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  • HOMENAGEM PÓSTUMA

    Esta é uma edição especial de apenas mil exemplares em homenagem à RISOLETE VIEIRA LOPES, esposa amiga e carinhosa, falecida prematuramente durante os dias finais da impressão deste livro. A ela, que muito nos estimulou nas pesquisas e conclusão desta obra, nossa saudade e admiração pelo magnífico exemplo de mãe, esposa e avó. Saudades... Mas a certeza de que nos encontraremos na reencarnação final, no Santo Regime do Terceiro Milênio, onde, na graça de Jesus Cristo atingiremos o ápice espiritual necessário para merecermos a salvação e a ressurreição na Nova Jerusalém. O AUTOR

    Biografia do Autor Arnaldo Lopes nasceu em 12 de abril de 1939 na cidade de Tubarão, Santa Catarina. Membro de uma família tradicional no setor de comunicação, desde cedo se interessou pela atividade jornalística, participando vibrantemente da imprensa sul catarinense, atuando como repórter, locutor e analista político nas emissoras de rádio JK Santa Catarina de Tubarão, rádio Difusora de Urussanga (hoje rádio Marconi) e rádio Guarujá de Orleans, onde exerceu a função de Diretor Proprietário. Foi também diretor proprietário dos jornais Correio do Sul de Tubarão e Folha da Semana de Orleans. Em 1986, atraído pela era da informática, resolveu se dedicar à nova tecnologia e tornou-se autodidata em análise de sistema e programador. Atuou como professor de computação de dados na Escola Particular de Informática e fundou uma empresa de assessoria. Posteriormente assumiu o CPD das empresas Global de Cocal do Sul, SC. Arnaldo Lopes ingressou na literatura mística em 1986, quando, examinando as profecias, descobriu existir uma estreita relação no

  • sentido simbólico entre elas. Após muita pesquisa, conseguiu a interpretação das profecias do livro bíblico "Apocalipse" de São João, que ora apresentamos. São pessoas espiritualmente evoluídas, com uma visão bem diferente e precisa do sentido da vida e do destino da humanidade. Os místicos acreditam que o ser humano é um semi-deus. O apego aos problemas materiais (o materialismo) é o grande mal da humanidade, porque induz o homem a buscar os prazeres da vida material em detrimento da sua evolução mental e espiritual. As visões do profeta dos acontecimentos do terceiro milênio e das mudanças que abalarão a terra e o universo no século XXI, talvez sejam os temas mais interessantes revelados neste livro.

    CAPÍTULO I Para Entender as Profecias

    INTRODUÇÃO

    O Apocalipse de São João é o último livro do Novo Testamento da Bíblia Sagrada. Livro profético escrito há quase dois mil anos e que mostra os acontecimentos do passado, presente e futuro da humanidade. São João, como não poderia deixar de ser, usou com freqüência uma linguagem simbólica e, por conseguinte, de difícil interpretação. Também existe uma aparente mistura de épocas ou confusão de períodos na apresentação dos presságios. Por estes motivos o leitor comum encontra muitas dificuldades para entender estas profecias, principalmente pela simbologia usada; deixa de conhecer o futuro da humanidade ou ainda, as mudanças que ocorrerão em breve e nos próximos séculos. Apresento, neste livro, a tradução ou a desmistificação deste importante documento bíblico, após longa pesquisa e enfadado trabalho de interpretação. Não existe vínculo entre este livro com qualquer entidade mística ou religiosa. Trata-se de uma pesquisa independente e de cunho puramente especulativo.

  • PARA ENTENDER AS PROFECIAS

    Para entender as profecias é necessário, primeiramente, que o leitor venha a conhecer alguns detalhes sobre a personalidade dos profetas (ou místicos), autores de tais revelações. São pessoas espiritualmente evoluídas, com uma visão bem diferente e precisa do sentido da vida e do destino da humanidade. Os místicos e os profetas têm faculdades intelectuais mais poderosas do que as pessoas comuns; são capazes de usar boa parte do poder mental para produzir prodígios impressionantes (curas, etc.); têm visões sobre acontecimentos futuros (premonições, etc.), e outros poderes mentais; são, em suma, personalidades de potência mental bem acima da média. Por isto, muitos profetas escreveram suas visões (geralmente recebidas pelo lóbulo cerebral direito), recebidas em formas geralmente simbólicas (imagens, vozes), como as do livro que ora vamos analisar.

    COMO PENSAM OS MÍSTICOS Os místicos acreditam que o ser humano é um semi-deus, criado por uma inteligência superior (Deus); que o homem é provido de um poder mental poderoso, capaz de criar coisas impressionantes, para "o bem" ou para "o mal", conforme seu desejo, pois tem livre arbítrio. Segundo estudos científicos a mente humana é muito pouco explorada: cerca de apenas 10% do poder mental está sendo usado pela humanidade. A vida agitada, as exigências sociais, as diretrizes materialistas dos dias modernos sufocam o desenvolvimento mental porque suas potencialidades são endereçadas para as contingências à sobrevivência no sistema. Por isto os místicos apontam o apego aos problemas materiais (o materialismo) como o grande mal da humanidade; induz o homem a buscar os prazeres da vida material em detrimento da sua evolução mental e espiritual.

  • Concluindo, o materialismo ou o apego às coisas materiais é considerado pelos místicos como o grande mal, e representa a força negativa, o pecado, o demônio, ou outro símbolo negativo qualquer. Ao contrário, a força positiva, o bem é denominada de espiritualismo. Estes dois termos em linguagem mística têm sentidos muito mais abrangentes, conforme veremos oportunamente. O ser humano que vive no sistema materialista não encontra o "melhor ambiente" para evoluir espiritualmente (mentalmente). Precisa, como regra básica, afastar-se do regime para poder alcançar este estágio superior. Todos os profetas e místicos famosos viveram afastados do materialismo e por isto evoluíram. Os místicos acreditam na vida espiritual antes e após a morte carnal e no grande projeto de Deus que consiste na evolução gradativa da humanidade; na evolução natural espiritual e mental, até alcançar-se o ápice evolutivo, que nos permitirá, futuramente, uma vida terrena, num corpo perfeito (de matéria incorruptível) e de vida eterna. Somente os que evoluírem conquistarão. A evolução natural espiritual conseguir-se-á pelo processo chamado de reencarnação ou ressuscitação, quando os espíritos, em várias etapas de vida, poderão (ou não) conseguir a evolução.

    AS IMPORTANTES REVELAÇÕES São João, apóstolo de Jesus Cristo, foi um dos tantos místicos da época inicial do cristianismo. Cristo fundou uma igreja (uma sociedade cujos membros viviam afastados do sistema de vida materialista), mas teve poucos anos de duração pois foi duramente perseguida pelo sistema materialista da época. Prometeu voltar, ou seja, retornar no futuro, e novamente, na forma de um regime de vida espiritualista, fato que deverá acontecer num futuro não muito remoto, neste terceiro milênio. As visões do profeta dos acontecimentos do terceiro milênio e das mudanças que abalarão a terra e o universo no século XXI, talvez sejam os temas mais interessantes revelados neste livro. Importantes também são as previsões sobre o materialismo, o

  • capitalismo, a imprensa, tragédias como a AIDS e outras da época atual, previstas de maneira clara e inconfundível pelo excelente profeta. Igualmente importante será o avanço tecnológico profetizado para ser alcançado em breve no regime do terceiro milênio, quando a ciência descobrir a cura de todas as doenças e quando o contato direto com o mundo transcendental ou extra-físico for realmente possível. Apresento, nesta obra, a interpretação completa do "Apocalipse" de São João Evangelista, o livro mais polêmico de todos os tempos. A apresentação e a interpretação dos capítulos e versículos neste livro, obedecem a mesma ordem cronológica do texto original bíblico. Agradeço a todos que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão desta obra. Foram escritos muitos livros sobre a vida de Jesus e acontecimentos épicos, porém, sensores religiosos aprovaram apenas os livros conhecidos atualmente. O Apocalipse, erroneamente interpretado como revelações sobre o fim do mundo, é na verdade um livro que esclarece o que um espiritualista deseja conhecer e revela acontecimentos do passado, presente e futuro e comprova que não haverá "fim do mundo". Haverá, isto sim, uma evolução muito grande capaz de causar espanto aos futurólogos e aos amantes da ficção científica. Com a descoberta do bem e do mal, o homem inteligente iniciou sua jornada para o materialismo, decaindo gradativamente através dos séculos. O materialismo aparece como um grande mal para a humanidade. Está simbolizado como "a besta que subiu do mar" e relatado no cap. 13, versículos de 1 a 10. A ciência materialista aparece sob a forma de uma "besta que subiu da terra". "E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias". Esta frase simboliza o surgimento da imprensa (poder

  • de comunicação, boca) largamente usada para divulgar o sistema e incentivar o consumo. Poluição dos rios e fontes de águas: acontecimentos profetizados no Cap. 8,10-11. "Terça parte das águas tornou-se em absinto (amargas ou poluídas)". Destruição das selvas profetizado no Cap. 8,7: "queimou-se a terça parte das árvores...". O corporativismo é outro grande mal da sociedade moderna, reconhecido como tal até mesmo pelos materialistas. A queda do capitalismo está prevista para o próximo século, quando será implantado o regime do terceiro milênio que conviverá com o capitalismo por um certo tempo. A sociedade espiritualista conquistará novos avanços e a fusão do material e espiritual será explicitada. Todos estes acontecimentos impressionantes estão profetizados no livro Apocalipse de São João, escrito há quase dois mil anos. Felizmente o novo regime está previsto para um futuro relativamente breve. Os que aderirem estarão salvos desses males. Será uma nova opção de vida aos homens de boa vontade. O paraíso prometido a Jacó, Moisés e aos cristãos.

    CAPÍTULO II

    REMEMORAÇÕES DO AUTOR

    Um dia ouvi minha saudosa mãe conversar com alguém sobre o fim dos tempos e lembro-me que ela repetiu uma frase usada comumente: "o mundo vai chegar aos mil anos, mas aos dois mil não chegará!". Eu, ainda criança, fiquei deveras impressionado porque pretendia, evidentemente, viver alguns anos no século XXI. Essa frase tem sido repetida por muita gente e até mesmo por estudiosos no assunto. Eu refletia com meus botões sobre esta angustiante profecia, imaginando um final da humanidade para tão próximo, pois estava com 12 anos de idade e distante poucas décadas do final do século.

  • Durante muito tempo procurei nos tratados sobre o assunto alguma profecia que anunciasse o final do mundo para tão breve, porém nada encontrei. Todos profetizavam uma data bem mais distante para o fim dos tempos. Existem inúmeras profecias sobre acontecimentos terríveis para este final de século, algumas prenunciando mudanças profundas de natureza social e política, mas nenhuma confirma o dito comum da minha infância.

