as polÍticas de desenvolvimento do banco … · economia agroexportadora-escravista (1850-1889)...

127
1 Macroeconomia Brasileira Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ

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1

Macroeconomia Brasileira

Reinaldo Gonçalves

Professor Titular

Instituto de Economia - UFRJ

2

Sumário

1. Desempenho macroeconômico: perspectiva histórica

1. Fundamentos

2. Desempenho macroeconômico e estratégias de desenvolvimento

2. Desempenho recente

1. Hipótese central

2. Fundamentos analíticos

3. Transformações estruturais fragilizantes

3. Síntese

ADENDO

3

Prêmio Brasil

de Economia,

2013, 1º lugar

Categoria livro

4

1. Desempenho macroeconômico:

perspectiva histórica

1. Fundamentos

2. Desempenho macroeconômico

2.1 fases da história econômica brasileira

2.2 mandatos presidenciais

5

1.Fundamentos

Mega-instituições criadas pelos Homens

ao longo do caminho ...

6

Cont...

Mega-instituições criadas pelos Homens

7

O Estado

• Monopólio da • força

• tributação

• moeda

• Poder de regular a relação dos homens com • os homens

• a natureza

• as coisas

8

Estado e economia: funções

• alocativa

• distributiva

• reguladora

• estabilizadora

Políticas

•monetária

•fiscal

•cambial

•tributária

•crédito

•salarial

•industrial

•tecnológica etc.

9

Fundamentos

Macroeconomia: estabilização

Front interno • crescimento • emprego • investimento • inflação • finanças públicas

Front externo

• balanço de pagamentos

• esfera comercial

• esfera produtiva

• esfera tecnológica

• esfera monetário-financeira

• posição de investimento internacional

10

Estabilização macroeconômica

Equilíbrio interno Equilíbrio externo

11

Desestabilização macroeconômica

12

Estado e economia: funções

• alocativa

• distributiva

• reguladora

• estabilizadora

Macroeconomia

13

1.2. Desempenho macroeconômico 2.1 Fases da história econômica brasileira

1. Sistema colonial (1500-1822)

2. Economia agroexportadora-escravista (1822-89)

3. Expansão cafeeira e primórdios da industrialização (1889-1930)

4. Desenvolvimentismo, substituição de importações e industrialização (1930-79)

5. Crise, instabilidade e transição (1980-94)

6. Modelo Liberal Periférico (de 1995 em diante)

14

Desempenho macroeconômico segundo o período: 1850-2013

15

Histórica econômica do país: fases

• melhor fase: Era Desenvolvimentista (1930-79)

• pior fase: Crise, instabilidade e transição (1980-94)

• segunda pior fase: MLP (1995 em diante)

16

PIB Brasil, variação real, média móvel 4: 1890-2013

-

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

1890

1895

1900

1905

1910

1915

1920

1925

1930

1935

1940

1945

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

Série anual

17

PIB var. real

2,0

3,5

6,4

2,3

3,0

4,4 4,5

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-

1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista

e a formação de

uma economia

industrial (1931-79)

Crise, instabilidade

e transição (1980-

94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-

2013)

Média Mediana

Por fase

18

Hiato = var. PIB per capita Brasil - var. PIB per capita mundo, média móvel 4: 1890-2013

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1890

1895

1900

1905

1910

1915

1920

1925

1930

1935

1940

1945

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

Série anual

19

Hiato de crescimento var. real

-1,0

1,6

0,1

0,5

0,3

-0,5-0,2

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista e

a formação de uma

economia industrial

(1931-79)

Crise, instabilidade e

transição (1980-94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-2013)

Média Mediana

Por fase

20

FBKF, var. %, média móvel 4: 1890-2013

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1890

1894

1898

1902

1906

1910

1914

1918

1922

1926

1930

1934

1938

1942

1946

1950

1954

1958

1962

1966

1970

1974

1978

1982

1986

1990

1994

1998

2002

2006

2010

Série anual

21

Investimento var. real

1,2

2,1

7,9

3,74,2

8,0

-0,4

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista e

a formação de uma

economia industrial

(1931-79)

Crise, instabilidade e

transição (1980-94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-2013)

Média Mediana

Por fase

22

Inflação, média móvel 4: 1890-2013

(escala em ordem inversa)

0

20

40

60

80

100

120

1890

1895

1900

1905

1910

1915

1920

1925

1930

1935

1940

1945

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

Série anual

23

Inflação

2,0 4,020,9

445,9

11,536,3

11,3

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

450,0

500,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista e

a formação de uma

economia industrial

(1931-79)

Crise, instabilidade e

transição (1980-94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-2013)

