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II CVPSE

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II CONGRESSO VIRTUAL DE PSICOLOGIA, SADE E EDUCAO

Inessa Trocilo Rodrigues Azevedo mestranda em cognio e Linguagem UENF Dr Maria Cristina dos Santos Peixoto doutora em Educao e professora do curso de Mestrado da UENF Thiago Azevedo da Silva mestrando em Cognio e Linguagem UENF

TTULOA msica e sua influncia na autoestima, no autoconhecimento e afetividade do adolescente infrator que cumpre medida socioeducativa de liberdade assistida no municpio de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro.

INTRODUO H mais de cinco anos o municpio de Itaperuna/RJ possui um programa de atendimento para adolescentes infratores que cumprem medida socioeducativa (MSE) de liberdade assistida (LA), em decorrncia de procedimento de apurao de ato infracional com sentena judicial. Mais de 50 (cinquenta) adolescentes j passaram por esse programa. Uns j cumpriram a medida socioeducativa; outros completaram a maioridade; alguns foram assassinados; outros nunca se afastaram do crime; outros tiveram a aplicao de uma medida mais rigorosa; e nesse ciclo; mais adolescentes iniciam o cumprimento da LA por causa do envolvimento com violncia, drogas, furtos, roubos, entre outros delitos.

INTRODUO O Estatuto da Criana e do Adolescente (Lei Federal n 8.069/90) estabelece as regras da MSE de LA, e entre elas est o carter pedaggico e socioeducativo da medida, com o fim de promover a reeducao e a ressocializao do adolescente infrator.

Introduo Diante do carter pedaggico da medida socioeducativa, pretendemos verificar se a msica como um instrumento educativo da arte poder influenciar o adolescente infrator, no que diz respeito ao desenvolvimento das categorias: autoestima, autoconhecimento e afetividade. Para tanto, dialogaremos, com autores que iro sustentar esta trajetria investigativa, dentre os quais se destacam Vygotsky e Wallon. Acreditamos que este percurso favorecer a formao de jovens que sustentem suas aes de forma mais consciente e responsvel, enquanto seres sociais e histricos.

PROBLEMA De que forma a arte atravs da msica, aplicada ao adolescente infrator que cumpre medida socioeducativa de liberdade assistida, pode influenci-lo em seu processo cognitivo e de ressocializao?

MARCO TERICO No tocante identificao de quem o adolescente, Elias (2010) fundamentado no Estatuto da Criana e do Adolescente, Lei Federal n 8.069/90, explica que toda pessoa com idade entre 12 a 18 anos; sendo adolescente infrator aquele que por sua conduta comete crime ou contraveno penal. Para estas pessoas seriam aplicadas as medidas socioeducativas, que visam modificar o comportamento do adolescente. O referido autor continua e considera que das medidas mais rigorosas, a liberdade assistida , sem dvidas, a melhor, pois pode ser aplicada mantendo o adolescente na prpria famlia, sendo fixada pelo prazo mnimo de 06 (seis) meses, em que o adolescente ser acompanhado, auxiliado e orientado por um orientador e equipe tcnica.

MARCO TERICO Andrs (2005) diz que a arte atua diretamente sobre as emoes e a sensibilidade do ser humano, no exigindo pr-requisitos de conhecimentos acadmicos. A arte no limiar do sculo XXI o grande instrumento de preveno e combate violncia.

MARCO TERICO Na opinio de Andrade (2000) a arte tem uma funo extremamente importante e essencial para o desenvolvimento humano, podendo fazer a integrao de elementos conflitantes: impulso-controle, amor-acolhimento, versus dioagressividade, sentimento-pensamento, fantasia-realidade, conscienteinconsciente, verbal, pr-verbal e no verbal.

MARCO TERICO Sobre o papel da arte na vida humana e nas sociedades, Montanari (1993) afirma que independente dos motivos de natureza sociolgica, preciso levar em conta que a arte muito tem servido ao ser humano para expressar seus sentimentos. Especialmente a msica exerce um papel importante nessa conceituao, pois mais a popular das artes.

MARCO TERICO Ferreira (2010) afirma que o homem sempre soube expressar-se musicalmente, e o fazia antes mesmo de saber ler e escrever. Em qualquer parte do mundo, em todas as pocas, a msica e o homem sempre viveram juntos. (...) A msica um excelente recurso para favorecer o desenvolvimento da criana e do adolescente ao proporcionar a acuidade auditiva e visual, assim como desenvolver a memria e a ateno e, de modo especial, despertar no aluno o senso esttico que vai transparecer em sua criatividade. Dessa maneira, a msica ajuda a ressaltar e enriquecer toda manifestao, toda expresso da alma humana.

TEORIA PEDAGGICA DE HENRI WALLON Wallon foi o primeiro a levar no s o corpo da criana mas tambm suas emoes para dentro da sala de aula. As idias de Wallon esto fundamentadas em quatro elementos bsicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligncia e a formao do eu como pessoa.

