arquitetura infraestrutura internacional

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ANO III – Nº 11, OUTUBRO/2013 WWW. EXIBIDOR. COM. BR ARQUITETURA Tendências e novos conceitos para cinemas INFRAESTRUTURA Crescimento das poltronas numeradas INTERNACIONAL Cobertura do Festival de Veneza

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Ano III – nº 11, outubro/2013 www.exIbIdor.com.br

ArquiteturATendências e novos conceitos para cinemas

infrAestruturACrescimento das poltronas numeradas

internAcionAlCobertura do Festival de Veneza

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Destaque o Calendário de lançamentos e cole no seu monitor (conforme a imagem).

Tenha sempre à vista as datas das próximas produções cinematográficas.

apoio:

Calendárioauto-adesivo

Calendário Exibidor

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6 Exibidor, outubro-2013

editorial

Expediente

Edição E dirEçãoMarcelo J. L. Lima

rEdação Natalí Alencar (MTB 51480)[email protected]

Cibele GandolphoJanaina PereiraFábio GuedesLeonardo Formagin

ProjEto Gráfico E dirEção dE artERaphael [email protected]

assistEntE dE artEFernando [email protected]

rEvisãoTalita [email protected]

comErcial E anúncioswww.exibidor.com.br/anuncieTel.: (11) 4040 4712

assinaturaswww.exibidor.com.br/assineTel.: (11) 4040 4712de segunda a sexta das 8h30 às 17h30

colaboradorEsIgor Kupstas, Marcos Bitelli Espaço/Z e Omelete

imPrEssãoVox Editorawww.voxeditora.com.brTiragem de 1500 exemplares

corrEsPondênciaRua Ênio Voss, 78São Paulo (SP) | 02245-070Tel: (11) 4040 4705www.exibidor.com.br

A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:

www.tonks.com.br

Os artigos assinados não refletem necessa-riamente a opinião da Revista Exibidor.

Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks.

EstE ExEmplar faz partE do acErvo da cinEmatEca do rio dE JanEiro.

telas gigantes, poltronas em couro ecológico, som imersivo, pipoqueiras produtivas, 3D, 4D... quanta tecnologia!

Mas e o cliente? O que já foi feito para facilitar sua ida a uma sala de projeção? Nota-se que a projeção de um filme está próxima da perfeição, mas e o processo de compra e aquisição de um bom lugar no cinema?

Muitas vezes, todo este processo torna-se um calvário. A começar pelas quilométricas filas da bilheteria que não ajudam com os atuais sistemas de venda de ingresso que vivem fora do ar. Em seguida, o espectador ainda tem que passar pela, muitas vezes, má vontade do atendente e gastar 20 ou 30 minutos na bombonière para comprar apenas um saco de pipoca e um refrigerante. Para completar, na hora de assistir ao filme, atrás do espectador tem aquele casal que adora conversar durante a sessão e na frente aquele “sem noção“ que confere seu celular (com tela claríssima) de 10 em 10 minutos durante toda a sessão.

Com uma mistura de coincidências e acalorados bate-papos com exibidores e clientes as-síduos de cinema, montamos a pauta da Edição 11 da Revista Exibidor, logo puxada pela matéria de capa “Bombonières, um problema recorrente“. A qualidade dos alimentos e o atendimento estão cada dia pior e o exibidor – grande ou pequeno – se vê em dificuldade de encontrar boa mão de obra para voltar a ter a qualidade de 15 anos atrás.

Também temos uma análise bem interessante do crescimento das vendas de ingressos com poltronas numeradas. O que parecia impossível está se tornando uma exigência do consumidor.

Com poltronas numeradas e bom atendimento nas bombonières, um cuidado maior com a arquitetura das salas de cinema ajuda qualquer primeira impressão. A Revista Exibidor conversou com arquitetos de cinema renomados internacionalmente, que apresentaram seus conceitos e últimos lançamentos.

Para completar a “saga Cliente”, Igor Kupstas escreve um artigo na visão de um mero espectador assíduo de cinema e conta suas péssimas experiências em conviver com os es-pectadores “sem noção” durante a exibição de um filme.

Voltamos à Europa com o Festival de Veneza. A jornalista Janaina Pereira dá um tira-teima de uma das festas mais importantes do cinema mundial e explica que o evento é também para exibidores.

No Brasil, a NEC vem conquistando o mercado de vendas de projetores digitais de forma impressionante e a revista entrevistou os executivos da empresa Herberto Yamamuro (pre-sidente) e Jorge Dantas (diretor de cinema) para entender suas estratégias, o modo como enxergam o exibidor brasileiro e o quanto estão conectados às recentes linhas de crédito.

Assim, terminamos mais uma edição da Revista Exibidor. Não posso deixar de agradecer a toda equipe da revista, que vem crescendo a cada dia com novos jornalistas.

Até janeiro com as novidades do Prêmio ED 2013.

Marcelo J. l. limadIRETOR E EdITOR ChEFE dA REVISTA ExIBIdOR

Cliente, nosso maior patrimônio

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Renda revertida para iniciativas de apoio ao cinema nacional. O Projeta Brasil Cinemark tem grande colaboração de todos os produtores e distribuidores que cedem seus filmes para o evento. O ator Tony Ramos não cobrou cachê. *Exceto as salas Prime.

Não perca, é só segunda, dia 11 de novembro, em todas as salas Cinemark*.

Assista aos grandesfilmes brasileiros por apenas R$ 3,00

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8 Exibidor, outubro-2013

AANCINE Apex-Brasil Arcoplex/ Arco-ÍrisArteplex

BBarcoBilboaBox Cinemas

CCalifornia FilmesCGVChristie CineflixCinemarkCinépolisCinesystemConfeitaria de Cinema

DDeadlineDisneyDoremi Labs

EElo CompanyERA Architec

EstofatecEuropa Filmes

FFacebookFMC ArquiteturaFox Film

GGDCGertechGNC CinemasGullane

IIMAXImovision

JKastrupKinoosfera FilmesKinoplex

MMesbur + Smith ArchitectsMetro ArquitetosMinistério das Relações Exteriores Moviecom

NNEC

OOrient

PParis FilmesPlayArte

QQuanta DGT

RRede GloboRitchie/Wigram Productions

SSanta Clara PoltronasSony Pictures

TTaiga FilmesTK ArchitectsTonksTwitter

UUCIUniversal

eMpresas e instituições Citadas

Queremos saber a sua opinião. Envie seus comentários para:

www.exibidor.com.br/contatoespaço do leitor

Parabéns pela revista!

Fabricio S. Da Silva (Grupo Cine e Santa Clara Poltronas)

Ficamos muito satisfeitos com o resultado da pesquisa realizada pela Exibidor. Essa pes-quisa desenvolvida por vocês será de grande valor para a Barco no sentido de conhecer a opinião do mercado em que atuamos e fazer melhorias contínuas no atendimento aos nos-sos clientes e parceiros.

Eliane Rodrigues Silvestre (Barco)

Gostaria de sugerir uma opção no portal web pra fazer login só uma vez, todas as vezes que entro tenho que colocar a senha, em vários setores para ler as matérias. E gostaria de sugerir uma parte de “Novos e Usados”. Acho interessante.

Jack Silva (Cine IMPERATOR3D)

Gostaria de sugerir uma pauta sobre o Cine Sabesp, em Pinhei-ros. Moro perto, costumo frequentar e sei que ele tem uma his-tória bacana. É um dos mais antigos em funcionamento e teve vários nomes até chegar ao de hoje. Sem contar que é um dos últimos cinemas de bairro em funcionamento na cidade.

Julio Simões (São Paulo – SP)

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11 Exibidor, outubro-2013

suMário

notícias/12Giro pelo mercado

Portal Exibidor/16Destaques do portal exibidor.com.br

Claquete.com/18Novidades do cinema

Entrevista/22Herberto Yamamuro e Jorge Dantas, da NEC

Artigo Relacionamento/26Inconvenientes no cinema

Infraestrutura/28Poltronas numeradas conquistam mais adeptos

Internacional/42Festival de Veneza é oportunidade para exibidores

Arquitetura/46Conceitos de arquitetura e design para cinemas

Prêmio Ed/52Nova temporada e muitas novidades

Artigo Legislação/54Vale Cultura é regulamentado

Agenda/58Próximos lançamentos

Trajetória/60Cine Marabá, a resistência do cinema de rua

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12 Exibidor, outubro-2013

notíCias

Cinemark comemora 20 anos de operação na américa latina

Cinépolis inaugura parcialmente seu primeiro complexo em Manaus

A Cinépolis abriu seu primeiro complexo na cidade de Manaus (AM), no Shopping Ponta Negra. A inauguração parcial foi feita em 5 salas: 3 vip, 1 sala com tec-nologia Macro XE de 380 lugares e tela gigante e mais 1 sala convencional. Pos-teriormente o complexo funcionará com 10 Salas.

Para Eduardo Acuna, presidente da rede no país, Manaus era uma das ci-dades mais esperadas pela rede: “Ma-naus tem um enorme potencial para o mercado de cinema e, vimos que o pú-blico busca, cada vez mais, novidades de entretenimento. Por isso, decidimos levar novos modelos de exibição, como

A Cinemark anunciou no início de se-tembro seu 20º aniversário de opera-ção na América Latina e celebração da inauguração do seu primeiro complexo na região, localizado no shopping Plaza Vespucio, na cidade de Santiago (Chile).

“Nossas operações internacionais têm crescido exponencialmente nos últimos 20 anos, a partir da inauguração de um complexo com seis salas de exibição, em 1993, para os atuais 172 comple-xos com 1.360 salas, hoje presentes em 13 países latino-americanos. Tem sido incrível assistir ao crescimento das

operações internacionais e de pesso-al da empresa, e eu me sinto honrado por fazer parte desta trajetória desde o início”, comentou Tim Warner, diretor executivo da Cinemark.

Recentemente, a Rede inaugurou seu 64º complexo no Brasil, localizado no shopping Metrô Tucuruvi (São Paulo – SP). O cinema conta com seis salas in-teiramente digitais, incluindo cinco 3D e uma equipada com a tecnologia Extreme Digital Cinema (XD). Com capacidade para 1.486 espectadores, o complexo ofe-rece ao público lugares marcados.

dança das CadeirasApós o fim da alta temporada, o merca-do cinematográfico passou por muitas mudanças e reestruturações em diver-sos departamentos.

Lucas Crantschaninov deixou a Barco e passou a integrar a equipe da Doremi Labs no Brasil.

Eduardo Chang foi anunciado como novo membro da equipe de Programa-ção da Cinépolis no Brasil, assumindo o cargo de coordenador de programação. O profissional Gabriel Gurman, que está na Paris Filmes desde outubro de 2012 na área de programação, foi promovido para a gerência de marketing de conteúdo nacional. Na área de programação, quem assume é Michel Moussalli, que até então estava na Europa Filmes.

Laércio Bognar deixou a Imagem Filmes e em seu lugar, assume Rosa Maria Vi-cente, que já passou pela Kinoplex, Box Cinemas e Cinépolis.

Thiago Madruga saiu da PlayArte e ago-ra responde pela IMAX no Brasil.

as salas VIP com alimentos gourmet no cardápio e a sala Macro XE, que le-vará uma qualidade enorme de proje-ção para os consumidores”. Ele ainda acrescenta: “Queremos ter na região, um serviço diferenciado, que atenda as expectativas e necessidades de nossos clientes”.

©Divulgação

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13 Exibidor, outubro-2013

Kinoplex lança jogo para cinéfilos

arcoplex inaugura cinema em lajeado

Grupo orient entra no mercado europeu

Christie faz a 1ª instalação mundial e permanente de projeção a laser

O grupo Kinoplex lançou um game para testar o conhecimento dos apaixonados por cinema, o Picmovie. Com ele, os cinéfilos terão de identificar o filme a partir de íco-nes que mostram características marcantes de filmes bem sucedidos nas telonas. Em todas as 50 gravuras expostas no site, os jogadores têm a opção de pedir ajuda aos seus amigos do Facebook ou Twitter e ain-

da obter uma pista sobre o filme. A cada mês, serão adicionadas mais 20 imagens.

O Picmovie faz parte do Kinogames, novo lazer gratuito criado pelo Kinoplex para entretenimento dos seus espectado-res por meio do site e da página no Fa-cebook. Para mais informações, acesse: tonk.es/picmovie.

A Christie anunciou que foi escolhida para fornecer e instalar a primeira so-lução mundial e comercial de projeção digital a laser no cinema Seattle Cine-rama, situado em Seattle, no noroeste dos EUA. O pedido de aquisição visa um projetor digital a laser 4K, com emissão de luz regulável até 60.000 lúmens.

