artigo de micro para fazer a apresentação

Upload: thayrine-rodrigues

Post on 27-Feb-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    1/11

    Recebido em: 14-04-13 Revisado em: 14.06.13 Aceito em:10.07.13

    Os lquens como bioindicadores de poluio atmosfrica no municpio de

    Uberaba, Minas Gerais, Brasil

    The lichens as bioindicators of air pollution in county of Uberaba, Minas Gerais, Brazil.

    William Raimundo Costa1; Marina Farcic Mineo2

    1,2Associao de Preservao e Pesquisa Ambiental Vale Encantado, APPA - VE.

    Resumo

    Os lquens so reconhecidos como timos bioindicadores de qualidade do ar, em funo de sua alta sensibilidade poluio atmosfrica. O

    presente trabalho apresenta os dados obtidos no monitoramento passivo da qualidade do ar em sete diferentes pontos da cidade de Uberaba,

    MG. Foram identificados 42 txons, distribudos em 14 famlias e 23 gneros, sendo que para as reas onde existe maior incidncia de ativi-dades potencialmente poluidoras observou-se as menores diversidades de espcies. Ao final do estudo, concluiu-se que houve discrepncia

    de diversidade liqunica entre as unidades amostrais estudadas. Concluiu-se ainda que o presente trabalho tem potencial para contribuir com

    o aprimoramento das polticas pblicas de controle da poluio atmosfrica, bem como para um zoneamento mais eficiente do municpio.

    Palavras-chaves:biomonitoramento; liquenologia; qualidade do ar.

    Abstract

    Lichens are recognized as excellent bioindicators of air quality, due to its high sensitivity to air pollution. This study presents data obtained

    in the passive monitoring of air quality in seven different places in the city of Uberaba, MG. Were identified 42 taxa, distributed in 14 families

    and 23 genera. Was observed for the areas where there is an increased incidence of potentially polluting activities, the smaller species diversity.

    At the end of this study concludes that was great diversity Lichen discrepancy between units sample studied. It was also concluded that the

    presents findings may contribute to the improvement of public policies to control air pollution, as well as a more efficient municipal zoning.

    Keywords: biomonitoring; l ichenology; air quality.

    http://dx.doi.org/10.5902/223611708657

    Revista do Centro do Cincias Naturais e Exatas - UFSM, Santa Maria

    Revista Eletronica em Gesto, Educao e Tecnologia Ambiental - REGET

    e-ISSN 2236 1170 - v. 13 n. 13 Ago. 2013, p. 2690- 2700

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    2/11

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    2691Os lquens como bioindicadores de poluio ...

    INTRODUO

    A poluio atmosfrica constitui-se emum dos principais problemas dos grandes centrosurbanos. Desde a revoluo industrial no sculoXVIII a atmosfera vem recebendo enorme cargade poluentes. A referida poluio antes era geradacom a queima de carvo. Atualmente decorre dosgases emanados das indstrias, dentre outros, bemcomo de escapamentos de milhes de veculos emtorno do mundo, dos quais segundo o AmericanPetrol Institute (API, 2011), mais de 90% utilizamcombustveis derivados do petrleo.

    O monitoramento da poluio atmosfricaa curto, mdio e longo prazo pode ser feito sem anecessidade de utilizar equipamentos sofisticadose de alto custo, com auxlio dos bioindicadores

    (ELIASARO, et al, 2009). possvel se avaliar osnveis de poluio atmosfrica analisando, dentrediversos bioindicadores, a diversidade de lquenspresentes em determinada rea. Os lquens, comono dispem de meios de excreo, mostram-separticularmente suscetveis e sensveis a compostostxicos, sendo mesmo o crescimento de seu taloum dos mais sensveis indicadores do ar poludo(HAVEN, 2010).

    Anatomicamente, os lquens no possuemestomas, nem cutcula, o que significa que gases ecomponentes do ar podem ser absorvidos e alcanar

    rapidamente as clulas do componente fotobionte,sendo que a ausncia dessas estruturas determinatambm sua incapacidade para excretar substn-cias txicas absorvidas, ou ainda a possibilidadede selecionar sua absoro (MARTINS, 2008;VALNCIA &CEBALLOS,2002; MARTINS etal, 2008). A natureza dual da associao liqunicae sua sensibilidade a distrbios ambientais, fazcom que os liquens tenham um grande potencialcomo bioindicadores. Se o delicado balano entreos simbiontes quebrado, isto pode levar a mortedo talo (ELIASARO, 2010).

    No municpio de Uberaba, Minas Gerais,no existem estudos ou levantamentos sobre adiversidade liqunica ou acerca do impacto dapoluio atmosfrica sobre essa biodiversidade.

    Desta forma, o presente trabalho tem comoproposta a utilizao de metodologia simples ebarata de monitoramento preliminar da quali -dade do ar, com base em estudo da diversidadede lquens, utilizando-os como bioindicadores depoluio atmosfrica. Alm disso, o estudo ircontribuir para o conhecimento da diversidade daflora liqunica da cidade de Uberaba-MG.

