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 AS ORIGENS DA RELIGIÃO EGÍPCIA O Portal da Magia Dourada, convida todos os akh ( renascidos ) para uma viagem ao Egito antigo. Passageiros com destino ao Dwat ( Reino dos Mortos ), a Barca de Rá os levará em uma viagem ao passado, milhares de anos antes de nossa era. Amon Sol anuncia , a próxi ma partida será agora !!!. Se você ouviu o chamado, não fique aí parad o, embarque imediatamente, como bagagem, traga apenas o seu interesse em conhecer melhor a antiga civilização egípcia. Boa Viagem!!. Para compreendermos a religião do Antigo Egito, precisamos recuar no tempo, milênios atrás, quando os deuses ainda andavam pela terra e viviam em um local que se chamava Atlântida, uma grande Ilha, que se localizava entre a África e as Américas, no Oc ea no Atlântico. Na Atlântida não existia o mal e seus habitantes seguiam as leis da natureza. Como o processo de criação ainda não havia terminado, os Atlantes testemunharam a criação das plantas, animais, pássaros e seres rastejantes. Viram também a formação da Lua, quando o "Grande Astro Rubro", por ocasião de sua passagem, arrancou uma parte do planeta e a atirou ao espaço. Este pedaço do planeta, incandescente como carvão em brasa, ficou girando em torno da Terra, preso em seu campo gravitacional e à noite brilhava como um sol vermelho. Com o impacto ocorreram muitas transformações no planeta e o solo de Atlântida tornou-se instável. Toth, sabendo que a "Grande Ilha" poderia submergir no oceano, ordenou a emigração das quatro famílias que representavam a população Atlante. Estas famílias eram formadas pelos seguintes casais : Nun e Naunet "Oceano Primordial", Hehu e Hehut "Eternidade", Kekui e Kekuit "Escuridão", Amon e Amaunet "Ar". Antes da catástrofe final, os Sábios e Sacerdotes Atlantes, cientes de que os dias daquela civilização estavam contados, partiram de lá, com destino à quatro regiões distintas: Para a América Central, dando origem a Civilização Maia e a todos os descendentes da Raça Vermelha; para o noroeste da Europa , onde post er iormente na Br et anha, deram or igem à Ci vi li zação Ce lt a e a todos os descendentes da Raça Branca; para a Ásia onde deram origem à Civilização Chinesa e a todos os des cenden tes da Raça Amarela e fin almente para o norde ste da Áfr ica onde der am or igem a Civilização Egípcia e a todos os descendentes da Raça Negra. Os atlantes levaram com eles grandes conhecimentos sobre construção de pirâmides, e sobre a utilização prática de cristais, assim como conhecimentos elevados de outros ramos científicos, como matemática, geometria, astronomia, medicina, agricultura, etc. A família de Amon e Amaunet, acompanhada de Toth e de outros sábios e sacerdotes, chegaram ao norte da África por volta do ano 50.000 a. C., conhecido em arqueologia como o período pré- dinástico. Encontraram uma população autóctone primitiva, sobrevivendo da caça e da coleta, que não dominava a agricultura e tampouco domesticava animais. Os nativos ficaram maravilhados com a visão daqueles néteres (deuses), saindo do "Ovo Dourado" que surgiu voando. Os Mestres Atlantes ficaram fascinados com a beleza da região e principalmente com a docilidade de seus habi tantes. Resolv er am então se estabel ecer no delta do Nilo e iniciar o pr ocesso de transmissão das artes da agricultura e da civilização. Estabelecer am as bases da religião egípcia, inspirada na religião atlan te, essa religião er a essencialmente monoteísta, com a crença em um deus principal criador de todo o universo, sem gênero ou forma, ao qual davam o nome de Amon-Rá ( A luz Oculta ), Atun-Rá ( A fonte e o fim de toda Luz ) ou simplesmente Rá ( A luz de Deus ). Os outros néteres ( deuses ) eram apenas as emanações de Rá em seus vários aspectos.

