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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA
NATHALIA ALVES DE BARROS
ASPECTOS DO MANEJO SANITÁRIO DE OVINOS DE CORTE
CUIABÁ 2015
NATHALIA ALVES DE BARROS
ASPECTOS DO MANEJO SANITÁRIO DE OVINOS DE CORTE
Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientadora: Profa. Dra. Maria Fernanda
Soares Queiroz
CUIABÁ 2015
Aos meus pais Mario Cesar Borges de Barros e Socorro Alves de Sousa, irmã
Marisol Alves de Barros,
Dedico.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Mario Cesar Borges de Barros e Socorro Alves de Sousa pelo
exemplo de amor e união, por sempre me ensinarem a persistir, pelo apoio e
incentivo, todo meu amor e gratidão.
A minha irmã Marisol Alves de Barros, pelo exemplo de dedicação e por
sempre se preocupar comigo.
Ao meu namorado Alyson Faria da Silva, pela compreensão nos momentos
mais estressantes durante a faculdade, pelo apoio e incentivo, todo meu amor.
Às amigas de curso pela grande amizade, amor, carinho, companheirismo e
presteza.
À professora Maria Fernanda Soares Queiroz pela orientação, pela amizade,
pelas oportunidades e confiança em mim devotados, e pelos conhecimentos
compartilhados.
Ao senhor Antenor Santos Alves Junior, proprietário da Cabanha Lenda onde
foi realizado o estagio final, obrigada pela oportunidade de crescimento da formação
acadêmica e profissional.
Aos professores da graduação que em muito contribuíram para minha
formação.
“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade”.
Albert Einstein
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Cartela do Método Famacha ....................................................................... 7
Figura 2 - Principais grupos de clostridioses ............................................................... 9
Figura 3 - Galpão dos animais Puro de Origem ........................................................ 12
Figura 4 - Galpão dos animais confinados para a engorda ....................................... 12
Figura 5 - Instalações da sala de ração e local de armazenamento dos insumos .... 13
Figura 6 - Pedilúvio ................................................................................................... 13
Figura 7 - Curral de manejo ....................................................................................... 14
Figura 8 - Casqueamento e aplicação de iodo a 10% em borregas Dorper .............. 15
Figura 9 - Casqueamento e aplicação de iodo a 10% em ovelhas White Dorper...... 16
Figura 10 - Área mínima ideal para cada categorial animal ...................................... 17
Figura 11 - Baia das ovelhas White Dorper ............................................................... 18
Figura 12 - Baia das borregas Dorper ....................................................................... 18
Figura 13 - Baia dos reprodutores Dorper ................................................................. 19
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2. OBJETIVO(S) ........................................................................................................ 2
3. REVISÃO ............................................................................................................... 3
3.1 VERMINOSE ....................................................................................................... 3
3.1.1 FATORES QUE INTERFEREM NAS PARASITOSES ................................... 3
3.1.2 PRINCIPAIS ALTERNATIVAS NO CONTROLE DAS HEMINTOSES ........... 5
3.1.3 METODO FAMACHA ..................................................................................... 5
3.2 PODRIDÃO DO CASCO (FOOT ROOT) ............................................................ 7
3.3 CLOSTRIDIOSES ............................................................................................... 9
3.3.1 ENTEROTOXEMIA ...................................................................................... 10
4. RELATÓRIO DE ESTAGIO ................................................................................. 11
4.1 INSTALAÇOES ................................................................................................. 11
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO ............................................... 15
5.1 CUIDADOS COM O CASCO............................................................................. 15
5.2 INSTALAÇÕES ................................................................................................. 17
5.3 VERMIFUGAÇÃO ............................................................................................. 19
5.4 MAMADA CONTROLADA ................................................................................. 20
5.5 CLOSTRIDIOSES ............................................................................................. 21
6. CONCLUSÕES .................................................................................................... 22
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24
RESUMO
A ovinocultura no Brasil apresenta potencial de crescimento e expansão da atividade
devido à facilidade com que os ovinos se adaptam a diferentes climas, relevos e
vegetações. Contudo, práticas de manejo sanitário em uma propriedade de corte de
ovinos devem ser realizadas corretamente com a finalidade de contribuir para o
desenvolvimento da atividade haja vista que quando não realizadas, podem cessar a
atividade em uma propriedade produtora de ovinos. O objetivo do estagio foi de
realizar as atividades de manejo sanitário na Cabanha Lenda e avaliar a resposta
dos animais submetidos a esse manejo, bem como de acompanhar as demais
atividades de manejo realizadas na propriedade durante o período estagiado e
avaliar de forma crítica essas atividades. As ações realizadas durante o estágio,
sendo elas em relação aos cuidados com o casco e o tratamento dos animais com
foot rot, ou ainda a vermifugação do rebanho e a aplicação de vacinas contra as
clostridioses, tiveram respostas positivas dos animais aos tratamentos propostos. A
aplicação de vacina contra clostridioses, conforme o calendário da região faz toda
diferença na diminuição da mortalidade advindo da contaminação pelas bactérias do
gênero Clostridium spp. O período de estágio foi válido no aprendizado de situações
práticas no dia-a-dia da atividade, estimulando as observações criticas em relação
às situações presentes no cotidiano do rebanho ovino.
