artigo deciduo

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 R Dental Press Ortodon Ortop Facial  125 Maringá, v. 10, n. 3, p. 125-137, maio/jun. 2005  A RTIGO  I NÉDITO Flávia Santos Teixeira**, Vera Campos***, Constance Mitchell****, Laura Maria Barbosa de Carvalho***** Retenção prolongada de molares decíduos: Diagnóstico, etiologia e tratamento* INTRODUÇÃO Erupção dentária é o processo no qual o dente migra de sua localização intra-óssea até sua po- sição funcional na cavidade oral 12,20 . A erupção normal, tanto do ponto de vista do tempo, como da posição de cada dente é um dos processos deci- sivos no desenvolvimento de uma dentadura bem formada e equilibrada 2 . Os fatores etiológicos, sejam de origem lo- cal, ambiental ou genética, podem inuenciar o processo de erupção dos dentes permanentes. A retenção prolongada dos molares decíduos exi- ge atenção por parte do clínico geral, do odon- topediatra e do ortodontista, pois ao impedir a erupção normal dos sucessores pode causar danos à oclusão do paciente. Especial atenção deve ser dada na substituição dos caninos e molares decíduos pelos sucessores correspondentes 10 . É importante que a erupção deste grupo de dentes obedeça a uma seqüência que favoreça a oclusão. Na mandíbula, é desejá- vel que a erupção dos caninos seja seguida da dos primeiros e segundos pré-molares. Na maxila a seqüência ideal de erupção é primeiro pré-molar, segundo pré-molar e canino. Por último, a erupção dos segundos e terceiros molares permanentes, tanto na mandíbula quanto na maxila 16 . A reabsorção normal ou rizólise dos caninos e molares decíduos é um pré-requisito para a erup- ção normal de caninos e pré-molares 15 . A reabso r- ção dos molares decíduos inicia-se na superfície inter-radicular, na extremidade apical, já que os Resumo Este estudo apresenta uma revisão de literatura e um relato de dois casos clínicos sobre re- tenção prolongada de molares decíduos, com o objetivo de descrever os meios de diagnóstico , a etiologia, as implicações clínicas e o tratamento desta condição. Fatores etiológicos locais, ambientais ou genéticos podem levar à retenção de molares decíduos, interferindo na seqü- ência normal de erupção dos pré-molares. Nos dois casos clínicos apresentados, os pacientes apresentaram um quadro de erupção dentária incompatível com a idade cronológica. A con- duta terapêutica baseou-se na realização de exodontias dos elementos retidos, seguida da ma- nutenção de espaço e controle clínico e radiográco até a erupção dos sucessores. O diagnósti- co e a intervenção precoces são de fundamental importância para evitar danos à oclusão. Palavras-chave:  Retenção prolongada. Molares decíduos. Tratamento. *Resumo de Monograa de conclusão do Curso de Especialização em Odontopediatria pela FO-UERJ.  ** Especialista em Odontopediatria pela FO-UERJ.  *** Mestre em Odontope diatria. Profe ssora Assistente da Disciplina de Odontop ediatria da FO-UERJ.  **** Mestre em Odontopediatria p ela FO-UERJ. E specialista em Or todontia pela UFF-RJ.  ***** Especialista em Odonto pediatria pela FO-UERJ.

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R Dnt Prss Ortodon Ortop Fc 125 Mrngá, v. 10, n. 3, p. 125-137, mo/jun. 2005

 A r t i g o i n é d i t o

Flávia Santos Teixeira**, Vera Campos***, Constance Mitchell****, Laura Maria Barbosa de Carvalho*****

Retenção prolongada de molares decíduos:

Diagnóstico, etiologia e tratamento*

INTRODUÇÃOEupção dentáia é o pocesso no qual o dente

miga de sua localização inta-óssea até sua po-

sição uncional na caidade oal12,20. A eupçãonomal, tanto do ponto de ista do tempo, comoda posição de cada dente é um dos pocessos deci-sios no desenolimento de uma dentadua bemomada e equilibada2.

Os atoes etiológicos, sejam de oigem lo-cal, ambiental ou genética, podem inuenciao pocesso de eupção dos dentes pemanentes.A etenção polongada dos molaes decíduos exi-ge atenção po pate do clínico geal, do odon-topediata e do otodontista, pois ao impedi a

eupção nomal dos sucessoes pode causa danosà oclusão do paciente.

