aptidÃo fÍsica e qualidade de vida conceitos...

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APTIDÃO FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA A par das evidências de que o homem contemporâneo utilizase cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustentase a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levandoo a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como “ATIVIDADE FÍSICA”, “ESTILO DE VIDA” e “QUALIDADE DE VIDA” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bemestar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população. Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreendese que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de Vida Ativa. Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da qualidade de vida da população. Este entendimento fundamentase em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida. Identificase, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção da saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de “Movimento Vida Ativa”, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centrase no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral. O pressuposto sustenta a necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de se aumentar o seu envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos. Neste cenário, iremos apresentar alguns conceitos importantes. CONCEITOS BÁSICOS EM ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE Saúde: Segundo a (OMS, 1990) é o conjunto de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bemestar físico, mental e social. Atividade Física: É definida, como todo e qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso. Exercício Físico: é uma atividade física repetitiva planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter um ou mais componentes da aptidão física. Classificação dos Exercícios Tipo de Contração Muscular (isométrico, isotônico e isocinético); Movimento Articular (cíclico, acíclicos e mistos); Volume de Massa Muscular (localizado, regional e global) Preparação Competitiva (Gerais, Especiais e Competitivos) Fitness: O termo fitness enfatiza a dimensão biológica. Esta palavra tem origem na junção dos verbetes “fit” [que significa apto] e “ness” [que quer dizer aptidão]. Na verdade, a expressão correta é physical fitness, ou aptidão física, portanto academias de fitness deveriam estar voltadas necessariamente a propiciar a conquista desse objetivo, e seus clientes devessem ingressar nestas academias com este propósito. Aptidão Física: é a capacidade de durar, descontinuar, de resistir ao Estresse, de persistir em circunstância difíceis onde uma pessoa destreinada Unidade: 01 Prof.º Leonardo Delgado 2° Ano Ensino Médio Atividade Física 1

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 APTIDÃO FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA   A  par  das  evidências  de  que  o  homem contemporâneo  utiliza‐se  cada  vez  menos  de  suas potencialidades  corporais  e  de  que  o  baixo  nível  de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças  degenerativas  sustenta‐se  a  hipótese  da necessidade  de  se  promoverem  mudanças  no  seu estilo  de  vida,  levando‐o  a  incorporar  a  prática  de atividades físicas ao seu cotidiano.    Nessa  perspectiva,  o  interesse  em conceitos  como  “ATIVIDADE  FÍSICA”,  “ESTILO  DE VIDA”  e  “QUALIDADE  DE  VIDA”  vem  adquirindo relevância,  ensejando  a  produção  de  trabalhos científicos  vários  e  constituindo  um  movimento  no sentido  de  valorizar  ações  voltadas  para  a determinação  e  operacionalização  de  variáveis  que possam  contribuir  para  a melhoria  do  bem‐estar  do indivíduo  por  meio  do  incremento  do  nível  de atividade física habitual da população.   Da análise às justificativas presentes nas propostas  de  implementação  de  programas  de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento  da  atividade  física,  depreende‐se  que  o principal  argumento  teórico  utilizado  está fundamentado  no  paradigma  contemporâneo  do estilo de Vida Ativa.   Tal estilo tem sido apontado, por vários setores  da  comunidade  científica,  como  um  dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de  promoção  de  saúde  e  da  qualidade  de  vida  da população.    Este  entendimento  fundamenta‐se  em pressupostos  elaborados  dentro  de  um  referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades  físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam  a  maioria  dos  estudos  envolvendo  a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida.    Identifica‐se,  neste  paradigma,  a interação  das  dimensões  da  promoção  da  saúde,  da qualidade de vida e da atividade  física dentro de um movimento  denominado  aqui  de  “Movimento  Vida Ativa”, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação  Física  e  Ciências  do  Esporte,  cujo  eixo epistemológico  centra‐se  no  incremento  do  nível  de atividade física habitual da população em geral.   O  pressuposto  sustenta  a  necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de  se  aumentar  o  seu  envolvimento  com  atividades 

que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos.   Neste cenário, iremos apresentar alguns conceitos importantes. 

 CONCEITOS  BÁSICOS  EM  ATIVIDADE  FÍSICA  E SAÚDE   Saúde:  Segundo  a  (OMS,  1990)  é  o conjunto  de  aspectos  do  comportamento  humano voltados  a  um  estado  de  completo  bem‐estar  físico, mental e social.   Atividade Física: É definida, como todo e qualquer  movimento  corporal  produzido  pelos músculos  esqueléticos  que  resulta  em  gasto energético maior do que os níveis de repouso. 

   Exercício  Físico:  é  uma  atividade  física repetitiva planejada e estruturada com o propósito de melhorar  ou  manter  um  ou  mais  componentes  da aptidão física.  Classificação dos Exercícios ‐ Tipo de Contração Muscular (isométrico,  isotônico e isocinético); ‐ Movimento Articular (cíclico, acíclicos e mistos); ‐  Volume  de Massa Muscular  (localizado,  regional  e global) ‐  Preparação  Competitiva  (Gerais,  Especiais  e Competitivos)   Fitness:  O  termo  fitness  enfatiza  a dimensão  biológica.  Esta  palavra  tem  origem  na junção dos verbetes “fit” [que significa apto] e “ness” [que  quer  dizer  aptidão].  Na  verdade,  a  expressão correta é physical  fitness, ou  aptidão  física, portanto academias  de  fitness  deveriam  estar  voltadas necessariamente  a  propiciar  a  conquista  desse objetivo,  e  seus  clientes  devessem  ingressar  nestas academias com este propósito.   Aptidão Física: é a capacidade de durar, descontinuar, de  resistir  ao  Estresse,  de persistir  em circunstância  difíceis  onde  uma  pessoa  destreinada 

Unidade: 01 

Prof.º Leonardo Delgado 

2° Ano – Ensino Médio – Atividade Física

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desistiria.  Segundo  a  (OMS,  1990)  “Capacidade  de realizar trabalho muscular de maneira satisfatória”. 

 Componentes da Aptidão Física ‐  A  Aptidão  Física  Relacionada  à  Saúde:  mede  a qualidade  da  saúde  que  pode  ser  representada  ao longo de continuum em que um extremo o  indivíduo estaria doente, acamado, com nenhuma possibilidade de  fazer  qualquer  atividade,  e  de  outro,  ele  estaria com  uma  saúde  ótima,  com  grande  capacidade funcional,  em  todos  os  aspectos  da  vida.  A  Aptidão Física  Relacionada  a  Saúde  pode  ser  dividido  em quatro  componentes:  Aptidão  Morfológica, Cardiorrespiratória, Neuromuscular. ‐  A  Aptidão  Física  Relacionada  às  Habilidades Esportivas:  compreende  vários  componentes necessários  para  a  prática  e  o  sucesso  em  vários esportes. Estes  componentes estão divididas em  três grupos:  capacidades  condicionantes,  capacidades coordenativas e capacidades derivadas.   Wellness:  “fortalece‐se,  aumentando cada vez mais a participação e a manutenção saudável de  pessoas  em  programas  de  exercícios  físicos”.  O wellness  engloba  o  fitness.  Fitness  (algo mais  duro, mais  intenso,  para  gente  aparentemente  saudável  e com objetivos mais próximos da competição), wellness (para  quem  pretende  melhorar  a  sua  saúde,  a  sua funcionalidade,  o  seu  bem‐estar,  a  sua  qualidade  de vida). 

   O conceito de wellness embora negue o conceito  de  fitness,  também  é  composto  por  ele. O condicionamento  físico  não  deixa  de  ser  enfatizado, porém,  é  trabalhado  em  perspectivas  mais  amplas visando à qualidade de vida e o bem‐estar. A estética não  deixa  de  ser  destacada,  porém,  é  levada  em consideração a saúde nessa busca pela estética. Assim, 

nas  academias  que  seguem  o  wellness  como paradigma,  os  professores  se  preocupam  em transmitir conhecimentos, explicando para os alunos, por exemplo, prejuízos que podem causar a prática em excesso,  os  problemas  do  uso  de  anabolizantes,  a importância  da  alimentação  adequada,  entre  outras práticas.  Dessa  forma,  o  fitness  não  deixa  de  ser trabalhado, mas fica subsumi‐do ao wellness.   O  nível  de  wellness  de  uma  pessoa depende  muito  de  suas  escolhas.  A  prática  do exercício físico é parte desse processo. O conceito de fitness  está  dentro  do  modelo  wellness.  Esse  é  o modelo que  fortalece a permanência dos clientes nas academias e cria  inúmeros vínculos além do estético. Estes  exemplos  revelam  que  o  mercado  já  não  se contenta mais  com ações  focadas exclusivamente no fitness.  Busca‐se  uma  visão  mais  ampla  de  atuação apoiada no well‐ness  (bem‐estar). É fundamental que os gestores reformulem seus negócios para atender a esta demanda.   Esporte:  Atividade  competitiva, institucionalizado,  realizado  conforme  técnicas, habilidades  e  objetivos  definidos  pelas  modalidades desportivas, determinado por regras preestabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade.    Jogo:  é  uma  atividade  ou  ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites  de  tempo  e  de  espaço,  segundo  regras livremente  consentidas,  mas  absolutamente obrigatórias,  dotada  de  um  fim  em  si  mesmo, acompanhada  de  um  sentimento  de  tensão  e  de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana.   Condição  Física:  Estado  que  denota  o grau  de  desenvolvimento  das  capacidades  motoras como  a  resistência,  força,  velocidade  (...).  Pode  ser geral ou específica.   Condicionamento  Físico:  é  definido, como aumento de capacidade energética do músculo através de um programa de exercícios.   Estilo de Vida  (EV): “Conjunto de ações habituais  que  refletem  as  atitudes,  os  valores  e  as oportunidades na vida das pessoas”.   “Passou a ser um dois mais  importantes e  determinantes  aspectos  na  saúde  de  indivíduos, grupos e comunidades”.    Fator  “STRESS”:  É  a  maneira  como  o organismo  responde  a estímulos  (bom,  ruim,  real ou imaginário), que altere seu estado de equilíbrio.    Agentes estressantes: susto, a alegria, o fracasso, a dor, o frio, o calor, ou o esforço físico.   O  estilo  de  vida  moderno,  como  a adoção de hábitos de sedentarismo1, má alimentação e  vida  estressante  irão  produzir  mudanças  na qualidade de vida e no padrão de adoecimento.  

