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Coletânea de artigos. Alguns são artigos leves, outros bem mais profundos. Alguns têm origem em trabalhos acadêmicos e foram simplificados para essa edição, estando disponíveis inclusive pela internet, suas versões completas e anotadas. Há artigos bem recentes e outros de mais de dez anos. Novo livro publicado. Não necessariamente novos textos, pois se trata de uma coletânea de Públio Athayde: "Juntei alguns artigos espalhados (mentira: estavam todos na mesma pasta do computador), selecionei bastante (outra mentira: coloquei tudo que era pertinente) e organizei esse livrinho eletrônico com o que prestava (ou eu pensei assim).

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Este texto foi revisado, preparado e composto pela Editora Keimelion. [email protected]

http://editorakeimelion.blogspot.com/ (31)3244-1245

©Públio Athayde

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PÚBLIO ATHAYDE

Articulando

2009

Dedico este livro a André Legos E à memória de

Cláudio de Castro e Silva, Meu mestre na arte de detratar.

� As pessoas que não são inteligentes

costumam não entender como a inteligência funciona.

Sumário A morte do subjuntivo e a falta de fé no sujeito ................ 9

A cruz e o beijo ............................................................... 12

América Latina, século XXI ............................................. 15

Aos voluntários nas ONGs .............................................. 17

Assunção ou ascensão? .................................................. 18

©Públio Athayde ........................................................... 20

Causa Perdida ................................................................ 23

Considerando ................................................................. 27

Cursos sequenciais: vigarice com rubrica do MEC ............ 30

Defendendo o texto ....................................................... 32

Deletar, excluir, bloquear ............................................... 34

Eu “Ouro Preto” ............................................................. 37

Fé e confiança ................................................................ 40

Foto ilustrativa .............................................................. 43

Fraude Acadêmica ......................................................... 45

Integração do Brasil ....................................................... 48

Julio Meiron: mostra a cobra e mata a pau..................... 52

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Leilões & Presentes. ........................................................ 54

Medida Procrastinatória ................................................. 56

O Brasil na nova ordem .................................................. 57

O mercado da nova ordem mundial ................................ 61

Panorama internacional ................................................. 64

Problemas para o Brasil .................................................. 73

Panóptico da contemporaneidade: “Une surveillance

impossibile”. .................................................................. 75

Parabéns pra você – pra mim!........................................ 82

Pentassexual .................................................................. 84

Quod Tibi Fieri Non Vis, Alteri Ne Feceris ......................... 87

Popularidade no Google ................................................. 92

Reveillon em Buenos Aires .............................................. 97

Significação .................................................................. 101

Taxonomia do Senado Federal ...................................... 104

Vencer a eleição ........................................................... 107

Xadrez e escolha racional: aplicação lúdica da teoria dos

jogos ............................................................................ 113

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Públio Athayde

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� Corte epistemológico é o golpe que se dá no nó

górgio do conhecimento.

Articulando

9

A morte do subjuntivo e a

falta de fé no sujeito

Leitor compulsivo e ex officio que sou, além de bom ouvinte da nossa língua, tenho observado os dois fenômenos do título, para os quais chamo a atenção dos interessados: o subjuntivo, aquela forma verbal que a gente estudava usando se, que e quando, para ajudar a decorar, está morrendo, morre do que morrem os recursos e as belezas do vernáculo, da falta de uso; quanto ao sujeito, a-quele trapinho da oração que pratica ou recebe uma ação, perdeu toda a credibilidade, talvez seja por estarmos tratando de sujeitos brasileiros ou portugueses em sua maioria, já mesmo um tanto desacreditados no mercado.

Por mais que minha observação não seja produto de nenhuma investigação criteriosa e minha análi-se não se revista de aparato linguístico profissio-nal, o que ressalto são apenas dois pontos que têm me causado incômodo.

