mapeamento e aptidão agricola

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ISSN 1678-0892 Dezembro, 2004 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Boletim de Pesquisa 63 Solos Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

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Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

Boletim de Pesquisa 63 e Desenvolvimento

ISSN 1678-0892 Dezembro, 2004

Mapeamento de Solos e Aptido Agrcola das Terras do Estado de Minas Gerais

Solos

Repblica Federativa do Brasil Luiz Incio Lula da Silva Presidente Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento Roberto Rodrigues Ministro Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Conselho de Administrao Luis Carlos Guedes Pinto Presidente Clayton Campanhola Vice-Presidente Alexandre Kalil Pires Ernesto Paterniani Hlio Tollini Marcelo Barbosa Saintive Membros Diretoria-Executiva Clayton Campanhola Diretor-Presidente Gustavo Kauark Chianca Herbert Cavalcante de Lima Mariza Marilena T. Luz Barbosa Diretores-Executivos Embrapa Solos Celso Vainer Manzatto Chefe Geral Alusio Granato de Andrade Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento David Dias Moreira Filho Chefe Adjunto de Administrao

ISSN 1678-0892 Dezembro, 2004Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Centro Nacional de Pequisa de Solos Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 63Mapeamento de Solos e Aptido Agrcola das Terras do Estado de Minas GeraisFernando Cezar Saraiva do Amaral Humberto Gonalves dos Santos Mario Luis Diamante glio Mariza Nascimento Duarte (in memorian) Nilson Rendeiro Pereira Ronaldo Pereira de Oliveira Waldir de Carvalho Jnior

Rio de Janeiro, RJ 2004

Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na: Embrapa Solos Rua Jardim Botnico, 1.024 Jardim Botnico. Rio de Janeiro, RJ Fone:(21) 2274.4999 Fax: (21) 2274.5291 Home page: www.cnps.embrapa.br E-mail (sac): [email protected]

Supervisor editorial: Jacqueline Silva Rezende Mattos Normalizao bibliogrfica: Cludia Regina Delaia Reviso de texto: Andr Luiz da Silva Lopes Editorao eletrnica: Pedro Coelho Mendes Jardim

1a edio 1a impresso (2004): online Todos os direitos reservados. A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei no 9.610).Mapeamento de solos e aptido agrcola das terras do Estado de Minas Gerais / Fernando Czar Saraiva do Amaral... [et al.]. - Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 2004. 95 p.. - (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento; n. 63) ISSN 1678-0892 1. Solos Aptido Agrcola Brasil Minas Gerais. 2. Solos Mapeamento Brasil Minas Gerais. I. Amaral, Fernando Cezar Saraiva do. II. Santos, Humberto Gonalves dos. III. Aglio, Mrio Lus Diamante. IV. Duarte, Mariza Nascimento (in memorian). V. Pereira, Nilson Rendeiro. VI. Oliveira, Ronaldo Pereira de. VII. Carvalho Junior, Waldir de. VIII. Embrapa Solos (Rio de Janeiro). VI. Srie. CDD (21.ed.) 631.478

Embrapa 2004

SumrioResumo ..................................................................... 7 Abstract .................................................................... 9 Introduo ............................................................... 11 Metodologia ............................................................. 11 Situao, Limites e Extenso ...................................... 12 Geologia .................................................................. 13 Geomorgologia ......................................................... 14Domnio do Escudo Exposto ........................................................ 14 Domnio de Remanescentes de Cadeia Dobrada ............................. 15 Domnio de Macios Plutnicos ................................................... 15 Domnio da Faixa de Dobramentos Retivados ................................. 16 Domnio das Coberturas Sedimentares da Borda Oriental da Bacia do Paran ................................................................................... 18 Depresso do So Francisco e Planalto do Divisor So FranciscoTocantins ............................................................................... 18 Domnio das Plancies de Acumulaes Recentes ........................... 18 Precipitao total .................................................................... 21 Evapotranspirao potencial ...................................................... 21 Evapotranspirao real ............................................................. 21 Deficincia hdrica ................................................................... 21 Excedente hdrico .................................................................... 23 ndice hdrico de Thornthwaite ................................................... 23 Classificao bioclimtica de Gaussen e Bagnouls .......................... 25

Clima ...................................................................... 19

Hidrografia ............................................................... 27 Vegetao ............................................................... 29

Fases de condies edficas indicadas pela vegetao primria ........ 29 Floresta subtropical pereniflia altimontana .................................. 31 Floresta tropical pereniflia altimontana ....................................... 32 Floresta tropical pereniflia ........................................................ 32 Floresta tropical subpereniflia ................................................... 33

Levantamentos de solo utilizados ................................ 37

Floresta tropical subcaduciflia ................................................... 33 Floresta tropical caduciflia ....................................................... 34 Caatinga ................................................................................ 34 Cerrado ................................................................................ 35 Cerrado ................................................................................. 35 Campo cerrado ....................................................................... 36 Formaes de vrzea ............................................................... 36 Formaes rupestres ................................................................ 36 Folha SD.23 Braslia ................................................................. 37 Folha SD.24 Salvador ............................................................... 37 Folha SE.22 Goinia ................................................................. 37 Folha SE.23 Belo Horizonte ........................................................ 37 Folha SE.24 Rio Doce ............................................................... 38 Folha SF.23/24 Rio de Janeiro/Vitria .......................................... 38 Etapas da avaliao .................................................................. 39 Graus de limitao por deficincia de fertilidade ............................ 40 Graus de limitao por deficincia de gua ................................... 41 Graus de limitao por excesso de gua ....................................... 42 Graus de limitao por susceptibilidade eroso ............................ 43 Graus de limitao por impedimentos mecanizao ...................... 44

Avaliao da Aptido Agrcola .................................... 38

Nveis de manejo considerados ................................... 44 Melhoramento da deficincia de fertilidade .................. 46 Melhoramento da deficincia de gua .......................... 47 Melhoramento do excesso de gua ............................. 47 Melhoramento da susceptibilidade eroso .................. 48 Melhoramento dos impedimentos mecanizao .......... 48 Avaliao das classes de aptido agrcola .................... 49 Simbolizao ............................................................ 51 Resultados e Discusso ............................................. 53

Legenda de solos e aptido agrcola das terras do Estado de Minas Gerais ................................................................................... 53 Principais limitaes, distribuio geogrfica e usos principais das classes de solos ....................................................................... 57Latossolo Amarelo ........................................................................ 57 Latossolo Vermelho-Amarelo .......................................................... 57 Latossolo Variao Una ................................................................. 58 Latossolo Vermelho-Escuro ............................................................ 58

Sistema Brasileiro de Classificao de Solos ................. 71 Solos, Aptido Agrcola das Terras e Nveis de Exigncia e Impedimentos ........................................................... 74 Concluses .............................................................. 92 Referncias Bibliogrficas .......................................... 93

Latossolo Bruno ........................................................................... 58 Latossolo Roxo ............................................................................ 59 Latossolo Ferrfero ........................................................................ 59 Terra Roxa Estruturada ................................................................. 59 Terra Bruna Estruturada ................................................................ 60 Podzlico Amarelo ....................................................................... 60 Podzlico Vermelho-Amarelo ......................................................... 60 Podzlico Vermelho-Amarelo latosslico .......................................... 61 Podzlico Vermelho-Escuro ........................................................... 61 Podzlico Vermelho-Escuro latosslico ............................................ 61 Podzol ........................................................................................ 61 Brunizm .................................................................................... 62 Brunizem Avermelhado ................................................................. 62 Bruno No Clcico ....................................................................... 63 Planossolo .................................................................................. 63 Planossolo Soldico ..................................................................... 64 Solonetz Solodizado ..................................................................... 64 Cambissolo ................................................................................. 64 Plintossolo .................................................................................. 65 Hidromrfico Cinzento .................................................................. 65 Glei Hmico e Glei Pouco Hmico .................................................. 66 Vertissolo ................................................................................... 66 Rendzina .................................................................................... 67 Solos Litlicos ............................................................................. 67 Regossolo ................................................................................... 68 Areias Quatzosas ......................................................................... 68 Areias Quartzosas Hidromrficas .................................................... 68 Solos Aluviais ............................................................................. 69 Solos Petroplnticos ...................................................................... 69 Solos Orgnicos .......................................................................... 70 Afloramentos rochosos ................................................................. 70

Mapeamento de Solos e Aptido Agrcola das Terras do Estado de Minas GeraisFernando Cezar Saraiva do Amaral 1 Humberto Gonalves dos Santos 1 Mrio Luis Diamante glio 2 Mariza Nascimento Duarte 1 (in memorian) Nilson Rendeiro Pereira 1 Ronaldo Pereira de Oliveira 1 Waldir de Carvalho Jnior 1

ResumoEste Boletim de Pesquisa constitui uma reviso e atualizao do trabalho Aptido agrcola das terras do Estado de Minas Gerais: avaliao e adequao, que por sua vez completou a srie aptido agrcola das terras para todos os Estados brasileiros, iniciada pela SUPLAN. A partir de 1982, esses trabalhos passaram a ser realizados pelo SNLCS/Embrapa, atualmente Embrapa Solos. Para que esse estudo fosse realizado de forma homognea, optou-se pela compilao de vrios mapas, com atualizao de legenda, de todo o Estado na escala 1:1.000.000, que corresponde escala da maioria dos trabalhos de aptido agrcola neste nvel. Utilizou-se como material bsico os levantamentos de recursos naturais do Projeto Radambrasil complementados com os trabalhos da Embrapa Solos. As principais classes de solos ocorrentes no Estado foram os Latossolos Vermelho-Amarelo (25%) e Vermelho-Escuro (Vermelho na nova classificao)(18%), Cambissolos (18%) e Podzlico (Argissolo) Vermelho-Amarelo (10%) e Vermelho-Escuro (Vermelho) (10%), com aptido agrcola que variou de boa para lavouras a restrita para silvicultura, considerando trs nveis de manejo.Pesquisador Embrapa Solos. Rua Jardim Botnico, 1024. CEP: 22460-000, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]. 2 Tcnico de Nvel Superior Embrapa Solos. E-mail: [email protected]

As terras do Estado de Minas Gerais apresentaram alta exigncia de fertilizantes e corretivos (F3, 75%), pequena susceptibilidade eroso (C1, 33%) e impedimento forte mecanizao (M4, 37%). Palavraschaves: latossolo; argissolo; aptido agrcola; eroso; fertilidade; mecanizao.

Soil Mapping and Agricultural Suitability of Lands of the State of Minas Gerais

AbstractThis paper is the Agricultural suitability of lands of the State of Minas Gerais: evaluation and adequacy reviewed. It complete the land evaluation series in the brazilian states, initiated by the SUPLAN, for the State of Minas Gerais. From 1982 those works have been incorporated by the SNLCS/Embrapa, actually Embrapa Solos. In order to have this study done in an homogeneous basis it was decided to make a compilation of various soil maps, with updated legend, for the whole State at the scale 1:1.000.000. This scale correspond to the major part of the above mentioned series. The basic materials used for this study were originated by the natural resources surveys done by Radambrasil Project and complemented with the works done by Embrapa Solos. The main soil classes present in the State of Minas Gerais were Oxisols, Inceptisols, ultisols and alfisols. These soils present agricultural suitabilities which varied from good for crops to marginal for forestry, taking into account three technological levels. The lands of Minas Gerais State showed high requirement for fertilizers and amendments, low erdibility and strong impediment for mechanization. Keywords: oxisol; ultisol; land suitability; erosion; fertility; mechanization.

