escrita em família 1
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Textos produzidos em família nos meses de fevereiro e março de 2011TRANSCRIPT
ESCRITA EM FAMÍLIA
Projeto trianual de escrita criativa em Família
Língua Portuguesa / Área de Projeto
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ESCRITA EM FAMÍLIA – LÍNGUA PORTUGUESA / ÁREA DE PROJETO
PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011
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PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011
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AS PALMEIRAS DO ALGARVE
Uma das grandes belezas e riquezas do nosso Algarve está atualmente a sofrer
muito de uma praga de um inseto que destrói as palmeiras da espécie Phoenix
Canarienses. Tudo tem sido feito contra esta praga: tratamentos, abate e limpeza das
palmeiras, nalguns casos, infelizmente, sem sucesso.
As rainhas da nossa região que embelezam os parques, piscinas, jardins
municipais e privados estão seriamente afectadas.
Apelamos a toda a população e entidades responsáveis para manter um controle
sério sobre esta situação, para podermos todos nós beneficiar e desfrutar desta beleza na
Natureza que são as palmeiras.
ESPAÇOS VERDES E NATUREZA, AMIGOS DOS SERES HUMANOS
Família de Bruno Jesus
Fevereiro 2011
Este texto recebeu um Menção Honrosa da Turma C do 7º ano
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UMA PASSAGEM
Um dia fui a um jardim; então, uma rapariga chegou, sentou-se no outro banco de
madeira. Havia um gato que a acompanhava e lhe roçava com o pêlo pelas pernas. Era no
fim da tarde, arrefecia ainda mais… A noite não tardava a cair.
Vi um rapaz a aproximar-se; tinha mais ou menos a mesma idade da rapariga, ou
talvez um pouco mais velho. Sentou-se ao lado dela. Estava muito frio, tinham as mãos
dadas, estavam enamorados e pareceram não me ver.
Os pássaros estavam de regresso às árvores, barulhentos. Continuava a não saber
bem que árvores eram aquelas, mas não me surpreendia se fossem ciprestes, pois eram
muito altas e delgadas.
Num jardim, passa-se muito bem o tempo. É saudável, respira-se ar puro das plantas
e árvores. Traz recordações bonitas. Todos devemos fazer uma pausa nas nossas vidas e ir
ao jardim.
Família de Bruno Ramos
Fevereiro 2011
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SONHOS
Sonhar fez parte do pensamento humano. É uma forma que o homem encontra de
imaginar o seu futuro.
Já dizia o poeta, «o sonho comanda a vida», porque nos impele para a frente e nos
leva a lutar pela construção do amanhã. Martin Luther King, famoso activista dos direitos
humanos dizia «I have a dream» e sonhava com um mundo sem racismo, no qual negros e
brancos pudessem viver em paz.
Todas as grandes descobertas científicas partiram de sonhos, de outras maneiras de
ver a realidade e da procura de respostas para essa realidade.
E eu? E tu? E nós? O que sonhamos? Quais são os nossos sonhos?
Eu sonho com um mundo em que todos os seres humanos possam ser livres,
respeitados e não tenham medo de expressar as suas ideias. Sonho com um mundo onde
ninguém passe fome, todos tenham emprego digno e que possam viver em paz, sem
guerras, sem medos, sem prisões. Um mundo em que os animais sejam tratados com
respeito para que possam partilhar connosco este maravilhoso planeta que é a Terra. Um
mundo em que se entenda que os recursos deste planeta não são inesgotáveis e que, por
isso, a água, a terra, o ar e tudo o que é essencial à vida deve ser defendido. Um mundo
que entenda que os valores principais a defender são a vida, o amor, a liberdade, o respeito,
a solidariedade…
Um mundo em que sobretudo os jovens entendam que o principal valor não é o
dinheiro, que o ódio só traz destruição, que o planeta Terra é a nossa única morada no
Universo inteiro, que é possível conviver e aceitar pessoas diferentes, que os animais são
nossos amigos, que é possível o amor…
Se isto acontecer, que mundo maravilhoso poderemos criar!