Palavras-chaves: clostridioses, foot rot, desinfecção, vermifugação.
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1. INTRODUÇÃO
A ovinocultura no Brasil apresenta potencial de crescimento e expansão da
atividade devido à facilidade com que os ovinos se adaptam a diferentes climas,
relevos e vegetações.
Contudo, níveis de especialização da produção dependem dos pré-requisitos
de saúde e bem estar animal, preceitos fundamentais que visam atender as
condições sanitárias do mercado consumidor muito exigente.
A sanidade abrange uma serie de atividades técnicas, conduzidas para
manter as condições de saúde dos animais, as quais são influenciadas pelas
praticas de manejo, meio ambiente, pelo genótipo, entre outras.
Em se tratando de ovinos, o principal problema sanitário é a verminose, pois
causa sérios prejuízos econômicos, devido ao crescimento retardado, perda de
peso, piora a conversão alimentar, menor desempenho, baixa fertilidade e
mortalidade em casos extremos (ROCHA et al., 2008).
Dentre os helmintos que acometem frequentemente os ovinos destaca-se a
espécie Haemonchus contortus, um parasita hematófago do abomaso, que causa
quadros de anemias severas, caracterizado pela palidez das mucosas e edemas
submandibular.
Depois da verminose, a foot rot também denominada podridão dos cascos, é
uma doença crônica dos ruminantes, provocado pela associação das bactérias
Fusobacterium necrophorum e Dichelobacter nodosus. A forma grave da doença
leva à claudicação com possíveis perdas durante o processo de produção (RIET-
CORRÊA et al., 2001).
Diante deste panorama fica clara a importância da realização de práticas de
manejo sanitário em uma propriedade de corte de ovinos, as quais contribuem para
o desenvolvimento da atividade ou, quando não realizadas da forma desejada,
podem erradicar com a atividade em uma propriedade produtora de ovinos.
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2. OBJETIVO
O objetivo do estagio foi de realizar as atividades de manejo sanitário na
Cabanha Lenda e avaliar a resposta dos animais submetidos a esse manejo, bem
como de acompanhar as demais atividades de manejo realizadas na propriedade
durante o período estagiado e avaliar de forma crítica essas atividades.
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3. REVISÃO
3.1 VERMINOSE
A verminose gastrointestinal é considerada o principal problema enfrentado
pelos criadores na ovinocultura. A utilização de métodos inadequados no combate à
verminose vem gerando a resistência dos parasitas aos vermífugos.
O controle parasitário por meio de vermífugos comerciais é a forma mais
comum de tratamento dos animais infectados. É importante entender que o sucesso
dependerá de um conjunto de ações dentro da propriedade.
O Haemonchus contortus é o nematódeo mais frequente na ovinocultura,
acarretando consequências graves por se tratar de um endoparasita que se alimenta
diretamente de sangue, causando anemia, edema submandibular (papeira),
emagrecimento e morte. Quando em menores quantidades, estes parasitas podem
provocar uma absorção incompleta dos nutrientes da dieta. Com isso, mesmo que
haja consumo de dieta balanceada, o ganho de peso é prejudicado,
consequentemente retardo da idade de cobertura ou abate, maior intervalo entre
partos, e menor índices de parto duplo.
O parasitismo por nematódeos gastrintestinais causa, ainda, menor eficiência
na cadeia produtiva de ovinos, causando diminuição na produção de carne e leite,
além de elevada mortalidade do rebanho no período chuvoso (COOP &
KYRIAZAKIS, 2001).
