escrita em família 1

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ESCRITA EM FAMÍLIA Projeto trianual de escrita criativa em Família Língua Portuguesa / Área de Projeto

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Textos produzidos em família nos meses de fevereiro e março de 2011

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Page 1: Escrita em Família 1

ESCRITA EM FAMÍLIA

Projeto trianual de escrita criativa em Família

Língua Portuguesa / Área de Projeto

Page 2: Escrita em Família 1

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ESCRITA EM FAMÍLIA – LÍNGUA PORTUGUESA / ÁREA DE PROJETO

PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011

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ESCRITA EM FAMÍLIA – LÍNGUA PORTUGUESA / ÁREA DE PROJETO

PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011

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AS PALMEIRAS DO ALGARVE

Uma das grandes belezas e riquezas do nosso Algarve está atualmente a sofrer

muito de uma praga de um inseto que destrói as palmeiras da espécie Phoenix

Canarienses. Tudo tem sido feito contra esta praga: tratamentos, abate e limpeza das

palmeiras, nalguns casos, infelizmente, sem sucesso.

As rainhas da nossa região que embelezam os parques, piscinas, jardins

municipais e privados estão seriamente afectadas.

Apelamos a toda a população e entidades responsáveis para manter um controle

sério sobre esta situação, para podermos todos nós beneficiar e desfrutar desta beleza na

Natureza que são as palmeiras.

ESPAÇOS VERDES E NATUREZA, AMIGOS DOS SERES HUMANOS

Família de Bruno Jesus

Fevereiro 2011

Este texto recebeu um Menção Honrosa da Turma C do 7º ano

Page 4: Escrita em Família 1

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ESCRITA EM FAMÍLIA – LÍNGUA PORTUGUESA / ÁREA DE PROJETO

PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011

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UMA PASSAGEM

Um dia fui a um jardim; então, uma rapariga chegou, sentou-se no outro banco de

madeira. Havia um gato que a acompanhava e lhe roçava com o pêlo pelas pernas. Era no

fim da tarde, arrefecia ainda mais… A noite não tardava a cair.

Vi um rapaz a aproximar-se; tinha mais ou menos a mesma idade da rapariga, ou

talvez um pouco mais velho. Sentou-se ao lado dela. Estava muito frio, tinham as mãos

dadas, estavam enamorados e pareceram não me ver.

Os pássaros estavam de regresso às árvores, barulhentos. Continuava a não saber

bem que árvores eram aquelas, mas não me surpreendia se fossem ciprestes, pois eram

muito altas e delgadas.

Num jardim, passa-se muito bem o tempo. É saudável, respira-se ar puro das plantas

e árvores. Traz recordações bonitas. Todos devemos fazer uma pausa nas nossas vidas e ir

ao jardim.

Família de Bruno Ramos

Fevereiro 2011

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ESCRITA EM FAMÍLIA – LÍNGUA PORTUGUESA / ÁREA DE PROJETO

PROFESSORA EVA ANTUNES – 7ºC – ANO LETIVO 2010/2011

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SONHOS

Sonhar fez parte do pensamento humano. É uma forma que o homem encontra de

imaginar o seu futuro.

Já dizia o poeta, «o sonho comanda a vida», porque nos impele para a frente e nos

leva a lutar pela construção do amanhã. Martin Luther King, famoso activista dos direitos

humanos dizia «I have a dream» e sonhava com um mundo sem racismo, no qual negros e

brancos pudessem viver em paz.

Todas as grandes descobertas científicas partiram de sonhos, de outras maneiras de

ver a realidade e da procura de respostas para essa realidade.

E eu? E tu? E nós? O que sonhamos? Quais são os nossos sonhos?