Queres juntar-te ao meu sonho?
Família de Carolina Ruivinho
Fevereiro 2011
Este texto recebeu um Menção Honrosa da Turma C do 7º ano
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EU AINDA ME LEMBRO
Eu ainda me lembro, ainda,
Quando morava lá no monte,
A minha mãe ia lavar,
E eu tinha que ir à fonte.
A minha mãe ia lavar,
Deixava a roupa branquinha,
Primeiro lavava a dela,
Depois lavava a minha.
Tinha que ter muito cuidado,
Para não ficar amarela,
Ela lavava a minha
Depois de lavar a dela.
Família de Catarina Ricardo
Fevereiro 2011
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LENDA DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ
D. Fuas Roupinho, Cavaleiro destemido e almirante da armada portuguesa no tempo
de D. Afonso Henriques, era um grande devoto da Nossa Senhora da Nazaré. Talvez porque
fosse sensível ao facto daquela imagem ter vindo da terra onde viveu Jesus e em
circunstâncias misteriosas.
Um dia, quando D. Fuas ia em perseguição dum veado numa manhã de forte
nevoeiro, sucedeu que, com o entusiasmo de alcançar o animal, não se percebeu que, por
trás duns rochedos altaneiros, se ocultava o mar impetuoso.
E avançou sempre até que deixou de ver o veado e sentiu, então, que ia precipitar-se
também no abismo.
Naquele instante de aflição, cheio de fé, pediu a Nossa Senhora que lhe valesse.
Então, o cavalo estancou e, com as patas dianteiras levantadas já fora penedia, conseguiu
equilibrar-se e não cair no enorme precipício.
E ainda hoje vêem marcadas nas rochas as ferraduras de cavalo de D. Fuas
Roupinho e na capelinha lá está Nossa Senhora da Nazaré a receber a veneração dos que
crêem e não esquecem o milagre.
Família de David Pinheiro
Fevereiro 2011
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SONHEI… Estamos em pleno Inverno, faz frio e o tempo convida ao aconchego do lar, o céu
ameaça cair. Um relâmpago risca o espaço, seguido de um estrondoso trovão. Depois
outros relâmpagos e outros relâmpagos se sucederam com pequenos intervalos. E rompeu
a chover. De princípio, gotas grandes e solitárias. Depois, em corda, que até parecia um
dilúvio. E mais uns relâmpagos, mais uns trovões e abrem-se as cataratas do céu.
A noite chegou e, com toda esta revolta da natureza, adormeço no sofá junto à lareira,
escutando e olhando o lume brando e, não sei como, sou levada para um sítio fantástico.
Sou a Rainha dos Céus e vivo do outro lado do arco-íris onde existe um mundo
encantado de cores e onde todos os sonhos se realizam. É a Terra Mágica onde vivem as
fadas do arco-íris; cada uma tem um dom mágico, uma nota musical e um dia da semana e,
em cada dia da semana, eu vivo numa cor diferente. Apesar de preferir morar no cor-de-
rosa, que é a cor da fada dos sonhos, é ela que nos faz sonhar coisas mágicas, também
gosto de experimentar as outras cores e adoro ver tudo do céu para baixo, as casas, as
pessoas… e as nuvens são tão fofinhas, bonitas e brincalhonas, rebolam umas nas outras,
riem à gargalhada e são muito divertidas. Mas há uma que é muito minha amiga, muito doce
e carinhosa. Chamo-lhe Algodão Doce; às vezes, ela gosta de pingar, outras vezes chove
sobre a terra para regar as plantas, para ajudar os passarinhos a tomar o seu banho
semanal…
Certa noite, Algodão Doce adormeceu e quando acordou estava deitada em cima da
relva verdinha de um jardim e não viu ninguém da sua família. O seu coração batia com
muita força. O que lhe iria acontecer?
Então, assustada, acordei sem saber o que iria acontecer à minha amiga e então
percebi que, afinal, não era a Rainha dos Céus… tudo não passara de um sonho…
Lá fora, a tempestade amainara, o lume estava apagado e as brasas reduzidas a
cinzas. O sono convida ao descanso e eu vou para a cama dormir.
