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i Universidade de Brasília ANSELMO MOREIRA DE SOUZA AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL São Paulo 2007

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i

Universidade de Brasília

ANSELMO MOREIRA DE SOUZA

AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

São Paulo

2007

ii

ANSELMO MOREIRA DE SOUZA

AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar. Orientador: Profª. Ms. Eduardo Vinícius Mota e Silva

São Paulo

2007

iii

ANSELMO MOREIRA DE SOUZA

AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO

INFANTIL, SÃO PAULO, 2007.

36 p.

Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília. Centro de Ensino a Distância, 2007.

Palavras-Chave: Aprendizagem, Jogos, Brincadeiras, Pré-Escola, Ensino.

iv

ANSELMO MOREIRA DE SOUZA

AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar pela Comissão formada pelos professores:

Presidente: Professor Mestre Eduardo Vinícius Mota e Silva

Universidade de Brasília

Membro: Professor Mestre Fábio Cárdias

Universidade de Brasília

São Paulo (SP), 18 de agosto de 2007.

5

Dedico este trabalho a todos os professores que queiram proporcionar momentos de alegria e prazer para seus alunos.

6

Agradecimentos.

Aos professores, diretores e coordenadores do Colégio Futuro que, direta ou indiretamente, contribuíram para elaboração desta monografia. A vocês, obrigado.

7

Não sou o dono da verdade, nem pretendo ser, porém toda verdade em mim contida pode ser avaliada, reciclada e dividida. Se tens também a tua verdade, então ela também pode ser avaliada, reciclada e dividida. É assim que podemos nos conhecer, é assim que podemos nos unir, é assim que podemos ser um só?

Agostinho Almeida

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RESUMO

Este trabalho tem por tema as brincadeiras e jogos no processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil. Objetiva explicar o que são brincadeiras e jogos analisando as suas diversas manifestações; analisar as teorias de aprendizagem e desenvolvimento de Piaget e Vygostky e, por fim, refletir sobre a importância do educador nas brincadeiras e jogos. O suporte teórico deste estudo baseia-se, primordialmente, na teoria relativa aos estilos cognitivos e de aprendizagem. Participaram da pesquisa alunos de uma escola particular da cidade de São Paulo, com 62 crianças da pré-escola, com idade entre 02 a 07 anos. As observações foram realizadas durante dois dias, sendo nas aulas de Educação Física Escolar e Natação. Em geral, foi possível verificar que as atividades propiciam manifestações prazerosas para o constante desenvolvimento emocional, motor e cognitivo da criança.

Palavras-Chave: Aprendizagem, Jogos, Brincadeiras, Pré-Escola, Ensino.

9

ABSTRACT

This work has for subject the tricks and games in the teaching-learning process in Kindergarten School. Its objectives are to explain what tricks and games are by analyzing all heir possible "manifestations", to analyze the theories of learning and development according to Piaget and Vygostky and, finally, to focus on the importance of the educator in the tricks and games.The theoretical support of this study is based, primordially, in the theory related to the cognitive styles of the learning process. Sixty two pupils from a private kindergarten School in São Paulo, between 02 and 07 years of age, took part in the research. The observations were carried out for two days, during the swimming and Physical Education classes. In general, it was possible to conclude that the activities provide pleasant manifestations for the children's constant emotional,motor and cognitive development. Word-keys: Learning, Games, Tricks, Daily pay-School, Education.

10

SUMÁRIO

1.

1.1

1.2

2. 2.1

2.2

3.

Introdução ...............................................................................................As teorias de aprendizagem e desenvolvimento, segundo Piaget e Vygotsky ................................................................................................. O brincar para Piaget ...............................................................................

O brincar na concepção de Vygotsky ......................................................

O papel do educador nas Brincadeiras e Jogos ................................. A ação do educador .................................................................................

A participação do educador nas brincadeiras e jogos .............................

Estudo de caso .......................................................................................Considerações Finais ............................................................................ Referências Bibliográficas ....................................................................

09

11

13

14

18

18

19

21

31

32

11

INTRODUÇÃO

O jogo e a brincadeira são aspectos importantes para o desenvolvimento

cognitivo da criança, pois todo ser humano é um sujeito social e histórico que faz

parte de uma organização que está inserida num grupo social, com uma

determinada cultura e em um momento histórico. Assim, iremos verificar de que

forma as brincadeiras e jogos influenciam no processo de ensino aprendizagem.

