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A ESCOLA REGULAR E A INCLUSÃO DO ALUNO COM
DEFICIÊNCIA
Valdereza Honorato Borges –
[email protected](Autora do Artigo)Profª. Esp. Dinny Tesch
(Orientadora)
Artigo para obtenção do título especialista em Educação Especial Inclusiva com
Ênfase em Deficiência Intelectual/Mental apresentado à FASE – Faculdade de
Educação da Serra, orientado pela Prof° Dinny Tesch.
RESUMO
Este trabalho tem como finalidade apresentar algumas discussões, leis e
decretos que abordam a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Rede Pública
de Ensino pode ser uma realidade dentro das escolas regulares, para que esta
inclusão aconteça de fato precisamos voltar nossos olhares para os seres
humanos e cidadãos, deixando de lado olhar discriminador sobre a deficiência,
pois independente de qualquer tipo de deficiência desses seres humanos, os
mesmo tem direito a uma educação de qualidade. Uma educação de qualidade
que atenda as necessidades educativas das pessoas com deficiência deve
partir da reconstrução ideológica que visando melhorias no processo educativo,
além de uma nova visão de reorganização no sistema educacional. A
realidade da educação especial no Brasil embora tenha avançado em alguns
pontos, não torna as lutas e discussões menos complexas e desafiadoras. As
investigações presentes neste artigo objetivam fortalecer algumas ações,
necessárias, voltadas à educação inclusiva, proporcionar educação às pessoas
com deficiência e a permanência das mesmas na escola regular, nos desafia a
cada dia oferecer uma educação de qualidade para todos, independente, de
suas deficiências.
Palavras-chave: Inclusão Escolar; Ensino Regular; Necessidades
Educacionais Especiais.
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Abstract: This paper aims to present some discussions, laws and decrees that
address the Inclusion of People with Disabilities in the Public Education
Network can be a reality within the regular schools so that this inclusion actually
happens we need to turn our attention to the beings human and citizens, setting
aside discriminating look on disability because independent of any kind of
disability of these human beings, the same is entitled to a quality education.
Quality education that meets the educational needs of disabled people must
start from the ideological reconstruction for improvements in the educational
process, and a new reorganization of vision in the education system. The reality
of special education in Brazil although it improved in some places, does not
make the fights and less complex and challenging discussions. The research
presented in this article aim to strengthen some actions that are necessary,
aimed at inclusive education, provide education to persons with disabilities and
to remain the same in the regular school, challenges us every day to provide a
quality education for all, regardless of their disabilities.
Keywords: School inclusion; Regular education; Special Educational Needs.
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1. INTRODUÇÃO
Abordamos neste artigo a escola regular de ensino e a inclusão dos alunos
com deficiência, para atingir nossos objetivos procuramos analisar o percurso
da educação especial por meio de reflexões sobre a reformulação das leis,
decretos e legislações referente ao atendimento que atenda de fato às
necessidades educacionais das pessoas com deficiências matriculadas na rede
pública de ensino, a fim de atender as expectativas inclusão no âmbito escolar
regular.
Para assimilarmos como se desenvolveu o percurso da educação especial,
precisamos compreender os reais conceitos de inclusão, que muitas das vezesnos levam a práticas de exclusão social. Os avanços da educação especial no
Brasil, atualmente, nos levam a uma nova concepção de educação para
pessoas com deficiência, levando ao surgimento do atendimento educacional
especializado – (AEE), onde este vem com a proposta de complementar e não
substituir a educação regular ofertada pelas escolas públicas. O atendimento
educacional especializado propõe desenvolver em cada educando habilidades
extracurriculares que auxiliem cada um desses indivíduos em seudesenvolvimento educacional. As salas de AEE devem ser compreendidas
como uma ferramenta extensora das salas comuns de ensino, que por sua vez
podem provocar as mudanças na forma atender as exigências de uma
educação para todos.
