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  • 7/31/2019 Artigo - Impresso Digital

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    Impresso Digital: novosconceitosna indstria grfica e novosdesafios para os designers.

    Digital Print: New concepts in graphical industry and new challenges for designers.

    BENEDITO POSSAMAI, Especialista emDesign, SATC/UFSC, [email protected],[email protected] SANTOS GONALVES, Dra., UFSC, [email protected]

    Resumo

    A convergncia tecnolgica criou na indstria grfica um processo hbrido, com computadores esofisticados softwares que substituram muitas das atividades manuais. Surge da a impressodigital, com novos equipamentos e novos conceitos, exigindo a integrao de profissionaisligados indstria grfica, tecnologia da informao e gesto de marketing. Este artigo, a partirde um mtodo bibliogrfico e analtico, identifica esses conceitos que permitem inmeras

    possibilidades; so as novas ferramentas inteligentes de marketing. Ao final destaca-se ashabilidades cruzadas que os profissionais devem apresentar para atuar nesse novo contextogrfico e a importncia do designernesse cenrio.

    Palavras Chave:Impresso Digital -Designer-Marketing

    Abstract

    Technological convergence in the printing industry has a hybrid with computers and

    sophisticated software, which replaced many of the manual activities. For that reason, the

    digital print, with new equipment and new concepts, requiring the integration of professional

    activities related to printingindustry, information technology and marketing management. This

    article, based on the literature and analytical method identifies those concepts that allow many

    possibilities, new tools of intelligent marketing. At the end stands the cross skills thatprofessionals must have to act in this new context and importance of the graphic designer in this

    scenario.Keywords:Digital Print -Designer-Marketing.

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    1 INTRODUO: CENRIO ATUAL

    As mudanas na indstria grfica atualmente so mais profundas e no se restringem apenas aeliminao ou incluso de etapas do processo ou no desenvolvimento de novos equipamentos.Assim, ao longo deste artigo procura-se destacar que essas mudanas devem ser consideradas de

    forma mais ampla, pois envolvem novos conceitos e profissionais mais qualificados, quedominem conhecimentos que antes no estavam ligados esta atividade. O prprio negciogrfico assume novos contornos, mais acurado e mais prximo do cliente. No se trata mais deentregar o trabalho impresso, mas de acompanhar os resultados e se co-responsabilizando porele. A fase do acabamento, por exemplo, agora acompanhada da consultoria do ps-venda, por

    profissional que antes no fazia parte do quadro funcional da grfica.No processo de impresso digital, alm das mudanas de equipamentos, incorporam-se novosconceitos anteriormente restritos s reas de marketing e tecnologia da informao. Estesconceitos agora so parte integrante do processo de impresso digital e atravs deles que novasmaneiras relacionamento com o mercado viabilizaro o surgimento de novos negnegcios.Estabelecer um paralelo ou destacar os pontos mais sensveis desta nova tecnologia em relao

    ao processo offset1 a pretenso deste artigo e, para tanto, buscou-se resgatar os processo deimpresso na sua histria recente e identificar onde a impresso digital converge, afasta-se e atmesmo substitui os processos convencionais.

    2 A PR-IMPRESSO

    O processo industrial grfico apresenta um universo complexo com relao aos tipos deimpresso. Conforme apresentado na figura 01, os principais processos subdividem-se de acordocom as tcnicas usadas. Entretanto, para qualquer que seja a tcnica de impresso e para que o

    processo se complete, este se divide em trs fases lineares conhecidas como pr-impresso,impresso e ps-impresso ou acabamento. Cada uma destas fases apresenta caractersticasespecficas e etapas a serem completadas antes de seguirem o fluxo de trabalho.Cabe ressaltar que importante determinar bem cada uma das fases e sua importncia, paracompreender as mudanas em curso e possibilitar alguma projeo num futuro prximo. A pr-impresso sempre foi uma etapa complexa e de execuo demorada. Desde suas origens,necessitou de profissionais altamente qualificados e equipamentos sofisticados, tornando-seconseqentemente, em uma fase com alto custo.

    O manual de identidade visual para impressos grficos do IBAMA2 (2000), assim descreve apr-impresso:

    rea de preparao de fotolito ou, como denominado especificamente pelosetor grfico Pr-Impresso. Tarefas: - Os trabalhadores deste grupo de basepreparam, pelo processo de fotogravura, chapas metlicas para impresso. Suasfunes consistem em: executar a totalidade ou parte das tarefas que requerema preparao de chapas de impresso; fotografar ilustraes e textos para obternegativos; aplicar retculas e separar cores conforme a solicitao do cliente;retocar os negativos; reproduzir em chapas metlicas o material paraimpresso, a partir de negativos e/ou positivos; fotogrficos; revelar, comprodutos qumicos as chapas fotoimpressas; retocar as chapas. Tirar provas,regulando e acionando o equipamento para aprovar o material a ser impresso.Quem realiza: Fotomecnico (fotgrafo P/B, montador de fotolito, gravador dechapas, retocador de fotolitos e chapas, revisor de fotolito), preparador e

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    Processo de impresso planogrfica para transferncia de imagens e textos de uma matriz para o papel(ABIGRAF, 2003).2Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis.

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    montador de fotolito digital (operador de scanner, operador de tratamento deimagem, operador de imagesetter e processadora de filme), provista grfico(cromalim e heliogrfica, prova de prelo) (IBAMA, 2000, p. 12).

    Figura 01: Tipos de impresso.Fonte: Guia Tcnico Ambiental da Industria Grfica (ABIGRAF, 2003).

    Na figura 02 observa-se as etapas no processo convencional num paralelo ao digital, ondedentro da pr-impresso, algumas fases so eliminadas, como a gravao de fotolitos3; agravao manual das chapas4 litogrficas; a impresso de provas5 analgicas ou prelo6; as

    provas ozalides7, usadas para simples conferncia; as provas digitais8 de alta definio de

    imagem e preciso de cor, bem como as provas de mquina

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    . A gravao de chapas peloprocesso CTP Computer-to-plate10, em suas diversas modalidades tambm so eliminadas. Asprovas so agora impressas diretamente da impressora digital de produo.

    A captura de imagens atravs do scanner11 uma etapa que vem se transformando com acrescente utilizao das cmeras fotogrficas digitais em substituio s cmeras analgicas, queusam filme.

