apreçamento das opções de venda sobre contratos futuros de café arábica com a fórmula de black

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Apreçamento das Opções de Vendasobre Contratos Futuros de CaféArábica com a Fórmula de Black:uma análise exploratóriaRevista de Economia (Curitiba), V. 37 n.3 , p. 121-144, 2011

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  • Revista de Economia, v. 37, n. 3 (ano 35), p. 121-144, set./dez. 2011. Editora UFPR121

    Apreamento das Opes de Venda sobre Contratos Futuros de Caf

    Arbica com a Frmula de Black: uma anlise exploratria

    Julyerme Matheus Tonin1

    Alexandre Bragana Coelho2

    Resumo: O expressivo aumento dos derivativos no perodo recente, especialmente o mercado de opes, faz desse instrumento um forte candidato para suprir a ne-cessidade de reduo do risco de preo no setor cafeeiro. Assim, buscou-se analisar a aplicabilidade da Frmula de Black no apreamento de opes sobre futuros de caf arbica. Diferente de outros trabalhos sobre o tema buscou-se incorporar na anlise diversos extratos da amostra utilizada: anlise dos resultados em diferentes anos, em diferentes vencimentos, com diferentes mtodos de extrao da volatili-dade, com diferentes graus de moneyness e maturidade. Os resultados mostram o melhor desempenho dos modelos de apreamento das opes com a utilizao de volatilidade implcita ponderada, sendo que, identifica-se a presena do efeito smile nessa volatilidade. De modo geral, h uma subavaliao dos prmios das opes com o uso da volatilidade histrica e superavaliao com o uso da volatilidade implcita e as opes com perodo mdio de volatilidade so as que apresentam os melhores resultados de apreamento das opes.

    Palavras-chaves: Apreamento de Opes, Modelo Black e Scholes, Volatilidade, Caf Arbica

    JEL: G20, G32, Q14

    1 Professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maring. E-mail: [email protected] Professor do Departamento de Economia Rural, Universidade Federal de Viosa. E-mail: [email protected]

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    TONIN, M. T. ; COELHO, A. B. Apreamento sobre as opes de venda ...

    Abstract:The expressive increase of derivatives in the recent period, especially the options market, makes this instrument a strong candidate to supply the need for price risk reduction in the coffee industry. Therefore, it aimed to analyzed applicability of the Blacks Formula for options pricing on arabica coffee futures. Differently other papers on the theme was looked to include in the analysis several extracts of the sample: analysis of results in different years, in different expirations, with different methods of volatility extraction, with different moneyness degrees and maturity. The results show the best performance of the options pricing models in which it used the weighted implied volatility, and identifies the presence of smile effect in this volatility. In general, there is an undervaluation of the option with the use the historical volatility and overvaluation of the options using the implied volatility and the options with medium period of volatility are the ones that present the best pricing results.

    Keywords: Option Pricing, Black and Scholes Model, Volatility, Coffee Arabica

    Introduo

    A cultura do caf, alm da reconhecida importncia histrica, destaca-se como atividade de alto valor econmico e social. No contexto histrico, o ciclo do caf contribuiu com parte substancial da gerao de supervits comerciais que propiciaram o incio da industrializao brasileira, deixando de herana amplos mercados interno e externo para essa commodity e um parque pro-dutivo complexo e diverso (FARINA e ZYLBERSZTAJN, 1998).

    Com a ausncia da interveno estatal da atividade a partir da dcada de 1990, com a extino do Instituto Brasileiro do Caf e dos Acordos Interna-cionais do Caf, a reduo de riscos se tornou imperativa, ampliando assim a importncia das polticas privadas de gesto de risco, especialmente os de-rivativos agropecurios. Nesse contexto, a Future Industry Association (FIA, 2011) destaca o expressivo volume de opes em 2010, com 11,12 bilhes de contratos negociados, a nvel mundial.

    O fortalecimento institucional da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), com a internacionalizao dos mercados futuros agropecurios, em dezembro de 1999, contribuiu para a disseminao dos derivativos agropecurios, pro-piciando a participao de no-residentes. Outro passo importante foi dado em maro de 2008 com a fuso da BM&F e a Bolsa de Valores de So Paulo (BOVESPA), minorando os custos operacionais (BMFBOVESPA, 2010).

    Apesar do expressivo volume de contratos de opes negociados no mercado internacional, do fortalecimento institucional da bolsa brasileira e do ambiente de estabilidade no mercado interno favorvel a atuao nesses mercados, a

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    liquidez dos contratos de opo na BM&FBOVESPA ainda baixa. De acordo com BM&FBOVESPA (2011), em 2010 os contratos agropecurios represen-taram apenas 0,43% dos contratos negociados na bolsa, sendo que, desse montante, 24,02% referem-se a contratos futuros e opes de caf arbica.