                                                            1  Sedentarismo  é  um  termo  utilizado  para  descrever um  estilo  de  vida  caracterizado  por  pouca  ou nenhuma prática de atividades físicas. 

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  Epidemiologia: é a ciência que estuda o comportamento  e  a  distribuição  dos  fenômenos  de saúde/doença em uma determinada sociedade (ou em grupos  sociais  específicos),  levando  em  consideração seus fatores condicionantes e determinantes.  

   A  epidemiologia  possibilita  definir medidas de prevenção e controle mais  indicados para o  problema  e  também  avaliar  a  eficácia  das intervenções  em  saúde  pública.  O  tipo  de  análise realizada  pela  epidemiologia  exige  a  interação transdisciplinar  com  outras  ciências  tais  como: Ciências  Sociais  (Antropologia,  Sociologia),  Políticas, Estatística, Economia, Demografia, Ecologia, História, e outras.   Nas últimas décadas, pudemos observar o aumento da prevalência das Doenças Crônicas Não‐Transmissíveis (DCNT2), que representam mais de 60% das  causas  de  óbito  e  47%  dos  custos  de  saúde  no mundo.   O  pior  é  que  o  impacto  das  DCNT  na saúde das  populações  vem  aumentando  a  cada  ano. Estima‐se  que  em  2020  as DCNT  serão  responsáveis por  73%  da mortalidade  e  por  60%  dos  custos  com saúde mundiais. 

   Estudos  experimentais  randomizados  demonstram que a atividade  física  regular melhora a aptidão  física;  níveis  de  lipídios  sanguíneos;  pressão arterial;  densidade  óssea;  composição  corporal, sensibilidade à  insulina e tolerância à glicose. Por sua vez,  a  hipertensão,  hipercolesterolemia,  sobrepeso  e obesidade, consumo inadequado de frutas e verduras, inatividade física e tabagismo são os principais fatores de risco para o desenvolvimento das DCNT.  

                                                            2  As  DCNT  são  representadas  principalmente  pela obesidade,  doenças  cardiovasculares,  hipertensão, diabetes tipo II e neoplasias (cânceres). 

Mas por que o homem adota estilos de vida que são nocivos à sua própria saúde?   Bem,  isso  acontece  porque  o  processo de transformação da sociedade é também o processo de  transformação  da  saúde  e  dos  problemas sanitários.  

  Faz  parte  do  contexto  atual  de sociedade a urbanização desordenada; a má condição de  trabalho;  o  subemprego  ou  desemprego;  a habitação  inadequada;  a  falta de  acesso  à educação, ao  lazer,  à  cultura,  e  aos  bens  e  serviços;  o  meio ambiente poluído com má qualidade do ar e da água e a  ausência  de  saneamento  básico;  a  presença  da violência; da fome etc. Estes são os determinantes e as condicionantes do processo de adoecimento. 

    O  estilo  de  vida moderno  acaba  sendo influenciado por estas condições sociais e por escolhas pessoais, e o resultado é que os  indivíduos se tornam mais  sedentários,  têm  má  alimentação,  consomem tabaco, álcool e outras drogas. 

 Gráfico  1  –  Comportamentos  de  risco  para mortalidade nas Américas. 

  Vamos refletir... 

Você  sabe  diferenciar  fatores  de  risco  de condicionantes  e  de  determinantes  para  o desenvolvimento  de  DCNT?  Consegue  pensar  em exemplos de cada um? Como  você  acha  que  o  ambiente  social  pode influenciar  a pessoa  a  ser mais  ativa  fisicamente  e  a fazer escolhas alimentares mais saudáveis? 

   Hoje sabemos que e o excesso de peso, o  consumo  inadequado  de  frutas  e  verduras,  a inatividade  física  e  o  tabagismo  são  os  principais fatores  de  risco  para  o  desenvolvimento  das  DCNT. Portanto,  podemos  concluir  que  a  redução  destes fatores de risco pode aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas e reduzir as taxas de morbidade e mortalidade. 

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  Assim,  a  saúde,  vista  como  uma produção social de determinação múltipla e complexa, exige  a  participação  ativa  de  todos  os  sujeitos envolvidos em sua produção  (indivíduos, movimentos sociais,  educadores,  trabalhadores  e  gestores)  na análise, formulação, implantação e adoção de políticas e  ações  que  visem  à melhoria  da  qualidade  de  vida tanto  nos  aspectos  estruturais  quanto  nos  aspectos individuais. 

  Neste contexto, nasce o termo bastante atual:  Promoção  da  Saúde.  Ações  de  promoção  da saúde  visam  reduzir  as  vulnerabilidades  sociais  e  os condicionantes  e  determinantes  de  comportamentos que possam  levar  ao desenvolvimento de  fatores de risco  ao  adoecimento.  Ao  prevenir  e  controlar  o adoecimento podem ser reduzidos os custos pessoais, sociais e financeiros.    Assim,  a  atividade  física  vem  ganhando importância  por  sua  capacidade  transformadora positiva do meio ambiente e dos estilos de vida.   Qualidade  de  Vida  (QV):  Segundo  a ABQV  (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), é mais do que  ter uma boa  saúde  física ou mental.    É estar de bem  com  você mesmo,  com  a  vida,  com  as pessoas  queridas,  enfim,  estar  em  equilíbrio.  Isso pressupõe muitas coisas:  ‐ Padrão de alimentação; ‐ Prática regular de atividade física; ‐ Estilo de vida; ‐ Hábitos saudáveis;  ‐ Cuidados com o corpo;  ‐ Atenção para a qualidade dos seus relacionamentos;  ‐ Balanço entre vida pessoal e profissional; ‐ Tempo para lazer; ‐ Saúde espiritual; etc.   A  atividade  física  produz  grandes benefícios  físicos,  sociais,  cognitivos,  afetivos  e econômicos;  melhora  os  ambientes  urbanos,  a segurança e a  interação  social, diminui a emissão de poluentes  dos  meios  de  transporte  motorizados; aumenta a produtividade do  individuo e reduz custos dos sistemas de saúde.     Adultos  devem  realizar  no  mínimo  30 minutos  de  atividade  física moderada  cinco  dias  da semana ou 20 minutos de atividade física intensa três vezes por  semana para manter os níveis mínimos de saúde cardiorrespiratória e prevenir DCNT.   Crianças  e  adolescentes  devem  realizar pelo menos 90 minutos de atividade  física moderada ou intensa, na maioria dos dias da semana.    Programas  de  promoção  de  saúde devem ser desenvolvidos para populações específicas quanto  à  idade  e  gênero  e  possuir  uma  perspectiva que englobe todas as etapas da vida, do cuidado pré‐natal  ao  idoso. Devem  ainda  contemplar  a  busca  da equidade,  do  empoderamento,  a  ampliação  da autonomia  e  da  corresponsabilidade  individuais  e comunitárias. 

 

Alguns cuidados, além das atividades físicas: ‐ Tenha hábitos de saúde, como só beber água filtrada, tomar banho e cuidar da higiene pessoal; ‐  Busque,  na  medida  do  possível,  manter  uma  boa alimentação,  com  saladas,  legumes,  peixes,  carne, etc.; ‐ Evite o consumo de cigarros, drogas, álcool e outras substâncias que podem te deixar dependente; ‐ Cultive as amizades, o bom relacionamento familiar e interpessoal; 

 

Sobrepeso e Obesidade   O excesso de peso corporal3 relacionado ao excesso de massa gorda é um dos principais fatores de  risco  para  desenvolvimento  de  DCNT  no  mundo ocidental. Atualmente, mais da metade da população mundial  está  acima  do  peso  ideal,  tanto  em  países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.    Já vimos que a obesidade resulta de um processo  multifatorial  que  envolve  aspectos ambientais,  comportamentais  e  genéticos.  A maioria dos  casos  de  obesidade  (95  a  98%)  é  causada  por fatores externos e apenas um percentual muito baixo (2 a 5%) tem como causas as síndromes genéticas ou distúrbios endócrinos (ex.: hipotireoidismo).   O  Índice  de  Massa  Corpórea  é  um cálculo  que  leva  em  consideração  tanto  o  peso corporal como a altura da pessoa para determinar se ela  está  abaixo,  acima  ou  no  peso  ideal,  e  pode  ser calculado  em polegadas  e  libras  (como nos  EUA), ou em metros  e  quilogramas  (no  Brasil  e  outros  países que usam o sistema métrico).   A fórmula é assim: 

   Pesquisas  indicaram que estar acima do peso  ou  obeso  pode  acarretar  um  aumento  nas chances da pessoa desenvolver várias doenças, entre elas: ‐ doenças cardíacas; ‐ diabetes; ‐ osteoartrite; ‐ alguns tipos de câncer.    Da mesma  forma, estar abaixo do peso também pode levar a um aumento dos riscos à saúde devido à subnutrição.   Em um sentido mais amplo, o IMC ajuda os órgãos públicos a  ter uma  ideia geral do quanto o peso  e  a obesidade  afetam  a  saúde da população.  E 

                                                            3 O excesso de peso pode  ser dividido em dois graus de seriedade: sobrepeso e obesidade. Um dos critérios para  estabelecer  estes  graus  é  o  uso  do  Índice  de Massa Corporal  (IMC) que  é  calculado dividindo‐se  a massa corporal em quilos pela estatura em metros ao quadrado (kg /m2). Podemos também utilizar a tabela abaixo para classificar os indivíduos adultos. 

