aspectos legais da atividade extrativa mineral em pequena escala na provÍncia pegmatÍtica...
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ASPECTOS LEGAIS DA ATIVIDADE EXTRATIVA MINERAL EMASPECTOS LEGAIS DA ATIVIDADE EXTRATIVA MINERAL EM
PEQUENA ESCALA NA PROVÍNCIA PEGMATÍTICAPEQUENA ESCALA NA PROVÍNCIA PEGMATÍTICA
BORBOREMA, NORDESTE ORIENTAL DO BRASIL.BORBOREMA, NORDESTE ORIENTAL DO BRASIL.
G. Martins, C. M. B. Cortez & A. Farias filho
Projeto Desenvolvimento em Rede do Arranjo Produtivo em
Pegmatitos – RN / PB
MME / DNPM / 14° DS
A PROVÍNCIA PEGMATÍTICA BORBOREMA
Soares, D. R. et al. 2004
Região produtora mineral desde o começo do século XX Os primeiros registros de lavra datam da 1ª guerra mundial
Cooperação entre o DNPM e a comissão americana de compras, com apoio técnico da U. S. G. S.
Práticas predatórias de lavra com atividades sazonais de garimpagem
Nb – Ta, Mica,Gemas, FeldspatoCaulim, Quartzo.
DADOS RECENTE SOBRE A PRODUÇÃO MINERAL NA PPB
(Avaliação preliminar do setor mineral do Rio Grande do Norte, 1995 – 2002 )
» A produção do feldspato tem-se mantido num patamar de
2.500 toneladas no período entre 1995-2000 e aumentado para
5.000 toneladas nos anos de 2001 e 2002, os concentrados de
feldspatos brutos obtidos por pequenos produtores são
comercializados a preço de R$ 20-30 por tonelada e o valor
agregado do feldspato varia com o grau de cominuição,
atingindo até R$ 120 por tonelada;
» Uma produção estimativa de 500 toneladas/ano de mica, na
sua quase totalidade advinda do setor informal;
» A produção do quartzo não apresenta um quadro estimativo;
DADOS RECENTE SOBRE A PRODUÇÃO MINERAL NA PPB
(Avaliação preliminar do setor mineral do Rio Grande do Norte, 1995 – 2002 )
» A produção de berilo encontra-se estagnada no patamar de 15-
20 toneladas anuais, tendo sido seu declínio influenciado por
vários fatores, inclusive pela a substituição deste metal, visto
sua classificação pela Agência Ambiental Norte-Americana como
poluente perigoso;
» Nos anos de 1999-2000, o preço internacional da tantalita
atingiu 90-120 R$/Kg com produção entre 60-120 toneladas,
entretanto, os dados recentes demonstraram o declínio na
produção da tantalita para <20 toneladas/ano e preços a <40
R$/Kg; (preço atual R$ 1,2-2,0/ponto) e
» A produção de caulim no ano de 2000 atingiu 40.800 toneladas
com um preço médio de R$ 22 por tonelada.
ESTIMATIVAS COM BASE NA COMERCIALIZAÇÃO
» Região de Pedra Lavrada (PB):
6.000 toneladas/mês de feldspato → 140 mil R$/mês
10.800 toneladas/mês de caulim → 1,3 milhão R$/mês
» Região de Currais Novos e Parelhas (RN)
6.000 toneladas/mês de feldspato → 120 mil R$/mês
» Variação de +300% entre o produto bruto na região produtora e valor na região consumidora (britagem, classificação e transporte)
(Fonte: Brito, J.S., Lima, A.A., & Pereira, E.B., 2007. Diagnóstico sobre a produção de bens minerais na Província Pegmatítica da Borborema. no prelo)
•A desigualdade entre os números → atividade
extrativa mineral nesta região está geralmente
“formalizada” pela participação de empresas de
mineração de médio porte ou por ação de
compradores.
LOCAL PRODUTO GRAU DE BENEFICIAM
ENTO
PREÇO FOB (1)
R$/tonelada
PREÇO DE FRETE (3)
PARELHAS / RN
FELDSPATO 1ª BRUTO 22,00 (2) BAHIA R$ 65,00/ton
FELDSPATO 2ª BRUTO 17,60 (2)
FELDSPATO POTÁSSICO GRÁFICO
BRUTO 14,20 (2)
MG/ES R$ 110,00/ton
CURRAIS NOVOS/ RN
FELDSPATO POTÁSSICO
BRUTO 35,00 SÃO PAULO - R$ 135,00/ton
BRITADO 42,00
AREIA 60,00
MOÍDO(200#) 130,00
ALBITA 46,00
SANTA CATARINA
R$ 165,00/ton
SOLEDADE / PB
FELDSPATO POTÁSSICO
1ª MOÍDO 130,00
(1) DADOS DE FEVEREIRO/ABRIL DE 2002, (2) DADOS DE JANEIRO DE 2002 E (3) DADOS DEJULHO DE 2003.
