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PORTO VELHO-RO, QUINTA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2016 ANO V Nº 76 DO-e-ALE/RO Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digital com certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www .al.ro.leg.br MESA DIRETORA Presidente: MAURÃO DE CARVALHO 1º Vice-Presidente: EDSON MARTINS 2º Vice-Presidente: HERMÍNIO COELHO 1º Secretário: EURÍPEDES LEBRÃO 2ª Secretária: GLAUCIONE RODRIGUES 3° Secretário: ALEX REDANO 4ª Secretária: ROSÂNGELA DONADON ASSEMBLEIA LEGISLA ASSEMBLEIA LEGISLA ASSEMBLEIA LEGISLA ASSEMBLEIA LEGISLA ASSEMBLEIA LEGISLATIV TIV TIV TIV TIVA DE R A DE R A DE R A DE R A DE RONDÔNIA ONDÔNIA ONDÔNIA ONDÔNIA ONDÔNIA DIÁRIO OFICIAL DIÁRIO OFICIAL DIÁRIO OFICIAL DIÁRIO OFICIAL DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO ELETRÔNICO ELETRÔNICO ELETRÔNICO ELETRÔNICO SUMÁRIO TAQUIGRAFIA .................................................................. Capa SUP. DE COMPRAS E LICITAÇÕES ..................................... 1693 SEC. DE PLAN. E MOD. DA GESTÃO .................................. 1697 DEPARTAMENTO LEGISLATIVO .......................................... 1698 SECRETARIA LEGISLATIVA Secretário Legislativo - Carlos Alberto Martins Manvailer Divisão de Publicações e Anais - Róbison Luz da Silva DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, INSTITUÍDO PELA RESOLUÇÃO Nº 211/2012, COMO ÓRGÃO OFICIAL DE PUBLICAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL. Rua Major Amarante, 390 - Arigolândia CEP 76.801-911 Porto Velho-RO TAQUIGRAFIA ATA 19ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA. Em 27 de março de 2016 Presidência do Sr. Edson Martins - 1° Secretário Secretariado pelo Sr. Airton Gurgacz - Deputado (Às 9 horas e 12 minutos é aberta a Sessão) DEPUTADOS PRESENTES: Adelino Follador (DEM), Aélcio da TV (PP), Airton Gurgacz (PDT), Alex Redano(PRB), Cleiton Roque (PSB), Dr. Neidson (PMN), Edson Martins (PMDB), Ezequiel Júnior (PSDC);Hermínio Coelho (PDT), Jean Oliveira (PMDB), Jesuíno Boabaid (PMN), Laerte Gomes (PSDB), Lazinho da Fetagro(PT), Leo Moraes (PTB), Marcelino Tenório (PRP), Ribamar Araújo (PR), Rosângela Donadon (PMDB) e Só Na Bença (PMDB). DEPUTADOS AUSENTES: ), Glaucione (PMDB), Lebrão (PMDB), Lúcia Tereza (PP), Luizinho Goebel (PV), Maurão de Carvalho (PMDB) e Saulo Moreira (PDT). O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Havendo número legal sob a proteção de Deus e em nome do povo rondoniense, declaro aberta a 19ª Sessão Ordinária da 2ª Sessão Legislativa da 9ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia. Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura da Ata da Sessão Ordinária anterior. O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede à leitura da Ata da Sessão Ordinária anterior. Lida a Ata, Sr. Presidente. O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Em discussão a Ata que acaba de ser lida. Não havendo observação dou-a por aprovada. Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura do Expediente recebido. O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede a leitura dos Expedientes recebidos. EXPEDIENTE RECEBIDO 01 – Ofício nº 2294/2016 – SEGEP, encaminhando resposta ao Requerimento nº 468/16, de autoria do Senhor Deputado Léo Moraes. 02 – Ofício nº 0704/2016 – CAIXA, notificando sobre os créditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem por objeto “ampliação do Sistema de Abastecimento de Água no Município de Jaru”. 03 – Ofício nº 0705/16 - CAIXA, notificando sobre os créditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem por objeto “ampliação do Sistema de Abastecimento de Água no Distrito de Vista Alegre do Abunã”. 04 – Ofício nº 0707/16 - CAIXA, notificando sobre os créditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem por objeto “construção do Hospital Regional de Guajará-Mirim”.

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5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1666Pág.9ª LEGISLATURA

Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br

D O - e - A L E / R O

PORTO VELHO-RO, QUINTA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2016 ANO VNº 76

DO-e-ALE/RO

Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br

MESA DIRETORA

Presidente: MAURÃO DE CARVALHO1º Vice-Presidente: EDSON MARTINS2º Vice-Presidente: HERMÍNIO COELHO

1º Secretário: EURÍPEDES LEBRÃO2ª Secretária: GLAUCIONE RODRIGUES

3° Secretário: ALEX REDANO4ª Secretária: ROSÂNGELA DONADON

ASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLATIVTIVTIVTIVTIVA DE RA DE RA DE RA DE RA DE RONDÔNIAONDÔNIAONDÔNIAONDÔNIAONDÔNIADIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICOELETRÔNICOELETRÔNICOELETRÔNICOELETRÔNICO

SUMÁRIO

TAQUIGRAFIA .................................................................. CapaSUP. DE COMPRAS E LICITAÇÕES ..................................... 1693SEC. DE PLAN. E MOD. DA GESTÃO .................................. 1697DEPARTAMENTO LEGISLATIVO .......................................... 1698

SECRETARIA LEGISLATIVA

Secretário Legislativo - Carlos Alberto Martins ManvailerDivisão de Publicações e Anais - Róbison Luz da Silva

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DERONDÔNIA, INSTITUÍDO PELA RESOLUÇÃO Nº 211/2012, COMO ÓRGÃO

OFICIAL DE PUBLICAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL.

Rua Major Amarante, 390 - ArigolândiaCEP 76.801-911 Porto Velho-RO

TAQUIGRAFIA

ATA 19ª SESSÃO ORDINÁRIADA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA

DA 9ª LEGISLATURA.

Em 27 de março de 2016

Presidência do Sr.Edson Martins - 1° Secretário

Secretariado pelo Sr.Airton Gurgacz - Deputado

(Às 9 horas e 12 minutos é aberta a Sessão)

DEPUTADOS PRESENTES: Adelino Follador (DEM), Aélcio daTV (PP), Airton Gurgacz (PDT), Alex Redano(PRB), Cleiton Roque(PSB), Dr. Neidson (PMN), Edson Martins (PMDB), Ezequiel Júnior(PSDC);Hermínio Coelho (PDT), Jean Oliveira (PMDB), JesuínoBoabaid (PMN), Laerte Gomes (PSDB), Lazinho da Fetagro(PT),Leo Moraes (PTB), Marcelino Tenório (PRP), Ribamar Araújo(PR), Rosângela Donadon (PMDB) e Só Na Bença (PMDB).

DEPUTADOS AUSENTES: ), Glaucione (PMDB), Lebrão (PMDB),Lúcia Tereza (PP), Luizinho Goebel (PV), Maurão de Carvalho(PMDB) e Saulo Moreira (PDT).

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Havendo númerolegal sob a proteção de Deus e em nome do povo rondoniense,declaro aberta a 19ª Sessão Ordinária da 2ª Sessão Legislativada 9ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado deRondônia.

Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura da Atada Sessão Ordinária anterior.

O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede àleitura da Ata da Sessão Ordinária anterior.

Lida a Ata, Sr. Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Em discussão a Ataque acaba de ser lida.

Não havendo observação dou-a por aprovada.Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura do

Expediente recebido.

O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede aleitura dos Expedientes recebidos.

EXPEDIENTE RECEBIDO

01 – Ofício nº 2294/2016 – SEGEP, encaminhandoresposta ao Requerimento nº 468/16, de autoria do SenhorDeputado Léo Moraes.

02 – Ofício nº 0704/2016 – CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “ampliação do Sistema de Abastecimento de Água noMunicípio de Jaru”.

03 – Ofício nº 0705/16 - CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “ampliação do Sistema de Abastecimento de Água noDistrito de Vista Alegre do Abunã”.

04 – Ofício nº 0707/16 - CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “construção do Hospital Regional de Guajará-Mirim”.

5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1667Pág.9ª LEGISLATURA

Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br

D O - e - A L E / R O5

05 – Ofício nº 0714/16 – CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “construção do Centro de Parto Normal de Porto Velho”.

06 – Requerimento do Senhor Deputado Airton Gurgacz,justificando ausência nas Sessões dos dias 19 e 20 de abril de2016.

07 – Requerimento do Senhor Deputado Laerte Gomes,justificando ausência nas Sessões dos dias 3 e 4 de maio de2016.

Lido os Expedientes, Sr. Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Lido o Expedienterecebido.

Passemos às Breves Comunicações.Não há Oradores inscritos.Encerrada as Breves Comunicações, passemos ao

Grande Expediente.Não há Oradores inscritos.Encerrado o Grande Expediente, passemos às

Comunicações de Lideranças.Não há oradores inscritos.Encerrada as Comunicações de Lideranças, passemos à

Ordem do Dia.Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura das

proposições recebidas.

O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede àleitura das Proposições recebidas.

APRESENTAÇÃO DE MATÉRIAS

- PROJETO DE LEI DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Alterae acrescenta dispositivos à Lei nº 3.314/2014 que assegura aojovem de família de baixa renda de até 29 anos e aos estudantes,o desconto de 50% (cinquenta por cento) do valor do ingressocobrado em espetáculos esportivos, culturais, de lazer e outrosafins e dá outras providências.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoExmº Governador do Estado de Rondônia com cópia para aIlma Secretária de Estado da Educação, da necessidade deasfaltamento e sinalização da 4ª linha km 09 do setor Itapiremaem Ji-Paraná, nas proximidades da Escola Família Agrícola.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoGoverno do Estado com cópia ao Diretor do DER/RO, danecessidade de Recuperação de Estrada (com patrolamento eencascalhamento), e a instalação de um bueiro, ambos na linhaC – 05, pertencente ao município de Urupá-RO.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoExmº. Governo Estadual da necessidade de atender através doprograma CIDADE LIMPA, o município de Brasilândia.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoExmº. Governador do Estado com cópia ao Ilmo. Diretor doDER/RO, da necessidade de ser realizada a colocação debueiros nas linhas que fazem parte do município de Brasilândia.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas da Zona Leste, a Patrulha Escolar, nomunicípio de Porto Velho-RO.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica aoGoverno do Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado eSecretaria de Estado da Educação – SEDUC, a necessidade deimplantar nas Escolas Públicas da Zona Sul, a Patrulha Escolar,no município de Porto Velho-RO.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas da Zona Norte, a Patrulha Escolar, nomunicípio de Porto Velho-RO.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas da Zona Central, a Patrulha Escolar, nomunicípio de Porto Velho-RO.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas dos Distritos abaixo especificados aPatrulha Escolar, no município de Porto Velho-RO.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO ALEX REDANO - Indica ao PoderExecutivo Estadual que interceda junto aos órgãos competentespara que sejam tomadas providências quanto a possibilidadede instituir o Programa Estadual visando a obtenção gratuitada primeira Carteira Nacional de Habilitação – CNH nascategorias A, B e AB, as pessoas de baixa renda edesempregadas.

- REQUERIMENTO DE AUTORIA COLETIVA - Requer AudiênciaPública a ser realizada no dia 09 de junho, às 09 horas noPlenário desta Casa de Leis, para tratar sobre o litígio coletivofundiário da Linha 45, do município de Candeias do Jamari emárea de 29.000 hectares compreendidos pelos imóveisBrasileira, Scalerita e terras da União envolvendo mais de 2.000famílias que residem e produzem sobre a área em questão.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO AÉLCIO DA TV - Indica anecessidade de construção de um auditório na Escola CostaJúnior, localizada no município de Governador Jorge Teixeira.

- INDICAÇÃO DO DEPUTADO DR. NEIDSON - Indica ao PoderExecutivo do Estado de Rondônia, com cópia ao órgãocompetente, a necessidade de disponibilizar 01 (um) Delegadoda Polícia Civil do Estado para atender as demandas domunicípio de Nova Mamoré/RO.

Lidas as Matérias, Sr. Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Solicito ao SenhorSecretário que proceda à leitura das Matérias a seremapreciadas.

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Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br

D O - e - A L E / R O

O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Não háMatérias Sr. Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Não há Matérias paraserem votadas.

Encerrada a Ordem do Dia, passemos às ComunicaçõesParlamentares.

O SR. ADELINO FOLLADOR – Deputado Edson?

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Pois não, DeputadoAdelino.

O SR. ADELINO FOLLADOR – Quero só convidar, aproveitaresse momento, para dizer que segunda-feira nós temos umaAudiência Pública sobre a Campanha da Fraternidade, ondevai estar presente, é uma campanha, inclusive, ecumênica, vãoestar presentes os pastores, o Bispo já confirmou e gostaríamosque todo mundo... deixar o convite à Casa. Nossaresponsabilidade, o objetivo principal, é chamar a atenção paraa questão de saneamento básico. Já foram convidados todosos órgãos; a Funasa, a Caerd, as Prefeituras através daAssociação dos Prefeitos, para poderem vir discutir um tematão importante, hoje, discutido aqui em nível nacional, e meparece que é o segundo tema que é ecumênico, um temacomum hoje discutido em nível nacional. Então, todas ascomunidades em geral estão convidadas para participaremsegunda-feira às 09 horas da manhã, dia 02 de maio de 2016essa Audiência Pública, nesta Casa de Leis.

Obrigado.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Ainda nasComunicações Parlamentares, o ilustre Deputado Léo Moraes.

Eu só gostaria de fazer um comunicado. AGEVISA -Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vai está fazendo umapalestra daqui a pouco, já estão aqui os técnicos. E eu gostariaque pudesse, algum Deputado, pudesse estar presente, vai serbem rápido, que pudesse ficar prestigiando os trabalhos, elesfizeram, realmente prepararam para fazer essa apresentaçãoaqui e que pudessem os Deputados estarem presentes paraassistir essa palestra.

Muito obrigado.Quero registrar a presença do Adair Calado, também da

imprensa, nosso amigo lá do Vale do Anari.Com a palavra o ilustre Deputado Léo Moraes, por cinco

minutos sem Apartes.

O SR. LÉO MORAES – Senhor Presidente, Deputado EdsonMartins, gostaria de cumprimentar todos os Deputados aquipresentes, em nome do vice-líder do Governo, Deputado CleitonRoque, que hoje encontra-se sozinho aí nessas bancadas, meuamigo particular; cumprimentar a todos da Assembleia, todosos funcionários, servidores, todas as pessoas que estão aquiconosco nas nossas galerias, a Dra. Arlete Baldez, que já vejo,é uma satisfação muito grande, seja bem-vinda, assim comotodos os servidores da AGEVISA que possam proferir a palestrae fazer os devidos esclarecimentos e também nos subsidiarcom informações nesse momento de muitas dúvidas por parteda população em relação as doenças e os vírus que assolam a

nossa comunidade. De forma muito breve, simplesmente euvim convidar todos os Deputados a participarem da nossaAudiência Pública que vai discutir o PLP 257, amanhã às 15horas, que retira os direitos dos servidores, direitos adquiridos.É um projeto que está tramitando no Congresso Nacional eque nós devemos dar a devida atenção. São direitos como,por exemplo, a discussão de Planos de Cargos, Carreiras eRemuneração durante 02 anos, ninguém vai poder mais discutir,e nós não vamos poder discutir, nós não vamos poder discutircontratação de servidores através de concursos públicos,certames. Isso é de sobremaneira prejudicial, oneroso àadministração pública e a qualidade dos serviços prestados.De alguma maneira também, nós entendemos que existemavanços pontuais nesse projeto. Como, por exemplo, adiminuição dos cargos comissionados, que é algo que euapresentei aqui na Assembleia Legislativa; diminuir cargocomissionado em detrimento dos servidores efetivos, paravalorizar quem é de carreira. Penso que é um avanço, pensoque denota, que nos traz austeridade o enxugamento daadministração pública, eficiência aliado a eficácia na qualidadedos serviços prestados pelos entes do nosso nível de Governo,isto é, Estado, mais também município e Governo Federal epor isso eu gostaria de conclamar, de convidar os DeputadosEstaduais para que se façam presentes nesse debate, oCongresso Nacional, os nossos representantes. Ora, são elesque votam, que decidem isso por nós, já foram todosconvidados, e estamos aí na expectativa de tê-los aqui conosco,os Sindicatos que nos procuraram, o Deputado Lazinho daFetagro foi super solícito e cortês e nos cedeu o seu horário,de uma Audiência Pública que já estava marcada, por entendero grau de importância e relevância da Matéria. Então, gostariasomente de externar a todos os Deputados Estaduais, tambémas pessoas que estão na galeria, que estejam aqui amanhã às15 horas para debater a retirada de direitos dos servidorespúblicos do nosso País. Sem mais para falar, agradecendo aoportunidade, deixo as palavras, agora, para o nossoPresidente e mais uma vez muito obrigado, Senhor Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado, DeputadoLéo Moraes. O Deputado Laerte se inscreveu aqui no GrandeExpediente, mas, eu vou conceder a palavra a Vossa Excelênciaaqui nas Comunicações Parlamentares, por cinco minutos, semApartes.

Vossa Excelência, com a palavra, Deputado LaerteGomes.

O SR. LAERTE GOMES – Senhor Presidente, Senhoras eSenhores Deputados, os amigos que nos assistem através daTV Assembleia, através da internet, os nossos amigos queestão aqui na Casa, deixar um abraço aqui para o nosso amigoIsaías, lá de Nova Mamoré, do seu partido Senhor Presidente,do PMDB, um dos pré-candidatos a prefeito lá do município, onosso companheiro, que foi candidato a Deputado conosco,acompanhado dos amigos, foi candidato a Deputado Estadualpelo PEM, representando aquela região com uma votaçãoexpressiva. Mas, eu só queria Senhor Presidente, dizer davisita que realizamos, juntamente com a Secretária deEducação, Fátima Gavioli, na última segunda-feira, a convitenosso, do nosso mandato visitamos o Distrito de Nova Londrina

5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1669Pág.9ª LEGISLATURA

Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br

D O - e - A L E / R O

no município de Ji-Paraná, na Escola Inácio Loyola e JorgeTeixeira e visitamos o município de Alvorada d’Oeste, as Escolas:Santa Ana; Joaquim Xavier; Monte Alegre; o CEEJA, e, eu pudeperceber Senhor Presidente, eu acho que a gente tem quereconhecer também isso, o respeito, Deputado Léo Moraes ecarinho que os servidores da educação, Deputado Cleiton, têmpela nossa Secretária de Educação, a Secretária Fátima Gavioli,eu acho que o seu ritmo, seu dinamismo e a sua franqueza notrato com os servidores, eu acho que deu essa credibilidade aela. Eu fiquei até, eu não tinha ainda, eu não tinha tido aoportunidade, ainda, de andar com ela nas escolas, de fazervisitas, mas, fiquei surpreso pelo carinho como ela foi recebidapor todos os servidores das escolas onde nós passamos. Ali noDistrito de Nova Londrina, nós temos na Escola Inácio Loyola,ali uma quadra paralisada, é recurso do FNDE que a empresainfelizmente é o grande problema que nós temos hoje,Deputado Ribamar, essas empresas ganham licitação de pasta,vão lá, Deputado Edson, começa a obra e param e abandonamna metade, quebram, aí diz que a obra não dá mais, que aobra é inexequível, mas, quando ganha licitação coloca o preçolá embaixo, e está lá, é uma obra abandonada e os alunosprecisando da quadra, eles estavam fazendo educação físicano pátio porque não tem uma quadra e a empresa abandou aobra. A Secretária se comprometeu a fazer novamente alicitação daquela obra, na Escola Jorge Teixeira, nós entregamoslá aos alunos e professores, notebook, retroprojetores, enfim,vários equipamentos tecnológicos para melhorar a qualidadede ensino naquela escola. No município de Alvorada d’Oeste,também não foi diferente, visitamos a Escola Monte Alegre,tivemos no CEEJA onde almoçamos, tivemos na Escola JoaquimXavier, e na Escola Santa Ana, que é a maior escola, é a maisantiga do município, fizemos uma grande reunião lá entregandotambém computadores, retroprojetores. E aproveitei também,Deputado Cleiton, aproveitei para fazer entrega de uma Moçãode Louvor ao Professor Renato Casara, que Vossas Excelências,nossos colegas da Assembleia, através de uma propositura donosso mandato, nós aprovamos aqui pelo mérito dele ter sidoo professor de Química que mais aprovou alunos, que maisganhou medalhas na região norte do Brasil, nas Olimpíadas. Éum professor lá de Alvorada d’Oeste que vendia picolé,trabalhava na roça até os vinte e dois anos, se formou comesforço, você vê a qualificação de um professor desses. Então,foi uma festa muito bonita, também logicamente que recebemoscobrança, na Escola Santa Ana e na Escola Joaquim Xavier, acarência de um auditório em cada escola dessas, nós noscomprometemos a trabalhar, nós nos comprometemos atrabalhar para tentar alocar os recursos para que sejamconstruídos esses auditórios que não vão servir só para aescola, mas, vão servir também para a comunidade. Então, euqueria deixar aqui registrado nesta Casa, senhor Presidente, ogrande trabalho que a Secretária Fátima Gavioli faz a frenteda pasta da Secretaria de Educação. Eu tenho dito, DeputadoCleiton Roque, se o Presidente me permitir, vou ceder um Apartepara o Deputado Cleiton Roque. A Fátima Gavioli tem faladoque foi uma das pastas que o Governador acertou. Ontem, nósestávamos aqui, Deputado Edson, cobrando a questão daagricultura, Deputado Airton, que não anda, mas, hoje nósestamos aqui dizendo o que está funcionando bem, e aeducação tem avançado; a educação através da gestão da

Secretária Fátima Gavioli, tem feito a diferença, tem sido umadas diferenças da atual administração do Governador ConfúcioMoura.

Deputado Cleiton.

O Sr. Cleiton Roque – Com a permissão do Presidente EdsonMartins, quero cumprimentar o Deputado Laerte.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) - Concedido a Questãode Ordem ao ilustre Deputado Cleiton Roque, é sempre bomouvir Vossa Excelência.