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quando  analisado  de  indivíduo  a  indivíduo,  permite que os médicos  identifiquem problemas de peso  em seus pacientes antes que um problema de saúde sério apareça. Os pacientes acima do peso, ou que correm risco de  ficar acima do peso, podem começar a  fazer uma  dieta  e  seguir  um  programa  de  exercícios  para que possam trazer seu peso de volta a uma faixa mais saudável.   Em crianças e adolescentes dos dois aos 20  anos,  além  de  peso  e  altura,  a  idade  também  é levada em consideração. O índice de massa corpórea é obtido  e  comparado  com  outras  crianças  da mesma idade  e  gênero.  Elas  podem  prever  se  meninos  e meninas correm o risco de ficar acima do peso.   Na  adolescência  as meninas  têm maior índice  de  massa  corporal  em  relação  aos  meninos, uma  vez  que  amadurecem  mais  rápido  e  por  isso ganham mais  gordura.  Um  garoto  e  uma  garota  da mesma idade podem ter o mesmo IMC, mas ela pode estar no peso normal, enquanto ele corre risco de ficar acima do peso.   É  importante  lembrar  que,  apesar  do IMC  ser  preciso  na maior  parte  das  vezes,  ele  pode superestimar  ou  subestimar  a  gordura  corporal,  às vezes.  Por  exemplo,  o  IMC  não  diferencia  a  gordura corporal  e  a massa muscular,  que pesa mais  do que gordura. Muitos jogadores de futebol foram rotulados como  "obesos"  devido  ao  seu  IMC  quando,  na verdade,  tinham  uma  percentagem  de  gordura corporal muito baixa.   O  IMC  nem  sempre  é  preciso  nos resultados  fornecidos  para  idosos,  que  já  perderam muita  massa  muscular  e  óssea,  fazendo  com  que possam estar acima do peso mesmo que seu IMC diga que  estão  dentro  da  faixa  normal.  E  o  IMC  também pode  apresentar  diferenças  para  os  distintos  grupos étnicos, por exemplo, os asiáticos podem começam a correr  risco de  ter problemas de  saúde  com um  IMC menor do que os europeus. 

   Devido  à  possibilidade  de  erros,  o  IMC deveria  ser  apenas  mais  um  método  de  medição usado para avaliar o peso e saúde do paciente. Os NIH 

(Institutos  Nacionais  de  Saúde  dos  EUA)  (em  inglês) recomendam  que  os  médicos  avaliem  se  seus pacientes  estão  acima  do  peso  baseando‐se  em  três fatores: ‐ IMC; ‐  circunferência  da  cintura:  uma medida  da  gordura abdominal; ‐  fatores  de  risco  para  doenças  associadas  à obesidade,  tais  como  pressão  alta,  colesterol  LDL ("ruim") alto, colesterol HDL  ("bom") alto, alto  índice de açúcar no sangue e fumo.    Muitos  especialistas  em  saúde  dizem que  a  porcentagem  de  gordura  corpórea  é  um indicador melhor da  situação do peso do que o  IMC. Mas a gordura corporal nem sempre é tão fácil, ou tão barata,  de  ser  medida.  Testes  como  medidas  de dobras cutâneas (nos quais o técnico pinça uma dobra da pele para medir a camada de gordura subcutânea sob  ela),  absormetria  radiológica  de  dupla  energia (DEXA, que mede  a densidade óssea) ou  impedância bioelétrica  (que  mede  a  oposição  a  um  fluxo  de corrente  elétrica  através  do  corpo,  a  impedância  é baixa  em  tecido magro  e  alta  em  tecido  gorduroso) são mais precisos, mas devem ser feitas somente por profissionais médicos treinados.   É  importante saber que o  IMC é apenas um  dos  fatores  envolvidos  na  hora  de  determinar riscos  de  doenças  e,  além  dele,  a  combinação  de escolhas  alimentares,  exercícios  e o hábito de  fumar determina se um indivíduo é saudável ou não.   Veja, abaixo, a Figura 1, que mostra um modo de  calcular o  IMC  sem  a necessidade de  fazer cálculos, utilizando a tabela para indivíduos adultos. 

 Tabela de cálculo de IMC para indivíduos adultos.   A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que pessoas com peso  ideal  tenham  índice de massa  corporal  entre  18,5  e  25.  Esse  número  foi alterado  em  1998  pelo  NHI  (Instituto  Nacional  de Saúde dos Estados Unidos). O valor antigo considerado ideal era de 27,8. 

  Mas o que está levando os indivíduos de nossa  sociedade  a  apresentarem  tantos  problemas com o excesso de peso? 

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  No  contexto  social  moderno,  a urbanização  e  os  avanços  tecnológicos  produziram mudanças  econômicas,  sociais  e  demográficas  que afetam os padrões de comportamento alimentar e de atividades  físicas,  resultando  em mudanças  do  perfil de  saúde  das  populações,  incluindo  o  aumento  da prevalência do excesso de peso.   E o pior é que o aumento da prevalência da obesidade no Brasil é proporcionalmente maior nas famílias  de  baixa  renda,  que  têm  mais  dificuldades para  controlar os problemas de  saúde  causados pela obesidade. E mais, parte da população de baixa renda no país ainda apresenta problemas com a desnutrição, gerando assim uma dupla carga de doenças.   Hoje em dia a obesidade afeta  também a  população  mais  jovem.  Crianças  e  adolescentes obesos  apresentam  um  risco  aumentado  de  se tornarem adultos obesos, e a obesidade  infantil é um fator  de  risco  para  o  desenvolvimento  de  doenças cardiovasculares na vida futura. 

  O  problema  não  para  por  aí,  porque  a obesidade  é  o  principal  fator  de  risco  para  o desenvolvimento  de  outras  alterações  metabólicas, tais  como  resistência  à  insulina,  diabetes  tipo  2, dislipidemia, hipertensão, alterações trombogênicas e hiperuricemia, que podem acelerar o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. 

 

 PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE FÍSICA   Todo  tipo  de  exercício  físico,  para  ser adequadamente prescrito e planejado, deve seguir os princípios  do  treinamento  desportivo,  a  fim  de obtermos  efeitos  positivamente  maximizados.  São eles: 

  Princípio da Individualidade Biológica   Diante  de  esforços  físicos  semelhantes, ou  seja,  o  mesmo  tipo  de  exercício,  na  mesma intensidade,  duração  e  frequência  semanal, proporcionarão  diferentes  efeitos,  devido  a características  individuais  como    idade,  sexo,  dieta, hábitos de vida, estado de saúde, experiência prévia e técnica  com  o  exercício,    motivação  e  outros.  O programa  de  exercícios  que  foi  excelente  para  uma determinada pessoa,  pode não  ser  adequado  ou  até mesmo contraindicados para outra. Os benefícios dos exercício  físicos são otimizados quando os programas são planejados para  se adequarem às  características, objetivos,  capacidades  e  limitações  de  cada participante  (ou  grupo).    Assim,  torna‐se  de fundamental  importância  classificar  e  qualificar  o indivíduo (ou grupo), dentro de uma escala de valores para  cada  uma  das  qualidades  físicas  de  nosso interesse,  determinando  seu  estado  inicial  ou progresso alcançado, através de uma avaliação prévia e periódica, utilizando‐se de  testes para avaliação de capacidades específicas.  

Princípio da Adaptabilidade   Todo  exercício  físico,  exige  um  período de  adaptação.  É  neste  que  o  indivíduo  começa  ou recomeça o  contato  com a modalidade escolhida, de forma  progressiva  e  crescente.    Levando‐se  em consideração  a  individualidade  biológica,  cada  um deverá  progredir  de  acordo  com    seu  próprio  ritmo, devendo‐se  evitar  as  comparações  com  outros companheiros e respeitando seus próprios limites.  

 Princípio da Sobrecarga   A  grande  capacidade  do  organismo humano (órgãos, sistemas e tecidos), em se adaptar  a cada nova carga de trabalho, exige que o mesmo seja exposto periodicamente   a novos estímulos, a  fim de que  se  atinjam  ou  aperfeiçoe  os  limites  esperados (metabólicos e funcionais).       Segundo  LEITE  (1985,  p.23)  a sobrecarga, num treinamento contínuo, pode ser feita de  várias maneiras,  como:  aumentando  a  freqüência do  exercício;  aumentando  a  intensidade  do  esforço em um determinado espaço de tempo; aumentando a duração  do  esforço  mantido  em  determinada intensidade.    Entretanto  GUEDES  (1998,  p.  202) ressalta  que,  uma  vez  alcançados  os    resultados desejados,  inexiste  a  necessidade de  aplicação deste princípio. 

 Princípio  da  Interdependência  Volume‐Intensidade   Deve‐se  respeitar  a  proporcionalidade entre  o  volume  e  intensidade  do  exercício.  Cada qualidade  física  a  ser  trabalhada,  necessita  de  um volume  e  intensidade  diferente,  de  acordo  com  seu objetivo  específico.  Apesar  do  maratonista  também treinar  velocidade  e  o  velocista  também  treinar resistência,  o  Volume  e  Intensidade  das  sessões  é específico às provas das quais participam. 

 Princípio da Especificidade   Cada  tipo  de  exercício  físico  produz efeitos  específicos  no  organismo  (metabólicos  e funcionais).  Seja  em  relação  as  fontes  energéticas solicitadas,  a  resistência  muscular,  a  flexibilidade,  a força  ou  a  quaisquer  outras  destrezas.  Porém,  como exemplo, apesar de várias modalidades de esportes ou atividades  diferentes  aumentarem  a  capacidade aeróbica, não implica que um maratonista possa nadar ou pedalar com o mesmo desempenho que corre, ou seja,  sua  performance  só  será  adequada  para  a especialidade que pratica. O mesmo é válido para as outras destrezas. 

