses espaços que daí a
umas horas voltam a estar infectos e sem condições de habitabilidade? ------------------
----- Não temos dúvidas, são tais estabelecimentos e não o comércio local habitual
que causam a destruição do ambiente das nossas ruas e da nossa cidade. Porque eles
pagam taxas? Nós também pagamos, IMI e outras! -------------------------------------------
----- Espero porém, citando Camões, ‘Não vir cantar a gente surda e endurecida por
não estar ainda a Pátria, estas cidades. Espero, metida no gosto da cobiça’. ------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada nós pelo vosso contributo e naturalmente hoje vamos discutir
essa matéria e vamos ver o que é que sai das propostas de alteração, o que vai ser
aprovado ou não pela Assembleia Municipal. --------------------------------------------------
----- A Senhora Dona Rosa Teixeira Ribeiro é sobre o mesmo assunto, estamos bem
conscientes da importância que este assunto tem para todos os habitantes de Lisboa e,
portanto, é muito importante ouvirmos o que as pessoas têm para dizer.” -----------------
----- A Senhora Dona Rosa Teixeira Ribeiro, residente em Rua Dona Filipa de
Vilhena nº6 – 3º Dto., 1000-135 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -----------------------
----- “Boa-tarde, sou moradora há exatamente 15 meses na Rua dona Filipa de
Vilhena, frente ao Jardim do Arco do Cego, passei da fase do encanto à fase da
consternação. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Lisboa precisa de dois grupos importantes de pessoas para o seu
desenvolvimento, moradores e turistas. Que se relacionem e interajam de forma
harmoniosa e sustentada, sendo imperativo respeitar e conciliar os respetivos
interesses, aproximar posições, implementar receitas já testadas noutras cidades e,
porque não, imaginar formas originais de intervenção? -------------------------------------
----- O Regulamento hoje em apreciação aponta soluções que se nos afiguram
desconectadas da realidade, tais como, a equiparação do horário de uma esplanada
ou de um estabelecimento em que se insere, assim como, a mudança do regime de
horários das lojas de conveniência. Vejamos, em torno do Jardim do Arco do Cego
temos estabelecimentos instalados no piso térreo de edifícios habitacionais,
construídos em épocas onde não existiam normas de isolamento acústico, de
pequenas dimensões e de reduzida lotação, de modo que parte substancial dos seus
clientes se concentram na via pública e nela consomem bebidas. ---------------------------
----- A nossa situação é pouco vulgar, já que a nossa preocupação não se prende com
o fluxo turístico de passagem mas com uma situação mais específica, enraizada e
popularizada, sobre a apelativa designação de “Spot da Cerveja”. -----------------------
----- Assistimos a uma obstrução quase sistemática da via pública, dificultando a
circulação das pessoas e das viaturas, praxes académicas mensais ruidosas e jovens
em coma etílico, atentados à propriedade privada com ocupação, deterioração e
conspurcação das entradas dos prédios, perturbação recorrente da ordem,
insegurança, intranquilidade pública, ofensas e ameaças a moradores, destruição e
danificação de equipamentos urbanos. ----------------------------------------------------------
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----- Convivemos com esta realidade a partir das 12 horas, até adiantada hora da
noite, duas, três e mais horas e estamos numa situação de grande vulnerabilidade e
impotência. A qualidade do nosso sono é grandemente afetada, deixando de ser uma
estrita questão de incomodidade para se transformar, cada vez mais, numa questão
de saúde pública.------------------------------------------------------------------------------------
----- Foi tomada recentemente uma decisão de encerramento de dois bares às 21
horas e, obviamente, houve uma alteração qualitativa visível, pelo menos no passeio
contíguo, já que o problema foi transportado para a área do jardim onde os
utilizadores se sentem ainda mais à vontade e sem constrangimento de qualquer
espécie, para dar livre curso à sua imperiosa e ruidosa expressão. ------------------------
----- Não se trata de querela entre idosos rezingões e jovens dinâmicos. Infelizmente é
muito mais do que este falso antagonismo de opereta, pois a degradação do ambiente
do quarteirão é evidente e notória e todas as Leis da República em matéria de
ambiente, saúde pública, álcool e ruído, são ostensivamente ignoradas. ------------------
----- O Jardim do Arco do Cego transformou-se num parque de diversões a céu
aberto, sem regras nem fiscalização séria, crescendo um sentimento de insegurança. --
----- Os moradores desgastados pela situação que tem vindo a agudizar-se e a
degradar-se, apelam ao bom senso, à identificação e ao tratamento individualizado
dos seus problemas, em particular, que seja estipulado um limite horário de 22 horas
para todos os estabelecimentos situados em zonas residenciais como a sua, sendo
admissíveis exceções limitadas em número por ocasião de grandes eventos municipais
ou desportivos, de modo que a deadline existente na Lei do Ruído seja respeitada
podendo assim viver no sítio que escolheram, convivendo em boa harmonia com os
restantes utilizadores do espaço público. -------------------------------------------------------
----- Obrigado pela vossa atenção.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Nós é que agradecemos Senhora Dona Rosa a vossa vigilância, vamos ver o que
é que a Assembleia hoje consegue fazer ao fim da vários meses de andar à volta desta
matéria, vamos ver o que é que hoje é aprovado. ----------------------------------------------
----- Vamos passar ao Senhor José Manuel Justino Fernandes, vem fazer uma queixa
por causa de notificações dos lojistas da Rua da São Lázaro. Penso que a Rua de São
Lázaro é uma das áreas do novo programa de habitação acessível que a Câmara está a
lançar e provavelmente o assunto tem a ver com isso, vamos ver o que é que o Senhor
José Manuel tem para nos dizer. Se faz favor.” ------------------------------------------------
----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes, residente em Rua de São Lázaro
nº60, 1150-333 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------
----- “Muito boa-tarde. O meu nome é José Fernandes e eu tenho uma loja na Rua de
São Lázaro, portanto, esta minha intervenção é uma intervenção de desespero e de
ajuda. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, eu sou comerciante, tenho uma loja que pertence, portanto, o senhorio
é a Câmara Municipal de Lisboa e nós recebemos uma carta a pedir determinados
documentos. Que eu fui à Câmara saber e informaram-me por telefone que os
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documentos que estão a pedir, em causa, alguns documentos privados que a
Segurança Social não dá, não entrega, portanto, dos ordenados dos meus
funcionários, no caso, não é? Porque todos nós recebemos e a finalidade é que,
portanto, os prédios vão ser demolidos e que nós vamos sair todos, portanto, não fica
ninguém e é para sair tudo. -----------------------------------------------------------------------
----- Isto é um desespero que eu tenho, porque eu estou na rua há 30 anos, tenho
colegas que estão há 40 ou 50 anos na rua e quando eu disse à doutora, portanto, que
falou por telefone comigo, que é um desespero. O que é que eu vou fazer à minha
vida? --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, como eu digo estou há 30 anos, portanto, sou comerciante há 30 anos,
tenho 5 funcionários que trabalham comigo na empresa e vou para onde? Portanto, é
um terramoto na minha vida que eu não sei o que fazer! -------------------------------------
----- Pronto, é complicado, a Senhora disse-me que ia receber depois um documento
para negociar e que tinha dez dias. Ora, mas vou para onde? O que é que faço à
mercadoria que tenho, porque no fundo o meu património são os clientes que eu fui
adquirindo nos 30 anos que estou ali na rua. Portanto, e, como eu os meus colegas
estamos todos desesperados, não sabemos o que fazer, portanto, se nos puderem
ajudar, agradecia!” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor José Manuel, aquilo que eu lhe sugeria era o seguinte, penso que esses
dez dias têm a ver com o facto de a Câmara dever ter pedido, a Câmara está a preparar
um processo de requalificação da Rua de São Lázaro e deve ter feito diligências no
sentido de cessar contratos ou cessar cedências de lojas e os dez dias é o que o Código
do Procedimento Administrativo diz que as pessoas têm para se pronunciar. -------------
----- Eu talvez sugerisse, não sei se já o fizeram, que fossem falar com a Junta de
Freguesia e pedir à Junta de Freguesia que analisasse este problema com a Câmara
para ver qual é a melhor solução. Porque o processo neste momento está a correr
burocraticamente, portanto, esses dez dias são da Lei. ----------------------------------------
----- Agora, ainda não há uma decisão definitiva e, portanto, convinha talvez com a
ajuda da Junta que a Junta pudesse negociar com a Câmara para ver qual é a melhor
solução para todos, antes que a Câmara tomasse a decisão definitiva. Sendo certo que
a Câmara tem muito interesse em requalificar aquela rua e compreenderão este
interesse que é um interesse também da cidade, portanto, temos que encontrar aqui
uma solução.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes fez a seguinte intervenção: ------------
----- “Eu agradeço Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “O que eu lhe sugeria, porque acho que neste momento é o mais expedito, até
porque a Assembleia Municipal agora fica encerrada e não tem poder executivo. Era
que sendo lojas de comércio e de proximidade, que fossem à Junta de Freguesia,
falassem com o Presidente da Junta e pedissem à Junta de Freguesia para ver junto da
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Câmara como é que está o processo e, enfim, se é possível introduzir alguma
alteração.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes fez a seguinte intervenção: ------------
----- “Muito obrigado. É só uma pergunta, muito rápido, mas é desesperante quando
a base negocial, digamos assim, é o sair!” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Desculpe, o que eu lhe estou a dizer é que os dez dias é o que chamamos a
audiência de interessados, a Lei permite. --------------------------------------------------------
----- Presumo que a Câmara ainda não lhe pode responder aqui diretamente, porque
não está previsto na Lei que a Câmara responda diretamente. Eu vou pedir à Câmara
para ver o que se passa. ----------------------------------------------------------------------------
----- Mas penso que podiam também antecipar caminho se falassem com a Junta de
Freguesia, é a sugestão que eu daria. Muito obrigada.” ---------------------------------------
----- O Senhor José Manuel Justino Fernandes fez a seguinte intervenção: ------------
----- “Muito obrigado também a si, muito obrigado.” -----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos prosseguir e temos a Senhora Dona Ana Maria Vieira Isidro, é uma
questão de habitação, já cá esteve várias vezes, este assunto já foi analisado no Grupo
de Trabalho, vamos ver o que é que a Senhora Dona Ana Maria tem de novo para nos
dizer, nós temos aqui alguma informação que depois lhe poderemos dar. Se faz
favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, residente em Rua Vasco Mendonça Alves
nº5 – R/C, 1900-434 Lisboa,fez a seguinte intervenção: -------------------------------------
----- “Boa tarde a todos, Senhores deputados, Senhora Presidente, Vice-Presidente a
todos os respetivos. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Eu venho pela quarta vez pelo mesmo motivo de habitação. ---------------------------
----- Está-se agora um bocadinho a cercar a cerca. Não é? Porque veio pelo correio
da parte dos senhorios. Não é? E a coisa está muito próxima, estou em perigo, como
tal estou à espera de resposta. Como agora é altura de férias, eu tenho estado a
aguardar e espero alguma resposta da Doutora com todo o…mas com a máxima
urgência, porque eu estou mesmo a ficar com a cerca apertada. Num mês ou dois, eu
já telefonei para eles, eles disseram que até hoje não acontecia nada, depois de
Setembro que dissesse alguma coisa que não havia perigo.” --------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Oh senhora Ana Maria a situação é esta, a Senhora Ana Maria realmente
candidatou-se a um pedido de habitação municipal, teve várias candidaturas, mas
depois como saiu, esteve num sítio e depois esteve noutro sítio, as candidaturas não
batiam certas umas com as outras e a última candidatura que tinha de 2015 estava
numa posição em cento e tal lugar para um fogo que precisa. Portanto, não é uma
posição que permita eu poder lhe dizer com segurança que vai ter uma atribuição de
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um fogo rapidamente, não vai ter porque há gente à sua frente com pontuações mais
altas, portanto, por aqui não consegue solução. ------------------------------------------------
----- Portanto, nesta circunstância aquilo que eu lhe sugeria era que, enfim, verifica-se
junto da junta de freguesia ou da Santa Casa da Misericórdia se lhe podem dar algum
apoio de emergência, se porventura o despejo se efetivar e, se isso acontecer, avisar
imediatamente a Câmara.” -------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------
----- “Eles deram-me um prazo até Setembro que não havia problema, depois
disso….” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Se o seu advogado diz que não tem problema, em princípio, os tribunais estão
fechados mas de qualquer modo, talvez valesse a pena verificar se tem condições de
concorrer a qualquer um dos outros programas da Câmara. ----------------------------------
----- A Câmara tem outros programas que vão abrir agora no Verão, nomeadamente
um programa de apoio ao subsídio de renda, um subsídio de renda para apoio a uma
renda no parque privado, uma vez que as casas da Câmara não chegam para todos os
pedidos. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tem essa possibilidade e tem a possibilidade também de concursos de casas em
rendas um bocadinho mais baixas, são mais altas que as casas sociais, mas são baixas
que o mercado. Informe-se nos serviços de habitação se algum desses programas lhe
interessa e concorra.” -------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------
----- “Eu estou a aguardar, o Doutor também está de férias….” ----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Dona Ana Maria eu não lhe posso dizer mais do que lhe estou a dizer, se quiser
ao serviço de habitação no Campo Grande perguntar quais são os programas que vão
abrir agora em Agosto para se candidatar, elas lá verificam se tem condições para se
candidatar ou não e se tiver avance. Porque tem esta candidatura, mas esta candidatura
mas está num lugar muito para trás.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------
----- “Já ando há muito anos, desde 2002.” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu sei que sim Dona Ana Maria, mas há muita necessidade.” ------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------
----- “Apagam-me tudo, eu tinha um netinho, eu tinha (…), agora é muito urgente
para mim, senão fico na rua com os bens. Não é?” -------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Nós temos consciência disso mas não podemos passar as pessoas à frente
quando as pontuações são mais baixas, não podemos fazer isso por lei. -------------------
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----- Eu sugeria-lhe isso.” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------
----- “Já comuniquei com o Doutor, está aqui no processo, ele disse-me que tivesse
descansada que até Setembro depois eu dissesse qualquer coisa que não havia perigo.
Pronto.” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Faça como quiser, se o seu advogado lhe diz isso, faça como quiser. Do nosso
ponto-de-vista o conselho era que se dirigisse aos serviços de habitação para ver se os
novos programas que abrem agora no Verão, se algum deles lhe convém. ----------------
----- É só isso, obrigado.” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Ana Maria Vieira Isidro, prosseguiu a intervenção: --------------------
----- “Eu vou entregar se me permite, vou-lhe entregar estas cópias.” ---------------------
----- (A Documentação entregue pela cidadã Ana Maria Vieira Isidro, fica anexada
à presente ata como Anexo I e dela faz parte integrante) ------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Pode entregar documentos sim senhor. ---------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- Isto é difícil porque nós temos estado no grupo de trabalho a analisar estas
situações e, de facto, as casas que a Câmara tem disponíveis não são suficientes para
os pedidos e isto torna-se difícil, mas tem de se ver se algum outro programa serve
para o caso da Dona Ana Maria. ------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar então à próxima pessoa inscrita. É o Senhor José Teles Baltazar, é
um problema que tem a ver com os separadores centrais. Não sei exatamente em que
zona da cidade de Lisboa, mas ele vai dizer-nos. ----------------------------------------------
----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor José Teles Baltazar, residente em Passeio do Levante nº2 – 5B, 1990-
503, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------
----- “Agradeço à Senhora Presidente a oportunidade de me dirigir aqui aos autarcas
da cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------
----- Como todos sabemos e temos reparado, faz parte da estratégia municipal
urbanística em curso o embelezamento e humanização das vias de tráfego que estão
em curso um pouco por toda a cidade, até em dimensões e localizações impensáveis,
mas isso é outro assunto que logo veremos. ----------------------------------------------------
----- Estão na Avenida da República, Campolide, Campo Grande, Avenida Rio de
Janeiro, Rua Viriato, em todos os locais e anuncia-se o mesmo critério paisagístico
par Sete Rios e para a Segunda Circular. -------------------------------------------------------
----- No Parque das Nações, onde eu resido e sou eleito na Assembleia de Freguesia,
ao arrepio destas boas-práticas preconizadas pela CML, a Junta de Freguesia do
Parque das Nações decidiu apresentar numa assembleia de freguesia extraordinária
um pacote de delegações de competências que inclui uma que eu vou aqui destacar,
pouco avisada e com muito pouco tino. Defende retirar toda a vegetação e arrancar o
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sistema de rega do separador central da Avenida Dom João II, o troço Sul que
pertence ao PP1 e proceder ao seu calcetamento. ---------------------------------------------
----- Passar de arbustos estéticos, intransponíveis, para calçada que já foram no
Google View de 2012, eram intransponíveis, agora já não são porque deixaram ruir,
para uma calçada sem proteção, compromete a segurança dos peões que passarão a
ter a via aberta para atravessar a avenida em qualquer ponto, aumentando deste
modo o risco de atropelamento. ------------------------------------------------------------------
----- Além do desajustado critério estético, trata-se de uma medida despesista, pois a
manutenção dos canteiros é efetuada ao abrigo do contrato de prestação de serviços
nos espaços verdes da responsabilidade da Junta de Freguesia do Parque das
Nações. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Consultada uma empresa de especialidade e sem qualquer negociação
comercial, estou certo que com um quarto da estimativa orçamental apresentada,
será possível requalificar e dignificar a Avenida Dom João II de acordo com o que foi
originalmente projetado pelos Arquitetos responsáveis. --------------------------------------
----- Eu tenho aqui comigo os documentos que o Executivo da Junta de Freguesia do
Parque das Nações vai apresentar na assembleia de Freguesia, com os orçamentos e
com o que vai fazer, vou entregar aqui à Mesa. -----------------------------------------------
----- Ontem, um comunicado da Junta de Freguesia do Parque das Nações ou do
PNPN faz-nos pensar se estaremos a lidar com autarcas sem caráter, sem palavra,
porque veem dizer ontem num comunicado ‘que informamos que a solução que nos
foi apresentada como um facto consumado, está em fase de aprofundamento entre a
Junta de Freguesia do Parque das Nações e a CML’, ‘para terminar e para perceber
onde é que ficamos afinal, vamos requalificar ou terraplanar?’. ---------------------------
----- Compreende-se a intenção deste comunicado que pretende desmobilizar a
espontânea manifestação popular de protesto em forma de cordão humano ao longo
da avenida Dom João II, amanhã dia 27 de Julho às 18 horas, mas amanhã lá estarei
na companhia da minha família e de residentes interessados. O ponto de encontro
está marcado para a Avenida Dom João II, junto à loja Nespresso e Clínica dos
Lusíadas. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu apelo aqui ao Senhor Presidente, vou terminar, apelo aqui ao Senhor
Presidente da distrital do PS que neste caso em particular, conceda liberdade de voto
sem orientação política que não seja a consciência dos seus eleitos na Assembleia de
Freguesia extraordinária de amanhã no Parque das Nações. -------------------------------
----- Termino desejando boas férias aos Senhores Deputados Municipais. ----------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Documentação entregue pelo cidadão José Teles Baltazar, fica anexada à
presente ata como Anexo II e dela faz parte integrante) -------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor José Baltazar naturalmente essas matérias são competência da
Assembleia de Freguesia e não da Assembleia Municipal e, portanto, eu não posso dar
a palavra a ninguém para-lhe responder, mas a Assembleia Municipal é alheia a um
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problema que é do fórum da assembleia de freguesia. E o Senhor como membro da
assembleia de freguesia é no seio da assembleia de freguesia que poderá colocar essa
questão e atendê-la. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos continuar com os inscritos. ---------------------------------------------------------
----- Já terminou? Não. Temos duas pessoas suplentes e onde é que está a minha folha
de inscritos? ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, vamos prosseguir. -----------------------------------------------------------------
----- É o Senhor Rui Sousa Costa. ----------------------------------------------------------------
----- Oh Senhor Deputado José Moreno neste momento não pode usar da palavra, o
regimento não permite, eu sei que foi diretamente interpelado, mas o regimento não
permite neste período. ------------------------------------------------------------------------------
----- Eu peço desculpa Senhores Deputados, o regimento não permite que os Senhores
Deputados respondam diretamente ao público. O Senhor Deputado pode fazer um
ponto de ordem à Mesa se quiser, pode fazer um ponto de ordem à Mesa e fica
registado em Ata, mas eu não lhe posso dar a palavra para outra coisa. Pode fazer um
ponto de ordem à Mesa, isso pode fazer. --------------------------------------------------------
----- Peço desculpa Senhor Rui Costa. -----------------------------------------------------------
----- Microfone ao Senhor Deputado José Moreno para fazer um ponto de ordem à
Mesa.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Moreno (PNPN), no uso da palavra, fez o
seguinte ponto de ordem à Mesa: ----------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- No fundo eu não me vou alongar muito, como a Senhora Presidente tem dito,
temos uma sessão muito longa, mas não posso deixar, obviamente, verberar aquilo
que foi dito contra mim. ‘Falta de caráter’, isto é inadmissível de alguém dizer, mais
ainda de um elemento do público, de um elemento eleito desta casa, desta Assembleia.
----- Portanto, para que conste em Ata, isto é inadmissível, não podem em
circunstância alguma tolerarem-se estas atitudes. ----------------------------------------------
----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado e fica registado o seu protesto e com razão, a
Mesa é que não tinha maneira de lhe dar a palavra de outra maneira senão esta, mas
muito oportunamente o fez. -----------------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Rui Sousa Costa é também a alteração do regulamento dos horários. ----
----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Rui Sousa Costa, residente em Rua Dona Filipa de Vilhena nº4 – 3º
Dto., 1000-135 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Membros da Mesa, Senhor Vice-Presidente, Senhores
Vereadores, Senhores Deputados Municipais, Minhas Senhoras e Meus Senhores, os
meus cumprimentos respeitosos.------------------------------------------------------------------
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----- É sobre o Regulamento dos Horários dos Estabelecimentos, o artigo 5º., para ser
conciso fala nas esplanadas e tem o limite dos horários e há aqui uma alteração à
proposta que foi aprovada na generalidade. ---------------------------------------------------
----- Eu permito-me fazer a seguinte sugestão: primeiro um dos fundamentos desta
alteração, é que se estão na esplanada, não estão no espaço público e, controla-se
melhor a utilização do espaço público. A minha sugestão é que isso seria verdade se
os preços fossem iguais para a esplanada e para o take away, o que realmente não
são na venda de bebidas alcoólicas, sendo assim temos que, temos que passar a ter
talvez um novo tipo de lojas de conveniência com horário alargado. ----------------------
----- Como disse aqui há uns tempos o Senhor Presidente da Câmara é o andarem de
um lado para o outro, logo há apenas uma mudança do local do consumo, daí ou se
alteram os preços, o preçário que está estipulado ou se proíbe o consumo para fora
dos estabelecimentos e das esplanadas, abrangendo os quiosques ou então se volta à
proposta original das 24 horas como encerramento da esplanada. ------------------------
----- O Artigo 6º diz-se que há um número novo porque já previsto no despacho nº.
40-P-2014, a sugestão é que fosse salvaguardado sem prejuízo das zonas onde já
existe um horário específico de funcionamento dos estabelecimentos. ---------------------
----- O Artigo 7º. Lojas de conveniência, a minha pergunta é, se se mantém a regra
generalizada do encerramento às 22 horas, ainda que se preveja nesta alteração
haver um alargamento dos horários de acordo com as definições das Juntas de
Freguesia. Há aqui um aspeto que eu vou ter que chamar a vossa atenção, as Lojas
de Kebab para mim são algo de híbrido na cidade de Lisboa porque vendem no
estabelecimento no interior pouco e vendem muito mais refeições e bebidas na via
pública e têm um horário segundo me parece das 6 da manhã às 2 da manhã, isto é,
vamos ter mais um foco de instabilidade nas Lojas de Kebab que estão abertas e que
fornecem sobretudo para o exterior e não para o interior, portanto, tem que haver
aqui um controlo ou tem que haver uma legislação ou uma regulamentação específica
para estas lojas. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu agradeço, são os seus três minutos, são problemas candentes que nós vamos
hoje discuti-los, depois poderá acompanhar a nossa discussão, naturalmente os
Senhores Deputados ouvirão os seus argumentos e também têm os seus próprios e
vamos ver o que é que isto hoje, que resultado obtemos no final da discussão e da
votação. Muito obrigada. --------------------------------------------------------------------------
----- Temos uma última pessoa inscrita, a Dona Célia Simões, Presidente da
Associação “A Cidade Imaginada”. Também são problemas relacionados com o
Parque das Nações. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Como já é uma inscrição excedentária pedia-lha também para ser o mais sucinta
possível para não atrasar os nossos trabalhos, se faz favor.” ---------------------------------
----- A Senhora Dona Célia Simões fez a seguinte intervenção: ---------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. -----------------------------------------------------
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----- Muito boa-tarde, falo em nome da Associação “A Cidade Imaginada” do Parque
das Nações, criada em março deste ano e já com uma centena e meia de sócios, que
surge com o propósito de em colaboração com as autarquias locais, devolver ao
Parque das Nações o nível de excelência de qualidade urbana que sempre o
caraterizou e que se tem vindo a perder de há três anos a esta parte. ----------------------
----- Começo por referir as palavras do nosso Primeiro-ministro António Costa, em
Dezembro de 2012, era então Presidente da Autarquia, e garantia, e passo a citar,
‘Quem mora, trabalha e investiu no Parque das Nações, tem obviamente o direito de
exigir o mesmo elevado padrão de qualidade que teve até aqui, e que se vai manter,
(…) e não há razão para que seja agora, pior do que era antes.’. --------------------------
----- Foram três anos em que fomos ouvindo reiteradamente a argumentação de que a
transferência das competências da Parque Expo para a Câmara Municipal de Lisboa
não correu bem e que as autarquias locais foram vítimas deste processo
desculpabilizando assim o péssimo trabalho, para não dizer nulo, da Junta de
Freguesia do Parque das Nações. ----------------------------------------------------------------
----- Passaram três anos, repito, tempo mais do que suficiente para estarem agora a
apresentar outros resultados na gestão urbana! “Sejamos rigorosos”, como dizia o
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa quando se tratou da passagem da gestão
dos espaços verdes e da higiene urbana e dos contratos de manutenção, “Sejamos
rigorosos”. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Também já ouvimos até à exaustão o argumento de que os materiais e
equipamentos utilizados na Expo98, estão hoje, quase duas décadas volvidas, em fim
de vida, fruto da falta de manutenção e investimento da Parque Expo. --------------------
----- Estamos de acordo quanto ao peso dos anos nos materiais e equipamentos, já
quanto há falta de manutenção, efetivamente só demos por ela nos últimos três anos.
Sejamos rigorosos, não tivesse a população do Parque das Nações percecionado
tamanha incúria e destruição e nunca teria nascido a nossa associação. -----------------
----- Sabemos que não temos nem mais nem menos direitos que as restantes freguesias
da cidade de Lisboa. No entanto, o que deveríamos estar hoje aqui a exigir era que
essas freguesias tivessem as mesmas condições que existiam há quatro anos no
Parque das Nações e não baixar os padrões de qualidade, ‘lisbonizando’ o que era
um espaço de excelência. --------------------------------------------------------------------------
----- Pior ainda, é que algumas das poucas intervenções realizadas pela CML no
Parque das Nações já se encontram vandalizadas, por falta de iluminação e
vigilância adequadas, necessitando de novas intervenções. ---------------------------------
----- Mas este cenário de decadência não acaba aqui. Hoje é fácil encontrar locais de
tal maneira ao abandono e na mais completa escuridão, que se tornam convidativos a
delinquentes e propícios a práticas de pedofilia e prostituição. Houvesse apenas um
candeeiro em algumas zonas e conseguiria comprovar o que digo com algumas fotos,
em todo o caso, podem presenciar in loco fazendo uma visita aos locais entre a meia-
noite e as seis da manhã. --------------------------------------------------------------------------
----- Permito-me enumerar alguns casos de má gestão do espaço público e aqui
destruição do legado da Expo 98: ----------------------------------------------------------------
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----- 1 - Foram instalados candeeiros novos de tecnologia Led no Passeio do
Neptuno, junto ao Jardim das Ondas e nos decks da Alameda dos Oceanos. Além de
violarem os princípios e conceitos em que assentavam todo o projeto de iluminação
do recinto da Exposição, a luz destes candeeiros é demasiado branca e a luminância
muito má. A intervenção foi há poucos meses e alguns já se encontram vandalizados. -
----- 2 - Ainda sobre a iluminação, um levantamento realizado pela ACIPN permitiu
concluir que nos troços norte da Alameda dos Oceanos e da Avenida Dom João II,
mais de metade das lâmpadas dos candeeiros estão fundidas ou desligadas. -------------
----- Uma situação totalmente inaceitável que representa um perigo para todos os que
ali circulam e que revela mais uma vez a negligência de quem gere habitualmente o
Parque das Nações. --------------------------------------------------------------------------------
----- Foi tornada pública uma carta que a ACIPN enviou à Junta de Freguesia do
Parque das Nações, à CML e à EDP Distribuição, entidades responsáveis por esta
situação. Até hoje, não recebemos resposta de qualquer destas entidades. Acrescento
que não há poupança que pague uma vida humana! ------------------------------------------
----- 3 - Entre o final de 2013 e o início de 2015 os jardins Garcia de Orta estiveram
esquecidos e vetados ao abandono, o lixo acumulou-se e muitas espécies foram
irremediavelmente perdidas. Chagada a altura de refazer, foi com alguma admiração
que a ACIPN constatou que a Arquiteta Cristina Castel-Branco, autora dos Jardins
Garcia de Orta e de uma referência na recuperação de jardins históricos, não foi
envolvida no projeto de requalificação daqueles jardins. ------------------------------------
----- Nas diversas comunicações que foi fazendo sobre o assunto, a Junta de
Freguesia do Parque das Nações sempre atribuiu a autoria dos Jardins Garcia de
Orta ao arquiteto João Gomes da Silva, com quem foi trabalhando no projeto durante
mais de um ano, mas tal facto não corresponde à verdade. ----------------------------------
----- Temendo estar presente perante mais uma intervenção de descaraterização de
um espaço emblemático do Parque das Nações, solicitámos que a Arquiteta Cristina
Castel-Branco fosse envolvida na requalificação do jardim. Não só não foi envolvida,
como já se procedeu, aliás, ao abate de árvores e arbustos com mais de 20 anos de
idade. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- 4 - No Parque Tejo, aquela zona que o Vereador Sá Fernandes quando alertado
para a degradação dos relvados referiu que estava em excelentes condições…” --------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Dona Célia terminou o seu tempo, queria-lhe pedir para abreviar se faz
o favor.” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Dona Célia Simões fez a seguinte intervenção: ---------------------------
----- “Estou a terminar Senhora Presidente. ----------------------------------------------------
----- Referiu que estavam em excelentes condições, é com tristeza que assistimos mais
uma vez com a chegada dos dias quentes de verão, ao desaparecimento do pouco
verde que persiste nos relvados. Isto, apesar da Junta de Freguesia do Parque das
Nações ter noticiado a renovação do sistema de rega. ---------------------------------------
17
----- Aliás, já o Vice-Presidente Duarte Cordeiro garantira em 3 de Fevereiro de
2016 que o problema com o sistema de rega no Parque Tejo, não só estava
ultrapassado, como seria mais eficaz. -----------------------------------------------------------
----- Não está ultrapassado Senhor Vice-Presidente! Convido-vos a fazer uma visita. --
----- O Parque Tejo já foi motivo de orgulho de todos nós, hoje é uma triste sombra
do que já foi. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Até quando? ------------------------------------------------------------------------------------
----- É assim que queremos promover o Parque das Nações? -------------------------------
----- Quem se pode sentir orgulhoso do aspeto atual deste parque? ------------------------
----- Quem ganha com toda esta destruição? ---------------------------------------------------
----- 5 - O Skate Parque continua abandonado, ao lado, as casas de banho públicas
voltaram a ser grafitadas e estão fechadas três meses após a sua inauguração.
Parece evidente, mas relembramos que falta vigilância e iluminação. ---------------------
----- 6 - Na Alameda dos Oceanos não conseguimos compreender que os vulcões de
água, um ex-libris do Parque das Nações, continuem sem funcionar em pleno com os
seus famosos jatos de água. Há um ano e meio que o último dos vulcões deixou de
funcionar. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Recordo que são muitos os turistas que diariamente visitam aquele espaço e que
ficam longos momentos à espera de tirar uma fotografia ao instante da explosão.
Felizmente, para eles, acabam por desistir. A água tem naquele espaço uma função,
não se esqueçam disso! ----------------------------------------------------------------------------
----- 7 – Também a limpeza dos jardins é assustadoramente escassa, pois vemos
constantemente o acumular dos lixos, sem que se faça a higiene urbana destes
espaços. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Verificamos também constantemente que a calçada portuguesa, sobretudo nas
zonas junto a grandes empresas e há muitas no Parque das Nações felizmente, não é
varrida nem lavada, o que remete para um aglomerado de pontas de cigarro e uma
sujidade sempre presente nas ruas mais frequentadas de Lisboa. Falo da alameda dos
Oceanos e da Avenida Dom João II. -------------------------------------------------------------
----- 8 - Por fim, queremos ainda reforçar que há muito que a população do Parque
das Nações pede, quase que encarecidamente, que o separador central da Avenida
Dom João II seja requalificado com arbustos e vegetação apropriada, tal como
acontecia até 2012 e que desde então tudo morreu devido à falta de manutenção. ------
----- Numa altura em que por toda a cidade se rasgam avenidas para que se criem
separadores verdes, no Parque das Nações substitui-se o verde por pedras. -------------
----- Nesta fase de análise, pedimos que a população do Parque das Nações seja
ouvida. Queremos os arbustos no separador central e não pedras. Pela segurança
rodoviária, pelo ambiente, pedras não! Arbustos sim! ----------------------------------------
----- Não posso terminar sem deixar de referir que esta semana ficaram mais de 300
crianças sem colocação na Escola Vasco da Gama, a escola da sua área de
residência, entrando apenas 29. ------------------------------------------------------------------
----- Constroem-se ciclovias, gasta-se meio milhão de euros em instalações de um
Clube Sénior e arrasta-se um problema de anos com a construção da nova escola! ----
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----- Até quando? ------------------------------------------------------------------------------------
----- Não podemos esquecer a educação, onde mais uma vez centenas de crianças
ficaram sem poder frequentar a escola da sua residência, na Vasco da Gama, na
Escola Vasco da Gama, por exemplo, entraram 29 de 324 candidatos! A
responsabilidade dos jardins-de-infância e 1º ciclo pertence às Câmaras Municipais. -
----- Sabemos dos problemas que se arrastam há anos com a posse dos terrenos, mas
se há 700.000€ para ciclovias e 435.000€ para instalações da junta e de um clube
sénior, por que razão não há dinheiro para resolver, de uma vez por todas, o maior
problema de todos e que afeta o que de melhor há no mundo, as crianças? --------------
----- Pedimos que as cidades sejam pensadas para as pessoas, com espaços verdes e
equipamentos para todos, com instituições de proximidade, com limpeza, com
manutenção. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Não podemos seguir com uma política do deitar abaixo, apenas porque agora a
Autarquia tem dinheiro, tirado a ferros de todos os contribuintes e visitantes, que
querem apenas melhor qualidade de vida urbana. --------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Dona Célia tem mesmo que terminar.------------------------------------------
----- Eu peço desculpa de estar a fazer esta pressão sobre quem está afalar, não é
elegante, mas de facto já foi uma inscrição aceite já em suplente e, portanto, já
estamos no limite, se a Senhora Dona Cidália quiser deixar o integral da sua
intervenção para a Ata, ficará registada na integralidade. ------------------------------------
----- Muito obrigada. -------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, naturalmente, não tenho outra resposta a dar à Dona Célia a
não ser que as questões do Parque das Nações, mais uma vez, devem ser colocadas na
Assembleia de Freguesia. --------------------------------------------------------------------------
----- Nós aqui apenas apreciamos as questões de natureza genérica, embora hoje
mesmo, tenhamos um tema na ordem de trabalhos que pode ser relevante que é a
discussão na generalidade do Regulamento Municipal do Arvoredo, que tem a ver
com a gestão dos espaços verdes da cidade de Lisboa. Veremos como é que corre essa
parte dos nossos trabalhos. ------------------------------------------------------------------------
----- Terminou as intervenções do público em matéria de período de intervenção
aberta ao público.” ----------------------------------------------------------------------------------
--------------------------- PERÍODO DA ORDEM DO DIA ----------------------------------
----- PONTO 1 - APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 10/2016 - PELO FIM
IMEDIATO DA UTILIZAÇÃO DE HERBICIDAS/GLIFOSATO NOS
ESPAÇOS PÚBLICOS DE LISBOA, NOS TERMOS DA PETIÇÃO E AO
ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X GRELHA-BASE - 51M, A
QUE ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS SUBSCRITORES;
APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DO PARECER DA 4ª E 6ª COMISSÕES
PERMANENTES E DA RECOMENDAÇÃO 01/116 (1ª CP) – TEMA 6. ------------
19
----- (A Petição nº 10/2016 fica anexada à presente Ata, como Anexo III e dela faz
parte integrante). ------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente, fica anexado à presente
Ata como Anexo IV e dela faz parte integrante). ----------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 1/116 – 3ªCP - fica anexada à presente Ata, como Anexo
V e dela faz parte integrante). ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Temos mais intervenções do público hoje, mas já no âmbito da apreciação da
Petição 10/2016. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Tenho a indicação que é o Senhor Gabriel Mateus que virá fazer a apresentação
da petição. Pergunto se está presente? Está sim senhora, julgo que vem a caminho. -----
----- A apreciação, esta petição foi apreciada pela 4ª e 6ª Comissão Permanente, teve
como Relator o Senhor Deputado Miguel Santos, creio eu, e, portanto, depois pedirei
ao Senhor Deputado Relator para naturalmente se pronunciar sobre o vosso relatório
antes de apreciamos a recomendação. -----------------------------------------------------------
----- Portanto, tem a palavra o peticionário Senhor Gabriel Mateus, em representação
dos peticionários da Petição 10/2016 ‘Pelo fim imediato da utilização de herbicidas
Glifosato no espaço público de Lisboa’.” -------------------------------------------------------
----- O Senhor Gabriel Mateus Representante dos Peticionários, no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde Senhora Presidente, Senhores Deputados e a todos os presentes.
Muito obrigado. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Gostaria de agradecer, uma vez mais, esta oportunidade que nos dão de podermos
vir aqui falar sobre um assunto que pensamos ser da máxima importância e da
máxima atualidade que é a utilização de Glifosato e de herbicidas à base de Glifosato,
na gestão dos nossos espaços públicos. ----------------------------------------------------------
----- Eu venho então em representação de um grupo de cidadãos que partilha entre eles
desta preocupação e também gostaria de se colocar do lado da solução e, portanto,
contribuir da melhor forma possível por concretizar aquilo que nos parece ser uma
evidência que é, a gradual proibição desta substância na utilização dos espaços
públicos. E, portanto, nós, na realidade apenas estamos a procurar um contributo da
nossa parte na condição de cidadãos, para que essa concretização se venha a fazer o
mais rápido possível e não só se venha a fazer, mas também que se encontrem as
melhores soluções e alternativas para substituir estas substâncias nos espaços
públicos. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Nesse sentido, nós tivemos várias iniciativas. A primeira foi a criação de uma
petição que pedia à Câmara Municipal de Lisboa que deixasse de utilizar Glifosato e
herbicidas à base de Glifosato na gestão dos espaços públicos e dos parques da cidade
de Lisboa. Mas também além disso, nós procurámos contactar todos os atores desta
problemática, nomeadamente as várias juntas de freguesia de Lisboa, as 24 juntas de
freguesia, não só para dar conhecimento daquilo que foram as nossas iniciativas e
aquilo que era a nossa proposta, mas também para procurar termos toda a informação,
20
estarmos na posse de toda a informação relativamente à utilização de Glifosato e de
herbicidas por parte das juntas de freguesia. ----------------------------------------------------
----- Eu devo dizer que a recetividade que nós tivemos foi bastante grande, o que nos
deixou bastante contentes e bastante entusiasmados, por sentirmos que havia uma
recetividade por parte de todas as juntas de freguesia em relação à nossa proposta. E,
nesse sentido, conseguimos identificar diretamente 14 juntas de freguesia que, neste
momento, nos disseram que já não utilizam herbicidas à base de Glifosato ou então
que estão em vias de deixar de utilizar ao longo deste ano. E, portanto, aquilo que nós
pudemos confirmar é de que existe uma vontade generalizada em fazer esta transição.
E, portanto, conseguirmos reduzir os vários fatores de risco e várias exposições
desnecessárias para a população e, portanto, proteger os nossos cidadãos e as gerações
futuras de uma substância, como todos já sabemos, foi classificada como
provavelmente cancerígena, além de outros problemas associados para a saúde
pública, para o Ambiente e para os animais. ----------------------------------------------------
----- E, portanto, nós também depois de ter sido colocado e disponibilizado
publicamente o relatório sobre o Glifosato, pudemos então também verificar que,
neste momento, faltam apenas esclarecer 6 juntas, das 24 juntas de freguesia, em
relação à utilização ou não do herbicida à base de Glifosato. --------------------------------
----- Nesse sentido, é claro que gostaríamos muito de obter toda esta informação, nós
temos tentado fazer uma ponte bidirecional, isto é, não só levarmos às juntas de
freguesia aquilo que é um consenso generalizado da população em não se expor a uma
substância potencialmente cancerígena. Mas também através das redes sociais que
criámos e deste movimento que criámos, procurámos levar até à população as
dificuldades que nós percebemos e, principalmente, quando participámos da 4ª e da 6ª
Comissão, onde pudemos ouvir os vários autarcas e perceber também as dificuldades
que existem nesta transição, nomeadamente financeiras, de recetividade por parte da
população por vezes. -------------------------------------------------------------------------------
----- E, nesse sentido, nós tentamos fazer um trabalho de criar uma aliança de
cidadania entre autarcas e cidadãos e, portanto, levar a informação dos cidadãos aos
autarcas, mas também dos autarcas aos cidadãos. Portanto, nesse sentido, seria muito
importante, até por este lugar que nós ocupamos de mediação, digamos assim, seria
muito importante obtermos o mais rapidamente possível, o esclarecimento
relativamente às 6 juntas de freguesia que faltam. E também nesta preocupação que
temos em levar às pessoas que nos acompanham, toda a informação mais atualizada
possível. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Temos recebido também, recebemos pelo menos duas notificações por parte de
alguns cidadãos, dizendo que nestas 14 juntas de freguesia que identificámos, houve
duas em que os cidadãos nos assinalaram a utilização de herbicida com Glifosato.
