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Professor e organizador: Cap PM Alberto Nunes Borges ARMAMENTO LEVE

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Professor e organizador: Cap PM Alberto Nunes Borges

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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

CENTRO DE TREINAMENTO POLICIAL SEÇÃO DE TREINAMENTO COM ARMAS DE FOGO

ARMAMENTO CONVENCIONAL

1 REVÓLVER .38

1.1 Apresentação O termo “revólver" indica "revolução”, ou seja, um movimento de rotação em torno de um eixo. Assim, podemos conceituar revólver como sendo uma arma de fogo curta, dotada de várias câmaras que giram em torno de um eixo, para alinhar a câmara que contém o cartu-cho a ser disparado com um cano. O primeiro revólver com características dentro da moderna concepção acima foi construído por Samuel Colt, por volta de 1836. Posteriormente, outros inventores empenharam-se na fabricação de revólveres, destacando-se o inglês Adams, que foi um grande concorrente de Colt. Inicialmente, os revólveres eram de movimento simples, ou seja, funcionavam somente em ação simples ou ação dupla. Ação simples é o engatilhamento manual do cão e ação dupla é quando o engatilhamento do cão se faz pressionando-se a tecla do gatilho. Posteriormente, os revólveres passaram a ser fabricados de movimento duplo, ou seja, eles funcionavam tanto em ação dupla, quanto em ação simples. Os revólveres modernos são geralmente fabricados em movimento duplo. A evolução do revólver foi marcada também pelo aperfeiçoamento dos sistemas de carre-gamento e extração. Foram criados diversos sistemas, tais como: sistema de armação rígi-

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da, sistema de armação basculante e sistema de tambor reversível. Este último é o sistema mais adotado atualmente. O revólver é uma arma muito bem aceita pelas Forças de Segurança do mundo inteiro, de-vido a sua variedade de calibres, simplicidade, robustez e fácil manutenção. 11.2 Características A PMMG adota diferentes modelos de revólveres no calibre .38, com capacidade para 5 ou 6 cartuchos, fabricados pelas Forjas Taurus S.A. (Porto Alegre-RS) e pelas indústrias Amadeo Rossi S/A (São Leopoldo-RS). De um modo geral, os revólveres adotados pela PMMG são muito semelhantes em diversos aspectos, diferindo em alguns pontos, tais como: fabricante, comprimento e espessura do cano, capacidade do tambor, algumas peças do mecanismo interno, mecanismo de segu-rança, sistema de percussão, etc. Pelos motivos acima delineados, iremos estudar o revólver genericamente, indicando algu-mas diferenças. 1.2.1 Designação 1.2.1.1 Nomenclatura: Revólver (marca) cal .38... (modelo). 1.2.1.2 Indicativo Militar: Rv (marca) .38... (modelo). 1.2.2 Classificação 1.2.2.1 Quanto ao tipo: de porte. 1.2.2.2 Quanto ao emprego: individual. 1.2.2.3 Quanto à alma do cano: raiada, variando entre número (5 ou 6) e sentido (à direita ou à esquerda) de acordo com o modelo. 1.2.2.4 Quanto ao sistema de carregamento: retrocarga. 1.2.2.5 Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca central, podendo ser direta ou indireta, dependendo do modelo. 1.2.2.6 Quanto à refrigeração: a ar. 1.2.2.7 Quanto à alimentação: manual, possuindo capacidade para 5 ou 6 cartuchos (con-forme modelo), podendo ainda utilizar-se o "Spead Load" ou “Jet Load” ( carregadores que permitem introduzir todos os cartuchos no tambor de uma só vez ). 1.2.2.8 Quanto ao sentido de alimentação: de trás para frente. 1.2.2.9 Quanto ao funcionamento: de repetição. 1.2.2.10 Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. 1.2.3 Aparelho de pontaria 1.2.3.1 Alça de mira: tipo entalhe, podendo ser regulável ou fixa, dependendo do modelo. 1.2.3.2 Massa de mira: Seção retangular, fixa. 1.2.4 Dados numéricos: 1.2.4.1 Calibre:.38. 1.2.4.2 Peso: em média 800 g, dependendo do modelo da arma. 1.2.4.3 Comprimento do cano: o comprimento padrão é de 101,6 mm (4"), existindo outros modelos variando entre 50,8 mm (2”), 76,2 mm (3”), 127 mm (5”), e 152,4 mm (6”) e 203,2 mm (8”) para tiro ao alvo. 1.2.4.4 Velocidade teórica de tiro: 20 tiros por minuto. 1.2.4.5 Velocidade prática do tiro: de acordo com a habilidade do atirador. 1.2.4.6 Alcance máximo: 1.400 metros.

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1.2.4.7 Alcance útil: 450 metros. 1.2.4.8 Alcance com precisão (de utilização): 75 metros. 1.2.4.9 Alcance prático: 20 metros. 1.2.4.10 Vida da arma: 20.000 tiros. 1.3 Munições utilizadas: 1.3.1 Munição de manejo: é o cartucho com projétil, mas sem carga ativa. É utilizado para instrução de manejo com o revólver. 1.3.2 Munição de festim: utilizado para treinamento de tiro em pistas alternativas. 1.3.3 Munição recarregada: cartuchos com carga normal e projéteis de chumbo recarre-gados pelo CA/MB/INT, para treinamento. 1.3.4 Munição de lançamento: não possuem o projétil, com carga de projeção específica para lançamento de granadas, adaptando-se o Lançador M-1 ao cano do revólver. 1.3.5 Munição real: cartuchos .38 SPL com projétil ogival, ou semi jaquetado de ponta oca, para emprego operacional.

RELAÇÃO DAS PEÇAS DO REVÓLVER CAL. .38

ITEM DENOMINAÇÃO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14

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VARETA DO EXTRATOR HASTE CENTRAL (MERGULHADOR) MOLA DA HASTE CENTRAL EXTRATOR TAMBOR MOLA DO EXTRATOR COM GOLA (ANEL) SUPORTE DO TAMBOR PLACA DA CORONHA PERCUSSOR (PERCUTOR) COM MOLA DEDAL SERRILHADO ARMAÇÃO CANO PRESILHA - RETÉM COM MOLA PARAFUSO DO RETÉM DO TAMBOR COM PINO E MOLA RETÉM DO TAMBOR MOLA REAL COM HASTE E BUCHA FERROLHO COM PINO E MOLA

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CALÇO DE SEGURANÇA RODA DENTADA IMPULSOR DO GATILHO COM MOLA IMPULSOR DO TAMBOR PLACA LATERAL CÃO ALAVANCA DE ARMAR GATILHO PONTEIRO

1.4 Desmontagem O revólver não deve ser desmontado pelo usuário e sua manutenção restringe-se e à limpe-za das partes externas e interior do cano e câmara. A desmontagem somente será realizada por pessoal técnico capacitado. Para desmontar o revólver, Procedemos da seguinte forma: 1.4.1 Para retirar o tambor: Retira-se o parafuso-retém do suporte do tambor, comprime-se o dedal serrilhado para frente e rebate-se o tambor para a esquerda, faz-se a coincidência de um dos rebaixos do tambor com o reforço do consolo, desloca-se o tambor para frente, até que o eixo saia de seu alojamento. 1.4.2 Para desmontar o tambor Desatarraxar a vareta do extrator retirando-a; retira-se a haste central (mergulhador); reti-ra-se a mola do extrator com gola (anel), e finalmente, retira-se o extrator. 1.4.3 Para retirar as placas da coronha Desatarraxar o parafuso das placas. Forçar com uma chave de fenda entre as placas e a armação. 1.4.4 Para retirar a placa do mecanismo (placa lateral ou tampa) Desatarraxar os parafusos que prendem a placa lateral e levantá-la com auxílio de uma chave de fenda. 1.4.5 Para retirar a haste da mola real e a mola real Desatarraxar o parafuso de regulagem da mola real, que se encontra na frente da coronha, até o Ponto em que o mesmo deixe de exercer pressão sobre o batente. Observar que al-guns modelos não apresentam o parafuso de regulagem. Forçar a haste da mola real para trás e retirá-la de seu alojamento no cão, juntamente com a mola real. 1.4.6 Para retirar o impulsor do gatilho, o gatilho e o cão Com o auxílio de uma chave de fenda, levantar e retirar o impulsor do gatilho e sua mola, protegendo-a com o polegar para que não seja projetada bruscamente para fora da arma. Alguns modelos têm o impulsor do gatilho do tipo haste com mola.

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Retirar o gatilho e o impulsor do tambor que sobre ele é montado. Trazer o dedal serrilhado totalmente à retaguarda. Em seguida, girar o cão para trás, segu-rando-o pela crista serrilhada e retirá-lo. 1.4.7 Para retirar o retém do tambor Desatarraxar, inicialmente, o parafuso do retém do tambor que se encontra na frente do guarda-mato. Retirar do alojamento desse parafuso a mola do retém do tambor, com o res-pectivo pino. Em seguida, levantar o retém do tambor e retirá-lo. Alguns modelos não têm o parafuso do retém do tambor, uma vez que a mola e o pino se alojam no interior do suporte do tambor. 1.4.8 Para retirar o ferrolho:

Desatarraxar, inicialmente, o parafuso do dedal serrilhado e retirá-lo com o respectivo de-dal. Recuar o ferrolho e ao mesmo tempo levantar a sua parte posterior, tomando cuidado para que o mergulhador e a mola do ferrolho que se acham comprimidos não saltem para fora.

1.5 Montagem 1.5.1 Para montar o ferrolho Introduzir a mola do ferrolho em seu alojamento. Montar o pino da mola do ferrolho. Intro-duzir o ferrolho montado em seu alojamento na armação do revólver. Montar o dedal serri-lhado. 1.5.2 Para montar o impulsor do gatilho e o gatilho Introduzir a mola do impulsor do gatilho em seu alojamento. Encaixar o gatilho na armação. Com o auxílio de uma chave de fenda, montar o impulsor do gatilho na armação, de forma que o ponteiro se encaixe em seu alojamento. 1.5.3 Para montar o retém do tambor Introduzir o pino do retém do tambor em seu alojamento na frente do guarda-mato. Intro-duzir a mola do retém do tambor logo atrás do respectivo pino. Colocar o parafuso do retém do tambor em seu alojamento, atarraxando-o somente o necessário para que não caia. En-caixar o retém do tambor em seu eixo, de forma que o dente anterior do gatilho fique entre os seus dentes, e sua parte anterior pressione o pino do retém do tambor. 1.5.4 Para montar o cão Acionar o dedal serrilhado para trás para que a parte posterior do ferrolho libere a passa-gem do cão; introduzir o cão em seu eixo, de forma que o entalhe da noz do cão (entalhe de engatilhamento) fique entre o dente posterior superior do gatilho e o dente posterior inferior do gatilho, e que a alavanca de armar fique em contato com o dente posterior supe-rior do gatilho. 1.5.5 Para montar a haste da mola real e a mola real Montar a mola real em sua haste. Introduzir a parte da haste que apresenta um ressalto no batente, comprimir a mola e introduzir a outra extremidade em seu alojamento no cão. A-tarraxar o parafuso da regulagem da mola real.

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1.5.6 Encaixar o impulsor do tambor em seu alojamento na placa lateral. 1.5.7 Encaixar a placa lateral em seu alojamento de forma que o impulsor do tambor se encaixe perfeitamente no gatilho. 1.5.8 Atarraxar os parafusos de fixação da placa lateral. 1.5.9 Montar as placas da coronha e atarraxar o parafuso das placas. 1.5.10 Para montar o tambor Montar o extrator na parte posterior do cilindro do tambor; encaixar a mola do extrator com gola na parte posterior do cilindro do tambor, de forma que a gola fique à frente da mola do extrator; montar a mola da haste central na seção maior da haste central; encaixar a haste central e sua mola na vareta do extrator, de modo que a parte posterior da haste central fique para fora; encaixar o conjunto haste central, mola da haste central e o extrator no cilindro do tambor, e rosquear para a esquerda a vareta do extrator no extrator; encaixar o suporte do tambor na vareta do extrator; encaixar todo o conjunto através do eixo do su-porte do tambor, em seu alojamento na armação e rebater o tambor; atarraxar o parafuso-retém do suporte do tambor. Este é também um dos parafusos de fixação da placa lateral, porém, podemos identificá·lo porque situa-se na parte frontal da placa, próximo do guarda-mato.

1.6 Funcionamento O estudo do funcionamento do revólver resume-se em se estudar os sistemas de engati-lhamento da arma:

1.6.1 Ação simples Neste caso, o atirador, empunhando a arma, com o polegar da mão contrária à que empu-nha a arma, agirá sobre a crista serrilhada do cão e fará com que o mesmo gire para trás. Quando o cão recua, a mola real é comprimida, uma vez que a haste da mola real se acha solidária com o cão. Simultâneamente, a noz do cão levanta o dente posterior superior do gatilho e, consequentemente o dente anterior do gatilho se abaixará, agindo sobre o retém do tambor, que também se abaixará, liberando o tambor. O impulsor do tambor que faz sistema com o gatilho eleva-se, agindo sobre a cremalheira, impulsionando o tambor, im-primindo-lhe um movimento de rotação. Após o tambor ter girado o suficiente para alinhar a câmara que contém o cartucho a ser disparado com o cano, o dente anterior do gatilho libera o retém do tambor, e este, volta a se introduzir em seu alojamento no tambor, acio-nado por seu pino e mola, de forma a reter novamente o tambor. Nesta ocasião, o dente posterior superior do gatilho engraza-se na noz do cão através do entalhe de engatilhamen-to ali existente, mantendo o cão à retaguarda. Quando o atirador aciona a tecla do gatilho, o dente posterior superior do gatilho faz com que o cão vá um pouco mais à retaguarda, até que o engrazamento entre o entalhe de en-gatilhamento e o dente posterior do gatilho se desfaça, liberando o cão que irá à frente por ação da mola real, levando consigo o percussor (no caso de percussão direta). O percussor, aflorando em seu orifício de passagem, irá ferir a espoleta provocando o disparo. 1.6.2 Ação dupla Ao acionar a tecla do gatilho, o dente posterior superior do gatilho agirá sobre a alavanca de armar, obrigando o cão a recuar. O dente anterior do gatilho agirá sobre o retém do tambor da mesma forma que no sistema de ação simples, agindo também, da mesma forma do

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caso anterior, o impulsor do tambor. A ação contínua do atirador, sobre a tecla do gatilho, fará com que o dente posterior superior do gatilho deixe de agir sobre a alavanca de armar, transferindo a função de continuar o recuo do cão para o dente posterior inferior do gatilho que se engrazara no entalhe de engatilhamento. Continuando o acionamento da tecla do gatilho, haverá um momento em que o dente posterior inferior do gatilho deixará de agir sobre o entalhe do engatilhamento, liberando o cão. 0 cão irá à frente por ação da mola real e a percussão se processará como no caso anterior. Após o disparo, o atirador solta a tecla do gatilho. Ao soltar a tecla do gatilho, o impulsor do gatilho, por ação da mola do seu im-pulsor que se achava comprimida, volta a sua posição de repouso, bem como o gatilho e o cão. 1.7 Mecanismo de segurança Devido à particularidade do revólver estar sempre em condições de disparo, bastando ape-nas que a arma esteja carregada e que o atirador acione a tecla do gatilho, diversos meca-nismos de segurança foram inventados pelos fabricantes, para evitar os indesejáveis dispa-ros acidentais. Os primeiros revólveres praticamente não dispunham de nenhum dispositivo de segurança. Alguns apresentavam o percursor fixo e o cão não recuava à sua posição de repouso, fican-do constantemente em contato com a espoleta, o que aumentava a possibilidade de um disparo acidental à qualquer pancada sobre o cão. Outros tinham o tambor completamente livre, ficando preso pelo retém somente no momento do disparo. Alguns fabricantes acrescentaram às armas "travas de segurança” manuais, as quais tinham a função de bloquear o cão ou prender o tambor. Estas travas tornaram-se obsoletas com o desenvolvimento de outros mecanismos de segurança, denominados "calços de segurança”. A diferença entre a trava de segurança e o calço de segurança consiste basicamente em que o primeiro bloqueia o mecanismo interno da arma no seu todo ou em parte, e o segundo apenas evita o disparo em determinada situação. O revólver, para ser disparado, necessariamente tem que ter um cartucho na câmara, a tecla do gatilho tem que ser acionada e o cão tem que ir à frente pela ação da mola real de modo a permitir que o percursor aflore o seu orifício de passagem ferindo a espoleta. Base-ando-se no Princípio de que a principal peça do mecanismo do revólver é o gatilho, os fabri-cantes desenvolveram alguns tipos de mecanismos de segurança ligados a esta peça, que estudaremos a seguir. 1.7.1 Impulsor do gatilho com ressalto e calço de segurança na placa lateral Como já foi dito anteriormente, a principal peça do mecanismo interno do revólver é o gati-lho, portanto, estes mecanismos de segurança somente atuam quando a tecla do gatilho NÃO É ACIONADA. Neste modelo, o impulsor do gatilho apresenta um ressalto de segurança em sua parte su-perior. Este ressalto de segurança trabalha sobre um outro existente na noz do cão. A fina-lidade destes ressaltos de segurança é de impedir que o cão avance quando a tecla do gati-lho não é acionada, evitando-se a percussão, mediante seu recuo. Assim, quando liberamos a tecla do gatilho, o impulsor do gatilho vai à frente de forma que seu ressalto de segurança irá se chocar com o existente na noz do cão, trazendo-o à retaguarda em sua posição de repouso. O outro dispositivo de segurança deste modelo consiste em um calço de segurança que fica alojado na placa lateral e é acionado pelo impulsor do tambor. Quando a tecla do gatilho é liberada, o impulsor do tambor desce e age sobre o pino do calço de segurança de tal forma

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que o dente do calço de segurança da placa lateral se sobressai, interpondo-se entre o cão e o batente da armação próximo ao orifício de passagem do percussor, evitando-se o dispa-ro. É importante lembrar que quando a arma se encontra em repouso, estes mecanismos de segurança estarão sempre atuando para evitar um disparo acidental, entretanto, devemos lembrar também que eles somente funcionarão se as peças estiverem em perfeito estado de conservação e o atirador não acionar a tecla do gatilho.

1.7.2 Impulsor do gatilho com ressalto de segurança e calço de segurança acopla-do ao gatilho Neste modelo, o impulsor do gatilho e o cão possuem um ressalto de segurança como no caso anterior. A diferença reside no fato de que o calço de segurança não mais trabalha na placa lateral, mas sobre o gatilho, por ser ele a peça importante do mecanismo interno do revólver. Inicialmente , este calço de segurança era acoplado no impulsor do gatilho, mas posterior-mente foi acoplado ao gatilho. Alguns modelos apresentam o calço de segurança sendo a-cionado por uma roda dentada sobre o gatilho, e, em outros, o calço de segurança trabalha encaixado diretamente sobre o gatilho.

Outros revólveres que possuem o calço de segurança acoplado na parte anterior do gatilho e têm percussão direta, permitem a percussão no momento em que o calço de segu-rança desce, e bloqueia o movimento do cão quando a tecla do gatilho é liberada e o calço de segurança, sobe, Interpondo-se ao cão, evitando, assim, um disparo acidental.

Como pudemos verificar, existem diferentes variações na atuação dos modernos me-canismos de segurança dos revólveres, que variam de acordo com a posição do calço de segurança no gatilho, o tipo de percussão e ainda, no desenho do cão.

1.7.3 Impulsor do gatilho tipo haste com mola e calço de segurança acoplado ao gatilho Neste caso, suprimiu-se um mecanismo de segurança da arma, uma vez que nem o impul-sor do gatilho e nem o cão apresentam ressaltos de segurança. 0 calço de segurança traba-lha sobre o gatilho. podendo apresentar-se em diversas variações como no caso anterior, dependendo de sua posição no gatilho, do desenho do cão e o tipo de percussão da arma. Estes revólveres, o calço de segurança é impulsionado para cima ao acionarmos a tecla do gatilho. Quando o calço sobe, ele se antepõe ao cão, permitindo que uma seção reta do cão se choque contra o calço de segurança, transmitindo este movimento ao percursor, provo-cando-se o disparo. Logicamente, estamos nos referindo a um revólver de percussão indire-ta. Quando liberamos a tecla do gatilho, o calço de segurança desce, de forma que quando o cão vai à frente, sua parte superior se choca contra o batente da armação, evitando o disparo.

1.7.4 Conclusão Face aos diversos tipos de mecanismos de segurança apresentados, podemos concluir que: 1.7.4.1 O primeiro tipo (impulsor do gatilho com ressalto de segurança e calço de segurança na placa Iateral) é confiável, mas devemos estar sempre atentos às condições das peças atuantes, uma vez que os desgastes decorrentes do uso normal da arma podem comprome-ter seu perfeito funcionamento. O dente do calço de segurança que bloqueia a cão é peque-no e, portanto, susceptível de desgastes prematuros.