As crianças possuem uma natureza simples, pensando e sentindo o mundo

de um jeito próprio, onde o brincar torna-se imprescindível.

Atualmente este tema vem sendo muito discutido, pois o “fazer nada” se

tornou um castigo às pessoas, tão condicionado a um trabalho a fazer e sem prazer,

que quando estão ociosas, sentem-se culpadas.

A visão negativa o ócio leva a que, as crianças acabem sendo afastadas de

situações e objetos que lhe dão prazer e além de tudo, a oportunidade de expressar-

se livremente, ou seja, são afastadas das brincadeiras, estas, muitas vezes

identificadas à ociosidade.

As escolas e famílias, que estão em contínua relação com as crianças,

deveriam saber que, brincando a criança está em constante desenvolvimento

emocional, motor e cognitivo.

Nas interações com o meio, as crianças mostram os seus esforços para

compreender o “mundo” por meio de brincadeiras, relevando as condições de vida

que permeiam seus anseios e desejos.

Desta forma, a brincadeira é a melhor maneira da criança se comunicar; é um

instrumento que permite o relacionamento com o outro. Nesse processo de

construção do conhecimento as crianças utilizam as diferentes linguagens e

exercem a capacidade de levantar idéias e hipóteses sobre o que está acontecendo

à sua volta.

Na perspectiva sócio-interacionista, a criança constrói o conhecimento a partir

das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que

vivem. Assim a aprendizagem passa por um intenso trabalho de criação, significação

e ressignificação.

12

Para isso, nesta monografia, objetiva explicar o que são brincadeiras e jogos

analisando as suas diversas manifestações; analisar as teorias de aprendizagem e

desenvolvimento de Piaget e Vygotsky e, por fim, refletir sobre a importância do

educador nas brincadeiras e jogos.

Descrevemos, também, as modalidades que a brincadeira tem dentro do

processo de desenvolvimento infantil, como: brincar com papéis, com materiais de

construção e o brincar com regras.

Procuramos demonstrar como as brincadeiras e jogos contribuem no

processo de aprendizagem na educação infantil, além de ressaltar a visão do

desenvolvimento total das crianças, através do domínio afetivo, motor e cognitivo.

A interação com o corpo, o movimento e a inteligência expressam a

construção do “EU”, serão enfatizadas na análise das concepções de Piaget e

Vygotsky sobre o brincar.

Mostramos também, como o jogo auxilia na construção do raciocínio e na

formação de conceitos e qual o papel que o educador físico assumi em relação a

jogos e brincadeiras.

A metodologia desta monografia baseia-se, primordialmente, na teoria relativa

aos estilos cognitivos e de aprendizagem. Participaram da pesquisa alunos de uma

escola particular da cidade de São Paulo, com 62 crianças da pré-escola, com idade

entre 02 a 07 anos. As observações foram realizadas durante dois dias, sendo nas

aulas de Educação Física Escolar e Natação.

Conclui, afirmando que a criança como indivíduo social, afetivo e cognitivo,

tornando-se importante rever o papel das brincadeiras e jogos dentro da educação

infantil para sua formação.

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1. AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO, SEGUNDO

PIAGET E VYGOTSKY PARA AS BRINCADEIRAS E OS JOGOS

O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao

crescimento orgânico. A criança apresenta características próprias de sua idade,

onde através de estudos e pesquisas de Piaget podemos perceber que existem

formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo.

Porém, ao falarmos de desenvolvimento humano hoje, não podemos deixar

de citar o autor soviético Vygotsky, que estuda o desenvolvimento infantil a partir de

três aspectos: instrumental, cultural e histórico.

Desta forma, Piaget e Vygotsky apresentam concepções divergentes e

convergentes em suas teorizações. Segue as diferenças de abordagens das suas

teorias, com base em Castorina et al (2000) e Bock et al (1994):

a) Papel dos fatores internos e externos no desenvolvimento: Vygotsky: privilegia o ambiente social e a construção coletiva do saber. O

indivíduo dispõe a partir do ambiente em que vive ao acesso a instrumentos

físicos e simbólicos.

Piaget: privilegia a maturação biológica e aceita que os fatores internos

preponderam sobre os externos, por isso que o desenvolvimento segue uma

seqüência fixa e universal de estágios.

b) Quanto à construção do real: Vygotsky: a criança nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai

formando uma visão desse mundo através da interação com adultos ou

crianças mais experientes e depois realiza essas experiências. Procede-se

então do social para o individual.

