aquisiÇÃo da propriedade imobiliÁria. conceito consiste na personalização do direito de...

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AQUISIÇÃO DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA IMOBILIÁRIA

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Page 1: AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. CONCEITO Consiste na personalização do direito de propriedade em um titular; Consiste na personalização do direito

AQUISIÇÃO DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE PROPRIEDADE IMOBILIÁRIAIMOBILIÁRIA

Page 2: AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. CONCEITO Consiste na personalização do direito de propriedade em um titular; Consiste na personalização do direito

CONCEITOCONCEITO Consiste na personalização do direito Consiste na personalização do direito

de propriedade em um titular;de propriedade em um titular; Segundo o CC, os meios de aquisição Segundo o CC, os meios de aquisição

da propriedade imóvel são:da propriedade imóvel são: Registro do título no Cartório de Registro Registro do título no Cartório de Registro

de Imóveis;de Imóveis; Usucapião;Usucapião; Acessão;Acessão; Sucessão (direito hereditário)Sucessão (direito hereditário)

Desapropriação;Desapropriação;Adjudicação compulsória;Adjudicação compulsória;Casamento pelo regime da comunhão universal, etc. Casamento pelo regime da comunhão universal, etc.

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CLASSIFICAÇÃO DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADECLASSIFICAÇÃO DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE ORIGINÁRIA:ORIGINÁRIA: quando não há relação entre quem quando não há relação entre quem

adquire o bem e o proprietário anterior, o adquire o bem e o proprietário anterior, o indivíduo faz seu o bem sem que este lhe seja indivíduo faz seu o bem sem que este lhe seja transmitido por alguém;transmitido por alguém; Na aquisição originária os vícios anteriores da Na aquisição originária os vícios anteriores da

propriedade não são considerados, porque não propriedade não são considerados, porque não existe relação entre o atual proprietário e o existe relação entre o atual proprietário e o antecessor.antecessor.

DERIVADA:DERIVADA: nesta modalidade há a transmissão nesta modalidade há a transmissão do domínio, quer por ato do domínio, quer por ato causa mortis causa mortis ou ou inter inter vivos;vivos; REGRAS:REGRAS:

Ninguém pode transmitir mais direitos do que possui;Ninguém pode transmitir mais direitos do que possui;a coisa chega ao adquirente com as características a coisa chega ao adquirente com as características

anteriores, com as mesmas virtudes e com os mesmos anteriores, com as mesmas virtudes e com os mesmos vícios ou gravames;vícios ou gravames;

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AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO (CC, art. 1227 e 1245-AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO (CC, art. 1227 e 1245-1247) Processo (arts. 182 e s. da L. 6015/73):1247) Processo (arts. 182 e s. da L. 6015/73):

a propriedade transfere-se, por ato entre vivos, a propriedade transfere-se, por ato entre vivos, com o registro do respectivo título translativo;com o registro do respectivo título translativo; O registro é constitutivo, ou seja é o modo que constitui O registro é constitutivo, ou seja é o modo que constitui

a propriedade imobiliária em favor de alguém.a propriedade imobiliária em favor de alguém. O registro confere publicidade à transferência da O registro confere publicidade à transferência da

propriedade (à causa, ao título).propriedade (à causa, ao título). Devem ser registrados:Devem ser registrados:

Compra e venda, dação em pagamento, troca, Compra e venda, dação em pagamento, troca, doação, etc.doação, etc.

Enquanto não se registrar o título translativo, o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do alienante continua a ser havido como dono do imóvel, antes do registro há mero direito imóvel, antes do registro há mero direito pessoal;pessoal;

Segundo o En. 87 do CEJ: “Considera-se também título Segundo o En. 87 do CEJ: “Considera-se também título translativo, para fins do art. 1245 do novo Código Civil, translativo, para fins do art. 1245 do novo Código Civil, a promessa de compra e venda devidamente quitada a promessa de compra e venda devidamente quitada (arts. 1417 e 1418 do Código Civil e § 6º do art. 26 da (arts. 1417 e 1418 do Código Civil e § 6º do art. 26 da Lei n. 6.766/79)”.Lei n. 6.766/79)”.