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1.7.4.2 O segundo tipo (impulsor do gatilho com ressalto de segurança e calço de seguran-ça acoplado ao gatilho) é o mais confiável de todos os mecanismos apresentados, uma vez que, além dos ressaltos citados, as peças responsáveis pela segurança não se atritam, mas se chocam em seções robustas, dando confiabilidade aos mecanismos. 1.7.4.3 O terceiro tipo suprimiu os ressaltos de segurança do impulsor do gatilho e do cão, atuando como segurança apenas o calço. É confiável, porém, mecanismos de segurança nunca são demais em uma arma de fogo, motivo pelo qual o segundo tipo mostra-se mais confiável. 1.7.4.4 Torna-se imperioso ressaltar que apesar de sabermos da existência de mecanismos de segurança em revólveres, NUNCA DEVEMOS NEGLIGENCIAR SUA APLICAÇÃO, uma vez que as peças são susceptíveis de desgastes e quebra, principalmente as armas orgânicas, empenhadas diuturnamente, e que a segurança maior reside em NÃO ACIONAR A TECLA DO GATILHO INADIVERTIDAMENTE. 1.8 Manejo 1.8.1 Municiar e Alimentar Empunhando o revólver com a mão direita, levar o dedal serrilhado à frente, usando o pole-gar da mesma mão. A operação fará com que a extremidade anterior do ferrolho atue sobre a haste central, que por sua vez, empurra a presilha-retém localizada no cano liberando o tambor.

Com os dedos anular e médio da mão esquerda, empurrar o tambor à esquerda, rebatendo-o. Estes dedos deverão segurar o tambor durante a alimentação, e a arma deverá estar apontada para baixo, ou voltada para um caixão de areia. Os dedos mínimo e indicador da mão esquerda deverão segurar a arma próximo ao cão e ao cano respectivamente. Em seguida, introduzir os cartuchos nas câmaras com a mão direita, girando o tambor com os dedos anular, médio e polegar da mão esquerda. O municiamento do revólver se dá co-mo uma excessão à regra, uma vez que o revólver não dispõem de carregador, e sim, de câmaras giratórias (tambor), que serve como tal. Portanto, o municiamento do revólver, ocorre enquanto se coloca os cartuchos desejados no tambor e, ao se encerrar tal operação, ou seja, após a colocação do último cartucho que se deseja colocar no tambor, ocorre-se a alimentação.

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1.8.2 Carregamento Terminada a alimentação, desloque suavemente o tambor para dentro da armação com a mão esquerda, empunhando o revólver com a mão direita. Neste momento, a haste central, por ação de sua mola, agirá sobre a extremidade anterior do ferrolho, fazendo-o recuar, liberando a passagem da parte posterior do cão. Simultaneamente, a presilha-retém se alo-jará na vareta do extrator, completando-se o fechamento do tambor na armação.

1.8.3 Engatilhamento Pode ser efetuado por dois processos: 1.8.3.1 Ação dupla: acionar a tecla do gatilho com o dedo indicador. 1.8.3.2 Ação simples: sem colocar o dedo indicador na tecla do gatilho, levar o polegar da outra mão à crista serrilhada do cão e trazê-lo à retaguarda até que fique preso pelo enta-lhe de engatilhamento.

1.8.4 Disparo No tiro de ação dupla, consiste na ação continuada do dedo indicador sobre a tecla do gati-lho, e na ação simples basta acioná-lo suavemente. 1.8.5 Extração e ejeção

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Procede-se inicialmente como se fosse alimentar a arma. Tendo rebatido o tambor e segu-rado a arma da maneira correta, com o polegar esquerdo, pressiona-se a vareta do extra-tor, colocando-se a mão direita abaixo do tambor para aparar os cartuchos extraídos e eje-tados. 1.8.6 Para desengatilhar em ação simples Uma vez engatilhado, o revólver já se encontra em condições de disparo, porque a câmara que contém o cartucho a ser disparado está rigorosamente alinhada com o cano. Portanto, o desengatilhamento é uma operação delicada, devendo ser cercada das cautelas a seguir: 1.8.6.1 Apontar a arma para um local seguro; 1.8.6.2 Com o polegar da mão contrária à que está empunhando a arma, segurar o cão à retaguarda pela sua crista serrilhada; 1.8.6.3 Com o dedo indicador, acionar a tecla do gatilho apenas o suficiente para liberar o cão; 1.8.6.4 Retirar o dedo indicador da tecla do gatilho; 1.8.6.5 Levar o cão suavemente à frente até sua posição de repouso com o polegar.

1.9 Inspeção preliminar Ao receber ou passar o revólver para alguém, fazê-lo com a arma aberta verificando se ela está carregada. Em seguida, verifique a arma externamente, observando- se: 1.9.1 Limpeza das partes externas, bem como presença de resíduos ou objetos que este-jam obstruindo o cano e as câmaras; 1.9.2 Inexistência ou mal atarraxamento de parafusos, com atenção especial para o dedal serrilhado, parafuso-retém do suporte do tambor, parafuso do retém do tambor e vareta do extrator; 1.9.3 Engatilhamento na ação simples e na ação dupla; 1.9.4 Retenção do tambor, quando a arma estiver em repouso ou engatilhada. Nestas situ-ações, se o tambor girar livremente, indica que o retém do tambor está com algum defeito; 1.9.5 Estado do percussor, verificando se este não está quebrado ou apresenta rebarbas;

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1.9.6 Perfeita fixação das placas da coronha; 1.9.7 Aspectos de segurança; 1.9.7.1Com o revólver descarregado e o tambor fechado, engatilhar o cão. Mantendo o cão atrás pelo dedo polegar, acionar a tecla do gatilho somente o suficiente para provocar o desengatilhamento. Verificado o desengatilhamento, retirar o dedo da tecla do gatilho e levar o cão suavemente até metade de seu percurso pelo polegar. Em seguida, solta-se o cão, deixando-o avançar. Se o percussor aflorar o seu orifício de passagem, o cão, o impul-sor do gatilho ou o calço de segurança, estão defeituosos. 1.9.7.2Engatilhar a arma e desengatilhá-la, conduzindo o cão à frente com o polegar, man-tendo a tecla do gatilho pressionada. Observar se o percurssor aflora o seu orifício de pas-sagem. Se isto não ocorrer significa que o sistema de percussão está com defeito em algu-ma peça. Ao liberar o gatilho e o cão, o percussor deverá retrair-se imediatamente. 1.10 Emprego operacional O revólver é uma arma largamente utilizada no serviço operacional, sofrendo restrição ape-nas para alguns tipos de policiamento, tais como: eventos esportivos, shows, Operações de choque, etc. O militar somente deverá sacar o seu revólver nos casos de legítima defesa e perigo imi-nente, tais como: ocorrência envolvendo marginais armados, incursões em locais perigosos e cobertura a ação de um companheiro. São procedimentos proibidos ao militar: executar disparos de intimidação, retirar sua arma do coldre para exibi-la ou brincar, ameaçar sacá·la com gestos ou palavras por pretextos fúteis, atirar em delinquentes ou suspeitos em fuga e efetuar disparos ou engajar-se em troca de tiros em locais de grande fluxo de pessoas. Durante o policiamento, cuidados especiais devem ser observados pelo militar, quais sejam: somente engatilhar a arma ou colocar o dedo na tecla do gatilho quando tiver certeza que vai disparar; fora desta situação, o dedo indicador deverá ficar distendido na armação; nun-ca apontar a arma para alvo que não queira atingir; evitar transpor obstáculos empunhando a arma, jamais tocar no cão ou na tecla do gatilho estando a arma no coldre e sempre sacá-la sem levar o dedo na tecla do gatilho. Em qualquer circunstância, o militar sempre deverá tratar o revólver como se estivesse car-regado e pronto para o disparo; antes de uma limpeza verifique se o mesmo está descarre-gado e nunca puxe uma arma em sua direção pelo cano. 1.11 Condução da arma O militar deverá conduzir o revólver em seu coldre, preso pelo cordão regulamentar que também serve para prender o apito. Atenção especial deverá ser dispensada à Presilha do coldre que deverá fixar firmemente a arma. Estando o revólver no coldre, este não deverá servir de apoio para a mão do policial, e tampouco ele deverá ficar brincando com a presilha que rapidamente perderá sua pressão, ficando relaxada. Quando estiver de serviço em trajes civis, o militar conduzirá o revólver em coldres que permitem uma eficiente ocultação, sem prejudicar demasiadamente seus movimentos. Re-comenda-se, nestes casos, utilizar revólveres de pequenas dimensões, em coldres adequa-dos.

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No transporte de várias armas em viaturas, estas deverão estar devidamente acondiciona-das em cunhetes, de forma a evitar pancadas que possam danificar suas peças, especial-mente as do aparelho de pontaria. Quando o militar tiver que conduzir o revólver em uma das mãos, no interior dos quartéis ou nos estandes, sempre deixá-lo descarregado, com o tambor rebatido à esquerda e segu-rando-o firmemente pela ponte de armação.

1.12 Incidentes de tiro mais comuns INCIDENTES CAUSAS CORREÇÕES

NEGA

1. Munição defeituosa 2. Ponta do percussor quebrada 3. Rebarba na ponta do percussor 4. Orifício de passagem do percussor obturado

1. Substituir a munição 2. Substituir o percussor 3. Retirar a r ebarba 4. Desobturar o orifício da passagem do percussor

Ñ engatilha. Por nenhum proces.

1. Dente posterior sup. do gatilho quebrado 2. Dente anterior quebrado 3. Mergulhador com ponta gasta

1. Substituir o gatilho 2. Substituir o gatilho 3. Substituir o mergulhador

Não engatilha na ação simples

1. Entalhe da noz gasta 2. Dente superior posterior gasto

1. Substituir o cão 2. Substituir o gatilho

Não engatilha na ação dupla

1. Alavanca de armar quebrada 2. Dente posterior inferior quebrado (o engatilhamento não será comple-to)

1. Substituir a alavanca de ar-mar 2. Substituir o gatilho

Ñ desengatilha Mola do cão quebrada ou solta Substituir a mola do cão

Apresentação defeituosa

1. Retém do tambor gasto ou quebra-do 2. Orifício onde se aloja o retém do tambor obturado

1. Substituir o retém do tambor 2. Desobturar o orifício onde se aloja o retém do tambor

O tambor

1. Dente do impulsor do tambor que-brado ou gasto 2. Dente da cremalheira gasto 3. Haste guia não está atarraxada

1. Substituir o impulsor do tam-bor 2. Substituir o extrator 3. Atarraxá-la

Arma não extrai 1. Corpo estranho no alojamento do cartucho 2. Cartucho defeituoso

1. Remover o corpo estranho 2. Substituir o cartucho

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2. PISTOLA SEMI-AUTOMÁTICA CAL 9mm

2.1 Apresentação A palavra "pistola' indica comumente armas-de-fogo curtas de tiro unitário (simples, que possuem um cano e uma câmara). Quando estas armas possuem dois canos, são vulgar-mente chamadas de garruchas. As primeiras pistolas foram fabricadas em ação simples e, somente em 1929, através da fábrica alemã Walter, com o modelo PP, é que surgiu o sistema de ação dupla. O calibre 9mm surgiu em 1902, lançado pelo genial inventor alemão George Luger, que o aprimorou, partindo de um protótipo, uma estranha arma semi-automática, inventada por Hugo Borchardt, do qual era discípulo. Em 1908, o exército alemão adotou a pistola de Lu-ger como arma de coldre de seus soldados. No Brasil, a pistola cal 9 mm foi introduzida em 1975, quando o Exército Brasileiro resolveu adotar um novo calibre para suas armas de porte que fosse compatível para uso em suas metralhadoras de mão. Dentre as armas testadas, venceu a pistola Beretta, de origem itali-ana, no calibre 9mm Parabellum. No início dos anos 80, a Taurus inicia a fabricação da pistola no calibre 9 mm no Brasil, ba-tizada de PT 92, que é cópia da italiana Beretta 92 F. A PT 92 possui componentes de aca-bamento que facilitam a empunhadura e pontaria, além de formato mais anatômico do guarda-mato, trava de segurança ambidestra e novo posicionamento do retém do carrega-dor. 2.2 Características 2.2.1 Designação 2.2.1.1 Nomenclatura: Pistola Taurus calibre 9 mm modelo PT 92; 2.2.1.2 Indicativo militar: Pst Taurus cal 9 mm M PT92. 2.2.2 Classificação 2.2.2.1 Quanto ao tipo: De porte; 2.2.2.2 Quanto ao emprego: Individual; 2.2.2.3 Quanto a alma do cano: raiada, 06 raias, à direita com passo de 250 mm; 2.2.2.4 Quanto ao sistema de carregamento: Retrocarga ;

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2.2.2.5 Quanto ao sistema de inflamação: Percussão intrínseca central indireta; 2.2.2.6 Quanto à refrigeração: à ar; 2.2.2.7 Quanto à alimentação: Carregador metálico tipo cofre, bifilar, com capacidade para 15 cartuchos; 2.2.2.8 Quanto ao sentido de alimentação: De baixo para cima; 2.2.2.9 Quanto ao funcionamento: semi automático; 2.2.2.10 Quanto ao princípio de funcionamento:Ação dos gases sobre o ferrolho. 2.2.3 Aparelho de pontaria 2.2.3.1 AIça de mira: Tipo entalhe incrustada no ferrolho, com inserts brancos. 2.2.3.2 Massa de mira: tipo lâmina, integrada no ferrolho, com insert branco. 2.2.4 Dados numéricos 2.2.4.1 Calibre: 9mm Parabellum ou Luger ( 9mm X l9mm NATO ); 2.2.4.2 Peso : 0,950 Kg (aproximadamente) com carregador vazio; 2.2.4.3 Comprimento da arma: 217 mm; 2.2.4.4 Comprimento do cano: 125 mm ( 0,5" ); 2.2.4.5 Velocidade teórica de tiro: 150 tiros por minuto; 2.2.4.6 Velocidade prática de tiro: 60 tiros por minuto; 2.2.4.7 Alcance máximo: 1.500 metros; 2.2.4.8 Alcance útil: 200 metros; 2.2.4.9 Alcance com precisão: 100 metros; 2.2.4.10 Alcance prático: 25 metros; 2.2.4.11 Velocidade inicial do projétil: 338m/s. 2.3 Munições Utilizadas 2.3.1 Munição de manejo: É o cartucho normal, com projétil, totalmente jaquetado, sem carga ativa e espoleta. É utilizada para instrução das operações de manejo com a pistola. Eventualmente, poderá ser utilizada com projétil de chumbo. 2.3.2 Munição real 2.3.2.1 Ogival jaquetada (comum): Projétil de 125 grains totalmente jaquetado constituído por uma jaqueta de tomback ou latão, que envolve um núcleo de chumbo. A ponta do pro-jétil não possui qualquer identificação; 2.3.2.2 Holow point: Projetil de ponta oca totalmente jaquetado, com grande poder de ex-pansão e menor poder de penetração que a munição ogival jaquetada ( comum ), conferin-do à munição maior poder de parada; 2.3.2.3 Silver Tip: projétil de ponta oca, revestido externamente de uma capa de alumínio. Possui grande poder de parada devido ao seu formato cônico; 2.3.3 Munição recarregada: Produzida pelo CA MB/INT, especificamente para a instrução de tiro, com projétil de chumbo ogival, endurecido, de 125 grains. Possui a mesma carga de pólvora da munição real. 2.4 Desmontagem 2.4.1 Considerações iniciais Ao usuário da Pistola cal. 9 mm é facultada a desmontagem de 1º escalão para limpeza e lubrificação, principalmente após o tiro.

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Por ser uma arma semi-automática, sua Iimpeza e lubrificação deve ser efetuada regular-mente para evitar incidentes de tiro principalmente decorrentes de sujeira em seu meca-nismo. A desmontagem a partir do 2º escalão só deve ser feita por pessoal tecnicamente habilitado.

2.4.2 Providências preliminares 2.4.2.1 Retirar o carregador- comprimir o retém do carregador localizado na parte póstero-inferior do punho da arma. Verificar a câmara - Sem executar o manejo da arma, observar se a extremidade do extra-tor encontra-se saliente e destacando-se uma marca vermelha. Em caso positivo, significa que há um cartucho introduzido na câmara da arma; 2.4.2.2 Abrir a arma, travando do ferrolho aberto e efetuar a checagem visual e tátil da câmara e visual do interior do cano. 2.4.2.3 Desmontagem de 1º escalão 2.4.2.3.1 Retirar o ferrolho - inicio da desmontagem de 1º escalão: 2.4.2.3.1.1 Com a mão direita empunhar a arma; 2.4.2.3.1.2 Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o re-tém da alavanca de desmontagem (à esquerda da arma), e simultaneamente, girar a ala-vanca de desmontagem em 90 º;

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Deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação.

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2.4.2.3.2 Retirar a haste-guia e mola recuperadora Comprimir a haste-guia e mola recuperadora para frente e levantá-las, deixando que a mola se distenda vagarosamente.

2.4.2.3.3 Retirar o cano 2.4.2.3.3.1 Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para a frente, até que os ressaltos de trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho. 2.4.2.3.3.2 Retirar do interior do ferrolho, o conjunto cano e bloco de trancamento, levan-tando a sua parte posterior

2.4.2.3.4 Retirar o bloco de trancamento Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte posterior do bloco de trancamento retirando-o lateralmente.

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2.4.2.3.5 Retirar as placas do punho Com uma chave de fenda, desatarraxar os parafusos de fixação das placas e retirá-las. 2.4.2.3.6 Desmontagem do carregador Com o auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da placa retém do fundo do carrega-dor, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com polegar, aparar a placa re-tém do fundo do carregador a fim de evitar uma descompressão violenta da mola. Sairão do interior do carregador: - placa retém do fundo do carregador; - mola do carregador e transportador. Bastará separá-los. 2.4.2.4 Desmontagem de 2º escalão 2.4.2.4.1 Retirar a alavanca de desmontagem Com a mão esquerda, pressionar o retém da alavanca de desmontagem. Com a outra mão, girar para cima (aproximadamente 20º), a alavanca de desmontagem, puxando a para fora. Soltar, vagarosamente, o retém da alavanca de desmontagem, tendo o cuidado de evitar que o mesmo salte por ação de sua mola. Retirar o retém e sua mola. 2.4.2.4.2 Retirar o retém do ferrolho Girar a parte posterior do retém do ferrolho para cima, com o dedo polegar esquerdo fixan-do a parte anterior do retém. Realizar movimentos oscilatórios no retém do ferrolho, a fim de retirar o seu eixo da armação. Retirando o retém do ferrolho, a sua mola sairá junta-mente com o retém. Obs.: Cuidado para que a mola do retém do ferrolho não solte. 2.4.2.4.3 Retirar o tirante do gatilho Com a arma apoiada sobre a mão, lado direito voltado para cima, forçar o ramo superior da mola do tirante do gatilho, baixando-a do seu alojamento. A seguir, com o auxílio de uma chave de fenda, levantar a parte interior do tirante (na altura do gatilho) e retirá-lo da ar-mação. 2.4.2.4.4 Retirar o gatilho Com um toca-pino, deslocar o eixo do gatilho, da direita para a esquerda, retirando-o da armação. Retirar o gatilho pela parte superior da armação, tendo cuidado para que não sal-te a sua mola. 2.4.2.5 Desmontagem de 3º escalão 2.4.2.5.1 Retirar o percussor e o extrator Colocar o ferrolho sobre uma superfície de apoio, com a massa de mira voltada para baixo. Com um toca-pino deslocar o eixo do extrator, tirando-o do ferrolho. Retirar lateralmente o extrator e sua mola e, pela parte posterior do ferrolho, o percussor e sua mola. Obs.: Ao retirar o ferrolho da superfície de apoio, cuidado para que as molas do extrator e do percussor não saltem. 2.4.2.5.2 Retirar o ejetor: (Esta desmontagem só deve ser realizada em caso de troca do ejetor).