Claro que nós sabemos que estamos numa fase de transição, algumas destas juntas de
freguesia mostraram vontade em fazer a transição, mas ainda em alguns momentos
poderão vir a utilizar e, portanto, esperemos também que isto seja esclarecido o mais
rapidamente possível. ------------------------------------------------------------------------------
21
------ Tivemos acesso ao relatório, o qual lemos com muita atenção e houve algumas
questões que nos ficaram por esclarecer. Nomeadamente, a certa altura é dito que o
Senhor Vereador Sá Fernandes nos terá respondido em relação às várias questões que
nós levantamos e, no entanto, ainda não obtivemos nenhuma resposta e, portanto, nós
gostaríamos muito que que isso acontecesse o mais breve possível. ------------------------
----- Também temos conhecimento das atividades do grupo de trabalho criado pela
Câmara Municipal de Lisboa no sentido de avaliar as melhores soluções possíveis
para substituir, para alternativas em relação aos herbicidas. Segundo consta dia 11 de
Agosto serão apresentados resultados e claro que estaremos muito atentos e a querer
muito saber os resultados deste grupo de trabalho, até porque, se houver uma
conclusão no sentido de se fazer essa transição então o nosso trabalho também fica
concluído e fica resolvido dessa maneira instantaneamente. Gostaríamos muito de
saber o ponto da situação, mal esteja concluído este relatório.-------------------------------
----- Também a certa altura no relatório é dito que caso fosse proibida, até porque há
esta intenção que foi anunciada por parte do Senhor Ministro da Agricultura, que terá
dito que existe a intenção de proibir a utilização de herbicidas à base de Glifosato nos
espaços público. E, a certa altura, o relatório diz-nos que a Câmara Municipal de
Lisboa tem todas as condições para fazer já esta transição e, nesse sentido,
congratulamo-nos que exista já essa preocupação, esse conhecimento e essa
capacidade de fazer a transição rapidamente. Então, também ficamos na expectativa
de que se concretize aquilo que nos parece ser o consenso em torno da vontade
popular e também da maior parte dos autarcas que temos que contactado, no sentido
de fazer esta transição o mais rapidamente possível. ------------------------------------------
----- Bom, nós da nossa parte, nós temos feito todo este trabalho, nós tínhamos feito
inicialmente e tínhamos assumido um compromisso também de criarmos condições
para uma discussão que juntasse todos os autarcas das juntas de freguesia e alguns
especialistas, no sentido de percebermos as dificuldades, de todos poderem partilhar
essas dificuldades e também se encontrar um consenso em torno das melhores
alternativas. Penso que se isso for feito e concluído pela parte do grupo de trabalho,
essa nossa iniciativa original deixa de fazer sentido. No entanto, nós, daqui para a
frente, aquilo que vamos fazer é continuarmos atentos à problemática, perceber a
evolução desta questão que, como disse, inicialmente, parece-nos uma evidência que
esta transição se faça e que acabe por acontecer de uma maneira ou de outra. ------------
----- E, portanto, aquilo que nós temos como proposta daqui para a frente, é
continuarmos a monitorizar esta evolução, esta transição inevitável e de alguma forma
continuarmos a reforçar esta aliança que nos parece muito importante, não só pela
questão do Glifosato, mas também numa questão mais abrangente que é reforçar a
participação e a aliança de cidadania entre autarcas e cidadãos. -----------------------------
----- E, portanto, podemos também ter aqui um papel pedagógico em todas as direções
e, nesse sentido, vamos manter os instrumentos que criámos para as nossas iniciativas
e vamos obviamente, a estar sempre disponíveis para estreitar estes laços e para
continuar a informar, tanto autarcas naquilo que parece-nos ser a vontade popular,
mas também as populações daquilo que são as soluções encontradas por parte das
22
juntas de freguesia. E nesse sentido, penso que podemos todos estar seguros de que
conseguiremos trabalhar para uma cidade realmente mais segura, que esteja atenta à
segurança e à saúde pública dos seus cidadãos e os cidadãos também apreenderem
uma forma nova de estar em sociedade que é assumirem o seu compromisso da parte
que lhes toca de um problema comum a todos nós. --------------------------------------------
----- Muito obrigado pela atenção.” --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada. ------------------------------------------------------------------------------
----- Nós também saudamos a vossa iniciativa.-------------------------------------------------
----- Vou agora dar a palavra ao Senhor Deputado Relator Miguel Santos, para
apresentar um relatório e depois há vários Senhores Deputados inscritos que se vão
pronunciar. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Penso que os peticionários sabem que, depois no final, temos uma recomendação
que vamos pôr à votação para que haja um resultado concreto desta vossa iniciativa e
que resulta, de facto, numa recomendação à Câmara que iremos votar no final destas
intervenções.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e na
qualidade de Relator do Parecer Conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente, fez a
seguinte apresentação: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Antes de mais queria saudar os peticionários pela excelente intervenção cívica
que proporcionaram, como exemplo, para toda a cidade. E, gostava de lembrar que,
toda esta nossa intervenção partiu de um trabalho que é feito nas comissões que é um
trabalho de acompanhamento e de monitorização das recomendações que são
aprovadas nesta Assembleia. ----------------------------------------------------------------------
----- Portanto, neste caso, o PAN tinha apresentado uma recomendação que tinha sido
aprovada, pelo fim da utilização também do Glifosato e chegou a altura, passados
quase 2 anos, de tentar perceber o que é que tinha acontecido entretanto. E, esse
trabalho foi entregue, neste caso à 6ª Comissão a que depois se juntou também a 4ª
Comissão, uma vez que havia intervenção também da parte ambiental, mas foi nesse
trabalho de monitorização que começámos a tentar perceber tudo o que se tinha
passado. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Esse trabalho de compilação foi um trabalho que foi feito de forma sistemática,
nós começámos por fazer e eu convido a todos que possam ler o relatório, começámos
por fazer um enquadramento de considerações prévias nas intervenções relativas à
Assembleia Municipal de Lisboa, ao plano internacional e europeu e do plano
nacional, nomeadamente ao trabalho que tem sido feito na Assembleia da República. --
----- Ouvimos também o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos, que foi uma das
intervenções mais se salientou pelo detalhe que proporcionou a todos os Deputados,
digamos, no estabelecimento da periculosidade deste produto. A que depois,
entretanto, se juntou esta Petição nº 10/2016 que aparece, portanto, já quando
23
estávamos a fazer este trabalho. E, esta Petição nº 10/2016, levantou uma série de
questões que permitiram dar um ângulo diferente ao nosso trabalho de relatório. --------
----- Esta petição permitiu um tipo de colaboração que normalmente não acontece,
porque os peticionários fizeram um trabalho de audição de audição, de interação com
as juntas de freguesia do qual nós fomos também beneficiários, ao poder estabelecer
aquilo que se ia passando em cada junta de freguesia. Relativamente a isto, eu gostava
de dizer que houve mais uma junta de freguesia que se juntou, entretanto, foi a
Freguesia dos Olivais, que embora não acabe já imediatamente, mas estabelece um
caminho para acabar com a utilização do Glifosato. -------------------------------------------
----- E, portanto, cada vez mais existe esta intenção de acabar com o Glifosato. ---------
----- Finalmente, eu gostaria de salientar que fizemos também mais audições,
nomeadamente, dos Senhores Presidentes de junta de freguesia, nomeadamente o
Presidente de Junta de Freguesia da Estrela que foi um dos primeiros a autarcas a
fazer, digamos, o fim da utilização do Glifosato. Ouvimos também o Senhor Vereador
do Ambiente da Câmara Municipal de Lisboa que, permitiu-nos saber que a qualquer
momento que seja tomada essa decisão, a Câmara está preparada para fazer o fim da
utilização deste produto. E eu iria finalmente a passar às recomendações que foram,
entretanto, estabelecidas. --------------------------------------------------------------------------
----- De referir que no dia 11 de Agosto sairá o relatório do grupo de trabalho da
Câmara relativamente à utilização do Glifosato e que nos poderá dar novas pistas
relativamente a este problema. --------------------------------------------------------------------
----- Portanto, ouvidos os peticionários e apresentada a documentação, consultado o
relatório, apresenta as seguintes conclusões. À luz do conhecimento científico atual,
podemos afirmar com segurança que estamos perante uma questão de saúde pública
nacional que pode assumir contornos preocupantes no presente e para as gerações
vindouras, como tal, o Município não pode ser alheio àquilo que à sua
responsabilidade diz respeito. ---------------------------------------------------------------------
----- Devem ser envidados esforços, no sentido de eliminar a utilização de produtos
fitofarmacêuticos nos espaços públicos de Lisboa. A eventual decisão de não
utilização de herbicidas, Glifosato em particular e de todos os produtos
fitofarmacêuticos, obedece ao princípio da precaução, tendo em especial consideração
a proteção das pessoas, dos animais e da natureza, a saúde pública, assim como a
preservação dos ecossistemas. --------------------------------------------------------------------
----- A decisão de não utilização destes produtos em contexto urbano requer um
diálogo próximo entre o Município e juntas de freguesia, no sentido de serem
encontradas as melhores soluções alternativas e os recursos materiais e técnicos para a
sua implementação. ---------------------------------------------------------------------------------
----- As alterações que venham a ser sentidas pelos munícipes, carecem de
esclarecimento e sensibilização para as opções tomadas e para as implicações da fase
de transição necessária. A informação ao público é um aspeto crítico, pelo que deve
começar-se por responder aos subscritores da Petição nº 10/2016 que deu entrada,
entretanto, na Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------
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----- A Câmara está a desenvolver o estudo de realidade de utilização de herbicidas
Glifosato na cidade, estando a ser aprofundados todos os dados obtidos no âmbito do
grupo de trabalho criado para o efeito em 11 de Abril de 2016. Está prevista a
conclusão do respetivo relatório em 11 de Agosto de 2016 que será remetido à
Assembleia Municipal, contendo o diagnóstico da situação relativamente à utilização
de herbicidas em espaços públicos da cidade. --------------------------------------------------
----- 1 - Quem o faz, como o faz e com que produto o faz. -----------------------------------
----- 2 - A identificação de métodos alternativos. ----------------------------------------------
----- 3 - Calendarização da aplicação destes métodos no território de Lisboa. -------------
----- As conclusões do relatório, com informação sobre métodos alternativos, serão
transmitidas às freguesias de Lisboa, articulando soluções no respeito pelas
competências de cada autarquia. O Vereador irá sensibilizar o Executivo sobre as
consequências materiais e financeiras para as freguesias de erradicação de herbicidas,
nomeadamente o Glifosato. -----------------------------------------------------------------------
----- A Câmara Municipal tem vindo a testar métodos alternativos adequados a cada
situação ou localização, estando em condições de prosseguir a deservagens, mesmo
perante uma eventual decisão legislativa de proibição do uso de fitoformes.--------------
----- Em face ao exposto, a 6ª Comissão Permanente propõe à Assembleia Municipal
de Lisboa…” -----------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Oh Senhor Deputado, o Senhor Deputado está a ler a recomendação que foi
distribuída por todos os Senhores Deputados. Naturalmente, as conclusões não são
votadas e, portanto, pareceu-me muito bem, mas nós daqui a pouco vamos votar as
recomendações que todos têm. --------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado acha que é necessário fazer leitura? -------------------------------
----- Se entender, tem esse direito, naturalmente tem esse direito. É só por uma
questão de economia de tempo, uma vez que o documento está no site, foi distribuído
a toda a gente, foi entregue aos peticionários e está na mão de todos os Senhores
Deputados.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e na
qualidade de Relator do Parecer Conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente, retorquiu: -
----- “Se for lido a seguir, eu prescindo de ler agora.”-----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, respondeu:
----- “Não, ele não vai ser lido a seguir, se o Senhor Deputado quiser, faça favor. É
isso que eu estou a dizer.” -------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e na
qualidade de Relator do Parecer Conjunto da 4ª e 6ª Comissão Permanente,
prosseguiu a apresentação: ------------------------------------------------------------------------
----- “Portanto, face ao exposto, 6ª Comissão Permanente propõe à Assembleia
Municipal de Lisboa que delibere recomendar à Câmara Municipal que: ------------------
----- 1 – Elimine a utilização de produtos fitofarmacêuticos em espaço público de
forma tão célere quanto possível, excetuando situações limite previstas em
25
disposições legais, acompanhadas de medidas de segurança que evitem o contacto de
pessoas e animais com estes produtos químicos; -----------------------------------------------
----- 2 - Seja apresentado no mais curto espaço de tempo possível, um diagnóstico
exato da situação que inclua também os meios de intervenção no espaço público
externos à Câmara Municipal e um plano para a eliminação do uso de todos os
fitofarmacêuticos; -----------------------------------------------------------------------------------
----- 3 - No âmbito do grupo de trabalho, entretanto constituído nos serviços
camarários, ausculte especialistas na matéria para encontrar soluções viáveis e
simultaneamente eficazes e eficientes; ----------------------------------------------------------
----- 4 - Envolva e ausculte as freguesias e desenvolva estes estudos articuladamente; --
----- 5 - Sejam garantidas as condições, para que as alternativas que venham a ser
encontradas sejam progressivamente implementadas, nomeadamente compensando as
freguesias com meios humanos e materiais adicionais, pela eventual perda de
eficiência com a aplicação de métodos alternativos; ------------------------------------------
----- 6 - Informe a Assembleia Municipal de Lisboa das circunstâncias de qualquer
utilização de produtos fitofarmacêuticos no espaço público, efetuado em termos da
presente recomendação. ----------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado nós pelo seu trabalho, pelo relatório que propôs e que, de facto,
foi um relatório extenso e bem informado e esta recomendação que resulta
diretamente do relatório do Senhor Deputado Miguel Santos. -------------------------------
----- Temos vários Senhores Deputados inscritos, a Senhora 2ª Secretária vai dar a
palavra. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pedia aos Senhores Deputados para estarem em silêncio na sala, quem precisa de
falar tem lá fora as foyers, porque custa muito a quem está aqui a presidir aos
trabalhos estar com este ruído de fundo e para quem está a usar da palavra também.” --
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente em representação do Presidente da
CNL, Senhores Vereadores, Senhores Deputados, público aqui presente. -----------------
----- Eu de uma forma sucinta diria que hoje é um dia muito importante por duas
razões. A primeira, porque, de certa forma, regozijo-me com o facto de vermos
aqueles que são os peticionários desta proposta, trazerem à Assembleia Municipal
uma matéria que nós na Junta de Freguesia da Estrela já há cerca de 2 anos que
conseguimos erradicar. -----------------------------------------------------------------------------
----- E isto, também, porquê? Qual é a segunda? A segunda é ter a oportunidade
também de ver à Assembleia Municipal, que há 2 anos não ligou muito a isto, ver
agora envolvido desta forma, fruto da intervenção também dos peticionários e ver-se
envolvida numa matéria que é, de facto, importante. ------------------------------------------
----- E, por isso, eu diria senhora presidente, porque também não quero tomar muito
tempo, que o desafio agora é, de certa forma, estender às outras freguesias aquilo que
26
há 2 anos acontece na Estrela. E recomendo, e aqui é o compromisso que acho que é
importante que todos possamos ter, o protocolo que a Junta de Freguesia da Estrela
celebrou com a Quercus para a eliminação deste tipo de químicos de utilização no
espaço público. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Esse é um momento determinante e é o momento que, de facto, vai validar a
intervenção que é feita no espaço público sem utilização desses químicos e vai validar
o esforço, tanto da Junta de Freguesia da Estrela como também dos peticionários que
hoje aqui os trouxeram essa proposta. -----------------------------------------------------------
----- Muito obrigado, Senhora Presidente.” -----------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, caro Presidente em
exercício, Vereadores, Caros Deputados. -------------------------------------------------------
----- Eu não gostaria de deixar passar este momento sem poder intervir no âmbito
desta petição, uma vez que não pude participar nas reuniões e nas várias audições por
uma questão profissional e tendo em conta as horas a que estão ser convocadas as
comissões, mas não gostaria. ----------------------------------------------------------------------
----- Deixar aqui uma palavra em primeiro lugar, para saudar os peticionários por esta
iniciativa. E, obviamente, quando se trata de saúde pública, em que todos somos
responsáveis pelo seu zelo, ainda mais os órgãos municipais. -------------------------------
----- Gostaria de dizer que esta é também uma matéria que tem sido debatida por
vários concelhos do país e também na Assembleia da República, embora com uma
extensão no mundo agrícola que não se aplica à capital. -------------------------------------
----- Resumidamente, o CDS tem analisado a questão do Glifosato com especial
atenção, seja no alarmismo criado na população, sejam na obtenção de dados
científicos que nos permitam ter uma leitura clara sobre a sua aplicabilidade no meio
urbano e suas consequências. E, é nessa perspetiva científica e não ideológica que
devemos discutir esta questão. --------------------------------------------------------------------
----- A verdade, é que uso do Glifosato, à semelhança de outros pesticidas e
herbicidas, tem efeitos secundários quando as doses aplicadas ultrapassem as medidas
definidas especificamente para o seu uso. -------------------------------------------------------
----- Assim, avaliaria esta questão em duas vertentes, a forma como é utilizado e os
efeitos do seu uso. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar e segundo especialistas que ouvimos, há que perceber que por
vezes o mau uso deste herbicida é potenciado quando se aplicam doses acima das
recomendadas e, nessa matéria, deveríamos propor investimento na formação dos
trabalhadores que aplicam estes químicos, bem como a utilização de fatos de proteção.
----- Por outro, a aplicação feita durante o dia é contraproducente, uma vez que a sua
aplicação durante os períodos de exposição solar, agravam a sua evaporação e
contacto com o ambiente e, consequentemente, com pessoas e animais, pelo que o seu
uso deveria ser efetuado à noite, o que por razões óbvias, traria outras implicações às
autarquias. --------------------------------------------------------------------------------------------
27
----- Ou seja, aplicar Glifosato no período de pique de circulação de pessoas na rua, no
passeio dos animais e quando as crianças utilizam os parques infantis, são dinâmicas
que não podem ser conjugadas e que seguramente contribuiu com um contacto maior
e mais rápido com os seres humano. E, portanto, há que encontrar alternativas como
algumas juntas já estão a fazer e de que é exemplo a Junta de Freguesia da Estrela. -----
----- Quanto ao efeito cancerígeno e como a própria refere, a IARC que é mencionada
várias vezes no parecer, concluiu em 2015 e é isto que conclui, que há provas
limitadas em como o Glifosato seja potencialmente cancerígeno. ---------------------------
----- Ora, este ato foi profusamente divulgado junta da população, causando
preocupação generalizada, e quando tal acontece, importa centrarmo-nos na análise
científica. A classificação do potencialmente perigoso refere-se ao uso excessivo ou
contínuo do herbicida o que, neste caso, o primeiro foco de atenção deve ser com os
funcionários, além da população, que aplicam o mesmo no meio urbano. Para que se
entenda, a mesma agência diz que as carnes fumadas são potencialmente cancerígenas
e, portanto, obviamente se estivéssemos a consumir, nomeadamente enchidos todos os
dias durante 2 meses, obviamente que o risco potencial de cancro seria, obviamente,
triplicado ou quadruplicado. -----------------------------------------------------------------------
----- Mas dizer, para não me estender muito, que das várias citações feitas durante as
audições sobre as diretivas da Comissão Europeia, não se falou por acaso que a
Comissão Europeia recomenda a comercialização do Glifosato por mais 7 anos. Não
quer dizer que concordemos. Que a FSA afirma que o Glifosato não é móvel no solo
e, portanto, o risco de presença nas águas subterrâneas é mínimo e, destaco, a
Comissão Europeia recomenda, e bem, que a sua utilização em espaços públicos seja
minimizada. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Saliento ainda e, aliás, em suma para não me alongar muito mais, a problemática
em torno do uso de produtos fitofarmacêuticos deve preocupar cidadãos, mas, em
particular, os agentes públicos que os utilizam, sem alarmismos e com precaução,
tomando medidas sempre fundamentadas em pareceres das agências europeias e
portuguesas públicas que atuam nesta área, fundamentadas em estudos científicos. -----
----- No caso de Lisboa o caminho trilhado até ao momento, com destaque para as
medidas tomadas pela Junta de Freguesia da Estrela e também a abertura manifestada
pela Câmara nesta resolução, deixa-nos esperança de que, em breve, consigamos ter
uma cidade sem estes químicos, pese embora o aumento exponencial de custos que tal
medida irá implicar, mas isso é inevitável. ------------------------------------------------------
----- Sabemos também que técnicas alternativas, como a monda técnica, queimas,
podem ser mais nocivas para a biodiversidade. Ainda assim, como refere a Câmara na
sua resposta, há espaço em que a operacionalização de retirada de ervas não é, de
momento, possível eliminar de vez o seu uso. É, neste sentido, que consideramos que
a palavra eliminar no Ponto nº 1 das recomendações e, tendo em conta uma perspetiva
de rigor científico, deveria ser substituída por evitar, o que não altera o espírito do
cumprimento da legislação vigente e seria mais fidedigna a realidade atual, na
aplicação e na vontade também das autarquias, em caminhar para a sua não utilização.
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----- No âmbito desta discussão em Lisboa, gostaria ainda de salientar o trabalho
realizado pela 6ª Comissão, em particular pelo Senhor Deputado Relator, que torna
possível que o debate hoje seja feito sem ideologias à mistura e assente em dados,
diagnóstico, auscultação e recomendações profícuas à Câmara. -----------------------------
----- Dizer que da parte do CDS, continuamos atentos pela salvaguarda da saúde
pública dos munícipes e na implementação de medidas que venham ao encontro deste
desígnio, esperanto num futuro muito próximo que Lisboa adeque e integre medidas e
intervenções que não suscite dúvidas nesta matéria. ------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------
----- Eu penso que o Senhor Deputado Relator estava a conversar com a Senhora
Deputada Sofia Cordeiro, não terá ouvido uma proposta concreta que foi feita,
portanto, a Mesa vai repeti-la só para todos terem consciência. -----------------------------
----- O Senhor Deputado do CDS acaba de sugerir, no Ponto nº 1 da Recomendação,
onde está a palavra ‘elimine’, passe a ser a palavra ‘evite’, naturalmente, teremos de
pôr a proposta a votação, mas é para estarem conscientes com esta proposta que foi
feita. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir as intervenções.” --------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, muito obrigada. ------------------------------------------------------
----- Eu só, antes de começar a minha intervenção, queria dizer que não vou levantar
aqui esta questão, porque li na diagonal e não me parece ter interferência, mas as
conclusões e as recomendações foram alteradas em relação àquilo que foi votado na
comissão e foram alteradas de forma que altera o conteúdo, de facto. ----------------------
----- Pois, foram retiradas palavras e, palavras que tinham significado, que não são
propriamente adjetivos inócuos e foram acrescentadas conclusões. O acrescento de
conclusões não tem problema nenhum, agora, estas coisas não se podem fazer assim,
só porque são úteis à discussão. ------------------------------------------------------------------
----- De qualquer forma isso não altera a nossa posição e, penso que, mas penso que
tinha que ser dito porque, de facto, não podemos trabalhar assim, nesta Assembleia.” --
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Oh Senhora Deputada, eu peço desculpa, a responsabilidade da passagem, eu
peço imensa desculpa. ------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, agora a Mesa também tem aqui um direto de palavra. --------
----- A responsabilidade da passagem das conclusões para a recomendação é minha e,
portanto, se há erros façam o favor de dizer onde é que estão que eu corrijo
imediatamente.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra
respondeu:--------------------------------------------------------------------------------------------
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----- “Não, não, estão no próprio relatório alterado, ou seja, aquilo que foi votado em
Comissão, não é aquilo que aparece no relatório. ----------------------------------------------
----- Se nós temos que verificar à vírgula cada vez que temos uma recomendação.” -----
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu peço desculpa, mas isso ultrapassa-nos, a Mesa quanto recebe o relatório
presume que a Comissão o verificou. Peço desculpa, mas então aí o erro já me
ultrapassa.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra
prosseguiu a intervenção: --------------------------------------------------------------------------
----- “De qualquer forma. Continuando e muito obrigado por me dar a palavra. ----------
----- Cara Senhora Presidente, restantes membros da Mesa, colegas Deputadas e
Deputados, público presente. ----------------------------------------------------------------------
----- Gostaríamos antes de mais, agradecer a apresentação de mais uma petição por um
grupo de cidadãos que, mais uma vez, demonstra a cidadania viva que é possível
encontrar na cidade de Lisboa e que fazem das decisões que tomamos, decisões mais
participadas e mais informadas. ------------------------------------------------------------------
----- Esta petição e várias recomendações e moções apresentadas anteriormente por
vários Grupos Municipais e aprovadas por este Plenário, sobre a utilização de
Glifosato, trouxeram-nos mais e melhor informação sobre este assunto. ------------------
----- De facto, nos últimos anos têm crescido os alertas sobre malefícios para a saúde
da utilização do herbicida Glifosato. Este herbicida é, como a maioria saberá, um
herbicida de síntese que pode ser utilizado em culturas agrícolas com uma
determinada modificação genética que os torna resistentes a sua ação. Por esse motivo
cresceu a sua utilização nas culturas agrícolas, com importantes ganhos de
produtividade para o agricultor, razão pela qual se tornou tão utilizado. -------------------
----- Este herbicida teve até há pouco tempo uma patente da empresa Monsanto que, é
atualmente e ainda, o principal produtor da substância. ---------------------------------------
----- Tendo este contexto, é fácil entender que a sua utilização tem uma dimensão
completamente diferente em meio urbano e meio agrícola. Desde logo, porque grande
percentagem dos cereais produzidos no mundo, são geneticamente modificados para
serem tolerantes a esta substância e, por isso, ela pode ser utilizado em larga escala. É
desta forma que os resíduos de herbicidas chegam aos alimentos que todos
consumimos. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Em meio urbano, as quantidades aplicadas e o contacto com o produto, são muito
menores. Este facto, não reduz a preocupação que todos devemos ter com a saúde
pública, mas deve ser tido em conta no contexto da análise que estamos a fazer neste
momento. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Câmara Municipal de Lisboa confirmou-nos em comissão e em todos os
documentos a que tivemos acesso, nomeadamente no despacho do Senhor Diretor
Municipal de Estrutura Verde, Ambiente e Energia de 11 de Abril de 2016, que a
Autarquia tem tido por prática e cito ‘A adoção de estratégias de proteção
fitossanitária que, privilegia uma baixa ou mesmo nula utilização de produtos
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fitofarmacêuticos no combate contra pragas, doenças e infestantes. Facto esse
comprovado, pelas muito baixas quantidades deste produto adquirido desde 2010 pelo
Município’. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- E aqui devemos remeter-nos também à legislação em vigor que já é altamente
restritiva na utilização que permite. As situações em que à data é ainda utilizado esta
substância, são a deservagem de pavimentos e o controlo de infestantes invasores e a
limpeza de cemitérios. A utilização ainda é feita, uma vez que sem ela, não existiriam
ainda alternativas sem consequências para o estado de conservação dos espaços. --------
----- São conhecidas alternativas para a deservagem que requerem mais recursos
humanos e materiais no que respeita ao controlo da vegetação, em particular de
invasoras, já se faz sobretudo por meios mecânicos como o corte e a desmatação. Há,
no entanto, situações em que se torna indispensável o uso de um herbicida, como é o
caso da erradicação das canas. Estes trabalhos têm, sobretudo, lugar nas chamadas
áreas expectantes onde não existe ainda um coberto verde programado e instalado,
porque em espaços verdes consolidados o uso do herbicida é praticamente nulo. --------
----- Tanto do ponto-de-vista ambiental, como técnico e financeiro, a questão requer
uma abordagem transversal em todos os serviços da CML e também do conjunto das
freguesias, para que possa fazer-se a eliminação por completo da utilização destes
produtos. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tendo estas conclusões em conta, emitiu a 6ª Comissão em relatório ratificada
pela 4ª Comissão, uma série de recomendações na redação das quais colaborámos de
forma ativa e que, naturalmente, subscrevemos, pelo menos na forma como foram
aprovadas na 6ª Comissão. ------------------------------------------------------------------------
----- É importante salientar que uma dessas contribuições foi a introdução, sempre que
se falava do herbicida Glifosato, da expressão de todos os produtos fitofarmacêuticos.
O Glifosato não é nem mais nem menos perigoso que outros herbicidas de síntese que
o possam substituir e, já tive oportunidade de aqui o dizer, devemos pugnar pela
eliminação, sempre que possível, de todos os produtos fitofarmacêuticos que
utilizamos, o Glifosato é apenas um deles. ------------------------------------------------------
----- E se há razões atendíveis que deverão excecionar esta regra de não utilização, até
serem encontradas alternativas e implementadas em pleno, o que não há é razão
nenhuma para um combate específico a um produto. E por essa razão, o Grupo
Municipal do PS pugnou para que esta não fosse uma posição específica para um
produto não muito diferente dos demais, mas fosse antes uma recomendação que
dissesse respeito ao ambiente da cidade e a todos os produtos que possam ser nocivos
para a sua população. É essa posição que aqui tomamos hoje, a de uma cidade
moderna, progressista e preocupada com o seu ambiente.” ----------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
----- Eu de qualquer maneira ia pedir, o Senhor Deputado Miguel Santos está inscrito
para falar no final das várias intervenções que estão aqui. Ia pedir à Senhora Deputada
31
Sofia Cordeiro se me pode fazer chegar à Mesa quais são os pontos em que há
alterações? -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Para ver se consigo esclarecer antes da votação o que é que se passou, se alguém
alterou o relatório depois de ele ter sido aprovado, coisa que nunca aconteceu aqui e,
portanto, quero verificar o que é que se passou.” ----------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Lúcia Gomes (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente e Secretários da Mesa, caros colegas e
público presente. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Antes de mais, o PCP gostaria de agradecer aos peticionários pela apresentação
desta petição que deu azo a discussões profundas e sérias no âmbito da Assembleia
Municipal, nomeadamente da 6ª Comissão e só por isso esta já, vale já esta grande
manifestação de cidadania e da preocupação do dia-a-dia dos cidadãos na nossa
cidade e no nosso concelho, entrecruzando também aquilo que é a vontade popular e o
exercício da vontade popular, juntamente com a Assembleia Municipal. ------------------
----- Subscrevemos também e agradecemos aqui o alerta da Senhora Deputada Sofia
Cordeiro, quanto àquilo que são as decisões em comissão e àquilo que deve ser o
respeito pelas decisões tomadas em comissão e, que essas mesmas decisões não sejam
alteradas sem o conhecimento e a votação das mesmas. --------------------------------------
----- Relativamente então à questão que é trazida aqui pelos peticionários. Os produtos
químicos utilizados pelos seres humanos com o objetivo de melhorar as suas
condições de vida. Disso, são exemplos mais conhecidos medicamentos de utilização
humana e animal, os seus benefícios, os seus malefícios, estão em muito casos
dependentes da forma e da quantidade em que são utilizados. -------------------------------
----- A decisão sobre a sua utilização deve estar centrada no balanceamento entre
benefícios e malefícios da sua utilização. Evidentemente com isto se cruzam
interesses de natureza económica que forçam a sua utilização, quando há benefícios
económicos, apesar dos malefícios evidentes ou supostos. -----------------------------------
----- O domínio de multinacionais no agronegócio, nesta matéria e no controlo da
produção agrícola mundial, é uma evidência e o PCP não se tem cansado de anunciar.
Aliás, tem um património consistente de denúncia e apresentação de propostas sobre o
domínio das multinacionais, o agronegócio e a promoção de uma agricultura
sustentável que, em nada fica a dever a qualquer outro agente político, do qual se
orgulha e muito mais vai para além da volatilidade de agendas mediáticas. ---------------
----- Por isso, é fundamental que a capacidade de escrutínio independente e neste caso
do público e desta iniciativa cidadã sobre este tipo de produtos e que ela seja
analisada, nomeadamente, por estes órgãos de poder local. ----------------------------------
----- O PCP interveio sobre o funcionamento da Comissão Consultiva de Pesticidas e
Comissão de Avaliação Toxicológica de Produtos Fitofarmacêuticos e apresentou
também uma proposta de resolução na Assembleia da República, sobre o nº 325 na
13ª Legislatura, recomendando ao Governo a promoção de medidas para melhorar o
controlo dos fitofármacos e promover a sua aplicação de forma insustentável, o que,
aliás, vai de encontro àquela que é a recomendação desta Assembleia Municipal.
32
Reafirma-se, portanto, a necessidade de o País ter capacidade autónoma de avaliação
dos produtos fitofarmacêuticos e nos últimos 5 anos foi o PCP, o partido que mais
escrutinou o Governo através de várias perguntas e requerimentos sobre pesticidas e
fitofármacos. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Quando falamos em fitofármacos, vulgarmente conhecidos como pesticidas,
falamos de vários produtos químicos utilizados no apoio à atividade humana que
podem ter efeitos muito variados na vida, incluindo a humana. Em muitos casos, esse
efeito tem uma relação estreita com as formas de utilização e dosagens usadas,
noutros casos os impactos ultrapassam estes aspetos. -----------------------------------------
----- No caso do Glifosato é afirmado pelos especialistas que o produto provocou
cancro em cobaias e poderá provocar cancro nos seres humanos. A Organização
Mundial de Saúde considerou que o Glifosato é composto por substâncias e, passo a
citar, ‘provavelmente cancerígenas para os seres humanos’. ---------------------------------
----- Já a Agência Europeia para a Segurança Alimentar tem vindo a defender que o
alegado potencial carcinogénico não está ligado à Glifosato, mas a um coformulante, a
Talamina, em certos produtos fitofarmacêuticos que evidenciou um potencial
genotóxico. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Na fase preparatória do processo de renovação da licença do Glifosato, processo
que desencadeou a presente discussão, o Instituto Federal Alemão de Análise de Risco
concluiu que era improvável que o Glifosato fosse cancerígeno, contudo, no Comité
de Peritos da União Europeia a posição da Alemanha sobre a renovação da licença,
tem sido a da abstenção. ---------------------------------------------------------------------------
----- Ora, para o PCP, o que é necessário é o estabelecimento de um calendário para a
criação de uma lista de coformulantes a interditar em fitofármacos e que se promova e
se estimule a investigação sobre o controlo de plantas e vegetantes nos espaços
públicos e nas culturas agrícolas. Optando-se assim por uma abordagem responsável,
fugindo à tentação de explorar com objetivos meramente políticos e partidários um
clima de alarme que se tem procurado criar em torno do tema. ------------------------------
----- Por esse motivo, o voto do PCP será naturalmente favorável, com a ressalva e
com o sublinhar que é preciso, de facto, eliminar a utilização de todos os pesticidas e
fitofármacos e, nesse sentido, o Município de Lisboa tem dado passos importantes que
esperamos que continuem a ser dados.” ---------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados só para vossa informação, eu mandei pedir o original do
relatório e parecer da 6ª Comissão que foi ratificado pela 4ª Comissão e que deu
entrada nos serviços e que está rubricado pelos respetivos presidentes, para conferir
aqui eu própria se houve alguma alteração entre aquilo que foi rubricado e aquilo que
foi distribuído. Se efetivamente houver alteração, mas tiver tido a rubrica em cima, eu
peço as pessoas que rubricaram que da próxima vejam com mais atenção, mas vou
verificar primeiro. Muito obrigada.” -------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
33
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. Boa tarde a todos e a todas. --------------------
----- Naturalmente saudar os peticionários, os 1390 subscritores desta petição. ----------
----- O tema do Glifosato entrou na agenda política em Lisboa e a nível do país
também, muitas foram as iniciativas nesta Assembleia, na Assembleia da República
também. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Bloco de Esquerda teve algumas iniciativas, teve um requerimento à Câmara,
teve uma recomendação que foi aprovada em Maio deste ano sobre esta matéria e,
portanto, saudar mais uma vez os peticionários por insistirem nesta matéria tão
importante para a saúde na cidade de Lisboa. --------------------------------------------------
----- O requerimento do Bloco de Esquerda não foi ainda respondido. Foi respondido
o do PAN, tinha algumas perguntas semelhantes e, é sobre essa resposta que gostava
de vos dizer algumas coisas. ----------------------------------------------------------------------
----- Um dos problemas que se destaca nas respostas dadas pelo Município, neste
requerimento, prende-se exatamente com a falta de informação. Grande parte do
trabalho feito nas áreas verdes e que implica herbicidas com base no Glifosato, é feito
por empresas em outsourcing, em que os contratos com estas empresas não são
suficientemente claros para permitir saber se este veneno está ou não a ser utilizado. ---
----- E essas evidências são claras nas respostas dadas pelo executivo. Inclusivamente,
na pergunta e) do requerimento do PAN, é perguntado se este produto é utilizado no
Parque Florestal de Monsanto e em que situações. E a resposta da Câmara é taxativa,
não sabemos e estamos a recolher informação junto das empresas que prestam estes
serviços. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, é de grande gravidade que o Município não saiba exatamente os
serviços que contrata especificamente neste tema, se estes produtos estão ou não a ser
utilizados. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, esta discussão reforça a sua importância desse ponto-de-vista. ------------
----- E, portanto, gostaríamos de saudar os dicionários, naturalmente, que votaremos
favoravelmente a recomendação tal como ela nos foi apresentada, aguardamos pela
intervenção da Senhora Presidente para perceber se há, de facto, essas diferenças e
havendo que haja o devido esclarecimento.” ---------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------
----- Eu também estou à espera que me tragam o processo para verificar isso. ------------
----- Vamos prosseguir.” ---------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Em primeiro lugar, o Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”
deseja saudar esta iniciativa dos peticionários tendente ao fim imediato da utilização
de herbicidas/Glifosato nos espaços públicos de Lisboa. E agradecemos-lhes também,
porque os cidadãos voltaram a colocar na ordem do dia uma já antiga preocupação
tanto dos munícipes, como do nosso Grupo Municipal. --------------------------------------
34
----- Com efeito, em vários cadernos de encargos de concursos abertos, em 2010, pela
Vereação dos Espaços Verdes, incluindo para Monsanto, se estipulava aos
concorrentes que, ‘o herbicida a utilizar deverá ter como substância ativa Glifosato, à
razão de 1:1, uma parte herbicida, uma parte água’. -------------------------------------------
----- Foi neste contexto que, há mais de 6 anos, concretamente em Maio e Dezembro
de 2010, “Os Verdes” interpelaram o Executivo, por meio de dois sucessivos
requerimentos, sobre para quando ponderava a Autarquia passar a recorrer a métodos
alternativos aos herbicidas para o controlo de vegetação herbácea e arbustiva. -----------
----- E como esses requerimentos ficaram, até hoje, sem qualquer resposta do Senhor
Vereador dos Espaços Verdes, em 19 de Abril 2011, esta Assembleia aprovou uma
recomendação do PEV para que o Município de Lisboa passasse a utilizar métodos
alternativos ao uso de herbicidas na via pública, como medida de precaução e também
por a sua utilização ir contra os princípios da Agenda XXI Local. --------------------------
----- Entretanto, que processos alternativos teriam os serviços municipais passado a
recorrer? Aparentemente, nenhuns, pois nunca foi reportado que medidas mais
ecológicas poderiam vir a ser adotadas. ---------------------------------------------------------
----- Sabe-se hoje que, desde 2015, a Organização Mundial de Saúde, por intermédio
da sua Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, designou o
Glifosato, o pesticida mais usado em Portugal, como ‘carcinogéneo provável para o
ser humano’. A nível internacional, vários países já proibiram a utilização destes
agressivos produtos. De acordo com o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos,
tratando-se de um problema de saúde pública, a solução terá de ser semelhante ao que
aconteceu com o DDT, serem proibidos por causa dos enormes riscos e consequências
para o ambiente e a saúde humana. --------------------------------------------------------------
----- Ora as autarquias já têm ao seu dispor a possibilidade de aplicação de métodos
alternativos, tanto mecânicos como biológicos. Mas poucas decidiram suspender,
realmente, o uso de produtos fitofarmacêuticos em espaço público, argumentando que
necessitam de fazer primeiro esgotar o seu stock desses artigos. Apesar de apenas
algumas Câmaras terem já aderido à iniciativa da Quercus “Autarquias sem
Glifosato”, pensamos que Lisboa pode e deve ser um dos municípios a dar este
exemplo pioneiro. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Por todos estes motivos, não poderíamos, por isso, deixar de saudar esta
iniciativa de cidadania por parte dos peticionários. --------------------------------------------
----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Moreno (PNPN) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito brevemente, apenas para felicitar os peticionários por terem trazido mais
alguma cor a um debate que já se fazia nesta casa há algum tempo e, que tomando por
base, o muito que já foi dito aqui e que não vou repetir, pelos oradores que me
antecederam, está ainda longe de estar terminado. ---------------------------------------------
----- Seguramente ainda vamos continuar a debater este tema que é um tema polémico,
é um tema sobre o qual as dúvidas que existem são ainda muitas, se calhar mais do
35
que as certezas e, portanto, digamos que seguramente não será um debate encerrado
aqui. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Queria apenas dizer e, foi isso essencialmente que me trouxe aqui, para além de
felicitar os peticionários por esta iniciativa, por trazer, de facto, mais alguma
animação e mais algum aconchego a este debate que aqui temos estado a fazer. ---------
----- E dizer que eu próprio respondi a algumas questões que me colocaram, há mais
freguesias que não apenas a da estrela que foi aqui referida. Eu penso que isso se
deverá, obviamente a um lapso da vossa parte e terem omitido isso, mas creio que há
mais freguesias que já há algum tempo, a Estrela ou outra qualquer poderá ter sido a
primeira. A minha, provavelmente, não foi a primeira, mas também já não usa o
Glifosato, apesar de todas as dúvidas que ainda existem em torno dele, já não o usa
por uma questão de prudência desde o início do ano. Portanto, já há alguns meses, já
há seis, sete meses que não se usa. ---------------------------------------------------------------
----- Portanto, era apenas para deixar aqui registado isso, que a minha freguesia, a
Freguesia do Parque das Nações, também já não utiliza o Glifosato, como
provavelmente outras da nossa cidade. ----------------------------------------------------------
----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado Miguel Santos, sobre a questão dos pareceres, eu estou à
espera de ver, já tenho aí o documento, o parecer final. A informação que posso dar
neste momento é que a reunião da 6ª Comissão que aprovou o parecer foi no dia 11 de
Julho, a reunião da 4ª Comissão que ratificou o parecer da 6ª Comissão foi no dia 13
de Julho. A única coisa que eu não sei, foi qual foi o documento que a 4ª Comissão
ratificou no dia 13, porque supostamente seria o mesmo que teria sido aprovado no
dia 11. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O documento que foi aprovado no dia 11 foi o que eu recebi com carimbo dos
serviços e assinado pelo Relator e pelo Presidente da 6ª Comissão. Há aqui uma
desconformidade que eu não consigo identificar onde é que foi, onde é que ela
aconteceu, mas de qualquer maneira o Senhor Deputado tem a palavra.” -----------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “As coisas foram viciadas, eu rejeito liminarmente esse tipo de asserção. -----------
----- Obviamente que será descoberto exatamente a razão de ser desta situação, até lá,
apenas posso dizer que eu como Relator sou o responsável por o que quer que tenha
acontecido, mas, neste momento não posso dizer mais do que isso, a não ser que,
obviamente, não houve qualquer intenção em viciar os resultados do relatório. ----------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados como não há mais ninguém inscrito, vamos fazer o
seguinte, como ainda não consegui esclarecer este ponto, vamos prosseguir com a
discussão do ponto seguinte e fica a votação desta matéria para a parte final. ------------
36
----- A Senhora Deputada quer usar da palavra uma segunda vez, pergunto se alguém
dá tempo à Senhora Deputada para poder usar da palavra? ----------------------------------
----- O PEV dá tempo, tem um minuto Senhora Deputada para esclarecer então,
vamos ver se conseguimos resolver isto.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “É muito simples, eu não acusei ninguém de fazer mais nada do que aquilo que
foi feito, que foi, houve uma proposta de redação alternativa que foi enviada ao
Senhor Relator e ao Presidente da 6ª Comissão, essa proposta foi aprovada na reunião
da 6ª Comissão do dia 11, salvo erro, e aquilo que aparece no documento final que
está rubricado, de facto, pelo Senhor Deputado Relator e pelo Presidente da Comissão
é diferente, pronto. ----------------------------------------------------------------------------------
----- E isso é diferente, de forma, que altera o conteúdo. Até podia ser diferente apenas
numa vírgula e isso tinha importância, porque houve, de facto, uma proposta escrita
que foi aquela que foi votada, mas não é. É, de facto, altera o conteúdo e retira, por
exemplo, um ponto. É tão simples quanto isto. -------------------------------------------------
----- Eu posso passar a comparar se quiserem, mas, de facto, acho que isto é uma
questão de princípio e não pode acontecer. São coisas tão simples como no Ponto nº 1
dizerem, ‘elimina a utilização de produtos fitofarmacêuticos no espaço público de
forma progressiva e tão célere quanto possível’ e ser alterado para ‘de forma tão
célere como possível.” -----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Oh Senhora Deputada há aqui um problema. Eu vou suspender isto,
naturalmente, não vamos prosseguir esta discussão, isto fica para Setembro, tenho
imensa pena. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas não vamos fazer aqui em sede de Plenário, num dia em que temos 43 pontos
na ordem de trabalhos, um esclarecimento de uma matéria que, neste momento, pelos
vistos, não se consegue esclarecer. ---------------------------------------------------------------
----- Aquilo que eu tenho, eu não tenho a Ata, nem da 6ª Comissão, nem da 4ª
Comissão, portanto, não tenho prova nenhuma do que é que exatamente se passou.
Portanto, os Senhores Deputados vão ter que reunir novamente, em reunião conjunta
de preferência, a 4ª e a 6ª Comissão e esclarecer isto em definitivo. ------------------------
----- Peço que relativamente à vontade de evitar ou eliminar o uso do Glifosato que
ninguém tem dúvidas, foi a vontade dos peticionários, ninguém aqui se manifestou em
sentido contrário. Portanto, os peticionários não vão daqui com as mãos a abanar, vão
daqui com a convicção de que esta é uma vontade da Assembleia. -------------------------
----- Agora, eu não vou votar um documento, quando há entre os presidentes de duas
comissões, ou entre a presidente de uma comissão e o relator de outra, uma discussão
sobre o que é que foi aprovado e o que é que não foi. Porque acho que não é em sede
de Plenário que esta discussão deve ter lugar. --------------------------------------------------
----- Isto vai ser resolvido em reunião conjunta das duas comissões, peço que a
possam fazer ainda esta semana, se for possível, para que isto fique esclarecido o mais
37
depressa possível e nós votaremos, naturalmente, na primeira sessão de Setembro esta
recomendação. Não é pelo mês de Agosto que ela não ser votada que ela perde, mas
votamos com a consciência que temos tudo esclarecido, que sabem que é norma desta
Mesa, e minha em particular, não estarmos a votar coisas quando há questões por
esclarecer. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos esclarecer isto, só os próprios é que podem esclarecer. Portanto, eu apelo
aos Senhores Presidentes da 4ª e da 6ª Comissão que, ainda esta semana e antes de
encerrarem os trabalhos para férias, promovam uma reunião conjunta, esclareçam isto,
fechem o documento final que deve ser votado, o que deve ser votado, portanto, qual é
a recomendação exatamente que deve ser votada. ---------------------------------------------
----- Se não houver consenso, as alternativas que forem apresentadas e nós votamos
aqui, a democracia funciona e aquilo que tiver o apoio da maioria é o que será a
vontade desta Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------
----- E vamos prosseguir Senhores Deputados. -------------------------------------------------
----- Eu peço desculpa, mas com a ordem de trabalhos de hoje, eu creio que esta
discussão seria estéril aqui. Isto é um assunto que tem que ser mesmo esclarecido em
sede de comissão, até para haver confiança entre todos e podermos trabalhar todos na
base da confiança que é fundamental no bom funcionamento de uma Assembleia. ------
----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir com o Ponto nº 2, é um ponto importantíssimo da nossa ordem
de trabalhos. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados eu agora pedia que nos concentrássemos neste ponto. ---------
----- Quanto à questão do Glifosato, está claro a intenção genérica da Assembleia, está
clara a posição dos peticionários e votaremos na primeira sessão de Setembro,
daremos conhecimento aos peticionários do agendamento do texto final que vai ser
posto a votação. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Este texto da Recomendação nº 1/116 é, neste momento, retirado para uma
verificação e uma conformação com a vontade das comissões.” ----------------------------
----- (O Ponto nº 1 da ordem de trabalhos foi adiado para a Sessão seguinte.) ------------
----- PONTO 2 - APRECIAÇÃO FINAL DA PROPOSTA 206/CM/2016 -
REVISÃO DO REGULAMENTO DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS DO CONCELHO DE LISBOA, APROVADA NA
GENERALIDADE EM 7 DE JUNHO DE 2016, JUNTAMENTE COM AS
PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO APRESENTADAS PELA 2ª COMISSÃO, AO
ABRIGO DA ALÍNEA B) DO Nº 1 DO ARTIGO70º DO REGIMENTO; 3 X
GRELHA BASE – 1 HORA E 42 MINUTOS; ---------------------------------------------- ----- APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DO RELATÓRIO E PARECER DA 2ª
COMISSÃO PERMANENTE E DAS PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO
RESULTANTES DA APRECIAÇÃO PELA 2ª COMISSÃO PERMANENTE. ---- ----- (A Proposta nº 206/CM/2016 fica anexada à presente Ata, como Anexo VI e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
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----- (O Relatório e Parecer da 2ª Comissão Permanente, fica anexado à presente Ata
como Anexo VII e dela faz parte integrante). --------------------------------------------------
----- (As Propostas de alterações da 2ª Comissão ficam anexadas à presente Ata,
como Anexo VIII e dela fazem parte integrante). ---------------------------------------------
----- (As Propostas de alteração do BE, ficam anexadas à presente Ata como Anexos
IX e X e dela fazem parte integrante). -----------------------------------------------------------
----- (A Proposta de alteração do PSD, fica anexada à presente Ata como Anexo XI
e dela faz parte integrante). ------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar ao Ponto nº 2 da ordem de trabalhos. -----------------------------------
----- A revisão do Regulamento de Horários de Funcionamento de Estabelecimentos
de Venda ao Público Prestação dos Serviços do Concelho de Lisboa. ----------------------
----- Esta também é uma matéria que já há vários meses esteve aqui na Assembleia,
houve um trabalho intenso da 2ª Comissão que eu quero saudar, não está presente hoje
o Senhor Presidente, mas quero saudar, porque, de facto, ainda antes de haver
qualquer espécie de regulamento já a 2ª Comissão estava a promover iniciativas,
visitas, debates, audições. --------------------------------------------------------------------------
----- Este é uma matéria que tem sido muito acompanhada pela Assembleia Municipal
e que é da maior importância, como ainda hoje vimos pelas intervenções do público. --
----- Pedia ao Senhor Vice-Presidente para fazer uma apresentação do projeto de
revisão do regulamento. Depois pedia à Senhora Deputada Relatora para fazer uma
apresentação do relatório e depois, naturalmente, os Senhores Deputados usarão da
palavra. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu lembro que distribui por todos os Senhores Deputados, um documento base
com as propostas todas que foram apresentadas, é esse documento base que vai servir
de apoio à nossa votação. Vamos seguir pela ordem que está no documento de base e
conforme as propostas de cada partido que estão assinaladas a cores diferentes. A
Mesa irá projetar no ecrã, exatamente aquilo que está no documento base, para toda a
gente estar consciente do que é que estamos a votar em cada momento, com as
propostas concretas de cada partido em cada momento. Se houver alguma alteração da
Câmara que não pôde pronunciar-se sobre este documento base, se houver alguma
alteração que a Câmara queira sugerir aqui ou algum partido ainda o queira fazer,
naturalmente com a maior das, enfim, capacidades de síntese que tenham todos,
naturalmente que poderão ser aceites antes da votação. Uma vez votado, está votado.
É isto que eu peço a todos para que os trabalhos corram da melhor maneira. -------------
----- O Senhor Vice-Presidente tem a palavra.” ------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, disse o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Quero em primeiro lugar cumprimentar os Senhores Deputados, cumprimentar
também o público que a este propósito há pouco fez intervenções sobre a matéria. ------
39
----- Dizer que esta é uma discussão que se pretende concluir um processo que é muito
importante. Quero, por essa razão também, agradecer a todos os que têm contribuído
para a melhoria deste projeto de regulamento de horários, desde os Vereadores que
reunião de Câmara fizeram propostas que melhoraram, como está aqui a Senhora
Vereadora Barreiras Duarte. Aos vários Grupos Municipais da Assembleia da
Municipal que fizeram várias propostas que estou em querer que muitas delas
contribuíram para melhorar o regulamento de horários. --------------------------------------
----- O regulamento de horários vem, obviamente, na sequência de vários anos em que
havia uma necessidade da revisão deste regulamento. Tem como objetivo, difícil,
compatibilizar, por um lado, aquilo que é o direito ao sossego, o direito ao descanso
dos cidadãos, por outro lado, permitir a liberdade de iniciativa na cidade. Trata de
situações muito diferentes e, portanto, vem também depois do enquadramento
legislativo, em que houve uma alteração legal que permitiu por princípio conferir
liberdade de definição de horário para as atividades comerciais. E, é uma resposta da
cidade de Lisboa que tem como objetivo uma definição estratégica com vista, no
fundo, a permitir criar ferramentas que sejam suficientemente flexíveis para que quer
a Câmara, quer as juntas de freguesia, quer os cidadãos, quer os agentes de
fiscalização, as forças da autoridade, possam trabalhar nos próximos anos sem
necessidade de rever um regulamento do horário, mas que a partir deste regulamento
de horário tenham suficiente agilidade para poder adaptar ao território, às diferentes
realidades das freguesias, às diferentes realidades que nós encontramos na cidade.------
----- Um dos aspetos centrais deste regulamento de horários é, desde logo, não
confundir as situações, dar liberdade às atividades comerciais que por natureza não
precisam de ter qualquer tipo de restrição. Portanto, existe naturalmente um
alargamento das liberdades para um conjunto de atividades económicas que pela sua
natureza, pela sua história, não conferem um problema do ponto-de-vista daquilo que
é a compatibilização com outras realidades da cidade. ----------------------------------------
----- Por outro lado, naquilo que é um conjunto de áreas de atividades comerciais que
carecem da definição de limites, nomeadamente, as áreas tradicionais relacionadas
com restauração, com estabelecimentos noturnos, com as lojas de conveniência,
procurar aqui encontrar uma formulação que dê liberdade às situações em que não são
problema e, por outro lado, criar mecanismos de restrição nas matérias e nas áreas em
que nós entendemos que fazem sentido. ---------------------------------------------------------
----- Um dos aspetos centrais deste regulamento de horários foi criar duas zonas da
cidade, uma zona ribeirinha onde se permite que os estabelecimentos noturnos
funcionem sem qualquer tipo de restrição. Onde, no fundo, a cidade ao assumir este
regulamento, confere também o encaminhamento da atividade noturna e também da
diversão noturna, para zonas onde elas possam ocorrer sem tanta incompatibilidade
com as zonas residenciais. Por outro lado, nas zonas residenciais tenta-se distinguir as
situações consoante, volto a dizer, um conjunto de critérios. --------------------------------
----- Por um lado, procura-se criar, no fundo, a distinção pela tipologia de
estabelecimento. Estabelecimentos que, pela sua natureza, estejam a funcionar com
características que lhes permita uma insonorização do seu espaço, que lhes permitam
40
maior controlo daquilo que é a sua atividade na relação com a cidade, terão mais
liberdade na definição do seu horário, podendo funcionar até mais tarde.
Estabelecimentos que, pela sua natureza, não têm essas características e, como tal, são
mais conflituosos na relação com a cidade e, nomeadamente, com as áreas
residenciais, têm horários, obviamente, mais restritos. Estes são princípios
orientadores muito importantes. ------------------------------------------------------------------
----- Outro princípio orientador muito importante é a ideia de que este regulamento de
horários tem que funcionar com muito maior fiscalização do que até agora
funcionávamos. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Por um lado, a possibilidade de conferir às juntas de freguesia intervenção nesta
matéria, ou seja, não ser apenas um mecanismo em que os cidadãos fazem petições
para poder haver restrições concretas de determinadas zonas, mas as juntas de
freguesia passarem a ter um papel mais ativo. --------------------------------------------------
----- Por outro lado, a ideia de ter, até por proposta que foi revista reunião de Câmara,
até por proposta, neste caso dos Vereadores do PSD, a possibilidade de termos uma
unidade que permita um controlo mais presente, uma porta de entrada quando surgem
queixas da parte dos cidadãos ou da parte dos comerciantes, uma unidade que permita
a todo o momento monitorizar esta atividade. --------------------------------------------------
----- E, por outro lado, um conselho consultivo onde todos os atores, os moradores, os
comerciantes das várias áreas de atividade, as forças de segurança, permitam avaliar
regularmente o cumprimento deste regulamento. ----------------------------------------------
----- Por outro lado, existe um conjunto de mecanismos que permitem também uma
maior fiscalização, desde logo, do ponto-de-vista técnico e aí há uma inspiração
noutro tipo de regulamentos que já estavam em vigor, por exemplo, na cidade do
Porto ou mesmo experiências estrangeiras. Como a existência de mecanismos em que
se, no fundo, cria-se obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais terem
limitadores ligados a plataformas eletrónicas de acesso permanente da parte dos
serviços da Câmara, para caso existam queixas, se verificar se o volume de som que
esse estabelecimento estava a emitir, estava ou não em conformidade com aquilo que
está estabelecido do ponto-de-vista das regras. E, por outro, lado confere-se também
maior força para as entidades fiscalizadoras e, obviamente, procura-se que as
contraordenações sejam mais, no fundo, mais agressivas, mais pesadas, para quem
não cumpre com os horários que estão estabelecidos. -----------------------------------------
----- Houve duas discussões que foram presentes durante este processo do
regulamento horário, a questão das esplanadas e a questão das lojas de conveniência.
