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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MARCO ANTONIO ALTAFIM MONTI AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO SONORA NO CENTRO COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE – SÃO PAULO São Paulo 2013

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MARCO ANTONIO ALTAFIM MONTI

AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO SONORA NO CENTRO

COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE – SÃO PAULO

São Paulo

2013

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

MARCO ANTONIO MONTE

AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO SONORA NO CENTRO COMERCIAL DO

MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE – SÃO PAULO

Trabalho de Conclusão de

Curso Pós-Graduação

Engenharia do Meio

Ambiente e

Sustentabilidade/FMU, sob

orientação da Professora

Claudia Bittencourt.

São Paulo

2013

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................................... 2

2. Revisão Bibliográfica ............................................................................................................. 3

2.1A Cidade de São Vicente – SP ........................................................................................... 3

2.2 Classificações do Ruído .................................................................................................... 3

2.2.1 Ruído Ambiental ........................................................................................................ 3

2.2.2 Ruído Ocupacional ..................................................................................................... 4

2.3 Doenças Causadas pelo Ruído Demasiado ....................................................................... 4

2.4 Legislações Pertinentes ao Ruído Ambiental ................................................................... 5

2.5 Metodologia para Análise do Ruído Ambiental ............................................................... 8

3. Metodologia .......................................................................................................................... 10

3.1 Procedimentos das Medições .......................................................................................... 10

3.2 Equipamentos utilizados ................................................................................................. 11

3.3 Localização da Área de Estudo ....................................................................................... 12

5. Resultados ............................................................................................................................. 13

6. Referências ........................................................................................................................... 25

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Resumo A emissão de sons e ruídos em níveis que causam incômodos as pessoas e animais, assim

prejudicando a saúde e as atividades humanas, no qual se enquadra no conceito de poluição.

Esse conceito é legalmente aceito no Brasil, sendo considerado um dos problemas ambientais

mais graves atualmente nos grandes centros urbanos e que incide de forma principal em sua

qualidade de vida. Devido a esses fatores, o presente estudo tem como objetivo avaliar o nível

de poluição sonora no centro comercial do município de São Vicente, a fim de identificar,

através de níveis equivalentes de pressão sonora medidas em locais específicos desse centro,

possíveis níveis com discrepância abrupta. O trabalho é apoiado legalmente pela lei Municipal

nº2361-A, que dispõe sobre ruídos urbanos, onde fica proibido a utilização de veículos, ou

quaisquer fontes com emissão sonora de publicidade, divulgação entretenimento e

comunicação, independente dos níveis sonoros emitidos, determinando assim o quanto este

está de fato afetando o conforto ambiental da população e a eficácia dessas medidas.

Palavras-chave: Ruído. Poluição. São Vicente.

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1. Introdução

Conforme Brevigliero, Possebon e Spinelli, ruído é definido como um fenômeno

físico vibratório com características indefinidas de variação de pressão, ar, em função da

frequência, ou seja, para uma dada frequência podem existir, em forma aleatória através do

tempo, variações de diferentes pressões.

O ser humano está de forma contínua recebendo informações sonoras. Podem-se

considerar todos os sons como ruídos, mas a sua classificação é subjetiva, destacando o fato

de ser ou não desejável.

Para Russo (1993), semelhante a um radar a audição estende-se a todas as

direções e grandes distâncias, informando-nos acerca da localização e a distância em que se

encontra o indivíduo da fonte sonora, constituindo em um mecanismo de defesa e alerta,

importante para a segurança virtual. Observa ainda que, dependendo do indivíduo, os sons

podem provocar as mais diversas reações físicas e emocionais, como: susto, riso, lágrimas,

sensações de prazer e desprazer, participação e segurança, as quais são partilhadas com os

semelhantes, tendo como agente intermediário a linguagem falada, adquirida principalmente

pela audição.

Diariamente o ruído é introduzido no meio ambiente. São sons que provocam

desconforto mental/físico, que resultam de vibrações irregulares que podem afetar o equilíbrio

sonoro, repercutindo sobre o sistema auditivo e as funções orgânicas.