Família de Gonçalo Matos
Fevereiro 2011
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A LUA, O SOL, A TERRA E A ÁGUA
A lua minga a lua cresce
O sol baixa e levanta
A terra consome e cria
A água rega a planta
A lua tem intervenção A terra tem grande poder
Com o grande poder do mar Tudo da terra e gerado
No seu crescer e mingar Tudo em terra é transformado
Faz ela chuva ou trovão Depois da vida perder
O tempo faz transformação O que ela quer é comer
Quando ela cheia aparece Essa grande fantasia
Toda fêmea padece Debaixo da terra fria
Da lua alguns instantes E quando se acaba o mal
Sabem muitos habitantes Vegetal ou animal
A lua minga a lua cresce A terra consome cria
O sol é a luz do mundo São duas irmãs Canárias
Gira lá no seu espaço A terra e a água correndo
Com grande desembaraço Dão ser ao que é vidente
Não para nem um segundo Mar e terra ainda mais
Vai ao pino e vem ao fundo A terra tem minerais
Quando o passarinho canta Que muita gente se encanta
A essa distância tanta Por essa fortuna tanta
Brilha o seu esplendor A terra tem mais riqueza
Pelo divino autor Pelo ser da natureza
O sol baixa e levanta A água rega a planta
Fevereiro 2011
Família de Inês Freitas
Este texto recebeu o Terceiro Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano
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No brilho do fogo que ardia na lareira,
numa noite em que os pingos de Chuva e o frio
chamavam a família para a roda do lume
que aquecia o coração,
e as mãos desfolhavam o sonho
lido naquela poesia ,
escrita em papel escuro de outros tempos.
O inverno cinzento não foi capaz de tirar a vida
que a tinta indelével de uma caneta
deixou escrita em palavras escutadas ,
no encantamento deslumbrado
da nuvem de fumo que ascendia suave pela chaminé.
Família de Maria Coelho
Fevereiro 2011
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A ADOLESCENTE
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Há muito tempo numa aldeiazinha
Vivia uma família pobre
Com uma pequena menininha
Que nasceu com sorte
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Na casa não havia nada
Para sua grande tristeza
Mas como estava indignada
Sua luta era sua riqueza
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Com o tempo a passar
Sua luta foi em vão
Com o pouco para dar
À menina foi a decisão
4
Da fome que havia
A grande tristeza chegou
Seus pais já não a ouviam
Pois sozinha ficou
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Da tristeza à solidão
Pelas ruas ela andou
Não houve uma mão
Que das ruas a amparou
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A mendigar pelas ruas
Sua fome foi acalmando
Mas o desejo de brincar
Foi ficando grande
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Sentada no passeio da estrada
Ouviu pequenas gargalhadas
Devagar com o seu estilo calada
Espreitou as formosas criançadas
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Tentou aproximar-se
E vendo os seus rostos
A criança do olhar
Ficou logo de rastos
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No grupo, uma das crianças,
O mais velho reparou
Olhou para ela “descansa”
E com as outras se zangou
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Querendo ajudar
Pediu desculpas com razão
E ficaram a falar
Crescendo a amizade do coração
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Sem poderem reparar
Momentos se repetiram
Mas um deles a estudar
As meninas o viram
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E espantada com as figuras
Interrogou o rapaz
Dizendo ele que eram leituras
E que ele era capaz
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Espantado com a reacção
Perguntou-lhe se não conhecia
A menina disse”não”
Conhecer ela queria!