Importa falar abertamente sobre os assuntos nesta discussão que vamos ter. --------------
----- A questão dos horários das esplanadas. Em primeiro lugar, é importante que se
refira que as esplanadas não têm sido, quando existem queixas de ruído da parte de
moradores, as queixas de ruído geralmente tem muito mais a ver com o
funcionamento do próprio estabelecimento do que, em particular, com a parte
destacada da esplanada no estabelecimento. Ou seja, a cidade convive bem com
horários mais alargados para esplanadas ou não, consoante a zona e não, em
41
particular, pelo facto de existir ou não uma esplanada com um horário diferente do
estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Isto não significa que não existam zonas da cidade, onde os horários do
estabelecimento ou os horários das esplanadas constituam um problema. Aliás,
quando esta questão foi discutida em reunião de Câmara, o princípio da aceitação da
alteração da proposta original, estava exatamente assente na ideia de que havia
flexibilidade neste regulamento, ou seja, nós podemos partir de um princípio mais
geral para um princípio mais restrito, ou de um princípio mais restrito para um
princípio, no fundo, mais alargado. Ou seja, por outras palavras, nós podemos
perfeitamente estabelecer um regulamento em que exista um horário das esplanadas
que funciona com o horário dos estabelecimentos e, depois, mediante as situações
concretas aplicar restrições, ou podíamos funcionar com um princípio de horários
mais restritos e depois alargávamos em zonas onde nós considerávamos, digamos
assim, que era perfeitamente possível funcionar em horários mais alargados. ------------
----- Qualquer uma das vias resolverá a situação de quando existem moradores que se
queixam com horários de determinados funcionamentos, existirem regras e
funcionamentos e metodologias que permitam dar resposta a essas solicitações. E,
portanto, por princípio, não é um problema os horários das esplanadas terem um
horário idêntico ao horário dos estabelecimentos, o que é importante é que, mediante,
no fundo, reclamações continuadas e comprovadas da parte de moradores, todos nós
termos a possibilidade de revisitar esses processos e tomar decisões de restrição de
horários onde eles fazem sentido serem mais restritos. ---------------------------------------
----- Da mesma maneira, nas lojas de conveniência, o princípio de funcionamento das
lojas de conveniência, é um princípio de funcionamento que é diferente de zona para
zona da cidade. Nós, na zona da Misericórdia, identificámos num passado recente
quando aplicámos uma restrição de horários na zona da Misericórdia, cerca de 50
lojas de conveniência naquela zona. Não faz sentido haverem 50 lojas de
conveniência naquela zona, aliás, o objetivo daquelas lojas de conveniência não era
mais do que vender álcool para a via pública e álcool, nomeadamente, vendido em
garrafas que acabava por haver problemas do ponto-de-vista de segurança, de higiene
urbana, etc.. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O que faz sentido do ponto de vista do planeamento da cidade, e é isso que se
pretende nesta proposta de Regulamento de Horários é que nós tenhamos a capacidade
de dar liberdade de horários, nomeadamente às lojas de conveniência, onde elas fazem
sentido funcionar com liberdade e por isso, mais uma vez, desde que exista, esteja
previsto um mecanismo que a todos der resposta, neste caso em particular, à
possibilidade de haver lojas de conveniência a funcionarem com um horário mais
alargado onde elas não são problema, não me parece que a questão central seja o
funcionamento, o horário está pré-definido das lojas de conveniência no Regulamento
de Horários. Quer isto dizer que da forma como as propostas aqui estão previstas do
ponto de vista de do Regulamento de Horários, numa fase seguinte em Reunião de
Câmara será perfeitamente possível e é uma das propostas que nós faremos àquilo que
é a Recomendação da Comissão que a Câmara Municipal de Lisboa, ouvidas as Juntas
42
de Freguesia e tendo a concordância das Juntas de Freguesia, rapidamente em
Reunião de Câmara apresento um mapa de zonas, onde as lojas de conveniência
podem funcionar com horário alargado, sem que isso se traduza num problema em
concreto neste Regulamento de Horários e, portanto, é essa a Proposta que nós vamos
fazer, para mitigar a discussão em relação às lojas de conveniência. -----------------------
----- Em relação às esplanadas, nós entendemos que a forma como foi apresentada a
proposta que foi, que acabou por entrar neste Regulamento de Horários e acabou por
chegar aqui à Assembleia Municipal foi entendida, nomeadamente pelo setor da
restauração, como uma por uma proposta extraordinariamente restrita, eu acho que é
perfeitamente possível nós funcionarmos com o princípio das esplanadas terem os
horários dos estabelecimentos e depois trabalharmos em zonas onde elas merecem ter
os horários restritos. --------------------------------------------------------------------------------
----- Nós não ignoramos problemas, aliás, foram aqui alguns moradores que falaram
do Arco de Cego, nós não ignoramos os problemas, a Câmara Municipal tem estado
atenta às zonas onde têm existido conflitos, nós sabemos bem que os assuntos não
estão todos resolvidos, nós temos que perceber que este Regulamento de Horários vai-
nos dar outros instrumentos que até à data nós não tivemos e o objetivo central é
monitorizar a aplicação destas novas regras destes novos instrumentos com o objetivo
de tornar alguns dos conflitos que nós temos tido, resolver alguns desses conflitos e,
por outro lado, equilibrar alguns desses conflitos. ---------------------------------------------
----- Nós esperamos desta discussão uma discussão produtiva, que melhore
efetivamente a proposta que nós trouxemos para que este Regulamento de Horários
seja um regulamento que seja assumido pela cidade e que seja entendido como o
regulamento estruturante para os próximos anos, suficientemente flexível para
resolver os vários problemas que nós temos vindo a encontrar. Muito obrigado a
todos.” -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. ------------------------------------------------
----- Perguntar agora à Senhora Deputada Carla Madeira, que foi a Relatora, que
apresente então o Relatório. -----------------------------------------------------------------------
----- Temos vários Senhores Deputados inscritos, portanto, se mais algum Senhor
Deputado se quiser inscrever neste ponto da Ordem de Trabalhos é altura e
agradecemos.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Carla Madeira (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e Senhores
Vereadores, pública e comunicação social. -----------------------------------------------------
----- O projeto de Regulamento de Horários de funcionamento dos estabelecimentos
de venda ao público e de prestação de serviços no Concelho de Lisboa baixou à 2ª
Comissão para emissão de parecer onde foi decidido realizar diversas audições, a 2ª
comissão ouviu a União das Associações do Comércio e Serviços, a UACS, a
Federação das Associações de Moradores da Área Metropolitana de Lisboa, a
43
FAMALIS, e o Senhor Vice-Presidente da Câmara, Vereador Duarte Cordeiro, a
ARESP também foi contactada, mas por razões de indisponibilidade de agenda não
foi possível realizar a reunião. --------------------------------------------------------------------
----- Posteriormente a posição da ARESP foi enviada através de correio eletrónico. ----
----- No dia 7 de junho, a Proposta foi votada na generalidade em Sessão
Extraordinária da Assembleia Municipal e aprovada por maioria. A 2ª Comissão
produziu um Parecer que foi bastante discutido e que foi aprovado por maioria a 6 de
julho onde constam as seguintes conclusões e recomendações: Conclui-se que o
Regulamento foi substancialmente melhorado em relação ao anterior. As partes
interessadas tiveram a oportunidade de no período de consulta pública de contribuir
com sugestões sendo que a maioria dos contributos foram tidos em conta na
elaboração do documento final; entende-se que o Regulamento poderá permitir um
melhor controlo da utilização do espaço público, deverá entre internamento estar as
medidas que visem uma diminuição da aglomeração de pessoas para consumir
bebidas na rua de forma a diminuir o ruído, o vandalismo do espaço público e a
produção de lixo. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Neste sentido a 2ª Comissão, propôs à Senhora Presidente da Assembleia
Municipal que levasse a plenário as seguintes Recomendações à Câmara Municipal de
Lisboa: ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 1 - Relativamente ao ponto 2 do artigo número 5 do Regulamento que
define o encerramento das esplanadas às 24 horas, a Comissão considera que o horário
de fecho das esplanadas deve coincidir com o horário de fecho dos respetivos
estabelecimentos, podendo ser aplicada uma restrição à horário da esplanada, quando
devidamente justificado, não abrangendo essa restrição o horário de estabelecimento.
De acordo com o artigo 12º do Regulamento que define as restrições de horário de
funcionamento, sublinha-se que quanto necessário se aplique restrições em resultado
do Direito de Petição dos administrados, da Junta de Freguesia ou da força de
segurança territorialmente competente. Entende-se que as esplanadas são uma forma
de controlo da utilização do espaço público e que em algumas situações contribuem
para a diminuição da aglomeração de pessoas no espaço público a consumir bebidas. --
----- Ponto 2 - O licenciamento de esplanadas e competência das Juntas de Freguesia
motivo pelo qual elas deverão ter uma palavra importante na definição do seu horário,
dada a sua proximidade são elas que melhor poderão definir as situações em que é
benéfico para a qualidade de vida da população a restrição do horário de
funcionamento das esplanadas. Neste sentido, deveria ser definido que caso as Juntas
de Freguesia solicitem junto da Câmara a restrição do horário de funcionamento de
uma esplanada a Câmara deveria responder até ao limite de 10 dias úteis, iniciando-se
um processo de restrição, caso a Câmara não responde neste prazo. ------------------------
----- Ponto 3 - Deverá ser incluída no Regulamento a proibição de venda de bebidas
para a rua a partir de, no mínimo a uma hora, tal como consta do despacho
140/P/2014, deverá ser criada a possibilidade de mediante solicitação da Junta de
Freguesia e ouvidas as Associações Representantes dos Moradores e dos
Comerciantes serem definidas zonas em Lisboa, onde, como medida de controlo da
44
utilização do espaço público que seja proibida a saída de bebidas do interior dos
estabelecimentos para a rua a partir de, no mínimo a uma hora. A avaliação foi feita
pela Famalis e pela UACS da aplicação do Despacho 140 é positiva defendendo que
não só deveria ser mantida esta proibição de venda de bebidas a partir da uma hora na
Bica, Cais Sodré e Santos, como deveria ser alargada a outros bairros mediante
solicitação da Junta de Freguesia e ouvidas as Associações Representantes dos
Moradores e dos Comerciantes. ------------------------------------------------------------------ --
----- Ponto 4 - Como regra o horário do encerramento das lojas de conveniência
deverá ser às 22 horas, dado que este tipo de estabelecimentos contribuir bastante para
a aglomeração de pessoas na via pública à noite, mas as Juntas de Freguesia deverão
poder definir as situações específicas em que poderá haver um alargamento deste
horário, é importante garantir na cidade a existência de algumas lojas de conveniência
com um horário mais alargado, dado o serviço prestado por algumas delas às famílias
da cidade. Contudo, a maioria delas ver bastantes bebidas para consumo na rua,
motivo pelo qual a regra deverá ser o seu encerramento ocorrer às 22 horas e só em
situações específicas ocorrer mais tarde. Dada a proximidade das Juntas de Freguesia
à população são elas quem melhor poderá definir as situações em que a população
será beneficiada por um horário mais alargado ou mais restrito. ----------------------------
----- Ponto 5 - Deverá ser aumentada a representatividade no Conselho de
Acompanhamento da Vida Noturna, nomeadamente, incluindo a Associação da
Hotelaria de Portugal aumentando o número de representantes das associações de
moradores e aumentando o número de Juntas de Freguesia. ---------------------------------
----- Ponto 6 - Para as casas de espetáculos, tais como cinemas, o horário deverá ser
das 11 às 4 horas e não das 12 às 4 horas como consta da atual proposta, se não existir
esta alteração as salas de cinema serão impedidas de apresentar as habituais sessões
para crianças em fins de semana e feriados com início a partir das 11 horas da manhã,
provocando assim alterações à programação das sessões dos cinemas e
consequentemente às rotinas das famílias da cidade de Lisboa. -----------------------------
----- Ponto 7 - Deverá ser competência da Assembleia Municipal a aprovação de
alterações ao mapa do regulamento que define a delimitação da cidade de Lisboa em 2
zonas, A e B, a proposta de regulamento prevê delimitação da cidade de Lisboa em 2
zonas, uma com um horário de funcionamento livre e outra com limitações ao horário
de funcionamento, tal delimitação é efetuada por um mapa anexo ao Regulamento. O
artigo 3º número 2 do Regulamento permite à Câmara, sem necessidade de consulta à
Assembleia Municipal, alterar essas áreas, o que a 2ª Comissão propõe é que seja
eliminado o número 2 do artigo 3º, sendo a Assembleia Municipal quem deverá ter a
competência para aprovar qualquer alteração ao referido mapa. ----------------------------
----- Resumindo, entende-se que a conjugação destas medidas iria melhorar bastante a
disciplina da ocupação do espaço público, iria contribuir para a diminuição da
aglomeração de pessoas na via pública e consequentemente para a diminuição do
ruído e da produção de lixo, iria promover o comércio de qualidade e com
comportamentos responsáveis e consequentemente o turismo sustentável.” --------------
45
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigada Senhora Deputada. ------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, agora temos de tornar aqui clara uma questão, como
ouviram a apresentação do relatório da 2ª Comissão termina com um conjunto de
Recomendações à Câmara, nós estamos em sede de apreciação de especialidade de
um Regulamento cuja competência de aprovação é da Assembleia, portanto
Recomendações à Câmara nesta sede são extemporâneas, porque já deviam ter sido
antes, uma vez que agora o Regulamento está aqui para ser aprovado ou para não ser
aprovado. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu quando percebi que não havia propostas de alteração na especialidade, mas
apenas recomendações para propostas de alteração na especialidade falei com o
Senhor Presidente da 2ª Comissão e com a Senhora Relatora e perguntei, posso
transformar em propostas de alteração nas políticas especialidade as vossas
recomendações? O Senhor Presidenta da 2ª. Comissão deu como carta-branca e disse
“Faça o favor de o fazer, a Senhora Presidente fará isso.”. Eu fiz esse trabalho, mandei
à Senhora Relatora as propostas de alteração resultantes do parecer, a Senhora
Relatora disse que estavam conformes com o que tinha sido discutido na Comissão,
foi essa a proposta que foi distribuída a todos os Senhores Deputados e que está no
guião. E tenho que dar esta explicação para que depois não digam que isto não foi
exatamente como foi votado, foi votado foi um conjunto de recomendações, o que eu
como Presidente fiz e assinei na proposta que distribui por todos os Senhores
Deputados foi a transformação destas Recomendações em Propostas de Alteração,
porque nesta fase, e isto é uma indicação útil para todas as Comissões, não há muita
tradição nas Assembleias Municipais, em particular nesta, de fazemos alterações na
especialidade, em todas as Comissões isto pode acontecer quando estamos a fazer
alterações na especialidade, seja a um Regulamento, seja a um Plano Diretor
Municipal, seja um Instrumento de Ordenamento do Território, nós temos o poder
legislativo na mão e portanto, é a nós que nos compete, nós Assembleia Municipal,
fazermos as alterações que entendemos que devem ser feitas e não devolver outra vez
à Câmara uma Recomendação para alterar. ----------------------------------------------------- -
---- Portanto eu pedia para terem isto em conta para que no futuro se precisarem de
Apoio Jurídico e que naturalmente ser-vos-á dado, poderem transformar aquilo que é
a vossa vontade e a vossa intenção em propostas em concreto que possam depois ser
aprovadas, portanto, penso que isto está claro, teve obteve o acordo da Senhora
Relatora e do Senhor Presidente da 2ª comissão foi distribuído nestas condições por
todos os senhores deputados foi colocado no site e são estas propostas de alteração
que resultam do parecer da 2ª Comissão, foi distribuído nestas condições por todos os
Senhores Deputados, foi colocado no site e são estas propostas de alteração que
resultam do Parecer da 2ª. Comissão que estão no guião de votações. ---------------------
----- Se houver alguma dúvida no decurso debate, agradeço que ela seja colocada para
que isto seja absolutamente claro para todos e vamos prosseguir com as intervenções.”
46
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente em representação da Câmara
Municipal de Lisboa, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados, público
aqui presente. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, eu quero começar por num registo claramente diferente
daquele que foi a minha última intervenção sobre esta matéria na última Assembleia,
manifestar e saudar, manifestar agrado e saudar sobretudo aquela que tem sido
disponibilidade de todas as Forças Políticas, inclusivamente do seu Vice-Presidente
para podermos analisar e como ele aqui já teve aqui a oportunidade de dizer, melhorar
o que poder ser melhorado no âmbito do Despacho, no âmbito do novo Regulamento,
há matérias que aí incontornavelmente nos irão manter afastados são no limite
perspetivas que temos diferentes, mas também se víssemos sempre tudo de forma
igual, se calhar, depois isto teria muito pouca graça, não é? Não valia a pena estarmos
aqui e diferenciarmo-nos nem do ponto de vista estratégico autárquico nem do ponto
de vista político. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Sobre o que nos separa eu diria que aquela que é a primeira questão e que será a
questão fulcral é incontornavelmente a questão da matéria de 22/23 horas de
encerramento, ou seja, a questão da definição clara de uma zona residencial, uma zona
protegida, daqueles que são o surgimento de qualquer tipo de estabelecimento cujo
horário possa entrar por um período a que prejudique aquele que é o descanso daquela
que é a zona tradicionalmente residencial na área de uma freguesia. -----------------------
----- Depois dar nota de que um agradecimento também porque o desafio lançado e,
aliás, como já foi dito pela Senhora Presidente de Junta da Misericórdia, o desafio
lançado no âmbito da revisão daquilo que era o horário das próprias esplanadas, o
desafio lançado à Câmara Municipal ter sido aceite e estarem disponíveis para rever
essa matéria e isto porquê? Porque, conforme eu também tive oportunidade aqui de
dizer, no período noturno e nomeadamente nas zonas de forte intensidade de diversão
noturna as esplanadas conseguem funcionar como um mecanismo de ordenamento e
isto é muito importante, porque, de alguma forma a controlam aquele que é o
acumular descontrolado de multidões que naturalmente acabam por produzir muito
mais ruído do que se tiverem dispostas em esplanada e, portanto, aqui não como um
mecanismo de negócio mas também como um mecanismo de apoio àquilo que é a
tentativa de ordenamento no espaço público num período que é tradicionalmente mais
difícil. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Depois uma questão também naturalmente relevante e que o Senhor Vice-
Presidente aqui também focou e está é de facto determinante, são diários os contatos
que recebo de muitos moradores que se veem muitas vezes numa situação de enorme
desespero pelo grau de impunidade que resulta da ação, muitas vezes eles interpretam
como deliberada para prejudicar a sua própria qualidade de vida e que irrompe pelas
suas horas de sono com incumprimentos relativamente à legislação que está
atualmente em vigor e, portanto, a parte da fiscalização poder passar para as Juntas de
Freguesia articulação com a Câmara Municipal. Agilizando assim o processo de
47
intervenção, eu acho que é fundamental para podermos desta forma transmitir a essa
comunidade e, em particular aos moradores que que com quem vou contactando que a
partir de determinada data, a partir do momento em que entre em vigor este
Regulamento torna-se possível as Juntas de Freguesia poderem responder na hora às
necessidades da população e poderem na hora dar a aquele que é o alento e a
satisfação de ver que Regulamentos não se resumem a uma interpretação escrita das
vontades, Regulamentos tem depois uma tradução física dessa mesma vontade. ---------
----- Por fim, por fim não, mas igualmente relevante é a possibilidade que está agora
inerente, que é a de construção do no seu território em termos de ocupação do espaço
público e em termos de horários, as Juntas de Freguesia com este Regulamento ficam
capacitadas para poderem propor, para poderem ter uma intervenção direta naquela
que é a adequação do Regulamento àquela que é a característica particular daquela
Freguesia e muitas vezes particular a determinado território de dentro da Freguesia, e
este é um aspeto igualmente importante, porque se é verdade que a cidade de Lisboa
não é toda igual também não é menos verdade que mesmo as próprias Freguesias não
são todas iguais e há territórios dentro das Freguesias que merecem tratamentos
diferenciados, exatamente para podemos gerar aqui situações que não perturbem a
qualidade de vida da comunidade e que possam gerar os equilíbrios que são
necessários. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Por fim a questão das lojas de conveniência e aqui há uma diferença muito
importante e eu julgo que também as alterações que que se têm vindo a discutir em
sede de Comissão e que têm contado também com as qualidade do Senhor Vice-
Presidente vão muito ao encontro daquilo que é claramente esse fator diferenciador, é
que nós temos lojas de conveniência que servem a comunidade, lojas conveniência
que existem para acudir a situações de última hora que resultam da própria vida
residencial de cada um de nós e depois temos lojas de conveniência que existem quase
como certo apoio a determinado tipo de atividade noturna, não estão registados
especificamente para esse feito o que o torna, aliás, dentro do processo concorrencial,
eu diria que no limite há aqui um mecanismo de algum desequilíbrio, porque as lojas
de conveniência acabam por criar este este paradigma de uma bebida fácil, acessível e
facilmente também transportável para o espaço público prejudicando pois todos os
nossos esforços de ordenamento e por isso aqui também é muito importante, não sou
grande fã do mecanismo de diabolização de tudo o que aparece, as lojas de
conveniência têm uma dimensão necessária e útil à comunidade, mas também há
aquelas lojas de conveniência, como em tudo na vida há as coisas boas e as coisas más
relativamente a uma determinada matéria. -----------------------------------------------------
----- Por fim, agora sim por fim, relativamente à questão específica das propostas de
alteração que estão contempladas e aqui a dar duas notas muito importantes. Em
primeiro lugar dizer que parte importante daquilo que foi o Debate gerado em sede de
Comissão e parte importante daqueles que foram os contributos que o que o próprio
PSD entendeu fazer chegar numa fase final à própria Comissão são exclusivamente
aqueles sobre o qual não nos foi possível gerar mais algum consenso, e o que é que se
pretende dizer com isto? Que o PSD se revê em muitas daquelas propostas que estão
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já, fazem parte já do documento que foi consensualizado no seio da Comissão e,
portanto, só estão aqui separadas dessas propostas, outras nos quais não há aqui
acordo e eu sobre essas queria apenas fazer aqui dois destaques para clarificar, porque
julgo que nesta altura faz sentido que o possamos fazer no momento em que se
avizinha a votação.----------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, fazer aqui uma nota de ressalva que foi algo que acaba por
escapar e que eu gostaria que a Mesa pudesse também ter presente, nós no artigo 5º,
no ponto 2 a proposta do PSD tem a ver com a questão das esplanadas, era a da
eliminação deste articulado, porquê? Porque nós não concordávamos com o
encerramento das esplanadas às 24 horas com esta limitação à partida no
funcionamento das esplanadas e no entanto existe a proposta da 2ª Comissão que faz
um ponto que me parece adequado que é: conjuga o momento do encerramento, não
elimina o articulado, substitui-o por adequar então o funcionamento da esplanada, o
horário de funcionamento da esplanada com o horário de funcionamento do
estabelecimento que a serve e, portanto, nós aqui estamos de acordo com este modelo
e, portanto, nós não iremos propor a votação alternativa, porque, na realidade a
proposta de alteração feita pela 2ª Comissão já encerra aquela que era a vontade do
próprio PSD, que era não ficar fechado limitado ao encerramento à meia-noite e,
portanto, não iremos propor, iremos retirar esta para votarmos favoravelmente a
proposta de alteração. ------------------------------------------------------------------------------
----- Depois aqui duas questões, uma de âmbito mais prático e outra de âmbito mais
jurídico. A questão mais prática tem a ver com o artigo 10º em que nós fazemos a
proposta de eliminação das alíneas d) e e) do número 2. O número 2 diz “o
alargamento previsto é precedido da consulta não vinculativa a um conjunto de
entidades” e lá colocam as Forças de Segurança e as Juntas de Freguesia. ----------------
----- Nós pedimos para ser removido isto porque nós entendemos que o número 4
desse mesmo artigo 10º já confere às Juntas de Freguesia e às Forças de Segurança,
algo mais poderoso do que um parecer não vinculativo e, portanto, correndo o risco
aqui até de se tornar algo de contraditório, nós já nos revemos nesta possibilidade e o
parecer que a Junta de Freguesia tem e as próprias Forças de Segurança têm é de tal
forma relevado que é o próprio Regulamento que diz que, no ponto 4 “a competência
para a decisão do alargamento nos casos em que não haja concordância com o parecer
da Junta ou da Força de Segurança territorialmente competente é da Câmara
Municipal”, portanto, a partir do momento em que nós temos esta redação aqui está já
reforçado aquele que é o papel das duas principais entidades que do nosso ponto de
vista em conjugação com a Câmara Municipal mais responsabilidades têm no âmbito
de intervenção territorial que é para além da Câmara Municipal, como disse, as Juntas
de Freguesia e as Forças de Segurança territorialmente alocadas e, portanto, daí a
nossa proposta de nós não queremos que as Forças de Segurança e as Juntas de
Freguesia deixam de ter parecer, nós entendemos é que os pareceres das Juntas de
Freguesia das Forças de Segurança já estão diferenciados dos outros pareceres dos
Sindicatos, das Associações de Empregos, as dos Consumidores e outras entidades e
serviços municipais é só por isto. -----------------------------------------------------------------
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----- Por fim uma última linha tem a ver e que é claramente uma dimensão mais
jurídica que tem a ver com a questão da norma revogatória, o Regulamento determina
a invocando e revogando algumas normas e alguns despachos e fá-lo e, portanto, isto
é uma posição de enfim, isto é mais uma dúvida jurídica que nos assiste a partir do
momento em que há normas que estão revogadas e há normas que estão reforçadas ou
despachos revogados ou despachos reforçados, se há algum que não está referido de
alguma forma corre o risco de existir um perigo de omissão, portanto, nesse sentido da
proposta que nós fazemos é que seja aqui claramente colocado na uma linha final no
ponto das normas revogatórias, nas disposições finais, portanto, que é o artigo 17º.,
uma alínea especificamente para o Despacho 140, uma vez que, como disse a Senhora
Presidente de Junta da Misericórdia, e bem, está aberto no Regulamento a
possibilidade de as próprias Juntas de Freguesia poderem incidir com limitações de
horários para bebidas no espaço público e, portanto, nesse sentido da nossa parte,
julgo que faria tanto do ponto de vista jurídico e regulamentar, como até do ponto de
vista operacional, poder ser colocado lá isto, mas como disse não é uma questão de
condição sine qua non, é mais aqui um pequeno desentendimento do ponto de vista
jurídico e por nada mais. Muito obrigado Senhora Presidente.” -----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, a forma como vamos fazer isto, vamos ouvir todos os
Deputados, naturalmente, que estão a apresentar as suas posições, ou a defendê-las, ou
a entender o que é que deve ser alterado. Depois quando formos artigo a artigo, antes
da votação de cada alteração, a Mesa perguntara à Câmara o que é que a Câmara
pensa da proposta de alteração que está a ser apreciada, que é para termos também a
posição da Câmara sobre todas as propostas de alteração que me parece relevante
nesta matéria. E só depois de ouvirmos o que tem a Câmara a dizer é que passaremos
à votação.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Carla Madeira (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “O PS saúda a preocupação que a Câmara tem manifestado com a melhoria da
qualidade de vida da população de Lisboa. -----------------------------------------------------
----- Uma Câmara que pretende incrementar as potencialidades turísticas da cidade,
mas que não quer ver diminuída a qualidade de vida dos seus moradores. Que quer
continuar a ter uma cidade que figure nos roteiros turísticos e que continue a
contribuir para a economia do país, mas que não quer que tal invalide o direito ao
descanso dos moradores. ---------------------------------------------------------------------------
----- O PS saúda também a dedicação desta Assembleia e da sua 2ª Comissão a esta
temática, essencial para a cidade e para os seus residentes. E a 2ª Comissão fez uma
análise profunda deste regulamento e apresentou um conjunto de recomendações,
traduzidas em propostas com vista a sua melhoria. --------------------------------------------
50
----- O PS revê-se inteiramente nas propostas resultantes das recomendações da 2ª
Comissão e irá votá-las favoravelmente com as propostas de alteração apresentadas
pela Câmara. Votará contra todas as restantes propostas, uma vez que, destas as que
reuniram um consenso alargado estão incluídas no relatório da 2ª Comissão. ------------
----- Estas medidas contribuem para o equilíbrio tão desejado e para uma coexistência
mais pacífica entre moradores, comerciantes e visitantes. Permitem uma maior
conciliação entre a função residencial e a função comercial. Se é essencial assegurar
os direitos dos moradores, nomeadamente o direito ao descanso, também é importante
assegurar o crescimento do potencial cultural, social e económico da cidade. Para tal,
há que promover a proliferação do comércio de qualidade e há que terminar com o
crescimento desenfreado do comércio sem qualidade que não representa mais-valia
para a cidade e que se limita a despejar litros de álcool na via pública. --------------------
----- Este comércio é uma das principais causas do aglomerado de pessoas na rua à
noite, muitos dos estabelecimentos tem reduzidas dimensões e a maioria dos seus
clientes encontra-se no exterior, com consequências a nível da higiene urbana, da
ocupação do espaço público, da segurança e do ruído. Trata-se de comércio que utiliza
o espaço público como extensão do seu negócio, funciona de portas abertas,
incomodando os moradores com o ruído e com os resíduos que os seus clientes
depositam nas ruas. E a limpeza e manutenção do espaço público é feita pelas
autarquias e paga pelo erário público. -----------------------------------------------------------
----- Um modelo de negócio baseado numa ocupação abusiva do espaço público e
com prejuízo para as famílias. Como certamente todos concordamos, este não é um
modelo de progresso que queremos para a nossa cidade. -------------------------------------
----- O PS entende que o regulamento deveria ver reforçadas as medidas que limitem a
abusiva utilização do espaço público, para o comércio e consumo de bebidas sem
regras, licenciamento ou controlo. Este regulamento contém várias medidas que vão
ao encontro destes objetivos, como é o caso do encerramento das lojas de
conveniência às 22 horas, dado o seu contributo para a aglomeração de pessoas na via
pública à noite, pois a maioria vende um grande número de bebidas para consumo na
rua, salvaguarda-se a possibilidade de se definirem as situações específicas em que
poderá haver um alargamento de horário. -------------------------------------------------------
----- Existem contudo, outras medidas que que gostaríamos de ver refletidas.
Consideramos que, por regra, o horário de encerramento das esplanadas deve
coincidir com o horário de encerramento dos respetivos estabelecimentos. ---------------
----- As esplanadas são, atualmente, uma forma de controlo da utilização do espaço
público e em algumas situações contribuem para a diminuição da aglomeração de
pessoas a consumir bebidas na rua. --------------------------------------------------------------
----- Defendemos porém, que deverá ser aplicada uma restrição ao seu horário quando
se verifique incómodo para os moradores, conjugada com esta medida outra das
importantes medidas que deverá ser incluída é a proibição de venda de bebidas para a
rua a partir de, no mínimo a uma hora, tal como consta do Despacho nº 140. Esta
medida é aplicada desde janeiro de 2015, às zonas do Cais do Sodré, Bica e Santos, e
51
tem permitido diminuir a aglomeração de pessoas na rua e, consequentemente, a
emissão de ruído e a produção de lixo. ----------------------------------------------------------
----- A avaliação que foi feita pela Famalis e pela WAX, da aplicação desta medida, é
positiva, defendendo que não só deveria ser mantida nestas zonas, como deveria ser
alargada a outras zonas. ----------------------------------------------------------------------------
----- A Freguesia da Misericórdia também considera que esta medida foi positiva na
Bica e no Cais do Sodré, não se pronunciando, naturalmente, com a sua aplicação
noutras freguesias. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Por isso, o PS defende que deverá ser criada a possibilidade mediante solicitação
da Junta de Freguesia e ouvidas, as associações representantes dos moradores e dos
comerciantes, serem definidas zonas em Lisboa, onde, como medida de controlo da
utilização do espaço público, seja proibida a saída de bebidas do interior de
estabelecimentos para a rua a partir de, no mínimo, a uma hora. Este regulamento com
a introdução das propostas da 2ª Comissão e das alterações, há pouco apresentadas
pela Câmara, irá melhorar muito a situação existente, contribuindo bastante para a
melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Sabemos que este regulamento não irá
resolver, no imediato, todos os problemas, mas sabemos que será um passo muito
importante para a sua resolução. ------------------------------------------------------------------
----- O caminho faz-se caminhando, e estamos disponíveis para trabalhar esta solução
gradual, por isso, Senhora Presidente da Assembleia, Senhor Vice-presidente da
Câmara, o apelo do PS é que este regulamento inclua as propostas de alteração da 2ª
Comissão já com as alterações apresentadas, há pouco, pela Câmara e que seja
aplicado no imediato. Entendemos que o ótimo é inimigo do bom, e que este
regulamento deve entrar em vigor ainda neste verão, pois a cidade não pode esperar
mais, os lisboetas não podem esperar mais.” ---------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Gaspar (IND) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Cara Presidente, Secretários, Caro Vice-presidente da Câmara, Vereadores,
Deputados e Deputadas, e restantes Cidadãos e Cidadãs. -------------------------------------
----- Eu citaria, pensava terminar a minha intervenção, mas citaria e reforçaria o que a
Deputada Carla Madeira disse agora, de facto, o caminho faz-se caminhando, sempre
com os caminhantes, porque há, também, os outros. ------------------------------------------
----- Dizer muito rapidamente que, em primeiro lugar, naturalmente, saudar a
capacidade da Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do Vereador Duarte Cordeiro,
nesta capacidade de acolher depois da votação significativa na Câmara Municipal,
novas propostas. Salientar, também, o trabalho de vários meses, da Comissão, em que
o Presidente da Comissão, Carlos Silva Santos, tentou, por todos os meios, uma
consensualização, quase no limite do impossível. Ver, também, que a Deputada Carla
Madeira, com paciência e capacidade de inclusão, reforçou, reforçou tudo o que havia,
a inclusão, de facto, faz assim, de um modo natural, ou não se faz, e a Deputada,
enfim, nem sempre nós gabamos o que é nosso, mas a Deputada de facto, tem essa
capacidade, é uma capacidade que nem todos temos, mas a Deputada tem. ---------------
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----- E dizer-vos que este trabalho foi muito interessante do ponto de vista do trabalho
desta casa que é, de facto, uma casa cidadania, é um trabalho exaustivo, é um trabalho
exemplar de inclusão. ------------------------------------------------------------------------------
----- Pois bem, após o que esteve consensualizado, nem todos conseguimos isso,
enfim, a votação estará aí para o exprimir, da nossa parte acompanhamos tudo aquilo
que foi consensualizado, até ao limite, na Comissão, e dizer de facto que pensamos
que com este regulamento, a cidade fica de facto, mais coerente, e se me permitem o
pleonasmo, mais cidadã, porque de facto, nesta cidade há cidadãos e cidadãs que, no
âmbito da política que nós fazemos cumprem, apenas, esse desígnio. Há, também, os
outros, mas desses a história nunca falará. -----------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Gostaria, obviamente, em primeiro lugar, de reconhecer e saudar o trabalho de
minúcia e o cuidado com que a Deputada Carla Madeira elaborou este documento,
este parecer, obtendo uma análise criteriosa da aplicação do regulamento atual e do
despacho nº 140/2014, na cidade, o seu impacto na vida dos moradores e dos
comerciantes, a tentativa de encontrar respostas que possam resolver os problemas daí
decorrentes e granjear, na medida do possível, como já foi aqui dito, o consenso mais
alargado possível que é o que, também, hoje, nós todos pretendemos. E, portanto,
deixar esta nota de reconhecimento, não só à Deputada Carla Madeira, mas,
obviamente, a toda a 2ª Comissão. --------------------------------------------------------------
----- A abordagem que o CDS faz desta revisão do Regulamento de Horários foi
construída ao longo do tempo em que assumimos a defesa dos moradores afetados no
seu descanso, pelo ruído emanado dos estabelecimentos, quantidade noturna e para o
qual contribuímos, ativamente, para encontrar soluções. -------------------------------------
----- Importa recordar que a liberalização dos horários de funcionamento alterou, ou
aumentou um conjunto de situações que provocaram visível incómodo aos moradores,
motivado pelo ruído da música, ou de consumo de bebidas na via pública e também
por desacatos. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Todos estamos conscientes dos anos da Saúde que a falta de descanso pode
provocar a quem está, frequentemente, disposto a esta situação, particularmente, em
zonas classificadas por animação noturna. Nalguns locais, acresce, ainda, problemas
de salubridade e de segurança na via pública. --------------------------------------------------
----- Foi, portanto, com manifesto agrado que assistimos à aprovação por
unanimidade, em reunião de Câmara, realizada em novembro de 2015, do projeto de
Regulamento de Horários que continham assinalável contributo do CDS em relação à
restrição do horário de fecho das esplanadas e das lojas de conveniência. E nesta
matéria, queria apenas a abrir um parêntesis sobre alguma demagogia que o Bloco de
Esquerda, aqui, trouxe numa das suas propostas de emenda, e que insinua, em certa
parte, que a limitação dos horários das lojas de conveniência pode, eventualmente, ter
como alvo a população imigrante, e até refere as intervenções, quer do CDS, quer do
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Vice-presidente Duarte Cordeiro e, portanto, não me parece que insinua, também, que
há aqui um preconceito xenófobo, ideologia xenófoba e, portanto, lamentamos essas
declarações que estão escritas, nem sequer foram verbais e, portanto, lamentamos nem
podemos aceitar. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Encerrado este parêntesis sobre uma matéria que gostaria que não tivesse
acontecido, o CDS insiste para que a proposta mantenha os horários de encerramento
das lojas de conveniência e das esplanadas como medida de bom senso, uma vez que a
mesma pode ser sempre excecionada pelas Juntas de Freguesia é, nomeadamente o
caso das lojas de conveniência, com encerramento previsto para as vinte e duas horas
quando estes estabelecimentos contribuem para aglomerar pessoas na via pública já
que, praticamente, só vendem álcool nas zonas mais problemáticas da cidade, no que
concerne ao consumo na via pública e esse é um facto. ---------------------------------------
----- Porém, caso a caso, as Juntas de Freguesia podem avaliar e considerar o
alargamento do horário face ao pedido dos comerciantes, e tendo em conta a sua
envolvente e antecedentes, o que nos parece suficiente, nesta matéria. Aliás, a atual
redação do regulamento confia na capacidade de avaliação e de critérios das Juntas
nesta matéria, julgo que é motivo suficiente para optarmos por manter este articulado. -
----- Sobre o horário autónomo para as esplanadas, temos alguma compreensão pelas
esplanadas serem dissuasoras do consumo de bebidas na via pública, e que isso possa
ser uma realidade em zonas mais problemáticas. Contudo, não é argumento para
generalizar a toda a cidade, não podemos partir, nesta matéria, de uma situação
focalizada em alguns bairros e zonas, e aceitá-la como um todo na cidade. --------------
----- Em inúmeros bares inseridos em malha residencial com esplanadas agregadas e
horário de funcionamento autorizado para as três, as esplanadas funcionam até às três.
Adicionalmente, pedindo a prorrogação do prazo para as cinco, possível em trinta dias
por ano, acrescidos de trinta minutos de tolerância para esvaziar os últimos clientes,
temos uma esplanada em malha residencial que pode funcionar legalmente até às
cinco e meia da manhã. Se o funcionamento da esplanada não colidir com o direito ao
descanso, obviamente, que nada temos contra, aliás, em último caso, as esplanadas até
poderiam funcionar vinte e quatro horas, desde que cumprissem a Lei do Ruído. --------
----- Contudo, regulamentar com essa abrangência em detrimento de uma redação
moderada, que é a atual, não nos parece a melhor solução para Lisboa. Nesse sentido,
o CDS defende a proposta apresentada em Câmara e aprovada por unanimidade, como
sendo a mais moderada e conciliadora entre a iniciativa privada, que sempre
incentivámos e promovemos, e os interesses dos moradores, cabendo às Juntas de
Freguesia a possibilidade de se pronunciarem sobre os horários, de uma forma
construtiva e positiva, e não o contrário, ou seja, prolongar o horário e depois retirar
alguns comerciantes irá gerar sentimento de punição pública quando as Juntas de
Freguesia deverão assumir um papel positivo, alargando aos comerciantes que tenham
demonstrado saber respeitar a ambiência envolvente e o respeito pelos moradores,
entre outros critérios, e não o contrário. É mais fácil e pedagógico autorizar do que
restringir, na medida em que promove o cumprimento da lei e é mais bem aceite pelos
interessados e pela população. E se fosse Presidente de Junta, não sou, mas se fosse,
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preferiria tomar medidas pela positiva, do que pela negativa, que é o que agora se está
a propor e, obviamente, julgo que os Senhores Presidentes de Junta, também. -----------
----- É, por essa razão, que o horário cautelar que se encontra previsto na redação atual
de regulamento nos parece o adequado. Aliás, reafirmo com o conhecimento
territorial e emissão de parecer pelas Juntas é essencial, facto, pelo qual, concordamos
com a proposta de alteração apresentada pelo PSD, ao número 2, do artigo 10º, e que
eleva assim o parecer das Juntas de Freguesia e das Forças de Segurança, ou seja,
nesta proposta de alteração, e que já foi, aqui, explicada, no nosso entender, vem ela
própria reforçar e ao encontro da manutenção dos horários previstos na proposta de
regulamento, uma vez que, novamente, é depositada nas juntas o poder vinculativo
nas decisões de alargamento e restrição. --------------------------------------------------------
----- Senhor Vice-presidente, deixamos ainda, uma sugestão à Câmara que esta deva
avaliar a questão dos horários das entidades culturais e associativas que detém
licenças de funcionamento passadas, nomeadamente pela DG Artes, possuidoras de
serviço, também, de bebidas, cuja fixação e a atuação por parte das Forças de
Segurança se tem verificado difícil face ao seu enquadramento legal. Portanto, é uma
matéria que temos que dar especial destaque e atenção. -------------------------------------
----- Reforçar a necessidade de investir na fiscalização com mais meios, de nada
valerá aprovar um regulamento se, depois, a fiscalização aos vários casos de abuso
que abundam pela cidade, não forem alvo de fiscalização e, alguns casos novos, de
prévia sensibilização. -------------------------------------------------------------------------------
----- Nas propostas de alteração apresentadas, importa dizer que iremos acompanhar a
larga maioria das apresentadas pelo PSD e que nos parecem pertinentes e avaliar,
obviamente, a redação de outras, nomeadamente, uma que o PSD nos propõe e que
gostaria de colocar à consideração do grupo que é a alteração proposta ao número 2,
do artigo 15º, e que diz respeito à Constituição, e bem, esta proposta em câmara, para
a criação de uma unidade técnica contra o ruído. O atual articulado propõe a inclusão
de um representante da Junta de Freguesia, competências delegadas para o efeito, e
nesta matéria, parece-me que a redação não é a mais clara, quanto ao Presidente que
irá fazer parte desta unidade e, portanto, dos vinte e quatro, qual será o Presidente
indicado. Portanto, aqui parece-me, que podemos caminhar por dois caminhos à
semelhança do que, também, proposto noutro artigo mais à frente, pela Comissão, ou
pela designação de um representante das Juntas de Freguesia a designar por esta
Assembleia, ou então convidar os Presidentes de Junta de Freguesia, ou quem
representa a Junta de Freguesia, para participar nestas reuniões da unidade técnica
contra o ruído sempre que sejam discutidos processos referentes à sua área geográfica,
porque, segundo percebi não é freguesia a freguesia e, portanto, penso que nesta
matéria, temos de definir muito bem como é que iremos indicar esse Presidente de
Junta uma vez que não poderão estar os vinte e quatro, no nosso entender e, portanto,
deixava esta sugestão de esclarecimento ao PSD. ---------------------------------------------
----- Informar, também, que o CDS-PP irá votar contra as alterações apresentadas pelo
BE, seja pelos considerandos e respetiva fundamentação, mas principalmente porque
as mesmas são o oposto do que temos defendido neste processo a que se junta a
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questão dos horários de funcionamento das grandes superfícies comerciais, em que o
BE pretende restringir, mais uma vez, a liberdade de escolha dos munícipes. ------------
----- Quanto às propostas de alteração emanadas pela 2ª Comissão, iremos
acompanhar todas, destacamos a inclusão da proibição de venda de bebidas para a rua
a partir da uma da manhã, e que estava, anteriormente, prevista no despacho 140, e
que a proposta atual de regulamento deixa cair. A possibilidade, também, nas Juntas
prolongar o horário das lojas de conveniência, conforme pelas razões anteriormente
expostas, a inclusão da competência da Assembleia Municipal no que concerne à
delimitação dos mapas A e B e respetivas subdivisões que venham a ser propostas
Câmara e, portanto, reforçar, também, os poderes desta Assembleia Municipal parece-
me, extremamente, importante. Quanto ao ponto um, e é o único que nós
excecionamos na questão da recomendação, ele mesmo colide com aquilo que foi a
apresentação da proposta aprovada por unanimidade na Câmara e que colide, também,
com a proposta que é de génese do CDS, mas foi adotado por todos os partidos na
Câmara Municipal e, portanto, como é óbvio, sendo coerente, não podemos
acompanhar a mesma. E nesta matéria, faço aqui um apelo para que a Assembleia
Municipal também, não retroceda nesta opção, e que opte por uma solução moderada
e positiva, e não por um modelo que, no nosso entender, pode ser encarada pelos
comerciantes, como punitivo. ---------------------------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, eu também, vou já terminar, penso que já disse o essencial
sobre as alterações, sobre aquilo que é a nossa posição e, portanto, importa que neste
regulamento, em apreço, pensarmos sempre nos moradores, naqueles que, ainda,
tentam viver, particularmente, na zona histórica da cidade e que nela investe na sua
reabilitação para depois criar medidas com o intuito de já equilíbrio entre quem mora
e quem tem um negócio. A partilha de responsabilidade deve ser mútua, mas a
Câmara e as Juntas têm especial responsabilidade nesta matéria pelo que importa não
defraudar as expectativas que, ainda, muitos depositam neste regulamento, que será
aprovado hoje, e no cumprimento da legislação em vigor, em particular, em matéria
de ruído e, portanto, ou este regulamento vinga, ganha eficácia, ou será mais um
papel, um documento. ------------------------------------------------------------------------------
----- Pugnemos e zelemos por um bom ambiente urbano, pela salubridade, pelo
combate ao ruído, pelo descanso dos moradores, em suma, por tudo aquilo que
comporta a vivência numa cidade que se pretende, e passando a redundância, viva
mas, em que o respeito pelo próximo e pelas regras existentes, impere sempre. ----------
----- E é por isso que apelo aos Senhores Deputados e à Mesa, a todos os Deputados
em geral, e à Câmara também, que haja um consenso alargado numa matéria tão
importante como esta, e à semelhança do que foi possível em Câmara, e se possível, a
unanimidade que conseguimos obter nesse órgão, era bom que conseguíssemos,
também, na Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sara Goulart (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
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----- “Muito boa tarde, Cara Presidente da Assembleia, Caros Deputados, Caros
Vereadores, Caros Munícipes. --------------------------------------------------------------------
----- Antes de mais, reconhecer o esforço feito pela 2ª Comissão ao ouvir uma tão
grande quantidade de entidades a propósito deste Regulamento dos Horários de
Funcionamento. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Reconhecer, também, o esforço da Senhora Deputada Municipal Carla Madeira
na tentativa de incluir um maior número de propostas, e de conciliá-las no relatório da
comissão, e também, ressalvar que foi com agrado que vimos que a Comissão acolheu
bem a nossa proposta de salvaguarda das competências da Assembleia. -------------------
----- De qualquer forma, há duas propostas de emenda que não foram acolhidas pela
Comissão, e que nós queremos voltar a apresentar, e que já anteriormente, vieram,
aqui, a Plenário. Uma delas, que já foi aqui bastante falada, que visa a clarificação do
conceito de loja de conveniência e do respetivo regime de horário funcionamento. ------
----- Ora, considerando que é relatada de Lisboa pela concentração populacional
determina uma grande procura de serviços e bens, e que o conceito de loja de
conveniência enquanto estabelecimento comercial de pequena dimensão e oferta de
surtido básico, com um horário de abertura dilatado, permite aos consumidores o
abastecimento de bens em falta num regime de proximidade e acessibilidade de
horário, permite, também, oferecer a satisfação de necessidades básicas a qualquer
momento. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Considerando, ainda, que existência de lojas de conveniência é de grande
utilidade para os consumidores, importando assim que a sua existência seja
assegurada nessa dimensão de disponibilidade, que o presente regulamento reconduz
o conceito de loja de conveniência, a venda de bebidas, não procurando regular o seu
conceito e de lhe oferecer densidade num horário de funcionamento adequado aos
seus propósitos, assim, privando os lisboetas desta útil oferta, aliás, os propósitos do
regulamento contido na Proposta nº 206, como é patente da proposta de alteração do
Senhor Vereador João Gonçalves Pereira, do CDS-PP, e da sua discussão em sede da
Câmara Municipal, designadamente, a sua intervenção e da intervenção do Senhor
Vice-presidente da Câmara Municipal, são muito claros quanto aos alvos visados. ------
----- Ao decidir a Câmara Municipal de Lisboa caiu numa solução que é reveladora do
espírito que preside à celebração desta proposta, define, por um lado, loja de
conveniência como um estabelecimento tipo 6, que tenha atividade de venda de
bebidas, nem sequer as especificando como alcoólicas, o que pode fazer de qualquer
supermercado uma loja de conveniência e restringindo o horário relativamente a todos
os outros tipos de estabelecimentos, passando, as mesmas, a encerrar às vinte e duas
horas, ao passo que o menor dos limites máximos é das vinte e quatro horas. ------------
----- Esta proposta acaba por cair numa inevitável contradição. -----------------------------
----- Lembra-se, ainda, que os estabelecimentos visados são, em grande número,
explorados por membros de comunidades imigrantes, esperando que esse facto seja
alheio a formulação, aqui trazida, e alvo da presente emenda. ------------------------------
----- Também não se ouviram as queixas de concorrência feitas pelos donos de bares
relativamente à oferta destas lojas, e não se ignora que estas lojas possam fornecer
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alguns clientes ruidosos no exterior, tal como o fazem muitos bares, aliás, sendo que a
solução deve estar na fiscalização do ruído e atitude destes clientes. ----------------------
----- Pede, ainda, que esta proposta não serve os lisboetas e presta-se a privá-los de
uma oferta de emergência e proximidade de um conjunto de bens essenciais, por isso,
propomos regular o conceito de loja de conveniência, seguindo de perto o conceito da
revogada Portaria nº 154/96, de quinze de maio, estabelecendo para que a sua
atividade seja, verdadeiramente, o que se procura numa loja de conveniência,
obrigatoriedade da prática de um horário extenso e da existência de apenas um dia de
descanso semanal, obrigando a uma oferta diversificada de bens essenciais e de
emergência, e a uma área de venda reduzida. ---------------------------------------------------
----- Para assegurar o cumprimento cabal do regime especial das lojas de
conveniência, e para que as mesmas não se constituam numa fraude ao espírito
exceção que determina o seu horário e regime, acrescenta-se a punição e título
contraordenacional do não cumprimento dos requisitos de funcionamento do
estabelecimento como loja de conveniência. ---------------------------------------------------
----- Trazemos, ainda, uma outra proposta de emenda que visa o encerramento das
grandes superfícies e de estabelecimentos de insígnia. ----------------------------------------
----- Considerando a competência para o estabelecimento de limites de horários de
funcionamento dos estabelecimentos comerciais, foi cometido aos órgãos dos
municípios, onde os mesmos se situam; ---------------------------------------------------------
----- Considerando que o Decreto-lei nº 10/2015, de dezasseis de janeiro, aprovou o
regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comércio, serviços e
restauração que definiu, autonomamente, para efeitos de acesso à atividade na sua
alínea a), o seu artigo 1º, número um, a atividade de exploração de estabelecimento de
comércio a retalho que pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias,
ou estejam integrados num grupo que disponha, a nível nacional, de uma área de
venda acumulada, igual ou superior, a trinta mil metros quadrados, nos casos em que
isoladamente considerados têm uma área de venda inferior a dois mil metros
quadrados e não estejam inseridos em conjuntos comerciais, e de estabelecimentos de
comércio a retalho com área de venda igual ou superior a dois mil metros quadrados,
inseridos em conjuntos comerciais, no seu artigo 1º, número um, alínea x), o conceito
de grande superfície comercial como o estabelecimento de comércio a retalho
alimentar, ou não alimentar, que disponha de uma área de venda continua igual ou
superior a dois mil metros quadrados. ----------------------------------------------------------
----- Esta automatização e definição conceptual, leva em linha de conta o especial
impacto destes estabelecimentos no pequeno comércio por força da crescente
concentração do setor, e possibilitando a competição do pequeno comércio de
proximidade, muitas vezes de cariz familiar, levando ao inexorável decréscimo de
clientes e ao consequente encerramento de muitas pequenas empresas de comércio a
retalho. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta situação torna, muitas zonas da cidade, privadas de comércio de
proximidade, pondo, ainda, sobretudo, em risco a sobrevivência económica de muitas
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famílias, descaracterizando, ou tornando insignificante, a prática do comércio de
proximidade com a confiança salutar e recíproca que lhe é intrínseca. ---------------------
----- O regime de horário de funcionamento proposto tem, também, como inevitável
consequência que os trabalhadores das cadeias de insígnias e das grandes superfícies
comerciais, vejam condicionado o seu direito ao descanso em dias que, a generalidade
das famílias, utilizam para o lazer. Falamos, obviamente, de domingos e feriados. ------
----- O Bloco de Esquerda, tendo em consideração estes importantes aspetos, defende
que as grandes superfícies encerrem aos domingos e feriados. No entanto, para prover
a satisfação das necessidades especiais de abastecimento dos consumidores, que
ocorrem em determinadas épocas do ano, esses mesmos estabelecimentos, poderão,
respeitando o horário normal, abrir em quatro domingos, ou feriados, por ano com
exceção do “1º de Maio”. Excetua-se o “1º de Maio” pelo seu caráter simbólico para
os direitos dos trabalhadores, evitando assim o seu desrespeito. ----------------------------
----- Equilibra-se, pois, as pretensões meramente economicistas, com o direito ao lazer
dos trabalhadores destas grandes superfícies. Para além disso, e não menos
importante, traz aos pequenos e médios comerciantes, um contributo numa luta
concorrencial, à partida, desigual, estes têm, através desta proposta, melhores
condições para o auxílio à revitalização dos centros da nossa cidade, com tudo o que
isso, necessariamente, significa, um incremento da nossa qualidade de vida. -------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, colocou a seguinte
questão: -----------------------------------------------------------------------------------------------
------ “Senhora Deputada, a sua intervenção suscitou-me uma dúvida que eu gostaria
de formular em voz alta, até para que o Senhor Vice-presidente a possa esclarecer
para todos. Isto não foi verificado, nem na Câmara, nem na Comissão, mas na
definição dos grupos, grupo um, dois, três, quatro, cinco, seis, o grupo seis aparece no
fim, dizendo; “que se integram no grupo seis os estabelecimentos que não se
enquadrem em qualquer dos grupos anteriores”, e o grupo anterior, o grupo cinco, são
as lojas de conveniência. Pois, quando vamos definir as lojas de conveniência,
dizemos que, são aquelas inseridas no grupo seis, e não no grupo cinco, portanto,
parece haver aqui, uma confusão, e não há confusão porque o conceito de loja de
conveniência é um subgrupo do grupo seis, e não é um grupo diferente do grupo seis,
é uma parte do grupo seis, uma parte das lojas classificadas como estabelecimentos
que não se enquadrem em quaisquer dos grupos previstos, são as lojas de
conveniência. Da maneira como isto está não fica muito claro. De qualquer maneira, o
Senhor Vice-presidente poderá, depois, esclarecer isto melhor, porque senão isto
parecer uma gralha, parecer que falámos das lojas de conveniência como sendo o
grupo cinco, no artigo 4º, e depois dizemos, no artigo 7º, que elas são as do grupo
seis. Isto estabelece, aqui, eventualmente, alguma confusão. --------------------------------
----- Portanto, estou a chamar a atenção para isto para que possamos clarificar isto
melhor, mesmo que não fique na redação do articulado, Senhores Deputados, mesmo
que não fique na redação do articulado, se ficar expresso, claramente, pela voz da
Câmara qual é a interpretação que dão a isto, essa interpretação é que serve para,
59
depois, interpretarmos o regulamento, no caso de ele ser aprovado, porque é muito
importante que as interpretações respeitem o espirito do legislador, e é isso que eu
estou a pedir que fique claro, não é que o espírito compareça perante nós, mas que
clarifique, exatamente, o que está a dizer aqui.” -----------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, tendo sido feito um pedido de esclarecimento relativamente,
a uma das propostas que nós, tendo sido feito um pedido de esclarecimento por parte
de um Senhor Deputado do CDS-PP, relativamente a uma proposta que nós
apresentámos, julguei ser útil poder fazê-lo, ainda, em tempo oportuno. ------------------
----- E portanto, clarificar que a indicação que lá vem designada como representante
das Juntas de Freguesia, teria que ser incontornavelmente, teria que ser uma decisão
emanada da própria Assembleia Municipal à semelhança de todos os outros processos
para onde são indicados representantes. ---------------------------------------------------------
----- As Juntas de Freguesia, como é sabido, não têm órgão próprio colegial de
Presidentes de Junta para definir tal indicação, portanto, o único que poderia garantir,
mas a questão é, de facto, esta, é a de que a indicação não podendo ser feita por um
representante das Juntas de Freguesia, porque não existe esse órgão de representante
de junta de freguesia, teria a emanar de uma indicação feita em sede de Assembleia
Municipal, onde os Presidentes de Junta têm assento.” ---------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------
----- “Muito obrigada, aliás, temos tido essa prática para outras circunstâncias, e
poderia ser esse o espírito do legislador caso a norma seja aprovada, será esse a
indicar pela Assembleia Municipal, ou podemos mesmo acrescentar essa explicitação.