Média Mediana

Por fase

24

Fragilidade financeira (dívida pública/PIB), média móvel 4: 1890-2013

(escala em ordem inversa)

-2

18

38

58

78

98

118

1890

1895

1900

1905

1910

1915

1920

1925

1930

1935

1940

1945

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

Série anual

25

Dívida pública interna / PIB

20,2

13,0

5,07,9

38,2

11,610,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-

1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista

e a formação de

uma economia

industrial (1931-79)

Crise, instabilidade

e transição (1980-

94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-

2013)

Média Mediana

Por fase

26

Vulnerabilidade externa, média móvel: 1890-2013

(escala em ordem inversa)

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

1890

1896

1902

1908

1914

1920

1926

1932

1938

1944

1950

1956

1962

1968

1974

1980

1986

1992

1998

2004

2010

Série anual

27

Dívida externa / exportação

61,5

184,3

210,9

371,3

252,3

215,9 225,5

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista e

a formação de uma

economia industrial

(1931-79)

Crise, instabilidade e

transição (1980-94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-2013)

Média Mediana

Por fase

28

Série anual

29 MLP: 2º pior

Índice de desempenho macroeconômico

62,060,1

63,0

40,643,8

56,458,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Economia

agroexportadora-

escravista (1850-

1889)

República Velha e

hegemonia da

cafeicultura (1889-

1930)

Era

Desenvolvimentista

e a formação de

uma economia

industrial (1931-79)

Crise, instabilidade

e transição (1980-

94)

Modelo Liberal

Periférico (1995-

2013)

Média Mediana

Por fase

30

2.2 Mandatos presidenciais

• crescimento econômico

• hiato de crescimento

• investimento

• inflação

• fragilidade financeira

• vulnerabilidade externa

31

32

33

34

35

36

37

Índice de Desempenho Presidencial

38

2. Desempenho recente

1. Hipótese central

2. Fundamentos analíticos

3. Transformações estruturais

fragilizantes

39

1. Hipótese central

Brasil: Desenvolvimento às avessas

começa no governo FHC

consolida-se no governo Lula

continua no governo Dilma

40

Crítica contundente

• grandes transformações

Sader e Garcia, 2010

• reversão de tendências estruturais

Mercadante, 2006

• predominância desenvolvimentista Barbosa e Dias, 2010

41

Implicação principal

Desenvolvimento às avessas

=> erros estratégicos (longo prazo)

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país

42

2. Fundamentos analíticos

A. Trindade fundamental

B. Modelo Liberal Periférico

C. Desenvolvimento às avessas

43

A. Trindade Fundamental

44

45

46

47

B. Modelo Liberal Periférico

• liberalização, privatização e desregulação

• vulnerabilidade externa estrutural

• deslocamento da fronteira de produção => setor primário exportador

• setores dominantes

• bancos, agronegócio, mineração, empreiteiras

48

Brasil e mundo - Índice de liberalização econômica do Brasil e do mundo - Fraser Institute:

1970-2010

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

5,50

6,00

6,50

7,00

7,50

1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Brasil Média mundial Mediana mundial

Lula

FHC

49

Abertura financeira - índice: 1995-2011

-10,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Média mundial Mediana mundial Brasil

Liberalização da conta financeira

1995-2010 (Índice Kaopen)

50

C. Desenvolvimento às avessas

Dimensões

• econômica

• social

• ética

• institucional

• política

51

Dimensão econômica Desenvolvimento às avessas

• transformações estruturais fragilizantes

• fraco desempenho

• crescente vulnerabilidade externa estrutural

• ausência de mudanças estruturantes

52

Outras dimensões Desenvolvimento às avessas

• invertebramento da sociedade

• deterioração do ethos

• degradação das instituições

• sistema político corrupto e clientelista

53

54

55

3. Transformações estruturais fragilizantes

A. desindustrialização

B. dessubstituição de importações

C. reprimarização das exportações

D. dependência tecnológica

E. desnacionalização

F. competitividade internacional - perda

G. vulnerabilidade externa estrutural

H. concentração de capital

I. dominação financeira

Foco: 2003-10

56

A. Desindustrialização

mineração

agropec.