3.1.1 FATORES QUE INTERFEREM NAS PARASITOSES
Clima
O parasita passa parte da vida no ambiente (solo, água e pastagens). Durante
esta fase estão na forma de ovos ou larvas, aguardando o momento de serem
ingeridos pelo animal. As larvas dos parasitas precisam de oxigênio, boa umidade e
temperaturas amenas para sobreviver por vários meses nas pastagens. Em
temperaturas acima de 30 ºC também pode haver desenvolvimento larval, porém
com mortalidade elevada. A umidade ideal para o desenvolvimento larvário é de
100%, sendo que a umidade mínima requerida é de 85% (DOMINGUES, 2001).
Com isso pode-se criar condições no ambiente para eliminar o maior número de
4
larvas possíveis, ou saber quais são os lugares ou épocas do ano em que diminuiu a
contaminação do rebanho.
Suscetibilidade do hospedeiro
Nem todos os animais do rebanho são afetados por verminose. Verifica-se
que algumas categorias, como fêmeas que estão amamentando ou filhotes depois
do desmame são aqueles que apresentam, maior frequência, sinais de verminose.
Outros fatores que fazem com que um ovino seja mais sensível que outro à
contaminação por parasitas estão ligados à nutrição.
É possível afirmar que animais bem nutridos, além de apresentarem maiores
taxas de crescimento, têm seu sistema imune fortalecido e os impactos causados
pelas infecções parasitárias são menores quando comparados a indivíduos mal
nutridos. A suplementação proteica tem sido associada a menores contagens de
ovos de larva detectado pelo exame de OPG (Ovos Por Grama), baseado na técnica
de contagem de ovos de nematódeos presentes nas fezes dos animais (Wallace et
al., 1995), bem como redução significativa das perdas produtivas, causadas pela
infecção por nematódeos (HOUTERT et al., 1995).
Sistemas de produção
Animais mantidos confinados, desde que alimentados com ração livre de
contaminação, estarão menos expostos às infecções por nematódeos.
Em um estudo comparativo da recria de cordeiros, comprovou-se que os
cordeiros confinados apresentaram produtividade muito superior a de animais
mantidos a pasto (SIQUEIRA et al., 1993). Alguns ovinocultores também têm obtido
bons resultados com o confinamento das ovelhas no final da gestação. Como a
forma mais comum de infecção do animal é o pastejo em áreas contaminadas com
larvas vivas de parasitas, é necessário criar alternativas para diminuir a
contaminação da pastagem e/ou impedir que os animais ingiram a forragem
contaminada.
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Idade e estado fisiológico do animal
A susceptibilidade à verminose é muito maior nos animais jovens do que nos
adultos. A menor resistência dos ruminantes jovens às infecções helmínticas parece
ser em razão, principalmente, da fraca resposta imunológica específica contra os
parasitas, e não da simples falta de exposição aos patógenos que induzem o
desenvolvimento de imunidade ativa (COLDITZ et al., 1996).
Vermífugos
O uso indiscriminado de anti-helmínticos leva à resistência dos parasitas aos
diferentes princípios ativos. Os vermífugos só devem ser utilizados quando
realmente necessário, e o mais importante, não devem ser a única forma de
controlar a verminose no rebanho.
De acordo com Molento & Severo (2004), a aplicação do vermífugo deve ser
realizada com a devida orientação, no sentido de evitar o desenvolvimento de
resistência parasitária medicamentosa. O mesmo autor afirmou que práticas de
manejo, como separação por faixa etária e rotação de pastagem auxiliam na
prevenção da contaminação por parasitas gastrointestinais.
3.1.2 PRINCIPAIS ALTERNATIVAS NO CONTROLE DAS NEMATODÉOS
As espécies forrageiras que compõe as pastagens, bem como o manejo a
esta destinado devem ser preocupação constante por parte dos criadores no intuito
de reduzir a carga parasitária e, consequentemente, o contato dos animais com as
larvas infectantes.
Segundo Mederos (2002), 95% da população de larvas encontra-se nas
pastagens e, apenas 5% no organismo animal, o que justifica a sugestão de Gazda
et al. (2004) de que a adequada oferta de forragem pode ser usada como estratégia
para o controle da verminose em ovinos.
3.1.3 MÉTODO FAMACHA
Na tentativa de evitar tais perdas e no intuito de minimizar o grau de infecção
do rebanho, tem-se utilizado princípios ativos em períodos curtos e regulares, pois, o
uso intensivo dos componentes químicos, aliados ao tratamento de todos os animais
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do rebanho, é o principal fator que ocasiona a perda da eficácia dos medicamentos
antiparasitários, denominada de resistência, fato muito comum no Brasil (VAN WYK
et al., 1997).