Contudo, o presente trabalho procura objetivar a importância em controlar-se a

exposição do ruído nos centros das grandes cidades, no caso desse trabalho São Vicente – SP.

O estudo pretende evidenciar a presença demasiada de ruídos ambientais no centro da cidade

anteriormente citada e comprovar a problemática desse ruído ambiental exagerado.

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2. Revisão Bibliográfica

2.1A Cidade de São Vicente – SP

São Vicente é um município da Microrregião de Santos, na Região Metropolitana

da Baixada Santista, no estado de São Paulo, no Brasil. A sua população, em 2010, era

de 332 424 habitantes. A sua área é de 148 km², o que resulta numa densidade demográfica de

2.123,73 habitantes por quilômetro quadrado.

Foi a primeira vila fundada pelos portugueses na América, em 1532. Nesse

mesmo ano, a 22 de agosto, ocorreu a primeira eleição da América, onde foram escolhidos os

primeiros oficiais da Câmara, atualmente equivalente ao cargo de vereador. Hoje, a cidade,

situada na metade ocidental da Ilha de São Vicente, que compartilha com Santos, baseia a sua

economia no comércio e turismo.

2.2 Classificações do Ruído

O ruído pode ser divido por origens, causas e muitas outras classes, sendo assim o

assunto tem aspectos muito amplos. Por tais motivos classificaremos ruído, superficialmente,

em dois ambientes, ruído ocupacional e ruído ambiental, sendo objeto deste trabalho o último

citado.

2.2.1 Ruído Ambiental

Os ruídos Urbanos têm se tornado, nas ultimas décadas, em uma das formas de

poluição que mais tem perturbado profissionais da área. Os valores registrados acusam níveis

de desconforto tão altos que a poluição sonora passou a ser considerada a forma de poluição

que atinge o maior número de pessoas. Desde o congresso mundial sobre poluição sonora de

1989, na Suécia, o assunto tornou-se questão de saúde pública. No entanto, a preocupação

com os ruídos ambientais já existia desde 1981 em que o Congresso Mundial de Acústica, na

Austrália, as Cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a serem consideradas as

maiores do mundo em níveis de ruído.

Em media as cidades brasileiras, onde a qualidade de vida é preservada, o ruído já

tem apresentado níveis preocupantes. Fazendo com que várias dessas cidades adquiram leis

que disciplinem a emissão de sons urbanos e também um maior planejamento de ocupação do

espaço urbano, a situação em que a ocupação já existente e os níveis de ruído eventualmente.

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As ações de incentivo ao uso de áreas urbanas de acordo com sua vocação podem fazer

necessária, por exemplo, desocupação residencial em áreas onde o nível de ruído já se tenha

tornado inadequado e dificultado a instalação de atividades comerciais e industriais nas áreas

próprias para moradia.

O bem-estar da poluição não deve ser tratado apenas com projetos de isolamento

acústico tecnicamente perfeitos, mas além disso, exige uma visão critica de todo o ambiente

uma nova edificação. É necessária uma discussão a nível urbanístico.

Um conceito importante a ser discutido refere-se a comunidade já existentes

ameaçadas por poluição sonora de novas obras públicas como aeroportos, e auto–estradas.

2.2.2 Ruído Ocupacional

A Perda Ocupacional ou Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é um

distúrbio auditivo que afeta muitos trabalhadores expostos a ambientes de trabalho ruidosos e

pessoas na sua vida diária e diante disso, nós, fonoaudiólogos preocupados com a prevenção,

buscamos soluções para amenizar o indivíduo com PAIR.

O indivíduo portador desta lesão irreversível e insidiosa, muitas vezes não percebe

de imediato quando sua comunicação é prejudicada. Contudo o seu portador adquire uma

série de incapacidades auditivas ou distúrbio auditivo (perda ou anormalidade de estrutura ou

função, podendo ser anatômico-fisiológica ou psicológica). Implica em dano, prejuízo, piora

ou debilita a função auditiva, tanto no sentido orgânico como funcional (WHO-1980) e

handicap (pessoas cujas possibilidades de conservar suas atividades profissionais estão

reduzidas, após insuficiência e diminuição de sua capacidade auditiva) que podem interferir

em sua vida profissional, familiar e social.