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Características básicas do Características básicas do sistema registral brasileirosistema registral brasileiro

Vinculação do modo ao título: a eficácia Vinculação do modo ao título: a eficácia do registro sempre estará condicionada do registro sempre estará condicionada à validade do título;à validade do título;

Relatividade da presunção de Relatividade da presunção de propriedade: Se o teor do registro não propriedade: Se o teor do registro não exprimir a verdade, caberá ao exprimir a verdade, caberá ao prejudicado invalidá-loprejudicado invalidá-loPara tanto deverá pugnar pela decretação Para tanto deverá pugnar pela decretação

de invalidade do título com a cumulação de invalidade do título com a cumulação sucessiva do pedido de cancelamento do sucessiva do pedido de cancelamento do registro.registro.

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Atributos do RegistroAtributos do Registro CONSTITUTIVIDADE;CONSTITUTIVIDADE; PUBLICIDADE; PUBLICIDADE; FORÇA PROBANTE (FÉ PÚBLICA) OU FORÇA PROBANTE (FÉ PÚBLICA) OU

PRESUNÇÃO;PRESUNÇÃO; LEGALIDADE:LEGALIDADE: TERRITORIALIDADE;TERRITORIALIDADE; CONTINUIDADE;CONTINUIDADE; PRIORIDADE;PRIORIDADE; ESPECIALIDADE;ESPECIALIDADE; INSTÂNCIA.INSTÂNCIA.

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ConstitutividadeConstitutividade O registro do título translativo é indispensável O registro do título translativo é indispensável

para a aquisição da propriedade imobiliária para a aquisição da propriedade imobiliária inter vivos inter vivos (art. 1227);(art. 1227); Título: plano da validade;Título: plano da validade; Registro: plano da eficácia;Registro: plano da eficácia;

O registro em negócios jurídicos O registro em negócios jurídicos inter vivos inter vivos produz efeitos produz efeitos ex nuncex nunc:: No período que medeia a outorga do título aquisitivo No período que medeia a outorga do título aquisitivo

e o registro, o alienante continuará a ser havido e o registro, o alienante continuará a ser havido como dono da coisa e arcará com as obrigações como dono da coisa e arcará com as obrigações propter rem propter rem (art. 1245, § 1º);(art. 1245, § 1º);

Na usucapião e na sucessão o registro possui Na usucapião e na sucessão o registro possui efeitos retroativos (efeitos retroativos (ex tuncex tunc););

Nestes casos o registro não opera a aquisição da Nestes casos o registro não opera a aquisição da propriedade, tendo função de alterar a titularidade formal da propriedade, tendo função de alterar a titularidade formal da propriedade, conceder publicidade à aquisição e permitir ao propriedade, conceder publicidade à aquisição e permitir ao adquirente dispor do bem.adquirente dispor do bem.

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PUBLICIDADEPUBLICIDADE o registro confere publicidade o registro confere publicidade

às transações imobiliárias, às transações imobiliárias, valendo contra terceiros;valendo contra terceiros;

Confere-se o conhecimento à Confere-se o conhecimento à sociedade da situação jurídica sociedade da situação jurídica dos bens imóveis.dos bens imóveis.qualquer pessoa pode requerer qualquer pessoa pode requerer certidão do registro sem informar certidão do registro sem informar ao oficial ou funcionário o motivo ao oficial ou funcionário o motivo ou interesse do pedido (LRP, art. ou interesse do pedido (LRP, art. 17);17);

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FORÇA PROBANTEFORÇA PROBANTE presume-se pertencer o direito real à pessoa em cujo presume-se pertencer o direito real à pessoa em cujo

nome se encontra registrado o bem – ART. 1245, § 1º;nome se encontra registrado o bem – ART. 1245, § 1º; trata-se de presunção trata-se de presunção juris tantumjuris tantum, se o teor do registro não , se o teor do registro não

for verdadeiro, o interessado poderá pleitear a sua anulação for verdadeiro, o interessado poderá pleitear a sua anulação ou retificação – ART. 1247;ou retificação – ART. 1247; Pode-se anular o registro ou invalidar o próprio título que a ele deu Pode-se anular o registro ou invalidar o próprio título que a ele deu

origem, que levará à desconstituição do registro (LRP, art. 212 e origem, que levará à desconstituição do registro (LRP, art. 212 e 216);216);

o processo de retificação do registro pode ser feito o processo de retificação do registro pode ser feito administrativamente no caso de erro evidente (LRP, art. 213);administrativamente no caso de erro evidente (LRP, art. 213);

havendo impugnação fundamentada ou se o pedido envolver havendo impugnação fundamentada ou se o pedido envolver direitos de terceiros, a retificação ou anulação, somente poderá direitos de terceiros, a retificação ou anulação, somente poderá decorrer das vias processuais ordinárias;decorrer das vias processuais ordinárias;

enquanto não se promover a decretação de invalidade do registro e enquanto não se promover a decretação de invalidade do registro e seuseu cancelamento, o adquirente é considerado como dono do imóvel - cancelamento, o adquirente é considerado como dono do imóvel - ART. 1245, § 2º.ART. 1245, § 2º.

