arroio chuí, no rio grande do sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o amazonas, que é o...

22

Upload: lamngoc

Post on 09-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada
Page 2: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada
Page 3: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

Posição Geográfica e limites -O Brasil está localizado na região centro-leste ou centro-oriental da América do Sul, tendo fronteiras com todos os países sul-americanos, exceto: Chile e Equador. São 15.719km de fronteiras terrestres e 7.367Km fronteiras com o oceano Atlântico. -A linha do Equador corta o norte do Brasil, deixando assim somente 7% do território brasileiro no Hemisfério Norte, e todo o restante está no Hemisfério Sul. -O Trópico de Capricórnio atravessa o sul do país, deixando 92% do território brasileiro na zona tropical do planeta, sendo apenas 8% localizado na zona temperada. Área: 8.547.403,5 Km

2 , sendo o 5° maior país do

mundo.

A vantagem da grande extensão territorial é que possuímos uma grande área para a atuação da agricultura, em favor dos diversos climas. Além disso, há mais possibilidades de recursos vegetais, animais e minerais. Porém, a desvantagem está na grande distância que há entre um Estado e outro, criando um grande problema para os órgãos governamentais que precisam desenvolver meios de transporte modernos. E, além disso, essa enorme extensão territorial resulta numa desigualdade social, política e econômica entre as regiões brasileiras.

Pontos extremos:

-Norte: Nascente do Rio Ailã, na Serra do Caburaí (5°16’ de latitude N), em Roraima, na fronteira com a Guiana. -Sul: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de latitude S), fazendo fronteira com o Uruguai. -Leste: Ponta Seixas, localizada na Paraíba (34° 45’de longitude W). -Oeste: Nascente do rio Moa, na Serra de Contamana, no Acre (73° 59’ longitude W), na fronteira com Peru.

População: O Brasil alcançou uma população estimada de 201.032.714 habitantes em 2013, de acordo com IBGE.

-O Brasil é uma república federativa dividida em 27 unidades, sendo 26 estados e 01 distrito federal.

As regiões do Brasil são agrupamentos das unidades da federação em regiões com o propósito de ajudar as interpretações estatísticas, implantar sistemas de gestão de funções públicas de interesse comum ou orientar a aplicação de políticas públicas dos governos federal e estadual. O IBGE divide o Brasil em cinco regiões oficiais: Centro-Oeste, Nordeste, Norte,Sudeste e Sul.

1

Page 4: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

Outra forma de regionalização foi proposta em 1967, pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger que propôs a divisão regional do Brasil em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão tem por base as características histórico-econômicas do Brasil, ou seja, os aspectos da economia e da formação histórica e regional. Um aspecto importante dessa regionalização é que ela não respeita os limites estaduais. Dessa o Brasil ficou regionalizado em:

1-AMAZÔNIA: região envolvida pela floresta, estando apenas no seu inicio de desenvolvimento econômico. A região é pouco povoada, mas atualmente a que mais recebe fluxos migratórios internos.

2-CENTRO-SUL: é a região mais moderna, dinâmica, industrializada e populosa, concentrando a maior parte das atividades econômicas do Brasil.

3-NORDESTE: região de ocupação mais antiga e a primeira explorada economicamente. Na atualidade apresenta muitos problemas sociais relacionados à pobreza a desigualdade social e a seca.

A região Norte do Brasil é uma das cinco

regiões brasileiras segundo a divisão elaborada pelo IBGE. Sua principal característica é o fato de ser a maior região do país em área territorial, com 3.869.638 km², (45% do Brasil) abrigando também os dois maiores estados do país, Amazonas e Pará. Além desses, a região conta com os estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Apesar de ser a maior região, o Norte brasileiro também possui uma das menores populações absolutas e, consequentemente, as menores densidades demográficas. Observa-se, em muitos casos, inclusive alguns “vazios demográficos”. Ao todo, são pouco mais do que 15,5 milhões de pessoas vivendo na região Norte, com o estado do Pará sendo o mais populoso, com quase oito milhões de habitantes. Roraima, por outro lado é a unidade federativa do Brasil com o menor número de pessoas, com uma população de 488 mil residentes.

A região Norte do Brasil é atravessada pela linha do Equador e quase que totalmente recoberta pelo domínio da Floresta Amazônica, que também se encontra em alguns outros países que fazem fronteira com a região, e o norte do estado do Mato Grosso. Trata-se da principal área de preservação natural do país, haja vista a importância ambiental dessa floresta para o clima e o ecossistema, o que ajuda a explicar a baixa densidade demográfica local. Apesar disso, atualmente, encontra-se em expansão a fronteira agrícola brasileira na região, sendo a faixa de terras em que se utiliza intensamente o solo para práticas agropecuárias, com a remoção da vegetação natural. Vislumbram-se, ainda, muitas grilagens, ocupações irregulares e fortes disputas pela posse da terra, envolvendo posseiros, grileiros e comunidades indígenas que habitam a região.

RELEVO Constitui-se de três grandes unidades geomorfológicas:

Planícies e Terras Baixas Amazônicas;

Planalto das Guianas;

Planalto Central.

Planícies e Terras Baixas Amazônicas

De modo geral, a planície de verdade começa a ser visto apenas nas margens do rio Amazonas ou em trechos de menor porte, em meio a áreas de maior altitude. Esse compartimento geomorfológico poder ser divididos em três: igapós, tesos ou terraços fluviais e terra firme ou baixo platô.

-Igapós: áreas mais baixas, constantemente inundadas pelas cheias do rio Amazonas.

-Várzea/Tesos ou terraços fluviais: áreas baixas, mais superiores aos Igapós, sendo inundadas pelas cheias mais fortes.

Terra firme: possuí altitudes superiores a 100 metros, estando livre das inundações. Ao contrário das várzeas e dos terraços fluviais, formados predominantemente pelos sedimentos que os rios depositam, a terra firme é constituída basicamente por arenitos mais antigos.

Planalto das Guianas Localiza-se ao norte da Planície Amazônica, sendo constituído por terrenos cristalinos que se prolongam até a Venezuela e as Guianas. Nessa área de fronteira do Brasil aparece a região serrana, constituída pelas serras do Imeri, Parima, Pacaraíma, Acaraí e Tumucumaque. Região esta onde se encontram os pontos mais altos do país, como o pico da Neblina com 2993m e o

2

Page 5: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

pico 31 de Março com 2972m, ambos na serra do Imeri, no Amazonas.

Planalto Central Localiza-se ao sul da região abrangendo o sul do Amazonas e do Pará e a maior parte dos estados de Rondônia e do Tocantins. É constituído por terrenos cristalinos e sedimentares antigos, sendo mais elevado ao sul e no Tocantins.

HIDROGRAFIA A maioria dos rios da região são extensos e

volumosos, provenientes do relevo plano. Os rios de maior destaque são: Amazonas e Tocantins. A rede hidrográfica se caracteriza pelo potencial de navegação, tendo em vista que existem cerca de 25 mil km de percurso viáveis para o deslocamento de embarcações fluviais. Diversos rios que compõe a Bacia Amazônica percorrem áreas compostas por planaltos, fator que propicia a utilização dos mesmos para a exploração hidráulica, ou seja, produção de energia elétrica. Mas, em razão da distância entre esses rios e os principais centros industriais e urbanos do país, a exploração dos mesmos para essa finalidade se torna inviável.

A região abriga a maior bacia hidrográfica do

mundo, a Bacia Amazônica, nome dado em razão do

seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo

em extensão e volume, durante os 6571 km que ele

percorre, drena as águas de aproximadamente 7 mil

afluentes. A foz do rio Amazonas apresenta um

fenômeno natural impressionante, a pororoca, uma

perigosa onda contínua com até 5m de altura, formada

na subida da maré e que é explorada por surfistas. Na

foz do rio Amazonas encontra-se a ilha de Marajó, a

maior ilha de água fluviomarinha do mundo, com

aproximadamente 50.000 km², que também abriga o

maior rebanho de búfalos do país.

Entre as principais usinas hidrelétricas da Bacia

Amazônica se destacam as Usinas Hidrelétricas de

Balbina e a de Samuel.

A Bacia Tocantins-Araguaia que também fica

na região é a maior inteiramente brasileira. Nela fica

a ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo,

localizada no estado do Tocantins. A ilha é formada

pelo rio Araguaia e por um de seus afluentes, o rio

Javaés.

No rio Tocantins está instalada a UHE Tucuruí,

uma das maiores usinas hidroelétricas do mundo.

.

CLIMAS

A região norte, como um todo, tem seu clima extremamente influenciado pela floresta amazônica. Na região, o clima predominante é o equatorial. É caracterizado por ser um local quente e muito úmido, com altos índices pluviométricos anuais. O inverno é a estação do ano em que algumas regiões sofrem o efeito da friagem, que causa queda de temperatura na região. De modo geral, a região tem uma amplitude térmica muito baixa, isso se explica pela presença de calor e de muita água. Essa combinação causa a evaporação; por isso, o ar tende ficar mais úmido. Não à toa, a região norte é a mais úmida do Brasil.

VEGETAÇÃO

-Mangues: vegetação localizada em estreitas faixas no litoral do Amapá e Pará. -Campos de Hileia: encontrada principalmente na ilha de Marajó, é caracterizada por campos inundáveis. -Cerrados: semelhante à vegetação das regiões centrais do Brasil. -Floresta Amazônica: com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km², a Amazônia é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45% do nosso território, além de espaços de mais nove países, sendo também a maior floresta tropical do mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial ombrófila.

A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea e perene, ou seja, existe uma imensidade de espécies vegetais os quais permanecem verdes durante todo o ano, não perdendo as suas folhas no inverno.

Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos cursos d’água. Dessa forma,

3

Page 6: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

existem três subtipos principais: mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme (caaeté). Mata de igapó: também chamada de floresta alagada (caaiapó), caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando permanentemente inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em comparação ao restante da vegetação da Amazônia, sendo uma vegetação hidrófila, ou seja, adaptadas à umidade. Possui, em geral, raízes elevadas que acompanham os troncos.

Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, com elevada densidade, árvores altas (em média 20m) e, em geral, com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na extração de látex, a matéria-prima da borracha.

Extração de látex para a produção de borracha Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos d’água, localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma ser alvo de inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as maiores médias de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m).

POPULAÇÃO A população da Região Norte é a que vem

apresentando o maior crescimento vegetativo entre as regiões, mesmo assim o número de habitantes ainda é modesto. Atualmente a população dessa é composta por 15.864.454 habitantes, respondendo por apenas 8% do povo brasileiro, distribuída em um gigantesco

territorio. Dentro da região também existe uma grande disparidade entre os estados quanto à concentração da população, por exemplo, o Pará abriga cerca de 7.581.051 habitantes, isso lhe dá a condição de mais populoso regionalmente, enquanto que Roraima possui apenas 450.479 habitantes. A densidade demográfica de todos os estados é pequena, estando concentrada principalmente em centros urbanos.

Um aspecto comum da população da Região Norte, tanto habitantes do campo quanto das cidades, é a incidência de concentração de pessoas às margens de rios, a chamada população ribeirinha. O fato de a população se concentrar às margens de rios é proveniente de diversos fatores, o principal é a dificuldade para se locomover dentro da floresta Amazônica e a falta de infraestrutura de transporte, como rodovias e ferrovias, sendo assim, a melhor alternativa é a utilização dos rios com via de circulação (hidrovia).

Um problema enfrentado por praticamente todos os estados da região Norte é o desprovimento parcial de redes de esgoto e água tratada. Existem estados como o Acre onde apenas 35% da população têm acesso à rede de esgoto, Tocantins, apenas 16%. No estado de maior percentual não ultrapassa 50% (Pará).

POVOAMENTO Apesar de várias tentativas anteriores, a efetiva

ocupação da região Norte ocorreu a partir do século XIX com a extração do látex, borracha natural proveniente das seringueiras. Seu avanço trouxe muita prosperidade e imigrantes para o Norte. A atividade levou os seringueiros até a região do Acre, que na época pertencia à Bolívia, levando inclusive a assinatura do Tratado de Petrópolis em 1903, através do qual o Brasil comprou da Bolívia o território do Acre por dois milhões de libras esterlinas e permitiu a Bolívia o acesso ao Rio Madeira e consequentemente ao oceano Atlântico, além de se comprometer a construir a estrada de Ferro Madeira-Mamore. No entanto o ciclo da borracha declinou com a concorrência do látex da Ásia, ainda no início do século.

Após 1930 imigrantes japoneses chegaram à região e também influenciam em seu povoamento com a introdução da cultura da pimenta-do-reino e da juta.

A construção de rodovias a partir da década de 1950, como a Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho e a Transamazônica, também contribuíram para facilitar o acesso e a ocupação da região.

Por fim projetos como a SUDAM, Projeto Grande Carajás e a criação da Zona Franca de Manaus, além da atual expansão agropecuária para a região elevaram os contingentes populacionais que se deslocaram para a região Norte.

ECONOMIA As atividades econômicas da região Norte representam apenas 5% do PIB brasileiro, sendo o extrativismo vegetal e mineral uma das mais importantes atividades da região. Entre os produtos podemos destacar: -MADEIRA: a floresta Amazônica oferece uma enormidade de madeiras nobres como o mogno,

4

Page 7: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

cerejeira, peroba, etc. Exploradas por grandes empresas nacionais e estrangeiras, as quais causam grande devastação à floresta. -BORRACHA: já foi o principal produto da região e continua sendo importante, embora tenha perdido espaço para a borracha sintética. -CASTANHA-DO-PARÁ: alimento com alto valor nutritivo, também é utilizado seu óleo para a fabricação de cosméticos, remédios, sabão e lubrificantes. Os EUA, Japão e Europa são os principais compradores da castanha. -CACAU: amplamente utilizado na indústria de chocolate, sucos, licores e geleias, além da indústria farmacêutica. Assim como a castanheira, o cacau também esta ameaçado de extinção em seu habitat natural. -GUARANÁ: utilizado na indústria de alimentos e farmacêutica. -FRUTAS: cupuaçu, pupunha e açaí são as principais. *MINÉRIOS: -MINÉRIO DE FERRO: a Serra dos Carajás é a maior reserva conhecida desse minério do planeta. -OURO: é explorado em várias áreas da região Norte, como Rio Tapajós, Serra Pelada e Rio Madeira. A garimpagem trás sérios danos ambientais, principalmente em função do uso de mercúrio. -DIAMANTE: explorado em Tocantins e Roraima. -BAUXITA: explorado na Serra dos Carajás e Trombetas. -MANGANÊS: destaque para a Serra do Navio, embora já esteja em processo de esgotamento. -CASSITERITA: explorado em Roraima. -PETRÓLEO: no rio Urucu, afluente do Amazonas.

O extrativismo animal, representado

pela caça e pesca, também é praticado na região. Possuindo uma fauna extremamente rica, a Amazônia oferece grande variedade de peixes, bem como tartarugas e um sem-número de outras espécies.

AGRICULTURA

Embora nunca tenha sido muito explorada na região, nas últimas décadas têm crescido muito as plantações de soja, sendo a região a nova fronteira agrícola do país. Outras culturas muito comuns na região são o arroz, o guaraná, a mandioca, cacau, cupuaçu, coco, pimenta-do-reino e o maracujá.

INDÚSTRIA

Existem poucas indústrias isoladas, geralmente de beneficiamento de produtos agrícolas ou do extrativismo. As únicas exceções a esse quadro ocorrem em Manaus, onde a isenção de impostos, administrada pela Suframa, mantém cerca de 500 indústrias. Na maioria filiais de grandes indústrias eletrônicas transnacionais, que produzem aparelhos eletrônicos, motocicletas, relógios, aparelhos de ar condicionado, CDs e DVDs, suprimentos de informática e outros.

MONTE BELO Usina Hidrelétrica de Belo Monte será a

terceira maior usina hidrelétrica do mundo, atrás de

Três Gargantas, na China, e de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Sua localização é no Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará. Quando ficar pronta, provavelmente em 2015, a Usina de Belo Monte deve gerar 41,6 milhões de megawatts por ano, o suficiente para atender ao consumo de 20 milhões de pessoas durante um ano.

As cidades de Altamira e Vitória do Xingu terão grandes áreas inundadas, o que pode prejudicar os agricultores locais e a população ribeirinha. Por outro lado, a construção da usina pode ajudar no desenvolvimento econômico da região, com a criação de empregos. As terras indígenas de Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu também serão afetadas pela diminuição da vazão do rio, causando prejuízos para uma população que depende do rio para pesca, plantação e transporte. A questão das terras indígenas e o impacto ambiental são as principais polêmicas que envolvem a construção da usina, que teve seu projeto embargado várias vezes pela justiça.

1- A região Norte ou Amazônica apresenta as seguintes características, quanto ao clima e a vegetação: a) clima equatorial, semi-árido, com índice pluviométrico de 300 a 600mm e uma vegetação densa e exuberante b) clima equatorial, com índice pluviométrico de 2.000 a 3.000mm e uma vegetação densa e exuberante c) clima tropical superúmido, com índice pluviométrico entre 300 a 600mm e uma vegetação pouco densa e formada de campo e cerrados d) clima temperado superúmido, com índice pluviométrico entre 2.000 a 3.000mm e vegetação densa e exuberante e) clima, segundo Koppen, As., e florestas exuberantes. 2- (UFMG) Durante o período de inverno, a Massa de Ar Frio do Polar Atlântico (mPa) chega até a região Norte do Brasil. Assinale a alternativa que contém corretamente a denominação local desse fenômeno:

5

Page 8: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

a) Estiagem. b) Geada. c) Granizo. d) Friagem. e) “El Niño”. 3-(Fuvest) A partir da década de 1970, o espaço amazônico passou por uma série de transformações sócioeconômicas importantes, dentre as quais citam-se: a) a perda da importância das tradicionais migrações nordestinas em favor das migrações de produtores rurais sulistas e a crescente concentração de terras. b) o crescente aumento da polarização de cidades de porte médio em detrimento das duas metrópoles regionais. c) a estagnação do processo de urbanização regional e a substituição da colonização oficial pela privada, reduzindo a interferência do Estado na região. d) a intensa retomada da extração da borracha para exportação e o rápido aumento da participação do setor primário na economia regional. e) a redução do êxodo rural e a difusão de atividades agrícolas como a cafeicultura e a fruticultura.

4-(UFRJ) Entre as maiores reservas minerais do

mundo estão as da Amazônia, onde se encontra a

Serra dos Carajás no sudeste do Pará, que se destaca

pela produção de:

a) prata, diamante, chumbo e enxofre.

b) ferro, cobre, manganês e ouro.

c) carvão, cromo, prata e potássio.

d) níquel, petróleo, urânio e chumbo.

e) ferro, zinco, estanho e calcário. 5-(ENEM) A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será inundada pelas águas da usina. Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão relacionados: a) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográficas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. b) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforços para a conservação ambiental. c) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direcionados para o pagamento pela desapropriação das terras. d) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse direito por parte das empreiteiras.

e) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.

A região é composta pelos estados de Goiás,

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, onde está situada a capital do país, Brasília.

Com a mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960, houve uma grande mudança na região. O aumento da população e a construção de estradas e ferrovias foram intensos. Atualmente, a taxa de urbanização da região é maior que 88%, superada apenas pelo Sudeste. Sua área total é de 1.612.077,2 km², sendo a segunda maior região brasileira em território.