Especial atenção dee se dada na substituiçãodos caninos e molaes decíduos pelos sucessoescoespondentes10. É impotante que a eupção

deste gupo de dentes obedeça a uma seqüênciaque aoeça a oclusão. Na mandíbula, é desejá-el que a eupção dos caninos seja seguida da dospimeios e segundos pé-molaes. Na maxila aseqüência ideal de eupção é pimeio pé-mola,segundo pé-mola e canino. Po último, a eupçãodos segundos e teceios molaes pemanentes,tanto na mandíbula quanto na maxila16.

A eabsoção nomal ou izólise dos caninos emolaes decíduos é um pé-equisito paa a eup-ção nomal de caninos e pé-molaes15. A eabso-

ção dos molaes decíduos inicia-se na supeícieinte-adicula, na extemidade apical, já que os

Resumo

Este estudo apesenta uma eisão de liteatua e um elato de dois casos clínicos sobe e-tenção polongada de molaes decíduos, com o objetio de descee os meios de diagnóstico,a etiologia, as implicações clínicas e o tatamento desta condição. Fatoes etiológicos locais,ambientais ou genéticos podem lea à etenção de molaes decíduos, inteeindo na seqü-

ência nomal de eupção dos pé-molaes. Nos dois casos clínicos apesentados, os pacientesapesentaam um quado de eupção dentáia incompatíel com a idade conológica. A con-duta teapêutica baseou-se na ealização de exodontias dos elementos etidos, seguida da ma-nutenção de espaço e contole clínico e adiogáfco até a eupção dos sucessoes. O diagnósti-co e a inteenção pecoces são de undamental impotância paa eita danos à oclusão.

Palavras-chave: Retenção prolongada. Molares decíduos. Tratamento.

*Resumo de Monograa de conclusão do Curso de Especialização em Odontopediatria pela FO-UERJ.

** Especialista em Odontopediatria pela FO-UERJ.*** Mestre em Odontopediatria. Professora Assistente da Disciplina de Odontopediatria da FO-UERJ.

**** Mestre em Odontopediatria pela FO-UERJ. Especialista em Ortodontia pela UFF-RJ.***** Especialista em Odontopediatria pela FO-UERJ.

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Rtnção proongd d mors dcíduos: Dgnóstco, toog trtmnto

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dentes sucessoes encontam-se ente ou abaixode suas aízes5. O pocesso de eabsoção, uma ez

iniciado, não pocede de oma contínua, ou seja,é inteompido po peíodos de deposição ósseana supeície eabsoida11,15. Duante a eupçãodo dente pemanente, o osso aleola e as aízesdos dentes decíduos são eabsoidos em extensãomaio que a necessáia paa o moimento eup-tio do mesmo. Este excesso de eabsoção é e-paado po noa omação de osso e cemento nopeíodo de epouso11. Apesa de os peíodos de e-pouso seem mais longos, a eabsoção pedominae o esultado fnal é a esoliação do dente decíduo.

Os dentes pemanentes só eupcionam quando asaízes dos decíduos oem adequadamente eab-soidas15. Isto acontece poque a eabsoção adi-cula nomal oienta a eupção do sucesso7. Casoa eabsoção adicula dos molaes decíduos nãoaconteça de maneia uniome e adequada, podeáocoe a etenção polongada destes elementos,com conseqüente ataso na eupção8.

Paa entende as causas que deteminam aetenção polongada dos molaes decíduos, é im-pescindíel conhece os atoes que inuenciam

o pocesso de eabsoção adicula4. O conheci-mento sobe o pocesso fsiológico que esulta naeabsoção adicula dos molaes decíduos aindanão é bem compeendido15,23. São áios os atoesque inuenciam o pocesso de izólise tais como:a intensidade da atiidade colagenolítica da den-tina, cemento e ligamento peiodontal; o gau deasculaização, a inuência do sistema neoso; apessão execida pelo geme do pé-mola duanteo moimento euptio; a atiidade das glândulasendócinas e o desenolimento geal do pacien-te4,9,15,23. A intensifcação da pessão uncional peloaumento da oça e cescimento dos músculos damastigação sobe os dentes decíduos também iáesulta na eabsoção adicula fsiológica23. Qual-que alteação destes atoes podeá lea à eab-soção adicula anomal, tendo como conseqüên-cia a etenção polongada dos molaes decíduos19.