Piaget: acredita que os conhecimentos são elaborados de acordo com o

estágio de desenvolvimento em que a criança se encontra. A visão particular

da criança sobre o mundo vai se aproximando da visão do adulto. Parte-se

assim do individual para o social.

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c) O papel da aprendizagem: Vygotsky: desenvolvimento e aprendizagem são processos distintos e

interdependentes, cada um tornando o outro possível, processos que se

influenciam reciprocamente.

Piaget: a aprendizagem depende do desenvolvimento, este de acordo com a

faixa etária que o indivíduo se encontra. Interação homem-meio.

d) Papel da linguagem e relação entre linguagem e pensamento: Vygotsky: um sistema lingüístico reorganiza os processos mentais infantis e

da forma ao pensamento. Pensamento e linguagem são processos

interdependentes desde o início da vida. A linguagem sistematiza a

experiência direta das crianças e por isso adquire função central no

desenvolvimento reorganizando processos que estão em andamento. É na

ligação entre pensamento e linguagem que se produz o pensamento verbal

estruturas de linguagem dominadas pelas crianças que passam a constituir as

estruturas básicas na forma de pensar. Linguagem posterior ao pensamento.

Piaget: a criança associa a linguagem para desenvolver o pensamento. O

pensamento verbal é marcado pelo animismo, realismo ou artificialismo.

Animismo é a projeção de vida a todas as coisas. Realismo confunde o objeto

com sua representação. Artificialismo é o que localiza no homem ou em algo

equivalente a origem de todas as coisas.

e) A contribuição para educação e o papel do educador nesta concepção: Vygotsky: a qualidade das trocas que se dão no plano verbal entre o

professor e o aluno irá influenciar na forma como as crianças tornam mais

complexo o seu pensamento e processam novas informações. Cabe ao

professor estimular a criança a vivenciar novas e diversificadas experiências e

a construção coletiva do conhecimento que ocorrerá o desenvolvimento da

aprendizagem.

Piaget: o professor deve levar em conta o desenvolvimento psicológico da

criança no período pré-escolar e trabalhar com material concreto para obter

um melhor desenvolvimento da aprendizagem. É fundamental a formação de

grupos, observando a faixa etária para troca de experiências e

15

desenvolvimento das habilidades de comunicação oral, de preferência sem a

interferência do professor, pois a criança deve ter autonomia, no sentido de

formar um pensamento operatório, inventar ou reinventar suas próprias

respostas.

1.1 O brincar para Piaget

De acordo com Bock et al (1994, p.84), na teoria de desenvolvimento

humano de Piaget, a criança conquista através da percepção e dos movimentos no

período sensório-motor (o recém-nascido e o lactente – 0 a 2 anos). Precede a

linguagem; não há ainda nenhuma consciência do eu.

Neste período, fica evidente que o desenvolvimento físico

acelerado é o suporte para o aparecimento de novas habilidades. Isto é, o

desenvolvimento ósseo muscular e neurológico permite a emergência de

novos comportamentos, como sentar-se, andar, o que propiciará um

domínio maior do ambiente (BOCK et al, 1994, p.85).

No período pré-operatório (a 1ª infância – 2 a 7 anos) a criança exclui toda

objetividade transformando o real em função dos seus desejos e fantasias (jogo

simbólico). Nesta fase temos a presença da função semiótica que pode ser

entendida como capacidade de representar (jogo simbólico, imitação, desenho,

imagem mental).

Com o domínio ampliado do mundo, seus interesses pelas diferentes

atividades e objetos se multiplicam onde o jogo torna-se importante e adequado para

a construção do conhecimento nos primeiros anos de vida.

É importante ainda considerar que, neste período, a maturação

neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas

habilidades, como a coordenação motora fina – pegar pequenos objetos

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com as pontas dos dedos, segurar o lápis corretamente fazer os delicados

movimentos exigidos pela escrita (BOCK et al, 1994, p.87).

Já no período operatório (a infância propriamente dita – 7 aos 12 anos),

o pensamento da criança começa a tornar-se reversível (a criança pensa com a

manipulação de objetos).

O último estágio, período das operações formais (a adolescência – 12

em diante), é caracterizado pela capacidade de abstração, pelo pensamento

hipotético dedutivo.

Com relação ao jogo, é uma atividade rica em estimulação e pode

conter o desafio necessário para provocar uma determinada aprendizagem ao liberar

um potencial existente, tendo como conseqüência uma situação de descoberta.