Segundo a Christie, a empresa obteve recen-temente da FDA (Food and Drug Adminis-tration) dos EUA a primeira aprovação para a mudança, a qual permite a venda de pro-jetores a laser para salas de cinema, consti-tuindo a primeira e única mudança até agora aprovada para um fabricante de projetores cinematográficos, em conformidade com a DCI (Digital Cinema Initiatives).

Como parte de seu processo de interna-cionalização, o Grupo Orient é o novo operador de 60 salas de cinema no mer-cado português. O grupo, genuinamente baiano, venceu uma concorrência com operadores de diversas partes do mundo e assinou um contrato com a Sonae Sier-ra, entrando com 17% de participação no mercado de salas comerciais do país europeu, com dez centros comerciais. A previsão de abertura de todos os comple-xos de cinema se dará até o final de 2013.

“A entrada em Portugal é um impor-tante passo na estratégia de cresci-mento do Grupo Orient. O fato de ir-mos operar em dez centros comerciais da Sonae Sierra nos dá uma grande confiança no futuro da nossa operação em Portugal. Vamos trazer ao mercado novas abordagens, que, com certeza, agradarão aos nossos clientes”, disse Aquiles Mônaco, presidente da Orient Cinemas.

A rede Arcoplex inaugurou um comple-xo no Shopping Lajeado (Lajeado - RS), com quatro salas no formato Stadium, sendo uma sala 3D digital.

O espaço tem a venda de ingressos com lugar marcado, bombonière, café e pro-dutos da marca I Love Cinema - linha de produtos com souvenirs exclusivos para os amantes da sétima arte. A aces-sibilidade para os deficientes físicos e as poltronas de tamanhos especiais também são diferenciais do novo cinema.

Com a inauguração, a rede passa a ter 90 salas em 30 complexos.

©Divulgação

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14 Exibidor, outubro-2013

notíCias

uCi chega a Campo Grande

universal pictures conquista seu melhor resultado nas bilheterias internacionais em 2013

A Rede UCI  inaugurou o seu 19º com-plexo no Brasil, localizado na cidade de Campo Grande (MS). Com capacidade para 1.505 pessoas em seis salas, o UCI Bosque dos Ipês está equipado com três salas com tecnologia 3D. Todas as salas são digitais, em modelo Stadium, equipa-das com poltronas reclináveis em couro ecológico e braços love seats. Além disso, todos os espaços contam com sistema de som dolby digital 7.1.

Localizado numa região em fase de ex-pansão na cidade, o UCI Bosque dos Ipês teve um investimento total de R$ 8 mi-lhões e é o primeiro da empresa na região centro-oeste do Brasil. “Estamos muito felizes em abrir o nosso 19º complexo em um mercado novo para nós. Acreditamos

que o setor de entretenimento do Mato Grosso do Sul vem crescendo bastante nos últimos anos e esta se caracteriza como uma ótima oportunidade para ingressar

na região através de mais uma excelente parceria  com o grupo Calila Empreendi-mentos”, afirma Monica Portella, diretora de marketing da UCI Brasil.

A Universal Pictures International anun-ciou que o estúdio arrecadou mais de US$ 1,8 bilhão na bilheteria internacio-nal em 2013, considerado o melhor ano de sua história.

Esse sucesso, segundo a distribuidora, foi impulsionado pelos lançamentos de Os Miseráveis -Les Misérables ($293 milhões), Velozes e Furiosos 6 - Fast & Furious 6 ($544.4 milhões) e Meu Malvado Favo-rito 2 - Despicable Me 2 ($410 milhões) e também pela boa performance de filmes como Mama - Mama ($75.9 milhões) e Oblivion - Oblivion ($197.1 milhões).

©Divulgação

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• Apoio financeiro não reembolsável de R$ 15.000,00 por sala para exibidores que administrem até quatro salas;

• Financiamento dos outros itens da conversão para o digital: instalação, processador de áudio, quadro elétrico, climatizador de ar e intranet. E o exibidor pode escolher as marcas de equipamento e a empresa que fará a instalação e a manutenção, desde que seja devidamente capacitada pelo fabricante;

• Software de TMS da Arts Alliance Media, utilizado em mais de 15.000 salas em todo o mundo;

• Gerenciamento e coleta de VPF pela Arts Alliance Media, presente em 4.000 salas de 10 países;

• Preparação e apresentação de projetos para a ANCINE e para a Receita Federal e acompanhamento junto aos órgãos até a aprovação.

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16 Exibidor, outubro-2013

portal exibidor

www. .com.br

não deixe de curtir também a página da Revista Exibidor no facebook.

fb.com/REviStAExiBidoR

Agora, os filmes nacionais poderão ter a qualidade de Hollywood. A Doremi vai trazer para o mercado de pós-produção brasileiro uma linha digital para cinema. “Os estúdios não precisarão finalizar seus filmes no exterior para obter a mesma qualidade e confia-bilidade. Em época de dólar alto, isso será um alívio à dor das produtoras nacionais”, comenta Lucas Crantschaninov, da Doremi. Leia mais no link: tonk.es/posproducaodoremi.

doremi traz linha para pós-produção no brasil

A Revista Exibidor estará em mais um evento internacional do setor, a ShowEast, que será realizada de 21 a 24 de outubro, na Flórida (EUA). Fique de olho no Portal Exibidor e confira a co-bertura do evento!

showeast 2013

Gertech cria marca “Chess Group”Para consolidar suas soluções, a Gertech, empresa de infraestrutura de TI, criou a marca “Chess Group”, que representa quatro competências: Rede Elétrica, Redes de Dados, TI e Treina-mento. “Com isso, esperamos ser a maior integradora de soluções que o mercado já conheceu nos próximos dois anos”, prevê o gestor da empresa, Ricardo Germano. Veja mais no link: tonk.es/chessgroup.

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18 Exibidor, outubro-2013

Claquete.CoM

Terminaram em meados de setembro as filmagens de Até que a Sorte nos Separe 2, novo filme de Roberto Santucci, com Leandro Hassum, Camila Morgado, Kiko Mascarenhas e Rita Elmor. Após um perí-odo de gravações no Rio de Janeiro, equi-pe e elenco rodaram, durante quase um mês, cenas em Las Vegas, onde se passa a maior parte da trama. O longa, que che-ga aos cinemas em 27 de dezembro, tem roteiro de Paulo Cursino e Chico Soares.

No filme, depois de perder toda a fortuna que ganhou na loteria em Até que a Sorte

Iniciaram as filmagens do longa-metra-gem The Man from U.N.C.L.E. (ainda sem título em português), da Warner Bros. Pictures. O filme é o primeiro a ser pro-duzido pela Ritchie/Wigram Produc-tions, pequena produtora do cineasta Guy Ritchie e do produtor Lionel Wigram. Tendo repaginado com êxito o clássico detetive Sherlock Holmes em dois filmes de sucesso, a dupla agora aplica seu olhar à série de televisão muito popular dos anos 1960 (O Agente da U.N.C.L.E.), trazen-do os superespiões Napoleon Solo e Illya Kuryakin para as telonas.

terminam as filmagens em Las Vegas de “até que a sorte nos separe 2”

nos Separe, Tino (Leandro Hassum) volta a passar dificuldades financeiras ao lado da esposa Jane (Camila Morgado) e dos fi-lhos Teté ( Júlia Dalávia) e Juninho (Henry Fiuka). O que eles não esperavam é que Tio Olavinho fosse deixar uma herança de R$ 50 milhões ao morrer. Como último desejo, o ricaço exige que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon. É então que Tino e a

família resolvem dar uma passada em Las Vegas. Depois de se meter em muitas en-crencas com um antigo conhecido, Tino vai contar com a ajuda do casal Amauri (Kiko Mascarenhas) e Laura (Rita Elmor).

Camila Morgado substituiu Danielle Winitts, que está na novela “Amor à Vida” e não foi liberada pela Rede Globo para fazer a personagem Jane.

Henry Cavill (O Homem de Aço – Man Of Steel) faz o papel de Napo-leon Solo e Armie Hammer (A Rede Social - The Social Network), o de Illya Kuryakin.

O longa está centralizado no agen-te da CIA Solo e no agente da KGB Kuryakin. Forçados a deixar de lado as hostilidades de longa data, os dois se unem em uma missão conjunta para combater uma organização criminosa internacional misteriosa, empenhada em desestabilizar o frágil equilíbrio

de poder por meio da proliferação de armas e tecnologia nucleares. A única pista da dupla é a filha de um cientis-ta alemão desaparecido, que é a chave para se infiltrarem na organização cri-minosa. Eles precisam correr contra o tempo para encontrá-lo e evitar uma catástrofe mundial.

O roteiro é de Ritchie e Wigram, que também atuam como produtores. As filmagens serão realizadas na Inglaterra, com tomadas externas também na Itália (Roma e Nápoles).

Começa a produção de “the Man from u.n.C.l.e.”

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19 Exibidor, outubro-2013

Argentina anuncia cinebiografia do papa Francisco

Capitão Phillips (Captain Phillips), filme baseado na história real do ca-pitão Richard Phillips (Tom Hanks), que aceita ser tomado como refém por piratas somalianos em troca da liber-dade da sua tripulação, chega aos cine-mas do Brasil em 08 de novembro com distribuição da Sony Pictures.

O filme se concentra na relação entre o comandante do Alabama, o capitão Richard Phillips (Tom Hanks), e seu equivalente somali, Muse (Barkhad Abdi). Numa rota incontestável de colisão ao longo da costa da Somália, ambos se verão obrigados a pagar com vidas humanas por forças econômicas além do seu controle.

O longa é dirigido por Paul Green-grass, a partir do roteiro de Billy Ray e baseado no livro, A Captain’s Duty: Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea, de Richard Phillips com Stephan Talty. O filme é produzido por Scott Rudin, Dana Brunetti e Michael De Luca.

premiados no Festival de VenezaSacro Gra, do italiano Gianfranco Rosi, levou o prêmio principal do evento, o Leão de Ouro. O documentário aborda a rodovia que cerca Roma, contando também a histó-ria de alguns dos personagens ligados a ela.

O diretor grego Alexandros Avranas levou o Leão de Prata por Miss Violence, que também deu a Themis Panou o prêmio de melhor ator. Veja abaixo todos os vencedores:

Leão de Ouro: Sacro Gra, de Gianfran-co Rosi

Leão de Prata de melhor diretor: Ale-xandros Avranas, por Miss Violence

Prêmio Especial do Júri: Stray Dogs, de Tsai Ming-liang

Copa Volpi de melhor ator: Themis Pa-nou, por Miss Violence

Copa Volpi de melhor atriz: Elena Cotta, por Via Castellana Bandiera

Prêmio Marcello Mastroianni a um in-térprete estreante: Tye Sheridan, por Joe

Prêmio de melhor roteiro: Steve Coogan e Jeff Pope, por Philomena

Bernardo Bertolucci presidiu a 70ª edição do festival.

Alejandro Agresti (A Casa do Lago - The Lake House) vai dirigir Historia de un Cura (ainda sem título em português), cinebiografia de Jose Mario Bergoglio, o Papa Francisco.

O filme contará, por meio de flashbacks e flash-forwards, a trajetória do religioso - da sua infância como filho de imigrantes

italianos até a eleição como o 266º Papa da Igreja Católica. Rodrigo de la Serna, o Alberto Granado de Diários de Motoci-cleta, vai interpretar Bergoglio.

A produção é da Pampa e da Pentagra-ma. O filme terá locações na Argentina, Itália e Alemanha.

sony pictures lança “Capitão phillips” em novembro

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PPTks/EsPZ1

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22 Exibidor, outubro-2013

entreVista

a NEC é reconhecida mundialmente por oferecer soluções de telecomunicações e TI para operadoras, empresas e governo. Além disso, desenvolve na região projetos para arenas multiuso, broadcasting e segurança integrada. Há pouco mais de um ano e meio, a empresa entrou no segmento do cinema com o for-

necimento de projetores digitais. Desde então, tem feito uma aproximação com o mer-cado exibidor, que já resultou em contratos com as redes Moviecom e Cineflix no Brasil.

