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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ARRAS
Arras ou sinal é a quantia em dinheiro, ou
outra coisa móvel, em regra, fungível, dada
por um dos contraentes ao outro, a fim de
concluir o contrato, e, excepcionalmente,
assegurar o pontual cumprimento da
obrigação.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Exemplo
Se “A” pretende efetivar um contrato de compra e
venda, poderá entregar a “B”, que é o vendedor, uma
quantia em dinheiro, como prova de conclusão do
contrato e como garantia de seu adimplemento.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Espécies de arras
a) Função principal das arras
A função principal das arras é demonstrar que o
contrato principal foi concluído, havendo as partes realizado
um negócio jurídico, estando, por isso, vinculadas
juridicamente.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
As arras confirmatórias consistem na entrega de
uma soma em dinheiro ou outra coisa fungível, feita por
uma parte à outra, em sinal de firmeza do contrato e como
garantia de que será cumprido, visando a impedir, assim, o
arrependimento de qualquer das partes.
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As arras indicam:
a) Confirmação do contrato.
b) Antecipação do pagamento do preço (o valor será
imputado no preço convencionado)
c) Determinar previamente as perdas e danos pelo não
cumprimento das obrigações a que tem direito o
contratante que não deu causa ao inadimplemento.
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As arras têm uma função secundária, na hipótese de se
permitir o arrependimento, servindo como indenização.
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As arras penitenciais estipulam o direito de
arrependimento. O arrependimento é o direito do
contratante de não executar a obrigação ou de
interromper sua execução, pagando certa soma.
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Arras confirmatórias devem ser restituídas com o
desfazimento do negócio, independente de culpa.
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Com a resolução do contrato, independente da
culpa, de rigor a devolução também das arras
confirmatórias, conforme consolidada jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça:
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O arrependimento do promitente comprador só importa
em perda do sinal se as arras forem penitenciais, não se
estendendo às arras confirmatórias. (AgRg no Ag
717.840/MG, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS),
TERCEIRA TURMA, julgado em 06/10/2009, DJe
21/10/2009).
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CONFUSÃO ENTRE ARRAS E CLÁUSULA PENAL.
AFASTAMENTO DAS ARRAS. (...) II - Pactuada a venda
de imóvel com o pagamento de arras confirmatórias
como sinal - que têm a função apenas de assegurar o
negócio jurídico -, com o seu desfazimento, a restituição
das arras é de rigor,
sob pena de se criar vantagem exagerada em favor do
vendedor. (Resp 907.856/DF, Rel. Ministro SIDNEI
BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/06/2008, DJe
01/07/2008).
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EXTINÇÃO DA RELAÇÃO CONTRATUAL
Regra geral
O contrato extingue-se pelo seu cumprimento. A execução é o
modo normal de extinção do vínculo contratual, extinguindo-se todos os
direitos e obrigações que o originou.
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A solutio é o seu fim natural, liberando-se o
devedor com a satisfação do credor. Este atestará o
pagamento por meio da quitação.
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A quitação é o ato pelo qual se atesta o
pagamento, provando-o, exonerando-se, então, o
devedor da obrigação cumprida.
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A quitação ou recibo será prova hábil de que o
devedor se servirá quando tiver de provar o pagamento
em juízo, pois consiste num documento escrito, no qual o
credor reconhece ter recebido o que lhe era devido,
liberando o devedor até o montante do que lhe foi pago.
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A quitação é um direito do solvens, de maneira
que, se esta não lhe for entregue ou se lhe for oferecida
irregularmente, poderá reter o pagamento, sem que se
configure mora, ou consignar a prestação devida (art.
319 e 335, I, do CC).
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Causas de dissolução do contrato anteriores ou
contemporâneas à sua formação
1. Nulidade
O contrato precisará observar as normas atinentes a
seus requisitos subjetivos, objetivos e formais, sob pena de
não produzir consequências jurídicas.
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Nulidade é uma sanção por meio da qual a lei priva de
efeitos jurídicos o contrato celebrado contra os preceitos
disciplinadores dos pressupostos de validade do negócio
jurídico.