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Archivística de un expatriado: elaboração de um vídeo-teatro em aula de espanhol no curso de Secretariado Luizete Guimarães Barros (UEM Universidade Estadual de Maringá) Resumo: Esta comunicação visa expor um vídeo de 10 minutos de duração Archivística de un expatriadode uma atividade educativa em línguas estrangeiras espanhol e LIBRAS - elaborado para ser apresentada em um congresso sobre o escritor paraguaio Augusto Roa Bastos, em 2011. Para tanto, reunimos alunas dispostas a participar dessa atividade extraclasse, com o intuito não só de apresentar parte da obra do autor um soneto como também um texto elaborado por elas, em que funcionárias de uma empresa discorrem sobre as possibilidades de viagem de trabalho ao exterior. A situação de expatriado fio condutor do enredo traz o tema da observação sobre fatos culturais no sentido de empoderar o estudante para além das fronteiras. Palavras-chave: Ensino de línguas estrangeiras Espanhol Literatura jogos teatrais Resumen: Esta ponencia pretende exponer un video de 10 minutos de duración Archivística de un expatriadoque trae una actividad educativa en lenguas extranjeras español y LIBRAS (lengua brasileña de señas) - elaborado con el propósito de presentarse en un congreso sobre el escritor paraguayo Augusto Roa Bastos, en 2011. Para eso, reunimos alumnas dispuestas a participar de esa actividad extraclase, con el intuito no apenas de presentar parte de la obra del autor un soneto , como también un texto elaborado por ellas, en que funcionarias de una empresa discurren sobre las posibilidades de viaje de trabajo al extranjero. La situación de expatriado hilo conductor del guión trae el tema de la observación sobre diferencias culturales con vistas a empoderar el estudiante para más allá de las fronteras nacionales. Palabras-claves: Enseñanza de lenguas extranjeras Español Literatura juegos dramáticos Archivística de un expatriado: the elaboration of a theater-video in Spanish class in the Secretariado course Luizete Guimarães Barros (UEM Universidade Estadual de Maringá)

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Page 1: Archivística de un expatriado: elaboração de um vídeo ... · que fazem parte do roteiro da obra fílmica. Tais textos não se apresentam na sequência exata de como se encontram

Archivística de un expatriado: elaboração de um vídeo-teatro em aula de espanhol no

curso de Secretariado

Luizete Guimarães Barros (UEM – Universidade Estadual de Maringá)

Resumo: Esta comunicação visa expor um vídeo de 10 minutos de duração – Archivística de

un expatriado– de uma atividade educativa em línguas estrangeiras – espanhol e LIBRAS -

elaborado para ser apresentada em um congresso sobre o escritor paraguaio Augusto Roa

Bastos, em 2011. Para tanto, reunimos alunas dispostas a participar dessa atividade

extraclasse, com o intuito não só de apresentar parte da obra do autor – um soneto – como

também um texto elaborado por elas, em que funcionárias de uma empresa discorrem sobre as

possibilidades de viagem de trabalho ao exterior. A situação de expatriado – fio condutor do

enredo – traz o tema da observação sobre fatos culturais no sentido de empoderar o estudante

para além das fronteiras.

Palavras-chave: Ensino de línguas estrangeiras – Espanhol – Literatura – jogos teatrais

Resumen: Esta ponencia pretende exponer un video de 10 minutos de duración – Archivística

de un expatriado– que trae una actividad educativa en lenguas extranjeras – español y

LIBRAS (lengua brasileña de señas) - elaborado con el propósito de presentarse en un

congreso sobre el escritor paraguayo Augusto Roa Bastos, en 2011. Para eso, reunimos

alumnas dispuestas a participar de esa actividad extraclase, con el intuito no apenas de

presentar parte de la obra del autor – un soneto –, como también un texto elaborado por ellas,

en que funcionarias de una empresa discurren sobre las posibilidades de viaje de trabajo al

extranjero. La situación de expatriado – hilo conductor del guión – trae el tema de la

observación sobre diferencias culturales con vistas a empoderar el estudiante para más allá de

las fronteras nacionales.