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As questões espirituais estavam intimamente ligadas à ciência e às demais áreas do conhecimentohumano. Os Sacerdotes Atlantes adaptaram seus princípios religiosos às crenças locais, querepresentavam aspectos da natureza, como o Sol, a Lua, as cheias e vazantes do Nilo, etc. Criarammitos e lendas para assim perpetuar seus ensinamentos, dentre as quais a mais significativa é alenda de Isis e Osiris.

OS FESTIVAIS RELIGIOSOS

Para organizar a vida civil e religiosa no Antigo Egito, os Sacerdotes criaram vários tipos de eventossagrados chamados festivais, que eram celebrados segundo três calendários: O Calendário Lunar, de30 dias, dividido em três semanas de 10 dias cada, baseado nas fases da Lua; O Calendário Civil, de365 dias, baseado no Sol e nas estações do ano que eram apenas três : Akhet ( Inundação ), Pert( Semeadura ) e Shemu ( Colheita ); O Calendário Sótico, baseado no ciclo da estrela Sótis ( Sírius daconstelação do Cão Maior ).

Como o ano lunar de 12 meses de 30 dias resultava em um ano de 360 dias, ajustaram-no ao anosolar com mais cinco dias, chamados "Epagômenos", em que se homenageavam os grandesNéteres: Osiris, Hórus, Seth, Isis e Néftis.

Os principais festivais eram os seguintes:

• Festivais dedicados a um Neter ou Nétrit ( deus ou deusa ) em particular, homenageando-os por meio da recordação pública de suas vidas míticas.

• Festivais para homenagear os mortos, gerando um sentido de comunidade tribal e valorizando ahistória ancestral, marcando os ciclos de tempo

• Festivais que iniciavam os ciclos do trabalho agrário de preparar o solo, semear e colher.

Inicialmente, os Sábios Atlantes, tiveram muito cuidado com a transmissão dos ensinamentoscientíficos e decidiram que o conhecimento da energia "vril" não seria transmitido, a fim de evitar queesta, fora de controle pudesse vir a reeditar a catástrofe anterior ( A destruição de Atlântida teria sidoprovocada pela má utilização dessa energia, irradiada para o espaço através da "Grande Pirâmide deCristal", o que alterou a órbita do "Astro Rublo" atraindo-o em direção à Terra ).

Para o exercício desse controle criaram as "Escolas Iniciáticas", onde os ensinamentos eramtransmitidos somente àquelas pessoas que primeiramente passassem por rigorosas provas decoragem e fidelidade.

Os ensinamentos permaneciam velados para a grande massa popular, ainda não suficientementepreparada para aprendê-los. Todavia toda a população egípcia sabia destes mistérios que serelacionavam com a vida depois da morte e de como preparar-se para enfrentá-los corajosamente.

Como os nativos não dominavam a escrita, as instruções eram ministradas através do Medu-Netru( símbolos ), que os arqueólogos atuais denominam "hieróglifos". Os caracteres gráficos falavamdiretamente ao subconsciente e despertavam a inteligência dormente no íntimo daqueles seres,colocando-os em contato direto com o Grande Arquiteto dos mundos.

Esses hieróglifos foram gravados por Toth em 78 lâminas de ouro, subdivididas em 22 arcanos( segredos ) maiores e 56 arcanos menores, que encerravam todo o conhecimento oculto, compondouma espécie de livro que recebeu o nome de Tarot, que significa "Rota" ou "Caminhos". Escreveutambém o Livro "M-Dwat" ou "O Livro dos Mortos", também conhecido como "O Livro para sair àLuz", contendo todas as doutrinas espirituais da antiga religião egípcia.

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O aprendizado incluía as técnicas de arquitetura, segundo os mais exatos cálculos matemáticos eastronômicos, que foram utilizados na construção da grande pirâmide chamada "Khut", a "Luz", queera uma réplica em pedra, daquela que existiu no centro de Atlântida e que era fundida em uma únicapeça de cristal.

Os neófitos estavam simbolicamente empenhados na construção da pirâmide, assim como naedificação moral, social e religiosa daquela civilização.

Os mestres formados nos mistérios recebiam o título de Hierofantes e seu expoente máximochamava-se Faraó, líder religioso e político. Osiris foi o primeiro Faraó do Egito, Hórus o segundo.

