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Reportagem veiculada pela Revista Silk-Screen nº 322 – Março de 2012 – www.btsinforma.com.br

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Confira: Guia de prensas térmicas (pág. 16)

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PERFIL

o contrário do que mui­tas pessoas pensam em fazer quando se aposen­tam, Celso Joaquim dos

antos resolveu mon­tar um negócio em vez de apenas ficar em casa, descansar e viajar. O senhor, formado em tecnologia mecânica pela Faculdade de Tec­nologia (Fatec), viu na formatura da filha, em publicidade e propaganda pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes), uma grande opor­tunidade de montar uma empresa familiar. "O meu pai se aposentou na época em que eu me formava. Foi uma ideia para empregar a nós dois", conta Greice Esteves dos San­tos, a filha mais velha de Celso.

O novo empreendedor pegou a oportunidade de comprar um imóvel em área comercial e a ex­periência adquirida em trabalhos de artes gráficas desenvolvidas an­teriormente em sua própria casa e juntou tudo ao conhecimento obtido pela filha na faculdade.

Tanto para Celso como para Greice era um desafio iniciar um ne­gócio próprio e fazê-lo dar certo. "Ter

~ Silk-Screen I Março 2012

Arte em família Administrada por pai e filhas, Arte no Papel entrou aos poucos no mercado de fotoprodutos e, agora, oferece aos clientes diversas opções

algo próprio significa ter a liberdade de alcançar os próprios objetivos, não os dos outros. Acho que a maio­ria das pessoas almeja isso, mas é necessário ter muito mais respon­sabilidades", declara a empresária.

Dessa forma, em 2005, Celso e Greice abriram a Arte no Papel, na Rua Inácio, 654, no bairro paulis­tano da Vila Zelina. "No começo, era apenas material de papelaria e informática e fazíamos alguns ser­viços de gráfica expressa. Depois, a papelaria foi ficando para trás, permanecendo apenas a área de informática. Os serviços de gráfica expressa foram dando lugar aos fotoprodutos", explica Greice, que cuida, principalmente, da adminis­tração da empresa, compra de ma­terial, busca por novos fornecedo­res, entre várias outras atividades.

E lentamente os fotoprodutos passaram a fazer parte dos ser­viços oferecidos pela empresa. A ideia surgiu a partir de clientes que pediam para fazer lembranci­nha de aniversário e nascimento, aproveitando que a Arte no Papel fazia cartões de visita.

O negócio foi crescendo e, em 2007, a filha caçula se juntou ao pai e à irmã. Juliana Esteves dos Santos, formada em educação física, voltou da Europa e passou a ajudar na loja. Após começar a trabalhar na Arte no Papel, fez cur­so de Criação e Produção Gráfica Digital e MBA- Master of Business Administration- em Gestão Em­presarial. Assim, passou a cuidar mais da parte de criação e ela­boração das artes, tratamento de imagem e atendimento ao cliente durante e pós-venda.

Há quase sete anos no mercado, Arte no Papel ampliou os serviços

oferecidos de acordo com a demanda

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As mudanças foram inevitáveis, assim como a necessidade de ad­quirir novos equipamentos para dar conta de toda a demanda com quali­dade e dentro do prazo exigido. Para eles, o principal divisor de águas foi a aquisição de uma impressora de grande formato. "Em 2010, adquiri­mos uma impressora Mutoh HQ55, da Fuji, e uma plotter de recorte. Com isso, trouxemos toda a produ­ção para dentro de nossa empresa, deixando, assim, de estarmos à mercê dos prazos e das qualidades dos terceirizados", diz Greice.

Tendo impressora e plotter na loja, deixaram de ter dor de cabe­ça com qualidade de impressão e tiragem mínima exigida pelas empresas que realizam trabalhos de impressão. "Fazer fotoprodutos com o pessoal de comunicação visual é complicado, pois eles tra­balham em cima de quantidade e não de qualidade. Os produtos feitos por eles são para visualiza­ção de longe, não precisam de alta resolução ou de materiais muito bem acabados. Os nossos pro­dutos são pequenos, para serem manuseados, precisam de uma qualidade fotográfica e um bom q.c'abamento", explana a adminis­tradora da Arte no Papel.

Da mesma forma que a produ­ção foi para dentro da loj a, tam­bém acharam melhor eles mesmos tirarem as fotos para os fotopro-

dutos, já que este tipo de material exige todo o cuidado possível. As­sim, Celso transformou um hobby em profissão para ajudar profissio­nalmente as duas filhas em uma atividade empreendedora. "Sempre gostei de imagens. Por meio da fo ­tografia, pude criar as minhas pró­prias imagens. Para mim, o registro histórico das nossas vidas é muito valioso", conta Celso.

Para registrar as pessoas da melhor forma possível, o fotógrafo - que também cuida do movimen­to bancário da empresa, atendi­mento a clientes na loja, controle de notas fiscais e estoque e mon­tagem de produtos como banners e painéis - e as filhas criaram um estúdio para dar aos produtos da loja uma qualidade profissional. "Fotos caseiras dão aos fotoprodu­tos uma cara de 'feito em casa' e nós queríamos produzir um pro­duto diferenciado", afirma Greice.

Com a intenção de manter os clientes cheios de opções, a Arte no Papel faz pesquisas e visita feiras para se manter atualizada eco­nhecer as novidades do mercado. "Hoje produzimos alguns produtos que só são encontrados nas gran­des empresas de brindes para os consumidores de pequenas quan­tidades". explica a publicitária.

Mesmo com boas perspectivas e demanda crescente, pai e filhas en­frentam algumas dificuldades, sendo

a maior delas convencer o cliente a ir até o estúdio para tirar as fotos para o produto desejado. "Em um mundo em que todo mundo quer fazer tudo de casa, pela intemet, fazer o con­sumidor sair de casa e atravessar a cidade para tirar uma foto, às vezes, é complicado. No entanto, quem vem uma vez acaba vindo sempre, pois já conhece o diferencial que esse traba­lho faz", entrega Greice.

Na Arte no Papel, "se a foto enviada pela intemet está muito ruim, aconselhamos ao cliente tirar a foto em nosso estúdio. Se ele não quiser, às vezes, nem pegamos o serviço, pois acredito que entregar um produto deficiente não é bom riem para o cliente, que espera algo de qualidade, e nem para a empre­sa, porque todos os trabalhos levam o nome da Arte no Papel, sejam eles bons ou ruins", explica.

Entre os planos, o principal é expandir o espaço físico e dividi-lo em setores. Assim, serão criados espaços diferentes para o estúdio, a criação e a produção. Quanto à aquisição de novos equipamentos, estão sempre pesquisando novas tecnologias. "Aparecendo algo que nos interesse e estando dentro de nossas possibilidades financeiras, é claro que os equipamentos serão bem-vindos. Em um ramo onde os clientes voltam anualmente, é pre­ciso sempre ter novidades em pro­dutos ou serviços", finaliza Greice.