    3 Pelcula de acetato recoberto de uma fina camada de material fotossensvel, que aps sensibilizado e revelado,apresenta a imagem nele gravada, utilizado para a transferncia da imagem para a chapa litogrfica ou telaserigrfica (SENAI.BA, 2001-2004).4 Chapa de alumnio recoberta em uma das faces com uma fina camada de material fotossensvel, destinada a

    receber as imagens transferidas dos fotolitos ou diretamente do computador pelo CTP(SENAI.BA, 2001-2004).5 Documento com a finalidade de simular antecipadamente, as caractersticas visuais do produto final to prximoquanto possvel, a fim de tentar equivaler visualmente uma determinada condio de impresso (ABNT, 2008).6 Prova confeccionada com base no fotolito e gravao de chapas, imprimindo-se em papel, tentando reproduzir deforma manual as condies da impresso offset(SENAI.BA, 2001-2004).7 Prova de baixo custo, realizada numa impressora jato de tinta comum, sem preciso de cores nem muita definionas imagens (BARBOSA, 2004).8 Provas impressas em equipamentos apropriados, normalmente com tecnologia jato de tinta, em papis especiais,com o objetivo de reproduzir as cores e as imagens com a mxima fidelidade (SENAI.BA, 2001-2004).9 Provas realizadas diretamente na impressora offset, para avaliao da fidelidade das cores e das imagens, bemcomo de outros detalhes da produo grfica. Aplica-se normalmente na produo de altssimas tiragens(BARBOSA, 2004).10 Processo de sensibilizao (gravao) das chapas litogrficas diretamente do computador em um equipamento

    especfico para este fim, eliminando a necessidade de gravao de fotolitos (SENAI.BA, 2001-2004).11 Equipamento destinado a digitalizar imagens opacas, filmes negativos e positivos (cromos) (HORIE, 2008).

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    Figura 02: Etapas que esto sendo eliminadas com o processo digital.Fonte: Manual Prtico de Produo Grfica (BARBOSA, 2004).

    2.1 A chegada da tecnologia digital

    Southworth (1996) descreve o novo momento da pr-impresso comparando as novasatribuies com as antigas.

    Em todo mundo, a editorao eletrnica est se tornando uma ferramenta paramontagem de pginas. Antes, a composio de textos e a montagem defotolitos eram feitas manualmente e, mais recentemente, com sistemas

    eletrnicos de pr-impresso. (...). No passado, reticulados e separaes decores eram feitos em scanners de alta resoluo e montados manualmente naspginas. Atualmente, as imagens so escaneadas eletronicamente e, antes deserem feitos os filmes, posicionadas nas pginas usandoDTP(Sigla deDesktop

    Publishing, ou editorao eletrnica) e programa apropriado(SOUTHWORTH, 1996, p. 11).

    Ainda, segundo Southworth (1996),ao longo dos ltimos cinquenta anos, a indstria grfica aprendeu a reproduzircores com boa qualidade. Profissionais de artes grficas sabem o que necessrio para diferentes condies de impresso. Agora, o operador de DTPdeve aprender como obter separaes que resultem em boas reprodues de

    cores (SOUTHWORTH,1996, p. 11).

    Para Horie (2009), o que era conhecida como Artes Grficas, passou a ser chamada detecnologia grfica, tamanha foi a evoluo dos aplicativos e equipamentos depois dadigitalizao do processo produtivo.As diversas habilidades manuais utilizadas na indstria de impresso no passado, so agorafunes de programas sofisticados que as executam de forma automtica. O que era habilidadehumana est agora integrado nos sistemas digitais. O que era trabalho manual ainda executado,mas agora funo de umsoftware instalado em uma mquina (ROMANO, 2008).Romano (2008) destaca no segundo captulo do The Insight Report, que

    A indstria de impresso global est em uma encruzilhada, remetendo-a

    dcada de 1960, quando a impresso tipogrfica foi desafiada pela impressooffset. O processo offset exigiu novos fluxos de trabalho e conjunto de

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    habilidades, mas produziu toda uma nova gerao de fornecedores deimpresso e conduziu ao conceito de grfica rpida. A impresso digital em2008 est onde estava a impresso offsetem 1968 (ROMANO, 2008, p. 06).

    Os pesquisadores doRochester Institute Of Technology-RIT, sob o comando do professor Frank

    Romano (2008), afirmam que a tecnologia que mudou mais profundamente a indstria daimpresso, foi a entrega de arquivos eletrnicos para a grfica. Este procedimento retirou dagrfica o controle sobre a pr-impresso (ROMANO, 2008).O uso do computador, scanners,cmeras digitais, as impressoras de provas a jato de tinta dealtssima preciso, a imagesetter12 com softwaresRIP13 que desenham as retculas14 com alinguagem Postscript15, o CTP Computer-to-plate, as processadoras de filmes, a internet,agora possibilitam a reproduo das imagens sem perdas, reduzindo dramaticamente o tamanhoda partcula componente da imagem e proporcionando uma qualidade visual sem rudos.

    2.2 A rpida transio para o digital

    Neste curto espao de tempo que no ultrapassa trs dcadas, todo o processo de pr-impressosofreu uma transformao e uma evoluo qualitativa sem precedentes, o que influencioudiretamente os profissionais, suas habilidades e sua formao para o desempenho das funes dosegmento.O conjunto de habilidades dos profissionais ligados a indstria da impresso est mudando oudesaparecendo e outras so exigidas, conforme a tecnologia avana (ROMANO, 2008).

    Na vanguarda da transio tecnolgica da impresso offsetpara a impresso digital, em termosde equipamentos, encontram-se o CTPComputer-to-Plate, o CTPComputer-to-Press16, oCTS Computer-to-Screen17(serigrafia) e o CTPComputer-to-Paperou Computer-to-Print18,ou seja, prpria Impresso Digital (SENAI.BA, 2001-2004). Neste novo patamar os

    equipamentos variam muito de tecnologia. Por exemplo, os Computer-to-Plate podem gravarem chapas com tecnologia Trmica, Violeta, CTcP - Computer-to-Conventional-Plate (chapasconvencionais)19 e Chemistry-Free CTP Plates20 .As Computer-to-Press gravam uma chapa especfica, na prpria impressora, para baixastiragens e as descartam automaticamente, sem a interveno humana, num processo muito

    parecido com as digitais, mas o processo e as tintas so os mesmos das offsetconvencional.Segundo Romano(2008)

    at 2020, a impresso offsetcontinuar sendo um processo vivel, mesmo como crescimento da impresso digital, mas aps 2020, novas tecnologias digitais

    12 Equipamento similar a uma impressora a laser, especfico para a gravao de fotolitos (ABIGRAF, [s.d.]).13Raster Image Processor umsoftware especfico para interpretar e gerenciar o fluxo dos arquivos PostScripte

    PDF(ABIGRAF, [s.d.]).14 Grade formada por pontos com tamanhos uniformes (FM) ou variveis (AM) que formam uma imagem(ABIGRAF, [s.d.]).15 Linguagem de descrio de pgina padronizada (FALLEIROS, 2003).16Processo de sensibilizao (gravao) das chapas litogrficas diretamente do computador para a impressora offset,dispensando um equipamento especfico para este fim, eliminando a necessidade de revelao qumica das mesmas(SENAI.BA, 2001-2004).17Processo de sensibilizao (gravao) das telas serigrficas diretamente do computador em um equipamentoespecfico para este fim, eliminando a necessidade de gravao de fotolitos www.basysprint.com, Acesso em29/08/2009.18 Equipamento de impresso digital (MORTARA, 2009).19Equipamento que sensibiliza chapas litogrficas convencionais. www.basysprint.com, Acesso em 29/08/2009.20Chapas especficas que no necessitam de revelao pelo processo qumico. www.prestek.com, Acesso em29/08/2009.