O Sr. Cleiton Roque – Obrigado meu Presidente, pelacompreensão, até porque a gente sabe o que o Deputado Laerte,está falando hoje na Tribuna, realmente enaltecendo odesempenho da Secretária de Educação. É natural que essetipo de elogio tem que servir como motivador para tanto aequipe dela, quanto da Secretária e continue melhorando osresultados; como também sirva de exemplo para os demaisgestores, Deputado Laerte. O que a Assembleia deseja e cobraé o cumprimento do seu papel, é que o representante daspastas, eles às vezes chegam à sua região, Deputado Ribamar,ou que seja aqui na Capital, porque quem está acompanhandoa cobrança do dia a dia lá na região do Deputado Laerte, naregião do Deputado Edson, aqui na Capital, é o DeputadoJesuíno, Deputado Ribamar, Deputado Léo, Deputado Hermínio,Deputado Aélcio, é porque eles estão no dia a dia, eles sabemde fato quais são os principais problemas na sua comunidadeescolar e das demais Secretarias também. E o que a SecretáriaFátima Gavioli, tem feito, e eu tenho que elogiar isso, é a atitudedela, é que se ela vê lá em Machadinho, ela liga para o DeputadoEzequiel Junior: “Deputado Ezequiel, eu quero que o senhorme acompanhe lá”. Se ela vai a nossa região em Pimenta Bueno,sou eu, o Deputado Só Na Bença; em Espigão Deputada Lúcia,ela vai passar dois dias, Deputado Léo, acompanhando hoje eamanhã, ela está prestigiando a Deputada Lúcia Tereza, emEspigão, nas demandas da Deputada Lúcia. Então, é isso, elaestá cumprindo o papel dela como gestora da educação, e, defato também prestigiando quem está sendo cobrado todo dia;que é o Deputado Estadual, porque quando tem um problemanuma escola, tem um problema numa determinada área aondevem à cobrança? Vem primeiramente no Deputado. Então, elaestá fazendo o seu papel conforme tem que ser, caminhar debraços dados com a Assembleia Legislativa que está tambématento e cobrando soluções para os problemas. A gente sabeque a dificuldade enfrentada na educação é muito grande, nóstemos a questão salarial dos nossos professores que precisade uma correção em nível nacional, mudar a maneira de sefazer educação no País, no ponto de vista salarial e valorizaçãodos profissionais, mas, sabemos que em Rondônia, aquilo queé possível, Deputado Laerte, está sendo feito também com oapoio dos Deputados. Eu vi aqui vários Deputados colocandorecurso para a educação, e hoje nós temos umaobrigatoriedade da aplicação das nossas Emendas, 25% têmque ser entre Educação ou Saúde, nós estamos vendo osDeputados aqui de fato ajudando a fazer o refeitório na escola,melhorando a quadra na escola, melhorando a estrutura daescola. Então, Deputado Laerte parabéns pela sua postura hojenesta Tribuna.

5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1670Pág.9ª LEGISLATURA

Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br

D O - e - A L E / R O

Muito obrigado.

O SR. LAERTE GOMES – Obrigado Deputado Cleiton.Vou finalizar, Presidente, dizendo que realmente é isso,

o que o Parlamentar quer? Respeito e atenção. E a SecretáriaFátima tem feito isso, seja aqui na Secretaria de Educação,quando nós vamos lá em Audiência, nos recebe bem, tratabem, chama a equipe, resolve na hora, sim ou não, ou seja,quando vai a nossa base fazer visitas, vistoriar, nos liga, nosconvida, acompanha ou a gente convida, ela se dispõe a ir,então é isso que o Parlamentar quer. Então, eu quero deixarregistrado, Deputado Cleiton, esses elogios à gestão daSecretaria de Educação do Estado, ao trato que ela tem feitotanto com os servidores, como com os Parlamentares, porquenão adianta também só tratar bem Parlamentar e não tratarbem servidor e eu tenho ido muito à Secretaria e os funcionários,os servidores da Secretaria de Educação já estão ali há váriosanos, eles mesmos falam que o trato da Secretária FátimaGavioli com eles é totalmente diferente e eles estão satisfeitos.Então, eu queria deixar esse registro sobre a questão daSecretária Fátima, que hoje está no Cone Sul também fazendovisita em escolas e com certeza com os Deputados.

Obrigado Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Questão de Ordem,Deputado Laerte.

Só gostaria de deixar registrado aqui também a minhasatisfação, é muito bom, nós na condição de Deputado nestaCasa, que nós somos muito cobrados às vezes lá na pontaquando a gente tem realmente um Secretário que realmentedesempenha a função inerente a sua pasta, como a situaçãoda Fátima Gavioli que tem feito um bom trabalho, nós temosque reconhecer isso. Quanto também o Secretário Pimentel,eu estive esses dias visitando alguns bairros, amigos em PortoVelho e as pessoas elogiando o trabalho do Secretário de Saúdee há algum tempo que a gente vê nesta Casa tranquila com aquestão de Secretários que tem realmente desempenhado oseu papel. Infelizmente, ontem nós tivemos aqui, ainda váriosDeputados mostrando o descontentamento com a pasta daSecretaria de Agricultura que realmente ainda não tem seencontrado por algum tempo e tem deixado a desejar, achoque ainda não se encontrou, não percebeu a importância daagricultura no Estado de Rondônia, que é o pilar de sustentaçãoda economia deste Estado. Então hoje nós temos quereconhecer, o DER também hoje com o ex-deputado Ezequiel àfrente, sabemos que é um momento crítico para o Coordenadordesta pasta, no caso do DER, que é o momento ainda, estáparando a chuva, não deu ainda para iniciar a frente de obramais essencial, mas, também, esses dias, parei bem próximo,inclusive, a casa do nosso companheiro Deputado Hermínio, alino bairro, quando a pessoa estava tomando chimarrão, eleselogiando: “Deputado, nós temos que reconhecer e parabenizaro trabalho, a parceria do Governo que hoje a gente vê quantasruas sendo asfaltadas, o bairro está todo asfaltado com asfaltonovinho”. As pessoas contentes e agradecendo. Eu acho queesse reconhecimento também ao Governo do Estado querealmente com muita dificuldade, com economia, ele temconseguido fazer um bom Governo, tem conseguido atender oanseio da sociedade.

Parabéns, Deputado Laerte por esse reconhecimento aSecretária Fátima, que realmente está desempenhando umbom trabalho.

Muito obrigado.

O SR. LAERTE GOMES – Obrigado Edson.Vou concluir, dizer que suas palavras estão corretas e o

que o Parlamento precisa é isso, nós não queremos o piorpelo pior, nós queremos que a gestão, todas as pastas dagestão do Governador Confúcio Moura, vá bem, porque indobem, nós estamos bem também. Então, nós temos, quandonecessário fazer a crítica, está aqui cobrando, porque nóssomos cobrados, Isaias, lá na base, principalmente na questãodo setor produtivo, mas, quando tem que vir aqui reconhecere elogiar o trabalho que está sendo feito, nós temos que tertambém essa missão e é isso que eu vim fazer aqui hoje emreferência a nossa grande Secretária Fátima Gavioli.

Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado DeputadoLaerte.

Eu quero só registrar a presença do Isaias Fernandes,ex-vereador do município de Nova Mamoré, registrar tambéma presença do Airton Vaz, vice-presidente do PMDB; registrara presença do senhor Luiz Carlos dos Santos, Presidente doPSDB, de Nova Mamoré. Muito obrigado pela presença.

Ainda nas Comunicações Parlamentares, eu concedo apalavra ao ilustre Deputado Jesuíno Boabaid. Eu só gostariade fazer novamente o pedido para que os Deputados pudessempermanecer para que possamos ouvir a palestra daqui a poucoda AGEVISA.

O último Orador inscrito, Deputado Jesuíno Boabaid, nasComunicações Parlamentares por cinco minutos, sem apartes.

O SR. JESUÍNO BOABAID – Bom dia a todos.É rapidamente.O que me traz a Tribuna, hoje, novamente, relatar

quanto à Ação Direta de Inconstitucionalidade que agora foiproposta pelo Ministério Público do Estado de Rondônia, quediscute Leis dos Policiais e Bombeiros Militares, inclusive, temLei que já foi até revogada. O Ministério Público conseguiu odeferimento da liminar e as normas hoje que estão sendodiscutidas, estão suspensas. Lembrando, o maior prejuízo quedeve ser analisado nesta questão desta ADIN é quanto aspoliciais do sexo feminino ter que retornar para caserna, nocaso retornar para fileiras para cumprir mais 05 anos, porquehouve uma alteração no artigo 28 do nosso regulamento, daLei 1063, se eu não me engano a Lei 1063, deram uma novaredação e com advento agora dessa ADIN, volta ao statusque, ou seja, volta a vigorar 20 anos, tanto para o sexofeminino, quanto para o sexo masculino. E a gente fica sementender, porque os ataques hoje são realmente notórios, é oGoverno entrando com ADIN e agora o Ministério Públicotambém entrando com ADIN. Então, a Procuradoria do Estadotambém. Então, eu fico sem entender. Eu quero entendertambém que todas as Leis que passaram nesta Casa, todas,todas, de todos os Poderes devem estar devidamente,devidamente respaldada, que não houve nenhum tipo de víciode iniciativa, ou algo assim, que não possa ser contestada. Eu

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vou pedir para a Assessoria Legislativa desta Casa, eu sei queé um trabalho muito árduo, que faça o devido levantamentotambém, que Leis que se encontram vigentes no aspecto dosPoderes, seja do Legislativo, Executivo, Judiciário, do próprioTribunal de Contas, do Ministério Público, estejam totalmenteamparada, totalmente respaldada, que não houve uma iniciativapor parte do Deputado, uma Emenda ou alguma coisa assim,que possa trazer qualquer espécie oneração ao Estado. Ficamossem entender realmente às vezes, porque tanta perseguiçãoquanto aos policiais bombeiros e militares. É esse ponto queeu queria falar. E também vim na Tribuna novamente agradecerporque na tarde de ontem foi aprovado o Projeto de DecretoLegislativo que suspende os efeitos da Resolução 038, expedidapela Caerd, Diretoria da Caerd. Ontem eu falei o artigo, naverdade, é Lei 11.445, artigo 38, inciso II. Eu falei parágrafo, éinciso II, até para depois alguém poder vir e verificar a legalidadedessa Lei. Mas, o ponto crucial nessas questões não foi só obairro o qual me provocou; que foi o Bairro Novo, que osCondomínios, as lideranças dos Condomínios chamaram umareunião para eu ter ciência do que estava acontecendo. Váriosempreendimentos também serão, serão também, no caso terãoo mesmo direito com a suspensão. A Caerd vai cobrar agora oque era anteriormente, 43%; não 100%, não 100%. 100%,imagine, uma conta de água, você pagar cem reais, você vaipagar cem reais de esgoto. Fizeram a devida medição, aferiçãode quanto está sendo tratado? Entraram com algum recursoou capital para o devido empreendimento? Não, não e nãopode ser deliberado meramente numa reunião da diretoria talaumento, se assim fosse, nós teríamos todo momento umaumento na questão da energia elétrica. O IPTU, é designadoatravés de Lei também municipal e o próprio Prefeito que dita.Mas, são coisas que são absurdas que não podemos aceitar.São, a taxa tributária que o cidadão tem que arcar, todomomento é aumento, o Governo tem uma estratégia: quer supriro rombo, aumenta imposto, é rápido, aumenta imposto,aumenta imposto e isso fere de morte os direitos do cidadão.Eu não vou extrapolar o meu prazo que é cinco minutos, até deforma Regimental. Mas, era isso que eu queria falar, o tema émuito extenso e quero dizer, deixar claro, ontem houve umareunião, prestação de contas por parte do Exército Brasileiro.O Regimento da Casa, tem uma vedação quanto essas reuniões,exceto em Sessões Itinerantes. Eu quero falar sobre isso paraa gente deixar claro, pode haver a Sessão sim, transformarem um modo para ouvir os Secretários, tem alguns requisitosque devem ser tomados e respeitados. Após, hoje, inclusive,tem uma situação da Emater ou de um outro órgão que vaiestar aqui presente para prestar conta, só que não é no horárioordinário.

Era isso que queria falar Presidente.Obrigado.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado, DeputadoJesuíno Boabaid. Deputado Marcelino Tenório também fez suainscrição, portanto concedo a palavra ao Deputado MarcelinoTenório nas Comunicações Parlamentares, por 05 minutos, semAparte.

O SR. MARCELINO TENÓRIO - Bom dia Sr. Presidente,Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, imprensa aqui,

quero cumprimentar o Odair Calado, nosso amigo lá domunicípio de Vale do Anari e em seu nome cumprimentar osdemais presentes na galeria desta Casa.

Sr. Presidente, o que me traz a esta Tribuna, é trazer aoconhecimento que eu acho que a maioria dos cidadãosrondonienses, vêem, isso na íntegra... quando você vai asdelegacias dos municípios, principalmente nos municípiosmenores... nós fizemos aqui há uns 20 dias uma indicação aoGoverno do Estado que mandasse para esta Casa ou criasseum Fundo, Deputado Ribamar Araújo, de manutenção para asdelegacias. Hoje os delegados das pequenas delegacias dointerior do Estado de Rondônia, Deputado Airton Gurgacz, àsvezes não têm nem toner para fazer uma ocorrência, ficaparalisado lá, necessita que ele vá à Justiça para que a Justiçaatravés do Fundo que eles têm, o FUJU, possa ajudá-los, porquese precisa de uma lâmpada não tem recurso também parafazer essa manutenção. Agora, como é que nós queremos fazeruma segurança pública melhorada no nosso Estado de Rondôniase não tem o básico? Qual é o básico? É papel, DeputadoRibamar Araújo, papel sulfite que às vezes falta nas delegacias,manutenção, ar condicionado quebra não se consegue fazer amanutenção do ar condicionado, uma porta quebra também,qualquer coisa da delegacia que se tenta recuperar, não temrecurso nenhum, não tem nenhum Fundo. Nós fizemos essaindicação faz aproximadamente 20 dias e precisa chegar aosouvidos do Governo do Estado, mas em especial ao Diretor daPolícia Civil do Estado de Rondônia Dr. Eliseu Muller, para queele tome essa providência para que pelo menos, eu vou dá umexemplo do município de Ouro Preto do Oeste, ela não tem umcentavo, olhe, não tem dez reais para fazer a manutenção dasua delegacia, não só da delegacia, mas, também do presídioque se encontra lá... a capacidade são 95 detentos, hoje elaestá com 168 detentos. Então não se consegue nem trabalharpara ressocializar aquele detento que fez algum ato ilícito nodia a dia com a população do nosso Estado de Rondônia. Então,isso é uma injustiça. E quando eu fiz essa indicação que elesfizessem parecido, similar ao PROAF, o PROAF hoje que é oprojeto na educação, ele tem um Fundo a cada três meses, acada três meses o Governo do Estado, Deputado Airton Gurgacz,disponibiliza um recurso para a manutenção das unidades, cadadiretor faz a sua gestão, as escolas hoje estão totalmentediferentes do que era antes, mas, porque existe este Fundo.Já imaginou, necessita hoje de três blocos de resma que são1.500 folhas de sulfite, às vezes necessita de toner para poderrodar os inquéritos policiais que existem. Sai dos municípiosuma viatura com dois policiais ou dois agentes penitenciáriospara virem a Porto Velho para buscar essas necessidades queàs vezes não custa R$ 500,00. Agora, imagina uma pessoasair de Ouro Preto do Oeste, sair lá do Vale do Anari, lá deMachadinho d’Oeste, sair lá de Buritis para vir a Porto Velhopara fazer isso? Eu faço aqui esse apelo para que o Diretor daPolícia Civil do nosso Estado de Rondônia tome providênciasnessa parte de manutenção das delegacias do nosso Estadode Rondônia e quando fizer isso que tem que cada município,cada delegacia fizer suas solicitações das suas necessidadesfaça igual à educação. A educação toda semana, sai um veículolá de Vilhena, e todas as reivindicações ele vem e leva, paranão ter que sair um lá de Vilhena, um de Cacoal, um de PimentaBueno, um de Rolim de Moura, não, faz uma só, para que não

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saia esse servidor que tem que prestar serviço à população donosso Estado de Rondônia principalmente na segurança doscidadãos que já é pouco efetivo, não só da Polícia Civil comotambém da Polícia Militar, que não tenha que sair da sua basepara vir aqui a Porto Velho para pegar essas pequenasquantidades, se fosse pelo menos, Deputado Airton Gurgacz,se fosse levar para seis meses, um ano de manutenção, tudobem, mas são coisas banais, supérfluas que não precisa fazerisso, para que se possa ter um recurso de manutenção. OMunicípio lá de Ouro Preto do Oeste, precisa Deputado EdsonMartins, Presidente, apenas de dois mil reais para amanutenção, se tivesse dois mil reais a delegacia, o presídioseria outra situação, mas não existe um centavo.

O Sr. Ribamar Araújo – Questão de Ordem, Presidente?

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Concedida a Questãode Ordem, Deputado.

O Sr. Ribamar Araújo – Já que abriu um precedente, eutambém gostaria de estender esse precedente meu Presidente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – À vontade.

O Sr. Ribamar Araújo – E dizer, Deputado Marcelino que agente lamenta por toda essa situação que Vossa Excelênciaestá relatando agora na Tribuna com relação à SegurançaPública, com relação à falta de condições de trabalho nasDelegacias e aí, Deputado Marcelino, entra uma parte, a gentesabe que constitucionalmente é obrigação do Estado a questãoda Segurança Pública. Mas os municípios quando tem um Chefedo Executivo zeloso, comprometido com a sua comunidade, aprópria Prefeitura, o próprio município pode também, apesar,de não ser obrigação constitucional dela a Segurança Pública,mas, pode colaborar com a Segurança Pública. Às vezes, faltamcoisas tão pequenas, tão baratas a preço tão pequeno nasdelegacias que os próprios municípios poderiam dar uma ajudanessa questão.

Então, eu parabenizo Vossa Excelência por levantar essetema aqui na Tribuna fazendo um apelo também ao Chefe doExecutivo do Estado de Rondônia que se preocupe um poucomais com esse setor tão importante da vida da nossa populaçãoque é a Segurança Pública.

Muito obrigado, Deputado.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Questão de Ordem,Deputado Marcelino?Deputado Marcelino, eu só queria lhe parabenizar pela

sua preocupação com a Segurança Pública da população deOuro Preto do Oeste e do Estado de Rondônia, eu acho tambémque no mínimo, um Suprimento de Fundo que tivesse condiçãoda Secretaria de Segurança repassar para as delegacias seriamuito mais fácil de realmente desempenhar o trabalho. Mas,gostaria também, está aqui o Deputado Laerte Gomes, que éda nossa região lá e o Município de Urupá, Deputado Marcelino,já por várias vezes a população, às vezes entra em desesperoquase pela conversa que dizem que vai fechar a Delegacia doMunicípio de Urupá, no mínimo, nós já umas três, quatro vezes,eu já fui falar com o Governador, com o Secretário de Segurança,

com o Diretor, o Dr. Eliseu. O Dr. Eliseu parece até que eu vi oDr. Eliseu aqui, eu gostaria que o Dr. Eliseu parece que estáaqui, na Casa, até que se ele pudesse estar ouvindo nestemomento. Eu ia até procurar o Dr. Eliseu hoje para que pudessea gente está conversando, Deputado Laerte, DeputadoMarcelino, mais uma vez a população de Urupá desesperadaprocurando por socorro, pela misericórdia, quando está lá ocomentário nas ruas da cidade de Urupá que vai fechar aDelegacia de Urupá, tirar de lá dois ou três Agentes Policiaisque tem lá no município.

Isso é inadmissível quando nós vivemos nos dias detanta violência, tanta violência, empresário lá no Município deUrupá já foi sequestrado, duas vezes a mesma pessoa, roubo,assalto, furto e vários crimes cometidos lá no Município. Estáali o Dr. Eliseu, que eu gostaria de registrar e agradecer apresença..mais uma vez à população de Urupá,desesperadamente pedindo por socorro, porque está lá ocomentário que vai fechar a Delegacia de Urupá. Olha, isso éuma falta de respeito com a sociedade, essas conversasatravessadas que chegam lá no município...

O SR. LAERTE GOMES – Já disse que não vai, Deputado Edson.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Que sejamresponsabilizadas as pessoas que estão falando lá no Município,aterrorizando o município que vai fechar a delegacia que épor várias vezes.

Eu não dou conta de receber ligação no meu telefoneàs pessoas dizendo, está aqui o Deputado Laerte também,que ele disse que recebeu várias ligações, tem o DelegadoRonaldo, parece até que disse que quer ir à Costa Marques,parece que ele quer assumir a Delegacia de Urupá, mas, queo mínimo que temos, não queremos que seja tirado.Entendemos que tem municípios que tem hoje, talvez, até maisíndices de violência que precisa, nós vamos colocar esses novospoliciais que vai para esses municípios de Cujubim, Buritis, eoutros, Machadinho. Mas, que pelo menos que mantenha, oque tem em Urupá e que pare de uma vez com essa conversalá em Urupá que vem realmente prejudicando a população domunicípio com a insegurança total na questão de fechar adelegacia.

Muito obrigado, Deputado Marcelino, parabéns pelo seudiscurso muito bem lembrando. O Deputado Marcelino estavacolocando a questão da Secretaria de Segurança fazer umrepasse, um suprimento de Fundo, alguma coisa que possaviabilizar o atendimento às delegacias, porque eu acho tambémque não é justo que as pessoas ficam tirando do bolso delespara pequenos reparos de remendo de pneu e outras coisas.Então, eu acho que pudesse agilizar e facilitar o trabalho, seique é muito difícil a prestação de conta de suprimento deFundo, mas que pudesse Dr. Eliseu, vendo a possibilidade comofoi criado o PROAFI na Secretaria de Educação que melhoroumuito a educação, viabilizou as pequenas coisas lá nas escolas,melhorou o trabalho da educação que é motivo hoje de elogioaqui nesta Casa que também possa ser feito o PROAFI daSecretaria de Segurança, o repasse para as Delegacias depequenas importâncias para que possa viabilizar o trabalho.

Muito obrigado por essa Questão de Ordem, DeputadoMarcelino e parabéns.

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Concedo uma Questão de Ordem ao ilustre DeputadoLaerte Gomes.

O SR. LAERTE GOMES – só que uma Questão de Ordem aqui,o Deputado Marcelino sábio, inteligente como é quando sobe aesta Tribuna traz um tema realmente relevante. ParabénsDeputado Marcelino. Essa questão das delegacias, dasdificuldades financeiras do dia a dia, que está acontecendo é areclamação em todas as unidades que temos no Estado. E comoo Deputado Edson muito bem colocou aqui a questão dessesboatos que se iria fechar a delegacia do município de Urupá,que é uma cidade de entroncamento, que sai para váriosmunicípios, sai para Teixeirópolis, Ouro Preto, sai para Ji-Paranápor dentro, sai para Alvorada, sai Mirante. Enfim, uma cidadeonde os índices de crimes são maiores até mesmo que emAlvorada do Oeste, que é uma cidade maior. Então, eu achoque essa preocupação do Deputado Edson, está correta. Hojeum município que também está com esse comentário, éSeringueiras, me ligaram, e deve ter ligado para VossaExcelência, que é de nossa região, e falaram que ia fechar adelegacia de Seringueiras, Deputado Marcelino. Sabemos queesses municípios pequenos... ontem nós debatemos aquiexaustivamente aqui neste plenário essa questão da dificuldadedessas cidades quanto a geração de emprego, de renda, deautoestima, por que quando fecham um órgão importante doGoverno num município pequeno desse, o que quê as pessoasfalam? Está falindo a cidade, está acabando com a cidade. OGoverno ele tem esse papel também de fomentar o incentivoao desenvolvimento da cidade, e não é fechando uma delegacia,ou fechando a SEFIN que vai se resolver o problema do Estado,do Governo. Então, Deputado Marcelino parabéns, eu fico felizaté do Dr. Eliseu, Dr. Renato também está aqui, é o nosso Diretorde Polícia do interior. O Dr. Eliseu está aqui, já disse, ali com odedinho, que não vai fechar, então a gente já fica tranquiloquanto a isso. E agora, com certeza com um belopronunciamento do Deputado Marcelino, eles vão também, vãose planejar mais para não deixar faltar pelo menos o básiconas delegacias do interior do Estado.