    METODOLOGIA

    reas de estudo

    O presente estudo foi conduzido no muni-cpio de Uberaba, Minas Gerais. A cidade possuipopulao de 295.988 habitantes, distribuda emuma rea de 4.524 km2, e apresenta uma frota de148.599 veculos, segundo dados do IBGE (2012).

    Para a realizao do levantamento dasespcies de liquens do municpio, foram estabele-cidos sete pontos de coletas. Os pontos de coletaforam distribudos desde a Reserva Particular doPatrimnio Natural Vale Encantado (RPPNVE),at o Distrito Industrial III (DI-III), da cidadede Uberaba MG, distantes aproximadamente50 quilmetros, passando por reas com maior

    e menor grau de emisso de poluentes atmos-fricos. A referida distribuio foi elaboradade forma a se avaliar a diversidade liqunicaem rea preservada (RPPNVE), passando porpontos no centro comercial da cidade, local demaior fluxo de veculos motorizados, terminandoem rea onde os nveis de poluio atmosfricapossivelmente so superiores aos demais pontos(DI-III). A distribuio dos pontos foi elaboradade forma a se avaliar a diversidade liqunica aolongo de um gradiente de poluio atmosfrica.

    Situada a 30 quilmetros ao Norte do

    centro da cidade de Uberaba-MG (FIGURAS 1e 2), a RPPNVE, 193310.94 S e 475400.04O, primeiro ponto de coleta do presente trabalho,foi instituda pela portaria IEF 070/2004, publi-cada em 14 de maio do ano de 2004 no DirioOficial do Estado de Minas Gerais. Conta comaproximadamente quarenta hectares possuindofitofisionomias tpicas de Cerrado (lato sensu).O clima da regio do tipo Aw, segundo classifi-cao de Koppen, caracterizado por apresentarduas estaes bem definidas sendo que a estaoseca ocorre de abril a setembro, ao passo que

    a estao chuvosa ocorre de outubro a maro(RAIMUNDO COSTA & FARIA, 2011). Aprecipitao pluviomtrica mdia para a regio de 1584,2 mm, segundo dados da EstaoExperimental Getlio Vargas, da Empresa de Pes-quisa Agropecuria de Minas Gerais (EPAMIG),localizada no municpio de Uberaba, Estadode Minas Gerais, em convnio com o InstitutoNacional de Meteorologia (INMET). As coletasrealizadas no ponto de coleta 1 se deram em reade fitofisionomia tpica de Cerrado, denominadacerrado stricto senso, caracterizada por possuir

    rvores retorcidas, inclinadas e de pequeno porte(RAIMUNDO COSTA & FARIA, op.cit).

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    3/11

    2692 COSTA, MINEO

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    O segundo ponto de coleta (194358S475443O) se caracteriza por ser rea tipica-mente urbana, residencial, com comrcio reduzido(FIGURAS 3 e 4). Possui em suas proximidadesum reservatrio de gua tratada do Centro Ope-racional de Desenvolvimento e Saneamento deUberaba (CODAU), e apresenta moderado fluxode veculos, uma vez que esse ponto da cidade rota de acesso MG 190, sentido Uberaba -Nova Ponte.

    O terceiro ponto de coleta, a Praa daMogiana (194416S 475528O), encontra-serea urbana residencial com vasto comrcio ali-mentcio, apresentando inmeros bares e lancho-netes (FIGURAS 5 e 6). No local existe a EstaoFerroviria de Uberaba, hoje administrada pelaempresa Ferrovia Centro Atlntica (FCA), a qual

    trabalha apenas com transporte de cargas. Nessemesmo local esto sendo realizadas as obras paraa edificao da Sede do Arquivo Pblico de Ube-raba. A rea apresenta fluxo reduzido de veculosdurante o dia, ao passo que no perodo noturnoapresenta fluxo mais acentuado em virtude docomrcio no local.

    O quarto ponto de coleta (194452S475608O) apresenta rea urbana com intensaatividade comercial (rea central da cidade). Locali-zada no centro da cidade, a Praa Henrique Kruggerapresenta intenso fluxo de veculos, possuindo

    congestionamentos em horrios crticos, devido aoalto nmero de veculos particulares somados aotrfego de veculos de transporte coletivo (FIGU-RAS 7 e 8). O local abriga a sede da EmpresaCorreios e Telgrafos (ECT) no municpio.

    O quinto ponto de coleta se encontrano Parque Municipal Mata do Ip (194543S475698O). Parque de arborizao densa (FIGU-RAS 9 e 10), com rvores de madeira de lei, comoaroeira, pau-ferro, paineiras, jatob, blsamo, entreoutras. entrecortado por trilhas e possui uma reade lazer de aproximadamente 35.000 m, segundo

    informaes obtidas no site da Prefeitura Munici-pal de Uberaba (PMU, 2012), e est inserido emrea urbana residencial com comrcio moderado,apresentando fluxo de veculos moderado, tendoem vista a proximidade da Secretaria Municipalde Sade da Cidade de Uberaba.