Eu sonho com um mundo em que todos os seres humanos possam ser livres,

respeitados e não tenham medo de expressar as suas ideias. Sonho com um mundo onde

ninguém passe fome, todos tenham emprego digno e que possam viver em paz, sem

guerras, sem medos, sem prisões. Um mundo em que os animais sejam tratados com

respeito para que possam partilhar connosco este maravilhoso planeta que é a Terra. Um

mundo em que se entenda que os recursos deste planeta não são inesgotáveis e que, por

isso, a água, a terra, o ar e tudo o que é essencial à vida deve ser defendido. Um mundo

que entenda que os valores principais a defender são a vida, o amor, a liberdade, o respeito,

a solidariedade…

Um mundo em que sobretudo os jovens entendam que o principal valor não é o

dinheiro, que o ódio só traz destruição, que o planeta Terra é a nossa única morada no

Universo inteiro, que é possível conviver e aceitar pessoas diferentes, que os animais são

nossos amigos, que é possível o amor…

Se isto acontecer, que mundo maravilhoso poderemos criar!

Queres juntar-te ao meu sonho?

Família de Carolina Ruivinho

Fevereiro 2011

Este texto recebeu um Menção Honrosa da Turma C do 7º ano

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EU AINDA ME LEMBRO

Eu ainda me lembro, ainda,

Quando morava lá no monte,

A minha mãe ia lavar,

E eu tinha que ir à fonte.

A minha mãe ia lavar,

Deixava a roupa branquinha,

Primeiro lavava a dela,

Depois lavava a minha.

Tinha que ter muito cuidado,

Para não ficar amarela,

Ela lavava a minha

Depois de lavar a dela.

Família de Catarina Ricardo

Fevereiro 2011

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LENDA DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ

D. Fuas Roupinho, Cavaleiro destemido e almirante da armada portuguesa no tempo

de D. Afonso Henriques, era um grande devoto da Nossa Senhora da Nazaré. Talvez porque

fosse sensível ao facto daquela imagem ter vindo da terra onde viveu Jesus e em

circunstâncias misteriosas.

Um dia, quando D. Fuas ia em perseguição dum veado numa manhã de forte

nevoeiro, sucedeu que, com o entusiasmo de alcançar o animal, não se percebeu que, por

trás duns rochedos altaneiros, se ocultava o mar impetuoso.

E avançou sempre até que deixou de ver o veado e sentiu, então, que ia precipitar-se

também no abismo.

Naquele instante de aflição, cheio de fé, pediu a Nossa Senhora que lhe valesse.

Então, o cavalo estancou e, com as patas dianteiras levantadas já fora penedia, conseguiu

equilibrar-se e não cair no enorme precipício.

E ainda hoje vêem marcadas nas rochas as ferraduras de cavalo de D. Fuas

Roupinho e na capelinha lá está Nossa Senhora da Nazaré a receber a veneração dos que

crêem e não esquecem o milagre.

Família de David Pinheiro

Fevereiro 2011

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SONHEI… Estamos em pleno Inverno, faz frio e o tempo convida ao aconchego do lar, o céu

ameaça cair. Um relâmpago risca o espaço, seguido de um estrondoso trovão. Depois

outros relâmpagos e outros relâmpagos se sucederam com pequenos intervalos. E rompeu

a chover. De princípio, gotas grandes e solitárias. Depois, em corda, que até parecia um

dilúvio. E mais uns relâmpagos, mais uns trovões e abrem-se as cataratas do céu.

A noite chegou e, com toda esta revolta da natureza, adormeço no sofá junto à lareira,

escutando e olhando o lume brando e, não sei como, sou levada para um sítio fantástico.

Sou a Rainha dos Céus e vivo do outro lado do arco-íris onde existe um mundo

encantado de cores e onde todos os sonhos se realizam. É a Terra Mágica onde vivem as

fadas do arco-íris; cada uma tem um dom mágico, uma nota musical e um dia da semana e,

em cada dia da semana, eu vivo numa cor diferente. Apesar de preferir morar no cor-de-

rosa, que é a cor da fada dos sonhos, é ela que nos faz sonhar coisas mágicas, também

gosto de experimentar as outras cores e adoro ver tudo do céu para baixo, as casas, as

pessoas… e as nuvens são tão fofinhas, bonitas e brincalhonas, rebolam umas nas outras,

riem à gargalhada e são muito divertidas. Mas há uma que é muito minha amiga, muito doce

e carinhosa. Chamo-lhe Algodão Doce; às vezes, ela gosta de pingar, outras vezes chove

sobre a terra para regar as plantas, para ajudar os passarinhos a tomar o seu banho

semanal…

Certa noite, Algodão Doce adormeceu e quando acordou estava deitada em cima da

relva verdinha de um jardim e não viu ninguém da sua família. O seu coração batia com

muita força. O que lhe iria acontecer?