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Tentando ajudar
Sentou-se a seu lado
E sem tão pouco pensar
Ficou bem admirado
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Cada dia que passava
Ficou aquela amizade
Todos os dias lhe ensinava
O que tinham combinado
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Tudo iria bem
Até seus pais saberem
Sem saber por quem
Eles voltavam a desobedecer
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Pois seus pais eram contra
Esse encontro escondido
Mas não levando em conta
O que a ela tinha sucedido
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Com aquilo que aprendeu
E alguma proibição
A vontade dele venceu
E descobriu a solução
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Com o que aconteceu
E os desgostos da vida
O rapaz cresceu
Proibição ficou esquecida
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Afinal já eram adultos
Sabendo o que faziam
Pois já não eram os putos
Novos sentimentos nasciam
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No coração de um adolescente
Onde morou a amizade
Era outro sentimento
Era amor de verdade
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Mas o pior ainda não via
O consentimento dos pais
Era hoje aquele dia
Que ele iria ouvir mais
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Os pais preconceituosos
A ela queriam afastar
Com o seu filho eram cautelosos
Não queriam arriscar.
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Dizem para seu rapaz
Que ela não vale nada
Pois nem nome traz
Nem foi baptizada
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Isso depressa foi procurar
Pois a verdade quis saber
Os parentes dela tentou achar
Para seu amor não sofrer
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A verdade soubera
Quando a família dela achou
Os pais dela fizeram
Porque o amor ele encontrou
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Com o que ficou contado
Os pais dele logo mudaram
O amor deles foi aprovado
E o casamento se realizou
28
O nome dela e Felisbela
E o nome dele Luís
Com uma casa bela
Viveram muito felizes
Família de Marina Girão
Fevereiro de 2011
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O MISTÉRIO DO HOMEM QUE VIVIA SOZINHO
Era uma vez um homem que vivia só. Era triste vê-lo tantas vezes
sozinho. Um casal mudou-se para a casa do lado e até pensaram que na casa
ao lado deles não morava ninguém… mas a casa estava sempre tão iluminada
e tão limpa que eles foram falar com os outros vizinhos:
- Mora alguém naquela casa, vizinho?
- Sim, mora… mas é alguém que não tem amigos nenhuns e vive
sozinho. Por isso ele nunca sai à rua!
Foi sendo assim o dia todo e os vizinhos diziam-lhes sempre o mesmo!
Mas um dia, tudo mudou… o homem morreu! Todos os vizinhos ficaram com
pena, pois nunca tinham tido tempo para o conhecerem melhor.
Apareceu uma empresa de venda de casas e afixou um anúncio a dizer
VENDE-SE. Todas as pessoas que moravam ali ao pé começaram a comentar:
- Ai! O homem morreu e eu não tive tempo de o conhecer!
- Ai que casa tão bonita para se comprar...
Passado muito tempo, ninguém comprava a casa. Começavam mesmo
a pensar que ninguém a iria comprar. Mas depois de alguns dias, chegaram
uns pretendentes. Interessaram-se por ela e compraram-na.
No dia das mudanças, começaram a ouvir umas vozes estranhas vindas
do antigo quarto do homem. Pensaram que podia ser só o vento mas, quando
as mudanças terminaram, começou a ouvir-se a misteriosa voz outra vez. A
voz dizia:
- Por favor… eu nunca tive amigos… - ouvia-se com aquele ar
fantasmagórico que faz com que não se perceba quase nada.
Mesmo assim, não deram muita importância, pois pensaram que era o
vento outra vez. No entanto, a misteriosa voz soou outra vez e a dizer:
Este texto recebeu o Segundo Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano
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- Por favor, eu nunca tive amigos… Ajudem-me!
Daquela vez eles ouviram e, assustados, telefonaram para a polícia. A
polícia chegou e perguntou-lhes:
- O que se passou? Vocês pareciam muito assustados ao telefone e nós
chegamos aqui e não vemos qual é o… - A frase foi interrompida pela voz
misteriosa outra vez:
- Por favor, eu nunca tive amigos… Ajudem-me!
Os polícias, ao ouvir a voz, perceberam que algo se passava. Falaram
com os vizinhos e eles confirmaram que era a voz do homem. As pessoas que
tinham ido morar para lá, assustadas, foram-se embora e o casal que vivia ao
lado da casa teve uma ideia: construir um infantário!!
