as passagens admoestadoras na carta aos hebreus — estudos bíblicos e significado

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As Passagens Admoestadoras na Carta aos Hebreus — Estudos Bíblicos e Significados http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2011/08/passagens-admoestadoras-carta-hebreus.html[16/04/2015 15:07:13] Postado por Eduardo Em carta aos hebreus | 1 comment As Passagens Admoestadoras na Carta aos Hebreus. Observe as seguintes passagens Hb 2.1-4; Hb 3.7-4.1; Hb 6.4-8; Hb 10.26- 31,38-39; Hb 12.25-29. Na qualidade de judeus, aqueles cristãos hebreus estavam acostumados à idéia de uma sucessão de profetas e de uma continua repetição de sacrifícios pelo pecado. Precisavam tornar-se cônscios do caráter final e definitivo da revelação de Deus e da reconciliação a Deus outorgada aos homens através de Cristo. Visto que o Filho encarnado é a última palavra aos homens, e porque aos homens é oferecida em Cristo uma maravilhosa salvação, mediante a graça, aqueles que não Lhe dão ouvidos não podem esperar escapar do vindouro julgamento de Deus. Nenhuma palavra adicional de intervenção salvadora pode ser esperada da parte de Deus. Além disso, visto que o sacrifício de Cristo de Si mesmo foi uma realização decisiva e definitiva, não há mais oferta pelo pecado (Hb 10.18) quer feita por Cristo, no céu, quer feita pelos homens, sobre a terra. Nem também pode haver repetição do sacrifício único de Cristo (Hb 9.25-28), nem Deus jamais introduzirá outro sacrifício qualquer (Hb 10.26). Esse sacrifício único pelo pecado, levado a efeito de uma vez para sempre, é todo-suficiente para sempre, para todo o povo de Deus (Hb 10.10-14). O desfrutamento dos benefícios do sacrifício de Cristo pelos homens é, semelhantemente, “de uma vez para sempre” (Hb 6.4); é decisivo, final e eterno. Por conseguinte (seguindo certa interpretação sobre essa passagem) qualquer indivíduo que tenha sido conscientemente confrontado com essa oferta da graça, e compartilhou pessoalmente das provas de sua origem, para em seguida rejeitar deliberadamente o Evangelho de Jesus como o Cristo (naturalmente sem ter verdadeiramente crido e sido regenerado) não pode ser semelhantemente levado, segunda vez, à oportunidade de arrependimento e fé. Ou, alternativamente (seguindo outra interpretação), aqueles que têm experimentado todas as bênçãos características da graça salvadora de Deus, por meio do sacrifício expiador de Cristo e da operação do Espírito em seus corações, e então se afastam de tudo, tentando viver como se tais coisas não fossem reais nem jamais tivesse acontecido, não podem ser levados de volta, segunda vez, à reação cristã inicial e decisiva de arrependimento e fé. O significado de Hb 6.6 pode ser que a mera sugestão que Cristo virtualmente necessita ser novamente crucificado, para trazer de volta tal apóstata ou desviado até o lugar do arrependimento decisivo e da revivificação do Espírito, é sujeitar a Cristo e à eficácia de Seu sacrifício único a uma ignomínia pública. O processo inteiro é inconcebível. Tal renovação de iluminação e arrependimento, portanto, é absolutamente impossível, tal como quando muitos israelitas se afastaram de Deus, devido à incredulidade, foi impossível levá-los desde o deserto até segunda experiência da páscoa e da travessia do mar Vermelho, a fim de despertar ou renovar sua fé. Para tais apóstatas ou incrédulos não havia, e continua não havendo, outra expectação além da do julgamento. A espécie de fracasso que está aqui em jogo (para seguir determinada interpretação) é nada menos ag 03 20

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As Passagens Admoestadoras Na Carta Aos Hebreus

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  • As Passagens Admoestadoras na Carta aos Hebreus Estudos Bblicos e Significados

    http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2011/08/passagens-admoestadoras-carta-hebreus.html[16/04/2015 15:07:13]