A etiologia da etenção polongada dos mola-

es decíduos está elacionada a atoes heeditáios,ambientais e locais5,9,14. As alteações de oigem

genética podem apaece pé-natalmente ou nãoseem istas po muitos anos após o nascimento,como po exemplo os padões de eupção e es-oliação dentáia. O padão heeditáio no ces-cimento canioacial e na etiologia da má oclusãotem sido objeto de pesquisas e estudos, todaia,pouco se sabe a espeito16. Ente os atoes am-bientais, as defciências nuticionais e alteaçõesmetabólicas, como os pocessos ebis agudos, po-dem diminui o itmo do cescimento e desenol-imento da ciança, acaetando ataso na eabso-

ção adicula dos molaes decíduos8,9

. Distúbiosendócinos também podem causa tanstonos nodesenolimento dentáio com conseqüente ata-so na esoliação dos molaes decíduos8,9. O hipo-tieoidismo é uma das alteações endócinas maiscomumente associadas à etenção polongada detais elementos13,23. O tipo congênito conhecidocomo cetinismo é esultante da ausência ou de-senolimento defciente da glândula tieóide e depodução insufciente de seu homônio. O tipo ju-enil ou adquiido esulta de uma disunção da ti-

eóide ente os 6 e 12 anos. Nos casos não tatados,pode ocoe esoliação tadia dos dentes decíduose eupção etadada dos pemanentes. A defciên-cia na seceção do homônio de cescimento pohipounção da glândula pituitáia é uma condiçãocongênita chamada de hipopituitaismo. Em casosgaes, os dentes decíduos podem fca etidos potoda a ida13.

Outas condições congênitas de oigem nãohomonal também têm sido associadas à eten-ção polongada dos eeidos elementos dentáios.A tissomia do comossomo 21 é uma das anoma-lias congênitas em que ocoe seqüência anomalde eupção, e alguns dentes decíduos podem fcaetidos até os 14 ou 15 anos de idade. Outa sín-dome congênita aa, a displasia cleidocaniana,também inuencia o pocesso de eupção, sendocomum a dentadua pemanente completa-se aos15 anos de idade deido à eabsoção tadia dos

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TeixeiRa, F.S.; CaMPOS, V.; MiTChell, C.; CaRValhO l. M. B.

R Dnt Prss Ortodon Ortop Fc 127 Mrngá, v. 10, n. 3, p. 125-137, mo/jun. 2005

dentes decíduos13.

Os atoes locais ou intínsecos que leam à

etenção polongada dos molaes decíduos sãoaqueles ineentes à caidade bucal8. A inecçãodos molaes decíduos com polpa necótica to-na a eabsoção lenta, estendendo o tempo depemanência dos mesmos no aco dentáio11,15.O mesmo acontece quando o geme pemanenteenconta-se em posição ectópica, podendo lea auma eabsoção iegula e não gadatia dos an-tecessoes4. A igidez do peiodonto e a alta desinconia ente o pocesso de izólise e izogênesepodem popicia a etenção polongada do den-

te decíduo7

. Uma condição comumente associa-da à etenção dos molaes decíduos é a anquilosedentáia6,8,13,23. Emboa alguns molaes decíduosanquilosados esoliem nomalmente, não intee-indo no desenolimento do sucesso, a maioiapemanece etida após a época nomal de pema-nência no aco dentáio6.

Há poucas dúidas de que o cescimento e aeupção do sucesso pemanente ciam um estí-mulo paa a eabsoção do decíduo, isto é, a pessãoexecida pelo dente pemanente desempenha pa-

pel signifcatio. A pimeia descição científca deeabsoção de dentes decíduos oi dada po Linde-e (apud KrONFELD, CHICAGO11), na metadedo século XIX, que defniu que as aízes dos dentesdecíduos são eabsoidas pelo olículo do dentepemanente11. É peciso hae um contato dietoente o dente decíduo e o geme do pemanen-te, duante o moimento euptio19. Esse pocessoé etadado quando o geme do pemanente estáausente15 Entetanto, na maioia dos casos, a ea-bsoção adicula dos dentes decíduos iá ocoemesmo na ausência do sucesso pemanente, sen-do, poém lenta, o que deteminaá a pemanênciados elementos decíduos no aco dentáio po umpeíodo de tempo maio que o nomal15,23.

A eupção ectópica de um pé-mola signifcauma mudança no seu cuso nomal de eupção,podendo este eupciona oa de sua posição ha-bitual, em qualque posição no osso aleola ou

basal7,16. O posicionamento incoeto dos pé-mo-laes podeá acaeta danos paa a oclusão com

poblemas clínicos eidentes como defciência nocompimento do aco, apinhamentos, modidacuzada, além de popicia o desenolimento dedoenças peiodontais ou de cáie4.