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    podero afetar a impresso offsetdo mesmo modo que esta afetou a litografia(ROMANO, 2008, p. 13).

    3 O QUE A IMPRESSO DIGITAL

    Mas o que a impresso digital afinal? A definio encontrada no dicionrio HOUAISS (2009)diz que: a impresso que utiliza recursos da informtica aplicados reproduo de textos eimagens em qualquer suporte, usando como matriz um arquivo digital, e sem fotolitos ouchapas.Mortara (2009), amplia este conceito e explica que se pode considerar impresso todo o

    processo de gravao em papel ou outro suporte qualquer e, digital, as informaesprovenientes de um computador, cujos dados uma sequncia binria zeros e uns e dispenseuma matriz ou frma previamente gravada de forma fsica.

    Figura 03: Principais tecnologias de impresso digital.Fonte: Mortara, 2009.

    Em meados do sculo passado, surgiram as primeiras impressorasdigitais baseadas na tecnologia de impacto, muito similares s mquinas de escrever eltricas. Asegunda gerao destas impressoras foram as matriciais, que utilizavam matrizes de agulhas

    para desenhar os caracteres, ainda atravs de uma fita entintada, o que limitava o uso de cores,mas j imprimiam uma variedade tamanhos de corpos, ou seja, j conseguiam imprimir de modogrfico, apesar da resoluo mxima no ultrapassar 240 dpi. Estes equipamentos, que foramusados em larga escala nas dcadas de 1970 e 1980, ainda so utilizados atualmente para aimpresso de documentos em formulrios contnuos com mais de uma via (MORTARA, 2009).Paralelamente, outras tecnologias foram se desenvolvendo e se estabeleceram como tecnologias

    de impresso digital, conforme mostrado na figura 03 e explicado a seguir:- Eletrofotografia - entre as tecnologias que predominam atualmente na impresso digital e queso utilizadas na produo de material grfico, Mortara (2009) destaca a impressoeletrofotogrfica ou, popularmente conhecida como impresso a laser. Desenvolvida h 70 anos

    para reproduzir imagens, ela ficou conhecida como xerografia, devido a marca do fabricante:Xerox. Esta tecnologia, que utiliza o toner seco e fusores de alta temperatura para fixar aimagem no papel, viria a se tornar a base para o desenvolvimento da impresso digital, adotada

    por grandes fabricantes para desenvolver equipamentos industriais na produo grfica, comutilizao tambm, de toner lquido;

    - Jato de Tinta segundo Mortara (2009), atecnologia desenvolvida por uma grande indstriana dcada de 1970, baseada em cabeotes trmicos, equipavam as impressoras jato de tinta, que

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    somente comearam a ser comercializadas em massa no final da dcada de 1980 com osurgimento dos computadores pessoais. Elas resolviam um problema apresentado pelasimpressoras laser: o grande consumo de energia, porm apresentavam novos desafios; o controledo fluxo da tinta e o entupimento das cabeas de impresso.A soluo apresentada por outro fabricante, com a descoberta da tecnologia piezoeltrica,

    respondeu aos desafios apresentados e ainda derrubou vertiginosamente os preos dasimpressoras, aumentando, na razo inversa, a qualidade da impresso.Baseados na tecnologia jato de tinta surgiram os equipamentos para grandes formatos e para as

    provas de cores na indstria grfica, de vrios fabricantes. Os grandes fabricantes deequipamentos apresentaram prottipos de impressoras digitais, para produo grfica com atecnologia jato de tinta, na Drupa 2008 maior feira do setor, na Alemanha - e alguns modelos

    j esto em produo em vrias partes do mundo. Alguns modelos21 prometem impresso emfolhas 52 x 72 centmetros, com velocidade de impresso equivalente a 180 pginas A4 porminuto e qualidade offset.

    3.1 Tecnologias que a impresso digital agrega do processo convencional

    Grandes mudanas no hardware que proporcionam novas e inmeras possibilidades daimpresso digital. Entretanto, basicamente toda estrutura desoftware e padronizaes utilizadasatualmente nos processos convencionais de impresso, migraram para a impresso digital semgrandes modificaes, j que foram desenvolvidos para sistemas computadorizados e, portanto,digitais. Todavia, novas tecnologias de software vem se juntar aos j existentes, criando novosconceitos de negcios, como apresenta-se mais frente.

    Horie (2009) explica que a Norma ISO22 15930 e suas atualizaes, esto sendo adotadas pelosprincipais grupos editoriais e devem estabelecer-se como padro de fechamento de arquivospara a indstria. Como exemplo, as normasPDF/X1-a, que so mais antigas (2001 e 2003) epor isto tambm mais restritivas em relao aos contedos, tais como espaos de cor,transparncias e outros, so tambm as mais funcionais nos RIPs mais antigos, (EnginesPDF1.3 e 1.4). Estas normas garantem um intercmbio de arquivos conhecido como Duplo-Cego.Assim, segundo Horie (2009), o designer no precisa obter nenhuma informao sobre osistema do fornecedor grfico, e este evita retornar o contato com o designer, j que todas asinformaes necessrias estaro contidas no respectivo arquivo, por conta desta normatizao.Ainda sobre as normas ISO, pode-se mencionar a 12.647-7, que especifica requisitos parasistemas que so usados para produzir as cpias fsicas digitais de provas, baseadas em jato detinta, com a inteno de simular uma condio de impresso definida por um conjunto de dadosde caracterizao associados (ABNT, 2008).

    Para Lopes (2005), quando um trabalho submetido exclusivamente impresso digital, aprova de cor ou prova de contrato impressa no prprio equipamento de produo, j queatualmente, possvel imprimir qualquer volume a partir de uma cpia, praticamente pelomesmo custo.

