as manifestaÇÕes folclÓricas do estado do paranÁ · construindo um olhar sobre o fandango ......

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AS MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS DO ESTADO DO PARANÁ:

CONSTRUINDO UM OLHAR SOBRE O FANDANGO

Autor: Antonio Carlos de Souza1

Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Schipanski2

Resumo

O presente Artigo é o resultado de um estudo focado no Folclore, especificamente no folclore paranaense direcionado ao Fandango, com o tema PARANÁ: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA - AS MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS DO ESTADO DO PARANÁ: CONSTRUINDO UM OLHAR SOBRE O FANDANGO com objetivo de resgatar uma das mais importantes manifestações folclóricas do Paraná, que é o Fandango. Ao desenvolver o trabalho constatou-se que a maioria dos colegas ao qual participaram do Grupo de Trabalho em Rede e os que participaram do Grupo Disciplinar no Colégio desconheciam a riqueza que é o folclore paranaense e que este tema é relevante e importante para o conhecimento de nossos educandos, que cada vez mais desconhecem as nossas origens e bem sabe-se que um povo sem passado é um povo dominado, por isso, devemos despertar a curiosidade em nossos alunos e fazendo com que eles busquem as suas origens, entendam o seu presente e façam um futuro embasado no respeito, cidadania cultivando seu folclore com amor e dignidade, entendendo que somos um povo onde as diferenças culturais devem se entrelaçar construindo um Paraná melhor.

Palavras-chave: Fandango; Cultura; Folclore; Dança; Música.

1 Introdução

A escolha por um tema do folclore Paranaense surgiu durante um encontro

na Universidade do Professor, em Faxinal do Céu - PR, onde participei de uma

1 Professor, Pós-graduado em Supervisão Escolar pela UNIVERSO – Universidade Salgado e Oliveira – RJ. Atuando no Colégio Estadual do Campo São Roque – EFM.2 Professor Doutor Carlos Eduardo Schipanski, Orientador pela UNICENTRO – Universidade Estadual Centro-Oeste – Guarapuava.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

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oficina denominada de Aspectos do Folclore Paranaense. Começou ai meu contato

com o fandango, também conhecido popularmente como por tamanqueado.

Procurando entender mais sobre o tema e com muita persistência, localizei o

grupo de Fandango do Mestre Romão, em Paranaguá através da FUMCUL –

Fundação Municipal de Cultura de Paranaguá – PR., que atendeu nosso convite

para vir com seu grupo até a cidade de Pato Branco para fazer uma apresentação

na Festa da Laranja, evento este promovido pelo Colégio Estadual do Campo São

Roque – EFM, em parceria com diversas entidades do Distrito de Nova Espero.

Assim, este trabalho tem como objetivo proporcionar aos nossos educadores

um suporte teórico para ser utilizado em sala de aula. De acordo com as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, para a Disciplina de História

recomenda que,

A abordagem local e os conceitos de representação, prática cultural, apropriação, circularidade cultural e dialogismo possibilitam aos alunos e aos professores tratarem esses documentos sob problematizações mais complexa sem relação à racionalidade histórica linear. Desse modo, podem desenvolver uma consciência histórica que leve em conta as diversas práticas culturais dos sujeitos, sem o abandono do rigor do conhecimento histórico. (DCE, 2008, p. 53).

Contudo, ao avançar as pesquisar sobre o Fandango, observamos que o

conteúdo é pouco explorado nos materiais didáticos. Por esse motivo é que vamos

colaborar com nossos colegas, pesquisando e enriquecendo o conhecimento.

Essa pesquisa atende também ao disposto na Lei nº 13.381/2001 que torna

obrigatório o ensino de conteúdos da História do Paraná no Ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual.

Mas ao tratar sobre o Fandango não vamos nos ater somente a esta

manifestação cultural, nossa intenção é ir além, haja vista que o fandango agrega

outras culturas que são pertinentes ao seu festejo, analisaremos a sua origem e de

que maneira essa manifestação cultural se solidificou em nosso Estado, por quem

foi trazido e porque a população do litoral paranaense a utiliza como cultura.