Então, assustada, acordei sem saber o que iria acontecer à minha amiga e então

percebi que, afinal, não era a Rainha dos Céus… tudo não passara de um sonho…

Lá fora, a tempestade amainara, o lume estava apagado e as brasas reduzidas a

cinzas. O sono convida ao descanso e eu vou para a cama dormir.

Família de Gonçalo Matos

Fevereiro 2011

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A LUA, O SOL, A TERRA E A ÁGUA

A lua minga a lua cresce

O sol baixa e levanta

A terra consome e cria

A água rega a planta

A lua tem intervenção A terra tem grande poder

Com o grande poder do mar Tudo da terra e gerado

No seu crescer e mingar Tudo em terra é transformado

Faz ela chuva ou trovão Depois da vida perder

O tempo faz transformação O que ela quer é comer

Quando ela cheia aparece Essa grande fantasia

Toda fêmea padece Debaixo da terra fria

Da lua alguns instantes E quando se acaba o mal

Sabem muitos habitantes Vegetal ou animal

A lua minga a lua cresce A terra consome cria

O sol é a luz do mundo São duas irmãs Canárias

Gira lá no seu espaço A terra e a água correndo

Com grande desembaraço Dão ser ao que é vidente

Não para nem um segundo Mar e terra ainda mais

Vai ao pino e vem ao fundo A terra tem minerais

Quando o passarinho canta Que muita gente se encanta

A essa distância tanta Por essa fortuna tanta

Brilha o seu esplendor A terra tem mais riqueza

Pelo divino autor Pelo ser da natureza

O sol baixa e levanta A água rega a planta

Fevereiro 2011

Família de Inês Freitas

Este texto recebeu o Terceiro Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano

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No brilho do fogo que ardia na lareira,

numa noite em que os pingos de Chuva e o frio

chamavam a família para a roda do lume

que aquecia o coração,

e as mãos desfolhavam o sonho

lido naquela poesia ,

escrita em papel escuro de outros tempos.

O inverno cinzento não foi capaz de tirar a vida

que a tinta indelével de uma caneta

deixou escrita em palavras escutadas ,

no encantamento deslumbrado

da nuvem de fumo que ascendia suave pela chaminé.

Família de Maria Coelho

Fevereiro 2011

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A ADOLESCENTE

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Há muito tempo numa aldeiazinha

Vivia uma família pobre

Com uma pequena menininha

Que nasceu com sorte

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Na casa não havia nada

Para sua grande tristeza

Mas como estava indignada

Sua luta era sua riqueza

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Com o tempo a passar

Sua luta foi em vão

Com o pouco para dar

À menina foi a decisão

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Da fome que havia

A grande tristeza chegou

Seus pais já não a ouviam

Pois sozinha ficou

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Da tristeza à solidão

Pelas ruas ela andou

Não houve uma mão

Que das ruas a amparou

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A mendigar pelas ruas

Sua fome foi acalmando

Mas o desejo de brincar

Foi ficando grande

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Sentada no passeio da estrada

Ouviu pequenas gargalhadas

Devagar com o seu estilo calada

Espreitou as formosas criançadas

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Tentou aproximar-se

E vendo os seus rostos

A criança do olhar

Ficou logo de rastos

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No grupo, uma das crianças,

O mais velho reparou

Olhou para ela “descansa”

E com as outras se zangou

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Querendo ajudar

Pediu desculpas com razão

E ficaram a falar

Crescendo a amizade do coração

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Sem poderem reparar

Momentos se repetiram

Mas um deles a estudar

As meninas o viram

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E espantada com as figuras

Interrogou o rapaz

Dizendo ele que eram leituras

E que ele era capaz

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Espantado com a reacção

Perguntou-lhe se não conhecia

A menina disse”não”

Conhecer ela queria!

