apresentação de ignacio cano sobre Índice de homicídios na adolescência (iha)

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Page 1: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)
Page 2: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

HOMICÍDIOS NA ADOLESCÊNCIA NO

BRASIL

IHA 2012

Equipe responsável pela produção do relatório (LAV-UERJ):

Doriam Luis Borges de Melo e Ignacio Cano (coordenadores)

Tatiana Guimarães

Isabele Sales dos Anjos

Ramón Chaves Gomes

Page 3: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Violência Letal contra Adolescentes

Criação de um índice que permitisse:

– Mensuração e monitoramento da

incidência do fenômeno

– Avaliação de políticas públicas

– Publicização e interpretabilidade

– Mobilização da sociedade em relação à

gravidade do problema: dramaticidade

Page 4: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Violência Letal contra Adolescentes

O Índice de Homicídios na

Adolescência (IHA) representa o

número de adolescentes que morrem

por causa dos homicídios antes de

completar os 19 anos, para cada grupo

de 1.000 adolescentes de 12 anos.

Page 5: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Fontes para a Criação do Índice

– – DATASUS – Ministério da Saúde

( www.datasus.gov.br) Sistema de

Informações sobre Mortalidade – SIM,

baseado nas Declarações de Óbito;

Dados sobre mortalidade de residentes –

1979 a 2010.

– – IBGE (www.ibge.gov.br) Sistema

IBGE de Recuperação Automática –

SIDRA; População residente por

município e ano Estimativa Anual da

população por sexo e idade a partir dos

dados do Censo 2010

Page 6: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012

Unidade de Análise:Municípios de mais de 100.000 hab.

Estimativa de homicídios a partir do DATASUS:

O uso direto das cifras de homicídios do DATASUS (Ministério da Saúde) implica um risco de subestimação, pois em alguns municípios há uma proporção significativa de mortes por causa externa em que se desconhece se elas foram produto de acidentes, suicídios ou homicídios. É preciso utilizar técnicas de estimação.

Fatores de Correção:

Os fatores de correção ajudam a lidar com o problema dos óbitos sem informação sobre município de residência ou idade da vítima. Caso contrário, municípios e estados com pior informação se veriam favorecidos.

Page 7: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Proporção de Mortes devidas à violência

Gráfico 1 – Percentual de mortes por agressão em relação ao total de mortes entre jovens com idade de 10 a 18 anos – Brasil, 2000-2012

30,7%31,8%

32,5%33,4%

32,2% 32,6% 32,8% 32,2%33,1% 33,0%

34,1% 34,1%

36,5%

4,8% 5,0% 5,1% 5,1% 4,7% 4,7% 4,8% 4,6% 4,7% 4,7% 4,6% 4,5% 4,8%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Adolescentes População Total

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS

Page 8: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012

Considerando a população dos 288 municípios com mais de 100.000 habitantes em 2012, para cada grupo de 1000 adolescentes de 12 anos, 3,32 perderão a vida vítimas de homicídio antes de completar os 19 anos.

Isto representa um incremento de 17% em relação a 2011 (2,84).

A estimativa é de que, se nada for mudado, mais de 42 mil adolescentes serão assassinados nos municípios de mais de 100.000 habitantes no período de 2013 a 2019.

Page 9: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012: Grandes Regiões

Tabela 2 - IHA por Grandes Regiões Brasileiras - 2012

Região IHA 2012 Número esperado de mortes entre 12 e 18

anos (2013 a 2019)

Região Nordeste 5,97 16.180

Região Centro-Oeste 3,74 3.575

Região Norte 3,52 3.908

Região Sul 2,44 3.854

Região Sudeste 2,25 14.323

Page 10: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012: UF

Tabela 3 - Distribuição do IHA pelas Unidades da Federação

Posição UF IHA

Posição UF IHA

1 Alagoas 8,82 15 Paraná 3,12

2 Bahia 8,59 16 Mato Grosso 2,98

3 Ceará 7,74 17 Rio de Janeiro 2,71

4 Espírito Santo 7,15 18 Rio Grande do Sul 2,51

5 Paraíba 6,04 19 Maranhão 2,42

6 Rio Grande do Norte 5,80 20 Rondônia 2,36

7 Goiás 4,82 21 Piauí 2,26

8 Pará 4,55 22 Mato Grosso do Sul 1,91

9 Distrito Federal 3,76 23 Roraima 1,80

10 Pernambuco 3,60 24 Tocantins 1,43

11 Sergipe 3,58 25 São Paulo 1,29

12 Minas Gerais 3,52 26 Acre 1,22

13 Amapá 3,32 27 Santa Catarina 1,14

14 Amazonas 3,30

Page 11: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012: CapitaisGráfico 2 -Índice de Homicídio na Adolescência para as Capitais.

