as flores do jardim de ruach kadosch - vol. 1 (lírios)

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As Flores Do Jardim de Ruach Kadosch - Vol. 1 (Lírios).

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Ruach Kadosch

Ruach Kadosch

As Flores do Jardim de Ruach Kadosch

Vol. 1 Lrios

As Flores do Jardim de

Ruach Kadosch

(Vol 1 - Lrios)

Ruach Kadosch

As Flores do Jardim de

Ruach Kadosch

Vol. 1 Lrios

Copyright by: Ruach Kadosch(Todos os direitos reservados)

Capa:

Diagramao e Reviso do Autor

Contato: Rua Joo Batista Garcia, 05 - Jdim Alto da boa Vista

Cep. 14.270-000 Santa Rosa de Viterbo/SP.

Fone: (0XX16) 654-1994

E-mail: [email protected] homenagem sincera

a todos aqueles que conseguiram cultivar

o Jardim da Vida na intimidade de

seus prprios coraes.

A febre que parece dominar os habitantes dos pases adeptos do chamado capitalismo selvagem, notadamente os do Ocidente, parece fazer com que suas vtimas, vidas por mais ter e mais possuir, ignorem completamente a Realidade nica de que nascemos, vivemos e crescemos em Deus, pois somos Obras de Seu Hlito Divino.

1O MERGULHO NTIMOH exatos dois mil anos, pela contagem oficial, debrua-se o mundo ocidental sobre as pginas dos evangelhos que narram a histria de Jesus de Nazar, tentando inspirar-se nos seus ensinamentos a fim de estabelecer uma sociedade mais justa e pacfica; entretanto, apesar de todos os esforos, persistem guerras e conflitos, tais como um cncer social de difcil tratamento. Acreditamos que o sucesso no estabelecimento de uma sociedade realmente crist reside na reforma interior de cada indivduo e na adaptao dos ensinamentos morais de Jesus sua prpria existncia: ao longo dos sculos, temos empregado o nosso tempo na converso dos outros e sendo demasiadamente tolerantes com os nossos prprios deslizes.

Enquanto o Oriente ensina nas suas doutrinas o desapego dos bens materiais e o respeito a todas as formas de vida, o Ocidente caminha a passos largos ao encontro do consumismo extremado que animaliza os instintos e banaliza os valores morais, criando competies absurdas onde o ter se torna mais importante que o ser. E os vendilhes do Templo continuam vendendo as coisas santas e aumentando sempre mais o seu poder temporal: pobres cegos que guiam outros cegos. Jesus ensinou o no julgueis, mas nunca foi conivente com a hipocrisia religiosa.

Mas sempre resta uma esperana! Nos prticos deste Terceiro Milnio reflitamos melhor nos ensinamentos dAquele que se apresentou como sendo o caminho, a verdade e a vida, e, tal como ensinou o Batista, mergulhemos para dentro de ns mesmos e procuremos Aquele que habita dentro de ns, deu-nos origem e sustenta-nos a existncia em Si, e digamos para ns mesmos: convm que Ele cresa, e que eu diminua. Se isto no mudar a sociedade em que vivemos, pelo menos uma coisa certa: ns teremos mudado, e para muito melhor!

Somente assim a Divina Presena poder brilhar no corao de todos os homens e mulheres de boa vontade!!!

2A LEI MGNA

inegvel que a mensagem transcrita nos evangelhos tem o poder de mudar a sociedade em que vivemos, pacificando os coraes belicosos e injetando nas personalidades egostas um novo ideal de paz, amor e transformao moral.

E no nenhuma utopia acreditarmos que, se resolvermos realmente seguir Jesus, dentro de pouco tempo no precisaremos mais gastar dinheiro com segurana, planos de sade ou educao: pois em uma sociedade verdadeiramente crist esses direitos do cidado so respeitados e os rgos responsveis pelo funcionamento desses direitos bsicos agem com rapidez e eficincia.

Mas, para que a sociedade realmente mude imprescindvel que cada uma de suas clulas mude tambm, e radicalmente, pois a sociedade, como um todo, nada mais do que o reflexo de cada um de seus cidados.

E para melhorarmos a nossa prpria existncia e a existncia de todos os seres (racionais ou no) que habitam na Terra, teoricamente muito fcil. Basta que coloquemos em prtica aquilo que determinado homem nos sugeriu h 2.000 anos atrs: que amemo-nos uns aos outros e que faamos aos outros apenas aquilo que gostaramos que os outros nos fizessem.

Difcil? Talvez seja mais fcil do que imaginamos. Vamos comear agora?

Toda caminhada, por mais longa que se afigure, s comea realmente depois de dado o primeiro passo. Aps o primeiro passo, e a cada passo dado, o destino a que nos propusemos vai ficando cada vez mais prximo.

assim que se pode mudar a dura realidade da vida atual: praticando-se a lei da fraternidade universal que tem por base o amor ao prximo como a si mesmo. Mas... e o amor a Deus sobre todas as coisas, como que fica? Isto, na verdade, apenas redundncia, pois no existe outra maneira de se amar a Deus seno esta: amando ao nosso prximo como a ns mesmos. Isto pode mudar qualquer sociedade que no se afine com os ensinamentos de Cristo.

3A Prtica CristPara vivermos os ensinamentos de Jesus no necesrio (e nem recomendvel) que nos afastemos do mundo e nos isolemos na secura de algum deserto ou na gelidez do cume de alguma montanha pois justamente no mundo, na vida em sociedade, no difcil convvio dirio com pessoas das mais diferentes procedncias e opinies, que devemos praticar o que Jesus nos ensinou.

Da mesma forma, vivendo no mundo e seguindo Jesus, devemos fugir da secura do intelectualismo e da gelidez do raciocnio lgico que muitas vezes, desviando-se de sua verdadeira finalidade, investe-se da falsa funo de julgar e condenar os semelhantes naquilo que no os possa compreender. Deserto e cume de montanha tambm podem ser oficinas de servio cristo, mas secura e gelidez jamais encontraro guarida no corao de um discpulo do Evangelho que seja, no mnimo, sincero.

Em verdade, intelectualismo e raciocnio lgico ajudam, mas no so essenciais para seguir Jesus. O importante mesmo (e essencial sob todos os prismas) fazer tudo aquilo que Ele nos ensinou e que pode ser resumido na seguinte frase: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo (de qualquer procedncia) como a si mesmo; o que fugir disso no importante e pode at mesmo ser prejudicial...

Foi o prprio Jesus quem afirmou que no ensinamento acima transcrito est contida toda a Lei (dada por Moiss e contida nos 5 primeiros livros da Bblia) e os profetas (que escreveram os demais livros que compem a Bblia). Portanto, qualquer coisa que esteja escrita na Bblia que no se afinar com os ensinamentos de Jesus deve ser ignorada, porque, ou se trata de enxerto de maus religiosos que adulteraram os textos sagrados, equvocos de tradutores que nem sempre esto afinados com a mensagem messinica, ou de m inteno mesmo por parte de pessoas que, em todos os tempos, tentaram manipular os ensinamentos divinos...

Portanto, para seguirmos Jesus, basta sermos sinceros e coerentes no amor, tanto a Deus como ao prximo.

4

A PREGAO CRIST

Parece incrvel... mas a verdade que, se houve um grande engano por parte dos homens que h 2.000 anos no aceitaram Jesus como o Messias e Salvador da Humanidade, e o pregaram na cruz da ignomnia, no menos enganados esto os homens da humanidade atual que edificaram uma sociedade calcada no egosmo do capitalismo selvagem e na frieza das relaes pessoais, frvolas e materialistas, e, o que pior... se dizem Cristos!

Pregaram Jesus h 2.000 anos! E, tal qual uma doena cruel e persistente, continuaram a preg-Lo, sculo aps sculo, e ainda hoje o pregam... E o pregamos cotidianamente, dia aps dia, minuto aps minuto... Voc j pregou Jesus hoje?

O pregamos at mesmo quando o pregamos. Sim, at mesmo quando pregamos os Seus ensinamentos, no raras vezes, o estamos pregando na cruz da traio, da infidelidade, das segundas intenes, do desrespeito, do preconceito, da perseguio religiosa, da animosidade, da mentira, do racismo, da falta de tica, dos interesses inconfessveis e escusos, do desespero, da inconsolao, do orgulho, da vaidade, do egosmo, da condenao, do julgamento promscuo, etc, etc, etc. Voc j pregou Jesus hoje?

O que foi que Ele ensinou?

O amor a Deus sobre todas as coisas, alertando que Deus habita dentro de cada um de ns (Divina Presena Em Ns); portanto, quem odeia algum, odeia a Deus, que habita tambm neste algum.

Ensinou tambm o amor ao prximo como a ns mesmos, o perdo das ofensas, o amor aos inimigos, a orar pelos que nos perseguem e caluniam, a carregar a cada dia a nossa cruz sem reclamar e sem exigir de Deus ou de quem quer quer seja uma situao mais confortvel diante da vida, pois o Pai conhece as necessidades de Seus filhos antes mesmo que estes lhe peam algo...

E o que temos feito desses ensinamentos? Tais quais os Apstolos Pedros de todas as pocas o temos negado, e negado, e negado... E tais quais os Judas Iscariotes de todos os tempos, o temos trado, e trado, e trado...

E voc? J negou ou traiu Jesus hoje?

5Na Hora do TestemunhoParece fcil ser cristo, mas no ! Pode ser fcil dizer-se cristo, mas seguir os ensinamentos do Cristo um desafio que devemos enfrentar todos os dias.

Ser que ns somos cristos? D uma olhada em sua prpria vida antes de responder a esta indagao. Analise sinceramente seus pensamentos, palavras e aes, confronte-os com os ensinamentos de Jesus e responda: Voc pode afirmar sem sombra de dvida que cristo?

Meditemos em nossa vida diria: Temos inimigos? Se os temos, os amamos ou odiamos? E quando sofremos calnias ou perseguies de pessoas frvolas, levianas, ou mal intencionadas? Oramos por elas ou guardamos mgoa em nossos coraes e desejo de vingana?

E quando nos ferem numa face, oferecemos, humildemente, a outra face? Ou achamos que isso covardia, uma atitude indgna de ser tomada por algum da nossa importncia, principalmente quando estamos com a razo?

E quando somos acometidos por alguma enfermidade, ou quando pessoas de nossa famlia ficam doentes e somos obrigados a cuidar delas, ou ainda quando parentes prximos (pais, filhos, cnjuges, irmos) caem presa de vcios e paixes ou desequilbrios mentais que lhes transtornam a vida causando-nos sofrimentos acerbos e levando-nos a testemunhos cristos, como reagimos? Com pacincia e f em Deus pedindo foras para suportar cristmente nossa cruz, com humildade e tolerncia, exemplificando os ensinamentos de Jesus? Ou nos entregamos ao desespero e nos revoltamos e procuramos abandonar a nossa cruz com promessas e pretensas ofertas a Deus para vermo-nos livres do testemunho a ns confiado, numa evidente tentativa de barganha e suborno para com Aquele que conhece nossas necessidades antes mesmo de Lhe pedirmos qualquer coisa?

Reflitamos sinceramente no comportamento que temos tido e respondamos com convico: Temos sido realmente cristos?

Que a Divina Presena, que habita dentro do seu corao lhe ajude a encontrar a resposta a esta pergunta!

6

Conhecereis a VerdadeA vida na terra muito difcil para aqueles que tm o compromisso de testemunhar os ensinamentos que recebeu de seu Mestre!

Cada dia se constitui num novo desafio e, se sucumbimos hoje, resta-nos a esperana de sairmo-nos melhor amanh.

