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ASPECTOS LEGAIS E FISCAIS DA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS PORTUGUESES PARA O BRASIL Lisboa Junho 2016 Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira

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ASPECTOS LEGAIS E FISCAISDA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS E

SERVIÇOS PORTUGUESES PARA O BRASIL

LisboaJunho 2016

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira

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ASPECTOS LEGAIS E FISCAISDA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS E

SERVIÇOS PORTUGUESES PARA O BRASIL

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira

MAÍRA LOTTAdvogada, associada da Abreu Advogados

Aprovada pela Ordem dos Advogados do Brasil

Inscrita na Ordem dos Advogados de Portugal

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IMPORTAÇÃO

É o ingresso seguido de internalização de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Emtermos legais, a mercadoria só é considerada importada após sua internalização no país, por meioda etapa de desembaraço aduaneiro e do pagamento dos tributos exigidos em lei.

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NORMAS E PROCEDIMENTOS

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1. HABILITAÇÃO NO SISCOMEX (SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO

EXTERIOR)

� Instrumento administrativo que integra as atividades de registo, acompanhamento e controlo dasoperações de comércio exterior, mediante fluxo único e computadorizado de informações.

� Em geral, as importações são processadas no Siscomex, podendo ser efetuadas pelo importador,por conta própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes credenciados,nos termos e condições estabelecidos pela Receita Federal do Brasil (RFB).

� Operações registadas via Sistema são analisadas em tempo real, tanto pelos órgãos gestores,quanto pelos órgãos licenciadores.

� Órgãos governamentais intervenientes no Siscomex:

� Secretaria da Receita Federal – SRF;

� Secretaria de Comércio Exterior – SECEX;

� Banco Central do Brasil – BACEN.

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2. REPRESENTAÇÃO DO EXPORTADOR/IMPORTADOR PERANTE A

ADUANA

� Habilitação para operação no Siscomex.

� Credenciamento dos seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao

despacho aduaneiro.

� A atuação de pessoa coletiva em operações de comércio exterior (importação,

exportação e trânsito aduaneiro) depende de análise prévia pela (SRF) de suas

informações cadastrais e fiscais.

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3. CLASSIFICAÇÃO DAS MERCADORIAS

� O importador, antes de iniciar propriamente o procedimento de importação, deveinformar-se acerca da classificação das mercadorias.

� Brasil – adota a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que tem por base o SistemaHarmonizado (SH). Os códigos de classificação da NCM são formados por oito dígitos,dos quais os seis primeiros correspondem ao SH, enquanto o sétimo e o oitavo dígitosdizem respeito aos desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.

� Correta utilização imprescindível para evitar a aplicação de penalidades pelasautoridades aduaneiras, bem como para viabilizar vantagens tarifárias decorrentes deacordos internacionais.

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4. TRATAMENTO ADMINISTRATIVO DAS IMPORTAÇÕES

4.1. LICENCIAMENTO DAS IMPORTAÇÕES

� Regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo o importador

providenciar o registo da Declaração de Importação (DI) no Siscomex, com o fito de dar início aos

procedimentos de despacho aduaneiro junto à unidade local da SRF.

� Modalidades:

� importações dispensadas de licenciamento;

� importações sujeitas a licenciamento automático; e

� importações sujeitas a licenciamento não automático.

� Previamente à importação – consultar o Siscomex, a fim de verificar se há exigência de tratamento

administrativo para a operação que deseja realizar (Simulador do Tratamento Tributário e

Administrativo das Importações).

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4.2. IMPORTAÇÕES SUJEITAS A LICENCIAMENTO

� Quando a legislação exige a autorização prévia de órgãos específicos da administração

pública do Brasil, ou quando condições particulares devam ser observadas.

� Requer formulação da Licença de Importação (LI) no Siscomex – informações de

natureza comercial, financeira, cambial e fiscal pertinentes à operação.

� LI deve ser registada com a antecedência prevista na legislação (embarque da

mercadoria, salvo exceções, somente ocorre após a autorização de licenciamento).

� Prazo máximo para tramitação da LI – contados da data do registo no Siscomex:

� 10 dias – licenciamento automático;

� 60 dias – licenciamento não automático.

� Validade licenciamentos:

� 90 dias para fins de embarque da mercadoria no exterior.

� Alocação da LI ao exame do órgão licenciador responsável.

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4.3. ÓRGÃOS LICENCIADORES

� Órgãos de controlo, cuja função precípua é analisar e autorizar a importação do bem por

meio da emissão de LI, quando o produto examinado cumpra todos os requisitos

necessários.

� Órgãos com participação mais expressiva no comércio exterior brasileiro:

� Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX;

� Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;

� Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

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4.4. DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI)

� Consiste na prestação, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despachoaduaneiro, das informações separadas em dois grupos:

� gerais – correspondentes à operação de importação;� específicas (adição) – contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial

sobre as mercadorias.