    PROFECIAS SOBRE O FUTURO DA HUMANIDADE O Apocalipse de São João é o livro mais completo sobre o assunto. A partir dele muitos profetas ou pseudoprofetas fizeram suas vaticinações, talvez tentando apenas "colocar datas" nos eventos anunciados. Citaremos como exemplo Michel de Nostre-Dame (Nostradamus) que nasceu em 14 de dezembro de 1503 na cidade de Saint Remy de Provence na França; outros como São João Maria Vianney, conhecido como Cura D’ars que viveu entre 1786/1859, além das profecias de Santa Odila, princesa alemã do século VII e tantos profetas bíblicos ou outros que viveram mais recentemente. São João foi apóstolo de Cristo e o mais querido do Divino Mestre. Além do Apocalipse São João escreveu um evangelho (o mais autêntico entre todos) e três epístolas que fazem parte do Novo Testamento da Bíblia moderna, perfazendo um total de cinco escritos. No capítulo XIX - final deste livro - mostramos os capítulos e versículos originais do livro bíblico Apocalipse. Nas páginas seguintes apresentamos, em capítulos e na mesma ordem cronológica de acordo com a bíblia, a tradução literal dos símbolos, bem como as explicações necessárias, se houver sentido oculto. Um detalhe muito importante que o leitor deve saber: segundo alguns estudiosos, foram escritos muitos livros sobre a vida de Jesus e acontecimentos épicos, porém, sensores religiosos aprovaram apenas os livros conhecidos atualmente. Jesus não

  • deixou nada escrito. Mas, alguns dos seus seguidores escreveram vários livros, que também foram selecionados. Também existem divergências nas várias traduções do hebraico e do grego. Algumas com sentidos bem diversos. Isto certamente dificulta a interpretação de alguns trechos. Como exemplo, citemos o termo "Hades", que em alguns livros é traduzido por "inferno" e em outros como "tumbas ou cemitério". Mas, felizmente, para interpretar as profecias estes problemas são bem amenizados, pois na maioria dos casos o uso literal é quase desnecessário e a interpretação torna-se mais evidente em torno dos símbolos enunciados. Resta-nos ainda dizer que apresentamos este trabalho em capítulos cujos títulos mostram os assuntos revelados. Os capítulos e versículos do Apocalipse serão analisados na seqüência cronológica, com comentários elucidativos, quando necessários.

    ALGUNS SÍMBOLOS E SEUS SIGNIFICADOS As profecias usam uma simbologia muito particular e lógica para expressar suas mensagens. E não poderia ser diferente, pois o profeta precisa usar uma linguagem universal, válida eternamente, para falar sobre algo que não conhece, muitas vezes, sem sentido para sua época. Para que o leitor tenha alguma noção sobre o assunto, mostramos abaixo os significados de alguns símbolos, de uso comum entre os profetas de todos os tempos; resultado de muitas pesquisas e estudos sobre o assunto. DEUS: simbolizado pela luz de uma pedra jaspe e sardônica, em um trono com arco celeste. ARCO CELESTE: arco-íris, que simboliza o antigo pacto de Deus com os homens.

  • ANJOS: podem simbolizar espíritos evoluídos ou o seu oposto. Representam acima de tudo, espiritualidade. CORDEIRO: sinônimo de Cristo, que foi sacrificado como um cordeiro. ANCIÃO: representa espírito elevado, de longa experiência e grande sabedoria. Os vinte e quatro anciãos do trono de Deus representam os doze líderes das tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. LUZ OU LÂMPADA: significa purificação espiritual. As sete lâmpadas junto ao trono simbolizam o Espírito Santo, a unificação das sete virtudes. CASTIÇAIS: igrejas ou crenças que abrigam os que têm luz (lâmpadas, velas). ESTRELA: espírito bom ou mau, dependendo da associação. UVA: corpo humano material, que após a morte produz o vinho (espírito). VINHO: espírito ou alma, produto da uva (corpo). ANIMAIS: define a maldade ou os espíritos maus ou ainda características dos espíritos. Os quatro animais viventes junto ao trono de Deus são, simbolicamente, quatro maus que estão a disposição de Deus para punir a humanidade. VESTIDO DE LINHO FINO: define pureza ou santidade. CINTO DE OURO: é significado de galardão recebido por atos nobres.

  • RIO EUFRATES: significa origem ou procedência maligna. Nas suas margens estavam localizadas cidades pagãs dentre as quais, Babilônia. MONTE DE SIÃO: origem ou procedência benigna. LEI: o decálogo, os dez mandamentos da lei de Deus. SELO: algo selado, lacrado, não revelado. TROMBETAS: anúncios de acontecimentos. TAÇAS: sofrimentos que serão provados pela humanidade. GRANDE TRIBULAÇÃO: época de grandes sofrimentos compreendendo a época contemporânea e futura. DRAGÃO: sinônimo de Satanás, tentação para o mal. BESTA: sistema de vida pervertido gerado do mal (dragão). CHIFRE DA BESTA: algo que cresce e estagna, como reinados ou ideologias associados à besta. CABEÇA DA BESTA: inteligência pertinente ao sistema. BOCA: comunicação ou poder de comunicação. COROA: símbolo de império material, do bem ou do mal. DIADEMA: símbolo de império espiritual. MULHER: depende muito da sua associação. Se prostituta representa a depravação do sistema. Pode representar seitas, igrejas, cidades, etc.

  • MAR: quase sempre é sinônimo de muitos. Muitos homens, muitos seguidores, etc. MAR DE VIDRO: muitos espíritos em formas translúcidas. A humanidade. CIDADE SANTA: regime de vida do terceiro milênio. BABILÔNIA: o capitalismo dos nossos dias; a evolução do materialismo. NOVA JERUSALÉM: sinônimo do novo-mundo onde viverão os homens ressuscitados no futuro distante. FONTE DA ÁGUA DA VIDA: fonte de sabedoria (conhecimentos esotéricos e científicos) que permitirá a vida no novo-mundo e a ressurreição dos espíritos evoluídos. ÁRVORE DA VIDA: conhecimentos científicos futuros que proporcionarão vida permanente a todos, domínio sobre a morte; os seus frutos alimentarão os homens e suas folhas curarão todas as doenças.

    TÍTULOS ESPECIAIS USADOS NESTE LIVRO Títulos usados com definição particular, para melhor explicitar o sentido das profecias. ESPIRITUALISMO: valorização das virtudes, desapego dos bens materiais. Aceitação da vida espiritual permanente após a morte. MATERIALISMO: apego aos bens materiais, valorização da matéria, sistema de vida onde os valores materiais são mais importantes que os valores espirituais. CAPITALISMO: sistema de vida atual que tem o capital como o objetivo da vida. Resume os sistemas modernos, tais como

  • capitalismo, comunismo, socialismo, etc., onde exista capital de estado ou privado. O capitalismo representa o materialismo evoluído, aperfeiçoado pela ciência. Não damos sentido de "ideologia" e muito menos qualquer conotação política, pois tem sentido muito mais amplo: significa a evolução do materialismo primitivo ao complexo sistema consumista dos nossos dias. NOVO REGIME: sistema de vida do regime do terceiro milênio, que substituirá, no futuro, o capitalismo ora dominante. NOVO-MUNDO: sistema de vida que significa a evolução do novo regime. É sinônimo de Nova Jerusalém. PRIMEIRO UNIVERSO ESPIRITUAL: visão espiritual do universo de Deus da atualidade. O profeta tem três visões do universo de Deus. No primeiro aparece a humanidade como um mar de vidro, longe de Deus. SEGUNDO UNIVERSO ESPIRITUAL: visão do universo espiritual após a implantação do regime do terceiro milênio. A humanidade mais perto de Deus. Neste universo os homens aparecem no átrio do templo. TERCEIRO UNIVERSO ESPIRITUAL: visão universal após o novo-mundo, a Nova Jerusalém. A humanidade junto de Deus. Estes são apenas alguns dos símbolos contidos nas profecias de São João, bem como os títulos usados neste livro para melhor interpretação dos textos. Com base nestes exemplos o leitor terá amplas condições de entender e até tentar decifrar símbolos de qualquer profecia bíblica

    AS PRINCIPAIS REVELAÇÕES O Apocalipse, erroneamente interpretado como revelações sobre o fim do mundo é, na verdade, um livro que esclarece o que um espiritualista deseja conhecer e revela acontecimentos do passado, presente e futuro e comprova que não haverá "fim do

  • mundo". Haverá, isto sim, uma evolução muito grande capaz de causar espanto aos futurólogos e aos amantes da ficção científica. Vamos, neste capítulo, mostrar em ordem cronológica, os acontecimentos profetizados para a nossa época e para o futuro:

    A Decadência Humana: Ao criar o Universo, Deus criou a Terra e os seres viventes. Neste primeiro período a humanidade aparece no paraíso, vivendo harmoniosamente com os demais seres animais. Com a descoberta do bem e do mal, o homem inteligente iniciou sua jornada para o materialismo, decaindo gradativamente através dos séculos. Esta fase da decadência humana São João mostra nas visões dos quatro cavaleiros, no Cap. 6,1-8 (lê-se, Capítulo 6, versículos de 1 a 8). A era da caça é representada pelo primeiro cavaleiro que aparece com arco e flecha. Foi quando o homem começou a viver da caça e da pesca. A era das guerras está simbolizada pelo segundo cavaleiro que aparece montado em um cavalo vermelho; tal cavaleiro porta uma grande espada. A era do comércio vem materializada pelo terceiro cavaleiro, que porta nas mãos uma balança e oferece produtos alimentícios. A era da peste ou das doenças incuráveis aparece simbolizada pelo cavaleiro de nome "morte", montado num cavalo amarelo.