Agora, a empresa já está em negociação com outros exibidores e prevê grande cres-cimento no mercado. “Nossas metas são bastante agressivas, queremos ter uma boa posição de share. Alguns exibidores já tinham adquirido nosso equipamento no Brasil e estão renovando os votos com a NEC. Estamos estendendo essas parcerias e a intenção é trazer novos exibidores para o nosso leque de parceiros. Temos expectativas de fechar com grandes redes. Algumas já anunciadas e outras em breve serão comunicadas”,

Por: Natalí aleNcar

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ação

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ação

Jorge DaNtas // Nec

Herberto Yamamuro // Nec

neC teM Metas aGressiVas

para atinGir MerCado brasileiro

Executivos da empresa falam sobre relacionamento com os exibidores e metas de crescimento

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23 Exibidor, outubro-2013

revela Jorge Dantas diretor da área de Cinema Digital da NEC no Brasil.

Em entrevista concedida por telefone à Revista Exibidor ele e o presidente Her-berto Yamamuro contam como preten-dem atingir o mercado cinematográfico.

Revista Exibidor - Quem conhece o

mercado tecnológico, sabe que a

NEC é uma das maiores líderes na

área de telecomunicações. Como foi

sua trajetória no Brasil?

Herberto Yamamuro – Nossa história no Brasil está muito ligada à trajetória das telecomunicações. Completamos 45 anos aqui e em grande parte desse tempo foi dedicado a esse segmento. Somos uma multinacional japonesa com faturamento próximo de US$ 40 bilhões e temos dentro do nosso core três grandes atividades: Co-municações, onde somos os mais conhe-cidos no País; Computadores e Serviços, incluindo componentes microeletrônicos; e Infraestrutura. Em telecomunicações, em âmbito internacional, estamos presentes na parte de imagens com transmissores de alta potência e displays. Chegamos a ser líder nos EUA no mercado de display. Quem está no mercado de microcomputadores, se lembra da marca Multisynk, que é uma tecnologia que ficou quase dez anos líder no mercado e como consequência dessa participação, a NEC permaneceu na área de tecnologias de imagem.

Como portfólio do grupo NEC, a parte de entretenimento, imagem e TV, sempre foi um segmento importante. É nova a nossa presença no Brasil, porque na parte de cine-ma e televisão, somos fortes em transmisso-res de TV, principalmente de alta potência.

Nesse mercado de projetores, estamos co-meçando agora. Dentro da empresa temos um programa de mídia e entretenimento,

onde está esta parte de digitalização de cinema. O Brasil, tardiamente começa a trabalhar muito forte na digitalização dos cinemas. O próprio conceito e a assimi-lação do mercado em programas de alta definição, em banda larga, começou agora, bastante tarde e nós enxergamos, através de um estudo, que esse poderia ser um dos mercados importante para nós.

Não somos gigantes como outras em-presas, mas temos participação bastan-te grande como player e achamos que a sinergia com a nossa estrutura operativa no País e com essa tecnologia que vem da NEC Global, dá uma oferta ao mer-cado que se diferencia das demais. Nós estamos ganhando alguns projetos, é um planejamento que foi aprovado no ano passado e está em marcha desde o último quadrimestre de 2012.

Exibidor - E a sua trajetória na NEC?

Yamamuro - Eu sou velho de casa (risos), me juntei a NEC em meados da década de 80, então são quase 30 anos. Trabalhei em vários programas, inclusive lá fora, na matriz. Em 2008 assumi a direção da com-panhia. Em telecomunicações tenho 50% de participação, mas em toda a minha vida trabalhei com a diversificação, introdução de novas tecnologias e novos programas. Cheguei a participar da montagem, na dé-cada de 1990, de um joint-venture de mi-crocomputadores. Teve um grande projeto meu de introduzir a super computação no INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Es-pacial), isso no início da década de 90. Nos projetos de diversificação eu sempre traba-lhei como membro ou como equipe, então tenho uma longa jornada.

Exibidor - Como pretendem atender

aos exibidores brasileiros diante da

digitalização?

Yamamuro - Nós temos uma estratégia, apesar de ter começado pequeno. Nossa expectativa é que esse segmento se tor-ne um pilar importante. Nós criamos um programa de negócios e o Jorge Dantas, que é o diretor desse programa, pode fa-lar melhor.

Jorge Dantas – Desde o final do último quarto período do ano passado, nós cria-mos uma estratégia de aproximação da NEC junto aos exibidores nacionais. En-tão, tivemos várias campanhas por meio de de mídia, participação em eventos e visitas aos exibidores. Passamos a mensagem aos exibidores de que estamos trazendo esse negócio para o Brasil de uma forma extre-mamente séria e profissional. Tivemos du-rante alguns meses essa aproximação com os exibidores e a próxima fase é fechar pro-jetos. Em paralelo, começamos a estruturar toda a parte de serviços, para poder, antes mesmo de vender, ter toda a infraestrutu-ra preparada para atender a demanda e os contratos fechados. Hoje, estamos 100% preparados para fechar qualquer tipo de contrato. Nós também desenhamos vários programas e opções de financiamento para trabalhar com os exibidores.

Exibidor - E as negociações de VPF?

Dantas – Trabalhamos hoje com os dois integradores oficiais de VPF no Brasil, tanto com a Quanta DGT, como a GDC. Nossos programas se encaixam nos dois programas existentes. São modelos dife-rentes, a GDC oferece o produto deles e nós a parte da digitalização e no caso da Quanta DGT, a NEC venderia para a Quanta DGT e ela faria a venda para o exibidor final. Sempre nos colocamos à disposição para explicar ao exibidor as opções que ele tem.

Exibidor – E como funcionam as li-

nhas de financiamento?

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24 Exibidor, outubro-2013

entreVista

Dantas – Há vários tipos de projetos. Há projetos com redes grandes e tem mode-los diferentes para exibidores menores. Cada caso é um caso, então analisamos junto ao nosso financeiro a capacida-de financeira do exibidor e o interesse da NEC em financiar. Outra forma de financiamento é via BNDES junto a Quanta DGT. Nesse caso, a NEC se pro-põe a fazer o empréstimo ponte até sair o dinheiro do BNDES.

Exibidor - Quais são as metas da

NEC para o mercado brasileiro?

Dantas – Nossas metas são bastante agressivas, queremos ter uma boa posi-ção de share. Alguns exibidores já tinham adquirido nosso equipamento no Brasil e estão renovando os votos com a NEC. Estamos estendendo essas parcerias e a intenção é trazer novos exibidores para o nosso leque de parceiros. Temos ex-pectativas de fechar com grandes redes. Algumas já anunciadas e outras em bre-ve serão comunicadas. O ideal é ter uma boa representação no Brasil e ser um dos maiores players em cinema digital.

Exibidor - Em pesquisa recente reali-

zada sobre a qualidade dos projetores

digitais pela Revista Exibidor, a NEC

pontuou bem no projetor para telas

pequenas e ficou na média em rela-

ção às telas média e grande. Como

vocês receberam essa pesquisa?

Dantas – Recebemos com muito agrado, principalmente na questão do projetor para telas pequenas, porque realmente foi um projetor desenhado para países como o Brasil, em desenvolvimento, que tem telas pequenas e precisam de grande investimento e custo baixo. Continuamos

com boa receptividade dos exibidores no Brasil. O NC900 para telas pequenas é um produto que vai ter muita penetração no mercado brasileiro.

Já nos projetores para telas médias e grandes, onde ficamos na média de pontuação, tivemos uma interpretação sobre a questão da vida útil da lâmpada um pouco diferente do que foi solicita-do. Quando mencionamos sobre a vida útil, falamos de acordo com os lumens solicitados, então se um projetor para tela grande chega a 33 mil lumens, nós con-sideramos uma lâmpada com 1500 horas, porque não existe hoje no mercado ne-nhuma lâmpada que fique mais de 1500 horas projetando a 33 mil lumens. Ou seja, quando a NEC fala em 500 horas, nos referimos ao que foi perguntado, que é número de horas para uma lâmpada que dê uns 33/34 mil lumens constantes (telas grandes). Claro que se eu colocar uma lâmpada de 1200 watts num proje-tor de tela grande, nós chegamos próxi-mos a 3000 horas, mas nunca atingimos os 33 ou 34 mil lumens.

No mercado, o que temos visto é que nossos projetores em teste feitos lá fora estão com qualidade bem superior aos que existem no mercado, então temos um bom histórico em termos de tecno-logia. Isso prova que os exibidores que adquiriram NEC continuam apostando e renovando as suas compras.

Exibidor - Como está o relaciona-

mento da NEC com os exibidores?

Dantas – Fomos bem recebidos pelos exibidores desde as nossas primeiras aproximações, há mais de um ano nos principais eventos e visitas. Temos falado com o exibidor sobre a nossa infraestru-

tura no Brasil. É uma empresa que existe mundialmente desde 1889 e no Brasil há mais de 45 anos. E eles receberam isso muito bem, porque é uma empresa sólida no mercado nacional, que já tem todo in-vestimento feito na parte de infraestrutu-ra, tanto de serviços, como logística para distribuir e instalar equipamentos.

Exibidor – há lançamentos previstos

para o mercado exibidor?

Dantas – A NEC display é líder mun-dial no segmento de cinema, padrão DCI. Obviamente estamos desenvolven-do novas tecnologias. O que promete é a tecnologia a laser, já apresentamos pro-tótipos nos últimos eventos nos EUA e sem poder adiantar muito, vamos apre-sentar detalhes na ShowEast deste ano, em Miami.

Exibidor – E quais as expectativas da

empresa para os próximos anos?

Dantas - Esperamos um mercado bas-tante aquecido, independente da digita-lização que se faz necessária nos próxi-mos 12 meses. Vai ter muita atividade com todas as instalações e a migração do sistema analógico para o digital. Esta-mos preparados para trabalhar com os exibidores e os clientes nesse processo. O mercado vai aumentar bastante e é preciso ter parceiros fortes para atender essa demanda. A NEC é uma empresa muito focada em todo o segmento que trabalha. Os anos de existência da NEC comprovam que não entramos no mer-cado para ficar temporariamente, mas estamos para a vida toda. Cinema é um negócio que decidimos entrar e que co-locamos toda a nossa energia para de-senvolver e trabalhar.

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26 Exibidor, outubro-2013

MerCado

soM e FÚria

Há alguns meses fui ao cinema de um shopping assistir ao filme A Busca, longa brasileiro estrela-do por Wagner Moura. Tinha

ouvido algumas coisas boas sobre o projeto e fiz questão de vê-lo na primeira oportuni-dade, para matar minha curiosidade. E tive uma experiência muito desagradável. Mas o filme não teve nada a ver com isso.

Em poucos minutos, três jovens que se sentaram a uma cadeira de distância de mim e da minha namorada começaram a falar. Só falar não, como me explicou um deles depois que pedi silêncio: “estamos conversando”. Eu expliquei que no cine-ma não se conversa, no que ele respondeu sem titubear: “mas eu converso”.

Minutos depois, dois bebês começaram a chorar. Os pais, que a esta altura foram obri-gados a retomar o bom senso que deixaram em casa, se dividiram entre sair da sala e an-dar pelos corredores, ninando os pimpolhos. Mas ficaram até o fim da sessão.

Conversei com um dos gerentes sobre o caso, e ele me disse que, apesar da clas-sificação indicativa, ele não tem como impedir ninguém de entrar na sala com crianças pequenas. “A gente desaconselha quando o filme é adulto, mas o pai é so-berano”, informou.

A REdE sOCIAL

A projeção estava boa, a sala limpa, o som bom, o filme bom. Mas tive uma péssima experiência por causa, olha só, da plateia.

Incomodado, fiz o que a gente faz hoje em dia: reclamei na internet. Tive 50 curtidas e 21 comentários no Facebook. Duas pessoas compartilharam.

Alguns atacaram os cinemas dos shop-pings, como se o público destes cinemas fosse menos qualificado, e colocaram as salas VIP e de circuitos de arte como refú-gio. Uma amiga mais pessimista disse que nem as salas alternativas seriam uma op-ção, citando casos de pessoas comendo em sala e fazendo barulho da mesma forma.

Um colega crítico de cinema disse, irô-nico, que eu que estava errado. Que as pessoas não vão mais ao cinema para ver filme, e sim para falar, checar o celular,  chutar a cadeira. “Tem gente que se acha no direito de fazer do cinema uma exten-são da sua própria casa”, disse.

Falando em própria casa, alguns comen-taram no post que desistiram do cinema e passaram a defender a experiência do filme no conforto da residência.

mÁ EduCAÇÃO

Um colega que trabalha em cinemas (como você, público-alvo desta revista) disse que esse tipo de coisa realmente acontecia muito, e que era uma questão mais cultural do que cuidado do cinema. Perfeito, mas como o cinema pode se po-sicionar sobre esta questão cultural? Se isentar me parece o pior caminho.

