arte e cultura i me miolo_novo2

138
Presidência da República Secretaria-Geral Secretaria Nacional de Juventude Coordenação Nacional do ProJovem Urbano Coleção Projovem Urbano Arco Ocupacional Arte e Cultura I Manual do Educador Programa Nacional de Inclusão de Jovens 2008 URBANO

Upload: jujuidrani

Post on 20-Jan-2016

43 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Presidência da RepúblicaSecretaria-Geral

Secretaria Nacional de Juventude

Coordenação Nacional do ProJovem Urbano

Coleção Projovem Urbano

Arco Ocupacional

Arte e Cultura I

Manual do Educador

Programa Nacional de Inclusão de Jovens

2008

URBANO

Page 2: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS (ProJovem Urbano)

Ficha Catalográfica

Arco Ocupacional Arte e Cultura I : manual do educador / coordenação, Laboratório Trabalho & Formação / COPPE - UFRJ / elaboração, Fundação Talita. Reimpressão.

Brasília : Ministério do Trabalho e Emprego, 2008. 136p.:il. — (Coleção ProJovem – Arco Ocupacional)

1. Ensino de tecnologia. 2. Reconversão do trabalho. 3. Qualificaçãopara o trabalho. I. Ministério do Trabalho e Emprego. II . Série.

CDD - 607T675

Page 3: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Vice-Presidente da RepúblicaJosé Alencar Gomes da Silva

Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaLuiz Soares Dulci

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à FomePatrus Ananias

Ministério da EducaçãoFernando Haddad

Ministério do Trabalho e EmpregoCarlos Lupi

Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaMinistro de Estado Chefe Luiz Soares Dulci

Secretaria-ExecutivaSecretário-Executivo Antonio Roberto Lambertucci

Secretaria Nacional de JuventudeSecretário Luiz Roberto de Souza Cury

Coordenação Nacional do Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem Urbano

Coordenadora Nacional Maria José Vieira Féres

Page 4: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Coleção ProJovem Urbano

Coordenação Nacional do ProJovem Urbano – Assessoria PedagógicaMaria Adélia Nunes Figueiredo

Cláudia Veloso Torres GuimarãesLuana Pimenta de Andrada

Jazon Macêdo

Ministério do Trabalho e Emprego Ezequiel Sousa do NascimentoMarcelo Aguiar dos Santos SáEdimar Sena Oliveira Júnior

Revisores de Conteúdo / PedagogiaLeila Cristini Ribeiro Cavalcanti (Coppetec)

Marilene Xavier dos Santos (Coppetec)

Arco OcupacionalUniversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia - COPPEPrograma de Engenharia de Produção - PEP

Laboratório Trabalho & Formação - LT&FCentro de Formação Talita

Coordenação dos Arcos OcupacionaisFabio Luiz Zamberlan

Sandro Rogério do Nascimento

AUTORESElaboração

Centro de Formação Talita

Coordenação e elaboraçãoMargarida Serrão (Geral)

Maria Teresa Ramos da Silva (Técnica)Teresa Oliveira (Artística)

Pesquisa e elaboraçãoFernanda Paquelet (Produção Cultural)

Marcelo Praddo (Teatro)Euro Pires (Cenotecnia e Figurino)

Cláudio Manoel Duarte de Souza (DJ/MC)Mariana Serrão (Assistente de Produção)

Projeto Gráfico de Referência (miolo/capa)Lúcia Lopes

Projeto Gráfico e Editoração EletrônicaVirginia Yoemi Fujiwara

Montagem Fotos CapaEduardo Ribeiro Lopes

RevisãoMaria de Lourdes Ribeiro

AgradecimentosDJ Môpa, DJ Arlequim

Page 5: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Caro(a) Educador(a) de Qualificação Profissional,

Construímos este Manual do Educador para subsidiar a

sua função docente no Arco Ocupacional e ampliar as possi-

bilidades de aplicação das atividades sugeridas para o aluno

no Guia de Estudo.

Prepare-se a cada dia para novas experiências e novas

aprendizagens nas trocas com seus alunos e alunas.

Considere cada um em particular, valorizando a sua parti-

cipação, incentivando a sua contribuição para o grupo e reco-

nhecendo a sua própria aprendizagem.

As dificuldades podem ser superadas com diálogo, aten-

ção, carinho e paciência. Lembre-se de que, na maioria, estes

jovens estiveram fora da escola por algum tempo.

A condução dos trabalhos está em suas mãos, mas será

impossível sem a participação ativa dos alunos, como pro-

tagonistas de sua história, transformando as expectativas de

vida em direção à inclusão no mundo do trabalho e buscando

a construção coletiva de uma sociedade democrática.

A colaboração, participação nas atividades de planejamen-

to, e troca de experiências com toda a equipe do ProJovem

Page 6: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Urbano – Coordenadores Locais/Diretores de Pólo, Professores

Especialistas/Orientadores e Educadores de Participação Ci-

dadã – é fundamental na integração interdimensional e inter-

disciplinar para a desenvolvimento do currículo.

Boas Aulas!

Page 7: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Arco Ocupacional

Arte e Cultura I

Page 8: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2
Page 9: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 1 – ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

CULTURAL 09

1.1 Introdução à arte e cultura 11

1.2 Conceito de produção 14

1.3 Organização para a produção 15

1.4 Projeto de produção cultural 18

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 2 – ELEMENTOS DO TEATRO 25

2.1 Interpretação teatral 27

2.2 Capacidades expressivas e criativas do intérprete 39

2.3 Construção do personagem 46

2.4 Montagem e apresentação de cena teatral 52

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 3 – AUXILIAR DE CENOTECNIA 62

3.1 Projeto cenográfico 64

3;2 Criação, construção e adaptação do cenário 70

3.3 Técnicas básicas de carpintaria e revestimento 71

3.4 Organização, detalhamento e montagem do cenário 73

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 4 – ASSISTENTE DE FIGURINO 76

4.1 Noções introdutórias sobre figurino 77

4.2 Processo de criação do figurino 79

4.3 Planejamento e organização no trabalho de figurino 81

4.4 Aplicação dos conceitos a um figurino específico 82

4.5 Soluções práticas e recursos disponíveis 83

Page 10: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 5 - DJ/MC 87

5.1. Música e tecnologia 89

5.2. Introdução ao universo DJ 93

5.3. Equipamentos 97

5.4. Técnicas básicas e mixagem 101

5.5. O mundo do trabalho 105

5.6. MC e o Rap 109

GLOSSÁRIO 000

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 000

Page 11: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Produzir cultura e arte constitui um ato tríplice de criar, elaborar, realizar. Criar

no sentido de dar expressão ao que antes não existia; elaborar, na medida em queesta criação nascente precisa ser preparada e melhorada gradualmente, através dotrabalho; realizar enquanto necessidade de que este processo culmine no resultadovisível, que concretize o processo de criação e elaboração. A produção cultural é aatividade que dá sustentação às demais ocupações contidas nesse arco. Consiste noato de planejamento e organização do trabalho do auxiliar de cenotecnia, do assis-tente de figurino e do DJ/MC e, ao mesmo tempo, da atividade conjunta destasfunções e quaisquer outras no campo artístico. O ato de produzir é inerente aonosso dia-a-dia, mas para produzir cultura na direção desejada é preciso estruturareste ato cotidiano na forma de um projeto específico. É neste projeto de produçãocultural que está a possibilidade real de concretização da idéia criativa e o aprendi-zado de sua elaboração consiste no coração desta ocupação. O tópico estáestruturado em quatro temas: o entendimento do que é cultura e arte; a construçãodo conceito de produção cultural; a discussão sobre o processo de organização daprodução; e a elaboração do projeto de produção cultural propriamente dita. Estaestrutura pode ser visualizada no quadro abaixo.

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 1ASSISTENTE DE PRODUÇÃO CULTURAL

Subtópicos Objetivos Conteúdos Atividade Horas

1.1 Introdução Possibilitar o reconhecimento e a ❚ Diversidade cultural; O1 a 21 15à arte e cultura avaliação do contexto cultural ❚ Conceito de cultura;

em que os alunos estão inseridos, ❚ Conceito de arte;permitindo o resgate de suas ❚ Relação entre cultura e arteorigens e a identificação dos ❚ Reconhecimento daaspectos positivos que cultura local.constituem o ser brasileiro.

1.2 Conceito Desenvolver a idéia de produção ❚ Conceito de produção; 22 a 33 09de produção como processo que envolve tanto ❚ Palavras chaves para a

a capacidade criativa quanto produção;trabalho/esforço resultando num ❚ Conceito de organização.produto (resultado visível).

1.3 Organização Perceber a importância de ❚ Exercícios de concentração; 34 a 44 09para a produção estruturar sequências de ações, ❚ Redação dissertativa;

de relacionar as partes e o todo ❚ Levantamento dos passosde articular as diferentes partes necessários para aentre si. organização de um evento.

1.4 Projeto ❚ Desenvolver o raciocínio estratégico; ❚ Profissões ligadas à produção❚ Reconhecer a importância do cultural; 45 a 61 17

de produção planejamento como forma de ❚ Construção de um cronograma;cultural organizar o pensamento e reduzir ❚ Elementos do orçamento;

erros de implementação da ❚ Impostos;atividade cultural; ❚ Recursos humanos, materiais,❚ Construir um projeto de financeiros e tecnológicos;produção cultural. ❚ Divulgação de um projeto.

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

1

Page 12: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

10

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

A metodologia proposta para a introdução dos conteúdos sugere uma série dedinâmicas, jogos e discussões em subgrupos, de forma a estimular, simultaneamen-te, a participação dos alunos e a vivência destes com as temáticas propostas. Estalógica de desenvolvimento metodológico procura respeitar as características dopróprio arco, que diz respeito ao enfoque criativo e dinâmico da produção culturale ao caráter coletivo do mesmo.

No desenvolvimento destes conteúdos, é importante estar atento à idéia de que acultura transcende o projeto cultural e que ela acontece na interação criativa dosindivíduos com seu meio.

A produção cultural e artística não deve, também, ser reduzida à condição de mer-cadoria. Muitas pessoas trabalham em outras ocupações diversas, mas desenvol-vem, em seus horários livres, atividades artísticas e culturais apenas com a finalida-de de se expressar, criar, se divertir e manter uma tradição.

No escopo deste arco, no entanto, a produção cultural está sendo pensada comoocupação (assistente de produção cultural), com finalidade de gerar renda paraquem a exerce. Nessa perspectiva é importante explorar com os alunos alguns as-pectos:

a) Deve-se desmistificar para os alunos a idéia de que só se pode desenvolver umaação cultural se houver patrocínio ou financiamento. Há outras formas de parce-rias possíveis.

b)A realização do evento ou atividade cultural que será produzida pelos alunosenvolve recursos, mas este não deve criar uma dependência em relação ao finan-ciamento. O grupo que produz é o sujeito do processo; a recusa de um financia-mento não deverá decidir o destino da atividade.Em termos metodológicos, alguns cuidados devem ser levados em conta:❚ Os conceitos devem ser formulados pelos alunos antes de uma formulaçãofinal por parte do professor. Isto possibilita identificar o nível de entendimentoe apropriação que os alunos trazem em relação ao tema e possibilita, através dadesconstrução do saber já adquirido, a apropriação de novos conhecimentos.❚ Os alunos devem ser estimulados em sua capacidade criativa. Isto exige doprofessor uma atitude de não julgamento e de destaque dos pontos positivos daprodução de cada um.❚ É importante relacionar cada conteúdo novo aos conteúdos já vistos, recapitu-lando as aulas anteriores, para que o conhecimento vá se fixando gradualmente.❚ As letras de música e os poemas devem ser trabalhados em sala. Se houveracesso aos equipamentos, é interessante cantá-las e depois analisar as letras. Ascanções e poesias, assim como as dinâmicas e jogos propostos, devem ser asso-ciados ao conteúdo da produção cultural que estiver sendo trabalhado.❚ É importante passar nos subgrupos para observar dúvidas e estruturas deraciocínio que apareçam no desenrolar da tarefa. Estas observações podem serexploradas na plenária, pois muitas vezes os alunos não as revelam no coletivo.❚ Os alunos aprendem mais facilmente quando compreendem o objetivo da ati-vidade e quando a explicação parte de algo mais próximo do universo deles. O

Page 13: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

11

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

professor deve trazer exemplos da realidade do próprio grupo. Algumas suges-tões podem ser encontradas ao longo deste manual.

c) É fundamental que os alunos percebam a importância da escrita no processo deprodução cultural. Um projeto bem escrito não garante sua aprovação, mas umprojeto mal escrito o elimina. O registro constante das atividades no Guia deEstudo deve ser estimulado.

d)A atividade cultural não é uma atividade solitária.Você deve estar atento a comoeste aprendizado se desenrola na turma.

1.1 – INTRODUÇÃO À ARTE E CULTURA

As raízes culturais constituem a base de um povo. São elas que impulsionam odesenvolvimento pessoal e social de um indivíduo. Saber-se parte de uma seqüên-cia histórico-temporal dá a sustentação necessária para que os processos de mu-dança e transformação sigam seu curso sem que se perca a identidade.

Assim como o indivíduo é a expressão da sua história familiar, a cultura é a expres-são das lutas e da história de um povo.

O objetivo desse subtópico é possibilitar aos alunos o reconhecimento e a valori-zação do contexto cultural em que estão inseridos, permitindo o resgate de suasorigens e a identificação dos aspectos positivos que constituem o ser brasileiro.

Há pontos que merecem destaque no desenvolvimento das atividades e a condu-ção das mesmas deve valorizar e favorecer as seguintes reflexões:

❚ As diferenças entre culturas, histórias, indivíduos, comunidades, etc, não devemsofrer juízo de valor que as classifiquem em melhores ou piores, superiores ouinferiores, boas ou más, bonitas ou feias e assim por diante. Diferenças enrique-cem as relações e as trocas entre pessoas, grupos, comunidades, culturas.

❚ A história de cada um não é um processo isolado. Pelo contrário, a nossa históriacomeça na de nossos pais, avós, antepassados, se estende pela de nossos contem-porâneos e se perpetua na de nossos descendentes.

❚ Arte e cultura não são a mesma coisa. A cultura constitui o modo de vida de umdeterminado grupo social. É, portanto, algo coletivo. A arte é uma criação indi-vidual, a forma única como o artista sente e interpreta aspectos do modo de vidade seu grupo.

❚ Não existe uma definição consensual de arte, mas deve ser ressaltado o seu cará-ter de originalidade, unicidade e expressão de sentimentos. Arte não diz respeitoà beleza, pois o conceito de belo varia segundo o padrão de quem vê. Assimcomo as emoções podem ser boas ou ruins, a obra de arte pode expressar senti-mentos diversos e não necessariamente imagens belas.

Page 14: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

12

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Para desenvolver este subtópico é importante que você, professor,esteja disponí-vel para aceitar as diversas interpretações que serão trazidas pelos alunos duranteas aulas. Esta abertura é fundamental para estabelecer uma atmosfera de liberdadeque favorece os processos criativos. Da mesma forma, é fundamental que vocêconheça a cultura da comunidade em que esta trabalhando, da cidade onde mora,do país em que vive.

Vamos acompanhá-lo (a), atividade por atividade no Guia de Estudo, sugerindoalternativas, reforçando pontos, indicando referências, destacando necessidades....Bom trabalho!

APRESENTAÇÃOLeia junto com os alunos, escolhendo uma das alternativas sugeridas abaixo oualguma outra que você já tenha vivenciado.Sugestão: Pedir voluntários e dividir o texto; assumir a leitura, pedindo que elesacompanhem silenciosamente; começar a ler e a cada parágrafo ser substituído (a)por um voluntário que assume a continuação da leitura espontânea. Após a leitura, conclua dizendo que as idéias contidas no texto serão desenvolvidas ao longo doArco Arte e Cultura.

MÚSICA AQUARELA BRASILEIRAA importância dessa letra é possibilitar o destaque para a diversidade cultural bra-sileira. Converse com seus alunos sobre o que conhecem acerca das expressõesculturais explicadas no texto; sobre os estados brasileiros e seus costumes, eviden-ciando o estado em que o grupo se localiza.

ATIVIDADES 01 E 02Essas duas atividades exploram o entendimento dos alunos sobre cultura. Utilizaro desenho permite que os alunos com dificuldades de escrita tenham oportunidadede expressar-se de outra forma. É importante valorizar a opinião do aluno paraque ele se sinta à vontade no grupo, podendo fazer comentários sem que se preo-cupe com julgamentos e avaliações.

Para realizar a ATIVIDADE 02 divida o grupo em subgrupos de 5 alunos eentregue para cada subgrupo uma folha de flip chart, lápis cera e pilotos. Soli-cite que façam um desenho coletivo a partir dos desenhos individuais realiza-dos na atividade 01. Quando os subgrupos terminarem a atividade, peça queprendam o desenho na parede. Um representante de cada grupo apresenta otrabalho de sua equipe, comentando o processo do subgrupo que resultou nodesenho em questão.

Na conclusão, chamar atenção para o fato de que cultura é toda expressão querepresenta e simboliza a visão que um povo tem de si e do mundo.

Page 15: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

13

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

ATIVIDADE 03Você vai se deparar com diversas interpretações para os quadrinhos. Peça a algunsalunos que compartilhem com o grupo suas interpretações. Entabule uma conver-sa com os alunos de modo a evidenciar alguns pontos:❚ A cultura fornece o ponto de vista através do qual se interpreta o mundo.❚ Existe a tendência a considerar o nosso ponto de vista como o mais correto e o

melhor.

A reflexão conclui a atividade, reforçando o conceito de cultura.

ATIVIDADE 04Nesta atividade, a música e a reflexão correspondente têm como finalidade mos-trar que cada indivíduo é fruto da sua história familiar e comunitária. O mapacultural solicitado é um registro dos vários aspectos que compõem a cultura dacomunidade sob o olhar do aluno. O objetivo desta atividade é valorizar as raízese a identidade local.Música: Eu (Paulo Tatit) – Esta música se encontra no cd Canções Curiosas dacoleção Palavra Cantada.

ATIVIDADE 05O objetivo dessa atividade é trabalhar o conceito de arte e estimular o processocriativo dos alunos. Após a escrita individual, haverá o momento de compartilharas observações. Para a partilha, organize subgrupos a partir da escolha feita emrelação às expressões artísticas apresentadas. Solicite que, após a socialização, umrepresentante de cada subgrupo transmita para todos a interpretação da expressãoescolhida.

ATIVIDADE 06Essa atividade se compõe de 3 momentos. No primeiro, é feita a leitura do textocom discussão. Faça uma provocação, perguntando se tudo o que é cultura é arte epor quê. Chame a atenção para o fato de que a cultura é mais ampla e mantida pelatradição, o que implica em continuidade e permanência enquanto que a arte é única,implica em criação ou recriação.

A reflexão prepara para o desafio a seguir. Neste, você vai trabalhar o processocriativo descrito abaixo:1. Grupo espalhado pela sala, sentado no chão.2. Distribua uma folha inteira de jornal para cada aluno.3. Peça que cada um entre em contato com o material através do tato, olfato e

visão.4. Solicite que fechem os olhos e imaginem um objeto que possam construir com o

jornal.

Page 16: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

14

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

5. Após algum tempo, peça que abram os olhos e dêem forma ao que imaginaram.

Reúna o grupo em círculo e solicite que cada um apresente a sua obra, dandosignificado à mesma.

1.2 - CONCEITO DE PRODUÇÃO

Este subtópico pretende levar o aluno ao conceito de produção, tendo como refe-rência a sua experiência cotidiana. A idéia central que se quer desenvolver é que aprodução é um processo que envolve tanto a capacidade criativa quanto trabalho/esforço e que este processo resulta num produto (resultado visível).

ATIVIDADE 07Aproveite esta atividade para destacar a importância de artistas brasileiros na pin-tura. Fale sobre Djanira, autora do quadro e contextualize-a no movimento cultu-ral do qual participou. Pesquise o assunto antes de realizar a atividade.

ATIVIDADE 08A atividade 08 é preparatória para a subseqüente. Nela você deve comentarcom os alunos o fato de que produzimos o tempo todo, sem saber. Este co-mentário tem como finalidade incentivá-los a extrair do seu cotidiano uma de-finição de produção.

ATIVIDADE 09Todos os verbos apresentados pelos alunos devem ser registrados no quadro edepois associados aos verbos-chave que se quer fixar: criar, elaborar e realizar.Explore esses verbos, associando-os à produção e relacionando-os entre si. Valori-ze o uso do dicionário e explore as definições nele encontradas. Um exemplo quevocê pode utilizar em relação aos verbos-chave é o processo de criação de CarlosDrummond de Andrade, descrito por ele mesmo – a idéia do poema surge, elebrinca com ela e a registra; depois passa um longo tempo trabalhando o texto atéque decide publicá-lo.

ATIVIDADE 10Neste exercício pretende-se fazer com que o aluno perceba que tudo o que eleproduz começa com uma idéia, exige um trabalho e termina com um resulta-

Page 17: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

15

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

do. Pensar todas estas fases do processo significa organização. Você deve pe-dir a um aluno que leia em voz alta o poema que conclui a atividade. Quandoacabar a leitura, solicite aos alunos que digam do que trata o poema. Depoisque todos tenham se manifestado, peça a outro aluno que leia o mesmo poemade baixo para cima. Após esta segunda leitura, pergunte aos alunos do quetrata o poema. Em seguida, pergunte que lições podemos tirar desta experiên-cia. Ao final, você deve comentar que a direção que damos ao que fazemospode levar a resultados diferentes. O processo modifica o produto.

1.3 - ORGANIZAÇÃO PARA A PRODUÇÃO

Neste subtópico, pretende-se auxiliar os alunos no desenvolvimento da organiza-ção mental necessária ao processo de produção. O aluno deve perceber a impor-tância de estruturar a seqüência de ações, de relacionar a parte e o todo, e de articu-lar as diferentes partes entre si. Isso é um trabalho que exige grande esforço deatenção e deverá ser precedido de exercícios corporais e jogos que fortaleçam acapacidade de concentração.

ATIVIDADES 11 E 12O objetivo dessas atividades é possibilitar aos alunos desenvolver a capacida-de de articulação de conceitos e de organização do pensamento. As palavrasapresentadas têm relação com os temas trabalhados até agora. Ao articulá-las,formando frases, os alunos estarão se preparando para o trabalho de redigirsuas idéias de forma mais clara e direta. É permitido utilizar novas palavrasdesde que sirvam para unir as palavras dadas na atividade. O desenho da fraseexercita a articulação do pensamento através de imagens. Dê uma folha de ofí-cio para cada aluno.

Como a estruturação do pensamento exige um esforço grande de concentra-ção, sugerimos que antes de iniciar a ATIVIDADE 11 seja realizado um exercí-cio de respiração. Ao mesmo tempo em que este exercício conecta os alunoscom eles próprios, também fortalece a capacidade de concentrar-se. Por setratar de uma atividade corporal que está sendo realizada pela primeira veznesse arco, é preciso ficar atento (a) a possíveis reações de resistência. É im-portante explicar aos alunos que existe um propósito nesta atividade e que elaservirá de suporte para as atividades subseqüentes; que a partir dessa etapa oprocesso de escrita será iniciado e aprofundado cada vez mais, o que exigeatenção e foco; que exercícios de respiração e consciência corporal têm porfinalidade possibilitar o centramento necessário para a concentração.

Page 18: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

16

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Desenvolvimento da atividade de respiração:

1. Formar duplas. Se houver número ímpar, você fará par com alguém.2. As duplas se espalham pela sala, ficando uma pessoa de frente para a outra, de pé.

3. Pedir que fechem os olhos, concentrem-se e percebam a respiração do colega àsua frente.

4. Solicitar que busquem sintonizar-se com o ritmo da respiração de seu par, evi-tando influenciá-lo ou imitá-lo. A dupla deve encontrar a sua respiração.

5. Ao encontrar o ritmo comum, cada dupla deverá dar-se as mãos.

6. O exercício termina com a sala em silêncio, todas as duplas de mãos dadas,ouvindo-se somente o som das respirações.

7. Pedir que abram os olhos, soltem as mãos e, concentrados, dirijam-se aos seuslugares em silêncio.

Durante a condução da atividade certifique-se de estar sempre fornecendo comsuas palavras imagens mentais que ilustrem a trajetória do ar, o ritmo dos corpos,os movimentos feitos e a fazer, com a finalidade de não deixar longos períodos desilêncio em que os alunos poderiam se dispersar.

ATIVIDADE 13Você deve construir, junto com os alunos, uma redação dissertativa com o temaproposto. Para isso, é necessário que deixe bem claro para o grupo os três momen-tos que compõem uma escrita coerente e organizada: introdução, desenvolvimen-to e conclusão. É preciso verificar se os alunos compreenderam o significado decada uma dessas etapas.Introdução: sua tese, sua teoria, sobre o que você vai escrever.Desenvolvimento: sua antítese, seu raciocínio, o que o leva a pensar dessa forma,como você chegou a esse reciocínio.Conclusão: sua síntese, sua palavra final, o resultado de tudo o que você pensou.

No Guia de Estudo essas etapas estão relacionadas a três parágrafos. À medida emque os alunos adquirem mais fluidez na escrita, você pode mostrar-lhes que cadauma dessas etapas pode ser composta de mais de um parágrafo.

ATIVIDADES 14 E 15O objetivo dessas atividades é levar os alunos a perceberem que fazer uma festapara um amigo é produção e implica numa série de itens que devem ser listados,decididos e executados. Como uma produção não se realiza sozinha, é necessárioplanejar também a divisão de tarefas. Observe se todas as perguntas do Guia deEstudo foram respondidas satisfatoriamente.

Explore a ATIVIDADE 15 ao máximo, buscando elementos que porventura pos-sam ter sido esquecidos.

Page 19: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

17

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

ATIVIDADE 16Com base na orientação feita anteriormente, construa com os alunos uma únicafesta. Aproveite as idéias sugeridas pelos alunos e, quando as idéias forem antagô-nicas, proponha uma decisão por parte da turma.

Música – Língua : a letra possibilita que você mostre a importância de dominar bema língua portuguesa. Só com esse conhecimento é possível fazer jogos de palavras,explorar sentidos diversos, expressar-se com clareza. Reforce a necessidade da escrita edo registro como instrumentos fundamentais para a produção. Sugerimos que vocêcoloque a música para ser ouvida, enquanto o grupo acompanha a letra. Caso você nãotenha acesso ao equipamento de som, leia apenas a primeira estrofe.

Tarefa externa – esta é uma atividade de pesquisa. O resultado da mesma seráutilizado na atividade 20. Estimule os alunos a se aprofundarem na profissão queescolherem para pesquisar.

ATIVIDADES 17, 18 E 19A finalidade dessas atividades é fazer com que os alunos percebam que grandeparte das dificuldades encontradas numa produção cultural pode ser evitada sehouver um bom planejamento. Para isto, eles precisarão rever o processo de orga-nização do evento produzido (festa de Antonio), lembrar e discutir as dificuldadesencontradas e propor soluções para as mesmas.

ATIVIDADE 17 - deve ser feita em plenário, com o registro simultâneo no quadro.

ATIVIDADE 18 - sugerimos a leitura dramática do poema para introduzir umaspecto lúdico no trato com a dificuldade. É importante que os alunos possamincorporar a idéia de flexibilidade e criatividade como instrumentos eficazes parase encontrar soluções para os problemas. Após esta leitura, devem ser reunidos osmesmos subgrupos da organização da festa para listagem das dificuldades encon-tradas na produção do evento. Os subgrupos receberão fichas de cartolina (tarjetas)e pincel atômico de cor escura, preferencialmente preto, para escrever as dificulda-des, uma em cada tarjeta. Você deve dar 5 tarjetas para cada subgrupo. Durante aplenária de apresentação, as tarjetas serão afixadas com fita crepe no quadro. De-pois que todos os subgrupos tiverem apresentado suas dificuldades, você e o gru-po irão juntá-las por tipo de dificuldade, de modo que, na atividade 19, você possatrabalhar com 5 ou 6 dificuldades mais comuns.

ATIVIDADE 19 - organize subgrupos diferentes dos que organizaram a festapara trabalhar com cada dificuldade. Sugestão para a escolha da dificuldade:atribua uma cor a cada dificuldade e sorteie papéis coloridos para os alunos;os alunos com a mesma cor formam um subgrupo e ficam com a dificuldadede cor correspondente. Ou numere as dificuldades e atribua números aos alu-nos aleatoriamente; os alunos com o número igual formam um subgrupo erecebem a dificuldade com a mesma numeração do grupo. A conclusão decada subgrupo será apresentada de forma criativa. Para finalizar se fará a leitu-ra coletiva do poema “Resultados”.

Page 20: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

18

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

1.4 - PROJETO DE PRODUÇÃO CULTURAL

Este subtópico ocupa a maior parte da ocupação de assistente de produção cultu-ral, em função da importância que tem o projeto de produção nesta atividade pro-fissional. Produção cultural é fundamentalmente uma atividade de planejamento, epode ser vista tanto como processo quanto como produto. Enquanto processo, osalunos devem ser levados a desenvolver o raciocínio estratégico, a pensar a produ-ção em sua totalidade, antecipando mentalmente os acontecimentos, imaginandopossibilidades distintas, e criando cursos possíveis de ação. Como processo depensamento, a produção está na “cabeça” de quem produz, mas isto não é suficien-te para que estas ações aconteçam. É preciso que todos os envolvidos conheçamestas idéias. Enquanto produto, a produção cultural precisa resultar num projetoque torne visível o processo imaginado, permitindo a apresentação clara do que sequer empreender. Além de importantíssimo instrumento de captação de recursos,o projeto de produção mantém o foco no objetivo da atividade e auxilia avisualização coletiva da participação de todas as pessoas envolvidas.

Para reduzir qualquer possível resistência a esta parte do trabalho, é essencial queos alunos percebam a importância do planejamento, tanto como forma de organi-zar o raciocínio e reduzir os erros de implementação da atividade cultural, quantocomo instrumento de captação de recursos.

Este subtópico foi estruturado a partir de três blocos de atividades: um bloco maisrelacionado à concepção do projeto, que vai da atividade 20 até a 30; um segundobloco relacionado às tarefas mais associadas aos números, que englobam as ativi-dades 31 a 39; e um último bloco abordando os aspectos referentes à divulgação,incluindo as atividades 40 a 43. As atividades 44 a 47 são referentes à avaliação dosalunos através da elaboração de um projeto de produção cultural.

ATIVIDADES 20 A 23Estas atividades levam os alunos a saberem um pouco mais sobre as profissõesligadas à produção cultural. É interessante que os alunos conheçam a variedade defunções existentes nesse universo. Mas é preciso ter cuidado para que a especificidadedescrita não seja percebida como um fator limitante para a realização das ativida-des culturais que os alunos pretendem desenvolver. No caso dos grupos popula-res, é comum uma mesma pessoa assumir diferentes funções, às vezes sem o conhe-cimento específico necessário. Embora isto possa criar algumas dificuldades, não éimpedimento para a realização do evento que, muitas vezes, só pode ocorrer nes-sas condições.

ATIVIDADE 20 - Antes de iniciar a atividade faça a leitura do texto A Carpinta-ria e explore com os alunos a mensagem contida no mesmo.Utilize a pesquisa soli-citada como tarefa externa proposta ao final da atividade 16. Depois conduza o

Page 21: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

19

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

plenário de modo a que cada aluno apresente a sua pesquisa e possa responder àsperguntas que porventura forem feitas pelos colegas.

ATIVIDADE 21 - Você deverá montar com os alunos um varal de profissões apartir dos cartazes elaborados por eles. Sugestão: utilizar uma corda de varal (oubarbante) presa em dois pontos da parede e pendurar os cartazes com pregadores.A exposição dos cartazes em forma de varal permite o seu manuseio com facilida-de em outras atividades. Coloque à disposição do grupo revistas, canetas, pilots,tesoura, cola e papel.

ATIVIDADE 22 - Os alunos vão recorrer às figuras apresentadas na atividade 05

do Guia de Estudo. O objetivo é identificar nas expressões culturais e artísticas asprofissões envolvidas. A partir dessas profissões você irá conversar com o gruposobre as profissões relacionadas à produção cultural.

ATIVIDADE 23 - Antes de iniciar, sugerimos que você apresente imagens deprofissionais realizando atividades para que os alunos os identifiquem. Depois leiacom os alunos a lista de profissões contida no Guia, conversando sobre as mesmas.

ATIVIDADES 24 A 27O objetivo dessas atividades é mostrar que toda produção cultural precisa ser pen-sada em termos de tempo. Não só o tempo de realização como também o tempode preparação do evento. As diversas atividades preparatórias precisam estar pre-vistas para evitar atrasos e surpresas desnecessárias. Por exemplo: quando devoestar com o figurino pronto? Em que momento preciso começar a divulgar o even-to? O que deve ser feito antes e o que pode ficar para depois? É importante desta-car para o grupo que o cronograma não se trata de uma mera formalidade, mas seconstitui numa ajuda real para a organização das tarefas necessárias ao sucesso doevento.

ATIVIDADE 24 - Destina-se a fazer com que os alunos percebam que existe umalógica temporal nas situações. Várias seqüências são possíveis, o que importa é aexplicação dada pelo aluno sobre a ordenação que fez. Depois que todos, individu-almente, houverem criado a sua história, peça a alguns voluntários para relatá-la. Éimportante ressaltar o sentido da lógica temporal de cada seqüência apresentada.

ATIVIDADE 25 - Peça aos alunos que quiserem, para ler a definição que escreve-ram no Guia de Estudo. Mostre a etimologia da palavra cronograma:Crono - do grego CRONOS que significa tempo. Veja outras palavras com a mes-ma raiz. Exemplo: cronologia, cronômetro.Grama - do grego GRAMA que significa representação gráfica. Exemplo: orga-nograma, ideograma, fluxograma.Leia com o grupo a definição dada pelo dicionário Aurélio e explique-a termo atermo, conforme o Guia de Estudo.

ATIVIDADE 26 - Faça a leitura do cronograma com o grupo antes da escritaindividual sugerida.

Page 22: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

20

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

ATIVIDADE 27 - Retome a descrição das tarefas necessárias para a realiza-ção da festa de Antonio (atividade 17) e construa coletivamente o cronogra-ma da mesma.A música proposta no final da atividade tem como finalidade incutir ânimo eincentivá-los a persistir nos seus objetivos. Cantá-la em conjunto ajudará a reduziro cansaço mental e aliviar as tensões.

ATIVIDADES 28 A 30A partir dessas atividades, os alunos aprenderão a elaborar um projeto de produ-ção cultural. É importante desmistificar a idéia de que projetos são escritos apenaspor especialistas, estando inacessíveis à maioria das pessoas.

ATIVIDADE 28 - Você deve destacar que a elaboração de um projeto diz respeito àcapacidade de responder a determinadas perguntas. Quando não se tem as respostas aessas perguntas, o projeto precisa ser mais discutido, pois seus organizadores aindaestão inseguros sobre o que querem produzir, para quem e como.

ATIVIDADE 29 - Essas perguntas devem ser relacionadas com os termos especí-ficos de um projeto, a saber:Apresentação - relato do que é o projeto (o quê).Justificativa - descrição da importância do projeto, levando em conta a situaçãoatual na qual o mesmo pretende intervir (por quê). Exemplo: por que quero fazerum show musical em determinada cidade do interior? Resposta: porque, no mo-mento, os moradores da cidade não dispõem de nenhuma atividade de lazer, nãoconhecem manifestações artísticas desta natureza, etc.Objetivo - descrição do que se pretende alcançar com a atividade (para quê).No exemplo anterior, o objetivo poderia ser despertar o gosto musical dosmoradores, ampliar o conhecimento sobre estilos musicais, propiciar espaçosde lazer, etc.Público-alvo - estabelecimento do grupo para quem a atividade é destinada equantas pessoas pretende-se atingir (para quem). No exemplo acima diríamos:moradores de tal cidade, dos bairros com baixa escolaridade, de diversas fai-xas etárias.Estrutura da produção - relato de como vai ser feita a atividade. Descrição dastarefas preparatórias e das referentes ao evento propriamente dito (como).Cronograma – organização de todas as tarefas no tempo (quando).Orçamento - descrição dos custos de produção do evento (quanto).Você deve orientar a reescrita com base na estrutura de redação já trabalhada pelogrupo na atividade 13.

ATIVIDADE 30 - As redações dos subgrupos são recolhidas e redistribuídas.Sugerimos que um grupo apresente o projeto do outro como se fosse o seu. Ana-lise em cada apresentação se há lacunas e se elas pertencem ao texto ou ao relatofeito oralmente.

Page 23: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

21

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

ATIVIDADES 31 A 36Estas atividades objetivam ajudar os alunos a orçar a produção que vão realizar.Para isso é necessário que identifiquem os diferentes tipos de recursos envolvidosnuma produção e aprendam a transformar esses recursos em valores.

ATIVIDADE 31 - Os alunos continuam a trabalhar em subgrupos. Incentive ossubgrupos a listarem todo o necessário para a produção da atividade sem esquecernenhum detalhe. Dê tarjetas de cores diferentes para cada subgrupo de modo quecada um tenha todas as tarjetas da mesma cor e que essa cor seja diferente da dosdemais. Solicite que cada item da lista seja colocado em uma tarjeta. Guarde astarjetas para a atividade 34.

ATIVIDADE 32 - Antes da leitura do Guia de Estudo, utilize um objeto concretoda sala, sugerimos uma cadeira, e pergunte aos alunos o que é preciso para produ-zir este objeto. Provavelmente, as respostas iniciais dirão respeito ao material utili-zado (recursos materiais). Mas, para a utilização desse material, são necessáriaspessoas (recursos humanos) que devem ter o conhecimento de como fazer esteobjeto (recursos tecnológicos). Além disso, para comprar o material e pagar àspessoas é preciso dinheiro (recursos financeiros). Pronto o objeto, algo tem queser feito com ele, ou seja, ele se destina a alguém que precisa necessitá-lo ou desejá-lo (recursos de marketing).

ATIVIDADE 33 - A tabela apresentada no Guia de Estudo deve ser reproduzidaem tamanho grande no quadro. Os grupos apresentarão a lista feita na atividade31, colocando cada tarjeta na coluna do recurso ao qual ela se refere. Exemplo: aação “contratar a costureira” deve ser colocada em recursos humanos enquanto“comprar o tecido para o figurino” deve estar em recursos materiais. “Buscar pa-trocínio” pertence à coluna dos recursos financeiros. Os “ensaios e apresentaçãodo espetáculo” fazem parte dos recursos tecnológicos assim como a “iluminação eoperação do som”. Já a “divulgação do espetáculo” deve compor a coluna domarketing. Provavelmente, algumas colunas estarão mais cheias do que outras. Istopode indicar que tarefas necessárias estão sendo pouco consideradas pelos alunos.

ATIVIDADE 34 - Peça aos alunos que registrem as suas observações após a aná-lise da tabela que você terá feito coletivamente, chamando a atenção para os itensque tenham sido colocados em colunas diferentes pelos diversos grupos.

ATIVIDADES 35 E 36Estas atividades vão envolver raciocínio matemático. Isto exigirá para alguns alu-nos um esforço maior. Sugerimos que, antes de iniciar esse bloco de atividades, sejarealizada a dinâmica intitulada Dança/Empurra, cujo desenvolvimento descreve-mos a seguir:

1. Pedir aos alunos que formem duplas, um de frente para o outro, de pé, espalha-dos pela sala.

2. Colocar a palma das mãos encostadas na palma das mãos do par.

3. Iniciar uma música dançante que não seja muito rápida, mas tenha ritmo.

Page 24: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

22

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

4. Pedir que dancem ao som da música sem desencostar as palmas das mãos. Daralguns segundos para que dancem.

5. Parar a música e pedir que as duplas se empurrem com a maior força possívelsem desencostar as mãos. É proibido segurar a mão do parceiro. Dar algunssegundos.

6. Iniciar a música novamente. Repetir a seqüência três ou quatro vezes, explicandoque quando a música parar devem se empurrar e quando tocar devem dançar.