Inicialmente temos o jogo de exercício, onde a criança repete uma

determinada situação por ter gostado de seu efeito (puro prazer); por volta dos 2-3 e

5-6 anos temos a ocorrência dos jogos simbólicos, pois nesta fase a criança sente

necessidade de representar o acontecido e não apenas de relembrar mentalmente.

Posteriormente, irão surgir os jogos de regras, que se transmitem socialmente de

criança para criança e aumentam de importância com o progresso da vida social da

mesma.

A emoção da descoberta se torna, então, o motivo principal da

aprendizagem. Existem várias atividades que tem demonstrado um grande interesse

nas crianças, bem como a sua curiosidade, tais como: a pintura, o canto, a

expressão corporal, os jogos de construção, os jogos simbólicos, os jogos de areia e

de água, a argila e outros.

Essas atividades não apenas favorecem as aptidões das crianças, mas

também são através delas que desenvolvem o quadro cognitivo e as relações sócio-

afetivas.

1.2 O brincar na concepção de Vygotsky

17

Diferentemente de Piaget, Vygotsky considera que o desenvolvimento

acontece ao longo da vida onde se constrói as funções psicológicas superiores

sendo a afetividade, o cognitivo e a criatividade.

Assim o outro tem um papel fundamental no desenvolvimento, já que o sujeito

constitui suas formas de ação e consciência na sua relação com as pessoas. Desta

forma o sujeito não é ativo, nem passivo, ele é interativo.

Segundo Bock et al (1994, p.84), Vygotsky, estuda o desenvolvimento infantil

a partir de três aspectos: instrumental, cultural e histórico.

O aspecto instrumental se refere à natureza basicamente mediadora das

funções psicológicas complexas. Exemplo disso é amarrar um barbante no dedo

para lembrarmos de algo importante.

No aspecto cultural envolve os meios socialmente estruturados pelo qual a

sociedade organiza os tipos de tarefa que a criança em crescimento enfrenta, sendo

eles mentais como físicos. Podemos citar a linguagem como um dos instrumentos

básicos.

Com o aspecto cultural, o homem utiliza instrumentos para dominar seu

ambiente e seu próprio comportamento.

Assim, para Vygotsky, as crianças, desde o nascimento estão em constante

interação com os adultos, que ativamente procuram sempre incorporá-las a suas

relações e a sua cultura, onde no início, as respostas das crianças são dominadas

por processos naturais (herança biológica), através dos adultos os processos

psicológicos mais complexos tomam forma, como, por exemplo, amarrar o cadarço

do tênis.

De acordo com Rego (1995, p.80), para Vygotsky, o brinquedo é uma

importante fonte de promoção de desenvolvimento; apesar de não ser o aspecto

predominante da infância, ele exerce uma enorme influência no desenvolvimento

infantil.

O termo “brinquedo”, empregado por Vygotsky, num sentido amplo, se refere

principalmente à atividade, ao ato de brincar e dedica-se especialmente à

brincadeira de faz-de-conta.

Este tipo de brincadeira é característico nas crianças que

aprendem a falar, e que, portanto, já são capazes de representar

18

simbolicamente e de se envolver numa situação imaginária (VYGOTSKY,

1984 apud REGO, 1995, p.80).

Segundo Vygotsky (1984 apud REGO, 1995, p.81), através do

brinquedo, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de

motivações internas. Assim nesta fase pré-escolar ocorre uma diversificação entre

os campos de significado e da visão. Desta forma, o pensamento que antes era

determinado pelos objetos do exterior passa a ser regido pelas idéias.

A criança poderá utilizar materiais que servirão para

representar uma realidade ausente, por exemplo, uma vareta de madeira

como uma espada, um boneco como filho no jogo de casinha, papéis

cortados como dinheiro para ser usado na brincadeira de lojinha, etc.

Nesses casos ela será capaz de imaginar, abstrair as características dos

objetos reais (o boneco, a vareta e os pedaços de papel) e se deter no

significado definido pela brincadeira (VYGOTSKY, 1984 apud REGO, 1995,

p.81).

Por meio do brinquedo, a criança projeta-se nas atividades dos adultos

procurando ser coerente com os papéis assumidos. O esforço em desempenhar com

fidelidade aquilo que observa em sua realidade (dirigir um carro), faz com que ela

atue num nível bastante superior ao que na verdade se encontra.