    O Surgimento do Materialismo: O materialismo aparece como um grande mal para a humanidade. Está simbolizado como "a besta que subiu do mar" e relatado no Cap. 13, versículos de 1 a 10. Neste capítulo São João descreve uma besta que subiu do mar (mar = muitos; muitos homens) e que fortaleceu-se após o surgimento da imprensa. Veja alguns tópicos: O materialismo foi fortemente combatido no início da era cristã quando os Apóstolos fundaram a verdadeira Igreja orientada por Cristo. Com isto a besta (materialismo) teve uma de suas cabeças ferida e o profeta escreveu assim:

  • "A besta tinha sete cabeças, uma das quais foi ferida de morte, mas sua chaga mortal foi curada. E todos maravilharam-se diante da besta". Desta forma São João dimensionou a chaga provocada pela igreja de Cristo no sistema materialista da época. Porém a besta recuperou-se do problema, reagindo e perseguindo a igreja cristã, colocando-a fora de combate. "E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias". Esta frase simboliza o surgimento da imprensa (poder de comunicação, boca) largamente usada para divulgar o sistema materialista e incentivar o consumo. "... e deu-se-lhe poder sobre toda a terra, língua e nação". Previsão exata do materialismo atual. Acontecimentos desta época e do futuro: Dentre os principais acontecimentos, citaremos os seguintes: Surge a ciência e desta o capitalismo: A ciência materialista aparece sob a forma de uma "besta que subiu da terra" (dos homens da terra), citada por São João no capítulo 13,11-18. Vejamos alguns detalhes: "E exerce todo o poder da primeira besta, na sua presença". A ciência é um grande mal quando sob a influência (na presença) do materialismo. Podemos deduzir que a ciência, sob a influência do materialismo, tornou-se tão bestial quanto ele. Também podemos concluir que quando a ciência estiver a serviço do espiritualismo ela será benigna. "E faz grandes sinais que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens". Nada mais do que a invenção das bombas, foguetes, etc., pela ciência bélica materialista, comprovando sua bestialidade. "E engana dizendo aos que habitam na terra, que fizesse uma imagem à besta que subiu do mar". Sugere a invenção de algo que simbolizasse os bens materiais. Foi então inventado o dinheiro, inicialmente em forma de "moedas" (de ouro, prata, cobre e bronze), com o valor real do metal usado. A moeda, de fato,

  • representa a "imagem" (materialização) da primeira besta (materialismo). "E que desse espírito à imagem da besta...". Esta frase sintetiza a evolução do sistema quando a ciência (econômica) inventou o "papel-moeda" tão em voga mesmo nos dias de hoje. O papel-moeda não tem valor real (material) tal qual as moedas de material precioso, têm apenas valor simbólico (pois é apenas papel, sem valor material algum), abstrato (espiritual). Por isto ele representa o espírito da imagem da besta. Na seqüência da profecia acima, São João sinaliza com o número 666, importante símbolo do regime capitalista e materialista dos dias atuais, que mostraremos nas páginas seguintes. Poluição do meio ambiente: Destruição das selvas profetizado no Cap. 8,7: "queimou-se a terça parte das árvores...". Poluição do mar; no Cap. 8,8-9: "e tornou-se em sangue a terça parte do mar". Complementa afirmando que parte da vida marinha foi exterminada. Poluição dos rios e fontes de águas: acontecimentos profetizados no Cap. 8,10-11. "Terça parte das águas tornou-se em absinto (amargas - poluídas)". A poluição do ar também foi profetizada pelo fabuloso vidente, que previu o escurecimento do sol provocado pelo efeito estufa: "... e foi ferida a terça parte do sol... para que terça parte do dia não brilhasse", Cap. 8,12. O corporativismo dos nossos dias: O corporativismo é outro grande mal da sociedade moderna, reconhecido como tal até mesmo pelos materialistas. Também foi profetizado pelo sábio apóstolo de Jesus no Cap. 19,1-21 do seu famoso livro. "E do fumo (idéias, ideologias funestas) vieram gafanhotos sobre a terra e foi-lhes dados poder que tem os escorpiões da terra. E o parecer dos gafanhotos era semelhante aos de cavalos aparelhados para a guerra", ou seja, das ideologias vieram muitas pessoas (como gafanhotos) com poderes para seduzir os inocentes com ideais comparados aos escorpiões que escondem

  • seus ferrões. O parecer das corporações é semelhante a um exército aparelhado para a guerra. Nestas visões temos uma analogia entre os exércitos de gafanhotos com as corporações nefastas dos dias atuais: política, sindicalismo, associações classistas, etc. Ainda este capítulo, descreve as quatro mais importantes ideologias que causaram as grandes guerras contemporâneas. A AIDS e as últimas pragas: Das sete últimas pragas profetizadas no cap. 16, estamos vivendo a primeira: "e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta (materialistas) e adoravam sua imagem (dinheiro, capital)". Nada mais claro. Chaga má (incurável, dolorosa) e maligna (que vem do mal, do pecado). As próximas pragas previstas para os dias futuros falam do agravamento da poluição (mar, rios e ar) e o já aguardado efeito estufa bem como a deterioração da camada de ozônio: "e os homens foram abrasados com grandes calores...". A queda do capitalismo: O capitalismo representa a evolução do materialismo, conforme já frisamos. A besta que subiu da terra (ciência) aprimorou o materialismo (a besta que subiu do mar), dando-lhe imagem (dinheiro) e espírito (papel-moeda, etc.) e criou o sistema monetário (666 - número da besta), resultando todo este avanço no que hoje chamamos de "capitalismo econômico" e o profeta chama de "Grande Babilônia". A queda do capitalismo está prevista para o próximo século (XXI), quando será implantado o regime do terceiro milênio que conviverá com o capitalismo por um certo tempo. Esse regime se fortalecerá no passar dos anos enquanto o capitalismo viverá dias cruéis com forte recessão. O encontro das duas forças está previsto; o capitalismo será erradicado e o novo regime predominará em todo o mundo. Este embate está profetizado como o nome de "a batalha do Armagedom". Após esta batalha o espiritualismo representado pelo novo regime dominará todas as nações e a ciência associada ao místico alcançará progressos notáveis e inimagináveis.

  • A queda da Babilônia, que simbolicamente significa a queda do capitalismo, está prevista no Cap. 17 do livro santo de São João. Os símbolos lógicos e coerentes mostram a magnitude do sistema atual. Também fala da evolução dos sistemas, dos reinados à democracia moderna e curiosamente trata os atuais mandatários das repúblicas democráticas modernas como: "reis que receberão o poder por uma hora", ou seja, mandatários que exercerão o poder por curto espaço de tempo, por tempo determinado, geralmente eleitos para governarem as nações por quatro ou cinco anos.

    O Regime do Terceiro Milênio O novo regime de vida que será adotado pela humanidade no próximo milênio será muito parecido com o adotado na antiguidade pelos patriarcas de Israel e pelos apóstolos de Jesus Cristo, ou seja: um regime vivido em comunidades alternativas (igrejas) onde os valores materiais (dinheiro, bens terrenos, etc.) serão substituídos por valores espirituais; onde seus adeptos terão as condições mínimas necessárias para a evolução mental, espiritual e científica. Embora pareça utópica tal ideologia, ela será adotada muito em breve, mais cedo do que possa-se imaginar. Maiores detalhes sobre sua implantação daremos nos próximos capítulos. Não devemos concluir que este novo regime, embora semelhante ao regime proposto pelos apóstolos de Cristo, seja composto exclusivamente por místicos, celibatários ou ermitões. Será integrado por pessoas normais, comuns, que viverão em comunidades espiritualistas, tecnologicamente avançadas, e aproveitarão todo avanço científico conquistado pela humanidade. A grande diferença entre o atual e o novo sistema, está no fato de que seus habitantes viverão num padrão de vida nivelado, isto é, ninguém poderá acumular bens ou poderes; todos serão iguais, materialmente falando. Este regime crescerá paulatinamente e superará o capitalismo dentro de algumas décadas. Haverá um confronto de ideologias denominado profeticamente de batalha do Armagedom, quando o

  • atual sistema será substituído pelo novo regime em todos os países. Será a volta de Cristo profetizado nas escrituras sagradas. Estará então definitivamente instalada a nova igreja de Cristo, o novo regime que durará muitos séculos. Desta data em diante haverá grande progresso espiritual e científico. A ciência, agora mística, conquistará, dentre os grandes avanços, a materialização dos primeiros espíritos evoluídos. Ainda assim a humanidade não terá conquistado sua total redenção. Algumas comunidades espiritualistas serão tentadas aos prazeres do material e uma forte divisão acontecerá, redundando em uma nova convulsão. Está profetizado como o retorno de Satanás após mil anos de aprisionamento, na forma de Gogue um grande materialista bíblico. Este período de contendas será de pouca duração. A sociedade espiritualista avançará ainda mais e a fusão do material com o espiritual será conquistada. Começará a nova fase profetizada como A Nova Jerusalém, o avanço máximo da humanidade quando o homem conquistará toda sabedoria universal. A Fonte da Água da Vida e a Árvore da Vida representam progressos científicos e espirituais incríveis que permitirão a ressuscitação dos espíritos evoluídos, com perspectiva de vida saudável, feliz e eterna a todos. Todos estes acontecimentos impressionantes estão profetizados no livro Apocalipse de São João, escrito há quase dois mil anos. Incrivelmente preciso nas previsões dos fatos que para nós já aconteceram, resta-nos a certeza de que as previsões futuras também acontecerão no seu devido tempo. Já vivemos as profecias sobre a besta do materialismo, que associada à besta da ciência criou o capitalismo e seus símbolos, a imprensa, bombas e outros avanços tecnológicos. Estamos vivendo a era do corporativismo, da poluição do ar, das águas e das florestas, das guerras mundiais e das guerras ideológicas. Vivemos atualmente a era da AIDS marcada como a primeira das sete taças finais (cheias de sofrimentos) que a humanidade vai ter que suportar. E para o futuro breve está previsto o agravamento da

  • poluição ambiental que causará horríveis sofrimentos à humanidade. Felizmente o novo regime está previsto para um futuro relativamente breve. Os que aderirem, estarão salvos desses males. Será uma nova opção de vida aos homens de boa vontade. Nele poderão alcançar o nível de aperfeiçoamento espiritual necessário para a salvação e ressurreição na Nova Jerusalém para conquistar a vida eterna. Ressuscitarão em corpo incorruptível, sem doenças e usufruirão da Árvore da Vida e da Fonte de Água da Vida, avanços científicos e esotéricos do futuro. Este, segundo os místicos, é o projeto de Deus para com a humanidade: a evolução gradativa do homem, que de encarnação em encarnação acumulará conhecimentos, evoluindo até atingir o pleno desenvolvimento espiritual e material quando então conseguirá o domínio sobre as forças da natureza e conquistará a interação matéria-espírito. Então poderá viver nesta terra com um corpo material especial e com o auxílio da ciência, da força mental e espiritual, terá a vida eterna e feliz. O paraíso prometido a Jacó, Moisés e aos cristãos.

    (1,3) "Receberá graças aquele que ler esta profecia e aquele que ouvir e seguir sua orientação, porque o tempo está próximo”. A expressão "ouvi detrás de mim", para muitos interpretadores significa "manifestação do sexto sentido" (de Richet) que nos dá uma sensação semelhante. O termo "nascer de novo" não significa ressuscitar. Ressuscitar significa ressurgir, reaparecer com o mesmo corpo anterior. "Nascer de novo" literalmente significa reencarnar, renascer em outro corpo, nascer novamente. Nota-se, entretanto, que para "nascer de novo" no reino de Deus precisamos ter vida consciente espiritual. A reencarnação, embora não sendo dogma de muitas religiões cristãs, é aceita por inúmeras crenças místicas modernas e antigas.

  • Como vemos, estas citações bíblicas servem para comprovar tanto o dogma da reencarnação quanto o da ressurreição. Os sete espíritos das igrejas simbolizam o comportamento espiritual de cada uma das sete comunidades cristãs da igreja de Cristo, na Ásia.