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IntroduoA agricultura uma atividade econmica dependente, em grande parte, do meio fsico. O aspecto ecolgico confere fundamental importncia ao processo de produo agropecuria. Um pas ou regio apresenta vrias sub-regies com distintas condies de solo e de clima e portanto, com distintas aptides para produzir diferentes bens agrcolas (Brasil, 1979). A interpretao do levantamento de solo tarefa de grande relevncia para utilizao desse recurso natural na agricultura, classificando as terras de acordo com sua aptido para diversos tipos de uso, sob diferentes condies de manejo bem como de viabilidade de melhoramento, atravs de novas tecnologias. Os trabalhos de interpretao podem ainda ser utilizados por outros setores que utilizam o solo como elemento integrante de suas atividades. Amaral (1993), compilando e ajustando diversos trabalhos pedolgicos sobre o Estado de Minas Gerais, produziu um estudo integrado que deu suporte a diversos trabalhos correlatos na rea agroambiental. Este mapeamento de solos foi posteriormente digitalizado pela Emater/ MG e finalmente corrigido e atualizado tanto pedolgica quanto cartograficamente pela Embrapa Solos, vindo constituir este trabalho. O presente trabalho, portanto, objetivou atualizar o mapeamento de solos do Estado de Minas Gerais e fazer a correspondncia aproximada e genrica entre a legenda original e o novo Sistema Brasileiro de Classificao de Solos SiBCS (Embrapa, 1999), assim como avaliar a aptido agrcola das terras, os nveis de possibilidades de mecanizao, de exigncia das terras para a aplicao de fertilizantes e corretivos e para a aplicaao de prticas conservacionistas, em mdia digital, o que facilitar em muito a obteno da informao pelo usurio.

MetodologiaOs trabalhos de levantamento de recursos naturais do Projeto Radambrasil apresentam os estudos de vegetao dissociados do levantamento de solos. Alm disto, estes levantamentos da vegetao objetivam precipuamente, fornecer informaes concernentes composio florstica, enquanto os trabalhos realizados pela Embrapa Solos utilizam as fases de vegetao para inferir basicamente o regime hdrico do solo. Portanto, para que a aptido agrcola pudesse ser concretizada com maior preciso, complementou-se as diferentes legendas de solos do

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Projeto Radambrasil com suas informaes de vegetao, convertidas nas fases de vegetao empregadas pela Embrapa Solos (Embrapa, 1988). A disposio bsica das unidades de mapeamento foi resultante da articulao proveniente dos sequenciais mapeamentos de solos do Projeto Radambrasil (Brasil, 1981; 1982; 1983a; 1983b; 1987). Muitas destas unidades foram redefinidas, atravs de sua confrontao com trabalhos pedolgicos mais recentes e/ou de maior escala, podendo-se citar os trabalhos da Embrapa Solos (Embrapa, 1975; 1978; 1979; 1980a; 1980b; 1982; 1983), CNEPA (Brasil, 1962), CETEC (Fundao Centro Tecnolgico de Minas Gerais, 1980, 1981) e EPFS (Brasil, 1970). Alguns trabalhos de maior escala (Carmo et al., 1990 e Giarola et al., 1997) tambm foram utilizados para elucidao de dvidas pontuais. Finalmente, as dvidas restantes foram eliminadas com aferio de campo. A metodologia utilizada nos trabalhos de avaliao da aptido agrcola das terras seguiu aquela formulada por Ramalho Filho et al. (1995).

Situao, Limites e ExtensoO Estado de Minas Gerais localiza-se na Regio Sudeste do Brasil (Figura 1),tendo os seguintes limites aproximados (baseados na Carta do Brasil ao milionsimo): ao norte o paralelo 14o14S, correspondendo ao rio Carinhanha, e ao sul o paralelo 22o55S, correspondendo divisa seca da serra da Mantiqueira; a leste o meridiano 9o52W, correspondendo s cabeceiras do crrego da Ribeira de Cima, e a oeste o meridiano 51o03W, correspondendo ao rio Paranaba. O Estado faz fronteiras principais ao norte com o Estado da Bahia, ao sul com os Estados de So Paulo e Rio de Janeiro, a leste com os Estados da Bahia e Esprito Santo e a oeste com os Estados de Gois e Mato Grosso do Sul. Sua extenso corresponde a 587.172 km2, sendo 548 km2 equivalentes a guas internas. Em termos de diviso municipal possui um total de 853 municpios (at 1996) (IBGE, 2005).

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Fonte: Embrapa, 1982 .

GeologiaO Estado de Minas Gerais constitudo quase em sua totalidade por rochas prcambrianas, cujas caractersticas foram ditadas, segundo Almeida (1967), pelos seis grandes eventos tectnicos que afetaram a plataforma brasileira. So grandes grupos de rochas classificadas estratigraficamente segundo Baptista et al., (1984) em alguns Complexos e Super-Grupos, dezenas de Grupos e Formaes, alm de vrias Sutes Intrusivas e inmeras unidades estratigrficas menores, como Diques, Granitos, Gnaisses e Xistos. Torna-se, portanto, impossvel, no escopo deste trabalho, descrever essa imensa e diversificada coluna estratigrfica. O PrCambriano mineiro , de acordo com Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b), constitudo por rochas, cidas e bsicas, intrusivas e extrusivas, gneas e metamrficas, de diferentes graus e tipos de metamorfismo, enfim, praticamente engloba todas as possibilidades de composio existentes no mundo mineral. Alguns exemplos podem ser citados, como: granitos, granodioritos, granito-gnaisses, milonitos,

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migmatitos, tonalitos, gnaisses-cataclsticos, metadiabsios, metabasaltos, metadioritos, metagabros, quartzitos, quartzitos com nveis conglomerticos, sericita-quartzitos, itabiritos, quartzitos ferruginosos, filitos, filitos grafitosos, calcrios, dolomitos, mrmores, formaes ferrferas carbonticas, etc. O ps-Cambriano representado em pequenas reas do Centro-Sul do Estado pela sequncia Cambro-Ordoviciano de metassedimentos de baixo grau de metamorfismo da Formao Pouso Alegre e no sudoeste do Estado pelos sedimentos permocarbonferos da borda da Bacia do Paran. De acordo com Fiori & Landim (1980), a Bacia do Paran nesta regio representada pelos arenitos finos, mdios e grosseiros da Formao Aquidauana. No nordeste mineiro, segundo Instituto de Geocincias Aplicadas (1978), ocorrem os arenitos e conglomerados cretcicos das Formaes Areado e Mata da Corda. O representante do evento intrusivo alcalino Cretcico-Tercirio em Minas Gerais o Complexo Alcalino de Poos de Caldas, localizado no sul do Estado. De acordo com Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b), constitudo por tinguatos, fonolitos, foiatos, chibinitos, brechas, tufos e lavas fonolticas. Coberturas detrticas ocorrem na Regio Nordeste do Estado. So colvios e elvios, laterizados ou no, considerados unidades edafoestratigrficas. O Quaternrio encontra-se tambm representado por sedimentos acumulados em ambientes fluviais e flvio-lacustres distribudos esparsamente por todo o Estado. So cascalhos, areias e siltes inconsolidados, com estratificaes cruzadas e gradativas.

GeomorfologiaDevido a complexidade e extenso do Estado de Minas Gerais, abordou-se a geomorfologia de forma sucinta, atravs de alguns grandes Domnios morfoestruturais, utilizando-se a classificao e nomenclatura sugerida por Projeto Radambrasil (Brasil, 1983a).

Domnio do Escudo ExpostoAbrange reas de rochas cidas e bsicas do Pr-Cambriano cujas deformaes e deslocamentos dos diversos ciclos orogenticos, resultaram em blocos de relevo alado. A eroso decorrente das inmeras variaes paleoclimticas produziu pacotes de alterao extensos e expessos. Tratam-se de modelados de dissecao

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fortemente controlados por fatores litoestruturais, cuja drenagem de canais orientados e vales profundos reflete o condicionamento imposto pela estrutura. Configuram colinas algumas vezes alongadas, de vertentes convexo-cncavas e topos convexos a planos, ocasionalmente com cumieiras aguadas. comum a ocorrncia de cobertura coluvial argilo-arenosa em forma de rampas mantidas por couraas ferruginosas. Na Regio Centro-Sul do Estado, este Domnio representado pela Regio do Planalto Poos de Caldas-Varginha, pelo Planalto Campos das Vertentes e pela Depresso de Belo Horizonte. Na Regio Meio-Norte do Estado, encontra-se o Planalto das Bordas do Espinhao.

Domnio de Remanescentes de Cadeias DobradasLocalizado nas Regies Centro-Sul e Meio-Norte do Estado, este Domnio integra conjuntos de modelados resultantes da exumao dos quartzitos, filitos, micaxistos, xistos calcferos e gnaisses Pr-Cambrianos dobrados ao longo de vrios ciclos geotectnicos. As dobras apresentam-se truncadas pelos processos erosivos, formando cristas, barras e monoclinais cortados por vales estreitos e profundos. No interior das dobras ocorrem amplos vales abertos em forma de U, tendo como divisor de gua as cristas. As encostas destes vales so recobertos de colvios argilo-arenosos e slticos em forma de rampas, ocasionalmente marcadas por ressaltos topogrficos mantidos por couraas ferruginosas. Contrastando com as reas intensamente dissecadas, aparecem superfcies planas onde resqucios dos dobramentos apenas eventualmente esto impressos. Nessas reas se destacam interflvios convexos suaves estremeados de extensas mesas que lhes conferem o aspecto de chapadas. Este Domnio geomorfolgico engloba cinco blocos de relevo planltico que so: Planalto da Canastra e Planalto do Rio Grande, este ltimo englobando o Planalto de Andrelndia. A Regio do Quadriltero Ferrfero e as Serras Centrais do Planalto do Espinhao. E ainda, o Planalto dos Geraizinhos, no Norte do Estado, onde esto as Chapadas do Jequitinhonha e as Serranias de Almenara.

Domnio dos Macios PlutnicosDistribuem-se descontinuamente na Regio Nordeste do Estado, apresentando uma configurao alongada de direo norte-sul. So grandes massas intrusivas predominantemente cidas, de idades variadas, intrudidas em rochas proterozicas de litoestruturas variveis, posteriormente submetidas reativao tectnica do Ciclo Brasiliano. Esses fatores favoreceram a individualizao de compartimentos elevados

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e deprimidos, representados pelas regies geomorfolgicas do Planalto do Jequitinhonha e a Depresso do Mdio Jequitinhonha. O Planalto do Jequitinhonha caracteriza-se por apresentar trs unidades geomorfolgicas distintas. No topo, com altitudes superiores a 800 m ocorre o trecho mais conservado do planalto: so feies tabulares correspondentes a uma superfcie de aplanamento, ressaltadas por feies convexas e aguadas. Apresenta-se capeada por cobertura detrtica latertica Cenozica e so denominadas de Chapadas Cimeiras. Circundando as partes altas tabulares, ocorrem modelados de dissecao diferencial, caracterizados pelas encostas ngremes, exibindo localmente linhas de cumeadas, cristas, sulcos estruturais e escarpas associadas a vales profundamente entalhados, em forma de V. Tm altitudes em torno de 500 m sendo representados por feies de grandes outeiros o que lhes conferem o aspecto de serranias e, por isso, denominados de Serranias Marginais. O nvel mais dissecado do Planalto do Jequitinhonha o Macio de Pedra Azul cujo modelado de dissecao homognea com encostas convexas, apresenta um espesso manto de alterao e encontra-se em estgio de arrasamento do relevo. Caracteriza-se pela presena de grandes afloramentos rochosos, constituindo macios residuais de feies variadas, formando cristas simtricas, linhas de cumeadas, pontes, pesde-acar e dorsos-de-baleia. A Depresso do Mdio Jequitinhonha corresponde ao trecho da mdia bacia do rio Jequitinhonha, delimitada pelos modelados do Planalto do Jequitinhonha anteriormente descritos. Caracteriza-se pela dominncia de formas aplanadas que evidenciam remanejamentos de material coluvial escorregado das encostas dos relevos circunjacentes. Esse material constitui rampas atingidas por uma dissecao incipiente formando lombas, localmente marcadas por afloramentos de rochas granticas.