TEORIA PEDAGGICA DE HENRI WALLON Para Wallon, as emoes tem papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. por meio delas que a pessoa exterioriza seus desejos e suas vontades

REFLEXO E DISCUSSO Desenvolvimento sensvel esttico x perda do sendo moral; O sujeitamento e o pertencimento; Marginalizao x Processo de humanizao. Afetividade / impacto no outro

OBJETIVO GERAL Identificar a influncia da msica na autoestima, autoconhecimento e afetividade (desenvolvimento sensvel) no processo de ressocializao do adolescente infrator inserido no Projeto Adolescente Cidado no municpio de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro.

OBJETIVOS ESPECFICOS Refletir sobre a situao social de jovens infratores no contexto do municpio em que vivem luz de questes filosficas da atualidade; Conceituar os termos: msica; adolescente infrator; medida socioeducativa; liberdade assistida; ressocializao; autoestima; autoconhecimento e afeto; Pesquisar a respeito de teorias de formao cognitiva que sustentem as categorias eleitas: autoconhecimento, autoestima e afetividade, dentre elas, a de Vygotsky e de Wallon; Analisar as teorias referentes formao esttica de educandos, a partir de Read (2002); Vygotsky (2003); Peixoto (2008), entre outros; Refletir sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos quinze adolescentes infratores participantes da pesquisa, a partir do material coletado nas vivncias estticas com a msica; Concluir sobre as influncias da msica no grupo dos adolescentes investigado

METODOLOGIA Utilizaremos uma metodologia qualitativa, atravs: de um levantamento bibliogrfico sobre a situao do jovem infrator, alm de questes tericas referentes msica, s categorias selecionadas e legislao vigente sobre msica. Para tanto, realizaremos um trabalho de campo com um grupo de quinze adolescentes infratores que cumprem medida socioeducativa de liberdade assistida no municpio de Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro.

METODOLOGIA A pesquisa se desenvolver durante seis meses, no ano de 2012, quando os jovens participaro de atividades musicais, sob a orientao de um professor de msica e com a nossa atuao como pesquisadora. Inicialmente realizaremos um diagnstico, com o objetivo de verificar a relao dos jovens com a msica enquanto instrumento pedaggico.

METODOLOGIA A partir dos encontros atravs das vivncias estticas com o uso da msica, faremos uma coleta de dados utilizando observaes, aplicao de questionrios e entrevistas semi-estruturadas com os jovens participantes da pesquisa. Na tentativa de concluso, confrontaremos o suporte terico que sustentaram a pesquisa com os dados coletados.

Para pensar,... quando falo em arte, quero dizer um processo educacional, um processo de crescimento; e, quando falo em educao, quero designar um processo artstico, um processo de autocriao. Como educadores, olhamos o processo do lado de fora; como artistas, o vemos por dentro; e ambos os processos integrados constituem o ser humano completo. (Read, 1986, p.12)

REFERNCIAS ANDRADE, Liomar Quinto de. Terapias expressivas. So Paulo, Vetor, 2000; ANDRS, Maria Helena. Arte e violncia [disponvel em www.comartevirtual.com.br/reflex05.htm - acesso em 04/02/2012] DANTONIO, Daniel Hugo. El menor ante el delito. Buenos Aires: Astrea, 2009; ELIAS, Roberto Joo. Comentrios ao Estatuto da Criana e do Adolescente. So Paulo, Saraiva, 2010; FERRAZ, M Helosa C. de T. & FUSARI, M Felisminda de R. Arte na educao escolar. So Paulo: Cortez, 2009; FERREIRA, Aurora. Arte, escola e incluso: atividades artsticas para trabalhar com diferentes grupos. Petrpolis/RJ, Vozes, 2010; FERREIRA, Sueli. O ensino das artes: construindo caminhos. So Paulo, Papirus, 2003;

REFERNCIAS FIORIN, Jos Luiz. Linguagem e interdisciplinaridade. Alea v.10 n.1 Rio de Janeiro enero/jun, 2008; GALVO, Izabel. Uma reflexo sobre o pensamento pedaggico de Henri Wallon. In: Cadernos Idias, construtivismo em revista. So Paulo, F.D.E., 1993; GARDNER, Howard. Inteligncias mltiplas: a teoria na prtica. Porto Alegre: Artes Mdicas, 2000; MONTANARI, Valdir. Histria da msica. Da idade da pedra Idade do rock. So Paulo, Editora tica, 1993; PEIXOTO, Maria Cristina dos Santos. Cenrios da Educao atravs da arte. Editora Intertexto,. 2008; VYGOTSKY, Lev S. Imaginao e criao na infncia: ensaio psicolgico: livro para professores. So Paulo: tica, 2009; http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-wallon-307886.shtml#