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ASSÉDIO MORAL Como combater o mal que adoece a alma

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Assédio morAlComo combater o mal

que adoece a alma

FALTA DE APOIO

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http://www.facebook.com/sindicatodostrabalhadores.sinteps

sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula souza Praça Coronel Fernando Prestes, 74 - Bom Retiro. Cep 01124-060 - São Paulo - SP.

Endereço para correspondência: Caixa Postal 13.850, Cep 01216-970 - SP/SP Fones: (11) 3313-1528 e (11) 3313-5385. E-mail: [email protected]

internet: http://www.sinteps.org.br

Contatos com a entidade

Tesouraria e cobranças de convênios: [email protected] informações sobre ações e agenda do Jurídico: [email protected]ções sobre convênios e filiação: [email protected]ção Geral: [email protected] da Secretaria Geral, convocações, eleições: [email protected]

diretoria ExecutivaPresidente: Silvia Elena de Lima - ETEC Jorge Street ([email protected])

Vice-Presidente: Renato de Menezes Quintino - FATEC-São José dos Campos ([email protected] e [email protected])

Secretária Geral: Neusa Santana Alves - ETEC Júlio de Mesquita ([email protected])secretário Político/Adm.: Marcos Lucas Ronchi Mendes - ETEC Aristóteles Ferreira

([email protected])Tesoureira Geral: Denise Rykala - ETEC Júlio de Mesquita ([email protected])

secretário Financeiro: Rafic Nassin Filho - ETEC João Baptista de Lima Figueiredo ([email protected])

secretário Executivo: Salvador dos Santos Filho - ETEC Júlio de Mesquita ([email protected])secretária Executiva: Margarete Maria Moises Angeli - ETEC Elias Nechar

([email protected] e [email protected])secretário Executivo: Mauro Machado de Oliveira - ETEC Martin Luther King ([email protected])

Diretor de Cultura, Lazer e Esportes: Gilberto Arantes de Freitas - ETEC Martin Luther King ([email protected])

diretora de Assuntos para o trabalhador Aposentado: Gertrudes Aparecida Lopes Pereira - ETEC João Gomes de Araújo ([email protected] e [email protected])

suplentesPaula Regina da Rocha - FATEC-São Paulo ([email protected])

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Confira nesta cartilha:

a Você sabe o que é assédio moral? ...................................... Pág. 4

a O que é humilhação .............................................................. Pág. 5

a Assédio moral no trabalho.................................................... Pág. 5

a Condutas que caracterizam o assédio moral...................... Pág. 7

a Efeitos sobre a saúde............................................................... Pág. 8

a O assédio moral ocorre apenas entre superior e subordinado?............................................................... Pág. 8

a O que as vítimas devem fazer............................................... Pág. 9

a Sinteps tem Comissão Permanente de Combate ao Assédio Moral.................................................... Pág. 10

a Há proteção legal para as vítimas......................................... Pág. 11

a Movimento pede que Senado aprove a “Lei Regina Célia Leal” contra o assédio.................................. Pág. 12

a Quem pode ser responsabilizado

a Quem deve provar o assédio moral e que tipo de prova pode ser usada............................................................... Pág. 12

a Indenização.............................................................................. Pág. 13

aComo prevenir........................................................................... Pág. 14

aLivros sobre o tema................................................................... Pág. 15

Fontes: A sequência de textos e imagens sobre o assédio moral desta Cartilha baseia-se em materiais elaborados pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Ins-tituições de Ensino Superior), Fenajufe, SindJustiça-RJ, APUFPR-S.Sind, Sintrapp e portal

www.assediomoral.org.br.

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33333Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

AssédiAssédiAssédiAssédiAssédio Moralo Moralo Moralo Moralo Moral

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução11111

1 A presente cartilha foi elaborada a partir da compilaçã o das informações con-

tidas nas Cartilhas da Fenajufe, SindJustiça-RJ, APUFPR-SSIND e Portal Assédio

Moral:<www.assediomoral.org>.

O que é assédio moral?O que é assédio moral?O que é assédio moral?O que é assédio moral?O que é assédio moral?

Assédio moral ou Violência moral no trabalho não é um fenômenonovo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.