Palabras-claves: Enseñanza de lenguas extranjeras – Español – Literatura – juegos

dramáticos

Archivística de un expatriado: the elaboration of a theater-video in Spanish class in the

Secretariado course

Luizete Guimarães Barros (UEM – Universidade Estadual de Maringá)

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Abstract: This communication seeks to expose a 10-minute video - Archivística de un

expatriado – for an educational activity in foreign languages – Spanish and LIBRAS –

ellaborated to be presented at a congress about Paraguayan writer Augusto Roa Bastos, in

2011. To that end, we gathered students willing to participate in this extra-class activity, with

the objective not only of presenting part of the author's work – a sonnet – but also a text

ellaborated by them, in which employess of a company discuss the possibilities of a work trip

abroad. The situation of being an expatriate – the main thread of the plot – brings the theme of

the observation of cultural facts in the sense of empowering the student beyond borders.

Keywords: Foreign language teaching – Spanish – Literature – theater games

Introdução:

Como testemunho da comunicação apresentada no simpósio “Literatura e política.

Periferias e fronteiras”, no dia 23/11/2017, o texto que se segue é fiel à ordem de apresentação

e ao conteúdo exposto e se compõe de duas partes.

A primeira parte do texto a seguir traz uma reflexão breve sobre nossa visão atual de

um vídeo de 10 minutos de duração, elaborado para participar de um congresso em Foz de

Iguaçu, em 2011, sobre a obra de Roa Bastos. A segunda parte traz a cópia integral dos textos

que fazem parte do roteiro da obra fílmica. Tais textos não se apresentam na sequência exata

de como se encontram no filme, que pode ser visto, ainda hoje, pelo You Tube, no endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=6-kiP5zLiOQ

Caso você tenha dificuldades em acessar tal conteúdo, sugiro que tente acessar o texto

escrito da comunicação integral, veiculado ainda hoje pela internet, graças à publicação na

revista eletrônica Qorpus, revista de artes cênicas da UFSC, cuja indicação de acesso se

encontra nas referências finais desse artigo. E se persistir a dificuldade, aconselho inscrever

na ferramenta de busca google a entrada do poeta “Bernardo Atxaga “En un Pueblo somalí”,

que o conduzirá ao artigo da referida revista, onde há o acesso ao YouTube.

E dizemos que não reproduzimos a sequência exata dos textos que compõem o roteiro

do audiovisual, porque o soneto de Roa Bastos, por exemplo, aparece fragmentado em duas

partes, em voz em off que ilustra cenas que requerem o ritmo compassado. Os primeiros

versos do soneto ilustram, na sua primeira metade, a cadência de passos de funcionárias que

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sobem a escada ao entrar em uma empresa. Na segunda metade, a cadência dos versos

acompanha os passos da funcionária que viaja, ao expatriar-se.

Como tal obra foi concebida em 2011, ano em que eu me mudava para Maringá, a

visão sobre essa criação na época e nossa visão atual divergem consideravelmente. Na época,

supúnhamos que tratávamos da mudança de país de um escritor itinerante, que, devido a

motivos pessoais, profissionais e políticos, se via forçado a abandonar seu país de origem, em

busca de outras paragens. Hoje, nossa visão é outra, que expomos de maneira livre, razão

pela qual o texto a seguir não obedece as normas de diagramação desta publicação.

Reflexões sobre o vídeo Archivística de un expatriado:

Agradecendo o espaço para mostrar hoje, aqui, em um congresso sobre literatura, o

vídeo Archivística de un expatriado – elaborado em 2011, como atividade didática de curso

de primeiro ano de Língua Espanhola, no curso de Secretariado Executivo Trilingue, da UEM

– Universidade Estadual de Maringá, quero refletir sobre o processo de criação, comparando

nosso material com outros existentes no You Tube, primeiramente.

Encontro um “Cortometraje sobre Expatriación”, elaborado pelos alunos universitários de

Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais para a avaliação da matéria

"Espanhol para Negócios 1" na Universidade Estadual de Santa Cruz, pela Professora Cristina

Cardoso, cuja referência constará no texto dos Anais futuro, e cuja similaridade ao nosso

audiovisual se resume à cena das duas secretárias em que se formula o convite para trabalhar

no estrangeiro. Fora essa confluência, as duas obras divergem, sendo que a nossa divaga.