RELEVO O relevo da Região Centro-Oeste não possui lugares de grandes altitudes. Sendo dividido em:

-Planalto Central: ocupa a maior parte da região e é formado por um grande bloco de rochas cristalinas que são encobertas por rochas sedimentares. Existem algumas partes em que as rochas cristalinas aparecem na superfície fazendo com que o relevo apresente

6

Page 9: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

ondulações. Nas áreas onde as rochas sedimentares cobrem todo o relevo são formadas as chapadas. As principais chapadas são: Chapada dos Parecis, Chapada dos Veadeiros e Espigão Mestre que divide a Bacia do Tocantins da Bacia do São Francisco.

-Planalto Meridional: vai da região Sul até os estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, possui as terras mais férteis da região, a terra roxa.

-Planície do Pantanal: é uma planície que, periodicamente, é inundada pelo rio Paraguai e seus afluentes, tem formação recente, sendo terrenos quaternários, formando a maior planície inundável do mundo.

HIDROGRAFIA A hidrografia da região é drenada por vários rios que formam as seguintes importantes bacias:

Bacia Amazônica: ocupa o norte do Mato Grosso e é formada pelo rio Xingu e afluentes do rio Tapajós.

Bacia do Tocantins-Araguaia: ocupa o norte da região e o oeste de Goiás e o extremo leste do Mato Grosso. O rio Tocantins nasce na Serra Dourada e o rio Araguaia na Serra de Caiapós, as duas em Goiás; Bacia Platina: está subdividida em:

-Bacia do rio Paraná: é formada pelos rios Paraguai, Cuiabá, Pardo; Miranda, Apa, Paraná, Verde, Corumbá, Aporé, e Taquari.

-Bacia do rio Paraguai: é a bacia mais extensa formada pelo rio Paraguai que nasce em Mato Grosso na chapada dos Parecis e tem como principais afluentes os rios Cuiabá, Taquari e Miranda.

CLIMA

O clima predominante na Região Centro-Oeste é o tropical, com um verão chuvoso e um inverno seco entre os meses de abril a dezembro. No inverno a temperatura média é de 18ºC e no verão superior a 25ºC. Ao noroeste da Região Centro-Oeste pode ser encontrado o clima equatorial por conta da floresta

Amazônica. O índice de chuva na região varia de 2.000 a 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e fica em torno de 1.250 mm no Pantanal mato-grossense. Ainda na porção meridional do Mato Grosso do Sul temos o clima tropical de altitude, com invernos mais frios e chuvas concentradas no verão.

VEGETAÇÃO

Existe uma grande variedade de vegetação

na Região Centro-Oeste. No norte e oeste está presente a floresta Amazônica. No Mato Grosso do Sul existe uma localidade isolada de campos limpos conhecido na região como vacaria, região parecida com os pampas gaúchos. Porém a maior parte do Centro-Oeste é coberta pelo cerrado, a mais típica vegetação da região. Outra formação que se destaca é o complexo do Pantanal, onde temos uma síntese dos biomas brasileiros. CERRADO: a vegetação do Cerrado encontra-se em uma região onde o clima é o tropical, apresenta duas estações bem definidas: uma chuvosa, entre outubro e abril, e outra seca, entre maio e setembro. A vegetação predominante é constituída por espécies do tipo tropófilas (adaptados às duas estações distintas), além disso, são caducifólias (que caem as folhas no período de estiagem) com raízes profundas. A vegetação é, em geral, de pequeno porte, com galhos retorcidos e folhas grossas. Este bioma já ocupou 25% do território brasileiro, ocupando uma área de 2 milhões de km

2,

entretanto, hoje restam aproximadamente 800 mil km2,

diminuição resultante das ações antrópicas que ocorreram com a modernização do campo, quando surgiram novas técnicas que viabilizaram a agricultura, realizando a correção do solo, que em geral no cerrado, são pobres e muito ácidos. Atualmente essa região se destaca na grande produção de grãos e carne. Embora esses sejam os grandes “vilões” ligados à devastação do Cerrado. PANTANAL: é a maior planície inundável do mundo, estando presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com altitudes muito baixas, recebe as águas de vários rios da região que são acompanhadas de toneladas de sedimentos que tornam o solo desse bioma extremamente rico. Embora não possua tantas espécies endêmicas como a Mata Atlântica e a Amazônia, as paisagens vegetais são muito variadas

7

Page 10: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

aparecendo espécies arbustivas, campos, florestas e até espécies da caatinga. O Pantanal é a paisagem brasileira que mais enche os olhos dos visitantes pela sua beleza e exuberância. Por isso, possui um grande potencial para o turismo ecológico que, se explorado de forma racional e sustentável, pode se tornar uma das principais fontes de desenvolvimento para a região. Os principais impactos ambientais que assolam o Pantanal são provocados por garimpos irregulares, turismo e migração desordenados e predatórios, tráfico de animais silvestres, pecuária extensiva, caça e pesca predatórias.

POPULAÇÃO

Brasília, a cidade mais populosa do Centro-Oeste.

Na região Centro-Oeste vive cerca de 14.058.094 habitantes, segundo dados do IBGE, sendo a menor população absoluta entre as regiões brasileiras. A distribuição populacional ao longo dessa região é irregular, tendo em vista que existem áreas onde a densidade demográfica supera os 100 hab./Km², como em Brasília. Por outro lado, existem áreas onde a população relativa não ultrapassa 1 hab./Km². De modo geral a densidade demográfica é baixa entorno de 8 hab/km². O crescimento vegetativo da região é acelerado, especialmente após a década de 60. Período que marcou a construção da capital federal, Brasília. Os projetos de incentivo ao povoamento foram outro fator que impulsionou a elevação no número de habitantes, pois tais projetos ofereciam terras com preços baixos e acessos facilitados a créditos bancários para quem se instalasse em determinadas áreas da Região. Nas últimas décadas a explosão demográfica é motivada basicamente pela modernização e expansão agropecuária e a implantação de infraestruturas de transporte, que ligam a região a diferentes pontos do país A região apresenta ainda uma superioridade de habitantes urbanos em relação aos rurais, gerando uma taxa de urbanização elevada, aproximadamente 88,8%, superada somente pelo Sudeste.

ECONOMIA E economia da região, baseou-se inicialmente na exploração de garimpos de ouro e diamantes e na exploração da madeira. A transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília e a construção

de novas vias de acesso, aceleraram o povoamento, contribuindo para o seu desenvolvimento. Atualmente o Centro-Oeste cresce em um ritmo semelhante ao do país. Isso faz com que a região tenha, desde 1991, uma participação de 7,2% no PIB brasileiro. A agroindústria é o setor mais importante da economia da região, inicialmente voltada para o mercado interno, hoje também visa às exportações. Ela é a maior produtora de soja, sorgo, algodão em pluma e girassol do país. Responde também pela segunda maior produção de arroz e pela terceira maior produção de milho do país. O Centro-Oeste possui ainda o maior rebanho bovino do país, com cerca de ¼ do rebanho brasileiro. Em Goiás também é expressiva a criação de suínos. As indústrias ainda são pouco expressivas na região, sendo as existentes ligadas principalmente ao setor de alimentos e de produtos como adubos, fertilizantes e rações, além de frigoríficos e abatedouros.

O Maciço do Urucum é o grande destaque de exploração mineral da região na atualidade. Tendo grandes reservas de ferro e manganês.

1- (UFV) Sobre o Pantanal Mato-grossense é CORRETO afirmar que: a) tem uma vegetação muito homogênea, predominando espécies típicas da floresta equatorial. b) possui solos com alta fertilidade natural própria para agricultura intensiva. c) apresenta rios encachoeirados e com grande vazão, por ser uma região montanhosa. d) constitui uma região de transição onde se encontram características de vários domínios ecológicos brasileiros como cerrado, floresta e campo. e) localiza-se no extremo leste do país, o que facilita o acesso de turistas. 2-(UEPG) Sobre as unidades do relevo brasileiro e algumas de suas características, assinale o que for correto. 01) O Planalto das Guianas corresponde aos terrenos cristalinos do norte da Amazônia brasileira e é nele que se localizam os pontos mais elevados do país, os picos da Neblina e Trinta e Um de Março. 02) As serras de Pacaraíma e de Tumucumaque e a Chapada dos Guimarães fazem parte do planalto Meridional, uma subdivisão do Planalto Brasileiro, dentro da bacia sedimentar do Paraná, com terrenos sedimentares do paleozóico e do mesozóico, recobertos por rochas eruptivas. 04) No Planalto Central, uma subdivisão do Planalto Brasileiro, predominam formas horizontais (chapadas e chapadões) esculpidos em terrenos sedimentares. 08) As planícies e baixos platôs amazônicos se constituem nas terras baixas mais homogêneas das planícies brasileiras e integram o conjunto de grandes

8

Page 11: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

planícies contínuas da América do Sul, ligados à planície Platina e ao Chaco paraguaio. 3-(Cesgranrio) A criação de Brasília, na década de 60, representa uma ação que teve fortes consequências na organização do espaço brasileiro. Assinale a afirmativa que NÃO corresponde a este fato. a) Colocou em pleno Planalto Central uma cidade, hoje com cerca de 1,5 milhões de habitantes, de alto poder de consumo, ampliando o mercado regional. b) Permitiu um maior desenvolvimento econômico de sua região litorânea, permitindo a expansão de suas metrópoles. c) Gerou uma malha rodoviária, que dela parte e que permitiu a melhor integração das diversas regiões brasileiras e do conjunto do território nacional. d) Valorizou espaços como os do sul de Goiás, Triângulo Mineiro, leste de Mato Grosso, que desenvolveram suas cidades e sua produção. e) Facilitou, a longo prazo, a ocupação agrícola das áreas dos cerrados, hoje um dos novos espaços incorporados a uma agricultura mais moderna. 4- (PUC-RIO) A partir da década de 1970, o Governo Federal passou a intervir de forma mais decisiva na Região Centro-Oeste. Programas e planos contemplaram a região, concedendo incentivos e atraindo investidores para numerosos setores da sua economia. Assinale a alternativa que NÃO apresente um objetivo desses programas e planos regionais. a) O acirramento de conflitos pela posse da terra entre grandes proprietários e empresários agrícolas. b) A execução de grandes projetos agropecuários com base em incentivos fiscais. c) A ampliação da fronteira agrícola com a incorporação de novos espaços produtivos. d) O aumento do rendimento agrícola graças à introdução de técnicas mais eficientes. e) A ampliação da infraestrutura viária e a construção de hidrelétricas. 5-(UEPG) A respeito da Região Centro-Oeste do Brasil, assinale o que for correto. 01) A Região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também pelo Distrito Federal. 02) O Distrito Federal situa-se no estado de Goiás, que é o menos populoso da Região Centro-Oeste. 04) A Região Centro-Oeste tem o maior rebanho bovino do país e se destaca na agroindústria e no cultivo de algodão e soja. 08) O Distrito Federal, que é composto por Brasília e várias cidades-satélites, tem no setor de serviços o destaque da sua força de trabalho, da qual a maior parte é centrada na administração pública. 16) Na Região Centro-Oeste situam-se quatro grandes chapadas: a Chapada dos Veadeiros, a Chapada dos Guimarães, a Chapada Diamantina e a Chapada do Araripe.