O prprio Cristo (a Divina Presena Presena Em Ns) j dizia, pela boca de Jesus, por muitos considerado o mdium de Deus, que o esprito est pronto, porm a carne fraca; a carne fraca influncia dos instintos grosseiros, das paixes animalescas, dos vcios degradantes que aprisionam o esprito e impe-lhe um modo de vida frustrante para quem anseia pela libertao da escravido da matria.

verdade que, se somos sensveis s tentaes da carne porque abrigamos em ns tendncias inferiores e, embora ansiemos pela libertao, ainda nos deleitamos com os prazeres da carne.

E a libertao no vir sem luta e sacrifcios!

E toda luta (e esta no exceo!) sangrenta e dolorosa!

Mas, se seguirmos com fidelidade o roteiro de combate, atentos a todas as estratgias que o nosso comandante (interno) nos traou, evidente que sairemos vencedores desta batalha.

E o roteiro de luz est grafado no Evangelho de Amor, que um Plano Divino para a libertao de todos aqueles que se sentem cansados e sobrecarregados pelo jugo da matria e suas conseqentes viciaes e que anseiam por um modelo superior de existncia.

- Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertar, disse Jesus.

Conhecer a Verdade significa compreender os Seus ensinamentos em seus aspectos mais profundos e, principalmente, pratic-los. Voc consegue? No custa nada tentar, no mesmo? Boa sorte!

7

E a Verdade Vos Libertar!

Alguns, sob o pretexto de estarem seguindo a Jesus, apresentam-se tristes, desfigurados, e at irritados... Tal e qual os antigos fariseus, entregam-se a jejuns prolongados, a oraes infindveis e viglias extenuantes. Ser isto que nos ensinou o Mestre dos mestres?...

Somos da opinio que a verdadeira religio a Religio do ntimo, isto , a religao, num primeiro momento, do esprito reencarnado ou personalidade com o Esprito reencarnante, eterno e imortal, e, num segundo momento, aps esta religao (verdadeiro sentido da palavra religio), a Unio do Esprito com a sua essncia Divina, a Centelha ou Divina Presena, que habita em nosso ntimo e nos sustenta a existncia; a esta Centelha que Jesus chamava de Pai. O Esprito assim reunido sua Centelha (Eu e o Pai somos Um -Jesus) chamado Individualidade. A personalidade reencarnada, quando distanciada dos verdadeiros objetivos do Esprito, chamada de antagonista (verdadeiro sentido da palavra Satans); por isso Joo Batista pregava:

- Convm que Ele (o Esprito, a Individualidade unida a Deus-ntimo simbolizada por Jesus) cresa e que eu (a personalidade reencarnada, o ego) diminua.

O intelecto dirige a personalidade ou esprito, a mente guia o Esprito e a conscincia (porque Deus a Conscincia Csmica Universal) o atributo mximo e Divino da Centelha. Portanto, o homem que j se libertou da influncia materialista do intelecto e do conseqente orgulho da personalidade e voltou-se para o seu interior, onde habita a Divina Presena (geograficamente o reino dos Cus ou reino de Deus) aquele que, literalmente, segue Jesus (simbolizado pelo Esprito unido Centelha, a Individualidade, dois que se fazem Um) e este, por mais que sofra, no triste; pelo contrrio, alegre, destemido e feliz em todas as circunstncias e ocasies: seu jejum de sentimentos vulgares e suas oraes infindveis so os sucessivos xtases daquele que se sente na Presena de Deus.

Os que pretendem seguir Jesus sem se desfazer de seus ttulos, honras e glrias mundanas s encontram a tristeza, o desalento e a irritao: quando de depararem com o Cristo que verdadeiramente habita em seu ntimo sero, finalmente, inconfundivelmente felizes!

8Dizendo-se Cristo

Tudo na vida exige tica: tica na poltica, tica na cincia, tica na educao, tica na filosofia, tica na moral e na religio, etc.

A tica do cristo ficou muito bem definida por Jesus, quando disse:

- Seja o vosso sim, sim; o vosso no, no.

Porm, quantos cristos, de todos os que h no mundo, seguem esta tica? Dados oficiais de conceituados institutos de pesquisa informam que 1/3 da populao mundial composta por cristos; isto significa que nada menos que 2 bilhes de criaturas humanas de todas as regies do planeta reclamam para si o ttulo de seguidores de Jesus. Mas, na prtica, ser que isto assim mesmo? Parece que no! Para que serve a teoria sem a prtica, ento?

Pases que se dizem cristos, liderados por homens que se dizem cristos, exploram e dominam os mais fracos negando-lhes at mesmo o direito uma vida com um mnimo de dignidade.

Cidados que se dizem cristos a todo momento se armam com revlveres e bombas no intuito muitas vezes intil de garantir os seus direitos de cidados (cristos?).

Pessoas que se dizem crists a cada instante recorrem astcia nada crist para enganar, explorar, privar, roubar e (pasmem!) at mesmo matar (ainda que homeopaticamente), a fim de garantir um certo padro de vida que lhes permita continuar insensveis ao sofrimento da multido a quem, incansavelmente, Jesus serviu e imolou-Se.

Milhes de pessoas em todo o mundo (ou seriam bilhes?) apenas se dizem crists, por isso o planeta Terra continua assim... Nada cristo!!!

E voc, tambm se diz cristo?

Se tivssemos, realmente, um tero de cristos verdadeiros, poderamos modificar a face social, poltica, econmica e monetria deste mundo e a, quem sabe?... O sacrifcio de Jesus teria valido a pena!

E por falar nisso, o testemunho no Mestre valeu a pena para voc?

9MergulhoVoc j mergulhou nas guas de uma piscina, de um rio, ou mesmo de um mar ou oceano? Sentiu as guas envolvendo todo o teu corpo por fora e por dentro? Voc j bebeu da gua em que estava mergulhado, seja ela doce (piscina, rio) ou salgada (mar, oceano)?

Da mesma forma, agora, voltamos a perguntar: Voc j bebeu da gua da religio em que est mergulhado? Sentiu as guas envolvendo todo o teu corpo por fora e por dentro? E quando estava mergulhado nesta gua, sentiu ser ela doce ou salgada?

A palavra mergulho tem o mesmo significado da palavra batismo e a palavra religio (do latim religare) tem o mesmo sentido da palavra religao (de algo que no incio era ligado) do homem sua essncia Divina (Alento ou Divina Presena Em Ns).

Pois bem! Quantas pessoas permanecem durante dcadas numa mesma religio e, no obstante, no se religam sua essncia Divina! Cumprem as formalidades dos rituais exteriores, mas no absorvem por dentro os seus ensinamentos e, portanto, no logram bom xito no ideal de religao (religio) a que se propuseram: e continuam vivendo e se servindo do mundo (leia-se interesses materiais) adulterando, corrompendo, subornando, praticando atos inconfessveis a fim de preservar os seus interesses e no ficarem expostos a prejuzos, principalmente prejuzos financeiros.

Mergulharam, mas no deixaram que as guas (ensinamentos) de sua religio (processo de religao) os molhassem por dentro e continuaram, no dizer de Jesus, servindo a dois senhores: a Deus e s riquezas.

O batismo (ou mergulho) proposto por Joo Batista no era um simples batismo de arrependimento que, a priori, no obriga a ningum a mofificar-se interiormente; muito pelo contrrio, era um batismo de reforma mental, de mudana de atitude diante da vida, de revoluo e renovao moral. E, neste contexto, as guas do rio Jordo apenas faziam parte de um ritual exterior com uma forte proposta de renovao interior que o que realmente importa... Mas, a esta, quantos querem se submeter?

10

Os discpulos sincerosEm vrios passos evanglicos encontramos advertncias, atribudas pelos evangelistas a Jesus, quanto importncia de sermos ticos e verdadeiros em tudo aquilo que pensamos, sentimos, falamos ou fazemos.

Jesus chamava de tmulos caiados por fora, mas por dentro cheios de podrido aos que aparentavam ser o que no eram, como por exemplo os fariseus que, segundo Jesus, colocavam fardos (obrigaes religiosas) impossveis de carregar nas costas de seus seguidores, fardos estes que eles nem com um dedo se predispunham a carregar. No poucas vezes advertiu seus discpulos quanto ao perigo do fermento dos fariseus, que Ele considerava falsos, hipcritas, mentirosos e, portanto, anti-ticos. A prpria palavra ator vem de representar, parecer ser, em suma, o que no se ...

Entre os discpulos de Jesus no deveria haver mentirosos, mas no o que se verifica... Infelizmente, existem aqueles que trocaram o reino dos cus pelo reino da terra e tudo fazem para melhorar sua posio material no mundo; tal e qual os antigos saduceus, parecem no crer na ressurreio do esprito...

Existem tambm aqueles que se fazem de bonzinhos mas que so como aves de rapina (no dizer de Jesus), que se aproximam das vivas com a desculpa de consol-las mas que, na verdade, o que pretendem mesmo roub-las...

H tambm os que se fingem de convertidos para atrair multides e corromp-las... Mas, entre todos estes, esto tambm os discpulos sinceros do Mestre; porm, estes no reclamam para si nem herana prematura e nem mesmo uma participao indevida entre os que venceram a si mesmos e que so, portanto, dgnos de viverem na Sua Presena!

Estes, os discpulos sinceros, quase nunca so vistos em manifestaes pblicas de amor e louvor a Deus porque esto sempre muito ocupados amparando e consolando os sofredores, os verdadeiros irmos de Jesus, pois esta a maneira mais tica e verdadeira de segui-Lo, porque impossvel (no dizer do Apstolo Joo) amar a Deus desprezando o prximo, seja ele partidrio ou inimigo de sua f.

Voc tambm faz assim? Ento posso dizer que voc um discpulo fiel do Mestre Jesus!

11

O Deus de dentro e de foraExistem pessoas que se acreditam esquecidas por Deus. No se deram conta de que Deus existe dentro delas prprias e crem-No afastado, distante, impassvel e esquecido de Sua criao... Essas pobres criaturas sofredoras no se deram conta ainda de que nada, mas nada mesmo, pode existir apartado de Deus.

Deus existe na minscula clula animal, no quase imperceptvel tomo mineral, na mais nfima partcula da espcie vegetal, no ar, nos gases, nas ondas magnticas, na eletricidade, na intimidade de cada um dos elementos qumicos, etc., etc., etc., inclusive no fluido csmico universal, na poeira das estrelas e na mais insondvel vastido do Infinito; e, como o que h embaixo como o que h em cima (Hermes Trimegistos), Deus existe tambm nas menores partculas de nosso corpo fsico, de nosso corpo espiritual, e de nosso Esprito-Essncia: nas menores tanto quanto nas maiores!

Sim! Deus existe em cada uma dessas coisas e em todas as outras que eu no citei, porque fora de Deus (e de Sua atuao) nada existe!

A felicidade verdadeira e duradoura est em percebermos isto: Fora de Deus nada existe! Portanto, como ensinou Jesus, Deus est tambm dentro de ns!

Embora Deus esteja em tudo, tudo no Deus; pois somos Suas criaturas e somos sustentadas pelo Seu Amor. Ento, poderia algum argumentar, o Amor de Deus que est em tudo e no Deus! Mas, a Grande Verdade, meu amigo, que Deus Amor e se o Amor de Deus permeia e sustenta a Vida (existncia) do Universo fazendo-se presente em tudo o que existe, podemos afirmar, sem medo de errar, que Deus est em toda parte, presente no ntimo mais ntimo de todas as Suas criaturas.

Recorramos, para exemplificar, aos raios do Sol (como o Amor um Raio de Deus): cada raio do Sol tem em si, em forma latente, todas as qualidades do prprio Astro-Rei, porm, se juntarmos todos os seus raios no teremos o Sol, que transcende seus prprios raios gerados sua prpria imagem e semelhana. Assim tambm Deus, o Imanifestado, presente em toda forma manifestada de Si mesmo.