    A linguagemdesenvolvida pela Adobe na dcada de 1980, oPostScript, tornou-se padro emtodos os principais sistemas de impresso e gravao de fotolitos, chapas e impresso digital.Esta uma linguagem de descrio de pgina que permite a interpretao dos elementos que

    21www.fujifilmgs.com acesso em 15/12/2009.22International Organization for Standardization Organizao Internacional de Normatizao, avalia processos eestabelece normas para procedimentos seguros e internacionalmente padronizados, visando facilitar o comrciointernacional entre outras atribuies. Estas normatizaes tambm so aplicadas na indstria grfica em seusdiversos segmentos (HORIE, 2009).

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    compem os arquivos a serem impressos, ou seja, a imagem impressa aos poucos, com asinformaes parciais que recebe, evitando assim um trfego muito intenso de dados, o queinviabilizaria a impresso de uma imagem com grande resoluo. Cabe ressaltar que existemoutros fornecedores destes softwares, os chamados clones que emulam o PostScript, mas que

    por algum motivo no ganharam a confiana do mercado grfico (FALLEIROS, 2003).

    O Adobe PDF Print Engine a plataforma de impresso de ltima gerao, consideradasucessora do PostScript, e foi desenvolvida com a mesma tecnologia PDF23 dos softwares

    Adobe AcrobateAdobe Creative Suite. Ela permite que arquivos PDFsejam rasterizados24 demodo nativo em todo o fluxo de trabalho, tornando desnecessrio o nivelamento de ilustraestransparentes, possibilitando um fluxo completo que utiliza tecnologia comum para gerar,visualizar e imprimir arquivosPDF(HORIE, 2009).

    Outra tecnologia agregada pelos processos digitais oRIP(Raster Image Processor). Este umsoftware especfico usado para interpretar e gerenciar o fluxo dos arquivos PostScripte PDF,possibilitando a separao das cores e reticulando-as se necessrio, em arquivos individuais para

    serem gravados nos fotolitos, nas chapas litogrficas ou compondo a imagem final para a sadana impressora digital. Estes softwares, por sua robustez e estabilidade, associado ao grandevolume de memria que exigem, normalmente so instalados em computadores especficos ededicados a esta finalidade (FALLEIROS, 2003).

    4 NOVOS CONCEITOS NA INDSTRIA GRFICA DIGITAL

    A impresso digital no muda apenas a forma como a tinta transferida para o suporte, ela vaimuito alm; ela incorpora novos conceitos, principalmente os de uso comum na linguagem datecnologia da informao e do marketing, criando ferramentas inteligentes.Segundo Romano [s.d.] a mudana mais significativa nestes conceitos est no mbito das novasestratgias de negcios que ela requer para efetivamente alcanar objetivos diferenciados. Comoa impresso digital ainda no concorre e nem substitui o processo convencional nas grandestiragens, as estratgias de produo utilizando este processo precisam ser adotadas considerandoestes aspectos, portanto de forma diversa e muito mais planejada.De modo geral, preciso atentar para as mudanas na gesto da grfica e na gesto dos clientes,

    j que no haver mais lotes de tiragens longas e econmicas; o foco agora em tiragenspequenas, especficas e muito direcionadas, emocionando e fidelizando o cliente. De acordocom Lopes, [s.d.] a indstria grfica passa de um mero prestador de servios para umcolaborador e parceiro de alta confiabilidade do cliente. No se trata mais de apenas vender umimpresso grfico; trata-se de auxiliar o cliente a encontrar a soluo mais adequada para o seu

    problema, e isto requer muito mais que uma relao de compra e venda, requer umacumplicidade mercadolgica, onde o sucesso de um depender o sucesso do outro e vice-versa.Para Steler (2009),

    Alm dos profissionais da indstria grfica digital, que de certa forma estoliderando o desenvolvimento e a evangelizao desse mercado, o assunto tambm de grande interesse para os profissionais de propaganda, marketing,design e tecnologia (STELER, 2009, p. 07).

    23Portable Documento Format) foi desenvolvido originalmente para facilitar o trfego de arquivos pela internet.Devido sua confiabilidade, sem perda de qualidade, foi sendo adaptado pela indstria grfica, que o adotou,tornando-se um novo padro para fechamento e distribuio de arquivos (HORIE, 2009).24

    Arquivo interpretado pelosoftware RIP(HORIE, 2008).

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    Um aspecto importante a ser considerado, tanto pelos empresrios grficos quanto pelos seusclientes, no momento de investir neste novo processo, est relacionado com a composio docusto do investimento nos equipamentos e dos impressos. Estes tambm precisam ser calculadosnuma perspectiva diferente (STELER, 2009).

    Para Steler (2009), o CRM e 1to1, do ingls, Customer Relationship Marketing, que emtraduo livre seria a Gesto de Relacionamento com o Cliente, define o relacionamento queagora muito mais estreito e confivel, e esta confiana o fidelizar, pois a indstria grfica terque atender diretamente o cliente do cliente. Para que isto acontea de forma harmoniosa eduradoura, uma relao de confiana dever ser estabelecida para proteger os bancos de dadosque a grfica manipular.Ao cliente do cliente a que ser dirigido o impresso digital personalizado, com informaes

    precisas, imagens, grficos e estratgias de vendas que so exclusivas e que somente este clientereceber: este o marketingum para um. Para Steler (2009),

    Estamos vivendo a terceira onda do CRM. Est tecnologicamente mais baratosustentar os programas de relacionamento, que inclusive esto migrando para

    as redes sociais na famigerada web 2.0. As empresas entenderam o que o CRMno passa da caderneta da antiga vendinha de bairro, onde estava tudo anotado:em quais dias o cliente-fregus compra e com qual freqncia, quais produtosprefere, quanto gasta, se paga em dia ou se deve algo, etc. (STELER, 2009, p.14).

    A integrao destes dados nas peas grficas, constituem um dos elos fundamentais para osucesso do CRM one-to-one: a distribuio e o feedback, usando vrias mtricas disponveis

    para determinar o sucesso do projeto, so outras aes indispensveis no processo (NICKEL-KAILING, [s.d.]).