Assumindo que a reposta ao desafio parasitário e a manifestação clínica por
Haemonchus contortus é variável entre animais de uma mesma raça e/ou de um
mesmo rebanho, a avaliação e decisão de tratamento são feitas por meio de exame
visual, para definir a coloração da conjuntiva, diante de um cartão ilustrativo que
acompanha a técnica e que auxilia na determinação do grau de infecção dos
animais.
Além da grande redução de custos com os tratamentos o Método Famacha
pode ser usado para selecionar animais para reprodução que são resistentes ou
resilientes às infecções por H. contortus a partir do histórico de avaliações (BURKE
& MILLER, 2008; MOLENTO & SEVERO, 2004).
Outros benefícios são a praticidade de utilização da técnica após capacitação
técnica, tratamento individualizado/seletivo dos animais, redução do índice de
mortalidade, produção zootécnica semelhante entre animais tratados e não tratados,
economia com a redução da compra de compostos químicos, capacidade de
treinamento de mão de obra técnica e possibilidade de, com a redução do numero
de tratamentos, em curtos prazos, reduzir significativamente o processo de seleção
parasitária (BATH & VAN WYK, 2001).
A técnica consiste em utilizar o cartão no momento da avaliação. No cartão
estão descritas as cinco variações de coloração da mucosa e os respectivos valores
de hematrócrito (VAN WYK et al., 1997).
7
Figura 1 - Cartela do Método Famacha
Fonte: Internet
3.2 PODRIDÃO DO CASCO (FOOT ROT)
A podridão do casco é uma doença que se instala sempre que há períodos
prolongados de calor e umidade. Alguns animais não se infectam ou manifestam
sintomas brandos, suspeitando-se de resistência de ordem genética (KIMBERLING
& ELLIS, 1990).
A podridão do casco infecciosa é uma doença contagiosa grave em ovinos,
que causa perdas econômicas significativas em função da perda de peso dos
animais contaminados, dos custos com o tratamento e do descarte prematuro de
animais.
Em pequenos ruminantes a maioria dos casos de claudicação está associada
com patologias dos cascos. Pesquisas mostram que a prevalência de afecções
podais varia de 10 a 19% (CHAKRABARTI, 1997).
8
O crescimento exagerado dos cascos é uma das principais causas de
podridão. Varias afecções podais podem ser atribuídas a fatores ambientais,
nutricionais e anatômicos, algumas delas podem ser prevenidas com cortes e
cuidados com o casco. Vários fatores contribuem para a instalação da enfermidade
no rebanho de ovinos, o agente primário de infecção é a bactéria anaeróbica
Dichelobacter nodosus, além das bactérias Fusobacterium necrophorum e a
Corynebacterium pyogenes.
Os cascos de pequenos ruminantes são pouco afetados em ambiente seco. A
ocorrência de afecções podais é maior durante a estação chuvosa, quando o
ambiente apresenta-se úmido e lamacento. Alguns rebanhos podem precisar de
corte de cascos a cada seis semanas a dois meses, para minimizar afecções de
casco. Em geral, podem-se cortar os cascos adequadamente com tesoura (Cottom &
Pinsent, 1988). Caso o casco seja inadequadamente cortado, o ovino pode caminhar
apoiando o esporão para que a unha se volte para cima, o que também é um
problema para estes animais.
Uma causa comum de problema de casco é a parede externa virada para a
parte interna, originando áreas que acumulam sujeira e se torna uma fonte de
infecções às bactérias causadoras de doenças de cascos.
A alimentação influencia a condição e o crescimento do casco. Os animais
que consomem excesso de alimentos energéticos e proteicos, e são criados em
solos macios podem ser mais propensos a algumas afecções.
Em outros ruminantes (bovinos e caprinos), dietas que alteram a função
ruminal por causa de maior taxa de fermentação influenciam negativamente a
sanidade dos cascos, assim como a integridade do casco também pode ser afetada
por deficiência de algumas vitaminas e minerais na dieta (Greenough et al., 1996)
como a biotina, o zinco e o cálcio.
A base do tratamento é o corte adequado dos cascos. Tal procedimento pode
aumentar a claudicação em curto prazo, mas o corte apropriado também pode
propiciar taxa de cura muito elevada sem que haja necessidade de outros
procedimentos terapêuticos (Morgan, 1991). Já o tratamento tópico inclui antibióticos
a base de tetraciclina, florfenicol e antissépticos.