O SR. MARCELINO TENÓRIO – Obrigado, Deputado EdsonMartins, Deputado Laerte Gomes.

Mas encerrando aqui as minhas palavras, isso é umapreocupação porque o servidor necessita prestar um bomserviço a população, mas ele precisa de ferramentas para quepossa prestar esse bom serviço a essa população que tantoprecisa. E sobre isso como falou aqui o Deputado Edson Martinspara que através também do planejamento, se faça um projetoda mesma condição que foi feito igual o PROAFI, para que asdelegacias do interior do Estado de Rondônia e também daCapital não fique fazendo aquelas solicitações a empresários.A Prefeitura, tudo bem, como falou aqui o Deputado RibamarAraújo, se o Prefeito tivesse consciência de poder contribuirmensalmente, fazer um convênio para que aquela delegaciaesteja melhor para atender a população do seu município. Émuito louvável que o Prefeito tome essa decisão. Mas enquantoos Prefeitos não têm decisão, quem tem que tomar essa decisãoé o Governo do Estado. Então, faço aqui essa solicitação queseja o quanto mais rápido resolvido o problema das delegaciase das penitenciárias do nosso Estado de Rondônia.

Muito obrigado, Presidente, pelo tempo excedente.

O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado DeputadoMarcelino Tenório, agradeço também o Dr. Eliseu que está aqui,que veio nos ouvir. Desejo que Deus ilumine o Diretor deSegurança do Estado de Rondônia, o Secretário de Segurançapara que possa realmente a população ter a paz e sentir que aSecretaria de Segurança tem feito o seu papel. Então parabénsDr. Eliseu pelo trabalho e muito obrigado por fazer até um sinalque diz que a delegacia de Urupá não vai fechar, nós vamostransmitir essa importante notícia a população do município.

Encerrada as Comunicações Parlamentares.Nada mais havendo a tratar, invocando a proteção de

Deus e antes de encerrar essa Sessão, comunico realizaçãode Audiência Pública de autoria do Deputado Léo Moraes nodia 28 de abril às 9 horas, para debater sobre o Projeto de LeiComplementar nº 257/16 da União e convoco Sessão Ordináriapara o dia 3 de maio no horário regimental, ou seja, às 15horas.

Está encerrada está Sessão.

(Encerra-se esta Sessão às 10 horas e 17 minutos).

ATA DA 18ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR EANALISAR SOBRE ATRIBUIÇÕES DAS POLÍCIAS

MILITAR E CIVIL, NO ÂMBITODO ESTADO DE RONDÔNIA.

Em 25 de abril de 2016.

Presidência do Sr.Jesuíno Boabaid - Deputado

(Às 15 horas e 27 minutos é aberta a sessão.)

O SR. LENILSON GUEDES (Mestre de Cerimônias) -Senhoras e Senhores, boa tarde. A Assembleia Legislativa doEstado de Rondônia, atendendo ao Requerimento doExcelentíssimo senhor Deputado Jesuíno Boabaid, realizaAudiência Pública para Discutir e Analisar sobre as atribuiçõesdas Polícias Militar e Civil no âmbito do Estado de Rondônia.

Convidamos para compor a Mesa,ExcelentíssimoSenhorDeputado Estadual Jesuíno Boabaid, proponente desta AudiênciaPública, o Coronel PM Ênedy Dias Araújo, Comandante Geralda Polícia Militar do Estado de Rondônia, Doutor Pedro Mancebo,Delegado, representando a Polícia Civil do Estado de Rondônia,representando a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania,Delegado Doutor Júlio Ugaldi, Delegado de Polícia Civil, e oMajor PM Padilha, da área Militar.

Queremos de antemão, agradecer as presenças dossenhores Coronel PM João Bonfim, que é da Assessoria Militarda Assembleia Legislativa, e o Doutor Osmar Luiz Casa, Delegadode Polícia Civil.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Invocando aproteção de Deus e em nome do povo rondoniense, declaroaberta essa Audiência Pública com objetivo de discutir e analisarsobre as atribuições da Polícia Militar e Civil do Estado deRondônia.

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O SR. LENILSON GUEDES (Mestre de Cerimônias) -Convidamos para de pé ouvirmos o hino Céus de Rondônia.

(Execução do Hino Céus de Rondônia)

OK. Podem sentar-se. Com a palavra Sua Excelência oDeputado Jesuíno Boabaid para conduzir todo processo daAudiência Pública.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Em primeiro lugarquero cumprimentar a todos presentes, iniciando pelacomposição da Mesa ao Exmº Senhor Coronel da Polícia MilitarÊnedy Dias de Araújo, Comandante da Polícia Militar, Dr. PedroMancebo, delegado representando a Polícia Civil, Júlio Ugaldi,Delegado da Polícia Civil representando a SESDEC, Major Padilharepresentante da SESDEC, as demais pessoas que se encontramno recinto na parte interna e externa, a todos os jornalistas, atodos serventuários que se encontram também nesta Casa, osseguranças hoje nesta tarde. O intuito desta Audiência Públicaé para...

Primeiro iniciou-se em uma visita inclusive eu acreditoque foi convidado o Dr. Shalimar que é Promotor da 20ªPromotoria e numa conversa nós estávamos vendo ocrescimento de forma drástica que os policiais militares estãorespondendo por conta das audiências de custódia, e o pontotambém que sempre discute os militares como estão, falopoliciais militares, serviço operacional eles estão na rua, aocorrência exemplo de furto, o furto já ocorreu e é perceptível,é visível os militares ainda conduzirem a tal ocorrência.Lembrando que se o crime já ocorreu não é mais de competênciado policial militar fazer tal registro de ocorrência e sim a políciacivil, ou seja, um delegado que ele deve estar presente nocaso ou no caso os agentes de polícia. Então eu queria quecomeçasse como Presidente da Comissão de Segurança Públicao qual de forma regimental constitucional tem o dever daatribuição de fiscalizar também a execução das leis, então euqueria que hoje a gente discutisse, eu acredito que os atoresque se encontram nesta Mesa têm legitimidade também paradiscutir. Eu não sei por que, depois eu quero saber por qualmotivo o Secretário de Segurança não se fez presente e nem oSubsecretário, sei que os senhores têm representatividade quese vocês estão a Mesa foi dada a devida representatividadepara se manifestar e também de uma forma legítima para agente ter ciência desses debates qual é o entendimento daSecretaria de Segurança. Então é mais neste ponto para falarsobre a questão das Audiências de Custódia, nós já falamos noinício do ano sobre a questão do TCO, se houve algum avanço,eu acredito que está estagnado até o presente momento aquestão desta situação do Termo Circunstanciado, e tambémeu vou colocar no ensejo desta tarde as questões também queo Governo ingressou com algumas Ações Diretas deInconstitucionalidade no que se refere às leis dos militares ealgumas discutem até previdência, aumento sobre a questãodo tempo de aposentadoria, revisão no caso do tempo deaposentadoria das policiais femininas. Então era mais isso hoje.E eu queria ver quem que vai neste exato momento, eu possapassar a palavra. Eu vou iniciar então com a Polícia Militar,Major Padilha. Coronel o senhor quer se manifestar? Eu ia deixaro senhor por último, mas se o senhor quiser. Eu vou passarpara o Major Padilha.

O SR. MAJOR PADILHA - Bom, eu dou a minha palavra porcerta quanto representante e Assessor Técnico Institucionalda SESDEC que terei alguns comentários a fazer. Inicialmenteeu cumprimento as autoridades que se encontram presentes,o Deputado Jesuíno Boabaid é proponente desta AudiênciaPública e presidente desta Sessão; o Comandante GeralCoronel Ênedy, Dr. Pedro Mancebo, Delegado de Polícia aquirepresentando a Polícia Civil, meu colega de trabalho Dr. JúlioUgaldi, Assessor Técnico Institucional representando a PolíciaCivil naquela assessoria. Dentro da ótica da pauta que estaAudiência Pública propõe, ouviu aqui dois prontos principais:a Audiência de Custódia e o trabalho de campo por assimdizer logo depois ou após a ocorrência de fato que em teseconfigure um delito, por assim dizer. Veja, em relação àAudiência Pública também foi público e notório a ocorrênciade debates, de reuniões e de acordos voltados a estabelecerum padrão de atendimento com a presença não só dainstituição Secretaria de Segurança Pública, mas também dasinstituições diretamente envolvidas Polícia Militar, Polícia Civil,Ministério Público e Tribunal de Justiça, nessas oportunidadesforam pontuadas várias situações, discutidas as possibilidades,e incluo ainda a SEJUS também por óbvio participou de reuniões,de várias reuniões. Então foram pontuados alguns tópicos,algumas questões para viabilizar a realização da AudiênciaPública aqui no nosso Estado, e já está ocorrendo, nessecontexto verificou-se qual seria a participação de cadaInstituição representada, em termos de atribuições de cunhooperacional basicamente Polícia Militar, Polícia Civil e AgentePenitenciário, cabendo basicamente a Polícia Militar, segundome consta, o trabalho de escolta interna do âmbito do Fórumdos locais onde estiverem os presos, ou os custodiados até olocal de audiência. E a Polícia Civil tem a atribuição dasdelegacias basicamente aqui na capital a Central de Flagrantes,Divisão de Flagrantes para levar até ao Fórum e os AgentesPenitenciários tem as suas incumbências no âmbito da escoltados estabelecimentos penais e ou algum apoio interno noâmbito do Fórum Criminal, mas isso não foi um trabalho isolado,não foi um trabalho da noite para o dia, foram várias reuniões,foram ponderados, ponderadas situações, limitações de efetivoavaliada a participação efetiva de cada um para que pudesseocorrer a contento. Existia uma necessidade premente paraque essas audiências fossem iniciadas aqui no Estado e defato nós tivemos um momento em que começaram a ocorrer.Foi, inclusive, feita Portaria conjunta, salvo engano, talvez, oDelegado Júlio Ugaldi, possa me corrigir se eu estiver errado,foi feito Portaria conjunta, onde ficou ajustado a participaçãode cada uma das forças Policia Civil e Polícia Militar e tambémde Agentes Penitenciários. Basicamente na questão deAudiência de Custódia, a preocupação, a Secretaria ela nãoficou alheia aos acontecimentos e esteve presente em todasas reuniões acompanhando sim e promovendo aoperacionalização naquilo que era de seu interesse.

Em relação à participação efetiva apontada do trabalhoda Polícia Militar na rua especificamente foi tocado na questãodo registro da ocorrência. De certa forma até me estranhatambém que, talvez, tenha partido a iniciativa da 20ª Promotoriade Justiça, nesse cenário porque por muito menos houve umquestionamento no que toca a não registrar acidentes detrânsito sem vítima, que não haja em tese interesse público,

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questionando pelo que me consta, pedindo que haja o registro.Então, se questiona a não participação da Polícia Militar noatendimento de ocorrência de trânsito com muito mais razãovai questionar também, penso dessa maneira, que a PolíciaMilitar não pode se eximir de fazer o registro da ocorrência narua ainda que o fato já tenha ocorrido, porque querendo ounão há o interesse, estou falando da primícia do MinistérioPúblico em pedir de certa forma, questionar porque é que aPolícia Militar deixou de registrar ocorrência, só com danosmateriais, interesse somente das partes e porque então elaestaria a pleitear que a Polícia Militar eventualmente deixe deregistrar as ocorrências que não há flagrantes, por assim dizer.

Bom, eu penso numa única situação de ordem genérica,mas a defesa em si da corporação esta será feita, com certeza,pelo seu comandante, mas, eu vejo a condição da pessoa, docidadão depois de ser vítima de um delito fique ainda a mercêde precisar se dirigir até uma delegacia, coisa que também,talvez, nem precise porque existe a Delegacia Interativa, ondea ocorrência pode ser feita diretamente pela internet, senãotoda, mas uma boa parte.Entendo também a dificuldade quenão é todo mundo que tem acesso à internet, perfeitamente éde se entender essa dificuldade e é de se entender que não éde acesso livre e restrito a todo o cidadão a internet, mas éuma possibilidade que existe também. E também, no atenderda população, na prestação do serviço de Segurança Públicaquando o Policial Militar, do setor, que trabalha em determinadaárea ele se depara com o fato e que não há mais um flagranteem vista, mas algum alento ele poderá levar ao cidadão quandoele diz: olha, não posso reverter o problema, mas posso dealguma maneira minimizar as consequências, vai tomar nota,vai anotar os dados das pessoas todo e necessariamente oregistro daquela ocorrência não é feito de imediato tambémde modo a intervir no trabalho da Polícia Militar na rua, elepode tomar nota dos dados necessários e na primeiraoportunidade em que ele tiver ele vai se dirigir ao “diretor” daárea e fazer o registro da ocorrência até para que o cidadãoem um momento futuro ele possa se valer desse registro paraos diversos fins que seja para providenciar a segunda via dedocumentos, que seja para reaver, recuperar materiais quefuturamente venham a ser apreendidos em outras ocorrênciase tudo mais.Então, diante de uma dificuldade que eu perceboda Polícia Civil sair da delegacia para ir até a rua e coletar osdados, eu penso que teria basicamente inviáveis duas soluções;ou será feito através de atendimento da Polícia Militar na rua,coletando esses dados ou o cidadão vai ter que procurar aDelegacia e fazer um registro. Com certeza que ele se sentirámuito mais acolhido se ele perceber a presença do agentepúblico buscando dado de alguma maneira no atendimento anecessidade dele. Então nesses dois cenários eu teria a avaliara situação da maneira como fiz. Outros aspectos que serãodiscutidos, me parece, aqui por Vossa Excelência eu terei então,talvez a oportunidade também de me manifestar ou acresceralguma coisa ao que foi falado.

O SR. LENILSON GUEDES (Mestre de Cerimônias) –Deputado convidar para compor a Mesa a senhora Ada DantasBoabaid, Presidente da Associação dos Praças e Familiares daPolícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia, ASSFAPOM.E também lembrar a todos que esta Audiência Pública está

sendo transmitida ao vivo pelo site da Assembleia Legislativa,o endereço é: www.al.ro.leg.br.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Major a discussão,o senhor até me trouxe agora uma outra situação a questãode trânsito, mas o que foi discutida é a situação do, vamos nocaput do artigo 144 da Constituição Federal, vamos para ocaput, depois vai para os incisos e parágrafos. A SegurançaPública, é dever do Estado,é deresponsabilidade de todos eexercida para a preservação da ordem pública e daeconomicidade das pessoas do seu patrimônio através daseguinte ordem: vem o quarto Policiais Civis, e o quinto PoliciaisMilitares e Corpo de Bombeiros Militares. Parágrafo 5º - AsPoliciais Militares cabe a polícia ostensiva e a preservação daordem pública aos Corpos de Bombeiros, além das atribuiçõesdefinidas em Lei e cuja execução da atividade de defesa civil.Parágrafo 4º - A Polícias Civis serão dirigidas por Delegadosde policias de carreiras incumbem a ressalvada a competênciada União as funções de Polícia Judiciária, e apurações deinfrações penais exceto aos militares.

Artigo 141 da Constituição Estadual diz: da Polícia Militare do Corpo de Bombeiro Militar, a Polícia Militar força auxiliarda reserva do Exército, Instituição permanente baseada nahierarquia da disciplina; cabe a polícia ostensiva a preservaçãoda ordem pública, execução das atividades de defesa civilatravés do seguinte tipo de policiamento. Vem rol, no caso dassuas atribuições, ostensivo geral, urbano, de trânsito, florestale mananciais, rodoviário, ferroviário, nas estradas estaduais,portuário, fluvial e lacustre, rádio patrulha terrestre e aéreo; esegurança externa do estabelecimento penais do Estado. APolícia Civil dirigida por Delegado de Polícia de classe maiselevada, nomeado pelo Governador do Estado, incumberessalvada da competência da União, e as suas funções dePolícia Judiciária e apuração de infração penal, exceto a dosmilitares. É cópia idêntica da Constituição Federal, e qual é?Eu falei sobre a questão dos, hoje tem a audiência de custódia.O que me trouxe aqui são mais de quatrocentos e o ComandanteGeral vai poder manifestar, trezentos e a quatrocentos forampedidos de abertura de apuração quanto possíveis atoscometidos por militares, ou seja, abusos, estão sendo acusadosporque nessas audiências de custodias é para verificar amanutenção ou não do réu, no caso do acusado. Só que sãoduas perguntas fala para o meliante ‘o senhor foi agredido’?Se foi o Juiz de plano já encaminha para a Corregedoriacompetente. E tem outro ponto também que me causou e aíeu queria, que faz a ausência aqui do Dr. Shalimar, que eufiquei um pouco pensativo. Um militar, vou dá o exemplo, elevai numa ocorrência de roubo, o roubo já ocorreu ou ele vainuma ocorrência de tóxico de entorpecentes, e lá ele começaa fazer o levantamento ou alguém chega com informações eele já não tem mais os meliantes, mas ele vai e vai mais aléme aí ele no percurso dessas apurações eles tentaram comalguns, ou seja, com outro fato e vai a óbito. A ocorrência játinha, não foi logrado êxito, ou seja, tinha dado FA por que elenão encontrou o meliante, mas ele foi mais além, perguntosenhores eles vão estar amparados? Não. No entendimento doDr. Shalimar não, por que não era competência dele, era opapel da Polícia Judiciária, Polícia de Investigação e ali me causouuma... Opa, se o entendimento do Ministério Público ou ele

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fala se alguém suscitar que ele está causa efeito amparado jácomeça a criar um certo prejuízo, por que ai a família tambémvai ser afetada, fora a situação da audiência de custódia, foraas ações que é brilhantes, eu ver militar fazendo as apreensões,mas cerca de 80% dos flagrantes que são nas Delegacias nãoé da Polícia Civil, é do militares. Opa, foi feito por militares. Eutambém não quero aqui também fazer ou dizer que a PolíciaCivil não está fazendo o seu papel, depois a gente vai entrarnesse debate. Agora, também não podemos aceitar CoronelÊnedy, que a Polícia Militar, que a Polícia Militar seja criminalizadaou seja, eu falo o policial militar depois; em uma situação ficardesamparada, porque uma Lei, o administrador está distrito aLei e se alguém me provar hoje, nessa tarde, que o militar, eleestá amparado legalmente para fazer certas atribuições, aí eutenho que me silenciar. Trabalhei a cerca de 8 a 9 anos naatividade fim da Polícia Militar, pode pegar na Central de Políciaque vocês têm quantas ocorrências eu registrei, brilhante, tinhaum trabalho brilhante com o cabo da Polícia Militar, agora mefugiu da memória meu cabo velho, pelo amor de Deus, trabalhoucomigo no 1º, o Alberto e certa fez eu estava numa situação ea gente ver as paradas, o cara é, a gente é, vai, faz atrás,corre, a comunidade bate palma. Mas, eu pergunto quantosmilitares. Só eu respondi quantos processos eu respondi naCorregedoria, ele também. Quantas vezes eu fui no Fórum pararesponder ofício de Justiça e já tinha feito tudo isso. Então, asociedade através dessas Audiências Públicas deveter ciênciado papel de cada um. Eu sei que o cidadão quando ele é roubado,é furtado, ele quer ter uma resposta. Mas, ele tem que entender,ele tem que compreender, entender que não é atribuição daPolícia Militar exercer tal ação, não é papel dele, não é papel,ele tem que fazer, mas tem que está também respaldado emLei, tem que ter a Lei. Então, se o Governo não está tendoestrutura, não está tendo condições de estrutura, uma coisaassim, de recompor o Efetivo das policias, que faça, que faça.Agora, eu no mandato de Deputado, como Presidente daComissão de Segurança Pública eu não vou também me eximirdessa responsabilidade em fiscalizar, em acompanhar, emaceitar tal ação. É por isso que hoje nessa tarde a gente temque discutir sim de uma forma bem legal, a legalidade, aslegalidades que hoje compete a cada uma das polícias. Eu voupassar agora a palavra para o Coronel Ênedy, para elemanifestar, que ele queria falar sobre a situação, complementaro que o Major Padilha falou.

O SR. CEL. ÊNEDY DIAS DE ARAÚJO – Boa tarde a todos.Gostaria de saudar o Excelentíssimo Senhor Deputado EstadualJesuíno Boabaid, em nome dele saudar todos que compõe aMesa e primeiramente parabenizá-lo por essa Audiência Pública,é sempre importante estarmos discutindo sobre a Segurança esobre o trabalho realizado no atendimento a nossa comunidade.Gostaria só de fazer um pedido, uma Questão de Ordem, agrande atuação do Deputado Jesuíno e tem recebido diversosconvites para as Audiências Públicas e o convite mencionaAudiência e a gente não vem tão preparado para debater osassuntos ou trazer estatísticas, porque se eu soubesse que erade Audiência de Custódia, eu tinha pegado as estatísticasatualizadas. Nós recebemos um documento da Assembleia, sóinformando a Audiência Pública para tratar sobre atribuiçõesda Polícia Militar, às 15h, dia 25.