Sendo assim, o tema proposto trata-se de uma representação de cultura

popular, cultura esta entendida como manifestação espontaneamente, e que a

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história registra através do conhecimento e sabedoria popular, preservando até os

dias atuais.

2 Retrospectiva Histórica do Fandango

O Fandango chegou ao Paraná junto com os colonizadores, instalando-se

inicialmente no litoral, disseminando-o pelo mesmo, porém com o passar dos

tempos esta manifestação foi enfraquecendo devido a influência de outras culturas.

Assim, deve-se resgatar o Fandango e os valores que este agrega e torná-lo

conhecido no interior do Paraná, onde por vezes nem é sabido de sua existência,

haja vista que, com a diversidade cultural que os colonizadores trouxeram em suas

bagagens, estas mais vivas e praticadas, este projeto com certeza irá enriquecer as

aulas e além de uma prática saudável que é a dança onde contribui na socialização

dos nossos alunos, trazendo consigo a culinária que é o Barreado e é um dos

deliciosos quitutes oferecido aos visitantes e turistas. Dessa forma, ocorrerá o

incentivo para desenvolver diversos grupos de dança fandangueira no Paraná.

Segundo Daniela da Cunha Gramani, em

seus estudos descobriu que por volta do século

XVIII o fandango chegou a ser proibido por juntar

escravos e também por ser considerado libidinoso

e lascivo, pois, instalava-se uma nova moral

adotada pela burguesia.

Fig.01

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O tamanco é um dos principais instrumentos

que é utilizado pelo fandangueiro, pois é ele que faz

o acompanhamento dos instrumentos e da a

marcação do ritmo das modas, cada um dos

integrantes da dança confecciona seu tamanco,

somente os homens é que utilizam o tamanco e que

cabe a eles bater forte no tablado para ecoar a uma

distância maior que seu oponente.

O tamanho do tamanco não obedece a uma

regra por que é personalizado. As batidas do

tamanco variam de cada localidade que tem as suas

particularidades para ser mais bem identificado.

Também deve ser analisado que junto a esta comemoração surgiram outros

traços que são características impares dessa região que é prato conhecido

nacionalmente o Barreado, onde atrai turistas de diversas regiões do país e até fora

dele para saborear essa culinária.

No que diz respeito a economia é de suma importância a continuidade

desses festejos, pois, acabou sendo incorporado pela população e é fonte de renda

para o comércio local, onde a visitação ao litoral, que já é rotineiro por grande parte

das pessoas para descanso e lazer, torna-se mais prazeroso a ida até nosso litoral

por que além das benesses que o relaxamento traz ainda é proporcionado uma

culinária diferente e saborosa e uma descontração através das apresentações pelos

grupos folclóricos fandangueiros.

Segundo InamI (2006, p. 98):

Não sei de nenhuma outra manifestação que, sob essa denominação, se pareça com o fandango em ocorrência em toda a faixa litorânea paranaense, nas ilhas e logo ao pé da serra, em Morretes e Porto de Cima. Por isso, considero o fandango Manifestação paranaense.

Fig.02

Tamanco usado pelos homens dançar o fandango e serve como um instrumento de percussão e acompanhamento aos músicos.

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Sendo assim somos impelidos a levar adiante

essa manifestação cultural para que seja efetivada uma

identidade de nosso Estado, além do que já é

conhecido seria motivo de orgulho termos mais um

identificador.

Para Carlos (2005, p. 27): “... ele vem sofrendo

enorme pressão dos modismos globalizados que

empurram, sempre com maior intensidade, para

lugares menos habitados e mais distantes. Há quem

diga que sua vida não ultrapassará duas ou três

gerações.”