2. BREVE HISTÓRICO
Para compreender melhor as questões que envolvem a inclusão no âmbitoeducacional das pessoas com deficiência, realizamos um breve histórico da
inclusão das pessoas com deficiência no Brasil, desde as concepções clínicas,
onde essas pessoas eram vistas como loucas até chagar ao ambiente
educacional. Dentro da percepção clínica os deficientes mentais não recebiam
qualquer tipo de educação. No início do século XIX esses seres humanos eram
tratados como “alienados mentais”, não recebiam qualquer tipo de tratamento,
e muitas das vezes viviam isolados em seus ambientes familiares, ouabandonados à margem da sociedade. Aqueles que não oferecessem riscos à
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sociedade ficavam vagando pelas ruas já os agressivos, eram destinados a
ficar acorrentados dentro de cadeias. (MAZZOTTA, 2005)
No Brasil as Santas Casas de Misericórdia no século XIX, realizavam trabalhos
assistenciais ás pessoas com indícios psiquiátricos que lhes garantiam
cuidados específicos. Segundo Fernando Ramos e Luiz Jeremias o provedor
da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, José Clemente Pereira em
1841 começou uma campanha para a criação de um hospício de alienados
contando com a contribuição do Imperador Dom Pedro II para a construção do
edifício. O primeiro local no Brasil específico para tratar os doentes mentais,
recebeu no nome de Hospício Pedro II, as pessoas consideradas doentes
ficavam sobre a observação de médicos da época que priorizavam areabilitação das pessoas com problemas psiquiátricos para a inserção na
sociedade. A reabilitação era feita por meio de terapia ocupacional em oficinas
de manufatura de calçados, artesanato com palha e alfaiataria. Os pacientes
não recebiam tratamentos biológicos e os agressivos eram trancados em
quartos fortes e amarrados em camisas de força (MAZZOTTA, 2005).
Já no século XX, a questão educacional se configura mais pelo lado biológico
da deficiência do que o uso terapêutico, logo, o avanço da psicologia e das
novas teorias de aprendizagem começam a influenciar a educação para a
concepção da linha da psicopedagogia que ressaltava a importância da escola,
enfatizando sobre maneira os métodos e as técnicas de ensino. Os estudos em
Educação Especial no Brasil avançam de maneira significativa a partir da
década de 1990 até o limiar do século XXI, (MAZZOTTA, 2005).
Os estudos de Mazzotta (2005), mostram que é possível destacar três atitudessociais que marcaram o desenvolvimento da Educação Especial no tratamento
dado às pessoas com necessidades especiais, no que diz respeito às pessoas
com deficiência, sendo elas: marginalização, assistencialismo e
educação/reabilitação. A LDB n.º 4.024/61 que em seu texto original, trata da
educação de excepcionais que por sua vez passam a ter direito a educação
regular e trouxe com essa implantação um grande avanço, pois estes grupos
antes excluídos da escola passaram a ter como direito a educação escolar,ultrapassado as barreiras do simples assistencialismo, da terapia ocupacional,
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da execução de trabalhos manuais, oportunizando estas pessoas a inclusão
social.
As novas expectativas em relação à inserção escolar, podemos dizer que foi
parcial, pois estes alunos passavam por um treinamento, uma adaptação para
se enquadrar na educação regular e no âmbito social, ou seja, estes alunos
eram condicionados de forma a chegarem mais próximos da normalidade.
Diante das ideias e propostas da época, não houve muitas mudanças em
relação à escola, esta permaneceu inalterada, dividida entre a educação
regular e especial, com enfoque pedagógico nas patologias.
A Constituição brasileira na Lei Nº 5.692/71 trouxe algumas modificaçõesvoltadas aos conceitos da LDB de 61, que em seu Artigo 9º trata da garantia do
atendimento as pessoas com deficiência sem apontar, explicitamente, de que
forma deverá ocorrer a educação, reforçando a ambiguidade e o erro na
interpretação durante o cumprimento do regulamentado em Lei.
A respeito desta ambiguidade, (MAZZOTTA, 2005) mostra o entendimento do
Conselho federal de Educação, esclarecendo que o tratamento especial de
forma nenhuma dispensa o tratamento regular em tudo o que deixe de referir-
se à excepcionalidade.
Com os avanços e a democratização nacional, algumas leis foram alteradas e
com a criação da nova Constituição Federal de 1988 onde podemos observar
objetivos fundamentais que partiram do princípio da inclusão em larga escala
em seu Art. 3º podemos destacar o item III que aponta a redução das
desigualdades sociais e o item V que destaca a promoção do bem de todos,sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação. Este avanço na legislação passou a garantir o direito das
pessoas com deficiência aterem acesso à educação, além de serem tratados
com igualdade.