A primeira questão, a agonia da forma verbal, te-nho observado principalmente nos textos escritos. Acredito mesmo que o óbito do subjuntivo já tenha sido devidamente atestado na fala, ressalvando-se algum erudito que cisme em falar como escreve, talvez por muito escrever, mas ele é a andorinha que não faz verão. Mas tem sido novo para mim, e um pouco incômodo, dar com construções como: “algum erudito que cisma em falar” – “talvez é por estarmos tratando” – “minha análise não se reves-te de aparato linguístico”. Dá para se ouvir essas coisas sem arrepiar, mas minha reclamação é que

Públio Athayde

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estamos lendo isso constantemente, raríssimo o uso daquele modo verbal mesmo em textos. Va-mos destacar a função do subjuntivo para dar a ele algum alento: modo verbal “que expressa a ação ou estado denotado pelo verbo como um fato irreal, ou simplesmente possível ou desejado, ou que emite sobre o fato real um julgamento”. Pala-vras de mestre Houaiss. Se for irreal, possibilidade ou desejo, ou se for uma opinião, um juízo, uma hipótese, o enunciado que venha no subjuntivo. Guardemos o modo indicativo, o mais vira-latas das conjugações, para as coisas certas e bem sa-bidas: “Dá para se ouvir essas coisas” – “ele é a andorinha que não faz verão” – “Vamos destacar a função do subjuntivo”.

O descrédito no sujeito é fenômeno recorrente na fala, a mais dinâmica das facetas das línguas. Fico me perguntando se tal ocorrência tem algum fun-damento psicossocial, por estamos mesmo per-dendo nossas fés, ou por as pessoas estarem mesmo merecendo desconfiança. O fenômeno o-corre porque as pessoas estão separando o sujeito do resto da fala por uma pausa, para pensar o que dizer – ou mentir – mas na escrita essa pausa é representada por vírgula e ocorre que a danada da vírgula não pode se meter entre o sujeito e o pre-dicado; a vírgula é a colher de pau entre o marido (sujeito) e a mulher (predicado). Então sapecam um pronome, depois da pausa, para ele substituir o sujeito e fazer o serviço dele: “O descrédito no sujeito, ele é fenômeno…” – “A primeira questão, ela tem sido observada…” – “O fenômeno, ele o-corre porque as pessoas…” Nada errado nessas construções, erro formal não há. Minha implicância é com a recorrência delas. É bem verdade que al-guns sujeitos não merecem mesmo nenhuma con-

Articulando

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fiança, mas todos eles? Qual o problema em po-darmos boa parte desses pronomes e vírgulas, deixando os sujeitos livremente recebendo ou pra-ticando as ações que lhes são devidas? Acredito que as pessoas, ao falar, ganhem credibilidade em seu discurso e maior fluência se passarem a ter fé nos sujeitos e suprimirem de suas declarações boa parte desse artifício de raciocínio ou falseamento.

A ressurreição do subjuntivo empresta aos verbos o sentido mais próprio e a confiança no sujeito se reflete na fidedignidade do discurso. Assim tenho pensado.

� Eu vou arrumar minhas palavras-valise pra viajar

de palavra-ônibus!

Públio Athayde

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A cruz e o beijo

Duas manifestações estéticas cujas referências cristãs diretas e polêmicas têm dado motivo a con-testações por parte de pessoas que se sentem o-fendidas. As pessoas recorrem ao poder público, a quem as duas peças pertencem, patrimônio que são de municipalidades, uma na Argentina, outra na Itália. As pessoas denunciam ao clero romano das respectivas dioceses. O clero pressiona os go-vernos. E os governos, lá e cá dão ouvido às quei-xas, porém respondem ambos no sentido de que preservarão integralmente o direito da manifesta-ção estética de cada um dos artistas e exercerão o próprio direito de expor as obras.

La Historia de Amor más Grande, más Bella y más Heroica de Todos los Tiempos, fotomontagem de Mauro Guzmán exposta no Museu Castagnino em Buenos Aires que mostra o Super-Homem beijando Cristo.

Zuerst die fusse (primeiro os pés), assemblage de Martin Kippenberger, exposta no Museion, museu de Bolzano, Itália, mostra uma rã verde crucifica-da.

Não farei aqui crítica estética dos objetos, mas informo que tenho apreciação favorável de ambos. É bem claro que os artistas jogaram contra valores estabelecidos, contestando-os ou mesmo os rea-firmando, dependendo da leitura que se faça de cada peça, já que ambas permitem interpretações muito amplas.