    CAPÍTULO III As Primeiras Revelações

    As Primeiras Revelações

    A missão de São João A vida Espiritual e a Ressurreição

    O livro APOCALIPSE (do grego APOKALUPSYS cuja tradução é REVELAÇÕES, foi escrito por São João, cognominado O Evangelista, na ilha de Patmos aos 91 anos de idade. Foi ele o tutor de Maria, mãe de Jesus, até seu falecimento no ano de 48. Em seguida passou a evangelizar e fundar a igreja de Cristo nas cidades da Ásia e da Grécia. Preso pelo Imperador Domiciano, foi levado a Roma onde foi julgado e condenado a ser queimado nu num caldeirão de azeite fervente. Milagrosamente saiu incólume! Então, Domiciano desterra-o na ilha de Patmos, onde, após uma visão especial de Jesus, recebe ordens para escrever o livro Apocalipse. Em seguida voltou à Éfeso (Grécia) onde viveu o resto da sua vida, vindo a falecer com 96 anos de idade.

    AS PRIMEIRAS REVELAÇÕES Vamos apresentar a seguir os primeiros capítulos deste importante documento. Os capítulos originais do Apocalipse transcrevemos na sua tradução original, no último capítulo deste livro. A transcrição e interpretação de cada capítulo mostramos "entre-aspas" precedido do número do capítulo e versículos correspondentes. Assim: (5,2) significa "capítulo cinco, versículo dois." (6,4-9) significa "capítulo seis, versículos de quatro a nove". Após a tradução poderá haver um comentário para melhor esclarecer o assunto.

  • A seguir, as primeiras palavras escritas pelo importante profeta, no capítulo primeiro e seus versículos: (1,1) "Revelações de Jesus Cristo, por meio de seu anjo ao apóstolo João, para mostrar aos seus seguidores as coisas que breve e futuramente devem acontecer." (1,2) "João foi um dos apóstolos de Cristo, conheceu a palavra de Deus e testemunhou pessoalmente a passagem de Jesus na terra e pela graça divina teve visões especiais sobre coisas que deverão acontecer." (1,3) "Receberá graças aquele que ler esta profecia e aquele que ouvir e seguir sua orientação, porque o tempo está próximo." E continua o profeta: (1,4-8) "Mensagem de João às sete igrejas da Ásia: graça e paz seja convosco da parte de Deus e do Espírito Santo (os sete espíritos que estão diante do trono de Deus) e da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha. Ele que foi O PRIMEIRO a ressurgir dos mortos, O PRÍNCIPE da terra. Aquele que nos ama e com seu sangue nos salvará e nos fará reis e sacerdotes, quando futuramente vier com as nuvens, e todos o verão, até mesmo aqueles que o mataram, para criar um novo regime de vida, a nova igreja cristã, quando todas as nações da terra submeter-se-ão a ela. A Deus, glória e poder para sempre. Ele é o Todo-Poderoso, o início e o fim de tudo." Já temos aqui uma profecia sobre a vinda de Cristo no fim dos tempos no regime do terceiro milênio, um novo sistema de vida produto da evolução espiritual da humanidade, onde o homem atingirá um estágio místico tão elevado que vencerá a morte e conseguirá conviver com o mundo espiritual. Neste estágio Cristo poderá, evidentemente, orientar o novo mundo. Outro detalhe importante está na frase: "...todos o verão, até os mesmos que os traspassaram (mataram)", pode comprovar a teoria da reencarnação uma vez que aqueles que crucificaram Jesus estarão presentes nessa futura época (reencarnados ou ressuscitados?).

    A MISSÃO DE SÃO JOÃO Em seguida o grande profeta escreve sobre sua missão:

  • (1,9) "Eu, João, vosso irmão da igreja de Cristo, companheiro nas aflições na vida terrena e no reino de Deus por bondade de Jesus. Fui desterrado na ilha de Patmos por pregar a palavra de Deus e por ter conhecido pessoalmente Jesus Cristo." (1,10-11) "Eu fui arrebatado em espírito num sábado e ouvi detrás de mim uma voz muito forte que disse: Escreva num livro tudo que vês e envie às sete igrejas que estão na Ásia”. A expressão "ouvi detrás de mim", para muitos interpretadores significa "manifestação do sexto sentido" (de Richet) que nos dá uma sensação semelhante. Comprova, igualmente, o alto poder mental do místico. (1,12-16) "E virando-me vi sete castiçais de ouro. Entre os castiçais vi um ser semelhante a Jesus, em vestes longas até aos pés, com um cinto de ouro. Cabelos brancos como a neve e olhos vivos como fogo. Seus pés eram brilhantes como latão polido e sua voz era muito forte. E tinha sete estrelas na sua mão direita e uma espada de dois fios na boca. Seu rosto resplandecia como o sol do meio dia." As sete estrelas representam sete espíritos, ou o sentido espiritual das igrejas citadas. Quanto à espada de dois gumes que aparece em sua boca significa a força de sua palavra, da sua mensagem, porque através dela o mundo será vencido. A espada de Cristo é a potente arma que arrasará os materialistas. (1,17-18) "E quando o vi, caí a seus pés desmaiado. Ele pôs sobre mim sua mão direita, dizendo: não temas. Eu sou o único. Aquele que viveu e foi morto e está vivo para a eternidade e tenho as chaves da morte e dos túmulos (Hades)". Alguns tradutores usam a expressão "inferno" na tradução do termo grego Hades. Esta descrição confirma que Jesus Cristo foi o primeiro e o único até agora ressuscitado; que viveu e foi morto, mas vive eternamente e tem as chaves da morte e dos túmulos (a fórmula da vida eterna).

    A VIDA ESPIRITUAL E A RESSURREIÇÃO Abrimos parênteses para refletir sobre o místico Jesus, o mais famoso de todos os tempos, bem como sobre a sua doutrina. Jesus afirma acima que ele é a chave da morte e do túmulo (Hades). Observando-se o diálogo de Jesus com Marta, citado no

  • evangelho de São João (Cap. 11,23-26), também fica evidenciado o grande poder de Cristo sobre a morte e a vida espiritual e a ressurreição dos mortos. No diálogo Cristo disse (11,23): "Teu irmão há de ressuscitar." Cap. (11,24): "Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia." Cap. (11,25-26): "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" Concluímos, pelo acima exposto, que poderemos conseguir a "vida espiritual consciente", ou seja, a consciência e vida após a morte, e por conseguinte, se evoluirmos, poderemos ressuscitar no último dia (ressurreição dos mortos) e conquistar a vida eterna. Portanto, quem acredita em Cristo (o cristão) viverá para sempre (a chave da morte) e não permanecerá no túmulo porque ressuscitará. Vejamos, ainda, o evangelho de São João capítulo 3,3: "Jesus respondeu (a Nicodemos) e disse-lhe: na verdade, na verdade digo-te que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus". E complementa em João 3,5-8: "Aquele que não nascer da Água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne. O que é nascido do Espírito é Espírito. Não maravilhes-te de ter dito: necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer e ouves a sua voz; mas, não sabes donde vem nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". O termo "nascer de novo" não significa ressuscitar. Ressuscitar significa ressurgir, reaparecer com o mesmo corpo anterior. Nascer de novo literalmente significa reencarnar, renascer em outro corpo, nascer novamente. No entanto Jesus referiu-se à ressuscitação dos mortos na Nova Jerusalém, termo usado para definir o Reino de Deus na terra, no futuro, e representará a evolução máxima da humanidade. Nessa época a ciência terá evoluído tanto, ao ponto de dar corpos aos espíritos dos mortos. É o que chama-se de Fonte da Água da Vida (nova ciência de dar vida terrena). Por isto Cristo disse: "aquele que não nascer da água (fonte da água da vida) e do Espírito (vida ou consciência espiritual) não pode entrar no Reino de Deus (ressuscitar no futuro Reino de Deus)." Nota-se, entretanto, que para "nascer de novo" no reino de Deus

  • precisamos ter vida consciente espiritual. Tendo vida consciente, o espírito evidentemente poderá usar esta condição mística para reencarnar (nascer de novo) tantas vezes quanto necessário, até atingir a evolução para ter direito à ressuscitação no reino de Deus. Como vemos, estas citações bíblicas servem para comprovar tanto o dogma da reencarnação quanto o da ressurreição. Na expressão "o vento assopra onde quer" Cristo define a vida espiritual, o livre arbítrio do espírito, a autonomia de ir e vir, que poderá ser interpretada como ir à carne e voltar à vida espiritual, dada exclusivamente a quem crê nisto e Nele e no seu novo testamento: "o vento assopra onde quer, assim é todo aquele que é nascido (reencarnado ou ressuscitado) do Espírito". Fica bem caracterizado que Cristo tem a chave da morte pois, representa a vida eterna, a vida após a morte, e tem a chave dos túmulos, com a qual poderá abri-los e deixar voltar os que lá estiverem, reencarnados em corpos humanos ou ressuscitados em corpos imperecíveis. A reencarnação, embora não sendo dogma de muitas religiões cristãs, é aceita por inúmeras crenças místicas modernas e antigas. A reencarnação, tal qual a vida espiritual e a ressurreição, poderá ser conquistada pela fé, pela crença, enfim, pelo poder da mente. Ainda sobre este tema voltaremos oportunamente. Prossigamos examinando o livro de São João. (1,19-20) "Escreva tudo o que vires, acontecimentos atuais e futuros. As sete estrelas que vistes na minha mão direita são os sete espíritos das sete igrejas e os sete castiçais são as próprias igrejas." O próprio anjo esclarece o sentido dos símbolos desta profecia. Os sete espíritos das igrejas simbolizam o comportamento espiritual de cada uma das sete comunidades cristãs da igreja de Cristo, na Ásia. No próximo capítulo analisaremos as mensagens às sete igrejas da Ásia, recomendações diretas de Cristo à elas e à todos nós. Uma condensação da verdadeira doutrina cristã.