Referência:

Curta-metragem sobre Expatriação - Espanhol para Negócios 1 - Cortometraje sobre

Expatriación

Trabalho feito pelos alunos universitários de Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações

Internacionais para a avaliação da matéria "Espanhol para Negócios 1" na Universidade

Estadual de Santa Cruz - Professora Cristina Cardoso.

https://www.youtube.com/watch?v=PfppLSli5tI

E na presente comunicação, desejo revisitar e fazer o olhar vagar devagar sobre o processo de

criação do material filmado, em seus fatos e substratos.

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Dessa forma, pretendo construir minha versão do processo de criação da obra fílmica,

contando, para tanto, com o fio da memória, em suas teias e ancoragens. Para tanto, me valho

de uma página de Folha de São Paulo, que traz dois artigos sobre a FLIP – Festa literária de

Paraty – deste ano, em que os artigos sobre Noemi Jaffe e Djaimila Pereira de Almeida, me

serviram de insight para chegar às considerações que faço e a como conto agora o nascimento

e o percurso desse vídeo-texto de cerca de 10 minutos de duração.

Porque a visão do que trago aqui nasce da compreensão que hoje tenho da minha própria obra,

da minha vida pessoal em suas andanças e lanças, e por ver que a colcha de retalhos que

construímos, baseada em trechos das poesias de Roa Bastos, Bernardo Atxaga, e texto de

minhas próprias alunas, traz as minhas reminiscências devidas ao momento em que estava na

minha vida. Naquela época, 2011, estava eu, uma vez mais, me expatriando.

Em 2011, eu estava me expatriando.

Como Roa Bastos, que se exilou do Paraguai a Toulouse, França, em 1976, eu me exilara em

meu próprio país pela enésima vez.

De Bauru, onde nasci, a São Paulo, onde fiz graduação em espanhol, de São Paulo a

Campinas, onde fiz mestrado em Linguística, de Campinas ao Acre, onde estudei língua de

índio, de São Paulo a Madri, onde morei 2 anos, e de lá a Florianópolis, ilha assumida e

adotada, onde lecionei espanhol por mais de 25 anos,

ia depois desse périplo, morar agora em Maringá, Paraná,

Maringá, e qual rito de passagem de uma desterrada, retirante, retirada, “toda vez que tu

partiste”, a câmera tem que passar pelos lugares do reconhecimento, a nova cidade e a casa

que se confunde com o trabalho de uma work alcoólica, para vistoriar como quem quer

conhecer seu novo habitat.

A natureza em festa das frondosas árvores da UEM, à “sombra de onde canta o sabiá”,

os recônditos perto do bloco G-34, prédio das Letras,

nova morada de quem chafurda no trabalho e mostra as amarras dos Sem Terra assassinados

num conflito que só fui entender anos depois.

Filmamos os grilhões do massacre ao MST – em frente do prédio da História, - para

compreender o que era aquilo só em 2016, quando lecionei espanhol introdutório a um grupo

de pedagogos em formação do MST. {há cenas de amarras póstumas que datam de 1996}

A deserdada, a Catarina revisitada que ficou uns 3 anos fazendo versos à ilha, desta vez em

Maringá, onde garrei a imaginar, e a te registrar nas imagens da câmera e a fazer mesmo à

revelia de minhas alunas, candidatas a secretária, que não queriam saber de poesia, mas que

dada minha teimosia, saíram à tona, deram-se à aventura de dizer poemas com a intimidade de

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arquivos e documentos que não conseguem se expor nem expor-se às amarras, só se for pra ir

pra longe, só se for pra tomar avião, só se for a?a, pra ganhar mais no exterior,

Nem que seja o Paraguai, oi oi oi oi,

[é preciso que a saudade vá bater n´outro lugar.]

E o mais longe que fui, foi comprar muamba em Guairá, salto de Guairá. Desta vez felicidade,

volto aqui pro meu sertão, pra de novo, num estado que só vendo como contentar-se com

pouco, umas ervas, umas formigas, e, é claro, tem dias que nem come.

Mesmo assim, enfaixadas essas atrizes, alunas-secretárias de primeiro ano, de primeira

viagem , que não conseguem dizer nada, fechadas as portas à poesia,

o vídeo caiu nas mãos da coordenadora do Secretariado, ela também secretária, encantou-se, e

assim, desencantou-se a aluna tímida, que não queria mostrar-se, e a coordenadora jogou na

rede e difundiu-se pelos quatro costados.