Paa um diagnóstico coeto da etenção po-longada dos molaes decíduos, o clínico dee uti-liza ecusos como exames clínico e adiogáfco,anamnese detalhada, modelos de estudo e oto-gafas1.

O exame clínico é a etapa do diagnóstico ondese dee esta atento a sinais que podeão indica

alteações no desenolimento dentáio. É de un-damental impotância conta o númeo de dentesno aco e eifca a seqüência de eupção, alémde coelaciona a idade dentáia com a idade co-nológica da ciança8. De acodo com Koneld eBu (apud MCDONALD, AvEry13), os pimei-os pé-molaes supeioes eupcionam po oltados 10 ou 11 anos de idade e os ineioes aos 10ou 12 anos. Os segundos pé-molaes supeioeseupcionam po olta dos 10 ou12 anos de idade,e os ineioes aos 11 ou 12 anos. Entetanto,

os limites nomais de esoliação dos dentes decí-duos são muito amplos e o pofssional dee teem mente a conologia indiidual de eupção decada paciente8,13,16. A conologia de esoliação eeupção dee se aaliada nos quato hemiacos8.

A inância é um peíodo dinâmico e um exameadiogáfco pode se de gande alia no diagnós-tico pecoce de poblemas de desenolimento ecescimento21. A adiogafa peiapical é ica emdetalhes e oeece melho defnição21. Esta adio-gafa é a pimeia a se utilizada quando se sus-peita de possíel ataso na eabsoção adicula deum dente decíduo. Entetanto, em se tatando dealteações na conologia de eupção, a adiogafapanoâmica é a ideal, pois pemite compaa aconologia de eupção ente os acos supeio eineio e ente os quadantes dieito e esquedo.Uma das gandes antagens da adiogafa pano-âmica é a sua abangência3,21. Em um único fl-

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Rtnção proongd d mors dcíduos: Dgnóstco, toog trtmnto

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me e com uma dose de adiação baixa é possíelegista toda a egião dos maxilaes, pojetando

estutuas anatômicas e suas elações nomais coma ace21.Também pemite eifca o gau de eab-soção adicula dos dentes decíduos, assim comoo estágio de calcifcação dos dentes pemanentes16.Na anamnese é possíel colhe dados que conf-mem ou não as suspeitas encontadas duante oexame clínico. Diante da possibilidade de atasona esoliação dos molaes decíduos, dee se le-ada em consideação a idade em que os dentesdecíduos eupcionaam e a idade em que os in-cisios decíduos oam substituídos8. O padão

heeditáio também é um ato impotante, de-endo se questionado se houe ataso no padãode desenolimento dentáio dos pais e imãos8,9.Alteações endócinas são muito comuns, sendoimpotante inestiga a pesença de hipotieoidis-mo e hipopituitaismo8,9,13,23.

Os modelos de estudos têm um papel elean-te no diagnóstico de tais alteações, mostando oalinhamento dos dentes e os pocessos aleolaes.A ista oclusal pemite analisa a oma e sime-tia do aco dentáio, o alinhamento dos dentes, a

oma do palato, tamanho e oma dos dentes, asotações dentáias, a inseção de eios, a cua-tua oclusal, assim como as inclinações axiais dosdentes. Ao aticula os modelos supeio e ineio,é possíel obsea as elações oclusais e a coinci-dência das linhas médias16.

As otogafas intabucais padonizadas sãotambém dados complementaes do diagnóstico.Os pais e os pacientes podem intepeta melhoas condições e as mudanças no decoe do tata-mento16. O pontuáio odontológico do pacientemunido de toda documentação citada, pemiteacompanhamento adequado das mudanças docescimento ineentes às ases de dentadua mistae pemanente.

O planejamento é undamental na execuçãodo tatamento e as análises cealomética e dediscepância podem complementa o diagnósti-co7,10,16. O taçado cealomético é útil no diagnós-

tico de deomidades canioaciais, pois eelamas elações ente as diesas pates da ace e suas

contibuições paa a deomidade

16

. A análise dediscepância pemite aalia o espaço disponíelpaa caninos e pé-molaes10,16.