cancelado o registro, o proprietário poderá cancelado o registro, o proprietário poderá reivindicar o bem de raiz, independentemente da reivindicar o bem de raiz, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente – ART. boa-fé ou do título do terceiro adquirente – ART. 1247, § ÚNICO1247, § ÚNICO;; Ao atual proprietário caberá, com base no instituto da Ao atual proprietário caberá, com base no instituto da

evicção (art. 447 do CC), promover a denunciação da lide evicção (art. 447 do CC), promover a denunciação da lide (art. 70 do CPC) levando o alienante a figurar no pólo (art. 70 do CPC) levando o alienante a figurar no pólo passivo da demanda.passivo da demanda.

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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA EFICÁCIA ERGA OMNES DO REGISTRO EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA EFICÁCIA ERGA OMNES DO REGISTRO (tutela da propriedade aparente)(tutela da propriedade aparente)

Adquirente (de boa-fé) de bem alienado Adquirente (de boa-fé) de bem alienado onerosamente por herdeiro aparente (de boa-fé) onerosamente por herdeiro aparente (de boa-fé) (art. 1817):(art. 1817):

““são eficazes as alienações feitas a título oneroso, pelo são eficazes as alienações feitas a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de boa-fé”;herdeiro aparente a terceiro de boa-fé”;

Pagamento indevido (art. 879, parágrafo único):Pagamento indevido (art. 879, parágrafo único): No caso de o No caso de o accipiensaccipiens (de boa-fé) alienar bem imóvel recebido (de boa-fé) alienar bem imóvel recebido

indevidamente de forma onerosa a terceiro (de boa-fé);indevidamente de forma onerosa a terceiro (de boa-fé); Fraude contra credores (art. 158 - 165):Fraude contra credores (art. 158 - 165):

Art. 161: A ação pauliana só pode ser ajuizada pelo credor Art. 161: A ação pauliana só pode ser ajuizada pelo credor contra o devedor insolvente e a pessoa que com ele celebrou o contra o devedor insolvente e a pessoa que com ele celebrou o negócio jurídico fraudulento, sem alcançar subadquirente de negócio jurídico fraudulento, sem alcançar subadquirente de boa-fé;boa-fé;

Simulação (art. 167):Simulação (art. 167): No caso de o adquirente alienar o imóvel a terceiro de boa-fé, No caso de o adquirente alienar o imóvel a terceiro de boa-fé,

não será este prejudicado por futura e eventual ação de não será este prejudicado por futura e eventual ação de nulidade interposta pelos contraentes do negócio jurídico nulidade interposta pelos contraentes do negócio jurídico simulado (art. 167, § 2º)simulado (art. 167, § 2º)

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADEPRINCÍPIO DA LEGALIDADE Incumbe ao oficial do cartório examinar a legalidade e a validade dos Incumbe ao oficial do cartório examinar a legalidade e a validade dos

títulos que lhe são apresentados para registro, em seus aspectos títulos que lhe são apresentados para registro, em seus aspectos intrínsecos e extrínsecos, no prazo de 30 dias (LRP, art. 188);intrínsecos e extrínsecos, no prazo de 30 dias (LRP, art. 188);

estando o título em ordem será registrado;estando o título em ordem será registrado; havendo exigência a ser satisfeita o oficial deverá solicitá-la por havendo exigência a ser satisfeita o oficial deverá solicitá-la por

escrito, tendo o interessado 30 dias para a regularização;escrito, tendo o interessado 30 dias para a regularização; caso o interessado não se conforme com a exigência do oficial, será o caso o interessado não se conforme com a exigência do oficial, será o

