apresentação. rem koolhas
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TRABALHO REALIZADO PARA A DISCIPLINA DE ARQUITETURA CONTEPORÂNEA - RELATAR UMA OBRA DE INFLUENCIA NA ARQ. CONTEP.TRANSCRIPT
Arquitetura e urbanismo.Estruturas Especiais - N’Diougo Diene.
Carla Raíssa G. Santos.
A casa da música - Ram Koolhaas.Porto – Portugual.
Quando foi anunciado que o OMA, escritório de arquitetura liderado pelo holandês, Ram Koolhaas seria autor de uma casa pública de espetáculos no centro histórico da cidade portuguesa do Porto, a simples
expectativa sobre o que viria ser construído criou um alvoroço. Afinal o que o mundo e a comunidade local
deveriam esperar de um dos arquitetos mais inovadores e provocativos dos últimos tempos? Depois de seis anos de obra e 100 milhões de euros consumidos, o resultado
surpreendeu a todos.
Inaugurada a 14/04/2005, implantada numa praça, a Casa da Música surge como uma caixa de concreto branco aparente em forma de cristal. Em um artigo para o
jornal norte-americano The New York Times, o crítico de arquitetura Nicolai Ouroussoff elogia a construção e afirma que a casa é "o mais atraente projeto já criado
por Koolhaas“.
Casa da Música.
Para muitos, o arquiteto conseguiu transpor para a obra a sobriedade arquitetônica do porto. No memorial descritivo da casa da música, koolhaas e van loon
explicam porque criaram um edifício solitário em meio à paisagem urbana: segundo a dupla, a casa não foi feita para ser "mais um muro curvo em pequena escala ao redor da rotunda", como são, para eles, os demais edifícios. "Após essa intervenção, a rotunda da boa vista passou a ser um modelo positivo do encontro entre o antigo e o novo na cidade do porto, reunindo, em um só gesto,
simbolismo, visibilidade e acesso", afirmam. Sua concepção teve como base um projeto residencial elaborado pelo ateliê holandês e não executado.
Para realizar o projeto, koolhaas venceu um concurso restrito do qual participaram grandes nomes da
arquitetura mundial, como dominique perrault, norman foster, peter zumthor, rafael moneo e toyo ito.
Casa da Música – Imagens:Flickr. Situado em um plano urbano bastante heterogêneo, o edifício aparece isolado em um quarteirão todo revestido com mármore travertino. Esse enorme tapete acompanhado de ondulações (acessos ao estacionamento subterrâneo) prepara a aproximação do prédio, que, por sua vez, convida a entrar por meio de suas escadarias, um dos elementos emblemáticos do projeto.
A Casa da Música foi construída junto a um dos principais eixos de tráfego do centro da cidade, a Rotunda da Boavista. O lugar onde está actualmente o edifício era usado
para recolha e reparação dos carros
eléctricos que circulavam pela cidade do Porto. Ela surge como edifício-ícone que tem o objetivo de requalificar um trecho específico da cidade.
Estruturas.Em termos de estruturas, para além de haver que garantir a estabilidade global do Edifício, merecem destaque as seguintes preocupações fundamentais:- Encontrar um conjunto de elementos estruturais, integrados na arquitectura, que assegurassem a transmissão das cargas à fundação. A complexidade geométrica do edifício, em particular na zona norte, não tornava esta tarefa fácil, obrigando à consideração de um complicado sistema de transferência de cargas, através do aproveitamento estrutural de grande parte das paredes;- Conseguir um elevado rigor de pormenorização que permitisse definir a geometria do edifício e dos seus elementos estruturais, caracterizando com rigor as aberturas e courettes destinadas às instalações. Tratando-se de um edifício em betão branco aparente, muitas das infra-estruturas encontram-se embebidas no próprio betão, obrigando a que o rigor da pormenorização se aplicasse igualmente a estas instalações;- O estabelecimento de um faseamento construtivo e um sistema de escoramento compatível com os prazos da obra e as preferências do construtor;
- O controlo da fissuração superficial, dada a sua importância na durabilidade de um edifício em betão branco aparente;- A garantia de qualidade da execução da obra, através da realização de protótipos que permitissem testar materiais e metodologias de trabalho e do estudo de processos e materiais alternativos, em conjunto com o empreiteiro.