    As Incríveis Profecias do Apocalipse

  • Nestas mensagens estão inseridos muitos ensinamentos aos cristãos de ontem e de hoje. O principal preceito cristão, provavelmente era a vida em comum, numa comunidade onde todos levavam seus bens para uso geral da comunidade. A Árvore da Vida, segundo São João, está na Nova Jerusalém, cidade santa que existirá no fim dos tempos atuais. Será o novo-mundo, a evolução da humanidade. O maná escondido significa o fruto da árvore da vida que alimenta para sempre. É mais um símbolo da vida no novo-mundo. Grande tribulação é a designação da época atual e futura da humanidade. Época de grandes sofrimentos aos que viverem nela. A "outra carga" não imposta aos fiéis significa outra vida na terra, ficando desobrigados de nova encarnação (nova vida, nova carga de sofrimentos) os que atingirem a evolução necessária. A estrela da manhã deve significar a grandiosidade ou o grau do espírito salvo. Assim entende-se que o cristão salvo será um espírito de luz, comparável à estrela da manhã. Nesta alusão Cristo diz que não basta ser cristão para salvar-se. Será necessário, é claro, que o crente atinja a perfeição espiritual. Somente o espírito que encarna é inscrito no livro da vida. Muitos espíritos, como os anjos, têm vida espiritual, porém nunca viveram a vida em matéria. Estes são os que seguem Cristo mas acumulam riquezas. Pensam que basta ser crente e parecer quente na fé para salvarem-se. Imaginamos agora, como seriam as cartas se Cristo se dispusesse a enviá-las hoje para às religiões cristãs atuais? Observamos também que algumas mensagens, com clareza, afirmaram que: aqueles que evoluíssem durante a sua atual vida (contemporâneos de Cristo), não precisariam viver (reencarnar) na época das tribulações (época de hoje e futura), pois já estariam prontos para ressuscitarem nos dias finais.

    CAPÍTULO IV

    Mensagens às igrejas Mensagens às sete igrejas da Ásia

  • Recomendações aos cristãos.

    Neste capítulo vamos examinar as mensagens recebidas por São João e endereçadas às sete igrejas da Ásia. Nestas mensagens estão inseridos muitos ensinamentos aos cristãos de ontem e de hoje.

    RECOMENDAÇÕES AOS CRISTÃOS A expressão - sete igrejas - significa a igreja cristã que está instalada nas sete cidades da Ásia, conforme comprova o texto bíblico. Não significa templo ou pluralidade de igrejas ou ideologias. Assim o profeta começa a escrever as cartas às igrejas da Ásia: Primeira carta: à igreja de Éfeso. (2,1) "Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem poder sobre os sete anjos e fiscaliza no meio das sete igrejas:” (2,2) "Eu sei do teu trabalho, da tua dedicação e por isto tu não deves ser punido pelos outros. Puseste à prova os que dizem ser apóstolos e não os são e tu os julgaste mentirosos”. (2,3) "E também porque sofreste e tens paciência e trabalhaste pelo meu nome e não cansaste”. (2,4) "Tenho, porém, contra ti a falta de cumprimento do principal preceito cristão (primeira caridade)”. O principal preceito cristão, provavelmente era a vida em comum, numa comunidade onde todos levavam seus bens para uso geral da comunidade. (2,5) "Lembra-te, pois, qual foi o teu erro e arrepende-te e pratica o preceito principal. Se assim não procederes, futuramente quando voltar, excluirei esta igreja, se não arrependeres-te.” Cristo ameaça as igrejas com a exclusão. Aquela que não praticar a vida em comum de seus seguidores, não será incorporada a futura igreja cristã, a do terceiro milênio.

  • (2,6) "Tens porém uma virtude: Não aprovas as obras dos nicolaítas, as quais também não aprovo.” Os nicolaítas, também traduzido como balaamitas seguidores de Balaão, filho de Bosor. Introduzidos no meio dos israelitas, convenceram muitos deles a seguir esta falsa doutrina. Por isto os nicolaítas eram inimigos de Cristo. (2,7) "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da Árvore da Vida, que está no meio do paraíso de Deus”. A Árvore da Vida, segundo São João, está na Nova Jerusalém, cidade santa que existirá no fim dos tempos atuais. Será o novo-mundo, a evolução da humanidade. Cristo promete a vida eterna aos cristãos. A vida após a morte, lúcida, consciente e de livre arbítrio; com o aperfeiçoamento espiritual conquistado em várias reencarnações chegar-se-á ao tempo do novo mundo em condições de merecer esse paraíso e a vida eterna. Segunda carta: à igreja de Smirna Continua o profeta com sua narrativa: (2,8-9) "Ao líder espiritual da igreja que está em Smirna, escreve: Isto diz o Único, que morreu e ressuscitou. Eu conheço suas obras, sacrifícios e pobreza (mas és rico em espiritualidade). Conheço a blasfêmia dos que dizem-se Judeus (seguidores da Lei de Moisés) e não o são, mas são do templo de Satanás.” A blasfêmia citada acima relaciona-se com a descrença entre os judeus de que Jesus não era o Cristo prometido aos antepassados. Até hoje eles aguardam o Messias prometido. (2,10) "Não temas ao que hás de padecer. Alguns de vocês serão presos e tentados a renunciar sua crença e sofrereis por uns tempos. Sê fiel até a morte e dar-te-ei o domínio sobre a vida (coroa da vida)”. Jesus recomenda aos crentes a não rejeitarem a sua fé para não perderem o privilégio da vida eterna. Cumpre anotar que o crente, quando preso, era forçado a rejeitar Jesus para obter a liberdade. Caso não O rejeitasse seria martirizado até a morte.

  • (2,11) "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Aquele que evoluir-se, não receberá o dano da segunda morte, a morte após o julgamento final.” Com esta mensagem Cristo reafirma que eles (os que santificarem-se) serão ressuscitados na primeira ressurreição e estarão livres do julgamento final, a segunda ressurreição, a ressurreição do último dia. Por outro lado confirma que haverá uma segunda morte aos não evoluídos. Serão também ressuscitados, julgados e eliminados. São João profetiza sobre isto nos capítulos finais. Terceira carta: à igreja de Pérgamo A carta à igreja de Pérgamo está assim redigida pelo profeta: (2,12-13) "E ao anjo da igreja de Pérgamo, escreve: Isto diz aquele que tem a espada de dois gumes: Eu sei das tuas boas obras e que habitas numa cidade dominada por Satanás. Mesmo assim não negaste a mim ainda quando Antipas, vosso irmão na fé e minha fiel testemunha, foi martirizado pelos nossos inimigos.” (2,14-15) "Mas poucas coisas Eu tenho contra ti: Tens entre os crentes, alguns que seguem a doutrina de Balaão, ou aqueles nicolaítas que perverteram muitos israelitas à adoração de ídolos e à prostituição.” (2,16-17) "Arrepende-te, pois no futuro voltarei e batalharei contra eles com meus poderes. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz a todas as igrejas: Ao que vencer darei de comer do maná escondido e darei também uma pedra branca com um novo nome escrito, o qual somente seu dono conhecerá”. O maná escondido significa o fruto da árvore da vida que alimenta para sempre. É mais um símbolo da vida no novo-mundo. A pedra branca com um novo nome escrito certamente significa uma nova vida terrena (ressurreição), uma nova e definitiva existência com novo nome e com corpo eterno. A reencarnação está manifesta na frase: "virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca", significando que na volta de Cristo (no futuro, no santo regime do terceiro milênio), eles estarão reencarnados e serão combatidos.

  • Quarta carta: à igreja de Tiatira O profeta assim escreveu a carta à igreja de Tiatira: (2,18-19) "E ao anjo da igreja de Tiatira, escreva: Isto diz o Filho de Deus, que tem a visão universal e a passagem santa pela Terra: Eu conheço as tuas boas obras e sei que estás evoluindo na fé.” (2,20) "Mas tens um grande defeito: Aceitas Jezabel, mulher que diz-se profetisa, que ensina meus servos a prostituírem-se e a comer da carne que é servida nas festas idólatras dos deuses pagãos.” (2,21-23) "Esta profetisa já teve tempo de arrepender-se, porém não o fez. Aos participantes (os que deitarem com ela) virão muitos sofrimentos (tribulações) e eliminarei seus seguidores. E todas as igrejas entenderão que Eu sou aquele que conhece os rins (atos carnais) e o coração (sentimentos) e julgarei a todos segundo suas condutas.” Uma advertência de Cristo: A quem deitar na cama (participar) com Jezabel virá (viverá a época de) grandes tribulações e ferirei de morte a seus filhos (seguidores, reencarnados), se não arrependerem-se (em várias vidas) até o julgamento final. Grande tribulação é a designação da época atual e futura da humanidade. Época de grandes sofrimentos aos que viverem nela. Cristo reafirma que, os que não evoluírem espiritualmente terão de reviverem nesta época (evidentemente reencarnados) se antes não arrependerem-se das suas obras. (2,24) "Eu digo a todos que não estão seguindo a doutrina da profetisa e de Satanás, que OUTRA CARGA NÃO VOS POREI, ou seja, não exigirei nova carga de sofrimentos.” A "outra carga" não imposta aos fiéis significa outra vida na terra, ficando desobrigados de nova encarnação (nova vida, nova carga de sofrimentos) os que atingirem a evolução necessária. Estarão prontos para o novo-mundo, a Nova Jerusalém. (2,25-29) "Mas a fé que tendes, retende-a até a minha volta e reinareis comigo sobre as nações do futuro com vigor de ferro. As nações serão quebradas como vasos de barro e formarão um regime cristão governado por Cristo e os ressuscitados, como

  • Deus prometeu a Jesus. E dar-vos-ei também a estrela da manhã (evolução espiritual).” A estrela da manhã deve significar a grandiosidade ou o grau do espírito salvo. Assim entende-se que o cristão salvo será um espírito de luz, comparável à estrela da manhã. Mais uma vez Cristo reafirma a reencarnação dos fiéis em várias vidas terrenas até aos tempos do novo regime cristão, onde os que seguirem sua doutrina comporão como co-dirigentes e submeterão todas as nações materialistas à nova filosofia de vida. As nações e seus regimes materialistas, serão quebradas como vasos de barros. Os vencedores serão portadores de espíritos evoluídos como a estrela Dalva (estrela de grande brilho entre as demais) e viverão nesta época futura e governarão com Cristo. Quinta carta: à igreja de Sardo Vejamos a carta em título: (3,1) "E ao anjo da igreja de Sardo, escreve: Isto diz Aquele que governa as igrejas e seus espíritos protetores. Conheço tuas obras. Pensas estar salvo porque consideras-te cristão, mas, ainda não estás.” Nesta alusão Cristo diz que não basta ser cristão para salvar-se. Será necessário, é claro, que o crente atinja a perfeição espiritual. A "boa nova" de Cristo é a vida espiritual consciente que todos os cristãos possuem. Isto não quer dizer que todos os crentes estão salvos. Os que chegarem ao fim dos tempos sem a devida evolução espiritual serão ressuscitados, julgados e condenados a morte total, não permanecendo no novo-mundo. Será a segunda morte ou morte espiritual. (3,2) "Siga corretamente a minha doutrina e oriente aos demais que também estavam para perderem-se por sua causa. Sua atitude não foi perfeita diante de Deus”. (3,3) "Lembra-te, pois, da orientação que tens recebido e obedeça-a. Arrepende-te senão virei inesperadamente como um ladrão e tirar-te-ei a chance da vida eterna. E não saberás quando acontecerá.” Cristo adverte que não devemos crer que apenas o ato de ser cristão basta para garantir a nossa salvação. É necessário também, seguir as orientações deixadas por Ele e seus apóstolos.

