arborizaÇÃo urbana: substituiÇÃo de Árvores inadequadas em

22
ARBORIZAÇÃO URBANA: SUBSTITUIÇÃO DE ÁRVORES INADEQUADAS EM CAMPINA DO MONTE ALEGRE, SUDOESTE PAULISTA.

Upload: others

Post on 25-Jan-2022

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ARBORIZAÇÃO URBANA:

SUBSTITUIÇÃO DE ÁRVORES

INADEQUADAS EM CAMPINA DO MONTE ALEGRE, SUDOESTE

PAULISTA.

ARBORIZAÇÃO URBANA: SUBSTITUIÇÃO DE

ÁRVORES INADEQUADAS EM CAMPINA DO

MONTE ALEGRE, SUDOESTE PAULISTA.

Orientador: Fernando Periotto – UFSCar – [email protected]

Discente: Vinicius Rainer Boniolo - UFSCar- [email protected]

INTRODUÇÃO

❑ A arborização urbana nos municípios brasileiros é de competência

das administrações municipais, com participação da comunidade e

demais atores sociais (RIBEIRO, 2009).

❑ Planejar a arborização é indispensável para o desenvolvimento

urbano e requer conhecimento da situação existente, obtido por

meio de um inventário quali-quantitativo (COLETTO et al., 2008).

OBJETIVOS

❑ Revisão da literatura sobre a flora da região sudoeste de São Paulo e

arborização urbana do município;

❑ Elaboração da lista de árvores nativas adequadas para a arborização

urbana a ser substituída;

❑ Levantamentos dos viveiros regionais que produzem mudas nativas

adequadas para subsidiar tal substituição.

MATERIAL E MÉTODOS

❑Extensão de Campina do Monte Alegre: 184,077 km²; área urbana

1,15 km2;

❑População total de 5.567 habitantes (censo 2010), sendo que 60% reside em

área urbana e 40% na área rural;

❑ Trabalho de campo;

❑ População flutuante.

MATERIAIS E MÉTODOS

❑ Delineamento Amostral

❑ A (CDHU A e B): 15 Quadras;

❑ B (Capaúva): 21 Quadras;

❑ C (Centro): 64 Quadras;

❑ D (Vila Gomes): 36 Quadras;

❑ E (CDHU C e D): 7 Quadras.

❑ Total - 143 quadras percorridas.

Fonte: Santos et al ,2018

MATERIAIS E MÉTODOS

❑ Coleta e Identificação

❑ Período entre fevereiro de 2019 e julho de 2019, obedecendo a normas

padronizadas por MARCHIORI (1995);

❑ramos contendo folhas bem estruturadas e flores ou frutos, para facilitar a identificação.

❑ Analisou problemas gerados pela vegetação relacionados à infraestrutura das

calçadas, à rede elétrica, fiação em geral, degraus na calçada e ao calçamento e

vias estreitos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Setor Número de indivíduos

A 130

B 28

C 197

D 268

E 30

Total 653

RESULTADOS E DISCUSSÃOA partir de pesquisa com dados da literatura foi possível estabelecer as espécies demaiores frequências na área urbana (famílias, gênero, espécie, nome popular eocorrência).

Espécie Frequência (%)

Myrtus L. 16,39

Schinus molle L. 14,70

Caesalpinia pluviosa DC. 8,27

Lagerstroemia indica (L.) Pers. 6,13

Ficus benjamina L. 5,21

Dypsis lutescens (H.Wendl.) Beentje

& J.Dransf.3,37

Duranta repens L. 3,22

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Origem Ocorrência (%)

Exóticas 68,76

Nativas 31,24

❑ A presença de espéciesexóticas apresentou fatorespositivos e negativos para aregião;

❑ Como exemplo ornamentaçãooferecida por algumas espéciesexóticas e as dimensõesinadequadas que muitas delaspossuem para a localização quese encontram.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

❑ Fiação suspensa é predominante, logo, o conflito com árvores é

iminente principalmente em setores mais antigos da cidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

❑ O conflito de raízes com asfaltos e calçamentos também é comumna cidade e, esse fator somado a baixa largura média das calçadas e oleito de rolagem, potencializa os problemas causados em bairros maisantigos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

❑ Este resultado coloca as árvores, na percepção de muitos munícipes,como empecilhos;

❑ Confirmado pelo elevado número de solicitações de cortesespecialmente nesses bairros mais antigos;