57

Gráfico 3.8

Industrialização brasileira, indicadores (média geométrica 4 anos): 1900-2011

0

50

100

150

200

250

300

1900

1904

1908

1912

1916

1920

1924

1928

1932

1936

1940

1944

1948

1952

1956

1960

1964

1968

1972

1976

1980

1984

1988

1992

1996

2000

2004

2008

0

100

200

300

400

500

600

Relação entre o PIB da indústria de transformação e o PIB da agropecuária (%) - média geométrica 4 anos

Indústria de transformação - PIB per capita (índice 1949 = 100) - média geométrica 4 anos

58

Gráfico 3.10

Razão entre o PIB da indústria de transformação do Brasil e o PIB da indústria de transformação do

mundo (média geométrica 4 anos): 1970-2010

1,5

1,7

1,9

2,1

2,3

2,5

2,7

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

Mundo Mundo excl. China

59

Gráfico 3.11

Razão entre o PIB da indústria de transformação do Brasil e o PIB da indústria de transformação dos

países em desenvolvimento (média geométrica 4 anos): 1970-2010

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

22,0

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

Países em desenvolvimento Países em desenvolvimento excl. China

60

61

B. Dessubstituição de importações

tarifa média aplicada

2002 = 10,9%

2010 = 9,2%

contribuição das importações para o crescimento do PIB

cada vez mais negativa

62

2002-10

63

Coeficiente de penetração das

importações

(importações / consumo aparente)

2002 = 11,0%

2010 = 16,4%

64

65

C. Reprimarização das exportações

produtos manufaturados

forte tendência de queda

2002 = 56,8%

2010 = 45,6%

produtos básicos

aumento da participação

2002 = 25,5%

2010 = 38,5%

66 26% 39%

67

68

69

70

D. Dependência tecnológica

• desindustrialização

• dessubstituição de importações

• reprimarização da economia

71

duplicou

72

73

74

E. Desnacionalização

75

76

Participação das empresas estrangeiras

(vendas 497 maiores)

2002 = 47,8%

2010 = 48,5%

77

78

Participação % das vendas das 50 maiores empresas nas

vendas das 500 maiores segundo a origem: 2003 e 2010

(média móvel 2 anos)

11,0

15,817,3

44,1

12,1

16,0

20,3

48,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Privado nacional Estatal Estrangeiro Total

2003 2010

79

Passado recente: IED foco no setor primário

80

Top 30 (2010): 19 empresas estrangeiras

81 Desnacionalização avança ...

82

F. Competitividade internacional - perda

83

84 coef. exportação / coef. importação

Perda de competitividade da ind. transformação

85

86

Manufaturados - Competitividade internacional do Brasil no mundo segundo a intensidade

fatorial dos produtos: 2002, 2006 e 2010

(participação % dos produtos brasileiros nas importações totais, média móvel 2 anos)

0,88

1,32

0,47

0,66 0,66

1,06

1,65

0,51

0,98

0,840,80

1,47

0,50

0,87

0,74

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

Prods. intensivos em mão-

de-obra e recursos

naturais

Prods. com baixa

intensidade de mão-de-

obra qualificada e

tecnologia

Prods. com intensidade

alta em mão-de-obra

qualificada e tecnologia

Prods. com intensidade

média em mão-de-obra

qualificada e tecnologia

Prods. Manufaturados

total

2002 2006 2010

87

Manufaturados - Competitividade internacional do Brasil nos países desenvolvidos segundo a

intensidade fatorial dos produtos: 2002, 2006 e 2010

(participação % dos produtos brasileiros nas importações totais, média móvel 2 anos)

0,81

1,00

0,46 0,43

0,54

0,90

1,28

0,41

0,550,61

0,54

0,84

0,37 0,400,45

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

Prods. intensivos em mão-

de-obra e recursos

naturais

Prods. com baixa

intensidade de mão-de-

obra qualificada e

tecnologia

Prods. com intensidade

alta em mão-de-obra

qualificada e tecnologia

Prods. com intensidade

média em mão-de-obra

qualificada e tecnologia

Prods. Manufaturados total

2002 2006 2010

88

Brasil “vendido” em mais de US$ 600 bilhões

G. Vulnerabilidade externa estrutural

89

90

H. Concentração de capital

Concentração de capital - vendas 500 maiores empresas : 2003 e 2010

(%, média móvel 2 anos)

16,2

20,5

29,8

36,2

40,3

44,1

13,9

31,6

18,3

24,4

32,9

39,7

44,5

48,4

15,5

32,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

CR-5 CR-10 CR-20 CR-30 CR-40 CR-50 Petrobrás +

BR + Vale / 500

maiores

Petrobrás +

BR + Vale / 50

maiores

2003 2010

91

Núcleo central

Participação % das vendas das 50 maiores empresas nas

vendas das 500 maiores segundo a origem: 2003 e 2010

(média móvel 2 anos)

11,0

15,817,3

44,1

12,1

16,0

20,3

48,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Privado nacional Estatal Estrangeiro Total