Ainda pesistem dúidas se o padão deeabsoção anomal dos molaes decíduos é acausa ou a conseqüência de uma ia de eupçãoanomal dos pé-molaes7. Quando um padãoanomal de eabsoção adicula de um dentedecíduo é detectado, não impotando se a causaou a conseqüência, a conduta dee se a exo-dontia deste elemento e a conecção e colocação

de um apaelho mantenedo de espaço7,8,13,22,23

.Este apaelho deeá se colocado, quando hou-e peda de dentes decíduos, desde que sejameifcadas as seguintes condições16: se o suces-so pemanente estie pesente e desenolen-do-se nomalmente; se o compimento do aconão diminuiu; se o espaço do dente que oi pe-dido não diminuiu; se a intecuspidação do mo-la ou do canino não oi alteada pela peda; sehoue uma pedileção aoáel da análise dediscepância.

A manutenção do peímeto do aco emcianças enole não somente apaelhos me-cânicos, mas, também, um bom conhecimentosobe os pocessos biológicos das mudanças nadentadua. O planejamento paa a manutençãodo espaço dee se eito antes de o dente se ex-taído paa que não ocoa edução do espaço7.Na maioia das ezes, os acos lingual e pala-tino são os apaelhos mantenedoes de espaçoindicados após peda múltipla de molaes de-cíduos, poém, duas consideações impotantesdeem se enatizadas: dee se completamentepassio, a fm de eita moimentos indesejáeisdos dentes bases e os anéis otodônticos deemse cuidadosamente adaptados e cimentados13.Após a ealização das exodontias e da adaptaçãodo mantenedo, é impescindíel o contole clí-nico e adiogáfco peiódicos, até a eupção dossucessoes no aco dentáio.

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TeixeiRa, F.S.; CaMPOS, V.; MiTChell, C.; CaRValhO l. M. B.

R Dnt Prss Ortodon Ortop Fc 129 Mrngá, v. 10, n. 3, p. 125-137, mo/jun. 2005

O objetio deste estudo oi descee os meiosde diagnósticos e ilusta as causas, implicações

clínicas e tatamento da etenção polongada demolaes decíduos.

RELATO DE CASOSCaso clínico 1

A paciente r. r. r. S., 12 anos de idade, gêneoeminino, apesentou-se à clínica de Odontope-diatia da FO-UErJ com queixa de do dentáiagenealizada, que se maniestaa pincipalmenteno peíodo da manhã, diminuindo no decoedo dia. No exame clínico, constatou-se um qua-

do de eupção dentáia incompatíel com a ida-de conológica, estando pesentes os elementosdentáios 11, 12, 53, 54, 55, 16, 21, 22, 63, 64,65, 26, 31, 32, 73, 74, 75, 36, 41, 42, 83, 84,85 e 46. A paciente apesentaa elação molaClasse I de Angle e acos paabólicos (Fig.1 e 2).Não houe elato de compometimento sistê-mico de eleância, defciências nuticionais ouanomalias congênitas. Foi solicitado um paeceao endocinologista sobe a unção tieoidiana,não sendo encontada qualque alteação digna

de nota. Segundo elato da mãe, houe ataso naeupção dos dentes pemanentes do pai e da imãda paciente.

Foam solicitados exames adiogáfcos intae extabucais. O exame adiogáfco panoâmi-

co eelou a etenção polongada dos elementos73 e 83, não haendo nenhuma eidência de

eabsoção adicula dos mesmos, assim como doselementos 74, 75, 84 e 85, estando os sucessoesnos estágios 8 e 9 de Nolla. No aco supeio, oselementos 14 e 24 se encontaam no estágio 9de Nolla e seus antecessoes sem nenhuma eab-soção adicula. Os elementos 13 e 23 enconta-am-se no estágio 9 de Nolla e em posição desa-oáel no que diz espeito ao tajeto de eupção(Fig. 3).

A análise cealomética eelou um ANB de 5º(Steine), um Ângulo Facial de 89º e um Ângulo

de Conexidade de 11º (Downs).Os incisios in-eioes estaam ligeiamente pojetados, com umângulo IMPA = 94º (Tweed) e 1: NB = 34º (Stei-ne). Os incisios supeioes estaam bem po-sicionados com o ângulo 1: NA = 26º. Tendên-cia de cescimento popocional: Eixo y = 63º(Downs); FMA = 29º (Tweed); Gogn-SN = 38º(Fig. 4, 5).

Após a conecção dos modelos oi ealiza-da a análise de discepância dos acos (tabela deMoes), tendo como esultado discepâncias ne-

gatias nos acos ineio (-2,8 mm) e supeio(- 3,5 mm).