  • (3,4-6) "Mas também tens nesta igreja algumas pessoas que cumprem minha orientação e comigo viverão, porque são dignas disto. O que vencer será vestido de branco (símbolo da pureza) e de maneira alguma deixará de reviver pois estará inscrito no Livro da Vida e dele falarei a Deus e seus anjos para que reviva no novo-mundo.” As Escrituras Sagradas falam de dois distintos livros da vida: No primeiro denominado de Livro da vida estão os nomes e obras dos seguidores da religião hebraica também chamada de Igreja de Deus. No segundo - O Livro da vida do Cordeiro - estão escritos os nomes e obras dos crentes, que viveram pelo novo pacto com Jesus Cristo. Simbolicamente no juízo final os dois livros serão abertos e os anotados serão julgados cada qual por suas obras. Somente o espírito que encarna é inscrito no livro da vida. Muitos espíritos, como os anjos, têm vida espiritual, porém nunca viveram a vida em matéria. No julgamento final comandado por Cristo, serão riscados do livro da vida todos os que falharam no teste terrestre. Estes espíritos serão eliminados, ou seja, riscados do livro da vida. Daí a expressão usada por Cristo no capítulo 3,5 acima. Sexta carta: à igreja de Filadélfia (3,7-8) "Ao anjo da igreja de Filadélfia, escreve: Isto diz o Santo e Verdadeiro, aquele que tem a poderosa chave concedida ao descendente de Davi; que somente Ele pode abrir ou fechar portas (pactos) para a salvação. Eu sei as tuas obras: Eis que diante de ti pus o meu novo acordo com a humanidade (de viver em comunidades num novo regime afastado do materialismo), o novo pacto, a nova porta para o Céu que ninguém pode fechar. Mesmo sendo fraco guardaste a minha palavra e não negaste o meu acordo.” Esta igreja, sendo pobre (fraca), certamente encontrou dificuldades em implantar o novo sistema de vida proposto; ainda assim guardou as orientações de Cristo. (3,9) "Sei que os Judeus não acreditam no novo testamento de Deus, feito por meu intermédio, para os homens. Por isto são Judeus da Sinagoga de Satanás, dizem-se Judeus, mas não o são,

  • mentem. Porém, Eu farei com que reconheçam a verdade e que arrependam-se a seus pés e saberão que amo-te.” (3,10-13) "Como guardastes a crença nas minhas promessas, também Eu vos guardarei das tentações futuras que virão sobre a humanidade. Eis que virei sem demora e não esqueceis da doutrina, para que ninguém tome o vosso lugar. A quem vencer farei forte como colunas no templo de Deus, conhecereis a Deus, o paraíso celestial que descerá do Céu, e conhecereis o novo regime em meu nome. Quem tem ouvidos ouça, o que o Espírito promete aos Cristãos.” Também nesta mensagem Cristo promete proteger (guardar) os crentes de outras vidas no futuro, das tentações (e sofrimentos) que hão de vir sobre todos da terra (3,10), reafirmando a teoria da reencarnação, ou seja, quem evoluir não precisa reencarnar, viver a época da tribulação. Sétima carta: à igreja de Laodicéia (3,14-16) "E ao anjo da Igreja de Laodicéia, escreve: Isto diz o "assim seja", a testemunha fiel de Deus, o princípio das obras de Deus: Eu conheço a tua duvidosa fé, nem fria nem quente. Oxalá fora fria ou quente. Justamente por ser tão indecisa vomitar-te-ei da minha boca.” Estes são os que seguem Cristo, mas acumulam riquezas. Pensam que basta ser crente e parecer quente na fé para salvarem-se e esquecem que são frios (não praticam a caridade de dividir seus bens) e por isto são mornos. (3,17-18) "Como dizes, és rico nas coisas materiais e de nada sentes falta. E não sabes que és um desgraçado e não tens nada. Aconselho-te que dividas teus bens com os pobres e através da caridade compres de mim a verdadeira riqueza, para aquecer a tua alma morna, vestir teu corpo nu, e iluminar tua pouca fé.” (um conselho que serve muito bem também para as igrejas atuais). (3,19-22) "Eu repreendo e castigo a quem amo para purificá-lo. Sê zeloso e arrepende-te. Eu bato à consciência de todos. Se for ouvido e aceito, ali permanecerei. Se seguires minha doutrina e venceres as tentações, concederei que sentes comigo no meu trono, assim como venci e sentei no trono de meu Pai. Quem tem ouvidos, ouça o que digo aos cristãos.”

  • Cristo renova a promessa de vida eterna no fim dos tempos aos que purificarem-se espiritualmente afastando-se dos bens materiais. Igualmente previne as igrejas que acumulam bens terrenos. Jesus censurou severamente as igrejas da sua época. Imaginamos agora, como seriam as cartas se Cristo se dispusesse a enviá-las para às religiões cristãs atuais? Nestas mensagens ditadas pelo espírito do místico Jesus, vimos a reafirmação da promessa da vida espiritual, da ressurreição no fim dos tempos e da vida eterna na Nova Jerusalém aos evoluídos. Observamos também que algumas mensagens, com clareza, afirmaram que: aqueles que evoluíssem durante a sua atual vida (contemporâneos de Cristo), não precisariam viver (reencarnar) na época das tribulações (época de hoje e futura), pois já estariam prontos para ressuscitarem nos dias finais. As citações são claríssimas e confirmam a teoria da reencarnação, ou seja; quem evoluir não precisará reencarnar, mas quem não conseguir terá de reviver para aperfeiçoar-se ou evoluir-se. Afinal de contas estas foram as promessas de Cristo, o novo pacto, o novo testamento, as boas-novas ao povo de Deus.

    São João foi ainda o "escolhido" para receber as visões sobre os acontecimentos futuros da humanidade e foi distinguido com o dom da profecia. Os vinte e quatro anciãos aqui representam os pioneiros da crença no Deus único, os "doze patriarcas" das tribos de Israel, e os "doze apóstolos" que acompanharam Cristo em sua vida na terra. Símbolos da velha e da nova igreja de Deus. Os quatro animais representam quatro espíritos punidores, usados por Deus para punir a humanidade. As coroas simbolizam o poder e a majestade sobre as duas igrejas: a hebraica e a Cristã. O livro selado simboliza o conhecimento, a profecia sobre o futuro da humanidade. Acontecimentos importantes, mas que nenhum dos espíritos citados tinha méritos para revelar seu conteúdo. O Novo Cântico simboliza o novo pacto, a boa-nova, a nova doutrina que possibilitará a evolução da humanidade.

  • As sete lâmpadas são as forças das sete virtudes que o homem deve manifestar (exercitar mentalmente) para atingir a evolução mística e espiritual. Estão personificadas no Espírito Santo. Estas virtudes, quando praticadas, geram forças que faz "evoluir o espírito" até atingir a perfeição. Como vemos, os símbolos mostram as forças da natureza que estão à disposição da mente humana. Num ambiente materialista é impossível atingir-se a perfeição.

    CAPÍTULO V O livro selado.

    O primeiro universo espiritual

    Os vinte e quatro anciãos Os sete espíritos do bem Os quatro espíritos maus

    O livro selado com as revelações

    Análise Mística das Visões

    No capítulo anterior, nas mensagens às igrejas, conhecemos a essência da crença cristã, os ensinamentos ditados pelo Espírito de Jesus a São João o discípulo preferido. Cumpre-nos informar que São João, cognominado "O Evangelista", foi companheiro de Jesus durante sua pregação na terra. Um dos raros evangelistas testemunha ocular da trajetória do Mestre. Por isto merece a maior credibilidade, uma vez que dispensou interpretadores. As mensagens às sete igrejas da Ásia são fontes de informações dignas de crédito, que testemunham as orientações de Cristo e a fiel descrição do competente apóstolo. É a confirmação do novo pacto dada exclusivamente a São João. Elas, por si só, servem como base a todos que desejam conhecer a verdadeira doutrina de Cristo. São João foi ainda o "escolhido" para receber as visões sobre os acontecimentos futuros da humanidade e foi distinguido com o dom da profecia. Nas cartas às igrejas da Ásia, Cristo confirma o novo

  • pacto, prometendo a vida espiritual a todos os cristãos. Havia um pacto anterior (o velho testamento) antes de Cristo, um pacto direto entre Deus e os Hebreus. Esse acordo foi regulamentado por Moisés através dos dez mandamentos da Lei de Deus. Os que seguissem a Lei teriam a garantia da viverem na Terra de Canaã, terra que emanava leite e mel, nada mais que a Nova Jerusalém prometida posteriormente por Jesus Cristo, conforme as profecias do Apocalipse.

    O PRIMEIRO UNIVERSO ESPIRITUAL Nesta visão o profeta conhece o primeiro universo espiritual de Deus; o contexto inicial do universo espiritual que mostra o valor intrínseco de cada símbolo espiritual; uma analogia da realidade mística com um império espiritual universal. Esse universo modificar-se-á ao passar do tempo de acordo com a evolução espiritual da humanidade. Será revisto posteriormente, de forma modificada, mostrando os efeitos da evolução humana no contexto universal espiritual. Assim escreveu o profeta: (4,1-3) "Depois olhei e vi algo como uma porta aberta no céu. E a primeira voz que havia falado comigo disse: Sobe aqui e mostrar-te-ei as visões do futuro da humanidade. Em seguida fui levado em espírito e vi um trono no céu e alguém sentado nele. Este que estava sentado no trono era, na aparência, radiante como a pedra jaspe e sardônica. O trono estava rodeado por um arco celeste da cor da esmeralda.” Com os símbolos acima São João começa a descrever o universo espiritual. Vemos a parte que simboliza o céu, com a potência divina, Deus.

    OS VINTE E QUATRO ANCIÃOS OS SETE ESPÍRITOS DO BEM (4,4-5)

    "E ao redor do trono de Deus havia vinte e quatro anciãos em seus tronos, vestidos de branco e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro. E do trono de Deus saíam relâmpagos, trovões e vozes. E

  • diante do trono ardiam sete lâmpadas que simbolizam os sete espíritos de Deus.” Continua descrevendo a majestade divina. Os vinte e quatro anciãos aqui representam os pioneiros da crença no Deus único, os "doze patriarcas" das tribos de Israel, e os "doze apóstolos" que acompanharam Cristo em sua vida na terra. Símbolos da velha e da nova igreja de Deus. As coroas simbolizam o poder e a majestade sobre as duas igrejas: a hebraica e a Cristã. As sete lâmpadas, como diz, representam os sete Espíritos de Deus, que para muitos significa o Espírito Santo, o Espírito dos sete dons do Bem. Foi anunciado por Isaías (10,2) como sendo: "o espírito natural de Deus, o espírito da sabedoria, da inteligência, do conselho, da fortaleza, do conhecimento e do temor de Deus”.

