as macieiras de dona elisabethok

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As Macieiras de dona Elisabeth Eu, Elisabeth, nasci e cresci em Indaial numa época mais tranquila do que hoje, com poucas casas e pessoas. Morávamos em uma casa muito pequena de madeira, da cor roxa, na qual era cercada por macieiras que davam frutas o ano todo. Ela era muito especial porque tinha o chão macio e feito de barro. Naquela época, eu amava brincar com nosso velho carro de boi que vivia encostado nas macieiras. Todo dia, de segunda a sexta-feira nós estudávamos em uma escola improvisada nos fundos de uma casa de madeira. Levava o material em uma sacola feita de farinha de trigo que cansava os meus braços. Eu me achava mais pobre que os outros

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As Macieiras de dona Elisabeth

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Page 1: As macieiras de dona ElisabethOK

As Macieiras de dona Elisabeth

Eu, Elisabeth, nasci e cresci em Indaial numa época mais tranquila do

que hoje, com poucas casas e pessoas.

Morávamos em uma casa muito pequena de madeira, da cor roxa, na

qual era cercada por macieiras que davam frutas o ano todo. Ela era muito

especial porque tinha o chão macio

e feito de barro.

Naquela época, eu amava

brincar com nosso velho carro de

boi que vivia encostado nas

macieiras. Todo dia, de segunda a

sexta-feira nós estudávamos em uma

escola improvisada nos fundos de

uma casa de madeira. Levava o

material em uma sacola feita de

farinha de trigo que cansava os meus

braços. Eu me achava mais pobre

que os outros por causa da sacola!

Quando eu era menina, eu tinha

um grande amor, ele se chamava Matheus Massaia Bittelo. Eu o amava e

ele a mim.. O nosso amor era proibido porque meu pai não gostava dele por

causa da sua religião.

Hoje, moro em Blumenau com meus filhos e o meu marido. Sou

aposentada, sustento a minha família e sou muito feliz.

William Matheus Ramos