    A concepo de impresso digital sob demanda (POD-Production On Demand) paraproduo na indstria grfica outro conceito inovador. Para Martins e Ribeiro [s.d.], este nosurge para atender grandes tiragens, mas para atender a uma fila de pequenas tiragens; umanecessidade constatada pelo mercado.Para exemplificar, de forma anloga, pode-se comparar as grandes tiragens com distribuioaleatria como um caador que atira indiscriminadamente num bando para acertar algumas avesao acaso, enquanto que a estratgia do marketingone-to-one, utilizando as novas tecnologias,seria como um atirador de elite, treinado para acertar cada disparo em uma ave, semdesperdcios e com retorno garantido.Assim a produo sob demanda, possibilita a uma editora, por exemplo, imprimir somente osexemplares de um determinado livro, de acordo com a venda do mesmo, ou ainda um

    determinado cliente solicitar um volume semanal ou mensal de determinado impresso. Evita-sea estocagem e a conseqente despesa antecipada de um material que ele distribuir num longo

    perodo, podendo este mudar de informaes no decorrer deste perodo. Ainda, nestaperspectiva, o prestador de servios de impresso, no ficar com seu equipamento preparadopara uma produo total do incio ao fim, como acontece no processo convencional; ele poderfazer trocas de trabalhos de impresso, para atender a uma demanda mais urgente e depoisretomar o trabalho anterior, sem que isto lhe acarrete perda de tempo ou qualquer outro custoadicional.Portanto, percebe-se uma mudana conceitual tanto por parte do prestador, que antes produzia

    para depois vender e agora vende para depois imprimir; quanto do cliente, que antes fazia umadistribuio em massa de contedos idnticos, agora distribui contedos personalizados e

    segmentado no extremo: um a um, com a informao certa para o cliente certo no momentomais adequado.

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    Martins e Ribeiro [s.d.] apresentam ainda diversos cases em que grandes empresas, comclientes numa grande rea geogrfica, podem distribuir em birs descentralizados a impresso

    por demanda, reduzindo em alguns dias a entrega do impresso ao cliente e antecipando assim avenda e/ou a cobrana, economizando em logstica e ganhando em faturamento e fluxo de caixa.Para viabilizar toda esta definio conceitual da impresso sob demanda, outras atividades

    associadas devem ser desempenhadas e so partes integrantes, ou novas etapas que compemeste novo fluxo do processo de impresso. Martins e Ribeiro [s.d.] destacam ainda algumasdestas etapas para caracterizar este fluxo, so elas:

    - Converso de formatos de arquivos para adequao ao sistema de impresso e oequipamento utilizado;

    - Armazenamento e segurana dos arquivos utilizados;- Administrao, controle, atualizao, back-ups dos arquivos;- Adequao de ferramentas de busca para localizar e selecionar o arquivo que ser

    impresso ou atualizado;- Impresso do arquivo;- Finalizao ou acabamento a que ser submetido o impresso;- Associao do impresso com outros elementos para formar um conjunto de servio (se

    solicitado);- Logstica de entrega.

    Estas etapas fazem parte da produo do documento sob demanda e esto contidas na estratgiageral, da qual outros conceitos esto integrados, como a impresso de dados variveis.

    Numa busca cada vez mais frequente para minerar mais e mais informaes dos clientes e paramelhor entender seus desejos e carncias, os profissionais de marketing encontram naImpresso de Dados Variveis (VDP - Variable Data Printing) um mecanismo que

    possibilita imprimir documentos personalizados um a um, incluindo textos, ilustraes eimagens diferentes para cada documento impresso (figura 04).

    Associado impresso sob demanda, que possibilita a impresso de um nico documento, oVDP o fator chave para aumentar o potencial de impacto numa campanha de marketing.Enquanto as informaes eram utilizadas para se decidir quando e para quem mandar uma maladireta, agora ela pode ser utilizada para promover aes mais efetivas, segmentando os dados ecustomizando pea por pea.

    Nickel-Kailing [s.d.] identifica que na impresso digital o ciclo de tempo entre a ao de criar eimprimir menor e isto significa que, num mercado cada vez mais agressivo, a velocidade comque uma ao de marketing atinge o cliente pode ser a diferena entre vender ou no a

    mercadoria.Outros fatores decisivos devem ser avaliados e compreendidos pelo cliente no momento datomada de deciso e da opo pelo processo digital, em relao ao convencional, principalmente

    pela tica do custo e do retorno do investimento, como mostra a seguir (NICKEL-KAILING,[s.d.]):

    - Reduo da obsolescncia e seu custo de gerenciamento de estoque, que apesar do custoreduzido na impresso, um grande estoque de impressos convencionais perdem avalidade rapidamente e/ou exigem manuteno e armazenagem controlada;

    - Produo e retorno mais rpido, com possibilidade de produo parcial;- Diferenciar-se com agilidade e ofertas que atingem o consumidor rapidamente;- Comunicao efetiva, ou seja, enviar a mensagem a um receptor mais disposto aassimil-la;

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    - Distribuio racional com reduo de custos, diminuindo inclusive o desperdcio e orisco do material ser descartado sem atingir o objetivo;

    - Maior controle e gerenciamento dos documentos;- Customizao um-a-um e;- Iniciativas que possibilitam um relacionamento bidirecional entre produto e consumidor.-

    Figura 04: Fluxo de um documento digital com dados variveis.Fonte: Mortara, 2009.

    Todas estas vantagens dependero do banco de dados a que estiver submetido o projeto. Aracionalizao do sistema permite a reduo do custo e um aumento efetivo do retorno, mas seos dados fornecido no forem consistentes podem no apresentar o resultado esperado e ainda,em determinadas situaes, comprometer o trabalho. Nomes, saudaes, chamadas e outroserros de grafia, so exemplos de problemas que podem comprometer e causar efeitosindesejados junto aos clientes. Promoes para gneros ou faixas etrias indevidas outro

    problema que exigem muita ateno, como por exemplo, campanhas de sex shop, bebidas,cigarros e outros produtos destinados a adultos, serem remetidos para crianas (STELER, 2009).A impresso digital permite grandes mudanas nas estratgias de marketinge o banco de dados o ponto nevrlgico destas estratgias, exigindo sempre atualizao e preciso.

    Outro conceito inovador o chamado Transpromo ou comunicao transpromocional. Esteconsiste nautilizao de um documento de transaes comerciais, como contas e faturas que soremetidas mensalmente aos clientes, para, no mesmo documento, comunicar promoescustomizadas, baseadas em bancos de dados e VDP. No se trata apenas de ofertas carona, que

    j so bastante utilizadas, usando um documento adicional dentro do mesmo envelope (COSTA

    E TIBURCIO, 2009).

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    Figura 05: Ciclo de vida dos documentos de negcios.Fonte:NICKEL-KAILING, ABIGRAF, [s.d.].