Apesar da beleza física dos nativos, Toth não permitiu que qualquer dos néteres tivessem qualquer união com os membros daquela população, evitando assim que houvesse uma alteração genéticaque resultaria em um salto evolutivo daquele povo. Essa determinação resultou no costume doscasamentos consanguíneos da família real.

Com essa estrutura sócio-político-religiosa, onde estado e religião estavam intimamente ligados,nasce a cultura do antigo Egito.

A antiga civilização Egípcia durou até o Sec. 1.º a. C. Nesse longo período, desenvolveu-se umareligião complexa, com muitos deuses diferentes que evoluíram como versões deificadas deaspectos locais. Em conseqüência, determinados deuses foram associados a lugares específicos.Em Menfis, Ptah era tido como o criador, em Heliópolis Amon-Rá era o supremo deus. Com o tempo,algumas divindades adquiriram importância nacional. Por exemplo, os regentes do mundosubterrâneo, Isis e Osiris, e o deus do sol Rá, assumiram muitas formas e influenciaram todos osaspectos da vida egípcia.

A LENDA DE ISIS E OSIRIS

Conta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrouum plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas eajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris.

Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia depresente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.

Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou atéa Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir umacoluna o "Djed".

Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa,que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em quatorze

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pedaços, que espalhou pelo Egito.Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessavez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante aoabutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por umpeixe o Oxirincos.

Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egito.Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceuHorus.Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir dooutro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça.Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôdereinar.

Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, osoberano do Além, considerando-se igual ao deus.

OS RITUAIS DE MUMIFICAÇÃO

A mumificação e os rituais funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas pelo próprio Anúbis eduravam 70 dias.

Após a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores colocavam as vísceras em vasos sagradoschamados "Vasos Canopos", cada um sob a proteção de um dos quatro filhos de Hórus. Inseti, comcabeça de homem protege o fígado; Hapi com cabeça de babuíno, os pulmões; Duamutef com cabeçade cão o estômago; Kebehsenuf, com cabeça de falcão, os intestinos.

O coração era lacrado no próprio corpo. Os Egípcios o consideravam como o órgão tanto dainteligência como do sentimento e portanto, seria indispensável na hora do juízo. Somente à alguémcom um coração tão leve quanto a pluma da verdade, o deus Osiris permitia a entrada para a vidaeterna.

Os Egípcios não davam nenhuma importância ao cérebro. Após extraí-lo através das narinas domorto, os embalsamadores o jogavam fora.

Depois de secar o cadáver com sal de natrão, eles o lavavam e besuntavam com resinasconservadoras e aromáticas.

Finalmente, envolviam o corpo em centenas de metros de tiras de linho, entre essas tiras eram

colocados diversos amuletos que protegiam o morto contra inimigos e demônios do mundosubterrâneo.

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Antes de a múmia ser colocada no túmulo, um sacerdote funerário celebrava a cerimônia da aberturados olhos e da boca, a fim de devolver á vida todos os sentidos do morto.

O JUIZO FINAL

A vida eterna começa no túmulo, com uma viagem pelo mundo subterrâneo. Primeiro o 'Ka" ( ForçaVital ), deixa o corpo, acompanhado após o enterro pelo "Ba" ( Alma ).

Hórus conduz o "Ba" através dos portais de fogo e da serpente até o salão do juízo. Anúbis, pesa ocoração do morto, sede de sua consciência, junto com a pena de Maat, ou da verdade.Osiris observa na condição de juiz. Se o coração for pesado, Amut, um monstro parte leão, partecrocodilo e parte hipopótamo o devora, condenando o morto a um coma perpétuo.

Se o coração equilibra com a pena da verdade, o "Ba" e o "Ka" reúnem-se para formar um "Akh", ouespírito, que emerge do mundo dominado pelo Osiris coroado.

O "Akh" pode então retornar ao mundo dos vivos e desfrutar de seus prazeres, incluindo o amor desua esposa e a atenção de seus servos. A vida agora lhe pertence por toda a eternidade.