A Região Nordeste é a terceira maior região do

Brasil e a maior em número de estados, possui nove: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Sua área total é de 1.561.177km². A região possui 3.338km de praias, sendo a Bahia o estado com maior extensão litorânea com 938km e o Piauí com a menor, com 60km de litoral. O Nordeste se destaca também pela sua enorme população, é a segunda mais populosa do Brasil, com cerca de 30% da população brasileira.

Por causa das suas diferentes características físicas a região foi subdividida pelo IBGE em quatro sub-regiões: Meio Norte, Caatinga, Agreste e Zona da Mata:

Zona da Mata: apresenta chuvas abundantes, sendo a zona mais urbanizada, industrializada e economicamente desenvolvida da Região Nordeste. O solo é de massapé, solo fértil e argiloso com muito húmus; Agreste: área de transição, com clima semiúmido, entre o sertão e a zona da mata. A economia é baseada na policultura em pequenas propriedades de subsistência;

9

Page 12: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

Sertão: caracterizada pelo clima semiárido e a vegetação da caatinga, com a presença de grandes latifúndios. Os solos são rasos e arenosos. A hidrografia é formada por vários rios temporários; Meio-Norte: área de transição entre a Amazônia e o Sertão, também é conhecida como Mata dos Cocais. A agricultura é recente na região.

Relevo

O litoral é formado por uma estreita faixa de

planícies de terrenos sedimentares recentes. No litoral da Bahia encontramos a maior baía do país, a Baía de Todos os Santos.

O Planalto Atlântico ou da Borborema é outro destaque, formado por rochas cristalinas muito antigas que constituem um bloqueio para os ventos úmidos que vem do oceano e são impedidos de chegar à região da depressão sertaneja, contribuindo para formação do clima semiárido do Sertão.

Hidrografia Apesar de estar com mais de 70% de seu

território dentro do Polígono da Seca, a Região Nordeste possui importantes rios. -Rio São Francisco: é o mais importante da região e um dos mais importantes do Brasil. Recebe várias denominações como “Rio dos Currais”, “Nilo Brasileiro” e “Rio da Unidade Nacional”. O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e apesar de ser um rio de planalto possuí vários trechos navegáveis. Entre as hidrelétricas nele instaladas se destacam: Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó. -Bacia do Parnaíba: é a segunda mais importante, drena boa parte do Piauí, parte do Maranhão e Ceará; -Rios temporários ou intermitentes: são vários rios encontrados na região que acabam desaparecendo nos períodos de estiagem, como o rio Jaguaribe e Capibaribe.

Climas -Tropical úmido ou tropical litorâneo: apresenta um verão quente e úmido, com temperaturas elevadas o ano todo. É predominante em toda a Zona da Mata e parte do Agreste. -Tropical semiárido: apresenta elevadas temperaturas e chuvas raras e irregulares, com índice pluviométrico inferior a 700 milímetros anuais. A menor média anual

de chuvas no Brasil é registrada em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, com apenas 278,1 milímetros.

O Polígono das Secas é uma região, reconhecida pela legislação, dentro do semiárido do Nordeste apresentando diversos índices de aridez, com áreas extremamente secas, típicas de semi deserto. Vale destacar que a área atingida pelas secas vem aumentando, devido aos fenômenos climáticos e o desmatamento da região. É o caso do estado do Maranhão, que até 30 anos atrás não conhecia a seca. Clima equatorial: temperatura elevadas e elevado índice pluviométrico, sendo encontrado na região do Meio-Norte.

Vegetação

A vegetação da Região Nordeste varia

bastante, existem trechos de Mata Atlântica, restinga, caatinga, cerrado, manguezais, entre outros. Mata Atlântica: também conhecida como floresta tropical úmida, originalmente poderia ser encontrada em toda faixa litorânea desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, mas hoje devido a desmatamento só existe 5% da mata original; Mata dos Cocais: vegetação de transição entre os climas semiárido, equatorial e tropical. Abrange principalmente o Piauí, e o Maranhão (Meio-Norte). Suas árvores nativas são a carnaúba e o babaçu; Cerrado: no Nordeste ele só está presente no sul do Maranhão e no oeste baiano. Suas características são árvores baixas, com galhos tortos, gramínea e solo com alta acidez; Caatinga: é a vegetação típica do sertão, muita rica ecologicamente suas principais espécies são a aroeira, cactos, pereiro e leguminosas; Vegetações litorâneas e matas ciliares: na vegetação litorânea podemos incluir os mangues, restingas e dunas, importantes ecossistemas para preservação de rios e lagoas e espécies de crustáceos. Já as matas ciliares podem ser encontradas no cerrado ou na Zona da Mata, são pequenas florestas nas beiras dos rios com bastante material orgânico no solo e são responsáveis pela preservação dos rios e mares.

População

A população do Nordeste, segundo o IBGE é de 53.907.144 habitantes, a segunda maior do Brasil. Perfazendo uma densidade demográfica de 35,8 hab/km². A maioria das capitais – todas, exceto Teresina – localiza-se ao longo do litoral, o que indica a grande concentração populacional e econômica do Nordeste nessa faixa da região. No geral, mais de 70% da população nordestina reside na região litorânea. A população urbana da região é de aproximadamente

10

Page 13: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

73%, tendo a região os indicadores sociais os mais baixos do Brasil.

Economia As principais atividades que marcam a

economia do Nordeste são agricultura, pecuária, produção de mercadorias industrializadas e o turismo.

Ao longo da história, o Nordeste passou por diversas transformações econômicas, com destaque para o século XX, quando a região sofreu o seu maior declínio, sendo considerada uma “região problema” e tornando-se uma grande fornecedora de mão de obra barata, sobretudo para o Sudeste brasileiro. Apesar disso, a região apresenta uma diversificada atividade econômica, que vem se acelerando nos últimos anos, fato que contribui decisivamente para o melhor desenvolvimento local. Esse fato está relacionado à recente tendência de migração de indústrias, antes localizadas no Sudeste, para o Nordeste, uma prática cada vez mais recorrente.

Na sub-região do Meio Norte, que abrange todo o estado do Maranhão e a porção oeste do Piauí, a atividade econômica predominante é o cultivo de algodão, cana-de-açúcar e arroz. Além disso, merece destaque o complexo minero-metalúrgico associado ao Programa Grande Carajás, que realiza a prática da mineração da Serra dos Carajás voltada à exportação.

Na área do Sertão nordestino, que abrange a porção leste do Piauí e a maior parte dos estados do Ceará, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, a principal prática econômica é a pecuária extensiva, além de algumas atividades agrícolas realizadas nas áreas dos brejos, locais relativamente úmidos no meio do semiárido sertanejo.

No Agreste, localizado em trechos dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do

Norte, existem algumas atividades relacionadas à agricultura. No entanto, a principal atividade econômica é o turismo.

Já na Zona da Mata, região litorânea e mais desenvolvida da região, além do turismo, essa sub-região apresenta práticas relacionadas à produção de açúcar, à produção de petróleo no Recôncavo Baiano e à monocultura do cacau. Trata-se da área com mais intensidade de industrialização atualmente.

Como podemos notar, o Nordeste possui práticas econômicas e níveis socioestruturais com bastante diversidade, herança do seu passado colonial. Atualmente, apesar dos problemas relacionados à seca e à miséria, observa-se uma nítida expansão industrial em curso nessa região.

1-(UNESP) O Estado assinalado no mapa possui grandes depósitos de areia que são movimentados pela ação do vento, constituindo bela paisagem geográfica, atualmente muito explorada pelo turismo.