Voc j experimentou a felicidade de viver isto?

12A queda do homem e outros smbolosVemos, na Bblia, como se deu a queda do homem. No simbolismo bblico esta queda relatada em uma parbola: A desobedincia de Ado e Eva.

Antes de pecarem estavam vivos ( A Vida era a Luz dos homens -Jo. 1:14) e viviam no Paraso, ou seja, na Presena de Deus Em Si (Divina Presena!). Aps o simblico pecado eles morreram, perderam a conscincia da Luz que havia neles e, por isso, foram expulsos (ou, expulsaram-se a si prprios) da Presena de Deus ou Paraso.

Mas, como se deu esta queda? Prestemos ateno em alguns smbolos importantes para a compreenso desta parbola: a serpente simboliza satans que significa, literalmente, antagonista. Vejamos bem, Moiss, o autor deste livro bblico, cujo sogro (Jetro) foi um importante sacerdote egpcio, conforme relato da prpria Bblia, no diz neste livro intitulado Gnesis que a serpente e satans so a mesma pessoa ou smbolo; de fato, isto s revelado no Livro de J, captulo I, e no Apocalipse (Revelao) de Joo. Mas a verdade que a serpente e satans so uma referncia astcia ladina da personalidade, a verdadeira antagonista que, quando enceguecida pela iluso da matria, cria obstculos evoluo do esprito para Deus.

O Paraso figurado na presena ativa (Divina Presena!) de Deus em Ado e Eva, ou seja, a Sua criao; a expulso (perda da condio anterior) do Paraso simbolizada por uma simples desobedincia, ou seja, descumprimento da Vontade de Deus (Meu alimento fazer a Vontade de meu Pai -Jesus); a morte (Se comeres do fruto desta rvore, morrereis -Gn. 3:3) de Ado e Eva foi apenas a perda de sintonia interna com Deus (O reino de Deus est dentro de vs -Jesus), a transformao da presena ativa na presena passiva da Divindade na conduo (Faa-se a Sua Vontade e no a minha -Jesus) daquele esprito. Portanto, Ado e Eva morreram apenas no sentido da perda da conscincia de Deus-Em-Si (Deixai aos mortos o dever de enterrar os seus mortos -Jesus) pois Ado viveu centenas de anos no corpo fsico aps este episdio (segundo a Bblia, morreu com 930 anos).

E quanto a ns, quem dirige nossas vidas (existncias)? Satans (a personalidade) ou Deus (a Divina Presena Em Ns)?

13Seguir JesusTodos ns, ao longo de todos os anos de nossa vida, consciente ou inconscientemente, estamos seguindo Jesus.

Apesar de muitos tropeos, muitos desenganos, apesar de muitas vezes nos deixarmos enganar pelo brilho faustoso das iluses do caminho, sempre que retrocedemos nossa razo, voltamos a encetar aquele objetivo original: seguir Jesus.Em nossa caminhada, muitas vezes temos notcias de pessoas que esto bem nossa frente neste caminho, inmeras outras caminham conosco, e muitos milhares ainda se encontram em nossa retaguarda: quanto aos que esto nossa frente, podemos, para nos auxiliar em nossa caminhada, seguir-lhes o exemplo; quanto queles que esto caminhando conosco, podemos oferecer-lhes, para auxili-los em sua caminhada, a nossa boa vontade, a nossa fraternidade sem-limites, a nossa cooperao de todos os minutos; e quanto queles que esto nossa retaguarda, temos a obrigao crist de estender-lhes a mo.

Seguir o Cristo no prova esportiva de olimpada ou competio vulgar, seguir o Cristo dever moral de todos os cristos. Aquele que tem a soberba iluso de l chegar primeiro ou antes dos seus companheiros de caminhada, est tristemente enganado quanto natureza e objetivos dos ensinamentos do Mestre que ele procura. Jesus nos ensinou a fraternidade maior do amor ao prximo como a ns mesmos e do amor a Deus sobre todas as coisas; Joo, o evangelista, nos alertou que impossvel amar a Deus sem amar ao nosso prximo; Francisco de Assis ratificou essa expresso, dizendo:

- dando que se recebe.

Portanto, ns, que nada temos de ns mesmos, pois tudo recebemos de Deus, at mesmo nossas vidas (existncias), somos canais da Fora Maior que o Senhor, o Criador de Todas as Coisas, nos outorgou.

Procuremos auxiliar a ns mesmos descobrindo Deus em nosso interior e, posteriormente, auxiliar nossos irmos de jornada evolutiva a descobrirem-No tambm onde Ele existe e sempre esteve, esperando por Suas criaturas, ou seja, dentro deles prprios.

esta a verdadeira tarefa e misso que compete a cada um de ns vivenciar e executar.

14Colaborando com Deus

Podemos auxiliar essas imensas legies de criatuars que procuram, vida e inconscientemente, o Mestre, trazendo-as at ns atravs de demonstraes sinceras e inequvocas de amor ao prximo... No incutindo-lhes a nossa filosofia particular, enfiando-lhes garganta abaixo os nossos dgmas ou obrigando-os a aceitar os nossos princpios de f: demonstraremos sinceramente o nosso amor quando formos capazes de am-los incondicionalmente, sem nada esperar em pagamento. Nesta situao, at mesmo e principalmente quando o nosso irmo possui crenas divergentes da nossa, pontos de vista conflitantes com os nossos, seremos capazes de am-lo, de exemplificarmos o amor que sentimos por ele, no por suas crenas, no pelos seus pontos de vista ou pelos seus atos exteriores, isto , no pela casca que ele apresenta, mas pelo contedo divino, pelo fruto que est dentro da casca, pela essncia, pelo esprito que foi criado por Deus e que nosso irmo.

Assim, estejamos sempre prontos a dar o nosso testemunho de amor ao Senhor seguindo-O como faziam, h dois mil anos atrs, as multides da Galilia, de Decpolis, de Jerusalm, da Judia e dalm do Jordo. E assim, seguindo-O, estaremos praticando os ensinamentos que Ele nos ofertou, testemunhando a todo instante que somos Seus discpulos atravs das muitas provas que somos capazes de oferecer a cada momento, isto , amando a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a ns mesmos.

Jesus, pois, como Ele mesmo ensinou, o Caminho, a Verdade e a Vida: sigamo-Lo ainda hoje e para sempre, se quisermos chegar a algum lugar!... Sim! Jesus, o porta-voz do cristo Interno que em todos ns habita traou-nos o roteiro, o Caminho que conduz Verdade que leva a Deus... J reparou que Jesus no se dedicava a rituais ou cultos exteriores? Mesmo sendo judeu e participando ativamente da religio de seus pais desde o Seu nascimento at a morte, e mesmo sendo a religio judaica essencialmente ritualista, Jesus se dedicava ao culto interno ao Deus-ntimo com Suas constantes oraes, Sua unio com Deus-Em-Si.

Quem quiser seguir Jesus, dever imit-Lo tambm nisto...!

15Seguindo Deus-Em-SiSeguindo os ensinamentos que Jesus nos ofertou estaremos seguindo os ensinamentos dAquele com o qual Ele Uno, a Divina Presena, a Centelha Divina, o Deus Interno (Entheos), o Cristo ntimo que habita em Jesus tanto quanto habita em cada um de ns, do qual Jesus se fez porta voz excelente pela sua pureza e evoluo espiritual; por isto que o Mestre afirmou em certa oportunidade que poderamos fazer tudo o que Ele fazia e ainda mais; porque na mesma medida que Ele possui o Cristo ntimo dentro de Si ns o possumos tambm. Porm, para realizarmos tudo o que o nosso Mestre realizou e ainda realiza nos planos sutis da Espiritualidade Superior, necessrio nos vestirmos com a tnica branca da pureza e da perfeio espiritual, a mesma tnica alvssima que Jesus envergou e ainda enverga e que Lhe possibilitou ser o porta-voz ou mdium (intermedirio/canal) de Deus para todos aqueles que O amam e que O buscam dentro e fora de si.

esta Divina Presena ou Cristo Interno, o terceiro aspcto da Divindade em Sua manifestao no universo criado, o Filho Unignito do Pai (Verbo ou Vibrao Original do Amor de Deus) que habita no corao de cada um de ns! E esta Divina Presena habitava tambm em Jesus e dEla que o homem Jesus se fez canal fiel e amantssimo entregando-se at mesmo ao Supremo Testemunho para atestar a Sua fidelidade ao Pai onde seu esprito foi gerado.

Importa que todos ns voltemos a nossa ateno ao nosso ntimo, ao compartimento mais sagrado de ns mesmos, ao jardim florido e perfumado onde as mais belas flores brotadas do Amor de Deus-Em-Ns exalam o delicioso perfume da pureza e perfeio espiritual... Nesse den Interno habita Deus eternamente em nossa presena. Para que possamos Ter conscincia de que Deus habita dentro de ns, nesta cmara sagrada de nossos coraes, a maior felicidade a que uma criatura pode almejar; este tambm o maior e mais perfeito alimento que fortalece nossa sade espiritual e ilumina nossa existncia no mundo.

16

Trajetria

Milhares de criaturas da Terra, ainda hoje em dia acreditam que Jesus tenha sido derrotado por aqueles que O crucificaram h dois mil anos. No conseguiram compreender que o grande ensinamento do Mestre de nos vencermos a ns mesmos (nossa personalidade), o nosso egosmo, o nosso orgulho, a nossa vaidade, todo sentimento de supremacia sobre nossos irmos; porque somente em nos transformando em servidores de todos que conseguiremos conquistar, dentro de ns mesmos, o reino dos cus: o caminho o amor incondicional a todos os seres vivos da natureza, inclusive os nossos inimigos, aqueles que nos ofendem, que nos caluniam, que nos perseguem, e que no so capazes de nos compreender; porque somente dando o nosso testemunho pessoal, amando a essas criaturas verdadeiramente, que estaremos dando provas irrefutveis que somos seguidores do Mestre.

Na sua trajetria de luz sobre a Terra o Mestre no apenas ensinou com palavras, que posteriormente foram transcritas nos evangelhos que narram os Seus feitos, mas, principalmente, ensinou-nos com o Seu exemplo: desde a transformao da gua em vinho, nas bodas de Can, passando pelo atendimento fraterno na cura aos sofredores de todos os matizes, pela multiplicao do po material que saciou a fome de milhares de pessoas, at as diretrizes imorredouras do Sermo da Montanha, e culminando com o grande exemplo de resignao diante da Vontade de Deus, entregando-Se sem revolta, sem acusaes, sem repreenses, sem admoestaes, aos verdugos que, no contentando em faz-Lo prisioneiro de sua ambio e poder temporal, O pregaram na cruz.

Sua trajetria foi sempre a do amor sem-limites, a Deus e ao prximo, exemplo que todos ns devemos seguir se quisermos, realmente, ser salvos. Mas, salvos de que? Salvos da ambio que corri os nossos mais nobres sentimentos; salvos do egosmo que nos transforma em tiranos de todos aqueles que nos amam e aos quais mais amamos; salvos do orgulho que nos torna cegos, surdos e mudos diante da realidade espiritual em que verdadeiramente estamos situados... Enfim, salvos de ns mesmos!

17Subindo o Monte

Podemos dizer que Jesus, em Sua trajetria terrestre, desde o Seu nascimento numa estrebaria de Belm, atravs de Suas pregaes e exemplificaes, foi escalando uma montanha de luz, distanciando-Se, portanto, da maioria das criaturas que se mantinham embaixo, vibratoriamente falando, dominadas pelos instintos animalescos, pelas disputas vs, pelo dio e pela sede de vingana. E todos ns que acreditamos nas Suas palavras e na Sua exemplificao, procuramos aproximarmo-nos dEle, escalando essa imensa montanha que Ele venceu com suor de sangue e com o testemunho de um verdadeiro Filho de Deus.