Essas incapacidades (referem-se à restrição ou impedimento, resultante da perda

auditiva, na habilidade ou performance considerada normal para aquele indivíduo

WHO,1980) auditivas podem também prejudicar o trabalhador em relação a sua segurança e

ascensão profissional, além dos riscos com acidentes de trabalho serem bem maiores.

2.3 Doenças Causadas pelo Ruído Demasiado

Estudos realizados por Gerges (2000) demonstram que o primeiro efeito

fisiológico com a exposição a altos níveis de ruído é a perda de audição nas frequências mais

altas (de 4kHz a 6 kHz), juntamente com a sensação de percepção do ruído após

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distanciamento da fonte. O conhecido zumbido, que permanece por alguns minutos ou horas

após cessar o ruído intenso, tem efeito temporário. Após a percepção auditiva recuperada

depois de algum tempo, que varia de acordo com o período, a intensidade e a frequência do

ruído, o qual o indivíduo ficou em exposição, o tempo de recuperação sempre é mais

prolongado do que o de instalação da fadiga auditiva, sendo a maior parte da perda auditiva

recuperada em 2 ou 3 horas, mas a regeneração total leva até dezesseis horas, dependendo do

estimulo recebido. Logo a exposição contínua ou diária a altos níveis de ruído segundo o

autor supracitado, “pessoas expostas a altos níveis de ruído por um longo tempo, danificam as

células da cóclea” (2000, p. 46).

Contínuas exposições a 85dB(A), são suficiente para causar danos irreversíveis à

audição. Porém, o ruído pode provocar efeitos adversos não somente no sistema auditivo.

Suspeita-se que os efeitos não auditivos do ruído se manifestem na forma cardiovascular

(hipertensão, variações da pressão sanguínea), provocando distúrbios respiratórios,

perturbação e alterações na saúde física e mental, essa quantidade de efeito faz com que o

ruído seja considerado fator de estresse generalizado.

Segundo SYLVIO (2011) os efeitos não auditivos do ruído podem ser

classificados em fisiológicos e de desempenho. Os efeitos fisiológicos são temporários ou

permanentes.

Alguns efeitos fisiológicos temporários são:

- sobressaltos causados por elevados níveis de ruído, provocando tensões

musculares, com intenção ativar alguma forma de proteção;

- reflexos respiratórios, quando o ritmo da respiração se altera em resposta a

elevados níveis de ruído;

-alterações no padrão dos batimentos cardíacos;

-alterações daqueles mais próximos da superfície da pele.

2.4 Legislações Pertinentes ao Ruído Ambiental

Se tratando de problema social difuso, a poluição sonora deve ser combatida pelo

poder público e pela sociedade, individualmente em ações judiciais, através de ação civil

pública (lei 7.347/85), para garantia do direito ao sossego público, o qual está resguardado

pelo artigo 225 da constituição federal.

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Para Meireles, H. I, 1981

Embora seja certo que quem elege cidade grande para viver deve suportar o ônus que isso apresenta, todavia é dever do Poder Público amenizar o quanto possível a propagação de ruídos incômodos aos habitantes, principalmente em horários de repouso. O rumor das indústrias, a agitação do comercio se impõem aos cidadãos como ônus normais da vida urbana, em contraprestação das múltiplas vantagens que essa atividades proporcionam. Mas o ruído anormal excessivo, insuportável, principalmente á noite, apresenta-se como antijurídico.

O artigo 30 da Constituição Federal relaciona as competências atribuídas aos

Municípios, entre as quais estão as de legislar assuntos de interesse local, prestar serviços

públicos de interesse local e promover, no que couber, adequando ordenamento territorial,

mediante planejamento e controle do uso, parcelamento e ocupação do solo.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA, no uso das

atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 1° da Lei 7.804 de 15/07/1989 e o inciso I, do

parágrafo 2°, do Art. 8 do seu Regimento Interno, regulamentou a emissão de ruído, em

decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais, ou recreativas,

considerando prejudiciais á saúde e ao sossego público os níveis superiores aos estabelecidos

na Norma Brasileira – NBR-10.152 – Níveis de Ruído para Conforto Acústico, e a

NBR10.151 – Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas, Visando o conforto da Comunidade –

procedimento, que fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em

comunidades.