E foi como um tapa na cara pras outras colegas que se negaram a entrar, e viram ali,

virulizadas, a cara escancarada, na fita de 10 minutos. Porque caiu na rede,

E caiu na rede é peixe, e se arrependeram,

- pena que não fui eu. Eu teria saído bem na fita.

E assim fita a película, depois me diz o que você acha.

Me diz se não acha que é fora da casinha. Assim talvez deveriam pensar elas, as secretárias,

se vissem o que virou toda a montagem. Uma gente fora do lugar.

É desse lugar que falo, desse fora de lugar que quase me calo porque quase me cortam a

inscrição nesse congresso. Olha e diz o que tu acha, oi oi oi oi.

Não está mais aqui quem falou, “novo livro da escritora Noemi Jaffe, 55, combina” (FOLHA,

p. C8) um soneto de Roa Bastos, em espanhol, “tan hombres son los hombres de mi tierra”.

“Tan hombres son que son” com a opinião da autora paulistana, para quem:

FOLHA - JAFFE

“´`À época do lançamento de “Cegos”, Jaffe disse ter encontrado na literatura o canal para

lidar com a sensação de estar “fora de lugar” – seus pais, sérvios judeus emigrados, não

falavam português.”

Meu pai – 92 anos - não falava mais coisa com coisa.

“Mas não é que busque nas letras uma âncora ou porto seguro qualquer. “Pelo contrário.

Quando pesquiso a origem das palavras, quero me deslocar ainda mais”, afirma.” Noemi

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Jaffe, entrevistada depois da mesa 6 – “Em nome da mãe” – na FLIP, do dia 27/julho de

2017.(NEVES, 2017, p. C8)

E a outra reportagem da mesma página do jornal que me inspirou a compreensão da obra

fílmica que ora trato vem de uma escritora luso-angolana Dijaimila Pereira de Almeida, da

Luanda, que cria uma personagem, sobre a qual o jornal diz:

“Tal como a autora, Mila nasceu em Luanda e desembarcou em Portugal aos três anos

“particularmente despenteada” e agarrada a um pacote de bolacha Maria. Cresceu no

subúrbio de Lisboa, uma “angolana mais que falsa”. Seu cabelo é a uma congregação étnica-

geopolítica, resultado dos encontros entre um pescador albino de Angola, um comerciante

português no Congo, católicas anciãs de Seia e cristãos novos maçons de Castelo Branco, seus

ancestrais.” (MELLO, 2017, p. C 8)

Essa escritora coloca em Esse cabelo a questão da identidade. Eu ressalto nesta citação a

bolacha Maria, chamando a atenção que a identidade vem também pelo estômago, traço de

cultura. Pelo que se come, e , algumas vezes, pelo que não se come, ou pelo pouco que se

come, ou outras vezes porque se come coisas, aos nossos olhos, estranhas e bizarras, como eu

que olho para você e vejo que você não tem a minha cara.

Caso essa explicação sirva, serve o exame do vídeo de 10 minutos, para o qual peço a

amabilidade da atenção de vocês, agradecendo, uma vez mais, não só o espaço neste

congresso, como a oportunidade de mostrar essa singela obra, cujos textos são apresentados à

continuação.

Textos que compõem o vídeo:

O primeiro texto é um dos 8 sonetos da seção “sonetos del destierro” da obra El naranjal

ardiente – nocturno paraguayo 1947-1949. Asunción: Ediciones Diálogo, Cuadernos de la

Piririta, Director: Miguel Ángel Fernández, Asunción, Paraguay, 1960, 26 p.

Los hombres

Augusto Roa Bastos

Tan tierra son los hombres de mi tierra

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que ya parece que estuvieran muertos;

por afuera dormidos y despiertos

por dentro con el sueño de la guerra.

Tan tierra son que son ellos la tierra

andando con los huesos de sus muertos,

y no hay semblantes, años ni desiertos

que no muestren el paso de la guerra.

De florecer antiguas cicatrices

tienen la piel arada y su barbecho

alumbran desde el fondo las raíces.