1,0

1,1

1,2

1,4

1,7

1,8

2,1

2,2

2,7

2,7

2,8

3,1

3,2

3,5

3,7

3,8

3,8

3,9

4,1

5,2

5,4

5,8

6,5

8,3

9,4

9,9

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00

Palmas

Campo Grande

Rio Branco

Florianópolis

São Paulo

Boa Vista

Rio de Janeiro

Curitiba

Teresina

Cuiabá

São Luís

Aracaju

Porto Velho

Macapá

Manaus

Recife

Brasília

Goiânia

Porto Alegre

Belo Horizonte

Vitória

Natal

Belém

João Pessoa

Salvador

Maceió

Fortaleza

Page 12: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012: Municípios de mais de 200.000 hab.

Ordem UF Município IHA 2012

1º BA Itabuna 17,11

2º ES Cariacica 10,47

3º ES Serra 9,95

4º CE Fortaleza 9,92

5º BA Camaçari 9,82

6º AL Maceió 9,37

7º CE Maracanaú 8,81

8º BA Vitória da Conquista 8,70

9º BA Salvador 8,32

10º ES Vila Velha 8,22

11º MG Governador Valadares 7,35

12º RN Parnamirim 6,81

13º BA Feira de Santana 6,79

14º AL Arapiraca 6,70

15º PA Ananindeua 6,62

16º PR Foz do Iguaçu 6,61

17º RS Viamão 6,49

18º PB João Pessoa 6,49

19º PR Colombo 6,43

20º PR Cascavel 6,42

Page 13: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012 de acordo com tamanho da população

Faixas de População Municipais IHA 2012 Número de Municípios

Até 50.000 habitantes 1,09 4.951

Mais de 50.000 até 100.000 hab. 2,01 326

Mais de 100.000 hab. até 500.000 hab. 3,12 250

Mais de 500.000 habitantes 3,51 38

Brasil – Todos os Municípios 2,44 5.565

Page 14: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Risco Relativo segundo dimensão: 2012

Page 15: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Relação entre IHA e Riscos Relativos: 2012

Tabela 11 - Correlação entre o IHA 2012 e os Riscos Relativos

Correlação de

Pearson P-Valor N

Risco Relativo por Sexo ,374** 0,000 145

Risco Relativo por Raça/Cor ,309** 0,000 201

Risco Relativo por Arma de Fogo ,631** 0,000 218

Page 16: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Evolução do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Brasil 2005 a 2012

Page 17: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Evolução do Índice de Homicídios na Adolescência

segundo Grandes Regiões - 2005 a 2012

Page 18: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Comparação entre os homicídios esperados e

os registrados no período 2006 e 2012

Baseado no IHA de 2005, o número

esperado de homicídios de

adolescentes no período de 2006 a

2012, se as condições não mudassem,

era de 35.235 mortes.

O número efetivamente registrado de

homicídios de adolescentes foi 33.588.

Page 19: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2012: Nordeste

Page 20: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2005-2012: Ceará

MUNICÍPIO IHA

2005 IHA

2006 IHA

2007 IHA

2008 IHA

2009 IHA

2010 IHA

2011 IHA

2012

Caucaia 1,52 2,06 2,22 1,56 2,06 4,46 2,21 4,67

Crato 2,09 1,25 1,70 1,27 2,60 2,11 0,93 2,14

Fortaleza 2,35 2,48 3,12 3,37 3,50 5,16 5,71 9,92

Itapipoca 0,00 1,21 0,43 1,60 0,83 0,40 2,07 1,63

Juazeiro do Norte 2,62 2,83 1,19 2,64 2,23 0,83 1,89 3,12

Maracanaú 0,77 2,60 2,90 2,89 4,49 6,46 6,01 8,81

Sobral 1,90 1,53 2,34 1,34 1,32 2,01 2,91 3,85

Page 21: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

IHA 2005-2012: Ceará

Page 22: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Dimensões contempladas no estudo:

– Estrutura, dinâmica e composição

demográficas;

– Estrutura Socioeconômica;

– Mercado de Trabalho;

– Nível educacional e acesso à escola;

– Serviços urbanos;

– Vulnerabilidade familiar;

– Estilos de vida;

– Políticas Públicas e Despesas

orçamentárias municipais.

Fatores Associados ao IHA Municipal (2010)

Page 23: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Fatores Associados ao IHA Municipal: 2010

Modelo Coeficientes Estatística P-valor

B Erro Padrão t (sig)

Constante -2,990 0,876 -3,41 0,001

Logaritmo da População em 2006 0,279 0,058 0,24 4,86 0,000

População Urbana em 2000 (%) 0,011 0,004 0,13 2,55 0,011

Dinâmica Demográfica 0,109 0,043 0,12 2,51 0,013 Renda per capita média do 1º quinto mais pobre em 1991 -0,013 0,003 -0,31 -4,03 0,000 IDEB - média das séries finais em 2005 e 2007 -0,348 0,127 -0,22 -2,74 0,007 Deslocamentos para estudo ou trabalho em 2000 (%) 0,010 0,004 0,13 2,51 0,013

Pessoas sem religião (%) 0,027 0,011 0,16 2,43 0,016

População Evangélica (%) 0,022 0,009 0,15 2,53 0,012

Variável Dependente: Logaritmo Natural do IHA médio anual de 2005 a 2007; Casos: 265 municípios com mais de 100.000 hab. em 2007.

Page 24: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Os municípios de maior população, os mais

urbanizados e aqueles em que o crescimento

demográfico foi mais intenso nos últimos anos

apresentam um maior risco de homicídio para seus

adolescentes.

A renda está associada negativamente ao risco de

homicídios contra adolescentes. Entretanto, a relação

é particularmente intensa não com a renda do conjunto da

população, mas com a renda específica dos mais

pobres. Isto sugere que políticas de complementação de

renda para os grupos mais desfavorecidos podem ter um

importante efeito preventivo.

Fatores Associados ao IHA Municipal: 2010

Page 25: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Fatores Associados ao IHA Municipal: 2010

Tabela 11: Correlação entre logaritmo do IHA e indicadores de renda

Indicadores de Renda Coeficiente de Correlação de

Pearson - R

Renda per Capita Total -0,25

Renda per capita média do 1º quinto mais pobre -0,42

Renda per capita média do 2º quinto mais pobre -0,36

Renda per capita média do 3º quinto mais pobre -0,30

Renda per capita média do 4º quinto mais pobre -0,24

Renda per capita média do 5º quinto (mais rico) -0,19

Page 26: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(IDEB), que mensura aprendizado e aprovação, é

uma das variáveis com maior vinculação com o IHA.

Assim, municípios com sistemas educacionais de

qualidade protegem seus adolescentes contra a

violência.

Municípios com maior proporção de pessoas que

se declaram sem religião e com maior proporção

de evangélicos sofrem mais violência letal contra

adolescentes. Estes resultados estão abertos a

diversas interpretações.

Fatores Associados ao IHA Municipal: 2010

Page 27: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Em termos de política pública, parece claro que

programas de aumento de renda para os setores

mais pobres e programas que melhorem a

qualidade da educação são centrais para enfrentar

o assassinato de adolescentes.

Fatores Associados ao IHA Municipal (2010)

Page 28: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Guia Municipal de Prevenção à Violência Letal contra Adolescentes e Jovens.

Page 29: Apresentação de Ignacio Cano sobre Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Oficina de Formação sobre

Etapas do Guia

1. Arquitetura Institucional

2. Estratégias de Sensibilização

3. Capacitação e Formação

4. Elaboração do Diagnóstico

5. Divulgação do Diagnóstico e criação da COMPREV

6. Mecanismos de Consulta Social

7. Plano Municipal de Prevenção à Violência Letal