MITOLOGIA EGÍPCIAOs deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitosforam inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação.

Para a cultura do antigo Egito o casamento consangüíneo tinha o sentido de complementaridade,unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.

Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcouuma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais,considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos

egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais eda personalidade de um ou mais deuses. Deve ser entendido que o "deus" não residia em cada vacaou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com

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determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eramcuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.

OS DEUSES EGÍPCIOS

N UN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava oabismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foicriado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como umhomem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É umadivindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun (o sol nascente) e Reou Rá (o sol do meio dia).

ATUN, Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original deHeliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó emenos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do BaixoEgito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmodeus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde

unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ouAmon-Rá.

AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós. Senhor dostemplos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuadopor volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá,o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés

III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentementerepresentado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas

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plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente,de um ganso.

R Á ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe)o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá seesforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, quebanharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foramcriados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o quecrescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar ovento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como eraconsiderado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá".O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de

toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava emHeliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitasformas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça defalcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcãoestabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desdetempos remotos.

S HU, deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu.Sua tarefa é trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. Érepresentado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatrolongas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz eperfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, adeusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa,formava o primeiro par de divindades de Heliópolis. Era associado ao Leão.

T EFNUT, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se dohorizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com acabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afastaa sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.

N UT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezesrepresentada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, cobertopor estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. Écomo um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb sãopais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventreda mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, esterasgou o ventre da mãe.

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G EB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material,sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelosucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes asseguraenterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para aeternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.

O SÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criaçãodo mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais(espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após operíodo da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimentoda vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, reie juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e queensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.

Í SIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelode esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados.Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, elatransforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenhaem reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebentocontra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesãosócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um trono que é o hieróglifo de seu nome.

S ETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egitodurante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Emborainicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação domal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido comum cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animalimaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes,como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com olado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia dodeserto.

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N ÉFTIS, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem eraapaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados dodefunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, elaprotege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cestocolocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe osol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.

H ÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada dasdeusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deusHórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora danecrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro deculto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representadana forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça devaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes éretratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleiraseparada em duas abas com as extremidades enroladas.

H ÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo deseu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças dadesordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele érepresentado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando asduas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhossão o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a queclareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adoradoem todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia asalmas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).

ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. Éna realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todoegípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimentodesta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmuloscom a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era tambémassociado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fieldos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homemcom cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava odefunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, aocontrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto emCinópolis.

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T OTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas

intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e odeus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dosdeuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lheendereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida dotempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado comoum íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

M AÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e averdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também adeusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pelaluminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento daincineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáodaqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica naprática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e naconsciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. ÉMaát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dostemplos e tribunais.

P TAH, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele queafeiçoou os deuses e fez os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo empensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dosartesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmentepelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com umavestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça umacalota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantasaquáticas ).

S EKHMET, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suasrepresentações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Emborafosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era adeusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa

divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia dechamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... odeserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...

BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet erepresentava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome emegípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gataera adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo,hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram deBubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmentedesenvolvido.

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K HNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro,animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deusKhnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro,os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua rodatodas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norteda primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas.Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deusescósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dospais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também eraassociada à criação e ao nascimento.

S EBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essadivindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidadesque dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium,onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, protegidos, nutridos edomesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era consideradoprivilegiado. Sua adoração foi sobretudo importante durante o Médio Império.

T UÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e osnascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, érepresentada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmeaerguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie decauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.

K HEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar dacabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deusKhepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha deexcremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica deressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesariaencontradas nos túmulos egípcios.

ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressãomais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmotempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a Idinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era

venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da naturezae sua força geradora.

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BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece algumasemelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deusThoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era odeus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmentenumerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, umdeus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.

Í BIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra eoutra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbisbranco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnaçãodo deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido depenas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que émuito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.

APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava astempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, umaobra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite.Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutavacontra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentesestavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos elesera Apófis.

A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmoconjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grandepanorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.

Carlos Roberto ( Amon Sol )