título, a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao título, a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao juízo competente para dirimi-la, suspendendo-se o prazo de 30 dias juízo competente para dirimi-la, suspendendo-se o prazo de 30 dias (LRP art. 198);(LRP art. 198); neste caso o oficial será o suscitante, em processo de jurisdição neste caso o oficial será o suscitante, em processo de jurisdição

voluntária, já que a mesma é suscitada por pedido do interessado;voluntária, já que a mesma é suscitada por pedido do interessado; o apresentante do título (suscitado) será cientificado dos seus termos, o apresentante do título (suscitado) será cientificado dos seus termos,

para impugná-la, antes de ser enviada ao juízo;para impugná-la, antes de ser enviada ao juízo; é obrigatória a intervenção do MP;é obrigatória a intervenção do MP; a dúvida será julgada por sentença;a dúvida será julgada por sentença; se procedente, poderão interpor recurso o MP, o interessado e se procedente, poderão interpor recurso o MP, o interessado e

terceiro prejudicado;terceiro prejudicado; se improcedente, o oficial não poderá apelar.se improcedente, o oficial não poderá apelar.

Os Juízes vêm admitindo que o próprio interessado peticione requerendo a Os Juízes vêm admitindo que o próprio interessado peticione requerendo a instauração do procedimento de dúvida. Neste caso ele passa a ser instauração do procedimento de dúvida. Neste caso ele passa a ser suscitante e o oficial, suscitado.suscitante e o oficial, suscitado.

Para que o assento seja efetivo é necessária a perfeita individualização do Para que o assento seja efetivo é necessária a perfeita individualização do imóvel transmitido, com a indicação de todas as suas características;imóvel transmitido, com a indicação de todas as suas características;

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TERRITORIALIDADETERRITORIALIDADE

A escritura pública pode ser lavrada no A escritura pública pode ser lavrada no Cartório de Notas de qualquer localidade, Cartório de Notas de qualquer localidade, mas o registro só pode ser efetuado mas o registro só pode ser efetuado no Registro de Imóveis da situação no Registro de Imóveis da situação do imóvel.do imóvel.Em se tratando de bem situado em mais de Em se tratando de bem situado em mais de

uma comarca, o registro deverá ser feito em uma comarca, o registro deverá ser feito em todas elas.todas elas.

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CONTINUIDADECONTINUIDADE

Somente se admite o registro de um Somente se admite o registro de um título se a pessoa que nele aparece título se a pessoa que nele aparece como alienante é a mesma que figura como alienante é a mesma que figura no registro como o seu proprietário;no registro como o seu proprietário;LRP, art. 195: “Se o imóvel não LRP, art. 195: “Se o imóvel não

estiver matriculado ou registrado em estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial exigirá nome do outorgante, o oficial exigirá a prévia matrícula e o registro do a prévia matrícula e o registro do título anterior...”.título anterior...”.

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PRIORIDADEPRIORIDADE

com a protocolização do título, é feita a com a protocolização do título, é feita a prenotação, que vai determinar a prioridade prenotação, que vai determinar a prioridade do título e a preferência do direito real;do título e a preferência do direito real;Se mais de um título for apresentado a registro Se mais de um título for apresentado a registro

no mesmo dia, será registrado aquele prenotado no mesmo dia, será registrado aquele prenotado em primeiro lugar no protocolo;em primeiro lugar no protocolo;

Se duas escrituras forem lavradas na mesma Se duas escrituras forem lavradas na mesma data, com indicação da hora, a regra é que se data, com indicação da hora, a regra é que se registre a que foi lavrada por primeiro (LRP, art. registre a que foi lavrada por primeiro (LRP, art. 191)191)

Os efeitos da prenotação cessam em 30 dias, ou Os efeitos da prenotação cessam em 30 dias, ou até o julgamento da dúvida;até o julgamento da dúvida;

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ESPECIALIDADEESPECIALIDADEO bem deve estar O bem deve estar

minuciosamente individualizado minuciosamente individualizado no título para ser registrado.no título para ser registrado.

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INSTÂNCIAINSTÂNCIA

Art. 13 da LRP: “Salvo as anotações e as Art. 13 da LRP: “Salvo as anotações e as averbações obrigatórias, os atos de registro serão averbações obrigatórias, os atos de registro serão praticados:praticados: Por ordem judicial;Por ordem judicial; A requerimento dos interessados;A requerimento dos interessados; A requerimento do MP, quando a lei autorizar.A requerimento do MP, quando a lei autorizar.