    Na transpromo a integrao do documento de transao com uma comunicao orientada emdados vai alm das informaes de destinatrio; ofertas um-a-um so dirigidas ao cliente com

    potencial de compra. Este tipo de comunicao segundo Steler (2009), apresenta uma srie devantagens em relao a uma mala direta convencional e entre elas destacamos as seguintes:

    - Inverso de valores o que era custo de remessa agora investimento em vendas;- Segmentao precisamente orientada e facilmente mensurvel, tanto para o emissor dodocumento quanto para o anunciante;

    - No h descarte uma fatura sempre lida, paga e arquivada como comprovante considerado um documento pessoal ou institucional;

    - So lidos com freqncia e regularidade todo ms chega pelo menos uma fatura;- Reduo dos custos com a impresso de um segundo documento carona, e

    conseqentemente reduo do custo de remessa postal, por ser uma correspondnciaobviamente mais leve;

    Outras vantagens mencionadas por Steler (2009), so dados de pesquisas do Infotrends25 eDMA26 que averiguam outros fatores, tais como, reduo das chamadas de Call Centerde 10%para 3,5%; aumento da ateno dos destinatrios em relao ao documento em 82% e aumentodos pagamentos no vencimentos em 30%.As previses destes analistas que a transpromo dever crescer 91% em 2010 nos EstadosUnidos, refletindo proporcionalmente nos demais pases desenvolvidos e em desenvolvimento.

    Alguns novos conceitos surgem de solues baseadas em aplicativos web (e-solutions). Estasincorporam um sistema de compras eletrnicasB2C(Business to Consumer) eB2B (Business

    25Infotrends, The Future of Mail 2006: Direct mail, Transaction and Transpromotional Documents, January 2007e TheTransPromo Revolution: The time is now! An InfoTrends Strategic Assessment, August 2007 (STELER,

    2009).26The DMA Response Rate Report, October 2005 (STELER, 2009).

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    to Business) respectivamente, que abrangem todo o espectro comercial imaginvel, incluindo claro a edio e impresso de materiais grficos por impresso digital. Um exemplo W2P(Web-to-Print); da internetpara o papel ou qualquer outro suporte fsico. Esta mais uma das

    possibilidades nestes novos sistemas, com a denominao inglesa de webtop publishing.Caracteriza-se por um portal na internet, disponibilizado pelo bir de servios grficos, onde o

    cliente edita seu material e solicita a impresso remotamente (STELER, 2009).Entre outros benefcios do web-to-print mencionados por Steler (2009) esto a gesto edistribuio dos materiais de marketingda empresa para a rede de franquias ou filiais, mantendoa identidade corporativa e coerncia visual nos materiais promocionais, e na gerao de pedidos.Um bom exemplo o de uma indstria de automveis que lana uma campanha nacional comanncios padronizados para serem veiculados em revistas, jornais, outdoors e marketingdireto,regionalizados, e disponibiliza porweb-to-print, para que cada concessionria possa incluir suamarca, endereo, ofertas adicionais de servios, entre outros itens, sem prejudicar o layoutoriginal do anncio. Aps a edio e aprovao via internet, o anncio liberado para aimpresso remotamente para cada regio respectivamente.Um setor que tem utilizado muito a web-to-print o e-commerce / e-procurement, na venda de

    livros; a impresso s acontece depois do pedido concludo, no necessitando mais o editorimprimir uma tiragem alta para reduzir o custo e ter que administrar um estoque que muitasvezes no vendido (KENDZERSKI E SCHIMIDT, [s.d.]).

    Como foi mencionado anteriormente, as tecnologias de softwares do processo convencionalforam incorporadas no processo digital, entretanto novos aplicativos foram e esto sendodesenvolvidas para flexibilizar ainda mais a utilizao destes novos conceitos. A nova geraodo Adobe PDF j incorpora estas possibilidades, alm claro de que cada fabricante deequipamento fornece um conjunto bsico e um opcional, desenvolvido para agilizar a

    preparao dos arquivos VDPe sua integrao Cross-Media.O mercado oferece ainda outras opes no proprietrias que se integram ao sistema e servemtambm para higienizar banco de dados, imprimir cdigos e alternar fundos e imagens em umdocumento, entre outras funes. Segundo Costa (2009),

    Atualmente o mercado disponibiliza solues completas com os sistemas GMCsoftware, Extream, Doc 1, Isis e Sefax e outros, assim como os de criao eweb systems como o XmPie, que facilitam o dia-a-dia dos analistas eoperadores nas empresas fornecedoras deste servio e nos clientes emissores dedocumentos, nas mais diferentes e complexas demandas de aplicao decontedo varivel(COSTA, 2009, p. 43).

    APPML, do inglsPersonalized Print Markup Language, desenvolvida por interesse doPrint

    On Demand Initiative - PODi27

    que um grupo de indstrias e usurios de equipamentos deimpresso digital, uma linguagem de programao baseada em XML28, que tem por objetivofacilitar o uso do VDP. uma linguagem aberta, padro da indstria e permite que a impressorahospede elementos que compem um determinado documento, como textos, imagens, grficos eos reutilize quando solicitado, agilizando o processo. Por ser uma linguagem aberta, os usurios

    podem agregar outros recursos ao seu fluxo de trabalho (STELER, 2009).Steler (2009), tambm descreve funcionalidades de novos aplicativos como Geotagging,

    software que entre outras, permite a impresso de mapas do endereo do destinatrio; o QRcode, cdigo impresso no documento que ao ser fotografado pelo cliente atravs de um aparelho

    27 www.podi.org (STELER, 2009).28

    Extensible Markup Language ou linguagem de marcao de dados que facilita a organizao e apresentao deuma pgina web (KOBAYACHI, 2001).

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    celular equipado com um software especfico, remete a um conjunto de informaes ouespecificaes ou ainda a um link na internet; AR Augmented Reality RealidadeAumentada grafismo impresso que quando visualizado por uma webcam em um determinado

    site, projeta imagens tridimensionais, previamente programadas para aquele grafismo que nestecaso pode ser personalizado um-a-um; PURL Personal Universal Resource Locator

    Localizador Universal de Recursos Pessoal - que uma pgina de internet personalizada eorientada para um cliente especfico.Os canais para atingir os clientes so muitos e so cada vez mais convergentes. Um trabalhodesenvolvido para ser impresso, pode ser adaptado para envio por e-mail, por um celular ou parauma P-URL, onde o cliente recebe uma mensagem por um canal e induzido a acessar sua

    pgina personalizada com os produtos que mais lhe interessam, podendo ainda servir de canalde retorno com pesquisas e outras informaes pertinentes. Para Steler (2009) este cruzamentode mensagens por diversos canais, denominada de mdia cruzada, do ingls Cross-Media.

    H grandes mudanas conceituais na impresso digital, inclusive na tica dos custos (Retornodo Investimento -ROI).

    Comparando-se um impresso convencional com um impresso VDP, o custo, pela ticaconvencional muito mais alto quando usando as tecnologias digitais. Entretanto, Steler (2009)observa que o valor agregado pea grfica, conforme os nmeros comparativos, mostram umretorno de investimento mais rpido e ainda maior (tabela a abaixo).