Lei aprovada na Câmara Municipal, no dia 31 de março, com três emendas, a lei

nº 2361 impõe limites à poluição sonora no município. De acordo com a nova regra, é

proibido perturbar o bem estar público e com ruídos ou sons excessivos de qualquer natureza,

produzidos por qualquer forma, que ultrapassem os limites estabelecidos pela legislação.

Na zona central, existe um perímetro (Mapa Uso e Ocupação de solo) onde fica

proibido qualquer tipo de utilização de veículos prestadores de serviços e qualquer fonte de

emissão sonora de publicidade, divulgação, entretenimento e comunicação. Caixa de som

instalada nas calçadas em frente a estabelecimentos comerciais não é permitido. O perímetro

tem início na confluência da Rua Tibiriçá com a Rua João Ramalho, segue por esta até a Rua

Ipiranga, deflete à esquerda por esta até encontrar a Rua 13 de Maio, deflete por esta à

esquerda até encontrar a Rua XV de Novembro, segue por esta à direita até a confluência com

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a Rua José Bonifácio e segue por está até a confluência com a Rua Tibiriça, deflete por esta

até encontrar o início desta descrição. A área compreende ainda a Rua Martim Afonso, desde

a Rua Padre Manoel até a Rua Benjamin Constant.

FIGURA 1 - Mapa de uso e ocupação do solo da área em estudo

Fonte:Prefeitura Municipal de São Vicente/SP

A lei ainda considera prejudicial à saúde e ao sossego público as emissões de sons

e ruídos superiores aos limites de decibéis (unidade de medida de som) estabelecidos pela

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Um artigo da lei ainda estabelece que os ruídos não podem ultrapassar os 60dB

(decibéis) das 7 às 20 horas (diurno), nas áreas de prioridade comercial e administrativa, que é

o caso do Centro. A partir das 20h01 (noturno), o limite é de 35dB.

Áreas de sítios e fazendas têm tolerância máxima de 40dB, no período diurno, e

35dB no noturno.

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No local estritamente residencial ou próximo a hospitais e escolas, o limite é de

45 dB na parte da manhã e 35db à noite. Áreas mistas de predominância residencial, 45 dB de

dia e 35dB na parte noturna; áreas mistas com vocação recreacional, 65dB (diurno) e 55dB

(noturno); e áreas industriais, 70dB até às 20 horas e 60dB a partir das 20h01..

Sons e ruídos produzidos por atividades de construção civil devem respeitar os

limites máximos estabelecidos pela lei, acrescidos de dez decibéis. Excetuam-se destas

restrições às obras e os serviços urgentes inadiáveis, decorrentes de casos fortuitos ou de força

maior, acidentes graves ou perigo eminente à segurança e ao bem-estar da comunidade, bem

como o restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, gás,

telefone, água, esgoto e sistema viário.

Bares, casa noturnas, templos religiosos, comércios, indústrias, construções,

atividades esportivas e recreativas que ultrapassarem os limites sonoros estabelecidos também

poderão ser punidas perante a lei.

Desde o envio do projeto de lei à Câmara, a Secretaria de Meio Ambiente

intensificou a fiscalização no combate à poluição sonora com a contratação de dois fiscais

(atualmente são seis técnicos realizam vistorias) e a aquisição de mais dois aparelhos para

medir os decibéis emitidos pelas atividades geradores de poluição sonora.

A própria Organização Mundial de Saúde alerta que o limite que o ouvido

humano suporta é de 65 dB. Acima de 85 dB, o som aumenta o desencadeamento de

problemas auditivos. O barulho constante impede o relaxamento, e à medida que aumenta

crescem também os sintomas de estresse. O ruído em excesso pode gerar ainda problemas

cardíacos, infecções e outros problemas de saúde.