Domnio da Faixa de Dobramentos ReativadosDesenvolveu-se sobre granulitos, charnoquitos gnaisses e migmatitos proterozicos submetidos a movimentos crustais que impuseram ntido controle estrutural sobre a morfologia atual. Os processos morfoclimticos no obliteraram os traos das extensas linhas de falha, escarpas de grandes dimenses e relevos alinhados coincidindo com os dobramentos. Localizado nas regies leste e nordeste do Estado, este domnio representado pelas regies geomorfolgicas das Serranias da Zona da Mata Mineira e pelos Compartimentos Planlticos do Leste de Minas.

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As Serranias da Zona da Mata Mineira fazem parte do Planalto da Mantiqueira Setentrional e limita-se com os Domnios do Escudo Exposto e Remanecentes de Cadeias Dobradas. Os modelados de dissecao diferencial ocupam a maior parte da rea, enquanto que as reas com relevo de dissecao homognea ocorrem de maneira mais restrita. O manto de alterao tem pequena espessura, estando as encostas destitudas dessas alteraes. Os Compartimentos Planlticos do Leste de Minas limitam-se com o Planalto dos Geraizinhos, o Planalto do Jequitinhonha, o Planalto da Mantiqueira Setentrional e a Depresso do Mdio Jequitinhonha. Possuem altitudes decrescentes de norte para sul, em funo de um nvel de base estabelecido pelo rio Doce, que constitui o principal curso fluvial da rea. Essas altitudes se distribuem em nveis altimtricos que assumem aspectos morfolgicos diferenciados, permitindo uma compartimentao em trs unidades geomorfolgicas distintas denominadas Serranias do Alto Mucuri, Patamar divisor dos rios Doce-Mucuri e Depresso do AltoMdio Rio Doce. As Serranias do Alto Mucuri possuem a maior parte de sua rea representada por um modelado de dissecao diferencial, destacado por feies aguadas constitudas por outeiros, intercalados por profundos vales em V ou por vales de fundo chatos orientados estruturalmente. Ocupando menores extenses, ocorrem modelados de dissecao homognea, ressaltados por feies convexas e encostas suaves. Neste setor, o manto de alterao espesso e a rocha dificilmente aflora. O Patamar divisor dos rios Doce-Mucuri caracteriza-se por um modelado mais ou menos homogneo, resultante da dissecao fluvial, destacado por outeiros suavizados e formas colinosas. O espesso manto de alterao favorvel evoluo de solos profundos. A Depresso do Alto-Mdio Rio Doce, como diz o nome, um setor deprimido onde a ao fluvial, explorando as fraquezas litolgicas e adaptando-se a rede de fraturas e falhas, orientou o entalhe dos vales por eroso remontante ocasionando o recuo da frente escarpada, formando anfiteatros. O modelado resulta principalmente da ao de dissecao homognea compreendendo feies colinosas, localmente formando pontes, cristas e linhas de cumeada.

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Domnio das Coberturas Sedimentares da Borda Oriental da Bacia do ParanLocalizado no oeste do Estado, limita-se a leste e a sudeste com os Domnios do Escudo Exposto e Faixa de Dobramentos Remobilizados e a nordeste com os Remanecentes de Cadeias Dobradas. Caracteriza-se por apresentar relevo monoclinal que se desenvolveu em sedimentos mezosicos intercalados de derrames vulcnicos e com coberturas cenozicas. Na verdade, trata-se de um planalto rebaixado, pouco dissecado, apresentando formas de topos planos, resultando numa plancie topograficamente homognea. Exibe preferencialmente litologias baslticas da Formao Serra Geral, achando-se recoberta por litologias sedimentares do Grupo Bauru, onde o relevo apresenta aspectos mais ntidos de cuestas.

Depresso do So Francisco e Planalto do Divisor So Francisco-TocantinsA Regio da Depresso do So Francisco uma vasta depresso formada pelo prprio rio So Francisco, situada entre o Planalto do Divisor So FranciscoTocantins e o Planalto do Espinhao. Apresenta direcionamento N-S, formato alongado e morfologia caracterizada por extensos planos inclinados desenvolvida sobre as rochas do embasamento cristalino e do Grupo Bambu. representada por um conjunto de relevos aplanados com fraca dissecao e rede de drenagem constituda por cursos intermitentes. Localizada na Regio Norte do Estado, o Planalto do Divisor So FranciscoTocantins limita-se com a Depresso do So Francisco. Tem como arcabouo geolgico formaes do Proterozico, destacando-se o Grupo Bambu que apresenta um comportamento estrutural caracterizado por dobras, falhas ou fraturas responsveis pela existncia de lineamentos bem marcados. Predominam os modelados de aplanamentos degradados e retocados em diferentes nveis topogrficos. Destacam-se tambm modelados de dissecao diferencial, com formas convexas ou aguadas e patamares carstificados em rochas do Grupo Bambu.

Domnio das Plancies de Acumulaes RecentesEste Domnio engloba as vrzeas e terraos de origem fluvial, representados pelos aluvies quaternrios pouco consolidados ou inconsolidados de espessura variada. As vrzeas e os terraos podem conter diques aluviais, bancos de areias laterais e medianos, canais de enchentes, lagoas, etc, denotando diferentes estgios da evoluo geomorfolgica recente da plancie. A regio mais representativa deste Domnio a Regio das Plancies Fluviais do Mdio So Francisco.

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ClimaO clima constitui um dos mais ativos e importantes fatores de formao do solo. Dentre seus componentes, destacam-se pela ao direta a temperatura, a precipitao pluvial, a deficincia =e o excedente hdrico (Oliveira et al., 1992). No Estado de Minas Gerais, devido principalmente s suas dimenses e topografia, existe uma grande variedade de climas (Figura 2).

Fonte: Galvo, 1967.

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A serra da Mantiqueira, com clima temperado-frio (temp. mdia anual=18oC), super mido (precip. total anual=2000 mm) e os vales mdios dos rios So Francisco e Jequitinhonha, com clima tropical seco (precip. total anual=800 mm), so exemplos que podem ser tomados para caracterizar condies extremas. Em todo o Estado, as chuvas so do tipo peridico com veres midos e invernos secos, que podem ser sem deficit, como na serra da Mantiqueira (excedente hdrico anual=300 mm) ou apresentar uma deficincia hdrica intensa e prolongada como na Regio Norte (deficit hdrico anual=900 mm). Outra caracterstica a ausncia de geadas numa grande parte do Estado, com exceo da Regio Sul, em altitudes acima de 850 metros (nas cotas mais elevadas da Mantiqueira pode-se atingir mais de 23 dias de geada por ano). O Estado encontra-se, durante todo o ano, sob o domnio da circulao do anticiclone subtropical do Atlntico Sul e caracteriza-se por ventos predominantes do quadrante nordeste-este, nos baixos nveis da troposfera. Nessa regio, o movimento vertical mdio, de larga escala, tipicamente descendente. De acordo com a circulao dos ventos, a umidade da regio proveniente do oceano Atlntico, transportada pelos ventos de nordeste. Nesse contexto, a serra do Espinhao representa um anteparo fsico e dinmico ao transporte de umidade, provocando a diminuio do teor de umidade disponvel na atmosfera, a sotavento da barreira. Essa restrio, entretanto, no parece ser crtica na formao da precipitao, uma vez que altos ndices pluviomtricos so encontrados na divisa com o Estado de Gois. As caractersticas da configurao da precipitao mdia indicam claramente a influncia da orografia na sua formao, destacando a existncia de ncleos de mxima intensidade sobre a serra do Espinhao, a da Canastra e a Chapada dos Veadeiros, e um mnimo sobre o vale do rio So Francisco. Nas regies tropicais, a precipitao o parmetro climatolgico mais relevante no planejamento das prticas agrcolas, j que a temperatura permanece relativamente estvel durante todo o ano, no sendo fator limitante para o desenvolvimento dos cultivos. Desta forma, a distribuio da precipitao acaba determinando as chamadas estaes sazonais (Fundao Centro Tecnolgico..., 1981).

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Precipitao total a quantidade total de gua incidente na superfcie terrestre ao longo do tempo (Figura3).

Fig. 3. Precipitao Total do Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982

Evapotranspirao potencialPode-se definir como a quantidade de gua que evapora do solo mais a gua transpirada pelas plantas, em um solo inteiramente vegetado, livremente exposta atmosfera e prximo a capacidade de campo (Figura 4).

Evapotranspirao real a quantidade de gua que nas condies reais se evapora do solo mais a transpirada pelas plantas (Minas Gerais, 1980).

Deficincia hdrica a diferena entre a evapotranspirao potencial e a real, ou seja, a quantidade de gua que poderia ser evapotranspirada se a umidade no solo fosse disponvel para a planta (Figura 5).

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Fig. 4- Evapotranspirao Potencial do Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982.

Fig. 5 - Deficincias Hdricas Anuais do Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982.

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Excedente hdrico a diferena entre a precipitao e a evapotranspirao potencial quando o solo atinge a sua capacidade mxima de reteno de gua (neste caso 100 mm), ou seja, na contabilidade hdrica, a quantidade de gua do solo acima da capacidade de reteno (Figura 6).

Fig. 6 - Excedentes Hdricos Anuais Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982

ndice hdrico de Thornthwaite um ndice do grau de umidade do clima e carateriza a influncia em que as relaes entre os valores anuais dos excedentes e deficincias hdricas exercem nas condies de umidade (Figura 7). Pela anlise da Figura 7, podemos concluir que a maior parte do Estado de Minas Gerais encontra-se, segundo a classificao climtica pelo ndice hdrico de Thornthwaite, na faixa mida (Tabela 1).

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Fig. 7. ndice Hdrico de Thornthwaite Anual do Estado de Minas Gerais.

Tabela 1 - Classificao climtica de acordo com as faixas hdricas.Classificao climticaSupermido mido Submido Seco Semi-rido rido

Faixa hdricamaior que 100 entre +100 e +20 entre +20 e 0 entre 0 e -20 entre 20 e -40 entre 40 e -60

Fonte: Minas Gerais (1980).

Para a estimativa do ndice hdrico, Thornthwaite props a equao: Im = (100 Ea - 60 Da)/EP, onde: Im o ndice hdrico; Ea o excedente hdrico anual; Da o deficit hdrico anual e EP a evapotranspirao potencial anual. No clculo do balano hdrico foi considerado o valor de 100 mm para a mxima capacidade de gua disponvel no solo. A escolha deste valor obedeceu essencialmente a duas razes: a) a grande maioria dos solos do Estado de Minas Gerais

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apresenta baixa capacidade de armazenamento de gua; b) o clculo da evapotranspirao potencial pelo mtodo de Thornthwaite subestima o seu valor em confronto com os valores da evapotranspirao potencial medida no campo, em regies como as da maioria do territrio mineiro, em que as deficincias hdricas anuais so superiores a 100 mm (Minas Gerais, 1980).