Explicar que o filme é violento demais ou inadequado é um começo. Apontar

a classificação indicativa, que dá uma idade limite sugerida e trata de temas abordados na obra é outra. Isso diminui da equação os bebês e crianças pequenas (bebês são bem-vindos no Cine Mater-na, projeto específico e genial para este público), mas e o bate-papo, os celulares tocando e outros incômodos?

Acho muito importante campanhas pu-blicitárias sobre os bons modos na sala, como a “Seja Legal”, do Cinemark. Nos EUA, inclusive, a rede lançou um aplica-tivo que premia o “bom comportamen-to” do cliente se ele não usar o aparelho durante a sessão. Segundo Maricy Leal Costa, Gerente de Marketing do Cine-mark, o app “Cinemode” pode ganhar uma versão local, mas ela aponta que nos EUA o excesso de mensagens de SMS é que gerou a demanda pelo programa, e que aqui o problema mais sério é o baru-lho e o chute nas cadeiras.

É importantíssimo que exista um esforço contínuo por parte dos cinemas, e, faço aqui o clamor, do público. Se alguém ao seu lado usar o celular, falar demais, chutar a cadeira, peça que ele pare. Eu não quero desistir do cinema. Quero compartilhar uma boa gargalhada, sentir o mesmo frio na espinha, me surpreender junto com uma multidão com os desdobramentos de uma aventura. E eu tenho fé de que essa experiência pode ser cada vez melhor, se cada um fizer a sua parte.

Igor Kupstas Janczukowicz | [email protected] formado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Marketing pelo Mackenzie. Entre 1999 e 2002 trabalhou no site

de cinema e-Pipoca, posteriormente sendo contratado pelo Marketing da Europa Filmes, onde atuou no lançamento de mais de 100 títulos por seis anos. Também foi gerente de marketing digital da MOBZ.

Por: Igor KuPstas

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28 Exibidor, outubro-2013

infraEstrutura

Poltronas num3radas CHeGaraM para FiCar

Oferecer assentos marcados diminui as filas nos lounges das salas, melhora a operação dos exibidores e incentiva as vendas de ingressos pela internet; público aprova

quando surgiu a ideia de que as salas de cinemas teriam poltronas numeradas iguais as dos teatros, muitos exibidores não queriam que a medida se tor-nasse obrigatória. A proposta foi sugerida em 1993 pelo então vereador da capital de São Paulo, José Mentor (PT) e ficou pendente até 2002, quando

outra lei excluiu os cinemas da relação de estabelecimentos obrigados a manter a venda numerada de ingressos ao público. Mas não foi preciso lei para forçar os cinemas a dis-ponibilizar o serviço. Hoje, ter lugares reservados antecipadamente é uma grande aposta das redes, que visa atender melhor seus clientes, evitando filas desnecessárias.

Por: cIbele gaNDolPHo

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29 Exibidor, outubro-2013

Na hora de escolher uma empresa de poltronas numeradas, os exibidores têm muitas opções: número bordado no encosto ou placas pregadas nos assen-tos, nos braços das poltronas, no próprio carpete ou ainda em formas lumino-sas nos corredores ou nos porta-copos.

Segundo José Carlos Kreling, gerente comercial da Kastrup, no que diz res-peito à numeração, não há um modelo favorito. “Cada rede escolhe o que melhor lhe convém. Nos painéis localizados nos corredores, a identificação alfabética é feita em placas de alumínio ou acrílico com tinta fosforescente ou normal. Já a identificação apenas numérica, em sua grande maioria, é fixada na borda frontal do assento. Também costumamos fornecer a pedido do clien-te, a numeração bordada na face superior do encosto. Porém, essa não é uma recomendação porque caso ocorra uma necessidade de substituição do encosto, a assistência torna-se mais difícil porque a mesma numeração deverá ser mantida”, explica Kreling.

Francisco da Silva, presidente da Santa Clara Poltronas, ressalta que, indepen-dentemente da forma de numerar, qualquer modelo se adapta aos exibidores, tanto para poltronas normais quanto para VIP. “Certamente, surgirão outras formas de fazer esta numeração com mais eficiência, porém esta prática não deixará mais de existir. O público não vai mais abrir mão do serviço”, acredita.

De acordo com a Estofatec, normalmente, a numeração de uma poltrona está no alto do encosto, já a marcação das fileiras devem estar nas suas laterais. “A pro-cura por assentos numerados vem crescendo proporcionalmente às exigências dos consumidores com relação ao conforto e à praticidade na hora da compra dos seus bilhetes”, ressalta José Castan, diretor comercial da Estofatec.

O que dizem Os fabricantes

O crescimento foi muito rápido principal-mente nas grandes capitais. Na Kinoplex, por exemplo, as poltronas numeradas con-templam quase 100% da rede em todas as cidades onde a marca opera. “Fomos mo-tivados pela necessidade de oferecer mais conforto ao público, que agora pode se programar para a compra do ingresso an-tecipadamente, sabendo quais lugares estão disponíveis, e não precisa enfrentar fila na entrada da sala”, afirma Patricia Cotta, ge-rente de marketing da Kinoplex Cinemas.

Para ela, o principal benefício que os as-sentos marcados trazem para os exibido-res é o estímulo à venda antecipada de ingressos por meio de múltiplos canais, como internet e terminais de autoatendi-mento. “Essas opções evitam a formação de filas na bilheteria, o que antes atrapa-lhava a operação do cinema e gerava in-

satisfação dos clientes, que muitas vezes até desistiam da sessão. A medida é boa para ambos”, diz Patricia.

Na rede Cinemark, todas as salas que são inauguradas já contam com as poltronas numeradas e os complexos antigos estão sendo reformados, a fim de incorporar o lugar marcado como um diferencial. Atualmente, a rede possui 64 complexos, dos quais 52 já contam com o serviço de poltronas numeradas.

Maricy Leal, gerente de marketing do Cinemark, também afirma que a medida só traz benefícios e aumenta o público. “A opção de lugares marcados oferece ao cliente a possibilidade de garantir o assento de sua preferência sem que seja necessário chegar mais cedo na sessão.  O lugar marcado pode ser escolhido tanto

na bilheteria do complexo como online. Além de oferecer mais comodidade e praticidade, o sistema melhora muito a nossa operação”, diz.

Assim como Cinemark e Kinoplex, outras grandes redes também operam com luga-res marcados, como UCI, PlayArte, entre outras. Ao oferecer poltronas numeradas, as salas de cinema realizam campanhas que direcionam os clientes a buscarem a pro-gramação nos sites das redes e, consequen-temente, a compra antecipada de ingressos.

Preferência do cliente

A Revista Exibidor fez um teste para cro-nometrar o tempo que leva comprar um in-gresso comum e outro com lugar marcado. Enquanto o primeiro levou 10 segundos para ser adquirido, a opção com poltrona numerada durou 25 segundos. Mas, apesar

PoltroNas KastruP INstalaDas No KINoPlex VIla olímPIa ©Divulgação

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30 Exibidor, outubro-2013

infraEstrutura

da demora, o público ainda prefere o assento marcado.“Antes, eu ficava na fila da bilheteria e já tinha de ir para a fila da entrada, senão não conseguia um lugar bom. Agora não, só pego uma fila para

comprar um ingresso e volto na hora do filme come-çar, garantindo meu assento. Quando não quero pegar fila na bilheteria, compro pela inter-net”, conta a professora Jaqueline Mendonça, 31 anos, de São Paulo.

Maricy Leal, da Cinemark, destaca que, ao estimular a venda pela internet, a fila na bilheteria diminui e o tempo para escolher um assento já não é mais um problema. “O maior desafio é ini-ciar a operação com poltronas marca-das em locais onde o cliente não está habituado. O tempo de atendimento na bilheteria acaba sendo um pouco supe-rior, mas após o período de adaptação, tudo se acomoda e os clientes acabam se acostumando com o novo sistema e aprovam”, afirma.

A publicitária Mayara Camargo, 26 anos, de São Paulo, não abre mão dos assentos marcados. “Eu deixava de ir ao cinema quando chegava à bilheteria e via o tamanho da fila. Se quisesse mes-mo ver um filme, tinha de chegar meia hora antes. Com as vagas numeradas, tenho ido muito mais ao cinema agora.”

Já o advogado Matheus Lopes, 35 anos, de Recife, também é a favor das pol-tronas numeradas. “Era muito ruim chegar em cima da hora e ter de sentar

longe da minha namorada caso quiséssemos mesmo ver um

filme. Isso acontecia com lançamentos que

acabavam de che-gar ao cinema e

as filas eram enormes.

Senão qui-séssemos

sentar longe, o jeito era

voltar outro dia.

Agora que as redes

começaram a trazer esse serviço para Recife, não

vamos mais ao cinema sem lugar

marcado. Só compro pela internet”, ressalta.

Os exibidores não apontam desvan-tagens em ter um formato numerado de lugares, mesmo que algumas poltronas não sejam preenchidas, principalmente as da frente. Patricia Cotta, da Kinoplex, explica o por que: “Vemos apenas vanta-gens para nós e para os clientes. Na ver-dade, quando projetamos a sala, já nos preocupamos em não ter lugares onde a visibilidade seja comprometida. Em qualquer assento, garantimos a visão to-tal da tela. E comprando antes o assento marcado, o cliente pode escolher o lugar que mais lhe agrada, o que varia muito de um cliente para o outro.”

NÚMERO BORDADO NO ENCOSTO OU PLACAS

NO PORTA-COPOS

NÚMERO BORDADO NOASSENTO OU PLACAS

PLACAS NOS BRAÇOS DASPOLTRONAS OU NAS LATERAIS

SINALIZAÇÃO LUMINOSA NOCARPETE OU NO CORREDOR

Onde cOlOcar a numeraçãO?

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PPsTA CLARA

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Page 32: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

caPa

Por: Natalí Alencar

Page 33: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

m janeiro de 2012, a 4ª Edição da Revista Exibidor publicou um Guia com 50 dicas para Bombonières (Leia a matéria no link: tonk.es/50dicasbomboniere). Passado pouco mais de um ano, um questionamento ainda permanece: Afinal, qual o proble-ma das bombonières? E porque os clientes reclamam tanto? Como resolver esta situação que, aos olhos do consumidor, não tem mais solução?

E tem reclamação “para dar e vender”, filas, preços abusivos, de-mora no atendimento, falta de qualidade no atendimento, falta de produtos, má qualidade nos produtos servidos, formas de pa-gamento não aceitas e uma infinidade de ocorrências. (Veja na página 39 um quadro com as principais reclamações).

Para entender o problema e encontrar soluções, a Revista Exi-bidor ouviu clientes e exibidores. Alguns destes preferiram não participar da matéria, certos de que não têm muitas reclamações, no entanto, outros, cientes do problema, admitiram as falhas e ex-plicaram suas estratégias para reverter os índices de reclamações.

As filas são as campeãs. “Com relação à bombonière, a maior re-clamação é fila. E em seguida, demora no tempo de atendimento e qualidade de determinado produto: refrigerante sem gás, pro-duto sem qualidade de sabor, como o pão de queijo e o cachorro quente”, conta Paulo Rego, diretor de operações da Cinemark.

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36 Exibidor, outubro-2013

“A maior parte das reclamações é por causa das filas”, expõe Miriam Lima, da Arcoplex/Arco-Íris”.

Já na Cinesystem, o foco das reclamações está no atendimento. “Recebemos poucas reclamações sobre a bombonière, nenhu-ma sobre a qualidade dos produtos. As que geralmente recebemos são com rela-ção ao atendimento e preço”, conta a co-ordenadora de produtos, Mariana Costa.

Todo esse cenário nebuloso das bombo-nières parece ser algo vivido pelo país in-teiro, especialmente no segmento do va-rejo, conforme ressalta Paulo Rego: “Isso está relacionado ao segmento de varejo no geral. A qualidade da mão de obra piorou, tanto do varejo tradicional, como redes de fast food ou entretenimento”.

Concorda com ele Miriam Lima: “Atu-almente o mercado em geral (comercio/ indústria/ serviços) passa por um proble-ma de mão de obra escassa, e o que tem, você não consegue reter. Portanto, a rota-tividade é muito grande, o que dificulta o treinamento, pois agilidade e destreza no atendimento são essenciais e você só consegue isso com muito treino”.

Ela completa dizendo que o atendimento caiu, devido a oferta grande de vagas de trabalho em geral, o que acaba competin-do com a atividade cinema, e isso gerou uma rotatividade maior ainda e também uma falta de mão de obra.