Partilharam a ideia com os outros vizinhos e eles concordaram. Até
disseram que os ajudavam! Quando puseram a casa à venda, o casal e os
vizinhos compraram a casa e começou-se a ouvir-se a voz outra vez:
- Mesmo sabendo que eu ainda estou aqui vão abrir um infantário?
-Sim. - responderam os vizinhos animados, olhando para o ar, como se
vissem o homem.
- Obrigado a todos. - respondeu a vez comovida.
Começaram a chegar e a chegar mais e mais crianças ao infantário. O
homem, assim, já tinha amigos com quem falar – as crianças e os vizinhos. E,
a partir daí, nunca mais ninguém teve medo daquela voz que sabiam ser do
antigo vizinho, agora amigo de todos!
Família de Pedro Jesus
Fevereiro 2011
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A A Z DE FEVEREIRO
Abençoado Fevereiro
Bacia já pronta
Cada moeda a cair
Devagar e sem conta
Em grande excitação
Fermento não falta
Granizo cai aos montes
Hidratando a malta
Imaginação renasce
Jardim floresce
Levantando a brisa
Mantendo o este
No frio do Fevereiro
Oscila o vento
Perante a mudança
Quanto é o lamento
Recriando o sonho
Seguindo sempre em frente
Tomando precauções
Unindo toda a gente
Vitória alcançando
Xerez bebendo
Zarpando para a Primavera
COM ABUNDÂNCIA COMENDO
Família de Rafaela Jesus
Fevereiro de 2011
Este texto recebeu o Terceiro Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano
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COISAS DA VIDA
É a chegada de um lindo dia
Que começa por simples coisas
É o desabrochar de uma flor aqui,
Outra acolá,
É o movimento constante da vida
Que nos faz continuar
É um sonho que se realiza,
E outro que fica para trás
É a família, é a amizade
É o amor que nos rodeia.
Da tristeza, não vale a pena falar;
O que o futuro nos reserva
Não sabemos
Mas o passado já vivemos
Porém, o presente vamos construindo.
Família de Rute Boiças
Este texto recebeu o Primeiro Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano
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PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011
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MARÇO E A PRIMAVERA
Venho, por este meio, falar-vos da primavera, estação do ano muito
alegre e expressiva, tanto para as pessoas como para a natureza.
Nesta época, as pessoas ficam mais alegres, os dias mais quentes, as
árvores e as plantas florescem, sorriem e, ao mesmo tempo, crescem!
A primavera é, de facto, uma estação do ano muito necessária. Depois
dos dias tristes e chuvosos do inverno, avançamos para dias bem melhores e
radiantes.
Os animais despertam o seu instinto, desfrutam da natureza e criam
laços de amizade com os humanos.
É realmente agradável viver assim, com serenidade e harmonia entre
todos os seres. Todos devemos poder viver dias felizes e sermos generosos
com o que a primavera nos oferece, um dia de cada vez…
Viva a primavera, viva março, viva a alegria!
Família de Bruno Jesus
Março 2011
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20
PRIMAVERA
Meu filho, a mãe adora as quatro estações do ano, mas a que mais me
encanta, é a primavera. Talvez tenha tudo a ver, por eu ter nascido nessa
estação colorida.
Quando pequena, eu já gostava de flores, ficava horas e horas no
quintal da minha casa, esperando um botão desabrochar. Minha avó, tua
bisavó, tinha um amor muito grande por pássaros e flores e o seu jardim era a
coisa mais linda de se ver.
Eu passava quase a manhã toda sentada, estudando e admirando,
aquelas lindas rosas de todos os tamanhos e cores.
Todas as manhãs, um abelharuco me encantava com o seu canto
harmonioso. Ele cantava alto e parecia querer dizer alguma coisa. Dava aquele
voo muito rápido, escolhia a flor e alimentava-se do seu néctar.
Minha avó, às vezes, chamava-o de chupa-mel, chupa-flor, mas eu só
gostava do nome abelharuco, acho que devido à Primavera.