❑ Pode justificar a pequena quantidade de árvores plantadas nacidade;

❑ Não se recomenda a arborização urbana em calçadas menores de1,90m, devido a largura da calçada está correlacionada com odiâmetro do tronco para não obstruir a área livre do passeio(Prefeitura de São Paulo, 2015).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

❑ Presença extensiva de espécies arbóreas exóticas nas cidades é afalta de conhecimento sobre a flora brasileira e o seu potencialpaisagístico (SILVA; PERELLÓ, 2010);

❑ Disseminação de espécies exóticas é resultante da negligência dosórgãos públicos locais com o planejamento da arborização (SILVA etal., 2019);

❑ Estas espécies são vistas como um problema quando se diz respeitoà interferência que elas provocam no ecossistema;

❑ Quando flora nativa é substituída pelas espécies exóticas, oambiente natural é modificado pela redução da biodiversidade nomeio urbano (BRASIL, 2006).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Solução: implantação de árvores de espécies nativas, em maior porcentagem, em futuras ações de arborização urbana.

Fonte: Batista, et al. (2013); Pradella et al. (2015) e Ferraz et al. (2017)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Porte Nº de exemplares Cobertura Vegetal (m²)

Pequeno 109 2725

Médio 298 14900

Grande 246 24600

Cobertura Vegetal TOTAL (m²) 42.225

❑ Após o levantamento doporte dos 653 espécimesidentificados, foi possíveldistingui-los conforme seuporte;

❑ Estimar a cobertura vegetaltotal presente na área urbanado município.

Fonte: Santos et al ,2018

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nome do viveiro Cidade

Instituto Refloresta Capão Bonito, SP

Natgeo Capão Bonito, SP

Nova Floresta Angatuba, SP

DNA Florestal Itapetininga, SP

SfeltempoolParanapanema, SP, Distrito

de Holambra

❑Necessário substituir as árvores semprejudicar a cobertura vegetal domunicípio, a partir da elaboração deum plano de arborização urbana comespécies nativas de viveiros comcertificação para garantir a sanidadedas mudas (NOVAES, 2019);

❑Os mesmos encontram-se em cidadespróximas o que facilitará a aquisição elogística das mudas, quando asmesmas forem compradas para asações de substituição.

RESULTADOS ALCANÇADOS

RESULTADOS ALCANÇADOS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Campina do Monte Alegre não possui plano de arborização urbana, o que

colaborou para que esse processo não tivesse um bom planejamento,

implicando em plantios de árvores inadequadas por toda a malha urbana.

Com a realização desse trabalho foi possível detectar diversas problemáticas

que sugerem a substituição de exemplares componentes atuais da

arborização urbana, além da forte necessidade de se planejar um plano de

arborização urbana a fim de mitigar futuros impactos negativos e prejuízos

ao poder público em novas áreas de expansão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, M. L.; LOPES, A. G.; CARVALHO, F. A.; DA SILVA, L. F.; GALVES, N.; PEDRO, N. F.; STRANGHETTI, V.Indicação de essências regionais do noroeste paulista para enriquecimento da arborização de ruas, praças eavenidas. Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Revista da Sociedade Brasileira de ArborizaçãoUrbana. Piracicaba – SP, v.8, n.1, p.75-88, 2013.

COLETTO, E. P.; MÜLLER, N. G.; WOLSKI, S. S. Diagnóstico da Arborização das Vias Públicas do Município deSete de Setembro – RS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. v. 3, n. 2, p.110-122, 2008.

MARCHIORI, J.N.C. Elementos de dendrologia. Santa Maria, Ed. UFSM, 1995. 163p.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Manual Técnico de Arborização Urbana. 3a Edição. São Paulo. 2014.

SANTOS, J. C. Inventário da Arborização Urbana do Município Campina do Monte Alegre no Estado de SãoPaulo. Projeto de Iniciação Cientifica. Universidade Federal de São Carlos. Buri –SP, 2017

SILVA, J. J. L.; CAVALCANTE, F. L. P., XAVIER, V. F.; GOUVEIA, L. F. P. Produção de Exsicatas como Auxílio para oEnsino de Botânica na Escola. Conexões-Ciência e Tecnologia, v. 13, n. 1, p. 30-37, 2019.

SILVA, J. G.; PERELLÓ, L. F. C. Conservação de espécies ameaçadas do Rio Grande do Sul através de seu uso nopaisagismo. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v.5, n.4, p.01-21, 2010.

OBRIGADO!