DADOS COMERCIAIS DO FELDSPATO NA PROVÍNCIA BORBOREMA (FONTE:
COELHO, 2005)
● As atividades extrativas minerais em corpos pegmatíticos na
região do Seridó, Estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte,
perduram por mais de meio século dentro de ciclo envolvido
pela informalidade, pela ilegalidade, pelo uso de técnicas
inadequadas, pela baixa capacidade de investimento,
pela baixa produtividade e baixo valor agregado, o
chamado “ciclo negativo”.
● O rompimento deste ciclo é dado em primeira
instância pela legalização das atividades extrativas,
para qual precede o “passo zero” — formação de
empresas de pequeno porte ou formação de
cooperativas de pequenos mineradores (M. Barry , 1996
in Artisinal Mining Internacional Workshop promovido pelo Banco
Mundial ) .
SUB-PROJETO “ASPECTOS LEGAIS DO APL DO PEGMATITO PB-SUB-PROJETO “ASPECTOS LEGAIS DO APL DO PEGMATITO PB-
RN”.RN”.
OBJETIVO GERAL
Criar as condições necessárias para a expedição de títulos Criar as condições necessárias para a expedição de títulos
minerários desta forma legalizando lavras irregularesminerários desta forma legalizando lavras irregulares..
METAS
1- Seleção de áreas de interesse p/o desenvolvimento do projeto;
2 – Fomento ao associativismo e cooperativismo de base mineral;
3- Acompanhar tramitação de PLG junto aos órgãos competentes;
4 - Elaboração de projeto de mineração e ambiental visando a
formalização;
5 - Cadastrar áreas ilegais e informais de extração mineral;
6 – Quantificar impactos ambientais gerados pelas atividades de
exploração.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (proposto)
Parte 1ª - Logística de implantação
▪ Sensibilização e mobilização,
▪ Identificação de lideranças,
▪ Suporte ao processo de formação.
Parte 2ª - Seleção de áreas alvos.
▪ Levantamento de Campo,
▪ Levantamento da situação legal da área,
▪ Cadastro de áreas de interesse.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Parte 3ª - Quantificação de impactos ambientais.
▪ Levantamento de campo
▪ Cartografia de áreas em escala de semi-detalhe
▪ Aplicação de check-list
▪ Trabalho de foto-interpretação / Imagem de sensores
▪ Quantificação de áreas atingidas
▪ Programa ambiental
Parte 4ª - Elaboração de projetos de mineração e ambiental.
▪ Elaboração de plantas (Localização / Detalhe)
▪ Elaboração de EIA-RIMA
▪ Elaboração da documentação para PLG e LS
Parte 5ª - Acompanhamento da tramitação de processos PLG
▪ Atendimento às exigências e prazos dos processos
▪ Acompanhamento das vistorias
Parte 6ª - Relatório final de execução física e financeira
PARTE 1ª - LOGÍSTICA DE IMPLANTAÇÃO
RESULTADOS
1 – Participação na formação das Associações de Garimpeiros de Lajes
Pintadas, Currais Novos (2), Equador e Parelhas.
2 – Participação na formação das Cooperativas de São Tomé, Currais
Novos e Parelhas.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
1 – Sensibilização e Mobilização de lideranças garimpeiras,
2 – Reuniões e cursos para fomentar a formação de associações e
cooperativas
META ENVOLVIDA
2 - Fomento ao associativismo e cooperativismo de base mineral
PARTE 2ª - SELEÇÃO DE ÁREAS ALVOS
RESULTADOS
1 – Levantamento de áreas na região de Parelhas/RN (5).
2 – Levantamento de áreas na região de Carnaúba dos Dantas/RN (2).
3 – Levantamento de áreas na região de Jardim do Seridó/RN (1).
4 - Levantamento de áreas na região de Currais Novos/RN (2).
5 - Levantamento de áreas na região de Lajes Pintadas e São
Tomé/RN(5).
6 – Levantamentos de áreas na região de Equador (5)
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
1 – Trabalhos de Campo,
2 – Confecção de mapas cartográficos (situação e detalhe),
3 – Levantamento da situação legal da áreas.
PARTE 2ª - SELEÇÃO DE ÁREAS ALVOS.
METAS ENVOLVIDAS
1- Seleção de áreas de interesse p/o desenvolvimento do projeto,
5 - Cadastrar áreas ilegais e informais de extração mineral.
COMENTÁRIOS
Para dar continuidade ao desenvolvimento do subprojeto “Aspectos
Legais” foi necessário a implantação de um novo projeto “Formalização
de Áreas Garimpeiros” financiado pelo MME visando o custeio dos
projetos ambientais e de mineração para a expedição das PLG´s
(entretato não foi atingidos os custos das licenças ambientais).
PARTE 3ª - QUANTIFICAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS.
RESULTADOS
1 – Levantamento de dados sócio-ambientais (volume de material
extraído, área desflorestada, produtos químicos e equipamentos
utilizados, condições de trabalho e segurança, etc) nas regiões de
Parelhas, Currais Novos, Lajes Pintadas, Equador, Jardim do Seridó,
Carnaúba dos Dantas.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
1 – Trabalhos de Campo,
2 – Compilação dos dados obtidos,
3- Uso de Imagem de sensores remotos (em aberto)
Parte 3ª - Quantificação de impactos ambientais.