Estão sujeitos ao registro:Estão sujeitos ao registro: Os atos judiciais, como julgados, pelos quais, nas ações Os atos judiciais, como julgados, pelos quais, nas ações

divisórias, se puser termo à inidivisão;divisórias, se puser termo à inidivisão; Sentenças que, nos inventários e partilhas, adjudicarem bens Sentenças que, nos inventários e partilhas, adjudicarem bens

de raiz em pagamentos das dívidas da herança;de raiz em pagamentos das dívidas da herança; Divisões e partilhas amigáveis, convencionadas por escritura Divisões e partilhas amigáveis, convencionadas por escritura

pública;pública; A arrematação e as adjudicações em hasta pública, referentes A arrematação e as adjudicações em hasta pública, referentes

às vendas judiciais;às vendas judiciais; As sentenças de separação, de divórcio e de nulidade ou As sentenças de separação, de divórcio e de nulidade ou

anulação de casamento, quando, nas partilhas, houver anulação de casamento, quando, nas partilhas, houver imóveis ou direitos reais sujeitos a registro;imóveis ou direitos reais sujeitos a registro;

As sentenças proferidas em processos de usucapião;As sentenças proferidas em processos de usucapião; A carta de adjudicação de terreno adquirido a prestações, etc.A carta de adjudicação de terreno adquirido a prestações, etc.

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Matrícula, registro e averbaçãoMatrícula, registro e averbação Matrícula: Matrícula:

será efetuada por ocasião do primeiro será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser lançado na vigência da atual registro a ser lançado na vigência da atual LPR (L.6015/73), o número da matrícula LPR (L.6015/73), o número da matrícula sempre acompanhará o imóvel;sempre acompanhará o imóvel;

A lei 6015/73 entrou em vigor em 01/12/76;A lei 6015/73 entrou em vigor em 01/12/76;as alienações posteriores serão registradas as alienações posteriores serão registradas

na mesma matrícula;na mesma matrícula;é o registro que transfere a propriedade e é o registro que transfere a propriedade e

não a matrícula;não a matrícula;antes de 76, a cada alienação os imóveis antes de 76, a cada alienação os imóveis

recebiam um novo número de transcrição;recebiam um novo número de transcrição;deve ser realizada antes do registro.deve ser realizada antes do registro.

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Matrícula, registro e averbaçãoMatrícula, registro e averbação

Registro:Registro:sucede à matrícula;sucede à matrícula;é o ato que efetivamente acarreta a é o ato que efetivamente acarreta a

transferência da propriedade imobiliária;transferência da propriedade imobiliária;o número inicial da matrícula é mantido, mas os o número inicial da matrícula é mantido, mas os

subseqüentes registros receberão numerações subseqüentes registros receberão numerações diferentes, em ordem cronológica, vinculados diferentes, em ordem cronológica, vinculados ao número da matrícula-base. (R1 – R2 – R3....)ao número da matrícula-base. (R1 – R2 – R3....)Além de significar um modo específico de aquisição Além de significar um modo específico de aquisição

da propriedade imobiliária, o termo registro indica da propriedade imobiliária, o termo registro indica também o ato formal que concede publicidade à também o ato formal que concede publicidade à aquisição pelas vias da sucessão, usucapião e aquisição pelas vias da sucessão, usucapião e acessão.acessão.

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Matrícula, registro e averbaçãoMatrícula, registro e averbação

Averbação:Averbação:é qualquer anotação feita à margem de é qualquer anotação feita à margem de

um registro, para indicar alterações um registro, para indicar alterações ocorridas em um imóvel (mudança de ocorridas em um imóvel (mudança de nome de rua, quadra, n° do imóvel, nome de rua, quadra, n° do imóvel, estado civil do proprietário), etc.estado civil do proprietário), etc.

