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Teologia Sistemática Patriarcado de Lisboa| Instituto Diocesano de Formação Cristã Escola de Leigos | 1º Semestre 2014/2015 Fernando Catarino Docente: Juan Ambrosio

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Teologia Sistemática

Patriarcado de Lisboa| Instituto Diocesano de Formação Cristã Escola de Leigos | 1º Semestre 2014/2015

Fernando Catarino

Docente: Juan Ambrosio

PATRIARCADO DE LISBOA

ESCOLA DE LEIGOS

Tema da sessão

Teologia dos Sacramentos. Fundamentos

Os termos «Mysterion» e «sacramentum»

• No AT, no NT, em Paulo, nos Padres

A noção de Sacramento

• Sto. Agostinho, Sto. Tomás, Concílio de Trento

• A noção clássica

• O. Casel, E. Schillebeeckx, K. Rahner, Concílio Vaticano II

• A noção contemporânea

Dimensões fundamentais dos sacramentos

TRIÉNIO

Nossa Senhora do Amparo

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TRIÉNIO

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2014 | 2015

A reflexão sobre os sacramentos

• A vida vai à frente da reflexão. É da vida que brota a reflexão.

• Assim é também a nível cristão: a vivência cristã antecede a sua compreensão

teológica.

• Os cristãos celebraram primeiramente os Sacramentos e, pouco a pouco,

foram elaborando a reflexão teológica sobre os mesmos. Primeiro foram

celebrados e só posteriormente refletidos.

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O termo «sacramento»

• O termo “sacramento” é um termo teológico, fruto da reflexão cristã.

Não é um termo bíblico.

A sua introdução na linguagem cristã aconteceu com a tradução latina da

Bíblia, na qual o termo grego “mysterion” foi traduzido quer pelo termo

“mysterium”, quer por “sacramentum”.

Depois, usando essa tradução, os teólogos norte-africanos, e em primeiro

lugar Tertuliano, divulgaram o uso do termo, que entrou na linguagem

cristã.

Isto significa que para aprofundar o significado do termo

sacramento se torna indispensável refletir sobre o sentido bíblico do

termo “mysterion”.

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O termo «mysterion»

• O termo grego mysterion deriva, provavelmente do verbo muô/muein.

Significa fechar os lábios ou a boca, calar-se, pelo que o seu significado

teria algo que ver com o segredo.

Segredo que, desde a sua origem, se situa em campo religioso,

passando posteriormente a ter uso profano, embora mantendo sempre

a sua ligação ao âmbito religioso.

O termo pode vir das religiões mistéricas.

Onde designava quer o lugar da iniciação, quer os ritos e os mitos

que lhe estavam ligados.

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O termo «mysterion» no AT

• O termo, no AT, é raro:

Aparece em obras tardias da literatura apocalíptica e nas correntes da

sabedoria.

O seu significado pode remeter-nos para um conhecimento, ou

doutrina.

Mas também pode designar segredos que não podem ser traídos, ou

planos ocultos.

No livro de Daniel encontramos um ulterior desenvolvimento:

o termo mysterion adquire o significado de segredo escatológico,

isto é, o anúncio misterioso de um acontecimento futuro estabelecido

por Deus, e cuja revelação está reservada exclusivamente para Deus.

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O termo «mysterion» no NT

• Nos Evangelhos, o termo mysterion aparece uma única vez: “a vós é dado

conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes

propõe em parábolas” (Mc 4, 11 e par.).

O Reino de Deus é o mistério escatológico revelado por Jesus.

A novidade do NT é o aspeto cristocentrico do mistério.

• O termo aparece 4 vezes no Apocalipse: 3 vezes com o significado de segredo

(Ap 1, 20; 17, 5.7) e apenas uma vez com valor teológico (Ap 10, 7), por

influência do livro de Daniel.

• É nas cartas paulinas que o termo mysterion é usado com maior frequência

(20/21 vezes).

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O termo «mysterion» nos escritos paulinos

• Em Paulo, o mysterion está sempre em estreita relação com Jesus Cristo, que é

ele próprio o “mistério de Deus” (Col 2,2)

Para Paulo o «mistério de Deus» é o desígnio salvífico de Deus, revelado

e realizado por Jesus Cristo.

A universalidade da salvação realizada por Cristo concretiza-se na

Igreja, instrumento salvífico de Deus na história.

Nos escritos paulinos, a Igreja nunca é apresentada como entidade

independente, mas sempre em íntima relação com o mistério de Cristo.

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«Mysterion» e «Sacramentum» nos Padres

• Inicialmente, os Padres da Igreja usaram o termo mistério na aceção paulina

do termo.

Mas como os mistérios pagãos tinham ainda uma importância grande no

meio ambiente em que se desenvolveram as comunidades cristãs, para

evitar o perigo de sincretismos e confusão, começou a excluir-se do discurso

cristão todos os termos que pudessem remeter para os cultos pagão.

Razão pela qual, a partir de Tertuliano, se começou a introduzir no uso

cristão o termo sacramentum.