    O sexto ponto de coletas o Parque de Expo-sies Fernando Costa (194609S 475643O),de propriedade da Associao Brasileira dos Cria-dores de Zebu (ABCZ). A rea se mostra ampla-mente arborizada (FIGURAS 11 e 12), com poucocomrcio fixado no local, sendo que nos meses de

    maio e setembro ocorrem, respectivamente, as feiraspecurias conhecidas como Expozebu e Expoinel.

    Nesses meses o comrcio na regio, bem como amovimentao de pessoas e o fluxo de veculos bastante intenso. O Parque de Exposies Fer-nando Costa, embora seja amplamente arborizado,com seus jardins bem cuidados, est inserido emrea com grande fluxo de veculos, pois, alm deapresentar em suas proximidades o Campus II doInstituto Federal do Tringulo Mineiro (IFTM), uma das vias de acesso para o Campus II dauniversidade de Uberaba (UNIUBE), rota para aFaculdade Talentos Humanos (FACTHUS), e ainda rota para boa parte dos veculos que trafegam emdireo BR 050, sentido Uberlndia Uberaba.

    O stimo ponto de coleta, o DI-III(195854S 475309O), caracteriza-se por serformado por indstrias qumicas, de fertilizantes,transportadoras e distribuidoras de combustveis

    (FIGURAS 13 e 14). Possui rea de 18.430.570,00m, localizando-se s margens do Rio Grande nadivisa com os Estados de MG e SP, a 20 km docentro da cidade, sendo seu acesso pela AvenidaMunicipal Filomena Cartafina. Possui diversasindstrias qumicas que fabricam insumos agr-colas dentre diversos outros produtos. Referidasindstrias totalizam 13 (86,7%), de um total de 15instaladas no local, considerando-se aquelas degrande porte. As demais se resumem em transpor-tadoras de derivados de petrleo e beneficiamentode cana-de-acar.

    coletas de dados

    Partindo da premissa de que comparaesdos ndices de diversidade liqunica de reaspreservadas com reas potencialmente poludas,podem estabelecer variaes que determinem ograu de modificaes acarretadas em virtude dapoluio atmosfrica, iniciou-se o desenvolvimentodo presente estudo promovendo o levantamento dadiversidade de lquens de uma parcela de 10x10m

    em rea da Reserva Particular do PatrimnioNatural Vale Encantado (RPPNVE). Para tanto,foram considerados forfitos com DAP (Dimetroa Altura do Peito), acima de 10 cm.

    Durante os levantamentos da flora liqunicaem parcela de 10x10m na RPPNVE, foi contabi-lizado o nmero de forfitos analisados, para quenas investigaes da diversidade de lquens nosdemais pontos de coleta o nmero de forfitosanalisados fosse o mesmo, evitando a obtenode falsos padres de comparao.

    Os lquens localizados desde a base dos

    forfitos, at uma altura mxima de 2 metros,foram identificados, o que determinou o nmero

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    4/11

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    2693Os lquens como bioindicadores de poluio ...

    de espcies de lquens para cada ponto de coleta.Todo material coletado foi devidamente acondicio-nado em embalagens identificadas com etiquetasconstando a data e o local da coleta. As espciesfacilmente reconhecidas em campo foram apenasidentificadas e tiveram seu registro fotogrfico,evitando-se coletas desnecessrias. As amostrascolhidas foram utilizadas nos processos de identi-ficao dos respectivos lquens e aps a conclusodo presente estudo foram destinadas a compor oacervo tcnico cientfico da Associao de Pre-servao e Pesquisa Ambiental Vale Encantado(APPAVE).

    PROCEDIMENTOS DE IDENTIFICAODAS AMOSTRAS

    Para a identificao das amostras foramutilizadas chaves de sistemtica de lquens obtidasno Grupo Latino-Americano de Liquenologia, bemcomo catlogos de imagens especficos para estu-dos e identificao de lquens. As amostras foramanalisadas em microscpio estereoscpico (50x)e lupa estereoscpica (60x), tendo sido realizadasobservaes morfolgicas detalhadas.

    Durante o processo de identificao, foramobservadas as caractersticas que possuem impor-tncia taxonmica descritas por Marcelli (2006).

    Para gneros em que se identificou apenasum indivduo, no se prosseguiu a estudos qumicose histoqumicos mais detalhados, uma vez que aidentificao da espcie no alteraria o resultadofinal do presente trabalho.

    anlise dos dados

    Para a confeco das tabelas e interpreta-o dos dados foi utilizado software (freeware)Sistema de Anlise de Vegetao Arbrea Nativa

    SAVAN, verso 1.1, desenvolvido por profissio-nais da Universidade Federal do Rio Grande doSul UFRGS, disponibilizado gratuitamente pelareferida instituio de ensino.