    Postado por Eduardo Em carta aos hebreus | 1 comment

    As Passagens Admoestadoras na Carta aos Hebreus. Observeas seguintes passagens Hb 2.1-4; Hb 3.7-4.1; Hb 6.4-8; Hb 10.26-31,38-39; Hb 12.25-29. Na qualidade de judeus, aqueles cristoshebreus estavam acostumados idia de uma sucesso deprofetas e de uma continua repetio de sacrifcios pelo pecado.Precisavam tornar-se cnscios do carter final e definitivo da revelao de Deus e da reconciliao aDeus outorgada aos homens atravs de Cristo. Visto que o Filho encarnado a ltima palavra aoshomens, e porque aos homens oferecida em Cristo uma maravilhosa salvao, mediante a graa,aqueles que no Lhe do ouvidos no podem esperar escapar do vindouro julgamento de Deus.Nenhuma palavra adicional de interveno salvadora pode ser esperada da parte de Deus. Alm disso,visto que o sacrifcio de Cristo de Si mesmo foi uma realizao decisiva e definitiva, no h mais ofertapelo pecado (Hb 10.18) quer feita por Cristo, no cu, quer feita pelos homens, sobre a terra. Nemtambm pode haver repetio do sacrifcio nico de Cristo (Hb 9.25-28), nem Deus jamais introduziroutro sacrifcio qualquer (Hb 10.26). Esse sacrifcio nico pelo pecado, levado a efeito de uma vezpara sempre, todo-suficiente para sempre, para todo o povo de Deus (Hb 10.10-14).

    O desfrutamento dos benefcios do sacrifcio de Cristo pelos homens , semelhantemente, de umavez para sempre (Hb 6.4); decisivo, final e eterno. Por conseguinte (seguindo certa interpretaosobre essa passagem) qualquer indivduo que tenha sido conscientemente confrontado com essaoferta da graa, e compartilhou pessoalmente das provas de sua origem, para em seguida rejeitardeliberadamente o Evangelho de Jesus como o Cristo (naturalmente sem ter verdadeiramente crido esido regenerado) no pode ser semelhantemente levado, segunda vez, oportunidade dearrependimento e f. Ou, alternativamente (seguindo outra interpretao), aqueles que tmexperimentado todas as bnos caractersticas da graa salvadora de Deus, por meio do sacrifcioexpiador de Cristo e da operao do Esprito em seus coraes, e ento se afastam de tudo, tentandoviver como se tais coisas no fossem reais nem jamais tivesse acontecido, no podem ser levados devolta, segunda vez, reao crist inicial e decisiva de arrependimento e f. O significado de Hb 6.6pode ser que a mera sugesto que Cristo virtualmente necessita ser novamente crucificado, paratrazer de volta tal apstata ou desviado at o lugar do arrependimento decisivo e da revivificao doEsprito, sujeitar a Cristo e eficcia de Seu sacrifcio nico a uma ignomnia pblica. O processointeiro inconcebvel. Tal renovao de iluminao e arrependimento, portanto, absolutamenteimpossvel, tal como quando muitos israelitas se afastaram de Deus, devido incredulidade, foiimpossvel lev-los desde o deserto at segunda experincia da pscoa e da travessia do marVermelho, a fim de despertar ou renovar sua f. Para tais apstatas ou incrdulos no havia, econtinua no havendo, outra expectao alm da do julgamento.

    A espcie de fracasso que est aqui em jogo (para seguir determinada interpretao) nada menos

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    http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2011/08/passagens-admoestadoras-carta-hebreus.html[16/04/2015 15:07:13]

    que um abandono consciente, deliberado e persistente do caminho cristo da salvao, um abandonoque envolve nada menos que a apostasia do Deus vivo, rejeio da Palavra e testemunho confirmadode Deus-Pai Filho e Esprito Santo-tratando o Filho de Deus como os judeus O trataram emJerusalm, como Algum que deveria ser renegado e crucificado, assim como que sujeitando-opublicamente maldio do cu, negando a significao de aliana entre Deus e Seu sanguederramado, e insultando ao Esprito que, graciosamente, pleiteia junto aos homens para quereconheam a Jesus como Senhor. Tais aes certamente so aquelas que nosso Senhor chamou deblasfmia contra o Esprito Santo, que um pecado eterno e jamais tem perdo (Mc 3.28-29). Noobstante, era justamente a um pecado desse carter que aqueles cristos hebreus estavam expostos,j que estavam sendo tentados a retornar para onde estavam anteriormente, no Judasmo (emborafazer isso fosse realmente impossvel), quando teriam de repudiar publicamente a Jesus como Messiase Filho de Deus.