 Princípio da Variabilidade   Além  de  quebrarmos  a  monotonia  e promovermos  maior  motivação,  estaremos “enganando” o corpo, visto que o mesmo se adapta ao tipo e forma de exercícios a ele aplicados. Assim deve‐

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se planejar rotinas de aulas com os mesmos objetivos, utilizando‐se  de  métodos,  exercícios,  intensidade, volume e materiais diferentes, adotando o sistema de esforços maiores num dia ou mais e esforços menores no seguinte. 

 Princípio da Reversibilidade e Continuidade   Conforme  GUEDES  (1998,  p.  203)  “as adaptações metabólicas  e  funcionais  induzidas  pelos exercícios  físicos  tendem  a  retornar  aos  estados iniciais  após  a  paralisação  ou  até  mesmo  as interrupções  temporárias  dos  programas  prescritos.”  Ainda  segundo  o  autor  este  decréscimo  será  tanto maior  quanto  mais  recentes  e  menos  consolidados forem os níveis das adaptações.    Em  resumo,  após  iniciarmos  um programa  de  exercícios  físicos,  devemos  manter  a pratica  regular  e  permanente  destes  a  fim  de aperfeiçoarmos  ou  mantermos  os  ganhos  já adquiridos.  Portanto,  segundo  GERALDES  (1993, p.138)  cabe  ao  Profissional  de  Educação  Física, “motivar  através  de  todos  os meios  de  que  dispõe, como aulas dinâmicas, correções constantes, palestras ilustrativas  a  pratica  regular  e  permanente  dos exercícios  físicos,”  o  tempo  suficiente  para  que ocorram  e  sejam  mantidas,  as  modificações fisiológicas  causadas  pelos  exercícios.  Não  devemos esquecer, que também é fundamental o seu papel ao prescrever  os  exercícios  ou  esportes  que melhor  se adaptem a personalidade, características  individuais e estilo de vida do(s) participante(s). Assim, apesar das dificuldades comuns, como: falta de motivação, férias, fatores  ambientais,  dificuldades  de  locomoção  e  ou financeiras,  além  da  “falta  de  tempo  disponível”, poderemos promover uma maior aderência a prática permanente e regular da atividade física. 

 COMPONENTES  DE  UM  PROGRAMA  DE EXERCÍCIOS FÍSICOS   No  momento,  sem  a  intenção  de aprofundarmos  demasiadamente  o  assunto, apresentaremos  de  forma  geral  algumas considerações  que,  são  necessárias  quando  da intenção  de  planejar  e  prescrever  atividades  físicas, seja  à  pessoas  saudáveis  ou  casos  especiais.    As diferentes  combinações  entre  estes  implicarão  em diferentes resultados. 

 Frequência   Refere‐se,  conforme  GUEDES  (1998, p.204) ao número de vezes que o indivíduo se exercita por  semana. Para  indivíduos  sedentários  recomenda‐se  exercitar  no  mínimo  3  vezes  por  semana  e dependendo  das  finalidades  do  programa,  esta freqüência poderá ser aumentada gradativamente. De acordo LEITE (1985, p.44) o ideal seria exercitar‐se 3 a 5  vezes por  semana, em 01  sessão por dia, a  fim de obterem‐se  os  efeitos  do  treinamento,  sendo 

necessárias  de  4  a  6  semanas  para  perceberem‐se estes efeitos. Em relação ao controle de peso corporal, ambos  os  autores  supracitados,  mencionam  que  a freqüência necessária é de 5 à 6 vezes por semana e que somente 2 vezes por semana não deverão ocorrer modificações significativas. 

 Duração   Refere‐se  ao  tempo  despendido  na execução de um exercício específico ou de uma sessão de  exercícios.  Em  relação  a  sessão,  esta  deverá apresentar  03  momentos  distintos,  sendo  eles:  o aquecimento  (atividades  leves e/ou alongamentos); a parte  principal,  a  qual  deverá  enfatizar  os  exercícios aeróbicos  e  os  de  força  ou  resistência muscular;  e  a parte  final,  onde  priorizamos  os  exercícios  de flexibilidade e ou relaxamento muscular.    A  duração  total  de  uma  sessão  poderá ser  determinada  de  acordo  com  o  gasto  calórico desejado e de preferência previamente planejado. 

 Intensidade   Na  prescrição  baseada  em  princípios científicos,  a  intensidade  dos  esforços  físicos  deverá ser  determinada  e  controlada  por  parâmetros  como VO2  máximo  (ou  METS)  e  Freqüência  Cardíaca. Conhecendo‐se os valores máximos destes parâmetros torna‐se  possível  a  prescrição  da  intensidade  de acordo com valores percentuais específicos.   A maior ou menor  intensidade das sessões baseia‐se na  fonte energética  predominante  à  modalidade  que  se pretende  praticar  e  aos  objetivos,  capacidades  e limitações de cada indivíduo. Pode‐se utilizar também escalas numéricas que  refletem o nível de  tolerância de esforço percebido pelo indivíduo (Escala de Borgh). 

 Periodização    Toda  prescrição  de  exercícios  físicos, deve  ter objetivos  preestabelecidos  a médio  e  longo prazo. Assim a periodização, sugerida por MATVIEV e outros autores, tem como objetivo transpor possíveis dificuldades  ou  deficiências  ao  longo  do  processo, assim  como  evitar  sintomas  de  “over‐training”. Simplificando,  este  sistema  de  planejamento,  tem como  meta  auxiliar    Professor  e  Aluno  a  atingir  os objetivos preestabelecidos de maneira segura e eficaz.    São  divididos  em:  Micro‐ciclos: correspondem  a  uma  semana;   Meso‐ciclos:  podem ser  o  equivalente  a  um  mês,  um  bimestre,  ou  um trimestre; Macro‐ciclo: podem durar de 1 a 12 meses   Segundo GERALDES  (1993, p.210), deve possuir  03  fases  distintas:  período  de  adaptação; período de performance; e período de transição. Estas normalmente  são  distribuídas  em  forma  de  meso‐ciclos.  Todo  este  processo,  será  desenvolvido  pelo profissional  de  Educação  Física  de  acordo  com  a modalidade,  objetivos,  capacidades  e  limitações  de seu aluno ou grupo. 

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 SUPLEMENTOS ALIMENTARES   Produtos  criados  para  auxiliar  na alimentação de  indivíduos  com déficit de  substâncias no organismo.    Responsável  pela  prescrição: NUTRICIONISTA  

 Tipos de Suplementos    Aminoácidos:  matéria‐prima  de proteína,  de  rápida  absorção.  Recomendado  para atletas que treinam pesado e necessitam de reposição constante e rápida de proteína.    Hipercalóricos:  compostos multinutrientes  de  alta  categoria.  Ideal  para  atletas que  desejam  aumentar  o  peso,  mantendo‐se  com altas  reservas energéticas. Possuem  fibras, vitaminas, minerais, baixo teor de gordura e altíssima quantidade de calorias.   Hiperprotéicos:  compostos  alimentares com  alta  concentração  de  proteínas  e  baixíssima  ou nenhuma  concentração  de  gorduras.  Ideais  para atletas que precisam manter‐se "secos" e desenvolver a  musculatura.  A  proteína  é  a  matéria  prima  da construção muscular,  por  isso  esta  suplementação  é das mais importantes.    Termogênicos  e  Queimadores  de gordura:  são  substâncias  que  aumentam  a temperatura  corporal,  ocasionando  uma  maior queima de calorias e reduzindo o apetite. Auxiliam na metabolização  de  gorduras,  convertendo‐as  em energia disponível ("queima"). Os principais são o óleo de cártamo, a colina, o extrato de Laranja Amarga, a Cafeína e outros.    Ácido  Linoléico  CA/CL/LA:  São suplementos  de  óleo  de  cártamo,  utilizados  para definição muscular. Promovem a diminuição dos níveis de  gordura  corporal  e  auxiliam  no  ganho  de massa magra,  músculos,  sem  estimulantes  e  sem  efeitos prejudiciais.   BCAA’s:  são  os  principais  aminoácidos (L‐valina,  L‐leucina  e  L‐isoleucina)  requeridos  pela musculatura durante o exercício  físico. Recomendado como  anticatabólico  após  treino  pesado,  para aumentar a capacidade de ganho de massa.    Precursores do hGH e  IGF_1: A arginina e  ornitina  são  aminoácidos  que,  em  conjunto, promovem  o  aumento  do  hormônio  anabólico  GH (hormônio  do  crescimento)  de  maneira  totalmente natural. O hGH tem atraído a atenção tanto de atletas amadores  como  de  profissionais,  por  promover aumento da performance e crescimento muscular.   Whey Protein: proteína do soro do leite (lactoalbumina),  com  alto  grau  de  pureza.  Indicado quando o objetivo é a hipertrofia ou a manutenção da massa  magra,  evitando‐se  o  catabolismo.  Recentes estudos  científicos  indicam  a Whey  Protein  como  o melhor complemento protéico para atletas. 

 DISTÚRBIOS ALIMENTARES Conceito    É  um  transtorno  alimentar  em  que  a pessoa  priva‐se  de  se  alimentar,  levando‐a  a  um emagrecimento  a  níveis  abaixo  do  peso  mínimo normal.    Essas pessoas, na maioria mulheres, têm plena convicção de que são gordas e a ideia de virem a ganhar gramas, as apavora e gera angústia.  

Características, sinais e sintomas: 1) Obsessão pela ideia  do emagrecimento, 2) Perda de peso acentuado 3)  Distorção  do  comportamento  alimentar,  4) Obsessão pelos exercícios físicos, 5) Medo terrível de ganhar peso e ser obesa, 6) Aparecimento de doenças antes dos 25 anos; 7) Negação  quando perguntado sobre o transtorno; 8) Ciclo menstrual irregular ou inexistente. 