Para seguirmos o Mestre, porm, no basta trancarmo-nos em nosso quarto, ajoelharmo-nos sobre gros de milho e rezar o dia todo... necessrio, principalmente, que perdoemos os nossos inimigos, que ofereamos a outra face quando nos agridem em uma, e que auxiliemos nossos irmos, ainda envoltos nas trevas do egosmo, em suas necessidades espirituais. E quando orarmos, devemos orar por aqueles que nos perseguem e caluniam, e se alguma coisa pedirmos para ns mesmos, dever ser muita fora moral e espiritual para conseguirmos dar um testemunho, seno semelhante ao que o Mestre deu, pelo menos o testemunho que est ao nosso alcance na medida de nossas foras ntimas.

Ningum poder aproximar-se de Jesus farto de todas as emoes egostas dos instintos fsicos, nem mesmo com o estmago estufado de saciedade diante de tantos famintos, e muito menos ainda reconhecido e aplaudido pelo mundo, quando o nosso prprio Mestre foi vaiado, cuspido, aoitado e crucificado.

Quer aproximar-se do Mestre tambm? Pois suba a Montanha de Luz que Ele subiu e exemplifique a Doutrina que Ele pregou.

No obstante haver subido a um monte (de pedras), Jesus jamais se distanciou fisicamente das multides. Observando-lhes a necessidade de auxlio e amparo, traou-lhes o roteiro mais luminoso e belo que o mundo tem notcia: o Sermo da Montanha!

18

Roteiro

Jesus traou o roteiro e advertiu:

-O reino de Deus est dentro de vs, cabe a cada um de ns encontr-Lo.

Mas... o que o reino de Deus? Reino o lugar onde habita o rei. E quem o rei? O rei que habita no reino sagrado de nossos coraes Deus!

O Sermo da Montanha ainda hoje aplaudido at mesmo pelas religies no-crists, que reconhecem nele o roteiro de luz capaz de iluminar e converter os coraes mais endurecidos. E ns, que nos dizemos cristos, temos alguma vez parado para ouvir os ensinamentos que saem da boca do Mestre? Eis que o Mestre est sobre o Monte a traar o roteiro que devemos seguir:

- Felizes os mendigos do Esprito, porque deles o reino dos cus; felizes os que choram, porque sero consolados; felizes os mansos, porque eles herdaro a Terra; felizes os famintos e sequiosos de perfeio, porque eles sero satisfeitos; felizes os misericordiosos, porque eles obtero misericrdia, felizes os limpos de corao, porque eles vero a Deus; felizes os pacificadores, porque eles sero chamados Filhos de Deus. Felizes os que forem perseguidos por causa da perfeio, porque deles o reino dos cus. Felizes sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vs por minha causa; alegrai-vos e exultai, porque grande vosso prmio nos cus, pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vs.

Vs sois o sal da Terra. Se o sal se tiver tornado inspido, como se poder restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, seno para ser jogado fora e pisado pelos homens.

Vs sois a luz do mundo. No se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; e ningum acende uma vela e a coloca debaixo de um balde, mas no castial; e assim ilumina a todos os que esto na casa.

De tal modo brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que est nos cus Mt. 5:3-16.

19Fazendo como Ele fez

Do alto do monte, o Senhor traou programas de fraternidade sem-limites, de auxlio mtuo desinteressado, de amor sem exigncias, de cooperao sem censuras, e de perdo sem humilhao aos fracos que ainda se deixam envolver pelos nevoeiros do erro. Os que ali estavam presentes jamais esqueceram as Suas mensagens; Seus seguidores se transformaram em grandes benfeitores do povo e jamais se enclausuraram em suas virtudes para defenderem-se das paixes violentas da multido; pelo contrrio, misturaram-se massa, tal como o seu Mestre, e fazendo-lhes todo o possvel ao seu alcance, ofereceu-lhes exemplos de edificao espiritual, de educao moral e de trabalho nobilitante.

Depois de ouvirmos os ensinamentos do Mestre no Monte, perguntemo-nos se temos praticado o que Ele nos ensinou. Temos dado ateno aos mendigos do Esprito, lembrando-nos de que deles o reino dos cus e esforando-nos para sermos como eles? Temos procurado socorrer e consolar aos que choram, lembrando-nos de que Jesus classificou-os como felizes?

Segundo o dicionrio, manso significa de gnio brando ou ndole pacfica; bondoso; pacato; sereno; sossegado; tranqilo; quieto; domesticado. Ser que temos procurado nos comportar dessa maneira em todas as situaes da vida? Jesus nos asseverou que os mansos herdaro a Terra...

E quanto aos trados, injuriados, caluniados, desprezados e perseguidos pelo mundo, lembremo-nos de que Jesus tambm os classificou como felizes, dizendo que os famintos e sequiosos de perfeio sero satisfeitos.

E quanto aos misericordiosos (voc se considera um deles?) Jesus prometeu-lhes misericrdia... E os limpos de corao, esses (e somente esses) vero a Deus! Quanto aos pacificadores, to incompreendidos pelo nimo sedento de violncia, Jesus disse que eles sero chamados Filhos de Deus. E aos que sofrem perseguio por causa de sua busca obstinada pela perfeio espiritual, Jesus disse que deles o reino dos cus.

E disse ainda mais o Mestre... Afirmou que quando todos nos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo o mal contra ns por causa dEle (o Cristo Interno/Pai/Divina Presena-Em-Ns), exultemos de alegria, porque ser grande o nosso galardo nos cus.

20Exemplificando

Se voc se sente triste e infeliz diante das tribulaes da vida, talvez no esteja preparado ainda para ser um verdadeiro seguidor do Messias; porm, no basta apenas nos sentirmos fortes e felizes diante dos desafios que o mundo nos apresenta a cada momento, necessrio tambm ser o sal da Terra, isto , exemplificar e testemunhar a todo instante os ensinamentos do Mestre que o seu corao elegeu para seguir. E ainda mais, necessrio tambm ser a luz do mundo, iluminando a todos os que esto nossa volta atravs da retido de carter, nobreza de sentimentos e coerncia de atitudes.

E ento, diante de todos esses ensinamentos do Mestre, ser que ainda podemos, em s conscincia, nos considerarmos cristos? Lembremo-nos de que cristo aquele que manifesta a Luz Divina (terceiro aspcto da trindade) dentro de si; tambm aquele que no oculta a Luz Divina sob o alqueire (alqueire extenso de terra, barro; aluso matria da qual o nosso corpo fsico foi formado) e a coloca bem alto, acima do velador (acima do pensamento, que o que mantm o homem em viglia, ou seja, na mente; o que ilumina a mente do homem a conscincia de ser, em essncia, divino). Agindo desta maneira, no estaremos nos limitando apenas a repetir da boca para fora o roteiro que deveramos seguir com nossos pensamentos, emoes, palavras e aes... Estaremos exemplificando, atravs de nossos atos mais comezinhos diante da vida, os ensinamentos de nosso Mestre.

muito importante para todos ns o exerccio dirio de tudo aquilo que nosso Mestre nos ensinou... A essncia de Seu ensinamento o amor a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a simesmo. Como sabemos que Deus se encontra presente na essncia de tudo o que existe no Universo, pois fora de Deus nada existe, torna-se bastante claro que o verdadeiro seguidor de Cristo deve amar a tudo o que existe no Universo... Mesmo aquilo que, para ns, aparentemente, no possui Vida (Deus).

Amando a tudo o que existe como forma manifestada no Universo, estaremos, conseqentemente, amando a Deus sobre todas as coisas, pois que Ele, o Imanifestado, se encontra presente na essncia de todas as coisas manifestadas, vivificando-as.

21TestemunhandoJesus no se limitou a ensinar a Sua luminosa Doutrina: o Supremo Mestre dos mestres exemplificou em atos, palavras, emoes e pensamentos todos os Seus ensinamentos provando-nos que perfeitamente possvel pratic-los.

Para ensinar que so felizes os mendigos do Esprito, fez questo de nascer em absoluta penria em singela manjedoura. No se tem notcia de que tenha freqentado escolas importantes e certo que no pertenceu aos templos de formao judaica que preparavam os rabinos da religio. certa altura de Sua vida asseverou que os pssaros do cu tm seus ninhos, mas o Filho do Homem no tem uma pedra onde possa recostar a cabea.

Para afirmar que os mansos so bem-aventurados suportou a coroa de espinhos, aceitou uma cana quebrada por cetro, carregou a prpria cruz e permitiu que lhe pregassem no madeiro da ignomnia.

Para asseverar que os que tm fome e sede da perfeio de Deus so bem-aventurados e sero saciados, Ele mesmo foi vtima de todas as injustias, ofensas, perseguies, achincalhes, mas ressuscitou venturoso no terceiro dia e continuou Sua tarefa de esclarecimento e orientao dos discpulos.

Para afirmar que os misericordiosos so bem-aventurados, Ele mesmo teve misericrdia de Seus verdugos ao dizer do alto da cruz:

-Pai, perdoa-os, eles no sabem o que fazem.

Para dizer que os limpos de corao so bem-aventurados e vero a Deus, deu sobejas provas de Sua extrema pureza e afirmou:

- Eu e o Pai somos Um.

Para asseverar que os pacificadores so felizes e bem-aventurados e sero chamados Filhos de Deus, entre muitas outras coisas, ensinou a Simo Pedro que devemos perdoar setenta vezes sete vezes as ofensas recebidas.

E para garantir que os que sofrem perseguio por causa da justia (a palavra justia, traduzida do grego, tem o sentido de justeza, perfeio) so bem-aventurados, porque deles o reino dos cus, Ele mesmo se exps a todo tipo de perseguio injusta, se deixou pregar na cruz, ressuscitou dos mortos e elevou-se aos cus em esprito para herdar as glrias do Pai.

Para afirmar que somos felizes quando nos injuriarem e perseguirem e, mentindo disserem todo o mal contra ns por causa dEle, e dizendo para que nos alegrssemos porque ser grande o nosso prmio nos cus, porque assim tambm perseguiram aos profetas que vieram antes de ns, Ele mesmo se deixou imolar; porm, sabido que ascendeu aos cus e herdou a Terra.

Seus maiores discpulos seguiram o mesmo caminho: Joo Batista foi decapitado; Paulo foi degolado; Simo Pedro crucificado de cabea para baixo; Estvo, apedrejado; os discpulos da primeira hora se tornaram tochas vivas nos circos e alimento de feras insaciveis.

E ns? Ser justificado o nosso desejo de conforto, segurana e saciedade? Foi este o exemplo que o Cristo nos deu? Ser que no compreendemos ainda a funo da dor na educao e redeno do esprito imortal?

22Redeno

Quando estivermos passando por atribulaes, no reclamemos nem lancemos acusaes aos quatro ventos; antes, lembremo-nos de que somos bem-aventurados e que somente desta forma seremos consolados.

esta a maneira mais rpida e eficiente para conquistarmos a nossa prpria redeno e conseqente iluminao e colaborarmos de forma preciosssima para com a redeno e iluminao da sociedade em que vivemos. Viver os ensinamentos de Cristo atravs de Jesus parece ser atemorizante para muitas pessoas que talvez no tenham atingido ainda a necessria maturidade espiritual para dar um passo de tamanha grandeza e responsabilidade em sua prpria jornada evoluiva, mas, com certeza, algo indescritivelmente gratificante e consolador para tantos quantos resolverem que chegada a hora de mergulhar em seu prprio ntimo e comungar com a Luz-Crstica ou Divina Presena que ali reside e converter em obras dgnas desta comunho todos os seus pensamentos, palavras, atos e emoes, tendo conscincia de que est eternamente na presena de Deus-Em-Si.