Assinale a alternativa que contém o nome do Estado, a formação decorrente da acumulação eólica e a paisagem geográfica resultante. a) Ceará; restingas; Lencóis Cearences. b) Paraíba; salinas; Falésias Paraibanas. c) Piauí; salinas; Dunas do Piauí. d) Maranhão; dunas; Lencóis Maranhenses. e) Rio Grande do Norte; dunas; Salinas Potiguares. 2-(Unama) A Região Nordeste apresenta aspectos bem diferenciados no seu espaço geográfico, como... a) Agreste, zona localizada entre a Zona da Mata e o meio norte, que é uma área de transição com elevada densidade demográfica e grande urbanização. b) A Zona da Mata que apresenta devastação florestal, entretanto, o intenso reflorestamento impede a degradação da floresta original. c) O Sertão, área pobre, seca, tem baixas densidades demográficas, mas com intensa mecanização na agricultura, que é sua principal atividade. d) A faixa litorânea, área mais importante da região, onde estão os principais centros urbanos, aglomerados industriais e zonas portuárias. e) Meio-norte que engloba Maranhão e Piauí, área de latifúndios, pastagens naturais e intensa atividade agrícola. 3-(UNB) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa incorreta sobre o Nordeste semi-árido brasileiro:

11

Page 14: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

"Existem na América do Sul três grandes áreas semi-áridas - a região Guajira, na Venezuela e Colômbia; a diagonal seca do Cone Sul que envolve muitas nuances de aridez ao longo da Argentina, Chile e Equador; e, por fim, o Nordeste Seco do Brasil. Das velhas e repetitivas noções do ensino médio herdadas um pouco por todos nós restaram observações pontuais e desconexas sobre o universo físico e ecológico do Nordeste Seco." (Aziz Nacib Ab Saber, "Ciência Hoje", Volume Especial - Eco Brasil, mai. 1992.)

a) O semi-árido nordestino caracteriza-se por baixos níveis de umidade, escassez de chuvas anuais e irregularidades no ritmo das precipitações ao longo dos anos. b) Um dos fatores marcantes da região é a inexistência de rios perenes e caudalosos. Essa drenagem intermitente inviabiliza projetos de irrigação na área. c) O Nordeste seco possui um revestimento baixo de vegetação, arbustivo-arbóreo e raramente arbóreo, de folhas miúdas e hastes espinhentas, exuberantemente verde nos períodos de chuvas. d) Apesar de predominantemente seco, no semiárido encontram-se algumas áreas de mata úmida, alimentadas por chuvas orográficas. Estas áreas são conhecidas, regionalmente, como "brejos". e) Ao contrário do que se imagina, o Nordeste seco não é o "império" das chapadas. Em 85% do seu território predominam depressões interplanálticas, situadas entre maciços antigos e chapadas localizadas. 4-(UFPA) O Meio-Norte ou Nordeste Ocidental é uma região: a) onde os "brejos" ocupam as encostas das chapadas e se transformam em áreas de agricultura de subsistência. b) de transição entre a Amazônia e o Nordeste, com economia baseada no extrativismo vegetal e na agricultura tradicional de algodão e arroz. c) de relevo suave, verdadeira extensão da Planície Amazônica, que tem na pecuária leiteira e de corte a sua principal atividade. d) de clima tropical úmido, onde se concentram atividades ligadas às "plantations" de cacau. e) de grandes latifúndios, com ocorrências de elevadas densidades demográficas, devido à necessidade de numerosa mão-de-obra. 5-(PUC-PR) A respeito da bacia do rio São Francisco, cujo objeto de estudo tem sido motivo de amplos debates no cenário político e econômico nacional, é correto afirmar que: I. Sua área está inteiramente compreendida na região Nordeste do país. II. O rio São Francisco, cujas nascentes se situam no interior do Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, e cuja foz está localizada no litoral nordestino, entre os estados de Sergipe e Alagoas, é o mais extenso rio totalmente brasileiro. III. O projeto de transposição das águas do rio São Francisco, no intuito de diminuir o problema da seca na

região da Caatinga, não é a única forma de aproveitamento desse rio para o desenvolvimento da região, uma vez que tanto a navegação como a hidroeletricidade também tem dado a sua contribuição. IV. Nos tempos coloniais, o curso do rio São Francisco significou o eixo de ligação entre as principais áreas produtoras de açúcar, no nordeste, e a região aurífera de Minas Gerais, além de permitir que em suas margens se estabelecesse uma importante área criatória de gado. V. A afirmativa “descer o rio São Francisco, seguindo de sua nascente à sua foz, é subir o mapa do Brasil” se refere à direção seguida pelo rio, na maior parte de seu percurso: de sul para norte. As afirmativas corretas são: a) I, II, III e V b) I e IV. c) II, III e V d) I, II e IV. e) II, III, IV e V.

A região sudeste do Brasil é a mais populosa

do país. Aliás, se fosse um país seria o décimo quinto

mais populosos do mundo. A região é composta por

quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro,

Minas Gerais e Espírito Santo. Possuí uma área

aproximada de 924,265Km (em torno de 10,85 % do

território nacional) e uma densidade demográfica de

78,09 pessoas por Km². Rio de Janeiro e São Paulo

são cidades mais industrializadas, populosas e com

problemas típicos de cidades desenvolvidas: grandes

engarrafamentos, enchentes, por conta do excesso de

lixo e outros.

O Sudeste é a região mais rica do país com um

PIB bastante elevado. Só para se ter uma ideia, só São

Paulo, que é o estado de maior circulação de dinheiro

do Brasil, tem um PIB em torno de um trilhão e com

uma participação de 33% no Produto Interno Bruto

12

Page 15: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

nacional. A cidade é a única do Brasil que é

considerada uma megalópole (cidade com níveis acima

de uma metrópole). A sua economia se espelha na taxa

de área urbana nos estados que compõem a região:

superior a 90%. A alta circulação de renda em

contraponto com a enorme população do local resulta

num Índice de Desenvolvimento Humano alto: 0,824 - o

segundo maior do Brasil, perdendo apenas para a

região sul.

Essa região foi parte importante do país desde

cedo, quando o Rio de Janeiro se tornou uma a capital

brasileira (depois de Salvador e antes de Brasília). Sua

importância política continua firme: é a região de maior

colégio eleitoral do Brasil, sendo que São Paulo é o

maior do Brasil, seguido de Minas Gerais. Além disso,

numa fase econômica do Brasil, conhecida como “café

com leite” (período em que esses dois produtos eram

os mais produzidos e os mais exportados. Significavam

a maior parte das atividades econômicas na época) os

quatro estados do sudeste eram os principais

produtores dos produtos. O bom solo da região ajudou

na época e continua ajudando a atividade nessa área.

Relevo O relevo da região sudeste é bem variado,

sendo o mais acidentado do país. Nele encontrados planícies costeiras, largas, na formação de baixadas, ou estreitas, onde é comum a formação de lagos, praias e até mesmo restingas, além de muitas serras, caracterizadas por formações cristalinas e irregulares, planaltos e escarpas. O relevo pode-se ser dividido em: Planície Litorânea: bastante estreita devido a presença da Serra do Mar. É formada por sedimentos Cenozóicos. Planalto Atlântico: também denominado de “Mares de Morros” pela grande presença de Serra. O planalto é de formação Pré-Cambriana, com rochas cristalinas. A Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Serra da Canastra e a Serra do Espinhaço, se destacam nesse planalto. Planalto Meridional: formado por rochas vulcânicas, o planalto também é conhecido pela denominação de Planalto Arenítico-Basaltico, por ser a região onde ocorreu o Derrame de Trapp. Abrange o oeste dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Hidrografia Devido à suas características de relevo, predominam na região os rios de planalto, naturalmente muito encachoeirados. Entre as várias bacias hidrográficas, merecem destaque:

Bacia do Paraná: tendo como rio principal, o Rio Paraná, que é formado pela junção dos rios Paranaíba e Grande. Nessa bacia se localizam algumas das maiores hidrelétricas do país, tanto no rio Paraná (Urubupungá e Itaipu) como nos rios Paranaíba (Cachoeira Dourada e São Simão) e Grande (Furnas e Volta Grande). Bacia do São Francisco: o rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, atravessa a Bahia e alcança Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Nordeste. Recebendo importantes afluentes. No seu alto curso, que vai da nascente a Pirapora (Minas Gerais), o São Francisco é acidentado e não-navegável, oferecendo, por outro lado, alto potencial hidrelétrico. A Usina Hidrelétrica de Três Marias foi aí construída a fim de regularizar o curso do rio, fornecer energia elétrica e ampliar seu trecho navegável, através de comportas que fazem subir o nível das águas. Já no médio curso, que estende de Pirapora e Juazeiro (estado da Bahia), o rio é inteiramente navegável. O baixo curso do São Francisco localiza-se inteiramente na região Nordeste. Bacias do Leste: São um conjunto de bacias secundárias de diversos rios que descem das serras litorâneas para o Atlântico. Merecem destaque as bacias do Rio Pardo, Rio Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais, e Rio Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro. Bacias do Sudeste-Sul: destacando-se a do Rio Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo.

Climas e Formações Vegetais

Tropical: predomina em grande parte da região, sendo caracterizado pelas altas temperaturas e duas estações do ano, uma seca e outra chuvosa. A vegetação se desenvolve é o Cerrado. (mais informações na aula de Região

Centro-Oeste)

Tropical Úmido: encontrado no litoral, onde as temperaturas também são altas e ocorrem altos índices de pluviosidade o ano inteiro. A Mata Atlântica, ou Floresta Tropical Úmida de Encosta, predominava na região como mata original, atualmente encontra-se muito devastada pela exploração econômica e pela urbanização. Ainda no litoral podemos encontrar vegetações litorâneas como os Mangues, principalmente no litoral sul de São Paulo. (mais informações

na aula de Região Sul)

Tropical Semiárido: ocorre no norte de Minas Gerais, na região do Vale do Jequitinhonha, onde o clima é muito seco e as estiagens prolongadas, tendo a vegetação da Caatinga como formação dominante. (mais informações na aula de Região Nordeste)

13

Page 16: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

Tropical de Altitude: clima que domina as regiões serranas, sendo caracterizado pelas temperaturas mais baixas no inverno, devido à altitude. Nessas áreas aparece a Mata das Araucárias e a vegetação de Campos. (ver mais informações desses biomas na aula de Região Sul)

Texto complementar

O Bioma da Mata Atlântica

Considerada um dos biomas mais ameaçados

do planeta, a Mata Atlântica é o domínio de natureza

mais devastado do Brasil. Ela estende-se do Rio

Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e correspondia

a, aproximadamente, 15% do território nacional, no

entanto, a intensa devastação desse bioma para

plantação da cana-de-açúcar, café, mineração e outras

atividades econômicas reduziu drasticamente essa

cobertura vegetal, restando, atualmente, apenas 7% da

mata original, localizada principalmente na Serra do

Mar. Seu clima predominante é o tropical úmido, no

entanto, existem outros microclimas ao longo da mata.