 Causas  1) Traumas como rejeição familiar, ou abuso físico ou sexual, 2) Influência da mídia, na definição do padrão estético baseado na magreza,   

 Quem pode ter? 1) Mulheres de poder socioeconômico e cultural mais elevado   2) Crianças  3) Adolescentes   4) Adultos ( de 20 a 40 anos )   

 Tipos de Anorexia Nervosa  1) Um em que o  indivíduo apenas recusa‐se a manter o peso corporal no nível normal e priva‐se de comer, sem  no  entanto  envolver‐se  em  auto‐indução  de vômitos e abuso de diuréticos e laxantes.  2)  No  outro  tipo  de  anorexia  nervosa,  os  jejuns prolongados  alternam‐se  com  episódios  de  comer compulsivo e posterior purgação através de vômitos e abuso de laxantes e diuréticos.   Como Tratar? 1) Utilizando antidepressivos já que ela esta associada a depressão,  2) Ajuda da psicoterapia,  3) Terapia individual , em grupo e familiar.  

 Curiosidade   Em 1975 a cantora Karen Carpenter que fazia dupla com seu irmão Richard, no The Carpenters, grupo famoso na década de 70, foi diagnosticada com anorexia  nervosa.  Ela  era  muito  magra  e  vivia  em constante dieta. Ela  lutou contra a doença,  fez vários tratamentos  e  chegou  a  apresentar  melhora importante  no  início  dos  anos  80. Morreu  em  1983, 

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aos 32 anos, após ganhar  três Grammy's, oito Álbuns de  Ouro  (Gold  Albums),  dez  Gold  Singles  e  cinco Álbuns de Platina.    Em  2006,  a  modelo  brasileira  Ana Carolina Reston Macan, de 21 anos, morreu vítima de anorexia  nervosa,  por  uma  infecção  urinária  que  se transformou  em  uma  infecção  generalizada (septicemia). A causa da infecção foram cálculos renais causados pela ingestão insuficiente de água.   O  caso  de  Ana  Reston  Macan  gerou polêmica no mundo da moda. Em 2006,  logo  após  a sua  morte,  a  Semana  de  Moda  de  Madrid  proibiu modelos com  índice de massa corpórea (IMC)  inferior a 18 kg/m² de desfilar nas suas passarelas.  

Bulimia   É  uma  desordem  severa  caracterizada por  episódios de  consumo  desenfreado  de  comida  e vômito  provocado,  associado  com perda de  controle sobre  a  ingestão  de  alimentos  e  com  uma preocupação  enorme  com  a  imagem  corporal  e  o peso.  

 Características, Sinais e Sintomas  1) Medo de engordar; 2) Compulsão alimentar (incapacidade de controlar); 3) Peso normal; 4) cleptomania Os períodos menstruais tornam‐se irregulares; 5) Uso excessivo de laxantes e/ou indução do vômito; 6) Sentimento de culpa;  7) Dependência de drogas e álcool. 

 Causas  1) Sobre peso  2) Influência da mídia, na definição do padrão estético baseado na magreza,   3) Compulsão alimentar.  

 Quem Pode Ter? 1) adolescentes   3) jovens  4) adultos, todos do sexo feminino.  tipos de bulimia  1) os fazem jejum para manter o peso  2) os que provocam vômitos e utilizam laxantes  

 Como Tratar? 1) Utilizando antidepressivos já que ela esta associada a depressão,  2) Ajuda da psicoterapia,  3) Terapia individual , em grupo e familiar. 

 

EXERCÍCIO  FÍSICO  E  O  USO  DE  ESTEROIDES ANABOLIZANTES   Os  Esteroides  anabolizantes  (EAs)  são drogas  derivadas  do  hormônio  sexual  masculino Testosterona,  que  produzem  efeitos  androgênicos  e anabólicos.   Efeitos  androgênicos  são  referentes  ao desenvolvimento  de  caracteres  secundários masculinos  (crescimento  de  Pelos,  crescimento  da barba, engrossamento da voz).    Efeitos  anabólicos  são  referentes  ao aumento da massa muscular.  

 História dos Esteroides Anabolizantes   Os  esteroides  anabólicos  foram descobertos nos anos 1930 e  têm  sido usados desde então  para  inúmeros  procedimentos  médicos incluindo a estimulação do crescimento ósseo, apetite, puberdade  e  crescimento muscular.  Podem  também ser usados no  tratamento de pacientes submetidos a grandes  cirurgias  ou  que  tenham  sofrido  acidentes sérios, situações que em geral acarretam um colapso de  proteínas  no  corpo.  O  uso  mais  comum  de esteroides  anabólicos  é  para  condições  crônicas debilitantes, como o câncer e a AIDS.  

   Fora da clínica, os análogos sintéticos da testosterona já haviam sido utilizados com o propósito de aumentar a agressividade e a força muscular pelas tropas alemãs na Segunda Guerra Mundial. Porém, o primeiro  uso  notificado  dos  EAs  no  meio  esportivo ocorreu  em  meados  da  década  de  50,  em  um campeonato de levantamento de pesos na Europa.    A partir da década de 60, o uso dessas drogas  passou  a  ser  difundido  no  meio  esportivo, quando entrou para a lista de substâncias proibidas do Comitê  Olímpico  Internacional  (COI).  Os  teste  de antidopagem tiveram início em meados dos anos 70.   O  caso  mais  famoso  de  uma  atleta flagrado  em  um  exame  antidoping  ocorreu  nas Olimpíadas  de  Seul,  em  1988,  quando  o  corredor canadense Bem Johnson foi eliminado da competição, perdendo a medalha de ouro que havia conquistado.    No Brasil, um dos casos que mais causou notoriedade nos últimos tempos foi da medalhista dos Jogos Pan‐americanos do Rio de  Janeiro,  a nadadora 

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Rebeca Gusmão, que  foi  condenada  e  suspensa pelo uso de esteroides. 

 O que são Esteroides Anabolizantes?   Os  Esteróides  Anabolizantes  são derivados  sintéticos  da  Testosterona  e,  portanto, possuem um mecanismo de ação bastante semelhante ao hormônio sexual masculino.    A  síntese  de  testosterona  ocorre  nos testículos e no córtex da supra‐renal, nos homens. Nas mulheres,  além  do  córtex  da  supra‐renal,  ocorre síntese no ovário.  Essa produção  somada  é bastante pequena quando comparada aos homens.  

 Esteróides Anabolizantes e a auto‐imagem   A  grande  maioria  dos  usuários  de Esteroides  Anabolizantes  têm  como  objetivo  maior aumentar  a  massa  muscular.  Isso  se  deve  muito  à expectativa  de  um modelo  de  corpo masculino  com baixo  percentual  de  gordura  e  musculoso, apresentado  como  forma  ideal  de  corpo  pela sociedade,  mais  especificamente  pelo  mercado  do corpo. 

   A  necessidade  de  autoexposição  dos usuários de EAs  leva‐os muitas vezes a  tirar a camisa em  público,  e  usar  outras  formas  para  chamar  a atenção das pessoas para si.    Também  é  muito  comum  o  uso  de esteroides  por mulheres  que  desejam melhorar  sua aparência  e  aumentar  medidas  corporais  sem engordar.  

  

Esteroides Anabolizantes e Exercícios Físicos   A  associação  dos  esteroides Anabolizantes e treinamento físico é capaz de produzir alterações  na  performance  de  atletas,  dando  larga vantagem  do  ponto  de  vista  da  treinabilidade  e podendo ser determinante no resultado final em uma competição.  

 Esteroides  Anabolizantes  e  seus  efeitos  no treinamento   Promovem o aumento da: ‐ Síntese de glicogênio muscular; ‐ Síntese de proteína, ‐ Com consequente aumento da massa magra.  

  Esteroides Anabolizantes ‐ Efeitos Colaterais   O  uso  abusivo  de  esteroides anabolizantes  pode  acarretar  o  aparecimento  de efeitos  reversíveis  e  irreversíveis,  na  maioria  dos sistemas do organismo.   Os  sistemas mais  fortemente  atingidos são:  ‐ Hepático; ‐ Cardiovascular; ‐ Endócrino/reprodutivo; ‐ Dermatológico.   Apresentaremos  aqui  alguns  desses efeitos: ‐  Atrofia  dos  testículos:  Efeito  colateral  temporário que  é  devido  ao  déficit  nos  níveis  de  testosterona natural que leva à inibição da espermatogênese. Como a maioria  da massa  do  testículo  tem  com  função  o desenvolvimento do espermatozóide, o  tamanho dos testículos  geralmente  retorna  ao  tamanho  natural quando  a  espermatogênese  recomeça,  algumas semanas  após  o  uso  do  esteróide  anabólico  ser cessado;  ‐  Infertilidade  temporária,  devido  à  diminuição  das funções fisiológicas dos testículos;  ‐  Aparecimento  de  Acne,  devido  à  estimulação  das glândulas  sebáceas,  além  da  presença, muitas  vezes, de odores fortes; ‐ Aumento do tamanho das cordas vocais, tornando a voz mais grave;  ‐  Aumento  do  risco  de  ocorrer  uma  doença cardiovascular ou doença da artéria coronária.  ‐ Hipertrofia do miocárdio.  ‐ Ginecomastia: aparecimento de mamas nos homens. Esse  efeito  colateral  ocorre  com  o  uso  de  EAs  de estrutura química semelhante à do Deca Durabolim; ‐ Aumento  do  risco  de  lesões,  pois  os  ligamentos  e tendões  não  acompanham  o  aumento  do  volume muscular; ‐  Manifestações  de  comportamentos  explosivos  e aumento da agressividade; ‐  Episódios depressivos  após  a  suspensão do uso de EAs após prolongado tempo de uso; 

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‐  Desenvolvimento  de  Carcinomas  (tumores cancerígenos) 

  Esteroides Anabolizantes  ‐ Efeitos Colaterais Em Adolescentes ‐ Crescimento de pelos; ‐ Aparecimento de acnes; ‐  Interrupção  do  crescimento  devido  ao  fechamento precoce das zonas de crescimento dos ossos;  ‐ Maturação sexual acelerada. 