Classificao bioclimtica de Gaussen e BagnoulsA cobertura vegetal pode ser considerada como a mais fiel expresso do clima. Galvo (1967) sugeriu que dentre as classificaes climticas utilizadas no Brasil, passasse-se a adotar aquela que chega ao detalhe da coincidncia das divises do clima (regies e modalidades climticas) com as divises da vegetao (tipos e subtipos de vegetao). Esta classificao tem mais interesse que a de Koeppen, principalmente sob o ponto de vista agropecurio, pois d uma idia da intensidade da seca pela indicao da durao do perodo seco bem como do ndice xerotrmico. Ms mais seco aquele cujo valor da precipitao em milmetros de gua igual ou inferior ao dobro da temperatura em oC (Figura 8),sendo o perodo seco a sucesso de meses secos. ndice xerotrmico o nmero de dias biologicamente secos e na sua determinao entram, alm da precipitao pluviomtrica, a umidade relativa do ar atmosfrico (Figura 9) e as precipitaes ocultas (orvalho e nevoeiro).

Fig. 8. Temperatura Mdia do Estado de Minas Gerais

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Fig. 9. Umidade Relativa Mdia

De acordo com esta classificao, o Estado de Minas Gerais pode ser assim enquadrado (Figura 2): 4bTh (Termoxeroquimnico mdio) - Tropical quente com seca mdia. A estao seca mdia varia de 5 a 6 meses e o ndice xerotrmico compreende-se entre 100 e 150. Situa-se no Alto Mdio So Francisco e Alto e Mdio Jequitinhonha. 4cTh (Termoxeroquimnico atenuado) - Tropical quente de seca atenuada. A estao seca mais curta, variando de 3 a 4 meses e o ndice xerotrmico de 40 a 100. o bioclima dominante no Estado, ocupando desde a regio do Paracatu, Tringulo Mineiro, Alto Paranaba, Alto So Francisco, Itacambira e partes do Alto Mdio So Francisco e Metalrgica. Seu alcance nas outras regies menos expressivo.

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4cMes (Mesoxeroquimnico atenuado) - Tropical brando de seca atenuada. Difere do 4cTh apenas pela temperatura do ms mais frio que inferior a 15 oC. Situa-se entre as regies do Alto Jequitinhonha, Metalrgica e Rio Doce. Apresenta pouca expresso na regio Sul. 4dTh (Subtermaxrico) - Tropical quente e subseco, com estao seca muito curta de 1 a 2 meses e ndice xerotrmico varivel de 0 a 40. Ocorre em partes do Mdio Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. 4dTh (Subtermaxrico de transio) - Tropical subquente e subseco. Este clima diferencia-se do 4dTh por ter a temperatura do ms mais frio entre 15 e 19oC, enquanto no 4dTh ela superior a 19oC. Situa-se de forma esparsa principalmente nas Zonas da Mata, Sul, Mucuri, Rio Doce e Itacambira. 4dMes (Submesaxrico) - Tropical brando e subseco ou tropical de altitude que se diferencia do 4dTh por a temperatura do ms mais frio inferior a 15oC. Situase nas partes mais altas das regies Sul, Campos das Vertentes e Mata. 7b (Hipomesaxrico) - Temperado mdio com temperatura do ms mais frio posicionada entre 0 e 10oC e sujeito a neve e geadas anuais frequentes. Apresenta pequena ocorrncia na regio Sul, nas elevaes da serra da Mantiqueira, prximo a divisa do Estado de So Paulo.

HidrografiaA rede hidrogrfica do Estado de Minas Gerais (Figura 10) constituda por um sistema de bacias de grande, mdio e pequeno porte. De modo geral, a regio apresenta amplas disponibilidades hdricas superficiais, embora a sua distribuio espacial no seja homognea. Boa parte dos rios apresenta longos trechos navegveis em todas as direes. Entre as principais bacias destacam-se a do rio So Francisco, Grande, Paranaba, Doce e Jequitinhonha. A maior bacia a do rio So Francisco. Este nasce prximo da represa de Furnas e escoa no sentido sul-norte at cruzar a divisa com o Estado da Bahia. Os principais tributrios pela margem esquerda so os rios Paracatu e Urucuia, enquanto, pela margem direita, destacam-se os rios Paraopeba, das Velhas e Jequita. A rea, em seu conjunto, apresenta um valor mdio de 9 L s-1 km-2 para as contribuies

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unitrias mdias de longo perodo, o que a classifica como dotada de grandes disponibilidades hdricas superficiais. Do ponto de vista da qualidade qumica, as guas superficiais no apresentam restries para a utilizao na agricultura. J as guas subterrneas apresentam em alguns locais, como Janaba, Manga e Montalvnia, algumas restries no tocante salinidade. Esta no chega a inviabilizar seu uso, conquanto seja utilizada em sistemas de irrigao que lixiviem o excesso de sais alm da profundidade efetiva do solo (Fundao Centro Tecnolgico..., 1981).

Fig.10. Rede hidrogrfica do Estado de Minas Gerais

O rio Jequitinhonha nasce na serra do Espinhao e desce preferencialmente no sentido oeste-leste. Seu principal tributrio o rio Araua que desgua pela margem direita. O rio Doce nasce da confluncia de vrios tributrios entre as serras do Espinhao e do Brigadeiro e percorre preferencialmente o sentido sul-norte at seu principal tributrio pela margem esquerda que o rio Suau Grande. A partir deste ponto, o

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rio Doce altera seu curso, descendo ento no sentido oeste-leste, onde tem seu principal tributrio pela margem direita que o rio Manhua. O rio Paranaba, que juntamente ao rio Grande limita a regio do Tringulo Mineiro, formado por trs bacias secundrias que so as dos rios Araguari, Tijuco e So Domingos. Seus principais tributrios pela margem esquerda so os rios Araguari, Tijuco e So Domingos, enquanto, pela margem direita, destacam-se os rios Meia Ponte, dos Bois, Claro, Verde e Corrente. A bacia do rio Paranaba drena aproximadamente 75% da rea do Tringulo Mineiro (Embrapa, 1982). O rio Grande limita o sul da regio com o Estado de So Paulo. Seu principal tributrio pela margem esquerda o rio Pardo. Pela margem direita, sobressaem-se os rios Verde e Bonito. A bacia do rio Grande e a bacia do rio Paranaba formam a grande bacia do rio Paran. De modo geral os rios do Estado possuem grande potencialidade para a agricultura irrigada. Alm do aproveitamento agrcola grande o potencial para abastecimento urbano bem como para o represamento e a navegao, destacando-se nestes aspectos os rios So Francisco, Paranaba e Grande.

VegetaoH menos de um sculo, a cobertura vegetal do Estado de Minas Gerais diferenciava-se bastante da atual. A explorao das matas, ainda que de uma forma muito superficial de extrao seletiva, iniciou-se no sculo XVII com a procura do PauBrasil (Caesalpinia echinata Lam.). No sculo XVIII o desflorestamento objetivou atender a demanda por madeira para construo, mveis e combustvel, vindo posteriormente a derrubada tanto para produo de carvo bem como para limpar a rea para a explorao de culturas agrcolas como o caf (Golfari, 1975).

Fases de condies edficas indicadas pela vegetao primriaA subdiviso de unidades de mapeamento pode ser feita atravs de sua complementao com as chamadas fases. O estabelecimento das fases objetiva principalmente fornecer critrios referentes s condies das terras e que interferem, direta ou indiretamente, com o comportamento e qualidade dos solos, no tocante s possibilidades de alternativas de uso e manejo para fins essencialmente agrcolas (Embrapa, 1988).

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Os principais elementos condicionadores da fitofisionomia e da composio florstica so as variveis climticas e edficas. As comparaes portanto entre estas causas (condies edafo-climticas, mormente referentes a regimes hdricos, trmicos e de eutrofia e oligotrofia) e efeito (cobertura vegetal) permitem a obteno de mtuas inferncias (Embrapa, 1988). Na insuficincia de dados de clima do solo, normalmente hdricos, que abranjam todas as unidades de mapeamento em grau de detalhamento compativel, as fases de vegetao so empregadas para facultar inferncias sobre relevantes variaes estacionais de condies de umidade dos solos, uma vez que a vegetao primria reflete diferenas climticas imperantes nas diversas condies das terras. Reconhecidamente, alm do significado pedogentico, as distines em questo assumem ampla implicao ecolgica, a qual abre possibilidade para o estabelecimento de relaes entre unidades de solo e sua aptido agrcola, aumentando, pois, a utilidade dos mapeamentos de solos. As Tabelas 2 e 3 apresentam correlaes tentativas entre as fases de vegetao utilizadas comumente nos levantamentos de solos da Embrapa Solos (que buscam inferir o regime hdrico do solo atravs do percentual de caducidade da vegetao primria) com as descries de vegetao empregadas nos levantamentos de recursos naturais do Projeto Radambrasil (que buscam retratar basicamente a fitofisionomia e a composio florstica). Os valores assumidos (principalmente aqueles referentes ao ndice hdrico) so estimativos e embasados em estudos generalizados (Minas Gerais, 1980), alm de se referirem a organismos vivos e heterogneos e portanto naturalmente variveis.

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Tabela 2 - Compatibilizao das descries de vegetao empregadas pela Embrapa Solos (baseada na percentagem de folhas decduas) e Projeto Radambrasil (baseada no diagrama ombrotrmico), associadas com perodo seco (meses) e ndice hdrico de Thornthwaite.Embrapa Solosfl. per fl subper fl subcad fl cad caat hipo caat hiper

Perodo seco0a1 1a2 2a4 4a6 6a8 8 a 10

Projeto Radambrasilfl ombrf densa fl ombrf aberta fl estac semidec fl estac dec estepe

ndice hdrico>100 a >60 10 -10 4%, referidos TFSA). Constituem-se de um horizonte A desenvolvido a partir de depsitos detrticos pedimentares ou coluviais, ou em materiais brandos semi-intemperizados sobrejacentes ao substrato rochoso consolidado. As principais limitaes ao seu aproveitamento agrcola esto na baixa capacidade de reteno de gua, alta erodibilidade principalmente em relevos mais movimentados e baixa fertilidade. Ocorrem apenas em associao, como componente secundrio, na unidade Rd7, situada prximo ao limite das Zonas Itacambira e Mdio Jequitinhonha.

Areias Quartzosas (Neossolos Quartzarnicos)So arenosos, essencialmente quartzosos, excessivamente drenados, profundos e de baixa fertilidade natural. Ocorrem decrescentemente como distrficos (classes mdio a baixo para valor m e muito baixo para valor V) e secundariamente como licos (classes alto e muito baixo para valores m e V respectivamente), horizonte A fraco e moderado e relevo plano e suave ondulado. O horizonte C, normalmente apresenta grande espessura. Apresentam como principais limitaes explorao a baixa fertilidade natural, a baixa CTC e a baixa reteno de gua. No Estado a maior concentrao ocorre na Zona do Alto Mdio So Francisco. Ocupam aproximadamente 1.961.080 ha equivalendo a 3,34% da superfcie do Estado.