No ano 1994 o Documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação
Especial, em Salamanca, na Espanha, trouxe novas propostas para promover
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diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas
educacionais de acordo com o movimento de inclusão social.
A Declaração de Salamanca é considerada mundialmente um dos documentos
mais direcionados às mudanças do movimento de inclusão social, seu texto faz
a seguinte discussão: "promoveu uma plataforma que afirma o princípio e a
discussão da prática de garantia da inclusão das crianças com necessidades
educacionais especiais nestas iniciativas e a tomada de seus lugares de direito
numa sociedade de aprendizagem".
A partir da Declaração de Salamanca ampliou-se o conceito de necessidades
educacionais especiais, incluindo todas as crianças que até então, nãoconseguiam ser beneficiadas pelo atendimento educacional ofertado pelas
escolas, seja por que motivo for. Desde então uma nova visão surge em
relação às pessoas com necessidades educacionais especiais, e passa a
reforçar o princípio fundamental da escola inclusiva; onde todas as crianças
deveriam aprender juntas, independentemente de qualquer limitação que possa
apresentar.
As escolas inclusivas devem reconhecer, respeitar e atender às diversas
necessidades educacionais de seus alunos, compreendendo as
especificidades individuais, assim como os diferentes ritmos de aprendizagem
e assegurando uma educação de qualidade a todos através de currículo
apropriado, modificado organizado por meio de estratégias de ensino, uso de
recursos e parceiras com a comunidade (...) Dentro das escolas inclusivas, as
crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber os mais
diversificados tipos de apoio, de acordo com as necessidades apresentadas,para que lhes fossem asseguradas uma educação efetiva (...) UNESCO (1994).
A Declaração de Salamanca refere-se à inclusão atrelada à educação. Os
conceitos de inclusão abordados nesta declaração determinaram o
compromisso de garantia dos direitos educacionais, cujo propósito foi discutir
sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial, que proclama as
escolas regulares inclusivas como meio mais eficaz de combater a
discriminação e determina que as escolas devam acolher todas as crianças,
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independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais
ou linguísticas.
Contudo as propostas estaduais, municipais e nacionais, até o momento, não
são suficientes para atender as demandas da inclusão, a reorganização e
reestruturação necessitam de intervenções políticas que venham a atender as
especificidades locais, um novo olhar sobre a pessoa com deficiência voltado
para uma educação inclusiva se faz necessário, pois somente a partir desta
nova visão, os paradigmas serão minimizados, dando lugar a inclusão real de
que essas pessoas necessitam.
O Decreto nº 3.956/2001 afirma que as pessoas com deficiência têm osmesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas,
definindo como discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou
exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de
suas liberdades fundamentais.
No meio educacional, por meio do Decreto nº 3.956/2001 exige de forma clara,
este novo olhar a respeito da educação especial, onde esta deve ser
direcionada a eliminar barreiras que impossibilitam os sujeitos deficientes o
direito à educação. BRASIL (2001).
Após o este decreto as pessoas com deficiência passam a ser inseridas dentro
do contexto social, na tentativa de possibilitar novas perspectivas e conceitos,
que até então os impediam de ter acesso à escolarização, e de serem vistos
como sujeitos ativos dentro da sociedade civil da qual fazem parte.
Surge uma nova proposta de inclusão, onde a priorização está pautada em
manter os alunos com necessidades educativas especiais dentro do ambiente
escolar é bem marcante, o que por sua vez propõe um repensar do
atendimento educacional especializado com compromisso na educação e
desenvolvimento dos educandos em questão, além da preocupação com a
equipe que presta este atendimento nas redes públicas de ensino, docentes
especializados e preparados para atender da melhor forma as particularidades
educacionais de cada aluno com deficiência.
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Segundo Antunes (S/D) a inclusão é um fenômeno social e não individual esta
inclusão origina-se nos princípios que as pessoas determinam para a
construção da sociedade atual. Entretanto, romper a base estrutural da
organização e sistematização dentro do ambiente escolar se faz necessário,
para que a exclusão seja minimizada, e até mesmo exterminada do meio
social. Uma escola com atitudes reais de inclusão oportuniza aos seus
discentes com necessidades especiais educação de qualidade, independente,
de qualquer condição física ou social.