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O termo «Sacramentum» nos Padres

• O termo sacramentum vem de sacrare.

Significa tornar qualquer coisa ou pessoa sagrada.

Assim, sacramentum era o meio pelo qual se tornava algo sagrado.

• No uso corrente, o termo tinha uma significação dupla:

A nível jurídico-militar, significava juramento de fidelidade dos soldados;

A nível financeiro, significava uma caução em dinheiro, depositado num

lugar sagrado antes de um processo jurídico.

• O âmbito religioso acaba por se aproximar destes significados.

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A noção de Sacramento – Sto. Agostinho

• Sto. Agostinho (354-430) na consideração do sacramentum, distingue:

O sinal (signum) .

O seu conteúdo (res).

O sacramentum é o sinal sensível, mais propriamente um sinal

sagrado (sacrum signum).

A res é a realidade espiritual significada por tal sinal sagrado.

O sacramento é o sinal visível de uma realidade invisível.

Parte de Agostinho a conceção de sacramento como sinal sagrado,

que a Idade Média consagrará.

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A noção de Sacramento – Escolástica

• É no século XII que será fixado o septenário sacramental.

Embora não seja o primeiro a apresentar esta lista de sete sacramentos, foi Pedro Lombardo que mais contribuiu para a divulgação do septenário.

Este septenário será, depois, assumido pela Igreja e todas as outras celebrações, antes designadas como “sacramentos”, passarão a ser chamadas “sacramentais” (funerais, bênçãos, profissão religiosa ou monástica, etc.).

• De notar ainda a criação, neste período, de uma linguagem “técnica” em teologia sacramental, com algumas noções fundamentais, tais como:

Sacramentum tantum (sinal sensível, gestos, elementos materiais e palavras)

Res et sacramentum (os efeitos objetivos permanentes do sacramento: o carácter, a presença eucarística)

Res tantum (graça causada e comunicada no sacramento).

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A noção de Sacramento – Sto. Tomás

• É no século XIII, com S. Tomás de Aquino (1221-1274), que o esforço de

sistematização atinge o seu auge.

A maior originalidade da conceção tomista de sacramento encontra-se na

explicação da sua eficácia: a causalidade.

O sinal sacramental causa o que significa.

Os sacramentos são sinais eficazes da graça porque significam,

contêm e causam a graça, a santificação.

Para S. Tomás o sacramento é causa instrumental, mediador da graça.

Deus é a causa principal; o sacramento, causa instrumental.

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A noção de Sacramento – Concílio de Trento

• O Concílio de Trento (1545-1563) pretendeu responder às posições adotadas

pelos reformadores em matéria sacramental e reafirmar a doutrina católica.

A temática que mais importava aos padres conciliares era a da eficácia

sacramental, negada pelos reformadores. O Concílio recorre a uma fórmula

cristológica antiga: ex opere operato, que pode ter uma dupla leitura:

Positivamente, afirma que a eficácia sacramental procede da obra

realizada por Cristo.

Negativamente, sublinha que a eficácia do sacramento não depende

do ser humano.

Desde que um Sacramento seja celebrado conforme a intenção da Igreja,

o poder de Cristo e do seu Espírito age nele e por ele, independentemente

da santidade pessoal do ministro” (n.º 1128).

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A noção de Sacramento – Pós Trento

• As duas questões mais importantes eram:

A instituição dos sacramentos por Cristo.

A causalidade sacramental.

O Concílio afirmara que os sacramentos foram instituídos por Cristo,

mas nada dissera sobre o modo da instituição.

Os teólogos pós-tridentinos propuseram maioritariamente que Jesus

determinara, para cada sacramento, a matéria e a forma.

Esta posição, sustentada por uma exegese de carácter polemista e

apologética, transformava ainda mais os sacramentos em coisas.

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A noção de Sacramento – Pós Trento

• Em relação à causalidade, o fenómeno foi similar.

Os teólogos assumiram a defesa de uma causalidade física.

A causalidade instrumental, defendida por S. Tomás, dava assim lugar a

uma causalidade física imediata.

Se a isto juntarmos o facto de os sacramentos serem cada vez mais

considerados como coisas, é fácil perceber que a teologia sacramental

deste período converteu-se, com algumas exceções, numa reflexão

mecanicista sobre a graça.

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A noção de Sacramento – Noção Clássica

• Sacramentum est signum sensibile efficax gratiae a Christo Domino perenniter

institutum.

• Sacramento é o sinal visível/sensível eficaz da Graça instituído para sempre

pelo Senhor Jesus para a nossa salvação.

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A noção de Sacramento – Hoje

• O Concílio Vaticano II representou um ponto de viragem na reflexão teológica

sobre os sacramentos.

Contudo, tal viragem não pode ser compreendida sem a referência a

alguns dos nomes que prepararam a reflexão conciliar sobre matéria

sacramental.

Os três nomes mais significativos foram os de O. Casel, E.

Schillebeeckx e K. Rahner.

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A noção de Sacramento – O. Casel

• O movimento litúrgico com a renovada atenção à liturgia, à celebração dos

sacramentos, contou com o contributo decisivo de Odo Casel.

