apresentação monografia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA E CLÍNICA
Perspectivas do uso da própolis no tratamento da mastite bovina
Aluno: Geovani M. G. Silva.
Orientador: Profº Dr. Deocles Teixeira da silva
SALVADOR
Dezembro/2009
1. DEFINIÇÃO: (COSTA, 1998)
“mastos” + “ite”;
É o processo inflamatório da glândula mamária;
Origem: traumática, tóxica, metabólica ou infecciosa;
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:
Ocorrência;
Saúde pública: zoonoses (MOREIRA et al.2008).
17% a 20% da população mundial de vacas leiteiras, em um dado momento tem mastite (COSTA, 1998).
Perda de 10% a 15% da produção leiteira em vários países.
Perdas anuais em torno de 35bi de dólares (PINTO et al, 2001).
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:
National Mastiti Council U.S. :
Redução da produção: mastite subclínica - 82%
(COSTA, 1998) mastite clínica - 18%
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: (DUQUE et al, 2005)
Alterações na produção: quantidade;
qualidade;
Alteração no tecido secretor, obstrução dos ductos;
Lactose, caseína, gordura, cálcio e fósforo (CUNHA et al,2008).
Imunoglobulinas, cloretos, lipases; “RANÇO” (COSTA, 1998).
3. AGENTES ETIOLÓGICOS: (RADOSTITS et al, 2002)
Contagiosos: Ordenha “vaca dependentes”Ambientais: transmitidos entre ordenhas (ALMEIDA, 2004).
Contagiosa:Streptococcus agalactiae
Streptococcus dysgalactiae
Staphylococcus aureus
Staphylococcus sp.
Corynebacterium bovis
Ambiental:Streptococcus uberis
Enterobacteriaceae
Actinomyces pyogenes
Pseudomonas sp.
Fungos, leveduras e algas aclorofiladas
3. AGENTES ETIOLÓGICOS:
Principais patógenos envolvidos por espécie:
Animal Vaca Ovelha Cabra Égua Porca
Contagiosa S. aureus,
S.agalactiae
S. uberis
S. aureus,
S.agalactiaeS. uberis
S. aureus,S. agalactiae,S. uberis
Stretococcus equiCorynebacterium pseudotuberculosis
Coagulase +S. agalactiae,S. uberis
Ambiental E. coli E. coli E. coli E. Coli, Klebsiell
a sp
5. PATOGENIA
Penetração: patógenos do meio externo
glândula mamária
Infecção: multiplicação dos mo.
tecido mamário
5. PATOGENIA:(SOL et al, 1997).
FONTE: NAPGAMA/EOC
5. PATOGENIA:
Fatores que afetam o estabelecimento da infecção por
determinado patógeno:
Microrganismo;
Hospedeiro;
Meio ambiente.
5. PATOGENIA:
Fatores ligados ao microorganismo:
Habilidade de aderir ao epitélio;
Multiplicação no leite: lactose como fonte de carbono (SILVEIRA et al.;2002).
Presença de cápsula.
(CARNEIRO et al, 2009).
5. PATOGENIA:
Fatores ligados ao hospedeiro:
Mecanismos de defesa: características do úbere: tamanho, tonicidade, tamanho e forma dos tetos;
integridade e perfeita oclusão do canal do teto; bact. + => complexo bact+queratina sanidade;
estado nutricional;
(ZAFALON et al, 2007).
5. PATOGENIA:
Fatores ligados ao ambiente:
Condições ambientais;
Resíduos orgânicos;
Dejetos e umidades.
(FERNADES ET AL, 2009; SMITH, 1994)
6. SINAIS CLÍNICOS:MASTITE :
Clínica : manifestação evidente, alterações físicas do leite, diagnóstico por inspeção visual.
Subclínica: não perceptível por inspeção visual, aumento da CCS, diagnóstico através do CMT.(FERNANDES et al, 2009; RIBEIRO et al, 2009).
6. SINAIS CLÍNICOS: (BIRGEL, 2001)
MASTITE
CLÍNICA SUBCLÍNICA
hiperaguda
aguda
subaguda
crônica
6. SINAIS CLÍNICOS:
Mastite Clínica:
Hiperaguda: febre, depressão, anorexia.
Aguda: edema, calor, rubor, dor, alterações do leite.
• Subagudo: fibrosamento, alterações do leite.
• Crônico: fibrosamento, sem alterações do leite, sem sinais de inflamação.
6. SINAIS CLÍNICOS:
7. DIAGNÓSTICO: MASTITES CLÍNICAS:
-Prova da caneca de fundo preto
-Exame bacteriológico e o antibiograma (escolha do melhor tratamento)
7. DIAGNÓSTICO:
MASTITES SUBCLÍNICAS
-Contagem de células somáticas (500.000 células/ml)
Material pra CCS Raquete e regente para CMT
Nº de céls epiteliais e leucócitos Método químico
7. DIAGNÓSTICO:
CMT X CCS
CMT
( + )
0
CCS - cél./mL Perdas na produção de
leite
1 (FRACO) 140.000 – 165.000 5%
2 (POSITIVA) 195.000 – 340.000 8%
3 (FORTEMENTE POSITIVA) 380.000 – 1.200.000 9 a 18%
1.280.000 – 2.180.000 19 a 25%
8. TRATAMENTO: - Antibioticoterapia ( PINTO et al.;2001).
- baixa cura mastites clínicas por S. aureus (RADOSTITS et al.; 1994).
FONTE: COSTA, 1998.
8. TRATAMENTO: Avaliação da sensibilidade antimicrobiana frente a oito antibióticos
FONTE: SILVA et al.; 2008.
8. TRATAMENTO: RESISTÊNCIA BACTERIANA: - Staphylococcus coagulase-negativa (MACHADO et al,; 2008)
- Penicilina 93,5%
- Sulfonamida 88,9%
- Novobiocina 88,6%
- Ampicilina 85,3%
- Pseudomonas ( FERNADES et al.; 2009)
# multiresistência
- Ampicilina; cefalexina; gentamicina; tetraciclina, penicilina/novobiocina e cloxacilina.
9. PRÓPOLIS:
CONCEITO:
- Produto elaborado a partir da coleta de resinas de plantas e cera (SILVA et al.;2008).
9.1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA:
# Uma das melhores do mundo.
- estima-se mais de 300 componentes ( origem animal e vegetal);
- Rica em flavonóides e ésteres do ácido caféico ( PAULINO, 2005).
- ANTIMICROBIANA, AINTIINFLAMATÓRIA, ANTIFÚNGICAS, ANTIPROTOZOÁRIAS, ANTIVIRAIS, ANTITUMORAIS (MARCUCCI, 1996).
9.2. EFEITO “IN VITRU”. Eficácia da formulação com própolis na eliminação dos microorganismos
presentes nos quartos mamários de vacas com mastite clínica.
FONTE: (MEDEIROS, 2001).
9.3. PRÓPOLIS x ANTIBIÓTICOS SINTÉTICOS
FONTE: LOGUERCIO et al,; 2006.
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- O uso indiscriminado e prolongado de antimicrobianos
químicos sintéticos, tem levado à seleção de microrganismos
patogênicos mutantes resistentes a esses compostos, tornando o uso de antimicrobianos de origem natural uma alternativa eficaz e econômica.(VARGAS et al.,2004).
- Porém, mais pesquisas devem ser feitas no sentido de testar efetivamente os efeitos benéficos da própolis nos tratamentos intramamários da mastite bovina, proporcionado um maior bem estar animal, minimizando o resíduos de antibióticos presentes no leite.