O objetivo primordial da inclusão é atender a todas as diferenças, compreender
as necessidades especiais, ou seja; mudar a visão da escola, e não em
adaptar o aluno aos padrões que a mesma impõe. Isso implica em tornar oaluno múltiplo em suas ações cotidianas, ricos de experiências e
possibilidades, sujeitos com condições para viver e conviver com as diferenças,
rompendo as barreiras humanas, social, arquitetônicas, conduzindo-os a novos
conceitos, refletindo o aprendizado e, contribuindo para o desenvolvimento
humano das pessoas com deficiência.
Atualmente a rede pública de ensino tem a responsabilidade de matricular
todos os alunos, para que esses alunos sejam atendidos da melhor forma, a
escola precisa se reorganizar, assegurando as condições necessárias para o
uma educação de qualidade para todos. MEC/SEESP (2008).
A trajetória do processo de inclusão vem ao lingo da história enfrentando
caminhos desafiadores e vivendo inúmeras situações de complexidade, com
objetivo de enfrentar tais situações e findar com o histórico de exclusão, a
assembleia geral da organização das nações unidas (ONU) produziudocumentos internacionais norteadores, tais como: Declaração Universal Dos
Direitos Humanos (1948); Declaração De Jontien (1990); Declaração De
Salamanca (1994), Convenção da Guatemala (1999), que teve o intuito do
desenvolvimento das políticas públicas dos seus países membros, com o
propósito de vivenciar transformações no sistema de ensino assegurando o
acesso e permanência de todos na escola.
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Acolher e dar condições às pessoas com deficiência de usufruírem de seus
direitos e condições de cidadãos tem sido a bandeira de luta levantada pela
proposta de uma educação inclusiva. A inclusão escolar precisa ser vista e
acima de tudo compreendida, como um direito adquirido das pessoas com
deficiência, sem distinção de raça, etnia ou religião.
Inclusão é estar em contato constante, interagindo com o outro, e com a
sociedade de forma geral, sem divisão de esferas de aprendizagem, e desta
forma conduzir a um sistema de ensino único capaz de atender as
especificidades da sociedade. Precisamos rever onde estão alicerçadas as
bases de nossos conceitos para que a partir deste novo refletir consigamos
reconstruir e de fato vivenciar um espaço educacional inclusivo.
O cenário atual da educação inclusiva vivencia uma época de conflitos de
paradigmas, inseguranças, dúvidas e decepções, mas não podemos ignorar
que este também é o momento de ousarmos em busca de alternativas que nos
impulsionem a realização de mudanças necessárias à educação especial
inclusiva propõe.
O dever de enfrentar com segurança e otimismo as contradições impostas pela
sociedade no que diz respeito à aceitação da inclusão, nos direcionam a
constantes discussões, pois unificar a educação, torna-se a cada dia um
desafio constante no campo educacional, e de certa forma atende a uma
parcela da população. Por isso acreditar nas propostas de melhores condições
para o desenvolvimento educacional das pessoas com deficiência, nos
norteará para quebra de preconceitos já ultrapassados.
É importante ressaltar, que todos os envolvidos nas lutas pela inclusão, devem
estar aliciados neste conflito para que a inclusão se torne uma realidade. No
entanto, mesmo diante dessa percepção inovadora, as políticas educacionais
implementadas não alcançam o objetivo de levar a escola comum a assumir o
desafio de atender as necessidades educacionais de todos os alunos.
(BRASIL, 2008, p.15).
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Grandes barreiras são enfrentadas por todos aqueles que defendem a questão
legal do processo de inclusão, preconceitos, problemas conceituais,
desrespeitam as interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional,
camuflam o sentido da inclusão escolar, reduzindo-a unicamente à inserção de
alunos com deficiência no ensino regular, privando-os das questões
educacionais, garantindo aos mesmos somente a ocupação de um espaço
físico dentro da escala.
Os rumos da educação especial no Brasil diante do protótipo da educação
inclusiva na concepção de saber como mediar à inclusão escolar nas escolas
públicas de ensino é um ponto chave para desencadear todas as formas de
exclusões escolares e assim superá-las. Partimos do princípio da recriação domodelo educativo vigente.
Sabemos que as mudanças muitas vezes assustam, mas devem acontecer.
Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações
são muitas vezes a concretização do óbvio, do simples, do que é possível
fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por
todos e aceito sem muitas resistências, se não aquelas que dão brilho e vigor
ao debate das novidades. (MANTOAN, 2003, p. 56).