 Esteroides Anabolizantes ‐ Efeitos Colaterais em Mulheres ‐ Hipertrofia do clitóris, sendo esse efeito irreversível; ‐ Mudança no tom da voz; ‐ Aumento de pelos faciais e corporais; ‐  Interferências no processo de gestação, se  tomadas durante a gravidez.  

 Uso de óleo para crescimento localizado   É  a  aplicação  localizada  de  óleos  em pequenos grupos musculares.   Quando  se  faz uso dessa prática o óleo que entra no músculo causa um grande estrago já que no momento em que entra em contato com as fibras musculares,  estas  são  destruídas  e  o  organismo  tem como defesa cercar esse óleo com  tecido conjuntivo. O óleo fica estagnado no local,   

Atenção: Através de um programa bem direcionado de atividades  físicas,  pode‐se  chegar  a  resultados bastante  satisfatórios  em  termos  de  composição corporal.  O  uso  indiscriminado  de  anabolizantes  é fruto  de  uma  forma  de  alcançar  resultados  com  o mínimo de esforço e em menor tempo.  

 

Doping nos Esportes  (...)"Um ser humano perfeito, imbatível, capaz  de  quebrar  recordes  e  acumular vitórias.  Para  alcançar  esse  objetivo, muitos  atletas  utilizam  métodos  ou substâncias proibidas"(...) 

   Atletas  e  pessoas  interessadas  no assunto  possam  entender  como  funcionam  estas substâncias e se realmente vale a pena fazer uso delas para  tentar  atingir um melhor desempenho  físico no esporte que pratica.   Classes de substâncias dopantes: ‐ Estimulantes,  ‐ Analgésicos narcóticos,  ‐ Agentes anabolizantes,  ‐ Diuréticos e ‐ Hormônios peptídicos e análogos   Mostrar  como estas  substâncias atuam, ou  seja,  de  que  forma  elas  auxiliam  os  atletas  na melhoria  de  seu  rendimento,  e  quais  os  efeitos  que tais substâncias podem provocar ao organismo. 

 Estimulantes:    São  substâncias  que  apresentam  um efeito direto  sobre o  sistema nervoso  central,  já que aumentam  a  estimulação  do  sistema  cardíaco  e  do metabolismo.   Principais  esportes  onde  encontramos os estimulantes: ‐ Voleibol ‐ Basquetebol ‐ Futebol ‐ Ciclismo   Os  maiores  exemplos  de  estimulantes disseminados: ‐ As anfetaminas,  ‐ A cocaína, ‐ A efedrina e ‐ A cafeína.  Quais os efeitos causados pelos estimulantes?   Estas  substâncias  são  usadas  para conseguir os mesmos efeitos da adrenalina tal como o aumento  da  excitação.  Além  disso,  podem  ainda 

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aumentar a capacidade de tolerância ao esforço físico e diminuir o limiar de dor.    Estas  substâncias  podem  provocar alguns efeitos secundários potencialmente prejudiciais ao  organismo  tais  como  a  falta  de  apetite,  a hipertensão arterial, palpitações e arritmias cardíacas, alucinações e diminuição da sensação de fadiga.   Como podemos ver, os estimulantes são substâncias que geram vários efeitos ao organismo e dentre eles um potencialmente nefasto: a morte.    Portanto entendemos que o uso de tais substâncias deve ser evitado no que se refere apenas a  melhoria  do  rendimento,  pois  não  vale  a  pena utiliza‐las  indiscriminadamente  e  correr  o  risco  de sofrer  tais  efeitos  tão  prejudiciais  ao  organismo humano.  

 Analgésicos Narcóticos:   São compostos derivados do ópio e que atuam  no  sistema  nervoso  central  diminuindo  a sensação  de  dor.  Sendo  por  esse  último  efeito  o motivo  pelo  qual  são  utilizados  por  atletas, principalmente  em  esportes  de  bastante  resistência como a maratona e o triátlon.    Estão representados pela: ‐  Morfina, ‐  Petidina e; ‐  Substâncias análogas.    O  efeito  de  "mascaramento"  da sensação  de  dor  que  os  analgésicos  narcóticos provoca  pode  ser  prejudicial  aos  atletas,  pois  a ausência  ou  diminuição  da  sensação  dolorosa  pode levar  a  que  um  atleta  menospreze  uma  lesão potencialmente perigosa, causando o agravamento da mesma.   Outros  efeitos  prejudiciais  destas substâncias ao organismo são: ‐ A perda de equilíbrio e coordenação,  ‐ Náuseas e vômitos, ‐ Insônia e depressão, ‐  Diminuição  da  frequência  cardíaca  e  ritmo respiratório e; ‐ Diminuição da capacidade de concentração.    Como  acabamos  de  observar,  os analgésicos  narcóticos,  assim  como  os  estimulantes, podem  provocar  os  mais  variados  prejuízos  ao organismo não  sendo, portanto,  recomendado o  seu uso sem uma prescrição por um médico especialista.   

Agentes anabolizantes:   Os  agentes  anabolizantes ou esteroides anabólicos são compostos derivados de um hormônio masculino, a testosterona.   Quando  administrados  no  organismo estes compostos entram em contato com as células do tecido muscular e agem aumentando o  tamanho dos músculos.   Os  principais  esteroides  anabolizantes são: 

‐ A nandrolona, ‐ O estonozoil, ‐ O anadrol e; ‐ A própria testosterona.    Sendo  estes  alguns  dos  inúmeros produtos  que  existem  no  mercado  na  atualidade. Quando  tomados  em  doses  altas  os  anabolizantes aumentam  o  metabolismo  basal,  o  número  de hemácias e a capacidade respiratória.   Estas alterações provocam uma redução na taxa de gordura corporal.   As pessoas que os consomem ganham: ‐ Força, ‐ Potência e; ‐ Maior tolerância ao exercício físico,    Sendo  principalmente  por  causa  destes últimos  efeitos  (potência  e  maior  tolerância  ao exercício físico) que os anabolizantes disseminaram‐se tão rapidamente no meio esportivo.   Destacados em atletas como: ‐ Halterofilistas, ‐ Lutadores de artes marciais ; ‐  Eventualmente  em  todos  os  tipos  de  esporte  que envolvam força explosiva.   Estudos  científicos mostram  que  o  uso inadequado  de  anabolizantes  pode  causar  sérios prejuízos a saúde.   A  lista  dos  prejuízos  é  extensa  e incompleta porque, como não há controle, os jovens e atletas  usam  doses  cavalares  de  drogas  e  efeitos colaterais desconhecidos ainda podem aparecer.   Na  medicina  a  indicação  de anabolizantes se restringe a pouquíssimos casos. Muitas vezes são utilizados para o tratamento de: ‐ Anemias, ‐ Da osteoporose (diminuição da densidade óssea), ‐  Em  casos  de  hipogonadismo  (baixa  produção  de testosterona por parte do homem)    E  também  em  casos  de  doentes  com câncer  terminal  que muitas  vezes  se  utilizam  destas substâncias para ganhar peso.   No  caso  dos  atletas  de  competição, percebemos  que  o  uso  de  anabolizantes  por  parte destes atletas é  realizado de  forma  indiscriminada e, em alguns casos, orientado por próprios profissionais da área de educação física.   Assim  sendo,  podemos  perceber  o quanto  será  fundamental  a  compreensão  das informações  aqui  contidas  para  que  assim  possamos combater  tal  uso  de  produtos  proibidos  enquanto prevalecerem as regras atuais do esporte.  

Diuréticos:   São drogas que aumentam a formação e a excreção da urina.   Exemplos  de  diuréticos  que encontramos disseminados no esporte são: ‐ o triantereno  ‐ a furosemida, 

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Qual  os  motivos  dos  atletas  utilizarem  os diuréticos?   Sendo  que  estas  substâncias  são utilizadas  por  atletas  esportivos  em  decorrência  de dois  fatores  que  podem  provocar:  perda  de  peso  e mascaramento de doping.    No  caso  do  efeito  da  perda  de  peso citado anteriormente, estas substâncias são usadas de modo  a  reduzir  rapidamente  a  massa  corporal  de atletas  participantes  de  esportes  onde  há  categorias de pesos. São alguns exemplos destes esportes: ‐ O boxe ‐ O judô ‐ O haterofilismo ‐ O karatê   Também  são  utilizados  como  tentativa de aumentar a excreção urinária e  com  isso eliminar mais rapidamente eventuais substâncias dopantes.   Podem  causar  alguns  efeitos secundários prejudiciais ao organismo tais como: ‐ A desidratação (diminuição de água no corpo), ‐ Cãibra muscular,  ‐ Diminuição do volume sanguíneo, ‐ Doenças renais, ‐ Alterações do ritmo cardíaco e ‐ Perda acentuada de sais minerais. ‐ Podem causar a morte em decorrência de problemas ao nível cardíaco e renal.   Na  medicina  são  usados  como  drogas para controlar:  ‐ A hipertensão arterial, ‐  Diminuir edemas (inchaços),  ‐ Ou para combater a insuficiência cardíaca congestiva (doença originada pela falência do coração)   

Hormônios peptídicos e análogos:   São  substâncias  que  atuam  no organismo de modo a acelerar o crescimento corporal e diminuir a sensação de dor.    São alguns exemplos destes hormônios  ‐ A gonadotrofina coriônica humana, ‐ O hormônio do crescimento,  ‐ O hormônio adrenocorticotrófico e ‐  A eritropoetina    A  Gonadotrofina  coriônica  humana (HCG)  é  um  hormônio  sintetizado  pelos  tecidos cariônicos  da  placenta  e  é  extraído  e  purificado  da urina de mulheres grávidas"  (BOMPA e CORNACCHIA, 2000).   Seu  uso  por  atletas  deve‐se  a  sua capacidade de proporcionar o aumento do  volume e potência  dos  músculos,  sendo  por  essa  razão  é utilizada  principalmente  em  esportes  que  exijam treinamento de força.   Efeitos  secundários  potencialmente nefastos ao organismo tais como: ‐ A ginecomastia e ‐ Alterações menstruais em mulheres.  