E é importante está bem, assim especificado os assuntos,a gente vem bem mais preparado para abordar. Mas, aAudiência de Custódia, eu reuni na última sexta-feira com aseccional da OAB em Jaru e já relatava a preocupação daPolícia Militar no tocante as Audiências de Custódia; essapreocupação não é só desse Comandante Geral, mas de todosos Comandantes Gerais do Brasil, onde na semana passadaeu estive reunido no Conselho Nacional dos ComandantesGerais na cidade do Rio de Janeiro e essa preocupação ondeas Audiências de Custódia, além, de terem a facilidade deestarem libertando as pessoas que são presas em flagrantedelito, estão por outro lado também ensejando diversosapuratórios, os quais, tem desmotivado a ação dos policiaismilitares e dos policiais em geral. Então, há uma preocupaçãode que essa situação de Audiência de Custódia, ela venhafavorecer ações criminosas, o aumento da criminalidade, adesmotivação da atividade policial justamente por essacriminalização da ação do policial. É certo que a Polícia Militarjá recebeu mais, pelo menos a última estatística que eu tinhada Corregedoria, mais de 50 requisições de abertura deprocedimentos investigativos desfavor de policiais militares queatenderam ocorrência de flagrante delito de infratores quechegaram na frente do juiz e ao ser perguntado se sofreramalgum tipo de agressão; eles informaram que sim e muitasdas vezes, todos nós sabemos que para conter um infratorpara realizar a prisão de alguém que está resistindo, é naturale necessário que o policial faça uso da força. Então, se todavez que ele fizer o uso da força é legitimamente representandoo Estado, ele tiver que responder um procedimento apuratório,isso certamente vai lhe causar uma desmotivação. Então, énecessário repensar a metodologia empregada pelas audiênciasde custódia, é claro e certo que é um procedimento que nãopode deixar de ser feito, mas também não pode ser consideradocomo certo tudo que o infrator chega ali e fala, então, hánecessidade do que seja falado tenha pelo menos o mínimode indícios de vinculação dos fatos narrados na ocorrênciapara que possa ensejar a abertura de um procedimentoinvestigativo contra os profissionais de segurança que atuaramnaquela prisão. Então, há uma grande preocupação realmentequanto essa questão das audiências de custódia. E gostariade deixar claro que na última pesquisa nacional o Estado deRondônia, figurou como o Estado que mais solta, mais soltaos infratores presos em flagrante delito, uma média de 71%.E isso é outro aspecto que causa preocupação porquerecentemente várias ocorrências já tem se configurado, namesma semana, pela segunda, e às vezes pela terceira vezum infrator sendo preso e que já foi liberado nas audiênciasde custódia das prisões anteriores. Tem um caso emblemáticoque aconteceu há mais ou menos um mês, onde o infrator foipreso duas vezes na mesma semana, no períodoaproximadamente dez dias e na terceira vez, esse infrator fezum roubo aqui do outro lado do Rio Madeira e deparou-secom a viatura da PM, houve a popular troca de tirosconhecidamente, e o infrator veio a falecer, e o irmão deleveio a ser ferido nesse embate desse enfrentamento com ospoliciais militares. E após o confronto os policiais foramsocorrer os infratores feridos e ficaram estarrecidos quandoviram que aquele infrator já tinha sido preso duas vezes emmenos de uma semana, e já estava solto praticando outro

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roubo, enfrentando a polícia. Então, até que ponto nós vamoscontinuar errando, fazendo procedimento que vão contribuircom crime? Se a gente está vendo que o camarada foi preso,foi dada uma chance, ele volta a cometer crime, foi preso denovo, foi de novo liberado, então, nós temos que repensaressas audiências de custódia, aí na terceira vez, ele já estavatão, vamos dizer desacreditando do sistema que resolveu agoranão quero ser mais preso, eu vou atirar nos policiais, e terminounesse confronto que resultou na sua morte. Então, precisamosrealmente avaliar a metodologia que as audiências de custódiaestão sendo feitas, parece que o único objetivo dela é verificare corrigir o trabalho feio pelos policiais militares, e não apurara criminalidade que assola a população que tanto sofre comregistros de ocorrências. Então de cada, talvez, vinte ou trintaroubos a polícia militar consegue apreender um infrator emflagrante e mesmo assim, esse que é preso, chega lá muitasdas vezes é liberado para responder em liberdade, e maisuma vez na maioria das vezes volta para praticar novamente ocrime e penalizar a população. No tocante ao registro deocorrência de crimes que já ocorreram. Nós temos umareclamação muito comum da população que é vítima doscrimes, a população muitas das vezes, ela fala, eu pago osmeus impostos, tenho tudo em dias, sou uma pessoa de bem,trabalho e na hora que eu sou vítima de um roubo, sou vítimade um furto, na hora que eu sou vítima de um crime, a políciaMilitar chega aqui e, ou demora porque as vezes não é umasituação de flagrante, ou não faz o registro, e essas pessoasrealmente, elas reclamam porque ela enxerga a polícia comoum todo, então, elas dizem assim: ‘na hora que eu precisei dapolícia, eu não fui atendido’. Então, aquela pessoa que é vítima,ela está querendo um atendimento, ela está querendo que oEstado lhe acolha naquele momento de dificuldade, e aí ela,ela realmente faz essa solicitação, mas ao policialprincipalmente nesses crimes de ação pública onde o policialtoma conhecimento de um crime, ele tem a obrigação deregistrar a notícia crime para autoridade policial, ele tem aobrigação porque é um crime de ação pública e ele tem aobrigação de que essa notícia do crime chegue até a autoridadepolicial para que ela adote as providências. Então, é um deverdo policial militar, que tomou conhecimento de um fato, deuma notícia de um crime que fazer esse registro, além deprestar o devido auxílio, o atendimento àquele cidadão queacabou de ser vitimado. O que está sendo projetado, Deputado,e já estamos colocando em uso aqui em Porto Velho, é oregistro dessas ocorrências através de tablets, onde o policialnão vai ter que se deslocar até a Delegacia. No local daocorrência ele colhe as informações, digita no equipamento,no tablet e a ocorrência já vai ficar registrada naquele local.Então o furto em veículo, por exemplo, aonde a pessoa chegae seu veículo está com o vidro quebrado e foi levado o notebook,o policial naquele local, vai poder registrar os dados e aocorrência já ficar ali uma cópia, por e-mail, para a vítima, jávai uma cópia para o delegado, já vai uma cópia para aestatística da Polícia e uma cópia para o próprio policial queregistrou a ocorrência. Mas é uma das obrigações do policial,principalmente nessas ações de crime de ação públicaincondicionada, que ao tomar conhecimento do fato criminoso,ele faça o registro desse fato à autoridade policial. Então, dentroaté mesmo, para possivelmente durante aquele trabalho que

ele está naquele turno, por exemplo, esse notebook que acaboude ser furtado pode ser encontrado por outra guarnição queestava de serviço durante uma abordagem e esse infrator estarcom o produto de furto, ele vai ser conduzido. Mas só vai teraquele produto de furto se o furto, anteriormente, foi registradono turno de serviço. Então, de forma que ele possa restabelecera ordem pública que foi quebrada no momento em que ocorreuaquele crime. E assim está cumprindo a sua atribuição depreservar a ordem pública. E essa preservação passa, antesde tudo, pelo restabelecimento quando essa ordem é quebrada.Nós temos esse entendimento da necessidade de reformularou de repensar a metodologia das Audiências de Custódia etambém de que o registro das ocorrências, a comunicação dofato seja sempre feita como atendimento ao cidadão, mastambém para que as autoridades tomem conhecimento e asprovidências que o caso requer. Muito obrigado.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Sim, Comandante,eu só, vou passar a palavra, mas eu discordo no seguinte ponto,no meu entendimento é que policial militar tem o dever dezelar o local, e o Delegado, junto com os policiais civis quedevem chegar ao local, fazer a devida, se vai fazer a períciatécnica também, que tem que ter uma perícia técnica paraavaliar, em se tratando de furto. Vai chegar lá, fazer todo olevantamento, junto. Porque é isso que está consagrado nanossa legislação. A Polícia Militar chega, isola o local, faz odevido, aguarda a polícia técnica, o Delegado, e a PolíciaJudiciária, no caso, os policiais civis, quando chegou, aí já nãoé mais competência da Polícia Militar. É isso que ocorre. Eu voupassar a palavra para o Major.

O SR. MAJOR PADILHA – Eu vou fazer só um pequenocomplemento, até porque quando a gente conversou sobreAudiência de Custódia, eu estava dando o enfoque deatribuições das Corporações dentro do contexto dentro deAudiência de Custódia. No entanto eu percebo, pela fala doCoronel Ênedy e também do senhor que está se verificando asconsequências decorrentes da realização da Audiência deCustódia. Então, o que eu vejo nesse contexto em face deAudiência de Custódia é, em boa medida, essa é a minhaimpressão, é uma inversão de valores do qual de uma Audiênciade Custódia, parece-me que se busca verificar que faltacometeu ou poderia ter cometido o agente público, e não avaliarse em face do delito praticado e levado ao conhecimento doJuiz, há que se falar em mantê-lo preso ou colocá-lo emliberdade, que deveria, em tese, na essência, ser esse o focoda Audiência de Custódia. – Olha, alguém é trazido aqui pelaprática de um crime, estava em flagrante delito e então vamosverificar se ele permanece preso ou se ele atende os requisitospara ser colocado em liberdade. Esse contexto, esse aspectoda avaliação me parece que ficou um pouco de lado e está seinvertendo os valores para buscar: - Vem cá, esse policialexcedeu? Ele ofendeu? Ele praticou... Tira o foco da discussãodo agente que praticou o delito para olhar, para dispor o olharsobre o agente que efetuou a prisão. E acaba, na minha visão,tendo certa inversão de valores. Fruto da Audiência de Custódia,a gente tem alguns dividendos para o Estado, para a União, namedida em que a gente tem um déficit de vagas nosestabelecimentos prisionais. Não tem vaga, e aí, quem é que

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dá para a gente levar para o presídio, consegue levar todomundo para o presídio, para um estabelecimento? Bom, aAudiência de Custódia está dando um alívio para o sistemaprisional, porque não tem vaga para todo mundo. De certaforma esse alívio de não levar todo mundo ao estabelecimentoprisional ainda que seja custodiados, seja temporário, tambémtem o dividendo da ordem de economia, vou economizar comalimentação, com saúde, com todo tipo de problema quepoderia ter eventual auxílio, tudo, mas a minha fala inicial comoeu já esclareci foi no contexto de o que é que eu vou avaliar emtermo de atribuição do policial militar ou da Polícia Civil nocontexto da Audiência de Custódia, mas percebo, se eu estiverenganado os colegas vão me corrigir, está se vendo mais outrocontexto. Porque se eu tenho a prisão em flagrante delito eessa Audiência de Custódia poder ser feita o quanto antesnaturalmente vai se verificar se o agente agiu dentro da lei ouse ele abusou, daí é normal, isso deve ser uma exceção oudeve ser um dos aspectos a se avaliar e não o principal aspectoa se avaliar. E no contexto do atendimento de ocorrência osenhor está falando em relação a algo que está com previsãolegal, não vou nem falar em contexto de Constituição como osenhor citou, mas sim em contexto de Código de Processo PenalCivil ou Militar comum, ou Militar no caso, Código de Processocomum geral e o Código de Processo Penal Militar no contextodas atribuições que a autoridade policial, entenda-se o Delegadode Polícia, deve tomar desde que tome conhecimento do fato,então o senhor está querendo avaliar qual é o papel da PolíciaMilitar quando chega no local do crime e até onde vai o trabalhoda Polícia Militar, está certo? Aí é uma outra questão que adespeito de haver uma previsão legal dizendo o que e quemdeve fazer, quem e o que deve fazer naquele cenário, mas euestou avaliando também, como eu falei o Comandante reforçoumuito bem, eu estou falando no contexto de um atendimentode ocorrência proporcionado pela Polícia Militar que diante deuma situação já ocorrida, como o senhor bem frisou, ela acabade alguma forma dando atendimento ao cidadão pegando osdados, coletando dados para um eventual e futuro registro semo qual não vai haver investigação também, se não tiver o registro,se o fato não for levado ao conhecimento do delegado ele nãovai ter como demandar esforço para o fim de investigar eelucidar o fato, isso é um ponto. E nesse contexto da fala dosenhor também eu chamo a atenção para o desvio da finalidadeda atividade quando o policial não se limita a coletarinformações e o prender quem esteja em flagrante algumascoisas mais presentes e passa a fazer serviço de investigação,esse sim é o problema, é o policial extrapolar os limites daatuação no local e passar a colocar a vítima e sai na casa deum, na casa de outro e vai investigar, aí sim ele está exacerbandoe eventualmente ele pode estar entrando numa seara que podeter uma consequência desagradável, está certo? Aí nessecontexto eu entendo que o policial deve ser orientado a nãofugir, a não se afastar da sua atribuição. Porque quando eleestá coletando dados, pegando uma vítima, fazendo registro,conduzindo até uma delegacia se for necessário, alguma coisade imediato, acabou de acontecer pode ser que o agente estejana outra esquina, vão verificar, mas no dia a dia percebemosque o policial acaba fazendo bem mais do que isso e nessespontos cabe a orientação para que o policial se limite, sediscipline para que ele não avance demais e esse avanço não

possa gerar os abusos, os desvios e ir além das implicaçõesde ordem jurídica não deixe acontecer dali uma situaçãodesagradável, uma violação de domicílio, um abuso deautoridade, uma produção ou colher uma prova que se torneilegal, inaceitável pela maneira como ela foi colhida, aí podegerar responsabilização, apuratório e tudo mais, aí é só nocontexto da gente entender qual o nível de atuação dos agentesque estão presentes. Eu lembro que em 2013 eu e o Dr. Júlioestivemos em Pernambuco fazendo um curso de preservaçãodo local de crime e que entendemos de alguns colegas deoutros Estados esse contexto que o senhor falou, ‘olha, lá emBrasília a gente já tem uma dinâmica, uma sistemática de quea polícia chegou, isolou, fez o seu papel, mas na hora quechegou o delegado com seus agentes ele assume o papel evai dispor do policial militar até o necessário para concluir ostrabalhos dele’, e não vai ter dois registros, em tese é odelegado que já está ali, já tomou todas, ele vai proceder,mas isso é uma realidade, no Brasil uma realidade nova queconseguiu talvez ser implementada lá em Brasília por ter umaestrutura, ter efetivo, ter tudo. Não sei se a despeito da previsãolegal nós teríamos condições de operacionalizar isso aqui emRondônia, ou no Acre, ou em Alagoas, ou em que outro Estado,talvez seja um lugar isolado, Brasília - Distrito Federal sejaisolada essa realidade, não que não possa ser atingida, masque precisa buscar, dar condições, meios e ir tentando implantaraos poucos, eu entendo nesse contexto eu entendo sim apreocupação e promover a discussão é muito salutar, é muitobem-vinda.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Quero agradeceresse debate entre a Polícia Militar até o presente momento.Vou passar a palavra para o Dr. Júlio, depois a Ada fala.

O SR. JÚLIO UGALDI - Boa tarde a todos. Quero cumprimentarExcelentíssimo senhor Deputado Jesuíno Boabaid, Presidentee proponente da Audiência, cumprimento também oExcelentíssimo Doutor Pedro Mancebo, Delegado Corregedor,representando o Delegado da Polícia Civil, cumprimento aquio Coronel PM Ênedy Dias de Araújo, Comandante Geral daPolícia Militar, e ilustríssimo colega Major Padilha da PolíciaMilitar, representando também a Secretaria de Segurança; ea Presidente da Associação, Ada Boabaid.

Presidente, primeiramente, antes de adentrarmos aosdois pontos chaves da Audiência, eu quero parabenizar semprea Casa de Leis, o Ministério Público, o Poder Judiciário, asFaculdades por discutirem o assunto Segurança Pública, é oassunto do momento, ainda é um assunto que nós vamosdiscutir amanhã, porque diz respeito a todos nós.

De imediato eu peço desculpas em nome do SecretárioDoutor Antônio Carlos Reis, por conta do convite que chegouhoje cedo, por volta das 7h30m, nas mãos da assessoria, aindaque possa ter chegado na quarta-feira no final do Expediente,tivemos um feriado e ponto facultativo, e o Doutor Reis játinha uma audiência pré-agendada às 15h. Igualmente oCoronel PM Adilson, Secretário Adjunto por questões de umagendamento Médico para as 14h30m, as 15h também se fezausente, e por isso a assessoria técnica se encontra para somarcom essa discussão sobre segurança pública.

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E vou emprestar as palavras do Coronel Ênedy, sempreque possível a gente tomar conhecimento um pouco mais doque se trata, porque quando nós recebemos o convite tínhamoslá: atribuições da Polícia Civil e Polícia Militar. E ficou vago, nósnão sabíamos quais informações trazer a essa Casa de Leis.De qualquer forma o senhor já nos adiantou falandoprimeiramente sobre a Audiência de Custódia. Falar da Audiênciade Custódia da questão da atuação da Polícia Militar e da PolíciaCivil, nos impõe mencionar que antes da implementação efetivada audiência na capital a audiência de custódia aqui na Capital,nós tivemos diversas reuniões na Corregedoria de Justiça ondese fez presente a Polícia Civil, a Polícia Militar, o MinistérioPúblico a OAB, Defensoria Pública, a SEJUS, e após diversasdiscussões chegou-se à conclusão que deveríamos implementarequipes mistas para colaborar com o transporte dos custodiadosda Central de Polícia para o local da audiência, até as celas edas celas até a sala especificamente de audiência. Sendo queforam legalizadas as atribuições dos agentes de Segurançapela portaria conjunta 01/2015, conjunta SEJUS/SESDECalterada em 2016 pela Portaria Conjunta 1 também. Lá nóstraçamos ou foi traçado pelos Secretários de que forma seriam,de que forma teríamos a participação, seja da Polícia Civil, daPolícia Militar e dos agentes da SEJUS no que se refere àaudiência de custódia. Como foi uma imposição do CNJ, oPresidente Corregedor do TJ Rondônia chamou todos os atoresenvolvidos para discutir e apresentar uma possível solução paraa gente implementar da melhor forma possível. Nós sabemose não precisa ficar não preciso me alongar, do déficit de pessoal.Então a saída que se pensou e que se apresentou foi o quê?Equipes Mistas de Policiais Militares com Agentes da SEJUS e aPolícia Civil para que esse custodiado chegasse até a sala deaudiência afim de receber lá a posição judicial sobre a suapermanência ou não preso, custodiado. Então para registrarnós temos essas duas portarias conjuntas. Com relação aoposicionamento do Ministério Público em relação a prisão emflagrante a atuação da Polícia Militar, eu não sei se eu entendidireito: seria a atuação da Polícia Militar após a ocorrência dofato em uma situação de flagrante? Seria essa indagação doMinistério Público?

O SR. JESUÍNO BOABAID – Não, após o ...

O SR. JÚLIO UGALDI – Após o fato acontecer.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Isso. E a atribuiçãoda Polícia Militar já não tem mais...

O SR. JÚLIO UGALDI – Diante da regulamentaçãoconstitucional de policiamento ostensivo.

Então data venia o posicionamento do Promotor, atérapidamente ilustrando, eu encontro proteção legal para aPolícia Militar no próprio Código de Processo Penal quando dizque o Policial ou agente da Segurança Pública ele é obrigado aprender em flagrante. E essa atuação ainda que não sejaratificada pela autoridade policial.

O SR. JESUÍNO BOABAID – Não, não. O senhor está certo.

O SR. JÚLIO UGALDI – Não seria essa?

O SR. JESUÍNO BOABAID – Não, não. O senhor está certo.Flagrante em Polícia Militar está.

Ocorreu o fato a Polícia Militar inicia-se um processo deinvestigação conforme foi falado o Coronel Padilha.

O SR. JÚLIO UGALDI - Perfeito, perfeito. Onde eu vou concluir?Exatamente naquela situação de um flagrante impróprio ouum flagrante presumido que ele acontece após o fato.Normalmente o cidadão quando busca a proteção estatal eleliga para 190, e a Polícia Militar é a primeira acionada, deregra é ela que vai estar na rua e às vezes essa voz de prisãoela acontece seis horas depois do fato, quatro horas depois dofato até oito horas depois do fato há entendimento doutrináriojurisprudencial que seria uma situação de flagrante. E o que éque está protegendo o Policial Militar ao nosso sentir? A própriaregra do Código Penal que diz que: ele age no estritocumprimento do dever legal. Então, sobre essa ótica, é claroque a linha é tênue em que o policial vai fazer, “investigando”ou não, exatamente para legitimar ou para possibilitar essaespécie de presente flagrante, não sei se era nesse sentido aindagação lá da 20ª Promotoria, é claro que, concordamosobviamente que a função investigativa precípua é da PolíciaCivil, a Polícia Federal como regra, como diz na Constituição,mas nada obsta a nosso ver a possibilidade dessas colheitasde informações ainda que prévias não aprofundadas por parteda Polícia Militar para fins de prisão em flagrante, não,desencadear uma investigação prolongada fora de uma situaçãode prisão em flagrante, é nesse sentido.

Com relação ainda ao ponto da Audiência de Custódiafoi bem pontuado, mas cabe aqui, indagação para fim dereflexão. Qual é o verdadeiro sentido da Audiência de Custódia?É simples. O sentido da Audiência de Custódia é dizer, se aqueleautuado em flagrante deve continuar preso, em flagrante porforça de uma prisão preventiva ou se ele deve ser colocadoem liberdade por uma medida cautelar diversa da prisão, ousimplesmente liberdade sem nenhuma medida, principalmente,se o flagrante for ilegal. Então, o magistrado ele vai ter essaoportunidade de imediato, logo após a prisão, um prazo bemcurto de fazer essa análise. A pergunta é: será que é um abusodessa “Audiência de Custódio” em buscar de novo “umaperseguição” do Policial Civil, Policial Militar de regra? Então,isso cabe sim uma reflexão como bem pontuou o Comandanteda Polícia Militar. Não é esse o verdadeiro sentido da Audiênciade Custódia.

Com relação às indagações feitas pelo Judiciário nosentido de que há abuso policial do Policial Militar e requisiçõesa Corregedoria, imagino, que nas prisões em flagrante cometidaque são parte aí, a Polícia Civil é muito comum tambémalegações de que há agressão quando o Delegado de Políciana Central por mais de três anos era muito comum dizer:“apanhei; fui agredido”. Onde? Onde você foi agredido? Qual éa marca que tem no seu corpo? Nenhuma. E muitas vezes sealegava. Então, tem que se ter um cuidado, é por isso que seexige exame de corpo de delito lá logo que sai da audiênciaporque o magistrado possa perceber até que ponto aquelecustodiado está mentindo ou não; até para respaldar e nãodeixar desacreditado o trabalho policial.

Então, eu penso que o verdadeiro sentido da Audiênciade Custódia avaliar ou não a legalidade da prisão, mas dá

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credibilidade ao trabalho do Policial Civil e Policial Militar quevai sempre ter ali, agir sempre com o cuidado quando precisarusar a força, usar força moderada conforme o caso concreto.

São essas as considerações que eu trago, se precisarmais alguma coisa nós estamos à disposição, o Dr. Pedro, casoqueira complementar.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Passo a palavra aPresidente da ASSFAPOM, Ada Dantas.

A SRA. ADA DANTAS – Olá, boa tarde a todos! Cumprimentotoda a Mesa em nome do Sr. Deputado Jesuíno Boabaid.

Estou vendo várias discussões quanto ao papel da PolíciaMilitar e aí é um tanto quanto, não é surpresa, mas aceitávelque nós estamos assim respondendo, respondendoquestionamentos que na realidade não deveriam nem estarsendo feitos, porque o papel da Polícia Militar jamais deveriaser investigar crimes. Quando o Deputado falou aqui: “somentechegar e isolar o local”. De fato, é isso. De fato, a Polícia Militar,Polícia é ostensiva e para preservação da Ordem Pública, mas,hoje a realidade do Estado de Rondônia por justamente nãoter recursos humanos é que 90% ou 99% possa assim dizerdos casos, são solucionados pela Polícia Militar. Existem sim Dr.Júlio, Guarnição Mista, eu peguei uma escala de Ji-Paraná ondeo Policial Militar estava dirigindo, iria dirigir, aliás, um PolicialMilitar iria dirigir, ele seria motorista de um Policial Civil, PolíciaInvestigativa.