    Em face das mudanas institucionais vivenciadas no setor cafeeiro e a crescente importncia do mercado de opes na gesto de risco, torna-se necessrio uma anlise mais detalhada sobre a determinao do prmio das opes. Nesse sentido, busca-se avaliar a aplicabilidade da frmula de Black no apreamento de opes de venda sobre futuros de caf arbica. Optou-se pela anlise das opes de venda, pois as mesmas so utilizadas, com frequncia por produtores rurais e demais hedgers para reduo dos riscos associados a queda nos preos. Para esse fim, utilizam-se diferentes mtodos de extrao da volatilidade histrica e implcita, evidenciando os resultados em diferentes extratos da amostra: diferentes perodos para o clculo da vo-latilidade histrica; grau de moneyness; diferentes vencimentos; diferentes anos e diferentes maturidades.

    Diferente dos trabalhos j publicados sobre o tema, como Leite (2000), Ramos da Silva e Macedo (2003) e Coelho et al. (2009), o presente estudo busca realizar uma anlise exploratria para evidenciar as circunstncias em que a Frmula de Black pode ser aplicada e qual a influncia da volatilidade e do grau de maturidade nos resultados de apreamento de opes sobre futuro de caf arbica.

    1. REFERENCIAL TERICO

    1.1. Abordagem de Black e Scholes: A frmula de Black

    Fisher Black e Myers Scholes desenvolveram em 1973 um modelo para apre-amento de opes. Hull (2006) destaca que esses autores utilizaram uma frmula que considera o tempo contnuo na anlise, para o clculo do valor terico de uma opo de compra do tipo europia, exercida sobre um objeto que no paga nenhum dividendo e livremente negociada no mercado. Para Leuthold et al. (1989) o modelo original de Black e Scholes, sofreu algumas adaptaes para ser empregado em opes sobre futuros, dando origem a frmula de Black (1976). Porm as premissas bsicas do modelo no sofreram alterao:

    O comportamento do preo do ativo segue uma distribuio lognor-mal, com volatilidades dos retornos dirios constantes;Ativos perfeitamente divisveis, sem custos operacionais e impos-

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    tos;O ativo objeto no receber dividendos durante a vida da opo;No h oportunidades de arbitragem sem risco;Os emprstimos so realizados taxa de juros livre de risco. A dinmica dos preos ou retornos do ativo-objeto representada

    por um modelo estocstico simples de movimentos de preos, o passeio ale-atrio. Segundo Hull (2006) esse processo, tambm denominado movimento browniano, til no modelo de apreamento, pois assume o pressuposto de que o mercado reage imediatamente ao surgimento de uma nova informao, sendo que a dinmica do retorno do ativo pode ser representada por:

    ttt dZdtSdS sm += (1.1)em que, tt SdS / a taxa discreta de retorno do ativo; dt o intervalo de tempo infinitesimal; m o valor esperado instantneo da taxa de retorno composta;s representa a volatilidade, e tdZ varivel aleatria com distri-buio normal.

    Com a aplicao do clculo integral, algumas noes de probabilidade e demais consideraes que fogem do escopo deste trabalho3, as frmulas de Black e Scholes para calls e puts europias podem ser simplificadas para:

    [ ])()( 21 dXNdFNec rT = (1.2)

    [ ])()( 12 dFNdXNep rT = (1.3)em que,

    )(

    )(2

    ln2

    1 tT

    tTbSK

    d

    ++

    =s

    s

    e,

    )(

    )(2

    ln2

    2 tT

    tTbSK

    d

    +

    =s

    s

    (1.4)

    dado que,

    c e p so o preo de uma call e da put europia, respectivamente;

    F e K so preo do contrato futuro e o preo de exerccio da opo, respec-tivamente;

    3 A resoluo da equao diferencial parcial de Black-Scholes pode ser encontrada em Luccas (2007).

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    N(x) a funo de densidade de probabilidade acumulada (normal pa-dro).

    b o custo de carregamento e s a volatilidade.

    As equaes (1.2) e (1.3) so considerados na literatura como o modelo de Black e Scholes Generalizado aplicado para as opes de compra e venda, respectivamente. Haug (1997) destaca que essa generalizao deve-se a va-rivel b, que pode ser considerada de diferentes formas no modelo: rb = corresponde ao modelo original de Black e Scholes (1973) e 0=b equivale a frmula de Black (1976) para precificar opes sobre contratos futuros, o enfoque desse trabalho.

    2. METODOLOGIA

    2.1 Operacionalizao das Variveis

    No presente estudo, para o clculo da volatilidade histrica necessrio cons-truir uma srie de logaritmo de preo do ativo subjacente. O procedimento mais empregado a formao de uma srie nica de preos futuros com-posta pelas cotaes do primeiro vencimento em aberto. Porm, Sanvicente e Monteiro (2005) destacam que a presso decorrente da proximidade do vencimento dos contratos futuros (expiration-day effect), causa um volume de negociao e volatilidade acima do normal.

    No caso do caf, a menor liquidez em alguns vencimentos (especialmente o vencimento de julho), causa a falsa impresso de queda na volatilidade. Para contornar esses problemas, o primeiro vencimento em aberto sempre substitudo, quando o prximo vencimento apresentar um maior volume de contratos negociados por pelo menos 5 dias teis seguidos. Essa tcnica considera a rolagem de posies4 entre os diferentes vencimentos, e garante que a srie de preos do ativo subjacente reflita o maior volume de contratos negociados possveis, sendo til para analisar a atuao dos agentes.