A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude ebanalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente aotrabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil,tendo ganhado força após a divulgação da pesquisa brasileira realizada

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Você sabe o que é assédio moral?! Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho. A novidade resi-de na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo causal com a organização do traba-lho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. Não por acaso, as crises mundiais do capitalismo levam a classe do-minante a buscar novas formas de garantir o lucro por meio da ampliação da exploração sobre o trabalho: menos gente para fazer mais, mais produção em menor tempo... e por aí vai. O resultado disso é uma intensificação do assé-dio moral nas relações de trabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ga-nhado força após a divulgação da pesquisa realizada por Margarida Barreto, dentro de sua dissertação de mestrado em Psicologia Social, defendida em 22 de maio de 2000, na PUC/SP, sob o título “Uma jornada de humilhações”. A primeira matéria sobre esta pesquisa foi publicada no mesmo ano, no dia 25 de novembro, na coluna de Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo. Desde então, o assunto começou a ocupar um espaço cada vez maior na sociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo. Em agosto de 2000, foi publicado no Brasil o livro de Marie France Hi-rigoyen - “Harcèlement moral: la violence perverse au quotidien” -, traduzido pela Editora Bertrand Brasil, com o título “Assédio moral: a violência perversa no codidiano”. Atualmente, já há leis que combatem o assédio. E também vários proje-tos tramitando, como veremos.

A ação do Sinteps O VII Congresso dos Trabalhadores do Ceeteps, realizado no final de 2013, aprovou a criação da Comissão Permanente do Sinteps contra o Assé-dio Moral. A partir daí, a entidade intensificou suas ações para com-bater esse mal nas ETECs e FA-TECs, como você lerá nas páginas a seguir. Durante a greve pela carreira, no início de 2014, muitos foram os relatos de pressões e inti-midações, praticados por algumas chefias, direções de unidades e Superintendência. Vários deles foram denunciados ao Sindicato!

Assédio moral é crime... Denuncie!

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O que é humilhação É um sentimento de ser ofendi-do, menosprezado, rebaixado, inferio-rizado, submetido, vexado, constran-gido e ultrajado pelo outro. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Mago-ado, revoltado, perturbado, mortifica-do, traído, envergonhado, indignado e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.

44444 Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

por Dra. Margarida Barreto. Tema da sua dissertação de Mestrado emPsicologia Social, foi defendida em 22 de maio de 2000 na PUC/ SP,sob o título “Uma jornada de humilhações”.

A primeira matéria sobre a pesquisa brasileira saiu na Folha deSão Paulo, no dia 25 de novembro de 2000, na coluna de MônicaBérgamo. Desde então, o assunto vem sendo discutido amplamente pelasociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo.

Em agosto do mesmo ano, foi publicado no Brasil o livro de MarieFrance Hirigoyen “Harcèlement Moral: la violence perverse au quotidien”.O livro foi traduzido pela Editora Bertrand Brasil, com o título Assédio

moral: a violência perversa no cotidiano.

Atualmente existem mais de 80 projetos de lei em diferentes mu-nicípios do país. Vários projetos já foram aprovados e, entre eles, desta-camos: São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal,Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entreoutros. No âmbito estadual, o Rio de Janeiro, que, desde maio de 2002,condena esta prática. Existem projetos em tramitação nos estados deSão Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Bahia, entre ou-tros. No âmbito federal, há propostas de alteração do Código Penal eoutros projetos de lei.

O que é humilhação?O que é humilhação?O que é humilhação?O que é humilhação?O que é humilhação?

ConceitoConceitoConceitoConceitoConceito: É um sentimento de ser ofendi-do, menosprezado, rebaixado,inferiorizado, submetido, vexado,constrangido e ultrajado pelooutro. É sentir-se um ninguém,sem valor, inútil. Magoado, revol-tado, perturbado, mortificado,traído, envergonhado, indignadoe com raiva. A humilhação cau-sa dor, tristeza e sofrimento.

cartilha_assédio.pmd 19/5/2008, 18:394 De acordo com estudos publicados no site www.assediomoral.org, assédio moral pode ser definido como a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), deses-tabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a a desistir do emprego. Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de traba-lho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Os colegas, por medo do desemprego e de também serem humilhados, associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ‘pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo. E a vítima vai gradativamente se deses-tabilizando e fragilizando, ‘perdendo’ sua auto-estima. O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do ‘novo’ traba-lhador: ‘autônomo, flexível’, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qua-lificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e a saúde perfeita. Estar ‘apto’ significa