METAS ENVOLVIDAS
5 - Cadastrar áreas ilegais e informais de extração mineral;
6 – Quantificar impactos ambientais gerados pelas atividades de
exploração.
COMENTÁRIOS
■ Os dados sócio-ambientais coletados não foram suficientes para
fornecerem subsídios para a elaboração de “Diagnósticos Ambientais”
para requerimentos de LS.
■ Constrangimento na coleta de informações (validade dos dados)
Parte 4ª - Elaboração de projetos de mineração e ambiental.
RESULTADOS
1 – Projetos de mineração desenvolvidos (Plantas de situação e detalhes, consulta
sobre a legislação vigente):
6 PLG´s na região de Riachuelo (ouro e scheelita)
2 PLG´s na região de Carnaúba dos Dantas (Feldspato)
2 PLG´s na região de Lajes Pintadas (Feldspato)
4 PLG´s na região de Currais Novos (Feldspato+ Scheelita)
3 PLG´s na região de São Tomé (Feldspato)
3 PLG na região de Parelhas (feldspato- áreas oneradas)
3 PLG na região de Jardim do Seridó (Feldspato – áreas oneradas)
região de Pedra Lavrada (PB) → Cooperativa de Garimpeiros
2 – Levantamento da situação legal de 15 PLG´s outorgadas (1997-1998) na região
de São Tomé, Santana dos Matos e Barcelona (em execução).
OBS: Áreas de São Tomé - as PLG foram transformadas em “Autorizações de
Pesquisa”(scheelita)
Parte 4ª - Elaboração de projetos de mineração e ambiental.
RESULTADOS
1 – Acompanhamento de projetos de mineração e acordos de parceria
envolvendo as Cooperativas de Garimpeiros de Currais Novos, Parelhas e
Lajes Pintadas com a empresa Von Roll S/A na exploração de mica e
implantação de unidades de beneficiamento.
2 - Facilitações e acordos com outras empresas para extração de
feldspato e caulim.
3 – Reunião sobre a condições de trabalho de garimpeiros na região de
Equador / RN.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
1 – Trabalhos de campo e escritório,
2 – Reuniões para a mobilização e articulação de lideranças garimpeiras
e empresários (Natal e Fortaleza),
3 – Acompanhamento de processos junto aos órgãos competentes.
Parte 4ª - Elaboração de projetos de mineração e ambiental.
METAS ENVOLVIDAS
2 – Fomento ao associativismo e cooperativismo de base mineral;
3- Acompanhar tramitação de PLG junto aos órgãos competentes;
4 - Elaboração de projeto de mineração e ambiental visando a
formalização;
COMENTÁRIOS
■ Esta etapa teve apoio fundamental do Projeto de Formalização de
Áreas Garimpeiras.
■ A parceria (empresa) Von Roll e Cooperativas ( no caso da mica)
constitui um elo fundamental para o fortalecimento do APL, podendo ser
reproduzido em outras áreas (p. ex., caulim, quartzo, scheelita, tantalita,
e feldspato).
■ Desenvolvimentos de projetos minerários com flexibilidade para
parcerias, joint-ventures, arrendamentos, entre outras formas de
consórcios.
Parte 5ª - Acompanhamento da tramitação de processos PLG
RESULTADOS
1 – Divulgação do marco regulador em Parelhas e Lajes Pintadas,
2 – Suporte técnico aos processos de legalização em diversas áreas.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
1 – Atividades de campo para levantamento de áreas livres.
2 – Levantamento de áreas oneradas e de situação de processos.
3 – Reunião e palestras para divulgação da Lei n° 7805 de 1989 e da
portaria DNPM n° 178 de 2004.
COMENTÁRIOS
1 – Envolvimento dos DNPM x insuficiência de recursos humanos.
2 – Desenvolvimento precário nas áreas de caulim da região de Equador-
RN e no Estado da Paraíba: pouca mobilização e formação precária
de associativismo e cooperativismo.
3 – Desdobramentos do projeto APL:
a) Projeto de Formalização (executado a parte das PLG)
b) Projeto específico para o caulim ao menos para as áreas de
legalização e ambiental,
c) Expansão da reserva garimpeira,
d) Projeto de quantificação de reservas, e
e) Arranjo Institucional (“Bureau”) para tratar ações públicas perenes
na área do pequeno produtor mineral incluindo as relações de
negócios.
COMENTÁRIOS
4 – Alta dos preços da scheelita e outros metais: pressão maior para
ocupação de áreas livres e implantação de pequenos projetos de lavra.
5 – Indução para implantar pequenos projetos de beneficiamento
(feldspato, caulim, quartzo, mica) gerenciados pelas cooperativas.
6 – Infra-estrutura e Logística.
7 – Programa de treinamento voltado para o pequeno produtor mineral.
8 – Ações concretas nas áreas de Segurança, Meio-ambiente e Saúde.
9 – Identificação do APL nos produtos negociados
10 – Fortalecimento do setor Mineração de Pequena Escala.