Areias Quartzosas Hidromrficas (Neossolos Quartzarnicos Hidromrficos)So solos semelhantes a classe Areias Quartzosas, apresentando-se no entanto, total ou parcialmente alagados durante parte do ano.

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No Estado so licos (classes muito alto a alto para valor m e muito baixo para valor V), horizonte A fraco como predominante e relevo plano. As principais limitaes sua explorao so baixa fertilidade natural, baixa CTC e m drenagem. A ocorrncia principal localiza-se entre as Zonas do Alto Mdio So Francisco e Paracatu. Ocupam 59.215 ha que correspondem aproximadamente a 0,10% da superfcie do Estado.

Solos Aluviais (Neossolos Flvicos)So profundos e possuem caractersticas muito variveis, dependendo da natureza e forma de distribuio dos sedimentos originrios. Na rea mapeada h predominncia de Solos Aluviais com textura grosseira ricos em materiais primrios. So em ordem decrescente eutrficos (classes baixo a muito baixo para valor m e alto a muito alto para valor V), distrficos (classes mdio a baixo para valor m e baixo para valor V) e licos (classes alto a muito alto para valor m e muito baixo a baixo para valor V), ocorrendo predominantemente em relevo plano, com horizonte A moderado e textura mdia. Os solos aluviais apresentam grande potencial agrcola, principalmente a grande mancha eutrfica que acompanha o vale do So Francisco, fato comprovado pelo grande nmero de projetos de sucesso nesta regio principalmente quando bem estruturados e gerenciados. A principal limitao ao uso agrcola est relacionada, em alguns casos, as inundaes peridicas. A maior ocorrncia nas regies do Alto e Alto Mdio So Francisco. Ocupam uma extenso de 851.250 ha equivalentes a aproximadamente 1,45% da superfcie do Estado.

Solos Petroplnticos (Plintossolos Ptricos)Esta classe caracterizada por solos que apresentam quantidade significativa de materiais grosseiros, de formas e tamanhos variveis, com predominncia de concrees ferruginosas e manganosas, alm de fragmentos quartzosos, e material peltico em diferentes estdios de decomposio, constituindo normalmente mais de 50% da composio do solo. So decrescentemente distrficos e licos, argilosos e muito argilosos, horizonte A moderado e relevo suave ondulado, argila de atividade baixa. A utilizao destes solos bastante limitada, uma vez que a natureza, quantidade e tamanho de materiais grosseiros constituem fator restritivo ao uso de implementos agrcolas, penetrao de razes, reteno de gua alm da baixa fertilidade natural (classes

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mdio a alto para valor m e muito baixo para valor V) associada por vezes a presena de alumnio txico. Encontram-se basicamente na regio do Paracatu e ocupam 43.207 ha equivalentes a 0,74% da superfcie do Estado.

Solos Orgnicos (Organossolos)Constituem-se basicamente por espessas camadas orgnicas, compostas por resduos vegetais em diferentes estgios de decomposio, sobre camadas minerais gleizadas. Como consequncia do elevado teor de carbono a CTC bastante elevada, fato que no seria de todo insatisfatrio ao aproveitamento destes solos, se no estivesse comumente esta CTC saturada por alumnio (classe muito baixo para valor V para solos tanto licos quanto distrficos). A correo qumica problemtica devido ao elevado poder tampo, assim como problemtica a drenagem, pois h uma rpida oxidao do material orgnico acarretando inclusive uma grande perda de volume dos solos. Ocorrem em relevo plano, ocupando as cotas mais baixas. So muito mal drenados e de permeabilidade lenta, s vezes impedida na parte inferior do perfil. As principais limitaes ao uso agrcola so portanto a acidez elevada (classes alto a muito alto e baixo a mdio para valor m para solos licos e distrficos respectivamente) e o encharcamento constante. Apresentam-se como componente secundrio em associaes, principalmente com Glei Hmico e Glei Pouco Hmico.

Afloramentos RochososOcorrem como manifestaes de vrios tipos de rochas brandas ou duras, descobertas ou com reduzidas fraes de materiais detrticos grosseiros de carter heterogneo. A cobertura vegetal mais comum o tipo formaes rupestres. Na maior parte das vezes chegam a estar associados a solos desenvolvidos porm com distribuio dispersa o suficiente para constituir uma mancha independente. Distribuem-se com expressividade pelo Estado principalmente ao longo da serra da Mantiqueira, com amplas unidades de mapeamento na Zona Metalrgica. Ocupam 403.756 ha que equivalem a 0,69% da superfcie do Estado.

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Sistema Brasileiro de Classificao de SolosObjetivando atualizar e enquadrar os solos brasileiros em um sistema hierarquizado, foi estruturado o Sistema Brasileiro de Classificao de Solos SiBCS (Embrapa, 1999). Desta forma, para o enquadramento nesta nova classificao, foi feita uma converso para a nova classificao apresentada no final da descrio de cada unidade de mapeamento, mantendo o restante da estrutura da legenda anterior. Deve ser ressaltado que, pela inexistncia dos dados da descrio de muitos dos perfis, a correlao apresenta um grau de abstrao perfeitamente compatvel com o nvel de detalhe do mapeamento. Tabela 9. Smbolos alfabticos utilizados no SiBCS (Embrapa, 1999).1 NVELA ALISSOLOS

2 NVELA- AMARELO

3 NVELAlumnico af Aluminofrrico b- Argila atividade baixa d- Distrfico df- Distrofrrico e- Eutrfico ef- Eutrofrrico f- Frrico m- Fbrico g- Hidromrfico h- Hmico u- Hiperespesso y- Hmico i- Hstico k- Carbontico l- Ltico lf- Litoplntico n- Sdico o- rtico p- Plico j- Perfrrico q- Psamtico r- Saproltico s- Sprico t- Argilvico v- Argila de Atividade Alta w- crico wf- Acrifrrico x- Coeso z- Slico ou Salino v- Argila atividade alta

P ARGISSOLOS C CAMBISSOLOS M CHERNOSSOLOS E ESPODOSSOLOS G GLEISSOLOS

AC- ACINZENTADO B- BRUNO C- CRMICO D- RNDZICO E- EBNICO

L LATOSSOLOS

F- PTRICO

T LUVISSOLOS

G- HIDROMRFICO

R NEOSSOLOS N NITOSSOLOS O ORGANOSSOLOS S PLANOSSOLOS F PLINTOSSOLOS V- VERTISSOLOS

H- HMICO I- HSTICO J- TIOMRFICO K- CRBICO L- LTICO M- MELNICO N- NTRICO

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1 NVEL

2 NVELO- FLICO P- HIPOCRMICO Q- QUARTZARNICO R- REGOLTICO S- FERROCRBICO T- ARGILVICO U- FLVICO V- VERMELHO VA-VERMELHO-AMARELO X- HPLICO Y- MSICO

3 NVEL

Observaes:- Os smbolos de 2 nvel seguem o critrio de primeira letra do nome que o designa. No caso de impossibilidade de usar a primeira letra, opta-se pela segunda, pela terceira e assim sucessivamente, tanto quanto possvel. - Os smbolos de 3 nvel mantm, tanto quanto possvel, uma certa conotao com os sufixos utilizados na designao de horizontes, Embrapa (1988). - Ta e Tb aparecem no 3O nvel (argila de atividade alta e baixa respectivamente). Ta (argila de atividade alta) convencionou-se o smbolo v e Tb (argila de atividade baixa), convencionou-se b.

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Tabela 10 - Correlao entre as classes do Sistema Brasileiro de Classificao de Solo (1999) e da classificao anteriormente utilizada pela Embrapa Solos.Sistema Brasileiro de Classificao (1998)ALISSOLOS

Classificao anteriormente utilizadaRUBROZEM, PODZLICO BRUNO-ACINZENTADO DISTRFICO ou LICO, PODZLICO VERMELHO-AMARELO DISTRFICO ou LICO Ta, e alguns PODZLICOS VERMELHO-AMARELOS DISTRFICOS ou LICOS Tb (com limite mnimo de valor T de 20 cmolc/kg de argila). PODZLICO VERMELHO-AMARELO Tb, pequena parte de TERRA ROXA ESTRUTURADA, de TERRA ROXA ESTRUTURADA SIMILAR, de TERRA BRUNA ESTRUTURADA e de TERRA BRUNA ESTRUTURADA SIMILAR, com gradiente textural necessrio para B textural, em qualquer caso Eutrficos, Distrficos ou licos, e mais recentemente o PODZLICO VERMELHO-ESCURO Tb com B textural e o PODZLICO AMARELO. CAMBISSOLOS EUTRFICOS, DISTRFICOS e LICOS Ta e Tb. Exceto os com horizonte A chernozmico e B incipiente EUTRFICOS Ta. BRUNIZEM, RENDZINA, BRUNIZEM AVERMELHADO e BRUNIZEM HIDROMRFICO. PODZOL, inclusive PODZOL HIDROMRFICO. GLEI POUCO HMICO, GLEI HMICO, parte do HIDROMRFICO CINZENTO (sem mudana textural abrupta), GLEI TIOMRFICO e SOLONCHAK com horizonte glei. LATOSSOLOS, excetuadas algumas modalidades anteriormente identificadas, como LATOSSOLOS PLNTICOS. BRUNO NO CLCICO, PODZLICO VERMELHO-AMARELO EUTRFICO Ta, PODZLICO BRUNO-ACINZENTADO EUTRFICO e os PODZLICOS VERMELHOESCUROs EUTRFICOS Ta. LITOSSOLOS, SOLOS LITLICOS, REGOSSOLOS, SOLOS ALUVIAIS e AREIAS QUARTZOSAS (Distrficas, Marinhas e Hidromrficas). TERRA ROXA ESTRUTURADA, TERRA ROXA ESTRUTURADA SIMILAR, TERRA BRUNA ESTRUTURADA, TERRA BRUNA EESTRUTURADA SIMILAR e alguns PODZLICOS VERMELHO-ESCUROS Tb e alguns PODZLICOS VERMELHOAMARELOS Tb. SOLOS ORGNICOS, SOLOS SEMI-ORGNICOS, SOLOS TIOMRFICOS TURFOSOS e parte dos SOLOS LITLICOS TURFOSOS com horizonte hstico com 30cm ou mais de espessura. PLANOSSOLOS, SOLONETZ-SOLODIZADO e HIDROMRFICOS CINZENTOS que apresentam mudana textural abrupta. LATERITAS HIDROMRFICAS, parte dos PODZLICOS PLNTICOS, parte dos GLEI HMICO e GLEI POUCO HMICO PLNTICOS e alguns dos possveis LATOSSOLOS PLNTICOS. VERTISSOLOS, inclusive os hidromrficos.