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Apoiar a face esquerda da armação sobre uma superfície plana, em seguida deslocar da direita para a esquerda os pinos do ejetor. Retirar o ejetor da armação. 2.4.2.5.3 Retirar o pino do registro de segurança 2.2.5.3.1 Engatilhar a arma; 2.2.5.3.2 Colocar a armação sobre uma superfície plana, com o punho voltado para cima e sem forçar o cão; 2.2.5.3.3 Com o toca pino de diâmetro apropriado, retirar o pino do registro segurança. 2.4.2.5.4 Retirar o registro de segurança Com a armação apoiada em uma das mãos, registro de segurança voltado para cima, com o auxílio do polegar e o indicador da mão livre, elevar o registro de segurança e ao mesmo tempo fazer movimentos oscilatórios e retirá-lo da armação. Obs.: Cuidado para que a mola do mergulhador do registro de segurança não salte. 2.4.2.5.5 Retirar o eixo do registro de segurança 2.2.5.5.1 Desengatilhar a arma, empurrando a armadilha para frente e liberando o cão que ficará na posição avançada; 2.2.5.5.2 Retirar o eixo do registro de segurança da esquerda para a direita; 2.2.5.5.3 Para retirar o mergulhador e mola do registro de segurança, bastará colocar a armação com o punho voltado para baixo. 2.4.2.5.6 Retirar a armadilha Com um toca-pino deslocar o eixo da armadilha da esquerda para a direita, de modo que o toca-pino fique fixando em seu lugar a mola da armadilha. Em seguida, agindo no olhal da mola da armadilha, retirá-la da armação. Com o dedo indicador, aparar a armadilha. Em seguida, girar a parte anterior da armação para baixo e a armadilha cairá por ação da gra-vidade, sendo retirada da armação com auxílio do dedo indicador. 2.4.2.5.7 Retirar o retém do carregador Com a armação apoiada sobre uma superfície plana e com o punho voltado para cima, reti-rar o pino do retém do carregador. Pelo lado esquerdo da armação, retirar a bucha do re-tém do carregador e sua mola, pelo lado direito sairá o retém do carregador. 2.4.2.5.8 Retirar o apoio da mola do cão Apoiar a armação em uma superfície plana, lado direito voltado para cima. Retirar, com o auxílio de um toca-pino, o pino do apoio da mola do cão, tendo cuidado pois haverá uma distensão violenta da mola do cão. Retirar pela parte inferior do punho da armação, o apoio do cão e a mola do cão. 2.4.2.5.9 Retirar o cão Com um toca-pino, retirar o eixo do cão. Retirar, em seguida, pela parte superior da arma-ção, o guia da mola do cão.

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2.5 Montagem 2.5.1 Montar o cão. 2.5.2 Montar o apoio da mola do cão. Colocar, em seu lugar, o apoio da mola do cão juntamente com a mola; a seguir, colocar o punho da armação na posição vertical e fazer coincidir o orifício da armação com o orifício do apoio, colocando em seguida o pino do apoio. 2.5.3 Montar o retém do carregador. 2.5.4 Montar a armadilha. Introduzir o ramo menor da armadilha no seu alojamento (em cima). Introduzir o eixo da armadilha da direita para a esquerda. 2.5.5 Montar o registro de segurança. Colocar o eixo do registro de segurança da direita para a esquerda. Comprimir o mergulha-dor e mola do registro de segurança e pressionar o registro de segurança para baixo, encai-xando-o em seu eixo. Fazer a coincidência do olhal do registro de segurança e olhal do eixo do registro de segurança, colocando o seu pino, batendo-o de cima para baixo. 2.5.6 Montar o ejetor. 2.5.7 Montar o percussor e o extrator. Colocar em seus alojamentos o extrator e o percussor com suas molas. Comprimir o per-cussor de maneira que coincida o olhal do extrator com o orifício do eixo do extrator. Colo-car, de cima para baixo, o eixo do extrator. 2.5.8 Montar o carregador. 2.5.9 Montar o gatilho. Colocar, no seu encaixe, a mola do gatilho, ficando o ramo curvo da mola voltado para ci-ma. Introduzir o gatilho e sua mola na armação. Colocar o eixo do gatilho da esquerda para a direita. 2.5.10 Montar o tirante do gatilho. Introduzir parcialmente o eixo do tirante do gatilho no olhal superior do gatilho. Em seguida colocar o ramo curvo da mola para frente do eixo do tirante do gatilho. 2.5.11 Mola do tirante do gatilho. O ramo maior deve ser introduzido na parte inferior do tirante do gatilho. 2.5.12 Montar o retém do ferrolho Colocar a mola do retém com o ramo maior voltado para baixo, introduzindo-o em seu alo-jamento na armação. Dar um giro no retém para encaixar o seu eixo no orifício da armação. 2.5.13 Montar o retém da alavanca de desmontagem. Colocar a mola do retém no seu alojamento na armação. Colocar o retém em seu alojamen-to. 2.5.14 Montar a alavanca de desmontagem Comprimir o seu retém e colocar a alavanca. Girar o seu ressalto para baixo (posição de desmontagem). 2.5.15 Montar o bloco de trancamento do cano.

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2.5.16 Montar o conjunto cano-bloco de trancamento no ferrolho. 2.5.17 Montar a haste-guia e mola recuperadora. 2.5.18 Montar as placas do punho. 2.5.19 Unir o conjunto armação-ferrolho e bloco de trancamento. 2.6 Funcionamento O estudo do funcionamento da pistola será reaIizado considerando-se que já ocorreu o pri-meiro tiro. Para facilidade de compreensão, vamos analisar o funcionamento considerando dois processos: 2.6.1 Primeiro processo-ação simples 2.6.1.1 Destrancamento Os gases, agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho recue, trazen-do consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento se choca no batente da armação e a parte anterior do mergulhador age na rampa do mergu-lhador no bloco de trancamento, abaixando-o. Em consequência os ressaltos de trancamen-to são retirados dos alojamentos no ferrolho. Neste momento, estarão desengrazados o cano e o ferrolho e os ressaltos de trancamento estarão em seus alojamentos na armação, havendo portanto o destrancamento. 2.6.1.2 Abertura Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado de "curto recuo”. O ferrolho entretanto continua recuando e se afastando do cano, dando-se a abertura. 2.6.1.3 Extração No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano, reti-ra da câmara o estojo por intermédio do extrator, que está prendendo-o com a sua garra. 2.6.1.4 Ejeção Continuando, o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo o estojo ainda preso pelo extrator, faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se en-contra montado à retaguarda e a esquerda da armação. À violência deste choque vence a ação da garra do extrator e o estojo é projetado através da janela de ejeção, para fora da arma. 2.6.1.5 Apresentação do cartucho O ferrolho, ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo cartucho, que ficará em condições de ser levado à câmara. 2.6.1.6 Carregamento A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se levando-o à frente. Ao encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do carregador e o introduz na câmara.

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2.6.1.7 Fechamento Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato com a parte posterior do cano, dando-se o fechamento. 2.6.1.8 Trancamento Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o bloco de trancamento sobe a sua rampa de elevação, introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus aloja-mentos no ferrolho, o que caracteriza o trancamento da arma. 2.6.1.9 Engatilhamento Quando o ferrolho recua, o cão gira para a retaguarda e comprime a sua mola, através do guia da mola do cão. O espigão do tirante do gatilho abandona o seu alojamento sendo for-çado para baixo, pela parte inferior do ferrolho. Em conseqüência, o ressalto do tirante do gatilho sai de cima do seu apoio na armadilha e esta volta à sua posição de repouso, por ação de sua mola. Quando a armadilha volta à sua posição normal, o seu ressalto é coloca-do no dente de engatilhamento do cão, prendendo-o à retaguarda e dando-se o engatilha-mento. Nesta situação, será evitado que se faça o tiro de rajada, ainda que o atirador continue a comprimir a tecla do gatilho. No intervalo compreendido entre o disparo e o recuo do siste-ma, é comum o atirador continuar comprimindo a tecla do gatilho. Ao ser relaxada a pres-são sobre a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, forçado pela sua mola é obrigado a subir. Em seguida, o ressalto do tirante do gatilho entra em contato com o apoio da armadilha. Fica, desta forma, a arma pronta para um novo disparo, isto é, engatilhada. 2.6.1.10 Desengatilhamento e percussão Quando se comprime a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, através da ação do seu ressalto sobre o apoio da armadilha, faz com que esta gire para frente e o ressalto de apoio do den-te do cão (na armadilha) abandone o dente de engatilhamento do cão, liberando-o. Estando livre, o cão gira violentamente para frente por ação do tirante do gatilho e descompressão de sua mola. O cão choca-se na cauda do percussor, que avança no seu alojamento com-primindo a sua mola, indo sua ponta alojar-se no seu orifício, percutindo a espoleta do car-tucho. Em seguida, o percussor retrai-se por descompressão de sua mola.

2.6.2 Segundo processo - ação dupla Este processo deverá ser utilizado nos casos de nega ou quando a arma estiver com um cartucho na câmara e o cão em sua posição de "repouso". Neste caso, ao ser comprimida a tecla do gatilho, o ressalto do tirante do gatilho entra em contato com o seu apoio existente no cão, obrigando-o a girar para trás. Durante este giro, através de seus dentes, o cão afasta de si a armadilha, e comprime a sua mola através do guia da mola do cão. No limite máximo do seu giro, o cão estará livre da armadilha e avançará violentamente por descompressão de sua mola indo chocar-se na cauda do percussor. Após a execução do primeiro disparo, a sequência do funcionamento será idêntica à estudada na Ação Simples. Obs.: Em ambos os processos, após o último tiro, a mola do carregador se descomprime elevando-se juntamente com o transportador. Em consequência, o apoio do dente anterior

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do retém do ferrolho eleva-o e o retém não permite o avanço do ferrolho, ficando a arma aberta. 2.7 Mecanismos de segurança 2.7.1 Trava de segurança Dispositivo interno que fica permanentemente bloqueando o percussor, impedindo seu a-vanço evitando assim, disparos acidentais em caso de quedas ou qualquer pressão sobre o mesmo. Este dispositivo é desativado no final do acionamento do gatilho, momento em que, o per-cussor fica livre para receber a energia do impacto do cão. 2.7.2 Registro de segurança Dispositivo projetado para uso ambidestro localizado entre a parte superior das talas do punho e a parte serrilhada do ferrolho onde se pega para fazer o manejo. Ao ser acionado para cima, este dispositivo trava o ferrolho e a armadilha. Ao ser abaixado o registro de segurança fica na posição horizontal, deixando à vista um insert vermelho indicando que a arma esta destravada, ou seja em condições de fogo. 2.7.3 Indicador de cartucho na câmara Sempre que há um cartucho na câmara a extremidade do extrator fica saliente, aparecen-do. A saliência pode ser percebida facilmente em ambiente com pouca ou nenhuma lumino-sidade.

2.7.4 Desarmador do cão Estando a arma engatilhada e desejando-se desarmar o cão basta abaixar o registro de se-gurança a partir da posição horizontal (posição '"fogo" ). Desta forma o mecanismo abaterá o cão que permanecerá em posição de repouso, podendo-se em seguida travar a arma normalmente. O funcionamento da arma permanece inalterado tanto na ação dupla quanto na ação simples. 2.8 Manejo 2.8.1 Municiar carregador 2.8.2 Segurando com uma das mãos o carregador, colocar as munições uma a uma forçando para baixo e para trás os cartuchos.

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Após a inspeção da arma, fazer o manejo da seguinte forma: 2.8.3 Alimentar a arma Introduzir o carregador municiado na arma até ouvir o clic característico do retém do carre-gador ficando preso na arma. Após, confirmar se o carregador realmente ficou preso.

2.8.4 Carregar a arma Após alimentar a arma, agindo na parte serrilhada do ferrolho, puxá-lo para trás até o ba-tente e soltá-lo. o ferrolho irá a frente impulsionado pela mola recuperadora e introduzirá na câmara um cartucho.

2.8.5 Disparar Após os procedimentos adequados, pressionar o gatilho até que a arma dispare.

2.8.6 Retirada do carregador Empunhando a arma, pressionar o retém do carregador com o polegar, e segurar o carre-gador que cairá livremente.

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2.8.7 Posição do ferrolho após último disparo A pistola funciona pela ação dos gases sobre o ferrolho. A cada disparo, o ferrolho é levado à retaguarda, e sob a ação da mola recuperadora, introduz um novo cartucho na câmara. Quando os cartuchos acabam o ferrolho fica recuado pela ação do retém e a arma permane-ce aberta indicando a necessidade de alimentá-la. 2.8.8 Negas Em caso de negas basta puxar o ferrolho à retaguarda até o batente, assim, o cartucho será extraído e ejetado e um novo cartucho será introduzido na câmara. 2.9 Inspeção preliminar 2.9.1 Retirar o carregador da arma, verificar se existe cartucho na câmara (observar se o extrator da arma está saliente) e verificar o estado de conservação da parte externa da ar-ma; 2.9.2 Verificar todos os pinos e parafusos; 2.9.3 Puxar o ferrolho à retaguarda duas vezes e verificar a arma internamente bem como o correto funcionamento do seu mecanismo; 2.9.4 Testar o desarmador de cão; 2.9.5 verificar se o cão não está obstruído; 2.9.6 Verificar o funcionamento do retém do carregador; 2.9.7 Verificar o perfeito estado da alça e massa de mira; 2.9.8 Verificar o estado das abas do carregador; 2.9.9 Conferir a pressão da mola sobre o transportador do carregador; 2.9.10 Puxando o ferrolho totalmente à retaguarda, levantar o retém e imobilizá-lo, após, com o auxílio da tampa de uma caneta, pressionar a trava do percussor para cima, até libe-rá-lo e com a ponta da caneta , empurrar o percussor verificando seu afloramento; 2.9.11 Verificar o estado da munição ( amassamentos, dilatações, rebarbas, engastamento do projétil, etc ). 2.10 Emprego operacional A pistola é uma arma de porte, para uso específico, que não vem substituir o revólver cali-bre . 38, mas sim, suplementar a capacidade de fogo das guarnições PM, permanecendo o revólver como arma ideal para o serviço ordinário de policiamento, dado as suas caracterís-ticas insuperáveis de rusticidade, facilidade de manejo e pronto emprego. Em situação normal de serviço operacional, o militar portando a pistola deverá alimentá-la com 2/3 (dois terços ) da capacidade do carregador, mantendo a arma carregada, e trava-da.

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O militar deverá conduzir a pistola em seu col-dre, presa pelo cordão regulamentar que tam-bém serve para prender o apito. Atenção espe-cial deverá ser dispensada a presilha do coldre que deverá fixar firmemente a arma. Estando a pistola no coldre, esta não deverá servir de a-poio para a mão do policial. A arma no coldre deve estar fechada, alimentada e travada, o que proporciona sua rápida utilização, apenas pu-xando o mecanismo para trás e destravando- a. Quando o militar tiver que conduzir a pistola em uma das mãos, no interior dos quartéis e/ou nos estandes, sempre deixá-la aberta, descarregada e sem o carregador, segurando-a firmemente pelo guarda mato.

O militar somente deverá sacar a arma nos casos de legítima defesa e perigo iminente, tais como: ocorrências envolvendo marginais armados, incursões em locais perigosos e cobertu-ra a ações de companheiros. A munição 9mm Luger possui alto poder de penetração, devendo o responsável pela utiliza-ção analisar a conveniência de usá-la em zonas muito urbanizadas e favelas. Nestes casos deve-se optar pela munição expansiva de ponta oca. São procedimentos proibidos ao militar: executar disparos de intimidação, retirar sua arma do coldre para exibí-la ou brincar, ameaçar sacá-la com gestos ou palavras, por pretextos fúteis, atirar em delinquentes ou suspeitos em fuga e efetuar disparos ou engajar-se em troca de tiros em locais de grande fluxo de pessoas. Durante o policiamento, cuidados especiais devem ser observados pelo militar, quais sejam: após o engatilhamento da arma, só liberar a trava do mecanismo de segurança do cão no momento do disparo; nunca apontar a arma para alvo que não queira atingir; durante os deslocamentos e nas operações, a arma deve estar travada. Em quaisquer circunstâncias, o militar sempre deverá tratar a pistola como se estivesse carregada e pronta para o disparo; antes de uma limpeza verifique se a arma está descar-regada e nunca puxe uma arma em sua direção pelo cano. Especial atenção deverá ser dada a posição correta dos carregadores suplementares da ar-ma no porta-carregador, de forma a possibilitar alimentá-la rapidamente quando houver necessidade, bem como protegê-los de danos que inviabilizem o perfeito funcionamento da arma. 2.11 Condução da arma

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INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES

Falha na Alimen-tação

1. Carregador com mossa ou sujo. (O carregador não entra totalmente no receptor). 2. Retém do carregador gasto ou quebrado. (o carregador não fica fixo ao receptor).

1. Limpar o carregador e pro-videnciar mnt para retirar mossas se for o caso. 2. Desmontar o retém do car-regador e substituí-lo.

Falha na apresen-tação do cartucho

1. Mola do carregador fraca ou de-feituosa. O cartucho não fica em condições de ser alcançado pela par-te anterior do ferrolho. 2. Transportador defeituoso ou a-massado.

1. Substituir a mola do carre-gador. 2. Substituir o transportador.

Falha no carre-gamento

1. Rebarba, sujidade ou corpo es-tranho na câmara. 2. Cartucho amassado ou defeituo-so. 3. Mola recuperadora defeituosa. O ferrolho não irá totalmente à frente. 4. Abas do carregador defeituosas. O cartucho não entra na câmara devido a inclinação do projétil.

a) Eliminar a rebarba; b) Limpar e lubrificar a câma-ra; c) Remover o corpo estranho. 2. Substituir a munição. 3. Substituir a mola recupera-dora. 4. Substituir o carregador.

Nega 1. Ponta do percussor gasto ou que-brado. Ñ há marca de percussão na espole-ta. 2. Munição defeituosa, há marca de percussão na espoleta. 3. Câmara com excesso de óleo.

1. Substituir o percussor . 2. Substituir a munição. 3. Secar e limpar a câmara.

Falha no desen-gatilhamento.

1. Dente de engatilhamento do cão c/ desgaste. 2. Mola do cão fraca ou quebrada. 3. Mola da armadilha montada in-corretamente. 4. Mola da armadilha quebrada. 5. Apoio para a mola da armadilha quebrado.

1. Substituir o cão. 2. Substituir a mola do cão. 3. Montar corretamente. 4. Substituir a mola da arma-dilha. 5. Substituir a armadilha.

Falha no desen-gatilhamento

1. Ressalto do tirante do gatilho gasto ou quebrado. 2. Ressalto apoio do tirante do gati-lho (na armadilha), gasto ou que-brado. 3. Apoio para o ressalto do tirante do gatilho (cão), gasto (na ação du-pla).

1. Substituir o tirante do gati-lho. 2. Substituir a armadilha. 3. Substituir o cão.

Falha na ejeção Ejetor gasto ou quebrado. Substituir o ejetor.

Falha na extração Extrator gasto ou quebrado. Substituir o extrator.

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3. SUBMETRALHADORA CAL 9 mm

3.1 Apresentação Após o advento da Segunda Guerra Mundial, a divisão do mundo em dois blocos, o Capita-lista e o Socialista, criou a oportunidade para que uma série de ações insidiosas de pequena intensidade viessem a fazer parte da realidade do mundo moderno. Estas ações, conhecidas pelo nome de guerrilhas exigiram o surgimento de uma arma intermediária entre a pistola semi-automática e o fuzil de assalto, e que possuísse um seletor de tiro. Estas armas foram chamadas de submetralhadoras. A primeira arma que notadamente foi reconhecida como submetralhadora com ferrolho te-lescópico foi a tcheca VZ-25, desenvolvida por Vaclav Holek, em 1949, que não muito de-pois, em 1951, foi superada pela israelita UZI das indústrias IMI. No Brasil, oficialmente, as submetralhadoras foram adotadas seguindo uma características norte americana do uso do calibre .45, com a metralhadora INA adotada pelo Exército em 1961, que logo após foram difundidas para as corporações policiais. Em 1975, chegaram, no país, as MT 12, de fabricação da Beretta italiana, também adquiridas pelo EB e difundidas entre as Polícias. Posteriormente, a Taurus adquiriu a patente para a fabricação do modelo MT 12, acrescentando-Ihe pequenos aperfeiçoamentos. Atualmente, são utilizadas na Polícia Militar de Minas Gerais, as SubmetraIhadoras MT 12A Taurus, existindo ainda alguns exemplares da sua similar Beretta, com a qual possui poucas diferenças que serão mostradas ao final. 3.2 Características 3.2.1 Designação 3.2.1.1 Nomenclatura: Submetralhadora Taurus Calibre 9mm Modelo Mt12A; 3.2.1.2 Indicativo Militar: SMtr Taurus Cal 9mm Mod MT12A. 3.2.2 Classificação 3.2.2.1 Quanto ao tipo: portátil; 3.2.2.2 Quanto ao emprego: individual; 3.2.2.3 Quanto à alma do cano: raiada, 06 raias, à direita; 3.2.2.4 Quanto ao sistema de carregamento: retrocarga;

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3.2.2.5 Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca, central e direita (percussor acoplado ao ferrolho); 3.2.2.6 Quanto à alimentação: carregador metálico, tipo cofre, com capacidade para 30 ou 40 cartuchos; 3.2.2.7 Quanto ao sentido de alimentação: de baixo para cima; 3.2.2.8 Quanto ao funcionamento: automático; 3.2.2.9 Quanto ao princípio de funcionamento: ação direta dos gases. 3.2.3 Aparelho de pontaria 3.2.3.1 Alça de mira: tipo visor basculante, graduado para 100 e 200 metros, com proteção lateral, regulável em direção; 3.2.3.2 Massa de mira: tipo ponto, com proteção total, regulável em altura; 3.2.4 Dados numéricos 3.2.4.1 Calibre: 9 mm "Parabellum" ou "Luger" (9 mm X 19 mm NATO); 3.2.4.2 Peso: 4.000 kg; 3.2.4.3 Comprimento da arma: 3.2.4.3.1 Coronha aberta: 66,0 cm 3.2.4.3.2 Coronha rebatida: 41,8 cm 3.2.4.4 Velocidade teórica de tiro: 550 tiros por minuto; 3.2.4.5 Velocidade prática de tiro: 160 tiros por minuto; 3.2.4.6 Alcance máximo: 1.500 metros; 3.2.4.7 Alcance útil: 200 metros; 3.2.4.8 Alcance com precisão (utilização): 100 metros; 3.2.4.9 Alcance Prático: 3.2.4.9.1 Rajada: 10 metros; 3.2.4.9.2 Intermitente: 30 metros; 3.2.4.10 Velocidade inicial do projétil: 390 metros/s. 3.3 Munições utilizadas Utiliza a munição 9 mm x 19 mm "Parabellum", também conhecida por "NATO" ou "LUGER". É um cartucho de grande poder de penetração, sendo seu projétil encamisado, com veloci-dade inicial considerada média, de formato ogival com base plana. O estojo é cônico, com aro e espoleta central. Seu peso é de 8,03g, o que Ihe dá 4,6 metros do cano, uma energia de 59 kg.