A utilização de pedilúvio é o método mais prático para o tratamento de vários
animais. Soluções a base de sulfato de cobre (5%) e sulfato de zinco (10%) tem sido
utilizados em pedilúvios e mostrado eficácia contra doenças de cascos.
9
A vacinação tem sido utilizada como uma forma preventiva às doenças de
cascos. No entanto, tem-se relato de alta prevalência de reação a vacina
(STEWART, 1989).
3.3 CLOSTRIDIOSES
Clostrídeos são bactérias anaeróbias, isto é, que se multiplicam na ausência
do ar, podem desenvolver formas resistentes, os esporos, capazes de permanecer
nas áreas contaminadas durante muitos anos. Estão presentes normalmente no solo
e no tubo digestivo dos animais, mesmo sadios. Produzem substâncias tóxicas
poderosas chamadas toxinas, responsáveis pelos sintomas e lesões observados nos
animais doentes (Figura 2).
Figura 2 - Principais grupos de clostridioses
GRUPO CARACTERISTICAS ESPÉCIE DE CLOSTRIDIUM (DOENÇA)
NEUROTRÓPICAS Acometem, primariamente, o sistema nervoso
Clostridium tetani - Tétano Clostridium botulinum – Botulismo
ENTEROTOXEMIAS Os agentes se multiplicam no trato
intestinal e as toxinas produzidas ocasionam
danos
Clostridium perfringens tipo B -
disenteria dos cordeiros Clostridium perfrigens tipo B e C -
enterite hemorrágica Clostridium perfrigens tipo D - doença
do rim polposo e da superalimentação
MIOTRÓPICAS Acometem a musculatura e,
consequentemente, causam a toxemia
Clostridium chauvoei - carbúnculo
sintomatico, manqueira ou mal do ano Clostridium septicum, C. chauvoei, C.
novyi, C. perfringens tipo A e C. sordelli - edema maligno ou gangrena gasosa
HEPATOTÓXICAS Os agentes causam lesões hepáticas
Clostridium perfringens tipo B e C. novyi tipo B - hepatite hemorrágica--
Fonte: Adaptado de Gouveia et al. (2006)
Apesar de estarem presentes no ambiente e no trato intestinal, as
clostridioses não são transmitidas de um animal para o outro, e o que causam os
sinais clínicos não são as bactérias, mas as toxinas produzidas por elas
(ODENDAAL, 1994).
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3.3.1 ENTEROTOXEMIA
A enterotoxemia produzida pelo Clostridium perfringens tipo D é a que ocorre
com maior frequência nos ovinos e caprinos (Uzal, 2004). C. perfringens é habitante
normal do trato gastrintestinal dos animais e humanos, proliferando rapidamente
quando as condições no intestino são propícias (FERNANDEZ MIYAKAWA et al.,
2000).
A presença de C. perfringens em pequena quantidade no trato gastrointestinal
dos ruminantes produz baixas quantidades de toxinas que são eliminadas com os
movimentos intestinais normais, sem produzir alterações (KRIEK et al., 1994).
Entretanto, por causa de mudanças bruscas na alimentação, ocorre uma proliferação
exagerada dessa bactéria, com produção de altas concentrações de toxinas, que
são absorvidas pelo intestino, atingem a circulação geral e chegam a diversos
órgãos, tais como: cérebro, rins, pulmões e coração (SMITH & SHERMAN, 1994).
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4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO
O estágio supervisionado II, que é curricular, foi realizado na Estância
Barreirinho Cabanha Lenda, localizada no município de Santo Antônio do Leverger –
MT, o estágio foi realizado durante o período 16 de março a 17 de abril de 2015,
totalizando uma carga horária de 208 horas.
O propósito da propriedade era produzir cordeiros de 5 a 6 meses de idade
destinados ao abate, através de cruzamentos das raças Santa Inês, White Dorper,
Dorper, Texel e Pool Dorset. Um dos projetos da propriedade era a construção do
frigorífico exclusivo para o abate de ovinos, o que provavelmente ajudará a
estruturação da cadeia produtiva de ovinos na região do Estado de Mato Grosso.
Também era objetivo da propriedade produzir matrizes e reprodutores puros
de origem (PO) das raças White Dorper, Dorper, Sulfolk, Pool Dorset e Lacaune,
para melhorar geneticamente o rebanho, comercializar animais e também participar
de julgamentos das raças principalmente na região Centro-Oeste.
No período estagiado a Cabanha Lenda possuía 4.000 matrizes de diferentes
raças e o objetivo era que essas fêmeas fossem emprenhadass durante o ano de
2015.