----- Terminámos as intervenções, peço que tenham o vosso documento de apoio, na
vossa presença, a Mesa vai projetar, eu vou pedir imagem para o meu computador, se
faz favor, a Mesa vai projetar aqui, os artigos que têm proposta de alteração, de
acordo com o documento de apoio que foi distribuído. --------------------------------------
----- Estão indicados, a azul sublinhado, as propostas do PSD. ------------------------------
----- Estão indicados, a verde, as propostas da 2ª Comissão. ---------------------------------
----- E estão indicados a vermelho escuro as propostas do BE. É rigorosamente, a
mesma coisa que está no documento de apoio. -------------------------------------------------
----- Naturalmente, só fiz este exercício para os artigos que têm alteração. ----------------
----- A metodologia que vos ia propor é esta; nós vamos, agora apreciar, um a um, os
artigos que têm alterações propostas, sobre cada um destes artigos pergunta à Câmara
se quer pronunciar, e depois ponho à votação por ordem de entrada. A ordem de
entrada é primeiro, o que entrou primeiro, depois o que entrou depois, e portanto, é a
mesma que está neste guião, portanto, é exatamente, por esta ordem, se forem
contraditórios, o primeiro que for aprovado, o segundo é prejudicado, como
habitualmente, nestas votações. -------------------------------------------------------------------
----- E o primeiro artigo sobre o qual há propostas de alteração é o artigo 5º, Senhor
Vice-presidente pode seguir pelo guião porque é exatamente igual ao que está no
guião. Peço desculpa, é o artigo 3º, e eu não fiz a alteração do artigo 3º,
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eventualmente, comecei logo no 5º, será? Vamos lá, artigo 3º há uma proposta de
eliminação do número 2, pelo BE, e há uma proposta de alteração do número 2, a
proposta pela Comissão. Eu acho que o BE estaria disponível para aprovar a proposta
da Comissão, porque o seu problema era salvaguardar as competências da
Assembleia, e portanto, podemos retirar esta? Correto. Portanto, esta proposta do BE,
para eliminação do número 2 é retirada. -----------------------------------------------------
----- E o que está aqui em causa é a alteração do número 2, do artigo 3º, resultante do
parecer da 2ª Comissão. Eu pergunto à Câmara se se quer pronunciar? No fundo, é
que a alteração do mapa das zonas A e B, que está previsto neste regulamento, não
possa ser feita pela Câmara Municipal, mas sim, sempre, pela Assembleia, sob
proposta da Câmara. Faz todo o sentido, uma vez que o regulamento é apreciado pela
Assembleia, quem altera o regulamento, pode alterar, não pode ser a Câmara sem a
Assembleia o alterar, sem a aprovação da Assembleia, mas de qualquer forma, Senhor
Vice-presidente pergunto se quer intervir? Não se quer pronunciar. Muito bem. ---------
----- Então neste momento, temos para votar apenas a Proposta de Alteração do nº 2,
do artigo 3º, resultante do parecer da 2ª Comissão, e nós vamos pôr isto à votação, é o
que está a verde, neste slide, o que está a vermelho foi retirado. Não há votos contra,
nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP, PAN, MPT,
PNPN e 6IND. A Proposta de Alteração do nº 2, do artigo 3º, foi aprovada por
unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à próxima alteração, que é o artigo 5º. Há uma proposta do BE
para no grupo cinco, que é o grupo definido como sendo as lojas de conveniência, seja
alterado o horário. O que estava cá, no artigo 5º, era entre as seis e as vinte e duas,
todos os dias da semana, e o BE propõe entre as zero e as vinte e quatro, todos os dias
da semana. Está clara a proposta? A Mesa vai pôr à votação a Proposta de Alteração
do BE, do artigo 5º. Votos contra do PS, PSD, CDS-PP, PNPN e 6IND, abstenções
do PCP, PAN, PEV e MPT, votos a favor do BE. Esta Proposta de Alteração do BE
foi rejeitada. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à seguinte, e é a alteração do nº 2, do artigo 5º. Do PSD, o
Senhor Deputado Luís Newton informou que retiravam a vossa proposta, correto?
Certo. Então o que vamos pôr à vossa consideração é a proposta de alteração do nº
2, do artigo 5º, resultante do parecer da 2ª Comissão que é a questão dos horários das
esplanadas e dos estabelecimentos. Está aqui assinalado a verde, podem ler. -------------
----- E eu pergunto ao Senhor Vice-presidente se se quer pronunciar sobre esta
proposta? Não se quer pronunciar. Portanto, não há objeções da Câmara, e a Mesa vai
pôr à votação a proposta de alteração do nº 2, do artigo 5º, resultante do parecer da
2ª Comissão. Votos contra do PCP, PEV, CDS-PP, 1DM do PS, abstenção do BE e
votos a favor do PS, PSD, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A proposta de alteração do nº
2, do artigo 5º foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação, há três aditamentos que o BE apresenta para o artigo 5º,
e que tem a ver com o funcionamento das grandes superfícies. Foram, aqui,
explicados pela Senhora Deputada, e portanto, querem votar cada um de “per si”,
querem votar os três em conjunto? Se há dúvidas, a Mesa volta a ler. Podem ser em
61
conjunto, muito bem. Portanto, Senhores Deputados está tudo clarificado do que é que
estamos a votar, são os três novos números ao artigo 5º, apresentados pelo BE, e
tem a ver com os horários de funcionamento das grandes superfícies. Votos contra do
PS, PSD, CDS-PP, PNPN, MPT e 6IND, abstenção do PAN, votos a favor do PCP,
BE e PEV. Esta proposta dos três novos números ao artigo 5º foi rejeitada. -----------
----- E vamos passar, agora sim, à proposta que a 2ª Comissão faz ao artigo 5º e que
é aditar um número final que diz; “o horário aplicável às salas de espetáculos, teatro,
cinemas referidos na alínea d), do número 1, do artigo 4º, pertencentes ao grupo três,
entre as onze e as quatro, todos os dias da semana”. Também está justificado esta
alteração proposta no relatório. Vamos pôr à votação esta proposta da 2ª Comissão,
não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-
PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A proposta que a 2ª Comissão faz ao artigo 5º foi
aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------
----- Não perguntei à Câmara se tinha alguma objeção, peço ao Senhor Vice-
presidente que alerte quando for o caso. ---------------------------------------------------------
----- Vamos passar, agora, à votação do aditamento de um novo número, a seguir
ao número um do artigo 6º, resultante do parecer da 2ª Comissão, e que é um
número que tem a ver com “zonas específicas onde é proibida a saída de bebidas do
interior dos estabelecimentos para a rua a partir da uma da manhã”. ----------------------
----- O Senhor Vice-presidente tem alguma coisa a dizer sobre esta matéria? Não
havendo nada a declarar, vamos pôr à votação esta proposta. Não há votos contra,
nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP, PAN, MPT,
PNPN e 6IND. A proposta que a 2ª Comissão faz sobre aditar um novo número a
seguir ao número 1 do artigo 6º foi aprovada por unanimidade. -----------------------
----- Vamos prosseguir, agora, com o artigo 7º, o Senhor Vice-presidente pede a
palavra sobre este artigo. Faça favor, Senhor Vice-presidente.” -----------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- E era no sentido, a questão foi colocada, há pouco, pelo BE, referir que,
aproveito, e fazia já o comentário a todo este artigo. ------------------------------------------
----- Realmente, o que aconteceu foi quando foi introduzida em discussão de Câmara
na altura, em reunião de discussão de Câmara, uma proposta de aditamento pelo
Vereador do CDS quanto, no fundo, à definição do artigo, do grupo cindo das lojas de
conveniência. Na realidade há aqui, uma espécie de erro de concordância, porque o
grupo cinco que é uma parte do grupo seis, aparece primeiro, o que faria,
eventualmente, mais sentido do ponto de vista de redação, era o grupo que agora se
entende como seis, aparecesse, previamente, com o grupo cinco, e o grupo cinco, que
é uma parte do grupo seis, aparecesse depois. Não há nenhum erro do ponto de vista
daquilo que é a substância, mas há aqui um erro do ponto de vista, de, digamos assim,
de leitura por causa desta questão que acabei de referir. --------------------------------------
----- Entendeu-se que, só não se foi buscar referência que o Bloco de Esquerda aqui
faz, e eu percebo o Bloco de Esquerda quando identifica aquilo que era a definição
62
que no passado estava identificada na portaria que definia as lojas de conveniência
que, entretanto, foi revogada, a opção de não entrar numa definição tão concreta, teve
a ver com, no passado, haver fácil adulteração áquilo que é a designação de lojas de
conveniência. Por isso, propositadamente, se procura uma definição mais lata. ----------
----- O ponto 2 do artigo 7º, pretende ir ao encontro, eu sei que sobre esta perspetiva o
Bloco de Esquerda tem o princípio, e parece-me que todas as propostas tinham essa
coerência, de entender que há lojas de conveniência que devem, por sua própria
natureza, funcionar com horários mais alargados, porque respondem a necessidades
básicas da população, o objetivo quando foi desenhado este artigo 7º, nomeadamente
no seu ponto 2, que eu daqui a pouco já vou fazer uma proposta de aditamento, era
exatamente, ir ao encontro desse mesmo espírito, não admitindo princípio de que
todas as lojas de conveniência têm um horário livre, mas admitir o princípio que era
perfeitamente possível, à Câmara e às Juntas de Freguesia, identificarem zonas na
cidade onde as lojas de conveniência tivessem o tal horário alargado. Portanto, é um
princípio de responsabilidade da Câmara e das Juntas de Freguesia, irem ao encontro
do espírito, que penso que preside à proposta do Bloco de Esquerda. Portanto, foi por
opção que se procurou uma definição pouco mais alargada para enquadrar um
conjunto de estabelecimentos que se utilizavam da definição de loja de conveniência,
para procurar horários mais alargados. Isso aconteceu, por exemplo, no Bairro Alto ao
que nós, depois corrigimos no despacho de restrição do Cais do Sodré. -------------------
----- Só para explicar o porquê de não ter ido ao encontro da definição entretanto,
daquilo que foi uma portaria que foi revogada. ------------------------------------------------
----- Só para clarificar, efetivamente, deixo ao critério a possibilidade na redação final
haver uma clarificação, este problema surgiu pelo aditamento que aconteceu em
reunião de Câmara.” --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “O Senhor Vice-presidente tinha-me dito que ia propor um aditamento à proposta
da 2ª comissão…” ----------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------
----- “Sim, a proposta que se faz de aditamento seria o seguinte: ----------------------------
----- Onde se lê na proposta de alteração do número 2 do artigo 7º, “resultante do
parecer da 2ª comissão” logo no início, “a Câmara Municipal, a pedido das Juntas de
Freguesia”, o que se solicita é que apareça a Câmara Municipal em concordância, ou a
pedido das Juntas de Freguesia, isto aqui, para quê, ao introduzir o “em concordância”
permite à Câmara Municipal tomar a iniciativa de, assim como o regulamento do
horário esteja aprovado, e ouvidas as Juntas de Freguesia, propor um mapa da cidade
onde as lojas de conveniência que funcionem com horário mais alargado, comecem a
funcionar com horário mais alargado. Em alternativa a Câmara Municipal tinha que
estar à espera de cada uma das Juntas de Freguesia, solicitar à Câmara, o pedido.
Pensamos que, desta forma, a iniciativa, pelo menos nesta fase inicial em que as lojas
de conveniência funcionarão, as que se entenderem em conjunto e em concordância
da Câmara com as Juntas de Freguesia, as que funcionarem em horários mais
63
alargados, toma-se uma iniciativa única, em reunião de Câmara, e parece-me que é
mais evidente. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- No futuro, pode sempre haver a possibilidade das Juntas, a pedido, fazerem mais
pedidos de alargamento, mas, pelo menos é uma fase inicial, onde nós, Câmara
Municipal, ouvirá todas as Juntas que recolherá todas as concordância, mas faz uma
única proposta onde se definem logo quais é que são as lojas de conveniência que
funcionam com horário mais alargado. Daí, a proposta de aditamento para não ir fora
daquilo que a proposta da Comissão propõe é acrescentar, “em concordância”, ou “a
pedido”, exatamente como a Senhora Presidente já escreveu.” ------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Senhores Deputados está feito o esclarecimento da Câmara, e temos, então, em
relação ao artigo 7º, duas propostas, uma proposta de alteração do BE, aliás, três
propostas: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Uma proposta de alteração do BE, que é esta que está a vermelho; -------------------
----- Depois temos uma proposta de alteração da 2ª Comissão que está a verde; ---------
----- E haverá uma proposta de aditamento da Câmara que estará a roxo, no slide
seguinte, o Senhor Deputado Sobreda Antunes pede a palavra.” ----------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “É muito rápido, é só um pedido de esclarecimento ao Senhor Vice-presidente se
for possível. É que nesta nova sugestão, a Câmara Municipal em concordância, ou a
pedido das Juntas, mas só a Câmara. Portanto, se houver alterações ao regulamento, a
Assembleia Municipal, nesta versão, está excluída, sim, ou não? É uma dúvida.---------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------
----- “Está. Está mas não é por nenhuma razão negativa. Há decisões que têm, que eu
acho que faz sentido regulamento, o regulamento é isto mesmo, a possibilidade,
depois, de criar métodos decisão mais rápidos para determinado tipo de
procedimentos. Neste caso, em particular, sim. Há situações que a Assembleia
Municipal, como há pouco foi definido por uma proposta do Bloco de Esquerda que
até a Câmara Municipal concorda que é estratégica, que faz sentido que venha à
Assembleia Municipal, que são as zonas A e B, os mapas, há matérias que têm um
caráter mais concreto, mais específico, estamos a falar, obviamente, em matérias desta
natureza que nós entendemos que poderá ser a Câmara Municipal a tomar a decisão de
forma mais ágil. Portanto, a forma como a Comissão propõe, e como a Câmara,
também, sugere é que dispensa a Assembleia Municipal dessa tomada de decisão.” ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Está esclarecido, Senhor Deputado? Podemos pôr à votação? ------------------------
----- Senhores Deputados, em primeiro lugar, as propostas de alteração do Bloco de
Esquerda, relativamente às lojas de conveniência, que estão aqui assinaladas a
vermelho, alteração do número um do artigo 7º, vamos votar. Votos contra do PS,
PSD, CDS-PP, MPT, PNPN e 6IND, abstenções do PCP, PAN e PEV, votos a favor
do BE. A proposta de alteração do número um do artigo 7º foi rejeitada. ------------
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----- Vamos passar agora à proposta seguinte, que é a proposta de alteração do
número 2 do artigo 7º. Eu pergunto à Senhora Relatora da 2ª comissão, se podemos
votá-la, simultaneamente, com aditamento da Câmara? Alguém objeta a que seja
votado, em simultâneo, já que o aditamento? Ninguém tem objeção, portanto, vamos
votar com esta redação, já, que tem esta alteração a rosto do aditamento apresentado
pelo Senhor Vice-presidente. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do
PS, PSD, PCP, BE, PEV, CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A proposta de
alteração ao número 2 do artigo 7º já com o aditamento da Câmara foi aprovada
por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à próxima alteração que é a alteração apresentada pelo PSD ao
alargamento previsto, o artigo 10º, número 2, são as entidades que se têm de
pronunciar, e o Senhor Vice-presidente pede a palavra para dizer a sua posição. Faça
favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, agradeço. -------------------------------------------------------------
----- Neste caso, é só para explicar que é por, neste caso, por identificação do ponto 2,
que nós entendemos que se é referida a consulta, que depois se faz a discriminação do
tipo de consulta relativamente às Juntas de freguesia e às Forças de Segurança. ---------
----- Portanto, é entendido como necessário a referência no ponto 2, para haver a
discriminação no ponto 4. Isto é uma opção jurídica, foi assim que foi redigido este
ponto. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- No ponto 2 é feita a referência a quem é consultado. -----------------------------------
----- No ponto 4 é feita a discriminação em relação à consulta, quer da Junta, quer das
Forças de Segurança. -------------------------------------------------------------------------------
----- Só para deixar claro que não há, aqui, nenhuma questão que não seja opção
jurídica.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Muito bem, sendo assim, vamos pôr à votação as propostas de eliminação das
alíneas d) e e), do número 2 do artigo 10º. Há um Senhor Deputado a pedir a palavra.
Senhor Deputado Luís Newton.” -----------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, aqui a dimensão tem a ver, obviamente com a questão da
formulação jurídica. O esclarecimento, do meu ponto de vista, é suficiente. A
preocupação assentava, no facto, de não existir, de existir, aliás, duplicação naquilo
que é o papel da Junta de Freguesia. -------------------------------------------------------------
----- Assim sendo, e ficando clarificado entre todos que, como dizia, ainda, há pouco a
Senhora Presidente, o espírito do legislador é esse, nós retiramos, então, a nossa
proposta.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
65
----- O PSD retira estas duas propostas, tendo sido clarificado o sentido que lhe estava
atribuído à redação do número 2 e, portanto, não vão ser votadas, foram retiradas pelo
proponente. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à proposta de alteração seguinte, é uma proposta de alteração do
PSD ao número 5, do artigo 12º. Estava o prazo de pronúncia, num prazo de iniciar
um procedimento pela Câmara, dez dias úteis, e o PSD propõe que seja iniciado no
dia seguinte, no dia útil seguinte. Portanto, alteração é só do prazo, é só essa parte que
está assinalada a azul. ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente tem a palavra.” ------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, muito obrigado. -----------------------------------------------------
------ E se calhar, aproveitava para, também, discutir a proposta de aditamento da 2ª
Comissão, também, em relação ao mesmo ponto. Eu diria que, nós compreendemos,
quer o sentido da primeira proposta do PSD, nomeadamente, formulada pelo Senhor
Presidente Luís Newton, quer da Comissão. Acontece que na proposta da Comissão, a
questão que nós levantamos é que a redação da forma como está construída, coloca
competências nas Juntas de Freguesia que não existem do ponto de vista da lei,
nomeadamente, o facto de a Junta poder iniciar um processo de restrição de horários,
algo que não pode, mesmo no processo de competências de licenciamento de
esplanadas. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, aquilo que, entendendo o espírito preside às duas propostas, aquilo que
eu acho que fazia sentido era, pedindo, também, a compreensão que, se calhar, iniciar
um processo no dia útil seguinte, é talvez para nós pouco excessivo, reduzir o número
de dias úteis que estão expressos na proposta inicial, talvez de dez para cinco dias
úteis, indo ao encontro das duas propostas que a ideia da pressão da Câmara na
formulação de resposta, em relação a estas matérias.” ----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Reduzir, a redação da proposta era invés de dez, passar a cinco, é isso? ------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, se me permitir, se for ao ponto cinco…” ------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Portanto, se não se importa, o Senhor Vice-presidente pode repetir como é que a
proposta ficaria. Fica como estava a redação inicial, só que ao invés de ser dez dias
úteis, fica cinco, é isso? ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------
----- “Sim. Basta como está a azul, sublinhado, parte da proposta do PSD, se
introduza, se houver a concordância, no prazo de cinco dias úteis…” ----------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Não é isso que eu estou a fazer. -----------------------------------------------------------
----- Onde está, no texto inicial diz: “no prazo de dez dias úteis”, e a proposta do PSD
diz no dia útil seguinte.” ---------------------------------------------------------------------------
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----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------
----- “Onde está dez, passa a cinco dias úteis.” -------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Era isso que eu estava a perguntar. Na proposta inicial, é iniciado no prazo de
cinco dias úteis. É isso que eu estou a tentar perceber se é isso que estamos a propor. --
----- E em relação à proposta da Comissão, o Senhor Vice-presidente entende que ela
não tem a possibilidade de ser aprovada por ela não ter cobertura legal, é isso se eu
bem entendi? -----------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------
----- “Exatamente, Senhora Presidente. Porque, efetivamente, o que pode acontecer,
havendo as Juntas de Freguesia a tomar a iniciativas para as quais não têm
competências, é que os atos são nulos e depois, obviamente, as restrições não têm
efeito. Portanto, a formulação como está feita induz, digamos assim, a que as Juntas
de Freguesia assumam uma competência que não têm, porque elas não podem iniciar
o processo de restrição de horários. --------------------------------------------------------------
----- Sugiro que só se vote a proposta alterada.” -----------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Esta é a proposta alterada, eu vou só mostrá-la melhor para que todos possam
vê-la, prazo de cinco dias úteis ao invés dos dez dias úteis. ----------------------------------
----- Como isto é votado pela ordem de entrada, esta foi a última a ser apresentada,
devia de ser votada no fim. -----------------------------------------------------------------------
----- Os Senhores Deputados do PSD retiram a proposta, e eu pergunto à 2ª Comissão,
não sei se retira, se mantém? A Comissão não pode retirar a proposta. Elas são
exclusivas, portanto, temos é que votar com a cabeça esclarecida sobre o que é que
estamos a fazer. Há uma proposta da 2ª Comissão que o Senhor Vice-presidente
entende que não tem cobertura legal. Portanto, eu chamo a vossa atenção para isso, e
como deu entrada em primeiro lugar, tem de ser votada em primeiro lugar, e depois é
que votamos a proposta que a Câmara, agora, apresentou dos cinco dias uteis ao invés
dos dez dias úteis. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, chamada a atenção para isto, pergunto, Senhores Deputados peço a
vossa atenção, a Câmara acabou de dizer que a proposta não tem fundamento legal.
Vamos pôr à votação a Proposta da 2ª Comissão. ---------------------------------------------
----- Vamos esclarecer isto, vamos voltar atrás e esclarecemos o que for preciso. --------
----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra,
colocou a seguinte questão: -----------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, é só um ponto rápido à Mesa. -------------------------------------
----- Eu suponho que se isso for permitido no Regimento, podia ser quem vota numa
solução, quem vota numa proposta, quem vota na outra, e quem se abstém. E
resolvíamos o problema.” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------
----- “Senhor Deputado, não temos o método da votação alternativa é o método de
votação sucessiva, e é por ordem de entrada. Eu penso, em todo o caso, que facilitaria
67
os trabalhos se houver consenso da Assembleia, votarmos primeiro a proposta da
Câmara porque se a proposta da Câmara for votada é prejudicada a outra e escusamos
de pedir à Comissão retirar uma coisa que, neste momento, a Comissão não pode fazer
porque não está reunida. ---------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, aquilo que eu vou perguntar e é uma questão, agora, logística e de
procedimento, é se o Plenário concorda que demos prioridade à votação da proposta
da Câmara? ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Deputado Luís Newton. -------------------------------------------------------------
----- Quando toda a gente está de acordo com as alterações, estes problemas não se
põem, mas como há aqui contradição é preciso ver isto com cuidado.” --------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “A alteração, a outra, a da Comissão, foi feita por proposta da Câmara Municipal.
E o que me parece, a Comissão quando avançou com a proposta…” -----------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------
----- “Mas eu perguntei se alguém objetava a que se votasse ao mesmo tempo. Como
ninguém objetou, e agora, estou a fazer a mesma coisa, estou a perguntar se alguém
objeta a que a gente vote, em primeiro lugar, esta proposta que a Câmara apresentou,
depois, se ela for aprovada…” --------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra,
interrompeu: -----------------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu acho que é de primeiro, votar a proposta da Comissão e depois a da Câmara,
seguindo, já, o que a Senhora Presidente estabeleceu.” ---------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------
----- “Se votarmos, primeiro, a da Comissão, vamos obrigar a Assembleia a
pronunciar-se contra o que disse a Comissão. Mas, enfim, é o que quiserem. Não vale
a pena perdermos mais tempo com isto. ---------------------------------------------------------
----- Vamos votar a da Comissão, primeiro? Então, eu tenho de perguntar, tenho de
perguntar e tenho de pôr à votação a ordem de votação. Peço desculpa, Senhor
Deputado Luís Newton, deixe-me lá conduzir os trabalhos. ---------------------------------
----- A pergunta é esta, Senhores Deputados, a Mesa pergunta se podemos votar, em
primeiro lugar, a proposta, agora, apresentada pela Câmara? Não há votos contra, nem
abstenções, foi aprovada por unanimidade. Portanto, em primeiro lugar, vamos votar
primeiro, a proposta da Câmara. ------------------------------------------------------------------
----- A proposta da Câmara é a que está no ecrã, (alterar o nº 5 do artigo 12º), e
que é; “o processo é iniciado no prazo de cinco dias úteis”. Vamos pôr à votação esta
proposta. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE,
CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A proposta da Câmara - alterar o nº 5
do artigo 12º - foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------
----- Senhores Deputados entendo eu, depois do que o Senhor Vice-presidente disse,
que a proposta da Comissão fica prejudicada e, portanto, não é sequer votada pela
simples razão de estar prejudicada. Alguém se opõe a este entendimento? Se ninguém
se opõe podemos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------
68
----- O Senhor Deputado Sobreda Antunes tem uma dúvida e, portanto, pede a
palavra.” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “É em relação à proposta da 2ª Comissão. O que a Comissão propõe não é o novo
número cinco, é um novo número a seguir ao número cinco. Portanto, será o número
seis, ou algo do género. Elas nem sequer são em alternativa. --------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------
----- “Senhor Deputado, certo, correto, elas não são em alternativa e obrigada pela sua
ajuda na condução dos trabalhos. Mas em todo o caso, houve aqui, um facto e que foi
a Câmara ter dito que não tem cobertura legal, e por isso, a Mesa entende que está
prejudicada. Alguém se opõe a este entendimento? -------------------------------------------
----- A proposta da 2ª Comissão, na sequência do esclarecimento do Senhor Vice-
presidente está prejudicada em termos de poder ser votada, não é por causa do prazo,
também, mas não é só por causa do prazo, está prejudicada porque não há cobertura
legal para as Juntas de Freguesia iniciarem este procedimento de restrição pois as
Juntas de Freguesia não têm competências para isto. ------------------------------------------
----- Muito bem, sendo assim, esta proposta da 2ª Comissão cai, não é votada. -----------
----- Vamos passar ao artigo seguinte que é o artigo 15º, e há uma proposta de
aditamento apresentada pelo PSD no sentido de juntar às entidades fiscalizadoras as
Juntas de freguesia com competências delegadas para o efeito, peço desculpa, saltei,
aqui, um slide, há propostas do BE para aditar uma nova alínea ao artigo 13º que é o
artigo das contraordenações. Correto? Estamos em condições de votar de votar esta
proposta do BE? Não estamos em condições de votar. O Senhor Deputado José
Franco pede a palavra.” ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Franco (IND) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------
----- É para chamar a atenção que esta proposta está prejudicada pela não-aceitação da
proposta do BE relativa às lojas de conveniência.” --------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, respondeu: ---------------
----- “Eu agradeço a vossa ajuda, e os próprios proponentes, também, consideram o
mesmo, portanto, esta está prejudicada, porque esta fazia referência ao artigo 7º a uma
alteração que não foi aprovada. Portanto, está efetivamente, prejudicada. -----------------
----- Vamos passar, agora, ao artigo 15º e há este aditamento proposto pelo PSD, e o
Senhor Vice-presidente tem a palavra.” ---------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -----------------------------------------------------
----- Em relação a este artigo 15º, a proposta do PSD, o entendimento que nós temos é
que não há necessidade que tem escrito no regulamento tratando-se de uma
competência própria da Câmara é sempre passível de ser feita a delegação, se
69
estiverem reunidas as condições. Por princípio as Juntas de Freguesia, nesta fase, não
têm, ainda, condições para fiscalização, e aquilo que é um entendimento que nós
aceitamos é o princípio de que estando disponível a Câmara Municipal para fazer uma
experiência-piloto nestas matérias, se assim for encontrada vontade e disponibilidade
a colocação deste ponto, aqui, o que fará e cria uma expectativa sobre todas as Juntas
de Freguesia, mesmo aquelas que não se sentem, nesta fase, capazes para fazer esta
fiscalização. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, sendo uma competência própria da Câmara nunca será prejudicada
esta capacidade de fazer a delegação de competências.”--------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Com uma pequena correção, Senhor Vice-presidente, eu acho que as Juntas de
Freguesia que são muito flageladas por esta situação, sentem-se capazes de, e com
vontade como, aliás, já foi aqui várias manifestado, ir rapidamente para o terreno
iniciar processos de fiscalização. -----------------------------------------------------------------
----- De facto, a questão, aqui, tem a ver com o afirmar a possibilidade de as Juntas de
Freguesia, regulamentarmente, estarem previstas no âmbito da componente da
fiscalização. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- É, também, verdade o que diz o Senhor Vice-presidente que, no limite, a opção
poderá recair, ou não, porque a competência delegada é um exercício da Câmara
Municipal e, portanto, poderia se chegar, aqui, a uma discrepância no que diz respeito,
depois, à real eficácia da norma regulamentar. ------------------------------------------------
----- Havendo disponibilidade para o efeito, então somos de retirar, também, esta
alteração.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------
----- “O PSD, portanto, após os esclarecimentos que foram dados, retira a proposta,
portanto, ela não é posta à votação. -------------------------------------------------------------
----- Temos, agora, no número 2, há um aditamento do PSD, que era acrescentar nesta
unidade técnica contra o ruído de um representante da Junta de Freguesia com
competência delegada para o efeito e, já foi feito o esclarecimento, o sentido como é
que era designado este representante, seria designado pela Assembleia Municipal. ------
----- Portanto, é esse o sentido da norma, se ela vier a ser aprovada, era a dúvida que o
CDS tinha colocado. --------------------------------------------------------------------------------
----- Pergunto se estamos em condições de votar? Está prejudicada? ----------------------
----- A competência delegada, e de ainda não estar delegada, portanto, só depois.
Senhores Deputados, o que podermos sempre dizer, e é o espírito desta coisa, quando
houver competência delegadas nesta matéria, cá estarão os Senhores Deputados
Municipais para lembrar à Câmara que deve designar, pedir a designação, para esta
unidade de um representante das Juntas de Freguesia está prejudicada, não vai ser
votada. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar, agora, ao artigo 16º, o número 2. Houve uma intenção da 2ª
Comissão de reforçar a representação das Juntas e a representação dos moradores, e
de acrescentar a Associação da Hotelaria de Portugal. Eu interpretei a reforçar o
70
Presidente das Juntas, onde estavam três por quatro, e a representar os moradores
onde estavam dois por três. Não sei se este reforço é considerado suficiente, mas para
não desequilibrar a composição de todo o conselho, limitei-me a acrescentar mais um.
----- Não há dúvidas, vamos pôr à votação esta redação, a proposta de alteração do
número 2 do artigo 16º, resultante do parecer da 2ª Comissão. ----------------------------
----- O Senhor Vice-presidente tem alguma coisa a acrescentar? Não tem. ----------------
----- Vamos votar. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,
PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A proposta de alteração do
número 2 do artigo 16º foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------
----- Finalmente, temos uma última norma que o PSD propõe, a revogação do
Despacho nº 140, sei que o Despacho nº 140 tem grandes defensores, vamos lá ver
qual vai ser o destino. ------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Vice-presidente.” --------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, há também, aqui, um problema de entendimento jurídico, a
Câmara entende e, aliás, perante uma pergunta muito objetiva que me foi colocada na
Comissão a propósito da discussão desta proposta, a Câmara entende que o Despacho
nº 140, portanto, é revogado com este regulamento de horários e, portanto, existe da
Câmara Municipal o entendimento que o ponto 1 revoga o anterior regulamento, e
quando se refere quais é que são, no ponto 3, os despachos posteriores ao regulamento
que continuam em vigor, apesar deste regulamento, são referidos dois, ao ser referido
Despacho nº 140, a forma como foi que feita a proposta jurídica deste regulamento é
que desta forma acaba por revogar o Despacho nº 140. Portanto, é do entendimento da
Câmara, e volto a dizer, já tinha dito, também, em reunião de Comissão, que
Despacho nº 140 foi revogado com esta proposta de regulamento.” ------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu: -------------------
----- “Senhor Vice-presidente já agora, esclareça-me o Despacho nº 140 baseava-se na
Deliberação nº 87 da Assembleia Municipal? Presumo isso.” -------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, respondeu: ------
----- “Não, não. O Despacho nº 140 foi um despacho que foi feito, diz respeito à
restrição de horários no Cais de Sodré, Bica e Santos e que, no nosso entender, ao não
constar do ponto 3, deste artigo, é naturalmente, revogado.” --------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Voltamos onde estávamos, Senhores Deputados. Portanto, a Câmara já expôs o
seu ponto de vista, o Senhor Deputado Luís Newton, ainda, quer vir dizer alguma
coisa, faça favor.” -----------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-presidente, sobre esta matéria há, obviamente,
várias leituras. Aquilo que se pretendia, sobretudo, era poder blindar essa vontade
implícita, transformando-a numa vontade explícita. Poder-se-á dizer que há matérias
no âmbito do próprio regulamento que já indiciam revogação desse despacho. Aquela
71
proposta que nós, agora, aprovámos por parte da 2ª Comissão que disse que sugere a
criação de restrições específicas em determinados horários, já indicia que,
eventualmente, o despacho, agora, estamos a falar de elementos que em nada sai
prejudicado o regulamento, nós podermos explicitar a presença dessa revogação, não
prejudica, só acrescenta. --------------------------------------------------------------------------
----- E portanto, do nosso ponto de vista, não se perdia nada, só se poderia ganhar com
a inclusão dessa revogação. -----------------------------------------------------------------------
----- Também não se compreende, porque é que há resistência à colocação dessa
revogação explícita, portanto, não é nada do outro mundo, e eu diria que é mais uma
clarificação até do ponto de vista jurídico para ajudar a blindar aquilo que resulta do
anterior regulamento, e com os despachos acessórios aquilo que tem a ver com o novo
regulamento, mas no final do dia, é uma votação, não é, mas o nosso apelo era muito
nesse sentido. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Neste momento, há uma indicação implícita, acho que o regulamento ganhava
com uma referência explícita, não obstante o facto de já terem sido aprovadas, aqui,
algumas alterações ao regulamento que indiciam que isso poderia acontecer, mas no
entanto, também, podem reforçar. Por isso, eu acho que não se perdia.” ------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Senhor Deputado, ouvimos a sua explicação. Portanto, temos aqui uma posição
clara que o PSD tomou, temos uma posição diferente da Câmara Municipal, mas
vamos esclarecer isso na votação, naturalmente, vamos pôr à votação esta norma
revogatória. Portanto, os Senhores Deputados, agora, é que são detentores do poder de
decidir e é esse poder soberano que têm que eu vou fazer apelo, neste momento. --------
----- Vamos pôr à votação a proposta de aditamento do PSD da norma revogatória
do despacho nº 140/P/2014. Votos contra do PS, PCP, BE, PEV, PNPN, 6IND,
abstêm-se a Presidente para não influenciar os resultados, votos a favor do PSD, CDS-
PP, PAN e MPT. Portanto, não teve maioria, a proposta de aditamento do PSD da
norma revogatória do despacho nº 140/P/2014, foi rejeitada. ---------------------------
----- Mas de qualquer maneira, ficou, aqui, claro que o espirito da Câmara era revogar
o despacho e, portanto, se alguém vir o despacho a não ser revogado antes do
regulamento entrar em vigor, pode acontecer, mas depois do regulamento entrar em
vigor aí já tínhamos que chamara a tenção da Câmara. --------------------------------------
----- Senhores Deputados, antes de terminarmos esta parte dos nossos trabalhos, eu ia
sugerir, oralmente, uma recomendação relativamente simples que é a seguinte: uma
vez que isto é uma matéria complexa e o regulamento de horários foi, profundamente,
alterado com algumas destas normas que nós acabámos, aqui, de aprovar, eu atrevia-
me a sugerir que a Câmara fizesse uma revisão da redação final do regulamento, que
fizesse uma versão consolidada da redação final e que enviasse para conhecimento da
2ª Comissão e da Presidente da Assembleia e, depois, é que publicasse em Boletim
Municipal, porque, infelizmente, temos más experiência de regulamentos que são
publicados com versões que depois têm que ser ratificadas porque não foram
devidamente, revistas. Alguém se opõe a esta recomendação? Nem vale a pena pô-la à
votação, é uma boa prática e, portanto, agora cabe à Câmara consolidar a redação
72
final. Falta, ainda, votar o resto. Senhor Vice-presidente, ainda, não acabámos. Eu
peço desculpa, o Senhor Primeiro-secretário está aqui a chamar à atenção, e com toda
a razão, nós votamos, apenas, as alterações, agora temos que votar as propostas
originais. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Vice-presidente, faça favor.” -------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, referiu: -----------
----- “Acho que é só, antes mesmo da votação, agradecer o trabalho da Assembleia
Municipal, de todos os grupos municipais, independentemente da concordância, ou
não, das propostas em concreto, porque acho que foi um debate muito importante, e
esta proposta, a partir de agora, será nós seguiremos escrupulosamente esta
recomendação para que todos analisem a redação final, antes mesmo da publicação. ---
----- Muito obrigado a todos.” ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-presidente. -------------------------------------------------
----- Vamos ter que fazer, ainda, duas votações, uma votação do articulado todo que
eu penso que pode ser em bloco que não teve propostas de alteração e, depois, uma
votação final de tudo o que aprovámos para ratificar tudo aquilo que votámos, aqui. ---
----- Portanto, vou pôr à votação os artigos que não tiveram alteração, e que vinham
em anexo à Proposta nº 206/CM/2016, apresentados pela Câmara. Não há votos
contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,
PAN, PNPN e 6IND. Os artigos que não tiveram alteração foram aprovados por
unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- E agora, sim, a votação final global da Nova Redação do Regulamento de
Horários. Votos contra do BE, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP,
CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Nova Redação do Regulamento de
Horários foi aprovada por maioria. -----------------------------------------------------------
----- Uma declaração de voto do BE, muito bem, que fará, depois, a sua declaração de
voto, e terminámos esta parte dos nossos trabalhos com sucesso, pelo que, nos
congratulámos, também, uma declaração de voto do PCP, e também, já agora, fazer
uma referência expressa ao Presidente da 2ª Comissão que não esteve presente, hoje,
porque está ausente em férias, mas também, deu bastante contributo para podermos
chegar a este ponto dos nossos trabalhos, e portanto, agradeço o trabalho de todos.” ----
----- (A Declaração de Voto do BE não deu entrada nos serviços da Assembleia, até à
presente data). ---------------------------------------------------------------------------------------
----- (O PCP apresentou a seguinte Declaração de Voto): ------------------------------------
----- “O Grupo Municipal do Partido Comunista Português votou favoravelmente a
Proposta 206/CM/2016 - Revisão do Regulamento dos Horários de Funcionamento
dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços do Concelho
de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do Partido Comunista Português votou também
favoravelmente a generalidade das alterações propostas pela 2ª Comissão
Permanente - Comissão de Economia, Turismo, Inovação e Internacionalização, à
exceção da respeitante ao número 2 do artigo 5º. Considera o Grupo Municipal do
73
Partido Comunista Português que o horário aplicável às esplanadas deve ser o
proposto pela Câmara Municipal de Lisboa (entre as 6 horas e as 24 horas), por ser
o mais adequado à menor perturbação possível dos moradores e ao seu descanso.” ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Senhores Deputados vamos passar, agora, às alterações ao regulamento geral de
estacionamento na via pública na cidade de Lisboa. Penso que este método de votação
que se usou para a Proposta nº 206/2016, não chegámos a fazer para a Proposta nº
154/2016, uma vez que as alterações à proposta nº 154/2016 são bastante mais
simples, há também um documento de apoio e, portanto, eu peço para se munirem do
documento de apoio, o ponto 3 da ordem de trabalhos, e dou a palavra à Câmara. O
Senhor Vereador Manuel Salgado prescinde da apresentação. Dou a palavra ao Senhor
Deputado Relator da 8ª Comissão, o Senhor Deputado José Alberto Franco.” ------------
----- PONTO 3 – APRECIAÇÃO FINAL DA PROPOSTA 154/CM/2016 –
ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO GERAL DE ESTACIONAMENTO NO
VIA PÚBLICA NA CIDADE DE LISBOA, APROVADA NA GENERALIDADE
EM 19 DE JULHO DE 2016, JUNTAMENTE COM AS PROPOSTA DE
ALTERAÇÃO APRESENTADAS PELA 8ª COMISSÃO, AO ABRIGO DA
ALÍNEA B), DO NÚMERO 1, DO ARTIGO 70º DO REGIMENTO;
2XGRELHA-BASE – 68 MINUTOS; --------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 154/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XII e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 8ª Comissão Permanente de Mobilidade e Segurança fica anexado
à presente Ata como Anexo XIII e dela faz parte integrante). -------------------------------
----- (A Proposta apresentada pela 8ª Comissão para alínea b), do número 2 do
artigo 6º, fica anexada à presente Ata como Anexo XIV e dela faz parte integrante). --
----- (As Propostas de Alteração do PAN para o Regulamento do Estacionamento
ficam anexadas à presente Ata como Anexo XV e dela fazem parte integrante). ---------
----- O Senhor Deputado Municipal José Alberto Franco (IND) no uso da palavra,
e na qualidade de relator do parecer da 8ª Comissão Permanente de Mobilidade e
Segurança, fez a seguinte apresentação: ---------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Secretários da Mesa, Senhor Vice-Presidente da
Câmara, Senhores Vereadores, Colegas Deputados e Cidadãos presentes. ----------------
----- A matéria deste ponto da ordem de trabalhos, como foi anunciado é da revisão do
regulamento geral de estacionamento e paragem na via pública o qual na sua redação
que está em vigor, foi aprovado pela Assembleia Municipal pela Deliberação nº
47/AM/2013, portanto, a revisão deste regulamento que foi proposta à Assembleia
Municipal por uma proposta, por uma deliberação, por conseguinte adotada pela
Vereação, pelo Executivo da Câmara Municipal. ---------------------------------------------
----- O relatório que está disponível e que foi preparado pela 8ª Comissão, dado que
ele é relativamente breve, eu peço licença para o ler de uma forma célere, se não
houver inconveniente, passarei a fazê-lo já de seguida: ---------------------------------------
----- Parte A, na sua sessão de 13 de Abril de 2016, a Câmara Municipal de Lisboa
aprovou por maioria, com 11 votos a favor do PS, Independentes e PCP, e 3
74
abstenções do PSD e do CDS, a Proposta nº 154/2016 subscrita pelo Vereador Manuel
Salgado, visando aprovar e submeter à Assembleia Municipal de Lisboa, um conjunto
de alterações ao regulamento geral de estacionamento e paragem na via pública. --------
----- Recebida na Mesa da Assembleia geral a Proposta nº 154/2016, foi a mesma
agendada para discussão na generalidade na 115ª reunião ordinária, realizada na
semana passada, em 19 de Julho de 2016, o que ocorreu como previsto, tendo o
documento baixado, em seguida, à 8ª Comissão Permanente para parecer, antes de ser
submetida de novo ao Plenário, ou seja, para hoje. --------------------------------------------
----- Entretanto, foi esclarecido que o texto da Proposta nº 154/2016, submetida à
Assembleia Municipal foi revisto e já incorpora agora os contributos apresentados
pelo PSD, na vereação, e por ela aceites, como modificação ao texto inicial da mesma.