Assédio moral no trabalho

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55555Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

De acordo com estudos publicados no sítio www.assediomoral.org,assédio moral pode ser definido como a exposição dos trabalhadores etrabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas eprolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas fun-ções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias eassimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desuma-nas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um oumais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambi-ente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de tra-balho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes emrelação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva queacarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organi-zação. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passandoa ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacredi-

1.1.1.1.1. Assédio moral no trabalhoAssédio moral no trabalhoAssédio moral no trabalhoAssédio moral no trabalhoAssédio moral no trabalho

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responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego. A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho. A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional, segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos países desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúr-bios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. Se-gundo a OIT e a Organização Mundial da Saúde, as duas próximas déca-das serão as décadas do ‘mal estar na globalização”, onde predominarão depressões, angústias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas às políticas neoliberais. Inverter essa realidade é tarefa das entidades representativas dos trabalhadores e do conjunto da sociedade!(Fonte: www.assediomoral.org)

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77777Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

2.2.2.2.2. CondutCondutCondutCondutCondutas que caracterizam o assédioas que caracterizam o assédioas que caracterizam o assédioas que caracterizam o assédioas que caracterizam o assédiomoral:moral:moral:moral:moral:

• dar instruções confusas ou impreci-sas ao trabalhador;

• designação de novas tarefas semtreinamento;

• designação de tarefas que são peri-gosas ou inadequadas à saúde dotrabalhador;

• bloquear o andamento do trabalhoalheio;

• atribuir erros imaginários ao traba-lhador;

• não repassar nenhum trabalho ao fun-cionário, provocando sensação de inu-tilidade e prejudicando as avaliações;

• sobrecarga de trabalho com prazosde entrega impossíveis de seremcumpridos;

• mudar turnos e horários de traba-lho sem avisar com antecedência;

• ignorar a presença do trabalhador nafrente dos outros e/ou não cumpri-mentá-lo ou não dirigir a palavra;

• fazer críticas ao trabalhador empúblico ou, ainda, brincadeiras demau gosto;

• impor-lhe horários injustificados;

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Condutas que caracterizam o assédio moraladar instruções confusas ou imprecisas ao trabalhador;

adesignação de novas tarefas sem treinamento;

adesignação de tarefas que são perigosas ou inadequadas à saúde do trabalhador;

abloquear o andamento do trabalho alheio;

aatribuir erros imaginários ao trabalhador;

anão repassar nenhum trabalho ao funcionário, provocando sensação de inutilidade e prejudicando as avaliações;asobrecarga de trabalho com prazos de entrega impossíveis de serem cumpridos;

amudar turnos e horários de trabalho sem avisar com antecedência;

aignorar a presença do trabalhador na frente dos outros e/ou não cumprimentá-lo ou não dirigir-lhe a palavra;

afazer críticas ao trabalhador em público ou, ainda, brincadeiras de mau gosto;

aimpor-lhe horários injustificados;

afazer circular boatos maldosos e calúnias sobre o trabalhador;

aforçar a demissão do trabalhador e/ou transferi-lo do setor só para isolá-lo;

aretirar seus instrumentos de trabalho (computador, fax, telefone etc.);

aagredir o assediado somente quando o assediador e a vítima estão a sós;

aadvertência em razão de atestados médi-cos ou de reclamação de direitos;

aproibir o trabalhador de ir ao banheiro quando tiver necessidade ou vigiar o tempo em que lá per-manece;

acolocar um trabalhador vigiando o outro, fora do contexto da estrutura hierárquica da empresa;

aproibir de tomar cafezinho ou redução do horário das refeições;

aassédio sexual;

aameaças de violência.

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99999Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

3.3.3.3.3. EfEfEfEfEfeitos do assédio moral sobre a saúdeeitos do assédio moral sobre a saúdeeitos do assédio moral sobre a saúdeeitos do assédio moral sobre a saúdeeitos do assédio moral sobre a saúde

Importante salientar que, além desses efeitos, o assédio moral causaa perda do interesse pelo trabalho e do prazer de trabalhar,desestabilizando emocionalmente e provocando não apenas o agrava-mento de moléstias existentes, como também o surgimento de novasdoenças.