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AQUISIÇÃO POR ACESSÃOAQUISIÇÃO POR ACESSÃO

““Acessão vem a ser o direito em razão do Acessão vem a ser o direito em razão do qual o proprietário de um bem passa a qual o proprietário de um bem passa a adquirir o domínio de tudo aquilo que a adquirir o domínio de tudo aquilo que a ele adere”ele adere”

Formas (CC 1248):Formas (CC 1248):Pela formação de ilhas;Pela formação de ilhas;Por aluvião;Por aluvião;Por avulsão;Por avulsão;Por abandono de álveo;Por abandono de álveo;Por plantações ou construçõesPor plantações ou construções

As quatro primeiras são consideradas acessões As quatro primeiras são consideradas acessões naturais e a última, industrial ou artificialnaturais e a última, industrial ou artificial

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AQUISIÇÃO POR ACESSÃOAQUISIÇÃO POR ACESSÃO

Requisitos para a aquisição por acessão:Requisitos para a aquisição por acessão: Conjunção entre duas coisas, até então Conjunção entre duas coisas, até então

separadas;separadas; Caráter acessório de uma dessas coisas, em Caráter acessório de uma dessas coisas, em

relação à outra, sendo que a coisarelação à outra, sendo que a coisa acedida acedida é a é a principal, e a principal, e a acedenteacedente, a acessória., a acessória.

No caso de pertenças (art.93), dado a ausência do No caso de pertenças (art.93), dado a ausência do requisito definitividade, não ocorre a acessãorequisito definitividade, não ocorre a acessão

Princípios norteadores para a solução de questões Princípios norteadores para a solução de questões jurídicas advindas da aquisição por acessão:jurídicas advindas da aquisição por acessão: Princípio da acessoriabilidade, segundo o qual o Princípio da acessoriabilidade, segundo o qual o

acessório segue o principal;acessório segue o principal; Princípio da vedação do enriquecimento ilícito, que Princípio da vedação do enriquecimento ilícito, que

confere ao proprietário, sempre que possível, a confere ao proprietário, sempre que possível, a indenização que lhe couber.indenização que lhe couber.

Page 22: AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. CONCEITO Consiste na personalização do direito de propriedade em um titular; Consiste na personalização do direito

ACESSÕES NATURAISACESSÕES NATURAISSão decorrentes de fatos jurídicos São decorrentes de fatos jurídicos

stricto sensustricto sensu, processando-se de , processando-se de imóvel a imóvel.imóvel a imóvel.

Formas:Formas:Pela formação de ilhas;Pela formação de ilhas;Por aluvião;Por aluvião;Por avulsão;Por avulsão;Por abandono de álveo.Por abandono de álveo.

Page 23: AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. CONCEITO Consiste na personalização do direito de propriedade em um titular; Consiste na personalização do direito

FORMAÇÃO DE ILHAS – ART 1249 e Código de águas FORMAÇÃO DE ILHAS – ART 1249 e Código de águas (Dec. 24643/34, arts. 20 e 26(Dec. 24643/34, arts. 20 e 26

As ilhas formadas em correntes comuns ou As ilhas formadas em correntes comuns ou particulares, em virtude de movimentos sísmicos, particulares, em virtude de movimentos sísmicos, depósito paulatino de areia, cascalho ou fragmento depósito paulatino de areia, cascalho ou fragmento de terra, pertencerão aos proprietários dos terrenos de terra, pertencerão aos proprietários dos terrenos ribeirinhos, de acordo com as seguintes regras:ribeirinhos, de acordo com as seguintes regras: Se as ilhas se formarem no meio do rio serão distribuídas Se as ilhas se formarem no meio do rio serão distribuídas

aos terrenos ribeirinhos, na proporção de suas testadas, aos terrenos ribeirinhos, na proporção de suas testadas, até a linha mediana imaginária, em sentido longitudinal, até a linha mediana imaginária, em sentido longitudinal, que dividir o álveo em duas partes iguais;que dividir o álveo em duas partes iguais;

Se as ilhas surgirem entre a linha mediana do rio e uma Se as ilhas surgirem entre a linha mediana do rio e uma das suas margens, serão tidas como acréscimos dos das suas margens, serão tidas como acréscimos dos terrenos ribeirinhos fronteiriços desse mesmo lado;terrenos ribeirinhos fronteiriços desse mesmo lado;

Se a ilha se formar da abertura da terra por um braço do Se a ilha se formar da abertura da terra por um braço do rio, continuará a pertencer aos proprietários a custa de rio, continuará a pertencer aos proprietários a custa de cujos terrenos se constituiu.cujos terrenos se constituiu.