Após a dinâmica, perguntar aos alunos como se sentiram realizando a atividade eque associação fazem entre a atividade e o processo de produção cultural. Depoisde feitos os comentários, você deve chamar a atenção para o fato de que o proces-so de produção tem momentos prazerosos e outros de grande tensão, porém sem-pre vividos em parceria. É preciso estar preparado para lidar com ambos semabater-se. Conclua com o trecho do Guia de Estudo que inicia a atividade 35.

ATIVIDADE 35 - O exemplo de orçamento utilizado é real e diz respeito à pro-dução de um espetáculo teatral que é a culminância de um projeto com jovensdesenvolvido por um grupo de teatro amador de um bairro de periferia da cidadede Salvador, Bahia, em 2005.

ATIVIDADE 36 - Você deve estar atento às apresentações, verificando se algumgrupo lembrou de colocar no orçamento os impostos devidos. Chame a atençãopara este fato.

ATIVIDADES 37 A 39Estas atividades dizem respeito aos impostos que são cobrados de todos os pro-fissionais. É preciso mostrar aos alunos que o imposto tem uma função social im-portante, a de gerar a arrecadação necessária para o investimento público que re-verte em serviços oferecidos à população. Siga detalhadamente os tópicos do Guiade Estudo, lendo e explicando as informações contempladas.

ATIVIDADES 40 A 43Estas atividades dizem respeito ao aprendizado da divulgação como parte inte-grante do projeto cultural. Recomendamos que você inicie o assunto construindoo conceito de divulgação a partir das definições trazidas pelos alunos. Deve serdestacado que todas as formas de definir divulgação dão a idéia de expansão, deespalhar o máximo possível, de tornar público.

É importante que os alunos percebam que a produção só realiza sua finalidadequando é apreciada ou consumida por alguém. Para atrair o interesse das pessoas,devem ser enfatizadas as características do produto que mais se adeqüam ao mo-mento em questão e ao público alvo.

ATIVIDADE 41 - Você deve ficar atento(a) para que as propagandas criadas pe-los alunos sobre si mesmos não sejam alvo de comentários que desqualifiquem seusautores. Ofereça material para a composição da propaganda.

Page 25: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

23

1

ASS

ISTE

NTE

DE

PRO

DU

ÇÃ

O C

ULT

UR

AL

ATIVIDADE 42 - Os alunos irão desenvolver formas de divulgar um determina-do produto cultural. Qualquer produto pode ser escolhido: festivais, datas come-morativas, filmes, peças de teatro, shows musicais, exposições, lançamento de livro,feiras e muitos outros. Sugerimos que a turma trabalhe a partir de um único produ-to cultural, que deve ser escolhido em conjunto. A escolha de um único produtovai possibilitar a percepção das diversas formas possíveis de divulgação que po-dem ser utilizadas. Existem inúmeras formas possíveis de divulgar um produto:TV, jornal, revista, folder, outdoor, banner, panfletos, balões, internet, mala direta,busdoor, entre outros. Você não deve citá-las no início da atividade , permitindoque os alunos criem livremente, dando asas à sua imaginação.

Sugerimos a seguinte seqüência:

a) Divida a turma em grupos de três pessoas, de modo a formar 10 grupos;

b) Escolha, por sorteio, quem será o primeiro grupo, o segundo, o terceiro e assimpor diante até o décimo;

c) Você entregará uma folha de papel ao primeiro grupo, que deverá escrever umaforma de divulgação para aquele produto cultural, passando, em seguida, a folhaao segundo grupo;

d) A folha rodará por todos os grupos, seguindo a ordem sorteada. Após algumasrodadas, as idéias começarão a escassear. O grupo que não escrever uma idéiaem cinco segundos, deverá passar a folha adiante e ficar de fora, até que resteapenas um grupo – o vencedor.

Após a atividade, você analisará a lista produzida pelos grupos, observando asidéias sugeridas, orientando que os alunos registrem estas observações em seuscadernos, pois um dia poderão ser úteis.Para finalizar esta discussão, cada aluno pode escolher uma das formas de divulga-ção sugeridas e criar a propaganda do produto (atividade 43), afixando-a no varalda sala. Para isso, distribua papéis, lápis de cor, hidrocor, cola, tesoura e outrosmateriais.

ATIVIDADE 44 A 46Estas atividades têm por finalidade integrar os conteúdos do tópico, levando osalunos a elaborar e apresentar um projeto de produção cultural.

Serão retomados os mesmos grupos que desenvolveram a atividade 23 (elabora-ção do projeto). Os grupos deverão escrever o projeto (atividade 44), seguindo oroteiro do Guia de Estudo, e depois encontrar uma forma criativa de apresentar oprojeto à turma, como se estivessem apresentando a um possível financiador (ati-

vidade 45).

Depois da apresentação dos grupos é importante que a turma analise cada projeto(atividade 46), de modo a possibilitar que os alunos percebam a importância deter todas as questões respondidas com coerência.

Page 26: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

1A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Sugerimos, para esta avaliação, que você escolha com a turma um dos projetosapresentados e analise-o a partir do quadro contido no Guia de Estudo. Depoispeça aos grupos que analisem seus próprios projetos, tendo como referência omesmo quadro.Na finalização deste bloco vale refletir com os alunos as seguintes observações:

a) Ter sempre em mente o produto cultural que querem realizar e qual seu objetivo.A clareza do objetivo ajuda a saber como agir diante dos obstáculos ou mudan-ças de curso necessárias;

b)Pensar com esperança (Visão de Futuro) e com planejamento (Senso de Realida-de). Estas duas forças devem ser equilibradas no dia-a-dia da produção cultural.

c) Olhar o passado (o que foi feito antes) para corrigir os erros, avaliando e criandonovas possibilidades;

d)Deixar muito claras as tarefas e responsabilidades de cada um, buscando semprecumprir os prazos estabelecidos;

e) O projeto deve estar integrado desde a capa até o orçamento. É importantedestacar a importância da coerência interna do documento.

ATIVIDADE 47Leia com o grupo as informações sobre as leis de incentivo cultural e explore oconteúdo dos lembretes, pois apresentam procedimentos importantes para os alu-nos que, por ventura, vierem a elaborar projetos e buscar financiadores.

ATIVIDADE 48Trata-se da avaliação final. Oriente os alunos a responder no Guia de Estudo asperguntas formuladas. Dê um tempo para que executem a atividade e peça quereproduzam numa folha avulsa as respostas dadas.

Page 27: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 2:ELEMENTOS DO TEATRO

Este tópico refere-se aos Elementos do Teatro que constituem a base para asocupações que fazem parte deste Arco. Os exercícios aqui apresentados têm opropósito de desenvolver a criatividade dos alunos e enriquecer a sua perfo-mance, através da interpretação teatral. Conduzir um processo de interpreta-ção teatral requer um certo “jogo de cintura”. Dito assim, você já deve imagi-nar que terá que ser o mais adaptável possível às diferentes personalidades queencontrará na sala de aula. O material de trabalho, aqui, é o ser humano, comtodas as suas virtudes e defeitos. Você deve estar preparado para tratar comhumores diversos, estados de espírito nem sempre abertos, dificuldades decaráter emocional e muitos outros empecilhos que surgirão neste contato ínti-mo e emocionante que o teatro pode proporcionar.

Calma! Isso não é um aviso desestimulante, mas um “toque” para que você não sesinta abatido quando um aluno, ou mesmo uma turma inteira, parecer não estarembarcando em algumas das atividades do universo teatral, que poderão parecer,à primeira vista, sem sentido, bobas e infantis. Lembre-se que teatro é uma grandebrincadeira que envolve emoção, um pouco de “loucura”, e não ter vergonha de seexpor frente aos colegas – afinal de contas o intérprete precisa ser um pouco maisexibido do que os outros – e possuir muita coragem e orgulho do que está fazendo.O teatro tem como finalidade “exibir um espelho da vida” como dizia o gran-de dramaturgo inglês William Shakespeare, “mostrar à virtude sua própria expres-são, ao ridículo sua própria imagem e, a cada época e geração sua forma e efígie” (Hamlet).A base do teatro é a idéia de que as pessoas são assim mesmo: virtuosas, ridícu-las, engraçadas, tristes, vingativas, patéticas, estúpidas, trágicas, cômicas, dra-máticas, infantis, bobas, sem sentido. Os exercícios propostos no Guia de Es-tudo passeiam por todos esses sentimentos, sensações e emoções. É importan-te destacar que individualmente podemos não ter todas essas características,mas os personagens que vamos interpretar podem tê-las. Mesmo que não seja-mos ridículos, vingativos ou engraçados, nosso trabalho de intérprete teatral éprocurar tudo isso dentro e fora de cada um de nós, observando, imitando,representando, interpretando. E isso requer muita dedicação!

A estrutura proposta para o tópico de Elementos do Teatro tem como objetivoapresentar, inicialmente, os elementos essenciais desta ocupação, explorar as capa-cidades dos alunos em relação a estes elementos, orientar o processo de constru-ção do personagem e ajudá-los na estruturação de uma cena teatral.

Você poderá visualizar esta estrutura no quadro que descreve o tópico (Tópico 2:Elementos do Teatro).

Todo trabalho relacionado à interpretação teatral é essencialmente vivencial, tendocomo matéria prima por excelência “o corpo” do ator. A metodologia aqui pro-posta não foge a esta regra, mas é fundamental destacar a importância do registro

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

Page 28: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

26

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

da vivência no Guia de Estudo. O registro permitirá ao aluno rever, a qualquertempo, o processo vivenciado, ajudando-o a refletir sobre o desenvolvimento dasua performance.

Além disto, sobretudo no universo deste Arco, a leitura e o contato com obrasclássicas, livros, filmes, manifestações culturais e artes em geral constituem a maté-ria sobre a qual se constroem a cena e o personagem, o figurino, o cenário, o espe-táculo, o produto cultural.

No Manual do Educador você vai encontrar atividades dispostas em blocos, an-tes de serem descritas uma a uma. As atividades que compõem um bloco constitu-em uma seqüência e não devem ser desmembradas. É preciso aplicá-las na mesmaaula. Por exemplo: atividades de 49 a 52 constituem um bloco, tendo um objetivoespecífico. Portanto, devem ser realizadas em seqüência no mesmo dia.

É fundamental que você leia o Manual do Educador concomitantemente com oGuia de Estudo, antes de aplicar as atividades do dia, pois estes dois materiais secomplementam. Por se tratar de um processo essencialmente prático, muitos exer-cícios estão descritos apenas no Manual do Educador.

Seguem algumas dicas para ajudar o seu trabalho:

❚ Realize os exercícios você próprio antes de executá-los com os alunos;

❚ Busque, pesquise mais sobre os assuntos com os quais vai trabalhar. Informaçãonunca é demais;.

❚ Fique atento a tudo o que se refere ao mundo mágico das artes. Leia, assista a filmes eespetáculos, participe de eventos, visite os pontos culturais de sua cidade;

Sub Tópicos Objetivos Conteúdos Atividade Horas

2.1 Interpretação Introduzir noções básicas sobre Introdução aos elementos 49 a 69 15teatral. os elementos constituintes da do teatro;

interpretação teatral. ❚ Corpo;❚ Voz;❚ Espaço cênico;❚ Imaginação.

2.2 Capacidades Desenvolver as competências ❚ Concentração; 70 a 81 09expressivas e básicas do intérprete. ❚ Objetivo;criativas do ❚ Improvisação;intérprete. ❚ Memorização;

❚ Projeção de voz.

2.3 Construção Desenvolver a capacidade de ❚ Conceito de cena; 82 a 92 09do personagem. observação, imaginação e ❚ Leitura interpretativa;

criação do personagem. ❚ Criação de texto;❚ Observação do cotidiano,aplicando os elementos à cena.

2.4 Montagem Aplicar os conhecimentos ❚ Processo de produção de um 93 a 108 17e apresentação adquiridos na construção texto teatral;de cena teatral. de um texto teatral e em ❚ Montagem de espetáculo.

sua interpretação.

Page 29: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

27

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

❚ Mantenha o bom humor, mas seja firme. O aluno deve entender que este é umprocesso de formação, que vai exigir estudo, dedicação e compromisso.

❚ Nem sempre a atividade sugerida acontece como está sendo prevista/proposta.Esteja atento para a possibilidade de improvisar, sem perder-se do objetivocentral.

❚ Não deixe que os trabalhos em dupla ou grupo sejam feitos pelas mesmas pes-soas, salvo quando houver orientação explícita a este respeito.

❚ Sugerimos, ao final de algumas aulas, um “papo cabeça”, isto é , uma conversa emroda (círculo) sobre os exercícios vivenciados. Cuide para que todos tenhamoportunidade de falar, evitando o monopólio da palavra por alguns alunos, e amudez de outros.

❚ Lembre que as atividades do teatro utilizam o corpo como instrumento. É essen-cial que os alunos vistam roupas confortáveis (calça ou bermuda de tecido mole– tactel, viscose, malha...) e adequadas (evitar tops e shorts), tendo sempre emmãos uma toalhinha pequena.

❚ Chame atenção para os cuidados com a higiene pessoal: estar limpo e asseado écondição para tornar o trabalho agradável. A sala também precisa estar em con-dições de higiene favoráveis ao trabalho corporal.

Dito isso, mãos, braços, mentes, coração e emoção à obra!

Bom Trabalho!

2.1 – INTERPRETAÇÃO TEATRAL

ATIVIDADES 49 A 52Estas quatro atividades pretendem criar um ambiente de confiança e interação parainiciar adequadamente o conhecimento da ocupação. Três coisas são fundamentaispara isso: uma apresentação das pessoas e de suas expectativas sobre o que vãoiniciar; o entendimento dos objetivos do tópico; e a definição das regras de convi-vência que serão válidas durante o arco.

ATIVIDADE 49 - Existem diversas técnicas de apresentação. É interessante conside-rar que estes alunos já estão trabalhando juntos há algum tempo. Neste caso, a apresen-tação deve explorar outros aspectos de cada um, além do nome próprio. Como estetópico focaliza em grande parte o corpo e a voz, sugerimos a dinâmica a seguir:

❚ Reúna os alunos em círculo e peça que cada um reflita sobre si mesmo. Um decada vez, os alunos deverão ir para o centro da roda, dizer seu nome aliado a ummovimento e a um tom de voz que traduzam seu jeito de ser.

Page 30: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

28

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Comente ao final da atividade a importância de sermos diferentes uns dos outrose de respeitarmos estas diferenças durante o nosso convívio.

ATIVIDADE 50 - Uma maneira diferente de começar uma oficina de teatro éperguntando aos alunos o que eles entendem por teatro. Deixe que eles exponhamo seu ponto de vista. Anote as coisas mais importantes. Leia com os alunos o textode apresentação do tópico, que está no Guia de Estudo. Procure encontrar um eloque una o pensamento de cada um ao texto lido. Dê um tempo para que eles regis-trem no Guia o seu entendimento sobre o que é teatro. Após este tempo, conversecom a turma sobre as percepções e as expectativas individuais, apresentando aseguir o objetivo do tópico (vide apresentação do Manual do Educador).

ATIVIDADE 51 - Leia com os alunos o texto “Alguém, Ninguém, Todo Mun-do”, comentando a importância da colaboração de todos para o bom desempe-nho do grupo.Regras de convivência ajudam neste processo, existindo em todos os grupos so-ciais. O teatro exige algumas regras específicas como as que estão colocadas noGuia de Estudo. Comente cada uma delas. No final, peça aos alunos quecomplementem as regras sugeridas com outras que eles considerem essenciais.É interessante registrar estas regras num papel metro, completando-as com as su-gestões dos alunos, de modo a torná-las visíveis no dia-a-dia.

ATIVIDADE 52 - O objetivo desta atividade é descontrair o grupo e experimen-tar uma atividade corporal leve – no caso, uma ciranda. Comece com um círculo,como uma brincadeira de roda. Você pode pedir que os alunos cantem cirandaslocais conhecidas para iniciar. Depois coloque uma música. Sugerimos “Cirandada Rosa Vermelha” (Elba Ramalho) ou “Como se fora brincadeira de roda” (ElisRegina). Depois de dançar em círculo uns minutos, parta a roda onde você está einicie um caracol até que você esteja bem no centro, fazendo em seguida o movi-mento contrário, retornando ao círculo.Encerre a atividade comentando que as ocupações deste arco são dinâmicas e cole-tivas, e que, embora diferentes, possuem uma pulsação comum.Tarefa de casa - O Guia de Estudo contém uma tarefa de casa, importante parainiciar os exercícios de interpretação. Leia a citação que introduz a tarefa e peça aosalunos que completem as frases o mais sinceramente possível.O exercício é para auto conhecimento, não precisará ser exposto em sala, salvo sealgum aluno quiser se manifestar.

ATIVIDADES 53 A 55“Todas as pessoas são capazes de atuar no palco” (Viola Spolin), mas isso exige umadecisão interior de se permitir experimentar e explorar as diversas possibilidades de simesmo e do ambiente em que se está. O trabalho do intérprete teatral requer o exercí-cio e a experimentação contínua do corpo, da voz, da expressão, do espaço e da capa-cidade criativa, elementos estes que são a base da atividade do ator.

Page 31: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

29

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

Ao longo da formação em Elementos do Teatro, durante todos os encontros comos alunos, você deverá desenvolver exercícios de aquecimento corporal, vocal e deimprovisação, mas a cada bloco de atividades estão sendo enfocados elementosdistintos do trabalho do ator.Neste bloco de atividades, os exercícios propostos têm por finalidade aquecer ocorpo e a voz, provocar a consciência corporal e exercitar jogos interativos quedesenvolvam a atenção, quebrem bloqueios e criem um clima de descontração.Para isso é necessário desenvolver possibilidades de movimento e isto se faz atra-vés da sensibilização, vivência e concretização.

ATIVIDADE 53 - Como diz Lola Brikman, no seu livro Linguagem do MovimentoCorporal, “corpo e movimento constituem uma unidade que opera por energia;corpo, energia e movimento formam um todo; não haverá movimento sem corpo,tampouco sem bom uso da energia nele contida”.a) Para aquecer o corpo e a voz, sugerimos diferentes técnicas:

❚ Em círculo acordar o corpo: espreguiçar, bocejar, esticar braços e pernas,fazer movimentos circulares nas articulações (pescoço, braço, cotovelo, pu-nhos, joelhos e tornozelos). Você deve fazer o exercício também, atuandocomo exemplo da atividade.

❚ Após algum tempo, peça que um aluno de cada vez vá ao centro e sugira ummovimento com a finalidade de aquecer o corpo. Os demais deverão copiá-lo.

❚ Energizar o corpo: nesse exercício, a um comando seu, os alunos devem tremertodo o corpo. Parar, respirar, reiniciar. Acrescentar ao movimento o som de umbesouro (bzzz).

❚ Aquecer a musculatura facial: abrir e fechar a boca de forma exagerada, franzir atesta, fazer caretas, massagear a musculatura da face.

❚ Colocar a língua para fora, para baixo, para cima. Fazer movimentos circulares,comprimir os lábios, soltar beijos estalados.

❚ Máscaras faciais: os alunos devem se utilizar do próprio rosto para imitar senti-mentos sugeridos por você (medo, raiva, alegria, amor, etc...).

❚ Exercícios labiais vocalizados: vibrar os lábios como brincamos com os bebês,soltando o ar pela boca. Repetir o exercício, acrescentado som.

❚ Exercícios labiais em dupla: os alunos devem conversar sem utilizar palavras,repetindo o labial vocalizado. Um pergunta, o outro responde. Estimule os alu-nos a perceber a musicalidade de uma conversa normal, transportando-a para aatividade.

❚ Círculo vocal labial: em círculo, a um sinal seu, um voluntário vai até o centro e “fala”,utilizando o vocal-labial, olhando nos olhos de alguém que, por sua vez, responde namesma linguagem. O que entrou primeiro retorna ao círculo, sendo substituído peloque respondeu, que repete o procedimento com outro aluno. E assim sucessivamen-te. É importante que você estimule os alunos a representarem um personagem quan-do estiverem dialogando, usando o corpo e a entonação de acordo.

Page 32: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

30

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

b) Para interação do grupo sugerimos o jogo do assassino.

Neste jogo é dada ao grupo uma situação de suspense na qual se solicita aos alunos quevivam personagens sorteados previamente e através deles desenvolvam o sentido deobservação e improviso. Situação: todos estão no saguão de um hotel com a comunica-ção para o exterior cortada. Descobrem um cartão com os dizeres “sou um assassino evou matá-los”. A tarefa do grupo é descobrir quem é o assassino antes que ele os mate.Explique ao grupo que o criminoso mata com uma piscada de olhos. Quem for con-templado com essa piscadela deve esperar alguns segundos para declarar-se morto emvoz alta, saindo do jogo, sem denunciar o assassino. Os participantes podem acusaralgum suspeito de ser o assassino porém, se este for inocente, quem morre é o acusa-dor. O jogo termina quando o assassino for descoberto ou todos estiverem mortos. Ospapéis a serem sorteados são: gerente do hotel, camareira, carregador, porteiro, barman,garçom e hóspedes (sugira que representem hóspedes de tipos variados como padre,cantora lírica, dançarina de bordel, empresário, surfista, político, candidata a miss, etc),além do assassino. É importante que você prepare os papéis a serem sorteados antes daaula. Após o jogo, faça uma parada para que os alunos registrem no Guia de Estudosuas impressões sobre a seqüência de exercícios realizada até o momento. Esta paradamarca o fim da primeira parte da aula.

ATIVIDADE 54 - Forme subgrupos de 5 alunos, distribuindo um pedaço de doismetros de papel pardo (craft) para cada subgrupo. Um aluno do subgrupo se deitasobre o papel enquanto os demais fazem o contorno de seu corpo. Quatro subgru-pos desenham a figura humana de frente, sendo duas masculinas e duas femininas;dois subgrupos desenham a figura humana de costas, sendo uma masculina e outrafeminina. Os alunos-modelos devem corresponder ao gênero da figura desenhada.Após feitos os contornos, os subgrupos devem desenhar o corpo da figura, nome-ando as partes do corpo que identificarem. Durante a realização do desenho, vocênão deve dar nenhuma orientação específica quanto a partes do corpo que estejamfaltando, nomes incorretos ou desconhecidos. Deixe que prevaleça o conhecimen-to espontâneo dos alunos. Ao final, prenda na parede todos os desenhos. Estaatividade está associada à subseqüente.

ATIVIDADE 55 - Peça a cada subgrupo que apresente o seu desenho. Termina-das as apresentações, compare os trabalhos feitos pelos alunos com as figuras hu-manas expostas no Guia de Estudo, chamando a atenção para as partes do corpoque costumam ficar esquecidas ou que não foram sinalizadas pelos subgrupos. Res-salte a importância das articulações para a realização dos movimentos corporais.Papo cabeça – Abra espaço para comentar este bloco de atividades cujo tema foicorpo e voz.

ATIVIDADES 56 A 60Essas atividades têm como ponto central desenvolver a consciência da respiraçãocomo preparação para o trabalho de projeção de voz.

ATIVIDADE 56 - Faça a leitura conjunta do texto introdutório apresentado noGuia de Estudo e explique a figura que retrata o sistema respiratório.

Page 33: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

31

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

ATIVIDADE 57 - Trata-se de um exercício prático para conscientização da respi-ração. Desenvolvimento:

❚ Formar duplas.

❚ Pedir que as duplas espalhem-se pela sala, com os pares sentados, costas comcostas.

❚ Perceber o movimento respiratório um do outro, tentando ouvir o respirar docolega. Dar um tempo para isto.

❚ Solicitar que as duplas sentem-se frente a frente, fechando os olhos.

❚ Cada aluno deve concentrar-se na própria respiração, colocando a mão esquerdano peitoral (altura dos brônquios) e a direita sobre o diafragma.

❚ Pedir que retirem as mãos do próprio corpo e coloquem a mão direita sobre opeitoral do colega à sua frente. Incentive os alunos a permanecerem de olhosfechados, observando o ritmo e o modo como o colega respira.

❚ Solicitar que afastem lentamente a mão do corpo do par e abram os olhos.

❚ Dar 5 minutos para que as duplas conversem sobre a experiência.

❚ Solicitar que registrem suas impressões no Guia de Estudo.

Para finalizar a atividade, leia o trecho contido no Guia de Estudo que cita o movi-mento do diafragma. Ressalte a importância desse músculo para a emissão dossons (fonação), chamando a atenção dos alunos para o fato de que, na respiração,as cavidades pulmonares ampliam-se pela descida do diafragma e elevação dascostelas.

ATIVIDADE 58 - Este é o aquecimento do dia. Enquanto direciona os exercícios,procure relacioná-los à respiração, chamando a atenção dos alunos sobre a impor-tância de estarem atentos ao seu modo de respirar.Desenvolvimento (com os alunos de pé):❚ Acordar o corpo, espreguiçando exatamente como fazemos ao despertar. Esti-

car pernas, braços, encolhê-los, esticar novamente, bocejar, fazer caretas.❚ Mexer as articulações. Fazer movimentos circulares com todas as articulações,

começando pelo pescoço até chegar aos pés. Associe movimentos, faça combi-nações diversas e, sempre que possível, acrescente dados novos aos exercícios,pois eles se repetirão no decorrer das aulas e, assim, você estará motivando osalunos para o aquecimento diário.

❚ Alongar o corpo. Joelhos levemente flexionados. Deixar a cabeça pender emdireção ao chão, soltando bem o pescoço, braços ao longo do corpo. Cadaaluno deve descer até o seu limite. Permanecer 1 minuto nesta posição. Respirartranquilamente. Voltar à posição inicial, desenrolando a coluna a partir do cóc-cix, até chegar à cabeça. Cuide para que a cabeça seja a última parte do corpo aretornar para a posição ereta. Repetir esta seqüência 5 vezes. Ela está ilustradano Guia de Estudo.

ATIVIDADE 59 - Esta atividade contém uma seqüência de 4 exercícios.Exercício nº1 (tem como objetivo fortalecer o diafragma):

❚ Pedir que os alunos retomem as duplas da atividade anterior.

Page 34: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

32

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Um do par se deita de barriga para cima, com os braços ao longo do corpoenquanto o outro se ajoelha ao seu lado, apoiando a mão fechada em punhosobre o diafragma daquele, criando resistência à respiração do colega.❚ O aluno que está deitado inspira pelo nariz e expira pela boca. O que ofereceresistência deve tomar cuidado para não exagerar na pressão feita sobre o dia-fragma de seu par.

Este exercício ajuda no fortalecimento da respiração e sustentação do som. Su-gira aos alunos que façam esse exercício diariamente, substituindo a mão docolega por um quilo de feijão ou um saco de areia com este peso.

Exercício nº 2 (tem como objetivo a improvisação):❚ Alunos deitados de barriga para cima.❚ Fechar os olhos. Bocejar, suspirar, emitir som nasal – hmmm!❚ Deixar o som sair de todos como se saísse de uma só pessoa. Tentar unificar osom ao máximo.❚ Explique ao grupo que você irá tocar um aluno por vez. Ao ser tocado, estealuno deve improvisar outro som.❚ Peça ao grupo que fique atento ao novo som e que continue a sustentar o somnasal, agora num tom mais baixo como um fundo sonoro.❚ Repita o toque até que todos tenham passado pela experiência da improvisa-ção do som.❚ Para terminar, solicite que o som vá desaparecendo como se fosse guardadodentro de cada um.❚ Espreguiçar-se mais uma vez e abrir os olhos devagar.

Exercício nº 3 (tem como objetivo trabalhar as inflexões da voz):❚ Grupo de pé, em círculo.❚ Pedir que repitam o som emitido por você. Emita sons de vogais abertas (ahh!ehh!), procurando dar inflexões variadas (perguntando, comentando, afirman-do, criticando, chorando, com raiva, triste, de forma amorosa, etc).❚ Depois de algum tempo com os alunos repetindo os sons ditos por você, dê a veza um aluno para que conduza o grupo. Faça um rodízio de alunos condutores.❚ Solicitar aos alunos que introduzam o corpo no exercício, fazendo gestos.❚ Formar trios, pedindo que conversem com sons e entonações.

Exercício nº 4 (tem como objetivo a projeção de voz):❚ De pé, em círculo;❚ Pedir que emitam o som aberto (ahh!), abaixando o volume à medida que ocírculo se fecha e aumentando quando se abre.❚ Dirija o movimento do círculo, repetindo várias vezes o movimento.❚ Formar duplas. Solicitar que, nas duplas, o par se afaste aos poucos, mantendoo som (ahh!) no volume suficiente apenas para ser ouvido pelo colega. Cadaparticipante da dupla deve sinalizar ao seu par quando deixar de ouvi-lo.

Após este exercício, você deve ressaltar para os alunos a importância da propa-gação do som no espaço, lembrando que atores interpretam, agem, falam parauma platéia que precisa ouvir e entender o que está sendo representado.

Page 35: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

33

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

ATIVIDADE 60 - Trata-se de uma atividade lúdica de interação, visandodescontrair o grupo e trabalhar a atenção, concentração e o senso de equipe. O usode um jogo permite instaurar um clima de leveza que desconstrói a censura e abreespaço para a espontaneidade essencial à improvisação. Neste jogo são utilizadasprendas que você deve preparar com antecedência, buscando variá-las e cuidandopara que a brincadeira não extrapole os limites da diversão, expondo algum alunoque porventura não se sinta à vontade. Uma sugestão para você é criar prendas ecolocá-las numa caixa, sorteando-as na hora.

Jogo do cacique:❚ Grupo sentado em círculo. Um aluno sai da sala. É escolhido pelo grupo outroaluno para ser o cacique e dirigir o movimento que todos devem repetir.❚ O aluno que saiu, volta, se coloca no centro do círculo, observando o grupopara tentar descobrir quem é o cacique.❚ O cacique deve mudar o movimento constantemente, tomando cuidado paranão ser descoberto. Os colegas devem ser discretos para não dar pistas.❚ A pessoa que está procurando o cacique tem três chances para descobri-lo.Caso não consiga, paga uma prenda estabelecida.

Tarefa pra casa – chame a atenção dos alunos para que tentem rememorar os exercí-cios feitos, em especial os de voz, registrando-os para que possam repeti-los.

ATIVIDADES 61 A 64Estas atividades introduzem a noção de espaço como elemento da cena teatral.

ATIVIDADE 61 - Você vai levar seus alunos a movimentarem o corpo, introdu-zindo um dado novo que é a música. Como sugestão, indicamos a música “Assimcaminha a Humanidade”, cuja letra se encontra no Guia de Estudo. Caso preciseutilizar outra música, procure uma que seja ritmada e explore o espaço. Trabalhe oalongamento e as articulações corporais ao ritmo da música. Crie um movimentoque todos devem repetir como se fosse um grupo de dança. Você pode sugerir oprimeiro movimento e passar a condução para diferentes alunos em rodízio. Soli-cite aos alunos que dêem dramaticidade ao movimento como se fossem persona-gens. Depois de um tempo, peça que circulem pelo espaço, cada um conduzindoseu próprio movimento e interagindo com os demais. Dê a esta atividade o temponecessário para que todos se sintam energizados e aquecidos.

ATIVIDADE 62 - Você vai levar o grupo a explorar o espaço de diferentes ma-neiras. Inicialmente trabalhando isolados e depois interagindo com os colegas. Éimportante que você trabalhe a relação do corpo no espaço e dos corpos entre si.Desenvolvimento:❚ Alunos andam pela sala, ocupando todos os espaços, andando de diferentes for-

mas e em todas as direções.❚ Solicite aos alunos que, ao andar, pensem aonde querem chegar e no caminho a

percorrer.❚ Explore os ritmos de caminhada. Ex: devagar, muito lento, muito rápido, cor-

rendo.

Page 36: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

34

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Solicite que todos parem num lugar escolhido por eles. Olhar ao redor, situar-see fechar os olhos.

❚ Peça que percebam o corpo, o peso do mesmo nas pernas, o ritmo da respiraçãoe imaginem-se dentro de uma bolha flexível.

❚ Sentir o limite do espaço em que se encontram (bolha).❚ Observar as demais bolhas. Aproximar-se delas sem rompê-las.❚ Movimentar-se por toda a sala, interagindo com as outras e moldando-se a elas.❚ Escolher um lugar para parar. Parar. Peça que cada um rompa sua bolha de forma

criativa e se encontrem no espaço comum.❚ Congele o grupo, batendo uma palma. Peça que observem o ritmo da respiração,

a distribuição do peso nas pernas e como se encontram posicionados no espaço.❚ Solicite que percebam os colegas ao redor.❚ Pedir que tornem a andar e congele o grupo várias vezes, solicitando ações dife-

rentes como: cumprimentar um colega; cumprimentar um colega colocandoemoção; cumprimentar um colega inserindo um som no cumprimento (de pre-ferência um som inventado), etc.

❚ Repetir o mesmo procedimento até que todos cumprimentem o maior númeropossível de colegas.

❚ Formar duplas para conversar numa língua inventada, acrescentando jeitosao diálogo.

❚ Após um tempo, pedir que as duplas se despeçam e sentem-se em círculo.

Neste momento, você vai trabalhar com o grupo os textos e os registros do Guiade Estudo referentes à atividade 62. Leia alto o texto de abertura e a reflexão econverse sobre o significado do espaço para o intérprete enfatizando que é o seumovimento que dá vida ao espaço ocupado por ele. O espaço da cena está semprepreenchido de intenções, sentimentos e interações.

ATIVIDADE 63 - Antes de iniciar a seqüência de exercícios, leia o texto de aber-tura. O registro deverá ser feito após a aula. Nesta atividade você vai explorar ossons, associando-os à uma situação com o objetivo de construção de uma cena.Você vai partir das duplas do exercício anterior. Desenvolvimento:❚ Pedir que os alunos retomem as duplas trabalhadas na atividade anterior.❚ Solicitar que imaginem quem seriam esses personagens que se encontraram e

dialogaram na língua inventada.❚ Explicar às duplas que devem escolher uma circunstância para o diálogo que será

construído. Por exemplo: um deles ganhou um dinheiro na-mega sena; outroperdeu a mãe; alguém vai viajar; outro foi aprovado num concurso, etc.

❚ Pedir que realizem o diálogo na língua inventada, com a intenção referente aopersonagem de cada um. O diálogo deve ter começo, meio e fim.

❚ Repetir o exercício até que se dêem por satisfeitos. Justifique a repetição, lem-brando aos alunos que um ator deve saber repetir tudo o que faz – gestos, sons,sentimentos, etc.

❚ Peça que as duplas se apresentem.❚ Após cada apresentação, pergunte ao grupo o que entenderam da cena.❚ Depois de todos os comentários, pergunte às duplas o que mudariam para tornar

Page 37: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

35

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

a apresentação mais clara. Neste momento, o grupo é instado a participar, dandosugestões.❚ Comente com o grupo que nem sempre o que achamos que estamos fazendo éentendido da maneira que desejamos. Cuide para que os comentários sobre as ce-nas não sejam pessoais e, sim, referentes à compreensão do que foi apresentado.❚ Peça às duplas que refaçam suas cenas a partir dos comentários feitos e as apre-sentem para o grupo novamente.

ATIVIDADE 64 - Esta atividade consiste num papo cabeça em que as duplas sejuntam, duas a duas, para conversar sobre todo o processo.

ATIVIDADES 65 E 66O tema dessas atividades é a voz. Incluem exercícios de respiração, aquecimentovocal e consciência do papel da voz para o intérprete.

ATIVIDADE 65 - Esta atividade consiste numa conversa e reflexão a partir da letra damúsica “A Voz do Dono e o Dono da Voz” de Chico Buarque de Holanda. Por contermuitas metáforas e significados vários é importante que você compartilhe com o grupoas idéias essenciais, discutindo o poder da voz do artista enquanto emissor de idéias,proposições, intenções, indagações que terão repercussão para quem o assiste ou escu-ta. Assim como também é fundamental refletir sobre “o dono da voz”, a serviço dequem fala essa voz. A execução da atividade segue alguns passos:❚ Leia para os alunos a letra.❚ Se possível, após a sua leitura, coloque a música, pedindo ao grupo que a acom-

panhe , seguindo a letra no Guia de Estudo.❚ Forme subgrupos e solicite que discutam entre si o conteúdo do texto, seguindo

o roteiro especificado no Guia.❚ Peça a cada subgrupo que apresente suas conclusões.❚ Leia a reflexão final junto com o grupo e faça os comentários de fechamento,

levando em consideração as idéias essenciais, expressas acima na descrição daatividade 65.

ATIVIDADE 66 - Trata-se de uma seqüência prática de exercícios na qual vocêestará conduzindo os alunos a perceberem a própria voz e o trajeto do som noaparelho respiratório. Nesta seqüência, também serão incluídas emoções e expres-são corporal, fazendo com que a rotina do aquecimento vocal adquira uma quali-dade expressiva essencial para a sua atuação. Desenvolvimento:

Exercício de extensão vocal: (fortalecimento da respiração e sua extensão paraadquirir mais fôlego e resistência para o trabalho vocal).❚ Você deve marcar uma pulsação constante, num minuto rápido e num minuto

lento, com o estalar dos dedos ou batida dos pés, mantendo cadência durantetodo o exercício.

❚ Peça que os alunos inspirem e expirem todo o ar em 2 tempos, 4 tempos, 8tempos, 12 e 16 tempos.

❚ Solicite que sinalizem quando perderem o fôlego, levantando a mão.

Page 38: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

36

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ É importante que em algum momento você diga aos alunos que para tudo temosque ter estratégias, que precisamos aprender a controlar o tempo de inspirar eexpelir o ar.

❚ Lembre que o diafragma pode ajudar nesse exercício, fazendo o controle darespiração.

❚ Refaça o exercício em duplas, pedindo que um do par marque o tempo enquantoo outro realiza a seqüência. Faça o rodízio dos papéis.

Exercício de aquecimento vocal: Você vai trabalhar com sons nasais e sonsabertos para aquecer a voz. Sons nasais são importantes pois se utilizam deuma caixa craniana, na qual o som pode vibrar de forma mais intensa e setornar mais perceptível aos nossos sentidos. A passagem do som nasal parao aberto possibilita aos alunos perceberem o processo do ar na produçãodo som. Siga a seqüência:

1. Pedir aos alunos que emitam o som nasal “hummm!”, todos juntos.2. Solicite que imitem um carro sendo acelerado e desacelerado como um motoris-

ta aquecendo o motor.3. Pedir que unifiquem o som nasal, mantendo-o em toda a expansão da respiração.4. Os alunos devem inspirar em momentos diferentes para que não haja interrup-

ção do som. Reforce aqui a idéia de equipe trabalhando junta.5. Ainda mantendo a constância do som, peça aos alunos que, ao vocalizar, se

inspirem numa escala musical. Faça a vocalização junto com eles, servindo demodelo.

6. Associe volume aos sons (intensidade) – baixo, muito baixo, quase imperceptí-vel, alto, muito alto, etc.

7. Repita a seqüência descrita até aqui, substituindo o som nasal por um intermedi-ário entre nasal e aberto (haaan!) e novamente com o som aberto (ahh!).

Voz e emoção:

1. Formar duas fileiras e colocá-las frente a frente, formando duplas.2. Uma fileira será a dos alunos que vão interpretar o som com emoção e a outra

será dos alunos que reconhecerão a emoção no som emitido pelo seu par.3. A fileira dos alunos que emitirão o som deve se posicionar de costas para a fileira

dos que adivinharão a emoção, procurando concentrar-se e escolher mentalmen-te a emoção que será expressa para o parceiro.

4. O exercício será feito por cada par consecutivamente.5. Numere as duplas e vá chamando pelo número. O aluno que está de costas e

que corresponde à dupla chamada, vira-se para seu par e emite um som, queexpresse a emoção escolhida por ele. Todo o grupo observará e os alunosque devem adivinhar a emoção só revelam sua percepção após todas as apre-sentações.

6. Depois das revelações, você deve repetir o exercício, trocando os papéis.7. Ao final, realize um papo cabeça, abrindo espaço para que os alunos comentem

o que perceberam sobre a própria voz e que observações querem compartilhar.8. Peça que façam o registro no Guia de Estudo. “A voz do dono só tem força se o

dono da voz tiver poder sobre ela”.

