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AS MANIFESTAÇÕES E AS REDES SOCIAIS

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A força do protesto

“Em 2011 ocorreu um fenômeno que há muito não se via: uma eclosão simultânea e contagiosa de movimentos sociais de protesto com reivindicações peculiares em cada região, mas com formas de luta muito assemelhadas e consciência de solidariedade mútua. Uma onda de mobilização e protestos sociais tomou a dimensão de um movimento global”.

Henrique Soares CarneiroAutor do livro Occupy

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“Aconteceu também no Brasil. Sem que ninguém esperasse. Sem líderes. Sem partidos nem sindicatos em sua organização. Sem apoio da mídia. Espontaneamente. Um grito de indignação contra o aumento do preço dos transportes que se difundiu pelas redes sociais e foi se transformando no projeto de esperança de uma vida melhor, por meio da ocupação das ruas em manifestações que reuniram multidões em mais de 350 cidades”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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“Os movimentos se manifestam em rebeliões praticamente espontâneas contra as estruturas políticas partidárias e sindicais vigentes, mas sem forjar ainda uma nova articulação orgânica e representativa dos anseios de transformação e ruptura”.

Henrique Soares CarneiroAutor do livro Occupy

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“O mais significativo do movimento brasileiro até o momento tem sido a resposta das instituições políticas. Por um lado, como ocorreu no mundo de maneira geral, a classe política em sua grande maioria rechaçou o movimento como demagógico e irresponsável(...).Enquanto era possível ignorar os manifestantes, espancá-los ou manipulá-los, tudo podia continuar igual, para além dos discursos vazios em veículos controlados. Mas se a esperança do movimento se encarna em parte da elite política e chega à Presidência da República, o perigo passa a ser grave e iminente”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes

de indignação e esperança

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Política

“Como o instrumento de gestão política não funciona, os acordos programáticos ou de políticas concretas serão sempre desviados em função dos interesses dos de sempre. É nesse contexto que a reação da presidenta Dilma Rousseff adquire todo seu significado. Pela primeira vez, desde que, em 2010, se iniciaram esses movimentos em rede em noventa países diferentes, a mais alta autoridade institucional declarou que ‘tinha a obrigação de escutar a voz das ruas’. E fez com que seu gesto de legitimação do movimento fosse acompanhado da recomendação, seguida pelas autoridades locais, de se anularem os aumentos das tarifas de transporte.”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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“O mais relevante, porém, é que ressuscitou um tema perene no Brasil, a reforma política, propondo elaborar leis que investiguem e castiguem mais duramente a corrupção, um sistema eleitoral mais representativo e fórmulas de participação cidadã que limitem a partidocracia. Acima de tudo, propôs aprovar a reforma por plebiscito, para superar o bloqueio sistemático do Congresso, especializado em liquidar qualquer tentativa de reformar a si mesmo”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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“No momento, a preocupação da classe política – de todos os matizes, mas sobretudo da oposição -, assim como da burocracia jurídica, é como frear esse plebiscito que ameaça com um curto-circuito o poder que ela detém de autorregular seus privilégios”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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Democracia

“Como em todo o mundo, diziam os manifestantes, a democracia tem sido sequestrada por profissionais da política que, em sua diversidade, estão quase todos de acordo em que a política é coisa dos políticos, não dos cidadãos. A democracia foi reduzida a um mercado de votos em eleições realizadas de tempos em tempos, mercado dominado pelo dinheiro, pelo clientelismo e pela manipulação midiática. E essa incapacidade cidadã de controlar seu dinheiro e seus votos tem consequências em todos os âmbitos da vida”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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União nas redes sociais

“De forma confusa, raivosa e otimista, foi surgindo por sua vez essa consciência de milhares de pessoas que eram ao mesmo tempo indivíduos e um coletivo, pois estavam – e estão – sempre conectadas, conectadas em rede e enredadas na rua, mão na mão, tuítes a tuítes, post a post, imagem a imagem”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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“Um mundo de virtualidade real e realidade multimodal, um mundo novo que já não é novo, mas que as gerações mais jovens veem como seu. Um mundo que a gerontocracia dominante não entende, não conhece e que não lhe interessa, por ela encarado com suspeita quando seus próprios filhos e netos se comunicam pela internet, entre si e com o mundo, e ela sente que está perdendo o controle.E efetivamente está perdendo, pois a autocomunicação de massas é a plataforma tecnológica da cultura da autonomia. A partir dessa autonomia, as palavras, as críticas e os sonhos do movimento se estendem à maior parte da sociedade”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

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Só a verdade engaja

As manifestações que se espalharam pelas ruas do Brasil em junho foram, entre muitas outras coisas, um divisor de águas ao mercado digital, especialmente para agências que ainda penavam para convencer clientes da relevância das redes sociais e para marcas que não estavam totalmente convencidas do real poder de engajamento dessa mídia, seja para o bem ou para o mal.

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É fato que os brasileiros têm predileção natural por redes sociais. Mas também é evidente, segundo os especialistas, que as manifestações não foram um simples reflexo dessa nova paixão nacional. E representaram um alinhamento profundo entre o discurso que viralizou pela rede e os anseios da população.

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Claro que as redes sociais são capazes de disseminar informações numa velocidade surpreendente e o que facilita a mobilização em torno de uma causa, ou de várias, como foi o caso.“Dessa vez, as pessoas realmente conseguiram identificar valores comuns com a causa e se organizaram para levar o movimento para as ruas”.

Gui RiosCEO da Social Agência

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Conclusão

“O que é irreversível no brasil como no mundo é o empoderamento dos cidadãos, sua autonomia comunicativa e a consciência dos jovens de que tudo que sabemos do futuro é que eles o farão. Móbil-izados ”.

Manuel CastellsAutor do livro Redes de indignação e esperança

“Vivemos um momento grave de nossa vida social, em que precisamos refletir sobre qual democracia queremos e, mais do que isso, agir com radicalidade para denunciar um modo autoritário e manipulador de se fazer política.”.

Edson TelesAutor do livro Occupy

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Fontes:

• Revista: Meio & Mensagem - 26/08/2013• Livro: Occupy (Movimentos de protesto que

tomaram as ruas) • Livro: Redes de indignação e esperança

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Grato pela presença

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