No prtico do orculo de Delphos, na Grcia antiga, havia uma inscrio que desafia a compreenso do homem moderno:

- Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecers a Deus, de onde surgiste; muitos, para justificar a sua incompreenso diante de tais palavras to claras, alegam que aquele povo era politesta, mas aquele que chegou a compreender a Verdade dentro de si capaz de decifrar este engma.

Voc j parou para pensar como ser a Terra redimida quando a profecia do Mestre se realizar? Disse Ele que os mansos herdaro a Terra, e ento no teremos mais:

Disputas vs;

Crimes premeditados;

Assasinatos frios;

Ofensas morais;

Desrespeito s leis estabelecidas;

Desentendimentos com vizinhos ou colegas de trabalho;

Desacato s autoridades constitudas;

Roubos;

Estupros;

Indiferena misria, ignorncia e ao desemprego;

Preconceitos de cor, de raa ou de crena;

Mendigos andando pelas ruas e implorando a caridade s portas.

No mais pobreza, prostituio, analfabetismo, calnias, comentrios maldosos, e nem malquerena, dio e desamor entre as criaturas.

23

A Terra RedimidaA Terra redimida onde o amor, a igualdade e a fraternidade imperar entre os homens ser bem um paraso terrestre; porm, importante que reflitamos nesta questo essencial:

- A Terra redimida ser habitada por espritos redimidos.

A clera, a fria, o descontentamento, a agressividade e todas as maneiras de se atentar contra a liberdade de outrem sero expulsos da Terra... Ento se realizar a profecia do Anjo (mensageiro) que apareceu em sonhos a Jos (Mt. 1:21):

- Ele salvar seu povo dos pecados deles.

Portanto, aqueles que no se enquadrarem nos critrios estabelecidos pelo Mestre, no podero habitar a Terra. Voc gostaria de conhecer a Terra redimida? Comece, ento, a lutar por esse ideal ainda agora; porm, no basta apenas pregar: necessrio viver, exemplificar, testemunhar os ensinamentos do Mestre dos mestres. Comece na tua casa, entre aqueles que vivem mais prximos de voc, depois expanda para a tua rua, para o teu bairro, para a tua cidade, para o teu Estado, para o teu Pas, para o teu Continente, para o teu Hemisfrio, enfim, para o teu Planeta inteiro... e, qui, para todo o Universo!

Jesus conta com voc, comigo, e com todos aqueles que estiverem dispostos a se tornarem Seus soldados na luta pela implantao do Seu reino sobre a Terra. Porm, o nosso lema no de violncia, lembre-se de que Jesus o Cordeiro de Deus.

Sejamos, pois, mansos e pacficos, e tenhamos a certeza de que herdaremos a Terra; porm, antes de herdarmos a Terra redimida necessrio, primeiro, redimi-la, conquistando-a com as ferramentas de trabalho e as armas de luta que Jesus nos afertou: o amor a Deus sobre todas as coisas e o amor ao prximo como a ns mesmos. Assim fazendo estaremos conquistando e redimindo ambas as terras: o nosso corpo fsico que, segundo a Bblia, foi feito do barro da terra que, ento, passar a ser obediente e submisso ao nosso governo espiritual; e o planeta Terra que, ento, passar a ser obediente e submisso ao governo espiritual de Jesus.

E ento, no vale a pena tentar? Comecemos por ns mesmos e estendamos a nossa conquista a todo o Universo! Deus espera por ns dentro e fora de nosso Ser!

24CompaixoTe atemoriza a ingratido de antigos companheiros?

Atiram-te na face calnias e desprezo, indiferena e inimizades gratuitas?

A ignorncia te desonrou o nome e roubou-te a paz?

A estupidez te assaltou em pleno dia?

Ests ameaado de morte pelos interesses mesquinhos do mundo?

Nem mesmo os mais ntimos conseguem compreender-te o corao?

No te aborreas nem te revoltes: Compaixo para eles! No adianta discutir ou competir com o mundo. Os valores que esposas na alma no tm cotao definida nas bolsas de valores do mundo. Resigna-te e aproxima-te mais dos ensinamentos de Jesus: S Ele consolar o teu corao angustiado.

Se queres realmente segui-Lo, lembra-te: Ele afirmou que so felizes os misericordiosos, porque eles obtero misericrdia. Seja misericordioso para com aqueles que ainda se debatem nas trevas dos interesses mesquinhos; que s enxergam o prprio umbigo; que s se preocupam em locupletar de alimentos o prprio estmago, de saciar a todo custo a volpia dos desejos carnais e em amealhar tesouros nos bancos do mundo que lhes garantam segurana e tranqilidade para o futuro, semelhantemente parbola do rico insensato descrita no Evangelho de Jesus Cristo Segundo Lucas (12:16-21):

- E props-lhes uma parbola, dizendo: De certo homem rico, a terra era frtil, e ele raciocinava consigo dizendo: que farei, pois no tenho onde recolher meus frutos? E disse: Farei isto: derrubarei meus celeiros e construirei maiores, e a guardarei toda a colheita e meus bens. E direi minha alma: Alma, tens muitos bens em depsito para muitos anos: repousa, come, bebe, alegra-te. Mas Deus disse-lhe: Insensato, esta noite te pediro de volta tua alma; e as coisas que preparaste, para quem sero? Assim o que entesoura para si, no enriquecendo para com Deus.

25Piedade!

Portanto, meu amigo, apieda-te de todos aqueles que descansam nas almofadas macias da iluso, desviam-se pelos caminhos atraentes do prazer desmedido, e dormem beira da estrada saciados e confiantes na tranqilidade do futuro, e lembra-te: o futuro pertence a Deus!

No os condene, pois; colabora humildemente na sua instruo, esclarecimento, e ajuda-os serenamente a romper de livre e espontnea vontade a frgil casca de iluso a que se encontram acrisolados; no lhes imponha seus conceitos religiosos ou filosficos e exemplifique a tua f auxiliando-os desinteressadamente.

Pois somente assim, sendo misericordiosos para com aqueles que ainda esto perdidos nos nevoeiros densos do erro, alcanaremos misericrdia tambm para com os nossos inumerveis defeitos e fraquezas. A diferena de ns para com eles que j vislumbramos a Luz do Cristo a brilhar no fim do tnel; sendo misericordiosos para com eles, tenhamos a certeza de que tambm ns alcanaremos misericrdia.

A Luz do Cristo (Divina Presena!) brilhando de forma intermitente dentro de nosso corao, no nosso ntimo mais ntimo, nos convida a sintonizar com a Sua Vibrao Divina e por ela filtrarmos todos os nossos pensamentos, emoes, palavras e aes; uma vez feito isto, o nosso prximo passo ser procur-La no ntimo mais ntimo de nosso prximo, servindo-o e amando-o como a ns mesmos.

Primeiramente tenhamos a certeza de que a nica e verdadeira lei que devemos seguir a lei de Deus, gravada no ntimo da conscincia (Divina Presena!) de cada um; certamente que devemos respeitar a lei dos homens e colaborar na medida das nossas foras para semear o bem em nossa comunidade. Porm, sabemos que Deus todo justia (justeza/perfeio) e bondade e ensinou-nos o Mestre que em primeiro lugar devemos buscar o reino de Deus, na justeza (perfeio) do Seu caminho, e tudo o mais nos ser dado por acrscimo.

26A Lei do MestreA lei que Jesus deixou entre ns de amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a ns mesmos, portanto, no cumprimento desta lei mgna de Jesus estaremos nos esforando para trilharmos o caminho da perfeio, e, neste caminho, muitas vezes sofremos perseguio por parte de todos aqueles que no nos possam compreender.

Ao contrrio de nos sentirmos acabrunhados e aborrecidos por isso, lembremo-nos de que Jesus afirmou que seremos felizes quando sofrermos perseguio por causa de nossa luta pela perfeio (justia/justeza/perfeio); e ainda enfatizou que o reino dos cus daqueles que sofrem essa perseguio. Portanto, se nos consideramos cristos e no temos feito nada que justifique nossa condio de discpulos do Evangelho, talvez estejamos desviados do caminho reto...

Seremos felizes todas as vezes que estendermos o nosso auxlio aos pobres e infelizes do caminho; todas as vezes que consolarmos os que choram; todas as vezes que nos armarmos de mansido para enfrentarmos os equvocos do mundo; todas as vezes que tivermos fome e sede de justia (justeza/perfeio); todas as vezes que nos fizermos misericordiosos para com as desgraas e desenganos alheios; todas as vezes que nos fizermos limpos de corao e, ao mesmo tempo, nos irmanarmos com os sofredores. Seremos bem-aventurados e felizes tambm quando nos fizermos pacificadores, asserenando o nosso prprio ntimo e semeando a paz que sustm a expanso do mal e do caos no meio em que vivemos, em nosso prprio ntimo e no corao do nosso prximo.

E quando estivermos agindo dessa maneira, testemunhando os ensinamentos que recebemos do nosso Mestre, certamente que seremos injuriados e perseguidos, odiados e incompreendidos, e ento, seremos bem-aventurados pelo Cristo Interno (Divina Presena), faremos jus nossa natureza de Filhos de Deus (para uma melhor compreenso, filhos da Luz Crstica, terceiro aspcto de Deus, onde fomos gerados) e herdeiros do Seu reino (o reino de Deus o local sagrado de nossa essncia espiritual, onde Ele habita; o Paraso que conquistaremos quando de nossa comunho ntima com Ele); porque ento, e somente ento, estaremos sendo o sal da Terra e a luz do mundo.

27Sal

Jesus usou sabiamente a expresso sal da Terra; voc j refletiu sobre o que Ele quis dizer com essas palavras? O que vem a ser o sal? O sal o tempro que empresta sabor aos alimentos; sem ele os alimentos ficam insssos, sem um diferencial que lhes realce o sabor... Ficam mais ou menos semelhantes entre si, com um sabor parecido, iguais... O sal que lhes faz diferentes, realando mais e melhor o sabor de cada um. Semelhantemente o Esprito o sal do mundo, pois quando o Esprito se torna inssso o homem passa a agir como se fosse um animal irracional, dominado pelos instintos e vencido pelas tentaes atrativas do mundo... Por possuir em seu ntimo mais ntimo a Luz Crstica (Divina Presena) o Esprito tambm a luz do mundo, isto , pela sua sintonia com o Cristo Interno, espanta as trevas de seu redor e colabora na construo do reino de Deus dentro e fora de si.

O sal o tempro indispensvel que d sabor aos alimentos; da mesma forma, Jesus comparou os Seus discpulos ao sal para que eles transformem a humanidade da qual fazem parte. O homem que se tornou sal da terra diferente do homem que ainda no se deu conta de sua filiao divina e dos imensos compromissos que o prendem ao destino do mundo.

Assim como o sal transforma o alimento, o homem que se transformou em sal da terra transforma a humanidade sua volta para melhor: onde existe trevas, ao invs de condenar a escurido, acende uma luz; onde existe dio, em vez de pactuar com o desamor, reequilibra as emoes; onde existe o sentimento de vingana, no se associa indiferena e retempera o equilbrio; onde existe dor, consola; onde existe aflio, reanima; onde existe medo, incentiva; onde existe ignorncia, educa e esclarece; onde existe o egosmo, serve em silncio; onde existe a vaidade, eleva o pensamento a Deus e ora; onde existe o orgulho, se humilha e ama.