Page 39: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

37

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

ATIVIDADE 67 A 69Estas atividades exploram a capacidade imaginativa e a confiança grupal. É impor-tante que você crie uma atmosfera de bem estar, em que cada aluno possa sentir-seà vontade para expressar-se intimamente, sem preocupações com julgamentos, crí-ticas e censuras.

ATIVIDADE 67 - Esta atividade inicia as vivências imaginativas. Soltar a imagi-nação significa transcender o familiar e o esperado, entrar no desconhecido e libe-rar a criatividade e originalidade de dentro de si. Desenvolvimento:❚ Pedir que os alunos andem pela sala, passando por todos os espaços, olhando os

colegas nos olhos, sentindo os pés conectados no chão.❚ Solicitar que busquem um lugar na sala que os represente. Deitar-se nesse lugar e

respirar consecutivamente, desligando-se do exterior. Fechar os olhos.❚ Leia para o grupo o texto de abertura desta atividade contida no Guia de Estudo.❚ Explicar ao grupo que todos farão uma viagem imaginária.❚ Imaginar-se numa praia, deitado na areia aconchegante. Sentir o corpo pesar.

Relaxar.❚ Perceber o contorno do corpo desenhado na areia.❚ Escolher uma cor. Visualizá-la. Banhar o corpo com esta cor.❚ Imaginar a praia onde estão ao longe. Ouvir o som do mar. Ondas arrebentando,

gaivotas voando. Relaxar.❚ Dizer que a praia vai ficando mais distante e que cada um se descobre deitado na

terra. Sentir o corpo numa nova superfície.❚ Ir fechando o corpo lentamente até colocar-se em posição fetal. Ficar nesta posi-

ção por alguns instantes.❚ Desfazer a posição sem pressa até pôr-se de pé.❚ Imaginar-se numa floresta. Visualizar as árvores, as sombras, sentir a temperatura

do ar e ouvir os sons dos pássaros.❚ Abrir os olhos e descobrir que fazem parte de um grupo e precisam, juntos,

atravessar a floresta.❚ Pedir que demonstrem corporalmente as sensações descritas por você: a floresta

está fria e escura; ouvem sons ameaçadores; chegam a um lugar cheio derochas;alguém descobre uma passagem através das rochas por onde só é possí-vel passar de um em um e rastejando; ajudam-se mutuamente; todos passam;estão de volta ao calor e a luz do sol; todos se abraçam.

ATIVIDADE 68 - Esta atividade contém quatro exercícios práticos nos quaisvocê vai trabalhar com o grupo a confiança entre os alunos.

Exercício n° 1: Massagem corporal

❚ Formar um círculo com os alunos de pé, bem próximos uns dos outros, volta-dos para o lado direito.

❚ Massagear o colega a sua frente, dando tapinhas com as mãos em concha.Começar pelos ombros e ir até os tornozelos. Chame a atenção do grupo para aintensidade do toque, que não deve ser fraco demais nem forte para machucar.

❚ Repita o exercício com os alunos voltados para o lado esquerdo.

Page 40: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

38

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Exercício n° 2: Confiança I

❚ Formar subgrupos de aproximadamente 10 alunos em um círculo, de pé, volta-dos para o centro, bem próximos uns dos outros.

❚ Um aluno do subgrupo vai para o centro do círculo e fecha os olhos, lançando ocorpo vagarosamente para trás. O grupo deve ampará-lo e lançá-lo, cuidadosa-mente, para todas as direções possíveis.

❚ Todos do subgrupo vivenciam a experiência.

Exercício n° 3: Confiança II (ainda nos subgrupos)

❚ Um aluno vai ao centro e deixa cair o corpo vagarosamente para trás.

❚ Os demais seguram o corpo do colega, objetivando levantá-lo cuidadosamenteacima de suas cabeças. Manter as pernas do colega fechadas e distribuir-se demodo a oferecer sustentação ao pescoço, cabeça, omoplatas, quadris, joelhos,cotovelos, pernas e pés.

❚ Após levantar o corpo do colega, ir descendo devagar até deitá-lo no chão. Abrirespaço e deixá-lo sozinho por alguns instantes.

❚ Repetir o exercício com todos os participantes do subgrupo.

Exercício n° 4: O cego e o guia

❚ Formar duplas espalhadas pela sala.

❚ Distribuir os papéis de cego e guia para cada um do par.

❚ Os cegos devem seguir seus guias, acompanhando um som combinado previa-mente entre a dupla. Você pode distribuir vendas para os alunos que desempe-nham o papel de cegos ou apenas reforçar a importância de permanecer com osolhos fechados durante todo o exercício.

❚ Cada guia deve movimentar-se por toda a sala, prestando atenção para que o seupar não esbarre em objetos ou nos outros colegas que estarão fazendo o exercí-cio ao mesmo tempo.

❚ Ao final, dê um tempo para que as duplas conversem sobre a experiência vivida.Cuide para que seja um tempo breve.

ATIVIDADE 69 – Esta atividade tem o objetivo de possibilitar aos alunos a ex-pressão dos sentimentos e sensações despertados por esse bloco de atividades. Elaé composta de vários momentos. Para não quebrar a seqüência desenvolvida atéaqui, comece trabalhando com os subgrupos que realizaram os exercícios de con-fiança na atividade anterior. Siga os passos:

❚ Peça aos alunos que conversem nos subgrupos, formados para a atividade 68,sobre o que sentiram durante o bloco de atividades (67 a 68), criando uma ima-gem/foto que sintetize a emoção do subgrupo em questão.

❚ Solicitar que memorizem a imagem/foto. Você vai retomar essa imagem, porémos alunos não devem sabê-lo, pois o que se quer é preservar a espontaneidadedesta criação e exercitar a atenção e concentração dos alunos.

❚ Pedir que façam a leitura individual e silenciosa no Guia de Estudo das reflexõesreferentes às atividades 67 e 68 e que registrem suas impressões como é pedido.

Page 41: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

39

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

2.2 – CAPACIDADES EXPRESSIVAS E CRIATIVAS DO INTÉRPRETE

ATIVIDADE 70 A 72As atividades que se seguem iniciam o subtópico 2.2, cuja finalidade é explorar ascapacidades expressivas e criativas do intérprete. Nestas três atividades serão abor-dados dois aspectos essenciais: a concentração e o foco do ator. O ponto de con-centração libera a capacidade criativa do grupo, permitindo ao ator o centramentonecessário para extrair dos diversos estímulos cênicos aqueles que podem ajudá-lono objetivo da ação.

ATIVIDADE 70 - Para o entendimento do conceito de “ponto de concentração”sugerimos um jogo com bola. Para iniciar esta atividade, é interessante ouvir/can-tar com os alunos a música “Fio maravilha”, que trata do drible que o jogadordeve fazer para alcançar o gol. Comente com os alunos que o gol é o objetivo dojogador e toda sua concentração está focada nisto. Inicie então o exercício abaixo.Desenvolvimento:❚ Peça aos alunos que andem pela sala e explorem todos os espaços; peça que eles

andem com determinação, que decidam o trajeto a ser percorrido, mudando dedireção ao fim do mesmo.

❚ Varie o ritmo do caminhar – lento, muito lento, rápido, correndo.❚ Introduza a bola: entregue a bola a um aluno, que deverá circular com ela, atirando-a

repentinamente para um colega escolhido por ele, enquanto diz o nome de outrapessoa. Quem recebe a bola, repete o procedimento. O ritmo deve ser rápido.

❚ Ao final, analise com o grupo o que aconteceu, destacando a importância demanter o foco na bola, isto é, no objetivo do ator. Explique que o “ponto deconcentração” pode ser qualquer coisa, mesmo a simples manipulação de umcopo ou de outro objeto qualquer, estabelecendo o campo dentro do qual o atordeve trabalhar. Leia para os alunos a reflexão contida no Guia de Estudo, demodo a enriquecer a sua explicação sobre concentração e foco.

ATIVIDADE 71 - Esta atividade pretende levar o aluno a aplicar o conceito deponto de concentração a uma situação cênica e à construção do personagem, demodo a introduzir um novo conceito, o de OBJETIVO. Compõe-se de quatroexercícios que trabalham o corpo, a locomoção, a respiração e a voz

Exercício 1: Corpo e locomoção

❚ Retome o movimento de andar pela sala, com vários ritmos.❚ Peça que os alunos variem os níveis do corpo ao caminhar; agachados, naponta dos pés, normal, observando a respiração e as sensações em cada umadessas diferentes formas de andar.❚ Oriente para que eles escolham uma dessas formas e explorem ao máximo,deixando o resto do corpo funcionar sob comando desse andar. Peça que elesobservem como fica a coluna, a cabeça, os braços, cada parte do corpo nestecaminhar.

Page 42: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

40

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Peça que acrescentem um som..❚ Solicite que deixem surgir um personagem a partir desse corpo que caminha,lembrando que este personagem não precisa ser humano.❚ Incentive-os a explorar o espaço, executando diversas ações que o personagemfaria. Solicite que especifiquem em que espaço o personagem está atuando, senum hospital, escola, cemitério, ou outro.❚ O exercício prossegue até que tenham montado uma seqüência de ações desen-volvidas pelo personagem e que possam repetir depois.❚ Comente que toda seqüência de ação tem começo, meio e fim e que se estruturaa partir de um objetivo.❚ Peça que abandonem a ação executada e voltem a andar como o personagem,e depois normalmente, até formarem um grande círculo.

Exercício 2: Respiração e entonação de voz

❚ Em círculo, de pé.❚ Com os joelhos descontraídos e levemente flexionados, pés alinhados com osombros, fechar os olhos e respirar calmamente, percebendo as sensações inter-nas: que tipo de sentimento/emoção aflora? Como está a temperatura do meucorpo? Qual a sensação física? Peça que fiquem um momento consigo mesmos,procurando deixar a mente esvaziada de pensamentos.❚ Colocar as mãos nas caixas torácicas, sentindo o movimento do pulmão❚ Inspirar e expirar, contando até 10 em voz alta e clara.❚ Inspirar e expirar contando até 15 e, posteriormente, até 20, começando emvoz baixa até ficar alta. Repetir, começando em voz alta até ficar baixa.❚ Contar até 20, com diferentes entonações: como um instrutor militar, comoum romântico, como uma criança, de modo feliz, triste, raivoso, etc.

Exercício 3: Musculação facial

❚ Solicite que mexam os músculos faciais, abrindo e fechando a boca, movendo-a para os lados, para cima e para baixo; enrugada como a de um idoso, estendidapara fora como um peixe;❚ Contrair o rosto em direção a um único ponto e depois o contrário, ampliá-lo;dar um grande sorriso; mascar chiclete.❚ Peça que ponham a língua para fora, grande , comprida, movendo-a em diver-sas direções, fazendo movimentos circulares. Ressalte que a língua é um músculoimportante para a emissão e articulação vocal.

Exercício 4: expressão vocal e interpretação

❚ Forme duas filas indianas, uma de frente para a outra, uma em cada lado dasala. A um sinal seu, os alunos se encaminham para a outra fila e cada dupla devese cumprimentar, utilizando números. As pessoas que vêm de um lado devemdizer sempre 1;2;3;4, como se estivessem dizendo “olá, como vai?”. As pessoasda outra fila respondem com 5;6;7;8, como se dissessem “vou bem , obrigado!”.❚ Peça que se cumprimentem de diferentes modos: como antigos inimigos, comoesnobes, amigas que não se vêem há muito tempo, chorando, rindo, bêbados,formais, etc.

Page 43: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

41

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

❚ Retorne ao personagem criado no início do exercício e peça que se cumpri-mentem utilizando as características dos personagens , substituindo os númerospor palavras;❚ Peça que se despeçam de seus personagens, voltando a ser eles mesmos, esentem-se em círculo.❚ Leia com os alunos a reflexão da atividade 71, no Guia de Estudo, relacionan-do os exercícios realizados à idéia de “objetivo do personagem”. Explore ascitações apresentadas e certifique-se de que os alunos compreenderam o concei-to de objetivo.

ATIVIDADE 72 - Nesta atividade, os conceitos de “ponto de concentração” e obje-tivo serão aplicados a uma cena. Reflita com os alunos que o personagem é sempremovido por um desejo, ou um sentimento, ou um propósito, com o objetivo de chegara algum lugar. Em torno deste objetivo se organiza o corpo, a voz e a expressão doator, que constituem seus instrumentos de trabalho. Desenvolvimento:

❚ Forme subgrupos de 5 pessoas.

❚ Cada subgrupo deve escolher o local/cenário onde acontece a ação: hotel, hospi-tal, restaurante ou outro qualquer.

❚ Peça que os alunos escolham personagens que transitam pelo cenário escolhido eos distribuam entre si.

❚ Dê um tempo para que combinem a ação que vai acontecer, e visualizem seuspersonagens. O tempo dado não deve ultrapassar três minutos, pois o mais im-portante é o improviso..

❚ Cada subgrupo apresenta sua improvisação e os outros assistem, sem comentári-os ou intervalos entre as apresentações, de modo a não dar tempo para corre-ções. Esta improvisação deve ser feita sem palavras ou sons, utilizando apenasgestos, movimentos e espaço.

❚ Após as apresentações, peça que respondam às perguntas da atividade 72, conti-das no Guia de Estudo.

ATIVIDADES 73 A 77Esta seqüência de atividades procura explorar a capacidade imaginativa, afisicalização e a concentração dos alunos, aprofundando conteúdos já trabalhadoscom novas técnicas teatrais. Por fisicalização entende-se a transformação da reali-dade subjetiva em realidade física, ou seja, visível.

ATIVIDADE 73 - Este é um exercício de imaginação, que será realizado combase em um estímulo musical. Antes de iniciar a atividade propriamente dita, leiacom os alunos a reflexão de abertura no Guia de Estudo, preparando-os para seentregarem ao exercício. Desenvolvimento:

❚ Peça aos alunos que caminhem pela sala, escolhendo um local para sentar-se daforma mais confortável possível. Oriente que fechem os olhos. Coloque umamúsica rica em imagens. Sugerimos “Aquarela”, de Toquinho e Vinícius.

Page 44: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

42

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Peça que, a partir do que ouvem, imaginem a cena que está sendo proposta pelacanção.

❚ Após o término da música, dê a cada aluno uma folha de papel em branco e peçaque desenhe a cena visualizada.

❚ Solicite que se imaginem no desenho. O que estão fazendo? Por que estão ali? Oque estão sentindo? Para onde vão a partir deste ponto?

❚ Peça que abram os olhos e executem corporalmente a cena imaginada.

❚ Solicite que se agrupem, como se estivessem se encontrando numa única cena.Crie obstáculos para que sejam vivenciados corporalmente dentro da situação.Exemplos: repentinamente o espaço começa a se fechar; a passagem de um ven-daval, etc.

❚ Ao final, peça que se despeçam uns dos outros e se dirijam ao local no qualiniciaram o exercício.

❚ Solicite que se deitem no chão e respirem com consciência.. Após alguns segun-dos, peça que espreguicem e retornem ao círculo.

❚ Leia com os alunos a citação de Ida Brikman, no Guia de Estudo, e abra espaçopara comentários.

ATIVIDADE 74 - A dinâmica do espelho, proposta nesta atividade, procura tra-balhar a observação e concentração, ao mesmo tempo em que possibilita a experi-mentação com o olhar do outro sobre si mesmo. Após o exercício, você devepropor a leitura do texto que introduz a atividade 74, no Guia de Estudo. Desen-volvimento:

❚ Forme duplas, com um aluno de frente para o outro, fazendo o máximo de silên-cio e concentração possíveis.

❚ Um dos participantes da dupla atuará como espelho imaginário do outro, quedeverá interpretar uma pessoa olhando o espelho: a pessoa deve se movimentarmuito lentamente para que o reflexo (pessoa que faz o espelho) possa repetirseus movimentos.

❚ Sugira que a pessoa faça movimentos e gestos grandes, bruscos, exagerados.

❚ Após um ou dois minutos, você deve dar um comando para imobilizar as duplas,invertendo os papéis em seguida.

❚ Depois de alguns minutos, peça que os participantes formem um círculo, comoum grande espelho circular, no qual alguém é selecionado para atuar como pes-soa e os demais como espelhos.;

❚ Faça o rodízio dos papéis, de modo que vários alunos desempenhem a função deespelho.

❚ Depois de algumas rodadas, finalize o exercício e peça aos alunos que respondamà atividade 74 no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 75 - A atividade que se segue pretende dar ao jovem intérpretea idéia de que, no teatro, toda realidade é física, toda expressão, sensação ouemoção precisa se tornar visível. Aproveitando que o grupo já está trabalhan-

Page 45: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

43

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

do com o Guia de Estudo, sugira uma leitura do trecho da música “Drama”,de Caetano Veloso, comentando que é a emoção que revela o significado dapalavra. No Guia, a atividade 75 propõe uma associação livre de palavras comoum exercício de desbloqueio, que prepara o processo de “colorir palavras”,proposto na sequência. “Colorir palavras” significa traduzir física e sonora-mente o seu significado. Desenvolvimento:

❚ Antes de começar faça um aquecimento da musculatura facial, como o que foitrabalhado na atividade 71.

❚ Leia para os alunos uma lista de palavras com voz neutra. Os alunos devemrepeti-las em coro, colocando o máximo de expressão possível, refletindo o realsignificado da palavra. Exemplo de palavras: frio, bravo, áspero, morno, feliz,macio, gelado, raivoso, abafado, alegre, triste, fresco, calmo, tenso, suave, ondu-lado, quebradiço, quente, delicado, duro, deprimido, tranquilo, crocante tempes-tuoso, trovão, sedoso, morto, chorando, carrancudo, frágil, ressequido, relaxa-do, esponjoso, ensopado, severo.

ATIVIDADE 76 - Ainda “colorindo palavras”, os alunos irão experimentar, nes-ta atividade, uma primeira leitura de texto. Desenvolvimento:

❚ Leia com os alunos a rima infantil, sugerida no Guia de Estudo, recitando-a emcoro e atribuindo expressões distintas à mesma..

❚ Modos de leitura sugeridos: com suspense, com raiva, com tristeza, alegremente,como um locutor de tv, como uma propaganda, como uma canção de rock, comvoz lírica, com muita suavidade, muito alto.

❚ Forme subgrupos. Peça às equipes que pesquisem na memória outras rimas popula-res ditas em suas comunidades, escolhendo uma para apresentar ao grupo todo.

❚ Distribua para cada equipe uma folha de cartolina/flip chart ou papel metropara que escrevam com letras grandes e legíveis a rima escolhida. Prenda asrimas na parede ou no quadro, pedindo que cada subgrupo leia a sua, colo-rindo as palavras.

❚ Para finalizar, solicite que realizem a tarefa pedida no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 77 - Um dos aspectos centrais da atividade do ator é a capacidadede memorizar e reproduzir seqüências. Nesta atividade, os alunos retomarão osgrupos e a cena criada na atividade 72. Agora, eles devem repetir esta cena, acres-centando palavras. Observe que todos devem repetir os mesmos personagens, pro-curando reproduzir exatamente o que fizeram, acrescentando um texto que se en-caixe perfeitamente à pantomima criada.

ATIVIDADE 78 A 81As atividades 78 a 81 têm como objetivo liberar a expressão através da brincadeirae exercitar a articulação das palavras como instrumentos essenciais para a ação dointérprete.

Page 46: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

44

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

ATIVIDADE 78 - Esta atividade se inicia com o Guia de Estudo. Leia com eles otexto introdutório, abrindo um espaço para que eles comentem o que entenderamsobre o que leram. Destaque a importância da brincadeira para o fazer teatral,permitindo que o intérprete se libere das amarras e condicionamentos cotidianos eabra as portas da imaginação, gerando soluções criativas – muitas vezes inusitadas– para situações conhecidas.Em seguida, peça que eles observem a gravura do Guia de Estudo, lembrando desua importância e buscando reconhecer, na imagem, brincadeiras do universo decada um. Peça que registrem o que puderam reconhecer.A reflexão proposta no Guia de Estudo introduz os exercícios descritos abaixo.Sugerimos que estes sejam realizados ao som de uma música animada, como “Pi-ruetas”, de Chico Buarque, do cd Saltimbancos Trapalhões. A seqüência de exercí-cios propõe variações na maneira de andar, permitindo ativar estruturas muscula-res pouco utilizadas, tornando o intérprete mais consciente de seu corpo e de suaspotencialidades.

Exercício n° 1: Em ângulo reto

Sentados, braços e pernas esticados paralelos ao solo, começar a caminhar comas nádegas direita e esquerda, como se fossem os pés. O passo deve ser o maiorpossível. Retroceder da mesma maneira, mantendo sempre a coluna reta for-mando um ângulo de 90° com os braços e as pernas.

Exercício n° 2: Caranguejo

Com as duas mãos e os dois pés no chão, andar como os caranguejos, para aesquerda e para a direita, nunca para frente.Exercício n° 3: Pernas enroladas

Em duplas os alunos se seguram pela cintura, lada a lado, e enlaçam a pernadireita de um com a esquerda do outro, erguendo-as para que não toquem ochão. Começam, então, a caminhar, considerando, cada um, o corpo do ou-tro como sua própria perna. Lembre aos alunos que andar não é pular.

Exercício n° 4: Camelo

Com pés e mãos no chão, os alunos avançam como um camelo, adiantandoprimeiro o lado esquerdo – pé e mão simultaneamente – e depois o lado direito,e assim sucessivamente.

Exercício n° 5: Canguru

Abaixados, segurando os tornozelos com as mãos, os alunos devem saltar para afrente como um canguru.

Exercício n° 6: Carrinho de mão

Em duplas, um aluno se apoiará sobre as mãos, no chão, enquanto suas pernassão seguradas pelo companheiro. Caminha assim por algum tempo e trocam ospapéis. Peça que os alunos sugiram outras formas diferentes de caminhar.

Exercício n° 7: Respiração e aquecimento vocal

Retire a música e dê um tempo para que os alunos possam respirar mais alivia-dos depois dos exercícios de caminhar. Retome o trabalho de fortalecimento do

Page 47: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

45

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

SUGESTÕESDE OUTRASPOESIASOU TEXTOS

VerduraPaulo Leminski)

Liquidação deinvernoCalos Drummondde Andrade

Sinal fechadoPaulinho da Viola

Acorda amorChico Buarque

ConstruçãoChico Buarque

diafragma exposto na atividade 57. Na seqüência, repita o exercício de muscula-tura facial com caretas, descrito na seqüência da atividade 71, finalizando com oexercício de extensão vocal apresentado anteriormente (atividade 66), prepa-rando o fôlego dos alunos para a atividade seguinte.

ATIVIDADE 79 - Inicie a atividade, lendo com os alunos no Guia de Estudoa explicação do que é um trava-línguas. Destaque os trava-línguas apresenta-dos no Guia, fazendo com que os alunos percebam a articulação clara das pa-lavras e o ritmo das frases. Peça voluntários para repeti-los. O desafio que vocêdeve propor é que, à medida em que se familiarizam com os trava-línguas,aumentem a velocidade com que o texto é dito. Se você quiser acrescentar umtom mais lúdico à atividade, traga bombons ou pirulitos para premiar aquelesque conseguirem realizar o desafio sem tropeçar nas palavras. Peça que, emcasa, pesquisem outros trava-línguas diferentes dos que foram apresentados noGuia de Estudo.

ATIVIDADE 80 - A partir da leitura do texto introdutório da atividade no Guiade Estudo, converse com os alunos sobre a possibilidade de um mesmo textopoder ser lido e interpretado de diversas maneiras. Peça ao grupo exemplos coti-dianos de entendimentos diferentes para um mesmo fato. Explore rapidamente osexemplos trazidos pelo grupo, certificando-se de que os alunos compreendem quetoda encenação implica numa releitura do texto e seu autor. A seguir, procedacomo descrito abaixo:❚ Leia expressivamente o poema de Paulo Leminski, escrito no Guia de Estudo,

solicitando que os alunos escutem com toda a atenção.❚ Repita a leitura com a mesma entonação expressiva, frase por frase, pedindo que

o grupo as reproduza, também frase por frase, buscando captar a intenção dadapor você com a voz.

❚ Forme três subgrupos e designe a cada um deles um dos poemas contidos no Guia.❚ Solicite que cada aluno faça a leitura silenciosa do poema que lhe cabe, destacan-

do as palavras cujo significado ignora.❚ Pedir que, no subgrupo, procurem no dicionário o significado das palavras des-

tacadas, compartilhando com todos da equipe.❚ Solicitar que repitam a leitura silenciosa, dando cor às palavras para lhes conferir

expressão.❚ Pedir que os três subgrupos leiam o seu poema em coro, simultaneamente.❚ Cada subgrupo deve combinar um modo de ler o texto para os outros grupos.

Exemplos: ler em conjunto, dois a dois, em forma de jogral, etc.❚ Apresentação das equipes, uma a uma.

OBS: Você pode pesquisar outros textos, músicas ou poemas que façam parte douniverso dos alunos, para utilizar nesta atividade.

ATIVIDADE 81 - Mantendo as mesmas equipes da atividade anterior, peça quecriem um poema ou uma resenha sobre a aula do dia. Marque o tempo para aprodução pedida e finalize com a apresentação das equipes.

Page 48: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

46

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

2.3 – CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM

ATIVIDADE 82 A 85Esse bloco de atividades dá início ao processo de construção, de fato, do persona-gem. Vários conceitos e exercícios serão retomados, sempre associados a um dadonovo. Reforce com os alunos que eles têm trabalhado objetivando a construção deum produto e, nesse sentido, o corpo, a voz e a observação são elementos funda-mentais e constantes.

ATIVIDADE 82 - Leia com os alunos o texto e a reflexão que o segue, antes dedar inicio à seqüência de exercícios que compõem esta atividade.

Exercício n° 1: Corrida em câmera lenta

❚ Começe uma corrida que não deve ser interrompida.❚ Explique aos alunos que cada corredor deverá alongar as pernas o máximo acada passo. O pé, para passar diante da outra perna, deve passar acima da alturado joelho. Ao avançar é preciso que os alunos estiquem bem o corpo.❚ Quando o pé bater no chão, deve-se ouvir o barulho. Os dois pés não podemestar ao mesmo tempo no chão.❚ Estas exigências têm o objetivo de romper o equilíbrio cotidiano do corpo,fazendo com que os músculos adormecidos sejam ativados.❚ Ganha o participante que chegar por último.

Exercício n° 2: Ondas do mar

❚ Formar pares com os alunos de alturas parecidas.❚ Posicioná-los de costas um para o outro. Um deles coloca as nádegas acima dalinha das nádegas do outro, trança seus braços com os do companheiro e sedeixa cair sobre ele. O outro se dobra em direção ao chão de modo que seuparceiro se deite sobre ele, fazendo, então, movimentos suaves para cima e parabaixo de tal maneira que o parceiro tenha a impressão de estar flutuando nasondas do mar.É importante que o exercício seja realizado com tranqüilidade, para que hajaconfiança uns nos outros. Fique atento para que o ajuste das nádegas aconteça daforma indicada. Se for necessário, peça a outra dupla que se coloque ao ladodaquela que realiza o exercício, servindo de apoio. Este exercício não deve pro-vocar dor. Se isto acontecer, pare imediatamente.

Exercício n° 3: O desmaio

❚ Numere cada aluno de 01 a quantos forem os participantes.❚ Peça que andem perto uns dos outros .❚ Comece a dizer números aleatórios com certo intervalo de tempo. A cada númerodito, o aluno correspondente “desmaia”, devendo ser seguro pelos colegas.❚ Você pode dizer até dois números de cada vez, desde que esteja certo de que ogrupo está atento e que não haverá incidentes.❚ Termine o exercício, solicitando que todos se deitem com as costas no chão.

Page 49: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

47

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

Exercício n° 4: Respiração

❚ Mãos sobre o abdômen. Pedir que os alunos expirem todo o ar dos pulmões einspirem lentamente enchendo o abdômen até não poderem mais. Repetir omovimento diversas vezes.❚ Faça o mesmo procedimento com as mãos sobre as costelas, enchendo o peito(parte inferior do mesmo).❚ Faça o mesmo procedimento com as mãos sobre os ombros, enchendo de ar aparte superior do peito.❚ Por fim, faça as três respirações em seqüência na direção do abdômen para osombros.❚ Repita o mesmo exercício com os alunos em pé.Fique atento para o fato de que todos os músculos devam reagir à entrada de are à sua expulsão, como se o aluno pudesse sentir o oxigênio circulando por todoo corpo. A respiração é um ato integral.

ATIVIDADE 83 - Esta atividade se compõe de dois exercícios de projeção de voz.

Exercício nº 1: Furando a parede

❚ Coloque os alunos em pé, lado a lado, formando uma fileira voltada para aparede, a um metro de distância desta.❚ Com o som nasal “humm”, os alunos dirigem suas vozes para a parede comose quisessem furá-la, todos ao mesmo tempo e emitindo o mesmo som.❚ Comece com o som humm (nasal) e depois passe para o som “aaahhh” (aberto).❚ Aos poucos peça que esta fileira recue, se distanciando da parede, continuandoa emitir os sons de tal forma que o visualizem ultrapassando a parede.

Exercício nº 2: som e emoção

❚ Forme trios.❚ O exercício será feito utilizando sons abertos (a, e, o), associados a uma emoção.❚ Cada aluno do trio terá uma função: o primeiro sugere uma emoção ao ouvidodo segundo, que deve interpretá-la, utilizando som, gesto e a máscara facial, paraque o terceiro componente reconheça a emoção expressa.❚ Repita o exercício com rodízio dos papéis de tal forma que todos possamvivenciar as três funções.❚ Todos os trios devem atuar simultaneamente. Estimule-os a serem expressivos.

ATIVIDADE 84 – Esta atividade utiliza a improvisação focalizada na criação deuma história e é composta por dois exercícios.

Exercício nº 1: Criando uma história coletiva

❚ Forme 5 subgrupos.❚ Um grupo de cada vez se coloca diante da turma, sentando-se em cadeiras ouno chão.❚ Um dos alunos do subgrupo começa uma história, que vai sendo completadapor cada um dos outros quatro, até que o último componente do grupo estabe-leça um final. Você deve dar o sinal para a passagem de um aluno a outro, pre-vendo aproximadamente 1 minuto para cada aluno.❚ Todos os subgrupos realizam o mesmo processo.

Page 50: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

48

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Exercício nº 2: Representando a história

❚ Terminado o exercício anterior, cada subgrupo deve representar uma das his-tórias criadas, com exceção da sua própria.❚ A escolha das histórias deve ser feita de tal maneira que todas sejam encenadas.❚ Dê alguns minutos para que os alunos conversem rapidamente entre si sobre ascenas e dividam os personagens.❚ Solicite que os subgrupos observem os seguintes aspectos ao preparar a repre-sentação: definir o momento mais importante da história; observar a utilizaçãodo espaço e de como se colocar nele sem encobrir os demais atores; projetarbem a voz, atentando para a articulação clara das palavras; criar um corpo e umavoz diferente para cada personagem.❚ Lembre aos alunos que o exercício requer toda a energia deles e que não devemse preocupar com erros ou acertos.❚ Se houver tempo depois do exercício, peça que cada grupo converse entre sirapidamente sobre a improvisação, procurando identificar os pontos que po-dem ser melhorados.

ATIVIDADE 85 – Peça aos alunos que façam o registro da improvisação realizada naatividade anterior no Guia de Estudo, conforme o roteiro proposto no mesmo.

ATIVIDADE 86 E 87Nestas duas atividades, o objetivo é desenvolver a capacidade de observação dosalunos, aproximando-os, ao mesmo tempo, do universo do teatro. Isto será feito apartir da observação de um filme. Sugerimos a película “Shakespeare Apaixona-do”, porque trata diretamente do mundo do ator. Caso não seja possível o acessoa este filme, a atividade poderá utilizar outras alternativas, como: “A viagem doCapitão Tornado”, “Em busca da terra do nunca”, ‘Adorável Júlia”, “Bye, bye,Brasil” ou “Romeu e Julieta”.

ATIVIDADE 86 – Antes de iniciar o filme, peça aos alunos que leiam a reflexãoque introduz a atividade. Trata-se de um texto que ressalta a importância da obser-vação na perspectiva do ator. O ator deve olhar e ver tudo o que está acontecendo.

Dito isto, os alunos irão assistir ao filme. Se você estiver trabalhando com“Shakespeare Apaixonado”, apresente este grande dramaturgo inglês, falando desua importância na história do teatro.

ATIVIDADE 87 – Após o filme, reúna os alunos num círculo para ouvir seuscomentários. Pergunte aos alunos sobre sua impressão do filme: a história, os per-sonagens, figurino, cenário. Sugerimos algumas questões que você poderá levantarpara orientar esta conversa:

1 - Com que personagem se identificaram.

2 - Qual a forma desses personagens, voz, corpo, jeito de andar.

3 - Que comparação podem fazer, escolhendo dois personagens bem diferentes.

Por fim, peça que respondam o roteiro de questões que acompanha a atividade 87no Guia de Estudo, como tarefa de casa.

Page 51: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

49

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

ATIVIDADES 88 A 92Nesta seqüência de atividades, o aluno deve perceber que os exercícios corporais,vocais e de improvisação o ajudam a emprestar vida a um personagem, culminan-do em uma leitura dramática. É importante que aqueles que pretendem abraçar acarreira de intérprete teatral incorporem a necessidade de realizar regularmente osexercícios físicos e de alongamento, voz, respiração como elementos essenciaispara seu desempenho.

ATIVIDADE 88 – Os exercícios propostos nesta atividade são exercícios de alon-gamento.

❚ Alongamentos são um elo importante entre a vida sedentária e a vida ativa, man-tendo os músculos flexíveis e preparando-os para o movimento e atividade vi-gorosa, sem tensões indevidas. Os exercícios são relativamente fáceis e estãoilustrados no Guia de Estudo, mas é importante que você atente para que sejamrealizados corretamente, pois o condicionamento indevido pode causar danos.

Neste sentido, considere os seguintes aspectos:

❚ Os alunos não devem sentir dor;

❚ Os exercícios devem ser feitos regulamente;

❚ Não é preciso forçar os limites corporais nem estabelecer comparações. Cadacorpo é único e deve ser respeitado

Lembre que o objetivo do alongamento é reduzir as tensões musculares e que assensações sutis e revigorantes dos exercícios possibilitarão aos participantes entrarem contato com seus músculos.As seqüências abaixo acompanham as ilustrações do Guia de Estudo. Cada posi-ção deve ser mantida 20 segundos suavemente e mais 20 acentuando-se o movi-mento. Esse é o tempo mínimo necessário para se obter um resultado.

Seqüência 1: Alongamento de pernas e virilhas

❚ De pé, com braços e cabeças encostados na parede e uma perna dobrada,alongar a batata da outra perna, que deve estar esticada. Os pés devem estarvoltados para frente, sem levantar o calcanhar do chão. Fazer com uma perna,depois outra.❚ Sentado, com as plantas dos pés unidas e o quadril encaixado, balançar osjoelhos na posição borboleta. Atenção para a coluna: não deve ser o ombro quese verga para frente, mas o quadril que se aproxima dos pés.❚ Colocando a coluna ereta, estique a perna direita para o lado, mantendo a outraflexionada e próxima do tronco. Colocando a perna para frente , segurar com asduas mãos o tornozelo da perna esticada, aproximando o tronco da perna, comose quisesse encostar barriga e peito na coxa. Repita com o outro lado.❚ Retorne à posição borboleta.❚ Deitar-se, com as pernas esticadas, estendendo os braços pra cima, paralelos àcabeça.❚ Dobre um joelho, aproximando-o do tronco, sem tirar a outra perna do chão.Repetir com a outra perna.

Page 52: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

50

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Deitado de costas, colocar as mãos no peito, e dobrar as pernas, com as plantasdos pés encostadas uma na outra. Tente fazer com que os joelhos toquem o chão.❚ Dobrando o corpo lateralmente, retornar à posição sentada, empurrando-secom as mãos.❚ Novamente esticar uma perna e depois a outra.

Seqüência 2: alongamento das costas

❚ Peça aos alunos que deitem de costas, puxando o joelho esquerdo para o peito.Repetir com o direito. Repetir novamente segurando os dois joelhos ao mesmotempo.❚ Sentado, com as pernas flexionadas junto ao corpo, ir se deitando sem soltar aspernas e tentar suspender o quadril, como se fosse dar uma cambalhota.❚ Retornar a posição inicial e retomar o movimento de deitar-se sobre às costas,esticando as pernas, colocando as mãos nos quadris.❚ Retornar o quadril, apoiar os pés no chão, virar-se de lado e ir levantandolentamente até sentar-se.❚ Agachado como um índio, ir levantando até a posição similar a estar sentadoem uma cadeira. Continuar levantando até pôr-se de pé.

Seqüência 3: alongamento de braços, tronco e pescoço

❚ Sentado na cadeira, entrelaçar os dedos, esticar os braços com a palma parafora, elevando os braços, ainda esticados, em seguida para cima da cabeça, semsoltar as mãos.❚ Puxar os braços esticados ora para a esquerda, ora para a direita, sem entortara coluna.❚ Com dedos entrelaçados, atrás da cabeça, forçar os cotovelos para trás, tentan-do juntar as omoplatas.❚ Por trás da cabeça, puxar o cotovelo direito para o lado esquerdo e vice-versa.❚ Com a mão esquerda, pela frente do corpo, segurando o braço direito poucoacima do cotovelo, puxar o braço para o lado esquerdo, alongando o ombro.❚ Sentado com as costas eretas, esticar os braços ao longo do corpo, com aspalmas das mãos apoiadas no assento da cadeira, com os dedos voltados para ascostas.❚ Ainda sentado, trazer um joelho de cada vez para o peito.❚ De pé, descer a coluna até o chão, encostando o peito nas pernas, de modo queas mãos toquem os pés.❚ Alongar o pescoço, com movimentos circulares (lado direito, para trás, ladoesquerdo, para frente, retorna).❚ Alongar os músculos da face, prendendo os lábios, como se fossem engoli-los,abrindo bem a boca em “ó”, e em seguida abrindo-a para os lados.

ATIVIDADE 89 – Esta atividade começa com a letra de uma música de Cae-tano Veloso que trata da importância da voz para o cantor; seguindo-se de umtrecho que apresenta a importância da voz e do corpo para o ator e para aconstrução do personagem. Solicite que eles leiam a canção, o trecho e a refle-xão que se segue no Guia de Estudo, antes de iniciar a seqüência de exercíciosvocais descrita a seguir:

Page 53: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

51

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

Exercício:

❚ Inspirar lentamente todo o ar possível e expulsá-lo, de uma vez só, pela boca.Observar que o ar produz um som igual a um grito agressivo.❚ Inspirar o ar ao mesmo tempo em que vai levantando os dois braços estendi-dos, esticando-se ao máximo na ponta dos pés. Depois expirar lentamente en-quanto volta à posição normal, encolhendo o corpo até ocupar o menor lugarpossível.❚ Com todos juntos, em bloco, destaque um aluno para se posicionardiante do grupo, funcionando como um botão de volume. O grupo deveemitir os sons: a, e, i, o, u, aumentando o volume na medida em que oaluno for se afastando, e diminuindo quando ele for se aproximando. Oaluno se movimenta livremente. É interessante que você vá trocando aspessoas nesse papel.❚ Este mesmo exercício deve ser feito em duplas, com o aluno posicionando ovolume da voz de acordo com a distância de seu parceiro.

É interessante destacar para os alunos que, assim como os olhos miram o objeto,a voz também se direciona para aqueles que quer alcançar. No teatro a voz deveser projetada para alcançar a última fila.