Muitos são os entraves na trajetória da educação nacional para concretizar a
proposta de uma educação inclusiva, esses obstáculos dificultam a
reorganização pedagógica das escolas para atender as exigências que as
diferenças lhe impõem, mas com a proposta de reavaliar o bem-estar da
pessoa com deficiência na sociedade.
Ponderar sobre alguns pontos que fundamentam a educação inclusiva, vai
além das questões somente de cunho político, fundamentais as interpretações
e discussões entre a teoria e a prática práticas docentes, tais preocupações
tendem ao sucesso de assegurar a entrada, a permanência, e principalmente,
o sucesso no processo educacional das pessoas com deficiência, diante dessa
realidade e com foco na concretização das propostas de inclusão escolar, a
UNESCO (1994) determina que uma mudança de perspectiva social é
imperativa. Por um tempo demasiadamente longo os problemas das pessoas
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portadoras de deficiências têm sido compostos por uma sociedade que inabilita
que tem prestado mais atenção aos impedimentos do que aos potenciais de
tais pessoas. UNESCO (1994).
A partir do momento que defendemos a bandeira da educação inclusiva,
automaticamente, estamos levantando a bandeira de uma educação para
todos. A inclusão centraliza questões voltadas ao respeito às diferenças e a
quebra dos conceitos de exclusão presentes na educação brasileira.
Ressignificar a educação especial inclusiva, é ainda hoje um grande desafio
frente a realidade excludente da sociedade atual.
Werneck (1997) destaca que, "Incluir não é favor, mas troca. Quem saiganhando nesta troca somos todos nós em igual medida. Conviver com as
diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente ou não." (p.58).
Segundo a autora, para abolir o preconceito, o caminho é incluir, entretanto,
essa conscientização deve ter início a partir da concepção de todos os
educadores, e equipe escolar, de que o compromisso e responsabilidade da
educação das pessoas com deficiência é tarefa de todos, e ao contrário do que
muitos acreditam, não é responsabilidade somente dos especialista da
Educação Especial.
Para Glat (1995), a educação das crianças com deficiência ainda é um
problema, similar a educação das classes populares, a educação rural, a das
crianças em situação de rua, a dos reeducados, dos indígenas, dos analfabetos
etc. Todos os grupos aqui citado são marcados por particularidades individuais
e específicas, mas também por um ponto em comum, a displicência, são vistospela sociedade como minorias que sofrem, do infeliz processo de exclusão da
educação, todos se encontram a margem da sociedade e isso requer
construções na definição de políticas públicas que visem alterar organizações
frente aos sistemas paralelos do ensino comum e especial.
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3. ESCOLA COMUM INCLUSIVA
Desde o surgimento das propostas de educação inclusiva, foi necessário
inúmeras alterações na estrutura organizacional da mesma, em busca de uma
educação de qualidade para todos os sujeitos, diante disso, as políticas
educacionais na esperança de melhorias na inclusão das pessoas com
deficiências nas escolas comuns criam expectativas em relação a quebra no
paradigma da educação brasileira através de leis, decretos e discussões
voltadas para a democratização do âmbito escolar.
Sanchez, ao tratar da educação inclusiva propõe que: "Esta visa apoiar as
qualidades e necessidades de cada um e de todos os alunos da escola.Enfatizando a necessidade de se pensar na heterogeneidade do alunado como
uma questão normal do grupo/classe e pôr em macha um delineamento
educativo que permita aos docentes utilizar os diferentes níveis instrumentais e
atitudinais como recursos intrapessoais e interpessoais que beneficiem todos
os alunos." (SANCHEZ, 2005, p.12).
Conceber a educação especial alicerçada na proposta inclusiva, conduzem a
novas organizações e práticas das escolas comuns, que se viram diante de
uma realidade que as levaram a modificar suas ações no processo de
escolarização do aluno com deficiência.
A Educação Especial compreende todos os níveis e modalidades de ensino, e
deve oferecer aos seus assistidos recursos, serviços e estratégias de
acessibilidade ao meio escolar.
A Educação Especial perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades
de ensino que oferece recursos, serviços e estratégias de acessibilidade ao
ambiente escolar. Diante da atual conjuntura a escola regular deixa de ser um
único sistema de ensino passando a ser paralelo com níveis e etapas próprias.