Como tatamento, oi indicado um apaelhomantenedo de espaço fxo do tipo aco tans-palatino, seguido das exodontias dos elementos

FiGURa 2 - aspcto cínco nc - rco nror.FiGURa 1 - aspcto cínco nc - rco supror.

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FiGURa 3 - atrso n rbsorção rdcur dos mntos 73, 74, 75, 83, 84, 85, 54, 55, 64 65.

FiGURa 4 - Trrdogrf cométrc d prf. FiGURa 5 - Trçdo cométrco ncundo náss d Downs, Stnr Twd.

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TeixeiRa, F.S.; CaMPOS, V.; MiTChell, C.; CaRValhO l. M. B.

R Dnt Prss Ortodon Ortop Fc 131 Mrngá, v. 10, n. 3, p. 125-137, mo/jun. 2005

FiGURa 9 - aspcto cínco fn pós 12 mss d trtmnto.

FiGURa 8 - Contro rdográfco durnt o trtmnto.

FiGURa 6 - arco trnsptno m posção. FiGURa 7 - arco ngu m posção.

FiGURa 10 - aspcto cínco fn pós 12 mss d trtmnto.

53, 63, 64 e 54. No aco ineio, oi cimentadoum aco lingual, seguido das exodontias poga-madas dos elementos 83, 73, 74, 84, 75 e 85(Fig. 6, 7). Após dezesseis meses de tatamentoe eupção dos elementos 13, 14, 15, 24 e 25, oaco tanspalatino oi emoido. O apaelho in-eio oi emoido após eupção dos elementos33, 34, 35, 43, 44 e 45, totalizando doze meses

de uso. Deido a uma possíel alta de espaçopaa a eupção do elemento 23, a paciente oiencaminhada paa tatamento otodôntico co-etio (Fig. 8, 9, 10).

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Rtnção proongd d mors dcíduos: Dgnóstco, toog trtmnto

R Dnt Prss Ortodon Ortop Fc 132 Mrngá, v. 10, n. 3, p. 125-137, mo/jun. 2005

Caso clínico 2O paciente G. A. B., 12 anos de idade, gêneo

masculino, apesentou-se à Clínica de Odontope-diatia da FO-UErJ com um quado de eupção noaco ineio incompatíel com a idade conológica.Ataés do exame clínico, suspeitou-se da etençãopolongada dos elementos dentáios 72, 73 e 83,deido à total ausência de mobilidade dos mesmos.O elemento 32 apesentaa-se em linguo-esãodeido à alta de espaço poocada pela pemanên-cia do elemento 72. No aco supeio, encontou-se uma situação compatíel com a nomalidade,estando pesentes os elementos decíduos 53, 63 e

65. O paciente possuía elação mola de Classe I deAngle, com oejet de 4 mm, aco supeio paabó-lico e o aco ineio elíptico, sem desio da linhamédia. Apesentaa estos adiculaes dos elemen-tos 55 e 64 (Fig. 11, 12).

Duante a anamnese, a mãe elatou não haequalque alteação sistêmica de eleância, defciên-cias nuticionais ou anomalias congênitas. Foi in-estigada a possibilidade de disunção tieoidiana,mas os exames clínico e laboatoial não confma-am essa hipótese. De acodo com elatos, a mãe e

a aó matena do paciente também apesentaamataso na eupção dos dentes pemanentes.

A adiogafa panoâmica eelou que os ele-mentos 33, 34, 35, 43, 44 e 45 possuíam pa-

ticamente 2/3 de aiz omada, não haendoeabsoção das aízes dos elementos pedecessoes

(Fig.13).A análise cealomética egistou umANB = 0º (Steine), Ângulo Facial = 84º e Ângulode Conexidade = 0º (Downs). Os incisios supe-ioes apesentaam-se leemente pojetados, com oângulo 1: NA = 32º (Steine), poém no padão denomalidade, uma ez que o paciente se enconta-a na “Fase do Patinho Feio”. Os incisios ineioesapesentaam-se bem posicionados 1- NB = 6 mm(Steine). A tendência de cescimento ea popocio-nal: Eixo y = 63º (Downs), GoGn-SN = 37º(Steine),

FMA = 30º (Tweed) (Fig. 14, 15).No estudo dos modelos de gesso dos acos

dentáios, a análise de discepância, segundoTanaka e Jonhson, eelou-se positia nos acosineio e supeio, +3,0 mm e +4,0 mm espec-tiamente.

