apresentação cads 1966

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Profa. Dra. Vera Lúcia Dias dos Santos Augusto GPDG/USP/SP GPS/UFU/MG UEG/GOIÁS SEE/GOIÁS III CIDS - CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIALETOLOGIA E SOCIOLINGUÍSTICA (07 A 10 DE OUTUBRO DE 2014)

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Apresentação cads 1966

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  • Profa. Dra. Vera Lcia Dias dos Santos Augusto

    GPDG/USP/SPGPS/UFU/MG UEG/GOISSEE/GOISIII CIDS - CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIALETOLOGIA E SOCIOLINGUSTICA (07 A 10 DE OUTUBRO DE 2014)

  • O Grupo de Pesquisa em Dialetologia e Geolingustica tem o objetivo de fomentar a discusso e a pesquisa de temas relativos Dialetologia/Geolingustica.

    Adriana Cristina CristianiniClzio Roberto GonalvesIrenilde Pereira dos SantosMaria Teresa Nastri de CarvalhoRita de Cssia da Silva SoaresRoseli da SilveiraSelma Sueli Santos GuimaresVera Lcia Dias dos Santos AugustoYuko Takano

  • O Grupo de Pesquisa Sociogeolingusitca tem o objetivo de fomentar a discusso e a pesquisa de temas relativos Sociolingustica/Geolingustica.

  • A presente comunicao tem como objetivo apresentar:

    etapas da tese de doutorado realizada na Universidade de So Paulo de 2008 a 2012;

    possibilidades de imbricar os resultados da pesquisa ao ensino da Lngua Portuguesa.

  • A tese teve como objetivo principal descrever a norma semntico-lexical presente em nove municpios:

    Aruan, Caldas Novas, Cidade de Gois, Goiandira, Ipameri, Mineiros, Morrinhos, Pirenpolis e Trindade,

    com vistas ao Atlas Semntico-Lexical do Estado de Gois, a que chamamos de ASLEG.

  • O Estado de Gois, localizado na regio Centro-Oeste do pas, apresenta uma configurao geo-histrica e cultural especfica, assim, partiu-se da hiptese de que ele compreende reas lingusticas com peculiaridades prprias.

  • Como ocorre nos trabalhos de Geolingustica, realizamos primeiramente um estudo da histria do Estado de Gois e das caractersticas culturais de cada municpio selecionado;

    Em seguida, executamos a pesquisa de campo em busca da coleta dos dados e constituio do corpus;

    Para isso, utilizamos os critrios terico-metodolgicos adotados em Geolingustica, levando em conta:

  • Seleo das localidades: 9 municpios;

    Seleo dos sujeitos:

    Para a coleta de dados - a aplicao do questionrio semntico-lexical (QSL) proposto pelo Projeto ALiB, que contm 202 perguntas, distribudas em 14 reas semnticas.

    FAIXA ETRIAGNEROESCOLARIDADEFaixa etria 1(18 a 30 anos)01 homem01 mulherAnalfabeto ou ter cursado at 9ano (8srie) do Ensino FundamentalFaixa etria 2(50 a 65 anos)01 homem01 mulherAnalfabeto ou ter cursado at 9ano (8srie) do Ensino FundamentalTotal de sujeitos por localidade04

  • Todas as variaes lexicais encontradas foram documentadas em grficos, tabelas e cartogramas, que possibilitam a visualizao dos fatos lingusticos coletados.

    ItemLexicalGeral MasculinoFemininoAbsolutaRelativaAbsolutaRelativaAbsolutaRelativacrrego2466,67%1233,33%1233,33%riacho411,11%25,56%25,56%ribeiro38,33%12,78%25,56%lago25,56%00,00%25,56%rio12,78%12,78%00,00%represa12,78%12,78%00,00%esgoto12,78%12,78%00,00%

  • ... o ASLEG assim como os demais atlas lingusticos de diferentes reas do pas vm propiciando a pesquisadores, educadores, gramticos, autores de livros didticos e demais interessados nos estudos geolingusticos e sociogeolingusticos um material amplo, coletado a partir de critrios metodolgicos precisos.