ATIVIDADE 90 – Esta é uma atividade de leitura dramática, que constitui umaprimeira aproximação com a cena, ajudando a imaginar e dar forma ao persona-gem. O aluno-intérprete é sempre temeroso com as palavras. A leitura dramáticavai ajudá-lo a vencer esta barreira.O trecho a ser lido encontra-se no Guia de Estudo. Não se trata de um diálogo,mas de um texto que contém quatro personagens: o narrador, Stella Adler e doisatores. O texto deverá ser transformado em cena, através de uma leitura que em-preste voz aos personagens.Inicialmente, você deve ler o texto, representando os quatro personagens, paraque os alunos percebam a diferença entre uma leitura dramática e uma leituracomum. Você deve dar expressão diferenciada a cada um dos personagens.Depois, distribua os papéis entre os alunos, para que eles experimentem estadramatização. Repita a leitura algumas vezes, substituindo os alunos. É interes-sante comentar com o grupo as diferentes interpretações que podem ser dadosa estes personagens.Depois de feito o exercício, peça que os alunos registrem suas observações noGuia de Estudo.

ATIVIDADE 91 – dando continuidade ao exercício anterior, peça aos alunos queregistrem qualidades essenciais para um intérprete teatral, seguindo a orientaçãodo Guia de Estudo.

ATIVIDADE 92 – trata-se de um papo cabeça em que você vai explorar as quali-dades que os alunos consideraram essenciais num intérprete teatral. Pergunte quemeles conhecem que possui estas qualidades e se estas qualidades podem ser adquiri-das. Reforce com o grupo que o processo de desenvolvimento teatral exige desejo,disciplina e determinação na conquista destas habilidades.

Page 54: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

52

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

2.4 – MONTAGEM E APRESENTAÇÃO DE CENA TEATRAL

ATIVIDADES 93 A 95Estas atividades constituem seqüências de exercícios de improvisação que dirigemos alunos para a construção de personagens, levando-os a encontrar, dentro de si,elementos que facilitem essa construção.

ATIVIDADE 93 – Comece lendo, com os alunos, a introdução da atividade con-tida no Guia de Estudo. Peça que digam o que compreenderam do texto lido e,somente depois que tenham se expressado, inicie a seqüência de exercícios abaixo:

Exercício nº 1:

❚ Andar pela sala, percebendo os colegas, até formar uma dupla, encontrando oseu par através do olhar, sem falar.❚ Movimentar-se pelo espaço da sala ligado ao seu par pelo olhar. Peça às duplasque explorem movimentos como aproximar-se ao máximo, esconder-se, enfren-tar-se, distanciar-se, reaproximar-se, etc.❚ Explicar que, a um sinal seu, as duplas devem congelar na posição em que seencontram. Com o grupo congelado, atribua os números 1 e 2 a cada compo-nente do par.❚ O aluno a quem for atribuído o nº 1 interpretará sempre o primeiro persona-gem indicado por você e o nº 2 o segundo, na seqüência de papéis complemen-tares que serão citados.❚ Você vai apresentar um cardápio de papéis que todas as duplas devem repre-sentar simultaneamente, criando uma situação de conflito. Exemplo de cardá-pio: pai e filho; policial e ladrão; namorados; professor e aluno; político e elei-tor; vendedor e cliente.❚ Atenção: não permaneça muito tempo em cada papel, pois o objetivo desseexercício é ativar o grupo, surpreender, exigir dele mobilidade e improvisação,aquecê-lo.

Exercício nº 2: Conte-me quando você...

O objetivo deste exercício é fazer com que o aluno exercite a fluência verbalatravés da improvisação, a partir de uma situação dada por você.❚ Grupo sentado em semicírculo.❚ A cada situação dada, três alunos participam. Você não deve escolhê-los apriori e, sim, durante a realização da atividade, solicitando que um substitua ooutro na fala que está sendo dita. Não é preciso que o aluno substituto mantenhaa coerência do que está sendo falado, apenas que ele comece a falar imediatamen-te sobre a mesma situação e sem parar até que um outro o substitua.

❚ Exemplos de situações que você pode explorar: Conte-me quando você...a) saiu para o seu primeiro encontro amoroso.b) apareceu como convidado no programa do Jô.

Page 55: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

53

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

c) acidentalmente atingiu o rosto do diretor com uma torta.d) viajou para o Japão sem falar uma palavra em japonês.e) caiu em uma piscina infestada de tubarões.f) foi pego colando em uma prova.g) saiu escondido para ir a uma festa e acabou trancado fora de casa.h) foi a um show de rock e os músicos tocaram música clássica.i) comeu 6 pizzas grandes sozinho.j) foi sorteado na Mega-Sena e não conseguiu achar o bilhete para receber oprêmio.

ATIVIDADE 94 – Peça que os alunos leiam silenciosamente a abertura da atividadeno Guia de Estudo. Esta leitura visa a reforçar a importância para o ator do aquecimen-to corporal e vocal. A atividade consta de uma seqüência de 6 exercícios.Exercício nº 1:

❚ Divida o grupo em duas equipes, colocando-as frente a frente, de modo aformar duplas.❚ Trace no chão com giz ou fita crepe uma linha divisória entre as duas equipes(pares de frente um para o outro).❚ Pedir que os pares, um diante do outro, segurem-se pelos ombros e comecema se empurrar com toda a força, sem que nenhum ultrapasse a linha divisóriamarcada no chão entre eles.❚ Repetir o exercício com o par, costas contra costas.

Exercício nº 2: Canoa

❚ Duplas sentadas no chão, frente a frente, com pernas levemente flexionadas eencaixadas nas do par.❚ Dar-se as mãos e fazer um movimento para frente e para trás, de modo que umdo par vai até o chão e o outro debruça-se sobre ele, e vice-versa.❚ Repetir algumas vezes com os pares segurando-se pelas mãos e, depois, pelosbraços.

Exercício nº 3: Gangorra

❚ Duplas sentadas no chão, com as pernas flexionadas, pés no chão, coluna ereta.❚ Dar-se as mãos. Fazer o movimento da gangorra em que um sobe enquanto ooutro permanece sentado. Alternar, equilibrando o peso do corpo.❚ Você pode executar esse mesmo exercício com 4 alunos. Enquanto 3 sobem,um fica sentado e vice-versa. Depois de algumas repetições, pedir que, ao seusinal, subam os 4 de uma só vez.

Exercício nº 4:

❚ Dividir os alunos em duas equipes de igual número de participantes.❚ Pedir que cada equipe forme duas fileiras frente a frente, formando pares, dei-xando um aluno de fora. (Caso o número de participantes da equipe seja par,devem ficar dois de fora. Um deles realiza o exercício e o outro o ajuda, ao finaldo exercício, no momento em que desce dos braços dos colegas para o chão).❚ Os pares, frente a frente, esticam os braços diante de si, segurando nos braçosdos colegas que estão à sua frente, formando uma rede.

Page 56: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

54

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

❚ Os alunos que estão de fora afastam-se de suas fileiras e, a um sinal dado porvocê, emitem um grito para que o grupo fique alerta para recebê-los, correm nadireção dos braços estendidos e saltam sobre a rede feita pelos colegas em suasequipes respectivas.❚ Após o salto, cada rede de braços deve impulsionar o corpo do saltador, demodo que este a atravesse até o final, sendo recebido pelos dois alunos queconstituíram o 1º par de cada rede ou pelo aluno que ficou de fora, conforme onúmero de participantes da equipe tenha exigido.

Obs: O aluno deve saltar de frente com os braços esticados como num mergu-lho e continuar nessa posição até chegar ao final do trajeto formado por todosos braços.

Exercício nº 5:

❚ Duplas frente a frente, espalhadas pela sala. Olhos nos olhos.❚ Inspirar, silenciosamente. Peça a cada dupla que tente sintonizar o ritmo de suarespiração.❚ Expirar, soltando o ar pela boca, fazendo um som (ahh!), ao mesmo tempo emque os pares se deixam cair como se estivessem desinflando até relaxarem com-pletamente no chão.❚ A um comando seu, um aluno de cada dupla levanta-se, passando a ser o condutorenquanto o outro passa a ser o boneco inflável que se encontra vazio no chão.❚ Solicite aos condutores que façam movimentos, aliados a sons, que simulem umabomba de ar, enchendo o boneco. O boneco deve ir inflando até pôr-se de pé.❚ O condutor vai esvaziar o boneco, destampando partes do corpo por onde oar sai. O aluno condutor deve simular o ato de destampar com movimentos bemvisíveis em diferentes partes do corpo do boneco. Por exemplo: orelha, nariz,dedo, joelho, etc.❚ Repita o exercício, alternando os papéis da dupla.

Exercício n° 6 – Aquecimento vocal

❚ Alunos em círculo, de pé.❚ Pedir que os alunos fiquem atentos para a articulação vocal que você vai apre-sentar: o bambo de bambu de bambuê/ o bambo de bambu de bambuá/ bam-bu lelê/ bambu lalá.❚ Pedir que os alunos repitam frase por frase depois de você.❚ Solicitar que, juntos com você, todos falem sem parar a seqüência completa,repetidas vezes.❚ Pedir voluntários para expressar, com o corpo e a voz, a mesma articulaçãovocal, associando a ritmos e movimentos diversos. Por exemplo: como rock,como capoeira, forró, discurso, etc.

ATIVIDADE 95 – Esta atividade tem como objetivo a criação de um persona-gem e você vai iniciá-la com o poema de Fernando Sabino, pedindo a um voluntá-rio que o leia, projetando a voz e articulando as palavras com clareza. A reflexãovisa a despertar no aluno a motivação necessária para representar o seu persona-gem com fidelidade, de modo consistente. Além da leitura e reflexão, a atividadese compõe de dois exercícios práticos.

Page 57: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

55

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

Exercício n° 1:

❚ Peça aos alunos que andem pela sala de forma determinada, explorando todosos espaços, decidindo os trajetos a serem percorridos, mudando de direção cadavez que estes forem concluídos. Dê tempo suficiente para que o grupo se aqueça.❚ Explore o ritmo do caminhar (lento, muito lento, rápido, quase correndo...).peça que variem de níveis, na ponta dos pés, quase agachados, etc, ficando sem-pre atentos à respiração e sensações.❚ Peça que visualizem um personagem e comecem a se movimentar como ele.Faça perguntas que possam ajudá-los. Por exemplo: como ficam os braços du-rante o caminhar? A cabeça? A coluna?❚ Solicitar que acrescentem um som a esse corpo construído e que se encontraem movimento.❚ Peça que esse som se transforme em palavras, através de perguntas do tipo:qual seria o tom de voz do personagem e o volume?❚ Aos poucos, vá sugerindo que, enquanto se movimentam, executem diversasações que só esse personagem faria.❚ Solicite que escolham uma das ações e a executem no espaço, imaginando ocenário da ação escolhida. Faça perguntas que ajudem os alunos a construíremessa ação: onde estão? O que fazem? O que sentem? Que motivação os dirige? Oque querem alcançar? Dê um tempo para que realizem o que está sendo pedido.❚ Peça que abandonem, cada um em seu tempo, a ação executada, voltando aandar como o personagem.❚ Solicite que se despeçam do personagem, voltando a andar como si mesmos.

Exercício n° 2: Berlinda – Este exercício tem como objetivo reforçar o processode construção de personagem. Deve ser conduzido energicamente, sem tempopara elaborações prévias. Você deve favorecer a espontaneidade das respostas.❚ Seis alunos sentam-se de frente para o grupo, ocupando a berlinda, incorpora-dos nos seus personagens.❚ Peça ao grupo que faça perguntas, visando a conhecer os personagens. Suges-tão de perguntas: nome, idade, família, situação amorosa, o que gostam de co-mer, de fazer, defeitos, qualidades, profissão, etc.❚ Quando você perceber que os contornos dos personagens foram delimitados,peça aos alunos da berlinda que voltem para o grupo. A berlinda será ocupadapor outros alunos até que todos tenham passado pela experiência.

OBS: após o término dos exercícios, todos os alunos respondem à atividade 47 noGuia de Estudo. Você deve chamar a atenção para a realização da tarefa de casa.

ATIVIDADE 96 E 97Estas atividades visam a definir os personagens criados pelos alunos, estabelecen-do vínculos entre eles que, posteriormente, irão virar cenas.

ATIVIDADE 96 – Trata-se de uma seqüência de exercícios para aquecimento de cor-po e de voz. Leia com os alunos o texto introdutório, contido no Guia de Estudo,

Page 58: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

56

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

pedindo que compartilhem o que compreenderam. Após a leitura inicie os exercíciospráticos. Você vai utilizar exercícios feitos anteriormente, buscando aprimorá-los.

Exercício n°1: Aquecimento corporal

❚ Escolha duas seqüências de alongamento entre as descritas na atividade 40 pararealizar com os alunos.

Exercício nº 2:

❚ Musculatura facial – retome os exercícios referentes à musculatura facial des-critos na atividade 53.❚ Aquecimento vocal – retome os exercícios descritos na atividade 59, nos exer-cícios 3 e 4. Faça as adaptações que julgar necessárias. Também a atividade 66traz uma seqüência de aquecimento vocal.❚ Voz e emoção – retome os exercícios apresentados na atividade 66 sobre estetema.

Exercício nº 3

❚ Peça que os alunos andem pela sala, explorando todos os espaços.❚ Aos poucos, solicite que se transportem para seus personagens, caminhando,gesticulando e se expressando como eles.❚ Solicitar ao grupo que, a um sinal seu, os personagens se apresentem àquelesque estão mais próximos.❚ Peça que voltem a caminhar e repita o comando anterior algumas vezes.❚ Após as apresentações, os personagens devem se reunir em subgrupos de, nomínimo 6 e, no máximo, 8 pessoas. Explique que a reunião dos personagensdeve responder a algum critério pessoal, (empatia, afinidade, diferença) que nãoserá revelado para o grupo no momento.

ATIVIDADE 97 – Esta atividade é realizada com os subgrupos formados naatividade anterior e se inicia com a apresentação da tarefa de casa pedida na ativi-dade 95. Os alunos expõem o que trouxeram, fazendo um paralelo com seus per-sonagens. Você deve acompanhar esta atividade no Guia de Estudo, ressaltando asligações surgidas entre os personagens.

ATIVIDADES 98 A 100Estas atividades têm como finalidade criar diversas cenas, envolvendo os persona-gens que compõem os subgrupos da atividade anterior, a partir de situações trazidaspor você, de modo a construir uma história e escrevê-la em linguagem teatral.

ATIVIDADE 98 – Trata-se da construção da cena, propriamente dita, que seráapresentada como a produção do grupo no encerramento deste tópico. Antes deiniciar esta atividade, faça com o grupo um aquecimento corporal com músicaanimada, procurando movimentar as articulações e as diversas partes do corpo.Comece pela cabeça e vá até os pés, passando pelos ombros, tórax, quadris, joe-lhos, braços, mãos e rosto. Após o aquecimento, peça que os subgrupos se reúname se sentem espalhados pela sala. Distribua para cada subgrupo uma situação queserá o ponto de partida para a construção da cena. Cada equipe deve discutir a suasituação de modo a ser capaz de preencher o quadro exposto no Guia de Estudo.

Page 59: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

57

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

Situações tema:

a) poluição na comunidade

b)violência no bairro

c) casamento inusitado

d)um conto de fadas

e) uma viagem fantástica

f) um talento reconhecido

Preenchimento do quadro exposto no Guia de Estudo – A sua orientação éfundamental para que os alunos possam construir uma história envolvendo ospersonagens criados. Os dois quadros do Guia têm por finalidade facilitar essaconstrução.

O primeiro quadro consta de 9 colunas, a saber:

Personagens – o grupo deve listar o nome de todos os personagens que compõema equipe.

Sinopse dos personagens – descrever brevemente cada personagem: quem é, queidade tem, o que faz, do que gosta, do que não gosta, traços marcantes.

Situação tema - refere-se à situação dada (ou sorteada) por você para cada subgrupo.

Objetivo do grupo em relação ao tema – pedir ao grupo que, a partir da situação-tema,discuta e estabeleça o objetivo que perseguirá na construção da história. Porexemplo: na situação-tema “poluição na comunidade”, o objetivo pode ser en-contrar soluções alternativas para o problema que considere mais grave.

Conflito – o grupo deve estabelecer o conflito (impedimentos, desafios, discórdi-as, impasses) em torno do qual a história vai ocorrer. O conflito mantém relaçãocom o objetivo que o grupo estabeleceu para perseguir com a história.

Solução – refere-se à resolução do conflito e finalização da história. A mensagemque o grupo deseja passar para o público está sempre implícita na solução dadaao conflito.

Época em que ocorre a situação – o grupo necessita localizar a história numa época(ano, mês) para orientar os figurinos, a ambientação, a postura dos personagens,forma de falar, adereços, etc.

Local da ação – o grupo precisa determinar onde se passa a história. O local podese referir a um ou mais espaços. Todos precisam ser estabelecidos a priori.

Tempo percorrido pela história – diz respeito ao tempo em que os acontecimentosocorrem. Por exemplo: uma história pode iniciar no presente e finalizar daqui a10 anos, outra pode começar e acabar numa tarde.

O segundo quadro abarca a inserção dos personagens na história, a saber:

Personagens – listar novamente todos os personagens que atuam na história.

Objetivo do personagem na história – o objetivo do personagem é o que dá foco parao ator. Por isso, deve estar bem determinado e claro. O que este personagem fazna história? Quem é ele dentro da trama? Que papel desempenha no desenrolardos acontecimentos?

Page 60: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

58

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Vínculos – descrever os vínculos de cada personagem com os demais.

Objetos que compõem o personagem – é importante que cada personagem apresenteum traço que o torne único e que seja característico dele. Isto diz respeito a umobjeto que possa marcar a sua presença. Por exemplo: uma flor no cabelo, umapasta, uma bengala, um chapéu, um lenço no pescoço, etc.

Além do preenchimento dos quadros, as equipes devem registrar, no Guia deEstudo, a história que será representada e a mensagem que querem passar, dan-do um nome fantasia para a sua produção.

ATIVIDADE 99 – Inicie com a leitura do texto que introduz a atividade no Guiade Estudo. Certifique-se de que todos entenderam o que é uma cena, solicitandoque dêem exemplos, tomando por base uma das histórias criadas por eles. Só en-tão, peça que respondam à atividade contida no Guia de Estudo. Dê papel deofício para cada equipe. Acompanhe o trabalho de perto.

ATIVIDADE 100 – Leia com os alunos o trecho da peça exposto no Guia deEstudo. Contextualize a obra e o seu autor. Trata-se de uma peça escrita em 1960,transformada em filme, ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes em1962. O autor é também escritor de algumas obras conhecidas como “O BemAmado,”, “Roque Santeiro”, “Saramandaia” e “O Santo Inquérito”, dentre outras.Chame a atenção para a forma como o texto teatral é apresentado. Ressalte para ogrupo que as frases entre parênteses descrevem as ações que o personagem realizano momento em que fala o seu texto. A seguir, combine um tempo com os alunospara que cada subgrupo reescreva a sua história na forma de texto teatral. Procurepassar por todos os subgrupos, acompanhando as produções das equipes e escla-recendo as dúvidas que surgirem.

ATIVIDADES 101 E 102Estas atividades objetivam preparar os alunos para apresentarem suas cenas. Cons-tam de uma série de ensaios com observações suas, pontuando as atuações demodo a incentivá-los a produzir o melhor resultado possível.

ATIVIDADE 101 – Inicie a atividade pedindo que se reúnam nas equipes de trabalho.Peça que cada subgrupo faça um círculo e que se espalhe pelo espaço da sala. Sugira quecada aluno, por sua vez, em seu subgrupo, conduza o aquecimento de corpo e de voz,escolhendo uma das técnicas aprendidas. Chame a atenção dos alunos para que nãorepitam a técnica escolhida pelos colegas do seu subgrupo. Após o aquecimento, mar-que o tempo aproximadamente de 30 minutos para que as equipes ensaiem suas cenas,seguindo o roteiro e os textos criados na atividade 100.

ATIVIDADE 102 – Peça a um voluntário para ler em voz alta o texto que abre aatividade no Guia de Estudo. Conduza a apresentação das cenas, equipe por equipe,reservando um espaço para servir de palco e outro para localizar a platéia. Depois dasapresentações, solicite que o grupo se sente em círculo para o papo cabeça.

Papo cabeça – Peça a um aluno que leia em voz alta a abertura do papo cabeça econduza a conversa com o grupo, de forma bastante objetiva. Faça as indica-

Page 61: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

59

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

ções necessárias sobre as cenas e os personagens, bem como sobre o ensaio, massempre de forma a dar segurança aos alunos. Está na hora de finalizar as tarefase prepará-los para o ensaio geral que será na próxima aula, quando tudo deveráser feito sem vacilo, com muita concentração e atitude para improvisar, casoalgo saia do roteiro estabelecido. Lembre ao grupo que todos estão prontospara isso e que se exercitaram bastante durante a ocupação. Após os comentári-os, peça a cada equipe que refaça e reapresente sua cena, considerando os co-mentários feitos por você. Corrija os detalhes que ainda necessitem de ajustes.Termine as atividades do dia com uma roda, todos de mãos dadas, respirandojuntos. Se possível , coloque uma música suave e, ao final da mesma, solicite quecada um diga uma palavra que represente o sentimento do momento.

Tarefa para casa – Leia para os alunos o que está sendo pedido e estimule-os acumprir a tarefa, lembrando-lhes que na próxima aula será o ensaio geral e todosos objetos devem constar da cena.

ATIVIDADES 103 A 106Esta seqüência de atividades gira em torno do ensaio geral que deve ser encaradocomo se fosse a apresentação final para o público. Esta atitude deve ser passadapara o grupo por você.

ATIVIDADE 103 – Esta atividade propõe um aquecimento aeróbico que vocêvai conduzir, utilizando os recursos rítmicos da música “Na Carreira” de Edu Loboe Chico Buarque do cd O Grande Circo Místico. Trata-se de um aquecimento dinâmi-co e simples, no qual os alunos vão alternar corridas com marcha lenta e paradaspara respirar e alongar. Ouça a música várias vezes antes de utilizá-la e faça uso dasua criatividade na condução do exercício. Caso seja preciso, utilize qualquer outramúsica de ritmo bem marcado.

ATIVIDADE 104– Esta atividade tem como objetivo encontrar um fio condutorentre as diversas histórias de modo a transformá-las numa única produção. Você deveconduzir o grupo a uma construção coletiva que satisfaça a todas as equipes sem, noentanto, permitir grandes elaborações ou mudanças na estrutura das cenas já prontas. Épreciso encontrar uma solução simples. Marque tempo para a exposição das idéias dosalunos e peça a todos que procurem ser objetivos, diretos e claros. É bom que vocêtenha algumas alternativas, caso não surja do grupo a solução. Sugerimos algumas pos-sibilidades que você pode utilizar, a depender das histórias criadas:

a) transformar as histórias em notícias de jornal, rádio ou TV e um apresentadorou locutor faz a ligação entre elas;

b)um contador de histórias relata as diversas cenas para o público, fazendo comen-tários sobre as mesmas;

c) duas pessoas conversam ao telefone e as histórias fazem parte da conversa;

d)repórter e cenógrafo retratam as histórias;

e) um objeto faz a ligação entre uma história e outra, estando presente em todaselas, porém com significados diferentes.

Page 62: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

60

2A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Após a escolha do modo como as histórias serão ligadas, dê um tempo para oensaio dessa nova forma. Você deve acompanhar este ensaio, fazendo os ajustes eos comentários devidos, pedindo que trechos da apresentação sejam repetidos, senecessário. Assegure-se de que o clima seja de atenção, sem dispersão.

ATIVIDADE 105 – Solicite que cada aluno faça o seu aquecimento individualmente,sem conversas e brincadeiras. Chame a atenção para o fato de que o ensaio geral deveser tratado como se fosse uma apresentação para o público e que é preciso que todosestejam bem concentrados desde o aquecimento. Deixe os alunos à vontade para esco-lher os exercícios que acharem necessários, mas sugira uma seqüência dealongamento.Quanto ao aquecimento vocal, peça que comecem com os sons nasais eterminem com os sons abertos. Após o aquecimento, dê um tempo para que se prepa-rem com os adereços que trouxeram de casa (pedidos na atividade 102) e inicie o ensaiogeral. Ao final do mesmo, faça comentários ressaltando os pontos positivos e alimen-tando um clima de confiança no grupo. Solicite aos alunos o preenchimento do Guia deEstudo, chamando a atenção para a tarefa de casa.

ATIVIDADE 106 – Trata-se de um papo cabeça cujo objetivo é organizar osprocedimentos necessários para a realização da aula pública, seguida do ensaioaberto. Cada aluno poderá convidar uma pessoa e, para que tudo dê certo, algumasprovidências precisam ser definidas com o grupo:

❚ Arrumação do espaço – limpeza, cadeiras, som, delimitação de área para palco eplatéia.

❚ Definição do horário para chegada do grupo e dos convidados – os convidadosdevem chegar pelo menos 1 hora depois dos alunos para que, nesse tempo, estespossam tomar as providências necessárias para a realização do ensaio aberto.

❚ Recepção dos convidados – escolha dois alunos para receber os convidados eacomodá-los no espaço.

❚ Escolha do aquecimento a ser feito e da pessoa para conduzi-lo - é importantedefinir os exercícios que serão executados e que não poderão ultrapassar o tem-po de 10 minutos. Lembre-se que os alunos já estarão vestidos e caracterizadosnesse momento. Você pode escolher um aluno para conduzir o grupo durante oaquecimento. Caso não se sinta seguro para isto, dirija-o você mesmo.

❚ Escolha de um aluno para, após a apresentação, relatar para o público o processode aprendizagem pelo qual passou o grupo durante o tópico Elementos do Tea-tro. Oriente o aluno escolhido a ser objetivo e breve na sua fala. Peça-lhe queescreva o texto que pretende falar para o público e que o submeta ao seu conhe-cimento previamente.

❚ Buscar junto aos alunos e à coordenação do projeto uma pessoa para filmar aapresentação e outra para fotografar.

ATIVIDADES 107 A 108Estas são as atividades finais do tópico e incluem o ensaio aberto para o público euma avaliação final.

Page 63: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

61

2

ELEM

ENTO

S D

O T

EATR

O

ATIVIDADE 107 – Trata-se de uma atividade prática a partir do que foi planeja-do com o grupo na atividade anterior. Verifique se todas as providências estãosendo tomadas, pois o grupo tem 1 hora para preparar o espaço e preparar-se.Quando todos tiverem terminado suas funções, reúna o grupo e, em círculo, leiapara eles o texto encorajador do Guia de Estudo. Só depois desses procedimentosé que o espaço será aberto ao público. Lembre-se do tempo do aquecimento (10minutos) e que os alunos já deverão estar vestidos para a apresentação. Após amesma, o aluno escolhido para relatar o processo vivenciado executa a sua tarefa.Não se esqueça de pontuar, antecipadamente, para ele a necessidade de projetar avoz e articular com clareza as palavras. Depois de concluída essa etapa, os convida-dos devem retirar-se para que você reúna o grupo para a atividade final.

ATIVIDADE 108 – Você vai precisar de calma e determinação para reunir ogrupo após a apresentação pública pois, certamente, os alunos se encontram eufó-ricos e sensibilizados pelo fato de terem concluído o tópico. Porém é importanteque ouçam os comentários finais feitos por você. Procure ressaltar os pontos posi-tivos e incentive-os a continuar no processo de crescimento. Se perceber que hánecessidade de abrir espaço para a fala do grupo, faça-o, procurando evitar repeti-ções e discursos intermináveis. É provável que a emoção aflore. Acolha e use dasua sensibilidade para conduzir a situação da melhor maneira.

Page 64: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 3:AUXILIAR DE CENOTECNIA

A cenotecnia diz respeito à técnica de construir cenários desde o seu planejamentoe elaboração até a concretização dos mesmos, através da construção dos objetos,decoração e ambientação da cena onde acontecerá o evento ou espetáculo.

O cenotécnico e seu auxiliar trabalham em articulação com outros profissionais:cenógrafos, decoradores, ambientadores, produtores e diretores teatrais. Ele tem afunção de materializar as criações e/ou idéias propostas por estes profissionais,procurando fazer esta materialização do modo mais funcional possível, dentro dosrecursos disponíveis.

No escopo desse tópico, você vai trabalhar com atividades relacionadas aospré-requisistos básicos para a atuação de auxiliar de cenotecnia. É preciso queseus alunos aprendam a entender e construir maquetes, croquis e plantas e aexecutar objetos e elementos básicos. Para isto, faz-se necessário desenvolvernoção de espaço, aprender a dimensionar distâncias e materiais, assim comomanejar equipamentos específicos da ocupação como trena, régua, estilete, serra,martelo, etc.

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Subtópico Objetivo Conteúdo Atividades Horas

3.1 Projeto ❚ Desenvolver a capacidade ❚ Noção de espaço; 109 a 122 12cenográfico de observar o espaço ❚ Estilo de palcos;

e traduzi-lo graficamente ❚ Dimensão de espaço;❚ Leitura e elaboração deplantas baixas

3.2 Criação, ❚ Identificar objetos e elementos ❚ Elementos do cenário; 123 a 128 12construção cênicos que compõem o cenário; ❚ Objetos de cena;e adaptação ❚ Desenvolver as habilidades de ❚ Dimensionamento de objetos;do cenário construção de maquete. ❚ Utilização de escalas;

❚ Construção de maquetes.

3.3 Técnicas ❚ Conhecer e experiênciar ❚ Tipos de técnicas; 129 a 135 15básicas de diferentes técnicas de cenotecnia. ❚ Construção de objetoscarpintaria e e estruturas;revestimento ❚ Experimentação de texturas,

revestimentos e escultura.

3.4 Organização, ❚ Aplicar os conhecimentos ❚ Divisão de tarefas; 136 a 144 11detalhamento adquiridos na construção ❚ Planejamento do trabalho;e montagem de um cenário. ❚ Viabilização dos objetos;do cenário ❚ Montagem;

❚ Avaliação.

Page 65: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

O uso desses equipamentos e de alguns materiais implica em cuidados especí-ficos, pois o auxiliar de cenotecnia que manuseia inadequadamente ou sem aatenção devida seus instrumentos, põe em risco a sua segurança e a dos demais.Cabe a você observar as habilidades individuais para distribuir as tarefas, le-vando em consideração o perfil de cada aluno. Assim, você poderá, ao longoda ocupação, otimizar procedimentos e evitar acidentes. Lembre-se de que esteArco é composto de mais três ocupações e, talvez, alguns alunos não possuamas aptidões motoras requeridas para o desempenho da cenotecnia. Por outrolado, é importante que você ressalte a necessidade de que todos aqueles quequerem trabalhar no campo da arte e da cultura, precisam ter noções e conhe-cimentos básicos sobre a cenotecnia para melhor estruturar a sua prática.

O tópico em questão está estruturado no quadro do Tópico III - Cenotecnia, napágina 62.

Algumas dicas serão úteis ao seu trabalho:

❚ Antes de começar o tópico, verifique o material pedido para a viabilização daocupação de auxiliar de cenotecnia.

❚ Separe o material a ser utilizado, pelo menos dois dias antes do uso previsto, pois,assim, evitará surpresas inesperadas.

❚ Certifique-se de que você terá disponível um local seguro para guardar o materiale a produção dos alunos, garantido a continuidade do trabalho e a preservaçãodo produto.

❚ Estabeleça, com os alunos um contato de responsabilidade sobre o material uti-lizado e a utilizar. Isto diz respeito ao uso e conservação dos materiais como porexemplo:1. fechar potes e latas de tinta;2. limpar os pincéis logo após o uso;3. cortar peças sem desperdício;4. não jogar fora nada que for reutilizável;5. identificar o material inacabado com etiquetas (“tinta fresca”, “peças da esca-da”, etc)6. guardar pregos e parafusos em caixas tampadas;7. conferir todo o material ao final de cada aula (o que foi gasto, o que sobrou eo que será utilizado);8. manter a sala limpa.

❚ Combine com os alunos que as atividades deste tópico devem ser realizadas alápis, já que muitas delas exigem cálculos precisos e medidas exatas, o que impli-ca em correções.

❚ Solicite aos alunos que vistam roupas passíveis de serem manchadas ou danificadas.

❚ Verifique locais próximos de atendimento emergencial para o caso de um aciden-te e providencie ter à mão uma caixa de primeiros socorros.

Bom trabalho!

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

63

Page 66: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

64

3.1 - PROJETO CENOGRÁFICO

Este subtópico tem por objetivo conscientizar o aluno da necessidade do reconhe-cimento do espaço, de modo a evitar erros graves quando forem confeccionadasas estruturas cenográficas e/ou decorativas, possibilitando um ganho no espaço/ação do espetáculo ou evento.

As atividades envolvidas neste subtópico conduzem a reflexões como:

❚ Se é possível transformar um espaço, modificando-o para permitir determinadaação, também se torna possível mudarmos nossa forma de ver o mundo, bus-cando soluções que facilitem a nossa vida e a dos demais;

❚ Ao aprimorarmos nossa percepção de tempo e espaço, podemos levar nossasnovas atitudes para o cotidiano, planejando melhor nossos percursos de forma aencurtar distâncias e economizar tempo.

Ao desenvolver este subtópico, é importante introduzir os alunos no universo dacenografia, pois ela é o ponto de partida para o profissional de cenotecnia.

Texto de apresentação - Leia o texto com os alunos em voz alta. Certifique-se de quecompreenderam o que são maquetes, croquis e plantas. Para isso, sugerimos que vocêexemplifique com desenhos ou fotos cada uma dessas representações gráficas.

ATIVIDADE 109

Após a leitura do trecho inicial, pergunte aos alunos se já vivenciaram situações emque o mau uso do espaço causou momentos constrangedores ou cômicos. A se-guir, realize os exercícios descritos abaixo para desenvolver a noção de distância,deslocamento no espaço e noção de direção.

Exercício nº 1

❚ Peça aos alunos que andem pela sala ao ritmo da música, experimentando diver-sas direções e caminhando sempre para a frente. Escolha uma música cadencia-da, de preferência sem letra, que permita um andar bem marcado.

❚ A cada sinal seu, os alunos devem mudar a direção do andar, conservando amesma cadência. O seu sinal pode ser uma palma, uma palavra, um apito.

❚ Introduza novos comandos associados ao sinal, como: andar 2 a 2; andar emgrupos de 5; andar sozinhos o mais distante possível dos demais; andar em doisgrupos como um cardume de peixe em que lidera o que está à frente; andarsozinhos, porém o mais próximo possível dos outros.

❚ Solicite que metade do grupo pare encostado ao longo da parede e que a outrametade ande pelo espaço, como no comando inicial da seqüência. Faça o rodíziode grupo.

❚ Peça que parem espalhados, respirem e sentem-se em círculo.❚ Abra espaço para os comentários a partir das perguntas:

Page 67: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

65

O que foi mais fácil de executar? Que dificuldades sentiu? Como descreveria oespaço? Grande? Pequeno? Arejado? Claro? Escuro? Que diferenças sentiu ao ca-minhar no espaço com todo o grupo e com metade do grupo?Explore as respostas do grupo, levando-o a refletir que o mesmo espaço muda, adepender da perspectiva com que se olha para ele.

Exercício nº 2

❚ Divida o grupo em pares, solicitando que fiquem frente a frente, afastados, demodo a formar duas fileiras em lados opostos da sala.

❚ Peça que imaginem uma corda ligando os pares. Cada dupla segura uma pontada corda imaginária, fazendo o movimento de gangorra, mantendo a cordaesticada. Dê tempo para que explorem o movimento.

❚ Um aluno do par puxa o outro para si, enrolando a corda. Aquele que puxa devepermanecer preso ao seu lugar, enquanto o outro se aproxima até estar à suafrente. Quem se aproximou se afasta, desenrolando a corda. Alternar.

❚ Caminhar pela sala, mantendo a corda esticada e cuidando para não embolar asua corda com a dos demais pares.

❚ Pedir que parem onde se encontram. Cada dupla vai enrolando a sua corda porambas as pontas até os pares estarem bem próximos. Afastar-se novamente atéesticar a corda. Depositá-la no chão.

❚ Dar as mãos, formar um círculo. Respirar. Soltar as mãos.

Exercício nº 3

❚ Solicite dois voluntários, que assumirão os papéis de rato e gato, de modo que ogato deve caçar o rato.

❚ Forme 4 filas indianas com os alunos restantes, de modo que cada fila tenha omesmo número de participantes.

❚ Os alunos devem colocar a mão direita sobre o ombro do colega da frente,formando corredores entre as fileiras. O gato e o rato só podem se movimentarnestes corredores, sendo proibidos de furar as fileiras.

❚ A um comando seu, de direita, esquerda ou meia volta, os alunos das fileirasdevem se virar na direção indicada, recolocando a mão direita sobre o ombrodo novo colega que estiver à frente, mudando assim a direção do corredor.

❚ Depois de alguns minutos, caso o gato não consiga pegar o rato, substitua os perso-nagens por outros alunos. Após algumas substituições, interrompa a brincadeira.

❚ Sente-se com os alunos em círculo e converse sobre a experiência e o que podemconcluir a partir do jogo.

❚ Conclua, mostrando que o espaço está intimamente relacionado à organizaçãode nossa vida cotidiana, podendo ajudar ou atrapalhar o nosso dia-a-dia, a de-pender do modo como está estruturado.

Após a realização dos exercícios, volte ao Guia de Estudo e leia a reflexão para ogrupo, pedindo aos alunos que exemplifiquem a noção de espaço imediato, geral eamplo apresentada por Viola Spolin, com situações da vida cotidiana. Por exem-plo: o grupo dos alunos em círculo é o espaço imediato, o espaço geral é a salacom seus objetos e o espaço amplo é a escola onde se localiza a sala.

Page 68: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

66

ATIVIDADE110

O objetivo dessa atividade é distinguir as formas de intervenção de um auxiliar decenotecnia no espaço. Para chegar a isso, você vai iniciar a atividade possibilitandoque, através da observação das três figuras expostas no Guia de Estudo, os alunospercebam a diferença entre um espaço decorado (fig. 1), um espaço ambientado(fig. 2) e um cenário (fig. 3). A partir das colocações feitas, você pode pedir aalunos diferentes que leiam a descrição contida no livro. Certifique-se de que estáclaro para o grupo a conceituação de cada forma.

Peça exemplos. Ressalte para os alunos que o auxiliar de cenotecnia, ao fazer umcenário, trabalha também com a decoração e ambientação.

ATIVIDADE 111

Esta atividade esclarece as diversas funções da cenografia. Acompanhe com o gru-po o texto do Guia de Estudo, fazendo uma leitura compartilhada. Procure sem-pre pedir exemplos. Transforme o texto numa atividade interativa.

ATIVIDADE 112

O objetivo desta atividade é possibilitar o conhecimento de dois tipos de palcos: oelizabetano e o italiano. Antes de realizar esta atividade com os alunos, leia sozinhoo texto contido no Guia de Estudos e pesquise mais sobre o assunto. Para traba-lhar com os alunos, reproduza os palcos como estão representados no Guia, empapel metro, ampliando-os pelo menos 10 vezes em relação ao desenho original.Inicie a atividade com um aquecimento corporal, utilizando a música Palco (Gil-berto Gil). Escolha uma das seqüências de movimento descritas abaixo para fazercom o grupo, ao som da música:

Seqüência nº 1 – Em círculo, movimentar o corpo, parte por parte. A um sinalseu, um voluntário vai ao centro e comanda os movimentos do grupo, sendo se-guido por todos. Fazer rodízios nesse comando.

Seqüência nº 2 – Dançar livremente no ritmo da música. A cada pausa dadapor você, solicite um movimento específico como, por exemplo, correr pelasala e voltar para o mesmo lugar; abraçar um colega; tentar alcançar o teto;rolar pelo chão, etc.

Seqüência nº 3 – Forme pares e peça que dancem ligados por uma parte do cor-po, por exemplo, a cabeça (dançar com as cabeças encostadas). Troque os pares ea parte do corpo sucessivamente. Ao final, solicite que todos dancem juntos, man-tendo contato com um colega qualquer através de uma parte de seu corpo. Aotérmino da seqüência escolhida, faça um breve relaxamento com respiração. Apóso aquecimento, você deve conduzir a leitura do texto do Guia de Estudo. Trata-sede um texto longo. Portanto, para que não fique cansativo, divida a sala em quatrosubgrupos, solicitando que dois deles leiam sobre o palco elizabetano e os outros

Page 69: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

67

dois sobre o italiano, discutindo em suas equipes o que compreenderam e prepa-rando-se para apresentar o assunto para o restante da turma. Coloque à vista odesenho ampliado dos palcos. Ao final das apresentações, preencha as lacunas dei-xadas e esclareça as dúvidas.