Quero apontar outra abordagem sobre esses epi-sódios, qual seja o discurso dos poderes públicos,

Públio Athayde Este e outros livros estão disponíveis para compra pelo sistema de impressão sob demanda! Estou preparando para disponibilizar todos meus trabalhos. Com o apoio de meus leitores, milhares, que se dispuseram a ler meus trabalhos nas versões e-book. Agora eles podem ser impressos! Acesse http://clubedeautores.com.br/ e pesquise por meu nome. Se este link estiver disponível, ele vai diretamente à minha página lá: http://migre.me/at4p

Articulando Coletânea de artigos. Alguns são artigos leves, outros bem mais profundos. Alguns têm origem em trabalhos acadêmicos e foram simplificados para essa edição, estando disponíveis inclusive pela internet, suas versões completas e anotadas. Há artigos bem recentes e outros de mais de dez anos. Novo livro publicado. Não necessariamente novos textos, pois se trata de uma coletânea

de Públio Athayde: "Juntei alguns artigos espalhados (mentira: estavam todos na mesma pasta do computador), selecionei bastante (outra mentira: coloquei tudo que era pertinente) e organizei esse livrinho eletrônico com o que prestava (ou eu pensei assim). O bacana é a facilidade, o baixo custo (zero) e a provisoriedade: tudo pode e vai ser revisado montes de vezes e nunca estará perfeito."

Clique nos links.

O objetivo deste

Manual Keimelion 2010 para redação acadêmica é subsidiar a produção de textos científicos, fornecer elementos para que os aspectos linguísticos e formais não constituam grandes obstáculos ao trabalho. Espera-se que aqui se encontrem algumas indicações de procedimentos a serem seguidos ou evitados. São fornecidas sugestões de apresentação dos trabalhos, de

acordo com as usuais formatações e regras de referência. Note-se que há enormes variações entre as diferentes instituições quanto a esses aspectos. As formas propostas são síntese simplificada das exigências genéricas. Este trabalho é fruto de minha experiência como revisor, atuando especificamente com teses e dissertações ao longo de mais de dez anos.

Camonianas Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação.

Clique nos links.

Confissões “confissões/ foram tantas/ nas lições/ que me cantas”. Mais poesias de Públio Athayde; desta vez, poesia confessional. Crônica completa de um amor do passado em sonetos livremente acrósticos. Todo ilustrado com fotos de Ouro Preto antigas.

Dirceu Sonetos Bem(e)Ditos

Quatorze versos cada poema de vário amor absolutamente bandido. Uma contorção de quem subtrai a Musa ao tango para trazê-la a um sabá orgírico em ritmo de seresta. Poesia-tese é a resposta que Doroteu nos oferece...

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Marília & Dirceu Um triângulo de dois vértices

Teatro. Drama em um ato de Públio Athayde sobre textos de Tomas Antônio Gonzaga, José Benedito Donadon-Leal e Públio Athayde. Ao fundo do palco vêem-se a casa de Marília e, em último plano, o IItacolomi, nos lados, altares "barrocos" com ícones

gregos mencionados no texto; alguns móveis, dois leitos e adereços de época, velas acesas, luzes cambiantes entre os vários ambientes de cena.

Sonetos para Ser entendido “É o próprio título que talvez forneça a principal chave de leitura

dos textos: algo como uma ascese para se chegar ao entendimento e ser um entendido em paz neste mundo. O leitor, além disso, deve se manter atento, tal como o poeta nos adverte o poema “De atalaia”: “Porque coisa escondida existe / Até no mais óbvio do chiste.” [...] Como sabemos, o cômico, a ironia, o grotesco, o escatológico, o blasfemo, o chulo são territórios considerados menos nobres na

literatura, ainda sob o império do apolíneo. São raros, portanto, os autores que levam a sério a pesquisa desses territórios e sabemos de sua luta para terem as respectivas obras reconhecidas. [...] Encerro no poema “Pátria”, da sessão “Sonetos infantis”, que foi escrito quando Públio era ainda um menino e acreditava em tantas coisas importantes. É porque no centro do riso mora uma pungência insofismável. " Ronald Polito

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Eu Ouro Preto Tópicos de História: Arquitetura,