Luciano Martins, gerente de operações e bombonière da Kinoplex, pondera: “O país está com crescimento de consumo muito acelerado e permite acesso de ou-tras classes econômicas a lazer e entrete-nimento, gerando uma grande oferta de empregos. E, sabemos que os horários de trabalhos nos cinemas (sessões de final de semana, feriados, meia-noite) exigem um grande comprometimento e disponibili-dade, o que é um outro fator que dificul-ta a retenção dos bons profissionais. Ou seja, fidelizar, reter a equipe que já está capacitada e em consonância com os va-lores da empresa não é fácil”.

Atendentes

Do ponto de vista dos atendentes, a rota-tividade dos funcionários é explicada pelo salário baixo e falta de um plano de carreira, é o que disse um funcionário de um cinema na capital paulista. “Somos mal remunera-dos e muito pressionados. Se encontramos uma oferta de emprego com salário melhor e com melhores condições, mudamos”, dis-se ao reclamar das condições de trabalho e da falta de oportunidades em crescer e al-cançar outros cargos melhor remunerados dentro da própria empresa.

Hoje, um atendente de cinema deve ter não só um perfil de atendimento, mas também de vendas e relacionamento. Ta-refa difícil para os departamentos de RH.

De acordo com a Cinemark, uma das ta-refas na melhora do atendimento é apos-

caPa

o ideal

cINemarK VIla Vale, em taubaté

*Cliente sai de casa com ingresso e

cupom para retirar os produtos no snack

bar ou tem a opção de comprar e se servir

sozinho no cinema;

*Poucos atendentes in loco, estes

mais treinados, preparados e melhor

remunerados para atender o cliente.

©Divulgação

Page 35: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

37 Exibidor, outubro-2013

tar na área de RH. “Estamos tentando melhorar e deixar o processo mais regio-nalizado, com a participação da nossa área de Recursos Humanos para que o gestor da loja selecione junto com o nosso RH os candidatos para trabalhar nessa área. As-sim, espera-se que o candidato escolhido realmente tenha esse perfil de atendimen-to e seja mais fácil treinar e capacitar na parte técnica e operacional”, conta Paulo.

Como gerenciar uma reclamação

Mais do que ser ouvido, o cliente quer um retorno e até mesmo uma solução para o problema relatado. Gerenciar as reclamações é algo que deve ser feito com cuidado e responsabilidade.

“O cliente normalmente reclama pelo fale conosco do nosso site ou em alguns casos vai até o SAC do próprio shopping. Essas reclamações são encaminhadas para a gerência do cinema onde ocorreu o problema, aos cuidados do gerente geral de operações. Ele recebe essa reclamação

e entra em contato com o cliente, escuta e transmite essa informação ao escritó-rio que vai reciclar e melhorar a opera-ção”, conta Paulo Rego, da Cinemark. Ele explica ainda que há um profissional dedicado para fazer o acompanhamento dessa reclamação e follow up.

Em redes pequenas, há casos onde os próprios diretores respondem às recla-mações. Com isso, o consumidor se sente mais valorizado e a diretoria pode acom-panhar de perto o relacionamento com os clientes, é o caso da GNC Cinemas. “O cliente manda sua pergunta, sugestão ou reclamação, e estas são passadas aos diretores, e respondidas ao cliente dentro de 48hs”, revela a coordenadora de mar--keting, Marjorie Galli.

Outras soluções

Como visto, mesmo diante de tantas di-ficuldades, o problema das bombonières tem solução. Além das ações já citadas, há outras mais específicas.

Pesquisa nas caPitais A Revista Exibidor realizou uma pesquisa em algumas salas Brasil afora. Feita alea-

toriamente em qualquer cinema de algumas capitais, o cliente “oculto” foi orientado a

responder uma pesquisa após passar pela bombonière, tendo pedido no mínimo uma

pipoca e um refrigerante. Veja abaixo a diversidade de situações encontradas, inde-

pendente da região. Mesmo assim, uma visita a um cinema aleatório não tem poder de

generalizar uma cidade inteira. Mas, prova que o problema é nacional.

Em apenas uma, das cinco salas vi-

sitadas foi ofertado outro produto no

momento da compra, o que demonstra

não ser uma prática dos atendentes.

O tempo de atendimento variou entre

cinco e dez minutos, já o tempo de es-

pera na fila chegou a 25 minutos, exceto

em duas salas onde o cliente deu sorte e

foi o único a ser atendido no momento.

Destaque para a limpeza e qualidade do

atendimento, ambos elogiados, apesar

de alguns deslizes, como erros no pedi-

do e excesso de pipoca no balcão.

veja a pesquisa completa na página 40.

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38 Exibidor, outubro-2013

desenvolver produtos que sejam de fácil preparo ou que tenha tempo de preparo reduzido ou que seja operacionalmente mais fácil de ser montado e entregue ao cliente em menos tempo”.

A Cinesystem aposta em treinamento constante dos funcionários e apresenta aos clientes o diferencial do autosserviço. “Para amenizar o problema, nossos funcionários rodam nas funções várias vezes na semana para que todos saibam todas as áreas, assim quando acontece de faltar um, temos outro que conheça a área e poderá atender nossos clientes com a mesma qualidade”, explica Mariana Costa, da Cinesystem.

Ela continua: “Já sobre as filas,  temos um diferencial perante a concorrência que é o modelo autosserviço de bomboniè-re. Com o objetivo de diminuir as filas e atender mais rapidamente nossos clientes, trabalhamos com o sistema de autosservi-ço onde temos ao longo do balcão vários pontos com estufas e máquinas de refri-

gerante para que os clientes possam esco-lher e pegar os produtos desejados. Dessa forma ele não precisa ficar na fila e não depende de um atendente para se servir”.

Crescimento

Que a bombonière é a “menina dos olhos” dos cinemas, isso ninguém tem dúvidas. “As bombonières são  fundamentais para complementar a atividade de exibição. Além de serem lucrativas, nos permitem oferecer um pacote completo na hora da diversão”, salienta Mariana Costa, coordenadora de produtos da Cinesystem.

Em média, perde-se 15% em faturamen-to com a desistência dos clientes quando há filas na bombonière, conforme conta a Kinoplex. “Trabalhamos para mudar esse cenário, aumentando a qualidade do atendimento. Para nós, é fundamental que os clientes sejam atendidos de forma rápida, simples e cordial. Queremos que eles saiam de nossos cinemas satisfeitos”, informa Luciano Martins, gerente de operações e bombonière da Kinoplex.

Segundo a Cinemark, apenas 40% do público que frequenta cinema passa na bombonière e ainda há muito espaço para crescer. “Com certeza, essa incidên-cia se comparada com EUA, México ou outros países com uma indústria mais desenvolvida em snack ainda é baixa. Tem potencial para chegar em 60%, então tem um caminho a percorrer para criar esse hábito de consumo. Se a gente mudar o hábito de consumo e ao mesmo tempo melhorar a operação e o serviço, temos condição de chegar a esse patamar de 60% de incidência na bombonière”, con-clui Paulo Rego, da Cinemark.

caPa

cINesYstem HortolâNDIa

A Cinemark aposta em duas frentes, na compra antecipada de ingresso com ali-mentos e bebidas pela internet ou no posto de autoatendimento; e na venda dos produtos na bilheteria. “Permitindo que o cliente compre na internet ou no ATM o seu combo, já elimina o tempo que ele gastaria no snack bar. A outra iniciativa é a venda do snack bar na bilheteria, o cliente já tem a possibilidade de junto com o in-gresso, comprar o combo. Noss finais de semana e feriado, temos um caixa exclu-sivo onde ele só precisa entrar na fila para retirar o que comprou na bilheteria”, relata Paulo Rego, da Cinemark.

Não só o atendimento precisa de melho-ras, mas os processos que o antecedem, como o preparo dos alimentos, é o que su-gere Paulo: “Outro caminho que estamos explorando para ter satisfação do cliente é com relação à definição do mix de venda, dos produtos, da forma de preparo e apre-sentação. Junto com o departamento de alimentos e bebidas da empresa, buscamos

©Divulgação

Page 37: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

39 Exibidor, outubro-2013

Ausência de gerente para atender as

reclamações dos clientes;

Brindes que acabam e não há aviso de

poucas unidades;

Caixas abertos sem funcionários para

atender;

Despreparo dos atendentes em conduzir

situações problemáticas;

Espera abusiva nas filas;

Falta de treinamento dos atendentes (não

sabem informar corretamente preço e

combos);

Guichês preferenciais sem sinalização;

Higiene precária do local, sujeira no hall e

no balcão;

Informação incorreta ou falta de atenção

ao atender a solicitação do cliente;

Já acabou a pipoca (falta de produtos em

horários com grande circulação de clientes);

Levantou no meio do filme para buscar

bebida, porque a pipoca estava muito

salgada;

Mesmo atendente recebe o dinheiro e

serve a pipoca;

Não aceitou cartões de crédito ou

reclamou em dar troco quando cliente

comprou em dinheiro;

Ouviu a reclamação, mas não passou

adiante e cliente ficou sem retorno;

Preços abusivos. Produtos tabelados que

tem preços muito acima do cobrado pelo

mercado;

Queria um produto diferenciado e não

encontrou;

Refrigerante aguado, com muito gelo;

alerta vermelhO: reclamações de a a z

A Revista Exibidor fez um levantamento dos problemas relatados pelos

clientes em sites de reclamações. Veja os principais casos e avalie se o

seu cinema não comete os mesmos erros. Aproveite para discutir com os

funcionários e redefinir sua estratégia de atendimento.

Sem atendimento. Bombonière fechada;

Teve que desistir da compra, pois filme já

ia começar;

Uma promoção anunciada, porém não

disponível;

Várias filas, divididas entre compra e

retirada, porém sem sinalização;

Xô mal humor. Atendimento ruim e falta de

cortesia com o cliente;

Zum zum zum dos funcionários, risadas

e conversas paralelas atrapalhando o

atendimento;

Page 38: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

40 Exibidor, outubro-2013

caPa

Perguntas

Curitiba Fortaleza Porto Alegre Rio de Janeiro São Paulo

Atendimento

Qualidade do atendimento Ótimo Bom Regular Bom Bom

Tempo de espera na fila Nenhum 15 min 25 min 2 min Nenhum

Comentários Único cliente no momento da compra

Deveria ter mais filas devido ao grande fluxo de pessoas

Havia várias filas, porém alguns caixas fechados

Atendente trouxe pipoca doce ao invés de salgada

Atendimento muito rápido - “fast food”

Ofereceu outros produtos? Sim Não Não Não Não

Tempo de atendimento 5 min 10 min 6 min 8 min 2 min

Comentários Atendente prestativa e atenciosa x

Atendente achou ruim quando o produto foi pago com uma nota de R$ 50,00.

Como a demanda era pouca, atendentes ficavam conversando e rindo alto

x

Produtos

Produtos do cardápio estavam disponíveis?

Não havia menus no balcão Sim Sim

Telões com informações dos produtos estavam desligados

x

Pipoca estava quente? Sim Sim Sim Sim Sim

Refrigerante fresco e com sabor? Sim Sim Sim Sim Sim

Comentários Refrigerante com excesso de gelo x x x Opção de sal em

sache

Limpeza Balcão de atendimento estava limpo? Sim Sim Não, algumas pipocas

caídas sobre o balcão Sim Sim

A bombonière estava limpa? Sim SimSim, mas com pipocas caídas no balcão e no chão

Sim Sim

Pagamento

Há opções para o cliente? Sim Sim Sim Sim Sim

ObservaçõesValor excessivo para uma pipoca média e refrigerante grande

Muito tempo de espera na fila.

Muito tempo de espera na fila. x x

Pesquisa nas caPitais

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Page 39: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

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42 Exibidor, outubro-2013

internaCional

o Festival Internacional de Cinema de Veneza completou 70 anos em sua edição realizada de 28 de agosto a 7 de setembro. Pelo segundo ano consecutivo, o Festival cinematográfico mais antigo do mundo realizou o Venice Film Market (VFM), evento que reúne produtores, distribuidores e exibidores. Realizado de

29 de agosto a 3 de setembro, no Hotel Excelsior, localizado no Lido de Veneza, o VFM tem como objetivo, além de oportunidades de networking, vender e exibir os filmes (já finalizados ou em produção) para mercados dentro e fora da Europa.