Então assim, algumas coisas mirabolantes são feitasdentro de Rondônia por falta de recursos humanos. O que nósdeveríamos estar discutindo aqui hoje é o efetivo também daPolícia Civil, porque nós somente podemos resolver essasituação das atribuições da Polícia Militar quando nósresolvermos as estruturas da Polícia Civil no que diz respeito aapuração e investigação de crimes. É bem claro, eu fui procurarum estudo deputado, Major, Coronel Ênedy, Delegado e eu queMirabete, Renato Brasileiro, Deumanto, eles analisam comocompletamente, absolutamente inconstitucional qualquer queseja a investigação que a Polícia Militar faz aquilo que extrapolaaquilo o que está previsto na Constituição, logicamente. E nãosomos nós aqui meros, bacharel né? São doutrinadores, pessoasque estão constantemente na lida diária estudando sobre esseassunto; Deumanto, Mirabete e Renato Brasileiro. É claro naConstituição ela diz aqui no seu artigo 44, eu quero lernovamente, parágrafo 4º ele diz: as Policias Civis dirigidas pordelegados de policias de carreira incumbem ressalvada acompetência da União, as funções de Polícia Judiciária apuraçãode infrações penais, exceto os militares. Eu achei interessanteessa situação aqui, exceto os militares por que eles não fazemesse papel literalmente, quando se trata no que diz respeito aPolícia Militar é encaminhado o policial lá para a Corregedoriae ponto final. As Polícias Militares cabem a Polícia Ostensiva apreservação da ordem pública. Aos Corpos de BombeirosMilitares além das atribuições definidas em lei incumbe execuçãoda atividade da defesa civil. Frente ao exposto percebemosque cada Polícia Militar a realização do patrulhamento ostensivosomente, cujo objetivo é a preservação da ordem pública pormeios de ações preventivas, sou seja, aquelas praticadas antesda ocorrência do evento criminoso. Mas isso não acontece enão vai acontecer enquanto nós não tivermos Delegado de

Polícia, Policial Civil nas ruas juntamente com a Polícia Militarem plantões diários, hoje nós temos sim, tenho a informaçãoque a Polícia Civil trabalha investigando crimes até 13h30, comoque a noite o policial militar vai ligar para o Delegado de Políciair até o local de ocorrência para investigar? Não. Mashumanamente possível para aquele profissional dizer não avítima, o policial militar jamais vai dizer não a vítima, ‘ó isso aíextrapola os meus limites legais e constitucionais, não voufazer’. Ele não pode fazer isso e não vai fazer, humanamentepossível não, porque na maioria dos casos, 100% dos casosCoronel, o senhor sabe porque o senhor é um policial de rua,vamos dizer o senhor vai para o combate, assim como o MajorPadilha acredito, tenho certeza disso, humanamente impossíveldizer não para o cidadão, para a pessoa foi que foi ofendida.Então quando nós falamos aqui sobre as atribuições eu nãoposso pensar de uma outra forma para solucionar esseproblema a não ser policial civil trabalhando juntamente coma Polícia Militar, recursos humanos, efetivo maior e estrutura,delegacia, aparelhamento. Era essa a minha fala, muito boatarde.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Falou muito bem,já foi discutido aqui Casa questão dos efetivos, a gente vemexaustivamente discutindo a questão dos efetivos aqui nãocabe, eles não têm esse poder de falar aqui que vão contratar,quem pode falar isso aqui é o Governo do Estado de Rondônia.Mas também o que me causa, eu vou falar agora eu vou falarpor último para o Dr. Pedro Mancebo, mas eu falo isso de umaportaria conjunta para fazer cumprir uma determinação deum Conselho Nacional de Justiça, certo. Mas por que o Juiznão está lá junto com o Promotor na Delegacia de Flagrantes?Na Central de Polícia? Por que o Estado tem ainda efetua aprisão e ainda tem que conduzir? Eu vou trabalhar agora umprojeto de Lei, agora eu estou falando de lei, lei para disciplinarisso. Nesta tarde foi muito boa a sua colocação Dr. Júlio porquea portaria, não tem uma lei que regulamente, vou fazer umaportaria então para regulamentar para dá segurança jurídicaao que vocês estão fazendo, mas tem que ter uma lei que euacredito que o Conselho Nacional de Justiça não deva falarisso; olha eu acredito que eu ouvi, ai eu posso me aprofundarmais no tema, que deve-se o magistrado estar de plantão,assim como o Promotor para estar lá na Central de Políciafazendo as devidas obrigações. Agora se também não temefetivo porque que nós temos de sacrificar também os policiaismilitares? Por que nós temos também que sacrificar os policiaiscivis e agentes penitenciários? Não, sou contrário tem quecumprir o que está na Lei se a Lei diz é isso. E não é, euacredito que o Conselho veio com uma situação em quereragilizar a situação das prisões, que deva ser tratada realmente,nós estamos discutindo o Código de Processo Penal. Mas,também ele deve cumprir o que está disposto para ele também,as atribuições dele. Se não está tendo juiz suficiente; então,que ele faça, Rondônia tem condições de fazer então essasAudiências de Custódia, o Promotor tem que falar com oDesembargador. ‘Doutor, não tem condições, já não temosEfetivo suficiente, ainda vou ter que agora colocar essasAudiências de Custódia ainda, vou fazer uma Portaria conjuntapara disciplinar. Não, não pode’. A Polícia Militar não podeaceitar, mas também a gente está recebendo determinação.

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Mas, o Secretário de Segurança deve se manifestar e deve viraqui nesta Casa para gente discutir isso, propor um Projeto deLei, fazer uma propositura de Projeto de Lei para cumprimento,fiel cumprimento dessas ações disciplinadas que são asAudiências de Custódia, porque está sendo realmente, não é oponto, eu quero até pedir desculpas aos senhores. Mas, eudeixei bem claro aqui nas Audiências, atribuições e eu foquei,eu no início da minha fala eu foquei na situação de Audiênciade Custódia e Atribuição, porque foi numa reunião onde estava,me causou um alarde esses procedimentos, procedimentos queestão sendo instaurados por conta que o juiz faz três perguntas.E uma das perguntas é: ‘o senhor foi agredido? O Senhor foilesionado? O senhor sofreu algum tipo de abuso’? Sofreu,instaura, é isso que foi falado aqui. É que eu estou tentandobuscar essas questões. Mas, aí eu quero que vocês também,já que essa Mesa entrou nessa; se há nessa Portaria do CNJ,que foi debatido com os senhores; a determinação, adeterminação que o Estado pode também fazer esseencaminhamento ou se nessa Portaria do CNJ diz: que juizficará de plantão para dá as devidas, as devidas, os devidosencaminhamentos, eles que irão proporcionar essas ações. AAda suscitou realmente, o militar jamais, eu como efetivo, assimcomo o Coronel Ênedy, que temo sangue azul e os demaisoficiais que se encontram presente aqui, o Coronel Bonfim evários policiais; como é que tu vais falar para uma pessoa:olha, realmente não tem atribuição de fazer essa ocorrênciaaqui não. Não vai fazer, nem policial civil, nem militar não vaifazer isso. Mas, também a gente não pode tirar e aí eu falocomo Deputado, a minha atribuição, tirar as responsabilidadesdo Executivo. Governador, a coisa tende a piorar. Eu tenho umasituação aqui que o Coronel, a gente sabe do Vale do Jamari,do Vale do Anari, desculpa, Vale do Jamari, aquele reduto deAriquemes, adjacências, a situação lá, é conflito agrário todahora, Jaru ali estão matando por hora. Prenderam quatropoliciais militares, 4, até agora não foi nem ouvido os policiaismilitares, só por denúncia, que é o caso mais grave, só pordenúncia. Fui lá visitar, policiais essas que muitos não estavamnem lá no local e a coisa continua, depois o Coronel pode falar,a coisa ainda continua, continuam ainda tocando fogo emfazenda, toda hora violência, é o que eu estou falando, hojemilitar é marginalizado, é marginalizado, infelizmente estoufalando o policial. Você ver hoje os sites de alguns jornaisfalando: vão falar do policial, vai vender milhões de jornais.Por quê? Cadê que falam de outras situações também? Hojefalar de políticos, falar de polícia é vender jornal, eu vejo isso,é algo que é perceptivo, é notório, é notório, infelizmente,infelizmente. Tem que também dá ênfase para outras situações,outras demandas que acontecem no Brasil também. Então, nãovou é esse que é o meu papel aqui como Deputado, por muitasvezes eu fiquei como expectador ali, como Presidente daAssociação e a gente não poderia aqui já com mandato deDeputado não trazer à tona essas discussões, que é salutarsim para gente entender, para gente compreender, sair daquicom uma ideia. Eu vou fazer uma pergunta para vocês aqui terciência. Qual a Lei que disciplina a permanência dos militaresnos Fórum? Existe pagamento de hora extra para os militaresque ficam junto com os magistrados em julgamento de crimecontra a vida, que levam 03, 04 dias ininterruptos? Alguémpode em falar se existe. Não, não existe. Falou-se a questão

de, eu vou falar a questão da falta de Efetivo. Eu tinha umaAudiência, o Dr. Eliseu Miller, ele falou que encaminhar umdocumento para mim em 15 dias, quanto que foram parainatividade, delegados e agentes de polícia. Até agora nãochegou e aí eu peço para os senhores que encaminhe paramim que eu estou aguardando, esses 15 dias já extrapolou eeu não fui informado até o presente momento. E isso é fatopara mim subsidiar os devidos encaminhamentos por essa Casa,somar esforços em cobrar do Governo o aumento do Efetivode Policiais Civis, Delegados, no caso Agentes, a questão daPolícia Científica, a gente está aqui para somar, a gente estáaqui também para buscar as questões de... Como o MajorPadilha falou, em Brasília, eles implantaram, Brasília estácorreto, Brasília está fazendo certo, nisso está fazendo certo,se outras coisas estão fazendo errado, mas, Brasília hoje podeser referência, referência quanto essas ações, ou seja, quantoas medidas que são tomadas nas atribuições dos policiais civise militares. Ninguém tem que fugir da sua atribuição cada umno seu quadrado, cada um no seu quadrado, se estão fazendo,estão fazendo correto, e Rondônia deve também fazer, devefazer também valer igual. Porque eu, Coronel Ênedy, nós somosmeros mortais perante doutrinadores no ramo de direito, e oentendimento de doutrina são pessoas pensantes mesmo, queestão pensando constantemente no direito e ele diz épacificado, as atribuições das polícias militares é inaceitável, éinaceitável o policial militar fazer a investigação local,entendimento hoje pelo próprio Supremo Tribunal Federal, jásancionou também essa situação. Pode cumprir mandato deprisão? Pode, pode cumprir mandato de prisão? Pode, mas iralém daquilo que é compatível, ir além aquilo que estáconsagrado na carta magna seja estadual ou federal, vou falarpela federal, não se discute. Eu sei que vocês estão, quantovem nesse exato momento aqui, vem como Estado, eu sei quesão também de carreira, não estão no cargo, são efetivados,são de carreira, são do Estado. Eu estou como DeputadoEstadual, não só eu como os demais vinte e três. Mas mesmoestando na condição de Deputado, não vou jamais me eximirda minha responsabilidade, na minha busca incessante,enquanto estiver aqui nesse parlamento trazer à tona e buscartambém resolver essas problemáticas que surge a cada dia ecada hora. E qual é o meu receio, e qual é o meu problema? Éporque nesse debate a gente está aqui discutindo essasatribuições, e de contrapartida o Estado, o Estado de Rondônia,eu não vou nem falar da polícia civil que está discutindo seuplano de carreira, também falando dos agentes. O Estado deRondônia está fazendo uma revisão geral, revisão geral nasleis dos militares, estão entrando com a ADIN, Ação Direta deInconstitucionalidade na Constituição Estadual, em lei que jáfoi até suprimida, já foi suprimida, por quê? E porque que eutenho também como Deputado, não trazer à tona as nossasatribuições? Vou, e vou mais, vou mais além, vou mais além,eu vou buscar se for necessário a recomendação legislativa,fazer Projeto de Lei, para que haja mais uma atenção parasegurança pública que infelizmente está passando por um caos.Os policiais militares estão fazendo, se desdobrando assimcomo os policiais civis. Eu fui a algumas delegacias no eixo daBR que não tem nem condições de estar aberta, inverteu, emcerto momento a PM estava vivendo uma situação deplorável.Hoje você vai às delegacias, misericórdia, você pergunta, tem

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gente ali trabalhando? Tem, sai um servidor lá de dentro, peloamor de Deus, quando alguém chega à delegacia vê daqueleestado lá, ele fala o Estado de Rondônia, realmente está nemaí, não está nem preocupado. Só que eu também não possoser ingrato em não falar também o que está acontecendotambém, os esforços estão ocorrendo, é a questão das UNISPsque estão sendo aí efetivadas UNISPs, estão contratando centoe poucos, cento e cinquenta aproximadamente policiais civisque isso não serve nem para nada, para nada, isso aí nãosupre nada, dez delegados, já foram mais dezoito aposentados,são aposentados vocês, nós somos reserva. E quantos maisinquéritos, inquéritos, acumulando, estou falando da Polícia Civil,da Polícia Militar, estão chamando quatrocentos, mas já estáindo mais seiscentos e fica, nem supre nem o que tem realmentenas policias, dentro das corporações. Os agentes penitenciáriosestão aí fazendo aí também o chamamento. Então, nós temosque olhar, a todo o momento chega Projeto de Lei, inclusivevários Projetos de Lei chegam aqui nesta Casa, Projeto hojeque estão mexendo com uma série até de tributos, eu achoimportante, querem aumentar não sei o que, mexe comaumento de CDS para cá, criação de novos cargos. Eu acheium absurdo, aqui eu quero aproveitar e falar. Encaminharamum Projeto de Lei aqui da CAERD, eu acreditei, eu sou umcrítico, um crítico mesmo com a questão de Projeto de Lei quechegam aqui nesta Casa, eu sempre quero ter o conhecimentode todos, mas eu ouvi, não Deputado, isso aqui é para essePIDISE, isso aqui é para gente colocar em prática o tal do PIDISE,PIDISE esse a questão que está com problema, aí eu fui e falei:tranquilo, então vamos se é para isso. Quando eu fui ler o queera realmente o PIDISE, era noventa e seis cargos que estavamsendo regulamentado lá na CAERD, companhia que já estáfalida, falida e o que tem mais agravante é realmente paraPIDISE tem lá, e era setenta e seis que ia regulamentar,aumentou mais vinte cargos ainda, cerca de quinhentos esessenta e cinco mil reais, cerca de quinhentos e sessenta ecinco mil reais mensalmente parece a folha desses noventa eseis. Olha o absurdo, olha o absurdo que acontece aqui e asvezes a gente é levado, mas como eu digo, aqui é uma Casacolegiada, são membros e nós discutimos, infelizmente eu fui,as informações estavam realmente ali falando que era doPIDISE, e tem na justificativa da matéria, mas tem as entrelinhas,as entrelinhas são essas. Então, o que eu estou falando é isso,a gente tem que fortalecer as Corporações Civis e Militares, naluta, e discutir. Atribuições, ficou claro. Minha preocupaçãotambém em chamar esta Audiência é para que os policiaismilitares amanhã ou depois não sejam julgados, e aí sãojulgados, perder sua farda, porque estavam apenas tentandodar uma resposta para a sociedade. E aí não tem, quando oJuiz, ele vai ser bem claro, ‘eu vou aplicar o que está na lei’,assim como o próprio Ministério Público. - A Lei falava que osenhor deveria naquele dia adentrar o recinto? Não. – E porqueé que o senhor entrou? Violação de domicílio, aí lá vai a taca. Éisso. Eu quero que o posicionamento desta Audiência e vou daras devidas publicidades, colocar esse vídeo nas redes sociais,e vai ficar no acervo da Assembleia, nos Anais desta Casa, quefoi discutido nesta Casa, no dia 25, às 15h, do mês de abril de2016, esse tema para amanhã ou depois... Esta Casa era paraestar lotada, eu também quero falar aqui, fazer uma crítica,tantos policiais civis e militares, era para estar lotada esta Casa.

Era para estar aqui ouvindo, ciente do que está acontecendo,para amanhã ou depois falar, ‘não, eu não sabia’. Ninguémpode falar que desconhece a lei, que padece dedesconhecimento da lei. Mas eles têm que ter ciência de queo Judiciário, o Ministério Público não vai falar, ‘olha, o senhor,infelizmente eu tenho que não julgar isso aqui’. Eles vão julgar.Se o senhor cometer um ato que atente contra a lei, vai serjulgado a procedente e condenado. Passar a palavra para oDr. Pedro mancebo. Desculpe-me, o senhor pode se manifestar.Agora o senhor tem o tempo livre para falar.

O SR. PEDRO MANCEBO – Boa tarde a todos. Gostaria decumprimentar a Mesa, na pessoa do Excelentíssimo SenhorDeputado Jesuíno Boabaid, senhores e senhoras, meus colegaspoliciais da PM, da Civil, a Ada, representante feminina aquida Associação ASSFAPOM, colega Delegado que está aí naplateia, Coronel, senhores e senhoras, imprensa, policiais queestão aí presentes. Bom, como todos já falaram esta Audiênciapoderia ser muito melhor abrilhantada se tivesse realmentetrazido a motivação que eu com certeza indicaria o Coordenadorda Central de Polícia para estar presente justamente porque éa pessoa que designa, que encaminha todos os casos para asAudiências de Custódia e estaria aqui falando com muitasapiência porque vive o dia a dia dessa situação. Mas antes decomeçar a minha fala eu gostaria de parabenizar aqui oDeputado Boabaid pela iniciativa e principalmente agorasabedor da sua preocupação, justamente porque visa àproteção do policial. Hoje eu estou na Corregedoria e estourecebendo diversos encaminhamentos de situaçõessemelhantes a essa. Coisas que o policial faz e na Audiênciade Custódia vai para a Corregedoria para apurar, justamenteporque é um fator que vem criando desmotivação. Eu vou aquiratificar as palavras do Dr. Júlio com relação às diversasreuniões que tiveram no decorrer da instalação das Audiênciasde Custódia, inclusive, na época, eu era o Diretor Geral daPolícia Civil, o Coronel Ênedy, atual Comandante, participoude diversas reuniões junto comigo, o Dr. Júlio também, naCorregedoria do Judiciário, e tivemos a maior dificuldade.Primeiro foi estabelecido que seria somente de segunda a sexta,no horário das 9h às 12h. Depois conseguimos passar a duasvezes ao dia, das 9h às 12h e das 15h às 18h para poderatender um número maior, porque senão a Central de Políciaficaria com uma demanda reprimida de pessoas. E, por fim,para a nossa surpresa, quando estava tudo decidido, aindadecidiram que não fariam no final de semana. Então,praticamente o Judiciário foi impondo dentro da necessidadedeles como nós deveríamos agir. E nós fomos se encaixando efazendo de tudo para que a coisa iniciasse e tivesse o efeitoque todo mundo esperava, que seria o quê? Essa agilizaçãocom relação à questão de pessoas estarem ou a necessidadeda pessoa estar presa para responder ao processo. Então essaseria a intenção. Mas durante o andamento nós fomosacompanhando e percebendo que o que estava causandoestranheza a todos os Policiais Civis, Delegados, a Polícia Militar,inclusive fizemos reuniões posteriores a isso, exatamente asdecisões de encaminhar a pessoa para guardar o recurso emcasa, e a pergunta feita no momento da Audiência como sefosse regra: o senhor apanhou da Polícia? O senhor foiagredido? Então aquela pergunta não poderia deixar de ser

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feita. Nós percebemos em algumas audiências que o fato emsi as vezes nem foi perguntado. Era muito mais interessantesaber se a pessoa tinha domicílio, se tinha residência própria,para poder responder pelo processo. O fato mesmo quase nãose entrava em detalhe, mas a pergunta: o senhor foi agredido?Essa estava em todas. Então, era bastante estranho e começoua causar, realmente, desmotivação. A gente via os PoliciaisMilitares e os Policiais Civis desmotivados com relação à feiturado flagrante. Com relação à ocorrência policial e as suasdiligências futuras, eu entendo que o Policial, e me lembroubem o Doutor Júlio com relação ao 190, em regra o 190 depoisque acontece o 190. A pessoa é vítima de qualquer coisa elaliga para o 190, é cultura do Brasil não é de Rondônia. A pessoafoi vítima de uma situação liga o 190. Aí ninguém liga o 197, otelefone da Polícia civil é 197, mas todo mundo liga 190. E aPolícia Militar é a primeira a dar assistência. O Policial vai parao local e acaba fazendo a diligência, ele está ali sob comandode um CIOP, que vem, vamos dizer assim de uma ordemsuperior: ó corre atrás, vai atrás! E ele vai lá registra aocorrência e faz todas as diligências possíveis. Então é aí queeu quero parabenizar o deputado pelo fato do Ministério Públicoter levantado que a pessoa não está ali no estreito cumprimentodo dever, achando que ele não está respaldado. Eu em minhaopinião, ele está no estreito cumprimento do dever também,porque, mas a minha opinião, a opinião do Doutor Júlio quefalou a mesma coisa ali, vai defender o policial na hora em queele for julgado? Então é por isso que eu quero aqui ressaltar eenaltecer a sua proposição de hoje levantando essa defesaaos Policiais. Eu vejo com bons olhos esse tipo de ação porqueé exatamente o que os cidadãos esperam de nós. É exatamenteaquilo. À hora em que ele ligou 190, 197 e ele foi atendido echega lá e fala: ‘rapaz eu vi um ladrão, o ladrão pulou ali’, apolícia sai correndo atrás, vai lá e pega em flagrante e ali eleusa da força física para segurar o cidadão. Chega lá nadelegacia o Policial usou da força física para segurar, para poderefetuar o flagrante. E chega lá: o senhor apanhou? Apanhei.Apanhou por quê? Não tem essa pergunta. Às vezes ali naocorrência está discriminado, e existe inclusive um boletim quenarra o uso da força física. Mas isso é visto? Isso é olhado láno momento da audiência? Então a pergunta é feita e se apessoa foi agredida encaminha-se para providências e ali comose julga se a pessoa pode soltar, se pode soltar ou não a pessoana hora, porque também não analisar não analisar aquelasituação se houve agressão e se essa agressão foi justa. Porquê? Porque na maioria das vezes a Polícia é obrigada,principalmente nos casos de furtos e roubos, é obrigada a usarda força física para prender. E outra, em regra nos roubos,não existe roubo sem violência, e a violência do roubo emregra é de arma. Então o Policial ele quando vai ele tem que irprevenido, ele vai enfrentar uma arma de fogo. Então a vidadele ali está em jogo, então às vezes esse uso da força elepassa a ser um herói e não um infrator, na Justiça infelizmenteacaba saindo de lá desmotivado por quê? Porque acaba da suaação heroica indo para a corregedoria. Então com relação asocorrências nós estamos em um progresso muito grande comrelação as delegacias de polícia com relação principalmente acapital que nós temos muitas deficiências com relação a prédios,mas estamos aí na briga incessante o pessoal da SESDEC, o1º e 3º DP passaria a ser UNISP centro, 2º e 5º DP UNISP

Norte, 4º e 7º DP UNISP Sul e o 6º e 8º DP UNISP Lestejustamente para dar um bem estar social não só para o policialcivil, militar e do Corpo de Bombeiro que vão trabalhar nessasunidades, mas para o cidadão que vai ser atendido, essa é aesperança nossa não só na capital, mas em diversas regiõesdo interior que vão receber UNISPs. Então, deputado, eu maisuma vez parabenizo pela sua iniciativa e faço essas minhaspalavras com relação a Audiência de Custódia e o Registro deOcorrência.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Passo a palavra aoMajor Padilha.