    Cf. Classificao das Cartas PaulinasCf. O Fim da Lei na Teologia PaulinaCf. Regenerao na Teologia PaulinaCf. Significado do Batismo com Fogo

    Entretanto, possvel (seguindo-se uma interpretao alternativa) que o escritor sagrado estivessepreocupado em deixar claro, a seus leitores inquestionavelmente crentes, que sua presente tendnciade se tornarem preguiosos, acomodando-se a meio caminho da imaginada possesso do que sua fem Cristo j lhes tinha proporcionado, era uma iluso fatal. O motivo que, para aqueles que assimderam incio ao caminho do discipulado cristo, as nicas possveis alternativas so: prosseguir at plena possesso da herana da f, ou recuar desse movimento para a frente de Deus em suas vidase assim cair sob Seu inevitvel julgamento, semelhana dos israelitas, que se tornaram objetos daindignao de Deus e foram prostrados no deserto, visto que no se tinham preparado, mediante a fem Deus, para prosseguir at Terra Prometida. Nesse caso, a espcie de fracasso aqui em foco, o fracasso daqueles que, tendo sido levados pela graa a uma relao de aliana com Deus, falhamcompletamente em considerar com a devida seriedade seus admirveis privilgios e grandssimasobrigaes. Se aqueles que j tinham sido redimidos do Egito, que deixaram de obedecer palavra deDeus sob o primeiro pacto sinatico, foram removidos em julgamento de entre a companhia do povo deDeus, no justo que aqueles que deixam de responder favoravelmente s exigncias do novo pactoem Cristo, devem com justia esperar um tratamento ainda mais severo e drstico? Pois enquantoque, na vida crist, a disciplina de Deus, ainda que dolorosa, proveitosa e deve ser acatada comoprova que Ele nos trata como a filhos Seus, tendo em vista o nosso progresso na santidade, podealguma coisa qualquer ser mais terrvel, na vida de quem, mediante a graa de Deus j filho deDeus, do que, em relao sua conduta terrena subseqente, Deus tenha de tratar com ele medianteum julgamento incandescente e at mesmo fatal?

    As questes teolgicas aqui envolvidas so se aqueles que assim esto na possibilidade de apostatarou cair sob o julgamento de Deus foram alguma vez regenerados, ou Se qualquer homem, uma vezsalvo, pode vir finalmente a perder-se. Em resposta a ambas as perguntas alguns dizemenfaticamente: No. Fazem comparao com os tipos mencionados em Mt 7.22-23; Mt 12.22-32.Argem que a prpria apostasia de tais indivduos prova que nunca foram regenerados. Mas outrosafirmam que aqueles que so descritos em Hb 6.4-5 certamente devem ser regenerados; poisnenhuma descrio mais inequvoca sobre algum regenerado poderia ser apresentada. Alguns, ento,argem que o julgamento conseqente contra sua completa degenerao e esterilidade espiritual noenvolve necessariamente a perda da eterna salvao. Esto, por exemplo, to somente perto damaldio (Hb 6.8). Cfr. 1Co 3.15; 1Co 5.5. Outros, ainda, supem que essa sugesto que umindivduo regenerado assim pode tornar-se apstata e vir a finalmente perder-se, realmente apenashipottica e terica. At mesmo segundo o ponto de vista humano, isso muito menos provvel que osuicdio fsico, e por isso deve ser considerado apenas como uma possibilidade remota; pois que, emrealidade, olhando-se a questo do ponto de vista divino, mediante a graa tal possibilidade nuncapode tornar-se realidade. Ver Jo 10.28.

    Todavia, os crentes cristos e todos que compartilham do conhecimento da verdade, fariam bem emtratar com a devida seriedade essas solenes advertncias. No nos esqueamos do que escreveuJoo Bunyan: Ento vi que h um caminho para o inferno, partindo dos prprios portes do cu, bemcomo partindo da Cidade da Destruio. Relembremo-nos igualmente, que o apstolo Paulo temiaque, de alguma maneira, aps haver ele pregado a outros, e sido usado para conduzir outros a Cristo,ele mesmo viesse a ser desqualificado (1Co 9.27; o grego , literalmente, desaprovado, mas estaverso traduz admiravelmente bem o termo). Cfr. 2Pe 2.20-21.

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