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Aspectos Psicológicos do Paciente em Geral

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Aspectos Psicológicos do Paciente

em Geral 

“Tão importante quanto conhecer a doença que o homem tem, é conhecer o homem

que tem a doença” (Osler)

Introdução

• O tema deste trabalho trata de um dos principais fatores que influenciam na formação, progressão, agravamento, exacerbação ou predisposição das doenças em geral (ou seja, não psiquiátricas): O fator psicológico.

• Não há dúvidas para a grande maioria dos médicos de todas as especialidades, que as doenças têm forte caráter psicossomático, enfatizando desse modo a unidade e interação entre mente e corpo.

• Segundo o DSM-IV-TR: “Um ou mais problemas psicológicos ou comportamentais que afetam de forma significativa o curso ou o resultado de uma condição médica geral ou que aumentam o risco de uma pessoa que venha a ter um resultado adverso”.

• A mente é onde se produzem os pensamentos.

• A partir deles, desencadeia-se uma série de fenômenos físicos através do cérebro, que é o local de reconhecimento de todos os fatos que se passam no organismo.

A REAÇÃO DA PESSOA À DOENÇA DEPENDE:

• HISTÓRIA PESSOAL• CRENÇAS• ESTADO EMOCIONAL• APOIO RECEBIDO• TEMPO

• Toda vez que uma pessoa procura um médico entram em jogo fenômenos psicológicos próprios do relacionamento entre medico e paciente devemos lembrar, portanto que toda relação médico-paciente é acompanhada de grande carga emocional, começando pelo mecanismo básico de transferência e contratransferência.

Medicina Psicossomática:• Freud dizia que “A energia psicanalítica

represada é descarregada por vias fisiológicas”.

BENEFÍCIOS DA DOENÇABENEFÍCIO

Mais evidentes, fáceis de compreender e reconhecidos por todos

CONSCIENTES– CRIANÇA QUE FALTA À ESCOLA COM

DOR ETC.INCONSCIENTES

– AUSENTAR-SE DIANTE DE EXIGÊNCIAS EXCESSIVAS

– PERMITIR A INTROVERSÃO– FUGIR PELA FANTASIA– SER RECONHECIDO POR TODOS COMO

“DOENTE”.

O papel do médico diante disso:

• Assim, o papel do profissional é ver o paciente como um todo, ser sensível às reações do mesmo e mostrar as perspectivas reais que existem quanto a sua recuperação.

Manifestações de Doenças com Influência

Psicossomática dos Pacientes em Geral:

 

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

– Ao deparar-se com um médico paramentado de branco, estetoscópio, esfigmomanômetro, além do ambiente hospitalar ou da clínica, o paciente pode reagir com as chamadas “hiper ou hipotensão do jaleco branco”, diante de um médico, o paciente pode sentir-se mais calmo e acolhido do que se estivesse em outro lugar, daí a hipotensão, mas também pode sentir-se aflito, intimidado e tímido diante do mesmo, reagindo com uma hipertensão a qual está diretamente relacionada com a ansiedade.

Trato Gastro-Intestinal• Existe uma forte ligação entre

estresse, ansiedade e responsividade fisiológica do TGI. O sistema nervoso entérico é muito sensível aos estados emocionais.

• Um exemplo é a resposta do estômago ao estresse agudo, o qual diminui a atividade motora antral, causando náuseas e vômitos.

• Ainda, o fator etiológico mais comum (entre 80% a 99%) da ulcera péptica é a H. pylori, contudo, fatores psicossociais em geral relacionam-se com a expressão clínica dos sintomas por reduzirem as respostas imunológicas, resultando em vulnerabilidade à infecção por H. pylori.

Sistema Nervoso Central

– Pessoas que apresentam cefaléias e enxaqueca descrevem um agravamento ou maior suscetibilidade de apresentá-las em momentos de grande estresse emocional, sendo a causa primária das mesmas orgânica ou psicológica.

Tipos de Paciente:Para compreendermos melhor em várias situações estas diversas influencias psicológicas sobre as doenças ou manifestações orgânicas, devemos ter em mente os diversos “tipos” de paciente que chegam até nossos serviços.

• Alguns exemplos: • PACIENTE ANSIOSO• PACIENTE SUGESTIONÁVEL• PACIENTE HIPOCONDRÍACO• PACIENTE DEPRIMIDO• PACIENTE QUE CHORA• PACIENTE EUFÓRICO• PACIENTE HOSTIL• PACIENTE INIBIDO OU TIMIDO• PACIENTE EM ESTADO GRAVE• PACIENTE EM ESTADO TERMINAL (fora

de possibilidade terapêutica)

• Hoje, entende-se que o corpo tem um funcionamento holístico (integrado, completo), ligado por uma rede psicossomática (mente+corpo), na qual tudo o que se passa numa célula é imediatamente captado por todas as outras células.

• Com base nessa comunicação holística, não há mais dúvida atualmente de que muitas doenças têm seu ponto de partida no tipo de pensamentos que a pessoa cria na mente.

• Certos estilos de pensamentos agindo sobre pessoas geneticamente predispostas, são capazes de desencadear mudanças no organismo, que se manifestam sob a forma de doenças.

• Certas dermatoses (doenças da pele) que seguramente têm uma ligação muito estreita com estados emocionais, pelo menos numa significativa porcentagem de pessoas.

• A psoríase é o exemplo mais eloqüente. Observa-se, com freqüência, que os pacientes com psoríase têm um alto nível de ansiedade.

• O vitiligo é outra dermatose sobre a qual o estresse exerce importante influência.

• A dermatite atópica, um tipo de alergia, que pode aparecer logo aos primeiros meses de vida, também contém um componente emocional intenso.

• Além dessas, a dermatite seborreica, a neurodermite, a hiperidrose axilar e palmoplantar, a alopécia areata e, possivelmente, o líquen plano, a dermatite numular, a dermatite artificial (auto-escoriação) e a tricotilomania (arrancamento compulsivo de cabelos e pêlos) são outros quadros com conexão mente-pele evidente, em maior ou menor grau.

• Médicos e psiquiatras são unânimes ao afirmar: qualquer pessoa está sujeita a desenvolver uma doença psicossomática.

• A asma e a artrite (dores nas articulações), por exemplo, têm um forte fator emocional.

• Crianças que só começam a ter dificuldades para respirar depois de completar 5 ou 6 anos sofrem de asma psicossomática. A falta de ar é uma maneira de atrair a atenção dos pais.

• Para ter certeza de que uma doença tem origem psicológica, deve-se descartar todas as causas orgânicas primeiro. Por isso, recomenda-se uma série de exames antes de fechar o diagnostico.

• A melhor maneira de acabar com o problema é tratando, simultaneamente, a pele e a mente. Por isso, além dos medicamentos tradicionais, recomenda-se terapia. Quando a pessoa ficar de bem consigo mesma, os sintomas tendem a regredir.