O SR. MAJOR PADILHA - Eu lembrei de um outro fato quecasa perfeitamente com o objeto de discussão desta audiênciapública, depois de observar a fala de cada uma das autoridadesque compõem esta mesa eu recordo de um documentoencaminhado pelo Ministério Público lá para a Secretaria deSegurança, uma recomendação do Ministério Público referentea atuação das polícias Civil e Militar, principalmente a PolíciaMilitar nos locais de crime, fazendo recomendações de comoproceder ou de como não fazer, então de certa maneira talveza conversa que antecedeu a propositura desta audiência públicajunto ao Dr. Shalimar também deve ter algum reflexo nessarecomendação expedida pelo Ministério Público em relação aolocal do crime, em relação a preservação do local de crime,em relação a questão de apurar eventual desvio de conduta,preenchimento de auto de resistência, etc, então tem uma sériede considerando e ao final pedindo que se padronize, que serecomende, que se instrua sobre a atuação policial no local decrime, talvez com esse viés de quem é que está fazendo oquê, ou quem é que está extrapolando no que deveria fazer,penso que deve ter alguma coisa nesse sentido também.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Coronel Ênedy.

O SR. CEL. ÊNEDY DIAS DE ARAÚJO - Só para complementara questão do flagrante como colocou aqui o Dr. Júlio, a gentenão previne o crime simplesmente o ideal é prevenir antes,mas como prevenir o crime depois que ele aconteceu? Quandovocê consegue prender o homicida que cometeu aquele crimevocê previne que a sensação de impunidade da sua não prisãofaça com que ele cometa outros homicídios, você previne queaquele ladrão que acabou de roubar ele não roube novamente,e se a gente observar a questão do flagrante delito ‘qualquerdo povo poderá e as autoridades policiais e seus agentesdeverão prender quem quer que seja encontrado em flagrantedelito; considera-se flagrante delito quem está cometendo ainfração penal e acaba de cometê-la’. Aí vem o inciso III: ‘Éperseguido logo após pela autoridade, pelo ofendido ou porqualquer pessoa em situação que faça presumir ser o autor dainfração encontrado logo depois com instrumentos, armas,objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor dainfração’. Então nós temos essas 4 hipóteses e mais o artigo303 que é são os crimes permanentes como tráfico de drogas,porte ilegal de arma de fogo, a posse ilegal de arma de fogoenquanto não cessar os crimes. Então o policial militar quechega numa situação de crime e obtém informações das vítimas,das testemunhas da possível localização do infrator ele pode,

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inclusive se não realizar aquela diligência e com amparo nessesartigos aqui do Código de Processo Penal, praticar uma omissão,ele tinha uma informação onde o infrator estava em flagrantedelito e ele não foi, então ele tem o dever previsto aqui se eletem ciência de onde está esse infrator de fazer diligência paratentar capturar e prender em flagrante delito, porque é deverda autoridade policial. Então não seria uma situação deinvestigação, mas uma situação de atuação por ordem legal dalei, então ele tem que cumprir essa lei, pois pode acontecerdepois dessas testemunhas e dessas vítimas ao serem noprocesso investigativo afirmarem para o delegado ‘olha, todosnós sabíamos que o infrator estava ali na casa escondido efalamos para a guarnição da Polícia Militar e eles não foram láefetuar a prisão’, se omitiram, prevaricaram, por qual motivonão foram lá? Então, há essa preocupação, essas situações deflagrantes e que de muitas vezes resultam como colocou aquiuma alta quantidade de crimes que são resolvidos com as prisõesdas pessoas, mas também pela colaboração das vítimas e dastestemunhas dos fatos que passa as informações e caberealmente ao policial o dever de tendo informação onde possaencontrar aquela pessoa que acabou de cometer o crime ouque faça presumir que ela é a pessoa eu cometeu o crimecomo a gente viu no Código de Processo efetue a sua prisão, eessa prisão é antes de tudo uma prevenção, talvez, não serviupara aquele crime, mas servirá certamente para que aquelapessoa não cometa outros crimes. Essa é a observação.

Muito bem colocou o Deputado Jesuíno essa questão daAudiência de Custódia. Eu participei com o Dr. Pedro Mancebo,com o Dr. Júlio, o Padilha também em algumas reuniões, euma dessas reuniões o então Corregedor, porque ele mudourecentemente o Corregedor Geral de Justiça, o Tribunal deJustiça ele falava dos benefícios da Audiência de Custódia quevai diminuir o número de pessoas presas, que vai trazereconomia para o Estado porque não tendo tantos presos o Estadonão gasta, mas eu falava para ele, a minha preocupação comopolícia que está nas ruas de estar mais próximo ali do clamorpúblico e das pessoas que passam por situações de violênciaque, talvez, essas pessoas, as pessoas que trabalham, aspessoas que realmente produzem em nosso País, seriam asmais vitimadas, porque os infratores eles não se regeneram.Então, a única forma de muitas vezes tirar eles do mundo docrime é realmente prendendo e isso já ficou comprovado peloexemplo que eu citei no início da Audiência, mas por muitosoutros que são colocados tornozeleiras eletrônicas nasAudiências de Custódia para responder liberdade e quequebram a tornozeleira ou mesmo com a tornozeleira cometeoutros crimes.Então, essa é a nossa preocupação. Precisamosrepensar as Audiências de Custódias por dois vieses, pelavalidade da soltura de perigosos infratores e pela desmotivaçãona sua descaracterização primordial que é verificar a legalidadeda prisão para verificar a possibilidade dos abusos ou nãocometido pela atuação do agente estatal que efetua a prisão.Então, nós temos que repensar que modelo de polícia, quemodelo de segurança nós queremos, porque a situação do jeitoque vai nós temos um modelo que favorece inteiramente ocriminoso em detrimento daqueles que estão diariamentecombatendo o crime.

Então, em virtude disso Deputado mais uma vez, faço aspalavras do Dr. Pedro Mancebo e parabenizo por esta Audiência

para a gente discutir Segurança Pública e buscar soluçõespara que o policial possa realmente agir de forma motivada,agir de forma amparada e ele esteja agindo realmente dentroda lei para depois não está nas nossas Corregedoriasrespondendo. A gente tem uma grande preocupação com isso,não só, repito e reforço, o Comandante Geral de Rondônia,mas de todo o Brasil para que a gente não desmotive aquelespoliciais que estão no diaadia combatendo a criminalidade queassola o nosso País.

O SR. PEDRO MANCEBO – Para não ser redundante eu tinhafeito várias anotações aqui e acabei não falando porque oCoronel falou, o Padilha falou, o Dr. Júlio falou, o próprioDeputado falou, e agora eu ia falar um negócio aqui e o Coronelcitou também, a prevaricação.Estaria o policial prevaricandoquando ele não vai atrás? Mas o Coronel levantou bem asituação, já acabou antecipando também não é; mas em cimado que a Ada levantou, eu só queria fazer um esclarecimentocom relação ao empenho não só do Diretor Geral Dr. Eliseu,mas da SESDEC, no sentido de aumentar o número de pessoaspara a 2ª Academia agora, a 1ª Turma foi 144 pessoas que narealidade não supre, não supre a necessidade da Polícia Civile o estabelecido para 2ª Turma previamente também nãosupre.Então, está em negociação, incansável o Dr. Eliseu, oDr. Reis, para ver se aumenta isso aí, porque realmente parapoder atender a demanda como requer tem que suprir o nossodéficit maior que é o humano. Então, seria isso.

O SR. JÚLIO UGALDI – Deputado, só um complemento, atéconsiderando as palavras da senhora Ada Presidente daAssociação, com relação a investigação, não é? O CoronelÊnedy colocou de forma pontual a questão da espécie deflagrante que você prende não no momento que acontece,mas depois em que há uma perseguição, me referi mais cedoa ele. Então esse levantamento da Polícia Militar nósentendemos perfeitamente legal, em hipótese alguma a gentepode concluir que isso é uma investigação e afeta a PolíciaCivil ou Polícia Federal. Então para deixar bem claro, nós pelomodelo que temos hoje implantado a partir da ConstituiçãoFederal e da Legislação infraconstitucional a Polícia Judiciáriade regra é Polícia Civil, Polícia Federal. Então eu não defendoem hipótese alguma que o Policial Militar cumpra um mandadode busca e apreensão, faça a intercepção telefônica, instaureinquérito policial salvo inquérito de sua atribuição que éinquérito policial militar e até mesmo a própria lavratura dotermo circunstanciado, se isso é discutido a muito tempo vaimudar amanhã, hoje é nosso incentivo pelo ordenamentovigente constitucional não é atribuição da Polícia Militar, comoo próprio texto da 144 fala:‘função de Polícia Investigativa eJudiciária é Polícia Civil e Polícia Militar’. Queria só deixar essecomplemento e aproveitar o ensejo deputado dizer o seguinte;o Diretor Geral, o Delegado Geral, Dr. Eliseu ainda não mandouo documento por que ele está fazendo de uma forma minuciosalevantando custo, e ele não concluiu ainda esse custo porqueestava pegando a folha mais atualizada, mas ele está aindaem fase de conclusão vai ser apresentado para a SESDEC eaqui para essa Casa de Leis. Obrigado.

O SR. PEDRO MANCEBO – Deputado é só complementandoaqui ele levantou uma situação de exatamente de situações

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que a Polícia Militar, às vezes, tem mais treinamento em cimade diversas situações eu digo assim do assalto a banco, dosequestro, onde fica a permanente, a coisa perdura no tempo,não é? Então tem pessoas dentro da Corporação Militar asvezes muito mais preparadas para esse tipo de situação, e alinão está sendo investigado, ali é um crime permanente, é umsequestro é permanente. Então é com certeza a Polícia Militarela faz bem essa atividade pós crime, justamente em cima detodos os elementos que o Coronel Ênedy levantou agora apouco, tudo previsto no nosso ordenamento jurídico. É isso aí.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Coronel Bonfim.

O SR. JOÃO BONFIM - Senhor Deputado com a sua permissão,Senhor Comandante Geral, ouvindo os senhores comentandoa nossa mente viaja no tempo, tudo que vocês colocaram aí sea gente for ver é questão histórico, questão cultural, porquequando eu fiz o curso de soldado, nas nossas matérias emsala de aula já colocava um fardo sobre o policial militar daresponsabilidade dele além de fazer a segurança pelas nossasruas ter também a responsabilidade de elucidar o crime. Hojeeu tive a oportunidade para a academia para o curso de oficiale lá também coloca mais um manto, mais um peso sobre ooficial, também tem a responsabilidade de estar nas ruas comos policiai, está comandando e no momento que há um crimetambém tem a responsabilidade de além dos praças, dosnossos oficiais também de resolver o crime. E nós vimos comoo próprio Comandante citou todas essas leis nos levam naacademia e coloca esse manto do braço forte do Estado para adefender a sociedade com risco da própria vida, se nós somoscapazes de dá a nossa própria vida, responder um processoou outro, entre responder um processo e continuar vivo,continuamos vivo. Então são esses mantos que vêm daacademia para cima de nós, policiais militares, seja praça, ouseja, o oficial. E bem colocou o Comandante, nós temosrespaldado de quem diz:‘olha o policial deve, tem o dever, tema obrigação’, tem aquele verbo infinitivo de determinar quenós temos essa obrigação de fazer com que a segurança vá atodo cidadão e que ele seja atendido nos seus pleitos. Só queeu acho que está havendo uma modificação na legislação quediz:‘ó, o policial não pode mais ir ali’. Poxa, mais a pessoaacabou de ser vítima, eu conheço a área que eu atuo, sei maisou menos quem são essas pessoas eu não vou fazer um papelde um policial civil, eu vou estar a fazer um papel de policialmilitar que tem a obrigação de defender aquele cidadão que alei me respalda e querendo ou não ele também é meu patrão,e nós conseguimos efetuar essa prisão. Às vezes ocorre comoos senhores falaram, vamos ter de resistir porque a parte nospôs uma resistência física, por que isso que nós trabalhamosno mínimo com dois policiais, para que dois possa conter umou três para conter dois que não aja tanta violência física. Sóque agora nós vemos o que? Nós estamos diante de impassessociais que tudo é o 190 como bem diz o Dr. Mancebo, e aquijá falei naquela tribuna; policial militar? Liga 190. Policial Civil?190. Policial Federal? 190. Membro do MP? 190. Membro doJudiciário? 190. Membro da Assembleia Legislativa? 190.Membros do Poder Executivo seja em qualquer Secretaria?190. Todo mundo vai parta o 190 por que virou cultura e nósnos sentimos na obrigação de bem atender a comunidade por

que ela está em situação fragilizada. Então senhor Deputado,já que o senhor está trazendo à baila tudo isso, para que agente possa rever também, porque é muito falho sobre a PolíciaMilitar. O Termo Circunstanciado como bem falou o doutor mefez pensar, se nós temos que fazer agora um TermoCircunstanciado, nós temos de uma certa forma indo numaárea que deveria ser da Polícia Civil. Mas, a gente diz: ah, aPolícia Civil não consegue fazer tudo isso. Então, vamos ajeitarpara Polícia Militar ajudar a comunidade. Mas, quem fica emxeque é o policial militar, seja ele o praça ou seja ele oficial.Nós temos que fazer “entrar numa outra área”, se a genteparar para analisar que deveria ser levado a bom termo peloDelegado, pelo Agente de Polícia, que o policial levaria essaocorrência, pronto, fecharia o ciclo da polícia. A Polícia militarretirou, a Polícia Civil dá continuidade, já que é uma auxiliandoa outra. E agora Deputado, o que a gente não pode é ter essafardo de arriscar a própria vida, de arriscar ainda a própriafarda para atender demandas que está na sociedade que nãoé responsabilidade do policial militar seja ele o soldado ou ocoronel, porque tanto o soldado quanto o coronel temoscobranças de tudo que é segmento e a questão de SegurançaPública não é mais questão de polícia, é uma questão socialgrave que infelizmente a gente percebe que a demanda cadavez aumenta, não só no Estado de Rondônia, mas no nossopaís, nós estamos a porta da nossa Presidente eleita já nãomais fazer parte até o seu término, para ver como está asituação no nosso país e as policiais militares ficam acuadas, agente pode usar esse termo, de resolver um problema socialcrônico, que cada ano torna-se mais crucial. Eu lembrava aquiquando o nosso Comandante fazia a sua fala, que na décadade 90, quando eu fazia parte do 5º Batalhão, o Comandantetambém saiu com a gente, a minha preocupação, os policiaisfalavam: Mas, Capitão, porque o senhor faz questão que tenhaviatura lá na zona leste, lá não tem tanto crime? Mas, eu digo,é porque justamente se a Polícia Militar não estiver presente,o doente não vai ter assistência, porque não tinha SAMU, asparturientes geralmente a noite que as crianças querem nascere os doentes ficam a noite. Então, fazer essa briga para que lápelo menos tivesse representação do Estado, já com essa visãoa frente de ajudar, porque se não tivesse uma viatura da PolíciaMilitar naquela localidade mais distante a nossa populaçãoestava totalmente descoberta, porque os doentes ficaramgeralmente à noite. Então, pegue os nossos boletins deocorrência no 5º Batalhão daquela área era; auxílio parturientesX atendimento, auxílio doente X atendimento. Então, nós vemosque nós sempre ficamos querendo fazer o papel de todo oEstado, não falo só o Executivo, mas de todo o Estado como dedireito para resolver o problema social, e isso é um trauma, seeu posso usar esse termo que já colocam na Academia paranós policiais militares. Eu creio que esses novos policiais quevirão para rua, já virão também com uma obrigação de queeles são responsáveis pelo bem-estar de todo mundo, que sealguém cometer um delito, ele tem a responsabilidade e aobrigação de prender e aí o que nós temos Deputado, é quedar um basta como bem disse o nosso nobre Delegado, que écultural. Mas, a gente tem que quebrar essa paradigma, porquede tanto usar o cachimbo a boca entortou e nós já estamosficando torto não só a boca, é todo o corpo; porque tudo o190, o oficial que está nas ruas, os policiais que está na rua

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tem que resolver e nós estamos vendo agora que nós estamosficando numa situação de xeque, porque as leis pétreas, vamosdizer, as Leis básicas, como leu o Comandante, nos diz que nóstemos a obrigação e se eu sei onde está alguém que cometeuum crime, é obrigação minha, foi iniciado isso na academiadesse soldado, que eu tenho a responsabilidade com a minhaGuarnição de ir lá e prendê-lo, mesmo que ele já não estámais no local do crime, que ele já foi para um outro bairro,mas está no meu turno de serviço e isso a Lei nos cobra. Sóque nós estamos vendo agora que uma nova legislação queestá surgindo, já está contrapondo aquela que nos deu basepara atuarmos como braços forte do Estado, a quem praticouum delito ou um crime e esse o conceito que mencionou ali, osjuristas estão dizendo isso, mas, o jurista diz uma coisa, mas asociedade pede outra e o Estado nos cobra outra, porque quandoalguém liga o 190 diz assim: ‘ó, vai chegar o socorro, vai chegara cavalaria, eu vou ter que..., quem cometeu o delito vai serpreso, eu vou ter todos os meus bens instituídos, vou naDelegacia e vou conseguir’. É isso que a nossa sociedade esperade nós, só que nós estamos vendo agora que esse sonho dasociedade, esse sonho que nos deram na Academia, estádiferente do que está acontecendo no presente momento.

Senhores, muito obrigado.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Passar a palavrapara Ada, não é isso?

A SRA. ADA DANTAS BOABAID – Eu só queria pontuar quequando o Código do Processo Penal falta de autoridade policial,ele está falando de Delegado de Polícia. O agente público nocaso, o policial militar, ele estaria sim no seu momento quandodiz aqui no CPP, artigo 302, quando o agente está cometendo ainfração penal. Aí tudo bem, caberia a Polícia Militar que estáali fazendo a patrulha ostensiva, caberia a Polícia Militar. Mas,no momento que o agente, aliás, que no caso a vítima liga paraPolícia Militar e no caso o Coronel Bonfim, falou que é decostume, já faz parte da nossa cultura, nem eu mesma sabiaDelegado Pedro Mancebo, me desculpe, nem eu mesma sabiaque o número da Polícia Civil era 197 e acabei de descobrir.Mas, é interessante que o cidadão saiba que aquele, ele ligapara polícia e diz assim: ó, aquele cara ali acabou de cometerum crime contra mim. A partir desse momento, já não dizrespeito a Polícia Militar, aí já cabe a Polícia Civil, porque agente já está entrando na investigação do crime, o crime jáaconteceu. Diferente Coronel, quando eu falo de autoridade, aautoridade no caso, a autoridade policial é o delegado de polícia.A gente está longe, a gente está longe, nós estamos longedaqueles filmes americanos que chega a Polícia Militar, chegamos delegados, chega a Polícia Civil, aquilo ali seria umamaravilha, era isso que nós queríamos para o nosso Brasil, eradessa forma que a nossa segurança pública poderiaestarfuncionando hoje, eu penso que esse seria o esperado.Quando lá na Constituição Federal fala, a Polícia Militar, PolíciaCivil, Bombeiro Militar Polícia Federal, esse é o esperado, masinfelizmente ainda está muito longe de ocorrer o que é umainfelicidade para todos nós.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Só para, assim eudiscordo da situação quando fala que somente o delegado é

autoridade policial, porque eu discordo? Com base na Lei,porque os militares respondem a abuso de autoridade, e quemresponde abuso de autoridade, autoridade é, não é verdade?Então, não poderia ser capitulado abuso de autoridade, ele éexclusivo ao entendimento do próprio Ministério Público. Opolicial militar quando comete, exemplo, uma violação dedomicílio, ele está passivo de responder abuso de autoridade.Então, o rol, quando fala em autoridade, ele está falandoenglobando todos os agentes que fazem parte, que podemresponder os crimes propriamente. Agora, eu vou entrar noponto que o coronel falou, agora a gente tem que partir parao mais interessante, a gente ouvir os debates. Alguém querse manifestar? Se alguém quiser se manifestar, o momento éagora, até é importante o delegado quiser se manifestar, oDoutor pode também falar, se o senhor quiser pontuar qualquercoisa, o senhor também pode manifestar. Aqui é AudiênciaPública, a gente tem que ouvir para depois ir para os debates.

Debates não, agora a gente vai acrescentar.