  Na  medicina,  o  HCG  é  utilizado  como componente do tratamento para estimular a ovulação em mulheres  hipogonadotróficas  e  para  estimular  a espermatogênese  em  homens,  sendo  estes  os  dois principais modos de utilização em casos clínicos.    Outro  hormônio  bastante  importante  é o  hormônio  do  crescimento  (GH).  Este  hormônio  é sintetizado  intensamente pelos  seres humanos  até o final  da  puberdade  quando  se  verifica  uma estabilização do crescimento ósseo e por esse motivo trava‐se a produção dele por parte do organismo, daí quando usado pelo adulto o ganho de desempenho é pequeno.    A  sua  ingestão  proporciona  o  aumento significativo  de  vários  tecidos  e  entre  estes  está  o tecido muscular  sendo  por  esse motivo  que  atrai  os atletas de força e velocidade.   É  possível  que  o  uso  prolongado  de quantidades  excessivas  do  hormônio  do  crescimento exógenos  possa  produzir  alguns  efeitos  colaterais prejudiciais ao organismo tais como: ‐  A  acromegalia  (crescimento  desmedido  das  mãos, pés e cara), ‐  Alteração no formato da face, ‐ Alterações na voz ‐ Intolerância à glicose,  ‐ Hipogonadismo,  ‐ Compressão de nervos periféricos, ‐ Hipertrofia cardíaca e doenças articulares.   Mais  um  hormônio  que  merece destaque  é  o  hormônio  adrenocorticotrófico  (ACTH), substância  que  aumenta  o  nível  endógeno  de corticoesteróides (GRAÇA e HORTA, 2001).   O uso de ACTH dar‐se  com a  finalidade de recuperação tecidual, sendo por esse motivo que é utilizado por atletas praticantes de atividades intensas cuja recuperação precisa ser acelerada.   Porém,  se  usado  por  períodos prolongados  pode  provocar  enfraquecimento muscular acentuado. Dentre os principais efeitos que pode causar ao organismo destacam‐se: ‐ A insônia, ‐ A hipertensão arterial, ‐ Diabetes, ‐ Úlceras gástricas, ‐ Perda de massa óssea e ‐ Dificuldades de cicatrização das feridas.    Por  último  destacaremos  um  hormônio conhecido como eritropoetina, a droga mais usada por ciclistas,  triatletas, maratonistas e outros esportes de resistência.   Este  hormônio  promove  o  aumento  do número de glóbulos vermelhos  (hemácias) no sangue e  desse modo  proporciona  um maior  transporte  de oxigênio para as células.    Com  o  seu  uso,  o  atleta  tem  o  seu consumo  de  oxigênio  aumentado  e, consequentemente,  capacidade  de  exercer  uma 

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intensidade  de  esforço  maior  se  utilizando  do metabolismo aeróbio para a produção de energia.   Principais  efeitos  causados  pelo  uso deste hormônio destacam‐se: ‐ O aumento da viscosidade sanguínea em decorrência do aumento do número de hemácias no sangue, ‐ A hipertensão arterial, ‐ Possíveis infartos do miocárdio e cerebral,  ‐ Embolia pulmonar e convulsões.    Como percebemos, o doping no esporte cada vez mais evolui com o objetivo de  tentar burlar as  leis  e  controles  que  existem  no  esporte  na atualidade, tal qual o próprio doping no esporte, e não somente  ficarmos  restritos  a  aulas  práticas  que desenvolvem  corpos  mais  musculosos  e  que  geram atletas campeões. 

 

Curiosidade   O  doping  sangüíneo  tem  o  objetivo de  aumentar  o  transporte  de  oxigênio  nos tecidos.  Um  efeito  semelhante  pode  ser alcançado  por  meio  de  treinos  em  grandes altitudes.   A  cromatografia  a  gás  e  a espectrometria  de massa  são  os métodos mais comuns  de  análise química.  Esses  testes podem ser feitos com amostras de urina ou sangue.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Almanaque dos Esportes, Editora Europa, 2009. MELLO, Marco T. de e TUFIK, Sérgio. Atividade Física, Exercício Físico e Aspectos Psicobiológicos. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro‐RJ, 2004. ‐ SITE: comotudofunciona ‐ http://www.hsw.uol.com.br/ 

 Questionário 01.  Exercício  Físico  é  definido  como  qualquer movimento  corporal  produzido  pelos  músculos esqueléticos  que  resulte  em  gasto  energético maior que os níveis de repouso. a) Verdadeiro     b)Falso  02. Sedentarismo é considerado um fator de risco não modificável para doenças cardiovasculares. a) Verdadeiro     b)Falso   03. Sedentarismo é um termo utilizado para descrever um  estilo  de  vida  caracterizado  por  pouca  ou nenhuma prática de atividades  físicas e é atualmente comum  tanto  em  países  desenvolvidos  como  em países em desenvolvimento. a) Verdadeiro     b)Falso  04.  Agilidade,  velocidade,  equilíbrio  postural  e coordenação motora são exemplos de Aptidões físicas relacionadas à saúde. a) Verdadeiro     b)Falso  

 05. A capacidade funcional é definida pela ausência de dificuldades  no  desempenho  de  certos  gestos  e atividades da vida cotidiana. a) Verdadeiro     b)Falso   06. O Estilo de vida é a maneira pela qual uma pessoa ou um grupo de pessoas vivenciam o mundo, de forma que não pode ser modificado. a) Verdadeiro     b)Falso 07.  Exercício  Físico  é  definido  como  toda  atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo  a melhoria  e  a manutenção  de um ou mais componentes da aptidão física. a) Verdadeiro     b)Falso   08. Qualidade de vida é o termo usado para definir as condições  da  vida  de  um  ser  humano  e  envolve aspectos físicos; mentais, psicológicos e emocionais. a) Verdadeiro     b)Falso   09.  A  transição  demográfica  reflete  as mudanças  na estrutura  urbana,  no  estilo  e  padrões  de  vida  e  nas diversidades  regionais,  quanto  às  características socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde. a) Verdadeiro     b)Falso  10.  Programas  de  promoção  de  saúde  devem  ser desenvolvidos  de  maneira  genérica  para  todas  as populações  independente  de  sua  cultura,  pois  todos devem ter acesso às mesmas modernidades. a) Verdadeiro     b)Falso  11.  São  exemplos  de  problemas  causados  por hipocinesia: a) labilidade parietal e dislexia. b) angina torácica e raquitismo. c) anemia falciforme e bulimia. d) hipertensão arterial e obesidade.  12.  Os  termos  atividade  física,  exercício  físico  e aptidão  física  estão  relacionados,  mas  apresentam definições  particulares.  A  alternativa  que  oferece  a melhor afirmação sobre esses termos é: a)  Aptidão  física  se  distingue  em  relação  a performance motora e esportiva b)  Atividade  física  é  composta  por  ações  planejadas que visam à reabilitação. c)  Força,  resistência  muscular  e  flexibilidade  são componentes do exercício físico. d)  Atividade  física  é  qualquer  movimento  corporal voluntário que resulta num gasto energético.  13. Tubino (in Moreira, 2002) expõe uma equação que tenta  operacionalizar  o  termo  “qualidade  de  vida”. Dos  fatores que compõem essa equação, o único em que  o  autor  considera  que  as  pessoas  têm responsabilidade direta é: a) saúde 

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b) estilo de vida c) promoção da saúde d) prevenção primária  14.  Florindo  e  Hallal  apresentam  fatores,  além  do biológico,  que  indicam  a  atividade  física.  Fatores comportamentais,  ambientais  e  socioculturais também  apontam  para  o  movimento  corporal  que resulta  num  gasto  energético.  Dessa  forma,  a atividade  física  estaria  dividida  em  quatro  grandes grupos. São eles: a) lazer ‐ doméstico ‐ deslocamento – ocupacional b) deslocamento ‐ funcional ‐ doméstico ‐ esporte c) esporte ‐ deslocamento ‐ saúde – doméstico d) funcional ‐ saúde ‐ lazer – ocupacional  15.  Instituições  governamentais  ou  não governamentais,  que  pretendam  promover  algum programa de atividade física nas comunidades, devem priorizar  algumas  ações  iniciais  para  o  sucesso  do empreendimento.  Entre  essas  ações,  cita‐se  a seguinte: a) avaliar o percentual de gasto energético dos idosos b)  estabelecer  normas  e  regulamentos  para  a participação c)  dispor  de  informações  específicas  dos  grupos populacionais d)  contratar  uma  equipe  médica  para acompanhamento das atividades  16. A morte prematura sofreu o seguinte processo de transição: a) de morte por acidentes para morte por guerras b) de doenças hereditárias para morte por acidentes c) de doenças degenerativas para morte por guerras d)  de  doenças  infectocontagiosas  para  doenças crônico degenerativas  17.  Uma  das  causas  responsáveis  pela  alteração  no quadro de morte prematura é: a)  irregularidade  no  investimento  em  saneamento básico b) uso excessivo de drogas lícitas e ilícitas pelos jovens c)  período  de  conflitos  mundiais  políticos  e econômicos d) cultura do sacrifício da saúde em nome do trabalho  18.  A  prática  da  atividade  física  regular  e  bem orientada,  vem  sendo objeto  constante de pesquisas cientificas,  sendo  estas  vivências  apontadas  como salutares para a melhoria da qualidade de vida. Sabendo  disso,  podemos  identificar  a  existência  de algumas  alterações  cardiorrespiratórias,  resultantes do  treinamento  que  são  evidenciadas  em  repouso, dentre as quais podemos destacar: a) nenhuma alteração do volume cardíaco, uma menor frequência  cardíaca,  um  maior  volume  de  ejeção, aumento  no  volume  cardíaco  e  na  hemoglobina  e alterações no músculo esquelético. 