ATIVIDADE 113Esta atividade desenvolve a noção de perspectiva e distância. Antes da leitura dotexto no Guia de Estudo, peça para os alunos prestarem bastante atenção no quevocê vai lhes mostrar. Pegue duas cadeiras iguais da própria sala e coloque-as ladoa lado, no mesmo plano, de frente para a classe. Solicite a alguns voluntários quefaçam a descrição do que estão vendo. A seguir, com as mesmas cadeiras empare-lhadas, afaste uma delas, colocando-a mais distante dos alunos em relação à outra.Solicite novamente que outros alunos descrevam o que estão vendo. Não dê escla-recimentos, apenas estimule o grupo a se manifestar. Só então, promova a leiturado texto contido no Guia, realizando a tarefa solicitada no mesmo. Não leve emconta a qualidade do desenho em si, e, sim, a alteração das dimensões feitas pelosalunos em relação a um mesmo objeto colocado a maior ou menor proximidade.A reflexão fecha a atividade e deve ser relacionada por você à figura ambígua apre-sentada no Guia. Explore as diversas percepções do grupo e finalize ressaltando aimportância de não nos fixarmos à primeira percepção que temos das pessoas edas situações. Sempre há uma maneira diferente e nova de ver as coisas.

ATIVIDADE 114Esta atividade tem como objetivo exercitar a noção de perspectiva, distância, di-mensão e distribuição espacial. A escolha de um local já conhecido visa a possibi-litar ao aluno fazer comparações entre o que recorda e o que de fato existe ou é.Explore ao máximo o senso de observação do grupo. A tarefa para casa reforça aimportância do uso dessa habilidade.

ATIVIDADES 115 E 116Estas duas atividades introduzem os alunos no universo das possibilidades de trans-formação de um espaço ou situação. Descobrir o quanto é possível modificar um espa-ço por um simples deslocamento de parede, ou abertura de janela, ou troca de lugar deum objeto, permite perceber que também nas situações vividas é possível encontrarsaídas novas se estivermos abertos a experimentar mudanças e alternativas. Dê para osalunos uma folha de papel ofício para a realização da atividade 115.

Na atividade 116, para facilitar a observação dos desenhos dos colegas, sugerimosque você divida a turma em subgrupos nos quais cada aluno passa o seu trabalhopara o colega da direita e assim sucessivamente, de modo que os desenhos sejamvistos por todos do subgrupo. Na equipe, devem ser feitas observações sobre afuncionalidade das modificações realizadas. Ressalte para os alunos que essas ob-

Page 70: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

68

servações não expressam julgamentos críticos, mas visam a favorecer o crescimen-to do aprendiz. Na plenária, conduza as discussões com perguntas diretas como:❚ A modificação feita permitiu um melhor uso do espaço de movimentação?❚ O que o levou a tirar ou inserir objetos no local?❚ Você ficou satisfeito com o resultado da sua modificação?❚ Algum comentário fez você pensar diferente sobre as modificações feitas?

Finalize a plenária com a leitura da reflexão.

ATIVIDADE 117Trata-se de um aquecimento corporal que visa a quebrar um pouco a sistemática quevem sendo utilizada de trabalho com papel e lápis. É uma atividade rápida e divertida.❚ Verifique o número de alunos presentes. Caso seja um múltiplo de 3, peça um volun-

tário para operar o som. Este aluno não participa da movimentação dos demais.Você pode fazer rodízio desta função para que todos passem pelo aquecimento.

❚ Solicite que os alunos se movimentem pela sala ao ritmo da música “Onde VocêMora” (Cidade Negra).

❚ Explique que, a cada pausa da música, dois alunos devem dar as mãos, de frente umpara o outro, formando uma casa que será ocupada por um terceiro (morador).

❚ Como não haverá número de participantes múltiplo de três, um ou dois alunossobrarão sem casa ou formarão uma casa vazia. Esses alunos, ao final do aqueci-mento, deverão pagar uma prenda escolhida por você.

❚ Toda vez que a música recomeçar, os alunos tornam a caminhar pela sala até anova parada. Peça que evitem formar duplas com as mesmas pessoas.

❚ Repita algumas vezes, anotando os alunos que pagarão prendas. Sugestão de pren-das: fazer expressão corporal correspondente a uma porta; a uma escada; umaescultura; uma pedra; uma fonte; uma janela, etc. Essas formas têm relação comos objetos cênicos que serão construídos pelos alunos em atividades posterio-res. Caso prefira, escolha outras prendas.

ATIVIDADE 118 A 120

Estas atividades visam a preparar os alunos para a construção de uma planta baixa.

ATIVIDADE 118 – o grupo, com a sua ajuda, vai aprender a utilizar a trena paramedir o espaço da sala e a registrar essas medidas em uma escala correspondente,que permita a representação do espaço numa folha de papel, conservando fielmen-te a distância, a proporção e a relação entre os objetos existentes na sala. Para queos alunos participem ativamente, sugerimos que você proceda da seguinte forma:❚ Peça ao grupo que se acomode em suas carteiras e que não modifique mais nada

do ambiente.❚ Distribua as trenas existentes, conservando uma para você. Se não houver núme-

ro suficiente de trenas, forme equipes.❚ Comece medindo o perímetro da sala e desenhe-o no quadro (ou papel metro) na

correspondência de 1 metro na sala = 20 centímetros no quadro.

Page 71: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

69

❚ Feito o desenho da sala, trace linhas a cada 20 centímetros, transformando odesenho liso num quadriculado. Cada quadrado corresponderá, na realidade, auma área de 1 metro x 1 metro.

❚ Peça voluntários para localizar todos os elementos e objetos contidos no espaçoda sala, desde a lixeira até a porta de entrada. Todos esses objetos devem sermedidos e marcados no desenho feito por você no quadro, no lugar correto emantendo a correspondência já estabelecida para representar a sua dimensão.

❚ Solicite que os alunos observem bem a sala para nada ficar esquecido. Assim, terásido construída coletivamente a planta baixa da sua sala de aula.

ATIVIDADE 119 – Você vai interpretar com os alunos as figuras contidas no Guia deEstudo. Chame a atenção para a correspondência entre a figura B (planta baixa) e asduas figuras que representam o cenário visto de frente. Faça a leitura do texto contidono guia e explique aos alunos como fazer a conversão das escalas para desenhar a plantabaixa. Diga-lhes, que quando trabalhamos com medida, ao desenharmos plantas baixase construimos maquetes, costumamos utilizar um instrumento semelhante a uma réguacom três faces chamada escalímetro. Em cada face desta régua são apresentadas duasescalas diferentes, para possibilitar ao projetista (pessoa que executa o projeto) umamaior ou menor dimensão na confecção das plantas baixas, desenhos de fachadas emaquetes, conforme as necessidades dos projetos. No nosso caso, faremos uso da ré-gua simples. As escalas mais utilizadas são as seguintes:

1:100 (um para cem)

em que 1 centímetro corresponde à unidade de medida em metros.

1:50 (um para cinqüenta)

em que 2 centímetros correspondem à unidade de medida em metros.

1:75 (um para setenta e cinco)

em que 2,5 centímetros correspondem à Unidade de medida em metros.

1:25 (um para vinte e cinco)

em que 4 centímetros correspondem à unidade de medida em metros.

Para o desenho da planta baixa, utiliza-se a escala 1/50, ou seja, cada metro é re-presentado por 2 centímetros.

ATIVIDADE 120 – Os alunos constróem sozinhos a planta baixa da sala desenha-da na atividade 115. Como o desenho feito não levou em consideração as medidasreais, os alunos devem estabelecer medidas fictícias, porém coerentes com a reali-dade. Acompanhe de perto o trabalho de cada um, indo de mesa em mesa paracertificar-se de que eles estão no caminho adequado.

ATIVIDADE 121 E 122

Estas atividades preparam os alunos para a confecção da maquete que serviráde base para a construção do cenário definitivo. Na atividade 121, você vaiorganizar subgrupos compostos por representantes de cada uma das históriasconstruídas no tópico Elementos do Teatro. Esta composição é necessária para

Page 72: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

70

que o cenário a ser criado possa contemplar referências importantes a todas ashistórias. Se você achar necessário, antes de formar os subgrupos, rememorecom os alunos o fio condutor que une as diversas histórias e os elementos maissignificativos da peça como um todo (por exemplo, a mensagem que desejampassar para o público).

ATIVIDADE 122 – Você vai trabalhar inicialmente com todo o grupo, definindoas referências a partir das quais os subgrupos vão construir uma proposta de cená-rio. Estas referências são relativas ao espaço onde será apresentado o espetáculofinal. Para isto, siga a orientação dada no próprio Guia de Estudo dos alunos. Apartir da medição do espaço destinado à apresentação da peça, os alunos traba-lham nos subgrupos formados na atividade anterior.

3.2 - CRIAÇÃO, CONSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DO CENÁRIO

Neste subtópico, os alunos devem aprender a transformar a planta baixa em maquetee a observar medidas e proporções. Neste processo, devem igualmente construir amaquete do cenário da apresentação final.

ATIVIDADES 123 A 125

Estas atividades são preparatórias para a construção da maquete e visam fazer comque os alunos percebam que o cenário é um complemento da cena, estando associadotanto à história quanto às características dos personagens.

ATIVIDADE 123 – Trata da verificação do material e você deve aproveitar omomento para falar da importância do cuidado com equipamentos e materiais quesão de uso coletivo. Confira as quantidades disponíveis e encarregue um membrode cada equipe do controle do material entregue ao grupo. Este aluno deve anotaro material recebido, distribuí-lo pela equipe, recolhê-lo ao final das atividades edevolvê-lo a você. Atente para o fato de que as equipes devem ser compostas por,pelo menos um membro de cada cena produzida no tópico Elementos do Teatrocomo foi pedido na atividade 121.

ATIVIDADE 124 – Retome com os alunos as cenas elaboradas no tópico Ele-mentos do Teatro. A partir delas, os alunos devem identificar os elementos cênicose os objetos que compõem cena e personagem (atividade 98). Após esse levanta-mento, as equipes devem apresentar os resultados em flip chart, complementandoas informações que passaram despercebidas. Solicite que cada um, ao final da ativi-dade, preencha o Guia de Estudo.

ATIVIDADE 125 – Peça aos alunos que, em equipe, imaginem as dimensões dosobjetos que comporão estas cenas, e, em seguida, preencham o Guia de Estudo.

Page 73: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

71

3.3 - TÉCNICAS BÁSICAS DE CARPINTARIA E REVESTIMENTO

Neste subtópico, os alunos vão ter acesso a algumas técnicas mais utilizadas nacenotecnia, partindo de uma visão geral sobre as mesmas e construindo algunselementos e objetos cênicos.

ATIVIDADE 129

Leia com os alunos o Guia de Estudo, apresentando-lhes a diversidade de técnicas quepodem ser utilizadas para a construção de cenários. Sugerimos que você enriqueça estaabordagem inicial com fotos, gravuras ou desenhos de profissionais da área.

ATIVIDADES 130 A 133

Estas atividades introduzem o aluno no campo da carpintaria teatral, promoven-do a construção de três objetos básicos: praticável, tapadeira e escada. Estes obje-tos foram escolhidos em função de sua simplicidade e por possibilitarem combina-ções variadas, diversificando planos de palco, etc.

ATIVIDADES 126 A 128

Estas atividades tratam da construção da maquete propriamente dita.

ATIVIDADE 126 – Os alunos deverão construir, em equipes, a maquete do cená-rio, com base nos resultados das atividades 121 e 124. Acompanhe com a turma ospassos descritos no Guia de Estudo, observando as equipes para que desempe-nhem corretamente as instruções.

ATIVIDADE 127 – As maquetes construídas deverão ser expostas e analisadaspela turma. Peça que os alunos observem em cada uma delas:❚ se o ambiente da cena construída está bem retratado;❚ se as estruturas, elementos e objetos estão distribuídos no espaço de forma ade-

quada e funcional;❚ se os elementos e objetos criados são viáveis para os recursos de que o grupo dispõe.

Destaque a contribuição valiosa de cada equipe e as diferentes possibilidadescenotécnicas de atender à mesma necessidade de cena.

ATIVIDADE 128 – O grupo deverá escolher uma das maquetes construídas oumontar uma outra alternativa de cenário com elementos das várias maquetes. Estadecisão deverá ser tomada em plenária, observando-se os dados de funcionamen-to, caracterização da cena e viabilidade de execução. Lembre aos alunos que oselementos e objetos que ficarem de fora podem ser essenciais em outras cenas oucom outras possibilidades de recursos.

Page 74: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

72

ATIVIDADE 130 – A finalidade deste exercício é fazer os alunos perceberem queestas estruturas podem compor um ambiente de diversas maneiras. Leia com ogrupo o enunciado do exercício e solicite que fechem os olhos por alguns segun-dos, imaginando a utilização destes objetos no cenário. Depois peça que registremno Guia de Estudo a concepção cenográfica que imaginaram.

ATIVIDADE 131, 132 e 133 – Você vai pôr em prática, nestas atividades, a cons-trução dos elementos mencionados. Antes de realizar a atividade em sala, leia adescrição no Guia de Estudo e verifique a disponibilidade dos materiais requeri-dos. Antes de construir os objetos, reproduza a estrutura de cada um no quadro,explicando sua função, usos mais comuns, medidas e cuidados necessários para suaconfecção. Depois, apresente o modo de fazer cada estrutura passo a passo.

Depois que toda a turma tiver tido acesso às informações básicas, contidas noGuia de Estudo, e esclarecido dúvidas a respeito da manufatura destas estruturas,divida-os em três subgrupos de dez alunos, considerando as habilidades observa-das durante as aulas, de forma a manter um equilíbrio técnico entre as equipes.

Cada equipe ficará responsável pela construção de uma estrutura. Você devecircular entre as equipes para garantir a orientação correta e o uso adequadodos materiais.

ATIVIDADE 134 E 135

Estas atividades dizem respeito às técnicas de escultura e revestimento.

ATIVIDADE 134 – Esta é uma atividade lúdica, que estimula a criatividade dosalunos no manuseio de materiais diversos, com o objetivo de que os alunos perce-bam as possibilidades da modelagem. Você vai utilizar, para isso, os seguintesmateriais:❚ cola branca (diluída)❚ papel metro (pardo)❚ jornal❚ material de sucata

Divida a turma em subgrupos, explicando que devem construir, sobre uma folhade papel metro, uma floresta em alto relevo, que contenha pedras, troncos, árvorese imaginação.

Ao final, exponha as produções na sala e peça que cada subgrupo comente suaprodução.

ATIVIDADE 135 - Os alunos vão conhecer a técnica de escultura a partir daconstrução de uma pedra. É importante explicar que a estrutura que eles aprende-rão a fazer pode ser utilizada para a criação de inúmeros objetos: pedras, árvore,objetos decorativos, entre outros. Tal como feito anteriormente com a carpintaria,você deve apresentar a técnica no quadro, antes de iniciar a construção, discutindofunção, usos, cuidados, modo de fazer. Em seguida leia com os alunos as instruções

Page 75: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

73

contidas no Guia de Estudo, para dar início à confecção dos objetos.

Cada um dos três subgrupos da atividade anterior deverá construir uma pe-dra. Se houver disponibilidade de material, você pode propor que eles experi-mentem, além da pedra, as variações sugeridas no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 136

Nesta atividade, você vai conversar com os alunos sobre outras técnicas detextura e revestimento. Inicie com a leitura do Guia de Estudo e apresente astécnicas sugeridas. Se possível, leve figuras e objetos que ilustrem as técnicasapresentadas. Peça aos alunos que registrem, no Guia de Estudo, técnicas dife-rentes que conheçam e as compartilhem com os demais, ampliado o universode possibilidades.

3.4 – ORGANIZAÇÃO, DETALHAMENTO E MONTAGEM DO CENÁRIO

O objetivo deste subtópico é preparar os alunos para a aplicação dos elementoscenotécnicos à produção do cenário. Isto envolve ações que vão desde a organiza-ção das equipes de trabalho até o momento final das montagens.

ATIVIDADES 137 E 138

Nestas atividades, os alunos devem perceber que o trabalho da cenotecnia tambémpode ser subdividido em tarefas específicas, sob a responsabilidade de pessoas diferen-tes e que estas pessoas devem atuar de forma articulada, com espírito de equipe.

ATIVIDADE 137 - Solicite aos alunos que leiam a orientação do Guia de Estudo,lembrando a eles que qualquer atividade produtiva envolve 3 grandes momentos: ainfra-estrutura, quando obtemos tudo o que precisamos (insumos) para produzir;a produção, que constitui o processo de transformação propriamente dito; e acomercialização (saída), quando os itens produzidos passam a outras mãos. Combase nisto, os alunos devem organizar a seqüência pedida pela atividade, que deveseguir a ordem abaixo:

1. seleção 2. compras 3. matéria prima 4. preparação5. manufatura 6. montagem 7. controle de qualidade8. acabamento 9. embalagem 10. vendas

ATIVIDADE 138 - Solicite que os alunos realizem a atividade no Guia de Estudo.Depois, divida-os em subgrupos para que estruturem uma proposta de organiza-ção das tarefas. A partir dos resultados dos grupos, explique que o processo pro-dutivo é organizado em 3 funções, conforme o quadro a seguir:

Page 76: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3A

RTE

E C

ULT

UR

A I

74

Comente que a habilidade para comprar é diferente da de manipular os objetos eda de vender. Por isso, há lugar para todo o mundo no processo produtivo.

Conclua a atividade, refletindo com os alunos que a cenotecnia, assim como umaempresa, precisa de organização para funcionar, sendo necessário setorizar a pro-dução para que possamos cumprir os prazos de entrega, como qualquer outrofabricante. Destaque que, para um bom funcionamento do trabalho, é preciso queos setores atuem de forma integrada, cooperando uns com os outros.

ATIVIDADES 139 A 141

Este grupo de atividades se destina à produção do cenário para a apresentaçãoteatral que será encenada ao final das quatro ocupações.

ATIVIDADE 139 - Solicite que os alunos preencham o que é pedido no Guia deEstudo, utilizando a lista de personagens e objetos elaborada na atividade 124.Eles devem observar que os elementos/objetos podem ser construídos, levandoem conta os materiais disponíveis e as habilidades desenvolvidas e quais os objetosque precisam ser obtidos através de empréstimos, doações, parcerias, etc.

ATIVIDADE 140 - Levando em conta o que já está pronto, o que precisa serconstruído, o que deve ser obtido com terceiros e a maquete construída na ativida-de 128, os alunos devem ser distribuídos em equipes para a realização das seguin-tes tarefas: caracterização do ambiente; preparação do pano de fundo; confecçãode objetos/elementos; obtenção de objetos. Você pode pedir que os alunos secoloquem individualmente em cada uma dessas equipes, mas é importante conside-rar as habilidades pessoais para que se mantenha o equilíbrio das mesmas. Vocêdeve cuidar para que o número de alunos em cada equipe esteja adequado à tarefa.O grupo destinado à obtenção de objetos, por exemplo, não precisa ser compostopor muitos alunos, três ou quatro são suficientes para não haver dispersão.

ATIVIDADE 141 - Solicite que cada uma das 3 equipes preencha em flip chart umquadro igual ao que consta no Guia de Estudo, para ficar exposto na sala. Depoiscada um , individualmente, deve preencher o mesmo quadro em seus livros. De-pois disso, os alunos estão livres para agir. Observe seus desempenhos e oriente-osquando for necessário.

Entrada (infra-estrutura) Processamento (produção) Saída (comercialização)

❚ seleção ❚ manufatura ❚ pesquisa do cliente

❚ compras ❚ montagem ❚ divulgação

❚ matéria prima ❚ acabamento ❚ venda

❚ preparação ❚ embalagem

❚ controle de qualidade

Tudo de que necessito Processo de produção Escoamento dopara produzir produto

Page 77: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

3

AU

XIL

IAR

CEN

OTE

CN

IA

75

ATIVIDADES 142 A 144

Estas atividades constituem momentos de avaliação do aprendizado.

ATIVIDADE 142 – Peça a cada aluno que preencha, individualmente, o Guia deEstudo. Quando todos tiverem preenchido seus livros, em círculo, socialize as ob-servações feitas pelos alunos. Fique atento para que nessa conversa coletiva o climado grupo permaneça cooperativo, chamando a atenção para o fato de que as críti-cas que porventura sejam feitas, o sejam na direção construtiva. Ressalte os aspec-tos positivos da produção das equipes.

ATIVIDADE 143 – Para a realização desta atividade, peça aos alunos que tiveremmáquina fotográfica, que as tragam para registrar a produção do grupo. Comentesobre a importância do registro de toda produção realizada, como forma de po-der remontar e melhorar posteriormente o trabalho feito. Destaque também a im-portância de observar os vários ângulos do cenário, como meio de aprimorar apercepção dos detalhes e do efeito geral.

ATIVIDADE 144 – Peça aos alunos que preencham a avaliação do tópico noGuia de Estudo.

Page 78: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 4:ASSISTENTE DE FIGURINO

Dentro do Arco Ocupacional Arte e Cultura I, a formação do assistente de figuri-no se apresenta como elemento essencial ao desempenho do espetáculo, contribu-indo para a coerência do conjunto da obra. Esta ocupação depende da concepçãogeral do espetáculo, definida no âmbito da produção cultural; do roteiro da ence-nação e da natureza dos personagens, contidos nos Elementos do Teatro; do ambi-ente cenográfico, desenvolvido no escopo da cenotecnia.

A criação do figurino não é uma tarefa simples. Ela envolve ações de conceituaçãodo traje, elaboração, viabilização do projeto concebido e adaptação do mesmo àscondições e recursos disponíveis para a realização da proposta criada.

A estrutura de organização dos conteúdos leva em conta esta complexidade, divi-dindo-se em cinco temas: introdução ao conhecimento teórico-prático do fazer doassistente de figurino; processo de criação a partir da leitura de texto; planejamen-to e organização do trabalho; criação de figurino direcionado para a apresentaçãofinal; e soluções práticas para a adaptação do figurino aos recursos disponíveis nasvárias situações em que o jovem aprendiz irá se defrontar.

Levando em conta a duração da ocupação e a diversidade dos alunos, optou-sepela produção de figurinos a partir da adaptação de materiais pré-existentes atra-vés de amarrações, tinturas, alinhavos, customização, entre outras técnicas.

O conteúdo do tópico está organizado da seguinte forma:

4A

RTE

E C

ULT

UR

A I

Subtópicos Objetivo Conteúdo Atividade Horas

4.1. Noções Aproximar o aluno do universo ❚ Profissão do figurinista; 145 a 151 06introdutórias conceitual da ocupação do ❚ Figurino como parte da história;sobre figurino figurinista. ❚ Conceituação do figurino.

4.2. Processo de Desenvolver as competências ❚ Como conceituar um figurino; 152 a 156 12criação do figurino básicas para criação ❚ Processo de criação;

e projeção de figurinos ❚ Elaboração do figurino.

4.3. Planejamento Identificar procedimentos ❚ Procedimentos básicos; 157 a 159 09e organização no essenciais ao exercício . ❚ Ficha de apoio;trabalho de figurino da função ❚ Catálogo de materiais.

4.4. Aplicação dos Exercitar a capacidade de ❚ Concepção, criação e montagem 160 a 16 3 12conceitos a um produção do figurino específico. do figurino da apresentação final.figurino específico

4.5. Soluções Desenvolver a capacidade de ❚ Uso da cor; 164 a 172 09práticas e recursos adaptação dos materiais ❚ Combinação e contraste;disponíveis ao projeto concebido. ❚ Tintura;

❚ Customização.

Page 79: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

DICAS:

Antes de iniciar o tópico:

❚ Verifique se todos os materiais solicitados encontram-se disponíveis na escolaonde a ocupação será ministrada.

❚ Separe previamente o material de cada aula.❚ Peça aos alunos que tragam revistas que possam ser recortadas, retalhos de teci-

do, couro, plástico e outros materiais como fitas, cordões etc., que possam serúteis à composição de figurinos.

❚ Separe este material em caixas, formando 3 tipos de arquivos: arquivo de revistas,arquivos de tecidos e arquivo de materiais diversos.

❚ Responsabilize os seus alunos pelo material que lhes forem entregues e confiracom eles a devolução dos mesmos ao final de cada aula.

❚ Solicite da coordenação um local seguro, de preferência um local com chave,para guardar o material que está sendo utilizado e produzido.

❚ Oriente os alunos para que não haja desperdício dos recursos.

4

ASS

ISTE

NTE

DE

FIG

UR

INO

77

4.1 – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE FIGURINO

Este subtópico tem como finalidade introduzir o aluno no universo da atividadedo assistente de figurino, ajudando-o a compreender seu campo de atuação e seuobjeto de trabalho. Contempla, ao todo, 7 atividades.

APRESENTAÇÃO E ATIVIDADES 145 E 146

Estas duas atividades, aliadas ao texto de apresentação, permitem ao aluno com-preender a especificidade e importância do trabalho do figurinista e seu assistente.

Texto de apresentação – Antes de iniciar a leitura do texto de apresentação doGuia de Estudo, pergunte aos alunos em que consiste, no entendimento deles, otrabalho do figurinista e seu assistente. É possível que alguns confundam esta ocu-pação com o trabalho da costureira ou do estilista. Peça, então, que leiam, juntocom você, o texto de apresentação, observando se as diferenças entre essas profis-sões são claras para eles. Destaque que o trabalho do figurinista se relaciona com ode outros profissionais, ressaltando sua estreita vinculação com a equipe de dire-ção do espetáculo, cujos atores ele vai vestir.

ATIVIDADE 145 – Inicie esta atividade com uma leitura coletiva do textointrodutório, pedindo aos alunos que digam o que entenderam sobre o mesmo.Depois solicite que observem as figuras no Guia de Estudo, explicando que osalunos devem imaginar a vida de cada uma daquelas pessoas, aproximando-se o

Page 80: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4A

RTE

E C

ULT

UR

A I

78

mais possível da realidade, preenchendo os itens que compõem a tabela. Esta eta-pa do exercício deve ser feita individualmente.

Quando os alunos tiverem concluído esta primeira tarefa, divida a turma em 5 subgru-pos para que comparem as informações dadas sobre cada personagem, de modo queo subgrupo de número 1, por exemplo, socialize a história da figura 1 e assim pordiante. A intenção deste trabalho é fazer com que os alunos notem que a percepção dosdiferentes estudantes sobre a mesma figura é semelhante, e que isto se deve ao con-teúdo informado pela aparência e pelo traje. Comente, ao final da atividade, que otraje é um componente da identidade, e que fornece dados sobre a pessoa, o gruposocial e a cultura de determinada sociedade. Destaque que estas informações, namaioria das vezes, são absorvidas de forma inconsciente. Explique que, para seidentificar um indivíduo pelo traje, deve-se levar em conta o seu comportamentopessoal e sua situação histórico-geográfica. Você pode citar, como exemplo, queum esquimó que nos aparecesse de bermuda e camisa estampada não seria reconhecidocomo esquimó morador do Alaska. Da mesma forma, um médico de um hospitalbrasileiro, que estivesse todo vestido de preto, teria sua credibilidade posta em dúvida.Conclua a atividade com a leitura da reflexão contida no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 146 - Você vai começar a aproximar a idéia de figurino ao teatro.Solicite que os alunos leiam em voz alta o texto introdutório da atividade, chaman-do a atenção para as ilustrações do mesmo. Em seguida, peça-lhes que realizem oexercício proposto no Guia de Estudo e, ao final, converse com a turma sobre oque puderam observar.

A foto contida nesta atividade é da peça “Arsênico e Alfazema”, de Otto Kessching,que se tornou filme (de Frank Capra) em 1944, apresentando-se no Brasil com otítulo de “Esse mundo é um hospício”. Escrita em 1941 como um drama, transfor-mou-se em comédia por ter provocado risos na platéia na sua estréia.

ATIVIDADES 147 A 149

Estas três atividades pretendem desenvolver a idéia de “conceituação de figurino”. Aconceituação do figurino diz respeito à concepção do mesmo e traduz a harmonizaçãoda percepção do profissional de figurino com a do diretor e demais membros da equi-pe de direção do espetáculo (roteirista, cenógrafo, etc). A conceituação do figurino éuma peça-chave para o trabalho dos profissionais de figurino. Portanto, certifique-se deque o grupo compreende bem a idéia do que é o conceito de figurino.

ATIVIDADE 147 – Solicite que os alunos leiam o trecho introdutório, dizendo oque entenderam. Esclareça as dúvidas, lembrando que “conceituação” diz respeitoà concepção, ao aspecto essencial das informações que o figurino deverá revelar.Feito isto, divida os alunos em subgrupos e oriente-os da seguinte maneira:❚ peça que procurem na memória programas televisivos, peças teatrais, espetáculos

de rua etc. que lhes chamaram a atenção e que sejam do conhecimento da equipe;❚ solicite que cada subgrupo escolha um dos programas/eventos identificados, a

partir da riqueza do figurino utilizado para o mesmo;

Page 81: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4

ASS

ISTE

NTE

DE

FIG

UR

INO

79

❚ peça que analisem o figurino em questão, considerando o conceito do programa;❚ solicite que cada subgrupo socialize com os demais o resultado de sua análise.

Comente a atividade, relacionando os elementos percebidos pelos alunos com aidéia de “conceituação do figurino”.

Chame a atenção para a tarefa de casa, integrante da atividade.

ATIVIDADE 148 – Você irá orientar o grupo acerca de como construir aconceituação do figurino. Leia com os alunos a seqüência sugerida no Guia deEstudo, explicando-a passo a passo.

ATIVIDADE 149 – Possibilita a visualização da idéia de “conceituação”, a partirda análise de cenas de dois espetáculos: uma comédia e um drama.

Solicite aos alunos que realizem a atividade no Guia de Estudo e converse com elessobre a relação entre o figurino e a natureza do espetáculo. Destaque que a comé-dia tende a ser mais permissiva quanto à elaboração do conceito de figurino, en-quanto o drama e a tragédia, por serem encenações mais densas, devem ser maisprecisas e sutis.

ATIVIDADES 150 E 151

Estas são atividades de transição nas quais os alunos poderão experimentar algunsdos elementos teóricos abordados até o momento.

ATIVIDADE 150 – Peça aos alunos que leiam o texto, explicando cada aborda-gem sugerida, e oriente a tarefa de casa. Esclareça que eles devem pesquisar o temaescolhido nas três fontes citadas na atividade. Dê a eles um prazo de, pelo menos,2 dias para realizar estas tarefas.

ATIVIDADE 151 – Os alunos estarão focalizando o arquivo da memória comofonte de pesquisa, associando esta pesquisa à idéia de tipos de personagens.Solicite que preencham o exercício sugerido individualmente e, depois que estetiver sido feito, peça que comentem sobre as características dos tipos e seus trajes.Conclua a atividade fazendo uma leitura compartilhada da reflexão que a acompa-nha, abrindo espaço para comentários.

4.2 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO FIGURINO

ATIVIDADES 152 A 156

Dizem respeito ao processo de criação de um figurino. Os alunos irão desenhar e/ou compor projetos de figurinos, aplicando os conceitos aprendidos até aqui.

Page 82: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4A

RTE

E C

ULT

UR

A I

80

ATIVIDADE 152 – Esta atividade instrumentaliza os alunos para a composição dofigurino. Antes de iniciar a leitura do texto introdutório, pergunte aos alunos que habi-lidades eles consideram essencial ao assistente de figurino. Pode ser que alguns incluama capacidade de desenhar. Proponha, então, a leitura do texto, pedindo ao grupo quecomente as idéias expressas no mesmo. Explique que o desenho é uma ferramentamuito útil, mas que existem outros instrumentos que podem ser utilizados. Explore oexemplo apresentado no figurino do Rei Mago e da Nossa Senhora, mostrando comoé possível apresentar uma idéia de traje, mesmo sem as habilidades de desenho.

Em seguida, distribua duas folhas de papel para cada aluno. Peça que decalquem,nestas folhas, as figuras de homem e mulher que estão no Guia de Estudo e reali-zem o exercício proposto.

ATIVIDADE 153 – Nesta atividade os alunos vão começar a conceber um figuri-no a partir de um texto, utilizando, para isso, a letra de uma canção de Chico Buarque.Se você tiver acesso ao disco, sugerimos que, antes de trabalhar com a letra dacanção, os alunos possam ouvi-la e cantá-la, pois, assim, a atividade será mais agra-dável e divertida. Se isso não for possível, leia a letra em voz alta e converse com aturma sobre o significado da história.Em seguida, solicite aos alunos que completem a atividade no Guia de Estudo.Depois que esta parte da tarefa tiver sido realizada, liste no quadro os personagensidentificados. Divida a turma em subgrupos, para que eles tracem as característicasfísicas e psicológicas (comportamentais) dos personagens e os aspectos históricose geográficos que caracterizam a história.

ATIVIDADE 154 – Tomando como base as características discutidas na atividade153, solicite que os alunos desenhem o figurino dos personagens da música. Este exer-cício deve ser realizado individualmente. Se o tempo disponível para esta atividade –que não deve ser realizada em separado da atividade 153 – for insuficiente, divida aturma em 5 grupos, correspondente ao número de personagens (o pai, a mãe, Jesus, osladrões, as amantes), de forma que cada aluno desenhe um destes personagens.

Depois que esta tarefa for realizada, peça que cada aluno assine seu desenho. Aproveitepara conversar sobre o significado de assinar uma criação, marcando assim sua autoria.

Em seguida, explore os desenhos no quadro ou no varal e peça uma análise coleti-va sobre as criações. Observe e destaque os aspectos criativos encontrados e discu-ta os conceitos de figurino adotados.

Ao final, peça que leiam e comentem a reflexão que encerra a atividade.

ATIVIDADE 155 – Esta atividade também se baseia em uma letra de música,mas, aqui, o que deve ser explorado é a relação entre o conceito do espetáculo(comédia, drama) e o figurino. Apresente esta atividade por etapas:❚ Faça uma leitura em voz alta da música, de maneira dramática; debata o texto,

extraindo dele os personagens;❚ Faça uma nova leitura da música, desta vez, de maneira cômica, com intenção de

galhofa, encarando a situação da música de maneira divertida;

Page 83: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4

ASS

ISTE

NTE

DE

FIG

UR

INO

81

❚ Divida a turma em 6 subgrupos. Três deles deverão criar o figurino dos persona-gens, tomando como conceito o drama. Os outros 3 subgrupos deverão criar ofigurino, tendo por base o conceito de comédia.

❚ Exponha os desenhos no quadro, fazendo uma análise coletiva acerca das dife-renças de abordagem e de como estas se expressam no figurino.

Conclua a atividade com a leitura e o comentário dos alunos sobre o texto dereflexão que acompanha o exercício no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 156 – Esta atividade pretende mostrar ao aluno que a criação deum figurino não depende só de inspiração; é fruto de muita pesquisa.

Pelo menos uma semana antes de iniciá-la, verifique a disponibilidade de revistasno material que você organizou com o grupo. Peça aos alunos, alguns dias antes,que procurem revistas de época, figuras antigas, para armazenar.

Solicite a leitura do texto que introduz o exercício e comente com eles a importân-cia de manter um arquivo com o registro destas pesquisas.

Esta atividade pode ser feita em dupla, mas é importante que cada aluno organizeo seu arquivo pessoal.

4.3 – PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE FIGURINO

ATIVIDADES 157 A 159

Este subtópico procura mostrar um conjunto de procedimentos que podem auxi-liar o profissional de figurino, otimizando seu tempo e aumentando a eficiência doseu trabalho de montagem dos trajes.

ATIVIDADE 157 – Esta atividade trata da elaboração de um catálogo de tecidos,que pode ajudar o profissional de figurino na hora de decidir sobre os materiaisque vai utilizar. Embora o ideal seja que cada aluno elabore seu catálogo pessoal, sehouver dificuldade de obter materiais, esta tarefa poderá ser realizada em trios.Oriente o grupo quanto ao tamanho da amostra do tecido (5cm x 3cm), e à neces-sidade de escrever o nome do tecido no catálogo, para evitar confusões futuras.

Você pode sugerir que eles anotem os preços e o período do levantamento. Issopode ajudá-los, em situações futuras, a decidir acerca do material que será utiliza-do, em função do custo.

ATIVIDADE 158 – Nesta atividade, os alunos vão vivenciar o processo de cria-ção desde a discussão do conceito até a caracterização do figurino. O texto é amúsica de Gilberto Gil, Domingo no Parque.

Page 84: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4A

RTE

E C

ULT

UR

A I

82

Se possível, coloque a música e cante-a com os alunos. Em seguida, leia a letra ediscuta com a turma a história apresentada, identificando os personagens.

Divida a turma em subgrupos. Cada subgrupo deverá conversar sobre aconceituação do figurino e criar os trajes dos 3 personagens envolvidos na trama.

Após desenhar os figurinos, peça que cada subgrupo determine os materiais quedeverão ser usados na confecção dos mesmos, colocando, ao lado do desenho,amostras dos tecidos e materiais, assim como o nome dos mesmos, indicando,com uma seta, em que parte do traje cada tecido será utilizado.

Na exposição dos figurinos criados, cada grupo deverá apresentar a concepção dofigurino, justificando suas escolhas para os colegas.

ATIVIDADE 159 – Esta é uma atividade de leitura que orienta os alunos quantoaos procedimentos necessários para compor o traje e controlar os materiais.Propomos uma leitura compartilhada e dialogada da seqüência proposta no Guiade Estudo.

4.4 – APLICAÇÃO DOS CONCEITOS A UM FIGURINO ESPECÍFICO

Este subtópico, que envolve as atividades 160 a 162, consiste na aplicação dosconceitos e procedimentos aprendidos em uma produção real: no caso, a mostraque deverá ser realizada ao final do tópico.

ATIVIDADE 160

Nesta atividade, os alunos retomam o trabalho iniciado no Tópico Elementos do Tea-tro, no qual foram construídas cenas que, integradas em um eixo comum, deverão seconstituir num espetáculo, apresentado ao final deste tópico.

Você deve reunir os mesmos grupos das cenas montadas anteriormente, fornecen-do as seguintes orientações:

❚ Peça que cada grupo liste os personagens da cena, identificando o aluno que irádesempenhar cada papel.

❚ Dentro do subgrupo, cada aluno deve tomar as medidas de um colega, preen-chendo a ficha que integra o Guia de Estudo. Todos devem passar pelo exercíciode medir e todos devem ser medidos.

❚ Cada aluno completa a ficha do Guia de Estudo com as medidas de todos ospersonagens de sua cena.

❚ Cada subgrupo deve reproduzir uma ficha com todas as medidas dos persona-gens da cena e afixá-la no varal, à vista de todos.

Page 85: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4

ASS

ISTE

NTE

DE

FIG

UR

INO

83

Após a realização da atividade, converse com os alunos sobre o processo de medi-ção e preenchimento. Explique que, uma vez criado o fichário de confecção e defi-nidos os figurinos, a equipe deve se revezar entre acompanhar a confecção daspeças e buscar os materiais necessários para compor o traje.

ATIVIDADE 161

Esta atividade constitui-se de um ensaio da cena que será apresentada. Tem como obje-tivo fazer com que os alunos rememorem o texto e reformulem os figurinos após osnovos conhecimentos adquiridos. Lembre aos alunos que é durante os ensaios que vãosurgindo modificações para que o figurino seja aperfeiçoado.

ATIVIDADE 162

Nesta atividade, as equipes devem criar o figurino da cena a ser apresentada, utili-zando os conhecimentos adquiridos. Lembre aos alunos os procedimentos:

1. Rever a concepção do espetáculo em geral, e da cena em particular;

2. Analisar as características de cada personagem;

3. Criar o desenho do figurino;

4. Escolher os materiais e tecidos que devem compor o traje;

5. Montar as fichas de cada traje, anexando a elas, amostras de tecido.

Lembre aos alunos que a criatividade do conceito é mais importante que a qualida-de do desenho. Nem sempre o mais bonito é o melhor.