Algumas pesquisas já foram realizadas sobre

o fandango e exploradas algumas características em

particular, a pesquisadora DANIELLA, dedicou sua

pesquisa enfocando a prática da rabeca no fandango

caiçara, e diz que o fandango é complexo, diverso e

dinâmico do ponto de vista musical e em especial as

modas dandão e chamarrita as mais tocadas em

fandango.

Para Rogério Massarotto, que pesquisou “A Cultura do Fandango no

litoral do Paraná e suas relações entre trabalho, cultura popular e lazer na sociedade

capitalista” deu enfoque a sua pesquisa sobre a família Pereira, observou que o

lazer e o trabalho em relação ao fandango é muito pouca pois, a população mais do

interior levam adiante o fandango como um lazer, já os habitantes das cidades

podem aproveitar esse conhecimento cultural como um meio de sobrevivência

também, junto com o artesanato, mas não competindo com os bailes dos tempos

modernos que são realizados hoje em dia e que o fandango é visto hoje como uma

dança de velhos e visto até com um certo desprezo segundo Maria Elgmeier.

Reiteramos a necessidade de fomentar e difundir o fandango pelo Paraná a

forma e recender o amor pela cultura de nosso Estado sem deixar que o modismo

moderno engula de faça desaparecer o maravilhoso mundo do fandango.

Para Braz (2002, p. 90):

Fig. 03

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O salão do fandango é próprio para dança, sendo uma casa de madeira, sem forro, com assoalho feito com tábuas largas e flexíveis, de 2 polegadas para resistir á violência do sapateio. Ele também é separado das paredes. Algumas vezes, para que o som das batidas ressoe a quilômetros de distância, é feito, abaixo do assoalho, um grande buraco de mais ou menos 3 metros de diâmetro por 2 de profundidade.

AS DIFERENTES CULTURAS QUE AGREGAM O FANDANGO

Ao tratar sobre o

Fandango não nos

ateremos somente a esta

manifestação cultural, mas

também, haja vista que o

fandango agrega outras

culturas que são pertinentes

ao seu festejo, a sua origem

e como se solidificou em

nosso Estado, por quem foi trazido e porque esta idéia

foi se enraizando nesta população.

Analisaremos que junto a esta comemoração surgiram outros traços que são

características impares dessa região que é prato conhecido nacionalmente o

Barreado, onde atrai turistas de diversas regiões do país e até fora dele para

saborear essa culinária.

Quando se fala de pratos típicos, ao falarmos de Paraná nos vem logo em

mente o Barreado, comida típica e genuína paranaense, é conhecida como símbolo

de fartura e que mereceu ser tombado como patrimônio cultural paranaense seu

nome tem origem de barrear a panela com pirão de farinha ou cinza, onde é

hermeticamente vedada para que não escape o vapor e possa ser cozido por horas.

Sua origem ainda é muito discutida e reivindicada entre os moradores de Antonina,

Paranaguá e Morretes que buscam a paternidade do prato, o que se sabe é que o

barreado era servido aos caboclos que iam levar os produtos da lavoura para ser

comercializados na cidade, e lá chegando ficavam para almoçar e lhes eram servido

o barreado e estes acabaram levando para as fazendas.

Fig.04

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O casamento entre o barreado e o fandango veio quando no período do

entrudol (Carnaval) onde as mulheres para poderem participar das comemorações

preparavam o barreado para quatro dias, pois mesmo requentado este não perdia o

gosto e continuava saboroso, também serve-se o barreado quando em épocas de

fim de mutirões onde os caboclos aproveitavam para dançar o fandango e se fartar

de barreado.

Há uma lenda que se conta de geração em geração, que os pescadores que

se alimentavam só de peixe quando provavam o barreado morriam de tanto comer,

daí surge a superstição de que não se pode beber água quando come o barreado

somente pinga e nem duas horas depois.

RECEITA DO BARREADO3

INGREDIENTES:

CARNES: alcatra/ cochão mole/ peito/ toucinho crú.