Música, Documento, Conservação Públio Athayde

Este livro congrega seis artigos com uma temática comum apaixonante: Ouro Preto. Os olhos do historiador ouropretano convergem para a paisagem, a arquitetura, a música e o povo desta cidade, para as relações destes elementos nos tempos

passado e presente de modo inequivocamente passional, mesmo considerada a abordagem metódica e a pretensa erudição. A paixão, confessa no primeiro artigo (Eu “Ouro Preto”), se desdobra em considerações topográficas sobre os templos coloniais (Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto). A mesma paixão visceral que aguça os ouvidos para sons reais e imaginários (Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso) relê a poesia arcádica situando física e politicamente as referências do poeta detrator (As cartas chilenas: carta terceira, notas de leitura). Ainda com os olhos voltados para o passado, e nada é mais presente no passado que a morte, abstrair de algumas lápides os resquícios das paixões de outras épocas é tarefa inglória e fascinante (Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo), tanto quanto querer apontar nos requícios já arqueológicos da mineração aurífera (Curral de Pedras: abandono e omissão) as tensões vividas em uma época anterior cujas marcas estão por todo lado, cravadas na essência da brasilidade. A retórica da história clama em coros dissonantes e cada vagido é repleto de significâncias, todas elas se articulando para dar significado ao que somos. Cada olhar sobre a Ouro Preto de outrora completa a visão que temos de nós mesmos, quer como agentes de uma existência em contínua construção, quer como amantes do pretérito edificado em magnífica herança.

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As Quatro Estações Mimeses

Este trabalho apresenta as mimeses transversais entre duas leituras contemporâneas de duas obras do século XVIII e discute a invenção baseada em emulações sobre As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi. O engenho focado é um conjunto pictórico capaz de representar simultaneamente as Quatro Estações

como ciclo temporal e metáfora das fases da vida. A composição pictórica integra elementos formais da iconografia antiga a elementos da linguagem plástica contemporânea tendo como referenciais: a iconografia de Cesare Ripa e o trabalho de Amílcar de Castro. A proposta inclui aspectos transdisciplinares entre poesia, a música e a pintura. Uma das leituras, a literária, feita nos últimos anos do século passado, e outra o Programa Iconográfico, mais recente ainda, dos primeiros anos do XXI. Essa sobreposição de mimeses, além da emulação entre artes distintas, compreende a transversalidade da leitura interpretativa. O objetivo do Programa Iconográfico em questão não foi fazer doutrina da percepção sensorial, estética ou intersemiológica. A pretensão foi a da produção artística. Ao cabo do processo, esse livro discute a investigação que resultou na pintura e os resultados dela.

Adquira livros, presenteie livros. Acesse http://clubedeautores.com.br/ e pesquise por meu nome: Públio Athayde Se este link estiver disponível, ele vai diretamente à minha página lá: http://migre.me/at4p

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40

Fé e confiança

Geralmente andam juntas, mas entendo que fé e confiança sejam conceitos bem distintos. Essa a-firmativa pode ser incômoda, certamente é provo-cativa. Mas quero que me entendam desde já co-mo respeitador das fés alheias e confiante na boa fé das pessoas.

Meu conceito de fé é que ela seja a crença irracio-nal naquilo que é improvável; irracional no sentido de que não pode ser racionalizada, não pode ser demonstrada, estando acima da capacidade dedu-tiva e além da constatação empírica; improvável nos sentidos de que não é passível de prova e de que a hipótese fática seja remota. Fé é uma cren-ça exprimível, partilhável, apesar de amplamente subjetiva, mas abstrata e complexa em sua gêne-se. Tem origens sociais, psicológicas e culturais.

Compreendo a confiança como a crença baseada no juízo de probabilidades e na experiência. A con-fiança pode ser demonstrada, os fatores que a constituem são relacionáveis e constituídos de e-ventos empíricos. Quando existe razoável parcela de probabilidade de que aqueles eventos se repi-tam, ou se reproduzam assemelhadamente, e de que as mesmas relações se processem, dizemos que temos confiança. Confiança é então a crença demonstrável, exprimível, complexa sim, mas seus graus de abstração e subjetividade são muito me-nores. Não tem relevantes fatores psicológicos intervenientes, tem menores influências sociais ou culturais que a fé.

Não tratarei de religião – que é seara alheia, mas de política – que é onde minha ignorância é um

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61

O mercado da nova ordem

mundial

O que tenho ao chamado mercado é o conjunto de ofertas e demandas em três áreas específicas, mas nem sempre dissociáveis: política, econômica e social. Se em uma destas áreas a oferta ou a demanda tenderem a zero, inexiste ali o mercado. As demandas políticas (exemplificando, que é mais fácil que definir) são aquelas por participação no processo decisório, na escolha de dirigentes; as econômicas são aquelas por determinados níveis de renda, por acesso ao trabalho, por participação nos lucros, por capitais; as sociais são aquelas por segurança coletiva e privada, por seguridade soci-al, por acesso aos bens coletivos. Mas muitas ve-zes estes campos não são estanques, pois uma das vias do processamento de demanda social ou econômica é pela a política; outros ordenamentos são possíveis. É por isso que considero que, para o efeito da superficialidade com que se está abor-dando cada aspecto, pode-se aqui considerar a demanda e a oferta destas três áreas agregada-mente. Considero mesmo que quase sempre se canaliza a demanda por mais de um canal simul-taneamente.