Mesmo havendo uma significativa distância entre o

comportamento na vida real e o comportamento no brinquedo, a atuação no

mundo imaginário e o estabelecimento de regras a serem seguidas criam

uma zona de desenvolvimento proximal, na medida em que impulsionam

conceitos e processos em desenvolvimento (REGO, 1995, p.83).

Com os jogos (brinquedos), a criança passa a conseguir desvincular o

significado do signo. Ela é capaz de dizer que um cabo de vassoura é um cavalo,

19

porém, não consegue generalizar e dizer que uma bala é um cavalo pelo fato de não

usá-la como um cavalo.

Por meio das teorias abordadas, percebe-se que tanto Piaget como Vygotsky

abordam o brinquedo e o ato de brincar como sendo de extrema importância para o

desenvolvimento e a aprendizagem tendo várias características no que será

proposto para a criança em sua fase pré-escolar.

A teoria de Piaget apresenta também a dimensão

interacionista, mas sua ênfase é colocada na interação do sujeito com o

objeto físico; e, além disso, não está clara em sua teoria a função da

interação social no processo de conhecimento.

A teoria de Vygotsky, por outro lado, também apresenta um

aspecto construtivista, na medida em que busca explicar o aparecimento de

inovações e mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de

internalização (TEIXEIRA et al, 1994, p.94).

Em suma, o social é muito enfatizado em todo o trabalho de Vygotsky,

pois é através das relações sociais que o indivíduo desenvolve sua consciência,

enquanto Piaget dá uma maior importância aos aspectos internos.

Enquanto Vygotsky fala do faz-de-conta, Piaget do jogo simbólico, sendo os

dois correspondentes.

As crianças precisam levar em conta, enquanto brincavam suas experiências

anteriores. O jogo está diretamente relacionado com a liberdade, onde torna a

pessoa capaz de construir sua personalidade, de ser ela mesma, seja estando

sozinha ou na presença de outras crianças ou adultos.

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2. O PAPEL DO EDUCADOR NAS BRINCADEIRAS E JOGOS

A introdução das brincadeiras e jogos no contexto infantil inicia-se na pré-

escola. Desta forma, o educador tem um papel fundamental para o desenvolvimento

físico, moral e cognitivo da criança.

2.1 A ação do educador

O brincar na escola tem também uma função informativa para o

professor. Ao observar uma brincadeira e as inter-relações entre as crianças em sua

realização, o educador aprende bastante sobre seus interesses, podendo perceber o

nível de realização em que elas se encontram suas possibilidades de interação, sua

habilidade para conduzir-se de acordo com as regras do jogo, assim como suas

21

experiências do cotidiano e as regras de comportamento relevadas pelo jogo de faz-

de-conta.

A partir de suas observações, o educador terá condições de programar

atividades pedagógicas que desenvolvam os conceitos que as crianças já estão

constituindo e que sejam adequadas às possibilidades reais de interação e

compreensão que elas apresentam em determinado estágio de seu

desenvolvimento.

A ação do educador deve ser antes de tudo, refletida, planejada e, uma

vez executada, avaliada.

É importante que a ação do educador se oriente no sentido de ampliar

o repertório das crianças, não só do ponto de vista lingüístico, como também

cultural. Alimentar o imaginário infantil, de forma que as atividades das crianças se

enriqueçam, tornando-se mais complexas.

No planejamento precisam ser explicitados os conceitos a serem

desenvolvidos, os conteúdos a serem trabalhados e as expectativas de realização

das crianças. Assim, a partir desta definição, deve-se selecionar o tipo de atividade

que poderá ser ministrada para atingir tal fim, o qual poderá ser alguma forma de

jogo ou de expressão artística.

Ao educador cabe, então, a compreensão e o conhecimento da

evolução das crianças, pensarem que tipo de atividade propor, tendo clareza de

intenção, isto é, sabendo o que as crianças podem desenvolver com a atividade

proposta. É importante fazer o encaminhamento da atividade, ou seja, a definição de

como ela será realizada, prevendo a ocupação do espaço e o limite do tempo, de

acordo com a natureza da própria atividade, permitindo a realização dos movimentos

em sua amplitude.

2.2 A participação do educador nos jogos e brincadeiras

As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e de regras,

propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio de atividade física.

O adulto, na figura do professor, é que, na educação infantil, auxilia a

estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Conseqüentemente é ele

que organiza sua base estrutural através da oferta de determinados objetos,

22

fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços, e do tempo

para brincar.