Quantidade para 30 pessoas:

6 kilos de ALCATRA

6 kilos de COCHÃO MOLE

3 kilos de PEITO

1 kilo de TOUCINHO

TEMPEROS:

Cominho, alho, cebola, louro, manjerona, vinagre, cheiro verde, pimenta do

reino, pimenta de cheiro, sal.

COMO PREPARAR:

Cortar as carnes em pedaços (cubos) temperar com todos os ingredientes e

deixar ficar numa vasilha a noite inteira.

Pela manhã, às 10 h colocar a carne com todos os temperos na panela de

barro já curtida. O toucinho deverá ser cortado, uma parte em tiras fininhas

para forrar a panela, outra parte cortar em cubos e colocar junto com as

carnes.

3 Receita disponível no site: http://entaolengalenga.blogspot.com/2009/02/barreado.html

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Levar ao fogo e quando entrar em fervura, provar e se o sabor estiver a

gosto, tirar do fogo e cobrir a panela com uma folha de bananeira,

devidamente “sapecada”. Amarrar a folha com barbante grosso, bem firme,

na borda da panela, colocar a tampa e lacrar (barreá-la) com a seguinte

massa:

Juntar farinha de mandioca “surui” e cinza, um pouco de água até um ponto

que dê para barrear (lacrar a panela).

Se durante o cozimento sair “bafo”, barreia-se novamente o lugar do

vazamento.

O Barreado deve ser feito, preferencialmente, em fogão à lenha, em fogo

brando, das 15h em diante e por toda à noite. Por volta das 07 h até às 11h

manter em fogo alto, após tirar do fogo e aguardar a hora de servir.

Acompanha o Barreado arroz branco ou farinha de mandioca (de Antonina),

laranja e banana.

Tais práticas ainda acontecem com uma das famílias mais tradicionais do

fandango paranaense que é a família Pereira citado pelo Pesquisador Rogério

Massarotto.

Para Schipanski (2009, p. 30):

Foi dessa forma que as pesquisas sobre as danças, comidas, vestuários, lendas, literatura e representações populares consolidaram ao longo das últimas décadas um vasto campo de possibilidades, que hoje é objeto de estudo da “História Cultural” e que coloca em questão um problema importante: o modo como as representações sobre o social são operadas de forma ativa na construção do mundo objetivo.

Sendo assim não é possível ater-se somente na pesquisa do fandango, pois,

seria muito superficial, o Fandango dever o ponto de partida por que há algo a mais

a ser estudado para que haja uma maior valorização das práticas culturais da região

litorânea do Paraná o que irá solidificar a identidade cultural da região litorânea, os

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estudos devem ser estendidos a todas as regiões do interior para que tais culturas

tenham a garantia de sobrevivência e conhecimento do povo.

- Entendendo o que é Cultura.

Para avançar nessa discussão temos que entender o que é cultura e o que é

cultura popular, “foi no interior desse cenário de novo posicionamentos teóricos que

a relação entre cultura popular e cultura erudita ganhou visibilidade entre os

historiadores com o desenvolvimento da Nova História Francesa e da Nova História

Americana”. (SCHIPANSKI, 2009, p. 17).

Para sanar as dúvidas sobre o que é cultura e cultura popular temos que

buscar resposta no Dicionário de Folcloristas Brasileiros, dentre os estudiosos da

cultura popular brasileira que deixaram suas contribuições ao analisarem as diversas

manifestações culturais no Brasil: (Melo Morais Filho, (1844 – 1919); Mário de

Andrade, (1893 – 1945); Luiz da Câmara Cascudo, (1898 – 1986); Aluizio de

Almeida; Alceu Maynard Araujo; João Carlos Paixão Cortes), com isso teremos um

embasamentos para discernimento sobre as duvidas levantadas anteriormente.

(SCHIPANSKI, 2009).

Tais narrativas são parte de um conjunto denominado de folclore, palavra

esta que significa sabedoria popular, onde é contado de pai para filho e esta vem

sofrendo mudanças e adaptações conforme o tempo e a sociedade.