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RELAÇÃO DE PEÇAS DA SUB Mtr 9mm ITEM DENOMINAÇÃO 01 LUVA DE FIXAÇÃO DO CANO 02 FERROLHO 03 CANO 04 PROTETOR DA JANELA DE EJEÇÃO 05 MASSA DE MIRA 06 ALÇA DE MIRA 07 EJETOR 08 CORONHA 09 CAIXA DA CULATRA 10 MOLA RECUPERADORA 11 TAMPA DA CAIXA DA CULATRA 12 TRANSPORTADOR 13 RETÉM DA LUVA DE FIXAÇÃO DO CANO 14 RETÉM DO CARREGADOR 15 RETÉM DO FERROLHO 16 DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO PUNHO 17 ALAVANCA DE DISPARO 18 ARMADILHA 19 PUNHO POSTERIOR 20 TUBO DE FIXAÇÃO DO PUNHO POSTERIOR 21 MOLA DO CARREGADOR 22 CARREGADOR 23 IMPULSOR DA ALAVANCA DE DISPARO

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24 GATILHO 25 PUNHO ANTERIOR 26 PLACA DO PUNHO POSTERIOR 27 ALAVANCA DA ARMADILHA 28 FUNDO DO CARREGADOR

3.4 Desmontagem A desmontagem da arma pelo usuário deve restringir-se aos itens 1), 2), 3), 4), 5) e 6), abaixo descritos, para fins de manutenção. Outras desmontagens serão realizadas por pes-soal especializado, em oficinas da Corporação. 3.4.1 Retirar a bandoleira; 3.4.2 Pressionar o retém do carregador, retirando-o; 3.4.3 Efetuar o movimento de recuo do ferrolho por duas vezes, verificando se a câmara encontra-se vazia; 3.4.4 Comprimir o botão do retém da tampa da caixa da culatra, liberando-a. Desenroscá-la retirando-a juntamente com a mola recuperadora; 3.4.5 Para retirar a luva de fixação do cano e o cano-ferrolho, abaixar o retém da luva de fixação do cano, liberando-a. Desenroscar a luva de fixação do cano e retirá-la juntamente com o cano-ferrolho. Separar a luva de fixação do cano girando-a 1/4 de volta para qual-quer dos lados. Separar o ferrolho do cano, elevando a parte posterior do último e puxando-a para a retaguarda. 3.4.6 Para retirar o punho posterior, extrair o tubo de fixação do punho posterior, compri-mindo a mola retém e empurrá-lo para o lado oposto. Retirar o tubo de fixação do punho posterior. Forçar o punho posterior para trás com pequenos golpes, retirando-o. 3.4.7 Para desmontar o carregador, utiliza-se um toca-pino ou um cartucho, pressionando o retém do fundo do carregador, fazendo que este deslize para fora de seu encaixe. Apoiar com o dedo polegar o retém para evitar a descompressão da mola do carregador, retirando-a, juntamente com a mesa transportadora. 3.4.8 Utilizando um toca-pino, retirar o eixo do extrator, apoiando-o com o polegar e libe-rando-o juntamente com a mola do extrator. 3.4.9 Para retirar as placas do punho posterior, desparafusá-las com uma chave de fenda e retirá-las. 3.4.10 Para retirar o punho anterior, utilizar uma chave de fenda especial, desparafusando a porca do tirante do punho anterior, retirando o fundo do punho e o punho. Com um toca-pino, retirar o eixo do tirante, liberando-o. 3.4.11 Para a retirada do dispositivo de segurança do punho, extrai-se o pino limitador do dispositivo de segurança do punho e o pino limitador do gatilho-eixo. Separar o retém do ferrolho e o impulsor do dispositivo de segurança do punho. 3.4.12 Para retirar o gatilho e a alavanca de disparo, utiliza-se um toca-pino para extrair o eixo do gatilho.

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3.4.13 Para retirar o conjunto do suporte e a alavanca seletora, com chave de fenda abre-se a arruela de travamento da alavanca seletora de segurança, retirando-a com pressão para a esquerda e, com um toca-pino, bater levemente da direita para a esquerda no pino posicionador do suporte da alavanca seletora. 3.4.14 Com um toca-pino, retirar o pino limitador e o eixo da armadilha, retirando-a. 3.4.15 Para retirar o impulsor da alavanca de disparo utiliza-se uma chave de fenda especi-al, fazendo girar o impulsor, dar meia volta até que a aba de seu suporte saia de seu encai-xe no bloco central. 3.4.16 Com uma chave de fenda, desmonta-se a coronha, retirando-se o eixo da charneira, ficando livre a coronha e o mergulhador com sua mola. 3.4.17 Com uma chave de fenda, retira-se a chapa da soleira, abrindo-se a arruela de tra-vamento do eixo. Com um toca-pino, extrai-se o eixo da chapa da soleira, ficando livre a chapa, seu mergulhador e a mola. 3.4.18 Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do suporte do zarelho pos-terior, retirando-o, ficando livre a tampa da caixa da culatra, o protetor do amortecedor, e o suporte guia da mola recuperadora. 3.4.19 Com um alicate especial, abrir a arruela de pressão da luva de fixação do cano, fi-cando livre o zarelho anterior. 3.4.20 Para a retirada do percussor, extrair o pino do percussor, introduzindo um toca-pino no alojamento do mesmo, forçando-o para frente e retirando-o. 3.4.21 Com um toca-pino, retira-se o eixo da armadilha e da alavanca da armadilha, fican-do livre o corpo da armadilha, a alavanca e a mola. 3.4.22 Com um toca-pino, retirar o eixo do retém da luva de fixação do cano, e com uma chave de fenda, pressionar a mola do retém, retirando-a, juntamente com o retém da luva. 3.4.23 Com um toca-pino, retirar o eixo do retém do carregador e o pino inferior do ejetor, ficando livres o retém e sua mola. 3.4.24 Retirar o pino superior do ejetor, retirando o ejetor pela janela de ejeção. 3.4.25 Segurando o retém da tampa da caixa da culatra, com um toca-pino, tirar o pino do retém, ficando livre o retém e sua mola. 3.4.26 Com a chave da massa de mira, desenroscá-la, retirando-a de seu suporte. 3.4.27 Para retirar a alça de mira, retira-se o pino de pressão do parafuso de regulagem da alça, liberando sua mola. Com uma chave de fenda, desatarraxa-se o parafuso de regula-gem, retirando-o. A alça de mira e sua mola ficam livres. 3.4.28 Retirando-se a arruela de travamento do eixo da dobradiça da tampa da janela de ejeção, com um alicate de bico curvo, e em seguida, empurrando-se o eixo para frente e segurando a mola com a outra mão, libera-se a tampa da janela de ejeção.

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3.5 Montagem 3.5.1 Para a montagem da alça de mira, coloca-se sua mola em seu alojamento com a alça e o visor marcando o n.º 01, voltado para a parte posterior da caixa da culatra. Introduzir o parafuso de regulagem pela direita. Montar a mola do parafuso de regulagem e pressionan-do-a, introduzir o pino de pressão do parafuso. 3.5.2 Com a chave da massa de mira, atarraxá-la em seu suporte 3.5.3 Montar a mola do retém da tampa da caixa da culatra, colocando o conjunto no alo-jamento existente no suporte da coronha, com o entalhe para baixo. Pressiona o retém, colocando o pino de pressão no orifício, fazendo com que ele passe também pelo entalhe. 3.5.4 Colocar o ejetor pela janela de ejeção, coincidindo o seu orifício superior com o orifício entre a caixa da culatra e o alojamento do carregador. Introduzir, a seguir, o pino superior do ejetor. 3.5.5 Colocar a mola do retém do carregador no seu alojamento. Em seguida, colocar este conjunto na caixa da culatra, de modo que sua ponta superior penetre no rasgo existente no ejetor. Com uma chave de fenda, obrigar a mola do retém a entrar no alojamento do carregador, coincidindo o orifício inferior do ejetor com o orifício do retém do carregador à frente do alojamento do carregador. Colocar o eixo do retém e o pino inferior do ejetor. 3.5.6 Para a montagem do retém da luva de fixação do cano, colocasse a mola do retém no seu alojamento. Colocar o retém com sua mola em sua posição e, com uma chave de fenda, comprimir a mola do retém para que sua extremidade aloje-se em seu assento na caixa da culatra. Coincidir o orifício do retém com o orifício entre a caixa da culatra e o suporte do punho anterior, colocando o eixo do retém. 3.5.7 Introduzir a mola da armadilha entre o corpo da armadilha e a alavanca armadilha. Coincidir as duas peças comprimindo-as, e colocar o eixo entre os orifícios. 3.5.8 Colocar o percussor passando uma broca (diâmetro de 2,57 + 0,035) pelo furo do pino do percussor, colocando o pino. 3.5.9 Colocar o zarelho anterior com a pega para frente. Colocar a seguir a arruela de pres-são na parte cônica, calcando-a de modo que, alargando, possa penetrar no rebaixo exis-tente na luva de fixação do cano, impedindo a saída do zarelho e deixando-o girar livremen-te. 3.5.10 Introduzir o suporte do zarelho posterior no orifício da tampa. Montar o suporte guia da mola recuperadora, o amortecedor e o protetor do amortecedor. Fixar essas peças com a arruela de travamento, colocando-a no rebaixo existente no suporte do zarelho. 3.5.11 Para a montagem da chapa da soleira, coloca-se o seu mergulhador e mola em seu alojamento, observando a posição correta da chapa. Pressiona-se o tubo da coronha contra a mesma, de modo a comprimir a mola, fazendo coincidir os orifícios. Coloca-se o eixo da chapa. Monta-se a arruela de travamento no eixo da chapa da soleira. 3.5.12 Coloca-se a mola e o mergulhador da coronha em seu alojamento, com a ponta do mergulhador para fora. Comprime-se a coronha, fazendo coincidir os orifícios do suporte da coronha e da charneira. Colocar o eixo da charneira da coronha, mantendo a coronha reba-tida.

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3.5.13 Com uma ferramenta especial, colocar o impulsor da alavanca de disparo no bloco central da caixa da culatra, girando-a meia volta, até que a aba de seu suporte aloje-se no seu encaixe no bloco central. 3.5.14 Para a montagem da armadilha, mantém-se o dente da peca para frente. Coloca-se a armadilha de modo que o furo do eixo venha a coincidir com o orifício da caixa da culatra. Em seguida, colocar o pino limitador da armadilha no orifício correspondente, de modo a passar no entalhe existente na parte posterior, a fim de limitar o seu curso. 3.5.15 Girando a alavanca de disparo para cima, colocar o conjunto na caixa da culatra, de modo que o furo superior do gatilho coincida com o orifício da caixa da culatra. Colocar o eixo do gatilho. Para evitar que o gatilho gire, colocar um toca-pino, temporariamente, no orifício da caixa da culatra, de modo que detenha o gatilho, agindo no orifício de limitação do curso do mesmo. 3.5.16 Segurando o conjunto do dispositivo do punho, encaixar a alavanca seletora de tiro. Colocar o impulsor do dispositivo por baixo, passando pelo rasgo existente no centro da alavanca 13.5.17 Montar a alavanca seletora no suporte, comprimindo o mergulhador com a chave de fenda e girá-la à direita, até encontrar um dos pontos de fixação do suporte, en-caixando-o em seguida na culatra. Com um toca-pino, forçar a alavanca do seletor de tiro à esquerda, antes de encaixar o conjunto. 3.5.18 Montar o conjunto do dispositivo de segurança do punho na caixa da culatra, intro-duzindo, inicialmente, sua parte posterior. Retirar o toca-pino do orifício, caixa da culatra e alinhar o furo do dispositivo de segurança com o referido orifício, colocando o pino limitador do gatilho-eixo no orifício da caixa da culatra, fazendo passar, também, no rasgo limitador e no furo da alavanca seletora de tiro. Montar o retém do ferrolho no seu encaixe no disposi-tivo, com o dente para frente. Agindo na tecla do dispositivo de segurança, nivelar o encaixe do dente de travamento da armadilha com a base da alavanca da armadilha. Introduzir uma chave de fenda no orifício do alojamento do suporte do impulsor do dispositivo de segurança. Soltar o impulsor do dispositivo de segurança do punho, transferindo a extremidade do impulsor para a base da alavanca da armadilha. 3.5.19 Colocar o tirante do punho anterior, de modo que coincida seu orifício com o orifício da caixa da culatra e prendê-lo com o seu eixo. Montar o punho em seu tirante, colocando o fundo do punho e fixando estas peças com a porca em seu tirante, utilizando uma chave de fenda especial. 3.5.20 Colocar as placas do punho posterior, parafusando-as. 3.5.21 Colocar a mola do extrator sobre o fundo do alojamento. Colocar o extrator com o dente para frente no alojamento, de modo que seu orifício coincida com o orifício de seu eixo no ferrolho. Colocar o eixo do extrator. 3.5.22 Montar o carregador, introduzindo o transportador e o conjunto mola-retém na ar-mação metálica, com a extremidade mais elevada da espiral superior voltada para frente. Pressionar o retém de modo a permitir que o fundo do carregador deslize em seu encaixe. 3.5.23 Colocar o punho posterior na caixa da culatra, ajustando-se até que o orifício do pu-nho alinhe-se com o orifício da caixa da culatra. Colocar entre os orifícios o tubo de fixação da armação, com a cabeça voltada para a janela de ejeção.

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3.5.24 Para montar o cano-ferrolho e a luva de fixação do cano, encaixa-se o cano no ferro-lho, encaixa-se a luva de fixação no conjunto, fazendo os ressaltos existentes no cano coin-cidirem com os rasgos existentes na luva. Girar a luva 1/4 de volta. Abaixar o retém da luva e colocar todo o conjunto na caixa da culatra. Atarraxar a luva, até que o pino encaixe no orifício existente na luva, fixando-a. 3.5.25 Introduzir a mola recuperadora pela retaguarda da arma e atarraxar a tampa da cai-xa da culatra até a mesma engrazar-se no retém da tampa. 3.5.26 Introduzir o carregador em seu alojamento até que fique preso pelo seu retém. 3.5.27 Prender a bandoleira nos zarelhos com os grampos de segurança. 3.6 Funcionamento Para se estudar o funcionamento da MT 12 A, considera-se a arma alimentada e a execução do primeiro disparo. A janela de ejeção abre-se automaticamente no recuo ou no avanço do ferrolho. 3.6.1 Recuo da ferrolho Quando da deflagração da carga de pólvora, é gerada uma pressão que age em todos os sentidos, sendo retida pelas paredes da câmara, forçando o projétil para frente e o ferrolho para trás. Graças à resistência da mola recuperadora e à massa do ferrolho, sua retração se inicia logo após a saída do projétil do cano (Sistema Blowback). 3.6.1.1 Extração A pressão que empurra o estojo contra seu alojamento no ferrolho obriga-o a recuar. A fun-ção do extrator é de manter o estojo fixo em seu lugar no alojamento no ferrolho, a fim de evitar que ele caia no mecanismo antes da ejeção. O extrator serve também para a extra-ção de um estojo que tenha ficado preso na câmara provocando um incidente de tiro. 3.6.1.2 Ejeção No momento em que o alojamento do culote do cartucho no ferrolho encontra-se, aproxi-madamente, na altura da parte posterior da janela de ejeção, o estojo entra em contato com o ejetor que, sobressaindo do alojamento do culote, obriga-se a girar em torno da gar-ra do extrator e projeta o para fora da arma. 3.6.1.3 Apresentação do novo cartucho Continuando seu movimento para a retaguarda, o ferrolho ultrapassa o carregador. Os car-tuchos do carregador, não mais seguros pelo ferrolho, e sob ação da mola, elevam-se, sen-do limitados pelas abas do carregador, dando-se a apresentação do novo cartucho. 3.6.2 Avanço do ferrolho 3.6.2.1 Engatilhamento Após o recuo do ferrolho, a mola recuperadora o empurra para frente; ele é retido logo no início do seu curso pela armadilha, se a alavanca seletora estiver na posição de tiro intermi

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tente, ou continua o seu movimento, se a alavanca estiver na posição de tiros em rajadas. 3.6.2.2 Desengatilhamento A ação do dedo sobre a tecla do gatilho abaixa a parte posterior da armadilha, liberando o ferrolho, que, sob a ação da mola recuperadora, é lançado para frente. 3.6.2.3 Carregamento Após um percurso para frente de cerca de 35 mm, a parte inferior do ferrolho entra em con-tato com o culote do cartucho de cima do carregador e o empurra para frente. Em seu movimento, a ogiva do projétil encontra a rampa de acesso existente no cano. Esta orienta o projétil para a câmara, desprendendo, assim, o cartucho das do carregador. O ferrolho continua empurrando o culote do cartucho, introduzindo-o completamente na câ-mara, dando-se o carregamento. 3.6.2.4 Percussão O ferrolho, terminando seu movimento para frente, obriga o extrator a levantar-se, indo o culote do cartucho ocupar o alojamento do ferrolho. Ao mesmo tempo, o percussor, que é saliente no alojamento do culote do cartucho existente no ferrolho, percute a cápsula, pro-vocando a deflagração da carga de pólvora, com a deflagração, inicia-se novamente o ciclo. 3.7 Mecanismos de segurança A MT 12A possui dois dispositivos de segurança, além do seu próprio sistema de disparo, o que a torna uma arma muito segura para utilização. 3.7.1 Dispositivo de segurança do punho Trata-se de uma tecla colocada à frente do punho posterior. Não sendo comprimida corre-tamente, não permite o recuo ou avanço do ferrolho e nem o acionamento da tecla do gati-lho. Este dispositivo só permite o disparo se a arma estiver empunhada corretamente pelo atira-dor, evitando-se os riscos de disparos acidentais decorrentes de quedas. 3.7.2 Dispositivo da alavanca seletora de tiro Uma vez colocada na posição de "S" segurança, trava-se o ferrolho, a tecla do gatilho e a própria tecla do dispositivo de segurança do punho. 3.7.3 Sistema "Blowback" Sistema "Blowback" com engatilhamento mediante abertura da culatra grande massa para o fechamento no instante do disparo. Mantendo o ferrolho à frente com a arma alimentada e não carregada, mesmo sem ação dos dispositivos de trava, é impossível o disparo acidental. Este procedimento permite um rápido acionamento do ferrolho da arma, engatilhando-a e colocando-a em condições de efetuar o disparo. 3.8 Manejo Estando a arma inspecionada, inicia-se o manejo da seguinte forma:

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3.8.1 Municiar o carregador Segurar o carregador com uma das mãos, colocando os cartuchos um a um, por cima da boca. O culote do cartucho deve estar dirigido para a parte posterior do corpo. Empurrar os cartuchos para baixo das abas, exercendo pressão.

3.8.2 Coronha A abertura é feita com a mão direita, rebatendo-a até que o mergulhador do suporte da coronha penetre no seu alojamento na charneira. Rebater a chapa da soleira para a posição de apoio. Para o fechamento, retorna-se a chapa da soleira para a posição longitudinal e puxa-se o conjunto para trás, rebatendo-a para a direita da arma. 3.8.3 Alça de mira Pode ocupar duas posições. A primeira, O1, para o tiro até cem metros e, a segunda, 02, para o tiro até duzentos metros. Basta, para a mudança da alça, o basculamento. 3.8.4 Engatilhar Segurar a arma com a mão direita, pelo punho posterior, com a coronha aberta e a chapa da soleira apoiada na junção do braço com o antebraço. O cano estará voltado para cima e a tecla de segurança do punho corretamente posicionada. Puxar a alavanca de manejo para trás, engatilhando a arma.