----- Por outro lado, deu entrada na Mesa da Assembleia Municipal, uma proposta de
alteração apresentada pelo PAN, que figura em anexo ao presente relatório, e que a 8ª
Comissão entendeu apreciar em conjunto com a Proposta nº 154/2016. ------------------
----- Parte B, as alterações ao regulamento contidas na Proposta nº 154/2016, visam no
essencial permitir a implementação de zonas de estacionamento de duração limitada
em toda a cidade, e a modificação dos limites das atualmente existentes, bem como
das zonas de acesso condicionado e, ainda, incluir a fundamentação das atuais
isenções ao regulamento. --------------------------------------------------------------------------
----- Parte C, no debate da proposta em plenário, que realizámos, aqui, na semana
passada, foi expresso uma concordância alargada dos deputados municipais que se
manifestaram em relação ao propósito principal das alterações, em particular, pela
possibilidade de se corrigirem distorções e constrangimentos que, atualmente, se
verificam no estacionamento automóvel em vários territórios da cidade, e de dar
resposta às insatisfações que são transmitidas, recorrentemente, por muitos moradores.
----- Todavia, foram também expressas, por alguns deputados municipais, dúvidas ou
reservas quanto ao papel previsto para as Juntas de Freguesia na criação de novas
zonas de estacionamento de duração limitada e quanto ao alcance de certas isenções
previstas. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Submetida a proposta à votação na generalidade, foi a mesma aprovada por
maioria, com votos a favor do PS, PCP, Bloco de Esquerda, PEV, PAN, PNPN e dos
Independentes, e abstenções do CDS, PSD e do MPT. ---------------------------------------
----- Parte D, no dia 20 de Julho de 2016, a 8ª Comissão Permanente procedeu à
audição dos serviços da Direção Municipal de Mobilidade e Transportes e da Empresa
Municipal EMEL acerca da Proposta nº 154/2016. A DMMT esteve representada pela
Senhora Diretora Fátima Madureira, pela Jurista Dr.ª Isabel Martins, enquanto a
EMEL foi representada pelo Administrador João Luís Dias. --------------------------------
----- As duas entidades ouvidas sublinharam que, em seu entender, as alterações ao
regulamento tem um caráter bastante limitado, pretendendo tão-só aumentar a
capacidade de resposta da EMEL às inúmeras solicitações das Juntas de Freguesia que
desejam ver implantadas zonas de estacionamento de duração limitada nos seus
territórios, ou corrigidos desequilíbrios no desenho das atualmente existentes. -----------
75
----- Esclareceram, ainda, que não se introduzem quaisquer modificações nas isenções
e só se explicitam os seus fundamentos. --------------------------------------------------------
----- Intervieram no debate, colocando questões à DMMT e à EMEL, vários deputados
municipais, que eu me dispenso de enumerar e que fazem parte da 8ª Comissão. --------
----- A DMMT e a EMEL responderam às questões levantadas, admitindo poder ser
melhorada a alteração prevista para o artigo 6º do regulamento, sublinhando que se
quer criar um procedimento simples de criação de novas zonas de estacionamento,
mas de forma gradual e controlada, esclarecendo que as atuais isenções previstas para
os veículos da EMEL só são aplicáveis quando, os mesmos, se encontram em
operação. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Outros temas suscitados na Comissão, como seja, a política seguida em relação
aos veículos elétricos, a construção de parques de estacionamento dissuasores
articulados com os transportes públicos pesados e os espaços de estacionamento para
motorizadas e para bicicletas, não obtiveram respostas conclusivas por os
representantes da DMMT e da EMEL terem considerado que transcendem o atual
exercício de revisão do regulamento, não obstante tais questões serem contempladas
num futuro próximo. -------------------------------------------------------------------------------
----- Parte E, a Senhora Diretora Municipal de Mobilidade e Transportes
comprometeu-se a remeter à 8ª Comissão um novo texto para a proposta de alteração
ao artigo 6º do regulamento, suscetível de acolher a preocupação expressa por vários
deputados municipais de que as Juntas de Freguesia passem a ter um papel decisivo na
definição das novas zonas de estacionamento de duração limitada. Tal compromisso
da Senhora Diretora Municipal foi satisfeito por email de 21 de julho, endereçado ao
Presidente da 8ª Comissão, onde se sugere o seguinte texto para o dito artigo 6º,
dispenso de ler o artigo todo, a parte que é de facto, diferente e que vai ao encontro,
que tenta ir ao encontro das preocupações da 8ª Comissão, é a alínea b), do número 2,
onde se prevê como condição para a implementação das novas zonas de
estacionamento de duração limitada, prevê-se a emissão de um parecer favorável por
parte das Juntas de Freguesia competentes por um prazo máximo de quinze dias úteis
a contar da data da notificação para o efeito. ---------------------------------------------------
----- Portanto, este foi o texto que a 8ª Comissão recebeu logo a seguir à reunião que
realizou, após o que tendo em conta o enquadramento regimental da apresentação de
propostas na especialidade, portanto, em que para a sessão de hoje, era necessário que
houvesse propostas distribuídas, atempadamente, aos Senhores Deputados, tendo em
conta que esta reformulação da proposta da Câmara Municipal foi ao conhecimento
do Senhor Vereador Manuel Salgado, da Administração da EMEL e das juristas que
apoiam o processo, o Presidente da 8ª Comissão em uníssono com o relator,
encaminhou esta proposta à Mesa da Assembleia Municipal, solicitando que fosse
submetida à Sessão Plenária de hoje, como alteração na especialidade. --------------------
----- Parte F, os Grupos Municipais e Deputados Independentes representados na 8ª
Comissão, recomendam que a Proposta nº 154/2016, com as alterações incorporadas,
aquelas que mencionei, e as propostas do PAN que, entretanto, foram presentes, sejam
76
todas elas submetidas a votação final no Plenário reservando, para esse momento, a
expressão do seu sentido de voto. ----------------------------------------------------------------
----- Este relatório foi aprovado por unanimidade. ---------------------------------------------
----- Sem querer tomar muito mais tempo à Assembleia, porque a ordem de trabalhos
ainda longa, gostava só de sublinhar, e já sei que o Senhor Presidente João Pinheiro
prescinde de intervir, e pediu-me que, enfim, aquilo que houvesse de útil a transmitir,
que o fizesse, agora, portanto, a 8ª Comissão funcionou, de facto, num período muito
curto, portanto, neste intervalo, entre duas sessões plenárias da semana passada e a de
hoje, reunimos por duas vezes, ouvimos aquelas entidades que nos parecia
imprescindível ouvir, tomámos em conta, portanto, as preocupações que tinham sido
expressas, aqui no plenário, e estamos, no essencial, de consciência tranquila. -----------
----- Portanto, correspondemos a um anseio que muitos munícipes, através de muitas
vias, designadamente, dos seus representantes eleitos nas Juntas de Freguesia fizeram
chegar aqui a esta assembleia, no sentido de que, ainda se possível, durante a presente
sessão da Assembleia, este assunto fosse discutido e sujeito a votação, as condições de
discussão na especialidade não terão sido as condições ideais, mas a 8ª Comissão
espera, da parte da Assembleia, compreensão para o facto de que, nesta pressão de
tempo, dificilmente teria sido possível fazer diferente. ---------------------------------------
----- Relativamente às propostas que, na especialidade, o Partido PAN nos apresenta
esperamos que elas sejam vistas e votadas, na especialidade, conforme o guião que,
entretanto, a Mesa da Assembleia preparou, e que, à semelhança do que acabámos de
fazer para o regulamento dos horários, também, com base nesse guião, poderemos
com alguma ponderação, portanto, ver o que é que é, e o que é que não é aceitável
pela Assembleia, para consolidar este regulamento. -------------------------------------------
----- Para terminar, gostava de referir que esse mencionado artigo 6º que se for
aprovado, irá estabelecer o quadro regulamentar através do qual, no futuro, as zonas
de estacionamento de duração limitada poderão expandir-se para os territórios da
cidade onde ainda elas não foram implementadas, essa expansão, esse crescimento,
que conforme eu acabei de ler, é firme convicção da Câmara que será um processo
gradual, portanto, a Câmara não que não se considera em condições, nem a EMEL, de
num momento para o outro, criar dezenas de novas zonas de estacionamento de
duração limitada. Quando houver iniciativa, nesse sentido, está previsto, neste projeto
de artigo 6º, que haja comunicação a esta Assembleia Municipal, eu gostava de
lembrar isto porque se até ao presente o regulamento que está em vigor, e o mapa das
zonas de estacionamento de duração limitada que figura em anexo, foram deliberados,
corretamente, por esta Assembleia, também, estas futuras zonas se eventualmente,
vier a haver algum caso mais controverso, mais delicado, nós teremos sempre a
possibilidade de intervir desde que, façamos essa reação em tempo útil, a partir do
momento em que, nos seja comunicado a intenção de criar determinadas novas zonas
e, portanto, se for caso disso, e se a Assembleia quiser intervir de uma forma expressa
nalgum caso futuro, evidentemente, que a competência geral, desta Assembleia,
afirmar-se-á, se for caso disso, e se for necessário. E, é tudo. --------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
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----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: ------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Agradeço, também, à 8ª Comissão o trabalho que fez com este regulamento, as
audições e toda a análise que fizeram desta matéria. ------------------------------------------
----- Temos dois Senhores Deputados inscritos. ------------------------------------------------
----- Eu propunha ao Senhor Vereador, como nós temos um guião que eu suponho que
o Senhor Vereador também tem, com as alterações na especialidade, tem o documento
base para a votação, eu propunha que, depois, artigo a artigo, se entendesse dever
dizer alguma coisa, antes de votarmos cada artigo, dou-lhe a palavra.” --------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------
----- Breves cumprimentos, dado o adiantado da hora, a todas e todos os colegas
Deputados Municipais, Senhoras e Senhores Vereadores, Público presente. --------------
----- Nada a acrescentar à descrição já efetuada pelo relator José Alberto Franco sobre
os trabalhos da Comissão, apenas a elogiar e a agradecer o empenho, também, de
todos os deputados que integram a 8ª Comissão que se disponibilizaram para um
conjunto sequencial de reuniões, exigente. -----------------------------------------------------
----- A minha intervenção vai, apenas, no sentido de explicitar a motivação e a
apreciação do Partido Socialista, sobre as propostas na especialidade apresentadas no
PAN. Consideramos que, relativamente, à proposta de alteração ao artigo 4º, número
2, de impor a duplicação de sinalização horizontal e vertical, em todos os pontos, se
trata de uma duplicação despesa. Entendemos é que deve existir informação, ou
vertical, ou horizontal, e que essa informação deve estar disponível, são recursos
financeiros que se libertam para outras funções da EMEL, eventualmente, para outros
recursos do município. -----------------------------------------------------------------------------
----- Relativamente ao artigo 6º, quando o PAN propõe a aplicação da consulta
pública prevista para uma alteração de regulamento, consideramos que é desadequada
porque o que estamos a falar é a alteração de uma zona tarifária, não abrangida, que se
faz através de um ato administrativo, e que esta proposta de regulamento que aqui
estamos a apreciar, já foi ela por si precedida de um procedimento de consulta
pública, como consta da proposta da Câmara que nos foi remetida. O que está, aqui,
em causa, em termos concretos e, segundo a proposta do PAN, um mês e meio de
consulta pública, ou segundo a proposta que nos vem, apreciação formulada pela
Câmara de três semanas. Considerando a urgência manifestada por vários Presidentes
de Junta, de que esta alteração de zonas tarifadas é urgente para que se possa regular
zonas desreguladas e em absoluta carência de estacionamento ordenado, consideramos
que a proposta da Câmara deve prevalecer, relativamente, a esta nova sugestão do
PAN. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Ainda, relativamente, ao quadro de isenções de que o PAN, também, propõe
alteração, nós consideramos que os esclarecimentos que foram prestados na 8ª
Comissão, pela Senhora Doutora Fátima Madureira, e pelo Engenheiro João Paulo
Dias, em representação da Câmara Municipal de Lisboa, e em representação da
78
EMEL, foram suficientes no sentido de evidenciar que algumas das preocupações que
levavam a falar no tema das isenções, já estavam acauteladas no regulamento, em
vigor e que, eventualmente, numa futura revisão mais global, deste regulamento, estas
e outras propostas de alteração de isenções terão que constar, todas elas, numa nota
justificativa com enquadramento financeiro, como, aliás, a lei exige. ----------------------
----- É apenas, e só, para explicitar estas motivações.” ----------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Membros Deputados da Assembleia,
Senhoras e Senhores Deputados da Assembleia, Membros do Público aqui presente. ---
----- Senhora Presidente, eu não podia deixar passar este dia, e este momento, sem
manifestar uma enorme congratulação pelo facto de estarmos à beira de aprovar este
regulamento. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Parte daquilo que foi o esforço de descentralização que a Câmara Municipal de
Lisboa tem assumido com a reforma Administrativa desde 2013, tem sido sobretudo
na ideia de poder reforçar aquela capacidade de intervenção no local e essa
capacidade de intervenção no local tem uma dimensão esquizofrénica com o quadro
de competências atuais, tem sido, em vários momentos, as Juntas de Freguesia em
articulação com os vários serviços municipais, e com serviços não, exclusivamente,
municipais, como é o caso da própria EMEL, em encontrarem soluções àquelas que
são as principais ansiedades da comunidade, que todos os dias, procuramos servir. -----
----- Também, não é menos verdade, que têm sido várias as propostas que as Juntas de
Freguesia têm feito, e a Junta de Freguesia da Estrela também isso não lhe é
indiferente, e também tem várias propostas feitas junto da EMEL, que a informação
que temos é que, enquanto houvesse uma maior abrangência na capacidade de
intervenção da própria EMEL, e um alargamento das competências que estão
previstas no seu regulamento, dificultavam a operacionalização dessas medidas e
desses projetos, fossem eles projetos, perfeitamente, normais, ou projetos mais pilotos
como algumas Juntas arrojadas gostam de apresentar. Mas a verdade é essa, a verdade
é que sem podermos fazer esta alteração, sem podermos começar a dotar o
regulamento com estes novos mecanismos que permitem, à EMEL, agilizar um
conjunto de operações que, inclusivamente, com próprias Juntas de Freguesia,
continuaríamos coxos. E, portanto, hoje é um dia muito importante os custos, tanto
hoje é um dia muito importante, e gostaria muito de congratular a Assembleia
Municipal por estar, já, nesta fase final, congratular, também, a EMEL e a Câmara
Municipal por terem estado a desenvolver este esforço que, do nosso ponto de vista,
nós achamos sempre que tudo é pouco, só peca por estar a demorar, mas são os
procedimentos, legalmente instituídos, e portanto as alterações a esses prazos,
obrigam. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- E portanto, a mensagem é, sobretudo, de congratulação e de alguma esperança
porque, a partir de agora, ou a partir do momento em que entre em vigor, o
regulamento, isto é já o entusiasmo a falar, a partir do momento em que entre em
vigor o regulamento, as Juntas de Freguesia estão, ainda, mais capacitadas para
79
continuar a poder propor soluções, em parceria com a EMEL, em parceria com a
Câmara Municipal, para resolver aqueles pequenos grandes problemas que
diariamente, assolam, e o estacionamento, e agora no caso em particular da Freguesia
da Estrela, o estacionamento é de facto, uma das nossas principais preocupações, as
soluções para estacionamento têm sido um dos nossos principais desafios, e ver agora
a EMEL dotada de mais ferramentas para nos poder ajudar a resolver o problema, ou
nós podemos ajudar a EMEL a resolver o problema, é muito gratificante, Senhora
Presidente. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado e boa tarde.” ----------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- De facto, houve um período muito curto para discussão desta proposta, aprovação
na generalidade, foi há poucos dias. As Comissões fizeram um bom trabalho em
tempo recorde, das audições com a EMEL e com a DMMT e, portanto, o trabalho foi
feito, e estamos em condições de fazer a votação final. Em particular, esta alteração
refere-se a dois pontos, fundamentalmente, um que se relaciona com a fundamentação
das isenções e, portanto, aí não temos nenhum registo fazer, mas tem um outro ponto
fundamental que se prende com a implementação de zonas de estacionamento de
duração limitada, em toda a cidade, assim como, o alargamento e a definição das
zonas de acesso condicionado. --------------------------------------------------------------------
------ Há também um fator fundamental que atravessa esta alteração ao regulamento
que é a inclusão das Freguesias nesta discussão e, portanto, a necessidade de as destas
estruturas, destas autarquias, se envolverem nesta discussão e terem uma voz
importante e isso saudamos, porque, de facto, é uma das posições que o Bloco tem
defendido, que está incluída na descentralização e na reforma administrativa. -----------
----- E, portanto, gostaríamos de dizer sobre isto e a crítica fundamental que deixamos
a esta alteração prende-se com uma questão de princípio de base, de fundamento, da
própria gestão da mobilidade urbana, em Lisboa. A questão da mobilidade é um dos
pilares fundamentais da gestão da cidade, do seu planeamento, da forma como se olha
para a cidade e como se pode transformá-la, e a opção do município tem sido deixar
esses instrumentos na mão de uma empresa municipal. --------------------------------------
----- Naturalmente, que achamos que os instrumentos devem existir, alargar a
implementação de zonas de estacionamento de duração limitada na cidade, pode ser
um bom princípio, o problema é que essas ferramentas não estão nas mãos do
executivo, mas sim de uma empresa municipal, e essa lógica associada, naturalmente,
à rentabilidade que tem de ser uma das preocupações da EMEL, cria uma gestão que
pode deformar os princípios da mobilidade urbana. E, portanto, a articulação com
transportes públicos, a utilização das definições das zonas de estacionamento que
deveriam ser um instrumento fundamental para condicionar e para promover formas
de mobilidade na cidade, de alguma forma saem fora do controlo do executivo
municipal, e é essa a crítica fundamental que deixamos a esta alteração e ao
regulamento e à lógica de mobilidade urbana.” ------------------------------------------------
80
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: ------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado Ricardo Robles. -------------------------------------
----- Não temos mais Senhores Deputados inscritos, e a Mesa queria chamar a atenção
que há um erro no documento de apoio à votação, no artigo 12º, na Proposta do PAN,
está aqui uma proposta de alteração à alínea b) e à alínea c), a proposta de alteração à
alínea b) nunca existiu, foi uma má interpretação minha da proposta do PAN.
Proposta à alínea b), é para eliminarem do guião porque não existe nesta proposta,
alínea b) do artigo 12º, proposta do PAN, que cortem e risquem para não haver
confusões. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu não fiz uma apresentação no ecrã para vermos ali, porque estas são mais
simples, penso que podemos seguir, diretamente, o guião e, como fizemos há pouco,
nós vamos pôr à votação as propostas de alteração primeiro, e depois votamos o que
não tem propostas nenhumas de alteração. E, vamos pôr, também, por ordem de
entrada e vou perguntando artigo a artigo, ao Senhor Vereador Manuel Salgado se tem
alguma coisa a comentar às propostas apresentadas. ------------------------------------------
----- O primeiro artigo que tem proposta de alteração é o artigo 4º, é uma aposta do
PAN no sentido da sinalização ser vertical e, também, no pavimento. Portanto, esta
proposta, o Senhor Vereador Manuel Salgado.” -----------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Muito boa tarde Senhores Deputados. -----------------------------------------------------
----- Eu comungo da posição assumida pelo Partido Socialista, e queria adicionar um
outro argumento, é que, exatamente, a execução do plano de acessibilidade pedonal
leva-nos a retirar o máximo de obstáculos dos passeios, e esta redundância de
sinalização, vertical e horizontal, e é exatamente ao arrepio do plano de acessibilidade
pedonal, que foi aprovado por esta Assembleia. -----------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------
----- Se não há mais ninguém inscrito, vamos começar a votação. --------------------------
----- Vou pôr à votação a Proposta do PAN de alteração do número 2 do artigo 4º,
do regulamento do estacionamento. Votos contra do PS, PSD, PCP, BE, PEV, PNPN
e 6IND, abstenções do CDS-PP e do MPT, votos a favor do PAN. A Proposta do
PAN de alteração do número 2 do artigo 4º foi rejeitada. --------------------------------
----- Passamos, agora, à Proposta do PAN de alteração da alínea a), do número 2
do artigo 6º. Chamo a vossa atenção que há um erro na proposta mas isso,
naturalmente, a redação final dava por ele, “zonas de estacionamento de duração
limitada”, “DL” e não “LD”, mas isso é uma gralha, está no número 1. Não é
alteração nenhuma, é uma gralha, mas isso, naturalmente, depois a redação final
retifica as gralhas. -----------------------------------------------------------------------------------
81
----- Há uma proposta do PAN para alteração a alínea a), com o que está aí assinalado
a vermelho, e há uma proposta de alteração proposta pela 8ª Comissão, a alínea b), do
número 2.---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, vamos primeiro pôr à votação a Proposta de Alteração do PAN para
alínea a), do número 2 do artigo 6º. Está identificado, é o texto que têm no guião, a
vermelho, vamos pôr à votação. Votos contra do PS, PCP, PEV, PNPN e 6IND,
abstenções do PSD e CDS-PP, votos a favor do BE, MPT e PAN. A Proposta de
Alteração do PAN para alínea a), do número 2 do artigo 6º foi rejeitada. ------------
----- Vamos passar, agora, à Proposta apresentada pela 8ª Comissão para alínea b),
do número 2 do artigo 6º. -----------------------------------------------------------------------
----- Pergunto se o Senhor Vereador Manuel Salgado se quer pronunciar sobre esta
proposta?” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Só para dizer que estamos de acordo com o texto que foi encontrado, e que
responde, na nossa opinião, às preocupações que foram expressas na apreciação na
generalidade. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------
----- Vamos pôr à votação a Proposta apresentada pela 8ª Comissão para alínea b),
do número 2 do artigo 6º. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS,
PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta de alteração
apresentada pela 8ª Comissão para alínea b), do número 2 do artigo 6º foi
aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------
----- Vamos pôr, agora, à votação a Proposta de Alteração para a alínea c) do
artigo 12º, sobre as isenções, apresentada pelo PAN. É um aditamento, no fundo, para
os veículos da frota da Câmara sejam devidamente identificados “aquando em
serviço”, esta expressão é que foi aditada. ------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador não se quer pronunciar, vamos pôr à votação. Votos contra
do PS, PCP, PEV, PNPN e 6IND, abstenção do BE, votos a favor do PSD, CDS-PP,
MPT e PAN. A Proposta de Alteração para a alínea c) do artigo 12º foi rejeitada. -
----- Passamos à Proposta de Alteração para a alínea a), do número 2 do artigo
20º, apresentada pelo PAN. Votos contra do PS, PCP, PEV, PNPN e 6IND, abstenção
do BE, votos a favor do PSD, CDS-PP, MPT e PAN. A Proposta de Alteração para
a alínea a), do número 2 do artigo 20º foi rejeitada. ---------------------------------------
----- Já não há mais propostas de alteração, todas as outras já estão consideradas,
vamos pôr, agora, a proposta original, os artigos que não tiveram alterações, portanto,
a Proposta nº 154/CM/2016 já com estas alterações introduzidas. Não há votos
contra, abstenções do BE e do CDS-PP, votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, MPT,
PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº 154/CM/2016 foi aprovada por maioria. --------
82
----- Senhor Vereador Manuel Salgado, a mesma recomendação da há pouco,
recomendamos uma cuidadosa verificação da redação final, e o envio à 8ª Comissão e
a mim, para vermos a redação final antes de ser enviada para Boletim Municipal,
antes de ser publicada em Boletim Municipal. -------------------------------------------------
----- O BE indica que irá apresentar uma declaração de voto.” ------------------------------
----- (A Declaração de Voto indicada pelo BE não deu entrada nos serviços da
Assembleia até à presente data). ------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu queria agradecer à 8ª Comissão e aos Senhores Deputados, o excelente
trabalho que fizeram e ter permitido que este regulamento fosse aprovado, nesta
altura, porque, como já aqui foi dito pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia da
Estrela, ele é particularmente, urgente. ---------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Só mais uma coisa, já agora, É conveniente, uma vez que ele altera várias
coisas, e nomeadamente, estas fundamentações todas, seria útil, provavelmente, que
fosse republicado o artigo, o regulamento quando a redação final fosse verificada, ser
publicado em Boletim Municipal com a republicação, para termos um só regulamento
e não criar dificuldades de interpretação a ninguém. ------------------------------------------
----- Vamos passar, agora, ao conto próximo ponto da ordem de trabalhos, a Proposta
nº 799/CM/2015, apreciação na generalidade do regulamento municipal do arvoredo. --
----- Pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação da proposta? O Senhor Vereador
Sá Fernandes quer fazer a apresentação da proposta? Não quer fazer a apresentação da
proposta. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Neste momento, não há parecer, não a parecer, uma vez que ela foi uma
apreciação na generalidade, houve, no entanto, pareceres jurídicos que foram pedidos,
quer ao Departamento Jurídico da Câmara, quer à ANAFRE, e há um projeto de
recomendação que eu distribui por todos os Senhores Representantes, no sentido de,
caso o regulamento mereça uma aprovação na generalidade, ele poder ter obras
profundas, digamos assim, em sede de especialidade para resolvermos as várias
questões que foram suscitadas. -------------------------------------------------------------------
----- De qualquer modo, eu agora vou abandonar a mesa, porque quero usar da
palavra, nesta matéria.” ----------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 4 – APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE DA PROPOSTA
799/CM/2015 – REGULAMENTO MUNICIPAL DO ARVOREDO DE
LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DA ALÍNEA A) DO
Nº 1 DO ARTIGO 70º DO REGIMENTO E AO ABRIGO DO DIPOSTO NO Nº
7 DO ARTIGO 112º E NO ARTIGO 241º DA CONSTIUTIÇÃO DA
REPÚBLICA PORTUGUESA, NOS ARTIGOS 135º E SEGUINTES DO
CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, E DA ALÍNEA G) DO
Nº 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS
83
PUBLICADO EM ANEXO À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO;
2XGRELHA-BASE – 68 MINUTOS; --------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 799/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XVI e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer do Departamento Jurídico da Câmara Municipal de Lisboa fica
anexado à presente Ata como Anexo XVII e dela faz parte integrante). -------------------
----- (O Parecer da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, fica anexado à
presente Ata como Anexo XVIII e dela faz parte integrante). -------------------------------
----- (A Recomendação nº 02/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XIX e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Helena Roseta (IND) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu depois, irei para o meu lugar no final das intervenções, mas dizer-vos o
seguinte, Senhores Deputados, eu penso que este regulamento é necessário, mas
precisa de obras profundas, porque ele não está corretamente, na minha opinião,
evidentemente, não está corretamente compatibilizado com a delegação de
competências, nem é a delegação de competências, ele não está corretamente
compatibilizado com as competências próprias das Juntas de Freguesia criadas pela
Lei nº 56/2012. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Em minha opinião, o regulamento tem que ser modificado e, naturalmente, a
Mesa tinha aqui dois caminhos; era devolver o regulamento à Câmara a dizer para
corrigirem porque isto está bem, ou aceitar o desafio de corrigirmos o regulamento em
sede de Assembleia Municipal. Uma vez que isto esteve vários meses na Comissão e
desculpem usar uma metáfora jornalística, uma metáfora futebolística, “uma vez que a
bola está do lado de cá, eu acho que a devemos manter no lado de cá”, porque temos
capacidade política e competência necessária para fazermos deste regulamento um
bom regulamento. E, portanto, acho que a Assembleia Municipal pode assumir essa
responsabilidade e, naturalmente aquilo que eu peço e a recomendação que eu faço é
que todos os Senhores Deputados e neste caso, em particular, os Senhores Presidentes
de Junta que deem um contributo importante e necessário no regulamento sobre esta
matéria, nós tínhamos o que são princípios gerais, assumidos por toda a gente, o que
são regras que se aplicam espaços verdes estruturantes que são da competência da
Câmara, e que para os espaços verdes que não são estruturantes que são competência
própria das Freguesias, as Freguesias definirão as suas regras desde que obedeçam,
naturalmente, aos princípios gerais que têm de ser igual para todos, porque em matéria
de arvoredo e de património vegetal não há os meus, os teus e os nossos, há o que é de
todos porque o ambiente é todos e, portanto, temos que ter aqui uma boa articulação e
uma compreensão de que esta matéria diz respeito a toda a gente, e que é necessário
esta concordância. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Nós temos perfeita consciência que há matérias aqui muito sensíveis e temos tido
casos de protestos públicos relacionados com podas, relacionados com abates, mas eu
penso que se ficar bem, claro, quem manda em quê, o regulamento será um bom
regulamento. Concretamente, quem é que pode autorizar o abate de uma árvore? Se
84
for num espaço verde estruturante, no meu ponto de vista, naturalmente, o Presidente
da Câmara, ou em quem ele delegue. Se for num espaço verde não estruturante, terá
que ser o Presidente da Junta, ou em quem ele delegue. Não pode é acontecer um
abate de árvore, porque uma empresa que tinha um trabalho adjudicado resolveu
abater a árvore. É este tipo de sensibilidade que eu acho que é importante
introduzirmos na redação do regulamento, termos isto em conta e, portanto, gostaria
até, caso o regulamento mereça a aprovação na generalidade, gostaria até que na
especialidade, a coordenação do trabalho terá que ser feita para a 4ª Comissão, mas a
1ª e a 5ª Comissão também dessem uma vista de olhos por este regulamento e também
dessem o seu contributo, porque são duas comissões que acompanham, de muito
perto, o problema da descentralização administrativa, as competências das Juntas e,
nesta matéria, não há dúvida que é uma matéria em que há competências das duas
entidades, quer da Câmara, quer, dos dois níveis de autarquias, quer da Câmara, quer
das Juntas de Freguesia.----------------------------------------------------------------------------
----- A questão do meu ponto de vista, não é jurídica, é política e nós somos um órgão
político, e é por isso que estamos aqui, e é por isso que eu entendo, temos a bola do
lado de cá, vamos deitar mãos à obra, e gostaria que a Assembleia viabilizasse a
passagem do regulamento para podermos fazer obras, no mesmo. Se a Assembleia
entender de outra maneira, naturalmente, o processo volta à estaca zero. Seja como
for, é esta a posição que eu vos queria transmitir, e é um pouco este o sentido daquilo
que eu digo na recomendação que apresentei. --------------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Presidente em exercício, Senhora Secretária, Senhores
Vereadores e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------------------
----- Nesta discussão na generalidade sobre o Regulamento Municipal do Arvoredo de
Lisboa, Os Verdes tecem apenas algumas considerações, sendo que, posteriormente,
na Comissão de Ambiente, teremos oportunidade de aprofundar alguns aspetos. --------
----- Reconhecemos a importância da existência de um regulamento para o arvoredo,
razão pela qual votaremos a favor da proposta apresentada para que possa ir à
comissão para ser trabalhada, aprofundada e melhorada, pois há algumas questões que
precisam de ser revistas e, apesar de o regulamento resolver alguns problemas, precisa
de ir mais longe. -------------------------------------------------------------------------------------
----- No entanto, este regulamento mostra-nos algumas incoerências e fragilidades da
transferência de competências da Câmara para as Juntas de Freguesia, cenário para o
qual Os Verdes alertaram desde o início. --------------------------------------------------------
----- Esta proposta acaba por ser o reconhecimento de que algo falhou porque primeiro
fez-se a transferência de competências e depois para tentar resolver algumas questões,
apresenta-se um regulamento, que mesmo assim é suscetível de vir a manter alguns
conflitos entre os diferentes órgãos autárquicos. -----------------------------------------------
----- Neste contexto, não nos podemos esquecer que o próprio Senhor Vereador
admitiu, em Maio do ano passado, que desde que a intervenção no arvoredo transitou
85
para as juntas tem havido casos de poda excessiva e falta de informação devida às
populações. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Também não nos podemos esquecer que algumas podas e abates levaram a que
muitos munícipes e organizações tivessem protestado por considerarem determinadas
intervenções duvidosas. ---------------------------------------------------------------------------
----- Sabemos que não é fácil para muitas juntas assegurar esta competência pois não
têm pessoal técnico nesta área, tendo que entregar as intervenções a entidades
externas, que muitas vezes acabam por ter outros interesses que não a correta
manutenção do arvoredo. --------------------------------------------------------------------------
----- E a questão que se coloca é: por que razão as árvores de alinhamento não se
mantiveram na Câmara? ---------------------------------------------------------------------------
----- Para Os Verdes o arvoredo da cidade de Lisboa deve ser gerido de forma
integrada, porque os espaços verdes e as árvores de arruamento das principais vias
constituem um todo, em termos ambientais, paisagísticos e históricos. --------------------
----- E a este propósito relembramos uma recomendação que apresentámos há cerca de
um ano sobre os procedimentos de manutenção e substituição de arvoredo. --------------
----- Esta recomendação surgiu porque em 2009 o município aprovou o Regulamento
Municipal de Proteção de Espécimes Arbóreos e Arbustivos mas, em 2012, através de
um Despacho, a Câmara Municipal de Lisboa instituiu um conjunto de normas e
procedimentos sobre a manutenção e remoção de árvores, onde se estipulava que
qualquer abate requeria a emissão de pareceres prévios e a obrigatoriedade de
antecipadamente se informar os cidadãos. Porém, com a passagem de parte da
manutenção do património arbóreo para responsabilidade das Juntas, isso não ficou
salvaguardo. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- O nosso objetivo era precisamente que fossem normalizados os procedimentos de
manutenção, poda, abate e substituição de árvores de grande porte, não apenas pela
importância ecológica do arvoredo citadino, como pela necessidade de existir,
previamente às operações de abate, o indispensável parecer da entidade com
competências fitossanitárias.” ---------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente em exercício, Senhores Vereadores, Senhor Vereador dos
Espaços Verdes. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta intervenção é particularmente difícil e extensa e, por isso peço a vossa
paciência, e sobretudo, sobretudo, também, o vosso contributo. ----------------------------
----- Pedem-nos que discutamos, hoje, um regulamento. ------------------------------------
----- São feitas, têm sido feitas intervenções que têm beliscado aquilo que é o esforço
por parte das Juntas de Freguesia em assegurar matérias que, de acordo com os
próprios relatórios da Câmara Municipal, não tinham qualquer tipo de intervenção em
alguns, há 8, em alguns, há 10, em alguns há mais de 12 anos. ------------------------------
----- Tem sido criada uma imagem pública de que as intervenções feitas pelas Juntas
de Freguesia roçam a incompetência de onde, também, roçará a ideia de que os
autarcas, por inerência, também, são eles próprios incompetentes. Foi aqui agora
86
reafirmado que as próprias Juntas de Freguesia não dispunhariam, se calhar, dos
elementos técnicos, equipa técnica, ou meios técnicos para fazer este tipo de
intervenções, portanto, partimos do princípio que a intervenção tenha que ser só a boa
intervenção só pode ser feita por técnicos municipais ou técnicos de freguesia,
devidamente preparados. O que é um contrassenso se formos analisar, porque não é
nem a primeira, nem será a última vez que, no passado, a própria Câmara Municipal
concessionou, atribuiu gestão e manutenção de espaços verdes a entidades privadas,
algumas até de interesse público, o que me leva a concluir que, no final do dia, e para
não querer entrar em mais polémicas, o que aqui temos é uma clara situação de muita
falta de informação, não quer dizer desinformação, quer dizer, falta de informação. ----
----- Começamos, logo, por discutir um regulamento que não o pode ser. E aqui a
matéria é clara, aliás, até estranho, porque temos todo um Executivo a caminhar no
sentido de um mecanismo de descentralização e de desenvolvimento de delegação de
competências para reforçar a capacidade de intervenção territorial, melhorando com
isto, a cidade, essas competências acontecem no mecanismo de parceria entre os
serviços da Câmara Municipal e os serviços das Juntas de Freguesia, grosso modo, e
depois, temos um regulamento que é feito à arrepio de tudo isto, que é proposto, peço
desculpa à arrepio de tudo isto. Esta é a principal reflexão que temos que fazer porque
há uma coisa que estaremos, de certeza, todos de acordo, é que no final do dia, seja o
Presidente de Junta, seja o Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, seja o
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, seja o Deputado Municipal, a verdade é
que todos temos que estar a prestar o melhor serviço possível, e queremos fazer a
melhor intervenção possível no espaço público. Não há gosto nenhum, em autarca seja
ele qual for, em ter qualquer tipo de intervenção no espaço público que resulte numa
situação desastrosa ou irreversível, até do ponto de vista, já nem direi fitossanitário e
por isso, a questão que se coloca aqui, aquela que é, de facto, a principal questão que
se coloca aqui, é o que é que deveríamos estar aqui a discutir, hoje? -----------------------
----- O que entende o PSD é que nós não devíamos estar a discutir um regulamento,
porque, em primeiro lugar, há que compreender algo que é essencial e que, aliás, o
parecer da própria ANAFRE é muito claro, competências próprias, conforme as que
estão estipuladas na lei, não têm espaço para serem avaliadas juridicamente, em sede
de Assembleia Municipal, ou com rolamentos de Câmara Municipal. Não é que não
queiramos discuti-las em sede de Assembleia porque, para isso, estamos disponíveis,
porque como todos os Deputados Municipais, também, os Presidentes de Junta e os
Vereadores têm vontade em prestar um bom serviço. Agora, a questão, aqui, é
incontornável, não podemos estar a fazer um regulamento com estas características.
Podemos depois, como foi dito pela Senhora Presidente e, com a qual, eu concordo,
considerar as intervenções nos espaços que estão previstos como espaços estruturantes
para que o regulamento se abranja. Mas aí, eu tenho uma outra questão, o que é que
me garante que, hoje, o que é um espaço estruturante, não é, amanhã, um espaço não
estruturante? Porque é que, hoje, havemos de estar a desenvolver um regulamento
específico sobre matérias onde há, e não há, competências, quando amanhã, ele
poderá ser, ainda, mais ineficaz mesmo para os serviços camarários? E, por isso,
87
pergunto, porque é que não fazemos, como sempre anunciámos que era importante ser
feito, porque estamos todos de acordo numa coisa, todos queremos fazer o melhor
trabalho possível, mesmo as intervenções que a Câmara Municipal de Lisboa não
fazia, e que as Juntas de Freguesia têm procurado fazer. Quando não se faz nada e, de
repente, se faz muita coisa, parece que há uma destruição do espaço verde. --------------
----- Houve erros, com certeza que os houve, e por isso é que eu acho que o
importante, aqui, não é discutir em regulamento, porque o regulamento vai perder
eficácia, presumivelmente, ao longo dos próximos quatro anos, porque é este o
sentido do mecanismo descentralização que nós temos estado, aqui, a implementar na
cidade de Lisboa. É este o exemplo, que queremos dar ao país, e agora, queremos
reverter isso, criando um regulamento muito restritivo da própria ação? Não, a
proposta, aqui, só pode ser uma, tem que existir um manual de boas práticas, o manual
construído em parceria entre a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia,
sedimentado em pareceres técnicos e não em opiniões, pareceres técnicos esses que
devem estar documentados e anexos aos ao próprio processo, é desta forma que nós
construímos uma verdadeira parceria para a cidade de Lisboa, Câmara e Juntas de
Freguesia, porque é esse o sentido da reforma administrativa, não é a divisão
partidária, nesta matéria, é o trabalho conjunto de todas as forças políticas em prol de
algo que é, de facto, significativo para todos, que é a nossa comunidade. -----------------
----- E com isto termino, e com este apelo não percamos tempo neste regulamento que
não o é, nem poderá ser, façamos já, construímos já, um processo em articulação com
a Câmara Municipal, e com os Deputados Municipais e com as Juntas de Freguesia
naquilo que é um manual de boas práticas que as Juntas de Freguesia assinam e se
comprometem a fazer cumprir de acordo com as especificações técnicas que estão,
inicialmente, previstas porque o problema não é o problema de querer fugir às
responsabilidades. Não. Nós queremos as responsabilidades, e queremos assumir
corretamente as responsabilidades. Não estamos é disponíveis para, porque, volta e
meia, há um erro como há em todo o lado, de repente, os Presidentes de Junta
passarem a ser tidos como incompetentes. Isso é que é inaceitável. E, por isso, nós
estamos cá para ajudar a construir, conforme, pediu a Senhora Presidente, vamos
construir esse manual de boas práticas, vamos construi-lo com a Câmara Municipal,
com o Senhor Vereador, vamos dar-lhe força de lei com a nossa assinatura, com
assinatura dos Presidentes de Junta, com a assinatura da Câmara Municipal, com o
envolvimento da Assembleia Municipal, e vamos dar eficácia, de facto, a um processo
que é fundamental que é este, de podermos fazer mais e melhor intervenção na cidade
de Lisboa, nomeadamente, numa área tão sensível como é a dos espaços verdes. --------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhor Presidente da Câmara,
Senhores Vereadores e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------
88
----- Estamos, hoje, a apreciar a Proposta 799/CM/2015, Regulamento Municipal do
Arvoredo de Lisboa, apreciação, esta, apenas, na generalidade, e posterior discussão e
aprofundamento em sede de Comissão do Ambiente e Qualidade de Vida. ---------------
----- O PCP vota favoravelmente esta proposta, considerando que pode resolver alguns
problemas na cidade, mas não podemos deixar de manifestar a nossa posição muito
crítica, já manifestada em Câmara, onde apresentámos uma proposta de regresso dos
espaços verdes para a esfera de competência da Câmara Municipal de Lisboa, que
ajudaria a minorar alguns problemas que afetam a cidade, neste âmbito, proposta essa
que foi rejeitada. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Mais uma vez, reiteramos a nossa posição de discordância em relação à
reorganização administrativa da cidade, que permitiu intervenções no arvoredo, estou
a falar de podas e abates extemporâneos, em certas zonas da cidade, de forma muito
questionável, conforme os inúmeros protestos de organizações ambientalistas e de
cidadãos preocupados com estas matérias. ------------------------------------------------------
----- O Regulamento que hoje discutimos revela bem a incapacidade e dificuldade de
uma gestão do arvoredo, pois as Juntas não têm uma visão global necessária ao
desenvolvimento harmonioso entre os espaços verdes e as árvores de alinhamento. -----
----- O regulamento reconhece que as questões paisagísticas ligadas ao arvoredo vão
muito além de uma gestão da dimensão de uma freguesia. -----------------------------------
----- Os Vereadores do PCP propuseram que os espaços verdes significativos, para a
cidade (grande e média dimensão), e todas as árvores de alinhamento de vias,
voltassem a ser geridos pelos serviços municipais, pois entendemos que a gestão do
arvoredo se deve inserir no tal todo harmonioso e integrado da gestão dos espaços
verdes, respeitando-se, assim, as competências que Câmara e as Juntas têm nestas
matérias, cada uma com as suas capacidades e com os seus conhecimentos técnicos. ---
----- Em relação à recomendação apresentada pela Senhora Presidente da Assembleia
municipal de Lisboa, lamentavelmente, não podemos acompanhá-la, desta vez. Se é
para deixar situações, como refere a alínea b) da sua recomendação, que “as normas
técnicas tenham um carácter, sobretudo, pedagógico”, portanto, se é para deixar
situações como não vinculativas e sujeitas ao sabor das freguesias,
independentemente, das suas especificidades, para quê, então, um regulamento? Não
nos parece que esta questão seja respondida. --------------------------------------------------
----- O que isto deixa muito claro é a precipitação e a falta de cuidado com que foi
feita a reorganização administrativa da cidade. ------------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Presidente em exercício, Caros e Caras colegas
Deputados, Público presente. ---------------------------------------------------------------------
----- A proposta de Regulamento do Arvoredo deu entrada, nesta assembleia, em
dezembro último, e foi debatida na 4ª Comissão, tendo a Comissão comunicado à
Senhora Presidente que deveriam ser obtidos esclarecimentos jurídicos sobre a mesma
por haver divergências de opinião quanto à aplicabilidade deste regulamento às
89
freguesias de acordo com a discussão, nessa comissão. Tratava-se de saber se há
matérias que são agora competência própria das freguesias, transferidas por via
legislativa pela reforma administrativa da cidade, se aplicavam, ou não, a
regulamentos municipais. -------------------------------------------------------------------------
----- A reforma administrativa da cidade de Lisboa é um processo pioneiro e, por isso
não está isento de conflitos ou da necessidade de afinação de pormenor que a melhor,
se a reforma administrativa pretendia simplificar a vida de todos e melhorar o serviço
às populações, não deve ser o espírito da reforma, colocada em causa por uma leitura
de autonomia, que não serve essa mesma população. A reforma não é isenta de
problemas e de situações novas, como é o caso presente, de um eventual conflito
regulamentar, e nessa situação, devemos socorrer-nos na da lei e das disposições que
o legislador quis garantir que encontrava solução a tal conflito. -----------------------------
----- A competência de gestão e manutenção de espaços verdes como outras passou na
modalidade de transferência por via legislativa, levada a cabo pela Lei 56, a ser uma
competência própria das freguesias lisboetas, mas não deixou de ser, por isso, uma
competência delegada de uma nova forma, não antes testada entre autarquias, mas
uma competência delegada. E é do facto de Lisboa ter um regime especial e único no
país, que resulta com própria a competência das freguesias de fazer a gestão e
manutenção de espaços verdes. Contudo, o facto de deterem esta nova competência,
não significa que, a partir daqui, apenas, as freguesias tenham capacidade de aprovar
regulamentos sobre ela. E o legislador garante isso mesmo, se a nossa lei fundamental
confere igual dignidade constitucional às autarquias locais, sejam elas municípios ou
freguesias, um princípio de igualdade que não as desnivela mas, antes, possibilita a
que ambas emitam normas regulamentares independente autónomas, o legislador veio
resolver potenciais conflitos regulamentares entre autarquias, dentro da mesma área
concelhia, quando, no Código de Procedimento Administrativo estabelece claramente
que os regulamentos municipais prevalecem sobre os regulamentos de freguesia, tal se
se configurarem normas especiais. ---------------------------------------------------------------
----- E é, neste princípio, de uma relação entre iguais, mas que deve ser harmoniosa no
contexto concelhio que apreciamos, hoje, este regulamento. ---------------------------------
----- É da leitura atenta da nossa Constituição e da lei que se conclui que em Lisboa,
não obstante o regime especial estabelecido com a reforma administrativa, não pode
ser pelo motivo de as freguesias lisboetas terem como própria uma competência, que
lhes fica atribuída de forma exclusiva a responsabilidade de produzir regulamentação
sobre ela, tornando o município incompetente para o fazer. Não entender, este
princípio, ou não querer aceitá-lo, é pôr em causa os reais objetivos da reforma
administrativa e querer fragmentar a cidade, em vez de melhor servir as populações
através da descentralização de competências. --------------------------------------------------
----- Chegados a este ponto, o Regulamento do Arvoredo reveste-se, hoje, de uma
importância que não é apenas ambiental para a cidade. Trata-se de garantir que em
todas as matérias, a cidade continua a fluir como um contínuo e que os munícipes não
encontram, de uma rua para a seguinte, um enquadramento diferente que ponha em
causa a identidade de cidade. ----------------------------------------------------------------------
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----- Sobre a proposta apresentada, e na discussão em especialidade que se seguirá, há
muito trabalho a fazer e devem garantir, certamente, um conjunto de alterações com
as quais esta assembleia se sinta confortável e que garantam às freguesias que o
exercício da sua autonomia, não é posto em causa, mas antes, que a sua posição em pé
de igualdade com o município, serve os interesses da população e mantém de pé
aquela que é uma das marcas identitárias da cidade de uma forma coerente e
harmoniosa. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Pedro Alves (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, procurarei ser muito breve
na medida em que muito já foi dito na intervenção anterior, mas é importante que
posicionemos naquilo que estamos a discutir no quadro daquilo que é um modelo
único de gestão municipal e de freguesias que temos a cidade de Lisboa, e que assenta
numa lógica de gestão partilhada. E, de facto, falou-se bastante da identidade e da
identificação, aliás, do que é estruturante e do que não é estruturante, mas há que fazer
uma distinção clara que nos tem que habilitar nesta discussão, que é o facto de termos
espaços que são por si mesmos estruturantes, mas também temos atividades e temos
as funções que são, também elas, por si mesmas, estruturantes. E por isso, pode
parecer contraintuitiva a ideia de que o arvoredo como um todo, foi transferido para as
Juntas de Freguesia, mas na realidade aquilo que é muito claramente explicitado na lei
e que foi a gestão deste arvoredo que foi transferida para as Juntas de Freguesia,
retendo, o município, um conjunto de competências relevantes na identificação do que
são opções estruturais, infraestruturais, sobre cada árvore, sobre cada mancha arbórea.
