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Assédio SexualAssédio Sexual


EsseEsse material,material, comcom textotexto baseadobaseado nanacartilhacartilha produzidaproduzida pelapela ConfederaçãoConfederaçãoNacionalNacional dosdos BancáriosBancários –– CNB/CUT,CNB/CUT, temtem/ ,/ ,comocomo objetivoobjetivo ampliarampliar oo debatedebate ee ooconhecimentoconhecimento sobresobre oo queque vemvem aa serserassédioassédio sexualsexual nono trabalhotrabalho alertaralertarassédioassédio sexualsexual nono trabalho,trabalho, alertaralertarsobresobre asas condutascondutas maismais comunscomunsadotadasadotadas pelospelos agressoresagressores ee orientarorientar

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Reaja e Denuncie!Reaja e Denuncie!Reaja e Denuncie!Reaja e Denuncie!Fonte: Confederação Nacional dos Bancários Fonte: Confederação Nacional dos Bancários –– CNB/CUTCNB/CUT



P d P d Para começo de conversaPara começo de conversaAs mulheres, desde o momento em que ingressaram em massa no mercado detrabalho têm convivido com alguns problemas que impedem uma realtrabalho, têm convivido com alguns problemas que impedem uma realigualdade entre elas e os seus colegas homens. Existem problemas visíveiscomo as desigualdades nos planos de carreira, na remuneração e nasoportunidades.



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Para começo de conversaPara começo de conversaMas há também outros problemasMas há também outros problemasmais “escondidos”, quase nãofalados. Entre eles, está o AssédioSexual no TrabalhoSexual no Trabalho.

Se dermos uma olhadinha nodicionário, a própria origem dadicionário, a própria origem dapalavra nos oferece uma dicareveladora, assédio vem do latim“obsidere” que significa ‘pôr se“obsidere”, que significa ‘pôr‐sediante’; ‘sitiar’; ‘atacar’.



A édi S l T b lhA édi S l T b lhAssédio Sexual no TrabalhoAssédio Sexual no TrabalhoDefinindo assédio sexual no trabalhoDefinindo assédio sexual no trabalho

O assédio sexual no trabalho é sempre umO assédio sexual no trabalho é sempre umato de poder, sendo o assediador umsuperior hierárquico da pessoa assediada.Vamos definir assédio sexual de umamaneira bem clara: trata‐se de umainsinuação ou proposta sexual repetida einsinuação ou proposta sexual repetida enão desejada por uma das partes. Essainsinuação ou proposta pode ser verbal,subentendida gestual ou física Daí é fácilsubentendida, gestual ou física. Daí é fácilconcluir que o assédio sexual é tambémuma chantagem: “se você não fizer o queeu quero, eu posso prejudicar ou perseguirvocê.”



O que diz a OrganizaçãoO que diz a OrganizaçãoInternacional do TrabalhoInternacional do TrabalhoInternacional do TrabalhoInternacional do Trabalho

A OIT, órgão da Nações Unidas,caracteriza assédio sexual no trabalhoquando ele apresenta pelos menosuma das seguintes particularidades queatingem a pessoa assediada:atingem a pessoa assediada:

‐ ser claramente uma condição para darou manter o empregog‐ influir nas promoções e/ou na carreira‐ prejudicar o rendimento profissional‐ humilhar insultar ou intimidarhumilhar, insultar ou intimidar



Assédio não é cantadaAssédio não é cantadae nem paquerae nem paquera

Muita gente pensa que lutar contra o assédio sexual acabaria proibindo acantada e a paquera no local de trabalho. Ora, não é nada disso. A cantada e apaquera sempre existiram e elas têm todo o direito de continuar existindo.paquera sempre existiram e elas têm todo o direito de continuar existindo.Sabemos que muitos colegas se apaixonam e alguns até se casam e ficamjuntos pelo resto de suas vidas. A isso damos o nome de atração sexual

í à h drecíproca e, às vezes, chamamos de amor.