Junto a estas transformações algumas comunidades agregam valores as

suas manifestações para reforçar ainda mais suas características, tornando-se

assim a identidade de um povo.

- Garantias da proteção Identidade cultural

A cultura de um povo deve ser preservada e protegida, por tanto deve-se

lutar para que sejam criadas políticas públicas que garantam essas manifestações e

incentivem cada vez mais suas comemorações indo de encontro a lei máxima de

nossa nação que é Constituição Federal de promulgada em 1988, onde está

explicita da seguinte forma:

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e

acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a

difusão das manifestações culturais.

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§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas

e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório

nacional.

§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta

significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza

material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de

referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da

sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços

destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,

arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ 1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e

protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros,

vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e

preservação.

§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da

documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a

quantos dela necessitem.

§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de

bens e valores culturais.

§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da

lei.

§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de

reminiscências históricas dos antigos quilombos. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988,

p. 35).

Na analise desses dois artigos da constituição, observa-se que a cultura

paranaense está muito bem protegida, e que tais manifestações tem garantia de

sobrevivência com os incentivos que lhe é oportunizado.

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O fandango ou conjunto de músicas e marcas ao ser praticado pelos

paranaenses tem como principal característica as comemorações do fim das

colheitas o que muitas vezes ficavam dançando e cantado durante quatro dias

consecutivos. Também faziam competições entre os moradores das ilhas vizinhas

para ver que o som do sapateado fosse mais alto até abafar o som do concorrente

onde:

Para Braz (2002, p. 90):

O salão do fandango é próprio para dança, sendo uma casa de madeira, sem forro, com assoalho feito com tábuas largas e flexíveis, de 2 polegadas para resistir á violência do sapateio. Ele também é separado das paredes. Algumas vezes, para que o som das batidas ressoe a quilômetros de distância, é feito, abaixo do assoalho, um grande buraco de mais ou menos 3 metros de diâmetro por 2 de profundidade.

No Paraná costuma-se denominar as diversas músicas fandangueiras de

marcas e estas constituem um leque muito grande, pois, cada região do litoral com

põem as suas marcas adaptadas as suas regiões onde irá caracterizar este ou

aquele grupo ou região, para cada marca e musica existe um sapateado diferente e

existem também as marcas bailadas e valsadas onde segue um ritmo de dança de

salão.

Para cada batida ou valseado existe uma marca diferente como por

exemplo: Chamarrita da Louvação, Anu, Marinheiro ou Mantiquira, Cana Verde,

Andorinha,

Os homens usam tamanco para dançar e é de exclusividade sua o batido

onde irá ecoar a quilômetros de distância, as mulheres é que dão o ritmo da

coreografia e cabe a elas embelezar a dança com seus vestidos floridos e ou saias

rodadas que arrastam os homens aos seus valseados onde não cabe mais a apatia

pois sempre dançam exteriorizando uma alegria imensa.

Existem diversos grupos de fandango no litoral paranaense, formados em

sua maioria por jovens que são descendentes de fandangueiro em que trazem junto

com sigo a prática dessa cultura.

Os grupos em geral são formados em comunidades ribeirinhas que muitas

vezes se distanciam umas das outras. Cada grupo tem suas características

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particulares que irá identificá-las numa apresentação em público.

Os grupo de fandango existentes no litoral, diferenciam-se em várias ações

desenvolvidas, como por exemplo: a melodia das músicas cantadas e tocadas, onde

é característico de cada comunidade onde o grupo foi criado, as roupas e a forma de

tamanquear.

Segundo alguns populares, principalmente o tamanqueado diferencia-se

pelo fato de que quando uma comunidade era desafiada no fandango, esta tinha que

abafar o som por completo para ser considerada vencedora, daí as construções

serem feitas com buracos em baixo do assoalho, conforme explicação de Braz.