2.5 Metodologia para Análise do Ruído Ambiental

O ruído ambiental não é constante (MURGEL 2007), devendo-se avaliá-lo de

forma a obter um valor que seja representativo do ruído característico do local, não só

indicando o valor médio, mas também parâmetros que permitam caracterizar as oscilações

sonoras e respectivos impactos causados por este ruído. Sendo assim, são utilizados alguns

parâmetros estatísticos para facilitar a interpretação dos valores medidos, os mais empregados

são:

- nível equivalente contínuo (Leq);

- níveis estatísticos L10 e L90.

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Leq constitui a integração do nível sonoro medido a cada fração de segundo,

representando assim o ruído médio.

Nível sonoro se fosse contínuo, equivaleria o ruído de fato medido, que sofre

grandes oscilações, e em seu cálculo considera-se não só o nível sonoro mas também o tempo

de exposição que na verdade é o melhor parâmetro de indicação do grau de danos causados

por determinada fonte sonora.

L10 é o nível sonoro que foi ultrapassado em 10% do tempo de medição, e pode

ser considerado com o ruído máximo no período, excluídos os picos sonoros que ocorrem

somente em 10% do tempo.

L90 é o nível sonoro que foi ultrapassado em 90% do tempo de medição,

correspondendo, por definição, ao ruído de fundo, é assim chamado, pois ao cessarem as

principais fontes sonoras, pois ao cessarem as principais fontes sonoras resta um único nível

sonoro o “de fundo” vindo de fontes dispersas e distintas.

O Leq, por se tratar de ruído médio, é o mais versátil desses parâmetros, sendo por

isso utilizado como parâmetro legal normativo. Já o L10 e o L90 auxiliam na avaliação pela

indicação do grau de incomodo do ruído medido, dando uma ideia aproximada. Em verdade,

não apenas o valor médio determina o grau de incomodo de uma fonte de ruído, grande

variações nos níveis de ruído são altamente incomodadas, pois sons de alta intensidade,

isolados são facilmente perceptíveis e perturbadores.

Há também parâmetros, que podem ser medidos diretamente, os níveis máximos

Lmax e mínimo Lmin, que correspondem ao maior ou ao menor nível de pressão sonora

detectado durante um período de amostragem, no entanto se tratando de ruído ambiental,

esses valores são pouco significativos, visto que é um pico sonoro de ocorrência esporádica.

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3. Metodologia

3.1 Procedimentos das Medições

As aferições acústicas foram efetuadas de acordo com a NBR 10151, NBR 10152

e conforme metodologia da CETESB, por meio de um medidor de nível sonoro

(decibelímetro). Medidor de Nível de Pressão Sonora- (ou o sistema de medição) deve atender às

especificações da IEC 60651 para tipo 0, tipo 1 ou tipo 2. Recomenda-se que o equipamento

possua recursos para medição de nível de pressão sonora equivalente ponderado em (LAeq),

conforme a IEC 60804.

As aferições acústicas foram realizadas de acordo com a NBR 10151, entendido

que as condições ideais de ruído de fundo e reverberação exigidas são variáveis em função da

atividade realizada.

Foram prevenidos os efeitos de ventos sobre o microfone com o uso de protetor,

conforme instruções do fabricante.

Os levantamentos de Níveis de Ruído (Lra) foram medidos externamente aos

limites das propriedades dos arredores (nas calçadas), em pontos afastados aproximadamente

1,2m do piso e pelo menos 2m do limite da propriedade de quaisquer outras superfícies

refletoras, como muros, paredes etc. Na impossibilidade de atender alguma destas

recomendações, a descrição da situação medida foi descrita no trabalho.

Todos os valores medidos do nível de pressão sonora foram aproximados ao valor

inteiro mais próximo. O tempo de medição foi escolhido de forma a permitir a caracterização

do ruído em questão. As medições envolveram uma sequência de amostras.

O medidor foi calibrado de acordo com as recomendações do fabricante, foram

evitadas as medições de fontes de ruído alheias que poderiam interferir na medição. Por fim,

foram realizadas 30 medições, registradas em resposta rápida (fast) a cada 10 segundos em

intervalo cinco minutos em escala de ponderação “A”, e posteriormente calculado o nível de

pressão sonora equivalente, leq em dB(A) através da equação matemática (01)1, de acordo

com NBR 10151:2000 anexo A e NORMA TÉCNICA L11.033 DE MARÇO/92 CETESB.