    Para a anlise da Frequncia Absoluta foiadotada a seguinte frmula: FA = 100*p / P, ondeFA=frequncia absoluta da espcie; p=nmerode unidades amostrais em que ocorre a espciee P=nmero total de unidades amostrais. Parao clculo de Frequncia Relativa foi adotada aseguinte frmula: FR = 100*Fa / Fa, onde FR =frequncia relativa da espcie e FA = frequncia

    absoluta da espcie. Para o clculo do ndice de

    Valor de Importncia (IVI), foi adotada a seguintefrmula: IVI = DR + DoR + FR, onde: DR =densidade relativa da espcie; DoR = dominnciarelativa da espcie e FR = frequncia relativa daespcie.

    Para a anlise de similaridade entre ossete pontos de coleta foram utilizados o ndice deSrensen, que dado pela frmula: Is = 2c /( a +b), onde: Is = ndice de similaridade de Srensen;c = nmero de espcies comuns a ambos os locaiscomparados; a = nmero de espcies ocorrentesno local A; b = nmero de espcies ocorrentesno local B, bem como o ndice de similaridadede Jaccard que dado pela frmula: ISj = c/(a +

    b - c) , onde: c = numero de espcies comuns emambas as amostras; a = numero total de espciesem uma das amostras; b = numero total de espcies

    na outra amostra.resultados e discusso

    Foram identificadas 42 espcies de lquens(TABELA 1), as quais se distribuam em 23 gnerose 14 famlias. A maioria das espcies (52,39%) representada pelos lquens foliosos, seguida doslquens crostosos (33,33%), lquens fruticosos(9,52%) e liquens crostosos-fruticosos (4,76%).

    Todas as espcies identificadas estavampresentes na RPPN Vale Encantado, e diante

    de tal fato, os dados deste ponto de coleta foramtomados como referncia para fins de comparaocom os demais pontos de coletas. Era esperadoque no primeiro ponto de coletas (RPPN ValeEncantado), a diversidade de lquens fosse de fatosuperior aos demais pontos de coletas em virtudeda mesma se tratar de uma Unidade de Conserva-o distante do permetro urbano e sem indstriasem sua proximidade, logo, pouco afetada pelapoluio atmosfrica.

    Nos pontos de coletas situados no permetrourbano foram observados resultados semelhantes,

    diferindo e merecendo especial ateno os pontosde coleta 4 (Praa Henrique Krugger) e 6 (Parquede Exposies Fernando Costa), nos quais a diver-sidade de lquens foi notadamente mais baixa quenos demais pontos de coleta dentro do permetrourbano. Isso sugere que estas reas recebam maiorcarga de poluentes atmosfricos do que as demais.

    No ltimo ponto de coleta, situado noDistrito Industrial III (P7), foi observada a menordiversidade liqunica, sendo identificadas apenastrs espcies de lquens, sendo possvel sugerir quea poluio atmosfrica nesse ponto deve alcanar

    ndices que tornam inviveis a sobrevivncia e

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    5/11

    2694 COSTA, MINEO

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    Tabela 1: Diversidade de lquens observada em diferentes pontos de coletas na cidade de Uberaba - MG; P1= RPPNVE; P2 = Entroncamento das Avenidas Tefilo Lamounier e Dr Thomaz Bawden de Camargos; P3= Praa da Mogiana; P4 = Praa Henrique Krugger; P5 = Parque Municipal Mata do Ip; P6 = Parque de

    Exposies Fernando Costa; P7 = Distrito Industrial III.

    TXON PONTOS DE COLETA E REGISTROS HBITO

    P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

    ARTHONIACEAE

    Cryptothecia candida X X X X Crostoso

    Cryptothecia striata X X Crostoso

    BIATORACEAE

    Bacidia fraxinea X X Crostoso

    Bacidia Scweinitzii X Crostoso

    Bacidia sp X X X X X Crostoso

    CANDELARIACEAE

    Candelariella sp X Crostoso

    CHRYSOTRICACEAE

    Chrysothrix sp X X X X X X Crostoso

    CLADONIACEAE

    Cladonia sp1 X Crostoso-frucoso

    Cladonia sp2 X X Crostoso-frucoso

    COCCOCARPIACEAE

    Coccocarpia sp. X Folioso

    COLLEMATACEAECollema sp. X Folioso

    Leptogium sp X Crostoso

    GYALECTACEAE

    Coenogonium sp X X Crostoso

    LECANORACEAE

    Lecanora sp1 X X X Crostoso

    Lecanora sp2 X Crostoso

    Lecanora sp3 X Crostoso

    Pyrrhospora russula X X X Crostoso

    PARMELIACEAE

    Bulbothix isidiza X X Folioso

    Canoparmelia sp. X X Folioso

    Canoparmelia texana X X X X X X X Folioso

    Parmelia sp. X X X Folioso

    Parmelinopsis minarum X X X X Folioso

    Parmotrema auranacoparum X Folioso

    Parmotrema chinense X Folioso

    Parmotrema conferendum X Folioso

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    6/11

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    2695Os lquens como bioindicadores de poluio ...

    manuteno da maioria das espcies de lquensque ocorrem na regio.