Foi indicada a colocação de um aco lingual,seguida das exodontias pogamadas dos elemen-tos 72, 73, 74, 74, 75 e 85. No aco supeio, oiindicada a colocação de um aco de Nance paamante a elação mola de Classe I já existente.

Os elementos 63 e 65 esoliaam natualmente,sendo necessáia apenas a exodontia do 53 (Fig.16, 17). Dezoito meses após o início do tatamen-to no aco ineio os elementos 34, 35, 44 e 45

FiGURa 11 - aspcto cínco nc - rco nror. FiGURa 12 - aspcto cínco nc - rco supror.

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FiGURa 13 - atrso n rbsorção rdcur dos mntos 73, 74, 75, 83, 84 85.

Font: acrvo Dscpn d Odontopdtr d FO/UeRJ

FiGURa 14 - Trrdogrf cométrc d prf. FiGURa 15 - Trçdo cométrco - náss d Downs, Stnr Twd.

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Rtnção proongd d mors dcíduos: Dgnóstco, toog trtmnto

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FiGURa 18 - aspcto rdográfco fn.

 já se encontaam eupcionados, e o aco lingualpôde, então, se emoido. O aco tanspalatino oiemoido após 10 meses de uso do apaelho, pe-manecendo o paciente sob contole até a eupçãodos caninos, sendo posteiomente, encaminhadopaa tatamento otodôntico coetio (Fig. 18).

DISCUSSÃODuante a ase da dentadua mista, os den-

tes decíduos são substituídos pelos dentes pe-

manentes. Este é um peíodo dinâmico, cujastansomações exibem emodelações como oapaecimento das cuas de Spee e de Wilson emodifcações na Aticulação Têmpoo Mandibu-la (ATM)10. A esoliação de um dente decíduo,a eupção do pemanente e o estabelecimentoda oclusão ocoem de oma seqüenciada, sen-do acompanhados pelo cescimento e matua-ção das estutuas canioaciais adjacentes e dosistema neuomuscula7. A seqüência nomal de

FiGURa 17 - arco trnsptno m posção.FiGURa 16 - arco ngu m posção.

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eupção dos dentes pemanentes popocionaa pocentagem mais alta de oclusões nomais.

Poém uma alteação nessa seqüência pode pe-miti deslocamentos de dentes, esultando emdiminuição de espaço7, 16.

A eabsoção adicula e esoliação dos den-tes decíduos são inuenciadas po atoes locais,ambientais e heeditáios5,9,14. Existe pouco co-nhecimento sobe a oma de como a heançagenética inui no desenolimento da oclusão.Entetanto, é consenso geal que a heeditaie-dade tem uma unção pincipal na etiologia dasanomalias dentoacias16. Uma alteação nestes

atoes pode lea à eabsoção adicula ano-mal, o que esultaá na etenção polongada dosmesmos17.

O econhecimento de condições pedispo-nentes à má oclusão em cianças é esponsabi-lidade do clínico geal e do odontopediata, quedeem esta atentos na época da toca dos cani-nos e molaes decíduos po caninos pemanen-tes e pé-molaes10. A etenção polongada dosmolaes decíduos altea a ia nomal de eupçãodos pé-molaes, esultando na impactação, eup-

ção ectópica7, eabsoção adicula de dentes ad-  jacentes, omação cística, desenolimento decáie e doença peiodontal4,16. Tal condição podese diagnosticada pecocemente, desde que a se-qüência de eupção dos sucessoes seja acompa-nhada peiodicamente, ataés de exames clínicoe adiogáfco1,7.

Nos casos clínicos elatados, constatou-se clini-camente nos dois pacientes um quado de eupçãodentáia não condizente com a idade conológicados mesmos. A paciente do caso 1, aos 12 anos deidade apesentaa os elementos 73, 74, 83, 84, 54e 64 sem qualque sinal de mobilidade. O pacien-te do caso 2 também apesentaa os elementos 72,73, 74, 83 e 84 bastante fmes no aco. A anamne-se possibilitou a suspeita da existência de um atoetiológico que justifcasse a etenção polongadados molaes decíduos. Não oam elatados pelosesponsáeis dos pacientes quaisque compome-

timentos sistêmicos de eleância, defciências nu-ticionais ou mesmo a pesença de anomalias con-