= ∑

=

n

1i

0,1.Lieq 10 fi.

n

1log 10 L

(Equação 1)

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Foram realizadas medições dos níveis de preção sonora em dois dias, 07/05/2013

(terça-feira) no dia 08/05/2013 (quarta-feira) nos horários das 09h00, 12h00 e 18h00. Foram

escolhidos esses horários por se tratar de momentos de maior movimento do comercio na

semana.

3.2 Equipamentos utilizados

O equipamento utilizado para as medições de Nível de Pressão Sonora marca

ICEL DL 4200, tipo 2, de fabricação nacional (figura 02), para coordenadas geográfica GPS

GARMIM HCx ETREX.(figura 03)

FIGURA 2 - Decibelímetro usado no estudo

Fonte: O autor.

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FIGURA 3 - GPS utilizado no estudo Fonte: O autor.

Os valores foram tomados em dia normal sem a existência de interferências

audíveis advindas de fenômenos da natureza como chuvas, trovões etc.

O equipamento de medição foi devidamente calibrado em laboratório

credenciado, conforme demonstra o Certificado de Calibração anexo ao presente neste artigo.

Calibrou-se o aparelho ajustando-o de acordo com a interferência acústica de 94 dB (A) e de

104 dB (A) e de 1 kHz de frequência.

3.3 Localização da Área de Estudo

Os pontos de coleta foram escolhidos dentro do perímetro central do município de

São Vicente, onde de acordo com a Lei N°2361-A, que dispõe sobre ruídos urbanos, proteção

do bem-estar e do sossego público e define que ficam proibidos, nos logradouros públicos, a

utilização de veículos prestadores de serviço e quaisquer fontes com emissão sonora de

publicidade, divulgação, entretenimento e comunicação, independente dos níveis sonoros

emitidos.

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5. Resultados

TABELA 1 - NÍVEL DE CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO NCA PARA AMBIENTES EXTERNOS, EM DB (A) .

Tipos de Áreas NBR Lei Municipal

Diurno Noturno Diurno Noturno Área de sítio e fazendas 40 35 40 35

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou escolas

50 45 45 35

Área mista, predominante residencial. 55 50 45 35

Área mista, com vocação comercial e administrativa.

60 55 60 35

Área mista, com vocação recreacional 65 55 65 55

Área predominante industrial 70 60 70 60

Fonte: O autor

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FIGURA 4 - Pontos de amostragem do estudo Fonte: Google Earth.

Tabela 2 -Locais de Medições

Fonte: O autor

PONTO DE AMOSTRAGEM 01 – Esquinada Rua Ipiranga e Rua Treze de

Maio, (figura 4) área mista, com vocação comercial e administrativa, com intensa

movimentação de pessoas e veículos, a Rua Ipiranga da acesso a linha Vermelha e Avenida

Frei Gaspar.

P1 RuaIpiranga x Rua Treze de Maio Coordenadas S 23°58.004’/ W 46°23.141’ P2 RuaIpiranga x Rua João Ramalho Coordenadas S 23°57.845’/ W 46°23.221’ P3 PraçaBarão do Rio Branco Coordenadas S 23°57.980’/ W 46°22.949’

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FIGURA 5 - Esquinada Rua Ipiranga e Rua Treze de Maio

Fonte: O autor

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FIGURA 6 - Esquinada Rua Ipiranga e Rua Treze de Maio Fonte: O autor

PONTO DE AMOSTRAGEM 02 - Esquina da Rua Ipiranga com Rua João

Ramalho (figura 6 e 7), Área estritamente urbana ou de hospitais ou escolas, intensa

movimentação de pessoas e veículos.

FIGURA 7- Esquina da Rua Ipiranga com Rua JoãoRamalho

Fonte: O autor

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]

FIGURA 8- Esquina da Rua Ipiranga com Rua JoãoRamalho Fonte: O autor

PONTO DE AMOSTRAGEM 03 - Praça Barão do Rio Branco (figura 8, 9 e 10),

Área mista, com vocação comercial e administrativa, com grande concentração de veículos e

de pessoas em todos os quarteirões que rodeiam a praça possuem uma grande concentração de

lojas, em toda sua extensão existem bancos de praça, onde há muitos idosos que passam o dia

conversando e que a frequentam normalmente.