  • Para aqueles que reconhecem a diversidade lingustica brasileira como um ponto de partida para o ensino da lngua materna no Brasil, se veem agora diante de um vasto material quer seja fontico-fonolgico, semntico-lexical, morfossinttico ou discursivo proporcionado pelos atlas lingusticos j publicados ou em desenvolvimento no territrio nacional.

  • O Pacto Nacional pelo fortalecimento do Ensino Mdio foi regulamentado pela Portaria Ministerial n 1.140 de 22/11/2013.

    O Ministrio da Educao e as secretarias estaduais e distrital de educao assumem o compromisso pela valorizao da formao continuada dos professores e coordenadores pedaggicos que atual no Ensino Mdio pblico nas reas rurais e urbanas.

  • Entre outras, a inteno ... Mudar a forma de trabalho da escola;

    Propor diferentes prticas pedaggicas e curriculares que levem formao integral do educando e possibilitem construes intelectuais elevadas;

    Pensar outras metodologias que tratam da aprendizagem baseada em problemas, centros de interesse, projetos, pesquisa e investigao do meio, etc.

    Romper com a centralidade das disciplinas e substitu-las por aspectos mais globalizados;

    Estimular a investigao cientfica.

  • possvel ensinar lngua portuguesa a partir de um vis da Dialetologia e Geolinguistica;

    fundamental que se crie possibilidade para que os alunos leiam textos e tenham acesso as pesquisas realizadas que exemplifiquem diversas situaes, em que dialetos e registros diferentes se apresentem para uma reflexo e discusso;

    possvel refletir sobre pesquisa lingustica e a atuao de ensino dos professores de Lngua Portuguesa.

  • Da experincia...Em 2013:

    Seleo: duas alunas do Ensino Mdio; Estudo sinttico sobre a Geolingustica; Escolha dos sujeitos da pesquisa; Treinamento para aplicao do questionrio; Acompanhamento da pesquisa de campo; Transcrio do material coletado nas entrevistas; Tabulao dos dados coletados; Comparao dos dados: gerao de 18 a 30 anos como a gerao de 50 a 65 anos; Apresentao da pesquisa realizada, em seminrio; Apresentao do material coletado no ambiente escolar; Discusso e reflexo sobre a pesquisa realizada e propostas para o ano de 2014.

  • Alm do ensino, a que se pensar em despertar no aluno a busca pela pesquisa lingustica;

    Estimular a pesquisa lingustica a partir de trabalhos orientados;

    Os procedimentos metodolgicos usados em pesquisa geolingustica podem despertar muito mais o interesse pelo aprimoramento da lngua materna em toda sua amplitude e na sua gama de variao possvel e potencial.

  • REFERNCIAS

    AUGUSTO, Vera Lcia Dias dos Santos. Atlas Semntico-Lexical do Estado de Gois. 650f. 2012. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo. So Paulo, 2012.

    BRASIL. Parmetros Curriculares nacionais: ensino mdio. Secretaria de Educao Fundamental. Braslia, DF: MEC/SEF, 1998.

    CRISTIANINI, A.C. Atlas semntico-lexical da regio do Grande ABC. 2007. 3 v. 635 f. Tese (Doutorado) Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo, So Paulo, 2007.

    FERREIRA, C; CARDOSO, S. A. M. A dialetologia no Brasil. So Paulo: Contexto, 1994.

    MATTOS e SILVA, Rosa Virgnia. O portugus so dois... Novas fronteiras e velhos problemas. So Paulo: Parbola Editorial, 2004.

    Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Mdio. Disponvel em: < http://portal.mec.gov.br/. Acesso em: 30 set. 2014.

    SANTOS, Irenilde Pereira dos. A variao lingstica e a poltica de ensino/domnio da lngua materna. In: SO PAULO. Secretaria do Estado da Educao. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas. Lngua Portuguesa: o currculo e a compreenso da realidade. So Paulo: CENP, 1991.

  • O ensino um trabalho de criao e no uma obrigao mecnica que se repete a cada aula que se d. O gosto e o prazer do trabalho e o exerccio crtico permanente so essenciais ao professor, sobretudo em se tratando de professor de lngua materna [...]. (MATTOS e SILVA, 2004, p. 27)

    OBRIGADA!

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