A origem do conceito de Escola Inclusiva deu-se em decorrência de uma
concepção comum que condiz com a responsabilidade de uma pedagogia
centrada na criança, capaz de educar a todas, inclusive aquelas com
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desvantagens severas de acordo com a UNESCO (1994). As crianças devem
aprender, interagir e desenvolver juntas. Proporcionando as diferenças como
condição humana ao passo que tenta adequar a aprendizagem às
necessidades da criança em respeito a sua dignidade.
Com o novo modelo de Escola Inclusiva, as políticas educacionais determinam
novas práticas de ensino com o propósito de atendê-la em suas
particularidades, garantindo o direito a educação de qualidade para todos. Para
assimilar um o novo ponto de vista de diferença e multiplicidade Silva afirma: "A
diferença (vem) do múltiplo e não do diverso. Tal como ocorre na aritmética, os
múltiplos é sempre é um processo, uma operação, uma ação. A diversidade é
estática, é um estado, é estéril. A multiplicidade é ativa, é fluxo, é produtiva. Amultiplicidade PE uma máquina de produzir diferenças – diferenças que são
irredutíveis à identidade. A diversidade limita-se ao existente. A multiplicidade
estende e multiplica porífera, dissemina. A diversidade é um dado – da
natureza ou da cultura. A multiplicidade é um movimento. A diversidade
reafirma o idêntico. A multiplicidade estimula a diferença que se recusa a se
fundir com o idêntico" (SILVA, 2000, p.100-101).
O cenário escolar é hoje repleto de diversidade, onde esta conduz a criação de
grupos semelhantes formados por discentes com as mesmas afinidades e
especificidades, uma escola inclusiva tende a ser essa que sensibiliza-se aos
modelos de diversidade, que por sua vez admite tentar extinguir o processo de
educação escolar inclusiva, evitando que os grupos com os mesmos ideais se
relacionem somente entre si, priorizando a diferença e evidenciando que as
diversidades podem ser uma referência de inclusão significante.
Para Mantoan (1997) a metáfora inclusão é a do caleidoscópio, ou seja, precisa
de todos os pedaços para formar as figuras. Desta forma é a criança que
necessita de um espaço diversificado, do amparo de todos para se distender e
conquista o direito e reconhecimento de participar ativamente de uma
sociedade delimitações.
O enfoque da escola inclusiva é conceber um espaço no qual os alunos a partir
da interação com o professor construam o conhecimento de acordo com suas
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capacidades, expressando suas ideias livremente e participando ativamente
das tarefas de ensino, se desenvolvendo como cidadãos, nas suas
especificidades, nas suas diferenças.
A escola pública de ensino pode ser considerada inclusiva quando reconhece e
respeita as diferenças dos alunos mediante seu processo educativo, buscando
a participação e o avanço de todos adotando novas práticas pedagógicas.
Sabemos que as técnicas pedagógicas ultrapassam os limites da escola e das
salas de aula comum. Mas para chegarmos ao ideal de escola inclusiva,
necessitamos estar a par de todos os direitos que a contemplam e reivindicá-
los torna-se o mecanismo primordial para tal mudança educacional.
Para que essa escola seja concretizada, é imprescindível a redefinição e a
aplicação de novas alternativas e práticas pedagógicas compatíveis com a
inclusão. [...] os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios: participação da escola; participação das
comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes. LDB Lei nº
9394/96 artigos 14.
Reconhecer que todos os indivíduos de nossa sociedade têm direito à
educação no sistema público de ensino em seu próprio entorno é fundamental,
mas também se faz necessário compreender que esses meninos e meninas
com deficiência precisam receber do sistema público, uma educação de
qualidade. (DÍEZ, 2010). E para que essa educação de qualidade se torne real
e efetiva na vida dessas crianças, os projetos políticos pedagógicos das
escolas regulares devem ser revisados, reestruturados na coletividade e nasdiferenças de seus alunos, a reformulação dos espaços e das rotinas diárias
precisam ser aperfeiçoadas para o bom aproveitamento de todos os que
frequentam a escola.
Compreende-se por Educação Especial, para os efeitos da lei 9.394/96 a
modalidade de Educação Escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino para educandos com Necessidades Educativas Especiais.
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De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 a LDB:
"1º- Haverá, quando necessários serviços de apoio especializado na escola
regular para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. 2º- O
atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que em função das condições especificas dos alunos,
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular 3º- A
oferta de educação especial, dever constitucional do estado, tem como início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil." (Cap. V,
art.58).