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3.8.5 Travar Girar a alavanca seletora de tiro para a posição “S” (segurança).

3.8.6 Alimentar Inclinando-se a arma para a direita, introduzir o carregador municiado em seu alojamento, até que o retém o prenda, produzindo um estalido característico.

3.8.7 Selecionar o regime de tiro e destravar a arma. Para o tiro intermitente, deve-se girar a alavanca seletora para a posição "I" INTERMITEN-TE. Para o tiro contínuo, em rajadas, deve-se girar a alavanca para a posição "R" RAJADA. No ato de selecionar o regime de tiro, efetua-se também o destravamento da arma, retiran-do a alavanca seletora da posição "S" segurança. 3.8.8 Disparar Estando a arma corretamente empunhada e a tecla do dispositivo de segurança do punho pressionada, acionar a tecla do gatilho.

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3.8.9 Retirar o carregador Inclinar a arma para a direita e com o polegar da mão esquerda apertar o retém do carre-gador, retirando-o de seu alojamento. 3.8.10 Aspectos de segurança 3.8.10.1 Caso ocorra nega na munição ou outro incidente, retirar o carregador e efetuar o movimento da alavanca de manejo por duas vezes. sempre com a arma voltada para o al-vo, na tentativa de extrair o cartucho ou estojo que esteja na arma. Travar a arma com o ferrolho à retaguarda. Examinar a caixa da culatra, a câmara e a alma do cano, verificando haver alguma anormalidade. 3.8.10.2 Após introduzido o carregador municiado no seu alojamento, verificar se encontra corretamente ajustado, puxando-o para baixo. 3.8.10.3 Com a arma alimentada, nunca tentar levar o ferrolho à frente, posto que, se ocor-rer o carregamento manual, aumenta a possibilidade de disparo acidental. Nesta arma, o carregamento e disparo são simultâneos. 3.8.10.4 As operações de manejo devem ser executadas com a alavanca seletora de tipo posicionada em INTERMITENTE. 3.9 Inspeção preliminar 3.9.1 Ao receber a arma para o serviço, estando o carregador fora da arma, proceder da seguinte maneira: 3.9.1.1 Verificar sinais de ferrugem ou corrosão no acabamento externo. 3.9.1.2 Verificar se existem peças, parafusos ou pinos faltando. 3.9.1.3 Puxar a alavanca de manejo à retaguarda, pressionando a tecla do gatilho e a tecla do dispositivo de segurança do punho, mantendo a alavanca seletora na posição "I" intermi-tente. Efetuar o movimento duas vezes, verificando se a arma não se encontra carregada ou obstruída por resíduos no mecanismo. Verificar também se no primeiro e no segundo movimento há o engatilhamento da arma e se a tampa da janela de ejeção abre-se. 3.9.1.4 Mantendo a arma engatilhada, verificar se não existem resíduos de pólvora ou poei-ra nas partes internas. 3.9.1.5 Com um pedaço de papel branco ou com a unha colocada na parte inferior do cano, através da janela de ejeção, utilizando o reflexo da claridade, verificar as condições da al-ma. 3.9.1.6 Verificar as abas do carregador e a pressão da mola da mesa transportadora. 3.9.1.7 Colocar e retirar o carregador de seu alojamento, verificando o funcionamento do retém. 3.9.1.8 Verificar se não existem amassamentos ou sujeiras na alça e massa de mira. 3.9.1.9 Verificar as condições da coronha retrátil.

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3.9.2 Ao devolver a arma após o serviço, certificar-se de que o empenho da arma não a expôs a sujeiras, umidades ou amassamentos, perdas de peças e outros, anunciando as alterações ao responsável pela reserva.

3.10 Emprego operacional É uma arma apropriada para operações de combate aproximado, de grande poder de fogo, com bastante estabilidade e segurança para tiro, possuindo bom poder de intimidação. Para o serviço policial é adequada às operações de cerco e captura, repressão assaltos a bancos e estabelecimentos comerciais, repressão a motins, guarda de aquartelamentos, incursões, locais de homizio de marginais, contra-guerrilha rural e urbana. Seu emprego está embasado em manter altivo o princípio da superioridade sobre o margi-nal. Sua munição possui alto poder de penetração, devendo o responsável pela utilização anali-sar a conveniência de usá-la em zonas muito urbanizadas e favelas. Os disparos contínuos são de difícil controle, principalmente se realizados à altura dos quadris. O tiro automático deve restringir-se a situações extraordinárias, preferencialmente com a arma apoiada no ombro e com a coronha aberta, efetuando rajadas controladas de dois, ou três disparos. Portanto, o atirador deve estar treinado para o emprego com a submetralhadora. 3.11 Condução da arma 3.11.1 Pelo militar Sendo uma arma portátil, deve ser conduzida do lado em que o atirador a empunha, sus-tentada por sua bandoleira. Esta deve ser graduada em comprimento, de modo a permitir que a arma seja utilizada com a coronha aberta e na posição de tiro apoiado. Para tanto, a bandoleira deve ser apoiada no pescoço, e não colocada por dentro dos braços. É recomendada sua condução com o ferrolho à frente, alimentada e travada o que propor-ciona sua rápida utilização, apenas destravando a arma e puxando-se a alavanca de manejo para trás e destravando-a. 3.11.2 Na viatura A submetralhadora não é uma arma de reação, e sim, de repressão. Deve ser acondicionada no interior da viatura em um local, aonde a guarnição possa ter a segurança de sair da viatura e deixá-la. Será mantida travada em segurança e não alimen-tada. Seu carregador permanecerá municiado, com 2/3 da capacidade em local próprio. 3.12 Incidentes de tiro mais comuns

INCIDENTES DE TIRO CAUSAS CORREÇÃO

Falha no carregamento

• Arma suja e mal lubrifica-da • Cartucho não entra bem na câmara impedindo o fe-chamento

• Limpar e lubrificar • Substituir o carregamento • Puxar o ferrolho à reta-guarda, retirar o cartucho e, se necessário, substituir o carregador • Remover o estojo rompido

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• Ruptura do estojo Falha na percussão

• Ferrolho não fecha perfei-tamente • Munição defeituosa

• Puxar o ferrolho à reta-guarda, retirar o cartucho, pôr em seguida e tirar a e-ventual sujeira ou excesso de óleo. • Retirar o cartucho defeitu-oso

Falha na extração

• Câmara suja • Munição suja • Extrator rompido ou mola defeituosa

• Limpar a câmara • Substituir ou limpar os cartuchos • Substituir a parte defeitu-osa

Rajada de 2 ou 3 tiros com registro de tiro in-termitente

• Alavanca de disparo suja ou gasta

• Limpar ou substituir

Falha da segurança • Peças defeituosas • Substituir Ferrolho não vai à frente ao acionar o gatilho

• Inspecionar o mecanismo para verificar se existem pe-ças gastas ou fora de alinha-mento ou corpos estranhos.

• Limpar ou substituir peças defeituosas

3.13 Diferenças da MT 12 - Beretta Distingue-se da MT 12A, nos seguintes detalhes: 3.13.1 Designação 3.13.1.1 Nomenclatura: Metralhadora de Mão Beretta Calibre 9 mm Modelo 972; 3.13.1.2 Indicativo militar: Mtr 9 M972. 3.13.2 Desmontagem 3.13.2.1 Punho posterior Possui uma cavilha do tubo de fixação que deve ter suas extremidades pressionadas e em-purradas para o lado oposto. 3.13.2.2 Registro de tiro: Possui um botão de registro de tiro que, com uma chave de fenda aberta e a arruela de tra-vamento, deve ser retirado, pressionando o botão de registo para esquerda. 3.13.2.3 Registro de segurança Aberta a arruela de travamento com uma chave de fenda, pressionar o botão para a direita, retirando-o. 3.13.2.4 Não possui tampa da janela de ejeção 3.13.3 Montagem 3.13.4 Dispositivo de segurança do punho. 3.13.4.1 Dispositivo de segurança do punho: Semelhante ao modelo Taurus, sendo de tamanho reduzido.

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3.13.4.2 Botão do registro de segurança: Pressionado o lado "TRAVA", a forquilha do dispositivo de segurança encontra o diâmetro maior do registro, ficando a tecla imobilizada. 3.13.4.3 Registo de tiro: Pressionado do lado "INTERMITENTE", efetuará o tiro semi-automático e, do lado "RAJADA", efetuará o tiro automático. 3.13.5 Manejo: 3.13.5.1 Travar: Pressiona-se o botão do registro de segurança do lado "TRAVA", travando a arma. 3.13.4.2 Selecionar regime de tiro: Pressiona-se o botão do registro de tiro do lado "INTERMITENTE", para o tiro semi-automático e do lado "RAJADA" para o tiro automático. 3.13.4.3 Destravar Pressiona-se o botão do registro de segurança do lado "FOGO". 3.13.4.4 Coronha Com a mão direita, rebate-se a coronha. Para o fechamento pressiona o retém da coronha, voltando-a para sua posição lateral.

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4. CARABINA CALIBRE .38 4.1 Apresentação

As armas de alavanca surgiram em meados do século XIX, nos Estados Unidos. Essas pri-meiras armas usavam a carga detonante no próprio projétil, por não possuir estojo, tornan-do o trancamento impreciso e prejudicial, diminuindo a velocidade do projétil. Por volta de 1860, foi desenvolvido um cartucho de estojo metálico e fogo circular no calibre .44, para ser utilizado em fuzil de alavanca que possuía capacidade para 16 cartuchos e 02 percussores que eram acionados ao mesmo tempo. Em 1866, surgiu a primeira carabina Winchester que utilizava também munição calibre .44 de fogo central. Foi mais bem aceito que o modelo anterior pois seu mecanismo fora aper-feiçoado e sua alimentação, que antes era efetuada pela parte inferior, foi modificada para uma pequena janela na lateral direita da caixa da culatra. Tornou-se largamente conhecida pela denominação de “papo amarelo”, por ter a caixa da culatra feita de uma única peça de latão fundido. Essa carabina foi largamente usada pelas tropas confederadas na Guerra da Secessão Norte Americana. No ano de 1892, a "papo amarelo" foi aperfeiçoada e evoluída, surgindo então a Winchester 92, que se tornou a carabina de sela Norte-Americana. No Brasil, o rifle de alavanca surgiu em 1985, por iniciativa da firma Amadeo Rossi S/A, inspirado no modelo 92, recebendo denominação de Carabina PUMA e foi prontamente acei-to por usar o já difundido e conhecido calibre .38. Na Polícia Militar, a Carabina calibre .38 foi adquirida no ano de 1985 em quantidade sufici-ente, para suprir todas as Unidades. 4.2 Características 4.2.1 Designação 4.2.1.1 Nomenclatura: Carabina Rossi calibre .38, modelo 77; 4.2.1.1 Indicativo militar: Ca .38 M-77. 4.2.2 Classificação 4.2.2.1 Quanto ao tipo: portátil; 4.2.2.2 Quanto ao emprego: individual; 4.2.2.3 Quanto à alma do cano: raiada, 06 (seis) raias, à esquerda; 4.2.2.4 Quanto ao sistema de carregamento: retrocarga; 4.2.2.5 Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca central indireta; 4.2.2.6 Quanto à refrigeração: a ar;

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4.2.2.7 Quanto à alimentação: manual, após a introdução do último cartucho no tubo carre-gador, com capacidade para 10 cartuchos; 4.2.2.8 Quanto ao sentido de alimentação: de trás para frente pela janela na lateral da ar-mação; 4.2.2.9 Quanto ao funcionamento: de repetição; 4.2.2.10 Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. 4.2.3 Aparelho de pontaria 4.2.3.1 Alça de mira: tipo entalhe, com corte trapezoidal, regulável em altura; 4.2.3.2 Massa de mira: tipo ponto de barrote, seção trapezoidal. 4.2.4 Dados numéricos 4.2.4.1 Calibre: .38; 4.2.4.2 Peso: 2,750 kg; 4.2.4.3 Comprimento do cano: 20" (1508 mm); 4.2.4.4 Comprimento da arma: 37" (1949 mm); 4.2.4.5 Velocidade teórica de tiro: 20 tiros por minuto; 4.2.4.6 Velocidade prática de tiro: dependendo da habilidade do atirador; 4.2.4.7 Velocidade inicial do projétil: 345 metros/s; 4.2.4.8 Alcance máximo:1.600 metros; 4.2.4.9 Alcance útil: 900 metros; 4.2.4.10 Alcance com precisão (utilização): 100 metros; 4.2.4.11 Alcance Prático: 50 metros. 4.3 Munições utilizadas 4.3.1 Munição de manejo Utilizada na instrução para manejo da arma, carregamento, descarregamento e disparo. 4.3.2 Munição de festim A mesma utilizada no revólver .38. 4.3.3 Munição recarregada Usada pela Corporação nos treinamentos práticos de tiro, consistindo no aproveitamento de estojo, com menor carga de projeção que a munição real. A munição com projétil de ponta oca não deve ser colocada no tubo carregador e, sim, diretamente na câmara, para execu-ção dos tiros de treinamento. 4.3.4 Munição real Utiliza o cartucho mais famoso da atualidade, o 38 SPL. Esse cartucho utiliza uma pólvora especial e um projétil leve, proporcionando grande precisão no tiro e um retrocesso da arma moderado. O cartucho .38 SPL surgiu no ano de 1902. Outra característica dessa munição é a velocidade inicial de 345 metros/s, considerada como ideal para o tiro.

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RELAÇÃO DAS PEÇAS DA CARABINA PUMA

ITEM DENOMINAÇÃO 01 FERROLHO ESQUERDO E DIREITO 02 ALAVANCA DE COMANDO 03 GUIA ESQUERDO E DIREITO DO CARTUCHO 04 TAMPA DA CAIXA COMPLETA 05 GRADUADOR COM ALÇA DE MIRA 06 CAIXA DO MECANISMO 07 CANO 08 BRAÇADEIRA ANTERIOR DO CARREGADOR E MASSA DE MIRA 09 TUBO CARREGADOR 10 IMPULSOR 11 TAMPÃO DO TUBO CARREGADOR 12 MOLA DO IMPULSOR 13 BRAÇADEIRA POSTERIOR 14 GUARNIÇÃO 15 TRANSPORTADOR 16 EJETOR COM MOLA E ANEL 17 CÃO 18 EXTRATOR 19 CULATRA MÓVEL 20 ÊMBOLO DO CÃO 21 MOLA DO CÃO 22 PERCUSSOR 23 MANCAL DO GATILHO 24 CORONHA

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4.4 Desmontagem Essa arma não deve ser desmontada pelo usuário e sua manutenção ficará restrita à limpe-za das partes externas, do interior do cano e mecanismo da culatra. A desmontagem só poderá ser feita por pessoal especializado. 4.4.1 Retirar o parafuso de fixação da coronha com chave de fenda grande, desalojando-o e, após, puxar a coronha e o conjunto-cano e caixa do mecanismo, em sentido contrário. 4.4.2 Recuar o cão manualmente até visualizar o furo da haste do seu êmbolo passar, por este, um arame de 0,8 mm, bloqueando a ação da mola do cão. 4.4.3 Retirar o parafuso do eixo do cão e o conjunto manual do gatilho, no sentido como fora retirada a coronha. Após, retirar para baixo o conjunto: cão, êmbolo e mola do cão. 4.4.4 Retirar o parafuso do tampão e secar o eixo da alavanca de comando utilizando um saca-pino e martelo. A seguir, retira-se o conjunto alavanca de comando, eixos dos ferro-lhos e ferrolhos direito e esquerdo. Retirar o conjunto da culatra móvel que está livre, jun-tamente com o ejetor, mola e anel ejetor. 4.4.5 Retirar os parafusos do transportador de ambos os lados e retirar o transportador. 4.4.6 Retirar os parafusos guia do cartucho e retirar o guia direito e guia esquerdo do cartu cho, respectivamente. 4.4.7 Retirar o parafuso da tampa da caixa e a tampa da caixa completa. 4.4.8 Desparafusar o tampão do tubo carregador, pressionando o tampão do tubo, após, soltar levemente o tampão, retirando-o, como também a mola do impulsor e o impulsor. 4.4.9 Desparafusar o parafuso da braçadeira anterior, retirando, após, a braçadeira anteri-or. 4.4.10 Desparafusar a braçadeira posterior, e com um martelo plástico, bater na braçadeira, no sentido anterior, retirando-a e soltando o tubo carregador e a guarnição. 4.4.11 Desmontar a alça de mira, usando um martelo plástico. 4.4.12 A desmontagem dos subconjuntos, como culatra-móvel, mancal do gatilho, cão, guia esquerdo, alavanca de comando e transportador poderá ser feita retirando-se os pinos e eixos.

4.5 Montagem 4.5.1 Montar a alça de mira e graduador. 4.5.2 Montar o tubo carregador com a guarnição, observando a posição dos furos e ajusta-gem perfeita. 4.5.3 Montar a braçadeira posterior e respectivo parafuso; 4.5.4 Montar a braçadeira anterior e respectivo parafuso. 4.5.5 Montar o impulsor, mola do impulsor, tampão do tubo carregador e parafuso do tam-pão.

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4.5.6 Montar a tampa da caixa e respectivo parafuso. 4.5.7 Montar o guia esquerdo do cartucho com o retém do cartucho, pino e respectivo para-fuso. 4.5.8 Montar o guia direito e respectivo parafuso. 4.5.9 Montar o transportador e respectivos parafusos. 4.5.10 Montar o subconjunto da culatra-móvel com o anel do ejetor, mola do ejetor, pres-sionando contra a face posterior do cano e introduzir, provisoriamente, o ferrolho no aloja-mento. Posicionar e montar a alavanca de comando. Introduzir o eixo da ala parafuso do tampão e retirar o ferrolho. 4.5.11 Montar o ferrolho direito e esquerdo, com respectivo eixo e parafuso. 4.5.12 Posicionar o subconjunto cão, êmbolo do cão, mola do cão, subconjunto mancal do gatilho, gatilho, eixo do gatilho, mola do gatilho e parafuso da mola do gatilho. A seguir, introduzir o parafuso do eixo do cão. 4.5.13 Armar o cão e retirar o arame que bloqueia a mola do êmbolo do cão. 4.5.14 Montar a coronha e respectivo parafuso 4.6 Funcionamento 4.6.1 Ao movimentar a alavanca de comando para frente, a culatra-móvel recua armando o cão. 4.6.2 O transportador eleva o cartucho à ante-câmara, posicionando-o entre os guias es-querdo e direito do cartucho. 4.6.3 Ao movimentar novamente a alavanca de comando, no ato de fechar a arma, a cula-tra-móvel empurra o cartucho na direção da câmara. 4.6.4 Ao terminar o ato de fechar a arma, esta é trancada pelos ferrolhos esquerdo e direi-to. 4.6.5 Com o fechamento e trancamento da arma, esta se encontra na posição engatilhada, pronta para o tiro. 4.6.6 Acionando a tecla do gatilho, lentamente, o cão irá de encontro ao percussor, que detonará a espoleta, provocando a queima da carga ativa do cartucho, que, por sua vez, impulsionará o projétil, através do cano, até atingir o objetivo visado. 4.6.7 Ao movimentar novamente a alavanca de comando para frente, o estojo vazio é ex-traído e ejetado para cima e à direita. 4.6.8 Ao mesmo tempo que o estojo vazio é ejetado, um outro cartucho é apresentado no transportador iniciando todo ciclo, novamente. 4.7 Mecanismos de segurança 4.7.1 A carabina de repetição calibre .38, possui um sistema de segurança no cão propor-cionado por um dente de bloqueio que atua contra disparos acidentais ocasionados por que

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das, choques ou batidas sobre o cão. 4.7.2 Dispõe de descanso no cão, sem tocar no percussor. 4.8 Manejo 4.8.1 Municiar e alimentar Estando a arma já inspecionada e com o cão na posição de descanso, introduzir os cartu-chos, um a um, no tubo carregador, através da janela lateral. A operação de municiar a arma é simultânea com a alimentação, uma vez que o tubo carregador da arma é acoplado a esta.

4.8.2 Engatilhar e carregar Movimentar a alavanca de comando para frente, provocando apresentação do cartucho no transportador. Movimentar novamente a alavanca de comando para trás, possibilitando que a culatra-móvel empurre o cartucho para a câmara e se complete o trancamento da arma pelo ferrolho. Primeiro engatilha e depois carrega, são as operações que o usuário da arma executa com dois movimentos da alavanca de comando.

4.8.3 Disparar É executada com o acionamento da tecla do gatilho, lentamente.

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4.8.4 Extração e ejeção Movimentar a alavanca de comando para frente, proporcionando a extração e ejeção do estojo.