28LuzA arma do verdadeiro seguidor de Jesus, o mdium ou canal do Cristo-Interno (Divina Presena ou Deus-Em-Si), o perdo; seu escudo a humildade; seu discurso sempre o amor.

Sem jamais condescender com a desarmonia e o desentendimento em qualquer setor da vida, age sempre em silncio para o benefcio de todos. Este homem renovou-se a si prprio e se prepara para colaborar na renovao do mundo: ele o sal da terra a que Jesus se referiu.

Portanto, se queremos seguir o Mestre, ofereamos, da essncia do nosso ser, o testemunho que se converter em tempro indispensvel para a transformao e redeno do mundo sem nos esquecermos jamais de que na essncia do nosso ser est a Divina Presena, o Deus ntimo, o Cristo-Em-Ns!

Todo discpulo do Mestre que j se iluminou com os Seus elevados conceitos e ensinamentos semelhante a uma lmpada que brilha expulsando as trevas de seu derredor e varrendo as sombras, deixando mostra, sua volta, atravs de suas aes constantes em favor do bem de todos, a suprema e sublime homenagem ao Pai Criador (o Verbo Divino).

A lmpada brilha e ilumina, mas alimentada pela energia da usina: Jesus a usina geradora, a energia o Evangelho, e o fio condutor que sustenta a lmpada o pensamento elevado do discpulo sincero. Existe, portanto, perfeita afinidade entre a lmpada e a usina, tanto quanto entre o discpulo e o Mestre.

Se um aprendiz do Evangelho semelhante a uma luz a iluminar o caminho, uma reunio de discpulos se equipara a uma cidade iluminada; e a unio entre todos os cristos, sejam catlicos, espritas, protestantes ou de qualquer outra confisso religiosa, capaz de oferecer luz suficiente para iluminar a Terra.

interessante observar que quando Jesus afirmou: - Vs sois a luz do mundo. No se pode esconder uma cidade situada sobre um monte (mt. 5:14), muitos se esqueceram de compulsar o Evangelho Segundo Joo, 1:4-5, que diz:

- O que foi feito nEle (no Verbo/Pai) era a Vida (terceiro aspecto da Manifestao Divina, o Filho Unignito), e a Vida era a Luz dos homens (Divina Presena, Deus ntimo ou Cristo-Interno); e a Luz resplandece nas trevas (da ignorncia, da morte, do Anti-Cristo) e as trevas no prevaleceram contra ela (a Luz do Cristo-ntimo).

29Candeia IluminadaAntigamente as igrejas reuniam cristos independentemente de seguirem a Cristo desta ou daquela maneira, e Jesus afirmou que onde houvessem duas ou mais pessoas reunidas em Seu nome, Ele ali se faria presente, independentemente da natureza de seus rituais ou da forma que O evocassem, e afirmou que no futuro seria um s rebanho para um s pastor.

Assim, cristos amigos, armados do Evangelho (Boa-Nova) do Cristo, sigamo-Lo e amemo-nos como Ele nos amou; e faamos da Terra um Sol de claridade espiritual a lanar suas luzes pela eternidade do tempo e do espao, e, qui, alm deles. Jesus disse que os Seus discpulos seriam conhecidos pelo muito que se amassem: amemo-nos pois!!!...

Jesus a usina geradora, o Evangelho a energia e ns a lmpada: o pensamento elevado em prece o fio condutor que traz a energia para a lmpada e a faz brilhar; lmpada apagada lmpada morta.

Unidos em afinidade e sintonia para honra e glria de Deus faremos luz suficiente para abrasar a Terra.

Jesus afirmou que h muitas moradas na Casa do Pai. Se entendermos como Casa do Pai o Universo visvel e invisvel no qual o Seu amor se manifesta, chegaremos concluso de que a Terra apenas uma morada desta Grande Casa.

E assim sendo, todos os aprendizes que praticarem os ensinamentos do Mestre alcanaro, sem dvida, a prpria iluminao espiritual, acendendo, desta forma, a candeia vida dentro de si mesmos. E ainda segundo Jesus, ningum acende a candeia e a coloca debaixo de um balde, mas no velador, e assim ilumina a todos os que esto na casa; portanto, o discpulo iluminado que pratica os ensinamentos do Mestre, amando a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo, no oculta a candeia debaixo do balde, mas a ergue bem alto, no velador, e com a sua prpria existncia ilumina a todos os que esto sua volta. Agindo dessa forma ele conquista o passaporte para conhecer outras moradas da Casa do Pai e outros segredos do Universo Infinito e Ilimitado.

30Eu no vim destruir a Lei

No necessrio gastar nem tempo e nem dinheiro em discursos interminveis ou panfletos doutrinrios que, se no contiverem a luz prpria do testemunho daquele que o proferiu ou escreveu, apenas significar tempo e dinheiro perdidos.

necessrio que o verdadeiro discpulo demonstre a cada segundo a coerncia e o testemunho do leal seguidor do Mestre; quem assim se comportar nada precisar falar ou escrever: seus prprios pensamentos e aes, comportamento enfim, sero a candeia iluminada que clareia os caminhos tortuosos daqueles que ainda perambulam pelos caminhos turvos da ignorncia.

Em certa ocasio Jesus indagou de Seus ouvintes:

- Se me amais, porque no fazeis o que eu vos mando?; pois ento, sigamo-Lo e pratiquemos o que Ele tem nos ensinado atravs do seu Evangelho (Boa-Nova) de Amor. A iluminao ser apenas uma conseqncia dos nossos esforos e testemunhos na expanso da lavoura do Bem.

Ergamos, pois, a Luz que em ns habita (Divina Presena) e a retiremos de sob o alqueire (referncia aos instintos de nosso corpo animal) e a coloquemos no alto do monte (o monte tambm feito do barro da terra, portanto mais uma referncia ao nosso corpo fsico; alto do monte = pensamentos), sobre o velador (a Conscincia).

Jesus, o Meigo Rabi da Galilia, cuja vinda foi anunciada pelos maiores profetas da terra de Israel, apesar de ter vindo ao mundo em misso Divina e estar a todo instante em sintonia espiritual com o Pai Criador, respeitou as leis do mundo e as cumpriu: tanto as leis humanas quanto as leis da Natureza.

Ora, se o Cristo de Deus exaltou a Lei do Pai e se sujeitou lei de Csar a ponto de pagar impostos dos quais os filhos (e descendentes) dos reis eram isentos (e Ele era da descendncia do rei David), porque ns, os que nos dizemos Seus seguidores, desrespeitamos as Leis Divinas e a todo instante procuramos dar um jeitinho para trapacear as leis humanas?

31O Respeito s LeisGeralmente nos revoltamos contra taxas e impostos previstos na Constituio; sonegamos direitos trabalhistas; desvalorizamos bens alheios visando obscuras vantagens pessoais em transaes comerciais; no respeitamos filas; no obedecemos horrios; desconsideramos placas e sinais indicativos que visam disciplinar e educar o relacionamento e intercmbio nas ruas, nas praas, nas reparties pblicas, instituies diversas e at mesmo no prprio lar.

Muitos educam seus filhos na base do faa o que eu falo, mas no faa o que eu fao. Muitas vezes desperdiamos o tempo, nosso e dos outros; no aproveitamos oportunidades de esclarecimento e disciplina; desprezamos as ocasies de auxiliar aos nossos semelhantes na medida que nos for possvel e desbaratamos as chances que a vida nos oferece de crescermos espiritualmente, amando a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a ns mesmos.

Se Jesus, o Mestre dos mestres, se submeteu aos mais comezinhos regulamentos humanos, por que ns, Seus aprendizes, infinitamente menores do que Ele, no fazemos o mesmo?

A Doutrina de Jesus, contida nos evangelhos, o Grande Farol que nos orienta em nossa rota evolutiva na jornada terrena; tudo o que Ele disse ou fez tem um profundo significado para os aprendizes sinceros que anseiam pela possibilidade de aprender com Ele, no com o objetivo de igual-Lo, o que seria impossvel para ns neste momento da nossa evoluo, mas com a inteno de seguir os Seus passos. Quando o Mestre Inigualvel afirma que at que o cu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitir da Lei sem que tudo seja cumprido (Mt. 5:18), est nos alertando quanto eficcia da Lei Divina; diz, por essas palavras, que impossvel enganar, ludibriar, corromper ou subornar a Lei de Deus a que todos ns estamos sujeitos. Segundo Ele, a lei se resume em amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo: alertou que toda a lei e os profetas (ou seja, o Antigo Testamento) esto contidos nesta sentena.

Ora, isto quer dizer que toda vez que praticamos um ato, ou mesmo um pensamento, que no esteja em perfeita harmonia com esta Lei, estaremos agindo em erro. Quando Pedro desembainhou a espada e atingiu a orelha do soldado Malco, Jesus advertiu-o dizendo que quem com ferro fere com ferro ser ferido. Em outra oportunidade asseverou que a cada um ser dado de acordo com suas obras.

Portanto, como Deus habita dentro de ns, claro e lgico que nenhuma de nossas aes escapa aos Seus olhos que tudo vem... Tenhamos uma coisa em mente: Estamos sempre diante do altar da Divina Presena Em Ns!

32Ao e Reao

fora de dvida que toda ao desencadeia uma reao: Se a ao for boa, a reao ser positiva; porm, se a ao for m, a reao ser negativa. O prprio Jesus disse que no se colhe uvas de espinheiros; um grande instrutor ensinou que a sementeira livre, porm a colheita obrigatria. Ns, os cristos, acreditamos que a vida um Grande Campo e compete a ns cultiv-lo.

Certa ocasio Jesus disse aos Seus discpulos que a seara grande mas os trabalhadores so poucos. Segundo o dicionrio, seara extenso de terra semeada, cultivada; todos ns somos semeadores e colheremos segundo a qualidade da semente que plantamos. Nossos atos, emoes, palavras e pensamentos so as sementes, e da qualidade dessas sementes depende nossa felicidade na Terra e depois desta vida.

Quando Jesus afirmou que os trabalhadores so poucos, certamente Ele se referia a semeadores conscientes que semeiam a boa semente e constroem o reino de Deus na Terra (e em seus prprios coraes).

Portanto, se a tua colheita de hoje te causa dissabores e sofrimentos, tome cuidado com o tipo de semente que voc est lanando no campo da tua vida.

Faa ainda hoje uma auto-crtica e programe sua reforma ntima, selecionando, desta forma, as sementes do teu campo. E lembre-se: Sua felicidade depende apenas e to somente de voc!

Apure os ouvidos e oua: Jesus est contando a histria da tua vida: Eis que o semeador saiu a semear...!

33A clera

A clera sempre foi, e ser, o principal inimigo daquele que se esfora para seguir a Jesus: Ela revela que o nosso corao ainda sofre de enfermidades como o orgulho, a vaidade, o egosmo e todos os seus derivados. Significa que o homem velho ainda no cedeu o seu lugar para o homem novo, e que o batismo de fogo que Jesus prometeu aos que O seguissem ainda no conseguiu purific-lo de suas mazelas porque ele ainda no est suficientemente convertido Doutrina do Cristo.

A serenidade, a pacincia, a benignidade, sero sempre os atributos maiores dos que aprenderam os ensinamentos do Mestre e os praticam na sua vida diria.

Por que encolerizar-se e dar vazo a maus pensamentos e emoes desequilibrantes, igualando-nos a todos aqueles que ainda no conhecem o Evangelho de Jesus? Haver no mundo alguma coisa dgna de fazer o homem retroceder nas suas conquistas espirituais?

Diante das emoes sublimadas daquele que segue a Jesus exemplificando os Seus ensinamentos e vivendo conforme o Seu Evangelho de Amor, todos os empecilhos do caminho, que procuram atras-lo e confundi-lo, no devero ser levados conta de insignificantes bagatelas? Revoltar-se contra qualquer obstculo no ser prova contundente de que ainda no absorveu os ensinamentos do Cristo?