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FIGURA 9-Praça Barão do Rio Branco no período noturno

Fonte: O autor

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FIGURA 10-Praça Barão do Rio Branco no período noturno

Fonte: O autor

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FIGURA 11-Praça Barão do Rio Branco

Fonte: O autor

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TABELA 3 - Medições realizadas dia 07 de abril de 2013 com resultados em decibels Medi- ções

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

9 AM 12 PM 6 PM 9 AM 12 PM 6 PM 9 AM 12 PM 6 PM 1 67 63 67 72 64 68 67 67 63 2 71 67 67 67 65 59 65 67 64 3 67 61 70 62 67 54 63 62 67 4 66 59 67 62 66 56 70 60 64 5 70 62 82 63 69 60 70 59 67 6 59 74 65 71 67 66 64 64 76 7 55 69 60 66 67 70 64 57 71 8 69 72 63 64 61 68 61 62 71 9 59 70 66 68 68 63 63 64 70

10 61 68 69 65 67 71 62 68 71 11 69 68 72 59 61 65 71 62 74 12 58 63 76 61 73 72 63 70 71 13 55 62 69 66 61 66 62 63 66 14 60 63 68 71 67 65 63 70 69 15 61 62 76 69 67 66 60 67 72 16 62 62 71 62 60 70 60 69 71 17 57 68 65 64 61 71 59 61 68 18 61 72 67 61 66 68 57 61 66 19 72 63 65 68 62 74 63 66 70 20 65 59 67 65 61 63 64 60 68 21 64 63 73 66 61 60 61 64 65 22 65 67 66 69 59 66 58 63 67 23 54 65 72 70 59 70 71 67 70 24 60 62 73 67 60 60 78 68 69 25 61 56 73 70 62 64 66 70 66 26 54 59 67 62 62 76 73 77 67 27 58 69 66 63 67 70 64 71 61 28 70 60 65 65 70 63 61 60 69 29 65 59 70 69 67 65 63 59 68 30 61 57 71 65 60 73 60 64 73

Fonte: O autor

Através do calculo da equação (01) e dos dados obtidos, foi calculado o nível

equivalente de pressão sonora Leq para nove medições efetuadas (tabelas 3 e 4).

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TABELA 4 - Medições realizadas dia 08 de abril de 2013 com resultados em decibel

Medi- ções

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

9 AM 12 PM 6 PM 9 AM 12 PM 6 PM 9 AM 12 PM 6 PM 1 60 62 63 63 65 63 64 65 63 2 55 61 76 67 68 67 63 68 64 3 58 68 69 62 63 62 66 63 67 4 55 66 73 66 66 60 65 66 64 5 55 70 67 63 63 59 61 63 67 6 65 75 75 70 66 68 65 70 76 7 60 70 74 65 63 62 65 65 71 8 60 67 66 66 70 64 75 66 71 9 63 62 67 64 65 68 70 67 70

10 65 61 72 57 66 62 66 66 71 11 73 63 66 62 67 70 65 67 74 12 65 61 66 64 71 63 64 71 71 13 63 67 62 68 66 70 65 66 66 14 67 62 58 66 67 67 68 67 69 15 64 69 69 70 72 69 68 72 72 16 78 66 70 67 71 61 69 71 71 17 69 62 61 69 65 66 63 65 68 18 69 67 74 66 67 60 65 63 66 19 62 63 67 61 63 64 67 68 70 20 75 65 65 63 68 64 63 67 68 21 72 76 73 67 67 67 64 66 65 22 65 66 67 68 66 65 64 65 67 23 63 73 65 70 67 69 62 63 70 24 58 72 67 70 67 67 69 62 69 25 61 59 72 77 66 68 64 64 66 26 61 73 65 71 65 70 65 67 67 27 66 72 63 69 65 70 70 67 61 28 70 74 67 69 63 77 70 65 69 29 63 68 66 55 57 71 76 70 68 30 64 69 59 59 67 69 64 74 73