O SR. OSMAR – Boa tarde a todos. Meu nome é OsmarDelegado de Polícia Civil, cumprimentar todos os componentesda Mesa em nome do Deputado Jesuíno Boabaid,parabenizando desde já pela realização dessa AudiênciaPública. Fazendo apenas algumas considerações até porque oassunto foi sendo acrescentado e debatido por cada um dosoradores e um tema muito interessante e muito bem discutido.Eu gostaria de contribuir apenas fazendo algumasconsiderações mínimas, dizendo que no caso, por exemplo,até onde vai atribuição do policial militar ou do policial civil,aquela transição geralmente talvez seja uma das questõesmais conflitantes, mas não seja o maior problema de até ondeele pode agir. A partir do momento que ele for acionado,naturalmente, ele já vai fazer uma distinção se as primeirasações que ele está praticando vão gerar ou não um flagrante.Se uma pessoa estava viajando, chegou em casa e encontroua sua residência arrombada, naturalmente a possibilidade deum flagrante acontecer a partir daquela notificação serámínima. Então provavelmente o policial militar, vai fazerregistrar os dados, anotar os dados, acionar o CIOP paramobilizar a perícia, e naturalmente, ele não vai executar outrosatos em continuidade investigativa, acho que aí é uma coisa aser bem clara, uma coisa bastante tranquila. Enquanto que seele for acionado por uma pessoa via CIOP, a pessoa está emvia pública, acabou de serem assaltados, aqueles atos contínuosque ele vier a praticar na tentativa de localizar o infrator, ou osinfratores, eu acho que são absolutamente legítimos uma vezque são desdobramentos contínuos da própria atividade. Nósnão podemos entender o policial militar atuando apenas antesdo crime, se não nós vamos reduzi-lo apenas a condição deum vigia, que o vigia ele apenas observa o que acontece e elenão atua, ele aciona o próximo passo e não é, nós sabemosda grandiosidade da polícia militar, de toda a sua competência,a sua coragem inclusive no enfrentamento, e aqui de públicológico elogiar a ação de todos os policiais militares. Então,engrandecer instituição nesse aspecto, os atos que ela devepraticar em continuidade a partir do seu acionamento, sãoaqueles que nitidamente têm grande possibilidade de geraruma prisão em flagrante, que ela também pode ou nãoacontecer, porque depois lógico, vai ser analisado as

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características jurídicas, enfim, se contemplam os objetos, aspessoas, as provas que forem apresentadas, o que tambémnão invalida em nada todas as ações que o policial praticou,porque também mesmo depois de lavrado o flagrante, o próprioauto de prisão em flagrante, ele pode ser validado ou não pelojudiciário. Então, nesse momento, eu gostaria de fazer esseregistro, que eu acho que facilita um pouco o entendimento detodos que os atos que sãos legítimos praticados pelo policialmilitar, são aqueles que poderão gerar a prisão em flagrante,não obstante lógico as atividades que acontece em apoio ouenfim, a denúncia de um possível infrator que esteja numdeterminado local, ainda que não esteja em flagrante, se apessoa não puder ou não conseguir a polícia civil, conduzir oinfrator à delegacia de polícia para que ele seja totalmenteidentificado e possivelmente, posteriormente investigado. Aoutra consideração que eu gostaria de fazer tambémrelacionada à audiência de custódia, me parece que ela nãofoi muito bem absorvida pelos tribunais de justiça, porque elafoi um pouco que empurrada goela abaixo. Parece que lógicopor uma política também penitenciária em que se querenfrentar a superlotação carcerária, foi colocado essa ideiacomo a salvação da pátria, muito embora, na prática, ela nãoaconteça ainda no interior. Então, em tese, os presos do interiortêm menos direitos que os presos da capital, é uma coisa a sepensar também. Como também, na capital não acontece todosos dias. Na prática tem acontecido nos dias úteis. Então ospresos dos fins de semana não têm os mesmos direitos daquelesque são presos durante a semana. Então ela só tem atendidoa finalidade de evitar ou reduzir a superlotação carcerária,quando na verdade ela não tem atendido toda sua finalidadena essência, que é realmente verificar se o preso sofreu algumabuso, ponto. Isso já era verificado com o exame de corpodelito. Isso não muda nada. O exame técnico do médico legistaa aferir se teve lesões ou não, se elas são compatíveis comabuso ou se elas são compatíveis da resistência natural daforça física que teve que ser aplicada, isso o médico legista jáfazia e continua fazendo. E aí essa entrevista presencial com omagistrado, ela em pouco ou nada acrescenta. Na verdade,lógico, coloca uma pessoa na presença de um magistrado, osmagistrados estão atolados com processos e agora vão andarmais lentamente, uma vez que eles têm um novo encargo. Aoinvés do processo agir mais rapidamente, quando aquelemomento, inclusive poderia ser aproveitado para perguntar: osenhor praticou o crime? O senhor confessa o crime? E dali jáse tomar medidas imediatas, diante da confissão espontânea,que já o processo já praticamente fosse instruído e encerrado,ao invés de só perguntar se ele sofreu lesão. O processo, emvez de ganhar velocidade, ele ficou mais moroso. Colocou-seuma nova etapa, mais trabalho na mesa do Juiz, para o Juizjulgar menos, ter que instruir mais, jogar mais informaçõesdentro do processo e julgar menos. Então é nesse sentido queeu gostaria de fazer a consideração. Não sei se de repenteisso poderia gerar algum encaminhamento, mas que dentreas perguntas que fossem consubstanciadas naquele primeiromomento, no interrogatório, que o magistrado perguntasselogo: o senhor praticou o crime? O senhor já não quer confessar,aí a gente já sai logo com isso aqui resolvido. Pronto. Isso aíseria uma coisa bastante objetiva e isso geraria umacontribuição efetiva para a velocidade do processo. Era nessesentido que eu queria fazer minha contribuição.

O SR. CEL. ÊNEDY DIAS DE ARAÚJO – Só para complementaro Dr. Osmar, algumas comarcas do interior já estão fazendo,Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena, Audiência de Custódia.Já estão solicitando diversos apuratório aos Batalhões.Ariquemes mesmo, todas as prisões, conflito agrário, que foramrealizadas, elementos com 14 armas de fogo, 15 armas defogo, todos, foram apreendidas as armas, conduzidos o infratoraté a Delegacia, estão sendo requisitados apuratório porqueos infratores alegam que foram, de alguma forma, agredidos.Então, mas já está sendo feito também em algumas comarcasdo interior. E por isso que a finalidade talvez esteja distorcida,como disse o Dr. Júlio e agora, como acrescenta o senhor. AAudiência de Custódia tem a finalidade de apresentar aquelapessoa ao Juiz no prazo de 24 horas, como está no tratado, deSão José, mas talvez aqui esteja distorcida. Ela está trazendoo que chama de resquícios da ditadura militar para tentarverificar se houve tortura e abuso de autoridade naquela prisão.E não para verificar se realmente o delito foi cometido, seaquela pessoa resistiu à prisão e, se houve uso da força, porqual motivo. Mas indistintamente estão fazendo de forma, comodisse bem o Major Padilha, uma inversão de valores.

O SR. OSMAR – Até nesse complemento, porque assim, nãohá que se esperar por parte de alguém que é conduzido até oJudiciário, numa Audiência de Custódia, que ele faça grandeselogios à pessoa que prendeu ele. Então, você está retirando apresunção de boa-fé, de um ato legítimo que naturalmentenão vai ser elogiado pela pessoa que foi presa. Imaginemosaté que numa situação hipotética, que houvesse uma Audiênciade Custódia, uma segunda Audiência de Custódiaimediatamente após a primeira, em que o preso fosseapresentado ao TJ e que ele fizesse considerações sobre omagistrado que não expediu alvará de soltura dele. E falar: oque é que você acha? Ah, o Juiz lá me maltratou porque elenão expediu meu alvará. Eu não gostei do que ele fez. Então agente não deve esperar do preso elogios, consideraçõeshonrosas para quem agiu no estrito cumprimento do deverlegal, praticando atos legais, et cetera e tal. Então, eu achoque nesse sentido a Audiência de Custódia realmente tem sidoutilizada de uma forma distorcida e perdendo uma grandeoportunidade do processo até ganhar velocidade, que seria,no caso, já reunida provas suficientes, estando presentes alinaquele momento já o Promotor de Justiça, o Defensor Público,não faltaria praticamente mais nada para você instruir. Se depoisdisso fossem apresentadas as testemunhas e o laudo pericial,já teria praticamente esgotado toda a instrução probatória.Então, nós temos o Promotor, temos o Defensor, temos o Juiz,acho que era o momento oportuno para se perguntar: vocêpraticou o crime? E aí ele já disse ‘sim ou não’, diante daquelecontexto e aí fosse instruído definitivamente ali o processo.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Pode falar o senhor,nome, se identifique.

O SR. WELINGTON ZABRÃO – Boa tarde. Meu nome éWellington Zabrão, eu sou excedente do Concurso da PM de2014. O que mais? Eu moro em uma região que ela sofre commuita criminalidade, é o bairro Novo Horizonte que é chamadocomo Bom Sucesso que é conhecido, e o Monte Sinai que é

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uma parte atrás que foi fundada depois, tem eu acho que hátrês anos. Essa região concentra bastante criminalidade, nãosei se os senhores sabem? E eu também venho assim reivindicaruma Polícia Comunitária naquela região para pacificar, e tambémcomo estamos discutindo as partes das atribuições entre asPolícias. Eu acho que chega a acontecer muito. Quando aspessoas ligam para a Polícia acontece muito uma jogar paraoutra, quando liga para a Polícia Militar fala que não é da alçadadela, quando já aconteceu algum furto alguma coisa, algumcaso de criminalidade. Eu, a meu ver acho que deveria ter umaPolícia mais participativa com a comunidade ali, para ouvir acomunidade e saber do que ela está precisando. É umacomunidade que está muito abandonada, ao meu ver. Aconteceuhá um ano meu vizinho estava com a casa sendo arrombadapor uns meliantes, e eles arrombaram a casa dele e estavamlevando as coisas, aí como a comunidade ela presenciou isso,nós juntamos um grupo de pessoas e guardamos as coisasdaquele pessoal, daquela pessoa que nem em casa estava,estava viajando, estava em outra cidade e não estava sabendode nada do que estava acontecendo ali. Nós guardamos,resguardamos o patrimônio dela, e quando ela chegouagradeceu porque ela não sabia. E tinham coisas ali dela queera até emprestado. E os bandidos estavam levando tudo. Enós passamos a noite todinha guardando a casa do cidadão, ea Polícia, a gente ligava para a Polícia e a Polícia não aparecia.Essa é a minha reivindicação, vou deixar declarado, e obrigado.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Tu falas sobre aquestão da integração dos Policiais Militares. Existe essa filosofia,não é? Da Polícia comunitária, só que está muito distante,enquanto não houver o reaparelhamento, realmente, o efetivo,ficamos um pouco, é complexa a efetivação.

Existe também o Policiamento no caso das patrulhasescolares, as guarnições que são efetivadas, que saem nasruas. Eu mesmo na época eu trabalhei muito tempo, não erapropriamente um policiamento propriamente comunitário, assimcomo vem ditado, mas a gente tinha muito contato com asociedade do bairro Nacional. Só que também são poucaspessoas que tem a devida confiança em falar: olha, aquilo alifoi o criminoso que cometeu tal delito. Para você conquistarisso tem que interagir muito, muito até ganhar essa confiança.

Coronel, alguém quer falar sobre algo?Eu quero partirlogo para os encaminhamentos. Ficou claro esta tarde? Aí comobem disse todos entendimentos sobre a questão das atribuições.Que fique bem, a gente entende, cada um tem as suasatribuições. Tem continuado essas situações de que acompetência da Polícia Militar, lógico, ela não é meramente,como bem disse o Doutor Osmar, ela não é uma Polícia devigilância, não é, não é um vigia. Lógico que como o senhorbem disse. Mas a nossa preocupação são algumas ações quesão tomadas por conta de algumas investigações feitas poralgumas guarnições, e isso a gente não pode tirar jamais. AASFAPOM, e representada hoje pela Ada, responde todos osdias tem Policiais procurando assessoria jurídica, eu falo emnível de Estado de Rondônia. Nós temos hoje um grupo deAdvogados e a todo momento é abuso de autoridade, é crimede tortura, lesão corporal, agora com esse volume grande deações que estão sendo tomadas por conta dessas investigaçõesaí, por conta dessas audiências de custódias. Ficou nessa tarde

também que eu vou buscar, e aí são informações que vão metrazer através da Presidência da Comissão de SegurançaPública, vou falar com o Presidente desta Casa Maurão deCarvalho, para buscar aí o Tribunal de Justiça, o próprioCorregedor para abrir um diálogo. Final de semana não temJuiz de plantão? Só vai ter na segunda? Então não está tendoa sua eficácia na sua plenitude, não está tendo. Vamosdisciplinar também as atribuições e leis se for, eu vou discutirna Comissão de Segurança Pública um projeto de lei que quemdeve cumprir essas questões também, aí a gente vai debateras atribuições de quem vai levar ao juízo, e também vou maisalém para apresentar esse projeto de lei. Eu quero fazer umapergunta para o senhor que pode me responder; nos outrosEstados quem é que leva ou se existe o juiz, se alguém podeme responder, existe um juiz de plantão na delegacia assimcomo existe um defensor e um promotor, depois eu querosaber se não tem, se isso que acontece em Porto Velho, emRondônia é algo inovador temos que rever, temos que rever,por que Rondônia está fazendo esse papel se os outros Estadosé para estar um juiz de plantão ali só aguardando junto com opromotor, como o senhor bem diz é só chegar ‘o senhor fez otal delito? Não, não fiz’, não fez, o que é que vai fazer? Anossa preocupação, a tropa já está desmotivada, eu vou falara Polícia Civil e Militar já está totalmente sem motivação aindater que, inverteu, se eles queriam ter o trabalho, o acúmulode, onerar o Estado, desafogar o Estado quer dizer, e naeconomia processual eles estão indo para uma outra vertenteporque as corregedorias hoje estão lotando de processo, entãoagora sobrecarregados de processo e isso vai ter que serapurado, já não tem efetivo nas corregedorias agoraconstantemente o menino que fez um assalto qual a pergunta‘o senhor foi agredido? Não, não fui agredido não, não fiznada não’, lógico que ele vai falar ‘eu fui agredido’, tem nainternet para quem quiser ver o cara se agredindo com osjoelhos, estourou a cara todinha. Eu fiquei,minha nossasenhora, como é que o cara consegue quebrar a cara delecom o joelho assim? Quem vê aquilo o cara fala para que eleestá fazendo isso? Ele ainda enche a cara que quer enrolar ospoliciais, um fala para o outro dentro da cadeia ‘baixa o pauem mim, me arregaça aqui que eu quero fazer uma denúncia’,aí vai lá fazer exame de corpo de delito você meu amigo vaiser condenado, estão usando de corpo de delito, tem a fala domeliante e aí como é que fica o policial militar que dá subsídiopara a sua família através do seu trabalho? Então a funçãohoje dessas discussões nossas tanto policiais civis e militaresnão podem ficar refém deste sistema que para mim a cadadia só tende de afunilar, só tende de afunilar e ficar contraaquele que ainda defende a sociedade. É muito fácil você estarno ar condicionado fazendo julgamento de mérito, é muitofácil, ali você está julgando com documentos meu amigo, euquero ver lá dentro, por isso que tem vários magistrados quejá foram policiais, conheço alguns, que tem ele tem outroentendimento, pode ver que o julgamento dele é diferente,para ele condenar tem que ser uma coisa muito radical, ocara fez mesmo o que não devia, mas na sua maioria elejulga porque ele sabe, vivenciou na pele, estava lá na rua elefalou ‘eu sei quando fui policial civil’, tem o caso, vou dar nome,Dr. Franklin, juiz, magistrado, foi policial civil, Juiz Arlei tambémfoi Coronel da Polícia, também foi Oficial da Polícia e quantos

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outros foram, eles vivenciaram, eles sabem, delegados aquique passaram também na magistratura, foram promotores,que são Promotores de Justiça eles tem outro entendimento.Agora quem nunca foi, que saiu só do estudo, do estudo, doestudo, só ali curvado só teoria, quando vai para a prática eletaca-lhe a caneta mesmo, ele assiste, ‘minha nossa senhora,olha só a cara desse cara, vou condenar’, vou condenar porqueele não vivenciou e ele está julgando ali com documentos, comdocumentos. Então infelizmente é isso. Eu tive, eu vou contaruma certa situação, estava numa ocorrência eu e um Sargentoantigo, chegamos a casa de um filho de um desembargadoraposentado que tinha sido furtada, levaram não sei quantosmil reais e aí o desembargador falou ‘rapaz, tem que pegar ebaixar o pau meu irmão, tem que, se encontrar’, falou dessejeito, eu fiquei olhando ‘não, doutor, a gente não pode cometerisso não, jamais, isso aí é coisa que a polícia não pode cometer’.Então quando a coisa dói, fere, opa aí é diferente, aí pode,quero ver quando o cara entra na casa de um qualquer ouuma situação de uma autoridade, eu não vou falar agora sobreo Judiciário, de qualquer autoridade, coloca sua família, colocao revólver igual eu vi agorinha quando saí do gabinete umabsurdo, o cara é um limpador, era um faxineiro na loteria, ocara chega, vagabundo, é vagabundo mesmo, chega encostano cara agride, agride e no final dá um tiro e mata, isso todahora é passado na televisão e o que mais tem é defesa, aindaexistem deputados federais e senadores que defendem que opreso tem que estar intocável, inabalável, tem que receberbem, tem que estar bacana ainda, pagando bem, comendobem para a ressocialização do meliante que as vezes é umpsicopata, às vezes não, é um psicopata, é um matador equando mata polícia. Eu vi, um é o cúmulo, meu Deus do céueu não vi aquilo, a Polícia Militar só poderia reagir uma conduta,repelir a justa agressão quando tivesse sofrido um atentado,ou seja, o vagabundo atirou, o meliante, aí agora a PM podecomeçar a disparar, olha essa inversão de valores, gente, ondea gente vai chegar isso aqui? E como é que vai ficar? Entãoquer dizer que hoje vai ser tudo assim, tudo robótico, nãoninguém pode mais cometer mais nada porque é da formaque está. É muita lei, o Estado brasileiro tem muitas leis quesão a toda hora se você ficar atualizando no site do Congressovocê vai ver o tanto de lei que surge a cada momento semeficácia alguma e muitas só vêm para prejudicar, é tirar direitode servidor, é revisar a questão previdenciária, é toda hora.Vou dar o exemplo da PLP 257, todo mundo pensa que é sópara militar, não é não, o Militar ataca, mas vai também mexerem todos os servidores civis, todos os servidores públicos dosEstados que foram signatários aí de uma revisão, de um acordo,e que Brasil é esse? Quer dizer que tem que penalizar aqueleque traz realmente a riqueza, ou seja, quem trabalha em prolda sociedade, estou falando do servidor, mas tem a questãoda agropecuária a gente vai investir para outro lado não, e oque fica aqui claro, quantas cidades, quantas cidades que vocêpode ir nos 52 municípios, distritos e outros locais você não vaiter nenhum representante que eu falo do Estado, assimexemplo, falando dos Poderes, mas lá vai ter um “gebezinho”da Polícia Militar representando a polícia, representando mais,o Estado de Rondônia, pode chegar. Eu vou perguntar: Coronelexiste um local que não tenha Polícia Militar? Hoje, aqui emRondônia? Todos os locais são representados pela Polícia Militar,

isso é fato, não sou eu que estou criando não, por quê?Representa, ali ele é pastor, psicólogo, ele é parteiro, que diaboque for ele vai ser, ele vai ter que dar o jeito, isso é fato eu nãoestou brincando você pode fazer, eu faço fiscalização constantee nós se deparamos com tal fato, mas é exemplo: “não, deixaeles, enquanto não tiverem fazendo está tudo bem para a gente”,é como assim, vai fazendo, vai fazendo, vai fazendo, e a coisa,qual é a recompensa que nós temos? Não estou falando aquestão nem isso, agora pelo menos e aí eu falo, fica esserecado nesta data de hoje, primeiro os encaminhamentos queeu vou traçar aqui desta conversa, eu vou pedir cópia da Portarianº 01/16 Conjunta, para discutir a possibilidade de uma LeiEstadual para disciplinar essa questão, quem vai fazer disciplinaro encaminhamento, mas antes disso, vou amanhã apresentarna Comissão de Segurança Pública as devidas sugestões quesão debatidas, que foram debatidas nesta Casa, nesta tardede hoje aqui nesta Casa, que é buscar junto ao Judiciário, sefor necessário eu vou ao Conselho Nacional de Justiça, eu voulá, eu vou lá pedir informação de algum Corregedor lá, deveser, é o Lewandowski que é o Presidente, mas deve ter alguémlá que deve ter feito o Relator que disciplinou essa situaçãodos termos, essas Audiências de Custódias, eu vou ter queconversar com ele, a gente vai ter que ir lá com ele para agente debater que Rondônia ficou assim, em vez de custódiavai ser custódia para os militares e policiais civis que estãosendo hoje a todo o momento tendo que ser submetido aapuração de denúncia de má conduta de abuso, então a gentenão está falando aqui de passar a mão na cabeça de ninguém,ninguém, ninguém está falando sobre isso aqui não, só quetornou-se uma coisa totalmente diferente que foi proposto noprimeiro momento que era desafogar os presídios, que era tereconomia, celeridade processual e não, não é, você tira dessaquestão aqui dos meliantes que estão sendo acusados e estãojogando para outra situação, para outra seara, outra PoliciaisCivis e Militares. Houve a denúncia, apura a conduta e acumulode questões, de apuratório nas devidas Corregedorias. Então,eu vou propor isso quanto a questão da falta de efetivo nestatarde, novamente, nós discutimos eu quero que o Major Padilhaencaminhe para mim, eu vou pedir, mas se for necessário euoficializo ao Dr. Shalimar essa recomendação do próprioMinistério Público, mas se vocês puderem encaminhar paramim amanhã, eu também agradeço para a gente colocar, juntarnessa Audiência, aqui nesse Processo da Audiência essarecomendação. As atribuições aqui que eu também, e aí euvou fazer uma pergunta, se tem como, aí vocês têm como meresponder: manter, existe hoje um delegado, tem um delegadode plantão que é o Delegado da Central de Polícia e aquelaguarnição ela tem condições hoje de prestar, se for acionadana 197 para fazer uma diligência, tem condições de fazer talfeito, o senhor tem como me responder doutor? Exemplo:ocorrer um crime tem como o delegado, a militar chegou, “opa,eu fui até aqui”. Então entra a Polícia Técnica, entra, a PolíciaTécnica vai na questão dos homicídios ela vai, mas tem, comoexemplo, a Polícia Militar em um cidadão acionando o 197 tera questão da Polícia Civil no local?

O SR. PEDRO MANCEBO – Hoje eu posso dizer para você queas especializadas, por exemplo, a Delegacia do Patrimônio, daHomicídio e da Furto de Roubos, são as Delegacias mais

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preparadas no sentido de atender ocorrências de imediato. Asdemais especializadas são difícil de atender até pelo efetivo,agora quando se fala em atender ocorrência não podemospensar só na capital, temos que pensar no interior inteiro. Seráque teria condições de atender a toda à demanda?

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Entendi.Não, sóuma pergunta porque a gente entrou em todas essas discussõesde quem certa situações que vai cair na atribuição da PolíciaCivil e hoje eu vou até dar essa, pedir para dar mais publicidadequanto a 197 porque tem um policial que fica de serviço deplantão no CIOP, só que ele atende o 190, mas se vocêsmanifestarem e eu faço o pedido que façam um manifesto juntocom o documento que vai ser encaminhado para mim doquantitativo de efetivo Dr. Júlio, mandar para mim falando quenão tem condições, e se tem condições pela falta de efetivoque isso ai corrobora mais ainda com as ações, inclusive civispúblicas que eu estou com uma aqui com o efetivo da PolíciaMilitar, que o Dr. Shalimar impetrou está aqui, tem da PolíciaCivil, tem da Polícia Militar, tem do bombeiro tem todos, e aivem dos demais municípios que cada promotoria estáingressando com as ações civis públicas. Aí eu vou pedir paravocês para a gente começar a fortalecer, fortalecer como eufalo as Instituições eu digo sempre, fortalecer as Instituiçõesque tenham inclusive já autonomia orçamentária, tem autonomianão é isso? Parte da, a PM, a Polícia Civil tem, e se a gentefortalece não só de forma, os recursos humanos, dando asegurança funcional, a questão também dos efetivos certamenteesse Estado vai melhorar cada dia a sua segurança pública noaspecto geral. É esse o meu intuito dessa minha discussãohoje, eu me dou por satisfeito em partes, ainda mais se agente chegar nesse consenso, pode falar.