4.1 INSTALAÇÕES
As instalações da propriedade estavam divididas em dois galpões cobertos
com telhas de amianto, intercaladas com telhas de amianto transparente para
favorecer a entrada de luz nas baias dos animais. O pé direito dos galpões era de
aproximadamente 5 metros para proporcionar conforto térmico aos animais.
Os galpões eram divididos em baias, cuja divisória era feita de paletes e o
piso das baias era de chão batido (Figura 3 e 4). Para diminuir a umidade oriunda
das excretas dos animais era utilizada palha de arroz como cama para os animais,
que era trocada quase diariamente.
Um galpão foi destinado aos animais PO de diferentes raças presente na
propriedade, enquanto o segundo galpão foi utilizado para animais na fase de cria, e
também para machos adultos confinados destinados ao abate.
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Figura 3 - Galpão dos animais Puro de Origem
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 4 - Galpão dos animais confinados para a engorda
Fonte: Arquivo pessoal.
A propriedade também possuía uma sala de ração, onde ficavam o misturador
e o triturador dos alimentos para as rações dos animais (Figura 4).
Havia ainda o pedilúvio com quatro compartimentos, onde em determinadas
épocas do ano, os animais eram manejados para prevenção/tratamento de doenças
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podais, onde comumente utilizava-se soluções de sulfato de cobre (5%) e sulfato de
zinco (10%) (Figura 6).
Figura 5 - Instalações da sala de ração e local de armazenamento dos insumos
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 6 - Pedilúvio
Fonte: Arquivo pessoal.
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Para melhor organização dos medicamentos existia a farmácia, onde todos os
medicamentos da propriedade eram guardados.
O curral inicialmente desenvolvido para o manejo com bovinos, foi adaptado e
atualmente permite o manejo necessário e adequado aos ovinos (Figura 5).
Figura 7 - Curral de manejo
Fonte: Arquivo pessoal.
As 4000 matrizes da raça Santa Inês ficavam submetidas ao sistema de
pastejo, juntamente com os reprodutores, permitindo, portanto, cobertura dos
animais e nascimento durante a maior parte do ano.
A área total de pastagens cultivadas era de aproximadamente 100 ha,
subdivididos em 15 piquetes com o Capim Massai (Panicum maximum cv. Massai).
Como um dos objetivos era o abate de animais jovens, a propriedade também
dispunha de uma sala de abate, a qual obedecia as exigências sanitárias.
15
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO
Durante as atividades desenvolvidas no estágio na propriedade, os
funcionários foram de extrema colaboração e respeito, fazendo com que as relações
interpessoais fossem fáceis, o que facilitou muito todo o trabalho proposto durante o
estágio.
5.1 CUIDADOS COM O CASCO
Umas das primeiras atividades realizadas durante o período de estágio foi o
casqueamento, pois a maioria dos animais da Cabanha estava claudicando, devido
à presença das bactérias causadoras de foot rot.
Nesses animais após a realização do casqueamento e aplicação de iodo a
10%, foi feita a aplicação de antibióticos a base de florfenicol.
A aplicação de iodo e antibióticos auxilia na eliminação as bactérias, pois, as
causadoras de foot root são sensíveis ao florfenicol, e também na cura da doença.
Figura 8 - Casqueamento e aplicação de iodo a 10% em borregas Dorper
Fonte: Arquivo pessoal.
16
Figura 9 - Casqueamento e aplicação de iodo a 10% em ovelhas White Dorper
Fonte: Arquivo pessoal.
Depois de todo o tratamento os animais passavam pelo pedilúvio.
O uso de pedilúvios preventivos, principalmente em épocas chuvosas ou em
ambientes que apresentem solo úmido, tem boa eficiência para prevenir a
enfermidade.
Foi perceptível que associação do tratamento de iodo a 10%, antibióticos e o
uso do pedilúvio com a concentração de 5% de sulfato de cobre e 10% de sulfato de
zinco, aumentou a eficácia do tratamento.
O corte do excesso de casco de todos os ovinos do rebanho era realizado a
cada 15 dias. A resposta dos animais a esse manejo foi muita rápida, o que
demonstrava que o tratamento dos animais doentes estava adequado e, de acordo
com o proprietário o mesmo seria mantido posteriormente ao final do estágio.
Apesar de não haver confirmação, há a suspeita, da minha parte, que o solo,
a pastagem, e principalmente as instalações estão contaminadas com
microrganismos patogênicos, o que anualmente faz o produtor ter problemas com
foot rot nos cascos dos animais.