Tan hombres son los hombres de mi tierra

que en el color sangriento de su pecho

la paz florida brota de su guerra.

http://www.portalguarani.com/537_augusto_roa_bastos/13537_el_naranjal_ardiente_no

cturno_paraguayo_1947

Diálogo:

Autoras: Priscila Soares de Oliveira e Yara Pereira Moreno

Jefa: Buenos días, Priscila.

Secretaria: Buenos días.

Jefa: Estoy bien, Bueno, Priscila, sabes que eres una profesional muy bien calificada y que

nuestra empresa está creciendo, ¿verdad?

Secretaria: Sí, gracias por sus elogios. En la última reunión supe que van a abrir una nueva

filial en Paraguay, ¿verdad que sí ?

Jefa: Es sobre eso que me gustaría hablarte porque tengo un puesto vacante y me gustaría que

tú lo ocupases, si es bueno para ti y para tu familia. Y no te preocupes con nada porque te

daremos todo el apoyo necesario, tanto financiero como psicológico, pues sabemos que no es

una decisión fácil.

Secretaria: Y cómo va a ser, ¿seguiré en el mismo puesto o voy a cambiar?

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Jefa: Por supuesto, porque las cosas irán a mejorar porque te daremos aumento de sueldo.

Secretaria: Mira, usted sabe que tengo muchas ganas de aprender y de conocer otros países y

me interesaría muchísimo coger el puesto. ¿Tiene otros informes sobre ese nuevo trabajo?

Jefa: Todavía no, pero así que los tenga te pasaré por correo electrónico. Por ahora puedo

decirte que Asunción es una bonita ciudad y que te encantará vivir allí.

Secretaria: Gracias, señora Yara. Aguardo más noticias.

El incierto viaje de los expatriados

Cada vez son más las empresas establecidas en España que desplazan a algunos de sus

profesionales a otros países - principalmente de Latinoamérica y la Unión Europea – con el

objetivo de realizar su actividad más allá de las fronteras nacionales. Sin embargo, muchos de

estos profesionales afrontan situaciones ricas en oportunidades, pero no exentas de riesgos,

porque residir entre uno y tres años en el extranjero a menudo no supone un impulso a sus

carreras, sino todo lo contrario.

Según un estudio realizado por una famosa empresa de consultoría que analiza la política de

expatriación de trece grandes compañías de nuestro país, en España, estos profesionales se

ven expuestos, frecuentemente, a iniciativas mal planteadas desde el principio y con un final

incierto, en la gran mayoría de los casos.

Según este informe, el 85% de los expatriados son directivos y mandos medios y superiores,

frente a un 11% de personal técnico, lo que lleva a pensar que prevalecen las necesidades de

gestión.

Si tenemos en cuenta, además, que el éxito de la expatriación depende mucho de la

personalidad y las competencias del profesional, sorprende que las compañías primen la

experiencia y los conocimientos a la hora de seleccionar al futuro expatriado. De hecho, un

27% de las empresas no realizan proceso de selección alguno para identificar el candidato

más adecuado. Y de las que sí lo hacen, solo un 55% se apoya en el Departamento de

Recursos Humanos para llevarlo a cabo. Este departamento, en cambio, participa, con

frecuencia, en los trámites administrativos de la expatriación.

In p. 93 y , Comunicación eficaz para los negocios – curso de conversación, recursos y

vocabulario. Marisa de Prada, Pilar Marcé, Madrid, EDELSA, 2010, p. 93.(Acompaña un

CD.)

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EN UN PEQUEÑO PUEBLO SOMALÍ

Bernardo Atxaga, Poemas & híbridos

Barcelona, Plaza 7 Janés, 1998

El lunes, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

comió un puñado de arroz

¡Y qué alegría! ¡Qué alegría!

¡Qué alegría más grande!

El martes, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

comió diez ortigas hervidas

¡Y qué alegría! ¡Qué alegría!

¡Qué alegría más grande!

El miércoles, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

comió una lagartija asada

¡Y qué alegría! ¡Qué alegría!

¡Qué alegría más grande!

El jueves, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

comió nueve moscas y dos avispas

¡Y qué alegría! ¡Qué alegría!

¡Qué alegría más grande!

El viernes, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

encontró un hormiguero

¡Y qué alegría! ¡Qué alegría!

¡Qué alegría más grande!

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El sábado, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

comió un papel que decía Help Somalia Now

¡Y qué alegría! ¡Qué alegría!