O SR. PEDRO MANCEBO – Deputado com relação ao telefone197, eu gostaria aqui de dizer que a Polícia Civil tem feito umadivulgação bastante intensa nessa, principalmente agora nagestão do Dr. Eliseu, através do Dr. Rony Silva do telefone 197,eu vou pedir para o Dr. Osmar falar com o Dr. Rony Silva atépara que mande para que seja publicado no jornalzinho donosso deputado aqui, aquela propaganda do 197, e eu digopara você de experiência própria com relação ao 197, muitasdas informações de drogas, de bicicletas furtadas nós pegamospelo 197. O ano passado teve muito, mais muitas ocorrências,muitos resultados importantes através do 197. E aqui como eufalei a cultura é 190, se vai ligar para o CIOP é 190, não é 197.Mas 197 pelo que já vem funcionando, já têm sido eficiente eclaro que dentro da possibilidade do que a polícia civil tem comrelação ao seu efetivo, mas é um projeto que a gente vê combons olhos para ajudar a população nos resultados dos crimes.

OS R. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Na Comissão daSegurança Pública eu vou, não só na comissão, difundir mesmoa questão das Delegacia Interativa que é importante, algunscrimes que podem ser registrados fazer a ocorrência naDelegacia Interativa, a situação do 197 para também, tem umpolicial civil, sempre tem um policial civil de plantão. Agora sópara título de informação, olha só como é que hoje a PolíciaMilitar está sobrevivendo. O efetivo hoje do 1º Batalhão é 410homens, deveria previsto 722, uma defasagem de 43.21%, Ji-

Paraná 463 homens, previstos 272. Vilhena 379, previstos 212.Eu falei de Ji-Paraná o déficit dá 41.25, eu falei de Vilhena44.06, Cacoal 220, Porto Velho, aí vem Ariquemes 400. Hoje amédia de... Eu estou falando estudo que foi pelo MinistérioPúblico, Dr. Shalimar com base nos dados que ele tem daquestão efetivo 8.637 homens que é a previsão hoje dosmilitares. Eu falo da Polícia Militar, mas a Polícia Civil não édiferente, o déficit também é muito grande, a média de 44%,aí a gente tenta discutir a questão do aumento do efetivo. ODr. Shalimar ele tem uma resistência em falar: ‘não, mas se agente não conseguiu efetivar os 8.637 homens com a previsãoque foi feita na época de 1993.8.638 desculpa, por que quenós temos que rediscutir o aumento do efetivo, vamos pelomenos colocar em prática o total de 8.638. É essa a minhapreocupação não só as atribuições, a gente vai falando, mastudo foca, tudo volta para o efetivo. Não só eu, como... Euquero registrar a presença do deputado Adelino Follador,sempre está aqui, é da área de Ariquemes, sobe nessa tribuna,não só ele como os demais, mas é um deputado que sempreestá aqui denunciando as questões dos crimes que ocorrenaquela insegurança dali de Ariquemes, ali do Vale do Jamari.Então esses pontos que tem que começar a mostrar“Governador não é nada mais ou menos que a Polícia Militarestá cobrando, a polícia civil, a gente está pedindo aqui pelomenos a recomposição’, pelo menos de suprimir a necessidadedaquilo que hoje está em lei, inclusive está em lei. Então se alei diz que a questão do efetivo, vamos melhorar. Sei que oEstado sempre vai passar pela questão da Lei deResponsabilidade Fiscal, vai falar sobre uma série de outrassituações, mas já estou com a LDO, chegou aqui na Assembleia,a LDO, a LOA, a LOA e a LDO, é a LOA, a Lei de DiretrizesOrçamentária, ela está vai começar a pontuar. Eu não sei sevocês podem me responder, apenas a gente está brigando aíjunto com o Coronel Ênedy, que já entrou e eu quero registraro brilhante trabalho Coronel que o senhor vem fazendo à frenteda Polícia Militar, não é porque o senhor está na minha frentenão, elogios você vão ver, poucas vezes eu vou fazer elogio,mas, eu tenho que elogiar sim; não só o senhor, mas o senhorquando assumiu a gente tinha até uma ideia que poderia serdiferente, mas vem fazendo um brilhante trabalho, dignorealmente de um Comandante de Polícia Militar, junto com apolícia, buscando resultados, fazendo, dando autonomia paraos seus comandados fazer uma modalidade de policiamento,implantação, vou dar exemplo do 1º Batalhão, eu não poderiapassar também não me manifestar quanto a questão do 1ºBatalhão, que é o Coronel Alcântara, que vem fazendo umbrilhante trabalho à frente aí da área, circuito que fala, quesão divisões, 1º e 5º Batalhão, ele vem dentro da suacompetência fazendo realmente, fazer valer com aquele efetivoque tem em mãos, não só... Aí eu quero falar da Polícia Civiltambém, o Dr. Eliseu, os demais Delegados que estão à frenteda Polícia Civil, também com aquilo que tem colocar em práticatambém a sua, o seu trabalho, são grandes volumes deinquéritos que eu vejo as pessoas falando, manifestando enão tem condições humanas dois agentes da SEVIC e umdelegado para 1.700, 2.000 processos, ou seja, inquéritotramitando. Então, são coisas que nós temos que parabenizare realmente dizer; vocês são heróis quando estão dentro,trabalhando em prol da comunidade, que não é cada um que

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tem, quem vivenciou e vive a função policial, eu falo no aspectogeral, é um sacerdócio mesmo, é gostar daquilo que realmentefaz e ciente que as mazelas, os ônus e os bônus podem vir eàs vezes você não tem, as vezes o policial só quer serdevidamente reconhecido e nem esse reconhecimento eleconsegue, porque a maioria dos gestores e aí que fica e já épacificar o entendimento que as Polícias Civil e Militares sãoproibidas, todos os agentes que usam armas, o entendimentoagora do STF que são proibidos de fazer greve. Então, nãopode fazer greve e nem tampouco pode manifestar, a militarainda vai mais além, que não pode manifestar. E são essasproibições que o gestor, o Governo, o Executivo deveria olharde uma forma diferente. Opa, eles devem é valorizar, elesdevem ter um atendimento diferenciado e não tem, não tem,se for me falar que tem, não tem, na sua maioria e a maioriados Estados o que se ver é perseguição, é uma espécierealmente de uma tratativa diferenciada e não tem os bonsolhares para quem realmente deveria ter por parte doExecutivo. Então, esses encaminhamentos, pedir para vocêsencaminhar esse documento para mim. Quanto à questão dasatribuições, fica aqui, é latente a questão, eu entendo, eu vouentender, o militar, ele tem a sua competência sim, até umlimite; desse limite para lá quem deve responder é a PolíciaJudiciária, isso é fato. Coronel Bonfim, eu discordo do Senhornum ponto, no ponto que o senhor falou a questão do TCO,num ponto. Esse entendimento do TCO, eu não estou falandoque a Polícia Judiciária, a Polícia Judiciária ela tem o seu limite.Mas, imagina que princípio da economicidade processual, crimede menor potencial ofensivo. Eu vou tirar um militar, não temdelegacia lá, não tem delegacia no local, eu vou tirar um militarde lá num crime besta, um crime de embriaguez, um crimeque realmente não é necessário para o delegado se manifestar;ele só vai, que o TCO nada mais é que... Ouve-se as partes, euestou falando de alguns, de alguns crimes, não estou falado, ébem capitulado o TCO. Então, em alguns crimes ele semanifestar, ele pode se ouvir, ouve-se, exemplo aqui, O coronelÊnedy, ouve o Dr. Júlio, faz aqui, marca a data, faz a entrega,se for necessário, se tiver um crime de lesão corporal levemanda fazer o exame de corpo delito e manda para o processoali no Juizado Especial, que a Lei 9.099 resguarda isso, que aLei, a essência da Lei é essa. Agora, jamais o oficial vai poderfazer uma atribuição de instruir o inquérito de competência doDelegado. Mas, qual é a preocupação que o senhor temrealmente? É acumular mais, mais uma atribuição, mais umafunção aos policiais militares que hoje não tem efetivo, nãotem realmente condições, aparelhamento, é essa a situaçãoque a gente, é uma preocupação. Mas, eu entendo no meuolhar que nada interfere hoje o militar poder fazer tambémessa atribuição. Porque ficou aqui, tanto o Dr. Júlio, quanto oDr. Pedro Mancebo fala, a PM pode, pode até o limite, colocouaqui doutrina no próprio processo civil aqui, desde que dentrode uma limitação, dentro das suas competências. E aí eu vejo,inclusive em discussões reiteradas, o próprio Supremo TribunalFederal, quanto ao TCO, Santa Catarina tem até hoje, SãoPaulo que efetivou, depois retirou e salvo engano recentementefoi um Estado do Nordeste, o próprio.... Houve só umadeterminação, aceitação do Judiciário, e a PM está fazendo,está fazendo, está efetivando, salvo engano é isso. Então, RioGrande do Norte, Rio Grande do Norte, está sendo efetivado,

que eu não vejo também nenhuma violação da norma, ou umaviolação contra os preceitos constitucionais que cada um regeda Polícia Civil e da Polícia Militar. Sua fala Coronel, eu citei osenhor, o senhor tem o direito de se manifestar.

O SR. CORONEL BONFIM – Nobre Deputado, obrigado. Quandoeu fiz esse posicionamento é porque querendo ou não, a genteagiliza vamos dizer a ocorrência, mas acaba sempre mais umnão vou dizer fardo, mais uma atribuição da Polícia Militar. Equando eu vejo que na verdade a gente tem que fortalecer aPolícia Civil. Como eu conheço o Estado de Norte a Sul, tive aoportunidade de servir em todas as localidades. Cabixi, nóstínhamos um delegado pois facilitava tanto aquela área defronteira, aí nós ficamos descoberto, Cabixi, já ficou semdelegado, fragilizou aquela área de fronteira, atribui os nossospoliciais para vir até Colorado. E importante a presença de umdelegado em Chupinguaia, porque são cento e cinquentaquilômetros de Vilhena, e lá tem quatro distritos, além da sededo município, são mais três distritos ao longo daquela BR, atéchegar a 364, seriam cinquenta quilômetros, é importante deter. Tínhamos em Cujubim, aí por onde o Comandante Ênedy,conhece melhor a área, nós tínhamos a presença de umdelegado, e o tanto que é importante a presença da políciaCivil nessa localidade, tanto é quando teve uma força tarefa lápelo delegado e policiais civis, conseguiram elucidar várioscrimes e ação foi mais rápida, os inquéritos fluíram. Então, euvejo que ponto estratégico, não pode se pensar em TCO parao bem da própria sociedade, tem que pensar sim uma estruturade Polícia Civil com delegado e a equipe dele para dá segurançanessas extremidades, porque como falou, nós estamos em tudoque é lugar, é tudo é peso para nós, cento e cinquentaquilômetros para deslocar, duzentos, trezentos, quatrocentos,eu vejo que a estrutura, é fortalecer a presença do delegadocom a sua equipe para que também o Estado, através da PolíciaCivil também possa prestar a jurisdição que é necessário aessas comunidades, porque se não fica mais um peso para aPolícia Militar, está tomando conta da fronteira deslocar, deixaressa localidade desguarnecida, para vir até uma grande cidade,um grande centro ou caso vir para Porto Velho, deslocar paraAriquemes, deslocar para Vilhena, deslocar para qualquer outracidade longe da BR, e essa comunidade também ficadesprotegida. E esse TCO que não pode vir contra a evoluçãoda sociedade, é nesse caso que eu digo, que o TCO, vem colocarum fardo quando na verdade, nós presenciaríamos da presençaefetiva também da Polícia Civil, foi mais ou menos essacolocação, agora a coisa é mais leve que dá para a gente fazerpara ajudar a própria Polícia Civil, isso eu sou favorável. O queeu não posso é o TCO substituir a presença do delegado e daequipe dela que deveria estar nessas extremidades do nossoEstado.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – O senhor estácorreto, o certo seria do jeito que tem na Polícia Militar, oitentalocalidades ter um delegado ou mínimo cinquenta e doismunicípios, cinquenta e dois delegados, isso é fato. O Dr. Pedroestava me falando agora que só têm trinta, trinta, trintamunicípios, só trinta cidades, é muito fácil. Então, nósdefendemos sim, o senhor está correto, defendo, comungocom sua ideia, esse é o nosso entendimento também, não tirar,

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nós temos que valorizar, nós temos de fortalecer as instituições,é lógico que um delegado está lá com mil e poucos inquéritos,ele já olha ‘meu pai eterno mais um TCO?’. Se ele pudertambém passar essa situação de uma forma tranquila, se tivercondições em alguns crimes, ele tem um rol, é taxativo algunscrimes que são taxativos ali que pode se propor o termocircunstanciado, não existe essa atribuição de eu passar umaatribuição da polícia Civil, que é realmente dela e assim comoda militar. E agora tem um fato aqui, criou-se uma delegaciade crimes funcionais, é apurado doutor, aí quero alguém podeme responder, eu já ouvi que tem apuração de conduta depolicial militar lá sendo ouvido, alguém pode me corresponderCoronel se existe essa condição?

O SR. JÚLIO UGALDI – É possível Deputado se for um crimecomum, se for crime militar não.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Certo, É.

O SR. PEDRO MANCEBO - Eu posso dizer que tem vários casosapurando na delegacia de crimes funcionais.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Crime comumpraticado, mas em ato serviço?

O SR. JÚLIO UGALDI – Aquela história, é o policial militarpraticando crime comum, então, a competência é da PolíciaCivil, a atribuição é da Polícia Civil, da justiça comum e não hánenhum problema nenhum impedimento da delegacia investigare consequentemente concluindo vai para o MP e denuncia atéfora da justiça da militar se realmente não é crime militar.

O SR. PEDRO MANCEBO - Abuso de autoridade.

O SR. JÚLIO UGALDI - Por exemplo, abuso de autoridade.

O SR. PEDRO MANCEBO – Violência doméstica essas coisascaem tudo.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente)– Abuso de autoridade,não entendi, entendi, era só para a gente... É porque eu estoufalando que vocês além de ter que apurar vários inquéritos,ainda apura mais ainda esse. É isso que ficou aqui, tem maisainda essa série de questões atribuições e esses inquéritos.Deputado Adelino, o senhor quer falar? Está tranquilo?

O SR. ADELINO FOLLADOR – Só parabenizar Deputado Jesuínopela iniciativa, parabenizar toda a equipe, pena que nós tínhamosa CPI hoje, e eu sou Presidente, e nós estávamos, acabou agorapouco. Mas cumprimentar cada um dos que vieram, ComandanteÊnedy, representando a Polícia Militar, que hoje faz um trabalhoacima do possível, todos os homens, Polícia Civil, Dr. Pedro,representando aqui, junto com o Delegado, e também todosvocês aqui, para nós, eu tenho certeza que esta Casa, o quedepender desta Casa para valorizar a Polícia Civil, Polícia Militar,todos os 24 Deputados estão à disposição. E esperamos queagora, de fato, com esse aumento de policiais militares, policiaiscivis e bombeiros melhore, dê mais condições de trabalho paraa Polícia Civil para a Polícia Militar. Até hoje estava até ligando,temos interditada lá a BR, estava ligando para o Comandantepara rever as atividades da Polícia, para prevenir aquilo queprecisa. Porque o pessoal está dizendo que estava dandosegurança lá, o pessoal que estava fazendo a topografia daárea de um fazendeiro lá. Então, eu sei que a missão, eu seique é ordem judicial, mas eu acho que nós temos que dar

prioridade, as equipes, o pessoal, eu sei que está essa violênciano campo, mas têm certas situações que...

Mas parabenizar a Polícia Militar através do Comandanteque está aqui, parabenizar a Polícia Civil pelo que estãofazendo. Mas estão fazendo mais, o Presidente do Sindicato,a esposa que está representando aqui a Associação também,para nós é um prazer muito grande estar passando por aqui epoder parabenizar vocês pelo trabalho que vem fazendo aPolícia Civil, a Polícia Militar. E a gente sabe que a segurançanão é problema de Rondônia não, é do Brasil, do mundo aí. Eo Deputado Jesuíno tem feito tudo para defender a categoria,com certeza, e nós estamos juntos para aquilo que for donosso alcance. Obrigado.

O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Obrigado,Deputado. Sempre atuante, parceiro nas causas. Eu digo, comoa maioria dos Deputados aqui tem esse posicionamento emquerer buscar melhoria, melhoria salarial, as condições detrabalho. O Deputado Adelino ali, fala com propriedade naárea de Ariquemes. Ele conhece porque é de lá também. Teveuma votação expressiva. Hoje, futuro Prefeito de Ariquemes.Eu acredito que não vá, não acredito, mas quem sabe é umbom gestor, tem boa liderança, no reduto de Ariquemes. Entãoera isso, nesta tarde. Se alguém quiser fazer qualquercolocação, alguma explanação. Fico satisfeito. Coronel, peçoneste exato momento que.... Agradeço ao senhor pela suapresença, a todos os Delegados, a todos os oficiais, a todas aspessoas que estiveram presentes, ao Dr. Pedro Mancebo, aoMajor Padilha, ao Dr. Júlio Ugaldi, à Presidente da ASSFAPOM,Ada Dantas. Então, todos aqui foram, entendemos de umacerta forma, na próxima vez vou encaminhar cópia na íntegrapara vocês, especificando as discussões. Porque na justificativaestava para dar uma ideia do que realmente seria debatidoaqui. Mas ficou claro, cada um tem um entendimento comum,as atribuições da Polícia Militar são essas, a Polícia Civil éessa. E também, ao final, ficou mais do que latente a situaçãoda falta de efetivo para implantação, quem sabe no futuropróximo, das Polícias mais aparelhadas. O Coronel até trouxeaqui uma informação que eu não tinha ciência, que todas asviaturas hoje vão ter palmtops, tablet. Então, vão ter tabletpara um melhor, uma espécie de policiamento, melhorar opoliciamento, uma agilidade. E as Polícias Civis, eu tambémquero deixar claro que nós encaminhamos cerca de quasemeio milhão de reais para reaparelhar a Polícia Civil. Souparceiro também da Polícia Civil. Temos aqui outro Deputado,Deputado Léo Moraes também, que faz parte. As minhasemendas, eu sou, a minha propriedade é estar ali, euencaminho sempre para fortalecer e melhorar as condiçõesna Segurança Pública. Lógico, eu já encaminhei aí R$ 300 milpara as Irmãs Marcelinas, R$ 100 mil para o Arraial Flor doMaracujá, R$ 50 mil para os autistas e, mas o restante estásendo sempre ali para a Polícia Militar, a Polícia Civil quandovem pedir. Eu já fiz um compromisso com o Dr. André, R$ 150mil para a UNISP lá em Buritis, vou encaminhar esse valor,que foi um pedido dele. E o que tiver, nós, salvo engano foi umguincho, mas o guincho hoje está sendo usado, inclusive oCoronel pode informar. Atende também a Polícia Civil se fornecessário, a Civil, quando precisar ali de um guincho, o CoronelAlcântara está à disposição. O Coronel assumiu, o coronelAlcântara, em dar esse suporte. O guincho é da Segurança.Então está fazendo um serviço a contento. Estou vendo e estouacompanhando. Nesta tarde, novamente agradecer e vou pedir,vou pedir não, vou ter que finalizar. Os encaminhamentosficaram, Kid, você me passa uma ata resumida, que eu vou,ficou a reunião com o Corregedor, eu levando amanhã para a

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discussão; buscar de posse do Corregedor do Tribunal de Justiçaa situação da Audiência de Custódia; a Polícia Civil, o Dr. Júlio,o Dr. Pedro vai encaminhar as documentações para mim, daPortaria conjunta, bem como o final do relatório da situação,do estudo que foi feito com o Dr. Eliseu, do efetivo. A PolíciaMilitar vai encaminhar, através do Major Padilha, arecomendação do Ministério Público, e se existe uma Portariada, o que foi feito de posse dessa recomendação, se a SESDECregulamentou e como está essa regulamentação. A Assembleiavai através da sua Comissão de Segurança Pública propor quedê notoriedade, ou seja, que faça devida publicidade do telefone

197, bem como a situação da Delegacia Interativa para a gentecolocar na imprensa.

Se alguém quiser colocar alguma coisa, eu acho queestá satisfeita essa situação.

Invocando a proteção de Deus e em nome do povorondoniense, declaro encerrada a presente Audiência Pública.

Convidamos a todos para um coquetel que será servidono Salão Nobre desta Casa. Boa tarde.Obrigado.

(Às 18h 14 minutos encerra-seesta Audiência Pública.)

SUP. DE COMPRAS E LICITAÇÕES

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SEC. DE PLAN. E MOD. DA GESTÃO

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DECRETO LEGISLATIVO Nº 637, DE 4 DE MAIO DE 2016.

Concede Medalha do Mérito Legislativo ao Excelentíssimo Juiz FederalSérgio Fernando Moro.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, nos termos do inciso IX do § 1º do artigo14 do Regimento Interno e do Decreto Legislativo nº 591, de 20 de maio de 2015, alterado pelo Decreto Legislativo nº 627, de 30de março de 2016, promulga o seguinte Decreto Legislativo:

Art. 1º. Fica concedida a Medalha do Mérito Legislativo ao Excelentíssimo Juiz Federal SÉRGIO FERNANDO MOROSÉRGIO FERNANDO MOROSÉRGIO FERNANDO MOROSÉRGIO FERNANDO MOROSÉRGIO FERNANDO MORO,pelos relevantes serviços prestados ao Estado de Rondônia.

Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, 4 de maio de 2016.

Deputado MAURÃO DE CARVALHOPresidente – ALE/RO

DECRETO LEGISLATIVO Nº 638, DE 4 DE MAIO DE 2016.

Altera o Decreto Legislativo nº 611, de 21 de outubro de 2015.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, nos termos do inciso IX do § 1º do artigo14, combinado com os artigos 166 e 167 do Regimento Interno, promulga o seguinte Decreto Legislativo:

Art. 1º. A Ementa e o artigo 1º do Decreto Legislativo nº 611, de 21 de outubro de 2015, que “Concede Título Honoríficode Cidadão do Estado de Rondônia ao Senhor Confúcio Aires Moura, Governador do Estado de Rondônia, passam a vigorar daseguinte forma:

“Ementa: Concede Medalha do Mérito Legislativo ao Senhor Confúcio Aires Moura, Governador do Estado de Rondônia.

Art. 1º. Fica concedida a Medalha do Mérito Legislativo ao Senhor CONFÚCIO AIRES MOURACONFÚCIO AIRES MOURACONFÚCIO AIRES MOURACONFÚCIO AIRES MOURACONFÚCIO AIRES MOURA, pelos relevantes serviçosprestados ao Estado de Rondônia.”

Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, 4 de maio de 2016.

Deputado MAURÃO DE CARVALHOPresidente – ALE/RO

DEPARTAMENTO LEGISLATIVO