----- Agora, portanto, é inegável que tem que haver articulação entre o que faz o
município e o que fazem as freguesias nesta sede. E parece-me que a única coisa
razoável que todos nós aceitamos como óbvia, quando discutimos outros pontos, nesta
Assembleia, é a criação de um quadro de normas suficientemente claro, e
suficientemente bem balizado, que identifica o espaço de intervenção de cada um e
crie critérios únicos e uniformes para que a Cidade de Lisboa continue a ter um
tratamento uniforme, nestas matérias. -----------------------------------------------------------
----- E se é indiscutível que vamos discutir regulamentos sobre utilização do espaço
público para lá destas matérias dos espaços verdes, se é indiscutível e aceitamos o
princípio de que discutimos, por exemplo, a existência de regulamentos sobre os
mercados que também muitas vezes têm a sua gestão cometida junto das Juntas de
Freguesia, também deve parecer, igualmente, tranquilo e, igualmente, pacífico no
quadro da reforma que decidimos construir conjuntamente, que existem competências
partilhadas em matéria de espaços verdes e que carecem de uma intervenção
articulada entre estes dois planos de intervenção. ----------------------------------------------
----- E, de facto, é um caso único no país e, portanto, sublinhava apenas que a
ANAFRE não se pronunciou, explicitamente, sobre a questão jurídica, que é uma
questão jurídica nova e uma questão jurídica específica da Cidade de Lisboa em que
há como que, já usei esta expressão que não fazia na escola, mas eu penso que é
91
aquilo que se traduz que é uma cogestão, ou uma gestão partilhada de muitos do que
são aspetos fundamentais da vida na cidade. ---------------------------------------------------
----- Inegavelmente, há muito aspetos que podem e devem ser trabalhados em sede de
especialidade, aquilo que mais atenção, normalmente, provoca é a matéria das podas,
aquela que mais, se quisermos, à flor da pele, que à flor da casca de árvore, promove
as reações dos munícipes mas, para além destas há muitas que podem ser melhoradas
na discussão na especialidade, nomeadamente, quanto à responsabilidade civil
emergente de danos provocados por arvoredo, matérias relativas à periodicidade e à
regularidade das ações de manutenção e de aferição do estado de conservação
fitossanitário das árvores, a própria conservação das mondas e das, melhor, a própria
realização de mondas e a conservação das caldeiras das árvores que, mais uma vez,
está indissociavelmente ligada à gestão do espaço público quotidiana e que, também
aí, mais uma vez, mobiliza-se, simultaneamente, município e freguesias e, por isso, há
aqui, um trabalho ainda longo a percorrer, mas um trabalho que, acima de tudo, hoje,
deve assentar no princípio de que um regulamento municipal nesta matéria em que
com toda a clareza, a lei, hoje, identifica qual a prioridade de intervenção e qual a
escala que deve ser reservada, quer ao município, quer às freguesias, deve ser
encarada não só com naturalidade, mas também como um aspeto em que melhoramos
a reforma administrativa. --------------------------------------------------------------------------
----- Discordaria, apenas, pontualmente, do facto que foi referido, quer nas
intervenções do PCP, quer do PEV, quanto ao facto de isto traduzir um falhanço da
reforma administrativa, bom, não é um falhanço, é apenas a necessidade de aprimorar
e de melhorar a qualidade dessa reforma. De facto, todos sabemos, nós Presidentes de
Juntas de Freguesia, se calhar mais do que qualquer um outro membro da Assembleia
Municipal, mas nós, na primeira linha bem sabemos muitas insuficiências e muitos
aspetos que vamos corrigindo ao longo, temos vindo a corrigir, ao longo destes
últimos três anos e que continuaremos, seguramente, a fazê-lo, e este é mais um
contributo que nos parece bastante positivo e que, também, vai no sentido daquilo que
é uma necessidade que os próprios munícipes da Cidade de Lisboa identificaram
como relevante, porque queiramos, ou não, os munícipes da Cidade de Lisboa não se
circunscrevem e não se limitam ao sítio onde vivem, eles percorrem a cidade e ao
fazê-lo também identificam disparidades que para si não são desejáveis e que, por isso
esta Assembleia Municipal pode, e deve, dar uma resposta e é nesse sentido que eu
acho que este é um passo muito positivo, muito favorável e, por isso, o voto favorável
é, não só uma boa resposta, mas uma resposta que melhora e que dá maior certeza, à
forma como, futuramente, vamos gerir esta situação. Nada pior do que manter o
regime de incerteza no qual temos vivendo, nomeadamente, por exemplo, ao nível de
responsabilidade civil e de indemnizações que ocorre em relação a uma árvore que
pode ter sido transferida com o estado de conservação fitossanitário que não é
adequado, e que, muitas vezes, pode criar um limbo, quer para aquele que é lesado por
uma ocorrência, quer para as próprias Juntas de Freguesia e para o Município que não
tem uma resposta a clara a dar aos seus cidadãos. Pelo menos essa é uma valia que já
justificaria um voto a favor. ----------------------------------------------------------------------
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----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra,
referiu o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------
----- A Presidente Helena Roseta vai retomar os trabalhos para a votação, mas
aproveito que estou a conduzir os trabalhos, e queria só deixar uma nota é que eu sou
sempre solidário com todas as decisões da Mesa mas, também, sou sempre coerente
com as afirmações que fiz em sede de comissão e, portanto, eu não queria deixar de
dar uma nota que não me revejo no entendimento jurídico que foi feito e, ao mesmo
tempo, também não me revejo nas críticas que são feitas à gestão das freguesias, tendo
sido um participante ativo nessa reforma administrativa da cidade, não ficava de bem
comigo próprio, se não dissesse isto.” -----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, referiu o seguinte: ------
----- “Senhores Deputados, chegado a este ponto dos nossos trabalhos, cabe-me pôr à
votação a proposta. ---------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Miguel Coelho pede a palavra. É uma interpelação à Mesa.” -
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------
----- “Era apenas fazer um apelo para que este regulamento descesse à Comissão, sem
votação. Era, apenas, este apelo que eu queria fazer.” ----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia no uso da palavra, continuou: ---------------
----- “Muito obrigado, Senhor Deputado. -------------------------------------------------------
----- Essa proposta não veio de nenhum Grupo Municipal, mas os Senhores Deputados
são livres de fazer propostas, aqui, em sede de Plenário e, portanto, a Mesa não se
sente autorizada para tomar uma decisão sobre essa matéria, vamos devolver a
questão ao Plenário. --------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, há uma proposta concreta do Senhor Deputado Miguel Coelho, no
sentido deste regulamento baixar à 4ª Comissão, sem votação, na generalidade. Está
entendido o que foi proposto? É uma baixa à Comissão sem votação na generalidade.
Está entendido isto e, portanto, eu vou pôr à votação, este, posso interpretá-lo como
um requerimento do Senhor Deputado Miguel Coelho, neste sentido. Não se opõem à
votação do requerimento. Vamos votar o requerimento do Senhor Deputado Miguel
Coelho. Votos contra de 20 Deputados do PS, PCP, BE, PEV e PNPN, abstenção dos
6IND, votos a favor do PSD, CDS-PP, PAN, MPT e de 16 Deputados do PS. Tenho,
agora que os somar, tenho que fazer por diferença. Há abstenções no PS? Não há.
Então tenho que fazer por diferença. Senhor Deputado, são 20 em princípio, são só os
da primeira fila, a contagem é feita por diferença, a bancada tem um ponto e depois
contamos as outras. --------------------------------------------------------------------------------
----- Eu sei que não é a mesma coisa, mas é assim que fazemos. Senhores Deputados,
vamos usar o procedimento que sempre usámos, há um sentido de voto da bancada e
nós tomamos esse sentido de voto, deduzimos a esses votos os votos que se
manifestem em sentido contrário, tem sido sempre este o entendimento porque senão
a bancada em que há votos diferentes ficaria com votos a menos e, portanto, tem sido
93
sempre este o entendimento, é o mesmo entendimento que vamos ter, deixem-me só
fazer as contas e já proclamo o resultado. -------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, a Mesa vai anunciar os resultados: São 33 votos contra o
Requerimento Oral do Senhor Deputado Miguel Coelho. São votos contra do PS,
PCP, PNPN, PEV e BE. São 6 abstenções dos IND. Votos a favor são 36 do MPT,
PSD, CDS-PP, PS e PAN.O Requerimento oral foi aprovado por maioria. -----------
----- O Requerimento foi aprovado por maioria, pelo que está prejudicada a votação na
generalidade da Proposta de Regulamento, baixa à Comissão sem votação e resta
saber agora o que é que a Comissão vai fazer. -------------------------------------------------
----- Há uma Recomendação da Mesa, antes da Recomendação da Mesa na baixa à
Comissão, a Mesa tinha sugerido que isto baixasse à 4ª Comissão para coordenar, mas
com a 1ª e 5ª Comissões também a darem o seu contributo. Alguém objeta? Não há
objeções. Então a 4ª Comissão coordena e a 1ª e 5ª dão o seu contributo, e como não
há objeções não vale a pena pôr à votação. -----------------------------------------------------
----- Temos que pôr agora que pôr à votação a Recomendação 2/116, escrita, que eu
apresentei relativamente a esta matéria, e que foi retificada. Vou então pôr à votação a
Recomendação 2/116. Votos contra do PCP, PEV, e PSD. Votos de abstenção CDS-
PP e MPT. Votos a favor do PS, BE, PAN, PNPN e IND. A Recomendação 2/116 foi
aprovada por maioria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, nós temos hoje realmente uma Ordem de Trabalhos
bastante extensa, mas eu penso que já ultrapassámos o Cabo Bojador e que agora os
restantes pontos não são tão complexos na sua discussão, embora possam ser extensos
e para nos organizarmos são 19h 24m no meu relógio, penso que nós com esforço
conseguiremos terminar até às 21 horas. Chegando às 20h30m se nós virmos que há
muita matéria eu proporei uma interrupção dos trabalhos, é possível que não seja
necessário porque pode ser que isto seja mais rápido mas também não temos que estar
a votar à pressa, portanto, vamos fazer as coisas como deve de ser, é apenas para se
organizarem, em princípio pelo menos atá às 21h vamos, a menos que esteja muita
matéria e nessa altura interrompemos às 20h 30m para poderem comer qualquer coisa
e voltarmos a seguir. --------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir, vamos tentar fazer seguido e sendo assim temos agora à vossa
consideração a proposta 278/2016.” -------------------------------------------------------------
----- PONTO 5 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº. 278/2016 – CEDÊNCIA
DA UTILIZAÇÃO AO MUNICÍPIO PELO ESTADO PORTUGUÊS DO
IMÓVEL DESIGNADO PM 164/LISBOA – MANUTENÇÃO MILITAR – ALA
SUL, LOCALIZADO NA RUA DO GRILO, FREGUESIA DO BEATO, PELO
PRAZO DE 50 ANOS, APROVAÇÃO DA MINUTA DO AUTO DE CEDÊNCIA
E DE ACEITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA A REPARTIÇÃO DE
ENCARGOS E ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO ARTIGO 25º.
DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS PUBLICADO EM
ANEXO À LEI Nº. 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, BEM COMO DA ALÍNEA
94
C) DO Nº. 1 DO ARTIGO 6º. DA LEI Nº. 8/2013, DE 21 DE FEVEREIRO, NA
REDAÇÃO ATUAL; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; -------------------------------- ----- Parecer da 1ª e 2ª Comissões Permanentes; --------------------------------------------
----- (A Proposta nº. 278/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XX e dela
faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer Conjunto da 1ª e da 2ª Comissões Permanentes sobre a proposta
278/2016 ficam anexados à presente Ata como Anexo XXI e dela fazem parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Agora pergunto eu se a Câmara Municipal quer apresentar a proposta? O Senhor
Vereador Manuel Salgado dispensa a apresentação. -------------------------------------------
----- Ela foi apreciada pela 1ª e pela 2ª Comissões Permanentes, os Relatores foram a
Deputada Municipal Ana Páscoa e o Deputado Hugo Xambre. Os Senhores Relatores
querem apresentar a proposta da Manutenção Militar? Dispensam a apresentação da
Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, vamos passar então às inscrições. Pergunto se há inscrições para esta
proposta? O Senhor Deputado Municipal do CDS/PP Diogo Moura quer inscrever-se
para esta proposta? Então faça o favor, é a altura.” --------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS/PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, também sendo muito telegráfico dizer que
obviamente que o CDS se congratula com a realização da Websummit em Lisboa no
próximo mês de novembro e que se estenderá até 2018, contribuindo obviamente
fortemente para o desenvolvimento económico da Cidade e para novas oportunidades
de negócio, aliás uma matéria que já vem do anterior Governo, na pessoa do Senhor
ex-Vice Primeiro-ministro Paulo Portas, que esteve particularmente empenhado, a par
do Senhor Presidente da Câmara Fernando Medina na captação deste evento
fundamental para a nossa Cidade e para a projeção dele. -------------------------------------
----- Quanto à proposta da cedência de utilização o CDS não concorda com os
princípios da mesma. Com efeito o Executivo Camarário pretende aceitar a cedência
de utilização ao Município do imóvel da Manutenção Militar- Ala Sul pelo total de
cerca de 7 milhões de euros e pelo prazo de 50 anos, a este valor acresce o
investimento em obras que será necessário efetuar e que está estimado em 9 milhões,
ou seja, trata-se de um investimento no mínimo de 16 milhões de euros para o
Município. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Por outro lado e segundo a avaliação realizada por três entidades competentes, a
convite da Câmara, o valor atual de mercado é de 11,9 milhões, a opção por 50 anos e
o valor a investir não nos convence porque nesta matéria importa referir o seguinte: a
cedência do espaço tem apenas como horizonte temporal a realização do Websummit,
que como sabemos abrange uma parte mínima do prazo de cedência. ----------------------
----- O investimento que a Câmara fará no espaço e por apenas 50 anos traduz-se em
mais 4 milhões de euros acima do valor de mercado do imóvel. A zona oriental de
95
Lisboa e em particular aquela em que se encontra o edifício da Manutenção Militar
exige uma requalificação e regeneração urbana que poderia passar entre outros por
encontrar soluções de habitação a preços acessíveis considerando simultaneamente o
objetivo de repovoar a cidade, dando oportunidades a muitos daqueles que não
conseguem aceder atualmente ao mercado imobiliário na capital. --------------------------
----- Esta opção, tendo como horizonte o Websummit é redutora e demonstra que não
existe por parte do Executivo um olhar estratégico e de futuro a longo prazo sobre a
utilização deste espaço, embora ele não se fique apenas por 2018 como sabemos, mas
ainda assim não perspetiva a 2050 a sua utilização. -------------------------------------------
----- Assim e numa altura em que a Câmara despende de tantas verbas em
investimento o CDS lamenta que a opção do Executivo Camarário não seja a de
reforço do património municipal concretizando a compra a título definitivo do imóvel
face à necessidade de garantir a regeneração urbana da zona e tendo em conta que esta
opção de entre os valores em causa seria benéfica para as contas da Câmara e para a
Cidade. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Com esta opção propõe-se uma cedência por 50 anos, com o objetivo de
utilização pensado a curto prazo e a restituição do imóvel em muito melhor estado de
conservação do que foi recebido. Por estas razões e por considerarmos que a opção de
cedência não é a que melhor serve os interesses da Zona Oriental de Lisboa e dos
lisboetas votaremos contra. Muito obrigado.” --------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Hugo Xambre (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, de uma forma muito rápida, a Hub Criativa e Tecnológica
de Lisboa, a Hub do Beato, como eu gosto também de chamar e todos com certeza
compreende o porquê, insere-se numa aposta política que o Município de Lisboa tem
de tornar Lisboa uma cidade de investimento, uma cidade empreendedora, uma cidade
que aproveite todas as várias oportunidades que tem, como é a Websummit, uma
cidade criativa, uma cidade que atrai os melhores de todo o mundo para criar valor,
para criar também Startup e para desenvolver também Startup em Lisboa com todo o
tipo de envolvência que isso tem e por isso mesmo considero que é de uma visão
muito redutora aquilo que ouvimos há pouco por parte do nosso colega do CDS, visto
que aquilo que é o trabalho que Lisboa tem feito mostra que esse tipo de investimento
é um investimento que vai muito para além de algum tipo de evento e que também por
isso mesmo não tenho dúvidas nenhumas que o tempo que vai existir a Hub vai
também permitir começar um trabalho que vai também depois com certeza continuar e
50 anos é de facto muito tempo e esta proposta que até naquilo que foi a discussão na
sede da 1ª e da 2ª Comissão foi bastante consensual. ------------------------------------------
----- Também é muito importante porque vai conseguir aproveitar todo o potencial de
criação de investimento e atração de empreendedorismo, como há pouco eu disse, mas
também vai ser um estímulo para a requalificação urbana, para a requalificação do
espaço público num eixo que há muitos anos necessita, Xabregas, Beato e também
Poço do Bispo e que vai também servir melhor para uma definição daquilo que é a
circulação rodoviária e daquilo que se pretende daquele sítio e por isso mesmo aquilo
96
que eu também como autarca de Freguesia não concordava era aquilo que era a
proposta que antigamente se ouvia falar de fazer um condomínio fechado naquela
zoina, como várias vezes ouvi falar disso, isso é que de facto não era e não permitia o
desenvolvimento e isso é que o Partido Socialista com certeza também votava contra. -
----- Como tal, como eu considero que 50 anos é muito tempo, dá para conseguir
também transformar o Beato numa estrutura única e é o início de um trabalho que
vamos ter com certeza muitos fóruns para conseguir discutir, porque não vai acabar
em um ano, ou dois, ou três, vai acabar se calhar daqui a 50 anos, quem estiver cá
estará a discutir como é que pode ser feito e como é que pode continuar aquilo que
será um polo de desenvolvimento da cidade de Lisboa.” -------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Tiago Cruz (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Obrigado Senhora Presidente, Senhores Deputados, Camaradas e Amigos. -------
----- Eu tenho que começar, sem querer ser demasiado sintético, dado o avançado da
hora tenho que começar por pôr um like na intervenção do Deputado Diogo Moura, há
de facto face ao valor de aluguer e ao valor projetado de aquisição há alguma dúvida
que se impõe da possibilidade de aquisição que devia ser considerada e é
liminarmente posta de lado, sobretudo sendo isto um aluguer a 50 anos com um plano
vagamente aludido na proposta de trabalhar e tratar do património industrial, que não
está no entanto classificado, não sei se isto é uma proposta que vai ser detalhado no
futuro por parte do Executivo, mas o central da proposta é criar um novo espaço de
conferências para o Websummit e nos gastos projetados estão entre 7 milhões de
aluguer, 5 milhões de obras, que podem ser 8 ou 9 milhões acrescidos no futuro, ou
seja, 12 a 16 milhões de euros para criar um espaço para o Websummit e acrescento
apenas à intervenção do Diogo Moura aquilo que normalmente ninguém fala nestas
grandes obras e eventos de regime absolutamente consensuais, que é por exemplo o
facto de haver 2 mil estágios projetados para estudantes que vão ter que cumprir
segundo o site da Websummit horários fixos e flexíveis, ou seja, terão que cumprir
aquilo que o chefe mandar e a troco de um bilhete grátis para entrar no Websummit,
que a própria organização avalia entre 600 e 900 euros. --------------------------------------
----- Acrescento a isto o facto de um membro do público generalista quiser ir ao
Websummit terá que pagar entre 500 e 4 mil e 700 euros, por isso a Câmara está a
fazer um investimento significativo financeiro e logístico para realizar e instalar a
Websummit em três anos em Lisboa e contrapartidas de estágios que deveriam
obviamente ser pagos, já que têm horário fixo e contrapartidas de acessibilidade dos
cidadãos de Lisboa, zero. --------------------------------------------------------------------------
----- Por isso deixamos aqui esta crítica, achamos muito bem que queiram requalificar
a zona de Marvila mas algum esforço crítico se impõe. Obrigado.” ------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. A Mesa não regista mais pedidos de palavra. -
----- Pergunto ao Senhor Vereador Manuel salgado se quer usar da palavra? Faz
favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
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----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, eu devo dizer que estou atónito com estas
intervenções porque aquilo que se passa não tem nada a ver, quer dizer a aquisição por
50 anos da Ala Sul da Manutenção Militar na Freguesia do Beato foi espoletada pelo
Websummit, mas o Websummit não se vai realizar ali, o Websummit vai-se realizar
no Parque das Nações. -----------------------------------------------------------------------------
----- O Websummit é um evento que para já está previsto durante três anos na Cidade
de Lisboa, não se sabe depois o que é que vai acontecer e a oportunidade que
pretendemos é pelo facto de se realizar o Websummit em Lisboa dar um impulso ao
empreendedorismo na cidade, à instalação de Startup e criar condições para fazer um
grande espaço para atividades económicas na Freguesia do Beato, o qual vai
certamente constituir uma fortíssima alavanca para o desenvolvimento da zona
Oriental de Lisboa, para surgir mais habitação a custos acessíveis, outros
equipamentos e por aí fora. ------------------------------------------------------------------------
----- Quer dizer, agora pensar que esta iniciativa no Beato está diretamente ligada para
se realizarem as Conferências do Websummit, é um erro total e absoluto. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, a Mesa não regista mais pedidos de palavra pelo que vamos
pôr à vossa consideração a Proposta nº 278/2016, a cedência de utilização ao
Município do imóvel designado Manutenção Militar- Ala Sul nas condições que estão
previstas na proposta. ------------------------------------------------------------------------------
----- Votos contra do PSD. CDS/PP e MPT. Abstenções do Bloco de Esquerda. Votos
favoráveis do PS, PCP, PEV, PAN, PNPN e 6 IND. A proposta está aprovada por
maioria.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do CDS/PP, pela voz do Senhor Deputado Municipal
Diogo Moura fez a seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------
----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que votaram contra a proposta
em epígrafe, não obstante se congratularem com a realização do Websummit em
Lisboa, no próximo mês de Novembro e que se estenderá até 2018, contribuindo
fortemente para o desenvolvimento da economia e de oportunidades de negócio,
matéria aliás em que o ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas esteve
particularmente empenhado, conjuntamente com o Presidente da Câmara Municipal
de Lisboa, na captação de um evento fundamental para a projeção de Lisboa. ----------
----- No entanto, o voto fundamenta-se nos seguintes pontos em relação aos princípios
da proposta de cedência: --------------------------------------------------------------------------
----- O executivo camarário pretende aceitar a cedência de utilização ao Município
do imóvel da Manutenção Militar – Ala Sul – pelo total de cerca de 7 milhões de
euros e pelo prazo de 50 anos; --------------------------------------------------------------------
98
----- A este valor acresce o investimento em obras que será necessário efetuar e que
está estimado em 9 milhões de euros;------------------------------------------------------------
----- Trata-se, portanto, de um investimento de, no mínimo, 16 milhões de euros para
o Município; -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Na avaliação realizada por 3 entidades competentes, a convite da própria
Câmara Municipal de Lisboa, o valor atual de mercado é de 11,9 milhões de euros. ---
----- Entende o CDS-PP que a opção por 50 anos e o valor a investir não são a opção
acertada pelo que importa referir: ---------------------------------------------------------------
----- A cedência do espaço tem como horizonte temporal a realização do Websummit
(conforme descrito na proposta) e, no seguimento da discussão em sede de comissão,
nos anos seguintes o que, como se verifica, é uma ínfima parte do prazo de cedência; -
----- O investimento que a Câmara Municipal de Lisboa fará no espaço, por apenas
50 anos, traduz-se em mais de 4 milhões de euros acima do valor de mercado do
imóvel; ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A zona oriental de Lisboa, e em particular aquela onde se encontra o edifício da
Manutenção Militar, exige uma requalificação e regeneração urbana que poderia
passar, entre outros, por encontrar soluções, além da proposta, de habitação a
preços acessíveis, considerando, simultaneamente, o objetivo de repovoar a cidade
dando oportunidade a muitos daqueles que não conseguem aceder, atualmente, ao
mercado imobiliário na capital; ------------------------------------------------------------------
----- Esta opção tendo como horizonte apenas a Websummit é redutora e demonstra
que não existe, por parte do executivo, uma visão estratégica, a longo prazo, sobre a
utilização desse espaço. ----------------------------------------------------------------------------
----- Assim e numa altura em que a Câmara Municipal de Lisboa despende tantas
verbas em investimento, o CDS lamenta que a opção do executivo camarário não seja
a de reforço do património municipal concretizando a compra, a título definitivo, do
imóvel, face à necessidade de garantir a regeneração urbana da zona e tendo em
conta que esta opção, mediante os valores em causa, seria benéfica para as contas da
Câmara e para a cidade. Com esta opção da Câmara Municipal de Lisboa o grande
beneficiado é o atual Governo.” ------------------------------------------------------------------
----- (O Bloco de Esquerda não entregou posteriormente a sua Declaração de Voto) ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
prosseguiu a sua intervenção: ---------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar então para a proposta 327/2016, trata-se da constituição de
direitos de superfície a favor da Associação de Turismo de Lisboa.” -----------------------
----- PONTO 6 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 327CM/2016 –
CONSTITUIÇÃO DOS DIREITOS DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA
ASSOCIAÇÃO DE TURISMO DE LISBOA – VISITORS & CONVENTION
BUREAU (ATL), ENTIDADE GESTORA DO FUTURO MUSEU JUDAICO DE
LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO
Nº. 1 DO ARTIGO 25º. DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS
PUBLICADO EM ANEXO À LEI Nº. 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; 2X
GRELHA BASE – 68 MINUTOS; -------------------------------------------------------------
99
----- (A Proposta nº 327/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXII e
dela faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer conjunto da 1ª e da 7ª Comissões Permanentes sobre a Proposta
nº 327/2016 ficam anexados à presente Ata como Anexo XXIII e dela fazem parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 3/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXIV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
prosseguiu a sua intervenção: ---------------------------------------------------------------------
----- “Esta proposta foi apreciada pela 1ª e pela 7ª Comissões Permanentes e tem uma
Recomendação associada. Pergunto à Câmara se quer fazer a apreciação da proposta?
A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto não quer fazer a apreciação da proposta, o
Senhor Vereador Manuel Salgado também não, penso que é uma proposta conjunta
dos dois. ---------------------------------------------------------------------------------------------
-----Pergunto aos Senhores Relatores, a Senhora Relatora foi a Senhora Relatora
Patrocínia César quer fazer a apresentação do relatório? Não quer fazer a apresentação
do Relatório, então nesse caso, vamos dar a palavra aos Senhores Deputados inscritos.
----- Tem a palavra a Senhora Deputada Ana Páscoa, do PCP.” ----------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente, muito rapidamente, obviamente que em relação a
esta proposta, o PCP vai votá-la favoravelmente trata-se realmente da construção de
um Museu Judaico que é uma iniciativa prevista, aliás, há vários anos, no entanto, nós
apenas gostaríamos aqui de colocar uma dúvida que tem que ver com a Associação
Turismo de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Realmente na proposta a Associação Turismo de Lisboa surge como facilitador,
isto foi discutido também em sede da 1ª da 7ª Comissão quando se discutiu parecer e,
de facto, nós entendemos que este papel que está a ser cometido à Associação
Turismo de Lisboa não deveria sê-lo a esta instituição, mas sim à Câmara, obviamente
que ouvimos e lemos os argumentos utilizados para justificar isto, mas a nossa
preocupação tem realmente que ver com o facto de quando estas matérias passam para
o âmbito da Associação Turismo de Lisboa, o que acontece é que a Assembleia
Municipal deixa efetivamente de ter conhecimento destas questões e a talhe de foice
eu já agora gostaria de perguntar, não é para a resposta hoje até dado o adiantado da
hora, mas, de facto, é uma preocupação que nós temos e diz respeito ao Pavilhão
Carlos Lopes, que foi para a Associação Turismo de Lisboa e nunca mais soubemos
qual é o ponto da situação em relação a esse importante estabelecimento, portanto, de
Lisboa. Muito obrigada.” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte interpelação: -----------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Deputada desculpe, mas a Mesa estava-se a rir quando a Senhora
Deputada disse “a talho de foice” nós pensámos todos “ a talho e foice e martelo”,
mas tudo bem! ---------------------------------------------------------------------------------------
100
----- Vamos prosseguir, perdoem-me o sentido de humor mas temos que o ter nestes
dias de trabalhos mais intensos!” -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente, muito obrigada por me ter dado a palavra. ---
----- Relativamente a esta proposta o CDS queria aproveitar a ocasião para manifestar
a concordância relativamente à criação do Museu Judaico de Lisboa. É mais um passo
na consolidação física da história da cidade e simultaneamente para a oferta cultural e
turística da cidade, mas, sobretudo esperamos que seja um importante contributo para
o conhecimento papel que as diferentes comunidades judaicas tiveram, identidade
portuguesa na diáspora. ----------------------------------------------------------------------------
----- Acreditamos que este Museu seja um polo ativo conhecimentos na luta contra o
fanatismo e antissemitismo, contudo não podemos deixar de manifestar a nossa
discordância quanto ao facto de o mesmo ser entregue a Associação de Turismo de
Lisboa, exatamente num período em que o Município passou por grande parte dos
seus equipamentos culturais para a EGEAC, de que destaco criação de uma rede de
museus de Lisboa, aliás, as explicações dadas em sede de Câmara continuam não
sustentar esta posição do Executivo Camarário, neste sentido, julgamos que seria
essencial este novo Museu fosse gerido pela EGEAC em detrimento da ATL. -----------
----- Deva esta assumir um papel muito importante na sua gestão, caso queiramos dar
coerência à gestão estratégica de equipamentos culturais da cidade criando uma
verdadeira rede, além disso papel de envolvimento da comunidade na gestão do
Museu deveria ser maiores, mas tal não tem sido vislumbrado nesta proposta. -----------
----- Parece-nos que seria mais coerente esta opção considerando que a proposta não
fundamenta nem sustenta de forma inequívoca a opção pela Associação de Turismo
de Lisboa contribuindo uma vez mais para o esvaziamento da EGEAC contrastando
com propostas anteriores de assunção equipamentos por esta empresa. --------------------
----- Referir ainda que, por último que acompanharemos recomendação apresentada
pela 7ª Comissão, de qualquer forma, se ainda referir que o passo que hoje é dado é
importantes, portanto, Lisboa está de parabéns. Obrigada.” ----------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Tiago Cruz (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, Senhores Deputados. -----------------------------------
----- Sintetizando, há obviamente um consenso sobre a necessidade do Museu Judaico,
Lisboa tem um património com uma relação profundíssima histórica com os 3
monoteísmos do livro, por isso justifica-se plenamente. --------------------------------------
----- Obviamente, há dúvidas sobre o modelo de gestão entregue à ATL, lendo as
Atas, eu compreendo as limitações levantadas relativamente ao modo de
financiamento, mas a Câmara já tem suficientes níveis de administração de
equipamentos públicos, serviços públicos de cultura para ser desnecessário criar mais
um nível de entropia. -------------------------------------------------------------------------------
----- Levanta contudo a questão que algum dia, a discussão que algum dia vai ter de
ser tida sobre a relação umbilical entre a ATL e iniciativas culturais do município, se a
101
ATL funciona sustentadamente como o financiador, o pilar financeiro de iniciativas
culturais da Vereação de Cultura, eu já não coloca em questão o facto de a da taxa
turística ir para um fundo administrado pelos próprios taxados, é um privilégio
absurdo um orçamento participativo inverso que num não se compreende, mas,
independentemente disso, se a ação cultural, a iniciativa cultural está sempre
dependente ou de aceitação de candidaturas à ATL algum dia vai ter de ser pensado
por uma questão de clareza política de quem toma as decisões e quem é responsável
por elas desse orçamento ser afeto a geração da Cultura, senão vamos continuar a
andar aqui com um sucessivos níveis de decisão em Corpos que com os quais esta
Assembleia não tem nada a ver, como é a ATL.” ----------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado, a Mesa não regista mais pedidos de palavra,
pergunta à Câmara se quer responder. O Senhor Vereador Manuel Salgado e a
Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, as senhoras primeiro, a Senhora Vereadora,
Catarina Vaz Pinto, se faz favor.” ----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente, muito boa-tarde Senhoras e Senhores
Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tal como já referi na discussão que houve na reunião com a 1ª e com a 7ª
Comissões, compreendo de alguma forma as dúvidas que são levantadas, mas penso
que as esclareci em sede de discussão e, portanto, elas estão devidamente esplanadas
no Relatório e na Proposta que hoje vem aqui. Consta aqui da proposta que vai aqui a
Plenário e eu mais uma vez reitero que, de facto, este é um projeto singular que é a
primeira vez que há a conjugação de 3 entidades, a Câmara Municipal de Lisboa, a
Comunidade Israelita de Lisboa e a ATL, que se juntam para fazer criar um novo
projeto de raiz, o novo museu de raiz e com diversas fontes de financiamento e com
algumas especificidades em termos de gestão e, é por isso que este projeto tem este
formato também e de gestão. ----------------------------------------------------------------------
----- Quanto às preocupações que são colocadas agora pelos Senhores Deputados,
também foram de alguma forma colocadas na discussão que houve em sede de
Comissão a eu penso que elas vão poder ser todas acauteladas uma vez que também
ficou aprovado em sede de Executivo Municipal que as questões que ainda faltam
decidir, nomeadamente quanto à definição programa museológico ou quanto ao
modelo institucional e organizativo do próprio museu, que ainda não está
completamente clarificado e que será clarificado agora na 2ª fase que se vai seguir,
essa definição vai ter que ser aprovada em Reunião de Câmara e eu também já me
disponibilizei para vir aqui apresentá-la à Assembleia Municipal, bem como o
programa museológico que o projeto do museografia, portanto, tudo isso vai ser
acompanhar por esta Assembleia e eu também tomo nota, boa nota da recomendação
que é feita pelas Comissões é evidente que não posso dizer que vai ser assim de uma
forma ou de outra porque nós ainda vamos ter que negociar com os parceiros, mas
102
tomo boa nota daquilo que foi recomendado e portanto isso será tida em conta
também nas negociações que vou ter próximas quer que ou com a Comunidade
Israelita com a CIL, quer com a ATL no sentido de clarificar no futuro o papel que vai
existir da Câmara Municipal/ EGEAC na gestão quotidiana do futuro museu. Muito
obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente. Era só para dar a informações à Senhora
Deputada Ana Páscoa é que o pavilhão Carlos Lopes tem a obra, está adiantada a obra
e que se prevê que abra ou público e retome a sua atividade no primeiro semestre do
próximo ano.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhores Deputados. -----------------------------------------------------
----- Vamos então nessas condições de passar à votação da proposta, 327/2016, a
constituição de direitos de superfície a favor da ATL para a entidade gestora do futuro
Museu Judaico de Lisboa. A Mesa vai para proposta 327/2016. Votos contra do BE,
CDS-PP e MPT. Votos de abstenção do PSD, PAN e PEV. Votos a favor do PS, PCP,
PNPN e IND. A proposta está aprovada por maioria.---------------------------------------
----- Vamos passar à votação da Recomendação 3/116.---------------------------------------
----- O MPT quer fazer uma Declaração de voto sobre a proposta 327 e o CDS-PP
também, muito bem, e o Bloco de esquerda também.” ----------------------------------------
----- O Grupo Municipal do CDS-PP fez a seguinte Declaração de Voto: -------------
----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que votaram contra a proposta
em epígrafe, ressalvando a sua plena concordância relativamente à criação do Museu
Judaico de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Na nossa opinião, é mais um passo na consolidação física da histórica da cidade
e, simultaneamente, para a oferta cultural e turística da capital. Mas, na essência,
queremos que seja um importante contributo para o conhecimento do papel que as
diferentes comunidades judaicas tiveram identidade portuguesa e na diáspora. Por
último, acreditamos que este museu deve ser um polo ativo de conhecimento na luta
contra o fanatismo e o antissemitismo. ----------------------------------------------------------
----- Contudo, manifestamos a nossa discordância pelo mesmo ser entregue à
Associação Turismo de Lisboa, exatamente num período em que o Município passou
grande parte dos seus equipamentos culturais para a EGEAC, como é exemplo a
criação em rede do Museu de Lisboa. -----------------------------------------------------------
----- Aliás, as explicações dadas em sede de Câmara continuam a não sustentar esta
posição do executivo camarário. -----------------------------------------------------------------
----- Nesse sentido, julgamos que seria essencial que o novo museu fosse gerido pela
EGEAC em detrimento da ATL. Deve ser esta a assumir um papel importante na sua
gestão caso se pretenda dar coerência à gestão estratégica de equipamentos culturais
da cidade, criando uma verdadeira rede. Além disso, o papel e envolvimento da
103
Comunidade Israelita de Lisboa na gestão do Museu deveria ser maior, o que não se
vislumbra. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Assim, considera-se que a proposta não fundamenta nem sustenta de forma
inequívoca a escolha da Associação Turismo de Lisboa contribuindo assim, uma vez
mais, para o esvaziamento da EGEAC, em contraste com propostas anteriores de
assunção de equipamentos por esta empresa, o que, na nossa ótica, são sinais
preocupantes de ausência de política de gestão cultural. ------------------------------------
----- Lisboa, 26 de Julho de 2016, pelo Grupo Municipal do CDS-PP, Diogo Moura.” -
----- O Grupo Municipal do Partido da Terra fez a seguinte Declaração de Voto: -
----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra eleito para a Assembleia Municipal de
Lisboa, vem, nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do artigo 57º do
Regimento da AML, fazer constar na Ata da 75ª Sessão Extraordinária realizada no
dia 26 de Julho de 2016 a sua declaração de voto referente à Proposta n.º
327/CM/2016 – Constituição de direitos de superfície a favor da Associação de
Turismo de Lisboa – Visitors & Convention Bureau (ATL), entidade gestora do futuro
Museu Judaico de Lisboa, que mereceu o voto Contra deste Grupo Municipal, pelos
seguintes motivos:-----------------------------------------------------------------------------------
----- Não obstante do Partido da Terra – MPT manifestar concordância com a
criação do Museu Judaico de Lisboa, não pode concordar que a transferência da sua
gestão fique a cargo da Associação de Turismo de Lisboa (ATL). --------------------------
----- De referir que recentemente a Câmara Municipal de Lisboa transferiu vários
equipamentos culturais para a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação
Cultural, E.M. (EGEAC), com o intuito de criar uma Rede de Museus de Lisboa. -------
----- Neste contexto, o Grupo Municipal do Partido da Terra defende que este futuro
equipamento cultural deve ser gerido pela EGEAC de forma a dar continuidade à
estratégia delineada para este tipo de equipamentos culturais. -----------------------------
----- Lisboa, 29 de Julho de 2016, pelo Grupo Municipal do Partido da Terra, o
Deputado Municipal Vasco Miguel Ferreira dos Santos.” -----------------------------------
----- (O Bloco de Esquerda não apresentou posteriormente a sua Declaração de Voto) -
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos votar então a Recomendação nº 3/116. Não há votos contra. Votos de
abstenção do PSD e do PAN. Votos favoráveis do PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,
PNPN e IND. A Recomendação nº 3/116 está aprovada por maioria.” -----------------
----- PONTO 7 – APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DO DEBATE
ESPECÍFICO SOBRE TRANSPORTES NA ÁREA METROPOLITANA DE
LISBOA E DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO SOBRE TRANSPORTES NA
ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA APRESENTADOS PELA 8ª.
COMISSÃO PERMANENTE; 2XGRELHA BASE – 68 MINUTOS; -----------------
----- (O Relatório Final do Debate sobre o Trânsito na Área Metropolitana de
Lisboa fica anexada à presente Ata como Anexo XXV e dela faz parte integrante.) ----
104
----- (A proposta de Deliberação da 8ª. Comissão Permanente sobre Transportes
na Área Metropolita de Lisboa fica anexada à presente Ata como Anexo XXVI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Este é o Relatório Final do Debate Específico sobre Transportes na Área
Metropolitana de Lisboa e há uma Proposta de Deliberação da 8ª. Comissão. ------------
----- Eu lembro aos Senhores Deputados que este Debate Específico esteve cá o
Senhor Secretário Executivo da Comissão Metropolitana, há um processo de
transferência de competências em curso muitíssimo importante nos transportes para os
municípios da Área Metropolitana de Lisboa e aproveito para vos dar conhecimento
que os Municípios da Área Metropolitana de Lisboa tomaram uma posição, eu depois
enviarei a todos os representantes, que tomaram muito recentemente no dia 21 de
julho uma posição unânime, muito crítica relativamente ao processo de
descentralização administrativa das áreas metropolitanas no que diz respeito à eleição
do seu órgão diretivo e à composição dos órgãos, eu depois de transmitirei a todos os
senhores representantes, esta decisão não é exatamente sobre transportes, mas é sobre
a Área Metropolitana de Lisboa e voltamos onde estávamos, vamos apreciar este
Relatório Final. O Relator é o Senhor Presidente da 8ª Comissão, o Deputado João
Pinheiro, pergunto se quer apresentar o relatório? Prescinde da apresentação do
Relatório. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Sobre a proposta de deliberação é um documento da maior importância, o Senhor
Deputado João Pinheiro vai apresentar a proposta de deliberação, é isso? Ou vai usar
da palavra? Vai usar da palavra. ------------------------------------------------------------------
----- Chamo a vossa atenção que se trata de um documento da maior importância que
resume muitos dos pontos de tomadas de posição que esta Assembleia tem vindo a
tomar em matéria de transportes e que é extremamente oportuno, portanto, o Senhor
Deputado João Pinheiro pode usar da palavra aqui na tribuna, se quiser já que está aí
em pé.” -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, mais uma vez muito obrigado pelo uso da palavra. Eu
dispensei a apresentação do relatório porque seria uma apresentação mais formal e o
documento está, de facto disponível na página de apoio aos nossos trabalhos. -----------
----- Relativamente às recomendações queria, perfilhando este entendimento
manifestado pela Senhora Presidente destacar a importância do mesmo e o impacto
que este tema dos transportes e da mobilidade tem para a população da Área
Metropolitana de Lisboa, saúdo por isso a iniciativa que foi da Mesa da Assembleia
Municipal de organizar o debate específico onde podemos ouvir a expressão política
quer da Câmara quer do Representante da Área Metropolitana de Lisboa, seguiram-se
trabalhos na 8ª Comissão onde os temas foram discutidos e não posso deixar de
salientar alguns tópicos para reflexão futura apelando ao envolvimento de todos os
Deputados Municipais nesta temática em iniciativas futuras. --------------------------------
105
----- Destaco em primeiro lugar uma crítica à Lei nº 52/2015, de 9 de junho e a Lei
que regula o regime jurídico do Serviço Público de Transporte Público, é uma lei a
meu ver irresponsável, no que concerne à definição do financiamento do sistema de
transportes, especialmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, é
irresponsável, porque aponta um caminho de demissão de responsabilidades do
Estado numa matéria onde a intervenção do Estado foi sempre fulcral ao nível
designadamente do financiamento das infraestruturas ferroviárias pesadas. É também
uma lei que não define claramente responsabilidades dos municípios das áreas
metropolitanas e do próprio Estado, porque tem um regime para os municípios e tem
outro para as áreas metropolitanas, sendo que para as áreas metropolitanas é aqui que
vivemos, pressupõe uma contratualização muito complexa do Governo para a Área
Metropolitana que recordo não tem legitimidade democrática e, por isso, tem
dificuldades de atuação, perante os municípios que compõem a Área Metropolitana,
que têm essa legitimidade, mas depois também pressupõe que haja depois uma
congregação de esforços e uma contratualização integrada de creio que são 18
municípios que compõem esta Área Metropolitana e nada disto tem mecanismos de
eficácia assegurados para que o sistema de transportes seja coerente e seja financiado,
por isso alerto os Senhores Deputados que toda a gente se queixa ou a maior parte das
pessoas queixam-se do desinvestimento nas redes do Metro e da Carris e o que temos
neste momento, é a ausência de garantias de investimento e de recuperação da
degradação do serviço que se tem verificado nos últimos anos. -----------------------------
----- Em simultâneo quando se verifica que em Lisboa há uma pressão urbanística de
empurrar as pessoas de zonas residenciais afastadas, cada vez mais do centro, temos a
seguinte conjugação: pessoas mais distantes com menos serviços de transporte menos
financiados, no fundo, uma incógnita relativamente à sustentabilidade do direito de
acesso à mobilidade nesta Área Metropolitana, outro que chamo a atenção dos
Senhores Deputados é que as Assembleias Municipais, a nossa inclusive, não estão a
ter uma participação ativa como poderiam na formação dos planos estratégicos quer
da Área Metropolitana quer no plano de mobilidade concelhio isto também nos deixa
um pouco sem capacidade de resposta para algumas questões concretas que se
apresentam à mobilidade em Lisboa, creio que será talvez eventualmente se as
recomendações forem aprovadas de passar a monitorizar estes processos e de
demonstrar que quer a Área Metropolitana de Lisboa, quer aos outros Municípios que
há interesse da Assembleia Municipal de Lisboa de se envolver a fundo nesta
incógnita que é a gestão futura das redes do Metropolitano, do Metro e também dos
Transportes Fluviais. -------------------------------------------------------------------------------
----- Um outro aspeto que cabe identificar é que neste sistema complexo e de leitura
difícil também não se percebe como se articula depois, a fiscalização da prestação do
serviço de transporte público, enquanto que se apela à Área Metropolitana de Lisboa
que faça a gestão ao nível da exploração do sistema, depois ao nível da fiscalização da
prestação do serviço e é fácil perceber quando o serviço falha os primeiros
prejudicados e diretamente são as pessoas não há uma capacidade de atuação do
município, há a centralização dessa função num instituto público sem sabermos se
106
está financiado para a missão se está capacitado e, portanto, é mais uma incógnita que
fica.----------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Outra incógnita que consideramos inadmissível é todo o regime jurídico está
centrado na prestação do serviço e na exploração do mesmo, palavras de garantia e de
conforto para o utente são nulas, zero, não há um estatuto integrado para o utente dos
transportes públicos apela-se a que as pessoas revertam a relação desequilibrada entre
transporte individual e transporte público, mas não há um incentivo legal, uma
proteção uma carta de direitos de garantias que confiram aos utentes o conforto de
optar pelo transporte público em detrimento do transporte individual e são estes
tópicos que gostaria de partilhar convosco, outros estão desenvolvidos na proposta de
deliberação que está sufragada pela Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e
em boa hora dirigida à Câmara Municipal, ao Governo, a Área Metropolitana.” ---------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada, portanto em primeiro eu gostaria de salientar a intervenção do
Senhor Deputado João Pinheiro que, de facto, foi uma intervenção e eu vou só referir
a parte final, quando fala realmente na importância da Carta dos Direitos do Utente,
que nós realmente partilhamos inteiramente a preocupação que ele aqui manifestou. ---
----- Muito obrigada pela intervenção. -----------------------------------------------------------
----- Em relação à discussão do relatório do Debate Específico sobre transportes, eu
apenas iria fazer umas breves notas para que refletem a posição do PCP nestas
matérias, frisar o papel estruturante estratégico que o setor dos transportes tem na vida
do país como garante da circulação global da produção e da mobilidade dos
trabalhadores e população, o peso em termos de investimento bem como o papel que
representa no incremento do uso do transporte público com evidentes benefícios para
o Ambiente e Desenvolvimento das sociedades. -----------------------------------------------
----- Face aos inúmeros e graves problemas com que o setor dos transportes se debata
consideramos que estes só podem ser resolvidos com uma resposta Metropolitana
enquadrada com as prioridades nacionais e coordenada com as necessidades de cada
município, um verdadeiro sistema de transportes funciona em rede, por isso sempre
defendemos a existência de Autoridades Metropolitanas de Transportes e apontamos
como profundamente negativo o seu encerramento decretado pelo anterior Governo,
elas terão que ser reconstruídas hoje partindo Área Metropolitana de Lisboa, garantido
um planeamento, a coordenação e a gestão Metropolitana dos transportes públicos e
promovendo, de facto, a participação do conjunto de entidades envolvidas: autarquias,
a Área Metropolitana de Lisboa, o Governo Central, empresa, utentes e trabalhadores.