A venda de filmes em Festivais de Cinema não é uma novidade. O Festival de Toronto, que acontece quase simultaneamente a Veneza, tem na comercialização das produções para exibidores e distribuidoras a sua principal atração. Veneza chegou um pouco atrasada a essa ‘feira de negócios’ cinematográfica, mas tem se saído bem.

uM Canal para o Mundo

Por: JaNaINa PereIra, De VeNeza

Festival de Cinema de Veneza abre espaço para compra e venda de filmes com a segunda edição do evento paralelo Venice Film Market

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43 Exibidor, outubro-2013

A Revista Exibidor esteve presente a esta segunda edição do Venice Film Market, e apurou as novidades do mercado de exibi-ção e distribuição internacional. “Este ano tivemos 1.600 participantes de mais de 60 países”, disse Pascal Diot, diretor do evento.

A primeira edição do  VFM, em 2012, teve um total de 1.200 participantes, entre exibidores, distribuidores, agentes de vendas mundiais e produtores. O au-mento dos participantes é o resultado de várias iniciativas realizadas por parte da organização do evento, como revela Diot.

“Dobramos o número de estandes este ano, e os países puderam trazer seus filmes para serem apresentados ao mercado internacio-nal. Assim, os exibidores estrangeiros tive-ram contato direto com distribuidoras lo-cais, podendo fazer negócio diretamente”.

Para Diot, o contato direto de exibidores com as distribuidoras e produtoras muda as negociações na hora de vender um filme. “Minha estratégia é que o Venice Film Market torne-se um local de negó-cios. A abordagem é que os representan-tes da indústria podem não só vender e comprar filmes, mas também ter tempo

para discutir novos projetos.  Nosso ob-jetivo não é se tornar um mercado como o do Festival de Cannes, com centenas de estandes. Este mercado está realmen-te focado em networking e reuniões, além de painéis e debates que ajudam o exibi-dor a visualizar as mudanças nas salas de cinema de todo o mundo”.

Ele esclarece que a visão dos profissionais de cinema é de que Veneza seria uma ci-dade cara demais para eles viajarem em busca de negócios, e essa mentalidade precisa mudar. “Os representantes da indústria precisam saber que Veneza é o lugar em que eles são capazes de ter lon-gas conversas com pessoas com as quais eles normalmente só falam ao telefone ou estão em contato pelo e-mail.  Isso é algo que estamos trabalhando. Também é importante dizer que queremos que os exibidores do mundo inteiro partici-pem do Venice Film Market para poder conhecer o que se passa nos cinemas de outros países. O VFM é um evento para a indústria de cinema, e isso inclui os exi-bidores”, disse Diot, acrescentando que dos participantes deste ano pelo menos 250 eram exibidores internacionais.

Desses números, a maior parte são exibido-res de pequenas redes de cinema, ou mesmo independentes. Michelle Loranto, dono de cinemas independentes por várias cidades italianas, elogiou a iniciativa do Festival de Veneza em pensar além dos filmes que par-ticipam da seleção oficial do evento.

“O que passa pelo tapete vermelho nem sempre chega a alguns lugares do mundo. Por isso estar aqui significa ver o que acon-tece no Festival, saber as novidades do mer-cado, e também manter contato com outros exibidores e distribuidoras que nem sempre temos acesso”, comentou Loranto.

Como no ano passado, duas consultoras ajudam os participantes a se comunicar durante o VFM: Sarah Calderon, res-ponsável pelas vendas internacionais e marketing, e Alexandra Lebret, encar-regada da produção e coprodução inter-nacional. “Nossa função é dar conselhos e organizar encontros entre participantes que não se conhecem, para permitir que essas pessoas possam trocar informações e, quem sabe, já fecharem negócio aqui mesmo”, revela Sarah.

O brasil no VFm

O “Programa Cinema do Brasil”, que pro-move internacionalmente filmes brasilei-ros com o objetivo de ampliar a partici-pação do audiovisual nacional no exterior, também participou do Festival Interna-cional de Cinema de Veneza, com um es-tande dentro do Venice Film Market.

Com um destaque especial na edição deste ano – a coprodução Brasil/França Amazônia foi o filme de encerramento do Festival – o cinema brasileiro tam-

Paolo baratta (PresIDeNte Do FestIVal De VeNeza) e Pascal DIot (DIretor Do eVeNto)

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gaçã

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©Divulgação

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44 Exibidor, outubro-2013

internaCional

bém teve cinco filmes exibidos na Digital Video Library: Astro (Elo Company), Cores (Kinoosfera Filmes), A Memória Que Me Contam (Taiga Filmes), So-mos Tão Jovens (Elo Company) e Super Nada (Confeitaria de Cinema). Além dis-so, no estande nacional foram realizados encontros dos nossos profissionais do se-tor com participantes internacionais.

“O Venice Film Market, em sua segunda edição e em plena fase de ampliação, tor-nou-se uma ótima oportunidade para apre-sentação de filmes e realização de negócios ao reunir produtores, distribuidores, agen-tes de vendas e representantes de fundos de fomento e festivais”, afirma André Sturm, presidente do “Cinema do Brasil”.

Ele também comemora a exibição da co-produção brasileira Amazônia no encer-ramento do Festival, reconhecidamente uma das principais vitrines do cinema internacional. Parceria entre a produtora brasileira Gullane e a produtora france-sa Biloba, o filme é dirigido pelo francês Thierry Ragobert e tem, entre os rotei-ristas, o brasileiro Luiz Bolognesi (Uma História de Amor e Fúria). 

A edição de 2013 do Festival de Veneza foi a primeira em que o “Cinema do Brasil” manteve um estande no Venice Film Mar--ket para divulgação de filmes brasileiros e ponto de encontro entre os profissionais do

cinema nacional e possíveis parceiros in-ternacionais. O estande ficou instalado no primeiro andar do Hotel Excelsior e sediou um dos coquetéis do mercado.

O objetivo do “Cinema do Brasil” é fortale-cer e ampliar a participação do audiovisual brasileiro no mercado internacional, ofere-cendo às empresas associadas apoio logís-tico e estratégico para que possam realizar coproduções e abrir mercados para a distri-buição da sua produção, valorizando assim a imagem da indústria cinematográfica na-cional no exterior. O Programa tem como principal parceira a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que participa da elabora-ção das estratégias e sua operacionalização, além de oferecer suporte financeiro aos projetos. O “Cinema do Brasil” conta tam-bém com o apoio da ANCINE (Agência Nacional do Cinema) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

O exibidor e os festivais internacionais

Para Jean Thomas Bernardini, diretor da Imovision - distribuidora do filme Amazônia, e que também participou do Festival de Veneza com May in the Sum-mer, de Cherien Dabis - em geral a par-ticipação das distribuidoras em festivais internacionais ajuda na negociação com os exibidores para lançamento dos filmes.

“Facilita por causa da repercussão que isso traz, em jornais, TV, internet. E, como em geral, têm jornalistas brasileiros cobrindo os Festivais, sempre saem no-tícias, entrevistas, e o filme torna-se “co-nhecido” antes de chegar ao Brasil”.

Para Bernardini, a relação entre distri-buidora e exibidores quando está sendo comercializado um filme que passou em festival (ganhando prêmio ou não), em geral muda pouco ou até nada. “No caso de participar de um Festival de primei-ra linha como Cannes, Berlim e Veneza ajuda sim, mas muda mesmo se o filme ganhar o prêmio principal”.

Já para Wilson Feitosa, diretor da Europa Filmes - distribuidora do longa Joe, de David Gordon Green, um dos concorren-tes da Mostra Competitiva do Festival de Veneza - filmes que participam de festivais internacionais importantes como Veneza, Cannes e Berlim podem despertar um maior interesse por parte do exibidor. Po-rém, ele acredita que tudo vai depender da importância do festival e da categoria em que o filme foi selecionado.

“Se um filme é selecionado para concor-rer em Cannes obviamente ele terá um maior interesse do exibidor, mas caso seja um festival sem muita importância não vai fazer muita diferença”, conclui.

DIretor tHIerrY ragobert e o roteIrIsta luIz bologNesI, ambos Da co-ProDução “amazôNIa”

©Divulgação©Divulgação

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PPdOREmI

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46 Exibidor, outubro-2013

Construindo o Futuro: tendências de arquitetura e design Para cinemas

arquitetura

Por: Natalí aleNcar

Formas geométricas, cores vibrantes e apostas em materiais diferenciados guiam os próximos passos na construção dos cinemas

cINeco cItY ceNtre (maNama baHreIN)

© Divu

lgaç

ão / M

esbur +

Smith

Page 45: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

47 Exibidor, outubro-2013

sabe aquela história de que a pri-meira impressão é a que fica? Pois é, será que o exibidor pensa

nisso ao construir seu cinema?

O cinema é um espaço que proporciona, por si só, mais liberdade e criatividade em novas apostas e propostas de arquitetura e design. Trabalhar com cores fortes, novos formatos e conceitos diferenciados, pode ser o começo para dar ao cinema uma imagem marcante e personalizada.

E por mais que eles evoluam, - as poltro-nas aumentaram de tamanho e o espaço entre elas também - sempre há maneiras de inovar na arquitetura. Afinal, talvez você pense que as possibilidades se esgo-taram com as salas VIP e tecnologia 3D, mas, segundo especialistas internacio-nais, ainda há muito para explorar.

De acordo com o painel apresentado na última CinemaCon sobre as tendências nessa área, em abril deste ano (Designing the Future of Exhibition – Desenhando o Futuro da Exibição, em tradução livre), o que vai guiar a arquitetura e o design dos cinemas são quatro pilares: Tecnologia (som 3D, projeção a laser); Demanda dos consumidores; Aumentar o contato social; e Atender às expectativas dos clientes. Foi

noVas Cores, ForMatos e Materiais

o que afirmou o moderador do seminário Mike Cummings, da TK Architects.

Interatividade e customização parecem também ser palavras de ordem. Acres-centa Harold Smith, da Mesbur + Smith Architects, que novas cores, materiais e formas, pensando nos hábitos locais e nas necessidades de cada região podem ser boas apostas. A Mesbur + Smith Archi-tects já desenhou projetos para 35 países.

“Criamos uma arquitetura dinâmica e interessante utilizando cuidadosamente cores, materiais e formas”, informa Smi-th, ao citar a importância de destacar os diferenciais do complexo, por exemplo, uma sala IMAX deve receber tratamento diferenciado e deve “saltar” aos olhos do cliente. Não só a IMAX, mas qualquer sala que represente diferencial tecnológi-co ou de infraestrutura.

Theodore T.Y. Kim, da CGV (Cinema Innovation Advisor), provoca um impor-tante questionamento: “Por que deixar o conforto e a tecnologia de casa para ir ao cinema?”. Segundo ele, o cinema perde público e pode até fechar salas se não se adaptar às novas tecnologias e se reinven-tar. “Acreditamos que a experiência de ir ao cinema pode mudar”, disse.

© Fotos Divulgação / Mesbur + Smith

Da esquerDa Para a DIreIta: cINeco cItY ceNtre (maNama – baHreIN), mega star VINcom ceNtre (HaNóI – VIetNã), cINemex Wtc (cIDaDe Do méxIco – méxIco) e metro ParK (baKu – azerbaIJão)

Page 46: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

arquitetura

Para ele, é preciso pensar além do cine-ma, buscar as múltiplas possibilidades que este negócio permite, criar o hábi-to no cliente de consumir os produtos e porque não, até jantar no cinema. “O Entretenimento deixou de ser passivo e passou a ser ativo”, enfatiza.

Na CinemaCon, Kim apresentou o concei-to do Cultureplex, no qual em um único lo-cal é possível ter diversão e entretenimento associados ao cinema. O projeto, adaptado a um prédio de 13 andares em Seul (Co-reia do Sul), tem em cada andar uma op-ção diferenciada (Espaço Café, Danceteria, Espaço de compras, Cinema com experi-ência imersiva, Bilheteria, Salas VIP, Sala com poltronas para casais e a 4D - com sensações de chuva, odor, tremor na cadei-ra). “Cada andar representa um estilo e um comportamento diferenciado”, esclarece.

E o que dizer de jantar dentro do cinema ou assistir filmes num ambiente que mais parece um bar do que um cinema? E que tal ter mais intimidade e privacidade? (Veja ao lado outros conceitos).

Projetos no brasil

Se você acha que só há espaço para cores e mais cores, está enganado. O conceito “clean” e minimalista também é uma óti-ma dica. O Cinépolis JK Iguatemi (São Paulo – SP) é assim, clássico, porém de muito bom gosto. Ele chamou a atenção na apresentação de Alejandro Ramírez no painel da CinemaCon.

“Quando a rede Cinemark chegou ao Brasil, os projetos desenvolvidos para nos-

Tudo novo de novoJack Muffoletto, da TK Architects comenta possibilidades para pensar o design e arqui-tetura do cinema. Acompanhe as imagens numeradas dos projetos.