2003 2010

concentração + desnacionalização

92

Concentração no sistema financeiro

Concentração no sistema financeiro brasileiro - ativos totais: 2003 e 2010

(%, média móvel 2 anos)

58,0

75,7

87,6

30,8

59,9

79,6

67,9

85,1

90,4

47,3

75,6

84,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

CR-5 CR-10 CR-20 CR-5 CR-10 CR-20

Total Total, exceto BNDES, CEF e BB

2003 2010

93

Os donos do Brasil

94

I. Política econômica e dominação financeira

Taxa de rentabilidade, 500 maiores empresas e 50 maiores bancos: 2002-10 (média móvel 4 anos)

(Lucro líquido/patrimônio líquido, %)

13,513,9

15,1

16,3

17,2

18,719,2

18,217,9

2,7

6,2

7,5

9,1

11,8 11,7

10,910,4 10,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Bancos Empresas

95

Acumulação e concentração de capital

Relação entre os ativos totais dos 50 maiores bancos e das 500 maiores empresas: 2003-10

(média móvel 2 anos)

1,02 1,01 1,03

1,13

1,26

1,40

1,60

1,75

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

96 2º maior custo da dívida pública

97

98

Evidência empírica: síntese

Nacional-desenvolvimentismo

Nacional-desenvolvimentismo às

Avessas

Industrialização Desindustrialização

Substituição de importações Dessubstituição de importações

Melhora do padrão de comércio Reprimarização

Avanço do sistema nacional de

inovações Maior dependência tecnológica

Maior controle nacional do

aparelho produtivo Desnacionalização

Ganhos de competitividade

internacional Perda de competitividade internacional

Redução da vulnerabilidade

externa estrutural

Crescente vulnerabilidade externa

estrutural

Desconcentração de capital Maior concentração de capital

Subordinação da política monetária

à política de desenvolvimento Dominação financeira

99

100

Maior vulnerabilidade externa estrutural

Esfera Erro estratégico

Comercial desindustrialização

dessubstituição de importações

reprimarização

perda de competitividade internacional

Tecnológica maior dependência tecnológica

Produtiva desnacionalização

maior concentração de capital

Financeira crescente vulnerabilidade externa estrutural

dominação financeira

101

Perspectivas: Questão central

erros estratégicos

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país

102

3. Síntese

1. Desempenho macroeconômico: perspectiva histórica

1. Fundamentos

2. Desempenho macroeconômico e estratégias de

desenvolvimento

2. Desempenho recente

1. Hipótese central

2. Fundamentos analíticos

3. Transformações estruturais fragilizantes

103

Histórica econômica do país: fases

• melhor fase: Era Desenvolvimentista (1930-79)

• pior fase: Crise, instabilidade e transição (1980-94)

• segunda pior: MLP (1995 em diante)

104

Série anual

105

Desempenho macroeconômico segundo o período: 1850-2013

106

Índice de Desempenho Presidencial

107

Hipótese central

• Modelo Liberal Periférico • erros estratégicos

• comprometem estruturalmente o desenvolvimento do país

• Desenvolvimento às Avessas

108

Desenvolvimento às avessas

começa no governo FHC

consolida-se no governo Lula

continua no governo Dilma

109

Crítica contundente

• Ausência total

• grandes transformações

• reversão de tendências estruturais

• predominância desenvolvimentista

• Fraco desempenho

110

Implicação principal

Desenvolvimento às avessas

=> erros estratégicos (longo prazo)

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país

111

Desenvolvimento às avessas

Dimensões

• econômica

• social

• ética

• institucional

• política

112

Dimensão econômica Desenvolvimento às avessas

• transformações estruturais fragilizantes

• fraco desempenho

• crescente vulnerabilidade externa estrutural

• ausência de mudanças estruturantes

113

Outras dimensões Desenvolvimento às avessas

• invertebramento da sociedade

• deterioração do ethos

• degradação das instituições

• sistema político corrupto e clientelista

114

Trajetória de instabilidade e crise

115

Prêmio Brasil

de Economia,

2013, 1º lugar

Categoria livro

116

Não é um sonho. A realidade é que

faz da nossa paixão uma lâmpada

– não – não uma lâmpada, mas o

Sol.

William Butler Yeats, Águas sombrias, 1911, p.150.

117

Obrigado

http://www.ie.ufrj.br/hpp/mostra.php?idprof=77

http://www.reinaldogoncalves.blogspot.com/

[email protected]

118

ADENDO

Modelo de desenvolvimento e

desempenho macroeconômico

na América Latina

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Modelo de desenvolvimento e desempenho macroeconômico na

América Latina