Apresenta temperaturas médias elevadas durante o

ano todo e a média de umidade relativa do ar também

é elevada. As precipitações pluviométricas são

regulares e bem distribuídas nesse bioma. Esse bioma

é um dos mais ricos do mundo em espécies da flora e

da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é

representada pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro,

jambo, jatobá, imbaúba, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-

brasil, entre outras.

População e Colonização O Sudeste é a região mais populosa e povoada do país, pois de acordo com dados do Censo Demográfico realizado em 2010 pelo IBGE, a região totaliza 80.364.410 habitantes. Sua densidade demográfica é de aproximadamente 87 habitantes por Km². A distribuição da população da região Sudeste por estado ocorre da seguinte forma: São Paulo – 41.262.199 habitantes. Minas Gerais – 19.597.330 habitantes. Rio de Janeiro – 15.989.929 habitantes. Espírito Santo – 3.514.952 habitantes.

A Região era habitada por tribos indígenas quando ocorreu a ocupação portuguesa. A miscigenação do português com o índio teve início no

século XVI, época em que se formaram as primeiras cidades, como São Vicente, São Paulo e Rio de Janeiro. O negro foi trazido à região para a realização do trabalho escravo e, consequentemente, contribuiu para a diversidade étnica e cultural do Sudeste. Porém, foi com a expansão cafeeira no fim do século XIX e início do século XX, que o Sudeste recebeu imigrantes de diferentes lugares do mundo, principalmente italianos, japoneses, alemães, sírios e libaneses para trabalharem nas lavouras de café. Os fluxos migratórios com destino à Região não cessaram. Posteriormente, vieram espanhóis, coreanos, poloneses, suíços, holandeses, franceses, entre tantos outros. Estima-se que são mais de 70 nacionalidades distintas, presentes na população do Sudeste.

Além dos imigrantes estrangeiros, os estados do Sudeste, em especial São Paulo, atraiu – e ainda atrai – centenas de milhares de migrantes do território nacional, oriundos principalmente dos estados do Nordeste.

Os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) estão entre os melhores do Brasil: São Paulo, 0,833; Rio de Janeiro, 0,832; Espírito Santo, 0,802 e Minas Gerais, 0,800. A maioria da população reside em áreas urbanas (aproximadamente 93%), e as taxas de alfabetização, são consideradas elevadas. No entanto, os estados sofrem com vários problemas urbanos, como engarrafamentos, déficit de moradia, violência, poluição, etc.

Economia do Sudeste

A economia da região sudeste é a mais forte do Brasil. Aliás, ela é a mais forte desde o período “café com leite”, em que essas duas mercadorias eram as mais importantes para a capitalização brasileira. Tendo São Paulo como principal estado nesse quesito, essa região ainda conta com o forte turismo do Rio de Janeiro, a pecuária de Minas Gerais e o estruturado ramo de exploração de petróleo no Espírito Santo (sendo esse o segundo maior explorador do Brasil).

Agricultura: A herança econômica da época do “café com leite” é a força da agricultura dessa região. A produção de cana-de-açúcar (produto cada vez mais usado para consumo e para fabricar combustíveis) do sudeste é a maior do país. A razão para esse ramo ser tão lucrativo nessa parte do país é o ótimo solo (terra roxa) para plantio. As culturas de plantio mais comuns nessa região são a soja, cana-de-açúcar, milho, arroz, mandioca, feijão e café, sendo que esse último ocorre em menos áreas do que era no passado. A agricultura é uma atividade econômica presente em todos os quatro estados brasileiros da região.

Pecuária: assim como a agricultura, apresenta alto nível de desenvolvimento. Destacam-se os rebanhos

14

Page 17: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

bovinos, apesar de ser criado no sistema extensivo. A área de maior destaque é o Triângulo Mineiro.

Extrativismo mineral: grande destaque para o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, com grandes reservas de ferro. Outros minerais de destaque no Sudeste são: manganês, ouro, bauxita, urânio, fósforo, sal marinho e petróleo, com destaque para o Pré-Sal.

Indústrias: o Sudeste é a região mais industrializada do Brasil e o ramo industrial é diversificado e forte. Alguns dos mais importantes ramos industriais da região são: as automobilista (com mais força em São Paulo), siderúrgica (em toda a região), petroquímica (RJ, SP, MG), navais (RJ) petrolífera ( RJ e ES).

Na área de industrialização, São Paulo está muito à frente da região e do restante do país, contribuindo com cerca de 12,26% do PIB nacional. O estado, além de contar com uma fortíssima atividade econômica, vem crescendo no setor terciário da economia.

A produção científica dessa região também é notável. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas são grandes polos de pesquisa do Brasil. Ligada ás pesquisas estão à parte tecnológica, chamada “vale do silício” brasileiro. É uma região que engloba São Paulo, Campinas, São Carlos e São José dos Campos.

Os fatores da industrialização no Sudeste O desenvolvimento industrial na região ocorreu

principalmente a partir do século XX, após o declínio do café, que durante muito tempo foi o destaque nas exportações e essas “seguravam” a economia brasileira. Na Região Sudeste os estados produtores de café eram principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Como declínio das exportações do café, provocado pela crise de 1929, uma grande parcela de fazendeiros vendeu suas propriedades. Com o recurso adquirido na venda das fazendas e os lucros obtidos no auge do café, muitos investiram na indústria, a época limitadas ao setor têxtil, alimentação, bens de consumo, sabão e velas.

O surgimento das indústrias na região sudeste está vinculado à produção cafeeira decorrente da: • Grande quantidade de trabalhadores do café que foram atraídos para trabalhar nas novas indústrias. • Rede de transportes, uma vez que a infraestrutura era usada para escoar a produção de café das fazendas para os portos, com a introdução das indústrias passaram a servi-la. • Do grande número de mão de obra imigrante presente no Brasil, os quais já tinham experiências industriais, pois a maioria era de origem europeia, continente já havia passado pelo processo de industrialização. A indústria e os recursos naturais

Os minérios e as energias favoreceram a expansão das indústrias, tendo em vista que esse dois são importantes e fundamentais elementos dentro do processo de industrialização, nesse quesito a região era bem servida.

No final das décadas de 40 e 50 houve a criação das indústrias de base no Brasil, mais

precisamente na Região Sudeste, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Vale do Rio Doce e a Petrobras. Todas as mudanças para implementar a indústria promoveram a expansão de diversos seguimentos industriais. Em Minas Gerais as principais jazidas eram de extração de ferro, manganês, bauxita e ouro, o local ficou conhecido de quadrilátero ferrífero.

A construção de várias usinas hidrelétricas foi um fato importante, pois havia uma crescente demanda de energia para abastecer ou suprir as necessidades desse setor produtivo, além das residências e comércio. Transportes e a integração da região Sudeste

O desenvolvimento do transporte favoreceu o desenvolvimento industrial e econômico de toda a Região e também do Brasil. Alienado ao crescimento das indústrias e à evolução dos transportes ocorreu, simultaneamente, o aumento populacional gerando um maior fluxo de mercadorias e de matéria prima.

A expansão comercial contribuiu para uma integração entre os estados que integram a Região. Uma das principais e mais importantes etapas do processo industrial e econômico foi a implantação das empresas fabricantes de veículos automotores, na década de 50, que impulsionou a construção de rodovias, a criação delas contribuiu para uma maior integração entre os entes da Região e também com outros estados e que mais ainda favoreceu o processo de povoamento. Em pouco tempo as rodovias superaram as ferrovias, tanto é que as ferrovias atuais continuam com a mesma extensão do período do café, cerca de 12,4 mil km.

A distribuição da indústria no Sudeste

A distribuição das indústrias na Região Sudeste possui uma hierarquia, em que alguns estados são mais desenvolvidos industrialmente com base na concentração do número de indústrias presentes. Desse modo fica ordenado da seguinte forma: em primeiro lugar a Grande São Paulo, em segundo Rio de Janeiro e terceiro Belo Horizonte, sendo que a primeira e a segunda são as megalópoles brasileiras.

1) Embora pouco extenso, o Sudeste é a mais importante região brasileira em termos econômicos e políticos. Sobre as características dessa região, julgue os itens que se seguem. ( ) A região Sudeste distingue-se do restante do Brasil por ser a área com maior proporção de terras baixas. O relevo dessa região apresenta um claro predomínio de planícies sedimentares, desgastadas pela erosão.

15

Page 18: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

( ) O regime de chuvas dessa região é típico do clima temperado: as chuvas concentram-se no inverno, o verão é a época da estiagem. ( ) A devastação da mata atlântica foi provocada pela expansão da agricultura e da indústria, que deixaram apenas manchas da floresta. ( ) São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as três metrópoles da Região Sudeste. Essas cidades concentram uma grande parte da produção industrial, do comércio e dos serviços do país. ( ) O processo de industrialização não atingiu toda a região sudeste, o que produziu espaços geográficos diferenciados e grandes desigualdades dentro da própria região. 2) A região Sudeste apresenta-se como sendo altamente desenvolvida, com grandes indústrias, metrópoles e agricultura com alto valor comercial. Entretanto, nesta região há uma área considerada pela ONU como uma das mais pobres do mundo. Trata-se: a) da serra de Quebra Cangalhas (SP). b) da serra da Canastra (MG). c) do pontal do Paranapanema (SP). d) do vale do Rio Jequitinhonha (MG). e) do vale do Rio São Francisco (MG).