O que importa observar é que houve recentemen-te profunda modificação (e ampliação) nas ofertas deste mercado, em termos globais, e que as de-mandas se transformaram fundamentalmente.

Do ponto de vista político, passou a haver oferta muito mais importante de participação, em que se considere que a grande maioria dos países hoje

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apresente quadros mais ou menos próximos de democracias pluralistas, ou pelo menos bem dis-tantes de sistemas totalitários ou regimes burocrá-tico-militares vigorantes a partir de uma década e antes disso. Nestes casos, de democratização re-cente, em geral uma das mais importantes de-mandas passou a ser a da consolidação democrá-tica, a manutenção das ofertas de participação nos parâmetros já alcançados ou em ainda melhores. Estas demandas vão em direção de institucionali-zação de pactos e outros mecanismos autônomos de estratégias eficazes para contornar os conflitos existentes nas democracias. Mas, de modo geral, no mundo de hoje, se aceita muito mais a dúvida característica do processo decisório democrático como componente de incerteza num mercado no qual não se pode ganhar sempre, este aspecto é ainda diferente que ocorria há não muitos anos, em termos globais, em muitos lugares particular-mente e entre nós inclusive. O que é melhor, têm-se aceito mais e mais as instituições como fórum para processamento das incertezas democráticas.

Do ponto de vista social, tendo surgido demandas diferentes, o mais notável, entretanto, é que estas demandas têm sido processadas de formas muitas vezes diferentes das que seriam habituais a alguns anos. A via institucional é constante, mas nem sempre a via governamental é a escolhida. Muitas vezes demandas sociais contrariam interesses e-conômicos e políticos muito fortes, e têm, não obs-tante sido atendidas. A correlação de forças entre os componentes político, econômico e social se tornou mais equilibrada, no meu entender, ou, no mínimo, menos desigual.

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64

Panorama internacional

O primeiro aspecto que pretendo apontar é a questão do liberalismo e do neoliberalismo. Toma-do um pelo outro, compreendido em sua forma atual como a unanimidade praticada pelo mercado global, há ainda uma série de realidades diferen-tes nas quais pretende-se que se pratique a mes-ma doutrina (ou exerça a mesma prática) econô-mica; as discrepâncias entre os hemisférios Norte e Sul, ao contrário de diminuírem, vêm se recru-descendo; dentro do Brasil, a distância entre os mais pobres e os mais ricos é maior nos últimos anos, e a proporção entre uns e outros é ainda mais desigual, na maioria dos NICs a realidade não é muito melhor que aqui. Mesmo no primeiro mundo, malgrado o gigantesco esforço financeiro e gerencial dos países mais ricos, há ainda enorme fosso entre o Oeste (principalmente os países de democracia estável desde a Segunda Guerra) e o Leste (recém advindo do socialismo). A este res-peito tratou Helmut Koln em artigo já há alguns anos; por outro lado, há pluralidade de liberalis-mos (como movimento de ideias, origens distintas, concepções de estado) que, se ultrapassarmos o extrato comum estabelecido pela economia de mercado e pelo estado mínimo, já estaremos em tantas vertentes quantos são os autores que se dedicam ao tema. Mas também não é o aspecto da gênese ou a tipificação do liberalismo que importa aqui centralmente. O cerne da questão é se o libe-ralismo é viável, se é compatível com a democra-cia procedimental (de Bobbio, ainda) ou qualquer outra, e se será a alternativa para integrar parce-las cada vez mais abrangentes ao mercado eco-

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Reveillon em Buenos Aires

Passei o um por lá, então aqui estão algumas im-pressões que podem ajudar a programar ou desis-tir dessa empreitada portenha. Quanto aos luga-res, imagino que a maior animação bonairense seja o cemitério da Recoleta, a turistada fica toda em volta… Você já esteve lá? Aprendi que aquele povo não enterra os mortos, eles os preservam em caixões que ficam à mostra, em prateleiras nos sepulcros. Bem, a visita à necrópole é programa diurno, mas a noite é animadíssima em volta dela; um regalo pra quem ama o vinho. Os preços estão vis. Mudei de ano num buteco chamado Saara, naquela região. Hei de me lembrar de tomar mais uma garrafa de espumante ao voltar lá – naquela terra eles ainda chamam vinho espumante de champanha, só não sei se pra Alka-Seltzer tam-bém usam a mesma palavra.