34

No Julgueis

A Grande Verdade ao alcance de todos ns que Deus habita dentro de ns (Divina Presena) e s a Ele devemos seguir, por isto no nos possvel seguir a dois senhores: A Deus e personalidade (antagonista, verdadeiro sentido da palavra satans).

Certa vez, Jesus asseverou: No julgueis, para no serdes julgados; e acrescentou: Orai e vigiai para que no entreis em tentao. Hoje, convm fazer uma rigorosa anlise de nossos pensamentos, emoes, palavras e aes e nos perguntarmos sinceramente: ser que somos ainda to frgeis a ponto de sermos derrotados por comezinhos incidentes do caminho? Teriam esses pequenos incidentes a capacidade de nos tirar do srio e nos desviar da rota de luz? No! O verdadeiro discpulo do Cristo aquele que O segue at morte e alm dela, vivendo em todas as ocasies (e incidentes) do seu caminho o sublime ensinamento do amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.

Apesar de ter vindo trazer Terra a mais bela e revolucionria Doutrina de que se tem notcia, cujos preceitos principais ensina ao homem a amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo, a perdoar setenta vezes sete vezes a cada ofensa recebida e a orar pelos que nos perseguem e caluniam, Jesus no teve adversrios. Os representantes do comodismo religioso, das instituies que lucram com a ignorncia do povo e os que se encontravam saciados com o conforto que os bens transitrios do mundo podem oferecer, que O tiveram por adversrio de suas conquistas, muitas vezes criminosas, e de seus ideais obscuros.

Sim! A treva no adversria da luz, uma vez que o seu campo de ao; a luz que adversria da treva, por escoim-la dos horizontes do mundo. Assim tambm, o discpulo sincero do Evangelho do Cristo no tem inimigos. Se alguma vez errou, nos tempos em que ainda no tinha conscincia das supremas leis que regem a vida, fcil lhe conciliar-se com todas as foras da Natureza, sejam, elas positivas ou negativas, sem que no entanto isto signifique acumpliciar-se com o erro.

35Inimigos

Se o inimigo do passado duro e no aceita estabelecer o equilbrio nas relaes civilizadas de amizade, ainda assim, a conscincia do verdadeiro discpulo do Mestre que tudo faz para afinar-se aos Seus ensinamentos permanece tranqila por estar sempre disposto a harmonizar-se com tudo e com todos, e por fazer constantemente a sua parte em favor do bem geral.

Aquele que j se libertou das teias invisveis que aprisionam o esprito que alimenta um ego inflamado, no possui inimigos; no entanto, ele prprio representa perigo para todas as foras contrrias construo do Bem na Terra. E embora reconhea o direito de opinio daqueles que se posicionam contra o seu ideal, permanece tranqilo e sereno trilhando o caminho e exemplificando os ensinamentos que o Mestre lhe prescreveu.

Reconciliar-se com o adversrio, no dizer do Mestre, significa respeitar-lhe o posicionamento que sempre o retrato da sua conscincia e maturidade espiritual. Jamais significou aplaudir-lhes os erros, incentivar-lhes a vida ftil ou acomodar-se com a preguia e resignar-se com a cegueira de esprito. O discpulo do Mestre compreende e perdoa incessantemente, mas jamais deixa de fazer a sua parte na sustentao da paz e na manuteno do Bem comum.

36

Sintonia

Quem segue o caminho sintonizado com a Divindade que habita em si no perde tempo conferindo o veneno, a profundidade e a agudez das serpentes, dos pntanos e dos espinhos que a todo momento lhe ameaam a jornada; seus olhos esto sempre ocupados fitando o infinito e seu corao apenas pulsa o Amor que recebe da Divina Presena Em Si.

Para aquele que erigiu em seu corao o tabernculo onde habita a Divina Presena Em Si, os obstculos do mundo no passam de testes necessrios para que Ele pratique todos os ensinamentos que tem recebido de Seu Senhor ao longo desses dois mil anos de Cristianismo. O perdo das ofensas e a compreenso dos erros alheios de fundamental importncia para todo aquele que deseja continuar seguindo as vigorosas pegadas que seu Mestre deixou durante Sua passagem pela Terra.

Por este motivo, o discpulo sincero de Jesus no titubeia em perdoar de corao a todas as ofensas que recebe pelo caminho, bem como a todas as ingratides, calnias, injustias, etc., que porventura batam sua porta.

37Amor ao prximoA partir do sculo V da era crist, aps o famoso Conclio de Jerusalm, quando a Igreja Catlica Apostlica Romana (atual Vaticana), recm constituda, resolveu expurgar a reencarnao da Doutrina de Jesus, muitos telogos, para no admitir e at mesmo rechaar a idia da reencarnao que se encontra a cada passo na Bblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, passaram a preconizar a teoria insana da ressurreio dos corpos ao invs da ressurreio dos mortos, fato que desviou muitos homens srios da religio, pois os crebros mais acostumados ao raciocnio lgico, amparados pela Cincia, jamais puderam admitir tais sandices.

O movimento lcido de Reformas na Igreja, promovido por Martinho Lutero, prometia corrigir todos os desvios que distanciaram a f catlica do Cristianismo original, mas, infelizmente, devido mesmo qualidade inferior dos espiritos que habitavam a Terra naquele tempo (e at hoje, se bem prestarmos ateno) tudo o que a Reforma Protestante conseguiu fazer foi a revogao de alguns dgmas e muitas bulas e decretos papais; porm, o esprito de dio e antagonismo, de poder temporal e de domnio sobre as massas, continuaram a ser insuflados no movimento cristo, tornando inviveis, por cegueira espiritual, qualquer interpretao mais profunda dos ensinamentos do Cristo-Jesus; e os cristos continuaram se (des)amando uns aos outros, distanciando-se cada vez mais dos ensinamentos de amor ao prximo e perdo das ofensas e, principalmente, aquele que diz: - Sereis reconhecidos como Meus discpulos pelo muito que se amarem uns aos outros.

A questo mais importante em discusso entre os diversos seguimentos cristos, provavelmente para que coisas mais importantes no sejam feitas e mais nos aproximemos da Luz-Crstica, se a Bblia ou no a Palavra de Deus, esquecidos, ainda, de Jo. 1:17, que diz: - Porque a lei foi dada por Moiss; a (manifestao da) Graa e a Verdade vieram por (atravs de) Jesus-Cristo.

38

A lei

A lei, asseverou o Apstolo Joo, foi dada por Moiss, por que ento vemos no movimento cristo toda esta celuma em relao a ser ou no ser a Bblia a Palavra de Deus? Por que idolatram pedaos de papel que formam vrios livros que, em seu conjunto, chamam Bblia afirmando que a Palavra de Deus? Ou a lei foi dada por Deus ou por Moiss, e, ao que sabemos, Moiss no Deus... Ou ???

Somente os Dez Mandamentos que foram dados por deus (Elohim-Jeov) diretamente a Moiss, j escritos por lnguas de fogo em pedras (chamadas tbuas da lei), no alto do Monte Sinai; mas assim que desceu do Monte, Moiss, acometido por grande ira (seria Moiss filho da ira como assim classifica o Apstolo Paulo aos filhos da ignorncia?) fez o favor de quebrar as tbuas da lei deixando toda a sua posteridade perplexa.

bom relembrar que filhos da ira ou filhos da ignorncia, no dizer do Apstolo Paulo, so aqueles que vivem no pecado, isto , realizando as vontades da carne e do pensamento, distanciados do Deus-Interno, inconscientes de Sua Presena Divina dentro de si mesmos. Pecam e depois correm Sua procura justamente onde jamais O encontraro: FORA DE SI MESMOS!

Viver em Deus, com Deus e por Deus viver sintonizados com a Sua Divina Presena Em Ns, realizando, em todos os nossos atos, pensamentos, emoes e palavras a Sua Vontade, muitas vezes em detrimento de nossa prpria vontade!

Vemos em Mateus, 22:37-40, que Jesus simplifica toda a Bblia (a lei de Moiss, acrescida pelos livros dos profetas) num nico mandamento, dizendo que o que no estiver de acordo com isto deve ser colocado de lado; vejamos: - E Jesus disse-lhe: Amars o Senhor teu Deus de todo o teu corao, e de toda a tua alma, de todo o teu pensamento. E o segundo semelhante a este, : Amars o teu prximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

39A lei e Jesus

Para os que gostam de pesquisar na fonte, e no se contentam com comentrios de terceiros, o que achamos muito louvvel, vamos citar rapidamente Mt. 5:17, que diz: - No cuideis que vim revogar a lei ou os profetas: no vim revogar, mas completar; portanto, quais sero os complementos que Jesus trouxe antiga lei de Moiss e que se constituiu na base de Sua Doutrina? No poder dizer-se cristo quem no souber quais foram os complementos introduzidos por Jesus adaptando a rudeza da antiga lei de talio com a doura de Seus ensinamentos: sem essas alteraes no h como conciliar Judasmo e Cristianismo.

Por falta de espao no vamos citar literalmente os complementos mais do que necessrios efetuados por Jesus na lei de Moiss, mas convidamos a todos os estudantes da Verdade a verificar in loco no Evangelho de Jesus-Cristo Segundo Mateus, captulos 5, 6 e 7, e no Evangelho de Jesus-Cristo Segundo Lucas, 6:20-29; seguindo o que ali est escrito, pode jogar a sua Bblia fora, ou, ento, guarde-a de lembrana como um livro histrico que conta a respeitvel histria de um povo: o povo hebreu; mais no ter ela para lhe oferecer, muito embora, em sentido mais profundo, alm do vu da letra, ela guarde segredos que revelam a origem do mundo e da humanidade!

O Apstolo Paulo, que quando ainda era Saulo havia sido rabino, foi dos apstolos de Jesus o que mais criticou a lei de Moiss por sentir que ela no se afinava com os ensinamentos do Evangelho de Jesus (tanto assim que at hoje os judeus no O aceitam). Em 2Cor. 3:6-9, Paulo afirma que, com o advento de Jesus, Deus nos fez tambm capazes de ser ministros dum novo testamento, no da letra, mas do esprito, porque a letra mata, e o esprito vivifica. E, se o ministrio da morte (referncia aos sacrifcios do A. T.), gravado com letras em pedras (aluso s tbuas da lei), veio em glria, de maneira que os filhos de Israel no podiam fitar os olhos na face de Moiss, por causa da glria do seu rosto, a qual era transitria, como no ser de maior glria o ministrio do esprito? (referncia ao ministrio de Jesus e Sua doutrina). Porque, se o ministrio da condenao (aluso ao A. T.) foi glorioso, muito mais exceder em glria o ministrio da justia (referncia doutrina de Jesus).

Portanto, a est, bem claro para quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, a qual Testamento devemos seguir, se ao Novo ou se ao Velho.

Outro detalhe que gostaramos de ressaltar que a palavra grega que os nossos tradutores traduzem por justia nada tem a ver com o significado atual desta palavra; na significao correta da palavra grega ela corresponde a justeza ou tica, pois, perguntamos ns, qual ser a justia do reino de Deus que fica em nosso prprio corao? Por isso, importante ter em mente que, no Evangelho de Jesus, justia significa justeza (perfeio) ou tica (procedimento correto).

