artigo: novas mídias e a busca por imediatismo, mobilidade e personalização
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Artigo sobre as novas mídias e a busca pela imediatismo, mobilidade e personalização de conteúdo para garantir a interatividade dos usuários.TRANSCRIPT
5/11/2018 Artigo: Novas m dias e a busca por imediatismo, mobilidade e personaliza o - s...
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FACULDADE DA GRANDE FORTALEZA
JORNALISMO POLÍTICORONNIE TURRINI SENS
NECESSIDADE DE IMEDIATISMO, MOBILIDADE EPERSONALIZAÇÃO
Santos
2011
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Com o desenvolvimento das novas mídias, principalmente a partir dos
anos 90, a comunicação passou por um processo de transformação. Abrindo
espaço para maior participação da audiência, os veículos de comunicação
tiveram que se adaptar ao novo cidadão: mais participativo e mais exigente.
Estamos cada vez mais perto do paradigma do individualismo, onde o
próprio receptor é também o emissor, tornando os conteúdos mais
personalizados e individualizados. Assim, podemos entender que as novas
mídias trouxeram uma nova forma de leitura. Se antes, o discurso era feito às
massas, agora ele tende a ser mais pontual. Mais específico.
Como já previa Marshall Mc Luhan, o termo “aldeia global” nunca foi
tão atual. O estudioso canadense, referindo-se principalmente à televisão e ao
telefone, defendia que os meios frios tendiam a uma inclusão maior do público,
por deixar espaço para isso, devido sua “baixa definição”.
As novas transformações tecnológicas geram, na sociedade, uma
ansiedade maior e maior por novos produtos que unem em um único aparelho
diversas plataformas de programas. Um celular que tira fotografia já não é o
suficiente, é preciso ter rádio, espaço para músicas no formato MP3, além, é
claro, de a possibilidade de acessar as redes sociais da internet pelo aparelho.
Queremos, não apenas receber o conteúdo, mas personalizá-lo ao nosso
gosto. O toque do telefone tem que ser diferente dos demais, o plano de fundo,
os jogos...
Estamos em constante transformação e evolução tecnológica, ninguém
pode dar certeza de como será o futuro das novas tecnologias, nem mesmo
daqui a cinco ou dez anos. Traçar um futuro certo das novas mídias é difícil,
mas podemos estudar suas tendências e nos prepararmos para possíveis
transformações nos meios de comunicação.Interatividade
A palavra “Interatividade”, hoje, é conhecida por profissionais e leigos,
seja da área de comunicação seja da área de tecnologias, porém seu uso
indiscriminado pode causar certa dúvida e até falhas de comunicação. Afinal, o
que é de fato interatividade? Um cinema que faz as cadeiras balançarem e
exalam perfumes durante o filme pode ser caracterizado como interativo? Um
celular com complexa ferramenta de customização é interativo por si só?
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Primeiro, devemos entender que interação e interatividade não são
sinônimos. Interação pode ser definido como uma atividade que envolve vários
sujeitos. Já interatividade, apesar de inúmeros estudos, não possui uma
definição unânime, mas a maioria dos autores concorda que pode ser entendido
como a comunicação entre as pessoas promovidas por um meio, pela máquina
(computador, vídeo game, celular...). Neste sentido, podemos entender porque
muitos autores diferem interatividade de participação ativa do usuário.
A interatividade, para muitos estudiosos, só é possível através de um
aparelho tecnológico que permita a comunicação entre as pessoas. Para a
criação de um ambiente interativo, destacam-se cinco elementos.
1. Interruptabilidade: o usuário tem que ter a autonomia de iniciar,
encerrar ou interromper a comunicação.
2. Granularidade: resposta automática do sistema para informar que a
comunicação foi encerrada.
3. Degradação graciosa: quando o sistema não tem uma resposta
para o que o usuário deseja, ele não pode acabar, deve fornecer
uma alternativa para que o usuário continue navegando.
4. Previsão limitada: o sistema deve ter um sistema de ajuda eficiente
para sanar as dúvidas do usuário. Ainda que não seja possível
prever todas as indagações, o sistema deve ser desenvolvido para
uma permutação infinita.
5. Não-defautl : o sistema não pode ter barreiras que impeçam as
escolhas e a movimentação do usuário.
Com o desenvolvimento da interatividade nos aparelhos de
comunicação modernos, os fabricantes se viram obrigados a utilizar toda a
versatilidade possível para atrair novos consumidores, incluindo a mobilidade apossibilidade de personalização e, por conseqüente, a possibilidade de
responder ao anseio de imediatismo dos novos consumidores.
Personalização
Uma das principais características das novas tecnologias para atrair o
público é a possibilidade de customização. Seja no celular, na internet ou nas
televisões digitais, a audiência não se comporta passivamente, pelo menos não
deseja isso. Os chamados meios frios dão ao público a possibilidade de
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realizar multi-tarefas. Queremos ler ao mesmo tempo em que vemos televisão,
ou ouvir música enquanto estudamos para a prova.