1. AR LivReMuffoletto também destaca a possibilidade do cinema ao ar livre, principalmente num país tropical como Brasil. “O cinema ao ar livre não só oferece uma outra experiência, mas serve de propaganda para aqueles que vão passar na rua e ver. Os clientes vão querer fazer parte disso e vão pagar um valor alto para dizer que assistiram um filme embaixo das estrelas”, brinca.

2. Quem mAndA é O CLienteO cliente compra o que quer, faz seu pedido e retira, tudo automatizado e no mesmo espaço integrado. No Brasil, iniciativa similar é feita pela Cinesystem com o nome de autosserviço.

3. JAntAR nO CinemASegundo a TK Architetcs, isso é possível. Basta propor espaços com disposição de cadeiras e mesas misturadas às poltronas do cinema, ou ainda mesas para apoiar os alimentos. “O futuro da Exibição vai além dos auditórios tradicionais. Os exibidores podem expandir suas receitas com um reforço nos produtos e bebidas. Há muitas maneiras de desenhar o auditório e atender as necessidades dos clientes”, argumenta Jack Muffoletto, da TK Architects.

4. POLtROnAS AindA mAiS COnFORtáveiS e PRivAtivAS (A dOiS)A opção de assistir um filme ao lado de alguém especial já é possível com as braçadeiras móveis, mas os arquitetos já propõem novas alternativas, como por exemplo, um espaço VIP dentro do cinema para o cliente e seu acompanhante com mais privacidade, intimidade e conforto para o casal. O cliente certamente pagará mais por isso.

5. eStOu meSmO num CinemA?Espaços diversos no mesmo local. A tradicional disposição de poltronas no formato “stadium” cede lugar para disposições mais flexíveis com mesas, cadeiras, balcões, no estilo de um bar ou restaurante. Exibições de shows, jogos e óperas podem ser ótimas ocasiões para aproveitar espaços assim, ideais também para aniversários e “happy hours”.

so país seguiam os padrões de acabamentos definidos pela matriz, bastante coloridos. Com o passar do tempo, pas-samos a adotar menos cores nos acabamentos, uma ten-dência brasileira. Nos projetos de revestimentos e mobiliário buscam-se formas orgânicas”, conta a arquiteta Thais Milani, da FMC Arquitetura, respon-sável pelos últimos projetos da Cinemark, incluindo a mais recente no Shopping Metrô Tucuruvi.

Ela explica os projetos com luminotecnia e a tendência

2

1

48 Exibidor, outubro-2013

Page 47: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

49 Exibidor, outubro-2013

CuriosidadeO arquiteto Karim Hassayoune venceu um concurso internacional proposto para criar espaços temporários que seriam o símbolo da Copa. Seu projeto contempla a ideia de um cinema ao ar livre nos arcos da Lapa (Rio de Janeiro – RJ). Leia em: tonk.es/arquitetura.

de diminuição dos complexos. “Uma es-pecial atenção tem sido dada aos proje-tos de luminotecnia no qual atualmente temos especificado somente luminárias com lâmpadas LED”, explica. “Os no-vos complexos, tendem a ter menos salas (até seis) e cada sala atenderá, em geral, a um público menor (por volta de 150 a 200 pessoas)”, completa.

A Metro Arquitetos é responsável pela remodelação de nove cinemas do Es-

paço Itaú de Cinemas. O projeto se pautou pela criação de um sistema de intervenção que conferiu unidade entre os cinemas, transmitindo a experiência da marca Itaú e o universo da sétima--arte de forma contemporânea. “Um dos principais pontos comuns às nove unidades são os painéis em chapa per-furada que recriam cenas inesquecíveis do cinema, uma referência à ideia de pixel, uma vez que os projetores atuais são digitais e não mais película”, afir-

ma Gustavo Cedroni, um dos sócios do Metro Arquitetos.

Outro ponto importante e comum a to-das as salas é um espaço de convivência nos foyers, uma grande mesa comunitá-ria onde as pessoas poderão se encon-trar, acessar internet, ler e tomar café an-tes das sessões. “Outra prerrogativa era tratar o cinema como espaço público, garantindo fluxos claros e desimpedi-dos. Também organizamos a exposição de material promocional para reduzir a poluição visual”, diz Cedroni.

Cinema é diversão

“Cinema é Entretenimento, então dei-xe a diversão começar”, assim Eranna Yekbote, da ERA Architec, justificou porque é preciso inovar e apostar em novas escolhas e possibilidades. Para ele, se há diversas opções de cores, porque escolher apenas uma. Ainda há muito para explorar. E o exibidor? Já pensou nisso?

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49 Exibidor, outubro-2013

© Imagens Divulgação / TK Architects

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52 Exibidor, outubro-2013

2013

prêMio ed

Chegar ao final de uma trilogia é bastante animador, ainda mais quando as edições anteriores atingiram tantas expectativas e agradaram os candidatos de uma maneira única. O grande diferencial em 2013 é

chegar ao sexto episódio com a mesma credibilidade e a garantia de um evento ainda maior. Assim será na abertura da 6ª edição do Prêmio ED, realizada no dia 12 de dezembro em local ainda a ser definido até o final de outubro, em São Paulo (SP).

Esta é apenas a primeira mudança do evento deste ano, que pretende reconhecer e premiar as empresas do setor. Na ca-tegoria Exibição, foi criada uma nova separação referente aos complexos inaugurados. Agora, os prêmios se dividem entre: “Destaque Complexo Inaugurado na Capital e região Me-tropolitana” e “Destaque Complexo Inaugurado no Interior”. Além disso, surge uma nova premiação na categoria Distri-buição: “Destaque Surpresa do Ano”. Outra novidade é que o almoço de confraternização dará início ao encontro de 2013,

prêMio ed 2013 será realizado

eM noVo ForMatoPor: leoNarDo FormagIN

6ª edição do evento terá mudanças de local e programação

criando assim, uma expectativa para a cerimônia de premiação, que será realizada logo em seguida.

A cada ano, o prêmio se consolida entre o mercado exibidor e dis-tribuidor cinematográfico no Brasil, carregando para si o mesmo clima de festa e confraternização. A votação eletrônica pelo site (www.premioed.com.br), que traz grandes nomes que se empenha-ram durante o ano, será entre 01 de novembro e 06 de dezembro.

Como sempre, o clímax já será percebido durante toda a vota-ção, inclusive no empenho de cada concorrente em querer le-var o prêmio para casa. A votação é extremamente sigilosa e a única detentora dos resultados até o momento da premiação é a Tonks, responsável pela Revista Exibidor, que assegura uma votação criptografada e guarda os envelopes em um cofre. 

Mais um ciclo se fecha para o mercado em 2013 e, com isso, abre-se espaço para uma nova trilogia, novos personagens e o mesmo objetivo: premiar os melhores.

Page 51: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

53 Exibidor, outubro-2013

2008A saga do Prêmio ED começou em 2008

contemplando o Unibanco Arteplex em

dois prêmios na categoria Exibição. A

Sony/Disney e a Fox Film levaram dois prê-

mios cada na categoria Distribuição. A atriz

Luana Piovani recebeu o troféu “Aposta do

Cinema Nacional”, hoje chamado de “Pro-

fissional do Cinema Nacional”.

2009No ano seguinte, foram incluídos os novos

“Destaque Campanha de Lançamento” e

“Destaque Complexo de Cinema Inaugu-

rado”. Unibanco Arteplex venceu duas ve-

zes e o Cinemark levou um prêmio na ca-

tegoria Exibição. Na categoria Distribuição,

Sony/Disney repetiu o feito do ano passa-

do, com a Fox Film ganhando um troféu e a

Imagem Filmes como seu primeiro prêmio

no “Destaque Programador”. O “Profissio-

nal do Cinema Nacional” ficou para o ator

e diretor Daniel Filho.

linHa do teMpo

2010Em 2010, o Prêmio ED aumentou de pro-

porção ao incorporar sete categorias, além

de privilegiar quatro homenageados. O

grande vencedor em Exibição foi a Cine-

mark com três troféus; do lado Distribui-

ção, a Fox Film levou quatro prêmios para

casa, e a diretoria-executiva do Festival do

Rio, Walkíria Barbosa, venceu como “Pro-

fissional do Cinema Nacional”.

2011Cinesystem e Cinépolis receberam três

prêmios cada uma, restando apenas um

para a Cinemark. Por outro lado, a Fox

Film venceu na categoria Distribuição e

carregou para casa quatro prêmios. Desta

vez, o “Profissional do Cinema Nacional”

foi dividido em Produção e Direção, ficou

o troféu com Mariza Leão e Fernando

Meirelles, respectivamente.

2012Independente dos prêmios, o clima de

união marcou o evento do ano passado

com festa e animação para cada vencedor,

deixando troféus para cinco empresas na

categoria Exibição, destaque para Ciné-

polis e Cinemark, cada uma com dois prê-

mios. As surpresas do ano vieram com os

três prêmios da Paris Filmes na categoria

Distribuição – até esta edição a empresa

nunca havia ganhado o Prêmio ED – e tam-

bém, para a homenagem especial a carrei-

ra de Eli Jorge Lins de Lima (Seu Eli).

Page 52: ArquiteturA infrAestruturA internAcionAl

54 Exibidor, outubro-2013

leGislação

vale cultura é regulamentadOPor: marcos alberto saNt aNNa bItellI

Finalmente o vale cultura foi re-gulamentado e tem tudo para se tornar mais uma alavanca para o entretenimento e para o setor de

exibição. Foi publicada em 06 de setembro no Diário Oficial da União a Instrução Normativa 02, do Ministério da Cultura que estabelece normas e procedimentos para a gestão do Vale-Cultura, criado pelo Programa de Cultura do Trabalhador.

A gestão do programa compete Secre-taria de Fomento e Incentivo à Cultura (SEFIC) do Ministério da Cultura.

Empresas operadoras do sistema poderão se inscrever junto à SEFIC, prestando as informações constantes do Anexo II do IN 02, para obtenção do Certificado de Inscrição no Programa de Cultura do Tra-balhador (Anexo III) da mesma, e enca-minhando uma lista de documentos para comprovar a regularidade fiscal da empresa.

Para participarem do Programa de Cultura do Trabalhador, as empresas beneficiárias deverão requerer sua ins-crição junto à SEFIC, a partir do dia 07.10.2013, por meio do portal virtual www.cultura.gov.br, pelo qual informa-rão os dados solicitados no Formulário de Credenciamento da Empresa Bene-ficiária (Anexo IV) para obtenção do Certificado de Inscrição no Programa de Cultura do Trabalhador (Anexo V).

As empresas beneficiárias, ao se inscreve-rem, deverão indicar, dentre as empresas operadoras já cadastradas pelo Ministé-rio da Cultura, aquela a ser contratada para emitir e gerir os cartões do Vale--Cultura de seus empregados.

Para participar do Programa de Cultura do Trabalhador, as empresas recebedoras deverão estar devidamente habilitadas junto às empresas operadoras.

As empresas recebedoras somente serão habilitadas pelas empresas operadoras se exercerem atividade econômica prevista nos códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) constantes do Anexo VI.

Dentre a lista de produtos e serviços inclu-ídos no Anexo I da norma do vale cultura, o ingresso de cinema. O anexo IV inclui a atividade do CNAE 5914 – Exibição ci-nematográfica como admitida para pedir habilitação como empresa recebedora.

Importante anotar que as empresas ope-radoras deverão enviar ao Ministério da Cultura, até o décimo dia útil de cada mês, as informações sobre a utilização dos cartões pelos usuários nas empresas recebedoras, organizadas por CPF dos usuários e por CNPJ das empresas re-cebedoras, referentes ao mês anterior, de

acordo com o Relatório de Gestão das Empresas Recebedoras (Anexo VII), fa-cultado ao Ministério da Cultura a solici-tação de outras informações que venham a ser identificadas como necessárias para aprimorar o monitoramento do processo.

O relatório do Anexo VII é assim con-figurado: RELATÓRIO DE GESTÃO DAS EMPRESAS RECEBEDORAS DO VALE-CULTURA INFORMA-ÇÕES A SEREM FORNECIDAS: Nome da Empresa Recebedora; Endereço da Empresa Recebedora; CNPJ da Em-presa Recebedora; Código da Atividade Econômica da Empresa Recebedora; CPF do Usuário; Valor; Data (D/M/A)/Horário; Local da Operação.