Fonte: O autor

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TABELA 5 – Níveis equivalente de pressão sonora em dB(A) obtido em 07/05/2013. Medições Local/horário LAeq LAmin LAmáx Lei

M1 P-1 /09hs 65 54 72

M2 P-1/12hs 67 57 74

M3 P-1/18hs 72 60 73

M4 P-2 /09hs 67 59 72

M5 P-2/12hs 66 59 73

M6 P-2/18hs 69 54 76

M7 P-3/09hs 68 57 78

M8 P-3/12h 67 57 77

M9 P-3/18hs 70 61 76

Fonte: O autor

TABELA 6 – Níveis equivalente de pressão sonora em dB(A) obtido em 08/05/2013

Medições Local/horário LAeq LAmin LAmáx

M1 P-1 /09hs 68 55 78

M2 P-1/12hs 69 61 76

M3 P-1/18hs 70 58 76

M4 P-2 /09hs 68 55 77

M5 P-2/12hs 67 57 72

M6 P-2/18hs 68 59 77

M7 P-3/09hs 68 61 76

M8 P-3/12h 68 63 74

M9 P-3/18hs 70 61 76

Fonte: O autor

De acordo com a NBR10151, a área em estudo se é designada da seguinte

maneira, P-1 e P3 área mista, com vocação comercial e administrativa, ou seja, NCA para

essa área é de 60 dB(A) durante o dia e 55 dB para o período noturno já o P2 área

estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas sendo 50 dB período do dia e

45dB noturno.

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5. Conclusão

A poluição sonora é fator de extrema relevância no dia-a-dia da população, pois

interfere diretamente, na saúde e no bem estar das pessoas que visitam o centro de São

Vicente. Não foi visualizado nenhum carro com algum tipo de propaganda sonora e quando

há lojistas que insistem neste tipo de propaganda são advertidos e se persistirem multados por

fiscais da Secretaria de Meio Ambiente do Município.

Observando os resultados obtidos, conclui-se que todos os locais analisados

apresentam níveis sonoros em desconformidade com a legislação, assim podendo ser

caracterizados como locais insalubres, pois os níveis sonoros obtidos estão abruptamente

acima dos níveis exigidos legalmente. Este auto índice é resultado da grande movimentação

de veículos no centro da cidade. As pessoas que transitam nestes locais centrais estão sujeitas

a desenvolverem problemas de saúde em função da poluição sonora. Sendo o maior risco aos

trabalhadores da região que estão expostos diariamente por longos períodos de tempo á essa

poluição.

Outro aspecto que deve ser levado em conta são os agentes causadores do ruído,

os veículos, pois seu estado de conservação é de grande influencia na incidência do ruído,

uma vez que veículos mais antigos causam uma maior emissão de ruídos. Uma fiscalização

mais rigorosa, ou talvez mudança na legislação, resolveria o problema.

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6. Referências

Internet BRASIL. CONAMA. Resolução 008/93, de 31 de agosto de 1993. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0190.html. Acesso em: 17/07/2012 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT Norma NBR 10151 – Avaliaçaõ do ruído em are habitadas visando o conforto da comunidade 1987. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT – Norma NBR 10142 – Niveis para conforto acústico (NB 95) – 1990. Livros e apostilas BISTAFA, SYLVIO R. – Acústica Aplicada ao Controle do Ruído. 2ºedição – São Paulo: EdtoraBlucher, 2011 FERNANDES, J.C. –O Ruído Ambiental : Seus Efeitos e seu Controle” – Apostila do Departamento de Engenharia Mecânica da UNESP – Campus de Bauru, 1994. MURGEL, EDUARDO – Fundamentos de Acústica Ambiental. São Paulo ENNIO CRUZ DA COSTA – Acústica Técnica. São Paulo Editora Blucher, 20032ª segunda reimpressão - 2011 POSSEBON, José et al. Higiene Ocupacional. 6. ed. rev. São Paulo: SENAC, 2012. RUSSO, I. C. P. Acústica e psicoacústica: aplicadas à fonoaudiologia. São Paulo: Lovise, 1993, p. 178. World Health Organization. Noise. Environmental. health Criteria 12. Geneva, 1980