A real inclusão vai além de apenas inserir um aluno com deficiência em umaescola regular de ensino, é preciso que haja diversidade nos sistemas
escolares e mudança na busca desse atendimento para que realmente seja
atingido o objetivo proposto na LDB.
4. O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Especial,
considerando a Constituição Federal de 1988, que estabelece o direito detodos a educação, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, de janeiro de 2008, e o Decreto Legislativo nº 186, de julho
de 2008, que ratifica a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência (ONU, 2006), institui as Diretrizes Operacionais da Educação
Especial para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na educação
básica, regulamentado pelo do Decreto nº 6.571, de 18 de setembro de 2008.
BRASIL (2001).
Fica claro que a educação inclusiva é uma modalidade que perpassa todos os
níveis de ensino da educação básica ao ensino superior. Assim terá o direito a
esta modalidade de ensino todos os alunos que se possuírem deficiência
intelectual/física, surdez, cegueira ou baixa visão, surdocegueira, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades. MEC/SEESP (2008).
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e. Profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de
Sinais, guia-intérprete e outros que atuam no apoio às atividades de
alimentação, higiene e locomoção.
f. Articulação entre professores do AEE e os do ensino comum.
g. Redes de apoio: no âmbito da atuação Inter setorial, da formação docente,
do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que contribuam
para a realização do AEE." (BRASIL, 2008).
As normas Operacionais da Educação Especial apontam que os professores
devem ter uma formação inicial que o habilite para o exercício da docência e
formação específica na educação especial, inicial ou continuada para atuação
no AEE, na prática, todos os docentes que atuam no AEE devem ser
especialistas, para mediar da melhor forma o processo de desenvolvimento dos
educando com deficiência. São de responsabilidade do professor do
atendimento educacional especializado:
"a. Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de
acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dosalunos público-alvo da educação especial;
b. Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado,
avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade;
c. Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos
multifuncional;
d. Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e
de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em
outros ambientes da escola;
e. Estabelecer parcerias com as áreas Inter setoriais na elaboração de
estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
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f. Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de
acessibilidade utilizados pelo aluno;
g. Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias
da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a
informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os
softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e
mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo autonomia, atividade e participação.
h. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando
a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidadee das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades
escolares.
i. Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com
os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros. "(BRASIL,
2008).
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem por intenção organizar eelaborar recursos pedagógicos que promovem a acessibilidade e que acabar
com as barreiras para a construção da aprendizagem plena e, integrando e
proporcionando a participação dos alunos. Ponderando a particularidades das
necessidades e limites individuais dos alunos. MEC/SEESP (2008).
De acordo com a definição proposta pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT),
tecnologia assistiva “é uma área do conhecimento”, de característica
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida
e inclusão social. (CAT, 2007)
Argenta e Sá (2010, p. 37), compete ao Atendimento Educacional
Especializado criar condições e alternativas de aprendizagem e o uso dessasferramentas da melhor forma possível para atender as necessidades de cada
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educando. Na perspectiva da Educação Inclusiva a tecnologia Assistiva
favorece a participação do aluno com deficiência nas mais diversificadas
atividades escolares cotidianas correlacionadas aos ideais educacionais
comuns.
Para Mazzotta (1996), o atendimento as necessidades educacionais especiais
na classe e ou a utilização de todo conhecimento acumulado pela área de
educação especial, as atividades desenvolvidas no AEE devem centralizar
suas ações nas atitudes de cada educando, respeitando a limitação de cada
indivíduo e de seus interesses. O currículo deve estar organizado por meio de
atividades diversificadas de ensino para atingir seu maior objetivo; o
desenvolvimento educacional e social de todos os discentes.
No Atendimento Educacional Especializado, o professor juntamente ao aluno
com deficiência, fará a identificação das barreiras enfrentadas por ele no
contexto educacional comum, que o limitam ou impedem de participar das
atividades de aprendizagem na escola.
Ao identificar essas dificuldades dos educandos, também é possível identificar
suas habilidades, o professor deve realizar ações específicas com objetivo de
ajudar o aluno a superar suas dificuldades. (GOMES. FIGUEIREDO. POULIN.
2010 p.43). As mediações de cada professor associadas a recursos e
estratégias auxiliarão, a superação das limitações promovendo e ampliando
possibilidades de participação e atuação desses alunos, nas relações,
atividades e comunicação dentro e fora do ambiente escolar.