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Importante salientar que, além desses efeitos, o assédio moral causa a perda do interesse pelo trabalho e do prazer de trabalhar, desestabilizando emocionalmente e provocando não apenas o agravamento de moléstias exis-tentes, como também o surgimento de novas doenças.

O assédio moral ocorre apenas entre superior e subordinado? Não. Em algumas vezes, pode ocorrer entre colegas de mesmo nível superior, sendo este último caso, entretan-to, mais difícil de se configurar. O que é importante para configurar o assédio moral, dessa forma, não é o nível hie-rárquico do assediador ou assediado, mas as características de conduta: a prática de situações humilhantes no ambien-te de trabalho, de forma repetida.

1111111111Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

• juntar evidências do assédio: deve-se anotar tudo o que acon-tece, fazer um registro diário do dia-a-dia do trabalho, procurando, aomáximo, coletar e guardar provas do assédio (bilhetes do assediador,documentos que provem a conduta do assediador);

• conversar com o agressor sempre na presença de testemu-nhas;

• denunciar: contactar supervisores que tenham responsabili-dade sobre a saúde e bem estar dos trabalhadores;

• procurar seu sindicato e relatar o acontecido.

5.5.5.5.5. O assédio moral ocorre apenO assédio moral ocorre apenO assédio moral ocorre apenO assédio moral ocorre apenO assédio moral ocorre apenas entreas entreas entreas entreas entresuperior e susuperior e susuperior e susuperior e susuperior e subordinbordinbordinbordinbordinado?ado?ado?ado?ado?

Não. Embora a situação mais co-mum seja a do assédio moral partir de umsuperior para um subordinado, muitas ve-zes pode ocorrer entre colegas de mesmonível superior, sendo este último caso, en-tretanto, mais difícil de se configurar.

O que é importante para configuraro assédio moral, dessa forma, não é o nívelhierárquico do assediador ou assediado,mas as características de conduta: a prá-tica de situações humilhantes no ambien-te de trabalho, de forma repetida.

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Efeitos do assédio moral sobre a saúde

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O que as vítimas devem fazer

1010101010 Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

Segundo constatação dos estudiosos do tema, há um perfil dasvítimas muito marcante: são pessoas que resistem às investidas dos che-fes, trabalham mesmo doentes, são capazes e criativas, e em sua maio-ria mulheres.

As pessoas que se sentem vítimas de assédio devem agir com cau-tela, evitando decisões precipitadas e sob pressão das emoções. As se-guintes iniciativas devem ser consideradas:

• resistir: desenvolver comportamento afirmativo, evitandoauto culpabilidade, mantendo os contatos sociais e procurando ajudaentre familiares e amigos sem descontar sobre eles as raivas e ressenti-mentos decorrentes da situação;

4.4.4.4.4. O que as vítimO que as vítimO que as vítimO que as vítimO que as vítimas podem fazeras podem fazeras podem fazeras podem fazeras podem fazer

cartilha_assédio.pmd 19/5/2008, 18:3910

a resistir: desenvolver comportamento afirmativo, evitandoauto culpabilidade, mantendo os contatos sociais e procurando ajuda entre familiares e amigos, sem descontar sobre eles as raivas e ressentimentos decorrentes da situação;

a juntar evidências do assédio: deve-se anotar tudo o que aconte-ce, fazer um registro do dia a dia do trabalho, procurando, aomáximo, coletar e guardar provas do assédio (bilhetes do assedia-dor, documentos que provem a sua conduta etc.);

a conversar com o agressor sempre na presença de testemunhas;

a denunciar: contatar supervisores que tenham responsabilidadesobre a saúde e bem-estar dos trabalhadores;

a procurar seu sindicato e relatar o acontecido.

Segundo constatação dos estudiosos do tema, há um perfil das vítimas muito marcante: são pessoas que resistem às investidas dos chefes,

trabalham mesmo doentes, são capazes e criativas, e em sua maioria mulheres. As pessoas que se sentem vítimas de assédio devem agir com

cautela, evitando decisões precipitadas e sob pressão das emoções. As seguintes iniciativas devem ser consideradas:

Assédio moral é crime... Denuncie!