4.5 – SOLUÇÕES PRÁTICAS E RECURSOS DISPONÍVEIS

Em algumas situações, os jovens aprendizes podem contar com recursos suficien-tes para comprar tecidos. Em grande parte dos casos, contam com recursos limita-dos e precisam lançar mão de peças pré-existentes ou adaptadas.

Este subtópico tem por objetivo ensinar aos futuros assistente de figurinoalgumastécnicas e formas que podem ser utilizadas para solucionar, de forma prática, pro-blemas de confecção dos figurinos.

ATIVIDADE 163A atividade em questão procura fazer com que os alunos percebam que o processode elaboração do figurino passa por uma série de etapas, envolvendo profissionaisdistintos. O caça-palavras proposto contém as seguintes palavras: criação, modela-gem, montagem, costura, tintura, acabamento e tratamento, que devem ser preenchidas naslacunas nesta ordem.

Page 86: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4A

RTE

E C

ULT

UR

A I

84

Depois de realizada a atividade no Guia de Estudo, releia a série de etapas com ogrupo, explicando cada uma delas.

ATIVIDADE 164

Esta é uma atividade de leitura que trata de um elemento essencial na conceituaçãodo figurino: a cor.

Peça que os alunos façam uma primeira leitura do texto e pergunte o que entende-ram. Releia, desta vez com eles, em voz alta, explicando cada parágrafo e exploran-do as ilustrações e os conceitos. Converse sobre as cores preferidas de cada um,observando coletivamente as roupas que estão vestindo.

ATIVIDADE 165

Esta atividade permite aos alunos experimentar a combinação e o contraste decores na composição do figurino. Solicite que realizem individualmente o exercícioproposto pelo Guia de Estudo. Disponibilize material para a tarefa.

Ao final, converse com a turma, associando as possibilidades de aplicação de co-res aos diferentes conceitos de espetáculo.

ATIVIDADE 166

Nesta atividade, os alunos devem observar as cores do cenário montado emcenotecnia e os figurinos das cenas.

A atividade deve ser realizada em subgrupo, com as mesmas equipes das cenas queserão apresentadas.

Ao final, cada equipe apresenta às demais sua paleta de cores, justificando a suacomposição.

ATIVIDADE 167

Nesta atividade, os alunos criam o figurino da cena a partir do aproveitamento depeças pré-existentes. Você deve solicitar, pelo menos 3 dias antes desta atividade, quecada um traga 3 peças de roupa, 1 sapato, 1 adorno de cabeça ou de mão e adereçosdiversos, como gravatas, laços, bijuteria, peças íntimas etc., para que sejam transforma-das no figurino que eles conceberão para seus personagens. É importante lembrar queas referidas peças poderão sofrer alterações.

Uma vez de posse deste material, oriente a atividade da seguinte forma:❚ Divida os alunos em subgrupos, nas mesmas equipes da encenação;❚ Peça que exponham as peças trazidas, buscando as que podem ser utilizadas sem

grandes modificações. Para isso, solicite que tenham em mãos, os desenhos dosfigurinos;

❚ As peças escolhidas devem ser marcadas, com fita crepe e caneta comum ou marcadorpermanente, com o nome do ator e personagem. Feito isso, cada aluno deve colocaras peças escolhidas para seu uso em um saco plástico, etiquetando-o;

Page 87: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4

ASS

ISTE

NTE

DE

FIG

UR

INO

85

❚ Peça que assinalem nos desenhos as peças já obtidas;

❚ As peças que sobrarem devem ser colocadas num local determinado previamen-te por você.

❚ Cada grupo deve apresentar aos demais o que conseguiu, explicitando o que falta. Osdemais dão sugestões e analisam as peças que sobraram, de forma a identificar novaspeças que possam atender às necessidades, ainda existentes, de todas as equipes;

❚ As peças restantes permanecem compondo o baú de possibilidades, sendo sub-metidas, nas atividades seguintes, a possíveis modificações.

ATIVIDADE 168

Como último recurso, as peças não aproveitadas podem ser transformadas atravésde cortes e costuras, ou melhoradas a partir da aplicação de miçangas, couro, ren-das, passamanarias e outros elementos desta natureza. Nesta atividade os alunostomam conhecimento de duas técnicas – tintura e customização – que podem serutilizadas para a composição dos trajes, enriquecendo o figurino.

Leia com a turma a explicação que integra a atividade no Guia de Estudo e peçaque, nas equipes da encenação, realizem a tarefa solicitada no exercício.

ATIVIDADE 169

Esta é uma atividade prática, de aplicação da técnica de tintura a quente. Leiacom a turma as instruções contidas no Guia de Estudo e cuide para que osalunos as sigam corretamente. Dois dias antes desta atividade e na véspera,lembre aos alunos que esta aula requer que eles estejam vestidos com roupasvelhas, que possam correr o risco de serem manchadas.

Explique aos alunos que a tintura a quente é uma das técnicas aplicáveis, existindotambém a tintura a frio, que utiliza borrifador, pincéis ou imersão. Explore os exem-plos contidos no Guia de Estudo.

Comente que os tons claros ou escuros são definidos pela maior ou menor quanti-dade de corante ou tinta que se dilui no mesmo volume de água.Peça que coloquem a peça tinturada para secar num varal à sombra.

ATIVIDADE 170

Da mesma forma que a anterior, esta atividade consiste na aplicação de uma técni-ca – no caso, a customização. Solicite aos alunos que leiam a orientação fornecidapelo Guia de Estudo. Peça que tenham em mãos os desenhos dos figurinos e queobservem, nas peças restantes, as que podem ser customizadas para se aproximardo conceito de figurino definido.

Circule entra as equipes, observando as propostas de customização. Peça que mon-tem a idéia sem colar ou cortar, para conferir se está como imaginaram e se atendeao conceito. Cuide para que não haja desperdício de material.

Page 88: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4A

RTE

E C

ULT

UR

A I

86

ATIVIDADE 171

Nesta atividade, os alunos farão um ensaio das cenas, vestindo o figurino. Ex-plique que o traje deve ser experimentado pelo menos duas vezes antes doespetáculo, para que possa ser observada sua funcionalidade, e para que percao ar de “novo”, a não ser quando esta imagem fizer parte do conceito.

Oriente a turma no sentido de observar o figurino de cada equipe de forma posi-tiva e com espírito de colaboração. Afinal, o espetáculo é um só, e o sucesso de umcontribui para o sucesso de todos.

Após as apresentações, solicite que cada equipe avalie a praticidade e o confortodo figurino, providenciando os ajustes necessários.

Page 89: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

87

APRESENTAÇÃO DO TÓPICO 5: DJ/MC

A ocupação DJ/MC complementa o Arco ocupacional Arte e Cultura I, introdu-zindo a música no contexto do espetáculo e criando o ambiente adequado ao mes-mo. Como trilha sonora de um espetáculo, o trabalho do DJ/MC se assemelha,nos princípios, ao do figurinista, devendo levar em conta a concepção do evento,as características dos personagens e a dinâmica da encenação. Mas o trabalho doDJ pode também ocupar a cena principal, e dar o tom para as ocupações já vistasneste arco. Neste caso, a atividade do DJ/MC deverá se estruturar seguindo ospassos da produção cultural: demandará uma ambientação e um traje apropriadose utilizará elementos do teatro para desenvolver sua performance.

O fenômeno do DJ/MC é expressão de uma cultura jovem e contemporânea, mas oaprendizado desta ocupação requer um entendimento da história da música, da relaçãoentre música e tecnologia, de noções de estética e gêneros musicais, além do manuseiode equipamentos e da experimentação de técnicas de discotecagem e composição.

A estrutura do tópico procura abranger esta diversidade de conteúdos, organizan-do-os em seis temas: aspectos gerais sobre música e tecnologia; uma introdução aouniverso cultural do DJ/MC; a aproximação com os equipamentos necessários àatividade; o conhecimento de técnicas básicas de mixagem; dicas sobre o mundodo trabalho ; e a contribuição do MC e do rap na atuação do DJ.

O tópico está dividido em atividades práticas e atividades conceituais. Você develevar em conta que o manuseio dos equipamentos e a experimentação das técnicasdevem ser feitos em pequenos grupos, de não mais do que dez alunos. Por isso, asatividades são organizadas de forma que você possa dividir a turma em pelo me-nos três grupos, que deverão atuar simultaneamente: enquanto um grupo trabalhacom o sistema de som, outro trabalha com os computadores e um terceiro realizatarefas na sala. Depois, estes grupos deverão fazer um rodízio, de modo que cadagrupo possa ver e fazer de tudo.

O conteúdo das atividades está organizado em seis subtópicos, conforme o qua-dro Tópico 5: DJ/MC.

DJ (disc jóquei, aquele que comanda o disco) e MC (Mestre de Cerimônia) são duasocupações diferentes e interligadas. Como inicialmente eram exercidas pela mesmapessoa, estão sendo tratadas, neste arco, como uma única e mesma ocupação. Noentanto, no decorrer das atividades do Guia de Estudos, o trabalho do DJ serámais enfatizado, dada a sua complexidade, dedicando-se o último subtópico aotrabalho do MC propriamente dito. A idéia é que os futuros DJ’s possam lançarmão do conhecimento do MC para incrementar sua performance.

Seguem algumas DICAS para trabalhar este tópico:❚ A prática do DJ é muito comum entre os jovens e tem grande penetração nos

bairros de periferia. Procure observar o conhecimento que os alunos têm dessarealidade antes de entrar em cada conteúdo;

Page 90: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Conteúdos

❚ O que é ser DJ.❚ Música como forma de expressão.❚ Relação música e tecnologia.❚ Instrumentos musicais.❚ Música eletrônica

❚ Origem do DJ.❚ Ambiente de discoteca.❚ A cultura do DJ/MC.❚ Estilo e estética DJ.❚ Gêneros musicais eletrônicos.

❚ Equipamentos, acessórios erecursos.❚ Cuidados com o equipamento.❚ O disco de vinil.

❚ Estrutura da música.❚ Técnicas básicas de mixagem –detalhamento.❚ Performance.❚ Técnicas de mixagem avançada.❚ Mixagem com rítmos nacionais

❚ Características do mundo dotrabalho do DJ/MC.❚ O trabalho do iniciante.❚ A mulher DJ.❚ Portfólio e demo.❚ Conhecendo os preços.❚ Modelo de contrato para DJ

❚ Origem do MC.❚ MC e cultura Hip-Hop.❚ Rap como forma de expressão.❚ Relação rap, cordel e repente.❚ Experimentando a composiçãoe o improviso.❚ Avaliação do tópico

Subtópicos

5.1.Música etecnologia,

5.2. Introduçãoao Universo DJ

5.3. Equipamentos

5.4. Técnicasbásicas emixagem

5.5. O mundo dotrabalho

5.6. MC e o rap

Atividade

173 a 183

184 a 191

192 a 198

199 a 207

208 a 213

214 a 223

Horas

6 horas

12 horas

5 horas

16 horas

6 horas

5 horas

5

Objetivo

❚ Discutir as origens daconexão entre música etecnologia.❚ Discutir o conceito deinstrumento musical.

❚ Identificar os elementosque compõem a cultura DJe analisar sua funçãosocial.

❚ Identificar equipamentose recursos utilizados pelosDJs em suas performances.

❚ Apontar, de formaprática, as técnicas demixagem básicas eavançadas.

❚ Analisar ascaracterísticas epossibilidades domundo do trabalho doDJ/MC.

❚ Analisar o papel epossibilidades do MCno desenvolvimento daperfomance do DJ.

❚ Antes de cada aula, verifique se todo o material solicitado está disponível e fun-cionando: equipamentos, discos, micro system, etc. Assim você evitará surpresasdurante o trabalho;

❚ Preste atenção ao manuseio dos equipamentos. Os sistemas de som são caros efrágeis, ao mesmo tempo em que exercem enorme atração sobre o público jovem;

❚ Cuide para que o volume do som e a colocação do fone de ouvido sejam feitasde forma adequada. O excesso de volume pode causar danos à audição;

❚ Organize um banco de discos, com material trazido pelos alunos. Este poderá serum material importante na hora de pesquisar possíveis bases e estilos diferentes.

❚ Esteja atento à formação dos grupos e ao rodízio da tarefas, para que todostenham oportunidade de participar de todas as atividades.

Dito isto, Maestro, solta o som...!

Page 91: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

O objetivo deste subtópico é introduzir os jovens aprendizes no universo da músi-ca, de modo que estes percebam que o trabalho do DJ , embora possa parecerrecente, é fruto de uma longa trajetória que se confunde com o desenvolvimentoda humanidade como um todo.

Texto de apresentação – Este texto inicial objetiva apresentar a ocupação de DJaos alunos. Peça que leiam o texto em voz alta, perguntando o que perceberamdesta ocupação. Destaque, na conversa, as várias possibilidades de atuação do DJ ea importância de ir além da tarefa de manipular o toca-discos, incentivando-os aconhecer e aprender música. Explique que as primeiras atividades deste tópicoestão voltadas para essa finalidade.

ATIVIDADES 173 A 175Esta seqüência de atividades objetiva a percepção da música como forma de ex-pressão inerente ao ser humano.

Atividade 173 – Esta atividade procura identificar como cada aluno se relacionacom a música individualmente. Peça que leiam o texto introdutório e respondamàs perguntas contidas no Guia de Estudo. Em seguida, inicie uma conversa infor-mal, abrindo espaço para aqueles que quiserem expor suas respostas. Finalize aatividade falando sobre a importância da música no cotidiano das pessoas, comomemória afetiva e como expressão de sentimentos e emoções.

Atividade 174 – Esta atividade introduz a idéia da música como expressão desentimentos e como ludicidade. Ao iniciar esta atividade, é interessante que vocêexplique à turma que os provérbios populares são ensinamentos transmitidos degeração a geração, construídos a partir da experiência e da observação. Em segui-da, solicite aos alunos que leiam e respondam a atividade no Guia de Estudo.

Para compartilhar as respostas, divida a turma em cinco subgrupos. Peça que con-versem sobre as respostas de cada um e apresentem o provérbio de uma formamusical. Depois das apresentações, faça um comentário sobre a diversidade deformas possíveis de fazer música.

Atividade 175 – Nesta atividade, os alunos devem perceber que os sons estão emtoda a parte e que é a criatividade humana que transforma sons em instrumentosmusicais. Leia em voz alta o texto introdutório e conduza a atividade passo a pas-so, conforme as orientações que se seguem:

❚ Peça aos alunos que fechem os olhos e procurem ouvir todos os sons do ambien-te, identificando aqueles que mais chamaram a sua atenção;

❚ Divida a turma em cinco ou seis subgrupos. Cada subgrupo deverá conversarsobre a experiência e tentar reproduzir os sons percebidos;

5.1 - MÚSICA E TECNOLOGIA 5

DJ

/ MC

89

Page 92: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

90

❚ Peça que cada subgrupo crie uma seqüência musical a partir dos sons que maischamaram sua atenção;

❚ Cada grupo deve apresentar a sua seqüência para os demais;

❚ Comente os resultados com a turma, destacando a riqueza de possibilidades quese apresentaram.

❚ Solicite aos alunos que registrem a experiência no Guia de Estudo, respondendoàs questões propostas.

❚ Encerre a atividade com a leitura da reflexão contida no Guia de Estudo, expli-cando aos alunos o significado dos termos que estão destacados no dicionário.

ATIVIDADES 176 A 179Este conjunto de atividades procura mostrar a relação entre música e tecnologia,de modo a situar a música feita pelo DJ em uma trajetória mais ampla. Emborapossa parecer um pouco densa, a leitura dos textos contidos no Guia de Estudo émuito importante para que os alunos possam apreender essa construção histórica.

Atividade 176 – Nesta atividade, os alunos terão oportunidade de conhecer o queé música eletrônica e como ela é produzida, identificando sua presença em umasérie de aparelhos. Peça aos alunos que leiam e completem a atividade do Guia deEstudo.Você pode enriquecer a atividade mostrando à turma um aparelhosintetizador ou uma foto do mesmo. Coloque um CD com música eletrônica para queo grupo ouça, de forma que eles possam reconhecer o som criado por sintetizadores.A resposta correta à atividade sobre os aparelhos e instrumentos que produzem ereproduzem música eletrônica é: teclado, computador, celular, microsystem e rádio.

Atividade 177 – Esta é, basicamente, uma atividade de leitura que procura mostraraos alunos que a relação entre música e tecnologia e, em especial, a música eletrôni-ca, é fruto de um lento e contínuo processo de construção, e que o ingredientefundamental deste processo foi a observação e a experimentação. Sugerimos que,antes de entrar no texto propriamente dito, você faça uma contextualização histó-rica, mostrando que os séculos XVIII e XIX foram palco de revolução tecnológica- a revolução industrial - que mudou a forma de ver o mundo da época, produzindouma visão da máquina com ampliação da força de trabalho humana, abrindo um enor-me campo de experimentações e descobertas em todas as áreas da vida social.Para tornar a leitura mais agradável, você pode ir construindo no quadro, com aturma, uma linha do tempo à medida em que os alunos vão lendo em voz alta otexto. Você pode conseguir, na internet, fotos ampliadas de algumas das invençõescitadas. É interessante mostrá-las aos alunos, ajudando a dinamizar a atividade.

Atividade 178 – Esta atividade está diretamente relacionada à precedente e deveser feita na mesma aula. Peça aos alunos que preencham o quadro contido no Guiade Estudo, buscando respostas no texto lido na atividade anterior.

Atividade 179 – Esta atividade tem como objetivo apresentar aos alunos os apare-lhos que precederam os atuais instrumentos dos DJ’s e que deram origem ao atualtoca-discos. Faça a leitura em voz alta, junto com a turma. Sugerimos que você

Page 93: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

91

mostre passagens do filme “My Fair Lady” nas quais são mostrados tanto ofonógrafo quanto o gramofone, aproveitando para explicar a função de cada um.

ATIVIDADES 180 E 181Estas duas atividades vão tratar da utilização do computador para tocar e produ-zir música. É essencial que os alunos percebam as possibilidades e os limites ofere-cidos por essa nova tecnologia, de forma que possam tanto explorar os potenciaisda máquina como ampliar suas oportunidades com outros elementos.

Atividade 180 - Sugerimos que você comece esta atividade cantando e dançandoao som da música de Gilberto Gil. As atividades anteriores privilegiaram as di-mensões cognitivas da aprendizagem, sobretudo a leitura. Uma quebra com movi-mentos corporais é importante para restabelecer a atenção.Depois de cantar e dançar livremente, converse com a turma sobre a letra da mú-sica, falando sobre os impactos da internet em todos os aspectos da vida social.Explique que, assim como a revolução industrial mudou a sociedade do séculoXVIII e XIX, a revolução da informática, considerada a terceira grande revoluçãotecnológica da humanidade, impactou toda a organização da vida humana, modifi-cando as relações de produção, as formas de comunicação e abrindo campo para apercepção da máquina não mais como extensão da força de trabalho humana, mascomo eliminação da mesma. Esse impacto se estendeu também à música. Peça aosalunos que completem a atividade do Guia de Estudo e converse com a turmasobre a entrada em cena do computador no mundo da música, analisando asconsequências desse fato.

Atividade 181 – Nesta atividade, os alunos vão discutir as vantagens e desvantagens douso do computador no campo da música. Divida a turma em cinco subgrupos e peçaque leiam conjuntamente o texto que introduz a atividade no Guia de Estudo, e queidentifiquem as possibilidades e os limites do uso do computador no campo da música,registrando suas respostas no Guia de Estudo. Dê alguns minutos para isso e depoisfaça uma roda de conversa sobre o assunto. Destaque a importância de explorar aspossibilidades dos software e equipamentos, a possibilidade de promover produçõesmusicais coletivas, de socializar rapidamente novas possibilidades sonoras, mas desta-que o perigo de se acomodar às facilidades que o computador traz, tornando-serepetitivo, lembrando ao grupo que o homem está no centro da atividade criativa e,neste sentido, não pode ser substituído ou eliminado pela máquina. Leia em voz alta otexto de reflexão que se segue à atividade, no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 182Nesta atividade, os alunos terão oportunidade de experimentar a produção desons a partir de objetos diferentes, confeccionando instrumentos musicais a partirde materiais diversos, como caixa de fósforo, papel celofane e outros. Você deveráprovidenciar algumas folhas de papel seda, um rolo de fita crepe, um rolo de bar-bante fino, um tubo de linha. Além disso, peça aos alunos que cada um traga osseguintes materiais:

Page 94: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

92

❚ duas latas de leite vazias❚ caixa de fósforo com alguns palitos usados❚ 1 pente plástico sem cabo

De posse destes materiais, os alunos irão construir três instrumentos: uma cuíca,uma corneta e um tambor. Oriente o grupo como se segue:

a)Cuíca:

❚ Peça aos alunos que separem 01 lata (sem tampa) e dê a eles umpedaço de barbante fino e um palito;

❚ Os alunos deverão fazer um pequeno furo no meio do fundo dalata, e passar por ele o barbante fino;

❚ A ponta do barbante próxima ao fundo da lata deverá seramarrada num palito, deixando o resto do barbante atravessando a lata.

❚ Pedir aos alunos que molhem a mão e puxem o barbante, deixando a mão escor-regar. Este movimento produzirá um som semelhante a uma cuíca.

b)Corneta:

❚ Cada aluno deverá dispor de um pente, um pedaçode papel seda, uma lata e um pedaço de fita crepe;

❚ Peça que façam um furo de dois dedos no fundo da lata;

❚ Peça que coloquem o pente por cima e prendam com a fita crepe;

❚ Oriente que, por cima do pente, prendam o pedaço de papel seda, apenas porum lado;

❚ Com as mãos em volta da parte aberta da lata, peça aos alunos que cantem a músicaque quiserem, fazendo “tu,tu,tu”. O som produzido lembrará o de uma corneta.

c)Tambor

❚ Cada aluno deverá ter em mãos uma caixa de fósforo vazia,01 palito e um pedaço de linha;

❚ Peça que amassem a caixa de um lado, amarrando a linha edando pelo menos duas voltas. Depois oriente que passem opalito entre as linhas, empurrando e virando várias vezes, atéa linha ficar bem torcida;

❚ Quando o palito estiver bem firme, uma parte dele deveráestar para fora da caixa. Aperte essa ponta e solte. O somemitido corresponderá ao som de um tamborzinho.

Depois que os grupos tiverem construído seus instrumentos emostrado aos demais os sons produzidos pelos mesmos, sugi-ra que eles façam o acompanhamento da música de Gilberto Gilutilizada na atividade 180. Conclua a atividade com a leitura dotexto de reflexão proposto no Guia de Estudo.

Page 95: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

93

ATIVIDADE 183Esta atividade tem como objetivo mostrar que qualquer objeto pode se constituirem um potencial instrumento musical. Ao mesmo tempo, a atividade permite de-senvolver com os alunos a acuidade auditiva, possibilitando a identificação de ob-jetos pelo seu som.

Para o desenvolvimento da atividade você deve escolher anteriormente seis tiposde sons, produzidos por objetos diferentes. Sugerimos: alguns copos de vidro comdiferentes quantidades de água e uma baqueta; uma garrafa pet com pedrinhas;bola de soprar (para encher e esvaziar em diferentes velocidades); bacia com águae canudo de bambu grosso (para ser soprado na água com forças diferentes); tam-pas de panela (batidas uma contra a outra); um tubo plástico sanfonado (para sergirado no ar); jornal (para ser amassado e esticado). Cada um destes objetos pro-duz sons diferentes e devem estar escondidos, de forma a não serem vistos pelosalunos. Para esta atividade você precisa de cinco vendas ou lenços que sirvam paravendar os olhos dos alunos. Siga os seguintes passos:

❚ Forme um círculo e divida a turma em seis subgrupos;

❚ Vende os olhos dos membros de um subgrupo de cada vez;

❚ Para cada subgrupo, “toque” um dos objetos sugeridos, pedindo que seus com-ponentes digam o que estão ouvindo;

❚ Depois que todos os subgrupos passarem pela experiência, permita que os alu-nos explorem os sons dos objetos trazidos e converse com a turma a respeito doque vivenciaram.

❚ Peça que os alunos registrem suas observações no Guia de Estudo e conclua aatividade com a leitura e comentário do texto de reflexão integrante da mesma.

5.2 - INTRODUÇÃO AO UNIVERSO DJ

O conjunto de atividades incluídos neste subtópico tem por finalidade introduzir afigura do DJ na cena musical, promovendo uma reflexão sobre os elementos culturaisenvolvidos nesta atuação. A prática da discotecagem não constitui apenas uma ocupa-ção, mas também uma expressão da dinâmica cultural da juventude contemporânea,sendo importante que você promova uma reflexão sobre os valores nela presentes.

ATIVIDADES 184 E 185Estas duas atividades procuram situar o DJ em seu contexto de origem, apresen-tando a Era do Disco, seus valores e significados.

Atividade 184 – O objetivo desta atividade é contextualizar a época de apareci-mento do DJ. Sugerimos que você assista com os alunos o filme “Embalos de

Page 96: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

94

sábado à noite”, que marcou época entre a juventude e popularizou as chamadasdiscotecas. Converse com os alunos sobre o filme, destacando aspectos referentesao estilo de vida e valores da juventude da época. Comente sobre a entrada dadiscoteca no Brasil, e reflita com o grupo sobre o significado da expressão “juven-tude transviada”, empregada para classificar o jeito de ser e a expressão rebeldedos jovens de então.

Atividade 185 – Esta atividade procura fazer uma reflexão sobre o estilo de vidada juventude que freqüenta atualmente as festas animadas por DJ’s, resgatando aexperiência dos alunos a esse respeito. Peça que leiam e respondam às questõespropostas no Guia de Estudo, mesmo que nunca tenham estado na situação solici-tada. Neste caso, aqueles que nunca estiveram em uma festa com DJ devem respon-der a partir do que imaginam sobre isso. Solicite que descrevam com detalhes oambiente físico, o jeito de ser das pessoas, isto é, como estão vestidas, enfeites queusam, como se comportam; e o tipo de música que é tocado. Dê alguns minutospara a tarefa e depois peça que os alunos relatem suas respostas, registrando emduas folhas diferentes de flip chart as respostas imaginadas e as vivenciadas. Comecepelos alunos que imaginaram a festa e só depois tome o depoimento dos que jáestiveram em um destes eventos. Depois compare as respostas, fazendo comentá-rios sobre as mesmas. Conclua com a leitura em classe do texto de reflexão queacompanha a atividade no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 186Nesta atividade pretende-se mostrar aos alunos que a música influencia o estado deespírito daquele que a ouve, estimulando tipos de movimento e sensações diferen-tes e interferindo na dinâmica de uma pista de dança. Ao mesmo tempo, tem porobjetivo também possibilitar a experimentação de estilos musicais diversos, ampli-ando a cultura musical do grupo.

Para esta atividade, você deve escolher quatro músicas de estilos bem marca-dos: chorinho, forró pé-de-serra, música de relaxamento (wave) e música ele-trônica. Se possível, leve a seqüência das quatro músicas gravadas num CD,para não precisar interromper o som para mudar de disco. Antes de começar atocá-las, explique aos alunos que deverão dançar livremente, sentindo a músi-ca. Depois que eles tiverem vivenciado as quatro músicas, abra uma roda deconversa sobre seus sentimentos, movimentos e a relação com as pessoas du-rante cada estilo musical. Comente que o DJ precisa estar consciente das sensa-ções que deseja despertar e do rumo que quer dar ao evento na hora de esco-lher a seqüência musical. Chame a atenção para o estilo provocado pela músicaeletrônica, que estimula a prática de dançar só, embora num local repleto degente, e relacione esta característica com os traços da sociedade capitalista con-temporânea, que é, ao mesmo tempo, uma sociedade de massas e uma socieda-de pautada pelo individualismo e pela atomização.

Conclua, solicitando aos alunos que registrem suas observações, completando oquadro proposto no Guia de Estudo.

Page 97: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

95

ATIVIDADE 187Com esta atividade, você irá orientar os alunos na organização de seqüências musi-cais (set), de acordo com diferentes estilos de festas. Antes de sua realização, vocêprecisa organizar um banco de dados musical, isto é, um arquivo com CD’s e vinisde diferentes estilos, ritmos, gêneros e épocas. Nesta atividade, especificamente,você precisará dispor de discos com estilo eletrônico drum and bass, house e techno,para que os alunos observem as diferentes velocidades e seu impacto no movimen-to. Você precisará providenciar também um CD de forró, um de reggae e um defunk. Tendo todo este material nas mãos, oriente a atividade , seguindo os passosabaixo:

❚ Peça a um aluno que leia em voz alta o texto da atividade no Guia de Estudo,explicando, durante a leitura, o significado de line-up, bpm, set;

❚ Coloque para tocar trechos de cada um dos estilos mencionados (house, drumand bass e techno), de forma que eles observem o número de bpm de cadaestilo. Peça que identifiquem as sensações corporais e os movimentos que cadauma dessas músicas desperta;

❚ Explique aos alunos a importância de organizar bem um line-up e um set. Énecessário que eles percebam que, nesse mundo de segmentações estéticas, quemgosta de drum and bass fica desmotivado quando entra o house, e quem gostade house fica esperando que o drum and bass acabe para poder voltar à pista.Afinal, ninguém é obrigado a gostar de tudo. Explique aos alunos que, atualmen-te, têm surgido projetos mais específicos com noites dedicadas à música houseou à música drum and bass, com todas as suas variações. Isso vale também paraoutros estilos de festas. Nestes casos o line-up e o set são instrumentos impor-tantes, para atender ao maior número de gostos possível.

❚ Divida a turma em três subgrupos e peça que cada grupo organize um set (umaseqüência) de três músicas para uma das três festas sugeridas: uma festa de forró,uma festa de reggae e uma festa funk, de modo que as três sejam contempladas.Dê para cada grupo um CD com músicas correspondentes ao gênero musicalque lhe foi atribuído;

❚ Quando os sets estiverem prontos, cada grupo apresenta a sua seqüência aosdemais;

❚ Para finalizar, abra um espaço para que os alunos comentem a atividade e peçaque registrem suas observações no Guia de Estudo;

ATIVIDADE 188O objetivo desta atividade é fazer com que os futuros DJ’s percebam que, emboraesta ocupação faça parte de uma cultura urbana centrada em grupos específicos,com forte influência estrangeira, há espaço para incluir em sua prática elementos desuas próprias raízes culturais, criando um estilo pessoal.

Inicie a atividade com a leitura do texto contido no Guia de Estudo. Explique quea figura do DJ é fruto de uma cultura urbana alternativa, fruto da necessidade de

Page 98: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

96

expressão da população pobre e negra dos Estados Unidos, que,aos poucos, vemsendo transformado em mercadoria, seguindo a lógica padrão da economia capi-talista. Isto aconteceu com diversos movimentos ao longo da história. Um bomexemplo é o movimento hippie, dos anos 60, cuja filosofia era centrada na crítica àmoral pequeno-burguesa e à guerra, alcançando grande repercussão entre a popu-lação jovem. O sistema capitalista, com sua lógica de mercado, transformou omovimento hippie em uma estética vazia de conteúdo, tornando mercadoria oestilo de roupa, os cortes de cabelo, a música, etc. É importante que os alunosreflitam sobre a função social da cultura que envolve o DJ, para evitar que o exercí-cio da ocupação esvazie o conteúdo crítico da atividade.

Partindo da idéia de que o DJ dá som, movimento e expressão a um determinadojeito de ser, sugira aos alunos que busquem seu estilo pessoal, fundamentando-senas raízes brasileiras. Feito isto, solicite aos alunos que realizem a atividade proposta noGuia de Estudo, elaborando seu auto-retrato e respondendo às perguntas.

ATIVIDADE 189Nesta atividade, pretende-se abordar a participação da mulher no campo de atua-ção dos DJ’s. De acordo com a trajetória das relações de gênero, o espaço da rua,o espaço público, tem sido reservado aos homens, restando para as mulheres oespaço da intimidade. Embora isto esteja mudando já há alguns anos, na ocupaçãoDJ a presença feminina é, ainda, bastante reduzida. Para orientar esta discussão,siga os seguintes procedimentos:

❚ Comece solicitando aos alunos a leitura e o preenchimento da atividade no Guiade Estudo, e dê um tempo para que a tarefa seja realizada;

❚ Em seguida, forme seis subgrupos. Com um aluno servindo de molde, cadasubgrupo desenhará um boneco em uma folha de papel metro, de modo a ter,ao final, três figuras masculinas e três figuras femininas;

❚ Peça a cada grupo que vista e caracterize o personagem criado. Para isso,disponibilize materiais diversos, como pedaços de tecidos, papéis coloridos, lã,cola, etc. Estimule os alunos para que este personagem expresse característicasda sua origem brasileira;

❚ Depois que os alunos tiverem caracterizado seus bonecos, os subgrupos devemcriar um diálogo entre os seis personagens, acerca da participação da mulher nouniverso do DJ;

❚ Conclua a atividade, fazendo uma reflexão sobre as relações de gênero tambémno campo da música e a necessidade de democratizar esta participação.

ATIVIDADE 190Esta atividade explora a audição dos vários gêneros e estilos de música eletrônica,visando à percepção das diferenças entre eles. Antes de executá-la com o grupo, éimprescindível que você tenha escutado e pesquisado cada um dos estilos apresen-tados no Guia de Estudo.

Page 99: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

97

Sugerimos que subdivida a atividade em três momentos: o dedicado ao Ambiente,aos Sons Retos e aos Sons Sincopados. Em cada um desses momentos, leve váriasgravações do estilo em questão, ouça com o grupo e peça que partilhem sentimen-tos, opiniões e gostos pessoais acerca do mesmo. Após a escuta dos gêneros musi-cais, solicite que se grupem pela preferência quanto ao estilo e que pesquisem maissobre o assunto, utilizando os computadores disponíveis. A seguir, oriente cadasubgrupo a apresentar para os colegas o estilo de sua preferência, salientando ascaracterísticas específicas do mesmo. Quando todos os subgrupos acabarem decumprir a tarefa, leia com os alunos as informações complementares contidas noGuia de Estudo.

ATIVIDADE 191O objetivo desta atividade é discutir a influência da música estrangeira, o valor damúsica nacional e as possibilidades de integração entre elas.

Escute com o grupo a música Chiclete com Banana, acompanhando a letra noGuia de Estudo. Leia o texto e solicite que respondam às perguntas contidas noGuia. Dê um tempo para isto e inicie um papo-cabeça no qual, a partir das respos-tas dadas pelos alunos, você deve refletir sobre: a importância das nossas raízesmusicais; o enriquecimento que podemos obter oriundo do conhecimento de ou-tras culturas; a difusão da nossa música no exterior.

5.3 – EQUIPAMENTOS

Este subtópico tem por finalidade familiarizar os futuros DJs com os equipamen-tos que estarão presentes no seu dia-a-dia, orientando-os quanto à sua função emanuseio adequado. Grande parte das atividades aqui incluídas se passam no labo-ratório de som e na ilha de informática, que não comportam mais do que 10 alunosem seus espaços.

Esteja atento para as possibilidades de revezamento dos grupos, promovendo o rodí-zio entre as tarefas de sala, tarefas no computador e tarefas no laboratório de som.

ATIVIDADES 192 A 196Estas atividades objetivam detalhar para os alunos o equipamento básico do DJ eas funções correspondentes.

ATIVIDADE 192 – Leia o texto introdutório com o grupo, deixando claro que aocupação que está sendo trabalhada se refere ao DJ que toca em festas e que mani-pula o equipamento apresentado no Guia de Estudo. Solicite aos alunos que obser-vem com atenção as duas figuras, completando o que falta na segunda.

Page 100: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

98

Encerre a atividade, chamando a atenção para a importância de cada elementodescrito na realização eficaz desta ocupação. Nada deve ser esquecido ou menos-prezado.

ATIVIDADE 193 – Esta atividade é um aprofundamento da anterior. Para facili-tar o conhecimento de cada equipamento, sugerimos que você amplie as figurasexibidas no Guia e as apresente, relacionando-as com o texto. A seguir, peça quecompletem o que é pedido no desenho do toca-discos.

Para finalizar, faça um jogo objetivando fixar as funções de cada elemento do toca-discos.

Jogo das Funções

❚ Grupo de pé, em círculo, de mãos dadas;

❚ Distribuir a cada aluno um cartão com a função de uma das peças do toca-discos, apresentadas na atividade. A saber:- controlar progressivamente a velocidade- contrabalançar o peso da agulha- aplicar força horizontal ao braço do toca-discos- substituir o sistema de catracas no giro do prato- ler o som do vinilNa distribuição, alternar os cartões iguais, evitando que pessoas que estejam ladoa lado recebam cartões com a mesma função.

❚ Explicar ao grupo que, cada vez que for dito o nome da peça que executa deter-minada função, os alunos que receberam o cartão correspondente soltam o cor-po no chão, sem largar as mãos, sendo sustentados pelos demais de modo aerguer-se novamente;

❚ Após algumas rodadas, finalizar com a palavra toca-discos que diz respeito atodas as peças. Se os alunos estiverem atentos, cairão todos no chão. Caso istonão aconteça, encare como uma pegadinha, sinalizando o fato para o grupo.

ATIVIDADE 194 – A finalidade desta atividade é conhecer os detalhes do CDJ, adiferença entre ele e um aparelho de CD habitual, algumas das funções que possuio equipamento e o manuseio do mesmo.

Amplie a imagem do CDJ para facilitar a visualização da explicação. Solicite que ogrupo acompanhe no Guia de Estudo a sua explanação. Após a mesma, peça aosalunos que realizem a atividade pedida em seus livros.

ATIVIDADE 195 – Solicite aos alunos que leiam silenciosamente o texto quecompõe esta atividade. Dê um tempo para a leitura. A seguir, peça 8 voluntáriospara que cada um, por sua vez, explique um tópico do texto, utilizando a amplia-ção da imagem do mixer e seus elementos.

ATIVIDADE 196 – Apresente a imagem ampliada do fone e ressalte a importân-cia do equipamento como marca registrada de todo DJ, enfatizando que cada pro-fissional deve possuir seu próprio fone. Faça uma analogia entre o fone de ouvidodo DJ e o instrumento específico do músico profissional. Termine a atividade com

Page 101: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

99

uma brincadeira para descontrair, pedindo ao grupo que faça a cruzadinha contidano Guia. A resposta se encontra ao final do livro dos alunos.

ATIVIDADE 197Sugerimos que o texto apresentado seja lido de forma compartilhada, começandopor você. Leia o primeiro parágrafo e pare, pedindo que alguém dê continuidadevoluntariamente, lendo mais um parágrafo e, assim, sucessivamente, incluindo ascuriosidades. Prepare previamente algumas perguntas referentes ao conteúdo lidopara provocar uma conversa sobre o assunto.

Traga para esta atividade uma mesma música em vinil e em CD, e ouça com ogrupo, detectando as diferenças entre os dois tipos de gravação.

ATIVIDADE 198 Esta atividade tem o objetivo de aprofundar o conhecimento dos equipamentos esua importância na produção de um som com qualidade. Para isto, você vai incen-tivar os alunos a procurarem na comunidade um profissional DJ ou um técnico desom para realizar uma entrevista, seguindo o roteiro expresso no Guia.

Forme 6 subgrupos (1-2-3-4-5-6) para a realização da tarefa. Combine com o gru-po um prazo de retorno (de 1 a 3 dias no máximo). Com as entrevistas feitas,organize uma plenária para troca dos resultados, formando 5 novos subgrupos(A-B-C-D-E) que serão constituídos por 1 aluno de cada subgrupo anterior. Peçaque cada novo subgrupo (A-B-C-D-E) partilhe apenas uma questão da entrevista.Distribua as questões, estabelecendo o tempo para a troca de experiências. A se-guir, cada subgrupo apresenta para os demais o resultado da discussão feita.

Abaixo reproduzimos uma entrevista com o técnico de som Gustavo Nery, dis-correndo sobre as mesmas questões que constam do roteiro apresentado no Guiade Estudo. Assim, você tem uma referência para concluir a atividade.