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5.2 INSTALAÇÕES
Conforme descrito anteriormente, o piso das baias dos animais era de chão
batido, que é um tipo de piso recomendado para instalações de ovinos. Contudo,
este tipo de piso, de chão batido, requer muita atenção, devendo estar sempre bem
drenado.
Na propriedade era utilizada a palha de arroz como cama, e esta era trocada
quase diariamente, para que o acúmulo de urina e fezes não aumentasse a umidade
da palha, o que atrapalharia todo o processo de prevenção e tratamento dos animais
contaminados com as bactérias causadoras de foot rot, por exemplo.
Outro quesito que requer atenção nas propriedades é o dimensionamento da
baia, que deve respeitar o número de animais por área, pois o excesso de animais é
prejudicial, haja vista que o maior contato entre eles ocasiona ainda mais umidade
nas baias. Além disso, a superlotação das instalações aumenta a competição pelos
alimentos entre os animais e facilita a transmissão de doenças. Dessa forma, deve
ser respeitada a unidade de área mínima preconizada para cada categoria animal,
conforme o quadro abaixo (Tabela 2).
Figura 10 - Área mínima ideal para cada categorial animal
CATEGORIA AREA DE COCHO cm/animal
AREA DE PISO CHÃO BATIDO m²/animal
Cordeiro em aleitamento 15 0,8
Cordeiro em fase de recria 20 a 30 1,0
Ovinos adultos (fêmea) 40 2,5
Ovinos adultos (machos) 40 4,0
Maternidade 40 4,0 Fonte: Adaptado de Gouveia et al. (2006).
O dimensionamento das baias na Cabanha Lenda respeitava as
recomendações literárias, o que favorecia o desenvolvimento dos animais sem
competição por área de cocho, baia e bebedouro. Algumas baias da Cabanha Lenda
podem ser observadas nas Figuras 11, 12 e 13.
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Figura 11 - Baia das ovelhas White Dorper
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 12 - Baia das borregas Dorper
Fonte: Arquivo pessoal.
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Figura 13 - Baia dos reprodutores Dorper
Fonte: Arquivo pessoal.
5.3 VERMIFUGAÇÃO
Sabe-se que a vermifugação dos animais na ovinocultura é de extrema
importância, pois esses são bastante sensíveis aos nematódeos presentes no
ambiente.
Durante o período de estágio foi realizada a aplicação de vermífugo em
animais que apresentavam anemia profunda, de acordo com a Tabela do Método
Famacha (Figura 1), decorrente da não aplicação anteriormente de vermífugo no
rebanho geral da propriedade.
Foi perceptível que a falta de manejo, ou ainda, uma subdosagem do
vermífugo causou a debilitação do rebanho, originando todos os problemas
econômicos na propriedade.
Segundo os funcionários da propriedade o manejo estava ocorrendo
anteriormente, e estes diziam que era necessária a mudança do principio ativo do
vermífugo para que os animais apresentassem melhora. Porém, quando o manejo
foi realizado novamente, e de maneira correta, os animais debilitados com sinais de
anemia, magreza e edema submandibular, apresentaram resposta muito rápida e
20
satisfatória em relação ao vermífugo, não necessitando a mudança do princípio ativo
que no caso da propriedade era utilizado o cloridrato de levamisol.
Algumas mortes puderam ser observadas após a mudança no manejo dos
animais, contudo, eram impossíveis de não ocorrer, pois a situação de alguns
animais estava critica.
Outro manejo realizado para diminuir a incidência e contaminação do rebanho
aos nematódeos foi a liberação dos animais confinados para períodos de pastejo
posteriormente ao orvalho. Sabemos que nas horas de orvalho, a forma
contaminante (L3) dos vermes estão na parte superior das folhas do pasto,
aumentando o nível de contaminação dos animais. Quando a larva infectante (L3) é
ingerida pelo ovino, o parasita completa seu ciclo biológico transformando-se em
adulto, se reproduz e inicia a liberação de ovos no trato digestório do animal, que
será eliminado nas fezes, iniciando novamente seu ciclo.
Os sinais mais presentes em animais que estão contaminados de forma
aguda é anemia profunda, desidratação, perda de peso, diarreia e edema
submandibular. Para diminuir as complicações decorrentes da anemia, também foi
administrado ferro a estes animais, haja vista que o nematódeo que mais acomete
os ovinos é o Haemonchus contortus, um parasita que se hospeda no abomaso e é
hematófago, causando anemia e morte em alguns casos.