4.8.5 Aspectos de segurança 4.8.5.1 Ao receber a arma, o usuário deverá certificar-se da inexistência de munição no seu interior. Para tal, estando a arma aberta, deverá verificar a câmara, o transportador e ainda introduzir o dedo mínimo no tubo carregador. 4.8.5.2 Nas situações de emprego operacional, a arma deverá estar alimentada com o má-ximo 06 (seis) cartuchos, evitando o forçamento da mola do impulsor. 4.8.5.3 Estando a arma apenas alimentada com os cartuchos no tubo carregador, o desmu-niciamento é feito da seguinte forma: leva-se a alavanca de comando à frente, proporcio-nando a apresentação de um cartucho no transportador. Em seguida, sem efetuar o carre-gamento, dá-se um ligeiro toque no cartucho de forma a permitir a sua liberação das guias que o prendem.

Na seqüência, vira-se a culatra para baixo, amparando se com a mão para receber a muni-ção. Pode-se, ainda, em vez de dar o toque no cartucho, movimentar a alavanca de coman-do ligeiramente à frente, o que proporcionará a sua liberação das guias.

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4.8.5.4 Após efetuado o tiro, nos casos de treinamento, desejando o reaproveitamento do estojo, basta acionar a alavanca de comando lentamente que este não será projetado para longe da arma, podendo a ejeção ser amparada pelas mãos do usuário, com a arma virada. 4.8.5.5 O acionamento da alavanca de comando deverá ser efetuado sempre com 01 ou 04 dedos no seu interior, ficando apenas o dedo polegar sem contato com a arma. Quando este procedimento não for possível devido às dimensões da mão do usuário, o manejo deverá ser executado deixando-se o dedo mínimo na parte externa posterior da alavanca, perma-necendo sempre os dedos médio, anular e indicador no interior da alavanca. 4.8.5.6 Estando a arma engatilhada e carregada, o usuário deverá proceder conforme as regras do desmuniciamento, sem tentar desengatilhá-la, levando o cão à frente. Caso não seja possível, a operação de desengatihamento torna-se perigosa, posto que se o cão se soltar, haverá a percussão. Para diminuir o risco do disparo acidental deve-se manter a te-cla do gatilho pressionada apenas o tempo suficiente para liberação do cão, que estará se-guro pelo dedo polegar. Imediatamente após, deve-se retirar o dedo indicador da tecla do gatilho, deixando-se livre e só então prosseguir o avanço do dedo polegar segurando o cão. Esse processo deve ser treinado pelo atirador utilizando munição de manejo. 4.8.5.7 Quando efetuar o tiro, tomar cuidado com a trajetória do estojo ejetado que poderá ferir o companheiro que porventura se encontrar ao lado, ou ao próprio usuário. 4.8.5.8 Não encostar a arma, em pé, na parede, pois poderá danificar sua massa de mira. 4.9 Inspeção preliminar 4.9.1 Inspecionar a carabina quanto à aparência geral, perfeição do funcionamento, perda de parafusos, pinos de armação e rachaduras. 4.9.2 Verificar se a janela lateral se encontra fechada, completamente; caso contrário, não será possível movimentar a alavanca de comando. 4.9.3 Verificar se os ferrolhos esquerdo e direito executam com perfeição o fechamento e o trancamento da arma. 4.9.4 Examinar c conjunto alavanca de comando, culatra-móvel e cão, para certificar-se do funcionamento adequado de seus mecanismos. 4.9.5 Acionar a tecla do gatilho lentamente, e, ao mesmo tempo, com o polegar da mão

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que empunha a arma, conduzir o cão até sua posição de descanso, verificando se a tecla do gatilho libera, normalmente, a ação do cão. 4.9.6 Verificar se o graduador da alça de mira se encontra em sua posição, devidamente preso. 4.9.7 Examinar a massa de mira quanto à sua firmeza, junto à braçadeira anterior do car-regador, e quanto à existência de rebarbas. Tais aspectos contribuem para um alinhamento visual incorreto. 4.9.8 Verificar se no interior do cano existem sinais de ferrugem, corpos estranhos, e se o raiamento se encontra obstruído. 4.10 Emprego operacional A carabina calibre .38 poderá ser empregada no serviço operacional, em situações, onde haja necessidade de efetuar o tiro com precisão, em distâncias onde o uso de revólver seja considerado inadequado ou ineficiente. Não deve ser empregada como meio de demonstração de força, considerando que utiliza a mesma munição do revólver, devendo ser empregada para execução de tiro de precisão a longas distâncias. Como esse tipo de disparo não corresponde à rotina operacional, ela só será utilizada no caso de comprovada necessidade por um policial previamente preparado, que tenha recebido instrução sobre sua utilização adequada, tendo sido selecionado para o seu manuseio. Dessa forma, sua distribuição às viaturas lançadas no turno deverá ser criteriosa, de modo que apenas algumas delas as receba e fique em condições de atuar em cobertura às demais (ROTAM, TÁTICO-MÓVEL, CPU e BME). Considerando o caráter eventual e específico de seu emprego operacional, de serviço, a ali-mentação e o carregamento serão executados a comando, diante de uma situação real. Salvaguardar seu emprego para situações onde o agente esteja entrincheirado ou homizia-do, com conhecida localização, policiamento em barreiras, assaltos e seqüestros. 4.11 Condução da arma 4.11.1 Na viatura Os locais mais adequados para condução da carabina calibre .38, na viatura, são: abaixo do porta-luvas, nas laterais sobre o banco traseiro, em consoles de madeira localizados na par-te superior da cabine e abaixo do banco dianteiro. Nesses locais, deverão ser adaptados suportes ou correias para fixação da arma. A carabina deverá estar acondicionada em capas de couro anatômicas, estojos apropriados, maletas, ou caixas de madeira forrada com espuma, conforme disponibilidade de espaço nos veícu-los, e sempre desmuniciadas. 4.11.2 Pelo militar Somente conduzirá a carabina, quando houver a iminência de seu emprego operacional. Durante o deslocamento a arma deverá estar cruzada à frente do peito, observando os de-talhes de forma recomendada, ou ao lado do corpo, com o cano voltado para baixo e o dedo indicador fora da tecla do gatilho.

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4.12 Incidente de tiros mais comuns

INCIDENTES CAUSAS CORREÇÃO cão em segurança

aciona o percussor

cão gasto ou quebrado mola do gatilho gasta ou

quebrada

trocar o cão trocar a mola do impulsor

cão sem descanso

dente do cão desapertado com o gatilho

apertar o dente do cão em relação do gatilho

mal funcionamento da mola do impulsor

sujeira no interior do tubo carregador

mola do impulsor gasta ou quebrada

limpar o tubo interna-mente

trocar a mola do impulsor

alavanca de comando pesada p/ abrir ou fechar

rebarbas no chanfro do pino batente

ferrolhos e cão desaper-tados

escovar o chanfro do pino batente

reajustar com lima os ferrolhos e o cão

não extrai ou não ejeta

extrator desajustado falta de pressão no

extrator

ajustar o extrator aumentar a pressão

extração de 02 cartu-chos simultâneos

guias do cartucho defeituoso

trocar os guias

janela lateral tranca ao carregador

rebarba na rampa de entrada do cartucho

escovar a rampa

percussor pesado

passagem da mola do ejetor no percussor obstruída

limpar a passagem

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5. FUZIL AUTOMÁTICO LEVE CALIBRE 7.62mm

5.1 Apresentação O fuzil calibre 7.62 MD 2 ;(PARAFAL), coronha rebatível (dobrável) é o típico fuzil de assalto amplamente usado por paraquedistas, combatentes de selva, comandos e tropas especiais de polícia. A característica principal deste fuzil é sua coronha rebatível que permite facilida-de de transporte e maior maneabilidade em ações de combate. É fabricado no Brasil pela Indústria de Material Bélico .(IMBEL), na fábrica deItajubá-MG, sob licença da Bélgica, país de origem.do FAL. Denominado M-964 (modeIo I964), o FAL produzido pela IMBEL é um irmão gêmeo.famoso FN FAL produzido na Bélgica. pela Fabrique Nationale de Herstal. São fabricadas pela IMBEL três versões básicas do FAL: o de coronha inteiriça, o PARAFAL (ver-são paraquedistas de coronha dobrável) e o FAP (fuzil Automático Pesado), versão com·cano reforçado e bipé.

O FAL surgiu em 1950. Em 1953, as nações filiadas à OTAN (Organização do Tratado Atlân-tico Norte) resolveram padronizar o armamento e munições das Forças Armadas, buscando fascilitar o apoio logístico em campo de guerra. O calibre escolhido foi o 7,62mm. No Brasil, o FAL veio substituir os velhos mosquetões modelo 1908 e começou a fabricação em mea-dos da década de 64 e é até hoje arma portátil de dotação do Exército Brasileiro e de vários outros países. 5.2 Características 5.2.1 Designação 5.2.1.1 Nomeclatura: Fuzil Automático Leve - IMBEL, calibre 7,62mm, modelo MD 2

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5.2.2 Classificação 5.2.2.1 Quanto ao tipo: portátil; 5.2.2.2 Quanto ao emprego: Individual; 5.2.2.3 Quanto a alma do cano: Raiada', 04 raias à direita com passo de 305mm; 5.2.2.4 Quanto ao sistema de carregamento: Retrocarqa; 5.2.2.5 Quanto ao sistema de inflamação: Percussão intrínseca central indireta; 5.2.2.6 Quanto à refrigeração: A ar; 5.2.2.7 Quanto a alimentação: Carregador metálico, tipo·cofre, com capacidade para 20 (reto) ou 30 cartuchos (semi-curtos); 5.2.2.8 Quanto ao sentido da alimentação: De baixo para cima; 5.2.2.9 Quanto ao funcionamento: Semi-automático; 5.2.2.10 Quanto ao princípio de funcionamento: Tomada de gases em um ponto do cano. Ação indireta dos gases (êmbolo). 5.2.3 Aparelho de pontaria 5.2.3.1 Alça de mira: Tipo visor Basculante, graduada para 150 e 250 metros com proteção lateral; 5.2.3.2 Massa de mira: Tipo ponto, cova proteção lateral.· 5.2.4 Dados numéricos 5.2.4.1 Calibre: 7,62 mm 5.2.4.2 Peso 5.2.4.2.1 Da arma sem carregador: 4.430; 5.2.4.2.2 Do carregador vazio 20 tiros: 91 g; 5.2.4.2.3 Do carregador vazio 30 tiros: 113g; 5.2.4.2.4 Do carregador cheio 20 tiros: 318g; 5.2.4.2.5 Do carregador cheio 30 tiros: 450g; 5.2.4.2.6 Baioneta com bainha: 330g; 5.2.4.3 Comprimento da arma 5.2.4.3.1 Total: 1030 mm; 5.2.4.3.2 Coronha rebatida: 760 mm 5.2.4.3.3 Cano: 453 mm; 5.2.4.3.4 Baioneta: 290 mm; 5.2.4.4 Velocidade teórica de tiro: 670 a 700 tiros/min; 5.2.4.5 Velocidade prática de tiro: 120 tiros/min (rajada)e 60.tiros (intermitente); 5.2.4.6 Alcance máximo: 3.800 m; 5.2.4.7 Alcance útil : 1.200 m; 5.2.4.8 Alcance de utilização: 600 m; 5.2.4.9 Alcance prático: 5.2.4.9.1 Rajada: 20 metros; 5.2.4.9.2 Intermitente: 100 m; 5.2.4.10 Velocidade Inicial do projétil: 840 m/s; 5.2.4.11 Força para disparar o gatilho: 3,5 a 4,5 Kg

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5.3 Munições utilizadas 5.3.1 Comum: Cartucho 7,62 mm NATO. ou cartucho 7,62mm M1 totalmente jaquetado. É constituído por uma jaqueta de tomback e um núcleo de chumbo. esta munição é utilizada contra pessoal e alvos não blindados; 5.3.2 Perfurante: Cartucho 7,62mm NATO ou cartucho 7,62mm-M1-PF, totalmente jaque-tado. É constituído por uma jaqueta, de tomback e um núcleo de aço temperado que preen-che aproximadamente de 75% do volume interno da parte anterior da jaqueta, e um en-chimento de chumbo que preenche a cavidade interna posterior da jaqueta. Perfura uma chapa de aço SAE 1010 ou 1020 com espessura de 3,4 mm de dureza ROCKWELL B55-99, situada a·1.100 metros da boca e colocada perpendicularmente à trajetória do projétil. Esta munição é utilizada contra pessoal, alvos protegidos por blindagens leves ou alvos resisten-tes a projeteis comuns. A ponta do projétil é pintada na cor preta, para identificação; 5.3.3 Traçante: Cartucho 7,62 mm M1 TR totalmente jaquetado. É constituído por uma jaqueta de tomback e um enchimento de chumbo que preenche a parte anterior da jaqueta. Na parte posterior são prensadas as misturas traçante e iniciadora. A ponta é pintada na cor vermelha. O traço apresenta luminosidade total a partir de uma distância entre 100 a 800 metros da boca da arma. Esta munição permite perfeita observação visual da trajetória do projétil, sendo utilizado para sinalização e direção do tiro; 5.3.4 Perfurante-intermediário: Cartucho 7,62 mm PFI NATO ou cartucho 7,62 mm M1 PFI, totalmente jaquetado. A ponta do projétil é pintada na cor azul marinho; 5.3.5 Perfurante-Núcleo de Metal Duro: Este tipo de Projétil, desenvolvido para aumentar a eficiêncina da munição perfurante, tem poder de perfuração superior àquela. É constituído por uma jaqueta de tomback, um núcleo de metal duro fabricado com liga de composição especial e por uma capa de alumínio que envolve parte do corpo do núcleo. Internamente o espaço entre a ponta do núcleo e a ponta da jaqueta é preenchido por uma mistura inerte. Perfura uma chapa de aço SAE 1040 ou 1045 com espessura de 12,7 mm de dureza BRI-NELL 400-415, situada a 100 metros da boca da arma e colocada perpendicularmente à trajetória do projétil. Nas mesmas condições o projetil perfurante convencional penetra de 8 a 9 mm na chapa, não conseguindo perfurá-la completamente. Duas faixas nas cores preta e branca, pintadas na ponta do projétil identificam esta munição; 5.3.6 Lançamento de granadas: Cartucho 7,62 mm Lç NATO ou cartucho 7,62 M1 Lç, com gargalo enrrugado, sem projétil. Possui somente carga de pólvora e espoleta; 5.3.7 Festim: Cartucho 7;62mm FT NATO Blank Star ou cartucho 7,62mm M1 FT. É identi-ficado pela ausência,do projétil e possuir duplo gargalo. A parte anterior do gargalo é utili-zada para fazer o fechamento do cartucho em formato ogival; por meio de gomos. O cartu-cho é utilizado em armas equipadas com "blank firing attachment" em exercício de tiro para treinamento de pessoal e salvas militares; 5.3.8 Manejo: Cartucho 7,62mm Ma NATO ou cartucho 7,62mm M1 Ma, totalmente jaque-tado, sem carga ativa e espoleta inerte, com corpo do estojo amassado. É utilizado·para instrução das operações de manejo com a arma;. 5.3.9 Competição: Cartucho 7,62 mm com exceIente performance desenvolvido especial-mente para tiro de alta precisão. É ·constituído por uma jaqueta de tomback que envolve um núcleo de chumbo. A base do projétil é do tipo "boat-failed" com formato, especial. A ponta do projétil não possui qualquer identificação;

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5.3.10 Soft Point : Cartucho 7,62mm NATO ou cartucho 7,62mm M1 .SF, semi-jaquetado, com ponta de.chumbo. Desenvolvido para ser utilizado em áreas urbanas e em situações onde não; se deseja grande poder de penetração. 5.4 Mecanismo de segurança O registro de tiro e segurança apresenta as sequintes posições: 5.4.1 “S” (SEGURANÇA): Indica que a arma está travada; 5.4.2 “R”(INTERMITENTE): Indica que a arma está no regime de tiro intermitente, a arma funciona tiro a tiro (regime semi-automático); 5.4.3 Tiro de Repetição (Lançamento de granada): Para o lançamento de granada empre-ga-se o "tiro de repetição" para o que, além do registro de tiro e de segurança ser colocado. na posição "R", deve-se girar o obturador de cilindro de gases até que as letras "Gr" fiquem 5.4.4 para cima. É usado, então, um cartucho de lançamento para lançar a granada. 5.5 Manejo 5.5.1 Municiar carregador: introduzir um a um os cartuchos no carregador para o lado da nervura do carregador. Pode ser. usado o aparelho municiador que agilize o carregamento. 5.5.2 Travar a arma 5.5.2.1 Colocar o reqistro de tiro e segurança em "S".

5.5.3 Abrir a arma 5.5.3.1 Apoiar a arma; 5.5.3.2 Puxar a alavanca de manejo; 5.5.3.3 Com a mão direita prender o retém do ferrolho; 5.5.3.4 Soltar devagar a mão esquerda. 5.5.3.5 Alimentar a arma Introduzir o carregador na arma, encaixando-o pela sua parte anterior, no receptor do car-regador.

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5.5.4 Carregar a arma Puxar o conjunto ferrolho e impulsor do ferrolho a retaguarda, o retém do ferrolho cairá pela ação da gravidade. Após, soltar o conjunto, que ao se deslocar para frente retirará um cartucho do carregador e o introduzirá na câmara.

5.5.5 Colocar o registro de tiro em “R” ou "A" de acordo com o·regime de tiro desejado. 5.5.6 Apontar e disparar a arma. 5.6 Inspeção preliminar 5.6.1 Verificar o estado geral do armamento; 5.6.2 Verificar se não faltam pinos, parafusos ou qualquer outra peça externa. 5.6.3 Por duas vezes puxar a alavanca de manejo dando o chamado ·” golpe de seguran-ça". Este procedimento visa observar a inexistência de cartuchos na câmara e verificar o funcionamento do mecanismo. Tal procedimento deverá ser feito sem o carregador. 5.6.4 Verificar o estado da mola de elevação do carregador.se estão em bom estado.

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5.6.5 Verificar a posição do obturador do cilindro de gases e do anel regulador do escape de gases. 5.6.6 Verificar se o cano está desobstruído. 5.6.7 Inspecionar o aparelho de pontaria. 5.7 Emprego Operacional O FAL cal 7,62 mm deverá ser empregado no serviço operacional quando a situação exigir um tiro de muita precisão, longo alcance (acima de 100 m) e grande poder de penetração. Os carregadores, em situação nornal, devem, estar municiados com 2/3 de sua capacidade total. Podemos citar como exemplo, dessas situações, marginais entrincheirados e homiziados, captura de marginais em zonas rurais e criminosos de extrema periculosidade, ocupação de pontos estratégicos, sensíveis e vulneráveis, barreiras, assaltos e seqüestros. Em princípio, devemos evitar o uso da arma em zona urbana, devido ao grande alcance e poder de penetração da munição utilizada. Não deve ser empregado como meio de demonstração de força, e considerando o caráter eventual e específico de seu emprego operacional, não há necessidade que a arma esteja alimentada, no interior da viatura, durante a jornada de serviço. A alimentação e engati-lhamento da arma serão executados a comando, diante de uma situação real. Somente poderão operar com a arma, os militares devidamente treinados e cadastrados para essa finalidade. 5.8 Condução da Arma 5.8.1 Pelo militar Somente conduzirá o PARAFAL cal 7,62mm quando houver iminência de seu emprego ope-recional. Durante o deslocamento, de acordo com a avaliação do terreno e com a particula-ridade da missão, a arma deverá estar cruzada à frente do peito, em bandoleira, a tira-colo ou na mão. Quando o militar. tiver que conduzir a arma no, interior dos quartéis e/ou estandes, sempre deixá-la descarregada e sem o carregador, conduzindo-a cruzada à frente do jeito, em ban-doleira, a tira-colo ou na mão segura pelo punho.