Assédio não é cantadaAssédio não é cantadae nem paquerae nem paquerae nem paquerae nem paquera

O assédio sexual, ao contrário, nunca érecíproco. Ele sempre tem o desejo e opoder de um lado só. O assédio é umabarganha, um favor sexual exigido emtroca de alguma coisa. E nunca étroca de alguma coisa. E nunca édemais lembrar que sexo só é bomquando as partes envolvidas querem.



Somente as mulheresSomente as mulheressão assediadas?são assediadas?são assediadas?são assediadas?

Claro que não. Os homens tambémsofrem assédio sexual por parte demulheres e de outros homens. Mas nãoé nada comum. Segundo todas aspesquisas realizadas sobre o assunto,pesquisas realizadas sobre o assunto,apenas 1% dos homens são assediadosno trabalho. Por essa razão, a maioriad h tdas campanhas e mesmo este cursosão dirigidas preferencialmente para asmulheres.



O assédio sexualO assédio sexualé uma violênciaé uma violênciaé uma violênciaé uma violência

Se a expressão assédio sexual érelativamente nova, seu conteúdo ébem velho e largamente conhecidopelas mulheres.

O édi i d tO assédio, via de regra, se repete.Ele é continuado. Talvez porque oassediador use a estratégia deg“convencer” pela insistência, deganhar o que quer pela pressão.



O assédio sexualO assédio sexualé uma violênciaé uma violência

Mas o assédio pode acontecer uma únicavez, o que não alivia o constrangimentod i idda pessoa atingida.

O assédio sexual no trabalho é uma açãode poder que leva em conta a posiçãode poder que leva em conta a posiçãohierárquica inferior em que se encontra amaioria das trabalhadoras.

Ao forçar a barra de quem estáhierarquicamente “embaixo”, ao imporuma situação pela coação o assédiouma situação pela coação, o assédiosexual é também uma forma de violência.



P j í d édi lP j í d édi lPrejuízos do assédio sexualPrejuízos do assédio sexualMuitas trabalhadoras já perderam oemprego ou tiveram suas carreirasemprego ou tiveram suas carreirasprejudicadas por dizer não aoassediador.

A essa conseqüência extremamenteinjusta, somam‐se outros males deordem psicológica tais como stressordem psicológica, tais como: stressemocional; perda do poder deconcentração; transtornos deadaptação; ansiedade; insegurança;baixa auto‐estima, etc. Também hádanos de ordem profissional: mulheresdanos de ordem profissional: mulheresassediadas faltam mais ao trabalho,perdem produtividade e motivação.



P j í d édi lP j í d édi lPrejuízos do assédio sexualPrejuízos do assédio sexualEsse quadro de problemas prejudica o desempenho profissional, o queacaba se refletindo na queda dos rendimentos ou do salário É tambémacaba se refletindo na queda dos rendimentos ou do salário. É tambémcomum a mulher terminar se sentindo “culpada” pelo assédio. Velhosfantasmas de comportamento surgem das sombras: “será que eu dei algumsinal para que ele avançasse?” “será que estou me vestindo e mecomportando de forma errada?” Essa “culpa” é alimentada pelo conhecidoestratagema de transformar a vítima em ré. Ao fazer essa transformação,estratagema de transformar a vítima em ré. Ao fazer essa transformação,acaba‐se por desculpar e amenizar a ação do assediador.



A culpa jogadaA culpa jogadaem cima da mulherem cima da mulher

Às vezes, surgem insinuações dospróprios colegas de que a culpa pelo

édi é d lh di dassédio é da mulher assediada.Nesses casos, é comum citar asroupas provocativas ou os modosp pliberados da pessoa: “também elaestava pedindo, vestindo aquelasroupas ” “ela estava provocandoroupas... , ela estava provocandocom aquela maneira de dar risada”.



A culpa jogadaA culpa jogadaem cima da mulherem cima da mulher

Ora, já vimos que assédio não épaquera. O assédio não é um jogoconsentido de sedução ele é um atoconsentido de sedução, ele é um atode poder e de chantagem.