¡Qué alegría más grande!

El domingo, en un pequeño pueblo somalí,

Ibrahim Ali Kismayu

vio desde su ventana un avestruz muy gordo

¡Y qué aa, qué aale, ale, olé, olelelele!,

¡que ale ale ale alegría más grande!

Ficha técnica do vídeo:

Los hombres: Priscila Soares de Oliveira

Yara Pereira Moreno

Luizete Guimarães Barros

Diálogo:

Jefa: Yara Pereira Moreno

Secretária: Priscila Soares de Oliveira

Poema: EN UN PEQUEÑO PUEBLO SOMALÍ

Cecilia Barros Cabral

Heloisa Barros Cabral

Voz: Luizete Guimarães Barros

Canção: "Cuando Me Vaya (feat. Natalia Jiménez)"

por Melocos

Direção: Luizete Guimarães Barros

Roteiro: Luizete Guimarães Barros

Câmera e montagem: Christian Abes

Realização:

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Curso de Secretariado Executivo Trilíngue - UEM

Conclusão:

E como finalização, devo preguntar-lhes se o roteiro apresentado cumpre a função e os

conselhos do professor Roa Bastos sobre o ofício de escrever um argumento cinematográfico,

que, segundo Alfredo Oroz, são os seguintes:

“trabajo como guionista profesional, mis herramientas son aquellas que aprendí con Roa,

“crecer, siempre crecer, subir, siempre subir”… además de saber desconfiar cuando alguien

no sabe contar con “creciente interés” el cuento Caperucita.” (Alfredo Oroz, ROA

BASTOS, 1993, p. 9)

Caso essas palavras tenham lhe chamado a atenção de maneira a tentar ver o vídeo, o

texto cumpriu sua função.

Referências bibliográficas:

ATXAGA, Bernardo: Poemas & híbridos. In Síntesis – curso de lengua española. Ivan

Martin. São Paulo, Ática, 2011, p. 57.

BARROS, Luizete Guimarães. Archivística de un expatriado. In: Qorpus. Teatro na

Praia/Textos criativos. UFSC. Edição N. 003.

http://qorpus.paginas.ufsc.br/teatro-na-praia/edicao-n-003/archivistica-de-un-expatriado-

luizete-guimaraes-barros/ (acesso 5/12/2017)

BARROS, Luizete Guimarães. Archivística de un expatriado.

http://www.youtube.com/watch?v=6-kiP5zLiOQ (acesso 5/12/2017)

MELLO, Patrícia Campos. “Luso-angolana tece do cabelo sua identidade”. In: Folha de São

Paulo – Caderno Ilustrada, 27 de julho de 2017, p. C8.

NEVES, Lucas. “Noemi Jaffe conta a vida secreta das palavras”. In: In: Folha de São Paulo

– Caderno Ilustrada, 27 de julho de 2017, p. C8.

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PRADA, Marisa de, MARCÉ, Pilar. Comunicación eficaz para los negocios – curso de

conversación, recursos y vocabulario. Madrid, EDELSA, 2010, p. 93.

ROA BASTOS, Augusto. Mis reflexiones sobre el guión cinematográfico y el guión de “Hijo

de hombre”. Colección Lecturas de Cine. Fundación Cinemateca y Archivo Visual del

Paraguay, (Introducción Alfredo Oroz), Asunción, RP ediciones, 1993.

ROA BASTOS, Augusto. “Los hombres”.

http://www.portalguarani.com/537_augusto_roa_bastos/13537_el_naranjal_ardiente_nocturno

_paraguayo_1947 (acesso 5/12/2017)

Curta-metragem sobre Expatriação - Espanhol para Negócios 1 - Cortometraje sobre

Expatriación

Trabalho feito pelos alunos universitários de Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações

Internacionais para a avaliação da matéria "Espanhol para Negócios 1" na Universidade

Estadual de Santa Cruz - Professora Cristina Cardoso.

https://www.youtube.com/watch?v=PfppLSli5tI

https://youtu.be/6-kiP5zLiOQ - nosso vídeo

http://qorpus.paginas.ufsc.br/teatro-na-praia/edicao-n-003/archivistica-de-un-expatriado-

luizete-guimaraes-barros/ texto