O DJ e técnico de som Gustavo Nery, de Fortaleza, explica alguns elementostécnicos do som e dá dicas de como melhorar os resultados das apresentaçõesdos DJs. Confira.

O que é um som amplificado?

Gustavo Nery - Um som amplificado na verdade, é nada mais do que um sinal qualquerque começou pequeno e ficou grande, ou seja, ganhou potência! Foi um ruído que conseguiumanter suas características primárias, ou desde a sua fonte inicial, em seguida passou paraum determinado estágio de potencialização e foi direcionado e adequado ao funcionamento deum ou mais alto-falantes.

Para que serve um equalizador?

G.N. Um equalizador tem a função de dar mini-amplificadas ou atenuadas em váriasfreqüências. Normalmente encontramos equalizadores paramétricos onde estes utilizam blo-cos de freqüências pré-estabelecidas que podemos dar ganhos neste bloco sem que interfira no

Page 102: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

100

restante ou tirar algum excesso. Outro tipo de equalizador, conhecido é o gráfico que possuivários potenciômetros que, por sua vez, têm a função de exercer uma atenuação ou amplificaçãoem uma freqüência especifica. O Equalizador é uma ferramenta bem prática que pode nosajudar amenizando deficiências de acústica no ambiente. Um Equalizador, para mim,acima de tudo, é uma ferramenta essencial na sonoridade e na musicalidade do nosso sistemasonoro. Ele ajuda na assimilação das frequências. Em sua maioria audível, é uma peçafundamental no refinamento sonoro onde podemos acrescentar ou tirar volume de algumasfreqüências (timbres) que não nos agradem. É usado em estúdios, sound-system’s (sistema desom móvel) e até em televisores.

Distorção sonora?

G.N. Distorção sonora é um ruído que chega aos nossos ouvidos e que, na maioria dasvezes, agrada e não agrada! Falo isso, pois quem curte techno sabe do que estou falando;existem músicas que certos produtores na hora de produzi-las, colocam a distorção depropósito! Para quê? Não sei... Talvez para que a música fique suja mesmo e assimganhe uma personalidade que agrade afins. Um exemplo: vamos imaginar o cara tocan-do e empolgado com a música e toda aquela atmosfera que o cerca, é normal o cara seempolgar! Uma reação básica de alguns DJs novatos ou com pouca manha pra coisa ésempre aumentar o som! Pobrezinho dele, pois na cabeça dele ele pensa que o som tábombando! Que nada ele tá fazendo uma cagada (sic) do tamanho de um bonde, que éa de SUJAR o som todo do P. A com o excesso de sinal mandado do mixer para o restodo sistema. O som ficou sujo, pois os outros periféricos que cuidam exclusivamente daparte de sinal estão interagindo com todo o excesso que vem do mixer, o compressor ouo limiter que depois do DJ são, talvez, os maiores responsáveis pela distorção que chegaaos ouvintes. O legal é o cara calibrar o limiter ou o compressor de um jeito que nãoaltere as características primárias da música. Com isso, estamos contribuindo para quea distorção sonora esteja de um modo que todos escutem aquilo que é para ser escutado:música em alto e ótimo som.

Como o ambiente físico interfere no resultado do som de PA (power

amplification, conjunto de equipamento para ampliação do som)?

G.N. O ambiente físico interfere na acústica na maioria das vezes em locais fechados,pois o som tende a ser refletido nas paredes. Costumamos perceber que o local não temuma boa acústica devido a nossa falta de compreensão das altas e médias freqüências.Estas freqüências são refletidas e têm como resultado final destas reflexões não agrada-rem os nossos ouvidos. O espaço ideal para mim é aquele que dá para que a gentedistribua as caixas de som de uma forma que, por mais que o ambiente seja uma droga,eu encontre um jeito de amenizar estas reflexões que criam um efeito de eco. Uma solu-ção simples é talvez aumentar o número de caixas para que o máximo de pessoaspossível escute o som próximo às caixas. Um fato bem curioso ocorre quando temosnum ambiente fechado onde encontramos uma reverberação muito grande. Ao colocar-mos pessoas dentro da sala a reverberação diminui, pois as freqüências estão sendoabsorvidas pelas pessoas que estão na pista, ou seja, o som não está sendo totalmenterefletido, ele está meio que parando na roupa das pessoas! E outro detalhe, se você pararpara escutar com muita atenção vai reparar que a temperatura do ambiente interage e

Page 103: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

101

muito no resultado final do que vamos escutar. Ex: o ambiente é fechado e está commuitas pessoas e quente!! Repare como os agudos tendem a ficar mais claros e o gravezão(sic) tá (sic) batendo muito mais redondo do que quando não tinha ninguém.

O que gera o ramming?

G.N. O ramming (zumbido, ruído de corrente alternada), é provocado por vários fatores:um é a utilização de cabos de sinal ruim, não blindados ou com conectores com solda defeitu-osa, mas o fator principal de acontecer este problema é um detalhe que ás vezes tá na nossacara e muita gente não vê, que é o muitas vezes falado, e 99% ignorado, o “Aterramento”.Gostaria de falar que em sonorização profissional existe dois tipos de aterramento, que sãona minha opinião obrigatórios, um é o do sinal do sistema e outro é o da corrente elétrica(AC).Não recomendo misturar estes dois aterramentos. Na minha opinião, acho isso uma faltamuito grande de comprometimento com o sinal mandado para o PA, sem falar nos prejuízosque podem acontecer com toda a aparelhagem. Agora, existe um tipo de ramming que,desde quando comecei a ser DJ, sempre venho estudando e procurando entender melhorcomo acontece e como posso solucionar este problema. Basicamente é uma realimentaçãodo sinal vindo dos toca-discos nas quais este sinal interage muito com todo o ambiente,sem dúvida o ambiente onde estão instaladas as MKs (toca-discos) vai influenciar se oramming vai ser fácil ou difícil de ser controlado. Geralmente, o piso, a mesa, o case, ouseja, tudo que estiver perto das MKs vai interagir vibrando e fazendo com que a agulhados toca discos vibrem além do que é necessário; os sub-woofers (caixas para sons gra-ves) por sua vez são os grandes vilões onde o sistema sonoro é grande. Por estes responde-rem geralmente de 25 hz a, digamos, 80, 91, 120,150 hz. Estes blocos de freqüênciasvão ser diretamente absorvidos por todo o corpo ou estrutura.

5.4 – TÉCNICAS BÁSICAS E MIXAGEM

Além de conhecer e manipular os equipamentos, os alunos devem aprender a pro-duzir sets e samples, criando novas possibilidades de performance musical. Estesubtópico, como o próprio nome indica, pretende introduzir os futuros DJs nastécnicas mais utilizadas nesta ocupação. Tal como no subtópico anterior, o apren-dizado do conteúdo apresentado requer muita experimentação e prática.

ATIVIDADES 199 A 202Estas atividades pretendem desenvolver a percepção rítmica dos alunos. O ritmo é umelemento essencial para a atuação do DJ. Reconhecer os tempos da música, distinguirsemelhanças e diferenças entre batidas, compassos e timbres, saber encontrar o pontoideal para unir músicas diferentes são requisitos fundamentais a esta ocupação.

ATIVIDADE 199 – Leia em voz alta para os alunos o trava-línguas contido naabertura da atividade. A seguir, solicite ao grupo que repita junto com você a

Page 104: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

102

mesma leitura. Terminada a leitura, forme subgrupos, pedindo a cada um que brin-que com o trava-línguas livremente, encontrando uma forma criativa e diferente datradicional para apresentá-lo. Chame a atenção para as diversas divisões possíveisnos tempos das frases, mostrando que a depender de como o trava-línguas é dito,ele é escrito de uma forma específica. Solicite a cada subgrupo que, após definidoo modo como o trava-língua será falado, escrevam-no reproduzindo fielmente naescrita as divisões rítmicas. Depois que todos os subgrupos se apresentarem, façaum paralelo com a música, mostrando que as melodias têm ritmos e divisões notempo. Às divisões de uma música no tempo, chamamos compasso.

ATIVIDADE 200 – Inicie a atividade com as dinâmicas descritas a seguir:

Exercício nº 1

❚ Grupo em círculo, de pé.

❚ Apresentar para o grupo com palmas e voz o tempo quaternário, contando emvoz alta 1-2-3-4. Acentuar a primeira batida que correspondo ao tempo 1.

❚ Pedir que os alunos acompanhem a marcação, mantendo a cadência, sem acele-rar, até que todos produzam o som em uníssono.

❚ Repetir a mesma seqüência com o tempo ternário ( 1-2-3) e binário (1-2 ).

❚ Repetir a seqüência de marcação dos tempos, acrescentando os pés, sem sair dolugar. Iniciar pelo compasso quaternário até chegar ao binário. O tempo corres-pondente ao nº 1 é marcado por uma batida de pé mais forte.

❚ Repetir a seqüência de marcação dos tempos, introduzindo o deslocamento peloespaço. Cada tempo de nº 1 é acompanhado de uma batida mais forte de pé,palma e mudança de direção no espaço. Iniciar sempre pelo compasso quaternário(mais fácil ), chegando até o binário ( mais difícil ).

Exercício nº 2

❚ Ouvir com o grupo algumas músicas, reconhecendo os compassos:

- Marcha, forró, baião, tango, funk = compasso binário

- Valsa, mazurca, bolero = compasso terciário

- Ciranda, marcha lenta, alguns tipos de rock = compasso quaternário

❚ Marcar com uma palma e/ou batida do pé os tempos fortes das músicas ouvidas.

❚ Dançar as músicas, marcando com o corpo os tempos fortes.

Após a realização dos exercícios, leia com o grupo o texto introdutório da ativida-de no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 201 – Esta é uma atividade rítmica específica para o DJ. Você vaifazer uso dos vinis de base para que os alunos possam captar as batidas e viradasdas músicas.

Comece pela leitura detalhada e pausada do texto. Explique cada parágrafo, tiran-do as dúvidas. Após a leitura, ouça algumas músicas eletrônicas com o grupo, dis-tinguindo as batidas e os compassos das mesmas. Quando achar que o grupo já écapaz de reconhecer os compassos e as viradas, forme 3 subgrupos e distribua

Page 105: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

103

músicas diferentes para que exercitem o conteúdo da atividade, contando os tem-pos e marcando as viradas.

ATIVIDADE 202 – Esta atividade descreve algumas técnicas básicas que o DJutiliza para fazer som. Tem o objetivo específico de preparar o grupo para a práti-ca no laboratório.

Inicie com a leitura do texto, explicando cada uma das técnicas descritas no Guia deEstudo. Após a leitura, sugerimos uma dinâmica que, com seu caráter lúdico, visa adescontrair o grupo e a exercitar a percepção auditiva e rítmica. Trata-se da composi-ção de uma banda de vocais, em que cada coro encontra o ponto certo de união, reco-nhecendo o bumbo cabeça de compasso nas diferentes frases melódicas. Siga o roteiro:

Coral rítmico

❚ Exemplificar para o grupo cada uma das 3 frases rítmicas, marcando o bumbocabeça de compasso com a voz acentuada:

1ª frase – Chama a moçada pra tocar de madrugada;

2ª frase – Não confunda samba e rumba;

3ª frase – Esse é o som da gente, um som diferente;

- Exercitar cada frase, cantando-as coletivamente, ao mesmo tempo em que ocompasso quaternário é acompanhado com as batidas de pé ou de mão.

- Quando todo o grupo se sentir familiarizado com as frases rítmicas, exercitarcom os alunos a 4ª frase que corresponde ao prato, ou seja, à batida ininterruptaentre o bumbo e a caixa.

4ª frase – Não esqueça a marcação

❚ Formar 4 subgrupos e dar a cada um uma frase rítmica.

❚ Exercitar os subgrupos separadamente, preparando-os para a junção que deveocorrer no tempo correspondente ao bumbo cabeça de compasso.

❚ Orientar a entrada de cada segmento, mantendo sempre a cadência do compas-so quaternário. A ordem de entrada deve ser: 1ª frase – 4ª frase – 2ª frase- 3ªfrase. Aja como um maestro, reja o grupo.

❚ Conversar com o grupo sobre a experiência vivida.

ATIVIDADES 203 A 206Estas atividades dizem respeito à prática do DJ e possibilita aos alunos o treina-mento nos equipamentos e nas técnicas de mixagem.

ATIVIDADE 203 – Esta atividade relaciona a experiência vivenciada na ativida-de anterior e introduz o grupo no laboratório de som onde se dará a prática doconteúdo abordado até então.

Comece pela leitura do texto contido no Guia de Estudo. A seguir, divida os alu-nos em 3 subgrupos. Um deles vai para o laboratório de som explorar os equipa-mentos, acompanhados por você. Outro fica na sala com os aparelhos de som,pesquisando os estilos de música eletrônica, contando as batidas de cada estilo e

Page 106: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

104

identificando o momento das viradas. O terceiro, nos computadores, pesquisa dicas demixagem e as últimas novidades de música eletrônica com ritmos brasileiros.

Sugerimos que você eleja em cada subgrupo um auxiliar, responsável pelo anda-mento da tarefa grupal. Estabeleça um tempo para a realização da atividade e façao revezamento de modo que todos os subgrupos vivenciem as 3 experiências.

ATIVIDADE 204 – Trata-se do registro da experiência vivenciada na atividadeanterior. É uma tarefa individual. Peça aos alunos que executem a atividade noGuia, solicitando que não se limitem a poucas palavras. Sugira que expressem asdificuldades e facilidades encontradas na vivência.

ATIVIDADE 205 – Você vai utilizar a mesma metodologia usada na atividade203. Inicie com a leitura do texto, tirando dúvidas ou tecendo comentários a cadaparágrafo, para, em seguida, formar 3 subgrupos que desempenham tarefasdiversificadas, a saber:

Laboratório de som – explorar o uso do pitch nas mixagens.

Sala de aula – assistir a um DVD de show ou entrevista com um DJ.

Computadores – pesquisar mixagem e o uso do pitch e a técnica de colagem.

Faça o revezamento de modo a que todos os subgrupos vivenciem as três etapas.

ATIVIDADE 206 – Esta atividade busca valorizar os ritmos brasileiros, refletin-do com o grupo a possibilidade de utilizar a música nacional como base para no-vas experiências em música eletrônica.

Leia o texto introdutório e, em seguida, peça voluntários para continuar a leiturada reportagem da revista Isto É sobre a experiência de um músico brasileiro comum rapper americano. Converse com o grupo sobre o conteúdo da entrevista an-tes de iniciar a atividade prática, que segue a mesma metodologia das atividadesprecedentes:

❚ Formar 3 subgrupos.

❚ Distribuir as tarefas, a saber:Laboratório de som – experimentar combinações com vinis e CDs de músicabrasileira.Sala de aula - ouvir CDs nacionais e observar que ritmos brasileiros são ade-quados à mixagem.Computadores – pesquisar ritmos brasileiros, fazendo a contagem das batidas.

ATIVIDADE 207Esta atividade explora a musicalidade como uma característica nacional.

Converse com os alunos sobre a extraordinária diversidade musical brasileira. Res-salte a característica criativa da nossa gente que extrai sons dos mais diversos obje-tos. Relacione essa característica à formação e origem do povo brasileiro.

Sugerimos a seguinte dinâmica:

Page 107: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

105

❚ Em círculo, de pé.

❚ Pedir aos alunos que explorem sons extraídos do próprio corpo.

❚ Solicitar que cada aluno escolha um som dos que explorou para mostrar aogrupo, que repete o som apresentado.

❚ Depois que todos tiverem socializado seu som, formar 6 subgrupos com a tare-fa de criar uma seqüência rítmica a partir dos sons apresentados.

❚ Cada subgrupo expõe sua seqüência e, por fim, todos criam uma composiçãorítmica a partir das sequências exploradas.

Converse com o grupo sobre a experiência.

5.5 - O MUNDO DO TRABALHO

Este subtópico tem por objetivo apresentar ao futuro DJ as perspectivas e a dinâ-mica do mundo do trabalho no qual esta ocupação estará inserida, envolvendoconteúdos como o percurso de quem se inicia nesta ocupação, a relação com dife-rentes tipos de clientes, os processos de negociação dos serviços e formas de sefirmar na atividade com maior autonomia.

ATIVIDADE 208A idéia desta atividade é aproximar os alunos da realidade de quem se inicia nocampo da ocupação do DJ. Você pode seguir aqui dois caminhos alternativos: a)convidar um DJ para ser entrevistado pelos alunos na sala de aula; ou b) trazerentrevistas extraídas da internet ou de revistas para que os alunos possam pesquisaras diferentes trajetórias.

a) Na primeira alternativa, que consideramos mais interessante e dinâmica, além deidentificar e convidar o DJ que será entrevistado, é importante que você construaum roteiro de entrevista com a turma. Neste caso, sugerimos os seguintes procedi-mentos:

❚ Distribua para cada aluno três fichas de cartolina (tarjetas) e um pincel atômico;

❚ Peça que cada aluno formule três perguntas, uma em cada ficha, com letra defôrma;

❚ Recolha as fichas e depois leia-as em voz alta, colando-as no quadro, com fitacrepe. Quando uma pergunta for repetida, cole-a por cima da outra;

❚ Depois de apresentar todas as tarjetas e eliminar as iguais, agrupe-as por campode investigação. Por exemplo: perguntas referentes à origem, como o DJ iniciousuas atividades; perguntas sobre dificuldades enfrentadas, e assim por diante;

Page 108: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

106

❚ Verifique se as perguntas feitas pelos alunos cobrem todo o campo de informa-ção necessário. Sugerimos como temas: o porquê da escolha da profissão; traje-tória inicial neste campo de trabalho; dores e delícias da ocupação; se tem ounão equipamentos e como os conseguiu; relação com os clientes; dicas para quemestá começando. Caso as perguntas não cubram tudo, complemente com as per-guntas que faltam.

❚ Distribua as perguntas pelos alunos, para evitar repetições na hora da entrevista.

❚ Depois da entrevista, converse com os alunos sobre o que ouviram e peça queregistrem suas observações no Guia de Estudo.

b) Caso você opte pela análise de entrevistas escritas, você terá que buscar previa-mente, na internet ou em revistas, entrevistas que contenham os conteúdos menci-onados acima. Você precisará dispor de pelo menos 5 entrevistas. É interessante,na escolha, considerar a diversidade de experiências e perfis dos entrevistados (pes-soas mais e menos famosas, homens e mulheres, regiões diferentes, etc). De possedeste material, siga os passos abaixo:

❚ Divida a turma em 5 subgrupos e dê a cada um uma entrevista;

❚ Solicite que façam uma leitura do material, procurando identificar os seguintesaspectos: escolha da profissão; dificuldades iniciais; experiência relatada; dicas.;

❚ Seguindo esse roteiro, cada grupo deverá organizar uma síntese da entrevistanuma folha de flip chart, para apresentar aos demais grupos;

❚ Depois que todos os subgrupos tiverem se apresentado, abra um momento deconversa sobre o que os alunos puderam observar;

❚ Peça que registrem suas observações no Guia de Estudo.

Nos dois casos, encerre a atividade com a leitura e reflexão das dicas contidas noGuia de Estudo. Nesta finalização, é importante destacar a dica referente à partici-pação em concursos, que torna o DJ conhecido, e a referência aos equipamentos.Quanto a este último, seu alto custo pode ser visto como algo desestimulante poralguns alunos. Neste caso, não deixe a peteca cair: lembre que existem pessoas quedispõem dos equipamentos e contratam DJ’s para operá-los, e que estes equipa-mentos podem ser adquiridos pouco a pouco.

ATIVIDADE 209O foco desta atividade é a relação do DJ com o cliente, e a produção do set a partirde uma demanda e de um público específico.

Divida a turma em três subgrupos, cada um deles com um tipo de cliente e eventodistintos. Eles deverão pesquisar o estilo musical do perfil proposto e montar umatrilha sonora adequada ao mesmo. A trilha será produzida e gravada.

Sugestão de clientes:

1. Festa de 15 anos de uma garota moderna e romântica, na qual estarão presentesfamiliares, amigos, pessoas de diferentes faixas etárias.

Page 109: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

107

2. Empresa de recursos humanos, comemorando 30 anos de funcionamento. Osfuncionários têm idade entre 25 e 50 anos, e o diretor quer abordar a temática devalorização do grupo e das relações interpessoais.

3. Aniversário de casamento de um casal que viveu intensamente o período dosanos 60/70.

4. Comemoração de ingresso na faculdade. O cliente é o pai de um jovem de 18anos que quer presentear o filho aprovado no vestibular. O garoto tem um gostomusical bem moderno, que difere do gosto do pai. A festa terá como convida-dos apenas os amigos e amigas do filho.

5. Escola encomendando uma festa de Dia das Bruxas para os alunos da segundae terceira série do fundamental, que têm entre 7 e 9 anos.

Nesta atividade, os três grupos devem fazer um rodízio pelos espaços: um grupo iniciaa pesquisa no computador; outro com música nos equipamentos e outro na sala commaterial escrito e CDs com micro system. Você deve disponibilizar para a turma oarquivo de discos e de matérias de época, para incrementar a pesquisa dos alunos.

Peça aos alunos que mostrem aos demais a trilha produzida com os resultados deseu trabalho. Ao final do exercício, solicite que os alunos registrem suas observa-ções no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 210Os futuros DJ’s precisam conhecer o valor dos equipamentos necessários para suaatuação, mas você deve orientar a atividade de forma que o alto investimento ne-cessário não constitua um desestímulo para a turma. Esta atividade pode ser feitada seguinte maneira:

❚ Faça uma leitura comentada, em voz alta, do texto do Guia de Estudo;

❚ Divida a turma em três subgrupos. Cada subgrupo deverá apresentar três orça-mentos , com nome do produto, marca, preço, nome da loja.

❚ Oriente que a pesquisa pode ser feita na internet ou diretamente nas lojas. Os queforem para as lojas, deverão antes pesquisar endereços no catálogo telefônico;

❚ Dê um prazo de dois dias para a realização da tarefa. Quando eles estiveremcom os orçamentos prontos, cada grupo deve apresentar para os demais o queconseguiu, comparando preços e marcas.

❚ Converse com a turma sobre formas alternativas de obtenção dos equipamen-tos, destacando a importância dos empreendimentos associativos no campo dacultura. Comente sobre as vantagens da organização coletiva na obtenção deapoio financeiro para adquirir os meios de produção necessários.

ATIVIDADE 211Os futuros DJs terão oportunidade, durante esta atividade, de construir seuportfólio sonoro, ou seja, sua demo. Antes de orientar esta atividade, verifique

Page 110: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

108

com a coordenação a disponibilidade do laboratório de som ser aberto aosalunos durante os finais de semana para que eles possam realizar o trabalho.Afinal, são muitos alunos e poucos equipamentos, e a produção do portfólioexige tempo e preparação.

❚ Leia com a turma o texto da atividade e comente com o grupo a importância dademo como carta de apresentação do DJ.

❚ As demos são individuais mas, para aprender a fazê-la, os alunos devem traba-lhar em grupo. Forme seis subgrupos e solicite a cada um uma mídia de 30minutos de som.

❚ Cada grupo deve conversar sobre seu gosto e estilo musical, recordar o queaprendeu sobre a organização do line-up e produção do set, e colocar a mão namassa.

❚ Você precisa disponibilizar algumas aulas para isso, para que os grupos utilizem,em rodízio, os sistemas de som, os computadores, os micro system;

❚ Quando a mídia estiver pronta, cada grupo apresenta sua demo aos demais. Aofinal do processo, converse sobre o que observaram ao longo do trabalho esolicite que registrem estas observações no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 212Nesta atividade, os grupos devem produzir uma capa para a demo criada. Distri-bua revistas, papéis coloridos, hidrocores, lápis cera, cola. Peça que pensem sobreo CD e seu estilo pessoal, e partir daí construam imagens coerentes com o conteú-do da mídia e do grupo. Depois que cada grupo tiver elaborado sua capa, peça quesocializem os resultados com os demais colegas.

ATIVIDADE 213Esta atividade destina-se a preparar o futuro DJ para negociar um serviço com umcliente. Solicite inicialmente que registrem no Guia de Estudo o que consideramimportante nesta negociação. Depois que tiverem feito isso, peça que socializemsuas anotações com a turma e anote no quadro o que eles sugeriram. Observe se,nestes ítens, estão presentes: o objeto do trabalho, as condições de realização dotrabalho, data, hora e local do evento, e o valor e as condições da remuneração.

A maior parte dos DJs desenvolve sua atividade informalmente, mas o Guia deEstudo traz um modelo de contrato que é utilizado por DJs que já têm nomeconhecido. Faça uma leitura, em voz alta, deste modelo de contrato e ponderecom o grupo sobre a relevância e pertinência das cláusulas ali contidas. Comenteque algumas posturas dos DJs com nome na praça não podem ser seguidas pelosDJs iniciantes ao pé da letra, como, por exemplo, a não interferência do cliente natrilha sonora, na fase de preparação.

Page 111: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

109

5.6 – MC E O RAP

As atividades inseridas neste subtópico buscam complementar a performance dosfuturos DJs com algumas noções sobre o trabalho do MC e da produção do rap. Émuito importante, ao longo deste subtópico, que os alunos percebam que DJ e MCsão figuras públicas e que a posse de um microfone traz consigo um certo poder,exigindo uma grande responsabilidade.

ATIVIDADES 214 A 223Estas atividades referem-se à atuação do MC, sendo um desdobramento da ocupa-ção do DJ que, inicialmente, acumulava as duas funções.

ATIVIDADE 214 – Oriente os alunos a responderem no Guia de Estudo as ques-tões referentes ao conhecimento que têm sobre a atuação do MC. Socialize as res-postas em plenária, ressaltando os pontos mais significativos e marcando as dife-renças entre uma festa animada por um MC e outra só tocada pelo DJ. A seguir,forme 5 subgrupos e peça que criem um refrão a partir de tema escolhido por eles.Estabeleça um tempo para a criação e dirija a apresentação de cada subgrupo,fazendo uso de uma batida como fundo musical de modo a enriquecer o trabalho.

ATIVIDADE 215 – Esta atividade tem por finalidade ressaltar a importância e anecessidade que o ser humano possui de expressar-se através de palavras, frases,textos, arte. Explore a percepção do contexto sócio-político da época relativa aosurgimento do Mestre de Cerimônia, situando a sua função como parte do proces-so histórico.Para isto, sugerimos que você forme 4 subgrupos para pesquisar dois líderes negrosimportantes no movimento em busca dos direitos humanos negados aos negros pelasociedade dominante nos Estados Unidos de então: Martin Luther King e Malcom X. Estabeleça tempo para a pesquisa e socialize os resultados em plenária. A conclu-são da atividade cabe a você: levante pontos importantes, refletindo as maneiraspossíveis de manifestarmos nossas insatisfações, e ressalte a utilização da palavra eda arte como formas de resistência e luta. Para finalizar, escolha alguns trechos doúltimo discurso de Martin Luther King, Eu Tenho um Sonho, e leia para o grupo.

EU TENHO UM SONHO

“Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a históriacomo a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, do qual estamos sob sua simbólicasombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veiocomo um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham

Page 112: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

110

murchado nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar alonga noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas dasegregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em umailha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cemanos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e seencontra exilado em sua própria terra.

Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição. De certomodo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando osarquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituiçãoe a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissóriapara a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa quetodos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriamgarantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade.

Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vezde honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um chequesem fundo, um cheque que voltou marcado com ‘’fundos insuficientes’’. Mas nósnos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos aacreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nósviemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar asriquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é omomento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizantedo gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessasde democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação aocaminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossanação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade.Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verãosufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos umrenovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, masum começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão umviolento despertar se a nação voltar aos negócios de sempre.Mas há algo que eutenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio dajustiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos serculpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdadebebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzirnossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitirque nosso criativo protesto se degenere em violência física.

Page 113: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

111

Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reuniãoda força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividademostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para comtodas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como compro-vamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles éamarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligadaindissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nóscaminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos àfrente. Nós não podemos retroceder.

Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, ‘’Quandovocês estarão satisfeitos?’’ Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro forvítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremossatisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não puderemter hospedagem nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Nós nãoestaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e umNegro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não,nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e aretidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Eu não esquecique alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns devocê vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram deáreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades dasperseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são os veteranos dosofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor.Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina doSul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas eguetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação podee será mudada. Não se deixe cair no vale de desespero. Eu digo a você hoje, meusamigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. eu aindatenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eutenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro signifi-cado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras paratodos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nascolinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dosdescendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estadoque transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão,será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho queminhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas nãoserão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho umsonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas

Page 114: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5A

RTE

E C

ULT

UR

A I

112

malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de interven-ção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negraspoderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs eirmãos. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia todo vale seráexaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serãoaplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor serárevelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Comesta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de espe-rança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes denossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós podere-mos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos,defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livres. Este seráo dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar comum novo significado. ‘’Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terraonde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos. De qualquerlado da montanha, ouço o sino da liberdade!’’ E se a América é uma grandenação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberda-de no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sinoda liberdade nas poderosas montanhas de Nova York. Ouvirei o sino daliberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino daliberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado. Ouvirei osino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso.Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei osino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sinoda liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas,ouvirei o sino da liberdade. E quando isto acontecer, quando nós permitir-mos ao sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em todamoradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemosacelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos ehomens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãose cantar nas palavras do velho spiritual negro:’’Livre afinal, livre afinal.Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal”.

ATIVIDADE 216 – Esta atividade objetiva situar o movimento Hip-Hop no Bra-sil, enfatizando o seu caráter de expressão dos marginalizados frente a uma socie-dade que os discrimina por sua condição social.Inicie a atividade com a leitura do texto introdutório seguida do rap Contraste Socialque deve ser lido e cantado pelo grupo. O rap de MV Bill comunica a insatisfaçãode um segmento que hoje, graças ao exercício democrático, pode se expressar sem

Page 115: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

5

DJ

/ MC

113

censura nem julgamento de valor. Enfatize para os alunos essa condição, fazendoanalogia com as músicas censuradas nos anos 60/70.Após a conversa com o grupo, solicite que sugiram 5 temas, expressando situaçõescaracterísticas de suas comunidades. Registre os temas no quadro. Escolha 5 alu-nos que, de acordo com a sua observação, tenham facilidade com a expressãoescrita. Coloque-os como representantes de subgrupo. Cada um deles, então, esco-lhe os componentes da sua equipe em rodízio. Formados os subgrupos, distribuaos temas, por sorteio ou afinidade, e solicite que construam um texto sob a formade rap (poesia ritmada). Peça que registrem sua produção no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 217 – Esta atividade visa a pôr em prática a comunicação caracte-rística do MC.Leia para os alunos o texto introdutório da atividade. Retome os subgrupos daatividade anterior, estabelecendo um tempo para criação da forma como o grupoapresentará o seu rap (atividade 216). Dirija os ensaios, reportando-se aos conteú-dos dos Elementos do Teatro, como projeção e intenção da voz, articulação daspalavras, respiração , movimentos corporais e interpretação do texto. Depois dasapresentações, comente o conteúdo das letras.

ATIVIDADE 218 – Trata-se de uma atividade reflexiva, que levanta a discussãosobre a força da palavra dita.Leia o texto e dê início ao papo-cabeça, solicitando que o grupo se manifeste,dizendo o que compreendeu da leitura feita. Ressalte a responsabilidade de cadaum de nós com a palavra que dizemos. Chame a atenção para o fato de que omicrofone na mão do MC tem poder de transformação e nenhuma palavra é vã,todas têm conseqüências. Fique atento para não ocupar a posição de censor, masnão fuja da sua responsabilidade como educador, frisando a necessidade de seanalisar as intenções e o objetivo do que se diz.

ATIVIDADE 219 – Esta atividade tem como finalidade estabelecer um paraleloentre a cultura do repente e a do rap, mostrando as semelhanças entre ambos.

Leia com os alunos a letra de Patativa do Assaré, dando ritmo às palavras. Formesubgrupos e divida o texto para que cada subgrupo fale um trecho, inicialmentedeclamando. Depois, peça que coloquem o poema nas batidas do rap. Cadasubgrupo vai buscar num CD de batidas a que quer experimentar com o texto.Marque tempo para que ensaiem e dirija a apresentação. Após as exibições, soliciteaos alunos que registrem em seus Guias de Estudo as suas observações, elencandoas semelhanças entre o rap e o repente, a saber: ritmo, improviso, poesia, rimasbrancas (rimas sem métrica), relato de uma história, contexto de narrativa.

ATIVIDADE 220 – Trata-se de uma atividade que enfoca a improvisação, carac-terística comum ao repente e ao rap.

Forme 2 subgrupos. Um deles fica responsável por estabelecer uma batida comofundo musical para a improvisação do outro grupo, que tem como tarefa fazer umrap na hora, a partir de tema dado por você. A um sinal seu, o aluno que improvisaé substituído por outro e a cada 5 alunos você deve mudar o tema. Sugestão de

Page 116: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

temas: água; quilombo;natureza; arte; cultura; discriminação. Faça o rodízio dossubgrupos. A própria turma avalia o desempenho do grupo.

ATIVIDADES 221 E 222Estas atividades têm como objetivo inserir a ocupação do DJ/MC na produçãodo espetáculo construído nos tópicos anteriores.

ATIVIDADE 221 – Retome as equipes formadas durante a atividade 97 em Ele-mentos do Teatro. Cada equipe deve criar um rap e uma base para introduzir acena do grupo que a sucede, funcionando como um narrador que costura as cenas.Um grupo fará a introdução para o outro, de modo a não gerar confusão entre oato de encenar e o de cantar. O grupo que representa a última cena fica responsávelpelo rap de abertura do espetáculo.

Para possibilitar esta atividade, é preciso que os grupos relembrem suas cenas.Para isto, organize a leitura das mesmas antes da criação dos rap. Lembre-se desolicitar aos alunos que gravem as mídias com as bases, para facilitar o desempe-nho dos grupos na apresentação do espetáculo.

ATIVIDADE 222 – Organize mais um ensaio, retomando as produções de todoo processo. Faça a leitura das cenas para que cada aluno retome seu personagem,suas características, sua atmosfera. Faça as pontuações que se fizerem necessárias,já com a inclusão da trilha sonora e das narrativas do MC. Confira se a trilha sonorafoi gravada adequadamente, para acompanhar a declamação do MC e certifique-se deque os alunos responsáveis por operar o equipamento estão realizando a tarefa comprecisão, para não haver atropelo nos tempos de passagem de uma cena a outra.

ATIVIDADE 223 Trata-se da atividade final antes da apresentação do espetáculo. É hora de avaliar oconteúdo abordado neste tópico.

Distribua papel ofício e solicite que cada aluno se expresse livremente com pala-vras, frases, trechos de poemas, músicas, etc, considerando os pontos levantadosno Guia de Estudo: participação, dificuldades, aprendizagem e expectativas. A se-guir, peça que destaquem as palavras chaves e as expressões que consideram maisfortes e significativas para, então, construir o rap avaliativo como é pedido noGuia de Estudo.

AR

TE E

CU

LTU

RA

I

114

5

Page 117: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ESPETÁCULO FINAL

O espetáculo final representa a culminância do processo vivenciado. É uma formade avaliação e de retorno da aprendizagem para os próprios alunos. Também sig-nifica a celebração de um processo de criação coletiva. Sua importância ultrapassaos limites pré-estabelecidos e você não terá como avaliar a repercussão interna doque foi vivido, se ao “artista” não for permitido o contato com a platéia. Esta nãoé uma tarefa fácil, você vai encontrar obstáculos, mas o resultado trará sabor esatisfação ao seu trabalho. Você é o(a) responsável, nesse momento, pela aglutinaçãodo desejo grupal, convocando de forma convincente o imaginário de seus alunosno sentido de unir esforços para que a apresentação aconteça com sucesso.

Algumas etapas devem ser cumpridas por você. A primeira delas diz respeitoao tempo que você objetivamente tem para organizar, produzir, ensaiar e apre-sentar o espetáculo. Planeje o tempo disponível para não se perder. Evite de-morar demais numa etapa, prejudicando as seguintes. Sugerimos um roteiropara ajudar você nessa organização. Forme equipes compostas pelos alunospara que, sob a sua supervisão, possam realizar as tarefas que possibilitarão aculminância do Arco.

1º Etapa: PRODUÇÃOO grupo possui um espetáculo concebido com roteiro, trilha sonora, elementos docenário confeccionados e figurinos definidos. Ou seja, o grupo já tem um produto.

É preciso informar a comunidade sobre a apresentação e buscar parceria no espa-ço em que as aulas estão sendo dadas, pois isto garante o evento.

Redija um ofício com a equipe responsável pela produção, solicitando a liberaçãodo espaço em data e horário determinados. Solicite esse mesmo espaço para, nomínimo, dois ensaios gerais antes da apresentação final.

Com o espaço e a data garantidos, organize as parcerias necessárias para que oevento aconteça com sucesso. Isto diz respeito à limpeza e arrumação do local,portaria e controle dos convidados, transporte de material, etc. Se essas parceriasnão forem conseguidas, é preciso dividir as tarefas correspondentes pelo grupo.

A divulgação do espetáculo depende das condições de apresentação do mesmo,por exemplo, o número de convidados depende do espaço ser amplo, de haver ounão patrocinadores, de parcerias terem sido estabelecidas, etc. Porém, é impres-cindível a confecção de convites, mesmo que artesanais, para controle do númerode pessoas, garantindo o bem estar do público.

Se for possível a confecção de um cartaz, isto deve ser feito, pois valoriza o projetojunto à comunidade. O cartaz precisa contemplar o nome do projeto, quem apóiae financia, dia, hora e local do espetáculo.

115

Page 118: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

O programa do espetáculo pode ser realizado de modo simples, mas precisa con-ter os dados essenciais: nome do espetáculo, enumeração das cenas, nomes dosatores e de toda a equipe, incluindo os professores, agradecimentos e créditos es-peciais como o nome do projeto e dos órgãos governamentais que o apóiam.

Verifique se o equipamento de filmagem e fotografia está preparado para registraro evento. O registro filmado e as fotos são instrumentos preciosos de avaliação edivulgação posterior do trabalho realizado.

2º Etapa: ENSAIOSFaça uma leitura do texto, sem a encenação, para que o grupo relembre falas, entra-das, saídas, trocas de cenário e figurino, se houver.

Repita o processo de leitura, introduzindo a entonação e a movimentação no espaço.

Dê um tempo para que os grupos de cada cena ensaiem, memorizando suas falasaté não precisar mais do texto escrito.

Monte o cenário e certifique-se de que o figurino está todo arrumado. Dirija amarcação das cenas no espaço.

Realize o ensaio geral com figurinos, trilha sonora e iluminação, se houver. E bomespetáculo!!!

3º Etapa: PAPO-CABEÇADepois do espetáculo, reúna o grupo, de preferência num clima de celebração, eavalie o produto, ressaltando os aspectos positivos e apontando o que pode ser melho-rado. Em seguida, peça que respondam à Avaliação Final do Guia de Estudo.

Para encerrar, coloque uma música animada e promova uma despedida festiva.