Para comer, fuja como o diabo foge da cruz de qualquer restaurante que tenha as palavras PA-RILLA ou PAPAS no cardápio – são armadilhas para turistas. Questão de sobrevivência básica ficar longe deles. Os restaurantes espanhois por lá são bons e os italianos razoáveis. Para o café da ma-nhã, leve uma marmita com algumas cochinhas e pães de queijo, se você for sujeito a algum tipo de crise pela abstinência desses alimentos. Ah, as tais das media lunas não são médias de café-com-leite não, nem degrau na escala pequena-média-grande: trata-se de um croissant mal amassado. Sobrevivi àquela coisa chamada parillada comple-ta! Urgh! Mas não é para qualquer estômago não. E comi em Porto Madero muito bem.

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101

Significação

Para representar as metáforas a serem emuladas são levantados os signos mais representativos. Tomemos as quatro estações, por exemplo. Uma cena ou paisagem situadas em estação do ano bem determinada geralmente correspondem ao estado de alma do sonhador. As cenas alegres a-contecem quase sempre na primavera ou verão, os sonhos de renascimento na primavera. Não obstante, com maior frequência se tem consciên-cia do elemento característico da estação (por e-xemplo: sol muito forte, brotos nas árvores ou ne-ve que cai) antes da estação em conjunto. Na in-terpretação, há que se ter em conta tanto o ele-mento subjetivo dominante quanto a estação em si mesma. Tanto os signos quanto os significados se codificaram em representações metafóricas e repletas de emulações transversais.

Sendo o texto uma montagem de signos codifica-dos, ele é construído (e interpretado) em referên-cia às convenções associadas ao gênero polímnico (referente à retórica), utilizando meio específico de comunicação. Embora existam discrepâncias em relação à possibilidade de se dizer a mesma coisa em dois ou mais sistemas semióticos que utilizem unidades semânticas diferentes, e sendo consciente das limitações que tal diferença esta-belece em relação aos possíveis códigos utilizados, a proposta será sempre aproveitar favoravelmente tal fato. Se os diversos sistemas semióticos fossem sinônimos, então a proposta representativa não faria sentido nenhum.

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104

Taxonomia do Senado

Federal

Taxonomia é a ciência que lida com a descrição, identificação e classificação dos organismos, indi-vidualmente ou em grupo, quer englobando todos os grupos. A taxonomia política é a arte de compa-rar os políticos a animais, de acordo com seus comportamentos.

O Senado Federal é facilmente reconhecível pela essência das atitudes e comportamentos de seus componentes. São todos répteis: grande classe de animais vertebrados, originada durante o Carboní-fero (sistema do erátema Paleozoico Superior).

Senado, na origem, era a assembleia dos patrícios que constituía o Conselho Supremo de governo na antiga Roma. Um colegiado de um segmento privi-legiado da população que detinha a mais alta dire-ção daquela república. Hoje o senado justifica de-bilmente sua existência como casa revisora, desti-nada a passar o processo legislativo pelo crivo da federação – algo que não existe na prática.

Os senhores (e senhoras) senadores, sob a ótica da taxonomia, agrupam-se na classe dos répteis, como qualquer um que deitar olhos sobre a ques-tão há de convir. As classificações mais modernas tendem a não tratar mais os répteis como um gru-po natural, pois nada há de menos natural que aquele coletivo de 81 do senatório – podendo mesmo a maior parte ir dalí ao sanatório sem mui-to esforço.

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Manual Keimelion 2010 para redação acadêmica é subsidiar a produção de textos científicos, fornecer elementos para que os aspectos linguísticos e formais não constituam grandes obstáculos ao trabalho. Espera-se que aqui se encontrem algumas indicações de procedimentos a serem seguidos ou evitados. São fornecidas sugestões de apresentação dos trabalhos, de

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Camonianas Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação.