----- Consideramos urgente entre outras medidas que apresentámos e que se
encontram em anexo a este relatório, o desenvolvimento de uma política pública de
investimentos nos transportes, a redução imediata e significativa do preço dos
transportes, o alargamento do passe social intermodal a todos os operadores a todas as
carreiras e a toda a área Metropolitana, a criação de novas autoridades metropolitanas
de transporte com funcionamento e composição democráticas, o combate à criação de
novos impostos, taxas e tarifas sobre a população e os utentes. -----------------------------
107
----- Consideramos como sempre afirmámos que os transportes são um serviço
público e devem continuar a sê-lo, rejeitamos qualquer tentativa da sua privatização. --
----- Como Lisboa se insere numa área mais vasta e os transportes não podem ser
avaliados apenas numa perspetiva local, defendemos a intervenção da Área
Metropolitana de Lisboa no seu planeamento e coordenação, obviamente,
acompanhámos e recomendações constantes deste relatório que iremos votar
favoravelmente Obrigada.” ------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Alberto Franco (IND) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado. Atendendo de facto a que já muita muitas coisas importantes
foram ditas pelos oradores anteriores apenas sublinhar e reforçar a importância que os
Deputados Municipais Independentes do Movimento Cidadãos por Lisboa damos e
temos dado em todos os 9 anos da nossa existência o aos assuntos da Mobilidade e
dos Transportes, não apenas na cidade de Lisboa, mas na Área Metropolitana de que
fazemos parte. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta Deliberação que resultou do das reflexões havidas na 8ª Comissão e das
recomendações que, no final do relatório, que foi aprovado na 8ª. Comissão, foram
depois lançadas sob a forma de proposta de deliberação, que iremos votar, gostava
apenas de sublinhar que as preocupações quase unanimemente assumidas por esta
Assembleia relativamente ao transporte público de passageiros na Região de Lisboa, e
que estão em nosso entender muito bem traduzidas na proposta de deliberação. ---------
----- Chamava a atenção em particular para 6 dos seus tópicos: a defesa intransigente
do serviço de transporte público de passageiros a que se refere a alínea a); a
necessidade, a que agora a Senhora Deputada Ana Páscoa também se referiu; a
necessidade de o estatuto de utentes de transportes públicos e da Carta de Direitos do
Utente a que se refere a alínea e); uma rejeição nítida veemente de que a os
desenvolvimentos que venham a ser decididos se traduzam num aumento da carga
fiscal sobre os contribuintes como meio de financiamento do sistema de transportes, o
que está claramente expressa na alínea h); na alínea k) uma orientação que está aqui
muito bem definida sobre como é que deve ser a política de preços futura nos
transportes nos circuitos e respetivas frequências por forma a que efetivamente a
utilização dos transportes públicos seja promovida em detrimento do transporte
individual motorizado e é nesse mesmo sentido que a alínea n) aponta com o tema da
necessidade de desenvolver a rede de parques de estacionamento dissuasores
periféricos, que permitam garantir a ligação ao centro da cidade e a outras zonas
através dos diferentes meios de transporte, incluindo os modos suaves. -------------------
----- Finalmente e, como última nota que queria deixar aqui a alínea m) da proposta de
deliberação em que se reivindica a revisão urgente dos cortes que foram impostos pelo
anterior Governo na oferta dos serviços da Carris, do Metro, Transtejo e Soflusa, isto
deve ser uma bandeira nossa no que se refere aos transportes urbanos de Lisboa e a
pressão que deve ser desenvolvida, em nosso entender, sobre a gestão em particular da
Carris e do Metro para que, em todos os casos em que seja tecnicamente possível se
108
revertam urgentemente os referidos cortes na oferta dos transportes em Lisboa. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Após o debate sobre os transportes na Área Metropolitana e perante o relatório
final que agora discutimos, há um conjunto de aspetos que Os Verdes pretendem
reforçar. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, destacamos a importância que uma rede de transportes
públicos coletivos eficaz assume, não só como forma de garantir o direito à
mobilidade dos cidadãos, um direito constitucional, mas também porque representa
benefícios ambientais, económicos e sociais que são amplamente reconhecidos. --------
----- Exatamente por isso, o investimento nos transportes públicos coletivos tem de ser
uma prioridade absoluta e é nesse sentido que temos apresentado inúmeras propostas,
a nível nacional e local. ----------------------------------------------------------------------------
----- Por todas estas razões, as políticas seguidas devem promover a crescente
utilização de transportes coletivos. Só assim teremos uma melhoria na qualidade de
vida das populações e o desenvolvimento sustentável da cidade e da Área
Metropolitana de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------
----- Em segundo lugar, é possível concluir que há muitos problemas a nível dos
transportes na Área Metropolitana, que carecem de uma resposta também a nível
metropolitano, tendo em conta as necessidades de cada município. ------------------------
----- É cada vez mais evidente que só assim se conseguirá contrariar a degradação
qualitativa e quantitativa do serviço de transportes públicos. --------------------------------
----- Essa degradação caracteriza-se por um conjunto de problemas como a redução de
serviços e de carreiras, as alterações de serviços que obrigam os utentes a um maior
número de transbordos, os elevados preços dos títulos de transportes sem que haja
qualquer aumento a nível da oferta. Temos zonas com graves carências de transporte,
outras onde o transporte público é inexistente, longos tempos de espera, entre muitas
outras situações que põem em causa, e chegam mesmo a negar o direito à mobilidade,
potenciando e fomentando a utilização do transporte individual, porque as alternativas
existentes não representam soluções sustentáveis ou, simplesmente, porque não há
sequer alternativas. ---------------------------------------------------------------------------------
----- As consequências desta situação refletem-se também na emissão de dióxido de
carbono, na maior incidência de doenças respiratórias e no aumento dos níveis de
ruído nas cidades. ----------------------------------------------------------------------------------
-----Tudo isto se tem passado porque o sector dos transportes é estratégico, e os
últimos governos, fizeram deste sector um alvo preferencial da sua ofensiva. E o que a
realidade nos mostra é que nos últimos anos as políticas para os transportes
basicamente assentaram no objetivo de entregar este sector aos privados, tendo apenas
como preocupação os seus interesses e o lucro. A mobilidade das populações e o
desenvolvimento nunca se apresentaram como uma prioridade.-----------------------------
109
----- É urgente inverter esta situação. Não podemos continuar a ter um sistema incapaz
e insuficiente. Os transportes têm que dar resposta às necessidades dos cidadãos. Uma
resposta rápida, eficaz e acessível a todos. ------------------------------------------------------
----- Julgamos que o relatório que é agora discutido, assim como as suas
recomendações, podem e devem ser uma boa base para procurar responder aos
problemas sentidos pelas populações da Área Metropolitana de Lisboa, sendo
importante que a Assembleia Municipal se pronuncie sobre esta matéria e que as
conclusões do debate sejam tidas em conta. ----------------------------------------------------
----- Para terminar, destacamos e reforçamos apenas alguns dos pontos que nos
parecem fundamentais e que podem representar uma inversão nas políticas que têm
votado ao abandono a área dos transportes e da mobilidade:---------------------------------
----- O serviço público de transportes deve servir as necessidades das populações e
deve ser valorizado e defendido, e não deve estar refém de imposições europeias ou
da mera realização de interesses por parte dos privados. -------------------------------------
----- O Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros deve ser
revisto para ser capaz de dar uma efetiva resposta às necessidades sentidas a nível de
mobilidade. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Os cortes que foram impostos às empresas de transporte públicos devem ser
revertidos. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Outra proposta em que temos insistido e que consideramos essencial é o
desenvolvimento de uma rede de parques de estacionamento dissuasores periféricos,
permitindo garantir ligações a diferentes zonas, através dos diferentes meios de
transporte, obviamente sem esquecer os modos suaves. --------------------------------------
----- Para concluir, naturalmente não podemos ter uma rede de transportes públicos
eficaz sem o reforço dos meios humanos necessários como forma de responder às
necessidades operacionais das empresas, garantindo os seus direitos e condições
laborais. Não esquecendo os contributos dos trabalhadores que exercem funções nos
diversos operadores de transporte existentes na Área Metropolitana de Lisboa, que
desempenham um papel crucial para que o sistema de transportes possa cumprir com
a sua missão, assim como os contributos dos utentes da rede de transportes da Área
Metropolitana de Lisboa. Sobre as recomendações dizer que as acompanhamos e que
votaremos a favor.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Eu penso que terminámos as intervenções, pergunto se da Câmara alguém quer
intervir? Não há intervenções da Câmara.-------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados vamos pôr então à vossa Votação a Proposta de Deliberação
da 8ª. Comissão, é uma proposta de deliberação e não uma proposta de recomendação,
porque envolve uma data de entidades e não apenas a Câmara, nós quando são
recomendações é recomendações à Câmara, mas aqui é uma coisa outro nível,
portanto, implica diligências junto do Governo e junto de outras entidades e, por isso é
uma Proposta de Deliberação. --------------------------------------------------------------------
110
----- A Mesa vai pôr à vossa consideração a Proposta de Deliberação apresentada
pela 8ª. Comissão. Votos contra do PSD e do CDS- PP e do MPT. Não há
abstenções. Votos a favor do PS, PCP, BE, PEV, PNPN, IND e PAN. A Proposta
está aprovada por maioria. ---------------------------------------------------------------------- ----- A Mesa depois dará conhecimento a todas as entidades e colocará no site a
proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O MPT vai apresentar Declaração de Voto e o Senhor Deputado Luís Newton, do
PSD, vai fazer uma Declaração de Voto oral, neste momento.” -----------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton, do PSD fez oralmente a
seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------
----- “Para informar que a posição do PSD não incide sobre a sobre o trabalho, a
posição, o voto contrário não incide na elaboração do Relatório, tem a ver
exclusivamente com as recomendações, que muitas das recomendações que lá são
descritas, portanto, e que com as quais não podemos acompanhar. Obrigado.” ---------
----- O Grupo Municipal do MPT apresentou a seguinte Declaração de Voto: ------
----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra eleito para a Assembleia Municipal de
Lisboa, vem, nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do artigo 57º do
Regimento da AML, fazer constar na Ata da 75ª Sessão Extraordinária realizada no
dia 26 de Julho de 2016 a sua declaração de voto referente à Proposta de
Deliberação sobre Transportes na Área Metropolitana de Lisboa apresentada pela 8ª
Comissão Permanente, que mereceu o voto Contra deste Grupo Municipal, com os
seguintes fundamentos: ----------------------------------------------------------------------------
----- O Partido da Terra – MPT considera meritório todo o trabalho desenvolvido
pela 8ª Comissão Permanente, desde a realização do Debate à reprodução do
Relatório e consequente Proposta de Deliberação. Nesta última, destaca-se a
integração dos vários prestadores de transportes numa visão global da área
metropolitana como um todo, a criação de parques dissuasores, entre outros. ----------
----- Porém, o Partido da Terra – MPT, não corrobora com outras das deliberações
vertidas no documento em análise, nomeadamente, o peso excessivo do Estado e
investimento publico na sua criação, visto que torna todo o sistema dependente de
financiamento publico e sem espaço à colaboração de prestadores privados. ------------
----- Em suma, o Grupo Municipal do Partido da Terra – MPT defende que não se
deve restringir o livre funcionamento do mercado, com uma limitação à iniciativa de
operadores privados e com um peso excessivo do Estado na criação do mesmo. --------
----- PONTO 8 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO SOBRE
A LINHA FERROVIÁRIA DO OESTE APRESENTADA PELA 8ª.
COMISSÃO PERMANENTE; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; --------------------
----- (A Proposta de Deliberação sobre a Linha Ferroviária do Oeste fica anexada
à presente Ata como Anexo XXVII e dela faz parte integrante.) ---------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, vamos apreciar agora mais uma outra proposta da 8ª
comissão e uma força e direção sobre a linha ferroviária do Oeste, os municípios do
111
Oeste, os municípios, muitos municípios aqui da região têm tomado posições nas suas
Assembleias Municipais e Lisboa não quer ficar atrás, naturalmente e, portanto,
pergunto ao Senhor Deputado João Pinheiro se quer apresentar a Proposta, penso que
ela foi distribuído a todos a têm. -----------------------------------------------------------------
----- Há aqui um pedido de palavra, penso que do PEV, é isso? Então o melhor é dar-
lhe já a palavra. Senhora Deputada Cláudia Madeira sobre esta proposta. Se mais
alguns dos Senhores Deputados se quiserem escrever sobre ponto 8 da Ordem de
Trabalhos, a Proposta de Deliberação sobre a Linha Ferroviária do Oeste, eu pedia
para fazer sinal à mesa.” ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Para Os Verdes, o transporte ferroviário sempre foi fundamental para uma
estratégia integrada de desenvolvimento. -------------------------------------------------------
----- Reconhecemos a importância e a urgência da requalificação da Linha Ferroviária
do Oeste, que é essencial para o desenvolvimento ambiental, social e económico da
região e um eixo estratégico da rede ferroviária nacional. -----------------------------------
----- Esta modernização tem sido uma reivindicação das populações, de agentes
económicos e de autarcas, uma vez que a linha foi votada ao esquecimento por parte
de sucessivos governos. Situação que não foi mais longe devido às lutas entretanto
travadas. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A requalificação desta linha representa uma melhoria significativa das condições
de vida das populações, no entanto, o Plano de Investimentos em Infraestruturas –
Ferrovia 2020, apenas prevê a requalificação do troço entre Meleças e Caldas da
Rainha, ou seja, somente 103 kms dos 198 kms que compõem a referida linha,
omitindo o restante troço entre as Caldas da Rainha e o Louriçal, assim como a
ligação à Figueira da Foz. -------------------------------------------------------------------------
----- Na perspetiva de Os Verdes, esta requalificação, apesar de positiva, é insuficiente
e não eliminará por completo os problemas atualmente existentes, ficando aquém da
possível e necessária requalificação, não sendo possível ultrapassar e resolver de
forma definitiva os problemas estruturais que a Linha do Oeste hoje em dia apresenta,
mantendo-se, desta forma, subaproveitada. -----------------------------------------------------
----- Deixar de fora parte do troço, fará com que se anule o efeito positivo da
intervenção que venha a ser feita e será manter os problemas antigos, o que não faz
qualquer sentido. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Razão pela qual consideramos que é importante que a deliberação da 8ª
Comissão se pronuncie favoravelmente em relação à requalificação na totalidade do
troço da linha. Caso contrário, estaremos perante uma total falta de compreensão da
importância regional desta linha. -----------------------------------------------------------------
----- Sobre a realização de estudos para avaliar a viabilidade de uma ligação desta
linha a Lisboa através do Município de Loures, apenas queremos realçar que
eventuais estudos não devem atrasar ou inviabilizar o início dos trabalhos de
requalificação. ---------------------------------------------------------------------------------------
112
----- Chamamos também a atenção para o facto de o Plano de Investimentos
Ferroviários dar prioridade aos investimentos no transporte de mercadorias em
detrimento do transporte de pessoas, o que acaba por se ver refletido na proposta de
requalificação da Linha do Oeste o que, em nosso entender, deveria ser revisto, pois o
transporte de mercadorias não é a única razão para justificar a requalificação da Linha.
----- Não sendo esta linha, as opções que restam às populações desta região são o
transporte individual e o transporte rodoviário, que não se apresentam como as
soluções mais sustentáveis. ------------------------------------------------------------------------
----- Dizer ainda, para terminar, que consideramos que neste processo é fundamental
ouvir os agentes com interesse no assunto, nomeadamente a Comissão para a Defesa
da Linha do Oeste. Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa-noite, já é boa-noite. Em primeiro lugar, obviamente destacar a rede
de cooperação criada entre vários municípios nesta matéria e dizer, obviamente, para a
nossa cidade podemos falar que a linha do Oeste não tem nada a ver com Lisboa, mas
tem, porque não pode ser deixada de ser tida em conta nesta matéria face aos milhares
de pessoas que oriundas desta região se deslocam diariamente à capital para trabalhar
e estudar. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O caso de desinvestimento na linha do Oeste não é recente, aliás, a existência de
infraestruturas viárias como a A-8 e a aposta na criação de vias cuja necessidade
premente merece reflexão, revelam um incentivo ao uso do transporte individual,
simultaneamente a diminuição do número de utentes desta linha e o desinvestimento
na mesma tem levado a que esta tenha deixado de ser vista como opção viável e é
obviamente que este desinvestimento percorre vários Governos, portanto não é culpa
de um só. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Contudo a linha ferroviária do Oeste apresenta várias potencialidades, além das
evidentes, de que destaco a vertente turística face ao cruzamento do itinerário da
mesma com paisagens fascinantes, localidades de elevado interesse histórico e a
proximidade com vários destinos turísticos de praia, golfe, natureza, entre outros. ------
----- Salientar também que, além de desenvolvimento turístico, o impacto económica
que a linha pode gerar, quer a nível nacional quer local seja pelo transporte pessoas,
seja com o transporte de mercadorias, animando o porto da Figueira da Foz. -------------
----- Deparamo-nos também com a proposta do Município de Loures para expansão da
linha até Lisboa e Sintra proposta, essa que importa avaliar no futuro. No cômputo
geral, consideramos ser importante aproveitamento das sinergias criadas em torno da
modernização da linha e previstas em planos nacionais e estratégicos, se bem que no
que respeita aos estudos a efetuar seria importante que o Governo facultasse dados aos
municípios envolvidos, nomeadamente os seguintes elementos: custo de investimento
com a infraestrutura, portanto, a linha; superestrutura, a eletrificação e o material
circulante, portanto, as carruagens e as locomotivas; a estimativa de tráfego, o preço e
tarifas a aplicar e o número de frequências diárias. --------------------------------------------
113
----- Só com o conhecimento destes elementos básicos é que é possível ter uma noção
do custo financeiro desta nossa reivindicação. -------------------------------------------------
---- Em suma Senhora Presidente, para terminar e face às potencialidades apontadas e
ao interesse dos municípios abrangidos pela linha que iremos acompanhar a
deliberação proposta pela 8ª Comissão. Muito obrigado.” -----------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Pronto Senhores Deputados, neste caso uma vez que não temos mais Senhores
Deputados escritos, pergunto se a Câmara quer intervir? A câmara não assinala
intervenção e, portanto, o que nós temos para a votar neste momento, é proposta de
Deliberação sobre a Linha Ferroviária do Oeste apresentada pela 8ª Comissão e é isso
que a Mesa vai pôr á votação. ---------------------------------------------------------------------
----- Não há votos contra. Abstenções do PSD. Votos favoráveis do PS, PCP, BE,
CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e IND. Está aprovada por maioria este ponto.” ---
----- PONTO 9 – APRECIAÇÃO DO RELATÓRIO DA VISITA DA 8ª.
COMISSÃO À FREGUESIA DE SANTA CLARA; GRELHA-BASE – 34
MINUTOS; -----------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Relatório da 8ª Comissão Permanente sobre a visita à Freguesia de Santa
Clara fica anexado à presente Ata como Anexo XXVIII e dela faz parte integrante) ---
----- (A Recomendação nº 4/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXIX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar ao ponto seguinte, a 8ª. Comissão de facto fez muito trabalho e
não quis ir para férias sem deixar os dossiers todos encerrados. O senhor Presidente
está de parabéns, porque foi muito também é também seu, dos seus colegas de
Comissão também, com certeza, mas também seu. Há aqui um Relatório apresentado
pela da pela 8ª Comissão de uma visita que fizeram a freguesia Santa Clara, na zona
da Ameixoeira. A Senhora Deputada Relatora é a Senhora Dona Rosa Maria Carvalho
da Silva que nos vai apresentar o seu Relatório.” ----------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Rosa Carvalho da Silva (PSD), na qualidade
de Relatora da 8ª Comissão, no uso da palavra apresentou o relatório: -------------------
----- “Os cumprimentos à Mesa, ao Senhor Secretário, aos Senhores Deputados e aos
Senhores Vereadores e ao Senhor Presidente em Exercício. --------------------------------
----- Esta Recomendação provém do Requerimento da Senhora Presidente da
Freguesia de Santa Clara à 8ª Comissão, dirigida à 8ª Comissão, o qual incluía as
preocupações da senhora Presidente quanto à circulação do tráfego no interior da zona
da Ameixoeira. De salientar que a Senhora Presidente da Freguesia de Santa Clara já
apresentou problema que que considera ser de fácil resolução aos Departamentos da
Câmara e inclusive ao Senhor Presidente da Câmara Municipal que se mostrou
sensibilizado com a preocupação da Senhora Presidente, aliás, segundo disse a
Senhora Presidente a todos os Departamentos têm-se mostrado sensibilizados com o
problema que a afeta naquela zona da Freguesia. Contudo, um problema que é de fácil
114
resolução não se tem enquadrado de modo a que a Câmara o resolva com a urgência
premente que se manifesta. ------------------------------------------------------------------------
----- Assim sendo a 8ª Comissão aprovou este parecer por maioria, esta
Recomendação por maioria, com a abstenção de uma Senhora Deputada
Independente. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Passo agora a dizer as conclusões, uma das conclusões da que vem no Relatório.
O escoamento do tráfego na Freguesia de Santa Clara só se torna resolúvel com a
aquisição pela Câmara Municipal de Lisboa de um terreno que dificulta o acesso à
Estrada de São Bartolomeu, cuja aquisição permitirá a implementação de um anel de
circulação de modo a que o tráfego circule em todas as artérias da Ameixoeira, sem
originar engarrafamentos nas vias adjacentes face ao volume de tráfego, de salientar
que a Senhora Presidente já explicitou e bem em diversas em diversos fóruns
possivelmente da Câmara que o proprietário desta pequena parcela de terreno até
pretenda fazer uma negociação com a Câmara, portanto, a saliento e alerto o Senhor
Vice-Presidente para esta situação, se o Senhor Vice-Presidente me ouvisse também,
para esta situação que realmente preocupa a Senhora Presidente e os fregueses da
Freguesia da Ameixoeira. --------------------------------------------------------------------------
----- Posto isto a 8ª Comissão propõe que o Plenário da Assembleia Municipal
delibere recomendar à Câmara Municipal que proceda no sentido do definido pela
freguesia de Santa Clara, no sentido de adequar a circulação de tráfego na zona da
Ameixoeira. Disse, obrigada.” --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada. A Mesa não regista mais pedidos de palavra.
----- Estamos em condições de pôr à consideração dos Senhores Deputados, a
Recomendação que a Senhora Deputada acabou de apresentar sobre a circulação do
tráfego na zona da Ameixoeira. Não é freguesia da Ameixoeira, já foi, é a zona da
Ameixoeira na Freguesia Santa Clara. -----------------------------------------------------------
-----Vamos pôr à votação a Recomendação 4/116 sobre este assunto, situação de
tráfego na zona da Ameixoeira, Freguesia de Santa Clara. Não há votos contra e nem
abstenções. Aprovada por unanimidade.” ----------------------------------------------------
----- PONTO 10 – APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 5/116 (8ª. CP) –
SOBRE O ENCERRAMENTO DA ESTAÇÃO DE METRO DE ARROIOS;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 8ª Comissão Permanente relativa à Moção ‘Contra o
encerramento da Estação de Arroios nos períodos de ponta’ fica anexada à
presente Ata como Anexo XXX e dela faz parte integrante.) --------------------------------
----- (A Recomendação nº 5/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXI e
dela faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar agora ao Ponto 10, ainda trabalho da 8ª Comissão, receberam
uma Moção da Comissão de Utentes de Transportes Públicos de Lisboa contra o
115
encerramento da estação de Metro de Arroios e a 8ª comissão promoveu uma série de
diligências. Pergunto se o Senhor Deputado João valente Pires quer apresentar o
Relatório? Prescinde da apresentação do Relatório. Quando chega a esta altura já está
tudo um bocado mais cansado e, portanto, de qualquer maneira, os Relatórios foram
distribuídos, é um Parecer que foi distribuído e está no site e é disponível para toda a
gente, portanto, toda a gente tem consciência do que é que estamos a ver. ----------------
----- Há uma Recomendação e há Deputados inscritos, portanto, a Senhora Deputada
Cláudia Madeira está inscrita e tem, naturalmente o uso da palavra.” ---------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Os Verdes querem começar por saudar a Comissão de Utentes dos Transportes
Públicos de Lisboa e dizer que concordam com as preocupações e com as
reivindicações expressas na moção sobre a estação de metro de Arroios,
nomeadamente a nível das dificuldades de mobilidade, da redução do número de
carruagens, do aumento dos tempos de espera, assim como da degradação de algumas
estações e das frequentes avarias das escadas rolantes. ---------------------------------------
----- Especificamente sobre o encerramento parcial da estação de Arroios, Os Verdes
recordam que assim que surgiram notícias sobre este assunto, entregaram uma
pergunta ao Governo e um requerimento à Câmara Municipal de Lisboa que, por
sinal, até ao dia de hoje continua sem resposta, e isto já foi no início de Fevereiro. ------
----- Se o encerramento parcial avançasse, ou seja, se a estação de Arroios encerrasse
duas vezes por dia às horas de ponta, seria uma medida errada e perigosa, sendo de
difícil execução tanto operacional como a nível de segurança. Portanto, percebemos
perfeitamente a apreensão da Comissão de Utentes. ------------------------------------------
----- Para Os Verdes é imperioso que se solucionem os vários problemas que afetam o
Metro de Lisboa, procurando contrariar a degradação que se tem apoderado deste
serviço de transporte. Para isso, é urgente a imediata reposição da circulação das
quatro carruagens na Linha Verde, assim como é necessário ampliar a estação de
Arroios, para uma capacidade que viabilize a projetada circulação de seis
composições. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Aliás, estas reivindicações não são recentes. No início de 2012, quando o Metro
diminuiu de quatro para três o número de carruagens que circulavam na Linha Verde,
por pretensos motivos de adequação da oferta à procura do serviço, o que de imediato
se comprovou ser falso, Os Verdes apresentaram uma recomendação pela reposição
das carruagens. -------------------------------------------------------------------------------------
----- A verdade é que esta situação de redução de carruagens constituiu um retrocesso
na qualidade do serviço prestado, levando a que os comboios passassem a andar
sempre cheios nas horas de ponta, sendo praticamente inviável entrar nas composições
em algumas estações, ou viajar no meio de uma massa comprimida de pessoas,
causando um óbvio desconforto para o público em geral e para os utentes com
mobilidade reduzida, idosos e portadores de crianças, em particular. ----------------------
----- De tal maneira que, passados dois meses após a implementação desta medida, o
então Secretário de Estado dos Transportes comunicou em plena sessão da Comissão
116
de Economia e Obras Públicas já ter dado orientações à Administração do Metro no
sentido de voltar a reforçar o número de composições na Linha Verde, face à evidente
insuficiência da oferta do serviço, tendo ele próprio, comprovado o mau serviço
prestado pelo Metro. --------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto facilmente se pode concluir que o problema é reconhecido por todos,
tem havido propostas no sentido da sua resolução mas, até hoje, tudo se mantém na
mesma. Saudamos por isso a Comissão de Utentes que trouxe mais uma vez este
assunto à discussão, através da Comissão de Mobilidade que, depois de um conjunto
de diligências, apresentou as suas conclusões e recomendações procurando a célere
resolução dos problemas sentidos. Esperamos que desta vez surta mais efeito. -----------
----- Outra questão que não pode ser ignorada e que também precisa de solução
urgente prende-se com a conclusão das obras na ala norte da estação do Areeiro e a
falta de condições das estações do Intendente, Anjos e Arroios, que têm uma grande
utilização e que têm sido descuradas em termos de limpeza e de aspeto geral.” ----------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente, Senhores Secretários, Executivo Camarário
e Deputados Municipais. ---------------------------------------------------------------------------
----- O PCP tem tido uma preocupação constante nesta assembleia pela defesa de
medidas que promovam a mobilidade, o respeito pelo ambiente e preocupações
ecológicas, nomeadamente através de diversas intervenções e recomendações/moções
que apresentámos. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Contrariamente ao que é expectável em termos de boas práticas ecológicas e
ambientais, os transportes públicos na cidade não servem o cidadão, e são um
incentivo ao transporte individual, com todos os prejuízos inerentes. ----------------------
----- A degradação dos transportes tem vindo a acentuar-se, com particular realce para
a Carris e Metro, com perda de utentes, redução de carreiras, menos segurança, tudo
isto acompanhado por enormes aumentos de tarifários desde 2011. ------------------------
----- Em causa neste Relatório está a questão do Metro, em particular da linha Verde;
o Metro decidiu em 2012, por razões economicistas retirar carruagens nesta linha, que
passou a funcionar apenas com 3 carruagens, o que origina superlotação em
praticamente todo o dia, e não apenas nos “picos” decorrentes de horas de ponta, e
aglomeração de utentes no cais, com riscos para a segurança. Ainda recentemente
questionámos a CML sobre a reposição de 4 carruagens nesta linha, como forma de
garantir um serviço público de qualidade a que os lisboetas, trabalhadores e visitantes
têm direito. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Neste contexto, acompanhamos as decisões da Comissão de Mobilidade e
Segurança contidos neste Relatório no que diz respeito à necessidade urgente de
melhoria sobretudo nas estações de Arroios, Anjos e Intendente, mas sobretudo
entendemos que é urgente a reposição das 4 carruagens na linha Verde, o início de
obras na estação de Arroios com vista a receber 6 carruagens, a conclusão das obras
na estação do Areeiro. Obrigada.” ----------------------------------------------------------------
117
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada, não temos mais ninguém inscrito. Senhores
Deputados não havendo mais ninguém inscrito, vamos passar à votação da
Recomendação nº 5/116 sobre o encerramento da estação de metro de Arroios,
apresentada pela 8ª Comissão. --------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr em votação. Não há votos contra e nem abstenções. Aprovada
por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, o Senhor Deputado Luís Newton levantou-me aqui um
problema relacionado com a duração dos trabalhos e com o Regimento. O Regimento
o que nos diz é que os trabalhos podem ir até às 9 horas da noite, excecionalmente até
às 24 horas. Não podem ter mais de 2 períodos de 320 minutos cada, não podem ter
mais de 2, mas podem ter menos e este problema dos 320 minutos de cada é só para
não haver vários períodos de reunião, porque cada período reunião dá direito a uma
senha de presença diferente, é esta a razão do Regimento. -----------------------------------
----- Não temos qualquer problema entre a nossa hora normal e as 21 horas, que é a
hora tradicional, se necessário podemos prolongar, são neste momento, portanto,
20h30m. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu penso que já estamos muito próximo, embora tenhamos ainda muitas coisas
para votar, é uma matéria que está muito consensualizada nas comissões e, enfim, não
é habitual haver muitas intervenções nestas matérias, portanto, eu penso que nós o
mais tardar até às 21h 30m conseguiremos concluir os nossos trabalhos e penso que é
preferível fazer tudo seguido do que estar agora a interromper. Pergunto se alguém se
opõe? Se não se opõem é assim que faremos e vamos prosseguir com os nossos
trabalhos e agradeço ao Senhor Deputado Luís Newton pela sua atenção estarmos
naturalmente sempre vigilantes com as nossas regras de funcionamento. ------------------
---- Não, tudo bem, as coisas são todas legais, regulamentares para não haver depois
qualquer invalidade possível, esteja tranquilo, lá chegaremos.” -----------------------------
----- PONTO 11 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 369/CM/2016 -
ALTERAÇÃO DAS MINUTAS DOS ACORDOS DE DELEGAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA DE BENFICA, S.
DOMINGOS DE BENFICA, OLIVAIS E LUMIAR, RELATIVAS A
REFEIÇÕES ESCOLARES SAUDÁVEIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA E
AO ABRIGO DAS DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DA ALÍNEA K) DO Nº 1
DO ARTIGO 25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E
DO ARTIGO 116.º E SEGUINTES DO REGIME JURÍDICO DAS
DELEGAÇÕES DE COMPETÊNCIAS, AMBOS PUBLICADOS EM ANEXO
À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA SUA REDACÇÃO ACTUAL;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; Parecer da 1ª e 5ª Comissões Permanentes. -----
----- (A Proposta nº 369/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXII
e dela faz parte integrante.) ------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer conjunto da 1ª e 5ª Comissão Permanente fica anexado à presente
Ata como Anexo XXXIII e dela faz parte integrante) ----------------------------------------
118
----- (A Recomendação nº 6/116 da 1ª e 5ª Comissão Permanentes sobre a Proposta nº
369/CM/2016 por lapso não foi votada nesta reunião, sendo adiada e votada na
Reunião nº 117 de 13 de Setembro) --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar então à Proposta nº 369/CM/2016 que é a alteração das minutas
dos acordos de delegação de competências para as Juntas de Benfica, São Domingos,
Olivais, São Domingos de Benfica Olivais e Lumiar relativos a refeições escolares
saudáveis. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tenho ideia que a Senhora Vereadora tinha dito que havia um problema com as
propostas que queria apresenta-lo. Faça o favor.” ---------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente, caros Vereadores, caras e caros Deputados
Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu venho pedir-vos para ser retirado a alínea c) da nossa proposta, portanto, isto
é, no âmbito da delegação de competências que temos estado aqui a fazer onde já
estão englobadas a Freguesia da Estrela, de Alcântara, Benfica, São Domingos de
Benfica e Olivais, tínhamos a proposta do Lumiar, mas em virtude estarmos atrasados
com as obras no mercado e sendo o projeto da Junta de Freguesia do Lumiar, prestar a
comida a alimentação biológica através do fornecimento de Agro Bio, que vai operar
dentro do mercado do Lumiar atrasamos ligeiramente estas datas, de maneira que eu
pediria para retirarem a alínea c) e votávamos as restantes alíneas que é a delegação
de competências agora do catering, nós nas outras Assembleias votámos a parte da
confeção local e agora acabando a vigência da contratação pública anterior,
poderemos então delegar estas competências, agora nas que se nas Juntas de Freguesia
que já absorveram a confeção local.” -----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, se eu entendi é a alínea c) da parte deliberativa que é
retirada, sendo que depois nos considerandos tudo o que diz respeito à freguesia do
Lumiar também deve ser retirado. Corretamente? Portanto, há uma retificação da
Proposta nº 369/CM/2016, há uma alteração da Proposta nº 369/2016 no sentido de
retirar a referência quer no título, quer nos considerandos, quer na parte deliberativa à
Freguesia do Lumiar, pelos motivos expostos pela Senhora Vereadora. -------------------
----- Posto isto, há um parecer elaborado como habitualmente pelos Senhores
Deputados João Magalhães Pereira e Sofia Oliveira Dias. Querem apresentar o
parecer? -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Não ouviu a questão? Eu vou repetir Senhor Deputado Magalhães Pereira, é
assim, a parte que desta proposta dizia respeito ao Lumiar, está atrasada e, portanto,
tem que ser retirada da proposta quer no título, quer nos considerandos quer na parte
negativa que a alínea c), portanto, é esta a alteração. -----------------------------------------
119
----- As razões foram por um atraso que houve num acerto que estão a fazer e que,
portanto, não estava em condições de o fazer já, é isto. ---------------------------------------
----- Eu simplifiquei demais, mas depois, o Senhor Deputado poderá ver e a Senhora
Vereadora já lhe explicará em detalhe. ----------------------------------------------------------
----- Pergunto se há inscrições para a Proposta nº 369/2016? Senhor Deputado Luís
Newton. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu peço desculpa, agora baralharam-me, há inscrições, então faz favor, agora a
Senhora 2ª Secretária dará a palavra.” -----------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, relativamente a este ponto 11 e à proposta 369
fazemos um registo que depois se estende também ao ponto 13 das restantes propostas
de delegação de competências nas freguesias e que se relaciona com a falta dos
estudos de fundamentação legalmente exigidos. -----------------------------------------------
----- Eu relembro que esta Assembleia há um ano e meio, dia 27 de janeiro de 2015,
aprovou uma Recomendação por unanimidade em que recomendava à Câmara que
passassem a ser sempre entregues e que as futuras propostas de delegação de
competências viessem devidamente instruídas, nomeadamente com estes estudos e
neste caso e no do ponto 13 isso não acontece.” -----------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito bem. Não há mais ninguém inscrito, eu penso que o Senhor Deputado
Ricardo Robles fez uma intervenção que, que estamos no ponto 11, não estamos no
ponto 13. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Luís Newton pede a palavra para?”--------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, eu faço uma interpelação à Mesa em vez de fazer uma
intervenção era que há uma retirada de uma proposta dada da Câmara. Da qual
fazemos obviamente boa-fé, mas é relativo a um protocolo de delegação de
competências, é uma proposta da Câmara Municipal para um PDC com uma Junta de
Freguesia, portanto, fazemos, obviamente, boa-fé da retirada da proposta, no entanto,
não ouvimos a Junta de Freguesia sobre esta matéria em concreto e estamos na
Assembleia Municipal e não temos nenhuma informação.” ----------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado, não custa nada pedir ao Senhor Presidente da Junta de
Freguesia que está presente e quer pronunciar-se sobre a proposta. Muito obrigado. ----
----- A Mesa aproveita para perguntar ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia do
Lumiar, o Senhor Deputado Pedro Delgado Alves se quer usar da palavra, se faz
favor.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Pedro Delgado Alves (PS) no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
120
----- “Muito obrigada Senhor Presidente, a intervenção da Senhora Vereadora foi
cabal e esclarecedora, mas já agora posso dar nota efetivamente como consta dos
pontos da Ordem do Dia de hoje vai ser apreciado entre outras coisas um protocolo de
delegação de competências para realizar a obra no Mercado Lumiar e obviamente, não
estando ainda ele concluído e sendo uma das componentes precisamente a da criação
daquele Mercado condições para ser um mercado biológico e havendo interesse em
associar esta opção pelas refeições saudáveis também ao fornecimento de bens,
entendemos que as condições não estão reunidas de forma total para que hoje possa
ser já deliberada a inclusão e uma vez que é só supressão de uma alínea e a supressão
das referências várias ao longo de toda esta proposta é uma, digamos, é uma matéria
que já te já fica apreciada que para efeitos futuros, mas de forma não poderia que a
atual proposta não há razão para tem que aguardar as restantes e, portanto, tem total
concordância nossa, aliás, foi articulado com a Senhora Vereadora.” ---------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, sendo assim há mais uma questão com a Proposta nº
369/2016, é que a folha de declaração de fundos disponíveis que veio junto com a
proposta dizia relativamente a esta que aguarda a alteração orçamental, pelo que a
votação será uma votação condicionada à verificação pela Câmara se a DFD está em
condições. A informação que nós temos é que aguardava a alteração orçamental, não
sabemos se é para todas as freguesias se é só para uma, portanto, tenha indicação na
declaração de fundos, para as quatro. Portanto, é uma votação condicionada, depois
isto, naturalmente, terá que ser verificado em sede de Executivo, falado com os
serviços da contabilidade para confirmarem a declaração de fundos disponíveis antes,
naturalmente, de procederem à efetiva alteração das minutas. -------------------------------
----- Pergunto se há mais algum pedido de palavra? Não há. A Senhora Vereadora
Catarina Albergaria.” -------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Vereadora Catarina Albergaria no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Só respondendo à intervenção do Senhor Deputado Municipal do Bloco de
Esquerda, que nós efetivamente estamos aqui a fazer uma alteração a minuta, porque a
própria minuta quando foi redigida estava, aliás, com esta avaliação, deveria de ser
anual, portanto, as Juntas de Freguesia deveríamos fazer monitorização do projeto de
uma forma anual posteriormente, penso que foi posteriormente, foi aprovada uma
recomendação aqui sede da Assembleia Municipal que a Câmara teria que reportar a
este Órgão, trimestralmente, quando nós na própria minuta inicial pedíamos um
reporte anual, portanto, estamos a fazer uma que o acréscimo à adenda para que as
Juntas de Freguesia nos possam reportar mensalmente, para que nós possamos trazer
um relatório trimestral com foi aprovado aqui em sede. Obrigada.” ------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Penso que o esclarecimento está feito e vamos prosseguir. O Senhor Deputado
Magalhães Pereira faz favor.” ---------------------------------------------------------------------
121
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente é só para confirmar que no DFD, Declaração de
Fundos Disponíveis, o único que está aguardando alteração orçamental era a que
correspondia à Freguesia do Lumiar. Todas as outras estão já com o fundo, com o
fundo disponibilizado e, portanto, não há razão para não está completa a proposta.” ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado, agradeço muito o seu contributo porque eu não tinha aqui
condições para fazer essa verificação e, portanto, esta questão que era precisamente a
questão colocada pelo Senhor Deputado Sobreda Antunes, está esclarecida. Nesse
caso, não é necessário condicionar a votação da proposta, porque já chegou entretanto
a DFD, eu é que não a tinha aqui na minha mão, mandei-a para o processo não podia
verificar isso. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, Senhores Deputados, estamos em condições, agora, creio eu, de
votarmos a Proposta nº 369/CM/2016, que altera as minutas dos acordos de delegação
de competências para as Juntas de Freguesia de Benfica, São Domingos de Benfica e
Olivais, relativamente a refeições escolares saudáveis. ---------------------------------------
----- Vou pôr à votação. Não há votos contra e nem abstenções. A Proposta
369/CM/2016 foi aprovada por unanimidade.” -----------------------------------------------
----- PONTO 12 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 368/CM/2016 –
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA FREGUESIA DE ALCÂNTARA,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DAS DISPOSIÇÕES
CONJUGADAS DA ALÍNEA K) DO Nº 1 DO ARTIGO 25.º DO REGIME
JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E DO ARTIGO 116.º E SEGUINTES
DO REGIME JURÍDICO DAS DELEGAÇÕES DE COMPETÊNCIAS,
AMBOS PUBLICADOS EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; Parecer da 1ª e 5ª Comissões
Permanentes. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 368/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXIV e
dela faz parte integrante.) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer conjunto da 1ª e da 5ª Comissões Permanentes sobre a Proposta
nº 368/2016 fica anexado à presente Ata como Anexo XXXV e dela fazem parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 7/116 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXVI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Passamos agora a Proposta nº 368/CM/2016 que é uma delegação de
competências na Freguesia de Alcântara, pergunto à Câmara se quer apresentar a
proposta? Câmara quer apresentar a proposta? Pergunto se querem e não? Prescindem
da apresentação da proposta. ----------------------------------------------------------------------
122
----- Os Senhores Relatores querem apresentar o Parecer? Senhor Relator João
Magalhães Pereira, Senhora Oliveira Dias, o Parecer sobre a 368, a delegação da
Freguesia de Alcântara pergunto se querem apresentar? Prescindem da apresentação
do Parecer. Temos Deputados inscritos e vamos ouvi-los, um é precisamente o
Presidente da Junta comtemplada.” --------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal David Amado (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa-tarde Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores
Deputados, muito brevemente, para dizer que esta proposta que a 368 que agora
vamos votar vai resolver um problema que foi criado há mais de 10 anos a conta
aquando da construção da Piscina do Alvito, problema, esse que tem sido resolvido,
fora provisória, com a colocação de uma bancada provisória e agora com esta
delegação de competências vamos resolver definitivamente o problema do Atlético,
da Freguesia de Alcântara e da Cidade de Lisboa. ---------------------------------------------
----- Eu queria aproveitar esta intervenção para realçar o trabalho que foi feito e o
empenho que foi tido pelo Senhor Vereador do Desporto, o Jorge Máximo, que se
empenhou pessoalmente na resolução do problema que tínhamos há mais de 10 anos e
não quer deixar passar esta oportunidade sem vir aqui referido mesmo. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Deputado. Sendo assim creio que não temos mais Senhores
Deputados inscritos e vamos pôr à votação. O Senhor Deputado Sobreda Antunes?
Não é comigo, vejo sinais, mas não são para aqui. --------------------------------------------
----- Vamos pôr à votação a proposta 368/2016, a delegação de competências na
Freguesia de Alcântara, estamos em condições de votar a proposta 368? A Mesa vai
pôr à votação. Não tem votos contra. Abstenção do CDS-PP. Votos a favor do PS,
PSD, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6 IND. A Proposta foi aprovada por
maioria. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Temos agora uma Recomendação apresentada pela 1ª e 5ª Comissão, é uma
Recomendação simples no sentido habitual de enviar os relatórios de progresso para
conhecimento da Assembleia e incrementar este tipo de contratos. -------------------------
----- Vou pôr em votação a Recomendação nº 7/116. Não há votos contra e nem
abstenções. A Recomendação foi aprovada por unanimidade. ----------------------------
----- Ora muito bem, vamos entrar agora nas delegações de competências das Juntas
de Freguesia, é uma apreciação conjunta das 23 com um Parecer Conjunto, depois na
votação tem que ser uma a uma, e eu naturalmente dar-vos-ei conhecimento de algum
problema que haja relativamente a qualquer uma delas e que foi identificado e que
darei conhecimento no momento da votação, para estarmos todos cientes de do facto
de haver ou não haver alguma votação que se possa estar condicionada. -----------------
----- Temos um outro problema que lhes queria colocar e que é o seguinte. Eu já falei
por telefone com todos os Senhores Representantes e com os Deputados
Independentes, no seguinte sentido: a minuta de contrato anexa a todas estas
123
delegações de competências, expressa claramente que 60% da verba é transmitida
com a celebração do contrato, a expressão é “aquando da celebração do contrato” e os
restantes 40%, após a conclusão dos trabalhos. ------------------------------------------------
----- Acontece que esta redação do ponto de vista operacional, levanta vários
problemas e o Senhor Vereador das Finanças pedia para nós substituirmos em todas as
minutas de contratos de cada vez que aparece a expressão a “seguir aos 60% da
primeira prestação” substituir a expressão “aquando da celebração do contrato”
substituirmos “por 20 dias após a celebração do contrato”. Ao contrário do que pode
parecer, estes 20 dias após tornam o processo mais rápido e não mais lento e, portanto,
era esta explicação que eu queria dar. Já expliquei a todos os Representantes com
mais detalhe a razão da explicação disto e, portanto, esta alteração terá ser
considerada em todas as propostas e, portanto, peço à Câmara para tomar devida nota,
ao Senhor Vice-Presidente para tomar devida nota. -------------------------------------------
----- Senhor Vice-Presidente, eu sei que está num profundo diálogo democrático, mas
tome se faz a devida nota que terá que em todas as minutas do contrato sempre que
aparecer a expressão “aquando da celebração” terá que ser substituída por “20 dias
após a celebração”, está claro para todos esta retificação tem que ser feita, os serviços
também tomam devida nota, nós depois retificamos isto tudo e vamos agora entrar
sim, primeiro na apresentação pelo Senhor Vice-Presidente, que certamente a quer
fazer apesar do adiantado da hora.” --------------------------------------------------------------
----- PONTO 13 - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS DE
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM JUNTAS DE FREGUESIA ABAIXO
ELENCADAS, NOS TERMOS DAS MESMAS E AO ABRIGO DAS
DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DO ARTIGO 23º E DA ALÍNEA K) DO Nº1
DO ART.25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E DOS
ARTIGOS 116.º E SEGUINTES DO REGIME JURÍDICO DAS DELEGAÇÕES
DE COMPETÊNCIAS, AMBOS APROVADOS PELA LEI N.º 75/2013, DE 12
DE SETEMBRO E PUBLICADOS EM ANEXO I À MESMA LEI; 2 X
GRELHA-BASE – 68 MINUTOS; -------------------------------------------------------------
----- (O Parecer conjunto da 1ª e da 5ª Comissões Permanentes fica anexado à
presente Ata como Anexo XXXVII e dela faz parte integrante) ----------------------------
----- (A Recomendação nº 8/116 relativa às Propostas 393/CM2016 e 415/CM/2016
fica anexada à presente Ata como Anexo XXXVIII e dela faz parte integrante) ---------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Apesar do adiantado da hora estamos perante um importantíssimo pacote de
delegação de competências e, portanto, naturalmente, se o Vice-Presidente quer
chamar a atenção para o que vamos fazer. ------------------------------------------------------
----- A seguir temos o Relatório da Comissão e temos os Senhores Deputados que
estiverem inscritos. --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara Duarte Cordeiro no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. ----------------------------------------------------
124
----- Esta discussão como foi organizada pela Assembleia Municipal, e muito bem, faz
sentido ser tida como um único ponto de depois é desagregado em vários pontos e é
nesses termos que queria fazer esta intervenção. -----------------------------------------------
----- Este conjunto de protocolos de delegação de competências, trata-se na realidade
daquilo que nós designamos em conjunto com uma nova geração de protocolo de
delegação de competências. Ela surge depois de o processo da reforma administrativa
ainda temos obviamente e temos acompanhado a Assembleia Municipal tem-no feito,
acompanhado a reforma administrativa. Temos relatórios da reforma administrativa e
este protocolo de delegação de competências, estes contratos, de alguma forma
também vão responder a muitas das matérias que nós temos identificado nos relatórios
da reforma administrativa. É um contrato de delegação de competências que, de
alguma forma vem prestar tributo à capacidade, à maturidade e à confiança das Juntas
de Freguesia de Lisboa. Trata-se no fundo de procurarmos agregar num único contrato
interadministrativo, num único contrato entre a Câmara Municipal e cada uma das
Juntas de Freguesia um conjunto de áreas nas quais a Câmara Municipal de Lisboa
entende por princípio, reunidas um conjunto de condições, que podem ser delegáveis
nas Juntas de Freguesia, no fundo, a Câmara Municipal vem referir que hoje, como no
futuro, uma questão de coerência, se estiver identificada uma necessidade muito
concreta num conjunto de áreas que nós identificamos, se existir a capacidade
financeira do município e a disponibilidade financeira para num dado momento em
que está reunida essa necessidade dar resposta favorável à transferência ou à execução
dessa verba. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Se existir da parte da Junta de Freguesia utilizando o princípio da
subsidiariedade, uma melhor capacidade de resposta ao nível local do que da parte da
Câmara então, por princípio, este projeto, esta competência deve ser executada ao
nível da Junta de Freguesia. ----------------------------------------------------------------------
----- Esta é uma diferença substancial, no fundo, nós vamos recuperar o princípio dos
envelopes financeiros de transferências de competências para as Juntas de Freguesia e
reconhecemos, volto a dizer, que as Juntas de Freguesia reunidas estas condições têm
capacidade para a realização de um número vasto de projetos num conjunto de áreas,
desde a requalificação de pavimentos, desde a execução do plano de acessibilidade
pedonal, desde no fundo a criação de bolsas de estacionamento, a limpeza e
requalificação taludes expectantes, a requalificação de logradouros, a recuperação de
escadarias, a requalificação dos jardins, a recuperação de lagos, a requalificação de
parques infantis ou mesmo a criação e requalificação de equipamentos, circuitos de
fitness, parques caninos ou mesmo a execução do orçamento participativo, de alguma
forma, muitos dos projetos e das competências que nós aqui estamos identificar, volto
a dizer, vão dar resposta a muitos das aspetos que estavam por terminar da Reforma
Administrativa. Nos relatórios da Reforma Administrativa estão identificados um
conjunto de equipamentos que passaram para as Juntas de Freguesia e que careciam
de intervenção, nesses relatórios estão identificados um conjunto de insuficiências,
parques infantis que precisavam de ser recuperados foram em péssimas condições, nós
de alguma maneira também estamos a dar e a completar este processo, isto só é
125
possível, porque as Juntas de Freguesia de Lisboa e também por causa da Reforma
Administrativa têm hoje outra capacidade para assumir competências e para assumir
responsabilidades. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Estes contratos têm esta nova formulação que de alguma forma também vão ao
encontro das Recomendações que geralmente acompanham os relatórios de
monitorização, nomeadamente a adoção de tal modelo base normalizado e
uniformizado para os contratos interadministrativos. -----------------------------------------
----- Da parte da Câmara Municipal obviamente que no futuro haverá em cada
mandato momentos que nós entendemos que são adequados para definição das
necessidades e se calhar, um ou dois momentos por mandato para a realização deste
tipo de contratos de delegação de competências. ----------------------------------------------
---- Os contratos de delegação de competências não são homogéneos entre todas as
Juntas de Freguesia e não havia razão para serem. Por um lado, porque nós nesta
altura, estamos a fazer contratos de delegação de competências quando durante o
mandato já realizámos contratos de delegação de competências com outras Juntas de
Freguesia, só assim se justifica que haja uma Junta de Freguesia que não tenha verba
aqui inscrita, porque durante o mandato já teve vários contratos de delegação de
competências nas mesmas áreas ou mesmo que exista diferenças de valor entre as
Juntas de Freguesia, isto nada diz respeito a não ser aos projetos que foram
apresentados para estas áreas de competências que aqui foram identificados, mas
também não diminuem em nada as Juntas de Freguesia de voltarem a apresentar
projetos em áreas que agora identificam que são áreas de transferência de
competências para uma outra Junta de Freguesia. ---------------------------------------------
----- Do lado da Câmara Municipal obviamente este é um processo que nós
acreditamos que todos temos responsabilidade e maturidade para levar à frente e todos
temos a capacidade para ir acompanhando na execução em concreto destes destas
competências, portanto, é algo que nós entendemos que é muito importante que ao
que o que revela também que a Reforma Administrativa foi um sucesso, porque só
sendo um sucesso é que hoje é possível que as Juntas de Freguesia de Lisboa, reúnam
as condições para não só desenvolverem todas as suas competências próprias, que
decorrem da Lei 56, como agora consigam em cima de todas elas ter tamanha
responsabilidade e tamanha empreitada pela frente, há um conjunto de melhorias que
foram sendo feitas e eu quero aqui também prestar tributo que é mais do que merecido
a todas as equipas da Assembleia Municipal que estiveram durante este tempo todo,
os vários Grupos Municipais a trabalhar para que fosse possível, nós temos bem a
noção de dificuldade que significou este processo, eu quero-vos agradecer toda a
tolerância, já temos agradecido em Reunião de Câmara aos vários Vereadores de
todos os Partidos, agradecer a tolerância em relação a este processo. ----------------------
----- Queremos agradecer a colaboração das Juntas de Freguesia, queremos agradecer
muito especialmente à Senhora Presidente da Assembleia Municipal e aos Senhores
Relatores, nomeadamente Magalhães Pereira e a Sofia Dias, que já tem empreitada
difícil de ser os nossos Deputados Relatores de todos os protocolos de delegação de
competências, mas agora foi uma empreitada muito maior, muito mais complicada. ----
126
----- Estamos disponíveis, como é óbvio, para acolher melhorias no que respeita às
propostas e estamos todos de boa vontade, todos conscientes da responsabilidade do
momento e, portanto, por isso mesmo nós achamos que é fundamental a Assembleia
Municipal aprovar estes contratos de delegação de competências, as Juntas de
Freguesia terem as condições para rapidamente iniciarem obra. ----------------------------
----- Muito obrigado a todos, muito obrigado uma vez mais por todo o trabalho
desenvolvido, temos bem noção que houve um conjunto de erros, não é suposto haver
tantos erros em propostas que aqui foram entregues, mas tenho a convicção que,
entretanto, neste trabalho em conjunto, todos eles foram sendo suprimidos. Muito
obrigado a todos uma vez mais.” -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. Tem a palavra o herói do dia também,
que é o Relator, foram dois, a Sofia Oliveira Dias e João Magalhães Pereira, João
Magalhães Pereira creio que assumiu um pouco a maior parte do trabalho, mas
sempre, sempre invocando a colaboração indispensável da Senhora Deputada Sofia
Oliveira Dias e nós pedimos ao Senhor Deputado Relator para fazer o favor de usar da
palavra, neste momento histórico. ---------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado fez já um esforço enorme que foi em 23 propostas fazer
apenas um parecer do qual se extrai uma Recomendação, mas creio que há coisas que
ele nos quer dizer aqui pessoal e diretamente. Se faz favor, Senhor Deputado.” ----------
----- O Senhor Relator, o Deputado Municipal João Magalhães Pereira (PS), na
qualidade de Relator, no uso da palavra apresentou o relatório: ----------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, mas em resultado de todo este processo
pensamos que, de facto, é necessário poder perante todos ler as Recomendações que
apresentou e que foram aprovadas por unanimidade pela Comissão e que são as
seguintes. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Recomenda-se à Câmara municipal que: --------------------------------------------------
----- 1 - Remeta à Assembleia Municipal os Relatórios referidos no Contrato
Administrativo respetivo, no número 5 do capítulo 4º do presente Relatório/Parecer; ---
----- 2 - Providencie a continuidade e eventual incremento do número e âmbito destes
contratos interadministrativos, para a execução de obras e outras operações de
interesse para as populações locais em distribuição equitativa pelas Freguesias de
Lisboa; ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- 3 - Proceda de forma a que os referidos contratos tenham a duração prevista na
Lei; ----------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente lembrar-se-á qual é a razão que explícita este ponto nº 3. ---
----- 4 - Considere do âmbito da nova estrutura de redação dos contratos
interadministrativo e a legitimidade democrática direta que detêm as Assembleias de
Freguesia e ou a Presidente da respetiva Junta, restringindo a ação e de auditoria
interna referida nas cláusulas 5ª, secção 2ª, destes contratos, há a componente
específica Municipal, pondere a forma e a periodicidade de transferência dos recursos
financeiros associados aos trabalhos e fornecimentos delegados, no sentido de
127
diminuir a componente a transferir, apenas após conclusão das obras em redução da
pressão sobre os orçamentos comparativamente frágeis das Freguesias. -------------------
----- Acrescente às condicionantes dos contratos o clausulado aprovado em sede da
sessão de Câmara que aprovou as propostas em causa como aditamento, no sentido de
vir a ser celebrada adenda ao contrato administrativo, caso seja necessário um acerto
ou reajuste dos recursos financeiros previstos para este conjunto de propostas. ----------
----- Muito obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------
----- Eu não expliquei as razões subjacentes mas parece que são completamente claras.