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ALUVIÃO – ART. 1250ALUVIÃO – ART. 1250

Dá-se através do acréscimo paulatino de terras às Dá-se através do acréscimo paulatino de terras às margens de um rio (águas correntes), mediante:margens de um rio (águas correntes), mediante: Aluvião própria:Aluvião própria: lentos e imperceptíveis depósitos ou lentos e imperceptíveis depósitos ou

aterros naturais ouaterros naturais ou Aluvião imprópria: Aluvião imprópria: desvio de águasdesvio de águas

Os acréscimos formados por depósitos ou aterros Os acréscimos formados por depósitos ou aterros naturais ou pelo desvio das águas dos rios, pertencem naturais ou pelo desvio das águas dos rios, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização;aos donos dos terrenos marginais, sem indenização;

Os acréscimos formados nas margens de águas Os acréscimos formados nas margens de águas públicas ou dominiais são tidos como bem público públicas ou dominiais são tidos como bem público dominial (art. 16, §1o, do Código do Águas, Dec-Lei n. dominial (art. 16, §1o, do Código do Águas, Dec-Lei n. 24.643/34);24.643/34);

Quando o aluvião se formar em frente de prédios Quando o aluvião se formar em frente de prédios pertencentes a proprietários diversos, far-se-á a pertencentes a proprietários diversos, far-se-á a divisão entre eles, em proporção à testada que cada divisão entre eles, em proporção à testada que cada um dos prédios apresentava sobre a antiga margem.um dos prédios apresentava sobre a antiga margem.

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AVULSÃO – ART. 1251AVULSÃO – ART. 1251

A avulsão se dá pelo repentino A avulsão se dá pelo repentino deslocamento de uma porção de terra deslocamento de uma porção de terra por força natural violenta (ex.: por força natural violenta (ex.: correnteza), desprendendo-se de um correnteza), desprendendo-se de um prédio para se juntar a outro;prédio para se juntar a outro;O proprietário do prédio desfalcado perderá O proprietário do prédio desfalcado perderá

a parte deslocada, sendo-lhe lícito exigir a parte deslocada, sendo-lhe lícito exigir indenização no prazo decadencial de 1 ano;indenização no prazo decadencial de 1 ano;

Caso o dono do prédio a que se juntou a Caso o dono do prédio a que se juntou a porção de terra se recusar a indenizar, porção de terra se recusar a indenizar, deverá permitir a remoção da parte deverá permitir a remoção da parte acrescida.acrescida.

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ABANDONO DO ÁLVEO – ART. 1252ABANDONO DO ÁLVEO – ART. 1252

Dar-se-á a acessão natural por abandono do álveo, quando Dar-se-á a acessão natural por abandono do álveo, quando um rio secar ou desviar-se em virtude de um fenômeno um rio secar ou desviar-se em virtude de um fenômeno natural;natural; A divisão se fará tendo por base a linha mediana do álveo A divisão se fará tendo por base a linha mediana do álveo

abandonado, pertencendo a cada aos proprietários ribeirinhos das abandonado, pertencendo a cada aos proprietários ribeirinhos das duas margens, na extensão de sua testada, por uma linha duas margens, na extensão de sua testada, por uma linha perpendicular da margem, no pontos extremos, à linha mediana do perpendicular da margem, no pontos extremos, à linha mediana do álveo;álveo;

Os donos dos terrenos por onde as águas natural ou acidentalmente Os donos dos terrenos por onde as águas natural ou acidentalmente abrirem novo curso, não terão direito à indenização, haja vista tratar-abrirem novo curso, não terão direito à indenização, haja vista tratar-se o abandono de álveo de fato jurídico decorrente de força maior;se o abandono de álveo de fato jurídico decorrente de força maior;

Se a mudança se der por utilidade pública, o prédio ocupado pelo Se a mudança se der por utilidade pública, o prédio ocupado pelo novo álveo deve ser indenizado e o álveo abandonado passa a novo álveo deve ser indenizado e o álveo abandonado passa a pertencer ao expropriante;pertencer ao expropriante;

Caso o rio volte ao seu antigo curso naturalmente a situação dominial Caso o rio volte ao seu antigo curso naturalmente a situação dominial retornará ao estado anterior;retornará ao estado anterior;

Quando o abandono do álveo resultar da ação humana, retornando o Quando o abandono do álveo resultar da ação humana, retornando o rio ao leito antigo, continuará a pertencer ao expropriante, a não ser rio ao leito antigo, continuará a pertencer ao expropriante, a não ser que os antigos donos, preferindo obter de volta suas propriedades, que os antigos donos, preferindo obter de volta suas propriedades, resolvam indenizar o Estado.resolvam indenizar o Estado.