O formato de arquivo e demais especifica-ções técnicas sobre a forma de fornecimen-to das informações de que tratam os arts. 17 e 18 desta Instrução Normativa serão objeto de regulamentação específica a ser publicada pelo Ministério da Cultura.

Portanto, é importante que os exibidores agilizem a parte operacional junto às em-presas operadoras que se habilitarem ao sistema e ao mesmo tempo, verifiquem como serão geradas tais informações para a prestação de contas.

Dessa vez, um trabalho por uma boa causa.

Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | [email protected] em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entreteni-

mento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.

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58 Exibidor, outubro-2013

aGenda de lançaMentos

Infectados(Stranded)

Roger ChristianChristian Slater, Brendan Fehr, Amy Matysio, Michael Therriault, Mark D. Claxton, Ryland Alexander, Lyndon Bray

H2O

O Casamento de GoretePaulo Vespúcio Garcia

Rodrigo Sant´Anna, Tadeu Melo, Ataíde Arcoverde, Tonico Pereira, Leticia Spiller

Paris

O Conselheiro do Crime(The Counselor)

Ridley ScottBrad Pitt, Cameron Diaz, Javier Bardem, Penelope Cruz, Michael Fassbender, Dean Norris, Natalie Dormer, John Leguizamo, Rosie Perez

Fox

O Vendedor de PassadosLula Buarque de Hollanda

Lázaro Ramos, Alinne Moraes, Odilon Wagner, Mayana Neiva, Pedro Brício, Débora Olivieri, Marcello Escorel, Anderson Muller, Eliana Guttman, Carol Fazu, Giselle Motta

Imagem

Uma noite de crime(The Purge)

James DeMonacoElenco: Ethan Hawke, Lena Headey, Rhys Wakefield, Max Burkholder, Adelaide Kane

Universal

O Mordomo da Casa Branca(The Butler)

Lee Daniels

Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack, Jane Fonda, Cuba Gooding, Jr., Terrence Howard, Lenny Kravitz, James Marsden, David Oyelowo, Vanessa Redgrave, Alan Rickman, Liev Schreiber, Robin Williams, Minka Kelly, Mariah Carey, Alex Pettyfer

Diamond

Thor: O Mundo Sombrio(Thor: The Dark World)

Alan Taylor Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston Disney

AlemãoJosé Eduardo Belmonte

Antônio Fagundes, Cauã Reymond, Caio Blat, Milhem Cortaz, Gabriel Braga Nunes, Otávio Augusto

Paris

Capitão Phillips(Captain Phillips)

Paul GreengrassTom Hanks, Catherine Keener, BarkhadAbdi, BarkhadAddirahman, Faysal Ahmed, Mahat M. Ali, Michael Chernus, David Warshofsky

Sony

Tatuagem Hilton LacerdaIrandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo García, Sílvio Restiffe, Sylvia Prado, Ariclenes Barroso

Imovision

Última Viagem à Vegas(Last Vegas)

Jon Turteltaub Robert De Niro, Michael Douglas, Morgan Freeman Paris

Austenland(Ainda Sem Título em Português)

JerushaHessKerry Russel, JJ Feild, Jennifer Coolidge, Jane Seymour, Georgia King

Sony

Jogos Vorazes - Em Chamas(The Hunger Games: Catching Fire)

Francis Lawrence

Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Sam Claflin, Jena Malone, Stanley Tucci, Philip Seymour Hoffman, Woody Harrelson

Paris

Grudge Match(Ainda Sem Título em Português)

Peter Segal Sylvester Stallone, Robert De Niro, Kim Basinger Warner

Old Boy(Ainda Sem Título em Português)

Spike Lee Josh Brolin, Elizabeth Olsen, Samuel L. Jackson Paris

A Batalha do Ano(Battle of the Year: The Dream Team)

Benson Lee Josh Holloway, Laz Alonso, Josh Peck Sony

Eco Planet 3D(Echo Planet 3D)

KompinKemgumnirdVozes de: NoppanChantasorn, AthipichChutiwatkajornchai, KongdejJaturanrasamee, ThodsapolSiriwiwat, NuengthidaSophon

PlayArte

Carrie, a Estranha(Carrie)

KimberlyPeirce

Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer, Portia Doubleday, Gabriella Wilde, Alex Russell, Michelle Nolden, Max Topplin, Cynthia Preston, Connor Price

Sony

filmE dirEção ElEnco distribuidora

25/10/2013

01/11/2013

08/11/2013

15/11/2013

22/11/2013

06/12/2013

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59 Exibidor, outubro-2013

filmE dirEção ElEnco distribuidora

Crô Bruno Barreto Marcelo Serrado, Ivete Sangalo Paris

Um Time Show de Bola(Foosball)

Juan José Campanella

Vozes de: Pablo Rago, Miguel Angel Rodriguez, Fabian Gianola, Horacio Fontova, David Masajnik

Universal

Grand Piano(Ainda Sem Título em Português)

Eugenio MiraElijah Wood, John Cusack, TamsinEgerton, Alex Winter, Kerry Bishé, Allen Leech, Dee Wallace, Don McManus

PlayArte

Tarzan 3D(Tarzan 3D)

Reinhard Klooss Vozes de:Kellan Lutz, Spencer Locke Imagem

O Hobbit: A Desolação de Smaug(The Hobbit: The Desolation of Smaug)

Peter JacksonEllijah Wood, Ian Mckellen, Andy Serkis, Martin Freeman, Richard Armitage, Billy Connolly, Aidan Turner

Warner Bros.

MinhocasPaolo Conti, Arthur Nunes

Vozes de: Rita Lee, Anderson Silva, Daniel Boaventura, Isabella Fiorentino, Mica Rocha

Fox

A Vida Secreta de Walter Mitty(The Secret Life of Walter Mitty)

Ben StillerBen Stiller, Sean Penn, Kristen Wiig, Kathryn Hahn, Adam Scott, Shirley MacLaine, Patton Oswalt, Joey Slotnick, Adrian Martinez

Fox

Até que a Sorte nos Separe 2 Roberto SantucciLeandro Hassum, Camila Morgado, Kiko Mascarenhas, Rita Elmor

Paris Filmes

Os 47 Ronins(47 Ronin)

Carl Rinsch

Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, KôShibasaki, TadanobuAsano, RinkoKikuchi, Jin Akanishi, Yorick van Wageningen, Cary-HiroyukiTagawa, Togo Igawa, Haruka Abe

Universal

Amazônia Thierry Ragobert Imovision

Caminhando com Dinossauros(Walking With Dinosaurs)

Pierre De Lespinois Charlie Rowe, Angourie Rice Fox

Frozen - O Reino do Gelo(Frozen)

Chris Buck, Jennifer Lee

Vozes de: Kristen Bell, Josh Gad, IdinaMenzel, Jonathan Groff, Tom Kane, Santino Fontana, Eva Bella, LivvyStubenrauch

Disney

Jack Ryan(Ainda Sem Título em Português)

Kenneth BranaghKeira Knightley, Chris Pine, Kevin Costner, Kenneth Branagh, ColmFeore, NonsoAnozie, David Paymer, Gemma Chan, Karen David, JulisitaSalcedo

Paramount

Atividade Paranormal 5(Paranormal Activity 5)

OrenPeli Madison Davenport, HallieFoote Paramount

Confissões de Adolescente Daniel FilhoSophia Abrahão, Isabella Camero, Malu Rodrigues, Clara Tiezzi

Sony

Pororó: Uma Corrida Maluca 3D(Pororo, the Racing Adventure)

Young Kyun ParkVozes de: Zhang Anqi, Wu Di, Su Jung Ham, Zhan Jia, Hwan Chin Kim, Mi Ja Lee, Sun Lee, ZhaoWenhe

PlayArte

Caçadores de Obras-Primas(Monument Men)

George Clooney George Clooney, Cate Blanchett, Matt Damon Fox

O Sétimo Filho(Seventh Son)

Sergey BodrovJeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes, Alicia Vikander, Kit Harrington

Warner

A Menina que Roubava Livros(The Book Thief)

Brian Percival Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson Fox

13/12/2013

20/12/2013

27/12/2013

02/01/2014

03/01/2014

10/01/2014

17/01/2014

24/01/2014

31/01/2014

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60 Exibidor, outubro-2013

trajEtória

em meio ao intenso corre-corre, vias degradadas e o caos natu-ral do centro de São Paulo, um gigante de 2.600 m² resiste he-

roicamente à onda que tomou de assalto a Cinelândia paulistana e insiste em re-avivar os áureos tempos daquela região.

Inaugurado em 15 de maio de 1945 pela Empresa Cinematográfica Paulista, de Paulo Barreto de Sá Pinto, o Cine Marabá viveu o seu auge até a década de 1980, ao travar disputas memoráveis com o vizinho de frente Cine Ipiranga pelos filmes, luxos e adereços que atraíam a elite paulistana para ver os mais novos lançamentos dos cinemas nacional e internacional.

“As pessoas iam ao cinema de paletó, era um programa de elite”, conta o assessor ju-rídico aposentado, Antonio de Souza,de 67 anos, à reportagem da Revista Exibidor, enquanto aguardava a sessão de Percy Ja-ckson e o Mar de Monstros (Percy Jackson: Sea of Monsters), no último dia 28 de agosto.

As 1.655 poltronas da sala localizada no nú-mero 757 da Avenida Ipiranga (São Paulo--SP), cercadas por arquitetura e ornamentos em estilo clássico, formavam um misto de conforto, charme e elegância nos dois anda-res da construção, o que de imediato con-quistou a população da grande metrópole, principalmente entre as classes A e B.

Tal cenário começou a mudar quando a popularização da televisão e suas novelas

Marabá, o resistente©Divulgação

Por: FábIo gueDes

foram, aos poucos, enclausurando os es-pectadores dentro de suas próprias casas.

O Marabá, porém, não se abalou com a nova realidade. No final dos anos 1960, passou a apostar nas famosas pornochan-chadas para ganhar um público grande e fiel da “Boca do Lixo” – nome pelo qual ficou conhecida aquela região da Praça da República, que já começava a se de-gradar – pelos 20 anos seguintes.

“Isso, de certa maneira, reergueu o Ma-rabá, pois as bilheterias estavam muito ruins naquele momento”, relembra Ma-ximo Barro, professor da pós-graduação em cinema da FAAP (Fundação Ar-mando Alvares Penteado).

Em 1989, por exemplo, ele tinha a se-gunda maior renda entre as salas de todo o Brasil, com 515.654 visitantes no pri-meiro semestre, de acordo com o Conse-lho Nacional de Cinema (Concine).

Embora ainda fizesse sucesso com o po-vão, o Marabá dava claros sinais de de-gradação, situação que foi piorando no decorrer dos anos, num panorama assus-tador de poltronas quebradas, goteiras e até mesmo ratos de passagem pelo local.

Foi este o cenário encontrado pela PlayArte em 1996, ao adquirir a Empre-sa Cinematográfica Sul, gerida pela viúva do exibidor Paulo de Sá Pinto – falecido em 1991 -, Lígia Campos de Sá Pinto.

Liderada pela empresária Elda Coltro, a distribuidora de filmes foi fundamental para dar sobrevida ao então quinquage-nário cinema, que chegou praticamente se arrastando ao século XXI, exibindo filmes clássicos de ação, como Duro de Matar (Die Hard) e outros do gênero.

“O Marabá seguiu aberto por teimosia da Dona Elda, que gostava mesmo do estilo clássico do cinema. Antes disso, não acabou realmente por obra do acaso”, analisa o jorna-lista Julio Simões, autor do livro “Cine Ma-rabá – O cinema do coração de São Paulo”. (Leia mais em: tonk.es/maraba)

No dia 16 de agosto de 2007, enfim, o Cine Marabá fechou as portas, mas para dar início a um amplo processo de res-tauro, comandado pelo arquiteto Ruy Ohtake e o restaurador Samuel Kruchin.

Com uma sala de 430 assentos e outras quatro menores, com capacidade de 122 a 176 espectadores, o gigante reabriu em formato multiplex no dia 30 de maio de 2009, preservando vários aspectos de sua versão original, dentre eles os lustres, a fachada e o piso da entrada.

“Hoje, ele tem a elegância de um cinema antigo e a modernidade de um multiplex, onde você curte um pouquinho da at-mosfera de antigamente, ainda que o ato de assistir ao filme seja como em qual-quer shopping”, resume Simões.

Veja mais fotos em: tonk.es/fotosmaraba.

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Destaque o Calendário de lançamentos e cole no seu monitor (conforme a imagem).

Tenha sempre à vista as datas das próximas produções cinematográficas.

apoio:

Calendárioauto-adesivo

Calendário Exibidor

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