� Normalmente, a DI somente pode ser registada após a chegada da mercadoria no país.

� O registo da DI caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação.

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FLUXO ADMINISTRATIVO DA IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

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Habilitação no SiscomexClassificação na NCM

Tratamento administrativo

Licença de Importação (LI)

Órgão licenciador

Decisão

Deferido

Declaração de Importação (DI)

Despacho aduaneiro

Exigência Indeferido

Embarque autorizado

(quandonecessária inspeção

física)

Importações dispensadas de licenciamentoImportações sujeitas a licenciamento

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5. TRATAMENTO ADUANEIRO DAS IMPORTAÇÕES

5.1. DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO

� Procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo

importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à

legislação vigente.

� Visa ao desembaraço aduaneiro da mercadoria e à entrega desta ao importador.

� Deve ser iniciado entre 45 a 90 dias da chegada da mercadoria ao Brasil, consoante o

recinto alfandegário em que a mercadoria estiver armazenada.

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� Inicia-se com a DI:

� formulada pelo importador, no Siscomex, contendo identificação do importador e

do adquirente ou encomendante, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da

mercadoria;

� no momento do registo da DI no Siscomex é que ocorre o pagamento de todos os

tributos federais devidos na importação;

� submetida à análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência –

parametrização: verde, amarelo, vermelho e cinza.

� Encerra-se com o desembaraço aduaneiro, quando se regista a conclusão da conferência

aduaneira.

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FLUXO ADUANEIRO DA IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

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Licenciamento (quando exigido)Confirmação da presença de carga

Débito em conta

Registo da declaração de importação

Seleção para conferência aduaneira

Verde

Entrega de documentos

Distribuição

Amarelo Vermelho Cinza

Conferência aduaneira

Desembaraço aduaneiro

Vinculação do número de identificação de carga ao conhecimento de embarque e

declaração de ICMS

Entrega da mercadoria

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6. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DAS IMPORTAÇÕES

� Refere-se à tributação incidente sobre a entrada de mercadorias estrangeiras no territórioaduaneiro. Os tributos incidentes na importação são:

� Imposto de Importação – II;

� Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

� Contribuição para o PIS/PASEP E COFINS;

� Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM;

� CIDE-Combustíveis;

� Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS; e

� Taxa de Utilização do Siscomex.

� Para as bases de cálculo dos impostos incidentes na importação, faz-se necessário conhecer ovalor aduaneiro da mercadoria estrangeira. De acordo com o Regulamento Aduaneiro, todamercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação está sujeita ao controlo do valoraduaneiro, de acordo com as regras estabelecidas no Acordo Sobre Valoração Aduaneira do GATT.

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6.1. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II)

� Finalidade económica (regulatória) e de proteção – taxa produtos trazidos do exterior

para evitar concorrência desleal com produtos brasileiros.

� Seletivo: varia de acordo com o país de origem da mercadoria (acordos comerciais) e

com as características do produto.

� Taxas definidas na Tarifa Externa Comum (TEC): tarifa aduaneira utilizada pelo

Mercosul, baseada na NCM.

� Base de cálculo: valor aduaneiro (VA) da mercadoria, apurado segundo normas do

GATT.

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6.2. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)

� Incide sobre as mercadorias relacionadas na sua tabela de incidência – Tabela de Incidência do

Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) – independentemente do processo de

industrialização ter ocorrido no Brasil ou no exterior.

� Não-cumulativo: valor pago no momento da importação é creditado pelo importador para

posterior compensação com o imposto devido em operações que ele realizar e que forem

sujeitas a esse tributo.

� Seletivo: ónus do imposto é diferente em razão da essencialidade do produto.

� Indireto: transfere cumulativamente às mercadorias vendidas ao consumidor final o tributo

exigido em cada etapa do processo produtivo, onerando-o.

� Base de cálculo: valor aduaneiro da mercadoria, acrescido do valor do II.

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6.3. CONTRIBUIÇÃO PARA PIS/PASEP (PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL) E COFINS

(CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL)

� Tributos indiretos incidentes sobre produtos nacionais e estrangeiros.

� Tratamento tributário isonómico entre os bens produzidos no Brasil, que sofrem incidência dessestributos, e os bens importados, que são tributados às mesmas taxas daqueles.

� De modo geral, não-cumulativos (diz-se do imposto/tributo que, na etapa subsequente dosprocessos produtivos e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo imposto/tributopago/recolhido na etapa anterior).

� Na quase totalidade das importações, as taxas aplicáveis são 1,65%, para PIS, e 7,6%, para COFINS.

� Base de cálculo: valor aduaneiro das mercadorias importadas, acrescido do valor do ICMS,incidente sobre a importação, e do valor dos referidos tributos, pois são incluídos no preço finaldas mercadorias (cálculo por dentro).