Segundo Machado (2010, p. 60), As Salas de Recursos Multifuncionais sãoespaços localizados na escolas públicas de educação básica onde se realiza o
AEE, estes ambiente, geralmente, são constituídos de mobiliários, materiais
didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade, onde todos esses
recursos são de uso comum dos alunos que as frequentam, com vista ao
desenvolvimento da autonomia das crianças com deficiência.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho é resultado de uma investigação qualitativa de caráter
bibliográfico que nos possibilitou sobre discussões importantes acerca da
escola regular de ensino e a inclusão dos alunos com deficiência, além das
expectativas sobre o Atendimento Educacional Especializado destinado a
esses sujeitos, por intermédio da coleta de informações alcançadas através de
artigos, dissertações, publicações do Ministério da Educação e Cultura,
revistas, Leis e Decretos. No decorrer deste artigo, concluímos que a Inclusão
da Pessoa com Deficiência na Escola Regular é, ainda, um processo em
construção que exige respeito, dedicação e compreensão ao próximo, tanto
das instituições de ensino, quanto as pessoas que recebem este aluno,
aceitando as diferenças de cada um.
A pesquisa bibliográfica permitiu ampliarmos nossos conhecimentos sobre
aspectos que se iniciam nas Leis e continuam seu percurso dentro das escolas
públicas de ensino, em especial sobre as questões que envolvem o a inclusão
dos educandos com deficiência, que hoje se encontram na rede pública de
ensino, e usufruem do Atendimento Educacional. Diante da situação em que seencontram os alunos deficientes, percebemos que as políticas atuais não são
suficientes para atender todas as carências educacionais e sociais destes
alunos.
De acordo com as análises obtidas na presente pesquisa podemos identificar
alguns empecilhos no processo educacional dos alunos com deficiência,
pontuados nas falhas no tocante aos cumprimentos das Leis e Decretos, e na
falta de conhecimento de como o Atendimento Educacional Especializado deve
ser oferecido e o que deve ser priorizado em cada atendimento.
Mesmo com as dificuldades e falta de conhecimento por parte de alguns
profissionais, foi possível constatar que o Atendimento Educacional nas salas
de recursos contribui de forma significativa para o desenvolvimento dos alunos
que as frequentam.
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É preciso que, antes de tudo o próprio aluno com deficiência se aceite dentro
de seus limites para que seja incluído na sociedade. A nova Política de
Educação Inclusiva enquanto política pública, tem sustentado novas propostas
no campo da Educação Especial, no que diz respeito à formação dos
profissionais para atuarem na área, organização dos serviços e as
características dos alunos que compõe este universo.
É possível observar ações desenvolvidas pela Secretaria de Educação
Especial do Ministério da Educação com o objetivo de consolidar a Educação
Inclusiva nas políticas Nacionais. A atuação do professor e a forma de ministrar
suas aulas devem ser analisadas com mais rigor, ou seja, ele não deve se
prender a metodologias prontas.
Sabemos que educar uma criança com necessidades educativas especiais é
uma experiência nova para o professor e também um desafio. Para ensinar a
turma toda se parte do pressuposto que todo educando pode aprender, porém,
nos métodos e no jeito que lhe são apropriados, portanto é essencial que todo
professor nutra uma elevada expectativa pelo aluno.
O sucesso no processo de desenvolvimento da aprendizagem está em
explorar, possibilidades, talento e as predisposições de cada educando com
deficiência. As deficiências, as dificuldades, e limitações precisam ser
reconhecidas, mas não devem restringir o processo de ensino. As escolas
devem avaliar as inovações em seu projeto político pedagógico para julgarem a
necessidade de programar propostas inclusivas na escola comum.
Consideramos ao final desta pesquisa que a proposta para que haja odesenvolvimento de uma educação de qualidade, é necessária a
conscientização da população em relação às deficiências e sobre o
Atendimento Educacional Especializado, que ainda encontra-se em fase de
construção, sendo necessário compreendê-lo como benefício e apoio
educacional dentro das escolas. Esses espaços precisam proporcionar
parcerias entre o contexto escolar priorizando as melhores condições de
atendimento a seus alunos, para que os mesmo possam ter autonomia dentro
e fora dos espaços escolares.
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6. REFERÊNCIAS
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