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Dirceu Sonetos Bem(e)Ditos

Quatorze versos cada poema de vário amor absolutamente bandido. Uma contorção de quem subtrai a Musa ao tango para trazê-la a um sabá orgírico em ritmo de seresta. Poesia-tese é a resposta que Doroteu nos oferece...

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Marília & Dirceu Um triângulo de dois vértices

Teatro. Drama em um ato de Públio Athayde sobre textos de Tomas Antônio Gonzaga, José Benedito Donadon-Leal e Públio Athayde. Ao fundo do palco vêem-se a casa de Marília e, em último plano, o IItacolomi, nos lados, altares "barrocos" com ícones

gregos mencionados no texto; alguns móveis, dois leitos e adereços de época, velas acesas, luzes cambiantes entre os vários ambientes de cena.

Sonetos para Ser entendido “É o próprio título que talvez forneça a principal chave de leitura

dos textos: algo como uma ascese para se chegar ao entendimento e ser um entendido em paz neste mundo. O leitor, além disso, deve se manter atento, tal como o poeta nos adverte o poema “De atalaia”: “Porque coisa escondida existe / Até no mais óbvio do chiste.” [...] Como sabemos, o cômico, a ironia, o grotesco, o escatológico, o blasfemo, o chulo são territórios considerados menos nobres na

literatura, ainda sob o império do apolíneo. São raros, portanto, os autores que levam a sério a pesquisa desses territórios e sabemos de sua luta para terem as respectivas obras reconhecidas. [...] Encerro no poema “Pátria”, da sessão “Sonetos infantis”, que foi escrito quando Públio era ainda um menino e acreditava em tantas coisas importantes. É porque no centro do riso mora uma pungência insofismável. " Ronald Polito

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Eu Ouro Preto Tópicos de História: Arquitetura,

Música, Documento, Conservação Públio Athayde

Este livro congrega seis artigos com uma temática comum apaixonante: Ouro Preto. Os olhos do historiador ouropretano convergem para a paisagem, a arquitetura, a música e o povo desta cidade, para as relações destes elementos nos tempos

passado e presente de modo inequivocamente passional, mesmo considerada a abordagem metódica e a pretensa erudição. A paixão, confessa no primeiro artigo (Eu “Ouro Preto”), se desdobra em considerações topográficas sobre os templos coloniais (Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto). A mesma paixão visceral que aguça os ouvidos para sons reais e imaginários (Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso) relê a poesia arcádica situando física e politicamente as referências do poeta detrator (As cartas chilenas: carta terceira, notas de leitura). Ainda com os olhos voltados para o passado, e nada é mais presente no passado que a morte, abstrair de algumas lápides os resquícios das paixões de outras épocas é tarefa inglória e fascinante (Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo), tanto quanto querer apontar nos requícios já arqueológicos da mineração aurífera (Curral de Pedras: abandono e omissão) as tensões vividas em uma época anterior cujas marcas estão por todo lado, cravadas na essência da brasilidade. A retórica da história clama em coros dissonantes e cada vagido é repleto de significâncias, todas elas se articulando para dar significado ao que somos. Cada olhar sobre a Ouro Preto de outrora completa a visão que temos de nós mesmos, quer como agentes de uma existência em contínua construção, quer como amantes do pretérito edificado em magnífica herança.

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As Quatro Estações Mimeses

Este trabalho apresenta as mimeses transversais entre duas leituras contemporâneas de duas obras do século XVIII e discute a invenção baseada em emulações sobre As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi. O engenho focado é um conjunto pictórico capaz de representar simultaneamente as Quatro Estações

como ciclo temporal e metáfora das fases da vida. A composição pictórica integra elementos formais da iconografia antiga a elementos da linguagem plástica contemporânea tendo como referenciais: a iconografia de Cesare Ripa e o trabalho de Amílcar de Castro. A proposta inclui aspectos transdisciplinares entre poesia, a música e a pintura. Uma das leituras, a literária, feita nos últimos anos do século passado, e outra o Programa Iconográfico, mais recente ainda, dos primeiros anos do XXI. Essa sobreposição de mimeses, além da emulação entre artes distintas, compreende a transversalidade da leitura interpretativa. O objetivo do Programa Iconográfico em questão não foi fazer doutrina da percepção sensorial, estética ou intersemiológica. A pretensão foi a da produção artística. Ao cabo do processo, esse livro discute a investigação que resultou na pintura e os resultados dela.

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