3) Na divisão espacial do trabalho, nos países desenvolvidos, o campo tem a função da produção primária, enquanto cabe à cidade fabricar produtos secundários e prestar serviços. Nos países subdesenvolvidos, essa divisão se concentra em determinadas regiões, em função de maior atividade econômica de acumulação de capital. Dentro desse contexto, podemos afirmar que, no Brasil, entre outros fatores, o desenvolvimento da REGIÃO SUDESTE deu-se em função:

a) da acumulação oriunda da atividade mineradora da região meridional do país.

b) do deslocamento da produção do café para São Paulo e da mão de obra imigrante.

c) do fluxo de exportação de ouro e de pedras preciosas pelo porto do Rio de Janeiro.

d) do crescimento da importação através dos portos do Rio de Janeiro e de Santos. e) de a região possuir um contingente de consumo ideal no início do processo de industrialização.

4) (UFMG) Considerando-se a organização espacial da indústria na Região Sudeste brasileira, é INCORRETO afirmar que:

a) a concentração geográfica da indústria no espaço intrarregional foi responsável, em décadas recentes, pelos processos de deseconomia de aglomeração na Região. b) o transporte ferroviário constituiu a principal via de integração do espaço oriental brasileiro, viabilizando a expansão do mercado interno da produção industrial do Sudeste.

c) a moderna industrialização do campo foi introduzida nessa Região, de forma pioneira no País, com o desenvolvimento da agroindústria de soja e laranja em São Paulo. d) o processo de industrialização, ainda em sua etapa inicial, recebeu suporte do Governo pela implantação de empresas estatais no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

5) Em relação ao Sudeste do Brasil, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO: a) Apresenta um pequeno crescimento urbano, quer nas regiões agrícolas, quer nas de predomínio de atividades mercantis ou industriais. b) É a porção do país mais integrada no sistema econômico mundial e a mais dinâmica em termos de relações externas e internas. c) É palco de lutas e reivindicações urbanas em torno de moradia, saúde, transporte, educação e outros bens de consumo coletivo. d) Desenvolve uma atividade agrícola importante e, em grande parte, moderna, associada aos setores secundário e terciário de sua economia. e) Possui uma grande área industrial que, a partir da capital de São Paulo, ultrapassa os limites desse Estado, adentrando por Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A Região Sul é composta por três estados:

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com 575.315 km² de extensão, é a menor região do Brasil, com 6,8% do território. Faz fronteira com a região sudeste e centro-oeste, além dos países Uruguai, Paraguai e Argentina. O Sul possuí a terceira maior população do Brasil, com grande influência europeia devido à imigração no século XIX, principalmente alemã e italiana, é possível notar a marca de seus costumes na arquitetura de algumas cidades, no idioma e na culinária, além de introduzirem a policultura e o sistema de pequenas propriedades na região. Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos imigrantes em festas típicas, como a Oktoberfest, em Blumenau (SC) e a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

16

Page 19: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

Relevo O relevo da Região Sul é dominado, em sua maior

parte por planaltos e algumas planícies. O planalto da Região Sul é dividido em Planalto Atlântico ou Cristalino e o Planalto Meridional, que por sua vez é subdividido em Planalto arenito-basáltico e Depressão periférica. Planície litorânea: ou costeira é relativamente estreita e espremida pela Serra do Mar no Paraná e em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul é larga, formando a região lagunar onde estão as lagoas: dos Patos, Mangueira e Mirim. Planalto Atlântico ou Cristalino: de formação Pré-Cambriana, esse planalto ocupa grande parte do Paraná, onde forma a Serra do Mar e uma parte de Santa Catarina. Com uma topografia muito acidentada, apresenta as mais elevadas altitudes do Sul. Planalto Meridional: de formação sedimentar Paleozoica, parcialmente recoberta por rochas vulcânicas do Mesozoico, ocupa a maior parte da região Sul (2/3), sendo dividido em duas partes:

-Depressão Periférica: É uma área estreita e rebaixada que forma uma depressão relativa com nome de planalto dos Campos Gerais no Paraná, e Depressão Central, no Rio Grande do Sul.

-Planalto Arenito-basáltico: formada por sedimentos antigos parcialmente recobertos pelo basalto do Derrame de Trapp. No Paraná é conhecido por Terceiro Planalto, em Santa Catarina como Planalto Catarinense, e no Rio Grande do Sul o Planalto das Missões.

Hidrografia Tanto a serra do Mar como a Serra Geral se

localizam nas proximidades do litoral. Assim, o relevo da Região Sul do Brasil é inclinado para o interior e a maioria dos rios, que são de planalto, seguem no sentido leste-oeste. Esses rios são concentrados em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas as subdivisões que fazem parte da Bacia Platina.

Bacia do Paraná: ¼ dessa bacia esta na região Sul.

Tem um enorme aproveitamento para a produção de

energia elétrica, com destaque para a Usina de Itaipu,

no rio Paraná. Outras hidrelétricas importantes são:

Salto Capivara, no rio Paranapanema; Salto Capivara,

Xavantes e Mauá, no rio Tibagi; Foz de Areia, Salto

Ozório, Salto Santiago, Salto Segredo e Salto Caxias,

no rio Iguaçu.

Bacia do Uruguai: o rio Uruguai se forma pela

confluência dos rios Canoas e Pelotas, na divisa de SC

com RS. Os rios da bacia tem pouco aproveitamento

econômico, sendo o destaque a rizicultura no Rio

Grande do Sul.

Bacias do Sudeste: rios que deságuam diretamente

no Atlântico, caso dos rios: Jacuí no RS; Itajaí-Açu e

Tubarão em SC; e do rio Ribeira do Iguape no PR.

Clima O clima da Região Sul é o subtropical, exceto

pelo norte do Paraná onde predomina o clima tropical. No clima subtropical ocorrem grandes variações de temperatura, tornando a região mais fria do país onde, durante o inverno ocorrem geadas, e em algumas localidades como a região central do Paraná, e o planalto serrano do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pode ocorrer até neve. As estações do ano são bastante diferenciadas e as chuvas caem sobre toda a região com uma certa regularidade durante todo o ano, mas no norte do Paraná elas se concentram no verão.

Vegetação A vegetação do Sul é bastante diversificada,

apesar de ser lembrada pela Mata de Araucária e os Pampas gaúchos. Existem na região também a Mata Atlântica, a Floresta Tropical e a vegetação litorânea.

17

Page 20: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

Mata das Araucárias Também denominada de Mata dos Pinhais, é

uma formação vegetal brasileira que se desenvolve especialmente nos estados da região sul do país e em partes de relevo mais elevados e frios de São Paulo e Minas Gerais. É uma floresta aciculifoliada adaptada ao clima subtropical que possui verões quentes e invernos relativamente rigorosos com chuvas bem distribuídas durante o ano, além disso, o relevo influencia, uma vez que esse tipo de vegetal prolifera em áreas que se encontram no mínimo 500 metros acima do nível do mar. As árvores são do gênero coníferas, da família Araucariaceae, a espécie que predomina na região é a araucária augustifolia. As folhas são estreitas e compridas e sua estrutura vegetativa é bastante homogênea, pois não há grandes variações de espécies de araucárias, além de se localizarem espaçadas uma das outras. As araucárias atingem até 50 metros de altura e produzem sementes comestíveis, denominadas de pinhão. São identificadas, em menor número, plantas como vários tipos de canela, cedro, ipês, erva-mate e imbuia. Apesar de sua extrema importância, atualmente existem apenas 3% do total original dessa formação vegetal. Os principais fatores que conduziram à tamanha degradação foram à ocupação urbana, a extração de madeira e a agropecuária. Mata Atlântica Floresta Tropical Úmida de Encosta, ocupa as serras do litoral da região Sul, estando seriamente ameaçada pela devastação. (ver maiores informações na aula

de região Sudeste)

Floresta Tropical Parecida com a vegetação da Mata Atlântica, é encontrada ao longo do Vale do Rio Paraná. Campos

Também denominado de Pampas, localiza-se no Rio Grande do Sul, e abrangendo áreas do Uruguai e Argentina, os Pampas, ou campos do sul, é a única grande área natural restrita a um único estado brasileiro, esta caracterizada pela vegetação herbácea e pela presença, embora mais rara, de arbustos em suas paisagens. Como a existência de árvores é quase nula, são também chamados de campos limpos. Unha-de-gato, cedro e angico-vermelho são algumas delas, presentes em matas ciliares ou de galeria, e que acompanham os rios. Essa região é predominantemente de planícies, mas também apresenta serras, coxilhas, dunas e manchas de areia, tendo o clima subtropical como predominante. Nos Pampas, a agropecuária tem bastante força, o que vem provocando problemas ambientais, como a erosão do solo. Vegetação Litorânea

Os mangues são espécies vegetais que se destacam, e por ser um ecossistema localizado em regiões litorâneas, com um ambiente formado por uma água salobra, resultante do encontro da água doce com a do mar, a vegetação é predominantemente halófila

(que se adapta às variações de sal na água) e pneumatófora (que respira pelas suas raízes aéreas, aquelas que se encontram acima das águas). Comuns nos litorais do Paraná e Santa Catarina.

População

A menor Região brasileira é a terceira mais populosa do país, segundo contagem populacional realizada em 2010 pelo IBGE, a região possuí 27.386.891 habitantes. Sua densidade demográfica é de aproximadamente 47,5 hab/km². A distribuição populacional na região Sul ocorre da seguinte forma: Rio Grande do Sul – 10.693.929 habitantes. Santa Catarina – 6.248.436 habitantes. Paraná – 10.444.526 habitantes.

Os índios foram os primeiros habitantes da região Sul. Posteriormente, chegaram os espanhóis e portugueses com as missões jesuíticas, além dos negros para o trabalho escravo. Entretanto, os fluxos migratórios para o Sul se intensificaram no fim do século XIX, através de doação de terrenos para a ocupação e desenvolvimento econômico da Região. Os imigrantes europeus contribuíram para o desenvolvimento da economia, baseada na pequena e média propriedade rural de policultura (cultivo de vários produtos agrícolas). O Rio Grande do Sul recebeu imigrantes italianos, eslavos e alemães. Em Santa Catarina, açorianos colonizaram o litoral; alemães, a região norte; e italianos, o planalto e a porção oeste. No Paraná, houve fluxos migratórios de italianos, alemães e japoneses; mais recentemente, paraguaios na fronteira oeste. No contexto nacional, os paulistas e mato-grossenses migraram em grande número para os estados sulistas, principalmente para as lavouras do norte do Paraná.