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Ação do Sinteps contra o assédio moral intensificou-se a partir do VII Con-gresso da categoria, realizado em outubro de 2013. A partir dali, foi criada na enti-dade a Comissão Permanente de Combate ao Assédio Moral, que já recebeu várias denúncias. Após o recebimento das denúncias, a ação do Sindicato pode se dar de dife-rentes formas:- Via administrativa: Leva o caso ao empregador, com tudo documentado. Por meio desta iniciativa, já houve algumas reuniões de conciliação, junto à Ouvidoria do Cen-tro, sendo alcançadas revisões de postura de alguns diretores de unidades.- Via jurídica: Se a via administrativa não é bem-sucedida, parte-se para ações judi-ciais, como o caso de Felipe (descrito nesta edição) e muitos outros, que preferem ter o nome preservado. Vários são os resultados positivos, em alguns casos com o afas-tamento do diretor assediador e garantias funcionais ao trabalhador assediado.- Via política: Após receber a denúncia, o Sindicato a remete para a Comissão de Educação (CE) da Assembleia Legislativa de São Paulo. Já houve vários casos em que a CE realizou audiências públicas com a presença das partes envolvidas. Temos os casos das FATECs Baurueri (em sindicância), Piracicaba (com processo no Ministério Público e diligência na CE) e Botucatu (ainda sem encaminhamento, devido à troca de membros da CE).

Como denunciar A melhor forma de combater o assédio é denunciando. Se ocorre algo seme-lhante em sua unidade, a orientação do Sindicato é a seguinte:- Busque apoio entre os colegas e familiares.- Procure reunir todo tipo de prova possível (documentos escritos, e-mails, gravações etc.). Em caso de situações orais (sem prova física), o trabalhador deve fazer uma es-pécie de diário com as atitudes do assédio, citando os fatos e as testemunhas.- Entre em contato com a Comissão Permanente de Combate ao Assédio Moral do

Sinteps tem Comissão Permanente de Combate ao Assédio Moral

FALTA DE APOIO

Assédio moral é crime... Denuncie!

Sinteps, que seguirá os trâmites aci-ma descritos. Para fazer a denúncia ou ter mais informações, escreva para

[email protected]

[email protected]

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Há proteção legal para as vítimas

A legislação específica sobre assédio moral no Brasil ainda está em fase de elaboração. Segundo informações publicadas no site www.assediomoral.org, no Brasil, atualmente tramitam mais de 80 projetos de lei, em diferentes regiões do país. Diversos projetos que visam combater a prática do assédio moral já foram aprovados e outros estão em tramitação. Entre as localidades que já possuem legislação sobre o tema, estão as cidades de São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Americana, Guararema, Campi-nas e Maceió/AL e o estado de Pernambuco. O Rio de Janeiro já condena a prática desde de 2002. No estado de São Paulo, temos a Lei Nº 12.250, de 9 de fevereiro de 2006, iniciativa do deputado Antônio Mentor (PT). Ela veda o assédio moral no âmbito da administração pública estadual direta, indireta e funda-ções públicas. No entanto, por conta da tramitação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), que questiona seu conteúdo, a lei ainda não está em vigor. Há, em âmbito federal, várias propostas de alteração no Código Pe-nal, a fim de se incluir punições efetivas aos assediadores. Nas localidades em que já existem condenações, as penalidades preveem: multa, advertên-cia, suspensão e até demissões dos assediadores. No entanto, nos estados em que não há legislação específica, é pos-sível pleitear a tutela dos direitos do trabalhador com base no dano moral trabalhista e no direito ao meio ambiente de trabalho saudável, garantidos pela Constituição Federal. No campo da previdên-cia (para trabalhadores celetis-tas), a luta é para fazer com que o assédio moral seja reconhe-cido como causador da doença relacionada ao trabalho.

1212121212 Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

6.6.6.6.6. Há proteção legal para as vítimHá proteção legal para as vítimHá proteção legal para as vítimHá proteção legal para as vítimHá proteção legal para as vítimasasasasas

A legislação específica sobreassédio moral no Brasil ainda estáem fase de elaboração. Segundo in-formações publicadas no sítiowww.assediomoral.org, no Brasil,há, atualmente, mais de 80 proje-tos de lei, em diferentes regiões dopaís. Diversos projetos que visamcombater a prática do assédio mo-ral já foram aprovados e outros es-tão em tramitação.