    Tabela 01: Comparativo de custos extrada de um exemplo prtico feito pela EFI.Fonte: Impresso Digital (STELER, 2009).

    Por outro lado, esta comparao sequer deve ser feita, j que a impresso digital trabalha dentro

    de um universo de tiragens menores, baseadas em dados minerados, depurados econsistentemente segmentados. Portanto, os produtos resultantes destas estratgias socompletamente diferentes o que torna qualquer comparao incompatvel.Produtos especficos, com ofertas especficas, para pessoas selecionadas no momento maisadequado. Esta estratgia no tem relao com a distribuio de um produto nico (esttico),distribudo para pessoas de um cadastro geral, no segmentado, com a mesma oferta para todos,independentemente de datas, ocasies e razes especiais para estas pessoas. Logo so estratgiasdiferentes que apresentam resultados distintos e incomparveis por esta tica.Para Romano (2008), os custos possuem uma tendncia natural de subir: preo do papel, dastintas, da logstica, enfim, todos os componentes apresentam um aumento do custo em algummomento. A estratgia de reduzir custos em valores absolutos tem um limite que se exaure

    rapidamente e precisa ser substituda por estratgias mais inteligentes como as de reduzir custos

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    aumentando a eficincia da produo; crescimento das vendas com aes de marketingdiferenciadas; novos posicionamentos no mercado, bem como sua expanso.Estes desafios contam com as tecnologias da impresso digital para serem implementados e

    possibilitar novos relacionamentos nas atividades do marketing para encontrar, atrair eprincipalmente manter clientes.

    Estas ferramentas j possuem estudos estatsticos e por isso so consideradas muito poderosas,mostrando, em alguns casos, um aumento na taxa de resposta de 2 para 20%, comparando-se umproduto esttico com outro, acrescido do valor dos novos conceitos.Segundo Nickel-Kailing,

    De acordo com a Associao de Marketing direto (DirectMarketingAssociation/DMA) e a revista Direct (especializada no segmento de marketingdireto), os anncios transmitidos por TV ou rdio geram taxas de respostas deaproximadamente 0,5 a 1%. Os impressos personalizados (mesmo que apenascom os nomes das pessoas que os recebem) podem atingir mais de 2 a 3% deresposta, enquanto a impresso customizada, na qual o nome e outroscontedos variam, pode resultar em uma alta taxa de resposta de 20 a 50%(NICKEL-KAILING,

    [s.d.], p. 125).

    As pesquisas do Rochester Institute of Technology-RIT, coordenadas pelo professor FrankRomano (2008), mostram ainda outros ndices muito robustos nos quesitos retorno doinvestimento e lucratividade: 48% no aumento da repetio de pedidos; resposta 34% maisrpida; mdia dos pedidos 25% maiores e 32% de aumento geral nos rendimentos.Estes percentuais, apresentados pelos pesquisadores so impressionantes e esto associados snovas estratgias de negcios integradas impresso digital.Por esta tica, investir no crescimento das receitas como redutor dos custos a estratgia maiseficaz e com o retorno do investimento maior e muito mais rpido, alm de aumentar o ativo declientes fidelizados.

    4.1 Aspectos ambientais

    A tendncia atual a queda do tamanho das tiragens e o aumento de pequenas tiragens: noprocesso de impresso convencional, isto significa aumentar o volume de maculatura29, comrazovel desperdcios de tinta, papel, materiais de limpeza, energia, tempo de mo de obra; ochamado acerto de mquina. No processo digital estes procedimentos no existem mais e istosignifica menos desperdcios de recursos naturais e menos resduos. Considerando apenas areduo do descarte por refile de impressos, ela extremamente significativa, pois na impressodigital o espao do papel para reas para marcas de registros e outras informaes no so maisnecessrias, isto possibilita cortes de papeis com maiores aproveitamentos e expanso das reas

    impressas com contedos informativos. Estes e outros aspectos como a logstica do papel e doresduo, associados ao desenvolvimento de tintas menos agressivas ao ambiente e o menorconsumo de energia dos equipamentos em relao aos convencionais, formam um conjunto defatores que apresentam um valor ambiental agregado maior que pode ser transferido ao cliente,como diferencial de negcio (SINDGRAF, 2003).

    29 Impressos usados na etapa inicial da produo offset para realizar ajustes de impresso, carga de tinta etc(SINDGRAF, 2003).

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    5 HABILIDADES PROFISSIONAIS CRUZADAS ENTRE OPROCESSO CONVENCIONAL E O DIGITAL

    As habilidades que so comuns nos antigos e nos novos processos de impresso da indstria,tambm chamadas de habilidades cruzadas, vo se adaptando s novas realidades e se ajustando

    s novas tecnologias; estas habilidades foram relacionadas por Romano (2008) e so mostradasno quadro 01.

    Conjunto de habilidades na indstria grficaAntigas Habilidades Cruzadas NovasEspecialista em tinta:qumica

    Designer Analista de Banco deDados

    Compositor de tipos Tcnico em Pr-Verificao Especialista em VDPArtistas doPast-up30 Especialista em Imagem Especialista em

    segurana dos AtivosDigitais

    Especialista emTrapping31

    Especialista emGerenciamento de Cores

    Tcnico de ImpressoDigital

    Operador de Scanner Especialista em Pr-Impresso

    Especialista emQualidade Ambiental

    Gravador de pontos Agente de Impresso,vendedor

    Especialista em TI

    Operador de cmera RSC Representantes doServio ao Cliente

    Especialista em Rede

    Cortador/Revisor defilme

    Avaliador, planejador,programador

    Especialista emDistribuio

    Gravador de chapas Especialista emencadernao

    Especialista emMarketing

    Assistente de impresso

    Quadro 01: Habilidades profissionais exigidas na indstria grfica.Fonte: The Insight Report, Frank Romano, 2008.

    Analisando a Quadro 01, observa-se uma mudana gradual nas habilidades profissionais com oavano tecnolgico. Para Romano, (2008) muitas das habilidades antigas desapareceram, foramintegradas a outras ou tornaram-se funes de mquina. A atividade do compositor de tipos foierradicada pela editorao eletrnica; o operador de cmera deixou de ser necessrio, j no seusa a sala escura h muito tempo e operador de scanner integrou-se ao especialista emimagem, que corrige ou melhoras as imagens atravs desoftwares.Olhando para o futuro, no mesmo quadro, Romano (2008) apresenta uma srie de novashabilidades do mundo digital, principalmente baseadas em tecnologia da informao, por

    envolverem habilidades ligadas obviamente a programao e operao de computadores.Especialistas em tecnologia da informao, especialistas em rede e analista de banco dedados so as habilidades mais especficas nesta formao. Entretanto, observa-se que emergemhabilidades completamente novas, sem um histrico anterior na indstria, como por exemploespecialista em VDPou mesmo tcnico em impresso digital.Segundo Romano (2008),

    As empresas de impresso bem sucedidas no so de um tamanho particular;elas so negcios que se vem como estando na indstria das comunicaes,no no negcio de tinta no papel. Elas tm recursos de TI Tecnologia da

    30 Processo montar recortes de textos e imagem para compor uma pgina a ser fotografada mecanicamente

    (SENAI.BA, 2001-2004).31 Processo de compensao para ajustes no encaixe entre as tintas, definidos nos aplicativos de paginao,destinado a evitar filetes entre as cores das imagens, textos e ilustraes e das cores do entorno (ABIGRAF, [s.d.]).