    Observando-se os ndices de similaridade

    obtidos (TABELAS 2 e 3), nota-se um declniona diversidade de lquens em todos os pontosde coletas, quando comparados com a Ponto deColeta 1 (RPPN VE). Esse fato pode ser expli-cado pelo aumento considervel da presena deatividades potencialmente poluidoras nos referidospontos. Ainda percebe-se uma discrepncia devalores entre aqueles observados para a Ponto deColeta 7 (DI - III), quando comparado com asdemais reas, em especial com relao Ponto deColeta 1 (RPPNVE). Tal fato pode ser associados atividades desenvolvidas no Ponto de Coleta 7

    (DI III), onde se concentram vrias indstrias

    qumicas, bem como enorme trfego de caminhesmovidos a leo diesel, que gera como subprodutode sua queima compostos sulfurados (BRAUN,

    2003), nocivos maioria das espcies de lquens(ESTRABOU, 1998; KRICKE & LOPPI, 2002).Ainda com base nos dados obtidos nas tabelas 2e 3, pode-se observar uma semelhana entre osPontos de Coletas 4 e 6 (0,62), o que sugere que apoluio atmosfrica nos referidos pontos so seme-lhantes, possivelmente em funo da semelhanadas atividades desenvolvidas em ambos os pontos.O mesmo pode ser observado entre os Pontos deColetas 4 e 5 (0,59), e entre os Pontos de Coletas5 e 6 (0,56). Os dados obtidos so os apresentadosnas Tabelas 2 e 3, sendo que os valores variam de

    zero a um e, quanto mais prximo de um, maior

    TXON PONTOS DE COLETA E REGISTROS HBITO

    P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

    Parmotrema conferendum X Folioso

    Parmotrema eciliatum X X Folioso

    Parmotrema madilynae X Folioso

    Parmotrema melanothrix X Folioso

    Parmotrema praesorediosum X X X Folioso

    Parmotrema simulans X Folioso

    Parmotrema nctorum X X X X X X Folioso

    Punctelia sp X Folioso

    PHYSIACEAEPyxinea sp X X Folioso

    Pyxinea subcinera X Folioso

    Physcia sp X Folioso

    Dirinaria applanata X X Folioso

    Dirinaria confusa X X X Folioso

    PYRENULACEAE

    Pyrenula cerina X Crostoso

    TELOCHISTACEAE

    Telochistes sp X Frucoso

    USNEACEAE

    Usnea scabrida X Frucoso

    Usnea sp1 X X X Frucoso

    Usnea sp2 X Frucoso

    Tabela 1: continuao...

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    7/11

    2696 COSTA, MINEO

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    a similaridade entre os pontos de coletas.Com base na anlise da distribuio das

    espcies, foi possvel apontar quais espcies semostraram mais presentes nos diversos pontosde coletas. Por exemplo, Canoparmelia texanaesteve presente em todos os pontos, enquantoParmotrema tinctorum e Chrysothrix sp estive-ram presentes em seis dos sete pontos de coletas.

    Houve tambm aquelas cuja presena se limitou aalguns, ou apenas um ponto de coleta, tais comoBacidia Schweinitzii, Cladonia sp1, Coccocarpiasp, Collema sp, Lecanora sp2, Leptogium sp, Par-

    motrema aurantiacoparum, Parmotrema chinense,Parmotrema conferendum, Parmotrema madilynae,Parmotrema melanothrix, Parmotrema simulans,Physcia sp, Punctelia sp, Pyrenula cerina, Pyxineasubcinera, Telochistes sp, Usnea scabrida, todaspresentes apenas no ponto de coleta P1. Anali-sando ainda a distribuio das famlias (Tabela4), percebe-se com maior clareza que algumas

    famlias ocorreram somente no ponto de coleta1, tais como Collemataceae, Pyrenulaceae, Telo-chistaceae e Coccocarpiaceae.

    Tabela 2. ndice de similaridade de Sorensen obtido entre a flora liqunica de diferentes pontos de coletana cidade de Uberaba - MG. P1 = RPPNVE; P2 = Entroncamento das Avenidas Tefilo Lamounier e

    Dr Thomaz Bawden de Camargos; P3 = Praa da Mogiana; P4 = Praa Henrique Krugger; P5 = ParqueMunicipal Mata do Ip; P6 = Parque de Exposies Fernando Costa; P7 = Distrito Industrial III

    Pontosde Coleta P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

    P1 1,00 0,39 0,38 0,26 0,35 0,29 0,14

    P2 0,39 1,00 0,48 0,38 0,38 0,35 0,15

    P3 0,38 0,48 1,00 0,47 0,36 0,33 0,14

    P4 0,26 0,38 0,47 1,00 0,59 0,62 0,44

    P5 0,35 0,38 0,36 0,59 1,00 0,56 0,43

    P6 0,29 0,35 0,33 0,62 0,56 1,00 0,60

    P7 0,14 0,15 0,14 0,44 0,43 0,60 1,00

    Tabela 3. ndice de similaridade de Jaccard obtido entre a flora liqunica de diferentes pontos de coletana cidade de Uberaba - MG. P1 = RPPNVE; P2 = Entroncamento das Avenidas Tefilo Lamounier e