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Tentando ajudar

Sentou-se a seu lado

E sem tão pouco pensar

Ficou bem admirado

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Cada dia que passava

Ficou aquela amizade

Todos os dias lhe ensinava

O que tinham combinado

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Tudo iria bem

Até seus pais saberem

Sem saber por quem

Eles voltavam a desobedecer

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Pois seus pais eram contra

Esse encontro escondido

Mas não levando em conta

O que a ela tinha sucedido

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Com aquilo que aprendeu

E alguma proibição

A vontade dele venceu

E descobriu a solução

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Com o que aconteceu

E os desgostos da vida

O rapaz cresceu

Proibição ficou esquecida

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Afinal já eram adultos

Sabendo o que faziam

Pois já não eram os putos

Novos sentimentos nasciam

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No coração de um adolescente

Onde morou a amizade

Era outro sentimento

Era amor de verdade

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Mas o pior ainda não via

O consentimento dos pais

Era hoje aquele dia

Que ele iria ouvir mais

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Os pais preconceituosos

A ela queriam afastar

Com o seu filho eram cautelosos

Não queriam arriscar.

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Dizem para seu rapaz

Que ela não vale nada

Pois nem nome traz

Nem foi baptizada

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Isso depressa foi procurar

Pois a verdade quis saber

Os parentes dela tentou achar

Para seu amor não sofrer

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A verdade soubera

Quando a família dela achou

Os pais dela fizeram

Porque o amor ele encontrou

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Com o que ficou contado

Os pais dele logo mudaram

O amor deles foi aprovado

E o casamento se realizou

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O nome dela e Felisbela

E o nome dele Luís

Com uma casa bela

Viveram muito felizes

Família de Marina Girão

Fevereiro de 2011

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O MISTÉRIO DO HOMEM QUE VIVIA SOZINHO

Era uma vez um homem que vivia só. Era triste vê-lo tantas vezes

sozinho. Um casal mudou-se para a casa do lado e até pensaram que na casa

ao lado deles não morava ninguém… mas a casa estava sempre tão iluminada

e tão limpa que eles foram falar com os outros vizinhos:

- Mora alguém naquela casa, vizinho?

- Sim, mora… mas é alguém que não tem amigos nenhuns e vive

sozinho. Por isso ele nunca sai à rua!

Foi sendo assim o dia todo e os vizinhos diziam-lhes sempre o mesmo!

Mas um dia, tudo mudou… o homem morreu! Todos os vizinhos ficaram com

pena, pois nunca tinham tido tempo para o conhecerem melhor.

Apareceu uma empresa de venda de casas e afixou um anúncio a dizer

VENDE-SE. Todas as pessoas que moravam ali ao pé começaram a comentar:

- Ai! O homem morreu e eu não tive tempo de o conhecer!

- Ai que casa tão bonita para se comprar...

Passado muito tempo, ninguém comprava a casa. Começavam mesmo

a pensar que ninguém a iria comprar. Mas depois de alguns dias, chegaram

uns pretendentes. Interessaram-se por ela e compraram-na.

No dia das mudanças, começaram a ouvir umas vozes estranhas vindas

do antigo quarto do homem. Pensaram que podia ser só o vento mas, quando

as mudanças terminaram, começou a ouvir-se a misteriosa voz outra vez. A

voz dizia:

- Por favor… eu nunca tive amigos… - ouvia-se com aquele ar

fantasmagórico que faz com que não se perceba quase nada.

Mesmo assim, não deram muita importância, pois pensaram que era o

vento outra vez. No entanto, a misteriosa voz soou outra vez e a dizer:

Este texto recebeu o Segundo Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano

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- Por favor, eu nunca tive amigos… Ajudem-me!

Daquela vez eles ouviram e, assustados, telefonaram para a polícia. A

polícia chegou e perguntou-lhes:

- O que se passou? Vocês pareciam muito assustados ao telefone e nós

chegamos aqui e não vemos qual é o… - A frase foi interrompida pela voz

misteriosa outra vez:

- Por favor, eu nunca tive amigos… Ajudem-me!

Os polícias, ao ouvir a voz, perceberam que algo se passava. Falaram

com os vizinhos e eles confirmaram que era a voz do homem. As pessoas que

tinham ido morar para lá, assustadas, foram-se embora e o casal que vivia ao

lado da casa teve uma ideia: construir um infantário!!