Grupo Folclórico “Mestre Romão”4

Foi formado no ano de 1994 com o objetivo de difundir o fandango pelo

Paraná e o Brasil, onde participou de diversos festivais nacionais e internacionais de

musicas e danças folclórica, é formado por jovens da comunidade da Ilha de

Valadares

4 Disponível no site: http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/grupomestreromao.jpg.

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Grupo de Fandango “Mestre Eugênio”5

Fundado por Eugênio dos Santos, na Ilha de Valadares que possui uma casa

de fandango na ilha de Valadares no Bairro Sete de Setembro.

Grupo Veterano “Pé-de-Ouro”6

O grupo Pé de Ouro é formado pelos fandangueiros veteranos da Ilha dos

5 Disponível no site: http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/grupomestreeugenio.jpg.6 Disponível no site http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/grupopedeouro.jpg

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Valadares. Realizam trabalhos de divulgação e repasse particular da musicalidade

através de oficinas ou acompanhamento a domicilio, mas sua principal atividade é a

manutenção do fandango como manifestação espontânea com os bailes de

fandango realizados na cidade principalmente no Mercado Municipal do Café.

Grupo Mandicuéra Curumim7

O grupo Mandicuéra Curumim é formado por crianças da Ilha dos Valadares,

resultado de um trabalho da Associação Mandicuéra de repasse das tradições.

Grupo de Fandango Ilha dos Valadares8

Formado no ano de 2007, por fandangueiros experientes, a Terceira Idade

do Fandango. O Grupo apresenta-se no Mercado do Café, no baile realizado no

7 Disponível no site http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/grupomandicuera.jpg8 Disponível no site http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/grupodailhavaladares.jpg

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primeiro sábado de cada mês.

Ao fim desta fase, observa-se que para muitas pessoas ainda não

diferenciam a cultura popular da erudita, então ignoram a cultura popular como se

fosse algo que não tem valor, pois, a mesma não é produzida por intelectuais e

deixa de ser importante para muitos.

Além disso, mais recentemente, o modismo e a cultura estrangeira estão

ocupando cada vez mais espaço em nossa sociedade, cultura esta trazida pelos

meios de comunicação como se fosse algo extraordinária e moderna, caracterizando

estas e outras manifestações como retrogradas e até antiquadas.

Sendo assim, é necessário levantar a bandeira em defesa de nossa cultura

popular, defender a história oral, pois, é ela que traz os fatos mais relevantes em

relação a identidade do Estado, resgatando a cidadania de nossos jovens que estão

desviados pelos modismos culturais.

Ao longo deste estudo nota-se a preocupação de professores em resgatar

essa identidade cultural, pois, como em alguns comentários que considerar que é

direito e não uma obrigação de conhecer a história e se conseguirmos que alunos

incorporem como identidade cultural, o fandango não irá se extinguir.

É claramente visto que será um grande desafio para professores fazerem

com que os jovens valorizem, o que os adultos não se importaram, para alguns não

só o fandango mais qualquer manifestação folclórica é ciosa de velho, mas com

muito trabalho chegaremos ao ponto em ver o fandango figurar como uma das

práticas mais realizadas nas escolas do Paraná.

No entanto, apesar de alavancar o fandango não se pode esquecer o

folclore regional que é muito rico e que identifica muitos pontos característicos do

local onde as manifestações ocorrem.

Diante disso, cabe aqui fazer uma provocação aos colegas e estes

aceitarem a proposta investigar a história regional e trazer para a sala de aula outras

pessoas que vivenciaram os principais acontecimentos e estes narrarem aos alunos,

pois, são fontes vivas e podem relatar sobre o cotidiano deste ou daquele povo.

É oportuno destacar a importância da história oral para reforçar os

conteúdos trazidos pelos livros que são manuseados pelos alunos, estes muitas

vezes não fazem idéia do que estão lendo por que lhes falta imaginação para viajar

na história.