Através das brincadeiras das crianças, o professor tem a possibilidade

de observar e construir uma visão dos processos de desenvolvimento das mesmas,

em conjunto ou em particular, registrando suas capacidades sociais, emocionais e

dos recursos afetivos que dispõem.

Segundo Kishimoto (1996 apud BARBOSA, 1997, p. 400), o jogo

vincula-se ao sonho, à imaginação, ao pensamento e ao símbolo. Em uma atividade

espontânea e imaginativa é importante que o professor tenha claro que na

brincadeira as crianças recreiam e confirmam aquilo que já sabem sobre as mais

diversas áreas do conhecimento. Nessa perspectiva, não se devem confundir

situações nas quais se objetivam determinadas aprendizagens relativas a conceitos,

procedimentos ou atitudes explicitas, com aquelas nas quais os conhecimentos são

experimentados de uma maneira espontânea e destituídos de objetivos imediatos.

A intervenção do professor é fundamental para que as crianças

possam em situações de interação social ou sozinha, ampliar suas capacidades de

apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por

meio da expressão e comunicação de sentimentos e de idéias, da experimentação,

da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e

brinquedos.

Para isso, o professor tem que ter claro e considerar as singularidades

das crianças de diferentes faixas etárias. Nessa perspectiva o educador tem o papel

de mediador entre as crianças e os objetivos de conhecimento. Na educação infantil,

a figura do professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, cuja função

é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de

experiências educacionais e sociais variadas.

A criança deve ser estimulada enquanto brinca, deve ser questionada. Assim

a presença de um adulto se torna indispensável. Porém, o adulto jamais deve impor

que a criança brinque com o colega que está brincando ao seu lado, não deve impor

regras, deve sim faze-la pensar, estimula-la a achar soluções para seus problemas

sozinhas.

23

3. ESTUDO DE CASO

a) Método e Objetivo do Trabalho:

Durante a elaboração deste trabalho, foi realizada uma pesquisa de caráter

teórico descritivo e a metodologia utilizada é exclusivamente bibliográfica com

estudo de caso de crianças dos 02 aos 07 anos através de observação dos

alunos do Colégio Futuro (unidade Vila Ré) da rede particular de ensino do

Estado de São Paulo.

• Objetivo do trabalho: analisar as influências que estas brincadeiras e

jogos trazem para o processo de ensino aprendizagem da criança.

24

b) Histórico da Instituição:

O Colégio Futuro se estabeleceu na Vila Ré há 15 anos com apenas

um grupo de educadores idealistas com a larga experiência nos diferentes níveis de

ensino que a maioria possuía.

Hoje o Colégio Futuro é um complexo educacional atendendo: a

Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e o Ensino Técnico em

Informática, utilizando o sistema de ensino que privilegia o material didático do

Objetivo.

O Colégio Futuro tem um complexo educacional com várias unidades:

Unidade I: Colégio Futuro Vila Ré (Educação Infantil, Ensino Fundamental,

Ensino Médio e Educação Profissional).

Unidade II: Colégio Futuro Anália Franco (Educação Infantil e Ensino

Fundamental).

Unidade III: Centro Esportivo Futuro (Educação Física e turmas de

treinamento).

25

Unidade IV: Academia Futuro (Natação, Hidroginástica, Artes Marciais,

Musculação e Ginástica).

c) Participantes:

A população, objeto desta avaliação, foi constituída pelo universo de 62

alunos da pré-escola já mencionada, na faixa etária de 02 a 07 anos.

d) Roteiro de observação das crianças:

Observar como cada criança comporta-se em diferentes atividades:

Se ela era ativa ou passiva à atividade.

Quais eram as partes do corpo que ela observava (seu envolvimento físico).

Qual era o tipo de afetividade que ela expressava em cada atividade.

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O tipo de envolvimento social de sua preferência em cada atividade (brincar

em grupo, com um colega, com o professor ou sozinha).

e) Procedimento:

Primeiramente realizamos uns levantamentos bibliográficos, que subsidiou a

elaboração dos roteiros, entramos em contato com a Diretora do Colégio Futuro para

verificar se haveria a possibilidade de realizar uma pesquisa em sua escola, nas

aulas de Educação Física Escolar e Natação ministrada por nós mesmos.

As observações das atividades e dos estilos das crianças foram feitas

em dois dias, sendo um dia nas aulas de Educação Física Escolar e um dia nas

aulas de Natação.