Partilharam a ideia com os outros vizinhos e eles concordaram. Até

disseram que os ajudavam! Quando puseram a casa à venda, o casal e os

vizinhos compraram a casa e começou-se a ouvir-se a voz outra vez:

- Mesmo sabendo que eu ainda estou aqui vão abrir um infantário?

-Sim. - responderam os vizinhos animados, olhando para o ar, como se

vissem o homem.

- Obrigado a todos. - respondeu a vez comovida.

Começaram a chegar e a chegar mais e mais crianças ao infantário. O

homem, assim, já tinha amigos com quem falar – as crianças e os vizinhos. E,

a partir daí, nunca mais ninguém teve medo daquela voz que sabiam ser do

antigo vizinho, agora amigo de todos!

Família de Pedro Jesus

Fevereiro 2011

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A A Z DE FEVEREIRO

Abençoado Fevereiro

Bacia já pronta

Cada moeda a cair

Devagar e sem conta

Em grande excitação

Fermento não falta

Granizo cai aos montes

Hidratando a malta

Imaginação renasce

Jardim floresce

Levantando a brisa

Mantendo o este

No frio do Fevereiro

Oscila o vento

Perante a mudança

Quanto é o lamento

Recriando o sonho

Seguindo sempre em frente

Tomando precauções

Unindo toda a gente

Vitória alcançando

Xerez bebendo

Zarpando para a Primavera

COM ABUNDÂNCIA COMENDO

Família de Rafaela Jesus

Fevereiro de 2011

Este texto recebeu o Terceiro Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano

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COISAS DA VIDA

É a chegada de um lindo dia

Que começa por simples coisas

É o desabrochar de uma flor aqui,

Outra acolá,

É o movimento constante da vida

Que nos faz continuar

É um sonho que se realiza,

E outro que fica para trás

É a família, é a amizade

É o amor que nos rodeia.

Da tristeza, não vale a pena falar;

O que o futuro nos reserva

Não sabemos

Mas o passado já vivemos

Porém, o presente vamos construindo.

Família de Rute Boiças

Este texto recebeu o Primeiro Lugar de Fevereiro, da Turma C do 7º ano

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MARÇO E A PRIMAVERA

Venho, por este meio, falar-vos da primavera, estação do ano muito

alegre e expressiva, tanto para as pessoas como para a natureza.

Nesta época, as pessoas ficam mais alegres, os dias mais quentes, as

árvores e as plantas florescem, sorriem e, ao mesmo tempo, crescem!

A primavera é, de facto, uma estação do ano muito necessária. Depois

dos dias tristes e chuvosos do inverno, avançamos para dias bem melhores e

radiantes.

Os animais despertam o seu instinto, desfrutam da natureza e criam

laços de amizade com os humanos.

É realmente agradável viver assim, com serenidade e harmonia entre

todos os seres. Todos devemos poder viver dias felizes e sermos generosos

com o que a primavera nos oferece, um dia de cada vez…

Viva a primavera, viva março, viva a alegria!

Família de Bruno Jesus

Março 2011

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PRIMAVERA

Meu filho, a mãe adora as quatro estações do ano, mas a que mais me

encanta, é a primavera. Talvez tenha tudo a ver, por eu ter nascido nessa

estação colorida.

Quando pequena, eu já gostava de flores, ficava horas e horas no

quintal da minha casa, esperando um botão desabrochar. Minha avó, tua

bisavó, tinha um amor muito grande por pássaros e flores e o seu jardim era a

coisa mais linda de se ver.

Eu passava quase a manhã toda sentada, estudando e admirando,

aquelas lindas rosas de todos os tamanhos e cores.

Todas as manhãs, um abelharuco me encantava com o seu canto

harmonioso. Ele cantava alto e parecia querer dizer alguma coisa. Dava aquele

voo muito rápido, escolhia a flor e alimentava-se do seu néctar.

Minha avó, às vezes, chamava-o de chupa-mel, chupa-flor, mas eu só

gostava do nome abelharuco, acho que devido à Primavera.