Da mesma maneira que nãoDa mesma maneira que nãoculpamos uma pessoa que éassaltada porque levava dinheirodentro da bolsa não podemos dizerdentro da bolsa, não podemos dizerque a maneira de se vestir e de seexpressar de uma mulher encorajeou justifique o assédio sexual.



O i d id O i d id O perigo de considerar oO perigo de considerar oassédio como coisa naturalassédio como coisa natural

h lh h d d d ãTanto os homens quanto as mulheres somos herdeiros de uma tradiçãocultural, de uma maneira de ver certas coisas, que vai passando de geraçãoa geração. Fomos criados e criadas ouvindo frases do tipo: “os homensg ç psempre estão interessados naquilo”, “as mulheres se fazem de difíceis masno fundo todas querem”. Esses juízos de conduta grudam no nossoinconsciente e muitas vezes sem nos darmos conta vamos alimentando osinconsciente e muitas vezes, sem nos darmos conta, vamos alimentando ospreconceitos e favorecendo as discriminações.



O perigo de considerar oO perigo de considerar oassédio como coisa naturalassédio como coisa naturalassédio como coisa naturalassédio como coisa natural

Mas não há nada de natural na práticado assédio sexual. Tal prática não nascede nenhuma árvore da natureza.Não é verdade que os homens sempreestão interessados e que as mulheresestão interessados e que as mulheressempre querem. Claro que o interessesexual existe para todos nós, mas eleã é g li d i di i i dnão é generalizado nem indiscriminado.

O fato de sermos seres humanos esociais pressupõe a escolha de comquem queremos compartilhar a nossaintimidade.



M d é fá ilM d é fá ilMudar nem sempre é fácil,Mudar nem sempre é fácil,mas é necessáriomas é necessário

l d d dMexer em valores aprendidos por toda avida, remover preconceitos sedimentadospor gerações, mudar atitudes consideradasp g ç ,“normais” não é fácil para ninguém. Porexemplo, o silêncio no tocante ao problemado assédio sexual revela além do temor dedo assédio sexual revela, além do temor deconversar sobre o tema, uma dificuldadeem encarar uma relação mais respeitosa ej h lh Mjusta entre homens e mulheres. Mas aofazermos um balanço pessoal, intuímos queseríamos mais felizes se mudássemos avelha maneira com que olhamos paradeterminadas coisas.



Por um ambientePor um ambientePor um ambientePor um ambientesaudável de trabalhosaudável de trabalho

Algumas atitudes não constituem exatamente assédio sexual ou seja não sãoAlgumas atitudes não constituem exatamente assédio sexual, ou seja, não sãochantagens de poder, do tipo: “você sai comigo ou eu a prejudico”. Sãoatitudes e comportamentos à primeira vista “brincalhões”. No entanto elespodem ser perniciosos na medida em que reforçam velhos preconceitos e criamum ambiente psicológico permissivo em relação ao assédio.

Piadinhas machistas/sexistas que sempre depreciam as mulheres utilização dePiadinhas machistas/sexistas que sempre depreciam as mulheres, utilização decalendários ou pôsteres de modelos nuas formam um ambiente hostil detrabalho.



Cena de um assédioCena de um assédio“Ele sempre fazia aquele olhar. Vocêsabe, aquele olhar que despe a gente. E amaneira como sua mão demorava naminha. Quando ele ficava sozinho comigoQ gna sala, era um horror, tentava sempreme puxar, me abraçar. Ele dizia que sesaísse com ele eu ia me dar muito bemsaísse com ele, eu ia me dar muito bem.Aí chegou o fim de tarde que ele falou:por que a gente não dá uma esticadinha

l ê d dem um motel? Você vai adorar. Eu disse:não senhor. Uma semana depois euestava no olho da rua.”