Casa da Música
A forma de poliedro do prédio em nada facilitou a concepção de sua estrutura. Muitas idéias surgiram e viriam a ser testadas pela primeira vez. Depois de numerosos ensaios, em computador e com protótipos, chegou-se à impressionante estrutura de concreto autoportante. Para sua realização foram necessárias inspeções minuciosíssimas em obra, que seguiu passo a passo uma seqüência de 85 fases.
A Casa da Música possui dois auditórios principais, mas muitas outras áreas do edifício podem facilmente ser adaptadas para concertos e outras actividades musicais (oficinas, actividades educacionais, etc.). O auditório grande tem uma capacidade inicial de 1.238 lugares, mas
pode variar de acordo com a ocasião.O auditório pequeno é muito flexível, e não tem um número fixo de lugares . Em média o auditório tem a capacidade para 300 lugares sentados e 650 lugares de pé, embora estes possam mudar drasticamente dependendo do tamanho do palco, da sua localização, da disposição das cadeiras, da presença e do tamanho do equipamento
de som e de gravação, etc.
Funcionalidade.
Funcionalidade.No interior, logo se nota a contraposição de materiais. As
circulações internas mantêm sempre o perfil neutro, com vidros e chapas de alumínio presentes em todo o espaço. Já nas salas especiais há uma
explosão de cores e texturas. Os
revestimentos aparecem como se fossem papéis de parede que anunciam
cada programa. Encontram-se nesses ambientes desde
réplicas de painéis de azulejos portugueses
até esponjas, borrachas,
acolchoados, mosaicos e folhas de ouro.
A Sala Suggia é o coração da Casa da
Música, tem o formato de caixa de sapato. O acabamento das
paredes é feito em painéis de madeira e o detalhe da folha de ouro
parece ter surgido através de um alargamento da escala dos veios
do próprio material. A sala de concertos deixa penetrar a luz do dia através de
vãos que chegam a alcançar cinco
metros de altura, vedados por vidros
ondulados.
Funcionalidade.
Funcionalidade.A Sala 2 é a segunda maior sala da Casa da
Música e é caracterizada pela
polivalência. O piso é plano, sem cadeiras fixas. Possui uma acústica natural
optimizada e infra-estruturas de luz e som pensadas para
servir a convertibilidade do espaço. O vermelho preponderante nas
salas é inspirado nos teatros barrocos
italianos.
- As sinuosidades fazem do material um elemento acústico. Além de proporcionar vista para exterior, esses vidros criam ligações entre o auditório principal e as salas vip, de cibermúsica e reservada para crianças. De certa forma, pode-se dizer que a casa da música é toda composta por essas ligações visuais entre os espaços. Mesmo as salas de ensaios, implantadas no mesmo piso da bilheteria, podem ser vistas através de uma chapa perfurada. O terraço oferece belíssima visão da praça e o vértice do edifício condiciona nosso olhar ao monumento central.
Imagens.Cybermúsica - é uma sala com condições sonoras privilegiadas. Está vocacionada para a apresentação pública de projectos musicais e para o desenvolvimento de pesquisa e experimentação no âmbito das tecnologias da informação.
Camarim.
A Casa da Música é um edificio de
extrema importância para a arquitetura
contemporânea. Não só pela estrutura e
tecnologia empregadas, mas
também pela abordagem de
materiais e manipulação dos
espaços. De fato, o prédio é um exemplo
da atitude contemporânea
frente à arquitetura.
Croquis.
Perspectivas.
Perspectivas.
Fonte: http://www.casadamusica.com
http://www.saplei.eesc.usp.br/alunos_2007
IMAGENS. http://www.flickr.com
Fim.
Rem Koolhaas.
"Há alguns edifícios que oferecem uma continuidade, mas este tem esta espécie de elementos autónomos e abruptos, que se ligam através de um espaço fluido. Assim, vejo-o como uma espécie de ensaio acerca de autonomia e fluidez, separação e ligação. Para mim, é importante que os elementos fixos estejam rodeados por uma experiência muito mais fluida.“