    Dr Thomaz Bawden de Camargos; P3 = Praa da Mogiana; P4 = Praa Henrique Krugger; P5 = ParqueMunicipal Mata do Ip; P6 = Parque de Exposies Fernando Costa; P7 = Distrito Industrial III

    Pontosde Coleta P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

    P1 1,00 0,24 0,24 0,15 0,21 0,17 0,07

    P2 0,24 1,00 0,31 0,23 0,24 0,21 0,08

    P3 0,24 0,31 1,00 0,31 0,22 0,20 0,08

    P4 0,15 0,23 0,31 1,00 0,42 0,44 0,29

    P5 0,21 0,24 0,22 0,42 1,00 0,38 0,27

    P6 0,17 0,21 0,20 0,44 0,38 1,00 0,43

    P7 0,07 0,08 0,08 0,29 0,27 0,43 1,00

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    8/11

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    2697Os lquens como bioindicadores de poluio ...

    Famlia Indivduos %Total Unidades AmostraisPARMELIACEAE 36 40,45 01,02,03,04,05,06,07

    PHYSIACEAE 9 10,11 01,02,03

    LECANORACEAE 9 10,11 01,02,03,04,05

    BIATORACEAE 8 8,99 01,04,05,06,07

    CHRYSOTRICACEAE 6 6,74 01,02,03,04,05,06

    USNEACEAE 5 5,62 01,02,05

    ARTHONIACEAE 4 4,49 01,03,05,06

    CLADONIACEAE 3 3,37 01,03

    GYALECTACEAE 2 2,25 01,03COLLEMATACEAE 2 2,25 01

    CANDELARIACEAE 2 2,25 01,02

    PYRENULACEAE 1 1,12 01

    TELOCHISTACEAE 1 1,12 01

    COCCOCARPIACEAE 1 1,12 01

    Com base na distribuio das espciesde lquens pelos diferentes pontos de coletas, foipossvel analisar diferentes ndices sociolgicos

    de interesse, sendo que para o presente trabalhofoi dado nfase s frequncias e valores de impor-

    tncia, uma vez que os mesmos puderam apontarcom eficincia a predominncia da presena dedeterminadas espcies, como pode ser visto na

    Tabela 5.

    Tabela 4. Anlise da distribuio das Famlias de liquens identificadas em diferentes pontos de coletas nacidade de Uberaba - MG. 01 = RPPNVE; 02 = Entroncamento das Avenidas Tefilo Lamounier e Dr ThomazBawden de Camargos; 03 = Praa da Mogiana; 04 = Praa Henrique Krugger; 05 = Parque Municipal Mata

    do Ip; 06 = Parque de Exposies Fernando Costa; 07 = Distrito Industrial III;

    Tabela 5. Anlise liquenossociolgica das espcies identificadas nos diferentes pontos de coletas na cidadede Uberaba - MG. FA: Frequncia Absoluta; FR: Frequncia Relativa; IVI: ndice de Valor de Importncia.

    Espcies FA FR IVI

    Bacidia Scweinitzii 14,29 1,12 2,25

    Bacidia fraxinea 28,57 2,25 4,49

    Bacidia sp 71,43 5,62 11,24

    Bulbothix isidiza 28,57 2,25 4,49

    Candelariella sp 28,57 2,25 4,49

    Canoparmelia sp. 28,57 2,25 4,49

    Canoparmelia texana 100,00 7,87 15,73

    Chrysothrix sp 85,71 6,74 13,48

    Cladonia sp1 14,29 1,12 2,25

    Cladonia sp2 28,57 2,25 4,49

    Coccocarpia sp. 14,29 1,12 2,25

    Coenogonium sp 28,57 2,25 4,49

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    9/11

    2698 COSTA, MINEO

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    H de se destacar, de acordo com a Tabela5, a presena em todos os pontos de coletas (FA =100,00), inclusive na unidade amostral denominadaP7, da espcie Canoparmelia texana (PARME-LIACEAE), cujo ndice de Valor de Importnciafoi o maior dentre as espcies identificadas (IVI=15,73), descrita por Coccaro et al. (2000) e Saiki etal. (2003), como tolerante poluio atmosfrica.(Ver Tabela 1). Esta espcie, segundo Marcelli

    (1998), vem sendo utilizada em So Paulo em estu-dos relacionados poluio atmosfrica e, ainda

    segundo Martins et al. (2008) apontada comouma espcie favorecida em ambientes alterados.