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O grande desafio será a luta para fazer com que seja instituído o dia do

fandango como política publica, e transforme-se em lei, mas não somente no ensino

de 6º ao 9º ano mais nas série iniciais para que os educando venham com uma base

no conhecimento e que leve com sigo até a universidade.

Dentro deste quadro ao qual se vê, deve-se preparar os conteúdos de forma

que haja uma melhor compreensão por parte dos colegas professores e assim seja

levada adiante a idéia de manter vivas as comemorações do fandango, pois não só

cabe aos moradores do litoral mas também todos os paranaenses devem contribuir

para o reconhecimento dessa identidade.

Deve-se constar nos calendários escolares uma data que seja lembrado os

festejos e com esta ação será sempre realimentado as comemorações.

Buscar junto a Secretaria da Cultura um trabalho integrado onde servirá

como suporte técnico de pesquisa para preparar nossas aulas e até apresentações

para que os alunos sintam-se motivados a participar das danças.

Com a disciplina de História integrando-se especialmente as disciplinas de

Artes e Educação Física, formar um grupo de dança na escola para que seja o

disseminador e o fomentador de novos grupos no interior do Paraná.

Desenvolver mecanismos que seja uma forma de demonstrar a importância

que se manter viva as tradições culturais para que gerações futuras entendam as

suas origens e tenham mais patriotismos e amor a nossa terra, e entendam que são

sujeitos ativos da sociedade e que é somente ele que pode mudar os rumos de uma

nação com.

Usar o Projeto político Pedagógico para reforçar a importância de conservar

este e outras manifestações culturais que são os verdadeiros patrimoniais de um

povo.

Sabe-se que a escola pública vem se aperfeiçoando a cada momento e isso

leva a uma intensa discussão sobre a prática pedagógica que aplica-se na mesma,

sendo assim deve-se retomar a conversa sobre as concepções teórico-

metedológicas e rever a melhor forma de organizar as ações em sala de aula.

3 Conclusão

Ao término das atividades, observa-se que o fandango é de extrema

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relevância como característica da identidade cultural não só da região litorânea, mas

de todo o Paraná. Deve-se lutar para instituir como políticas públicas em nosso

Estado, tornando parte das Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História e

do Caderno Pedagógico de História do Paraná.

Mas antes de tudo, parece importante resgatar, o fandango nas séries

iniciais onde ocorre a formação do individuo como integrante de uma sociedade,

junto as secretarias municipais de educação deve lutar pra ser inserida em seus

planejamentos pra que as crianças já venham com um embasamento teórico e

possam fazer análises mais profundas sobre o tema proposto e participar ativamente

de tais comemorações deixando de ser um mero expectador.

No contexto desses acontecimentos, a prática em sala de aula deve ser

mais concisa e consistente no desenvolvimento das atividades, trazendo os valores

que são agregados a esta manifestação e a utilização da música em seus

conteúdos, despertando o aluno a uma participação mais efetiva no desenrolar das

atividades.

A partir daí, buscar parcerias junto a outras instituições que dominem a

musicalidade e venham a contribuir no conhecimento dos instrumentos utilizados

pelos músicos fandangueiro, como a rabeca, a viola, o machete e até mesmo o

tamanco que é utilizado pelos homens como instrumento de percussão.

Outro aspecto importante que deve-se levar em consideração é a integração

com outros grupos já formados e que possam apresentar oficinas de trabalho com o

tema proposto, para os alunos iniciantes do novo grupo. Buscar também auxilio junto

a grupos fandangueiros do litoral do Paraná onde os músicos possam repassar os

conhecimento quanto a escolha da madeira até a confecção artesanal dos

instrumentos envolvendo mais os alunos.

O que nos chama atenção é a globalização avassaladora que vem sendo

propagada pela mídia e a tendência é de sufocar as demais manifestações culturais

regionais dai a importância de abordar este tema e resgatar esta cultura.

Dentro desse quadro não só estaremos resgatando o fandango, mas

estamos abrindo uma porta para trazer a tona outras manifestações religiosas ou

não mas que identifique uma determinada região e sua população.