As atividades foram praticamente iguais em todas as séries porém, variamos

o grau de dificuldade das tarefas, a complexidade, a exigência quanto às respostas

dos alunos e aos resultados por eles alcançados.

f) Atividades ministradas nas aulas de Educação Física Escolar

Turmas Jardim I e II: primeiramente, pedimos para que os alunos retirassem

o tênis e a meia sem o auxílio de um adulto e os colocassem no canto da

quadra. Fizeram várias combinações, como andar com passos gigantes,

iguais a um gigante; andar igual ao gato, cachorro, leão, maçado, etc; correr

(galopar) igual ao cavalo; andar (rastejar) igual ao jacaré; andar (engatinhar)

igual a um nenê; marchar igual a um soldado; voar igual ao avião, ao

passado; correr igual a uma ambulância, carro de bombeiro, etc; rolar igual a

uma bola; andar em silêncio, sem fazer barulho; andar batendo palmas,

pisando forte no chão. Após as atividades as crianças tiveram que tentar

calçar a meia e o tênis sozinhos, somente com a nossa orientação e auxílio.

Turma Pré: distribuímos folhas espalhadas pela quadra. Ao sinal do

professor, as crianças devam fazer várias combinações, como andar sem

pisar nas folhas, procurando desviar deles, sem se chocar com os

companheiros, saltando as folhas e saltando sobre as folhas. Ao nosso sinal,

as crianças (cada uma com uma folha de jornal) verificaram: quem conseguia

27

andar com a folha sobre a cabeça; quem conseguia colocar a folha no chão e

enrolá-la, procurando fazer um bastão (colocar o bastão entre as pernas,

fazer “cavalinho” e correr); quem conseguia jogar o bastão mais alto; quem

conseguia amassar a folha de jornal, procurando fazer uma bola, e jogá-la

mais alto; quem conseguia jogar a bola mais longe; quem conseguia chutar a

bola mais forte. Após atividades as crianças tiveram que jogar a folha de

jornal no lixo deixando a quadra limpa e tentar calçar a meia e o tênis

sozinhos, somente com a nossa orientação e auxílio.

28

29

g) tividades minis

om duas especializações no exterior, uma na Flórida em 1996 e outra na

Austrália em 1998 e 1999, a professora Vanessa Rodrigues de Deus Loureiro segue

a metodologia Swim American que aqui no Brasil é conhecida por Swim Brazil.

sta metodologia vem trabalhar o melhor da Natação em cinco fases. São

elas:

Primeira Fase: Piscininha (crianças de 06 meses a 06 anos)

Segunda Fase: Iniciação (crianças 07 anos em diante)

Quarta ase: Avançado

A tradas nas aulas de Natação

C

E

Terceira Fase: Intermediário

F

30

Qu

to e

respei

r a técnica adequada para o aluno sendo bem individualizado. Diferente da

estilos para

íficas para crianças, pois trabalha além da

idades estimuladas por música e materiais

r e executar os movimentos se divertindo.

onta, desafios e independência maior dos movimentos, sendo trabalhado

mbém por fase e com musicalidade.

inta Fase: Treinamento

O aluno vai mudando de fase de acordo com o seu desenvolvimen

tando a sua faixa etária. Desta forma, o professor tem tempo suficiente para

passa

metodologia convencional da Natação que o professor ensina todos os

uma turma da mesma maneira.

As duas primeiras fases são espec

Natação a sua parte lúdica com ativ

didáticos.

Turma Jardim I e II: a criança nesta faixa etária trabalha sobrevivência,

desenvolve a noção de lateralidade e direção, noção viso espacial,

motricidade ampla e fina, espírito em grupo e independência dos pais com

atividades de faz-de-conta e desafios. A aula toda é trabalhada com música

onde a criança irá interagi

Turma Pré: trabalho de sobrevivência ao meio líquido com atividades de faz-

de-c

ta

Exemplos de música:

Educativo Musical (objetivo) Música

Iniciar a aula:

Atenção

Concentração

Vai começar

A Natação

Colocar os pés da criança no chão e fazer Pula-pula pipoquinha

imersão: Pula-pula sem parar

Vamos dar uma voltinha

Preparar pra mergulhar

Noção de lateralidade e direção: Oh tra lá lá lá lá... lá oh!

Oh tra lá lá lá lá... lá oh!

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Oh tra lá lá lá lá

Oh tra lá lá lá lá

Oh tra lá lá lá lá... lá oh!