    CONCLUSO

    Com base na anlise dos dados levantadosno presente estudo, tendo como foco o estudoda diversidade liqunica, possvel concluir que

    entre referidas reas aquela que apresentou maiordiversidade de lquens e que possivelmente pos-

    Espcies FA FR IVI

    Collema sp. 14,29 1,12 2,25

    Cryptothecia candida 28,57 2,25 4,49

    Cryptothecia striata 28,57 2,25 4,49

    Dirinaria applanata 28,57 2,25 4,49

    Dirinaria confusa 42,86 3,37 6,74

    Flavoparmelia sp. 28,57 2,25 4,49

    Lecanora sp1 42,86 3,37 6,74

    Lecanora sp2 14,29 1,12 2,25

    Lecanora sp3 28,57 2,25 4,49

    Leptogium sp 14,29 1,12 2,25

    Parmelinopsis minarum 57,14 4,49 8,99

    Parmotrema auranacoparum 14,29 1,12 2,25

    Parmotrema chinense 14,29 1,12 2,25

    Parmotrema conferendum 14,29 1,12 2,25

    Parmotrema eciliatum 28,57 2,25 4,49

    Parmotrema madilynae 14,29 1,12 2,25

    Parmotrema melanothrix 14,29 1,12 2,25

    Parmotrema reculatum 42,86 3,37 6,74

    Parmotrema simulans 14,29 1,12 2,25

    Parmotrema nctorum 85,71 6,74 13,48

    Physcia sp 14,29 1,12 2,25Punctelia sp 14,29 1,12 2,25

    Pyrenula cerina 14,29 1,12 2,25

    Pyrrhospora russula 42,86 3,37 6,74

    Pyxinea sp 28,57 2,25 4,49

    Pyxinea subcinera 14,29 1,12 2,25

    Telochistes sp 14,29 1,12 2,25

    Usnea scabrida 14,29 1,12 2,25

    Usnea sp1 42,86 3,37 6,74

    Usnea sp2 14,29 1,12 2,25

    Tabela 5. continuao...

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    10/11

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    2699Os lquens como bioindicadores de poluio ...

    sui o menor nvel de poluentes atmosfricos adenominada P1 (RPPNVE). J a unidade amostralque apresentou a menor diversidade liqunica eprovavelmente possui o maior nvel de poluiodo ar foi aquela denominada P7 (DI III).

    Ainda, possvel concluir que quandocomparados com o primeiro ponto de coleta (P1 -RPPNVE), todos os demais pontos devem possuirqualidade do ar inferior ao mesmo, uma vez queobservou-se em todos eles um declnio acentuadoda diversidade de lquens, em especial nos pontosP4 (Praa Henrique Krugger), e P6 (Parque deExposies Fernando Costa ABCZ).

    Desta forma, diante do baixo custo do moni-toramento passivo da qualidade do ar utilizando-selquens como bioindicadores, este trabalho, almde ser pioneiro para a cidade de Uberaba MG,

    pode contribuir para o delineamento das polticaspblicas voltadas para o zoneamento do municpio,bem como para o controle de poluio atmosfrica,levando-se em considerao o conhecimento acercadas reas onde esse tipo de poluio se mostramais evidente.

    REFERNCIAS

    API, 2011, em EDITORA ABRIL; Planeta Susten-tvel, , disponvel em ; Data de acesso:17 de maio2011;

    APTROOT, A.; SPARRIUS, L.; Pictures of tropicallichens; Disponvel em ;Data de acesso: 12 de fev. de 2012;

    BISSACOT, S.; MACHADO, S. R.; MARCELLI, M.P.; Thallus anatomy of Canoparmelia texana (Par-meliaceae, lichenized Ascomycota); Biota Neotrop.

    Vol. 10, n 3, Campinas July/Sept. 2010;

    BRAUN, S>; APPEL, L. G.; SCHMAL, M.; 2003; Apoluio gerada por mquinas de combusto internamovidas diesel - a questo dos particulados. Estra-tgias atuais para a reduo e controle das emissese tendncias futuras; Quim. Nova, Vol. 27, No. 3,472-482, 2003;

    BRUNIALTI, G. e GIORDANI, P. 2003. Variabilityof lichen diversity in a climatically heterogeneousarea (Liguria, NW Italy). Lichenologist 35: 55-69;

    CARNEIRO, R. M A. Bioindicadores vegetais napoluio atmosfrica: uma contribuio para a sadeda comunidade. 2004. 146p. Dissertao (Mestrado)

    Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto, universi-dade de So Paulo, Ribeiro Preto;

    COCCARO, D.M.B, SAIKI, M.B.A., VASCON-CELOS, M.P. & MARCELLI, M.P. 2000. Analysisof Canoparmelia texana lichens collected in Brazil

    by neutron activation analysis. In: Biomonitoringof atmospheric pollution (with emphasis on traceelements), BioMAP. International Atomic EnergyAgency, Lisboa, pp. 143-148;

    ELIASARO, S. et al.; Levantamento da flora liqu-nica da Ilha do Mel, Paran, Departamento deBotnica da Universidade Federal do Paran, 2010;

    ELIASARO S., VEIGA P. W., DONHA C. G.,NOGUEIRA L. 2009, Inventrio de macrolquensepfitos sobre rvores utilizadas na arborizao

    urbana em Curitiba, Paran, Brasil: Subsdio parabiomonitoramento urbano, Biotemas, 22 (4): 1-8,dezembro de 2009;

    ESTRABOU, C. 1998. Lichen species identificationand distribution according tolerance to airbonecontamination in the city of Crdoba (Argentina).In: M.P. Marcelli & M.R.D. Seaward (eds.). Liche-

    nology in Latin America: history, current knowledgeand application. CETESB, So Paulo, pp. 165-169;