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5.8.2 Em viatura Para se conduzir o PARAFAL cal 7,62mm na viaturas, recomenda-se acondicionar a arma em uma maleta própria, ou utilizar uma capa apropriada para o transporte da arma longa. Caso venha a ser conduzida na viatura, individualmente, por cada homem, considerando-o as-sentado, recomenda-se transportá-lo entre as pernas, seguro com as duas mãos na altura do joelho do militar e do início do cano da arma: 5.9 Desmontagem 5.9.1 Medidas preliminares 5.9.1.1 Retirar o carregador;

5.9.1.2 Abrir a arma, reter o ferrolho aberto, efetuar inspeção visual e tátil da câmara e visual do interior do cano

5.9.1.3 Travar

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5.9.1.4 Retirar.o reforçador para o tiro de festim; 5.9.1.5 Retirar·a bandoleira;

5.9.2 Desmontagem de 1º escalão 5.9.2.1 Abrir a arma e efetuar a retirada do conjunto tampa-impulsor do ferrolho:

5.9.2.1.1 Armar a arma, puxando a alavanca de manejo para·retaguarda; 5.9.2.1.2 Levar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho o mais à frente possível (posi-ção·de trancamento). Acionar a chaveta do trinco de armação e abrir a arma; 5.9.2.1.3 Retirar a tampa juntamente.com o ferrolho, impulsor do ferrolho e molas re-cuperadoras, fazendo-a deslizar nas guias da caixa da culatra

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OBSERVAÇAO: A. tampa da caixa da culatra do PARAFAL leva em sua parte posterior um ressalto-gancho que se encaixa no bloco da armação. Este dispositivo impede a abertura normal · da arma quando as peças móveis não se encontram à frente, com o fim de se evi-tar a projeção da tampa para trás devido à pressão das molas recuperadoras. Se, por uma razão ou outra, as peças móveis não puderem. avançar completamente, a abertura da arma poderá ser executada da seguinte forma: (a) Efetuar a manobra normal. A tampa, empurrada pelas molas recuperadoras retrocede ligeiramente. e seu gancho se encaixa no alojamento do bloco da armação,' (b) Introduzir a lâmina de baioneta entre tampa e a parte interior da alça de mira; (c) Com a ajuda da baioneta, exercer uma pressão sobre a tampa até vencer a resistência. das molas,.cuidando para segurar a tampa assim que a arma abrir: (d) Separar o mecanismo móvel da tampa; (e) Comprimir ligeiramente as molas recuperadoras atuando sobre o impulsor do ferrolho e desprender este de tampa; (f) Separar do ferrolho as molas recuperadoras; (g) Separar o ferrolho do seu impulsor 5.9.2.2 Desmontar o ferrolho do impulsor do ferrolho, retirar o ferrolho, deixá-lo. cair normalmente e no mesmo tempo exercer pressão na cauda do percussor, utilizando a face de uma mesa de madeira;

5.9.2.3 Desmontar o percussor fazendo pressão sobre sua cauda e por meio de um saca-pino, tirar o pino. O percussor, retirado o pino, sairá de seu alojamento por força de sua mola;

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5.9.2.4 Desmontar o obturador do cilindro de gases fazendo pressão sobre o retém do obturador, girando de 1/4 de volta, no sentido dos ponteiros do relógio e retirá-lo;

5.9.2.5 Retirar o êmbolo do cilindro de gases e separar de sua mola. A última espira da mola é a mais apertada para mantê-la junto ao êmbolo;

5.9.2.6 Desmontar o guarda-mão desapertando o parafuso do guarda-mão e retirá-lo. 5.10 Funcionamento 5.10.1 Posição inicial A arma, para fins de estudo de seu funcionamento, é considerada em uma posição inicial definida pela seguinte situação: 5.10.1.1 Um cartucho acha-se na câmara; 5.10.1.2 A arma está trancada e... 5.10.1.3 Dá-se a percussão. 5.10.2 Funcionamento 5.10.2.1 Municiar carregador

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5.10.2.2 Alimentar a arma

5.10.2.3 Ação dos gases O projétil percorre o cano e ultrapassa o evento de admissão. Os gases atravessam o evento de admissão (f) e atingem o obturador (a) do cilindro de gases, que está ligado ao bloco (b) do cilindro de gases. Caso o obturador esteja fechado (letras Gr, para cima) os gases não penetram no cilindro de gases e a arma funciona como arma de repetição. Com o obturador (a) aberto (letra A, para cima), os gases atravessam o evento de admis-são e entram em contato com a cabeça (d) do êmbolo. Sob a pressão dos gases, o êmbolo retrocede e deixa livre o evento (e) de escape de gases. O evento (e) de escape tem abertura variável, segundo a graduação em que se ache o anel regulador (c) do escape de· gases, o anel regulador destina-se a fazer aumentar ou diminuir a saída dos gases, e assim pode-se controlar a pressão destes sobre a cabeça do êmbolo. O êmbolo, em seu recuo, obriga o impulsor do ferrolho a retroceder. A mola do êmbolo, que foi comprimida, distende-se e torna a levar o êmbolo para a sua posição avançada. 5.10.2.4 Recuo das peças móveis 5.10.2.4.1 Destrancamento e abertura

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Quando o impulsor do ferrolho recua as .suas rampas de destrancamento entram em conta-to com os ressaltos de destrancamento do ferrolho, e fazem com que segue a parte posteri-or do ferrolho erga-se e abandone o seu apoio (D, nas fig. 3 e 4) na caixa da culatra; 5.10.2.4.2 Extração (2ª fase) O batente do ferrolho no impulsor entra em contato com o ferrolho (C2) e este é levado para a retaguarda. Nesse momento, a garra do extrator extrai o estojo da câmara, conservando-o preso ao ferrolho. 5.10.2.4.3 Ejeção Quando a face anterior do ferrolho se acha próxima do defletor da janela de ejeção, o estojo choca-se contra o ejetor que o obriga a girar e sair para cima e para a direita. Depois desta fase o movimento das peças móveis continua até que o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho vem para junto à parte posterior da armação. Durante o recuo houve compressão das molas recuperadoras. As molas recuperadoras situ-am-se parcialmente em um furo na parte anterior do impulsor do ferrolho e apoiam suas espiras posteriores na tampa da caixa da culatra, e por ocasião do recuo do impulsor do ferrolho, são inteiramente comprimidas no interior deste. 5.10.3 Avanço das peças móveis 5.10.3.1 Ação das molas recuperadoras As molas recuperadoras em certo momento de sua compressão impedem que o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho prossiga em seu recuo. A seguir, impelem tal conjunto para diante, por intermédio do impulsor do ferrolho. As rampas de impulso existentes no impulsor do ferrolho entram em contato com o ferrolho (C3) e este é impelido para diante. 5.11.2.3.2 Apresentação Durante a última parte do movimento das peças para trás, os cartuchos existentes no car-regador, sob o impulso da mola do transportador, sobem, e o mais acima apresenta seu culote de maneira a ser empurrado pelo ferrolho, quando este avançar.' Quando o ferrolho avançar, a parte inferior de sua face anterior entra em contato com o culote do estojo levando-o para a frente. A ponta do projétil ao avançar encontra a rampa de acesso, que eleva e orienta aquela pon-ta para que haja a introdução na câmara de carregamento. Nesse momento o cartucho está liberado, parcialmente, das abas do carregador. 5.11.2.3.3 Carregamento e fechamento O ferrolho avançando liberta o cartucho das abas do carregador e o introduz completamente na câmara. Está realizado o carregamento o ferrolho terminou seu avanço, embora ainda não esteja trancada.

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5.11.2.3.4 Extração (1ª fase) No momento em que termina o carregamento, dá-se a 1ª fase da extração, pois o ferrolho procurando· avançar mais, obriga o extrator a erguer-se e empolgar, por sua garra, o culote de estojo. 5.11.2.3.5 Trancamento Como o ferrolho não pode avançar mais, o impulsor do ferrolho, por intermédio de sua rampa de impulso que age sobre a rampa de impulso (C3) do ferrolho, obriga este a baixar. As rampas de trancmento do impulsor e do ferrolho (C4) entram em contato e impelem este último para baixo. O ferrolho coloca-se então, diante do apoio do ferrolho. Deu-se o tranca-nento da arma. 5.11.2.4 Seguranças adicionais 5.11.2.4.1 Pela posição do impulsor do ferrolho Como o impulsor do ferrolho continua o seu movimento para diante, após o ferrolho parar, a face inferior da montagem do impulsor do ferrolho coloca-se sobre a parte·da montagem do impulsor do ferrolho coloca-se sobre a parte superior (C5) do ferrolho e impede que este se levante e destranque a arma. 5.11.2.4.2 Pela posição do percursor Durante a movimento das peças móveis, a cauda do percursor está oculta pelo impulsor do ferrolho. Somente quando se dá o trancamento completo pela chegada do impulsor do ferrolho à sua posição mais avançada (ver alínea anterior) é que a cauda do percursor fica descoberta. Aí, então, é que pode ser realizada a ação do martelo sobre o percursor, para que haja percus-são. 5.11.2.4.3 Pela posição do disparador Durante o seu movimento para trás o impulsor do ferrolho obriga o martelo a girar para trás. Logo que a face posterior do impulsor do ferrolho, ao avançar, ultrapassar o martelo, este se levanta e entra em contato pelo seu entalhe com a cauda (K2) do disparador que o man-tém em posição de “engatilhado". Nos últimos milímetros do seu avanço, o impulsor do ferrolho entra em contato com o dente (K1) do disparador, por intermédio de seu ressalto posterior inferior esquerdo (B6). O disparador sob a pressão do impulsor do ferrolho, gira e libera o martelo, o qual em se-guida é detido no seu entalhe pelo dente do gatilho intermediário. 5.11.2.4.4 Pelo retém do ferrolho Depois de ter saído o último cartucho do carregador, o gancho do transportador entra em contato com o retém do ferrolho e, sob a pressão da mola do transportador, levanta o dito retém.

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Quando o ferrolho procura avançar, encontra em seu caminho o retém do ferrolho e fica, preso. A arma fica aberta e o atirador é avisado de que o carregador está vazio. 5.11.2.4.5 Pelo mecanismo de disparo Posição inicial Suponha-se a seguinte posição inicial: I a arma está engatilhada; II a arma está travada. 5.11.2.4.5.1 Posição "Travado" O registro de tiro e de segurança acha-se na posição "S", que indica estar a arma travada. O eixo do ·registro de tiro e de segurança apresenta à cauda do gatilho o seu arredonda-mento (J1). Nesta posição a cauda do gatilho não pode subir e não pode atuar no gatilho intermediário. 5.11.2.4.5.2 Posição "Tiro semi-automático" Para o tiro semi-automático deve-se deixar o registro de tiro de segurança na posição "R". O eixo do registro de tiro e de segurança apresenta à cauda do gatilho o seu entalhe menor. - Avanço do martelo A pressão do dedo na tecla do gatilho faz a cauda do gatilho entrar em contato com a cauda (G2) do gatilho intermediário. O gatilho que continua o seu movimento sob o efeito da pressão do dedo, impele cauda (G2) do gatilho intermediário para cima. Em conseqüência, o dente (G1) do gatilho inter-mediário baixa e desprende-se do entalhe (F1) do martelo. Este, liberado, avança sob a pressão de sua mola e provoca a percussão, por choque de encontro a cauda do percursor. Durante o avanço do martelo, o gatilho intermediário, que o olhar de seu eixo de forma o-val, vem para diante sob a ação de sua mola. Nesta posição a cauda do gatilho intermediário perde contato com a cauda do gatilho. O dente do gatilho intermediário eleva-se e fica em posição de prender o martelo, na próxima vez. - Posição “Engatilhado" As peças móveis recuam e fazem girar o martelo para sua posição recuada. No seu avanço, o disparador mantém o martelo durante o tempo de segurança (ver "Disparador"). No fim do curso das peças móveis, o disparador liberta o martelo. O martelo gira ligeira-mente em torno de seu eixo e o seu entalhe (F1) vem prender-se no dente do gatilho in-termediário e obriga a este último a recuar um pouco, para ir se colocar contra o seu apoio na cauda (H2) do gatilho. Quando a pressão do dedo sobre o gatilho cessa, este volta a sua posição normal, sob a pressão da sua mola, fazendo baixar sua cauda, o que permite ao gatilho intermediário, recuar o pouco que necessita para estar em condições de prender novamente o martelo.

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5.11.2.4.5.3 Posição "Tiro automático" O registro de tiro e de segurança acha-se na posição "A".· O eixo do referido registro apresenta à cauda do gatilho, o seu entalhe maior. No momento em que dá a pressão do dedo sobre o gatilho, o ciclo dos movimentos do gati-lho intermediário é o mesmo que no caso do tiro semi-automático. No entanto, como o curso do gatilho agora é maior, o dente (G1) do gatilho intermediário permanece abaixado e não mais prende o martelo quando este avançar. O martelo, então, é acionado somente pelo disparador. O disparador impedindo a queda do martelo antes do·fim do curso do impulsor do ferrolho, torna possível o tiro automático, pois se o martelo não.estivesse mantido até o fim do avan-ço daquele impulsor, seguirá este último e assim empurraria o percursor para frente, ao invés de chocar-se contra ele. Ao cessar a pressão do dedo sobre o gatilho, as operações passam-se da mesma forma que no tiro semi-automático. 5.11.2.4.5.4 Posição "Tiro de Repetição" Para o lançamento de granadas emprega-se o "tiro de repetição", para o que, além do re-gistro de tiro e de segurança ser colocado na posição “R", deve-se girar o obturador do·cilindro de gases até que as letras “Gr” fiquem para cima. É usado, então, um cartucho de lançamento (que não possui projétil) para fazer o papel de carga de projeção da granada. 5.12 Incidentes de Tiro mais comuns 5.12.1 Generalidades Os incidentes de tiro e os acidentes de tiro são muito raros em armas que são objeto de cuidadosa manutenção preventiva e que são operadas corretamente. A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado "ação imediata", conforme descrito no parágrafo seguinte. 5.12.2 Ação imediata É constituída pelas seguintes operações: 5.12.2.1 Retirar o carregador; 5.12.2.2 Dar dois golpes segurança, para extrair, se possível e ejetar um cartucho ou estojo que esteja na arma; 5.12.2.3 Travar a arma; 5.12.2.4 Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma, para ver se existe qualquer anormalidade;·

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5.12.2.5 Deixar o conjunto-impulsor do ferrolho do ferrolho ir para sua ,posição mais avan-çada; 5.12.2.6 Recolocar o carregador; 5.12.2.7 Aciona a alavanca de manejo para carregar (introduzir um cartucho na câmara) a arma; e 5.12.2.8 Destravar e recomeçar o tiro. Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal, repetir as quatro primeiras operações e pesquisar as causas observando-se os escalões de manutenção. 5.12.3 Quadro de incidentes de tiro Os incidentes de tiro mais comuns são apresentados no quadro a seguir. As medidas de correção só devem ser realizadas após a execução das quatro primeiras ope-rações da "Ação imediata".

INCIDENTE CAUSAS CORREÇÕES Falha na apresentação ou no carregamento

1) Falta de recuo ou insufici-ência de gás: o ferrolho não recuou, ou o fez de modo incompleto, e não extraiu, ou não ejetou, ou não levou ou-tro cartucho à câmara de carregamento. 2) Excesso de gás: o ferrolho recua violentamente. 3) Carregador sujo ou defei-tuoso.

1) Reduzir o escape de ga-ses, por meio do anel regula-dor do escape de gases. 2) Aumentar o escape de gases. 3) Examinar, limpar ou subs-tituir o carregador.

Falha no carregamento 1) Câmara suja. 2) Arma suja. 3) Cartucho defeituoso. 4) Ruptura de estojo.

1) Limpar a câmara. 2) Limpar a arma. 3) Retirar o cartucho defeitu-oso. 4) Participar ao superior ime-diato.

Falha na percussão 1) Cartucho defeituoso. 2) Defeito no trancamento da arma por sujeira. 3) Percussor defeituoso.

1) Extrair e ejetar o cartucho defeituoso. 2) Limpar a arma. 3) Participar ao superior ime-diato.

Falha na extração 1) Insuficiência de gases. 2) Câmara suja. 3) Estojo sujo. 4) Extrator defeituoso.

1) Reduzir o escape de ga-ses. 2) Limpar a câmara. 3) Limpar a munição. 4) Participar ao superior ime-diato

Falha na ejeção 1) Insuficiência de gás. 2) Caixa da culatra suja. 3) Ejetor defeituoso.

1) Reduzir o escape de gás. 2) Limpar a arma. 3) Participar ao superior ime-diato

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6. ESPINGARDAS Cal 12 ("PUMP ACTION")

6.1 Apresentação É uma arma que funciona através do sistema "Pump Action” ou "Bomba”. A PMMG possui três modelos que se diferenciam basicamente pelo aparelho de pontaria e sistema de segu-rança. É um tipo de arma de repetição que opera pelo trabalho de um ferrolho corrediço interno, colocado na parte posterior do cano. As armas de "bomba" foram desenvolvidas com o avanço do sistema de repetição "por alavanca", proporcionando maior velocidade aos disparos. A alimentação e a extração se processam pelo movimento do ferrolho acionado pelo atirador, o que representa muita segurança, pois qualquer falha na munição será facil-mente sanada. E um tipo de arma que não goza da preferência dos caçadores, devido ao barulho que normalmente provoca quando acionado o ferrolho. Exatamente nesse ponto, que é desvantajoso ao caçador, reside a vantagem para o uso policial, pois o ruído caracte-rístico do mecanismo de repetição, aliado ao aspecto físico da arma, dá ao usuário um grande efeito psicológico sobre o oponente.

6.2 Características 6.2.1 Designação 6.2.1.1 Nomenclatura: Espingarda CBC calibre 12: Modelo 586 P; 6.2.1.2 Indicativo militar: Esp CBC Cal 12 Mod 586 P; 6.2.2 Classificação 6.2.2.1 Quanto ao tipo: portátil; 6.2.2.2 Quanto ao emprego: individual; 6.2.2.3 Quanto à alma do cano: alma lisa; 6.2.2.4 Quanto ao sistema de carregamento: retrocarga, de trás para a frente; 6.2.2.5 Quanto ao sistema de inflamação: percussão intrínseca central indireta; 6.2.2.6 Quanto à refrigeração: a ar; 6.2.2.7 Quanto à alimentação: manual, ocorre após a introdução do último cartucho no tubo carregador, com capacidade para seis cartuchos(76mm) ou sete (70mm) cartuchos; 6.2.2.8 Quanto ao sentido de alimentação: de trás para frente pela abertura inferior da cu-latra; 6.2.2.9 Quanto ao funcionamento: de repetição; 6.2.2.10 Quanto ao princípio de funcionamento: ação muscular do atirador. 6.2.3 Aparelho de pontaria: 6.2.3.1 Alça de mira:

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6.2.3.2 Massa de mira: tipo ponto de barrote com seção retangular. 6.2.4 Dados numéricos: 6.2.4.1 Calibre:12 (Câmara de 76mm - 3); 6.2.4.2 Peso: 3.300 g; 6.2.4.3 Comprimento cano: (483mm (6"), com choke cilíndrico (cc); 6.2.4.4 Comprimento da arma: (105 mm (39 1/2); 6.2.4.5 Velocidade teórica de tiro: 40 tiros por minuto; 6.2.4.6 Velocidade prática de tiro: depende da habilidade do atirador; 6.2.4.7 Alcance máximo:1.000 metros; 6.2.4.8 Alcance útil: 35 m (50 m para bala ideal); 6.2.4.9 Alcance com precisão (de utilização): 35m(50 m para bala ideal); 6.2.4.10 Alcance prático: 30 metros; 6.2.4.11 Velocidade inicial do projétil: 500 m/s. 6.3 Munições utilizadas 6.3.1 Munição de manejo; 6.3.2 Munição de festim; 6.3.3 Munição recarregada Com carga reduzida para fins de treinamento; 6.3.4 Munição real 6.3.4.1 A Espingarda cal 12 (Pump Action) utiliza os mesmos cartuchos descritos para a espingarda modelo policial (escopeta), tendo um excelente aproveitamento com a munição do tipo bala ideal. Qualquer que seja o tipo de cartucho utilizado, ele deve possuir o culote metálico de forma a não prejudicar o funcionamento da arma, principalmente a extração do estojo, bem como ter comprimento máximo de 76 mm ( 3") devido ao comprimento de sua câmara. 6.3.4.2 Bala ideal Este tipo de projétil apresenta vantagens e desvantagens. Entre aquelas, está a potência do tiro; o balaço atinge o alvo com um impacto muito superior aos dos bagos de chumbo. A dificuldade, porém, de acerto no alvo com projétil único, disparado com cano de alma lisa, registra-se como desvantagem, pois o usuário poderá facilmente ter o tiro perdido. O tipo de arma mais recomendado para disparar balaços é a do tipo monocano. A de canos justapostos ou sobrepostos, devido à convergência, fará com que além dos 45 metros (ponto aproximado de cruzamento), haja dispersão do tiro na mesma razão da con-vergência. Além disso, as armas de dois canos dificilmente tem o choque igual em ambos, acarretando resultados balísticos diferentes, embora possa se disparar cartuchos com bala ideal em canos chocados sem inconvenientes. A bala ideal calibre 12 tem aproximadamente o dobro de diâmetro do calibre .38 . Sua velo-cidade de saída é cerca de 500 m/s, proporcionando um impacto superior ao do calibre .44 Magnum, que é o mais potente calibre para armas de porte individual existente no mercado Americano. Um bom atirador, com arma equipada com miras reguláveis, consegue, a cerca de 70 me-tros de distância do alvo, um agrupamento dentro de um circulo de 30 cm de diâmetro, a 45 metros, é possível um agrupamento em um círculo de 15cm. Esta dispersão nos impac-tos está muito aquém das obtidas com os melhores rifles de precisão, mas é perfeitamente aceitável para as necessidade do tiro policial.