ARGISSOLOS

CAMBISSOLOS CHERNOSSOLOS ESPODOSSOLOS GLEISSOLOS LATOSSOLOS LUVISSOLOS

NEOSSOLOS NITOSSOLOS

ORGANOSSOLOS

PLANOSSOLOS PLINTOSSOLOS

VERTISSOLOS

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Solos, Aptido Agrcola das Terras e Nveis de Exigncia e ImpedimentosNa Tabela 11, pode-se observar a distribuio dos principais solos ocorrentes no Estado de Minas Gerais e de alguns importantes parmetros componentes de suas descries. A obteno de seus dados foi feita considerando os valores majoritrios, dentro de cada associao, atinentes apenas ao solo dominante. Nesta Tabela, verifica-se a grande presena no Estado de solos licos e distrficos, excetuando-se Terra Roxa Estruturada e Podzlicos, onde grande o percentual de solos eutrficos, 100 e 57% respectivamente. igualmente marcante o domnio do horizonte A moderado sobre os outros tipos de horizonte superficial. A nica exceo feita no grupo denominado outros (agrupamento de solos de menor expresso) onde grande, entre as Areias Quartzosas, a frequncia do horizonte A fraco. Outro aspecto marcante a presena do relevos plano e forte ondulado, sendo os tipos de superfcie quase sempre dominantes na maior parte dos solos. Quanto distribuio da vegetao, ressalta-se a grande presena entre as florestas de formaes dos tipos subcaduciflia e subpereniflia. A elevada proporo deste ltimo tipo, deve-se basicamente s ocorrncias contnuas nas Zonas da Mata, Sul e Rio Doce, alm daquelas de influncia ribeirinha. Nas faixas em que a precipitao hdrica ainda permite a manifestao da floresta subcaduciflia (destacadamente na poro central e ocidental do Estado) este tipo de floresta, mesmo com grande presena, sofre a concorrncia e muitas vzes suplantada (mormente nos solos menos frteis) por formaes como o cerrado e o campo cerrado. A Tabela 12 apresenta a quantificao da legenda de solos, contendo ainda tipos de terreno (afloramentos rochosos, incluindo aqueles dominantes na associao) e a correspondncia com o atual SiBCS. Para traduo dos smbolos utilizados, ver Tabela 9. Ressalta-se o domnio no Estado de Latossolos (47%), Argissolos (20%), Cambissolos (18%) e Neossolos Litlicos (8%).

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Tabela 11. Distribuio percentual de alguns parmetros dos solos predominantes do Estado de Minas Gerais.variveis Ta Tb lico distrfico eutrfico A fraco A moderado A proeminente A hmico A chernozmico marg arg md aren arg/marg md/arg aren/md pl sond ond fond mont esc campo cerrado cerrado subper cerrado subcad cerrado cad cerrado subper cerrado subcad cerrado cad fl per altim fl per fl subper fl subcad fl cad hipo form vrzea form rupestres Latossolos * ** 47,5 100 27,1 57,0 19,0 40,0 1,4 3,0 5,5 11,6 39,7 83,6 1,1 2,3 1,2 2,5 11,9 25,1 25,0 52,6 10,6 22,3 20,4 42,9 9,9 20,8 3,7 7,8 7,9 16,8 5,6 11,6 5,6 11,6 9,8 20,6 0,5 1,1 8,6 18,1 3,1 6,5 0,3 0,6 4,3 9,1 0,4 0,8 0,6 1,3 0,3 0,6 11,4 24,0 5,8 12,2 1,7 3,6 0,7 1,5 T. R. * 0,4 0,4 0,3 0,1 tr 0,4 0,1 tr 0,3 0,1 0,3 Est ** 100 100 75,0 25,0 1,9 98,1 32,3 7,7 60,0 27,0 73,0 Podzlicos * ** 0,6 3,0 19,4 97,0 3,1 15,5 5,5 27,5 11,4 57,0 20,0 100 0,3 1,5 3,2 16,0 2,4 12,0 0,1 0,5 2,8 14,0 10,9 54,5 0,3 1,5 0,8 4,0 3,4 17,0 6,0 30,0 7,2 36,5 2,5 12,5 2,5 12,5 0,7 3,5 0,2 1,0 1,9 9,5 0,5 2,5 0,3 1,5 1,1 5,5 0,3 1,5 0,4 2,0 0,1 0,5 2,3 11,5 6,5 32,5 4,8 24,0 0,9 4,5 Cambissolos * ** 1,1 6,2 16,7 93,8 14,3 80,3 2,0 11,2 1,5 8,5 0,2 1,1 17,4 97,7 0,1 0,6 0,1 0,6 0,7 3,9 10,7 60,1 6,4 36,0 0,7 3,9 4,0 22,5 5,7 32,0 5,6 31,5 1,8 10,1 1,8 10,1 7,2 40,5 1,3 7,3 3,6 20,2 0,3 1,7 0,1 0,6 0,3 1,7 0,2 1,1 0,4 2,2 0,4 2,2 2,1 11,8 0,8 4,5 0,9 5,1 0,2 1,1 Solos Litlicos * ** 0,1 1,3 7,7 91,7 7,0 89,8 0,4 5,1 0,4 5,1 2,5 32,1 5,3 67,9 2,6 33,3 3,0 38,5 2,2 28,2 0,5 6,4 1,3 16,7 3,6 46,1 2,3 29,5 2,3 29,5 4,4 56,4 0,3 3,8 0,7 9,0 0,8 10,3 0,6 7,7 0,1 1,3 0,5 6,4 0,4 5,1 Outros * ** 1,5 22,8 5,0 77,2 2,3 35,3 2,4 37,0 1,8 27,7 3,5 53,8 2,8 43,0 0,1 1,5 0,1 1,5 tr 0,2 0,3 4,6 0,8 12,3 1,4 21,5 3,8 58,5 tr 0,6 0,1 1,5 5,1 78,5 1,0 15,4 tr 0,3 tr 0,7 0,3 4,6 0,3 4,6 0,6 9,2 0,1 1,5 1,0 15,4 2,2 33,8 1,1 16,9 0,3 4,6 0,3 4,6 tr 0,2 0,5 7,7 0,4 6,1 Total * 3,3 96,7 53,8 29,3 16,9 11,7 85,5 1,3 1,4 0,1 13.2 42,7 23,8 6,1 2,8 11,0 0,4 27,0 18,9 16,8 24,6 12,5 12,5 22,7 26,4 15,8 6,9 0,7 5,7 1,5 1,4 0,8 17,0 14,0 8,4 1,8 0,5 0,4

T. R. Est. = Terra Roxa Estruturada; tr = trao; * = percentagem em relacao ao total; percentagem em relao a classe/grupamento.

** =

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Tabela 12. Distribuio percentual dos solos do Estado de Minas Gerais.Classes de alto nvel Categ rico do Grandes Grupos do antigo sistema de classificao o antigo sistema de classificao o de de solos (ver Tabela 9) para simbologia solos, com a correspondente na nova correspondente do novo SiBCS (Embrapa, 1999) classificao o entre parnteses LA LV LULATOSSOLO (L)

1,16 25,11 0,25 18,07 2,81 0,08 0,41 0,01 0,06 9,62

47,48

LE LR LF TR TB PA PE

TERRA ROXA ESTRUTURADA (NV) TERRA BRUNA ESTRUTURADA(NX)

0,41 0.01

PODZLICO (P)

20,08 PV 10,40 0,01 0,01 0,01 0,02 0,07

BRUNIZEM AVERMELHADO (MT) VERTISSOLO (V) PLANOSSOLO SOL DICO (SX) SOLONETZ SOLODIZADO (SN) HIDROM RFICO CINZENTO (SX)

0,01 0,01 0,01 0,02 0,07

BV V PLS SS HC

CAMBISSOLO (C) GLEI H MICO (GM)

17,83 0,04

C HG

17,83 0,04

GLEI POUCO H MICO (GX) PLINTOSSOLO (F)

0,52 0,03

HGP PT

0,50 0,03

LAa - LAd LVa - LVAd LVd - LVAd LVe - LVAe LUd LAwf LEa LVd LEd LVd LEe LVe LRd LVdf LRe LVdf LFd LVj TRe - NVe TBe -NXe PAa - PAd PEa - PVd PEa - PVd PEe - PVe PVa - PVAd PVd - PVAd PVe - PVAe BV - MT V-V PLSe SXe SS SN HCa SXd HCe - SXe Ca CXd Cd CXd Ce Cxe HGa - GMd HGd GMd HGPa GXd HGPd -GXd HGPe GXe PTa - FXd

1,16 16,78 7,87 0,46 0,25 9,08 8,07 0,92 2,71 0,10 0,08 0,41 0,01 0,06 0,51 0,55 8,56 2,50 5,03 2,87 0,01 0,01 0,01 0,02 0,06 0,01 14,33 1,99 1,51 0,02 0,02 0,30 0,13 0,07 0,03

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Classes de alto nvel Categ rico do Grandes Grupos do antigo sistema de classificao antigo sistema de classificao de de solos (ver Tabela 9) para simbologia solos, com a correspondente na nova correspondente do novo SiBCS (Embrapa, 1999) classificao entre parntesesAREIA QUARTZOSA (RQ) AREIA QUARTZOSA HIDROM RFICA (RQg) PODZOL (E) SOLOS ALUVIAIS (RU)

3,34 0,10 0,05 1,45

AQ HAQ P A

3,34 0,10 0,05 1,45

AQa - RQod AQd - RQod HAQa -RQgd Pa - E Aa - RUd Ad - RUd Ae - RUe Ra RLd Rd RLd Re Rle SPa - FFd SPd - FFd

1,46 1,88 0,10 0,05 0,04 0,01 1,40 6,98 0,43 0,39 0,02 0,05

SOLOS LIT LICOS (RL) SOLOS PETROPLINTICOS INDISCRIMINADOS (FF) AFLORAMENTOS ROCHOSOS

7,80 0,07 0,69

R SP AR

7,80 0,07 0,69

A extenso e a percentagem correspondentes aos grupos, subgrupos e classes de aptido agrcola das terras so apresentadas na Tabela 13, assim como sua visualizao espacial na figura 12.....http://mapserver.cnps.embrapa.br/website/ pub/aptidao_mg.htm. Nota-se que o grupo 1 ocupa pouco mais de 2% da superfcie seca total. Este grupo correspondente s melhores terras do Estado, ou seja, aquelas que apresentam os desvios mnimos em relao aos cinco fatores limitantes considerados para um solo referncia (Ramalho Filho et al., 1995) em pelo menos um nvel de manejo. Por outro lado, considerando as terras de classe Boa em todos os trs nveis de manejo (1ABC), o percentual cai para valores prximos a 1.220 ha ou 0,002% da superfcie seca total. Em essncia, os solos pertencentes ao grupo 1 so concomitantemente eutrficos, relevo dominante plano ou suave ondulado, sem impedimentos mecanizao, profundidade efetiva suficiente para o desenvolvimento radicular, sem problemas de encharcamento e ocorrentes em ambientes com perodo seco no superior a cinco meses.