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    Informao internos robustos e investem em treinamentos (ROMANO, 2008,p. 19).

    Integram-se neste novo contexto, profissionais especialistas em marketing, especialistas emdistribuio e tcnicos em qualidade ambiental. Outra habilidade fundamental exigida agora

    a do especialista em ativos digitais, responsvel pelo gerenciamento e da seguranas docontedo digital.Para Romano (2008), algumas habilidades, denominadas de habilidades cruzadas, fazem partedo antigo e do novo processo. Entre elas o especialista em pr-impresso, especialista emencadernao e especialista em imagem.Este rol inicia-se com a atividade do designer, que perpassa entre as mudanas e cada vez mais a habilidade chave que fundamenta estes novos conceitos.

    5.1 Profissional deDesign Grfico

    Sobre designer grfico parece recair a maior responsabilidade pelo sucesso do projeto e do

    processo de impresso. Apesar de existirem no mercado muitos modelos pr-desenhados(templates), o processo criativo algo que no pode ser automatizado e ser sempre odiferencial do trabalho grfico (ROMANO, 2008). Por outro lado, cabe ao designer comoresponsvel pelo projeto grfico, exigir que sua criao seja impressa com a melhor qualidade

    possvel; para que isto acontea e para que ningum interfira diretamente neste trabalho, necessrio que o designer prepare seu arquivo com todos elementos necessrios, de formacorreta, evitando assim a interveno de outro profissional para produzir correes e alteraes,o que muitas vezes desconfiguram o projeto inicial (HORIE, 2009).Enquanto o designer no estiver habilitado para prever os possveis problemas nodesenvolvimento do seu projeto, o tcnico em pr-verificao, procurar por erros e/ou itensfaltantes, bem como por formatos inadequados, tentar corrigi-los e prepar-los para os

    dispositivos de impresso (ROMANO, 2008).FALLEIROS (2003) destaca que

    A figura doDesignerGrfico de grande importncia, pois ele o responsvelpela esttica e atratividade [...]. Uma comunicao ou uma publicidade podeser feita de inmeras formas. Cada uma delas tem um poder maior ou menor deatrair a ateno do pblico alvo e de fixar nele a imagem do produto. (FALLEIROS, 2003, p. 65)

    Falleiros (2003), adverte que [...] ser designer muito mais que ser bom em programasgrficos, e que somente o conhecimento em todos os nveis e a experincia que formam um

    bom designer, e que cabe ao designerapresentar as solues e o direcionamento especfico para

    cada problema, devendo o designer estar preocupado com cor, signo, tipografia, imagem,tecnologia, ergonomia, tica, esttica, psicologia, antropologia e at mesmo fsica.Portanto, esta atividade, independentemente do grau de desenvolvimento tecnolgico, pareceabarcar um espectro cada vez maior de responsabilidades profissionais de design, ligando etranscendendo as mais diversas reas do conhecimento e se intercalando entre outras habilidadesna formao de novos conceitos de negcios.

    Na impresso digital o designer transita em todas as etapas do processo, participando desde atomada de deciso na elaborao do projeto at a entrega do material acabado, enfatizando que odesign grfico tambm Cross Media, por seu trabalho exigir um profissionalismo comatualizao permanente em relao s novas tecnologias.

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    6 CONSIDERAES FINAIS

    Sob a tica das pesquisas citadas e das constataes observadas no mercado grfico, este artigoabre espao para questionamentos e reflexes mais aprofundadas sobre os novos rumos daindstria grfica, a luz da impresso digital. Mesmo considerando que no atual estgio de

    desenvolvimento do processo digital ele ainda no seja uma ameaa ao para o processo offsetououtros processos convencionais, prudente atentar para o futuro prximo.Muito mais que equipamentos, a indstria grfica digital vai exigir novos profissionais, comformao interdisciplinar, novas estratgias de negcios e atualizao permanente, tanto em

    softwares de sustentao da tecnologia da informao, quanto dos sistemas detelecomunicaes. Cabe lembrar que a indstria grfica convencional nunca teve umadistribuio nacional de cursos para a formao de seus profissionais; na maioria das grficasespalhadas pelo pas, os profissionais foram sempre treinados internamente pelo empresriogrfico e pelo fornecedor de equipamentos, o que sempre provocou uma acirrada disputa por

    profissionais competentes.Levar ainda algum tempo para que as corporaes e seus departamentos de marketingpassem a

    utilizar estes novos conceitos efetivamente, mas ao despertar para este novo insight,provocarouma grande transformao no meio publicitrio, principalmente no relacionamento com osclientes.As grficas digitais devero se multiplicar em nmeros e manterem-se relativamente em

    pequenas estruturas com uma grande capilaridade; capilaridade esta que criar novasoportunidades de negcios, inclusive no ensino tecnolgico.Entre os questionamentos est a formao adequada para os profissionais envolvidos nos

    processos de produo em tecnologia grfica, suas habilidades e suas novas perspectivasprofissionais e de conhecimento? Qual formao acadmica ser necessria para o bomdesempenho de suas atividades no cotidiano de um escritrio de design, agncia de publicidadeou mesmo na prpria indstria grfica que se adequar nova realidade? Qual a postura dosmeios acadmicos e governamentais para manter atualizada a grade de ensino e odesenvolvimento destas novas competncias?Como se dar a transferncia do conhecimento tcnico-cientfico a estes alunos, permitindotambm o acesso ao conhecimento tcito em oficinas apropriadas aprendizagem.Enquanto aguarda-se as respostas, observa-se que cada vez mais necessrio que o profissionalde design conhea todas as etapas de produo, ou seja, tenha uma viso holstica, para que

    possa desempenhar eficientemente seu ofcio e para que isto acontea, as oportunidades deveroser oferecidas a ele.Caber ainda aos empreendedores atentos prospectarem estas oportunidades avanarem rumo aofuturo.

    7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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