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Com o impacto, rapidamente a bala ideal perde o seu poder de penetração devido ao seu formato, e por ser feita comumente de liga mole de chumbo, deforma-se a atingir o alvo. Esta característica aliada ao potente impacto, confere à munição vantagens de utilização em operações policiais em áreas urbanas, vez que dificilmente o alvo visado será transfixado.

VISTA EXPLODIDA DA ESPINGARDA CAL. 12

RELAÇÃO DAS PEÇAS DO RIOT GUN

ITEM DENOMINAÇÃO 01 CANO 02 CAIXA DA CULATRA 03 TAMPÃO DO TUBO 04 TUBO DO CARREGADOR 05 TRANSPORTADOR 06 GUIA DO TAMPÃO 07 MOLA DO CARREGADOR 08 IMPULSOR DO CARREGADOR 09 HASTES-RETEM DOS CARTUCHOS 10 CORONHA 11 TUBO DE ARMAR 12 CAIXA DO MECANISMO 13 CULATRA MÓVEL 14 BIGORNA 15 TELHA-MÓVEL

6.4 Desmontagem Esta arma não deve ser desmontada pelo usuário e esta manutenção ficará restrita à limpe-za das partes externas, do interior do cano, carregador e mecanismo da culatra. A desmon-tagem só poderá ser feita por pessoal especializado.

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6.4.1 Retirada do mecanismo de disparo: Com uma ponteira fina e um martelo leve, remover o pino, retém do mecanismo, operação que pode ser feita tanto do lado direito o quanto esquerdo Com a parte inferior da culatra voltada para cima, puxar o conjunto do mecanismo, basculando-a para a frente. 6.4.2 Retirada da haste retém dos cartuchos: Ainda com a arma na mesma posição, recuar a haste do seu alojamento na parte interna esquerda da culatra. A outra haste, isto é, a da direita, não deve ser retirada. 6.4.3 Retirada da bigorna Deslocar o mecanismo de repetição para a retaguarda até que a bigorna coincida com os entalhes mais largos existentes na caixa da culatra. Pinçar a peça com os dedos polegar e indicador (bigorna). 6.4.4 Retirada do transportador Ainda com o mecanismo de repetição à retaguarda, empurrar com o dedo indicador, a cula-tra móvel para a frente até que ela fique encostada na câmara. Com o mesmo dedo, levan-tar para a parte anterior do transportador, fazendo com que ela suba até o limite superior, faceando com a abertura da caixa da culatra. Nesta posição, com a outra mão, introduzir uma chave de fenda pequena no espaço existente entre a lateral da caixa e uma das hastes da peça, pressionando-os levemente, uma de cada vez, para dentro, até que elas se desalo-jem de seus encaixes. 6.4.5 Retirada da culatra móvel A peça estará solta no interior da culatra, podendo ser pinçada com os dedos. 6.4.6 Desmontagem do carregador Com uma chave de fenda grande, desparafusar o parafuso existente na parte inferior dian-teira do tubo do carregador. Com a chapa da soleira acionada o cano voltado para cima, com o dedo polegar desenroscar o tampão, pressionar forte, para baixo e Para frente, o tampão do tubo, de modo que ele fique liberado da força da sua mola, possibilitando, assim, a retirada do conjunto completo, isto é, tampão com guia e mola. A operação deve ser cui-dadosa para que as peças não sejam ejetadas pela ação da mola. 6.4.7 Retirada da mola do carregador e do impulsor Colocar a arma com o cano para baixo e retirar as peças. 6.4.8 Retirada do tubo do carregador Desatarraxar o tubo até que ele se desprenda da armação. 6.5 Montagem 6.5.1 Realizar as operações em ordem inversa, montando as peças, exceto o mecanismo da culatra. 6.5.2 Montagem do mecanismo

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Com a arma na posição horizontal e com a abertura da culatra voltada para cima, colocar a culatra móvel com a abertura do percussor direcionada para a câmara e nela encostada. 6.5.3 Colocação do transportador Pegando-o pelo centro, pressioná-lo de modo que as extremidades se aproximem, para faci-litar sua colocação nos encaixes das laterais internas da culatra. 6.5.4 Colocação da bigorna Recuar a culatra móvel até que sua parte mediana coincida com os entalhes mais largos da caixa da culatra. Movimentar a bomba de modo que a parte posterior do tubo de armar fi-que na mesma posição da culatra móvel. 6.5.5 Montagem da bigorna Com o sulco central longitudinal voltado para cima e a ponta da peça direcionada para trás, introduzi-la na caixa da culatra, movimentando a bomba de modo que a peça se encaixe em seu alojamento. 6.5.6 Montagem da haste-retém dos cartuchos Colocar a haste no seu alojamento na lateral interna da caixa da culatra. 6.5.7 Montagem do mecanismo do disparo Encaixar a parte anterior do mecanismo nos seus entalhes da caixa da culatra e pressionar a parte posterior para baixo até completar o encaixe perfeito. Colocar o pino retém. 6.6 Funcionamento 6.6.1 Movimentando-se o mecanismo de repetição para a retaguarda, a culatra móvel recua e arma o cão. 6.6.2 A haste-retém dos cartuchos libera o primeiro cartucho do carregador que é projetado pela ação da mola do carregador e cai sobre o transportador.

6.6.3 Ao movimentar novamente a telha móvel para a frente no ato de fechar a arma, a culatra móvel empurra o cartucho para a câmara. 6.6.4 No movimento final de avanço da culatra móvel, a arma fica fechada pela ação da bigorna de fechamento, estando já engatilhada e pronta para o tiro. 6.6.5 Pressionando-se o gatilho, o cão é liberado e golpea a retaguarda do percussor cuja ponta fere a espoleta do cartucho promovendo o disparo.

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6.6.6 Com o novo movimento da bomba, o estojo vazio é extraído e ejetado, enquanto o próximo cartucho é liberado do carregador e cai sobre o transportador. A ejeção é feita pela janela lateral direita da caixa da culatra.

6.7 Mecanismos de segurança 6.7.1 O Riot Gun possui uma trava do gatilho posicionada de maneira transversal ao guar-da-mato. Essa trava, quando pressionada da esquerda para a direita, anula a ação da tecla do gatilho e impede que haja o disparo. Para destravar a arma, a peça deve ser pressionada com o mesmo dedo indicador usado para acionar a tecla do gatilho, forçando-o na direção contrária à do travamento, ou seja, da direita para a esquerda.

6.7.2 Existe também um retém da bomba que fica localizado na parte lateral esquerda tra-seira do guarda-mato, usada para permitir a abertura da culatra sem que o gatilho seja a-cionado e ocorra o disparo. Esta trava será usada também para permitir a operação de ali-mentação e descarregamento da arma. 6.7.3 No interior do mecanismo de disparo, funciona o dispositivo de segurança do cão, com a finalidade de impedir o disparo acidental em decorrência dos impactos sofridos pela arma durante as operações de manejo da bomba.

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6.8 Manejo 6.8.1 Municiar e alimentar: essas operações são simultâneas posto que o carregador fica acoplado na própria arma. Consiste em introduzir os cartuchos, um a um, no tubo carrega-dor, através da abertura existente na parte inferior da culatra.

6.8.2 Carregar e engatilhar Movimentar a bomba para a retaguarda, provocando a apresentação de um cartucho que estava no tubo carregador na caixa do mecanismo. Levar a bomba à posição inicial à frente, fazendo com que a culatra móvel empurre o cartucho e o introduza na câmara, completan-do o fechamento da culatra.

6.8.3 Disparar É executada com o acionamento da tecla do gatilho com a arma destravada. 6.8.4 Travar e destravar Pressionar a trava de segurança do gatilho da esquerda para a direita travar e da direita para a esquerda para destravar. 6.8.5 Extração e ejeção Movimentar a bomba para a retaguarda proporcionando a extração e ejeção do estojo. Re-tomando o movimento, haverá carregamento do próximo cartucho. Durante a operação da bomba para frente e para retaguarda, o dedo indicador deve estar afastado da tecla do gati-lho, e este movimento tem que ser vigoroso, pois, se for feito com suavidade, poderá não ocorrer a ejeção do estojo ou o fechamento total da culatra.

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6.8.6 Aspectos de segurança 6.8.6.1 Municiar o tubo carregador com no máximo 06 (seis) cartuchos, a fim de não forçar a mola do impulsor do carregador, bem como não danificar os cartuchos usados diariamente no serviço operacional. 6.8.6.2 Manter a arma alimentada e travada, somente carregando-a e destravando-a quan-do houver iminência da utilização. 6.8.6.3 Para retirar a munição, estando a arma apenas alimentada, não há necessidade de executar o manejo da bomba que, consequentemente, acarretará no carregamento da ar-ma. Basta pressionar com o dedo indicador retém dos cartuchos, que eles serão liberados dois a dois e cairão nas mãos do atirador. 6.8.6.4 Para o caso da arma já ter sido carregada com uma munição na câmara, e operação de retirada é a seguinte: executar o manejo de extração cuidadosamente e trazendo a bomba à retaguarda e logo que o cartucho for ejetado, pressionar com o dedo indicador segurando o próximo cartucho no tubo do carregador, de modo a impedi-lo de se apresen-tar sobre o transportador. Manter o cartucho pressionado e fechar a culatra sem que haja outra apresentação, dessa forma, a arma ficará novamente alimentada e não carregada, devendo esta ação ser praticada pelo usuário, utilizando-se munição de manejo de forma a treiná-lo convenientemente 6.8.6.5 Quando efetuar um disparo, o atirador deverá atentar em segurar firmemente a arma de forma que o recuo não lhe provoque qualquer lesão, e preocupar-se com a disper-são dos bagos de chumbo do potente tiro, calibre 12, conforme já foi observado a escopeta. 6.8.6.6 Manusear a arma com intuito meramente intimidativo, aproveitando do ruído carac-terístico, é uma conduta que não deve ser adotada, pois pode comprometer a segurança do PM e da sua guarnição, bem como da pessoa abordada. Deve-se carregar a arma apenas quando houver intenção real de utilizá-la. 6.8.6.7 Devido ao seu grande poder de fogo, esta arma nunca deverá ser utilizada pelo PM que não esteja treinado e familiarizado com seu manejo específico, além de boa prática de tiro com calibre 12. 6.8.6.8 Recomenda-se desengatilhar a arma toda vez que a mesma for devolvida à inten-dência após o emprego operacional. Para desengatilhar a arma deve-se inicialmente certifi-car-se de que está completamente descarregada. Isto se consegue verificando inicialmente a extremidade posterior do tubo carregador. Se houver algum cartucho no tubo carregador o seu culote ficará aparente naquele local; caso contrário, perceberemos apenas o impulsor dos cartuchos na extremidade posterior do tubo carregador. E seguida devemos trazer a bomba à retaguarda; se houver cartucho na câmara, o mesmo será extraído e ejetado. Fei-tas estas verificações, basta então levar a bomba à frente para que ocorra o fechamento e trancamento da arma. Em seguida, deve-se apontar a arma para um local seguro, destravá-la e acionar a tecla do gatilho, provocando um disparo a seco. O desengatilhamento da arma se faz necessário para evitar que mola do martelo permaneça comprimida desnecessariamente, concorrendo para seu desgaste prematuro. 6.9 Inspeção preliminar 6.9.1 Ao assumir o armamento, verifique suas condições gerais, como limpeza, rachaduras na coronha e na bomba, firmeza do carregador e do guarda-mato.

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6.9.2 Verificar ó mecanismo de repetição e se o fechamento da culatra está perfeito e justo. 6.9.3 Verificar se o mecanismo de disparo funciona perfeitamente, inclusive a ação dos sis-temas de segurança tipo trava do gatilho e da bomba. 6.9.4 Verificar o sistema de carregamento, inspecionando o tubo do carregador, sua mola e seu impulsor, bem como o movimento do transportador. 6.9.5 Conferir o aparelho de pontaria quanto a armamentos, empenos e justeza das peças. 6.9.6 Certificar-se de que não existe excesso de óleo no tubo carregador ou na câmara an-tes de alimentar a arma, pois a munição pode danificar-se, principalmente no caso de utili-zação de cartuchos de papelão. 6.9.7 Verificar a qualidade e o estado de conservação da munição a ser utilizada durante o serviço. 6.10 Emprego operacional 6.10.1 A Espingarda cal 12 deve ser empregada dentro dos mesmos critérios adotados para a escopeta Cal 12, superando-a nos aspectos de cadência de disparos, alcance, precisão do tiro e o já mencionado fator psicológico que a visão desta espingarda pode representar para um eventual delinqüente. 6.10.2 Em situação de tiro real, o PM deve ter sempre em mente a dispersão dos bagos afim do alvo visado, procurando ter uma visão geral do local onde utiliza a arma e observar se pessoas inocentes estão na direção do cone de dispersão. Sempre que possível, o tiro deve ser feito em trajetória descendente, visando a parte inferior do alvo. 6.10.3 No caso de utilizarão da bala ideal, o PM deve lembrar-se da elevada energia trans-ferida ao alvo no momento do impacto e seu baixo poder de penetração. Em circunstâncias operacionais extraordinárias, o disparo com essa munição pode ser utilizado para estourar fechaduras de portas ou deter veículos. 6.10.4 Até a distância de 20 metros, os tiros com as armas calibre 12, com munição SG ou bala ideal, superam outros tipos de armas utilizadas no serviço policial, pela sua grande capacidade de parar um alvo humano imediatamente. Contudo, sua utilização operacional somente deve ser feita pelo PM treinado especificamente com essas armas. 6.10.5 Em operações de choque, deve-se sempre utilizará munição apropriada, "balins plás-ticos" ou "balas de borracha", direcionando o tiro para a parte inferior da pessoa visada, Os disparos executados nessas situações serão sempre em atendimento ao comando do res-ponsável pela operação. 6.11. Condução da arma 6.11.1 Na viatura A condução da Espingarda Cal.12 atende as mesmas regras estabelecidas para as armas longas, como o descrito para a carabina .38, e para a escopeta Cal 12. Por se tratar de uma arma de porte avantajado, torna-se difícil o transporte em viaturas operacionais pequenas, prejudicando inclusive seu manuseio para rápido emprego. Nunca conduza a arma carregada dentro da viatura.

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Se o PM em ação policial carregar a arma com um cartucho, ao voltar para a viatura deverá ejetar esta munição da câmara e repô-la no carregador. Muitos acidentes ocorrem no interi-or de viaturas por inobservância de regras de segurança. 6.11.2 Pelo militar O PM conduzirá a arma segurando-a pelo delgado, com o cano voltado para baixo, com a arma cruzada a frente do corpo ou através de emprego de bandoleira, no caso de empenho mais prolongado ou deslocamentos a pé. 6.12 Incidentes de tiro mais comuns INCIDENTES CAUSAS CORREÇÃO Mecanismo de repetição não funciona

Mola do retém da bomba que-brada Trocar a mola

Disparos Acidentais durante o manejo da bomba Trava do cão defeituosa Substituir a peça

Cão não engatilha Mola ou dente do cão quebra-dos Trocar a mola e o seu guia

Não extrai ou não ejeta

Extrator desajustado. Falta de pressão na mola do extrator Cartucho com culote de plástico

Ajustar o extrator Substituir a mola Usar munição adequada

Apresentação de 02 cartu-chos simultaneamente

Sujeira no mecanismo Abas do retém dos cartuchos defeituosos

Limpeza das peças Substituição da haste retém, dos cartuchos

Não percute Sujeira no mecanismo Percursor quebrado

Limpeza das peças Substituição do percursor.

6.13 Diferenças do RIOT GUN CAL 12 6.13.1 Introdução Trata-se de uma espingarda de fabricação Norte Americana pela High Standard, que atua no sistema "pump action" (ação de bomba), denominada Riot-Gun mod 8111 e 8113 dife-renciando basicamente no aparelho de pontaria. Com a aquisição ,em 1991, das espingardas CBC, o Riot Gun foi praticamente substituído, porém ainda existem alguns exemplares em uso operacional. Demonstraremos a seguir as diferenças entre a espingarda CBC cal 12 modelo 586 P e o Riot Gun modelos 8111 e 8113, sendo que no restante de suas características são coinci-dentes com o modelo da CBC. 6.13.2 Designação 6.13.2.1 Nomenclatura: Rifle Riot Gun calibre 12 modelo 8111 e 8113; 6.13.2.2 Indicativo militar: Riot Gun 12 Mod 8111 e 8113; 6.13.3 Dados numéricos 6.13.3.1 Calibre:12 (câmara de 70 mm- 2 3/4"); 6.13.3.2 Peso: 3,300 Kg; 6.13.3.3 Comprimento do cano: 457 mm (18") - Choke cilíndrico;

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6.13.3.4 Comprimento total: 965 mm (70 mm); 6.13.3.5 Capacidade: 06 cartuchos . 6.13.4 Mecanismos de segurança 6.13.4.1 Trava do gatilho Consiste em um botão localizado atrás do gatilho na parte postero-superior do guarda-mato (atrás do gatilho). Este botão move-se transversalmente ao eixo longitudinal da arma. Quando é pressionado da esquerda para a direita a arma fica travada impedindo disparos acidentais. Para destravar basta pressionar o botão da direita para a esquerda. Uma faixa vermelha em forma de anel aparecerá na extremidade esquerda do botão indicando que a arma encontra-se destravada, ou seja, em posição de "fogo'. A trava do gatilho atua apenas sobre esta peça, não impedindo, portanto, o manejo da bomba para carregar ou descarregar a arma. A Espingarda CBC cal 12 mod 586P deverá estar sempre travada devendo ser destravada apenas na iminência do disparo ou para de-sengatilhá-la quando deverá estar totalmente descarregada.

6.13.4.2 Retém da bomba Consiste em uma haste com um botão em sua extremidade, localizada no lado esquerdo da arma na parte antero-superior do guarda-mato (à frente do gatilho). Esta peça, quando empurrada para frente, permite a abertura da arma, independentemente de a mesma se encontrar travada ou engatilhada. O retém da bomba deverá ser acionado toda vez quê o atirador desejar abrir a arma seja para retirar um cartucho da câmara, para uma inspeção preliminar ou para provocar a apresentação de um cartucho no transportador para posterior carregamento. Tais operações devem ser realizadas sempre com a arma tra-vada e com o dedo indicador fora da tecla do gatilho. 6.13.4.3 Retém dos cartuchos Consiste em uma pequena alavanca localizada no lado esquerdo da arma e à frente do re-tém da bomba. Quando pressionada, libera, de dois em dois, os cartuchos existentes no carregador tubular. Permitindo o descarregamento da arma sem que seja necessário movi-mentar a bomba repetidas vezes para realizar tal operação, elimina vários inconvenientes na operação de descarregar a arma: 6.13.4.3.1 A bomba só será acionada uma única vez à retaguarda para extrair e ejetar o cartucho da câmara, se houver. 6.13.4.3.2 Os cartuchos serão liberados de dois em dois no receptáculo da caixa da culatra, conferindo maior rapidez na operação, além de evitar deformações aos cartuchos provoca-dos por pancadas nas partes metálicas da arma ou quedas ao chão. 6.13.4.3.3 O retém dos cartuchos confere total segurança no descarregamento da arma, uma vez que os cartuchos não vão à câmara, eliminando qualquer possibilidade de disparo acidental durante o descarregamento, além de permitir que a arma permaneça travada du-rante toda a operação. 6.13.4.3.4 Corrediças: A Espingarda CBC cal 12, mod 586P possui duas robustas corrediças paralelas que interligam a bomba ao ferrolho, conferindo maior segurança e resistência ao serviço policial.

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VISTA LATERAL ESQUERDA

6.13.4.5 Manejo 6.13.4.5.1 Engatilhar, municiar e alimentar As operações tais como: carregar, destravar, disparar, extração e ejeção são semelhantes as da espingarda CBC cal 12 Mod 586 P.

6.13.4.5.2 Descarregamento 6.13.4.5.3 Arma carregada e alimentada � Mantenha a arma travada e apontada para local seguro; � Com a parte inferior da caixa da culatra voltada para cima, pressione o retém da bomba e recue a bomba ligeiramente, dando-se início à extração do cartucho existente na câmara; � Simultaneamente empurre o transportador para dentro do mecanismo, de forma a reter o cartucho localizado no tubo carregador, impedindo sua apresentação; � Complete movimento da bomba à retaguarda sua total extração da câmara, retirando-o manualmente pós sua liberação; � Empurre o transportador até o final de seu curso para dentro do mecanismo de forma a liberar o primeiro cartucho do tubo carregador; � Para retirar os demais cartuchos do tubo carregador basta pressionar que os mesmos serão liberados de um em um. 6.13.4.5.4 Arma apenas alimentada Deve-se observar as mesmas regras anteriormente citadas. A única diferença é que no re-cuo da bomba não haverá extração e ejeção do cartucho uma vez que não existe cartucho na câmara.

&&&&&&&&&&& FIM &&&&&&&&&&&&