    GIORDANI, P. 2007. Is the diversity of epiphyticlichens a reliable indicator of air pollution? A casestudy from Italy. University of Genova, Genova,Italy; Environmental Pollution, 146 (2): 317-323;

    GUNNARSSON, B., HAKE, M. e HULTENGREN,S. 2004. A functional relationship between speciesrichness of spiders and lichens in spruce. Biodiversityand Conservation 13:685-693;

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estats-tica, disponvel em , Datade acesso: 12 de mar. de 2012;

    KPPEN, W. 1948. Climatologia Ed. Fondo Cultu-ral Economica, Mexico City;

    KRICKE, R. & LOPPI, S. 2002. Bioindication:The I.A.P. approach. In: P.L Nimis, C. Scheidegger& P.A. Wolseley (eds.). Monitoring with lichens

    Monitoring lichens. Kluwer Academic Publishers.

  • 7/25/2019 Artigo de Micro Para Fazer a Apresentao

    11/11

    2700 COSTA, MINEO

    REGET - v. 13 n. 13 AGO. 2013, p. 2690- 2700

    SAIKI, M., FUGA, A., ALVES, E.R., VASCON-CELLOS, M.B.A. & MARCELLI, M. 2003; Theuse of Canoparmelia texana lichenized fungi in thestudy of atmospheric air pollution, In: Third Inter-national Workshop on Biomonitoring of Atmosphe-ric Pollution, Ljubljana, pp. 705-708;

    SILLET, S. C., MAcCUNE, B., PECK, J.E.,RAMBO, T. R. e RUCHTY, A. 2000. Dispersal limi-tations of epiphytic lichens result in species depen-dent on old-growth forests. Ecological Applications10: 789 799.

    SILVA, J. W.; GUIMARES, E. C.;TAVARES, M.;2003. Variabilidade temporal da precipitao mensale anual na estao climatolgica de Uberaba-MG,Cinc. Agrotec. vol.27 n.3 Lavras May/June 2003;

    SOMMERFELDT, M.: JOHN, V. 2000. Evaluationof a method for the reassessment of air quality bylichen mapping in the city of Izmir, Turkey. TurkeyJournal of Botany, 25 (2001): 45-5

    SPIELMANN, A. A., et al. Parmeliaceae (Asco-micota liquenizados) nos barrancos e peraus daEncosta da Serra Geral, Vale do Rio Pardo, RioGrande do Sul, Brasil. IHERINGIA, Sr. Bot., PortoAlegre, v 63, n 1, p. 159 169, jan jun, 2008.

    VALENCIA, M. C de, CEBALLOS, J. A., 2002.Hongos Lquenizados. Universidad Nacional deColmbia, Bogot; 2002;

    Dordrecht, pp. 21-38;

    LCKING, R. 1995. Biodiversity and conservationof foliicolous lichens in Costa Rica. Mitteilungen derEidgenssischen Forschungsanstalt fr Wald, Schneeund Landschaft 70:63-92.

    MARANTE, F. J. T.; CASTELLANO, A. G.;OYOLA, F. L.; BARRERA, J. B.; Ecologa QumicaEn Hongos Y Lquenes, Rev. Acad. Colomb. Cienc,volumen XXVI I I, nmero 109-diciembre de 2004;

    MARCELLI, M. P. 1998. Hystory and current know-ledge of Brazilian lichenology. In: Marcelli, M. P.& Seaward, M. R. D. (Eds.). Lichenology in LatinAmerica: History, current knowledge and applica-tion. CETESB, So Paulo, Brasil, p.25-45;

    MARCELLI, M. P. 2002. Checklist of lichens andlichenicolous fungi of Brazil. Version 1, disponvelem ; Data de acesso 03 de maio 2011;

    MARCELLI, M. P., 2006. Cp. I Fungos Liqueni-zados. Em XAVIER FILHO, L. et al. Biologia deLquens. Rio de janeiro, Brasil, p. 24-74;

    MARTINS, S. M. A.; KFFER, M. I.; LEMOS, A.2008; Liquens como bioindicadores da qualidade do

    ar numa rea de termoeltrica, Rio Grande do Sul,Brasil. Hoehnea 35 (3): 425-433;

    NASH III, T. H. 1996. Photosynthesis, respiration,productivity and growth. In: Nash III, T. H. (ed),Lichen biology. Cambridge University Press, Cam-bridge, pp 88-135;

    PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERABA, Por-tal eletrnico, disponvel em: ,Data de acessoem 17 de maio 2011;

    RAIMUNDO COSTA, W.; FARIA, J.E. Estudospreliminares para eventual caracterizao de encraveMata Atlntica-Cerrado nas reas da RPPN-ValeEncantado, Uberaba, MG.. Em: Anais do 1 Con-gresso de Meio Ambiente Vale Encantado Cerrado

    Diversidade e Recursos, 2011. Uberaba, MG. P.57-66.

    RAVEN, Peter H; EICHHORN, Susan E.; EVERT,Ray F. Biologia Vegetal, cap. 11. 6. Ed. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 2001;