Esta estação envolve-nos em desejos, pois o céu fica mais lindo com a

sua cor azul. E nós, encaminhando-nos para locais pitorescos para apreciar o

pôr-do-sol, onde tudo é cor, tudo é alegria, com a sua chegada. Ai, a

Primavera…!

Família de Bruno Ramos

Março 2011

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RENASCER …

Renascer significa tornar a nascer. Será possível tornar a nascer?

Quando renascemos?

Renasce a natureza que se renova em cada estação do ano.

Ciclicamente, de forma regular e contínua, a natureza transforma-se, morrendo

e renascendo com força. Nunca quebrando. Nunca desistindo. Apesar de todas

as agressões que sofre e contra todas as adversidades, resiste!

E o ser humano? Será que renascemos? Será que nos renovamos ou

permanecemos imutáveis?

Renascemos sempre que vencemos um desafio, pois tornamo-nos mais

fortes e conscientes da nossa força.

Renascemos quando conseguimos dizer NÃO sempre que alguns nos

forcem a dizer sim, em situações que achamos não estar correctas. Podemos

ficar sozinhos, mas se agirmos de acordo com a nossa consciência, sentir-nos-

emos melhor.

É uma forma de renascimento quando vencemos os nossos medos,

quando assumimos desafios, quando ajudamos os outros, quando nos

esquecemos de nós para dar a mão a um amigo.

Esta forma de renascer torna-nos mais fortes, porque quebramos o que

existia em nós e construímos algo novo.

Renascer é viver, é nascer outra vez, é progredir, é construir novos

caminhos dentro de nós, é quebrar as amarras que nos prendem e nos

impedem de ir mais longe.

Renascemos quando nos tornamos pessoas melhores, quando

corrigimos os nossos erros, quando pedimos perdão se magoamos alguém,

quando sofremos com os males dos outros, quando colocamos sorrisos nos

lábios de alguém, quando trabalhamos e lutamos pelo que desejamos.

A Humanidade precisa de nascer e renascer muitas vezes, a caminho da

evolução.

Família de Carolina Ruivinho

Março de 2011

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POESIA DA AVÓ

Oh querida tem paciência

Oh querida não seja assim

Não quero que te vás embora

Anda cá para ao pé de mim

Não dês cabo do meu coração

Pois o coração também chora

Anda cá para ao pé de mim

Pois não quero que te vás embora.

Família de Catarina Ricardo

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O BURRO INTELIGENTE

Na quinta da minha vizinha

Havia lá um burrinho

Também havia uma vaquinha

O burro chamava-se Pardinho.

A vaca era Liberdade

O burro com ela vivia

Eram amigos de verdade

O burro para vaca sorria.

Era um burro inteligente

De tudo queria aprender

A vaca estava contente

De o burro com ela viver.

Se a vaca lhe doía a barriga

Ou se andava de rabo no ar

O burro arranjava a mezinha

Começava logo a zurrar.

A vaca esteve doente

Tão mal que não comia

O burro perguntou-lhe o que sente.

Mas a vaca não respondia

A vaca estava tão mal

O burro estava a chorar

Pobre burro sentimental

Já não queria mais zurrar

A vaca depois melhorou

O burro ficou contente

O burro depois pensou

Sou burro! Mas inteligente!!!

Família de Gonçalo Matos

Março 2011

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A FAMÍLIA

É bom ter família e poder viver com ela em união. Viver em família faz com que as

alegrias sejam realçadas e as tristezas atenuadas.

Depois de um dia de trabalho e ausente, sabe bem chegar a casa e ver o sorriso de

cada elemento, partilhar com eles as vivências desse dia e recarregar as baterias para o que

vem a seguir.

O bem ou o mau estar de um membro da família contagia os outros e ambos têm o

dever de tudo fazer para que os problemas sejam superados.

Resolver um problema sozinho é difícil, em união é mais fácil. As pessoas sem

família, as quais vivem na solidão, têm mais dificuldade em lidar com os problemas que vão

surgindo. Em família, todos dão a sua opinião de modo a chegar a uma conclusão.

É bom ter Família!

Família de Luís Duarte

Março 2011