Parece, portanto, oportuno discutir o fandango com outras disciplinas da

grade curricular para que estas possam explorar mais o conteúdo em seus

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respectivos planejamentos e resgatar outra importante prática histórica que é a

oralidade, trazendo para dentro da sala de aula pessoas que vivenciaram ou

vivenciam o fandango no seus dia a dia.

Mas não pode-se deixar tal oportunidade passar, deve-se explorar outras

situações importantes no contexto escolar que são as visitações em loco, que tem

tais práticas culturais, como por exemplo: Morretes, Antonina, Paranaguá e outras

tantas de nosso litoral levando o aluno a descobrir a riqueza cultural de nosso povo

e o quanto é importante o diálogo com pessoas de mais idade e experiência de vida

e que a sabedoria e a inteligência não privilégios de grandes estudiosos mas parte

integrante de pessoas humildes e não letrada mas com um conhecimento de vida

muito grande.

A densificação do processo vem de encontro a um dos valores que

esta sendo esquecido pela sociedade, que é a prática do dialogo e a transmissão

história na coletividade, característico de sociedades de um passado não

distante.

Outro valor a ser resgatado é o respeito aos anciãos, que tem muito a falar

para a juventude sobre suas experiências e suas vivencias aprendendo assim a

ética, a moral e formando um cidadão consciente para ser exemplo a gerações

futuras, reestruturando assim as famílias, grupos hoje quase em extinção onde ele

vai cultivar e repassar esses valores.

É claramente visto que falta muito conhecimento aos professores sobre a

riqueza do folclore brasileiro e paranaense, por isso é que tem que ser muito

pesquisado para que essas informações cheguem aos alunos de forma concisa,

pude-se perceber isso quando ao aplicar o material didático no colégio, o anseio dos

colegas em saber mais sobre o fandango.

Além do assunto tratado que é o fandango criou-se a oportunidade de ir

mais adiante e chegar a outros elementos que agregam a dança, como por exemplo:

o barreado que surgiu junto com o fandango e é um importante acompanhamento e

identifica o litoral paranaense.

Concluímos que apesar de pesquisas, trabalhos em grupos, trabalhos em

ambientes virtuais e muitas discussões sobre o tema fandango, ainda temos muito

que pesquisar, haja vista a abrangência quando se trata sobre o tema folclore,

pesquisas de campo devem ser realizadas para não se perder no tempo e cair no

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esquecimento algo que é tão belo e nos traz um ensinamento do que é cultura.

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4 Referências

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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Ministério da Educação, 1988.

BRAZ, Fábio César. História do Paraná das Origens à Atualidade. 1. ed. El Shadai, 2000.

GRAMANI, Daniela da Cunha. O aprendizado e a Prática da Rabeca no Fandango Caiçara. Acessado em: 14/10/2010 às 9h21min.

OLIVEIRA, Rogério Massarotto de. A Cultura do Fandango no Litoral do Paraná e suas relações entre Trabalho, Cultura Popular e Lazer na Sociedade Capitalista. (Dissertação - www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acessado em: 14/10/2010 às 9h50min.).

PINTO, Inami Custódio. Folclore No Paraná. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 2006.

Sites visitados:

http://cybercook2.terra.com.br/img/receita/barreado-de-morretes-f4-4125.jpg. Acessado em: 25/07/2011 às 16h20min.

Site Paraná da Gente. Acessado em: 14/10/2010 às 9h31min.

VIDA E VIOLA, www.Jornalgazetadopovo.com.br. Acessado em: 14/10/2010 às 9h25min.

www.fandanovivo.com.br. Acessado em: 15/10/2010 às 9h15min.

www.jornalcomunicacao.ufpr.brnode5356. Acessado em: 14/10/2010 às 23h24min.

www.violaecantoria.com.br. Acessado em: 10/10/2010 às 9h37min.