40As Obras da F

fato sobejamente conhecido pelos telogos cristos que, na opinio do Apstolo Paulo, com a vinda de Jesus encerrou-se o tempo do Antigo Testamento e, encerrados os concertos da velha lei, todos fomos feitos ministros do Novo Testamento. O Antigo Testamento prega a salvao pelas obras (sacrifcios, jejuns, oraes, dzimos, etc.); por este motivo a doutrina paulina, avssa doutrina do Antigo Testamento que ele to bem conhecia, prega a salvao pela f na graa de Deus (Divina Presena, ou Entheos, que habita na essncia de tudo o que respira, pulsa ou vibra no Universo).

esta Divina Presena que nos induz evoluo provocando o despertar espiritual (iluminao), processo que se d atravs de inumerveis reencarnaes. Esta doutrina paulina foi muitas vezes mal interpretada e considerada em desacordo com Tg. 2:14, que diz: Meus irmos, que aproveita se algum disser que tem f, e no tiver obras? Porventura a f pode salv-lo?; como dissemos, trata-se de mal-interpretao, pois Paulo afirma que as obras da lei (de Moiss) no salvam a ningum (tanto que a lei profetiza a vinda de um Messias para complet-la e expurgar os erros a ela incorporados num perodo de 1.500 anos, tempo que transcorreu entre o nascimento de Moiss e o nascimento de Jesus), mas somente a f (confiana sincera e sem restries) na graa (Divina Presena que Em-Ns-Habita) de Deus, encarregada de nos dirigir (Eu e o Pai somos Um -Jesus) pelos caminhos da existncia fsica ou espiritual, de retorno ao aprisco do Pai onde est situada a nossa origem como Suas criaturas.

As obras a que Tiago se refere em sua epstola so as boas obras, as obras da caridade de quem se modificou pela f, e no as obras da lei, como Paulo.

Alis, se pelo fruto que se conhece se a rvore boa ou m, tambm pelas boas aes que se conhece a quem verdadeiramente se modificou pela f na graa; um importante e profundo pensador cristo moderno j afirmou que a f sem obras como luz sem calor.

Tambm digno de nota que o termo ressurreio, usado na Bblia, tem sentido de ressurgir em esprito, como no caso da ressurreio de Jesus e de todos aqueles que desencarnam (morrem) e ressurgem no mundo espiritual; tem ainda o significado de ressurgir do esprito em novo corpo fsico (reencarnao); e, ainda, de ressurgir (despertar) para a Conscincia de Deus o esprito cado no erro (distante de Deus).

neste ltimo sentido que podemos interpretar a morte de Ado em Gn. 3:3, que diz: Mas do fruto da rvore que est no meio do jardim, disse deus (Elohim-Jeov): no comereis dele, nem nele tocareis, para que no morrais. A serpente, que tambm era um Elohim (provavelmente com forma reptcia), conf. J 1:6-7: E vindo um dia em que os filhos de deus (Elohim) vieram apresentar-se perante o Senhor (Elohim-Jeov), veio tambm Satans (a serpente) entre eles. Ento o Senhor (Jeov) disse a Satans: Donde vens? E Satans respondeu ao Senhor (YHWH), e disse: De rodear a Terra, e passear por ela (os Elohim se locomoviam em cavalos alados e carros de fogo, conf. outras passagens bblicas; observe que at hoje os anjos, que eram chamados filhos de deus (a traduo correta do termo Elohim deus; a palavra Eloh que se traduz por Deus), so representados com asas). Fica evidente nesta passagem alegrica que o pecado de Ado foi a desobedincia, que lhe custou um distanciamento (expulso) da Divina Presena de Deus-Em-Si.

41Elohim

O Livro de Gnesis, da Bblia, conta a interessante histria dos Elohim, sendo que um deles, o Elohim Satans, cuja aparncia lembrava a de uma serpente, asseverou Eva, in Gn. 3:4, que, se ela e Ado comessem do fruto da rvore que Elohim-YHWH advertiu-os a no comer, eles no morreriam.

Lembramos que em Gn. 2:17, Elohim-YHWH havia dito textualmente a Ado: Mas da rvore da cincia (conhecimento) do bem e do mal, dela no comers; porque no dia em que dela comeres, certamente morrers. claro que esta passagem, como muitas outras do Antigo e do Novo Testamento, apenas uma fbula cuja moral da histria nos transmite um ensinamento profundo e verdadeiro. Hoje em dia a forma exterior que acompanha estes ensinamentos conduz muitas pessoas de bom-senso ao ceticismo, pois a embalagem que traz em seu interior essas prolas do conhecimento universal, em sua apresentao literal apartada do esprito que ela contm, tornou-se frgil, incoerente, discutvel e improvvel... Porm, ainda aqui, necessrio lembrar as magnficas palavras do Apstolo Paulo em relao ao contedo gnstico do Antigo Testamento: A letra mata, e o esprito vivifica.

Quanto advertncia do Elohim-YHWH a Ado, devemos considerar que uma interpretao literal nos levaria ao absurdo de haver Deus mentido e Satans ter dito a verdade... Afinal, Ado viveu em tima sade 930 anos no corpo fsico e, ao contrrio do que havia afirmado o Elohim-YHWH, confundido com Deus (como Jesus tambm foi) nas escrituras, Ado no morreu no dia em que comeu do fruto da rvore da cincia (conhecimento) do bem e do mal. Ademais, que rvore ser esta? Atentemos para o que diz a simbologia bblica em Gn. 3:3: Mas do fruto da rvore que est no meio do jardim, disse deus (Elohim/YHWH): no comereis dele, nem nele tocareis, para que no morrais. Ora, o detalhe que devemos observar para uma interpretao correta fruto e meio... O jardim o den sagrado onde Deus habita dentro de ns, ou seja, no meio (na essncia) de ns; ento, do fruto dessa rvore (adulta) que se encontra em nossa essncia, no devemos comer, ou alferir qualquer vantagem pessoal, nos alimentar fisicamente dele... Pois a pena desta transgresso a expulso (perda da sintonia com Deus-Em-Ns) do Paraso.

Portanto, como Ado e Eva desobedeceram ordem de deus (Elohim/YHWH), foram expulsos do Paraso, isto , de seu convvio: a est simbolizada de maneira magistralmente bela (para quem sabe ver alm da letra) a queda do esprito (ou, Princpio Inteligente, ou, ainda, Micro-Conscincia) no sentido de distanciar-se intimamente de Deus; fato que Jesus tambm exemplificou na Parbola do Filho Prdigo, e que deixa claro que as transgresses s leis divinas, tambm chamadas erros ou pecados, nos afastam vibratoriamente dEle: a Convivncia-ntima com Ele figurada como sendo o Paraso e, no caso de voltarmos nossa ateno para fora de ns mesmos, seguindo nossa prpria personalidade (verdadeiro sentido da palavra Satans, que significa aquele que se ope ou opositor), perdemos o contato ntimo com Ele e, figuradamente, morremos ou somos expulsos do Paraso.

42JosPara no nos alongarmos mais neste tema, afirmamos que a ressurreio dos mortos proclamada por algumas doutrinas crists como acontecimento irrevogvel previsto para a poca do final dos tempos (de ignorncia e inconscincia do Deus-Interno), e profetizado at mesmo pelo Apocalpse, nada mais do que o despertar em Deus da conscincia dos mpios (mortos), sendo que os eleitos (despertos) herdaro a Terra redimida, e os mortos que no despertaram para as coisas de Deus, sero atirados geena de fogo (Lei de Causa e Efeito), onde haver choro (de arrependimento) e ranger de dentes (pelo sofrimento), provavelmente em mundos inferiores Terra regenerada. A ressurreio dos mortos, que se dar no final dos tempos , portanto, o despertar espiritual dos que vivem e se comprazem no erro e na transgresso Lei de Deus!

Mudando agora um pouco de assunto, falemos da mediunidade onrica do pai de Jesus. Jos era um homem prudente, honesto e trabalhador. Tendo recebido a ordem, atravs de um dito de Csar, de recensear-se em sua terra natal, para l se dirigiu com sua mulher grvida e, sem revoltar-se contra as leis humanas que o obrigavam ao deslocamento de Nazar para Belm, exps sua famlia ao desconforto de uma estrebaria durante sua permanncia naquela cidade; neste episdio foi guiado pela prudncia ao obedecer as leis humanas s quais todos ns estamos sujeitos, sem revoltar-se.

Sendo o pai carnal de Jesus que desde muito cedo mostrava-se uma criana diferente, um menino prodgio que j aos doze anos ensinava velhos mestres de Jerusalm, no procurou aproveitar-se dos dons supranormais de seu filho para fartar-se de dinheiro fcil expondo-o curiosidade pblica; com tal comportamento deu Jos sobejas provas de honestidade e desprendimento.

Carpinteiro de profisso, Jos no se furtou ao trabalho dirio, no se tendo notcia de que Jesus e Maria tivessem passado por dificuldades financeiras enquanto estiveram sob a sua dependncia; com tal procedimento constatamos que Jos foi trabalhador exemplar.

Alm dessas caractersticas que o identificavam como sendo uma criatura nobre e de fino carter, Jos demonstrou ser tambm um homem espiritualmente bastante esclarecido e possuidor de grande humildade, pois, sendo visitado por um anjo, jamais sentiu-se soberbo por to alta deferncia.

43

Os Sonhos de JosMas, Jos acreditava em sonhos? Sim, e se no acreditasse, quem poderia dizer o que seria do Cristianismo hoje? Jos acreditou quando sonhou que um homem, provavelmente um esprito desencarnado (denominado anjo no texto bblico) o esclarecia sobre a elevadssima natureza espiritual de seu filho (ela dar luz um filho a quem chamars Jesus, porque ele salvar seu povo dos pecados deles -Mt. 1:21); acreditou quando, novamente, o anjo lhe apareceu em sonho e disse para fugir com o menino e a me para o Egito (levanta-te, toma contigo o menino e sua me, e foge para o Egito, e fica a at que eu te chame; pois Herodes h de procurar o menino para mat-lo -Mt. 2:13); e acreditou quando o anjo lhe comunicou a morte de Herodes e ordenou que retornasse com o menino e a me para Israel (levanta-te, toma contigo o menino e sua me e vai para a terra de Israel, pois j morreram os que procuravam tirar a vida do menino -Mt. 2:20).

Como podemos ver, o Cristianismo e o xito da misso de Jesus devem muito aos sonhos de Jos. E voc, tem acreditado em seus sonhos? No? Lembre-se que os sonhos de Jos mudaram a histria do mundo e o prprio Jesus, com certeza, muito grato a ele por haver acreditado em seus sonhos.

muito importante sonhar; podemos dizer que sonhar planejar e encetar uma mudana no nosso modo de proceder, de encarar o mundo, de viver... saudvel sonhar, porm, muito mais importante do que sonhar acreditar no sonho e aceitar a mensagem que ele nos transmite. Sonhar encarar uma mudana de vida.

Vamos sonhar?

44Satans

Muita gente ainda hoje espera que o Cristo venha com o seu exrcito de anjos lutar contra o Mal personificado em Satans, vencendo-o e condenando os pecadores eternidade do fogo do inferno, sem direito a segunda chance ou intercesses de qualquer natureza.

Certamente que para essas pessoas se torna muito difcil explicar a passagem em que Jesus afirma que nenhuma das ovelhas que o Pai lhe confiou se perder. Em primeiro lugar cabe aqui uma pergunta: Quais foram as ovelhas que o Pai confiou a Jesus?. Segundo o nosso pobre raciocnio, as ovelhas confiadas pelo Pai a Jesus somos todos ns, os espritos que habitamos o planeta Terra; no podemos aceitar as possveis excesses que uns e outros poderiam indicar porque mesmo essas possveis excesses so criaturas de Deus e, portanto, Suas ovelhas, e no se justificaria terem sido criadas por um Ser (Deus) cuja natureza ntima foge totalmente nossa compreenso, mas que nossa inteligncia limitadssima pode afirmar com segurana que Ele (Deus) Eterno, Imutvel,