b)  alterações  do  volume  cardíaco,  uma  maior frequência  cardíaca,  um  menor  volume  de  ejeção, diminuição  no  volume  cardíaco  e  na  hemoglobina  e alterações no músculo esquelético. c)  alterações  do  volume  cardíaco,  uma  maior frequência  cardíaca,  um  menor  volume  de  ejeção, aumento  no  volume  cardíaco  e  na  hemoglobina  e alterações no músculo esquelético. d)  alterações  do  volume  cardíaco,  uma  menor frequência  cardíaca,  um  maior  volume  de  ejeção, aumento  no  volume  cardíaco  e  na  hemoglobina  e alterações no músculo esquelético.  19.  No  início  da  década  de  90,  a  influência  do ambiente sobre a prática da atividade física começou a ser pesquisada. Pesquisas indicam que, assim como as características  individuais,  as  ambientais  também podem  promover  ou  inibir  essa  prática.  Para  tanto, investigam‐se  as  quatro  seguintes  variáveis  que interferem nessa prática: a) sazonalidade, temperatura, estética e segurança. b) segurança, áreas verdes, acessibilidade e estética. c) temperatura, estética, acessibilidade e áreas verdes. d)  áreas  verdes,  segurança,  sazonalidade  e temperatura.  20. Com os anos, uma série de alterações  fisiológicas modificam o funcionamento do corpo. A principal é a perda a)  da  força muscular,  que  primeiro  se  dá  na  perna (quadríceps). Além das perdas estruturais, de tamanho e  diâmetro  de  fibras,  os músculos  perdem  conexão com  o  sistema  nervoso  e  vascular,  deixando‐os inativos. b)  da  capacidade  anaeróbia  (uma  caminhada,  por exemplo,  torna‐se  aeróbia,  sem  metabolismo  de oxigênio,  e  é  preciso  parar  para  descansar  várias vezes) c)  total  da  produção  de  estrógeno  na  mulher,  com maior  produção  dos  hormônios  LH  (luteinizante)  e folículoestimulante (FSH) ainda traz outros problemas. d) da osteoporose, e aumento dos vasos sanguíneos.  21. Para descobrir seu  Índice de Massa Corporal você precisa fazer qual conta? a) Multiplicar duas vezes sua altura e dividi‐la por seu peso b) Dividir sua altura por seu peso c) Somar altura e peso e dividir por sua altura  22. Quando esse  índice é  aplicado  às  crianças, outro fator  importante é  levado em conta para detectar  se elas  estão  ou  não  acima  do  peso.  Que  elemento  é esse? a) Idade b) Hábitos alimentares c) Prática de exercícios 23. O que é a impedância bioelétrica? 

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a)  Exame  feito  para mediar  a  oposição  do  fluxo  de corrente elétrica por meio do corpo b)  Exame  feito  para  medir  a  camada  de  gordura subcutânea c) Exame para medir a densidade óssea  24. O IMC em adultos ideal é? a) Entre 25 e 30 b) Abaixo de 18,5 c) Entre 18,5 e 25  25. Pessoas  com  índice  corporal  acima de qual  valor são consideradas obesas? a) 25 b) 30 c) 35  26. Pessoas com  índice corporal abaixo de qual valor correm mais riscos de saúde devido à desnutrição? a) 15,5 b) 18,5 c) 20,5  27. Quando  adolescentes,  quem  tem maior  faixa  de IMC? a) Meninos b) Meninas c) Iguais  28.  A  caminhada  é  uma  atividade  leve  e  que  traz muitos  benefícios  a  nossa  saúde,  contudo  se  o indivíduo não se atentar quanto ao tipo de vestimenta que irá usar isso poderá lhe causar problemas. Qual a roupa adequada a prática de atividade de caminhada? a) Camiseta, bermuda e tênis b) Camiseta, chinelo e calça jeans c) Camiseta, calça jeans e tênis d) Camisa, calça social e sapato  29.  Qual  das  respostas  abaixo  não  descreve corretamente  os  benefícios  provocados  pela caminhada? a) Aumenta a pressão arterial e causa infarto b) Aumento  da  capacidade  respiratória  e  diminuição de gordura corporal c)  Aumento  da  capacidade  respiratória  e  bem  estar mental d) Todas estão incorretas  30. A caminhada é uma atividade barata e com poucos riscos a saúde se praticada corretamente. a) Verdadeiro b) Falso  31. O melhor horário para  a prática da  caminhada é entre 11h às 13h. a) Verdadeiro b) Falso 

32. O melhor local para praticar a caminhada é na rua ao lado da passagem dos carros. a) Verdadeiro b) Falso  33. Caminhar a passos rápidos ou caminhar com força e  ininterruptamente  queima muito mais  calorias  do que  a  caminhada  a passo normal. Qual o  sentido da expressão sublinhada na frase? a) Causa queimaduras na pessoa b) Diminui o peso da pessoa c) Aumenta o peso da pessoa d) Nenhuma das respostas anteriores está correta  34. Com base nesta  tabela de  IMC abaixo, marque a alternativa correta.  

 João está com 31,2 de IMC, portanto é correto afirma que: a) Ele está acima do peso b) Ele está no peso normal c) Ele está na obesidade grau 1 d) Ele está na obesidade grau 2  35.  Após  analisar  a  figura marque  a  alternativa  que corresponda a resposta correta a indagação do sujeito na charge. 

 a) Faz poucos exercícios e come exageradamente b) Faz exercícios e come saudavelmente c) Faz exercícios e tem uma boa dieta alimentar  36.  Existem  várias  definições  para  o  termo SEDENTARISMO, mas  de maneira  bem  simples  como podemos conceituá‐lo? a) Atividade física moderada b) Atividade física intensa c) Inatividade física d) Atividade física leve  

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37. Marcos fez um teste para avaliar sua aptidão física e o resultado foi 13,6.  

 De  acordo  com  esse  resultado  podemos  dizer  que Marcos atingiu a classificação: a) Inativo b) Moderadamente ativo c) Ativo d) Muito ativo  38.  Com  relação  ao  número  de  dias  para  realizar atividade física é correto afirmar que: a) O Sedentário pratica pelo menos 2 dias na semana b) O ativo pratica no mínimo 2 vezes na semana c) O sedentário pratica 4 vezes na semana d) O ativo não pratica atividade física  39. Qual dos itens abaixo não é uma possível causa da anorexia? a) Fatores genéticos b) Stress c) Diabetes  40.  Qual  dos  itens  abaixo  é  considerado  um  dos principais sintomas da anorexia? a) Peso, pelo menos 15% abaixo do esperado b) Febre elevada c) Problemas de visão  41. Como é a pele de quem sofre de anorexia nervosa? a) Oleosa e com muitas espinhas b) Seca e amarelada c) Oleosa e escura  42. Como é feito o diagnóstico da anorexia? a) Através de exame de ultra‐som feito no abdômen b) Através de um eletrocardiograma completo c) Por exclusão, afastando‐se todas as outras possíveis causas de perda de peso  43. Qual o maior desafio no  tratamento da  anorexia nervosa? a)  Fazer  com  que  a  pessoa  entenda  que  ela  está doente e que precisa de ajuda b) Fazer com que a pessoa beba água c) Fazer com que a pessoa beba leite três vezes ao dia  44. Qual das complicações abaixo pode ser decorrente da anorexia nervosa? a) Diabetes b) Câncer de mama c) Osteoporose  

45. Como a anorexia afeta o intestino? a) A pessoa passa a sofrer com diarreias diárias b) O intestino incha e a prisão de ventre é frequente c) A  pessoa passa  a  sofrer  de  síndrome  do  intestino irritável  46.  Por  que  alguns  atletas  usam  esteroides anabólicos? a) para queimar a gordura corporal b) para aumentar a força c) para melhorar a resistência cardiovascular  47. O que é um esteroide? a) substância química feita a partir de vegetais b) hormônio proteico natural c) substância química derivada do colesterol  48. Quais são os mais comuns efeitos colaterais de um esteroide anabólico nas mulheres? a) crescimento de pelos, alteração do ciclo menstrual e voz mais grave b) ginecomastia e queda dos cabelos c)  câimbras musculares  e  crescimento  demasiado  de mãos e pés  49. Qual das substâncias a seguir é mais difícil de ser detectada nos testes anti‐doping? a) esteroide anabólico b) hormônio de crescimento humano (hGH) c) insulina  50. Qual a finalidade do chamado doping sanguíneo? a) reduzir inflamações e aliviar a dor b) estimular o crescimento de novos músculos c) aumentar o transporte de oxigênio nos tecidos  51.  Que  tipo  de  substância  é  usada  para  tentar disfarçar o doping pelos atletas? a) diuréticos b) anfetaminas c) beta‐bloqueadores  52. Qual  das  substâncias  a  seguir  não  é  usada  para aumentar a massa muscular dos atletas? a) hormônio de crescimento humano (hGH) b) agonistas beta‐2 c) doping sanguíneo  53. Dos métodos  de  análise  química,  qual  é  um  dos mais comuns usados na detecção do doping? a) imunoanálise b) cromatografia a gás c) análise do tamanho dos glóbulos vermelhos 

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