    OS QUATRO ESPÍRITOS MAUS E o grande profeta continua com sua narrativa: (4,6-7) "E havia diante do trono algo (espíritos) como um mar de vidro brilhante como o cristal. Ao redor do trono quatro animais cheios de olhos. Um era semelhante ao leão, outro parecido com um boi, o terceiro tinha a cara parecida com o rosto de homem e o quarto animal era semelhante a uma águia voando”. Os quatro animais representam quatro espíritos punidores, usados por Deus para punir a humanidade. Ezequiel descreve-os no capítulo 14,12 a 21, e chamou de Querubins a esta casta de anjos que servem ao Senhor, e o próprio São João também descreve-os no próximo capítulo, na visão dos quatro cavaleiros do Apocalipse. Eles simbolizam a guerra, a fome, a peste e as nocivas alimárias. Na simbologia acima, o leão (rei dos animais) representa a morte por alimárias; o boi (a fonte de alimentos), a morte pela fome; o de rosto de homem (o próprio), a morte pela guerra; e a águia que voa, (se alastra), a morte pela peste ou doenças. Quanto ao mar de vidro este simboliza a terra no contexto espiritual. Um mar de almas dos que vivem e viverão na terra.

  • Com isto fica concluída a visão do primeiro universo espiritual, visão espiritual do céu e da terra como temos hoje, mas, que será alterado no futuro, como veremos. E o profeta continua... (4,8) "E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos e estavam à disposição de Deus”. Os símbolo mostram a potencialidade dos animais (pragas). As asas para locomoverem-se aos quatro cantos da terra e os olhos para reconhecerem os que merecerem os castigos. Os quatro maus estão a serviço de Deus permanentemente; são atraídos pelos homens quando estes afastam-se dos preceitos espirituais ou envolvem-se com as coisas materiais. (4,9-11) "E, quando os quatro animais davam glória a Deus os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do trono e adoravam a Deus.” Nestes últimos versículos São João complementa a imagem da majestade de Deus, vendo os vinte e quatro anciãos reverenciando o Todo-Poderoso.

    O LIVRO SELADO COM AS REVELAÇÕES (5,1-3) "Eu vi na mão direita de Deus, um livro (sete manuscritos) escritos por dentro e por fora, lacrados com sete lacres”. E vi um anjo forte, bradando alto: "Quem é digno de abrir o livro e desatar seus lacres”? Mas nenhum espírito do céu, nem da terra, nem dos mortos que estão debaixo da terra podia abrir o livro, nem olhar para ele. O livro selado simboliza o conhecimento, a profecia sobre o futuro da humanidade. Acontecimentos importantes mas, que nenhum dos espíritos citados tinha méritos para revelar seu conteúdo. (5,4-7) "E eu chorava muito porque ninguém era digno de abrir o livro. E disse-me um dos anciãos: "Não chores porque o descendente de Davi, aquele que venceu o pecado (Cristo) está aqui para abrir o livro." E olhei e o vi ao meio do trono, entre os seres viventes e os anciãos, Ele foi o Cordeiro de Deus que foi

  • morto entre os homens, que tinha os sete espíritos das igrejas. E veio e recebeu o livro da mão direita de Deus.” (5,8-10) "E recebendo o livro, os espíritos prostraram-se diante de Cristo, com harpas e bandejas de ouro cheias de incenso que representam as orações dos Santos. E cantavam novo cântico dizendo que Cristo foi digno de abrir o livro porque foi morto e com seu pacto de sangue conquistou a salvação de muitas almas de toda parte do mundo, para Deus, para governarem o futuro Reino de Deus na Terra.” O Novo Cântico simboliza o novo pacto, a boa-nova, nova doutrina que possibilitará a evolução da humanidade no novo regime que será implantado no futuro quando Cristo governará com os evoluídos. (5,11-12) "E ouvi a voz de milhares de anjos, dos animais e dos anciãos. E bem alto diziam: Digno é Cristo, que viveu na terra e foi morto, de receber o poder, a riqueza de virtudes, a sabedoria, a força, honradez, glória e graças”. (5,13-14) "E ouvi todos os espíritos que estão no céu e na terra, dizer: ao Deus e ao Cristo damos graça honra e glória e o poder para sempre. E os animais viventes diziam amém e os anciãos prostraram-se e adoraram a Deus.” Com esta visão São João mostra a glória de Jesus, o alto conceito que Cristo tem no reino de Deus. Só Ele teve méritos para abrir o livro que revela o futuro da humanidade, porque ele foi o Espírito que encarnou entre os homens e venceu as tentações da carne.

    ANÁLISE MÍSTICA DAS VISÕES Para os místicos todas as forças naturais (espirituais ou materiais) são representadas por "imagens mentais" vistas em formas simbolicamente representativas. Assim, Deus aparece como uma luz brilhante (espírito iluminado) sentado em um trono (poder real), criador e gerenciador de tudo. Os vinte e quatro anciãos, sentados cada um no seu trono, representam os doze fundadores da igreja hebraica e os doze

  • apóstolos fundadores da igreja cristã, setores positivos da espiritualidade mística. Os quatro animais significam quatro forças que podem ser atraídas pelo poder da mente humana, para punir a própria humanidade, enquanto ela estiver fora da rota natural e, por conseguinte, não evoluir-se. As sete lâmpadas são as forças das sete virtudes que o homem deve manifestar (exercitar mentalmente) para atingir a evolução mística e espiritual. Estão personificadas no Espírito Santo, que quando é recebido por uma pessoa, esta torna-se pura e poderosa mentalmente, capaz de realizar milagres e manifestar grandes poderes mentais. Estas virtudes, quando praticadas, geram forças que faz "evoluir o espírito" até atingir a perfeição. Como vemos, os símbolos mostram as forças da natureza que estão à disposição da mente humana. Quando buscamos os valores materiais estamos atraindo as forças negativas, representadas pelos quatro animais viventes (a guerra, a fome, a peste, etc.) que simbolizam os sofrimentos da vida em matéria. Quando evitamos o materialismo estamos nos sintonizando com as forças benéficas representadas pelas sete virtudes do bem, citadas acima. Se praticadas, poderemos melhorar. Justamente por isto os místicos apresentam como regra principal para alcançar a evolução, a necessidade de viver-se "afastado do materialismo", conforme comprovam todos os tratados sobre o assunto. Jacó, Moisés, Cristo e tanto outros propuseram criar uma sociedade alternativa (denominada de igreja) e ali viverem em comunidade, nivelados economicamente, sem valorizar o que for material, e desta forma dar oportunidade para que as virtudes possam aflorar livremente, naturalmente, para atingir-se a evolução necessária. Num ambiente materialista é impossível atingir-se a perfeição. O regime do terceiro milênio profetizado para ser criado no próximo século, terá estas características e será a redenção da humanidade conforme veremos nos próximos capítulos.

  • Elas simbolizam as sete principais eras da humanidade compreendendo desde a decadência humana até o fim dos tempos atuais. Nesta visão São João viu simbolicamente a primeira era da humanidade, quando o homem vivia de caça e pesca (arco) e tornou-se o rei (coroa) entre todos os seres viventes. O cavalo branco também representa a morte por arma branca, ou seja, pelos dentes e garras de animais ferozes. O cavalo vermelho representa a morte pelo derramamento de sangue nas guerras e combates. O cavalo preto representa a morte pela fome provocada pela falta e a conseqüente carestia dos alimentos que são vendidos no mercado negro. O cavalo amarelo representa a morte pela peste e epidemias que empalidece as pessoas. E foi dado aos cavaleiros a missão de matar muitos da terra, pela guerra, (cavalo vermelho); pela fome, (cavalo preto); pela peste, (cavalo amarelo); e pela alimárias, (cavalo branco) Portanto, os quatro ventos só atingirão os novos viventes que ainda não evoluíram. Vieram da grande tribulação que representa a época atual e a do terceiro milênio que está por vir. As Fontes das Águas da Vida significam conhecimentos espirituais profundos que serão alcançados no regime espiritualista do futuro. Estes são os que serão anotados no Livro da vida do Cordeiro. Pelo exposto acima podemos compreender o grande projeto de Deus para com a humanidade: Deus deseja que o espírito evolua para conquistar a ressurreição no fim dos tempos. Quanto às religiões cristãs, todas são relativamente boas, muito embora algumas usam a fé dos crentes para acumular bens materiais, ato absolutamente condenável na ideologia cristã.

    CAPÍTULO VI - As Sete Eras da Humanidade

    A abertura dos selos

    Os cavaleiros do Apocalipse

  • As sete eras da Humanidade. Visão dos salvos pelas duas igrejas

    Neste capítulo vamos conhecer as revelações dos primeiros lacres (selos) do livro profético aberto por Cristo e ditadas ao apóstolo João. Elas simbolizam as sete principais eras da humanidade compreendendo desde a decadência humana até o fim dos tempos atuais. Uma visão resumida de cada era, mas que serão mostradas mais amplamente nos capítulos posteriores.

    A ABERTURA DOS SELOS OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE

    Os quatro primeiros selos revelam os cavaleiros que representam as quatro primeiras eras vividas pela humanidade, conforme veremos. Tema do filme "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", de grande sucesso mundial. Tema que sempre despertou interesse dos pensadores pelo intrigante simbologismo usado. Podemos observar claramente que os acontecimentos obedecem uma seqüência lógica, coincidente com cada período da decadência humana, ou seja, as quatro primeiras eras da humanidade.

    AS SETE ERAS DA HUMANIDADE A primeira era: o início da civilização (6,1-2) "Havendo Cristo aberto o primeiro selo, olhei e vi um dos quatro animais falando em alta voz: Venha e vê: vi um cavalo branco montado por um cavaleiro que tinha um arco de flecha. E foi lhe dado uma coroa (de rei) e saiu vitorioso, foi feito para vencer.” Nesta visão São João viu simbolicamente a primeira era da humanidade, quando o homem vivia de caça e pesca (arco) e tornou-se o rei (coroa) entre todos os seres viventes. Significa igualmente a dura luta entre os homens e os ferozes animais

  • selvagens da época, quando muitos morriam vitimados pelas alimárias. Alimária literalmente significa: animal irracional bruto. O cavalo branco também representa a morte por arma branca, ou seja, pelos dentes e garras de animais ferozes. A segunda era: as primeiras guerras (6,3-4) "E aberto o segundo selo ouvi o segundo animal dizer: vem e vê. E saiu um cavalo vermelho, cujo cavaleiro portava uma espada e foi-lhe dado o poder de tirar a paz da terra e que se matassem uns aos outros.” A espada simboliza o poder da guerra. Portanto os símbolos são claros e nesta visão João assiste a vinda do espírito da guerra atraído pela mente humana materialista, marcando mais um período da decadência humana. O cavalo vermelho representa a morte pelo derramamento de sangue nas guerras e combates. Terceira era: os primórdios do comércio (6,5-6) "Tendo Cristo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal, vem e vê: E vi um cavalo preto e seu cavaleiro tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz entre os animais que dizia: uma medida de trigo por um dinheiro, três de cevada por um dinheiro e não venderei o azeite e o vinho que tem muito pouco.” O cavaleiro com uma balança na mão representa o comércio de alimentos e a voz vinda dos quatro animais complementa o simbolismo quando mostra o comércio de alimentos. Mostra também que só terá alimentos quem tiver dinheiro e que a alguns faltarão. Marca, portanto, o início da era do comércio. O cavalo preto representa a morte pela fome provocada pela falta e a conseqüente carestia dos alimentos que são vendidos no mercado negro. Quarta era: o período das pestes e doenças (6,7-8) "Havendo Cristo aberto o quarto lacre ouvi a voz do quarto animal, que dizia: vem e vê. E vi um cavalo amarelo e seu cavaleiro de nome Morte e outro cavaleiro de nome Túmulo o seguia. E foi dado aos quatro cavaleiros o poder de matarem muitos na terra, com a Espada (guerra), com a Fome, com a Peste e com as Feras da terra (alimárias).”

