CPP - 2016

Autores participantes

Adriano Rios Vieira – Brasil

Amadeu Bispo de Oliveira – Brasil

Beto Brom - Israel

Cristina Mª Afonso Ives Duarte - Portugal

Diego Duarte dos Santos – Brasil

Edith Lobato – Brasil

José Carlos de Avelar – Brasil

Luiz Morais – Brasil

Maria Angélica de Oliveira – Brasil

Marsoalex – Brasil

Marta Biscoli – Brasil

Thais de Paula – Brasil

Tatiana Ortiz Barbosa- Brasil

UM DIA

Quando a vidaApertar,Suporte

Quando a vidaAliviar,

Liberte-se

O duranteOs encontrosAs despedidas

O tempo afagará

Não julgue nadaNem tente entender

Se há vida aquiHá outra acolá

(Adriano Rios Vieira)

Quando a vida vier...

Quando a vida vier...Quando a vida

No meu corpo vier...ViajaremosE voaremos

VestidosDe vulcõesViolentosVaidososVelozes

E vorazesPorque a vidaÉ movimento

É desejoÉ cançãoÉ o verbo

Nesta oração.

Amadeu Bispo de Oliveira

Dos como una

Las dos rosas, la roja y la blanca,Se conocieron por casualidad

La roja, irradiaba rayos enriquecedores de bellezaLa blanca, convertida en un capullo de algodón sublime

Se miraron, observándose todos los detallesLa perfección de ambas era magistral

Cada pétalo convergía en el doblez de su vecinaEran un todo, nada perturbaba aquella quietud

El sol siguió con su costumbre diariaEl trayecto rutinario, el ciclo acostumbrado,

La luna recobró sus bríos comenzando su laborLa roja y la blanca aún se observaban…

Beto Brom

Quando a vida só quer tempero

Quando a vida só quer temperomuita perícia e bastante domínio

na teoria com arte e zelonão cais na rotina ou fascínio.

É ela que nos tempera e lubrificacom especiarias e pouco sal

a nossa alma ela, nos purificaem azeite amacia e não nos quer mal.

Bem vivida com legitimidadeconfeitada com aroma a canelaé um convite à nossa intimidade

dá vontade de fazer amor com ela.

É tão simples degustar cada momentose tudo for cozinhado em lume brando

é só deixar ferver em pouco tempoe mexer docemente de vez em quando.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte

Diálogo

Quando a vidame perguntoueu disse: viverei

até te ver velha e morta,porém não me verásde cabelos caídos,

o passo enquadrado,a boca DitaduraDentadura dura

a ranzinzar coaxos;Sou velho desde jácom meus poemas

quadrados desencontradosdesordenados e casmurros.

Não acredito em nada,só na luz do luar,

no mar de água e arnunca fiz questão de me encontrar...

Então não me pergunteque não vivo nem existo,

Logo não morro.Não estou em risos,sequer me conheces,

onde habito o nada cheganão arrisco, sou o riscoo traço, torto, escasso

malquisto, todo destoarÉ eu cá e tu lá!

Diego Duarte dos Santos

Quando a vida...

Quando a vida, ao ser humano, desafia,é preciso ser valente e prosseguir,

ter uma meta e trabalhar o dia a diapra vitória, na jornada, conseguir.

Persistir, ter esperança no devir,não vergar na aflição que anestesia.

Quando a vida, ao ser humano desafia,é preciso ser valente e prosseguir.

Todo bem se recebe com alegria.Assim, quando a tristeza faz surgir,uma dor que causa n'alma agonia,

é preciso ir com fé e persistir,quando a vida, ao ser humano desafia.

Edith Lobato - 16/03/16

Quando a vida se vai

Quando a vida se for...Não te restará a luz,

terás o corpo sem dor,sem tua sombra no chão,

a te acompanharnas tardes quentes de verão.

Ante o rosto do anjo operoso,quando a vida se vai,

quão pode ser doloroso,antes de exalar derradeiro “ai”,pensar ainda com perspectivas.

Podes ter dúbias alternativas,se preferires ocultar a verdade,

trilhar veredas duvidosas;agarrar-te à implausível veleidade,recorrendo às palavras enganosas,

como às promessas dos messiânicos,às cabalas negras e aos ritos satânicos.

Quando a vida se vai...Surge dos abissais o ceifador- diligente nada o abstrai,

na faina imutável de transporeternamente os portaisanunciando as premissasaos que pelejam nas liças:

“ - Nunca se é velho para os sinais,tão pouco se é jovem demais.”

Luiz Morais

Quando a vida

Quando a vida tirar o que você temNão se desespere e não pare de acreditar

Siga sempre em frenteE não deixe isso te paralisar

Pois a escolha de seguir é sua e de mais ninguémQuando a vida não quiser mais te sorrir

Diga a ela que é você que decide para onde irQuando vida te der uma oportunidade

Agradeça-a pelo belo presenteAo agradecer estarás plantando uma semente

Quando a vida o fizer colher o que plantouNão questione , colha e acolha o que floriu

Pois plantando é que se colheE não se colhe o que não se planta

Quando a vida lhe exigir uma explicaçãoDiga a ela que sempre usou o coração

Mas, que muitas vezes teve que manter os pés no chãoQuando olhares para trás

E ver que o jardim de sua vida floriuVerás que sua vida teve um sentido independente do que

você sentiuPor que quanto mais você acreditou em si

Mais a vida lhe sorriu.

Marta Biscoli

Heitor

Quando a vida me proporcionou o dom de gerarO vazio da minha alma finalmente foi preenchido

As revoluções que afundavam meu coraçãoForam desfeitas

Antes eu vivia meus dias em brancoTão absorvida por meus próprios conflitos tolos

Com a chegada desta criançaAprendi o que importa

Eu já não estou vazia, nem sozinhaMeu espírito está cheio de energia e alegria

Gerar, gestar, amamentar, alimentar, cuidar,Acalentar, criar, incentivar, parabenizar,

Respeitar, ajudar, amarVerbos que meu coração de mãe

Passou a compreender em seu total sentido

**Thaís de Paula

Cuando la vida... sea una ola de trigo regada por el viento

El trigo baila juguete de los vientos...Los trigales no se oponen ante su fuerza,y se agitan todos al compás del susurro

cuyo tenor lanza palabras asíduas...Sus yerbas centellean tonos verdosos claros

y oscuros;se manifiestan como instrumental

de tal voz del aire furioso...Algunas van, otras vienen

como olas playeras de inusitada insinuación...

Ritmo y alegoríade los hijos de este campo trigueño,

juguete de la tramontanaque pasa por estas tierras estériles

de gigantes ebrios de amor...

Tatiana Ortiz Barbosa

E-book da atividade poética sobre o tema:“Quando a vida”

desenvolvido na Rede Literária “Casa dos Poetas e da Poesia”.

Período Seletivo: 21/03 a 08/04/16

As imagens utilizadas na ilustração deste e-book foram colhidas em:

< http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi>

Os poemas contidos nesse e-book são de inteira responsabilidade

autoral dos poetas participantes.

Edição, arte e formatação do E-book de: Edith Lobato

Realização: Casa dos Poetas e da Poesia

http://casadospoetasedapoesia.ning.com/