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O grupo 2 o de maior abrangncia no Estado. Esta concentrao se deve basicamente s terras pertinentes aos Latossolos, com relevos suaves e sem impedimentos mecanizao mas com srias deficincias de nutrientes (solo geralmente sob floresta ou mesmo cerrado), apresentando aptido bsica 2(a)bc ou, quando acrescido a oligotrofia e a elevada toxidez por alumnio (solo geralmente sob campo cerrado) apresentam aptido bsica 2(b)c. Neste grupo, as terras que permitem dois cultivos por ano somam 2.409.939 ha equivalentes a aproximadamente 4,1%. O grupo 3 totaliza 8.430.445 ha (14,37%) e representado principalmente pelos solos com relevo ondulado a forte ondulado, normalmente com problemas para a mecanizao, devido tanto ao relevo mais movimentado quanto presena de pedregosidade ou mesmo rochosidade ou ocorrncia conjunta de todos os impedimentos citados. Neste grupo, as terras que permitem dois cultivos por ano somam 1.015.621 ha correspondentes a aproximadamente 1,7% da superfcie seca total. O grupo 4, representante das pastagens plantadas, constitudo basicamente de solos semelhantes aos constituintes do grupo 3, mas com agravantes (alto nvel de rochosidade ou mesmo solos rasos) que, se no impossibilitam, pelo menos dificultam a tal ponto a explorao com lavouras, que a torna muito prxima da anti-economicidade. No entanto, ainda permitem retorno mesmo que pequeno, com a explorao da pecuria de corte ou leiteira em moldes tradicionais. Por outro lado, a pecuria praticada com mais alto nvel tecnolgico ou que ocupe segmentos de mercado mais rentveis, como por exemplo a criao de reprodutores, utiliza-se normalmente de terras com melhor aptido, como as do grupo 2 ou mesmo 1. O grupo 5, representante da silvicultura e pastagem natural, tem no Estado grande expresso, com predomnio da classe de aptido 5(s) - Restrita. constitudo de solos profundos, geralmente oligotrficos mas de relevo bastante movimentado (apto para silvicultura). Quando ao contrrio, o solo raso, geralmente oligotrfico e o relevo no muito movimentado (declividades menores ou iguais aos da classe forte ondulado) a aptido para a pastagem natural tem prevalncia, se a cobertura vegetal permitir. Como a vegetao primria remanescente no Estado pequena, esta opo acaba limitada a ambientes de campo cerrado. O Estado de Minas Gerais apresenta elevada demanda por carvo vegetal principalmente para suprir o setor de siderurgia. Sendo assim, terras localizadas prximas

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s usinas, mesmo possuindo aptido para exploraes mais intensivas, so normalmente utilizadas com reflorestamennto por questes econmicas e estratgicas. O grupo 6, representante da preservao da fauna e flora, inclui terras em que as restries de uso no justificam qualquer atividade agronmica ou qualquer investimento agrcola ao nvel da tecnologia atual. Nos estudos referentes aptido agrcola que serviram de base para o zoneamento agroclimtico do Estado de Minas Gerais, o subgrupo de aptido agrcola 2c foi o de maior representatividade em todo o Estado, seguido do subgrupo 4p. No h registro de ocorrncia de nenhum subgrupo pertencente ao grupo 1, ou seja, classe Boa em pelo menos um dos trs nveis de manejo A, B ou C. Estas discrepncias podem ser devidas pequena escala de trabalho utilizada (1:1.000.000) bem como ao material bsico empregado de grau bastante generalizado.

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Tabela 13. Extenso (ha) e percentual dos grupos, subgrupos e classes de aptido agrcola das terras do Estado de Minas Gerais.Grupo Subgrupo1ABC 1aBC 1 122805 ha 2,12%

ha1221 66696

%0,002 0,11

Subgrupo1aBC 1aBC 1Abc 1Abc 1abC

ha49976 16720 297402 74964 24530 773476

%0,08 0,03 0,51 0,13 0,04 1,32

1Abc

372366

0,64

1abC

798006

1,36 1abC

1Ab(c) 2abc

4516 1946982

0,01 3,32 2abc 2abc 2abc 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 2ab(c) 2ab(c) 2ab(c) 2ab(c) 204413 261367 1481202 2564730 240742 2351317 183237 5388691 655787 497611 28314 199897 1568764 27338 42660 195107 200054 154874 560391 463960 301405 559225 0,34 0,45 2,52 4,37 0,41 4,01 0,31 9,19 1,12 0,85 0,05 0,34 2,67 0,05 0,07 0,33 0,34 0,27 0,96 0,79 0,51 0,95

2(a)bc

11384504

19,41

2ab(c)

2294586

3,91

2 26862905 ha 45,79

2a(bc)

265105

0,45

2a(bc) 2a(bc) 2a(bc) 2(a)b(c) 2(a)b(c) 2(a)b(c) 2(a)b(c) 2(a)b(c) 2(a)b(c)

2(a)b(c)

2239909

3,82

2(ab)c 2bc

23799 497299

0,04 0,85 2bc 2bc 2(b)c 2(b)c 2(b)c 2(b)c 51648 445651 1823842 3731945 1339478 123800 417679 167879 606098 0,09 0,76 3,11 6,36 2,28 0,21 0,71 0,29 1,03

2(b)c

7019065

11,96

2a(b)

17700

0,03

2a(b) 2a(b) 2a(b)

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Grupo

Subgrupo3(abc)

ha1166094

%1,99

Subgrupo3(abc) 3(abc) 3(abc) 3(abc) 3(abc) 3(abc) 3(ab) 3(ab) 3(ab) 3(bc) 3(bc) 3(bc) 3(bc) 3(bc)

ha445139 32707 222288 329126 124874 11960 993179 538450 1284855 400936 1945625 1285909 112674 116722

%0,76 0,06 0,38 0,56 0,21 0,02 1,69 0,92 2,19 0,68 3,32 2,19 0,19 0,20

3 8430445 ha 14,37% 3(ab) 2816484 4,80

3(bc)

3861866

6,58

3(b)

586001

1,00

3(b) 3(b) 3(b)

19405 525345 41251 17330 450657 1492099 432623 3506887 1713121

0,03 0,90 0,07 0,03 0,77 2,54 0,74 5,98 2,92

4 7612717 ha 12,98%

4p

1960086

3,34

4p 4p 4p

4(p)

5652631

9,64

4(p) 4(p) 4(p)

5S 5s

80817 4530358

0,14 7,72 5s 5s 5s 1487700 1559605 1483053 1617345 1249410 2001026 299934 46010 498117 1286721 2,53 2,66 2,53 2,76 2,13 3,41 0,51 0,08 0,85 2,19

5 11841083 ha 20,18%

5(s)

4867781

8,30

5(s) 5(s) 5(s) 5s(n) 5s(n)

5s(n)

345944

0,59

5(sn)

1784838

3,04

5(sn) 5(sn)

5(n) 6 2672475 ha 4,56% 6

231345 2672475

0,39 4,55 6 6 153946 2518529 0,26 4,29

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Tabela 14. Extenso (ha) e percentual dos nveis de exigncia das classes de solos do Estado de Minas Gerais para a aplicao de fertilizantes e corretivos (F), prticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanizao (M).SOLOS N veis de rea (ha) Exigncia F3 C1 C2 C3 M1 M2 M3 SUB % DIVIS ES N veis de ` rea (ha) Exigncia F3 C1 C2 C3 M1 M2 M3 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 6 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F2 C1 M1 M2 F3 C1 M1 M2 683319 507504 2807 173008 343917 163587 175815 9826502 4111385 341215 2019808 3354094 3377623 640848 916353 4891678 18551 4618073 2429059 333471 791130 1064413 2143917 258780 374334 1841042 269496 269496 143327 126169 147598 147598 138323 9275 % 1,17 0,87 0,005 0,30 0,58 0,29 0,30 16,75 7,01 0,58 3,44 5,72 5,76 1,09 1,56 8,34 0,03 7,87 4,14 0,57 1,35 1,81 3,65 0,44 0,64 3,14 0,46 0,46 0,24 0,22 0,25 0,25 0,23 0,02

LA

683319 1,17 507504 0,87 2807 0,005 173008 0,30 343917 0,58 163587 0,29 175815 0,30

LAa

LVa F2 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 6 269496 0,46 14444575 24,62 6809940 11,61 674686 1,15 2810938 4,79 4418507 7,53 5664867 9,65 1025797 1,75 1290687 2,20 6732720 11,48 18551 0,03

LV

LVd

LVe F3 C1 M1 M2 147598 147598 138323 9275 0,25 0,25 0,23 0,02

LUd

LU

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LEa LE F2 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 538235 0,92 10057308 17,14 8978103 15,30 396444 0,67 581999 0,99 643584 1,10 4335912 7,39 4642191 7,91 503795 0,86 1113645 1,90

LEd

LEe

LR

F2 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F4 C3 M3 F2 C1 C2 C3 C4 M2 M3 M4

59459 1589983 1406772 128291 17574 96805 834463 572309 128291 114379 46010 46010 46010 240499 52259 25385 18429 144426 70810 25263 144426

0,10 2,71 2,40 0,22 0,03 0,16 1,42 0,97 0,22 0,20 0,08 0,08 0,08 0,41 0,09 0,04 0,03 0,25 0,12 0,04 0,25

LRd

LRe

LF

LFd

TR

TRe

F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F2 C1 C2 M1 M2 M3 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F2 C1 M2 F4 C3 M3 F2 C1 C2 C3 C4 M2 M3 M4

5325752 4575598 68003 185555 496596 3047332 1528266 137958 612196 4731556 3885872 302252 391857 146988 891940 2993932 344235 501449 538235 516633 21602 396640 119993 21602 1589983 1347313 128291 17574 96805 834463 512850 128291 114379 59459 59459 59459 46010 46010 46010 240499 52259 25385 18429 144426 70810 25263 144426

9,08 7,80 0,11 0,32 0,85 5,19 2,61 0,24 1,04 8,06 6,62 0,52 0,67 0,25 1,52 5,10 0,58 0,86 0,92 0,88 0,04 0,68 0,20 0,04 2,71 2,30 0,22 0,03 0,16 1,42 0,87 0,22 0,20 0,10 0,10 0,10 0,08 0,08 0,08 0,41 0,09 0,04 0,03 0,25 0,12 0,04 0,25

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Mapeamento de Solos e Aptido Agrcola das Terras do Estado de Minas Gerais

TB

PA

F2 C4 M4 F4 C1 M1

3295 3295 3295 32708 32708 32708

0,01 0,01 0,01 0,06 0,06 0,06

TBe

PAa

PVa F1 F2 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 161269 1521183 4417509 132407 1322925 1788174 2856455 132407 1322925 1808174 2836455 0,28 2,59 7,53 0,23 2,25 3,05 4,87 0,23 2,25 3,08 4,84

PV

PVd

PVe

PEa

PE

F1 F2 F3 C1 C2 C3

154630 4865207 619905 278879 529262 1844149

0,26 8,29 1,06 0,47 0,90 3,15

PEd

F2 C4 M4 F4 C1 M1 F3 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F3 C2 C3 C4 M2 M3 M4 F1 F2 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 F3 C2 C3 C4 M2 M3 M4 F3 C1 C4 M1 M4

3295 3295 3295 32708 32708 32708 1464882 20259 413017 359676 671930 20259 413017 359676 671930 2952627 536259 854929 1561439 536259 854929 1561439 161269 1521183 112148 373649 573569 623086 112148 373649 573569 623086 298126 28558 128194 141374 28558 128194 141374 321779 77400 244379 77400 244379

0,01 0,01 0,01 0,06 0,06 0,06 2,50 0,04 0,70 0,61 1,15 0,04 0,70 0,61 1,15 5,03 0,91 1,43 2,66 0,91 1,46 2,66 0,28 2,59 0,19 0,64 0,98 1,06 0,19 0,64 0,98 1,06 0,51 0,05 0,22 0,24 0,05 0,22 0,24 0,55 0,13 0,42 0,13 0,42