116

Page 119: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

1. PRODUÇÃO CULTURAL

ATIVIDADE 02 :❚ 05 folhas de papel flipshart❚ lápis cera❚ pincéis atômicos de cores variadas

ATIVIDADE 04:❚ CD Canções Curiosas, de Paulo Tatit., da coleção Palavra Cantada,

com a música “EU”,

ATIVIDADE 06:❚ jornais

ATIVIDADE 09:❚ 06 dicionários de língua portuguesa

ATIVIDADE 11 E 12:❚ papel ofício❚ lápis grafite

ATIVIDADE 14:❚ caderno individual

ATIVIDADE 16:❚ CD Velô, de Caetano Veloso, com a música “Língua”

ATIVIDADE 18:❚ 30 tarjetas (fichas retangulares de cartolina tamanho 10 x 22 cm)❚ pincéis atômicos nas cores preta e/ou azul❚ fita crepe (fita de papel marrom, com mais ou menos 3 cm de

largura)

ATIVIDADE 19:❚ 30 quadrados pequenos de papel colorido (06 papéis de cada cor –

vermelho, azul, amarelo, verde, laranja, preto)

ATIVIDADE 21:❚ 01 corda de varal ou barbante grosso❚ pregadores de roupa❚ revistas para recorte e colagem❚ canetas❚ pincéis atômicos de cores variadas❚ tesouras❚ 01 litro de cola rótulo azul (verificar a data de validade)

RELAÇÃO DE MATERIAISUTILIZADOS NAS ATIVIDADES

117

Page 120: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

❚ copinhos de café❚ 30 folhas de cartolina

ATIVIDADE 23:❚ figuras de profissionais realizando atividades

ATIVIDADE 25:❚ dicionário do Aurélio

ATIVIDADE 27:❚ CD de Gonzaguinha, da Coleção Dois Cd’s BIS, com a música “E

vamos à luta”

ATIVIDADE 29:❚ papel ofício (2 folhas para cada aluno)❚ 30 lápis grafite❚ 30 canetas

ATIVIDADE 31:❚ 30 tarjetas nas cores vermelho, amarelo, azul, verde , laranja e preto

(06 de cada cor)

ATIVIDADE 35:❚ CD de música dançante que não seja muito rápida, mas que tenha

rítmo.

ATIVIDADE 39:❚ CD do grupo SKANK, com a música “Pacato cidadão”.

ATIVIDADE 41:❚ fita crepe❚ papel ofício❚ lápis cera❚ pincéis atômicos de cores variadas;❚ revistas para colagem❚ cola rótulo azul❚ tesouras

ATIVIDADE 42:❚ papel ofício❚ lápis grafite

ATIVIDADE 43:❚ corda de varal ou barbante grosso❚ pregadores

ATIVIDADE 44:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ canetas118

Page 121: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 48:❚ papel ofício❚ lápis grafite

2. ELEMENTOS DO TEATRO

ATIVIDADE 51:❚ papel metro❚ pincel atômico

ATIVIDADE 52:❚ CD Baioque, de Elba Ramalho, com a música “Ciranda da Rosa Ver-

melha” ou CD de Elis Regina, com a música “Redescobrir”

ATIVIDADE 53:❚ Jogo do assassino: cartões com os papéis a serem desempenhados

pelos alunos (instruções no Manual do Educador).

ATIVIDADE 54:❚ 06 pedaços de papel pardo com 2 metros cada❚ pincéis atômicos❚ lápis cera

ATIVIDADE 60:❚ caixa de prendas (ver Manual do educador).

ATIVIDADE 61:❚ CD de Lulu Santos com a música “Assim caminha a humanidade”.

ATIVIDADE 65:❚ CD de Chico Buarque com a música “A voz do dono e o dono da voz”

ATIVIDADE 70:❚ CD Acústico, de Jorge Benjor com a música “Fio Maravilha”

ATIVIDADE 73:❚ CD de Toquinho, com a música “Aquarela”

ATIVIDADE75:❚ CD Drama, de Maria Betânia com a música “Drama”

ATIVIDADE 78:❚ CD “Saltimbancos Trapalhões”, com a música “Piruetas”

ATIVIDADE 86:❚ DVD “Shakespeare Apaixonado”

ATIVIDADE 89:❚ CD MInha voz, Minha vida, de Gal Costa, com a música de Caetano

Veloso “Minha voz, minha vida” 119

Page 122: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 99:❚ papel ofício❚ lápis grafite

ATIVIDADE 100:❚ CD “O grande circo místico”, de Chico Buarque, com a música “Na

carreira”

3. AUXILIAR DE CENOTECNIA

TEXTO DE APRESENTAÇÃO:❚ figuras e fotos de maquetes, croquis de espaços e plantas baixas.

ATIVIDADE 109:❚ CD com música cadenciada, de preferência sem letra.

ATIVIDADE 112:❚ reprodução ampliada em papel metro dos palcos elizabetano e italia-

no, representados no Guia de Estudo.❚ CD de Gilberto Gil, com a música “Palco”

ATIVIDADE 115:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borrachas

ATIVIDADE 117:❚ CD do grupo Cidade Negra, com a música “Onde você mora?”❚ prendas

ATIVIDADES 118:❚ trenas❚ papel metro❚ pincel atômico❚ quadro negro e giz

ATIVIDADE 120:❚ 30 lápis grafite❚ 30 borrachas❚ 30 réguas

ATIVIDADE 122:❚ trenas❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borrachas❚ réguas

120

Page 123: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 124:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borrachas❚ réguas❚ folhas de flip chart❚ pincéis atômicos de cores variadas

ATIVIDADE 126:❚ estiletes❚ cola rótulo azul❚ tesouras❚ lápis grafite❚ papelão de sapateiro❚ pincéis❚ réguas

ATIVIDADE 129:❚ fotos de objetos cênicos que possam exemplificar as técnicas utilizads

para a construção de cenários.(Ver Guia de Estudo)

ATIVIDADE 131:❚ ripas com 5 ou 7 cm de largura❚ folhas de compensado de 15 mm❚ cola rótulo azul❚ serrote ou serra❚ martelo❚ pregos❚ lápis de carpinteiro❚ esquadro❚ lixas❚ tinta látex❚ trincha❚ 10 óculos protetores❚ máscaras protetoras.

ATIVIDADE 132:❚ ripas de 5 ou 7 cm❚ cola rótulo azul❚ martelo❚ pregos❚ tecido (algodão cru, etc)❚ grampeador para madeira❚ grampos para fixação em madeira❚ tinta látex❚ pincéis❚ trinchas❚ rodízios 121

Page 124: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 133:❚ ripas de 5 ou 7 cm❚ folha de compensado de 15 ou 12 mm❚ folha de compensado de 4 mm❚ cola rótulo azul❚ serrote ou serra❚ martelo❚ pregos❚ lápis de carpinteiro❚ esquadro❚ lixas❚ tinta látex❚ pincéis❚ trinchas

ATIVIDADE 134:❚ cola rótulo azul diluída❚ papel metro❚ jornais❚ material de sucata.

ATIVIDADE 135:❚ ripas de 5 ou 7 cm❚ folha de compensado de 10, 12 ou 15mm❚ martelo❚ pregos❚ cola rótulo azul diluída❚ grampeadora de madeira e grampos❚ serrote❚ serra tico-tico❚ tela aramada (viveiro)❚ papel metro ou jornais❚ tecido (algodão)❚ tinta látex❚ pincéis❚ esponjas

ATIVIDADE 136:❚ fotos ilustrativas das diferentes técnicas de textura (ver Guia de Es-

tudo)

ATIVIDADE 141:❚ folhas de flip chart❚ pincéis atômicos de cores variadas

ATIVIDADE 143:❚ máquina fotográfica

122

Page 125: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

4. AJUDANTE DE FIGURINO

ATIVIDADE 147:❚ caderno individual❚ lápis grafite❚ borrachas

ATIVIDADE 152:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borrachas❚ lápis cera❚ revistas❚ tesouras❚ cola rótulo azul

ATIVIDADE 153:❚ CD de Chico Buarque com a música “Minha História”

ATIVIDADE 154:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borracha❚ lápis cera❚ canetas hidrocor de cores variadas❚ corda de varal ou barbante❚ pregadores

ATIVIDADE 155:❚ CD de Elis regina, com a música “Atrás da porta”❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borrachas❚ hidrocores variados❚ fita crepe

ATIVIDADE 156:❚ revistas antigas e atuais❚ revistas de moda❚ revistas de época❚ figuras antigas❚ envelopes pardos ou sacos de papel❚ hidrocores variados

ATIVIDADE 160:❚ caderno individual❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borracha 123

Page 126: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

❚ hidrocores variados❚ lápis cera

ATIVIDADE 162:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borracha❚ hidrocores variados❚ retalhos diversos

ATIVIDADE 165:❚ revistas❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ cola rótulo azul❚ tesouras❚ canetas

ATIVIDADE 166:❚ papel ofício❚ lápis grafite❚ borracha❚ hidrocores variados❚ lápis cera

ATIVIDADE 167:❚ peças de roupa trazidas pelos alunos❚ sapatos❚ adornos de cabeça e mão❚ gravatas, laços❚ bijouterias variadas❚ fita crepe❚ canetas❚ sacos plásticos❚ etiquetas❚ o que mais você e sua turma conseguirem

ATIVIDADE 169:❚ camisetas de cor clara❚ cordão (no mínimo 5 metros)❚ sacos plásticos❚ corantes❚ fixador de cor❚ panela grande com tampa ou caldeirão❚ baldes plásticos❚ bastões de madeira (ou cabos de vassoura)124

Page 127: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 170:❚ peças de roupa❚ agulha e linha❚ tesouras❚ miçangas❚ bicos de renda

5. DJ/MC

ATIVIDADE 176❚ CD de música eletrônica

ATIVIDADE 179❚ DVD ou VHS com o filme “My Fair Lady”

ATIVIDADE 180❚ CD Quanta vol I, de Gilberto Gil, , contendo a música Pela Internet

ATIVIDADE 182❚ 10 caixas de fósforo com palitos❚ 10 pentes❚ 6 folhas de papel de seda❚ 10 tesouras❚ 30 latinhas de refrigerantes vazias ( trazidas pelos alunos )❚ 1 novelo de cordão fino❚ 1 furador ou chave de fenda❚ Fita crepe

ATIVIDADE 183❚ 6 copos de vidro❚ água para encher os copos❚ 1 baqueta (ou varinha fina de madeira)❚ 1 garrafa Pet com pedrinhas❚ 5 bolas de soprar❚ 2 tampas de panela❚ 1 bacia de plástico ou metal❚ 1 canudo grosso de bambu❚ 1 tubo de plástico sanfonado❚ 1 jornal velho❚ 6 vendas para olhos (tecido macio)

ATIVIDADE 184❚ DVD ou VHS com o filme Embalos de Sábado à Noite❚ 1 CD de discoteca anos 70

ATIVIDADE 186❚ 1 CD de chorinho 125

Page 128: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

❚ 1 CD de forró❚ 1 Cd de relaxamento❚ 1 CD de música eletrônica

ATIVIDADE 187❚ Uma gravação (CD ou Vinil) com o estilo Drum❚ Uma gravação (CD ou Vinil) com o estilo Techno❚ Uma gravação (CD ou Vinil) com o estilo House❚ 1 CD de reggae❚ 1 CD de forró (Luiz Gonzaga)❚ 1 CD de funk

ATIVIDADAE 189❚ 6 pedaços de papel metro de 2 metros cada❚ pedaços de chitão (tecido)❚ cola rótulo azul❚ 10 tesouras❚ 6 caixas de lápis cera❚ pilots de diversas cores (30 unidades)

ATIVIDADE 191❚ CD de Jackson do Pandeiro, contendo a música Chiclete com Banana ou❚ de Gilberto Gil, Coleção Millenium, 20 músicas do século XX, conten-

do a mesma música

ATIVIDADE 193❚ 5 cartões com a função “controlar progressivamente a velocidade da

música”❚ 5 com a função “ contrabalançar o peso da agulha”❚ 5 com a função “ aplicar força horizontal ao braço do toca-discos”❚ 5 com a função “ substituir o sistema de catracas no giro do prato”❚ 5 com a função “ler o som do vinil”❚ ampliação da imagem do toca-discos apresentada no Guia de Estudo

ATIVIDADE 194❚ ampliação da imagem do CDJ apresentada no Guia de Estudo

ATIVIDADE 195❚ ampliação da imagem do Mixer apresentada no Guia de Estudo

ATIVIDADE 197❚ 1 vinil e 1 CD que contenham a mesma gravação de uma música

ATIVIDADE 200❚ 1 CD de marchinhas❚ 1 CD de valsas❚ 1 CD de cirandas

ATIVIDADE 201❚ diversos CDs ou vinis com músicas variadas, inclusive eletrônica.126

Page 129: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 203Laboratório de som com os equipamentos:❚ 2 CDJ❚ 2 toca-discos profissionais para DJ (com pitch)❚ 2 mixer com equalização por canal e ganho❚ 2 fones profissionais de ouvido para DJ❚ 2 caixas de retorno (potência 500 watts rms)❚ 2 amplificadores (caso as caixas não sejam amplificadas)❚ 5 cabos de áudio RCA❚ 3 extensões elétricas (10 metros)❚ 2 plugs de áudio (P10/RCA) mono❚ 2 plugs de áudio (P10/RCA) stéreo❚ 5 cabos de áudio P10❚ 2 microfones❚ 1 groove box❚ 3 vinis de efeito para DJ❚ 3 vinis de base para DJ

Laboratório de pesquisa❚ 4 PC Pentium 4, HD 80 com gravador de CD, 256 de memória com

internet e Windows XP❚ 1 impressora❚ 4 fones de ouvido (1 jogo para cada computador)❚ 3 software ( sound forge; flstudio fruityloops; acidpro )❚ 10 CDs regraváveis

Sala de aula❚ 3 micro system

ATIVIDADE 203❚ laboratório de pesquisa❚ laboratório de som❚ sala de aula com aparelhos de DVD e TV❚ DVD de um show ou entrevista com um DJ❚ vinis de efeito e de base

ATIVIDADE 206❚ laboratório de som❚ vinis e CDs de música brasileira❚ laboratório de pesquisa❚ sala de aula com 3 micro system

ATIVIDADE 208❚ 15 folhas de cartolina branca (dividir cada folha em 6 cartões de

tamanho igual )❚ 30 pincéis atômicos pretos❚ 5 folhas de flip chart❚ fita crepe 127

Page 130: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

ATIVIDADE 209❚ laboratório de pesquisa❚ 6 CDs regraváveis❚ CDs com diferentes estilos musicais e de épocas diversas❚ 3 micro system❚ laboratório de som

ATIVIDADE 210❚ 5 catálogos de telefone❚ laboratório de pesquisa❚ linha telefônica

ATIVIDADE 211❚ laboratório de som❚ laboratório de pesquisa❚ 6 CDs regraváveis

ATIVIDADE 212❚ revistas❚ papéis coloridos❚ 10 caixas de lápis cera❚ 6 caixas de hidrocor❚ cola rótulo azul❚ cartolina branca (15 folhas )❚ 6 copinhos de café de plástico

ATIVIDADE 215❚ laboratório de pesquisa❚ 4 computadores❚ 1 impressora❚ papel ofício (60 folhas )

ATIVIDADE 219❚ laborataório de som❚ vinis de base para DJ❚ vinis de efeito para DJ❚ laboratório de pesquisa❚ CD de batidas❚ 3 micro system

ATIVIDADE 221❚ laboratório de som❚ 10 mídias regraváveis

ATIVIDADE 223❚ papel ofício (30 folhas)

128

Page 131: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

129

GLOSSÁRIO

Acabamento - Arremates finais feitos numtraje ou numa obra

Acessório - Peça complementar ao traje,como chapéu, cinto, bolsa, etc.

Adereço - Enfeite ou adorno utilizado geral-mente no teatro ou dança para comple-mentar o traje. Ex: broche, fita, guirlandade flores, etc.

After-hours - Programação de clubes quetem início normalmente às quatro, cincoda manhã e se estende até o final damanhã.

Ambient Music - Seu crescimento aconte-ce no inícios dos anos 90, mas suas ori-gens remetem a Brian Eno, no ano 70,com sua música minimalista. Música ba-sicamente de texturas, sem batidas, comnotas longas e etéreas e melodia lenta(quando aparece algum ritmo está desa-celeradíssimo), não voltada para as pis-tas. Uma das característica desse estiloé, às vezes, a citação de sons do ambien-te (vento, mar, barulhos caseiros, vo-zes...). Há o Illbient que é a versão dark,negra, sombria, da Ambient Music. O Illbienttem como local de referência Nova York ecomo principal expoente o DJ Spooky.

Ambientação - Preparação do espaço emque um evento vai ocorrer de modo atorná-lo representativo de uma idéia ou deuma atmosfera que se deseja transmitir

Arara - Estrutura de madeira ou metal utili-zada para pendurar cabides com roupas.

Arte - Representação simbólica da cultura emsuas diversas expressões: na dança, na pin-tura, no teatro, na música, na literatura.

Articulação - Pronúncia das palavras

Back spin - Técnica do dj em voltar rapida-mente o disco.

Back to back - Técnica do dj em voltar doisdiscos em diferentes “pratos”dos toca-dis-cos, buscando a fusão de batidas ou tex-turas dos dois discos de forma sincroniza-da. O back to back pode ser entendidotambém como a apresentação conjuntade dois djs em revezamento de uma aduas música para cada um.

Bastidores - Espaços intermediários entre umbastidor e outro; corredores que contor-nam a cena, no palco do teatro; coxia.

Beat - Batida, a junção do bumbo e caixa(pedal), a base do ritmo.

Bebop - Representa uma das correntes maisinfluentes do Jazz. O fraseado é flexível,nervoso, cheio de saltos que exigem umatécnica instrumental muito desenvolvida.

Big Beat - Acelerando as batidas quebradasdo hip hop e, às vezes, fundindo com asdo funk, esse estilo pode incluir distorçõesde riffs de guitarras. É o som mais acessí-vel da eletrônica e se assemelha ao rock.Em torno de 120 bpm.

Boogie-woogie - É um estilo de Blues. To-cava-se geralmente em pianos, por ne-gros, nos anos 40 e 50 nos Estados Uni-dos. A bandas em geral tinham 3 pianos,guitarras e tocavam música country ewestern em um estilo de guitarra próprio.

BPM - Batidas por minuto, a velocidade doritmo.

Buffer - Área de armazenamento de dados.

Caráter - Traços de personalidade distintosque caracterizam um personagem.

Cenário - Local decorado onde ocorre umaapresentação artística.

Cenotecnia - Estudo da técnica de executarcenários.

Chart (top ten) - Parada de sucesso dos djs(as 10 mais...)

Chats - Sala virtual de bate-papo.

Chill In - Aquecimento. Uma reunião declubbers, um bar, um encontro para ouvirmúsica eletrônica antes das festas ou sa-ída para os clubes. Pode ser na casa deamigos.

Chill Out - Relaxamento. Ambiente commúsica menos acelerada, um pós-agita-ção das pistas de dança. Pode ser na casade amigos.

Clubber - Freqüentador de clubes

Combinação - Conjunto de cores só quen-tes ou só frias.

Page 132: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Comédia - Peça teatral que provoca o riso.

Conceito - Conjunto de idéias que norteiama concepção de um evento.

Conceito - Noção, idéias central, definiçãode algo.

Concepção - Idéia central de um todo.

Confecção - Preparação ou fabricação dealgo em especial de roupas.

Constância - Perseverança, persistência, per-manência no tempo.

Contexto - Situação na qual algo ocorre ouse insere.

Contraste - Conjunto de cores misturandocores frias e quentes.

Cores frias - Cores que produzem calma edão a sensação de distanciamento e sos-sego.

Cores primárias - Azul, vermelho e amare-lo; cores conhecidas como básicas que dãoorigem a todas as outras.

Cores quentes - Cores que produzem calore dão a sensação de aconchego e proxi-midade.

Cores secundárias - Laranja, verde e roxo;cores formadas pela combinação de duascores primárias.

Cores terciárias - Todas as cores formadaspela combinação de uma cor primária comoutra secundária.

Costumes - Comportamentos habituais ca-racterísticos de uma cultura.

Crackeados - Programas pagos que tive-ram seu código de controle de uso limi-tado quebrados, tornando-se freewarecircunstancial.

Crença - Aquilo em que se acredita, seja denatureza religiosa, valorativa, etc.

Criar - dar existência, criar do nada.

Cronograma - Representação gráfica da pre-visão da execução de um trabalho, na qualse indicam os prazos em que se deverãoexecutar as suas diversas fases.

Croquis - Esboço feito à mão de desenho oupintura.

Cultura - Modo de ser e viver dos grupossociais incluindo a língua, as regras deconvivência, os hábitos alimentares, asvestimentas e as crenças.

Cultura Clubber - Conjunto de manifesta-ções associadas à cultura nos clubes no-turno de dança (moda; djs, disco e housemusic, principalmente). Não faz necessa-riamente conexão com a Cibercultura.Faz-se uma associação da CulturaClubber, em suas origens, com a épocaDisco, nos anos 70.

Customização - Processo de transformaçãode um figurino em outro através de pin-tura, bordados, aplicações de tecido, pe-dras, miçangas, etc.

Debate - Discussão, troca de pontos de vista.

Degradê - Passagem gradativa de uma cormais clara para a mais escura, ou vice-versa.

Desbotamento - Processo de descolorir, ti-rar a cor.

Designer - Artista que trabalha com imagem,na concepção de flyers, sites ou mesmona ambientação de festas

Desprodução - Devolução dos objetos to-mados emprestados, arrumação dos ob-jetos utilizados no espetáculo, limpeza dolocal onde a produção ocorreu e todas asdemais providências que precisam ser to-madas ao término de um evento.

Diafragma - Músculo entre o tórax e o ab-dômen que tem um importante papel narespiração e na emissão dos sons.

Difundir - Espalhar, irradiar, disseminar.

Difusão cultural - Divulgação, propagaçãode aspectos da cultura de um lugar parao outro, geralmente através dos meios decomunicação de massa: tv, jornal, cine-ma, etc.

Dissertação - Exposição escrita sobre um de-terminado assunto ou tema.

Diversidade - Variedade.

Divulgação - Difundir, propagar, fazer a pro-paganda de evento artístico.

Dj - Disc Jockey - Artista-técnico que misturamúsicas diferentes ou iguais para ser ouvidae/ou dançada, usando suportes como vinil, cdou arquivos digitais sonoros.

Djing - A ação ou conjunto de técnicas do dj(scratch, mixar, remixar, back-to-back,back-spin etc).

Download - Designa o “baixamento”de ar-quivos na internet.

Page 133: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Downtempo - Música desacelerada, não vol-tada para as pistas, mas com ritmo.

Drama - Peça teatral que encena conflitosda vida.

Drum and Bass - Saído dos guetos negrosde Londres (1991/92) esse estilo, anteschamado de Hardcore quando saído dacena Hip Hop, associa os baixos potentescom batidas sincopadas. Pode se associ-ar a outras estéticas, como o Jazz, fazen-do surgir o jazzy drum and bass, ou nocaso brasileiro à MPB, com os djs e pro-dutores Marky, Xerxes e Patife. 160 bpm.

Drum machine - Caixa de geração de beats.

Dub - Originado das experiências dos negrosda Jamaica, ainda nos anos 60, tendo àfrente o produtor Lee Perry, que destacaa montagem e a técnica como fundamen-tais para o resultado da música. É a tec-nologia definindo a estética. O dub ele-trônico utiliza timbres do reggae, combatidas lentas, reverberadas e efeitosetéreos. O efeito delay (distorção que fazcom que o som ganhe uma textura deespacialidade, de tridimensionalidade) éum elemento importante do dub eletrôni-co. Pode ter vocal.

Elaborar - Preparar gradualmente e com tra-balho.

Electronica - Estilo gerado pela eletrônica,mas sem uma definição específica. Nor-malmente se refere a toda uma produ-ção de um grupo que prefere não se defi-nir por alguma vertente em particular.

Eletro - Estilo musical originado a partir deexperiência do Krafwerk e difundido porAfrika Bambaataa. Em Detroit, sede eorigem do Techno, o Eletro passou tam-bém a ser intensamente produzido for-mando uma outra comunidade de produ-tores e djs. O estilo quebrado da batida éa versão eletrônica do funk (eletrofunk).

Embalagem - Caixa, papel ou outro tipo derecipiente que envolve o produto que serávendido e que melhora a sua aparênciaou o protege.

Emissão de sons - Ação de fazer ouvir aprópria voz.

Especto solar - Conjunto de todas as coresvisíveis.

Ética - Princípios de conduta.

Expressão - manifestação por meio de pala-vra, gesto, fisionomia, exprimindo emo-ção, atitude, intenção, dentro de um con-texto artístico.

Extênsil - Molde vazado.

Fanzines - Revista de fãs; edição impressade informativo, normalmente reproduzi-do em fotocopiadora, com conteúdo dearte e comportamento, e com tiragem li-mitada e distribuição direcionada.

Financiador - Agente que custeia as despe-sas de um espetáculo. Pode ser uma pes-soa física ou jurídica.

Flames - Debates acalorados nas listas dediscussão.

Flyers - Filipetas, panfletos “voadores”, re-passados de mão em mão. A produção dosflyers representa uma atividade séria den-tro da Cena da Música Eletrônica, pois re-passa o conceito da festa, da rave, atravésda imagem, cores e programação visual.

Foco - Ponto de concentração do intérprete.

Folder - Folheto informativo impresso em fo-lha sanfonada, geralmente utilizado paradivulgação de um produto cultural.

Freebies - “Presentinhos-surpresa” dados aopúblico de um evento.

Freewares - Programas gratuitos de compu-tador.

FTP - Serviço de transferência de arquivos nainternet, para upload e download

Gabba - É o estilo mais hardcore (pesado erápido) da eletrônica. Baseado na batidahouse e techno, o gabba chega a até maisde 200 bpm´s.

Garage band - Banda de garagem (normal-mente de rock), alternativa, underground.- movimento musical ligado à cultura rocke caracterizado pelo lema “faça vocêmesmo”

Gerar - Dar o ser, dar existência.

Globalização - Processo de internacionali-zação econômica, ou seja, articulação en-tre as economias de todos os países doplaneta.

Groove - A “levada” na música é o encon-tro de sons percussivos em contra-tempo(baixo, atabaques, percussão, etc.), comas batidas, os beats.

Page 134: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Groove Box - Caixa de ritmo, máquina queproduz beats, texturas e linhas de baixo.

Habilidade - facilidade na prática de algu-ma atividade.

Hard Disk (HD) - Disco rígido.

Homestudio - Estúdio de som montado emresidência.

Hostess - Pessoa que fica na entrada de umevento, recepcionando os espectadores eapresentando estes a proposta do even-to. Em geral apresenta figurino compatí-vel com o conceito do evento.

House - Nascida em Chicago (EUA), em1986, esse estilo saiu da fusão, por partedo dj Frankie Knuckles, de elementos dasoul music com a disco e batidas das ba-terias eletrônicas. Daí, surgem sub-gêne-ros como o garage (com bastante vocalgospel), e o deep house (o sub-gêneromais elegante do House, com linhas me-lódicas, melancólicas e minimalistas aci-ma das batidas), o jazzy house (batidascom um instrumento solo - quase sempreum sax virtuoso -), dentre outros (acidhouse, disco house, tribal house, frenchhouse). 110 a 128 bpm. Hoje fala-se ematé 133 bpm. O tech house é asobreposição da batida techno sobre aogroove da house. 133-137 bpm.

IDM (Intelligent Dance Music) - Música ce-rebral. Texturas experimentais. Conceitoque pode abarcar as vertentes da ambiente illbient music. Em geral.

Improviso - Sem preparação prévia, sem en-saio.

Insumo - Matéria prima.

Laptop DJs - DJs que “tocam” com compu-tadores com softwares que simulam mixer,misturando arquivos mp3 ou wav.

Live Act (ou live pa) - É a performance, aapresentação ao vivo, do grupo ou domúsico eletrônico em clubes, festas eraves.

LJ - Light Jockey - O dj da luz. Muito mais qum iluminador de pista, o lj entende a luzcomo forma de gerar novas sensações napista de dança.

Loop - Repetição infinita de um sample so-noro, de um trecho sonoro.

Low technology - Instrumentos de produ-ção não de “ponta”. Flyer produzido emfotocopiadora é produto low technology.

Mailings Lists - Listas de endereços de e-mail

Mainstream - O oposto de Underground.

Manufatura - Fabricação

Maquete - Miniatura tridimensional de umcenário.

Marketing - Atividade da comunicação eda publicidade que explora os merca-dos para dar visibiliade a produtos, pes-soas ou instituições a partir da realiza-ção de eventos.

Marketing - Série de medidas para melho-rar a difusão de produtos no mercado con-sumidor. Enquanto recurso ligado à pro-dução cultural inclui a pesquisa de mer-cado, a divulgação do produto e a comer-cialização propriamente dita.

Matéria prima - Matéria primeira a partirda qual se elabora algo.

Mesclar - Misturar, combinar.

Miçanga - Conta de vidro ou de plásticomiúda.

Mixar - Misturar. Na técnica do dj, significajuntar as batidas de duas ou mais músi-cas na mesma velocidade, nas mesmasbpm, buscando uma fusão ou uma pas-sagem de uma música para a outra.

Mp3 - Tipo de arquivo sonoro compactadocom qualidade de wav (cd).

Objetivo - Alvo, aquilo que se quer alcançar.

Off-Topics - Assuntos fora dos temas de umalista de discussão.

Ofício - Trabalho, ocupação, emprego, arte,função.

Orçamento - Cálculo dos gastos para a rea-lização de um evento, espetáculo ou obra.

Overground - A chegada do undergroundno mainstream sem abrir mão dos con-ceitos underground.

Paleta de cores - Seqüência ilustrativa dascores que serão utilizadas no cenário eno figurino.

Peer-to-peer (p2p) - Tecnologia de transfe-rência de informação ponta-ponto, com-putador a computador, sem passar por sobcontrole de servidores.

Personalidade - Conjunto de traços distinti-vos de alguém; caráter; identidade.

Pessoa física - Indivíduo perante a lei.

Page 135: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Pessoa jurídica - Instituição ou associaçãolegalizada.

Pitch - Recurso (botão) para acelerar/desacelerar a velocidade da execução damúsica.

Planta baixa - Desenho em tamanho redu-zido de um ambiente, visto de cima parabaixo, retratando fielmente a dimensãodos objetos e as distâncias entre eles.

Plur - Iniciais em inglês das palavras Paz,Amor, União e Respeito, trata-se de umaexpressão criada pelo DJ inglês FrankieBones em 1992 e que sintetiza todos os con-ceitos da cultura da música eletrônica.

Produção - Ato ou efeito de produzir, criar,elaborar, realizar.

Produzir - Dar nascimento, origem, fazerexistir.

Profissão - Atividade ou ocupação especia-lizada da qual se podem tirar os meios desubsistência.

Projeção de voz - Lançar a voz para ser ou-vida à distância sem gritar.

Promoter - Responsável pela concepção, pro-moção, divulgação e organização de umafesta.

Propagar - Multiplicar, dilatar, estender.

Proporção - Relação das partes de um todo,comparadas entre si ou cada uma com otodo.

Provedor - Central de informática (podendoser um computador) que facilita o acessoà rede mundial de computadores, mes-mo comercialmente

Rave - Festas em ambientes abertos (praias,sítios, fazendas) ou em galpões semprefora do perímetro urbano.

Raver - Freqüentador de raves.

Realizar - Tornar real, efeetivo, existente.

Recursos financeiros - Dinheiro de que seprecisa para adquirir os demais recursos.

Recursos humanos - Pessoas das quais senecessita para realizar a atividade pre-tendida.

Recursos materiais - Conjunto de materiaisnecessários para a atividade que se pre-tende produzir.

Recursos tecnológicos - Conhecimentos etécnicas necessárias para a realização daatividade pretendida.

Religião - Crença e culto à alguma divindade.

Remixar - Reeditar uma música em novoestilo, em nova tipo de batida. Fazernova versão.

Reprodução - Réplica, cópia do original.

Revestimento - Cobertura, acabamentodado a uma peça artesanal ou industriali-zada, ou também a uma parede.

Sample - Trecho retirado (recortado) paraposterior colagem a outros trechos (po-dendo ser voz, música, imagem...)

Sampler - Máquina de retirar, recortar tre-chos das músicas ou vídeo (sample).

Sarrafo - Ripa de madeira.

Scratch - Técnica do dj em “arranhar”o dis-co, voltando-o e adiantando-o rapidamen-te com a mão e fazendo ruídos com in-tuitos percussivos.

Sequencer - Seqüenciador. Programa oumáquina que seqüência sons obedecen-do uma programação.

Sets mixados - Uma seqüência gravada demúsica com mixagem do dj, normalmen-te em torno de 50 minutos, para demons-tração do estilo do dj.

Show - Espetáculo, apresentação, eventoque envolve platéia e palco, geralmen-te musical.

Site - Conjunto de páginas na internet, nor-malmente incorporando imagens, sonse texto.

Software - Programa de computador.

Teaser - Uma espécie de pré-flyer, fazendo adivulgação inicial de um evento futuro semoferecer maiores detalhes, buscando criaruma expectativa no público-alvo.

Techno - Originado em Detroit (EUA), no iní-cio dos anos 80. Derrick May, KevinSaunderson e Juan Atkins fazem uma fu-são entre o som de Kraftwerk e batidasfunks de George Clinton. O resultado é umabatida seca, repetitiva, 4 por 4, sem vocais.O Kraftwerk é considerado um grupoPrototechno, por ser referência para a pro-dução da Techno Music. 130 a 140 bpm.

Technoparty - É a festa com música eletrô-nica em clubes e/ou em área mais urba-nas da cidade, em ambientes fechados,principalmente.

Tecnologia - Técnica ou conjunto de técni-cas de um domínio particular.

Page 136: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

Tintura por imersão - Tintura feita mergu-lhando-se as peças de roupa em águafervente com corante.

Trackers - Software para montagem/remontagem de trilhas musicais.

Tradição - Herança cultural passada oralmen-te de geração a geração.

Tragédia - Peça dramática com desfecho fa-tal.

Traje - Conjunto de peças de vestuário quecompõe a roupa de alguém.

Trance - Criado na Alemanha, já é uma de-rivação do techno. Texturas se sobrepõemàs batidas. Som viajante. Menos groove.O hard trance acelera as batidas para até150 bpm e o psy trance (em torno de 138/150 bpm) aumenta as camadas de textu-ras e efeitos sonoros e mistura com tre-chos de sons étnicos indianos (goa tran-ce). O trance usa a estrutura e bpm dahouse ou do techno.

Trena - Fita métrica feita de material resis-tente, geralmente aço.

Underground - Aquilo que está escondido,submerso, à margem. Mas no campo daarte,essa palavra assume outra conota-ção. É o que não está vinculado aos inte-resses do mercado de consumo tradicio-nal, “mainstream”, meramente comerci-al, sem preocupação com a experimen-tação artística ou com as culturas “alter-nativas”.

Upload - Designa o envio de arquivos, tam-bém na internet

Velcro - Tecido fabricado em tiras duplas ade-rentes usado como fecho.

VJ - Video Jockey - O mixador de imagensem tempo real, pessoa que utiliza umbanco de dados de imagens sampleadasde filmes, clips, fotos etc ou imagens ge-radas ao vivo e mistura essas imagensdurante a exibição em telão ou monito-res, como forma de conectar a visualidadecom o trabalho do dj. O dj das imagens.

Vulgarizar - Tornar comum, trivial, usual.

Wav - Tipo de arquivo sonoro com qualidademáxima digital (padrão cd).

Webzines - Revistas de fãs na www, nor-malmente com conteúdo ligado à arte ecomportamento.

World Wide Web - Ambiente multimídia dainternet. Também citado como www, web,ou w3.

Page 137: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ADELSIN. Barangandãs Arco-Íris: 36Brinquedos Inventados por Meninos. BeloHorizonte: Adelsin, 1997.

ANDERSON, Bob. Alongue-se. São Paulo:Summus Editorial, 1983.

ASSEF, Cláudia. Todo DJ Já Sambou. SãoPaulo: Conrad Editora, 2003.

ATLAS ESCOLAR DO CORPO HUMANO.Jaraguá do Sul: Ed. Avenida, 2005.

BRASIL. Fundação Nacional de Arte – Funart.Oficina Arquitetura Cência. Rio de Janeiro:Junart, 1997.

BRASIL.Fundação Bienal de São Paulo.Expressionismo no Brasil: Heranças eAfinidades. São Paulo: Imprensa Oficialdo Estado, 1985.

BRUEGEL, Pieter. Gênios da Pintura. Nº 25.São Paulo: Abril Cultural, 1980.

CATÁLOGO GERAÇÃO ELETRÔNICA. CentroCultural Telemar. Salvador: a.r.produções.

CERQUEIRA, Esem P., SILVA, Adriano F. AtlasIlustrado do Corpo Humano. São Paulo:Ciranda Cultural.

CÔRTES, Gustavo. Dança, Brasil!: Festas eDanças Populares. Belo Horizonte: Ed.Leitora, 2000.

DECORAÇÃO CRIATIVA. Edição Especial. SãoPaulo: Editora Globo, 1996.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda.Minidicionário da Língua Portuguesa. 3ªed.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

FRUITS: Photographs Collection by ShoichiAoki. Phaidon, 1994.

HOGGETT, Chris. Stage Crafts. New York: St.Martin’s Press, 1975.

JACKSON, Paul, A’COURT, Ângela. Origamie Artesanato em Papel. Rio Grande doSul: EDELBRA Ind. Graf. e Editora Ltda,1996.

KRAJINY, Vytvorní.A Encenação da Paisagem.São Paulo: Sesc, 1999.

LAERTE. Suriá Contra o Dono do Circo. SãoPaulo: Jacarandá, 2003.

LAROQUE, François.Shakespeare Court,Crowd and Playhouse. London: Thamesand Hudson Ltd, 1993.

LAVADO, Joaquim Salvador. MAFALDA.1ª Ed.São Paulo: Martins Fontes, 1991.

LEHNERT, Gertrud. História da Moda do SéculoXX. Edição Portuguesa. Könemann, 2001.

LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas. Riode Janeiro: Rocco, 1997.

MOUTINHO, Maria Rita. A Moda no SéculoXX. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional,2000.

NIKI DE SAINT PHALLE: Esculturas /curadoria: Jean Gabriel MIterrand; Textos:Pontos Hulten e Magali Arreola. SãoPaulo: Edição Pinacoteca do Estado, 1997.

OECH, Roger Von. Um Toc na Cuca. TraduçãoVirgílio Freire,15ª ed. São Paulo: CulturaEditores Associados Ltda, 1990.

PRADO, Luís André. Cacilda Becker: FúriaSanta. São Paulo: Geração Editorial,2002.

REPERTÓRIO. Revista da Escola de Teatro daUFBA. Ano 3, Nº4. Salvador, 2000.

– Ano 4, Nº5. Salvador, 2001.

– Ano 4, Nº6. Salvador, 2002.

– Ano 7, Nº7. Salvador, 2004.

ROSA, Nereide Schilaro Santa. Brinquedos eBrincadeiras. São Paulo: Moderna, 2001.

STRZELECKI, Zenobiusz. Contemporary PolishStage Design. Arkady, 1983.

Page 138: Arte e Cultura i Me Miolo_novo2

SITES DE PESQUISA DO TÓPICO 5

Informações

www.rraurl.com

www.realhiphop.com.br

www.mundodarua.org

www.di.fm/edmguide/edguide.html

www.pragatecno.com.br

www.cenaceara.com.br

www.enemy.drop.to

Festivais

www.sonar.es

www.loveparade.net

www.ilovetechno.be

www.nature-one.de

www.skolbeats.com.br

Festas

www.circuitotechno.net

www.spgroove.com

www.technopride.net

www.theinfluence.com.br

www.xxxperience.com.br

Clubs

www.ministryofsound.com (Londres)

www.cafedelmarmusic.com (Lounge emIbiza)

www.loveclub.com.br (SP)

www.aloca.com.br (SP)

www.clubekraft.com (Campinas/SP)

Sites de DJS:

www.carlcox.com

www.davethedrummer.net

www.petduo.com

www.djmurphy.net

Agências

www.smartbiz.com.br

www.hypno.com.br

www.clunkdjs.net

Produção Musical

www.computermusic.co.uk

www.futuremusic.co.uk

www.synthzone.com

Moda X Música Eletrônica

www.slam.com.br

www.glow.com.br

www.amulherdopadre.com

www.erikapalomino.com.br

Equipamentos e discos

www.hard-to-find.co.uk

www.juno.co.uk

www.bangingtunes.com

www.discogs.com (Catálogo)

www.rhythmrecords.com.br

www.worldmusic.com.br

www.fastcommerce.com.br/bside

www.juno.co.uk

www.satelliterecords.com/live

www.primalrecords.com