gênitas. Foi solicitado aos pacientes um paece aoendocinologista a fm de aeigua a existência dealteações como o hipotieoidismo e hipopitui-taismo, poém a suspeita de tais alteações nãooi confmada. Tal pocedimento está de acodocom a afmatia de Gabe8, ao sugei que diantede ataso na conologia de eupção, o pofssionaldee apua a ocoência de uma possíel altea-ção endócina. No caso clínico 1, a mãe elatouataso na conologia de eupção do pai e imã dapaciente. No segundo caso clínico, oi detectado

um ataso na conologia de eupção da mãe e aómatena. Os dados leam à conclusão de que nosdois casos, a heeditaiedade seja o ato etiológi-co esponsáel pela etenção polongada de taiselementos dentáios. Esta hipótese baseia-se nasdeclaações de Moes16 sobe a inuência da he-editaiedade nos padões de eupção e esoliaçãodentáias. O diagnóstico de etenção polongadaoi confmado ataés do exame adiogáfco pa-noâmico, cuja abangência possibilita descobialteações de eupção ou de desenolimento3,21.

A adiogafa eelou estágio aançado de desen-olimento dos sucessoes, de acodo com a clas-sifcação de Nolla18, com um ataso signifcationa eabsoção adicula dos antecessoes. Análisescealomética e de discepância oam utilizadasno planejamento dos casos clínicos descitos. Opaciente do caso 1 apesentaa discepância supe-io e ineio negatias, poém menoes que 4,0mm e o paciente do caso 2 apesentaa discepân-cia positia, não haendo, potanto, poblemas deespaço paa a eupção dos pé-molaes. Estas aná-lises oam ealizadas seguindo as ecomendaçõesde Moes16 paa um planejamento adequado.

Como conduta teapêutica desta condição, indi-ca-se a exodontia dos elementos etidos, aoecen-do o pocesso de eupção dos sucessoes, seguidada colocação de um apaelho mantenedo de es-paço7,8,13,23. O tatamento só dee se iniciado apóscuidadoso estudo e planejamento do caso, lemban-

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do que o apaelho dee se colocado antes da eali-zação das exodontias paa que não ocoa edução

do espaço no aco dentáio. Com base nos elatosde Silling, Kelle e Feingold24, oam ealizadasexodontias pogamadas. A escolha dos apaelhosmantenedoes de espaço baseou-se nas indicaçõesde Mc’Donald e Ae13 ao afmaem se os acoslingual e tanspalatino os peeidos nos casos depeda bilateal de dentes decíduos. Após a adapta-ção dos apaelhos mantenedoes de espaço e a ea-lização das exodontias, os pacientes oam monito-ados clínica e adiogafcamente até a eupção dosdentes sucessoes e, posteiomente, encaminhados

paa tatamento otodôntico coetio.

CONCLUSÕESCom base na liteatua consultada e nos casos

clínicos elatados, pôde-se conclui que:1) O diagnóstico e a inteenção pecoce em

casos de etenção polongada dos molaes decídu-os são de undamental impotância paa minimi-za ou até mesmo eita danos à oclusão.

2) A etenção polongada dos molaes decídu-os é causada po atoes locais, ambientais e he-editáios, podendo lea ao desenolimento demás oclusões, à medida em que altea a seqüêncianomal de eupção dos dentes pemanentes.

3) O tatamento adequado exige a exodontiados elementos etidos, seguida da manutenção doespaço, além de contole peiódico até a eupção

dos pé-molaes.

Enviado em: Novembro de 2003Revisado e aceito: Dezembro de 2003

Prolonged retention of deciduous molars: Diagnosis, aetiology and treatment

Abstract

This pape consist o a liteatue eiew about the polonged etention o the pima molas and two clinical

case epots with the pupose o descibing the the diagnosis, etiolog, the clinical implication and the ecom-

mend teatment o this condition. Local, enionmental o genetic etiological actos ma lead to oe-eten-

tion o pima molas, inteeing in the nomal sequence o the euption o the pemolas. In the two case

epots pesented the patients’dental euption showed not to be compatible to thei chonological age. The

ecommended teatment was based on the extaction o the etained elements ollowed b the space mainte-

nance and b clinical and adiogaphic contol until the euption o the succedaneous teeth. The eal diagnosis

and inteention ae e impotant to peent damages to the occlusion.

Key words: Retention. Deciduous molars. Treatment.

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Endereço para correspondncia Vera CamposBl. 28 de Setembro, 157. Disciplina de Odontopediatria

 Vila Isabel. Rio de Janeiro/RJCEP: 20551-030