Mapeamento de Solos e Aptido Agrcola das Terras do Estado de Minas Gerais

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PE

C4 M1 M2 M3 M4

2987452 248124 202065 2202101 2987452

5,09 0,42 0,35 3,75 5,09

PEe

F1 F2 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4

154630 4865207 201479 500704 1715955 2601699 170724 173507 2073907 2601699

0,26 8,29 0,34 0,85 2,93 4,43 0,29 0,30 3,53 4,43

BV

V

PLS

F1 C4 M4 F1 C2 M3 F3 C2 M2 F4 F2 C2 M2

5980 5980 5980 3295 3295 3295 3539 3539 3539 38932 4027 42959 42959

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,07 0,01 0,07 0,07 HCa F4 C2 M2 F2 C2 M2 F3 C2 C3 C4 M2 M3 M4 F3 F4 C2 C3 C4 M2 M3 M4 F1 F2 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 38932 38932 38932 4027 4027 4027 8409035 1799069 3599010 3010956 1037168 3375636 3996231 1153039 15011 4394 455343 708313 4394 166638 997018 620090 267263 13698 278849 421603 173203 7382 227201 230523 422247 0,06 0,06 0,06 0,01 0,01 0,01 14,33 3,07 6,13 5,13 1,77 5,75 6,81 1,97 0,02 0,01 0,78 1,21 0,01 0,28 1,70 1,06 0,45 0,02 0,47 0,72 0,30 0,01 0,39 0,39 0,72

HC

HCe

Ca

C

F1 F2 F3 F4 C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4

620090 1,06 267263 0,45 9562074 16,30 15011 0,02 13698 0,02 2082312 3,55 4475956 7,63 3892472 6,63 7382 0,01 1268763 2,16 3772797 6,43 5415496 9,23

Cd

Ce

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HGa HG F3 C1 M3 22881 22881 22881 0,04 0,04 0,04

HGe

HGPa HGP F1 F3 C1 C2 M2 M3 F3 C1 M1 F3 F4 C2 M2 42715 253971 253971 42715 253971 42715 19650 19650 19650 50417 1910663 1961080 1961080 0,07 0,43 0,43 0,07 0,43 0,07 0,03 0,03 0,03 0,09 3,26 3,34 3,34

HGPd

HGPe

PT

PTa

AQa

AQ

AQd

HAQ

P

F4 C1 M2 F3 C2 M2

59215 59215 59215 28314 28314 28314

0,10 0,10 0,10 0,05 0,05 0,05

HAQa

Pa

Aa F1 F2 F3 C1 C2 M2 786995 33744 30511 656266 194984 851250 1,34 0,06 0,05 1,12 0,33 1,45

Ad

A

Ae

F3 C1 M3 F3 C2 M3 F3 C1 M2 F3 C1 M2 F1 C2 M3 F3 C1 M1 F4 C2 M2 F3 F4 C2 M2 F4 C1 M2 F3 C2 M2 F3 C1 M2 F3 C1 M2 F1 F2 C1 C2 M2

12693 12693 12693 10188 10188 10188 176271 176271 176271 77700 77700 77700 42715 42715 42715 19650 19650 19650 857716 857716 857716 50417 1052947 1103364 1103364 59215 59215 59215 28314 28314 28314 23066 23066 23066 7445 7445 7445 786995 33744 625755 194984 820739

0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,30 0,30 0,30 0,13 0,13 0,13 0,07 0,07 0,07 0,03 0,03 0,03 1,46 1,46 1,46 0,09 1,80 1,88 1,88 0,10 0,10 0,10 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04 0,01 0,01 0,01 1,34 0,06 1,07 0,33 1,40

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Ra F1 F2 F3 C2 C3 C4 M3 M4 6 57240 156216 2121817 12206 283192 2039875 33806 2301467 2238452 0,10 0,26 3,62 0,02 0,48 3,48 0,06 3,92 3,82

R

Rd

Re

SPa SP F3 C2 M3 43207 43207 43207 0,07 0,07 0,07

SPd

F3 C2 C3 C4 M3 M4 6 F3 C3 C4 M4 6 F1 F2 C3 C4 M4 6 F3 C2 M3 F3 C2 M3

1991423 12206 222637 1756580 33806 1957617 2101358 130394 4272 126122 130394 122466 57240 156216 56283 157173 213456 14628 13913 13913 13913 29294 29294 29294

3,40 0,02 0,38 2,99 0,06 3,34 3,58 0,22 0,01 0,21 0,22 0,21 0,10 0,26 0,09 0,27 0,36 0,03 0,02 0,02 0,02 0,05 0,05 0,05

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A seguir so apresentadas a distribuio percentual dos nveis de exigncia das terras para a aplicao de fertilizantes e corretivos (Figura 13....http:// mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/nveis_insumos_mg.htm), prticas conservacionistas (Figura 14..... http://mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/ nveis_conservacionistas_mg.htm), bem como dos nveis de impedimentos mehttp://mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/ canizao (Figura 15.... nveis_mecanizacao_mg.htm), esto apresentados de forma quantitativa para todos os solos distintamente (Tabela 14), somente para os Latossolos (Tabela 15), somente para os Podzlicos (Tabela 16) e para todos os solos do Estado indistintamente (Tabela 17). Pela anlise da Tabela 17, verifica-se que a maioria das terras mineiras, por larga margem, enquadra-se na classe F3 (75,2%), ou seja, possuem pequena disponibilidade de nutrientes associada normalmente a nveis altos de toxidez de alumnio, necessitando portanto de doses elevadas de corretivos e fertilizantes para proporcionarem retorno explorao agrcola. O nvel F1 representativo das terras mais frteis o de menor expresso (3,1%). Quanto s necessidades de prticas conservacionistas, observa-se que a proporo das classes sofre grande influncia tanto do predomnio dos Latossolos (menor susceptibilidade eroso devido em grande parte rpida drenagem interna) como da distribuio do relevo, ou seja, predominam as classes C1 (baixa susceptibilidade eroso) e C4 (elevada susceptibilidade eroso) com valores correspondentes a 33,0% e 29,1% respectivamente. Finalmente, os nveis de impedimentos das terras quanto a mecanizao tambm sofrem marcada influncia da distribuio do relevo. Neste caso, as classes mais representativas so a M4 (alto nvel de impedimentos) e M2 (mdio nvel de impedimentos) com valores respectivos de 36,9% e 21,3%.

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Tabela 15 - Extenso (ha) e percentual dos nveis de exigncia das terras para a aplicao de fertilizantes e corretivos (F), prticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanizao (M) para os Latossolos.F2 F3 F4 C1 LATOSSOLOS C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 6 867190 26922783 46010 17849917 1197641 3629529 5158896 11317482 6413159 2144598 7960744 18551 1,48 45,89 0,08 30,43 2,04 6,19 8,79 19,29 10,93 3,66 13,57 0,03

Tabela 16. Extenso (ha) e percentual dos nveis de exigncia das terras para a aplicao de fertilizantes e corretivos (F), prticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanizao (M) para os Podzlicos.F1 F2 F3 F4 C1 PODZLICOS C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 315899 6386390 5037414 32708 443994 1852187 3632323 5843907 413239 1524990 4010275 5823907 0,54 10,89 8,59 0,05 0,76 3,16 6,19 9,96 0,70 2,60 6,84 9,93

Tabela 17. Extenso (ha) e percentual dos nveis de exigncia das terras do Estado de Minas Gerais para a aplicao de fertilizantes e corretivos (F), prticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanizao (M).F1 F2 F3 F4 C1 C2 MINAS GERAIS C3 C4 M1 M2 M3 M4 6 1832214 7958624 44096578 2102539 19371851 7489824 12039429 17088851 11757753 12478050 10098837 21655315 2672475 3,12 13,57 75,17 3,58 33,02 12,77 20,52 29,13 20,04 21,27 17,22 36,91 4,56

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A figura 16 possibilita uma pronta comparao da fertilidade dos principais solos do Estado, baseada na Tabela 12.

18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 LV LE LR PV PE C AQ A RFig. 16. Distribuio percentual total dos nveis de fertilidade dos principais solos do Estado de Minas Gerais.

lico distrfico eutrfico

A distribuio dos grupos de aptido agrcola das terras apresentada na Figura 17, elaborada a partir da Tabela 13, ressalta que aproximadamente 46% das terras so classificadas como grupo 2.

50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

1 2 3 4 5 6

Fig. 17 . Distribuio percentual dos grupos de aptido agrcola das terras do Estado de Minas Gerais

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A Figura 18, fornece um comparativo entre os nveis de manejo que podem ser praticados. Nesta Figura, o nvel de manejo A (primitivo) tem como maior classe de aptido a Restrita (30,0%) seguida da classe Regular (11,9%) e por ltimo a classe Boa (0,6%), devido principalmente baixa fertilidade natural dos solos e a inviabilidade de sua correo neste nvel de manejo. Para o nvel de manejo B (intermedirio), a maior classe a Regular (33,3%) seguida da classe Restrita (28,7%) e por ltimo a classe de aptido Boa (0,2%) em consequncia tanto das limitaes de fertilidade quanto do alto grau de impedimentos ao uso de implementos agrcolas em condies satisfatrias. Verifica-se ainda que para o nvel de manejo C (desenvolvido), a maior classe a Regular (36,2%) seguida da classe Restrita (16,8%) complementada com pequena expresso pela classe Boa (1,5%), relacionada essencialmente com as dificuldades de mecanizao intensiva de grande parte das terras do Estado. Nveis de exigncia de fertilizantes e corretivos, prticas conservacionistas e de impedimentos mecanizao das terras, podem ser melhor comparados para todos os solos do Estado, na Figura 19.

40 35 30 25 20 15 10 5 0 A B CFig. 18 . Percentagem dos nveis de manejo das terras do Estado de Minas Gerais.

boa regular restrita

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80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 2 3 4Fig.19. Percentual dos nveis de exigncia das terras do Estado de Minas Gerais para a aplicao de fertilizantes e corretivos (F), prticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanizao (M).

F C M

ConclusesOs principais solos ocorrentes no Estado de Minas Gerais so Latossolo VermelhoAmarelo (25%), Latossolo Vermelho-Escuro (18%), Cambissolo (18%), Podzlico Vermelho-Amarelo (10%) e Podzlico Vermelho-Escuro (10%). Os solos deste Estado possuem, marcantemente, argila de atividade baixa (97%), so predominantemente licos (54%), tm o A moderado como horizonte superficial dominante (86%), relevos dominantes o plano (27%) e forte ondulado (25%), textura predominantemente argilosa (43%) e como principais formaes vegetais primrias o campo cerrado (23 %) e a floresta tropical subpereniflia (17%). O principal grupo de aptido agrcola o grupo 2 (46%) e os principais subgrupos so 2(a)bc (19%) e 2(b)c (12%). Apresentam ainda expresso as classificaes 4(p) (10%) e 5(s) (8%). O amplo domnio da classe F3 (75%) nas terras do Estado confirma a grande

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necessidade que h de aplicao de fertilizantes e corretivos. Sob influncia principalmente dos dois tipos de relevo dominantes, as principais classes de susceptibilidade das terras eroso so a C1 (33%) e C4 (29%), enquanto as principais classes que indicam o nvel de impedimento mecanizao so M4 (37%) e M2 (21%). O cruzamento das informaes climatolgicas com o mapa de solos e de necessidade de fertilizantes e corretivos permitiu concluir que os solos considerados mais intemperizados, e que, de modo geral apresentam maior acidez e demanda por fertilizantes e corretivos, esto localizados nas regies consideradas com fator de intemperizao (temperatura e precipitao elevadas) mais intenso.

AgradecimentosCsar da Silva Chagas, Cludio Edson Chaffin, Danielle Oliveira de Andrade, Ilma Maria Couto Ramos, Jos Silva de Souza, Maria da Penha Delaia, Marx Leandro N. Silva (DCS-UFLA), Nilton Curi (DCS-UFLA), Silvia Cristina Vettorazzo.

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