Diante da nova realidade interativa, a comunicação também teve que
se adaptar. Passada a euforia dos primeiros anos de webjornalismo, percebeu-
se que era necessária muito mais estratégia do que se imaginava inicialmente.
Após a virada do milênio, os estudos sobre a nova metodologia de jornalismo
se intensificaram, e o modelo de “pirâmide invertida” ganhou novas definições.
Os estudos ainda estão se aprimorando e muitas indagações surgem,
sejam sobre a produção, a prática ou a teoria sobre o texto jornalístico para a
internet.
A narrativa das notícias agora conta com hipertextos e links que
possibilitam uma leitura não linear do texto, antes rígido, agora híbrido.
Os webjornais adotam, basicamente, dois tipos de narrativas bem
definidas. A primeira para suprir o imediatismo, com matérias curtas e
concisas, a outra para matérias mais profundas. A personalização do conteúdo
tem relação direta com este segundo tipo de abordagem.
Os webjornais passaram a disponibilizar matérias jornalísticas
configuradas de acordo com os interesses individuais dos navegantes. Alguns
sites, como por exemplo, o da CNN Americana, possibilita o usuário pré definir
seus assuntos de interesse, assim quando ele acessar o site da próxima vez, já
terá em destaque matérias sobre os temas que lhe interessam mais.
O mais comum meio de personalização das matérias é o fato de que
cada leitor pode percorrer a leitura conforme lhe parecer melhor através dos
hipertextos e hiperlinks. Assim, dois leitores podem iniciar a leitura de um
mesmo tempo, mas acessando links diferentes, são “levados” a conteúdos não
semelhantes e cada um terá realizado uma leitura distinta do outro.Com novas técnicas de jornalismo, específicas para o ambiente online,
a notícia na web tem uma fluidez diferente dos textos impressos (jornais e
revistas, por exemplo), sendo mais fragmenta, constituída por “células
informativas”, tornando a leitura multilenear ou multisequencial, quebrando
assim a seqüência linear exigida pela tradicional “pirâmide invertida”.
No texto para a internet, a “pirâmide invertida” se mantém dentro de
cada uma dessas células informativas, mas a apresentação da narrativa jornalística “quebra”; ou dá nova de perspectiva de, “pirâmide invertida’.
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Imediatismo
Sabidamente o rádio, entre as mídias tradicionais, sempre teve a
preferência pela rapidez. Sem necessitar de imagens, o rádio ostentava a
vantagem de ser a mídia mais veloz na divulgação da notícia. Não era raro
jornais e canais de televisão se pautarem pelo o que se ouvia no rádio. A
internet deu uma reviravolta neste quadro, e a web passou a se vangloriar de
sua agilidade na apresentação de notícias.
Na primeira década de desenvolvimento do webjornalismo, no entanto,
este imediatismo gerou polêmica e chegou a colocar em perigo a credibilidade
do webjornalismo.
O portal IG, por exemplo, se propôs a publicar uma notícia por minuto.
O portal parecia um grande labirinto de informações, difícil era encontrar algo
relevante. Novos portais entraram na briga e a meta já não era mais publicar
com qualidade, apenas publicar o maior número possível. Para saber, de fato,
as notícias importantes do dia, o público esperava pelos jornais televisivos
noturnos ou pelos jornais impressos do dia seguinte.
Nesse frenesi, não foram poucos os equívocos de publicação. Por
exemplo, em acontecimentos de tragédia, os números de vítimas subiam e
desciam, as informações eram conflitantes.
As empresas de jornalismo online tiveram que se estruturar,
organizando as equipes, definindo funções e padronizando estilos, tal como
fazem os veículos das mídias impressas.
Com o tempo o webjornalismo foi criando técnicas próprias para fugir
das armadilhas do imediatismo. As notícias, na web, ainda são tratadas com
valorização do imediatismo, mas agora não se tende a sacrificar a qualidade e
função daquele.Mobilidade
As novas tecnologias também trouxeram a tendência de uma
sociedade móvel e conectada, que pode acessar as fontes de informações em
casa, no escritório, na faculdade, ou mesmo no metrô e no restaurante. Está
sendo cada vez mais comum vermos pessoas acessando a internet pelos
telefones ou por seus dispositivos móveis.
Telefones celulares, iPhones e iPads dão aos usuários a possibilidadede estarem sempre conectados à rede mundial de computadores, conectando
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usuários para se comunicarem entre si, ou dando a possibilidade de acesso
aos e-mails da empresa, site do fornecedor ou à agência de notícias...
Queremos acessar as informações disponíveis na web de todo lugar e
a qualquer hora. Podemos dizer que a mobilidade está diretamente associada
com o termo “portátil e pessoal”.
Se há alguns anos dizíamos que todo computador deveria estar
conectado à internet, hoje são os celulares que não podem deixar de ter as
ferramentas necessárias para possibilitar o acesso à web.
Referência Bibliográfica
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Livros LabCom.2011
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http://www.bocc.ubi.pt/pag/dantas-edmundo-midia-electronica-novas-midias-
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Mielniczuk, Luciana. A Pirâmide Invertida na época do
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