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6.4. ADICIONAL DE FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE (AFRMM)

� Instrumento de ação político-governamental que se destina a atender aos encargos daintervenção da União no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria deconstrução e reparação naval brasileiras.

� Fato gerador: início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro.

� Calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, aplicando-se as seguintes taxas:

� 25% na navegação de longo curso;

� 10% na navegação de cabotagem; e

� 40% na navegação fluvial e lacustre, quando do transporte de granéis líquidos nas regiõesNorte e Nordeste.

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6.5. CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÓMICO (CIDE) – COMBUSTÍVEIS

� Incide sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico

combustível.

� Facto gerador: operações de importação de gasolina e suas correntes; diesel e suas correntes;

querosene de aviação e outros querosenes; óleos combustíveis; gás liquefeito de petróleo, inclusive

o derivado de gás natural e de nafta; e álcool etílico combustível.

� Base de cálculo: quantidade dos produtos sujeitos à sua incidência, importados ou comercializados

no mercado interno, expressa na unidade de medida estabelecida para cada produto.

� Deve ser pago na data do registo da DI.

� Taxas variáveis.

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6.6. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS)

� Incide sobre a movimentação de produtos no mercado interno e sobre serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação, bem como sobre os bens importados em geral,

a fim de promover tratamento tributário isonómico para os produtos importados e nacionais.

� Não-cumulativo.

� Seletivo: taxas variam de acordo com o critério de essencialidade do produto – na maior parte

dos estados, são de 17% e 18%, mas podem variar ainda entre 12% e 25%.

� Por ser um tributo estadual, para se apurar o seu montante, necessário que se saiba o estado

onde ocorrerá o consumo do bem.

� Base de cálculo: inclui o valor aduaneiro, acrescido do II, do IPI, do próprio ICMS (cálculo por

dentro), do Imposto sobre Operações Cambiais e das despesas aduaneiras.

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6.7. TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX

� Devida ao ato de registo da DI no Siscomex.

� Tem como facto gerador a utilização desse sistema.

� É devida independentemente da ocorrência de tributo a recolher, sendo debitada emconta-corrente, juntamente com os tributos incidentes na importação.

� Valores:

� R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI;

� R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição demercadorias à DI, observados os limites fixados pela SRF.

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7. REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS

� Constituem exceções às regras gerais estabelecidas no regime aduaneiro comum deimportação/exportação e são criados com vistas a estimular o desenvolvimento e ocrescimento económico local, a fim de proporcionar a seus beneficiários a possibilidadede promover a entrada de bens no território aduaneiro, ou a saída destes, sem opagamento dos gravames incidentes sobre o comércio exterior.

� As mercadorias submetidas a esses regimes ingressam no Brasil sem a exigênciaimediata dos tributos inerentes à importação e a aplicação do regime geralmente estáassociada a controle aduaneiro estreito e ao atendimento de determinadas exigências.

� O Brasil adota diversos regimes aduaneiros especiais, dentre os quais se destacam:� drawback: mercadoria a ser exportada após processo de industrialização;

� admissão temporária: entrada no Brasil de certas mercadorias, com finalidade e por período

de tempo determinados, com a suspensão total ou parcial do pagamento de tributos

aduaneiros incidentes na sua importação e o compromisso de serem reexportadas.

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7.1. MERCADORIAS DESTINADAS A CONSUMO NO RECINTO DE CONGRESSOS, FEIRAS E

EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS, E EVENTOS ASSEMELHADOS, A TÍTULO DE PROMOÇÃO OU

DEGUSTAÇÃO, DE MONTAGEM OU CONSERVAÇÃO DE ESTANDES, OU DE DEMONSTRAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS EM EXPOSIÇÃO

� Isentas dos tributos incidentes sobre a importação.

� A isenção não se aplica a mercadorias destinadas à montagem de estandes, suscetíveis de seremaproveitadas após o evento.

� É condição para gozo da isenção que nenhum pagamento, a qualquer título, seja efetuado aoexterior, em relação às mercadorias mencionadas acima.

� A importação das mercadorias objeto da isenção fica dispensada da guia de importação, massujeita-se a limites de quantidade e valor, além de outros requisitos, estabelecidos peloMinistério da Economia, Fazenda e Planejamento.

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8. ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES DE INTERESSE

� Alguns órgãos do governo brasileiro relacionados ao comércio exterior (com enfoque para produtos alimentícios):

� Agência Nacional de Vigilância Sanitária (www.anvisa.gov.br);� Departamento de Operações de Comércio Exterior (www.mdic.gov.br);� Departamento de Polícia Federal (www.dpf.gov.br);� Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(www.ibama.gov.br);� Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

(www.inmetro.gov.br);� Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br);� Secretaria da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).

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MAÍRA LOTT

[email protected] 910073416

Avenida das Forças Armadas, nº 125, 12º andarLisboa, Portugal / 217231800