Os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná são reconhecidos pela qualidade de vida de seus habitantes. A região apresenta os melhores indicadores de mortalidade infantil, educação e saúde do país, além de deter a segunda melhor renda per capita, inferior apenas ao Sudeste. Os estados do Sul estão entre os seis melhores na média do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Santa Catariana 0,840 (2° posição no ranking nacional), Rio Grande do Sul 0,830 (5° posição) e Paraná 0,820 (6° posição). Porém, a intensificação do processo de mecanização das atividades agrícolas proporcionou o êxodo rural em larga escala, contribuindo para o crescimento

18

Page 21: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

desordenado de alguns centros urbanos, além de intensificar as desigualdades sociais.

Economia

O Sul é a segunda região mais rica do Brasil, depois do Sudeste, representando cerca de 18% do PIB brasileiro. Tem grande potencial industrial, e da agropecuária moderna. O Sul também é um grande exportador nacional, com destaque para produtos agrícolas e agroindustriais, como grãos e aves. Agricultura

A região possuí uma das mais desenvolvidas atividades agrícolas do país, com uso muita tecnologia e capital, o que resulta em um maior rendimento, mas também gera desemprego e o consequente êxodo rural. Outra característica é que o Sul têm uma estrutura fundiária menos concentrada que outras regiões do país, e embora existam latifúndios, predominam as pequenas e médias propriedades rurais. Na produção os produtos de maior destaque são: soja, café, trigo, fumo, cana de açúcar, algodão, uva, amendoim, batata, feijão, maçã, canola e arroz. Pecuária

Apresenta um elevado desenvolvimento, embora a pecuária extensiva seja predominante na região, houve melhoramentos genéticos e maiores cuidados na criação. Destacam-se na região os rebanhos de bovinos, suínos, ovinos e as aves. Extrativismo

O extrativismo vegetal e animal não possuí grande destaque. Sendo os principais produtos: a madeira e a erva-mate, e no extrativismo animal a pesca. No extrativismo mineral os destaques são: -Carvão Mineral: é a principal extração da região. Os três estados da região possuem reservas, mas Santa Catarina possuí as maiores reservas do país, com destaque para a região de Criciúma e Siderópolis. -Xisto: a Petrobrás explora comercialmente em São Mateus do Sul, mas as jazidas podem serem encontradas nos três estados. -Cobre: destaque para o Rio Grande do Sul. -Talco: a exploração se destaca no Distrito de Itaiacoca, em Ponta Grossa, tornando o Paraná o maior produtor nacional de talco. -Fluorita: destaque para as reservas de Santa Catarina. -Calcário e Marmore: reservas nos três estados.

Indústrias O Sul é a segunda região mais industrializada

do Brasil. Esse avanço deve-se a uma boa rede de transportes rodoviários e ferroviários, ao grande potencial hidrelétrico, fácil aproveitamento de energia térmica, grande volume de matérias-primas e mercado consumidor com elevado poder aquisitivo.

Encontra-se na região metropolitana de Curitiba, o segundo maior polo automobilístico da América Latina, composto por empresas como Audi, Volkswagen, Renault, Volvo e New Holland. De forma

geral, a distribuição das indústrias do Sul é bastante diferente da que ocorre na região Sudeste. Tendo como características: -Presença de indústrias próximas às áreas produtoras de matérias-primas. Assim por exemplo, os laticínios e frigoríficos surgem nas áreas de pecuária, as indústrias madeireiras nas zonas de araucárias, etc; -Predomínio de estabelecimentos industriais de médio e pequeno porte em quase todo o interior da região; -Predomínio de indústrias de transformação dos produtos da agricultura e da pecuária.

As maiores concentrações industriais situam-se nas regiões metropolitanas de Curitiba e Porto Alegre. -A região metropolitana de Porto Alegre, na qual se sobressaem as indústrias automotiva, petroquímica, de tecnologia de informação e coureiro-calçadista; -A região metropolitana de Curitiba, o segundo maior polo automobilístico da América Latina. Juntamente com o norte catarinense, concentra a melhor e mais avançada mão de obra técnica e especializada; -O norte do Paraná, onde estão localizadas as cidades de Londrina, Maringá, Cianorte e Arapongas, que se destacam no vestuário, matérias-primas e fontes de energia, rede de transportes desenvolvida e localização geográfica favorecida, ligando os maiores polos econômicos do país com o interior da região Sul; -A região do vale do rio Itajaí, em SC, na qual se destaca a indústria têxtil, com destaque para Joinville, Blumenau, Itajaí e Brusque -O litoral sul de Santa Catarina, onde desenvolvem-se atividades industriais associadas à exploração do carvão, destaque para Imbituba, Laguna, Criciúma e Tubarão; -A região de Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves, onde estão instaladas as máquinas e os equipamentos da principal indústria vinícola do Brasil. -A região que inclui a Cidade Gaúcha de Santa Cruz do Sul, no interior do RS, com uma expressiva produção de tabaco para a fabricação de cigarros. -A porção noroeste do RS, vale do rio Uruguai, onde se destacam as indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas,como trigo, soja e milho. Passo Fundo, Santo Ângelo, Cruz Alta e Erechim são as cidades mais importantes dessa área; -O Campanha Gaúcha, onde se destacam Bagé, Uruguaiana (maior município produtor de arroz do Brasil), Alegrete e Santana do Livramento, cidades que possuem grandes frigoríficos, em geral, controlados pelo capital transnacional; -O litoral lagunar do Rio Grande do Sul, onde Pelotas (indústria de frigorícos) e Rio Grande (maior porto marítimo da região) se destacam. Além dessas concentrações industriais, merecem destaque como cidades industriais isoladas: Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Paranaguá,no Paraná; Florianópolis, Joinville, Lages, Blumenau e Chapecó em Santa Catarina; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

19

Page 22: Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul (“33° 45’ de · seu rio principal, o Amazonas, que é o maior do mundo em extensão e volume, durante os 6571 km que ele ... também chamada

1- ldentifique a(s) proposição(ões) que apresenta(m) características da Região Sul. 01) Ocorrência de invernos pouco rigorosos e secos devido à atuação da massa Tropical Continental. 02) Processo de colonização com forte presença de imigrantes europeus, destacando-se os italianos e alemães. 04) Cobertura vegetal bastante preservada em razão da baixa densidade demográfica de toda a região. 08) Relevo com predomínio de formas suaves cujas maiores altitudes se situam no oeste paranaense. 16) Ocorrência de rochas sedimentares recobertas, em parte, por lavas vulcânicas.

2-(Fuvest) Os rios são perenes e as chuvas bem distribuídas durante o ano. Possui tanto solos ácidos e pobres em minerais, como manchas de terra roxa bastante exploradas pela agricultura. A floresta aciculifoliada (coníferas), característica deste domínio, foi profundamente alterada pela ocupação humana.

O texto correspondente ao seguinte domínio morfoclimático: a) Araucária: planaltos subtropicais com araucária. b) Cerrado: chapadões tropicais interiores com cerrados e florestas galerias. c) Pradarias: coxilhas subtropicais com pradaria mista. d) Mares de Morros: áreas mamelonares tropicais-atlânticas florestadas. e) Amazônico: terras baixas florestadas equatoriais.

3- (Mackenzie) Dentre os fatores que diferenciam a Região Sul das demais regiões brasileiras destaca-se: a) A monocultura da cana-de-açúcar. b) Predomínio de população branca de origem européia. c) O clima quente e úmido do tipo equatorial. d) os prolongados períodos de seca. e) O predomínio das atividades extrativas vegetais

4- (Cesgranrio) Em relação ao povoamento e à ocupação da terra na região Sul do Brasil, podemos afirmar:

a) A região da encosta do Rio Grande do Sul, coberta por matas, foi ocupada por imigrantes alemães e italianos, estabelecidos em pequenas e médias propriedades policultoras. b) A campanha foi ocupada já no século XX pelos descendentes dos imigrantes alemães e italianos, que se dedicaram à pecuária extensiva em grandes propriedades. c) O norte do Paraná teve seu povoamento iniciado no século XIX por imigrantes oriundos do Nordeste para trabalharem nas grandes propriedades agrícolas dedicadas ao plantio da soja.

d) O oeste de Santa Catarina é uma área de ocupação antiga, feita por luso-brasileiros, em áreas de floresta tropical, que se dedicaram ao cultivo do café em grandes propriedades.

e) O planalto Paranaense foi ocupado, no século passado, por imigrantes japoneses, que se dedicaram à agricultura em grandes propriedades, cultivando principalmente cana-de- açúcar.

5- (UEM) Sobre as características da região Sul do Brasil, assinale a alternativa correta

a) Sua efetiva ocupação iniciou-se no século XIX,com a chegada de imigrantes portugueses que, utilizando mão-de-obra escrava, dedicaram-se à cultura cafeeira. b) O principal parque industrial no estado do Paraná está localizado na região de Foz do Iguaçu,beneficiado pela energia da usina hidrelétrica de Itaipu. c) Em virtude da proximidade da região com todos os países do Pacto Andino, tem ocorrido, nos últimos anos, um maior desenvolvimento das atividades industriais. d) Única região brasileira situada totalmente em zona de clima tropical de altitude, destaca-se, na atualidade, como um grande exportador de cevada. e) O setor agropecuário está atrelado às indústrias alimentícias. No oeste de Santa Catarina, por exemplo, encontram-se grandes abatedouros e frigoríficos, como os grupos Sadia e Perdigão.

20