As flores já não crescem mais

Até o alecrim murchou

O sapo se mandou

O lambari morreu

Porque o ribeirão secou

Batimento de perna frontal e dorsal: Bate perninha

Bate sem parar

Bate perninha pro peixinho acordar

Fixação na borda da piscina: Morceguinho, morceguinho

Vou ficar, vou ficar

Bem grudadinho, bem grudadinho

Até cansar, até cansar

Iniciação a braçada (cachorrinho): Cavoca, cavoca

Pra achar minhoca

Cavoca um buraquinho

Pra achar um tatuzinho

Cavoca um buracão

Pra achar um tatuzão

Iniciação a braçada frontal e dorsal: Pega o pexinho

E dá pro passarinho

Pega o peixão

E dá pro gavião

32

33

h) Análise dos resultados desta pesquisa:

As crianças observadas brincaram predominantemente em grupo, o que é

explicável segundo a teoria de Piaget, pois na fase em que se encontram (período

pré-operacional passando para o período operacional concreto) sentem a

necessidade de brincar com os colegas e não em brincar ao lado do colega e dizer

que estão brincando em grupo.

As crianças falam muito neste período, o que também é importante, pois

quando fala com os amigos, com o professor, com os pais e brincando em grupo

favorece o seu desenvolvimento.

Através das brincadeiras, pudemos perceber que houve a construção das

funções psicológicas superiores (a afetividade, o cognitivo e a criatividade), segundo

Vygotsky.

Com o trabalho em grupo a criança constitui suas formas de ação e

consciência na sua relação com as pessoas. Mesmo a Educação Física Escolar e a

Natação sendo uma atividade de nível predominantemente ativo, com relação às

partes do corpo e sentidos envolvidos, todo o corpo está igualmente envolvido.

Desta forma o sujeito não é ativo, nem passivo, ele é interativo.

Quanto ao envolvimento cognitivo os processos desencadeados eram o de

elaboração e de criação. A característica afetiva das atividades é a verbalização e a

criatividade o envolvimento social possibilitando os estilos grupais e a busca por

associações. O pensamento que antes era determinado pelos objetos do exterior

passa a ser regido pelas idéias que elas podem criar com aquele objeto.

As escolas devem fornecer materiais adequados, assim como o espaço

estruturado, permitindo o enriquecimento da imaginação e da criatividade da criança.

Desta forma, pudemos observar através da nossa pesquisa que a

utilização do lúdico com brincadeiras e jogos tanto nas aulas de Educação Física

Escolar como na Natação a criança aprende mais facilmente, adquirindo assim uma

maior influência verbal e corporal, onde a escola torna-se um ambiente prazeroso

para o constante desenvolvimento emocional, motor e cognitivo do aluno.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em casa e nas escolas de Educação Infantil, tem surgido

constantemente a pergunta sobre a importância da brincadeira ou jogos para o

desenvolvimento infantil e sobre o lugar que deve ocupar na educação das crianças.

Reconhecer o direito da criança de brincar é um dos resultados deste

trabalho, bem como deveria ser o reconhecimento de todos os profissionais da área

de educação.

Isto porque, a representação que se tem da criança e de sua atividade

lúdica resultará nos procedimentos educacionais com a criança, o que determinará

como os adultos se relacionam com o brincar da criança.

As brincadeiras e jogos são considerados fatos universais, a sua linguagem

pode ser compreendida por todas as crianças do mundo. Brincar exige concentração

durante uma grande quantidade de tempo, desenvolvendo a iniciativa, a imaginação

e o interesse pelos envolvidos. É o mais completo dos processos educativos,

influenciando o desenvolvimento do intelecto, a parte emocional e o corpo das

crianças.

As crianças têm várias maneiras de brincar, podem tanto brincar sozinhas

como em grupo. Quando pequenas brincam, com mais freqüência, sozinha ou em

pequenos grupos. Isto ocorre porque seu mundo, de uma certa maneira, é restrito e

ela não tem condições de brincar ao mesmo tempo com muitas pessoas.

Quando as crianças brincam juntas, uma influência a outra na maneira de

brincar, ocorrendo à integração de uma ou mais pessoas entre si mesma ou sobre

os objetos, e desta forma fica mais evidente o papel fundamental que a educação

infantil tem na vida da criança.

É nesse sentido que acredito ser necessário desenvolver trabalhos de

formação permanente para professores e educadores físicos de diversas

instituições, a fim de aprofundar a relação criança com brincadeiras e jogos do ponto

de vista educacional.

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