Esta estação envolve-nos em desejos, pois o céu fica mais lindo com a
sua cor azul. E nós, encaminhando-nos para locais pitorescos para apreciar o
pôr-do-sol, onde tudo é cor, tudo é alegria, com a sua chegada. Ai, a
Primavera…!
Família de Bruno Ramos
Março 2011
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RENASCER …
Renascer significa tornar a nascer. Será possível tornar a nascer?
Quando renascemos?
Renasce a natureza que se renova em cada estação do ano.
Ciclicamente, de forma regular e contínua, a natureza transforma-se, morrendo
e renascendo com força. Nunca quebrando. Nunca desistindo. Apesar de todas
as agressões que sofre e contra todas as adversidades, resiste!
E o ser humano? Será que renascemos? Será que nos renovamos ou
permanecemos imutáveis?
Renascemos sempre que vencemos um desafio, pois tornamo-nos mais
fortes e conscientes da nossa força.
Renascemos quando conseguimos dizer NÃO sempre que alguns nos
forcem a dizer sim, em situações que achamos não estar correctas. Podemos
ficar sozinhos, mas se agirmos de acordo com a nossa consciência, sentir-nos-
emos melhor.
É uma forma de renascimento quando vencemos os nossos medos,
quando assumimos desafios, quando ajudamos os outros, quando nos
esquecemos de nós para dar a mão a um amigo.
Esta forma de renascer torna-nos mais fortes, porque quebramos o que
existia em nós e construímos algo novo.
Renascer é viver, é nascer outra vez, é progredir, é construir novos
caminhos dentro de nós, é quebrar as amarras que nos prendem e nos
impedem de ir mais longe.
Renascemos quando nos tornamos pessoas melhores, quando
corrigimos os nossos erros, quando pedimos perdão se magoamos alguém,
quando sofremos com os males dos outros, quando colocamos sorrisos nos
lábios de alguém, quando trabalhamos e lutamos pelo que desejamos.
A Humanidade precisa de nascer e renascer muitas vezes, a caminho da
evolução.
Família de Carolina Ruivinho
Março de 2011
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22
POESIA DA AVÓ
Oh querida tem paciência
Oh querida não seja assim
Não quero que te vás embora
Anda cá para ao pé de mim
Não dês cabo do meu coração
Pois o coração também chora
Anda cá para ao pé de mim
Pois não quero que te vás embora.
Família de Catarina Ricardo
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O BURRO INTELIGENTE
Na quinta da minha vizinha
Havia lá um burrinho
Também havia uma vaquinha
O burro chamava-se Pardinho.
A vaca era Liberdade
O burro com ela vivia
Eram amigos de verdade
O burro para vaca sorria.
Era um burro inteligente
De tudo queria aprender
A vaca estava contente
De o burro com ela viver.
Se a vaca lhe doía a barriga
Ou se andava de rabo no ar
O burro arranjava a mezinha
Começava logo a zurrar.
A vaca esteve doente
Tão mal que não comia
O burro perguntou-lhe o que sente.
Mas a vaca não respondia
A vaca estava tão mal
O burro estava a chorar
Pobre burro sentimental
Já não queria mais zurrar
A vaca depois melhorou
O burro ficou contente
O burro depois pensou
Sou burro! Mas inteligente!!!
Família de Gonçalo Matos
Março 2011
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24
A FAMÍLIA
É bom ter família e poder viver com ela em união. Viver em família faz com que as
alegrias sejam realçadas e as tristezas atenuadas.
Depois de um dia de trabalho e ausente, sabe bem chegar a casa e ver o sorriso de
cada elemento, partilhar com eles as vivências desse dia e recarregar as baterias para o que
vem a seguir.
O bem ou o mau estar de um membro da família contagia os outros e ambos têm o
dever de tudo fazer para que os problemas sejam superados.
Resolver um problema sozinho é difícil, em união é mais fácil. As pessoas sem
família, as quais vivem na solidão, têm mais dificuldade em lidar com os problemas que vão
surgindo. Em família, todos dão a sua opinião de modo a chegar a uma conclusão.
É bom ter Família!
Família de Luís Duarte
Março 2011