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. Também reconhecemos o esforço enorme
que foi feito aqui no final das votações, terei eu também uma palavra a dizer sobre
isso, pergunto se mais algum Senhor Deputado, há vários Senhores Deputados
inscritos e vamos dar a palavra. ------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- A análise deste pacote de delegação de competências, com as Propostas n.ºs
368/CM/2016, 369/CM/2016 e 393/CM/2016 a 415/CM/2016, foi assaz trabalhosa.
Para todos? Muito sinceramente, para a CML não parece ter sido. Sim,
prioritariamente, para aqueles que, de facto, as leram e tiveram de analisar e elaborar
o respetivo parecer. É que até ontem, ao final da tarde, subsistiam incompreensíveis
falhas e imprecisões diversas nos documentos distribuídos para a Ordem de Trabalhos
de hoje, pelo que nos deparamos com alguma dificuldade em entender como puderam
essas propostas ter sido aprovadas em sessão de CML. Mas enfim, essas são contas de
outro rosário. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Decorridos estes últimos anos, “Os Verdes” não podem deixar de considerar
lamentável que a CML, invariavelmente, apresente propostas com erros de menor ou
maior grau de relevância, uns de mero pormenor, como pequenas gralhas, lacunas e
omissões, e outros de fundo, bem mais graves, como ausência de anexos, somas
incorretas mesmo com a ajuda de folhas de cálculo, transcrições erradamente
transpostas de freguesia para freguesia ou ainda as repetidas incongruências nas
cabimentações financeiras, que já chegaram, inclusive, a apresentar saldos negativos.
Por vezes, esta catadupa de imprecisões técnicas e políticas acaba mesmo de fazer
perder muito tempo e a paciência de ‘Job’ a Vereadores, a Deputados Municipais e
aos Relatores das Comissões. ---------------------------------------------------------------------
----- É por demais conhecido o provérbio que refere as ‘cadelas apressadas’, e o caso
das propostas de delegação de competências parecem fazer-lhe justiça. -------------------
----- Neste enquadramento, “Os Verdes” indagam-se se não existirá uma coordenação
ou uma equipa no Município que, antecipadamente avalie da legalidade dos
documentos? Que supervisione e uniformize as propostas e as minutas de contratos?
Que verifique a oportunidade dos estudos prévios e de outros anexos? Que valide as
128
orçamentações, mas, acima de tudo, que depois assuma o erro e peça desculpa aos
Vereadores, aos Relatores e aos Deputados. Tal postura, Senhor Vice-Presidente, só
ficaria bem ao Executivo. --------------------------------------------------------------------------
----- Agora, para um registo mais positivo, gostaríamos ainda de deixar uma reflexão
para uma melhor ponderação deste Plenário e da Vereação Camarária. Fomos
verificar, caso a caso, e constatámos que há várias freguesias que, só nestes primeiros
meses de 2016, recebem a sua terceira delegação de competências e algumas já vão
mesmo no seu 4º contrato em seis meses (casos de Campo de Ourique e de Santa
Clara). ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O interessante sistematizado formato, que nos está hoje aqui a ser apresentado,
leva-nos a questionar o porquê para as repetidas delegações de competências ‘às
pinguinhas’, com mais ou menos acertos corretivos, à posteriori. Neste contexto, “Os
Verdes” sugerem, perguntando, até que ponto poderia mais vantajosamente serem
avaliadas, anualmente ou num período de mandato, em conjunto entre a CML e cada
freguesia, as necessidades estruturais de intervenção local? ---------------------------------
----- Deste modo, tanto órgãos autárquicos, como eleitos e munícipes, poderiam ter
um melhor enquadramento sobre as intervenções previstas, no mínimo para cada ano,
para o espaço público, equipamentos vários, etc.. ---------------------------------------------
----- Ou será que o Município prefere navegar ‘à vista’, decidindo pela máxima
bocagiana ‘ao pé do pano é que se talha a obra’? Não seria preferível, e inclusive
economicamente mais proveitoso para o erário público, proceder-se à contratualização
de delegações por grandes áreas de intervenção? “Os Verdes” deixam aqui este
raciocínio para uma melhor ponderação futura. ------------------------------------------------
----- Finalmente, estamos hoje todos aqui a proceder a um esforço suplementar, para
concluir uma maratona de delegações direcionada, prioritariamente, para os munícipes
da capital. “Os Verdes” apenas esperam que esta recente lição sirva para os Grupos
Municipais retirarem as suas ilações e para instar o Executivo a apenas submeter a
esta AML documentos técnica e formalmente em condições. -------------------------------
----- Os nossos votos são para que o período de férias que se avizinha constitua, de
vez, um bom conselheiro para que de futuro se evite a ocorrência de situações
semelhantes. Boas férias para todos!” -----------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, não obstante a intervenção do Senhor Vice-Presidente e
também, porque quero poupar intervenções mais extensas, há que reforçar aqui 2
pontos muito importantes. Não podemos deixar de manter a de ser as reflexões
exaustivas do Deputado Sobreda Antunes que verificam e validam consecutivamente
os documentos e de forma muito pró-ativa contribuir para a sua qualidade e rigor, esta
maratona não é certamente uma maratona relacionada com outra vontade que não
aquela de que podemos dirigir rapidamente algumas intervenções, essenciais à
qualidade de vida das nossas comunidades, independentemente de ser via Câmara
Municipal ou por qualquer uma das Juntas de Freguesia, mas há aqui 2 pontos muito
129
importantes que convém realçar e a senhora Presidente e o Senhor Vice-Presidente de
facto aqui chamaram a atenção e eu gostava de reforçar, isto é um momento histórico. -
----- Em 2013 o novo quadro de reorganização administrativa transferiu para as Juntas
de Freguesia cerca de 65 ou 67 milhões de euros. Hoje, no âmbito desta nova geração
de PDC estamos aqui autorizar o equivalente a 16 milhões de euros de transferência
para as várias Juntas de Freguesia. Há que realçar aqui 2 pontos fundamentais: em
primeiro lugar o reconhecimento implícito do sucesso implícito, eu diria mesmo
explícito do sucesso da Reforma Administrativa, não há e agora aproveito também
para poder contribuir com este esclarecimento ao Deputado Sobreda Antunes, não
havia condições nem possibilidades para as Juntas de Freguesia poderem assumir em
tempo anterior a este um quadro de, um novo quadro de competências ou
transferência de competências, as Juntas estão a consolidar, estavam a consolidar o
mecanismo da primeira grande transformação, a parte da Reforma, 2013/2015, final
de 2015 iniciámos um segundo processo, que é de reavaliação da intervenção no
espaço público e aí o parceiro fundamental era a Câmara Municipal e foi quando
começou esta conversa abertura da própria Câmara Municipal, algo que se calhar
noutro lado, noutro concelho qualquer, poderiam ter ocorrido neste primeiro mandato,
mas aqui está ocorrer, 16 milhões de euros significam praticamente mais 25% daquilo
que foi o primeiro a primeira grande transferência de verbas para as Juntas de
Freguesia que ocorre, que ocorreu em 2013, isto é um sinal muito importante. -----------
----- E eu termino com a seguinte com a seguinte reflexão: tem sido muito politizada a
dimensão da própria reorganização administrativa e nós podemos concordar que nem
tudo é perfeito, agora aquilo que Lisboa neste momento se apraz fazer relativamente
ao resto do país é poder sinalizar o caminho a seguir e esse caminho teve dois
momentos muito importantes, um primeiro o da consolidação do novo quadro de
competências das Juntas de Freguesia, no âmbito daquilo que era a verdadeira
reforma, não era exclusivamente uma dimensão da organização administrativa, era
também uma dimensão do quadro de competências, que é isso é que confere
capacidade para que, de facto, as Juntas de Freguesia que possam ter uma afirmação
junto das suas comunidades; em segundo lugar, o envelope financeiro, para o
assegurar, porque muitos dos projetos que vão agora decorrer são por iniciativa da
Junta de Freguesia, cofinanciados pela Câmara Municipal. ----------------------------------
----- Isto é muito importante, porque permite que para Lisboa possamos a iniciar um
processo também aqui de descentralização das intervenções no espaço público, não só
no âmbito da manutenção, mas, sobretudo e mais importante no âmbito do
investimento, e esta que é a grande revolução, Senhora Presidente, que eu hoje quero
aqui realçar, hoje estamos a aprovar uma grande mudança, um novo paradigma! Hoje
estamos a aprovar a capacidade das Juntas de Freguesia de poderem investir no seu
espaço público e na comunidade. Muito obrigado.” -------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
130
----- “A Mesa informa que não tem mais Senhores Deputados inscritos, creio que o
Senhor Vice-Presidente queria ter uma última palavra e assim será e depois vamos
passar às votações tranquilamente.” --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- O CDS gostaria de em primeiro lugar enaltecer a forma com que a análise técnica
e financeira deste pacote de propostas, foi efetuado desde o seu prévio envio à
Assembleia Municipal, fazendo-o na pessoa dos Senhores Deputados Relatores João
Magalhães Pereira e Sofia Oliveira Dias, mas, em particular à task force de
funcionários da Assembleia e da Câmara Municipal que procederam à análise dos
mesmos. Prestamos aqui o nosso reconhecimento pelo trabalho e pela dedicação que
tanto os funcionários como os Deputados empenharam nas propostas e que empenham
todos os dias e que são submetidas à apreciação da Comissão, sugerindo alterações
aos documentos quando necessário e realizando recomendações para a melhoria e
elaboração dos mesmos. ---------------------------------------------------------------------------
----- É também um sinal exterior do papel fundamental que a Assembleia Municipal
de Lisboa desempenha. ----------------------------------------------------------------------------
----- Relativamente ao pacote em si, nas propostas delegação de competências em 23
Juntas de Freguesia da cidade começa por salientar o incontestável papel impacto que
a Reforma Administrativa de Lisboa teve na vida quotidiana dos munícipes,
nomeadamente com a atribuição legal de competências próprias às Freguesias. ----------
----- Ainda antes da aprovação da Lei 56/2012, o CDS participou de forma ativa e
empenhada neste processo, através da apresentação de um modelo organizativo e
administrativo da cidade, a atribuição de competências próprias às juntas superior
àquela que a respetiva legislação hoje estipula. Sempre acreditámos que as Juntas de
Freguesia pela sua proximidade com as populações conseguem executar a resolver
situações de forma mais célere, imediata de que são exemplo, algumas melhorias,
como a limpeza urbana, os jardins, o ordenamento do espaço público e o
licenciamento publicitário. ------------------------------------------------------------------------
----- Esta é uma matéria que a Assembleia tem dedicado especial atenção no que
respeita ao cumprimento dos mesmos, à melhoria da informação disponibilizada sobre
a sua execução, à necessidade de estudos que sustentem os projetos a implementar e,
acima de tudo avaliar e monitorizar a descentralização de competências propondo
melhorias e acertos sempre que necessário. -----------------------------------------------------
----- Nas propostas, em apreço, a Assembleia tem pugnado de que é exemplo, a
Recomendação nº 1/91, para que a Câmara Municipal adapte modelo base,
normalizando e uniformizando para os contratos interadministrativos entre a Câmara e
as Juntas para competências em obras a realizar em áreas estruturantes da cidade,
incrementando essa prática de forma equitativa. -----------------------------------------------
----- Na análise das propostas em apreço o CDS considera que uma correta
descentralização administrativa é fundamental para a boa gestão da cidade e deve ser
feita de acordo com o quadro legal vigente, nomeadamente com a aplicação e
131
conjugação do número 4 do artigo 14 e da Lei 56/2012 de 8 de novembro na sua atual
versão e da lei de 75/ 2013, de 12 de setembro, conforme a Moção apresentada pelo
CDS na Reunião de Câmara de 20 de julho de 2016. -----------------------------------------
----- A descentralização consubstanciada nas Propostas de Delegação de
Competências com os números 393/CM/2016 a 415/CM/2016, apresentadas pelo
Vice-Presidente da Câmara Municipal e de acordo com a com a própria nomenclatura
utilizada, pode representar a delegação de novas competências para as Juntas de
Freguesia como consta da fundamentação, de facto, das propostas em causa ao
afirmar-se que este é porventura o momento para a introdução de um novo impulso ao
processo de descentralização, abrindo novos caminhos, delegando novas
competências nas Freguesias, sempre que o Município e Freguesias sintam, quis que
trará claros benefícios para a população, quer pela proximidade quer pela celerização
de execução e nesta matéria, estamos todos de acordo. Contudo, atendendo à matéria e
aos valores em causa e porque estamos a falar de 18 milhões de euros, urge proteger
os interesses da Câmara Municipal de Lisboa e das Juntas de Freguesia bem como dos
munícipes, pelo que teria sido prudente que o Executivo tivesse assegurado a
obtenção de um parecer junto do Departamento Jurídico, esta Câmara por forma a
garantir a legalidade e a conformidade das propostas de delegação de competências
com o ordenamento jurídico em vigor. ----------------------------------------------------------
----- A Câmara Municipal arrisca-se a ser colocada perante um conjunto de decisões
por pura precipitação e cuja motivação não se vislumbra podem implicar a
responsabilidade financeira para o conjunto dos eleitos na Câmara Municipal,
Assembleia e Juntas de Freguesia, pelo que o CDS entende que a decisão deveria estar
salvaguardada por um parecer emitido pelo Departamento Jurídico da Câmara
Municipal que conforme a interpretação de enquadramento jurídico, em apreço,
solicitação essa levantada pelo CDS na reunião de Câmara Municipal de 20 de julho e
que a maioria dos eleitos rejeitou. ----------------------------------------------------------------
----- Acresce ainda referir que a assunção de novas competências no espírito do
número 4 do artigo 14 da Lei 56/2012 de 8 de novembro, na sua atual versão é clara
quando se define que os novos acordos delegação não podem ter em caso algum prazo
de duração inferior a 2 anos, articulado que colide diretamente com o disposto nas
cláusulas das minutas no que respeita a vigência dos contratos, mas para o efeito leia-
se também o número 2 da cláusula da minuta de contrato que refere apenas a
coincidência com o mandato autárquico, obrigação prevista na Lei 75/2013 e
facultativa na Lei 56/2012, com a obrigatoriedade de duração mínima dos referidos
contratos por 2 anos dado pela 56/2012 e cuja obrigação é incluída no mesmo
clausulado referente ao período de vigência. ---------------------------------------------------
----- O mesmo articulado da Lei refere que a duração do acordo deve ser em regra,
uma duração coincidente com a duração do mandato autárquico, o que não se
vislumbra. Nesta matéria, Senhores Deputados não há certezas, mas há uma dúvida
que persiste, uma dúvida com base em duas Leis com artigos que importa conjugar,
não sou jurista, nem pretendo ser, nem nenhum de nós tem de fazer esta análise
interpretativa. Seria no entanto, parece-nos elementar que existindo uma dúvida e a
132
mesma deveria ser confrontada com parecer jurídico que a maioria decidiu não
solicitar, por isso quando não se clarifica o que deveria ser cristalino o voto favorável,
não é consciente. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Caros Deputados é nítido que o Executivo Camarário a quem competia clarificar
o enquadramento jurídico, e os únicos que tiveram tempo de preparar as propostas não
o quiseram fazer, mas o CDS requereu essa fundamentação não apenas por si, mas
particularmente para evitar futuras interpretações que possam pôr em causa os
interesses das partes envolvidas e da cidade em particular. ----------------------------------
----- Face ao exposto o CDS entende que a Câmara Municipal não pretendeu clarificar
o enquadramento jurídico das presentes propostas salvaguardando assim as
deliberações a tomar pela Câmara e pela Assembleia Municipal com reflexo nas
Juntas e na Freguesia, o que infelizmente não nos permite uma aclaração do
enquadramento jurídico de forma a sustentar a viabilização das mesmas. -----------------
----- Neste sentido, o CDS não se encontra em condições de acompanhar as propostas
em apreço não deixando de salientar contudo a importância e o impacto que as
delegações de competência têm na cidade e nas comunidades, por entender que as
Juntas de Freguesia enquanto Órgão mais próximo dos lisboetas conseguem auferir,
implementar e executar soluções para as suas necessidades com maior eficácia.
Obrigada.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada. A Senhora Deputada suscitou aqui um
problema que, e ainda bem que o suscitou para que fique claro o seguinte, nós
discutimos amplamente na Comissão, ontem, essa questão na Comissão, ontem, esta
questão do enquadramento jurídico da duração dos contratos e acabou por haver uma
alteração quer à redação final do parecer, quer à Recomendação nº 8/116 no ponto 3,
eu não sei se todos os Senhores Deputados têm a versão inicial ou a versão já
retificada da Recomendação e, portanto, é importante chamar a atenção para isto e a
Mesa vai lembrar aqui qual é a relação retificada. A Recomendação nº 8/116 no seu
ponto 3, diz o seguinte: dizia na redação anterior “proceda de forma a que os contratos
de duração mínima de 2 anos, após a sua assinatura, dando cumprimento ao disposto
no artigo 14, número 4, da Lei 56/2012 de 8 de novembro”, que era precisamente um
dos pontos que o CDS levantava porque entrava em conflito com a 65/2013 e a
redação foi alterada e o ponto 3 da Recomendação nº 8/116 retificada diz “que
proceda de forma a que os referidos contratos tenham a duração prevista na Lei”,
portanto, deixamos para a competência dos juristas a questão de saber como é que se
compatibiliza estas duas, estes dois preceitos legais. ------------------------------------------
----- Está clarificado isto no site e tem que ficar clarificado na Ata em minuta e na Ata
depois da votação, se isto for aprovado, que é esta última versão que estamos a
debater. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Vice-Presidente tem a palavra.” ---------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara Duarte Cordeiro no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
133
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente. -----------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, porque acho que estas matérias têm que ser mesmo ditas, eu
há pouco não terei sido totalmente explícito na nos meus agradecimentos, queria
agradecer às Coordenadores Cristina Martinho, Alexandre Casanova, Cristina
Constantino e a todo o Secretariado do GAAM que deu o apoio e também os Serviços
da Câmara, em particular ao DAOSM, pelo extraordinário trabalho que fizeram sem
os quais, nós não poderíamos estar aqui a discutir e a aprovar estas propostas e,
portanto, queria em nome da Câmara agradecer este extraordinário trabalho que
tiveram ao longo destas últimas semanas. -------------------------------------------------------
----- Depois, referir ao Senhor Deputado Sobreda Antunes que não tenho qualquer
problema de pedir desculpas pelos incómodos que nós causámos e pelos erros e
omissões que as propostas têm, portanto, dizer-lhe que, com toda a humildade lhe
digo que tenho o maior brio em apresentar contratos de delegação de competências
corretos que estejam sem qualquer tipo de falha. Obviamente o tamanho da
empreitada e o processo que foi desenvolvido, obviamente, trouxe um conjunto de
erros que obviamente não nos dão conforto, mas efetivamente foram sendo corrigidos
e uma vez mais agradecer a tolerância de todos em relação a isso. O que mais importa
é que nós todos temos a certeza que não há nada que não tenha que ser suprimido e
que não há nada que seja feito sem estar absolutamente corrigido. -------------------------
----- Depois referir como foi dito aqui pelo Senhor Presidente Luís Newton e quero a
também reforçar o que ele disse, que este era o momento, ou seja, não podia ser outro,
quer dizer, há aqui um processo de Reforma Administrativa, de assimilação de
competências próprias da parte das Juntas com um conjunto mudanças, desde
mudanças relativas a instalações e equipas, à assunção das responsabilidades que
foram sendo colocadas não de uma de uma vez, mas ao longo destes 2 anos que já
vamos de execução nomeadamente das competências que, entretanto já teve correções
de Lei, quer em relação às verbas, quer em relação às próprias condições dos
Executivos e, portanto, que efetivamente não poderia ser de outra forma, também não
fazia sentido ter a capacidade de investimento ter a vontade de perceber que existe a
parte das Juntas de Freguesia como foi dito, e bem, a capacidade de investir no seu
próprio território e dizer que não, portanto, obviamente que a Câmara Municipal tinha
que ir ao encontro desta expectativa e arriscar nesta delegação de competências na
perspetiva convicta de que nós vamos todos aprender que o processo, mas que as
Juntas de Freguesia vão estar absolutamente à altura deste processo. ----------------------
----- Este é um processo que carece de acompanhamento com qualquer outro contrato
de delegação de competências, na realidade nós não estamos a fazer nada de novo, o
que aqui é particularmente diferente é admitimos o modelo de contrato
interadministrativo único que condensa todas as áreas de intervenção, que eu
concordo que o princípio que no futuro deve-se encontrar momentos para a definição
das necessidades e momentos para a celebração dos contratos, eu partilho essa sua
opinião, entendemos que ao haver um modelo único nós tornamos também muito
mais fácil, a fiscalização e transparência, porque esse é outro dado que se consegue
com este processo, porque era muito diferente porque temos aqui cerca de 200
134
projetos que são aprovados para as várias Juntas de Freguesia, virmos aqui hoje com
200 contratos de delegação de competências tornava mais difícil a vida toda a gente,
dos Grupos Municipais, da Câmara Municipal, das próprias Juntas de Freguesia desta
forma também se torne mais simples mais eficaz e mais transparente. --------------------
----- Depois de dizer que a Senhora Deputada Maria Luísa Aldim que não há ausência
nenhuma de enquadramento jurídico em relações a estes contratos que aqui estamos a
ter. Já foi dito ao CDS na Reunião de Câmara, já foi colocado e por escrito e vai,
vamos voltar a referir, inclusivamente, devo dizer que o CDS já aprovou vários
contratos de delegação de competências exatamente com o mesmo enquadramento
jurídico, portanto, também não entendo muito bem o que é que faz o CDS ter uma
opinião diferente em relação a estes! Estes contratos de delegação de competências
não são diferentes de todos os outros que o CDS aprovou, eu até por graça acho que
hoje mesmo nesta reunião o CDS já aprovou contratos de delegação de competências
com o mesmo enquadramento jurídico, nomeadamente a Lei 75 e, portanto, o que
importa referir é que a Lei 56 falava de acordos de delegação de competências e
remetia para a lei anterior. Agora há uma nova lei, que é a Lei 75 que fala de contratos
interadministrativos que é o que nós estamos a fazer, nos contratos
interadministrativos explícito qual é a duração deve ter um contrato administrativo,
que é até ao final do mandato, é absolutamente evidente, de qualquer forma, por uma
questão de prudência a Assembleia Municipal quer ter aquela salvaguarda, muito
bem! Nós não temos dúvidas jurídicas nenhumas, acho que quando existe essa dúvida
jurídica deve ser colocada quando existe não deve e volto a dizer que este é um
enquadramento idêntico a todos os outros que o CDS tem, se calhar agora a partir de
hoje, o CDS vai-se começar a abster em todos os contratos de delegação de
competência, mas é uma novidade, é uma novidade começa neste ponto este Ordem
de Trabalhos! Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------
----- Senhores Deputados estamos em condições de começar a votar as propostas
sobre as delegações de competências. -----------------------------------------------------------
----- Há cinco delas que eu vou dizer, quais são: da 403, 404 e 406, a 412 e a 413,
quando chegar à altura eu volto a lembrar em que os processos estão todos completos,
mas faltam alguns estudos. Todas as outras foram verificadas os estudos e têm os
estudos completos, nestas cinco faltam alguns estudos, quando chegar à votação
faremos a votação condicionada, para que a Câmara complete o processo com os
estudos em falta e já avisámos a respetivas juntas de que isto estava assim, para terem
conhecimento.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.1 - Proposta 393/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia da Ajuda; -------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 393/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXXIX
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
135
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 393/2016
foi aprovada por maioria.” -------------------------------------------------------------------------
------ Ponto 13.2 - Proposta 394/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Alcântara; -------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 394/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XL e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP e MPT. Não há abstenções.
Votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 394/2016
foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.3 - Proposta 395/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Alvalade; --------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 395/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, BE, MPT, PNPN e IND. A Proposta 395/2016
foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.4 - Proposta 396/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Areeiro; ----------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 396/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 396/2016
foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.5 - Proposta 397/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Arroios; ----------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 397/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLIII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 397/2016
foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.6 - Proposta 398/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia das Avenidas Novas; -----------------------------------------------------------------
136
----- (A Proposta nº 398/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLIV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 398/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.7 - Proposta 399/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia do Beato; -------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 399/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 399/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.8 - Proposta 400/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Belém; -------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 400/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLVI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 400/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.9 - Proposta 401/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Benfica; -----------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 401/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLVII
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 401/2016
foi aprovada por maioria.” --------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.10 - Proposta 402/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Campo de Ourique; --------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 402/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLVIII
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 402/2016
foi aprovada por maioria.” ----------------------------------------------------------------------
137
----- Ponto 13.11 - Proposta 403/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Campolide; -------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 403/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XLIX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 403/2016
foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos
técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.12 - Proposta 404/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Carnide; ----------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 404/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo L e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 404/2016
foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos
técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.13 - Proposta 405/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia da Estrela; -----------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 405/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 405/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.14 - Proposta 406/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia do Lumiar; -----------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 406/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 406/2016
foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos
técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.15 - Proposta 407/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Marvila; ----------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 407/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LIII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
138
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 407/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.16 - Proposta 408/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia da Misericórdia; ----------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 408/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LIV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 408/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.17 - Proposta 409/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia dos Olivais; ----------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 409/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 409/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.18 - Proposta 410/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia do Parque das Nações; --------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 410/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LVI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 410/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.19 - Proposta 411/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Santa Clara; -----------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 411/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LVII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 411/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.20 - Proposta 412/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de Santo António; --------------------------------------------------------------------
139
----- (A Proposta nº 412/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LVIII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 412/2016
foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos
técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.21 - Proposta 413/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de São Domingos de Benfica; ------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 413/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LIX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 413/2016
foi aprovada por maioria, condicionada a completar o processo com os estudos
técnicos em falta.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13.22 - Proposta 414/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia de São Vicente; ------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 414/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 414/2016
foi aprovada por maioria.” ---------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 13.23 - Proposta 415/CM/2016 – Delegação de competências na
Freguesia da Penha de França; -----------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 415/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos passar à votação. Votos contra do CDS-PP. Não há abstenções. Votos a
favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 415/2016
foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------------------------------- ----- Vamos agora pôr à votação a Recomendação nº 8/116, naquela redação que eu
aqui referi em que ponto 3 foi alterado e retificado e de acordo com o que está no site
e foi distribuída em último lugar, vamos pôr à votação a Recomendação 8/116. Não há
votos contra. Abstenção do CDS/PP. Votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN,
MPT, BE, PNPN e IND. A Recomendação 8/116 foi aprovada por maioria. ----------
----- Senhores Deputados, eu atrevia-me a pôr à vossa consideração um Voto de
Louvor ao trabalho dos Relatores mas, enfim, essa é a sua obrigação, quer também de
140
toda a equipa técnica, quer de funcionários da Assembleia, funcionários também da
Câmara que fizeram todo o trabalho de preparação deste nosso trabalho de hoje.
Vamos para a votação? -----------------------------------------------------------------------------
----- O CDS faz uma declaração de voto.--------------------------------------------------------
----- Portanto, eu vou pôr um Voto de Louvor à vossa consideração. Não há votos
contra e nem abstenções. O Voto de Louvor foi aprovado por unanimidade.
Agradeço e aplausos e ficará registado em Ata. ------------------------------------------------
----- Fica também registado em Ata que o MPT e o CDS/PP apresentarão suas
declarações de voto.” -------------------------------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou a seguinte Declaração de Voto: --
----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que que votaram contra as
Propostas em epígrafe por considerar que: -----------------------------------------------------
----- Para o CDS-PP uma correta descentralização administrativa é fundamental
para a boa gestão da Cidade e deve ser feita de acordo com o quadro legal vigente,
nomeadamente com a aplicação e conjugação do n.º4 do artigo 14.º da Lei n.º
56/2012 de 8 de Novembro na sua atual versão, e da Lei n.º 75/2013, de 12 de
Setembro, conforme a moção apresentada pelo CDS-PP na reunião de CML de
20.07.2016; ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A descentralização consubstanciada nas Propostas de Delegação de
Competências, com os números 393/2016 a 415/2016, apresentadas pelo Presidente
da CML, e de acordo com a própria nomenclatura utilizada, pode representar a
delegação de novas competências para as Juntas de Freguesia, como consta da
fundamentação de facto das Propostas em causa, ao afirmar-se que: “(…) - Este é,
porventura, o momento, para introduzir um novo impulso ao processo de
descentralização, abrindo novos caminhos, delegando novas competências nas
freguesias, sempre que o Município e as freguesias sintam que isso trará claros
benefícios para a população, quer pela proximidade, quer pela celeridade na
execução.”; ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Atenta a matéria e os valores em causa, urge proteger os interesses da Câmara
Municipal de Lisboa e das Juntas de Freguesia, bem como dos munícipes, pelo que
teria sido prudente ter o Senhor Presidente assegurado a obtenção de parecer junto
do Departamento Jurídico desta Câmara, por forma a garantir a legalidade e a
conformidade das Propostas de Delegação de Competências com o ordenamento
jurídico em vigor. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Arriscando esta Câmara estar a ser colocada perante um conjunto de decisões
que, por pura precipitação cuja motivação não se vislumbra, podem implicar
responsabilidade financeira para o conjunto dos eleitos na Câmara Municipal,
Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia, o CDS-PP entende que a decisão a
tomar estaria salvaguardada com parecer emitido pelo Departamento Jurídico da
CML que confirme a interpretação do enquadramento jurídico em apreço, solicitação
essa levantada pelo CDS-PP em reunião de CML de 20.07.2016 e que a maioria dos
eleitos rejeitou; --------------------------------------------------------------------------------------
141
----- Acresce ainda referir que a assunção de novas competências, no espírito do nº 4
do Art.º 14º da Lei n.º 56/2012 de 8 de Novembro na sua atual versão é claro quando
define que os novos acordos de delegação não podem ter, em caso algum, prazo de
duração inferior a dois anos, articulado que colide com o disposto nas cláusulas das
minutas no que respeita à vigência dos contratos. Referir ainda que o mesmo
articulado da lei refere que a duração do acordo deve ter, em regra, uma duração
coincidente com a duração do mandato autárquico, o que não se vislumbra. ------------
----- Face ao exposto, o CDS-PP entende que a Câmara Municipal não pretendeu
clarificar o enquadramento jurídico das presentes propostas salvaguardando, assim,
as deliberações a tomar pela Câmara e Assembleia Municipal, com reflexo nas
Juntas de Freguesia o que, infelizmente, não nos permite uma aclaração do
enquadramento jurídico de forma a sustentar a viabilização das mesmas. ---------------
----- Na discussão da proposta em sede de Assembleia Municipal e após a intervenção
do CDS, o Vice-Presidente não apresentou qualquer informação, fundamentação ou
argumento sustentado relativo ao enquadramento jurídico das propostas. ---------------
----- E, nesse sentido, o CDS-PP não se encontra em condições de acompanhar as
propostas em apreço não deixando de salientar, contudo, a importância e impacto
que as delegações de competências têm na cidade e nas comunidades, por entender
que as Juntas de Freguesia enquanto órgão mais próximo dos lisboetas, consegue
aferir, implementar e executar soluções para as suas necessidades com maior
eficácia. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Lisboa, 26 de Julho de 2016, pelo Grupo Municipal do CDS-PP, João Diogo
Moura.” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor Deputado Municipal do MPT quer fazer a sua declaração de Voto
agora, então faça o favor. --------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, estamos em Trabalhos, peço respeito por todos, é um
direito do Senhor Deputado, o Senhor Deputado tem o direito a exercê-lo, faz favor.” -
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos, do MPT, fez oralmente a
seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente, eu queria fazer uma declaração referente à
Proposta nº 349/CM/2016 que votámos contra porque há na delegação de
competências está o levantamento da calçada e não mostram alternativas, não
sabemos exatamente o que é que querem com o levantamento da calçada portuguesa,
só por esse motivo é que votámos contra. Obrigado.” ----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. Como vem foi sintético e não perdoou de
modo algum os nossos Trabalhos, nem o poderia fazer. --------------------------------------
----- Senhores Deputados, temos agora um conjunto de repartições de encargos que….
Senhor Deputado Sobreda…A Recomendação nº 8/116 já foi votada e o Senhor
Deputado, o que é que falta que eu não estou a perceber? Senhor Deputado, eu não
142
estou a perceber o que é que falta, falta, nós votámos já a Recomendação. Bom muito
bem, falta é irmos jantar, mas isso é mais daqui a bocadinho!” -----------------------------
----- PONTO 14. APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS DE
ALTERAÇÃO DA REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E COMPROMISSOS
PLURIANUAIS ABAIXO INDICADAS, NOS TERMOS DAS MESMAS E AO
ABRIGO DO ARTIGO 24.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS
LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO, DOS NºS 1 E 6 DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99,
DE 8 DE JUNHO E DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º
8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA-
BASE – 34 MINUTOS; ---------------------------------------------------------------------------
----- 14.1 – 2º Ponto da parte deliberativa da Proposta 349/CM/2016 – Alteração
da repartição de encargos e compromissos plurianuais para aquisição de Gás
Natural Comprimido (GNC) para veículos da frota municipal; ----------------------- ----- (A Proposta nº 349/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados temos várias repartições de encargos que são fundamentais
para não ficar tudo parado agora na Câmara durante 30 e tal dias ou 40 dias e,
portanto, eu vou pôr à vossa consideração. -----------------------------------------------------
----- São simples repartições de encargos, não têm pareceres, não tenho pessoas
inscritas e vou pôr à vossa votação o segundo ponto da parte deliberativa da Proposta
nº 349/CM/2016, que é uma alteração da repartição de encargos para aquisição de gás
natural comprimido, para veículos da frota municipal.----------------------------------------
----- Vou pôr à votação. Não há votos contra e nem abstenções. Votos a favor do PS,
PSD, CDS-PP, PCP, PEV, PAN, MPT, BE, PNPN e IND. A Proposta 349/CM/2016
está aprovada por unanimidade. --------------------------------------------------------------- ----- Senhores Deputados, o segundo ponto da parte deliberativa da proposta
350/CM/2016.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- 14.2 – 2º Ponto da parte deliberativa da Proposta 350/CM/2016 – Alteração
da repartição de encargos e compromissos plurianuais para aquisição de serviços
de aluguer operacional de veículos ligeiros de carga, pelo período de 60 meses; ---- ----- (A Proposta nº 350/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXIII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor Deputado Sobreda Antunes alertou-me que havia uma
desconformidade na declaração de fundos disponíveis, portanto, é uma votação
condicionada que vamos fazer, já foi esclarecida? Então se já foi esclarecida não é
uma votação condicionada, é uma votação simples que vamos fazer de imediato. -------
143
----- Não há votos contra. Abstenções do MPT e PSD. Votos a favor de PS, PCP,
CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 350/CM/2016 foi aprovada por
maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 14.3 - Proposta 351/CM/2016 - Alteração da repartição de encargos e
compromissos plurianuais para aquisição de aluguer operacional de veículos
ligeiros de passageiros elétricos e híbridos pelo período de 60 meses; ----------------- ----- (A Proposta nº 351/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXIV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Não há votos contra. Abstenções do CDS/PP, MPT e PSD. Votos a favor PS,
PCP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 351/2016 foi aprovada por
maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Passamos agora às autorizações para a assunção de encargos para o ano que vem,
ano de 2017.” ----------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 15. APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS DE
AUTORIZAÇÃO PARA ASSUNÇÃO DE ENCARGO E COMPROMISSO
PARA O ANO DE 2017 ABAIXO INDICADAS, NOS TERMOS DAS MESMAS
E AO ABRIGO DO ARTIGO 24.º DO REGIME JURÍDICO DAS
AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12
DE SETEMBRO, DOS N.ºS 1 E 6 DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º
197/99, DE 8 DE JUNHO E DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI
N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA-
BASE – 34 MINUTOS: ---------------------------------------------------------------------------
----- 15.1 – Ponto 6 da Proposta 352/CM/2016 – Autorização para assunção de
compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição e instalação de 1500
sensores de enchimento para equipamentos de deposição coletiva; --------------------
----- (A Proposta nº 352/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Não há votos contra. Abstenções do PSD e MPT. Votos a favor PS, PCP, CDS-
PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta nº 352/CM/2016 foi aprovada por
maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 15.2 – Ponto VII da Proposta 354/CM/2016 - Autorização para assunção de
compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição de equipamento
informático; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 354/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXVI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
144
----- “Não há votos contra. Abstenções do PSD e MPT. Votos a favor do PS, PCP,
CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 354/CM/2016 foi aprovada por
maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 15.3 - Ponto VII da Proposta 355/CM/2016 - Autorização para assunção de
compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição de licença de software
SAP; --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 355/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXVII
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Não há votos contra. Abstenções do MPT e PSD. Votos a favor do PS, PCP,
CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 355/CM/2016 foi aprovada por
maioria.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 15.4 – Ponto 6 da Proposta 387/CM/2016 - Autorização para assunção de
compromisso e encargo no ano de 2017 para aquisição de Sistema de Gestão para
controlo eletrónico da remoção de resíduos para viaturas municipais; ---------------
----- (A Proposta nº 387/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXVIII
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Não há votos contra. Abstenções do MPT e PSD. Votos a favor do PS, PCP,
CDS-PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta 387/CM/2016 foi aprovada por
maioria.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 16. APRECIAÇÃO DO PONTO 7 DA PROPOSTA 389/CM/2016 -
REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS
PLURIANUAIS PARA AQUISIÇÃO DE DEZ VEÍCULOS URBANOS DE
COMBATE A INCÊNDIOS (VUCI) PARA O REGIMENTO DE SAPADORES
BOMBEIROS DE LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO
DO ARTIGO 24.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,
PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, DOS
N.ºS 1 E 6 DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO
E DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE
FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS. -
----- (A Proposta nº 389/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo LXIX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “O último ponto da nossa Ordem de Trabalhos é o ponto 7 da Proposta 389, que é
uma repartição de encargos e compromissos plurianuais, agora este tem vários anos e
não apenas 2017, para a aquisição de 10 veículos urbanos de combate a incêndios para
o Regimento de sapadores Bombeiros. ----------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado do MPT quer usar da palavra nesta proposta, tem a palavra,
naturalmente, faça favor.” -------------------------------------------------------------------------
145
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente e restante Mesa, Senhores Vereadores,
Caros Deputados. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Em relação ao que está em apreciação da Proposta nº 389/CM/2016, para a
compra de veículos na para a compra de veículos de combate a incêndio, chegou a
todos os Grupos Municipais, incluindo ao MPT e também a Vereadores e alguns
serviços, um email que levanta aqui algumas questões, por isso eu sugeria que este
ponto não fosse votado hoje e que isto baixasse à 8ª Comissão para avaliar a
veracidade deste email. ----------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Mostre-me lá o email, se faz favor. Senhor Deputado, eu desconheço o email,
portanto, a Mesa pede aqui 30 segundos para ver o que é. -----------------------------------
-----Senhores Deputados, é um email enviado por uma pessoa particular contra o
procedimento desta proposta, mas naturalmente nós não temos que estar aqui a
discutir este tipo de situações. É distribuído por todos os Senhores Deputados, se
alguém entender, o Senhor Deputado entendeu chamar aqui à atenção, não há
proposta nenhuma sobre este email, o email é de hoje às 17h35m, não há condições
evidentemente para estarmos agora a adiar uma coisa por uma denúncia particular que
nos ultrapassa completamente. --------------------------------------------------------------------
----- Eu irei analisar este email com cuidado, se houver algum problema, isto é apenas
uma repartição de encargos para a Câmara poder fazer o concurso público, há muito
tempo de se verificar que se há algum problema grave a Câmara suspender o
procedimento, portanto, vamos fazer uma votação condicionada para, caso se
verifique alguma razão de ser nesta denúncia que nos apareceu às 5h30 da tarde nos
nossos emails e que eu não estive nem sequer a vê-los porque estava a dirigir os
Trabalhos, mas suspender-se-á e verificar-se-á, portanto, uma votação condicionada é
o que eu vos peço. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Deputado, faça o favor de continuar.” --------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigado Senhora Presidente, o email é de ontem ao final da tarde, mas
isso também com a Ordem de Trabalhos que hoje tínhamos é natural que não tenham
todos tido tempo de o ver, de qualquer forma eu mesmo que haja a votação
condicionada, era bom que ela baixasse à 8ª. Comissão, eventualmente à 8ª e à 1ª para
que fosse analisado o conteúdo do mesmo e serem descartadas as acusações que estão
aí feitas, mas acho que valia a pena esclarecer e clarificar o conteúdo do mesmo.” ------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado, muito obrigado pelo seu alerta. Vamos fazer o seguinte, eu
estive a ver aqui assim para quem é que o email foi dirigido e foi dirigido aos
146
gabinetes dos Vereadores, foi dirigido aos Gabinetes dos Partidos, por acaso não foi
dirigido ao gabinete da Presidente, razão pela qual eu não o recebi, nem sequer o vi,
estou a tomar conhecimento pela primeira vez. Por aquilo que estou a ver, posso pedir
à 8ª Comissão o favor de analisar este email posteriormente, mas, neste momento,
vamos votar a proposta. ---------------------------------------------------------------------------
----- Já vou dar a palavra ao Senhor Vereador Carlos Castro, mas eu não queria agora
generalizar o debate, o que eu dizia por propor, porque por uma questão operacional
era o seguinte: nós fazemos uma votação condicionada, a 8ª Comissão dá uma vista de
olhos neste email, o Senhor Vereador dá uma vista de olhos neste email, esclarece a 8ª
Comissão, a 8ª Comissão Esclarece a Presidente, eu informo todos os representantes,
mas fazemos uma votação condicionada quando este esclarecimento chegar cá
levanta-se condicionante se ficar tudo esclarecido. É mais simples do que estamos
agora aqui a prolongar o debate, é o que eu vos proponho, uma votação condicionada
com este procedimento. ---------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Carlos Castro.” --------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Carlos Castro no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, a propósito desta intervenção do Senhor
deputado do MPT que a quem agradeço por ter suscitado esta questão, devo só dizer
de uma forma muito sido muito simples e objetiva que a discussão das questões
suscitadas tem a sua sede legal no procedimento do concurso designadamente nos
erros e omissões do projeto e nos esclarecimentos a prestar pelo júri, portanto, não há
qualquer receio em relação a estas questões, terão a sua sede própria. Obrigado.” -------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador, está a dizer que já tinha dito, isto é apenas uma a uma
repartição de encargos para permitir abrir o concurso e, portanto, temos muito tempo
para se houver erros no procedimento, eles serem devidamente corrigidos, seja como
for o problema foi suscitado, eu pedia para não prolongar a discussão, o problema foi
suscitado, vou mandar um email à 8ª Comissão, vou pedir que o veja quando
entender, o concurso tem prazos longos, vai haver tempo para nós corrigirmos isto em
setembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Ana Lúcia está a pedir a palavra e o Senhor Deputado João
Pinheiro também.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Lúcia Gomes (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, é só Lúcia sem Ana. ------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, eu acho que a votação não deve ser condicionada nem deve
ser mandado nenhum pedido à 8ª Comissão porque efetivamente e, como já
esclareceu o Senhor Vereador qualquer esclarecimento, qualquer dúvida, qualquer
questão tem que ser averiguada em sede de procedimento concursal e a Assembleia
Municipal não tem qualquer competência em termos de procedimentos concursais.” ---
147
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Deputada agradeço a sua intervenção, tanto mais que a Senhora
Deputada é uma ilustre jurista, coisa que eu não sou e, portanto, se tem esse
entendimento deve ser melhor que o meu e, portanto, eu sou em abono do rigor
jurídico. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente da 8ª Comissão também está a pedir a palavra, mas creio
que secunda as palavras da Senhora Deputada, secunda as palavras da Senhora
Deputada Lúcia Moura. ----------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, Senhores Deputados sendo assim, sendo assim, não há mais problema,
na devida altura quem tiver queixas a fazer sabe a quem se dirigir, que não será a
Assembleia Municipal, mas sim, a Câmara e o júri do procedimento, basicamente, o
júri do procedimento. Nós aqui não estamos a pronunciar-me sobre o concurso
público, estamos a pronunciarmo-nos apenas sobre a repartição de encargos que
permite que a Câmara possa lançar o concurso, sem isso não pode ser sequer lançado.
----- Portanto, Senhores Deputados a Mesa vai pôr à votação, neste caso a Presidente
da Mesa vai pôr à votação o ponto 7 da Proposta nº 389/CM/2016, repartição de
encargos, como se viu, aquisição de 10 veículos urbanos de combate a incêndios para
o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa que, naturalmente é através de um
procedimento de concurso público internacional. ----------------------------------------------
----- Não há votos contra. Abstenção do MPT. Votos a favor do PS, PSD, PCP, CDS-
PP, PEV, PAN, BE, PNPN e IND. A Proposta nº 389/CM/2016 foi aprovada por
maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Agora sim, terminámos os nossos Trabalhos. ---------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira apresentará uma Declaração de
voto por escrito. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados desejar- vos a todos boas férias, a nossa próxima Sessão é
no dia 13 de Setembro, aproveitem descansem e obrigado a todos por toda a
colaboração e todo o empenho no vosso trabalho. Uma salva de palmas para todos.” ---
----- O Senhor Deputado Magalhães Pereira (PSD) apresentou posteriormente a
seguinte Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------
----- “ O Grupo de Lista do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, apresenta
a seguinte Declaração relativamente ao seu Voto Favorável na Apreciação do ponto
nº 7 da Proposta n.º 389/2016 referente a Repartição de Encargos e Assunção de
compromissos plurianuais para aquisição de 10 (dez) Veículos Urbanos de Combate
a Incêndios destinados ao Regimento de Sapadores Bombeiros, Proposta esta
submetida a Plenário da Assembleia Municipal na sessão de 26 de Julho de 2016 e aí
acolhida por Unanimidade. -----------------------------------------------------------------------
----- 1. O Grupo Municipal do PPD/PSD votou FAVORAVELMENTE a Proposta em
epígrafe por entender ser de extrema urgência a disponibilização desses 10 veículos,
indispensáveis que são para possibilitar um socorro musculado e célere, adequados
em equipamento e tipologia aos sinistros a que acorrem. ------------------------------------
148
----- 2. No entanto verifica que apesar de a Câmara Municipal de Lisboa estar a
arrecadar mais de 19 Milhões de Euros por ano com a famigerada Taxa de Proteção
Civil, mantém uma continuada redução de meios humanos e materiais do Regimento,
com resultados diretos na forte e lamentável diminuição da eficiência do dispositivo
operacional. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- 3. As características específicas da cidade de Lisboa, aliadas à vulnerabilidade a
catástrofes sísmicas e alastramento de sinistros de incêndio, tal como o passado nos
ensina, não permitem, antes punem, as soluções de redução de guarnições e de
facilitismos nas ordenanças que têm sido sistematicamente adotados. ---------------------
----- 4. Urge portanto preencher devidamente o depauperado Quadro de Pessoal do
Regimento, compensando aposentações e folgas, reorganizando os meios humanos e
o reforço do socorro através do pessoal do ativo que está desviado para funções
administrativas, assim como a abertura de novas recrutas e a aquisição de viaturas
ligeiras e de operação específica, em número e tipo adequados, retornando aos
tempos de resposta que eram apanágio da cidade de Lisboa e dos Sapadores
Bombeiros. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- 5. Não pode, nem deve ainda a Câmara Municipal, deixar de atender aos
relevantes serviços que os Bombeiros Voluntários têm sempre prestado à cidade e aos
cidadãos, apoiando determinadamente as corporações de Lisboa e as suas
Associações Humanitárias, de forma a integrarem um dispositivo coordenado,
atribuindo-lhes para esses efeitos os respetivos meios. ---------------------------------------
----- Lisboa, 27 de Julho de 2016 -----------------------------------------------------------------
----- Pelo Grupo de Lista do PPD/PSD, os Deputados Sérgio Azevedo e João de
Magalhães Pereira.” -------------------------------------------------------------------------------
----- A sessão terminou eram vinte e uma horas e quarenta e cinco minutos. --------------
----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de
Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos
do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do
n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da
Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 10 de Setembro
de 2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2014. -----------------------------
----------------------------------------A PRESIDENTE -------------------------------------------