5.4 MAMADA CONTROLADA
As matrizes eram levadas à maternidade quando próximas ao parto, período
em que vulgarmente são chamadas de “mojadas”. Essas matrizes recebiam dieta a
base de silagem de milho, milho triturado, farelo de algodão e núcleo mineral e
vitamínico. Tudo fornecido no cocho.
No momento de nascimento dos cordeiros, a primeira atitude era observar se
esse cordeiro havia ingerido o colostro. Posteriormente era realizado o corte de
umbigo (Umbicura®) e aplicação de ferro (Ferrodex®). A partir da segunda semana
de vida dos cordeiros, a mãe e o cordeiro eram identificados através da marcação de
números no dorso dos animais com tinta óleo, para facilitar a identificação posterior
desses animais. Apesar de desnecessária a aplicação de ferro em cordeiros recém-
nascidos, a mesma era realizada por insistência do produtor.
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Após isto, os animais de cria eram destinados à baia da mamada controlada,
onde permaneciam separados da mãe na maior parte do dia, só mamando duas
vezes ao dia por um período de 30 minutos cada mamada. Além do leite, também
era oferecida uma alimentação sólida de boa qualidade, para que o rúmen pudesse
se desenvolver, o que proporcionava um desmame precoce dos cordeiros, por cerca
de 45 a 50 dias de idade.
Os objetivos do desmame precoce, além de permitir que este animal possa
receber apenas alimentos sólidos, é proporcionar menor infestação parasitária nos
cordeiros; maior tempo para a fase de engorda consumindo alimentos sólidos de boa
qualidade e quantidades que proporcionem maior eficiência alimentar e,
consequentemente, maior ganho de peso. Também permite a volta mais rápida das
ovelhas à reprodução, tornando-as mais eficiente.
5.5 CLOSTRIDIOSES
Durante o período de estágio, alguns animais que estavam na mamada
controlada morreram. Acredita-se que o motivo da morte desses animais foi a
contaminação por Clostridium perfringens. Isto se deve ao fato de que os animais
estavam acostumados a dieta líquida e foram submetidos bruscamente à uma nova
dieta, com maiores teores de proteína e carboidratos.
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6. CONCLUSÕES
As ações realizadas sendo elas em relação aos cuidados com o casco e o
tratamento dos animais com foot rot, ou ainda a vermifugação do rebanho e a
aplicação de vacinas contra as clostridioses, tiveram respostas positivas dos animais
aos tratamentos propostos.
A aplicação de vacina contra clostridioses, conforme o calendário da região
faz toda diferença na diminuição da mortalidade advindo da contaminação pelas
bactérias do gênero Clostridium spp.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período de estágio foi válido no aprendizado de situações práticas no dia-a-
dia da atividade, estimulando as observações criticas em relação às situações
presentes no cotidiano do rebanho ovino.
O estágio na Cabanha Lenda foi muito proveitoso, hoje tenho noção de que o
trabalho com animais de produção requer aplicações técnicas que vão além da
literatura. É primordial o manejo correto, e muito importante minimizar os custos de
produção. Durante o estágio curricular participei ativamente das atividades
relacionadas ao manejo do rebanho ovino, o que me proporcionou grande
aprendizado, o qual certamente aproveitarei em minha vida profissional.
O controle estratégico de endoparasitos necessita de um manejo de
pastagens que propicie condições para uma rebrota rápida, satisfatório valor
nutricional de forragem, eficiente aproveitamento da forragem produzida, além da
adoção de estratégias de diminuição da população de larvas infectantes.
A mortalidade do rebanho geral no início do período de estágio estava
extremamente elevada. Posteriormente, após mudanças no manejo, essa
mortalidade diminuiu muito, o que reforça que a ovinocultura não é uma atividade
pecuária difícil, desde que haja empenho e dedicação dos funcionários ao manejo
correto. O manejo adequado garante eficiência na produção e rentabilidade extra
para pequenos produtores, demonstrando que a ovinocultura é uma atividade muito
promissora.
As instalações também podem facilitar a contaminação de endoparasitos
desde que não haja limpeza adequada e retirada de fezes do ambiente.
Todas as prevenções que estão ligadas a menor incidência de foot rot do
rebanho precisa ser adotado, como adequado dimensionamento de animal por área
juntamente com a limpeza do ambiente no qual esses animais passam boa parte de
suas vidas.
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