  • O cavalo amarelo representa a morte pela peste e epidemias que empalidece as pessoas. Este último cavaleiro simboliza a peste e as doenças de modo geral e tem o nome de Morte. O Túmulo (Hades) que segue o cavaleiro Morte confirma a lógica da nossa interpretação. E foi dado aos cavaleiros a missão de matar muitos da terra, pela guerra, (cavalo vermelho); pela fome, (cavalo preto); pela peste, (cavalo amarelo); e pela alimárias, (cavalo branco). Esta era foi vivida nos séculos antes da vinda de Cristo, quando o homem começou a conviver com as pragas citadas, vindas, cada uma a seu tempo, de acordo com a decadência da sociedade humana. Na abertura do quinto selo, São João vê os que viveram antes da vinda de Cristo; que salvaram-se pela antiga Lei de Moisés mas que continuam no espaço aguardando o julgamento final e a ressuscitação no novo mundo. Elas reclamam a salvação e são consoladas e convidadas a aguardar algum tempo até que a humanidade tenha chance de recuperar-se com o novo pacto proposto por Jesus. Vejamos. Quinta era - a era pré-cristã (6,9-11) "E havendo aberto o quinto lacre, vi guardadas debaixo do altar as almas dos que foram mortos pela fé em Deus e por obedecerem a Lei de Moisés. E clamavam em alta voz: Quando, ó Deus, julgarás e vingarás nosso sangue dos que vivem na terra? E foi dada a cada uma das almas, vestidos longos e brancos e foi-lhes dito: Repousem mais algum tempo até que complete-se o número de seus conservos, seus irmãos em Cristo que serão martirizados como vocês foram.” Nessa visão o profeta viu o destino das almas que viveram até sua época e que foram salvas pela Lei de Moisés. Elas recebem os trajes brancos (sinal de pureza e de salvação) e são avisadas para esperar mais algum tempo até a evolução da humanidade, e muitos outros nascerão, morrerão, e ressuscitarão, com elas, no novo-mundo. Sexta era - o período da era cristã (6,12-14) "Aberto o sexto lacre vejo uma grande transformação na terra. O sol escureceu pela poluição e a terra mergulhou em sangue pelas guerras. E surgiram

  • muitos espíritos (estrelas) para habitarem na terra como figos de uma figueira balançada. E a espiritualidade retira-se como um livro que enrola-se e o mundo mergulha no materialismo. E valores morais foram removidos.” Resumidamente São João viu, simbolicamente, os acontecimentos de nossa era. Muitos serão os espíritos (estrelas) que cairão sobre a terra (viverão na carne), prevendo uma superpopulação terrena. A remoção de ilhas e montes simboliza a remoção dos valores morais que foram substituídos pelos valores materiais, pelo consumismo, etc. As alturas sempre simbolizam valores morais e o céu, evidentemente, é a mais alta das alturas. Montes, ilhas, também simbolizam valores morais, assim como o deserto significa ausência desses valores. Os capítulos finais mostram detalhes mais precisos desses eventos. Sétima era - o regime do terceiro milênio (6,15-17) "E todos os materialistas que vivem na terra tentarão proteger-se do novo regime que representa a ira de Deus e do Cordeiro. Nenhum materialista subsistirá a este regime comandado por Cristo que está sentado sobre o trono.” Visão do declínio do atual sistema e a manifestação do novo regime do terceiro milênio que virá no futuro. As nações materialistas sofrerão terríveis males e os espiritualistas as vencerão na guerra do Armagedom, conforme será comprovado posteriormente.

    VISÕES DOS SALVOS PELAS DUAS IGREJAS No sétimo capítulo do Apocalipse o profeta tem visões sobre as duas igrejas. Nessas visões São João presencia a distinção dos que salvaram-se pelo velha igreja, a hebraica, e os que vão salvar-se no regime cristão. (7,1-4) "E depois tive a visão de quatro anjos que cobrem a terra, os que têm as turbulências (ventos) finais da humanidade. Vi outro anjo subir de outra extremidade e falar: Não danifiqueis a terra e o

  • que nela existe, até que sejam assinalados em suas testas os que salvaram-se pelo antigo pacto com a igreja de Israel.” São João observa a proteção às almas que viveram e evoluíram pelo antigo pacto de Deus com os patriarcas das tribos de Israel. São marcadas em suas testas, simbolizando que estão garantidas e reservadas para a ressurreição final. Portanto, os quatro ventos só atingirão os novos viventes que ainda não evoluíram. Note também a ausência de Jesus nesse processo. Os quatro ventos na simbologia mística significam tribulações que virão no fim dos tempos aos que vivem nos quatro cantos da terra. Os que evoluíram pela igreja hebraica foram então marcados ou assinalados por não mais precisarem encarnar nesse período, retornando à vida terrena somente na ressurreição dos mortos. (7,5-8) "O anjo conta 144 mil assinalados descendentes das doze tribos de Israel (doze mil de cada tribo), da igreja hebraica, salvos pelo decálogo, os dez mandamentos da lei de Deus.” A seguir o profeta descreve os salvos pela nova igreja, a nova igreja de Cristo. (7,9-12) "Vi muitos espíritos, tantos que ninguém podia contar, de todas as nações. Estavam diante de Deus e de Cristo trajando vestidos brancos e com palmas nas mãos. E agradeciam em voz alta a Deus e a Jesus. Todos estavam ao redor do trono e prostraram-se e adoraram a Deus.” (7,13-15) "E um dos anciãos me falou: Estes espíritos vestidos de branco, quem são? Tu sabes, eu lhe respondi. Ele disse: Estes vieram da grande tribulação dos últimos tempos e branquearam suas almas no pacto com Jesus Cristo. Por isto estão salvos e Deus os cobrirá com sua proteção.” O diálogo do vidente com o ancião é bem explícito e mostra que esses são os cristãos que salvaram-se durante o regime do terceiro milênio. Vieram da grande tribulação que representa a época atual e a do terceiro milênio que está por vir. São os espíritos que serão purificados (vestes brancas) nas tribulações do presente e futuro (reencarnações várias) até alcançarem a elevação espiritual que lhes dará direito de ressuscitação na Nova

  • Jerusalém. Estes são os que serão anotados no Livro da vida do Cordeiro. (7,16-17) "Os que evoluírem no regime de Cristo nunca mais terão fome nem as amarguras da vida terrena, porque Jesus os protegerá e servirá de guia no novo regime e Deus os livrará de todos os sofrimentos. Cristo será o guia para as fontes das águas da vida.” As Fontes das Águas da Vida significam conhecimentos espirituais profundos que serão alcançados no regime espiritualista do futuro, quando então será possível a comunicação direta com os espíritos bem como será possível ressuscitá-los em seus corpos originais (avanços da biogenética, metafísica, etc.). Com esses conhecimentos os espíritos evoluídos serão ressuscitados e não mais morrerão. Isto será comprovado nos capítulos posteriores. Pelo exposto acima podemos compreender o grande projeto de Deus para com a humanidade: Deus deseja que o espírito evolua para conquistar a ressurreição no fim dos tempos. Por Sua misericórdia permite aos que crerem, uma evolução gradativa em várias vidas terrenas até atingir o ápice da espiritualidade. Para atingir este ápice espiritual é necessário que o cristão afaste-se do materialismo, liberte-se dos bens e prazeres materiais. Assim procedendo, automaticamente, entrará num estágio de espiritualização superior e obterá, com certeza, a graça da evolução permanente, até conquistar a luz. Portanto, a evolução dos que vivem dentro de um sistema de vida materialista é apenas relativa. É necessário afastar-se deste sistema e ingressar em outro que permita tal evolução. Como, no presente, não existe um sistema ideal, nos resta confiar na graça de Cristo, de reencarnar no futuro no regime do terceiro milênio quando virá para comandar a santa igreja. Por enquanto, devemos usar as sociedades religiosas existentes, as religiões cristãs, que cumprem a missão de preparar os fiéis para a volta de Jesus, proporcionando aos seus seguidores uma evolução relativa. Quanto às religiões cristãs, todas são relativamente boas, muito embora algumas usam a fé dos crentes para acumular bens materiais, ato absolutamente condenável na ideologia cristã. A

  • relativa evolução também poderá ser conquistada por aquele que, mesmo sem pertencer a qualquer sociedade religiosa, dedicar-se ao estudo místico, comportar-se com dignidade e acima de tudo, acreditar que Cristo lhe guiará nesta e nas vidas futuras, no caminho para a Nova Jerusalém. Como vimos, São João teve nos capítulos sexto e sétimo do Apocalipse, a primeira visão, uma visão geral do passado, presente e futuro da humanidade. Visões resumidas de cada era e que, justamente por isso, terão de serem revividas em novas oportunidades, atos que mostraremos nas próximas páginas.

    São João, nas profecias das primeiras quatro trombetas, retrata com fidelidade o período atual em que vivemos, o início da poluição do meio ambiente. Em nome do progresso e desenvolvimento, o homem destrói seu "habitat". As quatro primeiras trombetas representam a deterioração da Terra, o descaso com a ecologia; As árvores são destruídas e, com elas, muitos animais são mortos. Por isto o sangue derramado. São João vê um grande incêndio ou explosão no mar, tal qual as experiências atômicas hoje praticadas por vários países na conquista da tecnologia nuclear. O profeta, em sua visão, vê cair do céu algo semelhante ao absinto (planta herbácea de sabor amargo), que cai nos rios tornando as águas amargas e prejudiciais à saúde humana.

    CAPÍTULO VIII - A Poluição da Terra Abertura do Sétimo Lacre

    As Quatro Primeiras Trombetas

    A poluição do ecossistema. Neste capítulo teremos as complexas visões do profeta quanto aos acontecimentos da nossa era. Eles foram profeti