Entre as localidades que já possuem legislação sobre o tema, es-tão as cidades de São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru,Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Americana,Guararema, Campinas e Maceió/AL e o Estado de Pernambuco. O Riode Janeiro já condena a prática desde de 2002.

Há também, em âmbito federal, entre outras propostas, sugestõesde alteração no Código Penal, a fim de se incluir punições efetivas aosassediadores. Nas localidades que já existem condenações, as penalida-des prevêem: multa, advertência, suspensão e até demissões dosassediadores.

No entanto, nos estados que não há legislação específica, é possí-vel pleitear a tutela dos direitos do trabalhador com base no dano moraltrabalhista e no direito ao meio ambiente de trabalho saudável, garanti-dos pela Constituição Federal.

No campo da previdência (para trabalhadores celetistas), a luta épara fazer com que o assédio moral seja reconhecido como causador dadoença relacionada ao trabalho.

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Assédio moral é crime... Denuncie!

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Está aberta no site Avaaz, dedicado a organizar petições virtuais, uma campanha que pede ao Senado Federal que aprove o projeto de lei nº 121, de 2009, e que lhe dê o nome de “Lei Regina Célia Leal”. O projeto, que tramita em caráter terminativo, altera a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, para ca-racterizar o assédio moral cometido no âmbito do serviço público como ato de improbidade administrativa. A campanha foi lançada por entidades ligadas à luta contra o assédio moral, em homenagem a uma grande batalhadora, que faleceu no dia 18 de outubro. Regina Célia Leal era funcionária da USP de Ribeirão Preto e uma das principais militantes do país contra o assédio moral. Atuando em entidades como o Núcleo de Combate ao Assédio Mo-ral no Trabalho de Ribeirão Preto e a Rede Nacional de Combate ao Assédio Moral, Regina percorria o país ministrando palestras e estimulando a orga-nização dos trabalhadores contra esse terrível mal. Regina contribuía para a organização da Comissão Permanente do Sinteps contra o Assédio Moral, criada no VII Congresso dos Trabalhadores do Ceeteps.

Assine e repasse Para assinar, acesse: http://www.avaaz.org/po/petition/Comissao_de_Constituicao_e_Justica_do_Senado_Federal_Aprovacao_do_PLS_do_Sena-do_no1212009_levando_o_nome_Lei_Regina_Celi/?tkXVfgb

Para assinarMovimento pede que Senado aprove a “Lei

Regina Célia Leal” contra o assédio

Assédio moral é crime... Denuncie!

Quem pode ser responsabilizado pelo assédio moral

O assediador e o em-pregador (ou órgão público) podem ser responsabilizados, solidariamente, na esfera civil (indenização por danos mate-riais e morais). O assediador pode sofrer punição na esfera administrativa/ laboral (desde advertência até a demissão).

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O ônus da prova incumbe a quem alega, ou seja, ao assediado. O assediado pode usar como provas: bilhetes e outros documentos físicos, men-sagens eletrônicas e testemunhas. Destaca-se que a indenização por danos materiais depende da com-provação do fato (assédio), do prejuízo e da relação de causalidade entre eles. No caso de danos morais, a prova é o próprio sofrimento, a humilhação que vem sendo causada ao trabalhador.

Indenização Os danos sofridos pela vítima de assédio moral podem gerar perdas de caráter material e moral, surgin-do o direito à indenização. Em muitos casos, a vítima acaba pedindo demissão e, no caso do servidor público, exoneração ou abandono do cargo. Isto tudo dá ao tra-balhador o direito de ser indenizado.

1313131313Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

7.7.7.7.7. Quem pode ser responsabilizado peloQuem pode ser responsabilizado peloQuem pode ser responsabilizado peloQuem pode ser responsabilizado peloQuem pode ser responsabilizado peloassédio moral?assédio moral?assédio moral?assédio moral?assédio moral?

O assediador e o empregador(ou órgão público) podem serresponsabilizados, solidariamente,na esfera civil (indenização por da-nos materiais e morais) e oassediador pode sofrer punição naesfera administrativa/ laboral (des-de de advertência até a demissão).