A tese fundamental deste beneditino é que o mistério pascal de Cristo,

da sua morte e ressurreição, está presente no mistério do culto cristão.

O mistério de Cristo glorioso torna-se presente nos sacramentos da

Igreja.

Os sacramentos não são “coisas”, mas sim uma forma de presença

viva de Cristo.

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A noção de Sacramento – E. Schillebeeckx

• E. Schillebeeckx, com a sua tese de doutoramento publicada em 1952 e da

qual, anos depois, elaborou uma pequena obra mais acessível (1959), marcou

profundamente a reflexão teológica sobre os sacramentos.

A perspetiva era tomista, sem dúvida, mas simultaneamente atenta à

cultura contemporânea.

O título revelava logo a novidade da perspetiva: “A economia sacramental

da salvação”.

Tratava-se, pois, de situar os sacramentos na história da salvação.

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A noção de Sacramento – K Rahner

• K. Rahner é outro nome de importância inegável, a ponto de a avaliação da

situação catual da teologia dos sacramentos tomar como ponto de referência a

obra deste teólogo alemão.

Além de vários escritos breves, Rahner publicou em 1960 a sua obra

sobre a Igreja e os sacramentos, assumindo uma perspetiva nova de

abordagem dos sacramentos…

… insistindo sobre a sua dimensão eclesial.

Rahner foi um dos teólogos que acompanhou os trabalhos do Concílio

Vaticano II como perito e a sua influência nos documentos conciliares é

reconhecida.

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A noção de Sacramento – O Vaticano II

• O Concílio representou um ponto de chegada, mas igualmente um ponto de

partida para a reflexão posterior.

Nos documentos conciliares, os vários sacramentos são vistos como

formas salientes de uma sacramentalidade mais vasta, a sacramentalidade

da Igreja.

Os sacramentos são abordados em perspectiva histórico-salvífica.

O sacramento é visto como a forma concreta e histórica que o desígnio

salvífico de Deus assume na história dos homens.

• Os padres conciliares falam dos sacramentos no âmbito da liturgia cristã como

atualização e presencialização do mistério pascal de Cristo.

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A noção de Sacramento – O pós Concílio

• A reflexão conciliar despertou a reflexão católica para uma necessária

renovação da teologia dos sacramentos, já ensaiada e começada anteriormente,

destacando-se, como elementos de particular novidade:

A perspetiva escatológica: os sacramentos são obra de Cristo vivo e

glorioso.

A perspetiva trinitária: todo o sacramento é ação trinitária.

A perspetiva eclesial. Os sacramentos são ações da Igreja.

A perspetiva antropológica (simbólica e ritual).

• O dado mais característico da teologia sacramental contemporânea é a

atenção dada à “antropologia sacramental”.

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A noção de Sacramento – Contemporânea

• Só existe um sacramento, Cristo-Igreja, que se torna eficazmente presente em

sete situações existenciais concretas do crente e da comunidade.

• Essas setes situações recebem a designação de sacramentos porque em cada uma delas o Sacramento Cristo-Igreja se auto-realiza.

• Cada sacramento é o Sacramento em situação.

• A situação concreta é que especifica e determina a atuação do Sacramento.

• Em cada uma dessas situações o Sacramento acontece ao nível espiritual e ao

nível corpóreo-sensível.

• O rito deve possuir capacidade para significar e deve ser celebrado da forma mais adequada à sua função de sinal/símbolo.

• A função do rito não é a de causar o efeito sacramental, mas a de dar corporeidade sensível e visível ao acontecimento espiritual.

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Dimensões fundamentais dos sacramentos

• O sinal sacramental: o símbolo como mediação da presença divina.

Na teologia contemporânea reconhece-se que o que se entendia por signum é mais próximo e mais fielmente traduzido pelo termo símbolo.

A noção de símbolo no discurso teológico supera a tendência de

“coisificar” os sacramentos.

• A celebração sacramental.

Os sacramentos são ações simbólicas da Igreja, em que se torna presente

o mistério pascal de Cristo.

• Os sacramentos são obra da Santíssima Trindade.

• A comunidade eclesial.

Os sacramentos são sempre ações comunitárias.

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A modo de síntese

• Os sete sacramentos são o Sacramento Cristo Igreja, Sacramento-Comunhão,

atuante em sete situações existenciais diferentes.

• Em cada um dos sete sacramentos há que ter em conta:

O Sacramento uno e único que se auto-realiza;

A situação existencial concreta que o polariza e especifica;

A expressão ritual que lhe serve de corporeidade sensível.

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Orientações Bibliográficas

Carlos Cabecinhas, Teologia dos Sacramentos. Fundamentos e iniciação, Texto

para uso dos alunos da Licenciatura de Ciências Religiosas da Faculdade de

Teologia da Universidade Católica Portuguesa, ano letivo de 2011-2012.

José de Freitas Ferreira, Teologia dos sacramentos, texto para uso dos

alunos de Licenciatura em teologia, da Faculdade de Teologia da

Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Abril de 1984.

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