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ACESSÕES ARTIFICIAISACESSÕES ARTIFICIAIS

derivam de um comportamento ativo do derivam de um comportamento ativo do homem, processando-se de móvel para homem, processando-se de móvel para imóvel. A acessão artificial está, por força imóvel. A acessão artificial está, por força do art.1253 do CC submetida à seguinte do art.1253 do CC submetida à seguinte regra:regra:

Tudo aquilo que se incorpora ao bem em Tudo aquilo que se incorpora ao bem em razão de uma ação qualquer, cai no razão de uma ação qualquer, cai no domínio de seu proprietário;domínio de seu proprietário;Trata-se de presunção Trata-se de presunção juris tantum juris tantum

decorrente da aplicação do princípio de que o decorrente da aplicação do princípio de que o acessório segue o principal;acessório segue o principal;

Formas: Formas: Plantações e construçõesPlantações e construções

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REGRASREGRAS

Art. 1254: aquele que semeia, planta ou Art. 1254: aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes, mas fica obrigado a propriedade destes, mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé;perdas e danos, se agiu de má-fé;

Art. 1255: aquele que semeia, planta ou Art. 1255: aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização;boa-fé, terá direito a indenização; Se a construção ou plantação exceder Se a construção ou plantação exceder

consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo;judicialmente, se não houver acordo;

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REGRASREGRAS Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o

proprietário as sementes, plantas e construções, proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões;devendo ressarcir o valor das acessões; Presume-se a má-fé do proprietário, quando o trabalho Presume-se a má-fé do proprietário, quando o trabalho

de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua;sem impugnação sua;

Quando terceiro de boa-fé planta ou edifica com Quando terceiro de boa-fé planta ou edifica com semente ou material de outrem, em terreno semente ou material de outrem, em terreno igualmente alheio, adquirirá o proprietário as igualmente alheio, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções;sementes, plantas e construções; O dono das sementes ou dos materiais poderá cobrar do O dono das sementes ou dos materiais poderá cobrar do

proprietário do solo a indenização devida, quando não proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor.puder havê-la do plantador ou construtor.

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REGRASREGRAS

Se a construção, feita parcialmente Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte;exceder o dessa parte;O construtor responde pela indenização O construtor responde pela indenização

correspondente:correspondente:ao valor da área perdida acrescidaao valor da área perdida acrescidada desvalorização da área remanescente;da desvalorização da área remanescente;

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REGRASREGRAS

O construtor de má-fé poderá O construtor de má-fé poderá adquirir a propriedade do solo que adquirir a propriedade do solo que invadiu desde que:invadiu desde que:pague em décuplo as perdas e danos pague em décuplo as perdas e danos

oriundas ao proprietário da área oriundas ao proprietário da área invadida; invadida;

o valor da construção exceder o valor da construção exceder consideravelmente o valor da vigésima consideravelmente o valor da vigésima parte do imóvel invadido;parte do imóvel invadido;

não se puder demolir a porção invasora não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção, esem grave prejuízo para a construção, e

houver necessidade de proteger houver necessidade de proteger terceiros de boa-fé (En. 318 do CEJ). terceiros de boa-fé (En. 318 do CEJ).

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REGRASREGRAS

Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio for superior a vigésima parte deste, solo alheio for superior a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam:responde por perdas e danos que abranjam:

o valor que a invasão acrescer à construção;o valor que a invasão acrescer à construção; mais o da área perdida emais o da área perdida e mais o da desvalorização da área remanescente;mais o da desvalorização da área remanescente;

Se o construtor estiver de má-fé será obrigado a demolir Se o construtor estiver de má-fé será obrigado a demolir o que construiu no imóvel invadido, pagando as perdas o que construiu no imóvel invadido, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.e danos apurados, que serão devidos em dobro.

No tocante ao direito de retenção pelas acessões No tocante ao direito de retenção pelas acessões realizadas, aplica-se, por analogia, o regramento realizadas, aplica-se, por analogia, o regramento estabelecido pelo art. 1219 às benfeitorias úteis. estabelecido pelo art. 1219 às benfeitorias úteis. (TJ/DF – Ac. 31.302)(TJ/DF – Ac. 31.302)