8.8.8.8.8. IndenizaçãoIndenizaçãoIndenizaçãoIndenizaçãoIndenização

Os danos sofridos pela vítima de assédio mo-ral podem gerar perdas de caráter material e mo-ral, surgindo o direito à indenização. Em muitoscasos, a vítima acaba pedindo demissão e, no casodo servidor público, exoneração ou abandona o car-go. Isto tudo dá ao trabalhador o direito de serindenizado.

9.9.9.9.9. Quem deQuem deQuem deQuem deQuem devvvvve proe proe proe proe provvvvvar o assédio moral e quear o assédio moral e quear o assédio moral e quear o assédio moral e quear o assédio moral e quetipo de protipo de protipo de protipo de protipo de provvvvva pode ser usada?a pode ser usada?a pode ser usada?a pode ser usada?a pode ser usada?

O ônus da prova incumbe a quem alega, ou seja, ao assediado. Oassediado pode usar como provas bilhetes, mensagens eletrônicas e tes-temunhas.

Destaca-se que a indenização por danos materiais depende da com-provação do fato (assédio), do prejuízo e da relação de causalidade en-tre eles. No caso de danos morais, a prova é o próprio sofrimento, ahumilhação que vem sendo causada ao trabalhador.

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Quem deve provar o assédio moral e que tipo de prova pode ser usada

Assédio moral é crime... Denuncie!

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a realização de campanhas nas empresas ou nos órgãos públicos para a divulgação das informações sobre o assunto;

a treinamento dos funcionários, ressaltando os valores éticos e sociais que devem ser adotados no ambiente profissional;

a reuniões mensais com toda a equipe profissional;

a ouvidoria: com a implementação de caixa de sugestões, onde cada funcionário poderá expor, anonimamente, sua situação, não se intimidando com possíveis represálias. Dessa forma, a conscientização e a divulgação de informações sobre a prática do assédio moral são os primeiros passos para poder lutar contra ele.

Como prevenir o assédio moral

1414141414 Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

10.10.10.10.10. Como preComo preComo preComo preComo prevvvvvenir o assédio moralenir o assédio moralenir o assédio moralenir o assédio moralenir o assédio moral

• realização de campanhas nas empresas ou nos órgãos públicospara a divulgação das informações sobre o assunto;

• treinamento dos funcionários, ressaltando os valores éticos e soci-ais que devem ser adotados no ambiente profissional;

• reuniões mensais com toda a equipe profissional;

• ouvidoria: com a implementação de caixa de sugestões, onde cadafuncionário poderá expor, anonimamente, sua situação, não se inti-midando com possíveis represálias.

Dessa forma, a conscientização e a divulgação de informações so-bre a prática do assédio moral são os primeiros passos para poder lutarcontra ele.

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Livros sobre o tema

a Assédio Moral no Trabalho - Autores: Roberto Heloani, Maria Ester de Freitas, Margarida Maria Silveira BarretoEditora: CENGAGE

a Assédio Moral no Trabalho – Culpa e Vergonha pela Humilhação SocialEditora: JuruáAutoras: Ivonete Steinbach Garcia e Suzana da Rosa Tolfo

a Dimensões da violência: conhecimento, subjetividade e sofrimento psíquicoOrganizadores: Mériti de Souza, Francisco M. M. C. Martins, José Newton G. AraújoEditora: Casa do PsicólogoCapítulo: O assédio moral como expressão da violência no local de trabalhoAutora do capítulo: Suzana da Rosa Tolfo

a O princípio constitucional da dignidade e o assédio moral no direito do traba-lho de Portugal e do BrasilAutora: Cláudia Coutinho StephanEditora LTR

a Assédio moral no mundo do trabalhoAutor: Aparecido Inácio Editora Ideias & Letras

a Assédio moral no trabalho Autor: Rodrigo Wasem Galia e Luís Leandro Gomes RamosEditora Livraria do Advogado

a Assédio moral contra mulheres nas organizaçõesAutora: Patrícia Maria FigueredoEditora Cortez

a Assédio moral na relação de trabalhoAutor: João ClairEditora Imprensa Livre

a O assédio moral nas relações laborais e a tutela de dignidade humana do traba-lhador Autor: Francisco das Chagas Lima FilhoEditora LTR

a Assédio moral - Um manual de sobrevivência Autora: Ana ParreiraEditora Russel

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