O l i b il i diO l i b il i diO que a lei brasileira dizO que a lei brasileira dizsobre Assédio Sexualsobre Assédio Sexual

ó l b lSó em 2001 a lei brasileira passou atratar o Assédio Sexual como crime.O Art. 216‐A, introduzido pela Lei n., p10.224, de 15.5.2001, alterou o CódigoPenal, ao tipificar:

“Constranger alguém com o intuito deobter vantagem ou favorecimento

l l d dsexual, prevalecendo‐se o agente dasua condição de superior hierárquico ouascendência inerentes ao exercício deemprego, cargo ou função.Pena detenção, de 1 (um) a 2 (dois)anos ”anos.



O que outros países dizemO que outros países dizemsobre o Assédio Sexualsobre o Assédio Sexual

A França considera crime o assédiosexual no trabalho e o tema consta daLegislação Trabalhista.Legislação Trabalhista.

Nos Estados Unidos, o crime de assédioestá previsto no Código Civil.gEm outros países, como Itália, Hungria,Nova Zelândia, Bélgica, há suportelegislativo nos Códigos Civil e Penallegislativo nos Códigos Civil e Penal.A União Européia recomenda quetodos os países membros incluamlá l l i édi lcláusula alusiva ao assédio sexual nasconvenções coletivas de trabalho.



O que dizO que dizo movimento de mulhereso movimento de mulheres

AIV Conferência Mundial sobre aMulher, convocada pela ONU em 1995e realizada em Pequim diz o seguintee realizada em Pequim, diz o seguintena sua Plataforma de Ação: “o medo daviolência, incluindo o assédio, é umconstrangimento permanente para amobilidade da mulher, que limita o seuacesso a atividades e aos recursosbásicos”.Organizações governamentais e nãogovernamentais também começam agovernamentais também começam adedicar esforços e a trabalhar de formaconsistente pelo fim do assédio sexual.



O que a mulher assediadaO que a mulher assediadapode fazerpode fazerpode fazerpode fazer

A primeira dica é romper o silêncio, que é o pai dos grandes males. Sair de uma posição submissa para uma atitude mais ativa:

‐ dizer claramente não ao assediador‐ contar para as/os colegas o que está acontecendo

i bilh t t t‐ reunir provas, como bilhetes, presentes e outras‐ arrolar colegas que possam ser testemunhas

‐ reportar o acontecido ao setor de recursos humanos‐ reportar o acontecido ao Sindicato

‐ registrar queixa na Delegacia da Mulher e,na falta dessa em uma delegacia comumna falta dessa, em uma delegacia comum



Como prevenir eComo prevenir ecombater o assédiocombater o assédio

As empresas devem adotar cláusula em Convenção Coletiva da Categoria ç gBancária referente à prevenção e combate ao assédio sexual.

A criação de regulamentos de conduta ou códigos de ética com os devidos mecanismos de proteção da pessoa assediada e o rechaço a qualquer situação de assédio também se çconstituem em ferramentas de combate adequados.



Para terminar de vezPara terminar de vezcom o assédio sexualcom o assédio sexual

A ação contra o assédio sexual não éuma luta de mulheres contra homens.Ela é uma luta de todos inclusive deEla é uma luta de todos, inclusive detodos os companheiros homens quedesejam um ambiente de trabalhosaudável.

Por um mínimo de coerência, não sepode defender os princípios depode defender os princípios deigualdade e justiça por um lado, e poroutro tolerar, desculpar ou atémesmo defender comportamentosque agridam a integridade dasmulheres.u e es



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Para terminar de vezPara terminar de vezPara terminar de vezPara terminar de vezcom o assédio sexualcom o assédio sexual

Derrotar a prática do assédio sexual no trabalho é parte integrante da lutaDerrotar a prática do assédio sexual no trabalho é parte integrante da lutapela igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres e,portanto, parte da luta por ummundo mais feliz.



A primeira fase foi superada. Parabéns!Avance agora para a próxima etapa.A b d dAcabamos de apresentar um resumo doconteúdo abordado no presente curso.Para visualizar o conteúdocomplementar do curso você deveráacessar a “Biblioteca” e a “Videoteca”na área do curso para aprofundar seusp pestudos e pesquisas sobre o assunto.

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