    O tempo de maturidade das opes foi calculado como uma proporo dos dias teis no ano (T-t/252). No presente trabalho, conforme o proposto por Malz (2000), foram retiradas da anlise as opes muito prximas ao venci-mento, opes com tempo de maturidade de at 5 dias5, dada a baixa liquidez dessas . Nesse contexto, tambm exclui-se as opes seriais que so lanadas em meses em que no h um contrato futuro vincendo, devido pequena

    4 Rolagem de posio a compra/venda de contratos futuros que esto sendo transacionados em um de-terminados momento (com maior liquidez) e substituir esses contratos por novas posies a medida que estes contratos vo se aproximando do vencimento.5 A escolha do nmero arbitrria, correspondendo em dias teis a uma semana de negociao.

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    quantidade de negcios efetuados.

    A taxa de juros considerada a taxa de juros efetiva anual continuamente capitalizada, dada por )1ln( ir += em que i representa a taxa de juros livre de risco. Quanto ao preo de exerccio, calculou-se o ndice de moneyness, que para Ederigton e Guan (2000) um ndice que representa o quo dentro-do-dinheiro est a opo em questo, sendo que a forma analtica pode ser descrita por:

    trT

    t SeXMN= .

    (3.1)

    em que, tS o preo do ativo-subjacente; tX o preo de exerccio; r a taxa de juros livre de risco e T o tempo de maturidade da opo.

    Aps a elaborao do ndice, adotou-se a seguinte classificao: uma opo considerada dentro-do-dinheiro ou in-the-money (ITM) se o resultado da equao (3.1) for 05,1>MN ; a opo classificada como fora-do-dinheiro ou out-of-the-money (OTM) se o ndice for 95,0

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    Segundo Purcell e Koontz (1999), o clculo da volatilidade por induo retro-ativa, a partir da srie temporal histrica dos preos dirios do fechamento do ativo-objeto, pode ser obtido com a aplicao da frmula:

    252)(1

    11

    2 serrn

    s ni i

    =

    = = s (4.1)

    em que, s a volatilidade histrica; 1n o nmero de variaes nos preos; )ln( 1= iii SSr , sendo iS o preo do ativo no final do i-simo perodo, com

    mdia r , e s a volatilidade em termos anualizados. A determinao de n no trivial, pois o acrscimo de muitas observaes de fechamento de preo do ativo objeto conduz a uma exatido maior, mas dados muito antigos podem no ser relevantes para prever o futuro. Conven-cionalmente, empregam-se mdias mveis de forma recursiva para calcular a volatilidade histrica, considerando um tamanho da amostra predefinido. Como no h um critrio a priori que define o tamanho da amostra, no pre-sente trabalhos testou-se as seguintes janelas recursivas: 30, 45, 60, 75 e 90 dias.

    Para Gentil Junior (2007), os resultados observados para a volatilidade com diferentes janelas temporais no so isentos de crticas, dado que a base de dados composta exclusivamente de preos de fechamento do ativo objeto. Para captar a volatilidade intradiria, ou seja, a volatilidade no decorrer dos dias de negociao, Parkinson (1980) elaborou a seguinte frmula:

    =

    =

    n

    i i

    i

    LowHigh

    n 1ln

    )2ln(21

    s (4.2)

    em que, iHigh e iLow referem-se as cotaes mais alta e a mais baixa do preo do ativo objeto, respectivamente, em um determinado dia de negociao.

    Nesse contexto, Garman e Klass (1980) desenvolveram um clculo de volatilidade que pudesse captar a volatilidade intradiria sem desconsiderar a volatilidade entre os dias de negociao.

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    [ ]2

    1 1 1

    2

    ln1)2ln(21ln1 = =

    =

    n

    i

    n

    i i

    i

    i

    i

    CloseClose

    nLowHigh

    ns (4.3)em que, iClose o fechamento do prego atual e 1iClose o fechamento do prego do dia anterior.

    Diversas tcnicas de modelagem da volatilidade estocstica tambm foram desenvolvidas, alm da utilizao da volatilidade histrica. Especificamente, utilizou-se o modelo GARCH (General Autoregressive Conditional Hetero-cedasticity):

    ititt u ++= 222 bsaws (4.4)em que w refere-se a um termo constante; a consiste em uma estimativa similar ao modelo ARCH e b a previso da volatilidade feita no perodo t-i ( it

    2s ).

    Para efeito de comparao com as demais metodologias de clculo da volati-lidade histrica, utiliza-se a mesma forma de clculo empregado por Aguilar (1999). Para o clculo da volatilidade do primeiro dia do perodo analisado, define-se uma janela de estimao a priori (30, 60 e 90 dias)8. No prximo passo, a janela de estimao para os parmetros do modelo GARCH au-mentada em uma observao, sendo que a observao inicial excluda da anlise. Esse procedimento ser realizado at que se obtenham previses de volatilidade para todas as observaes da srie analisada.

    Enfim, no presente trabalho, foram empregadas as seguintes volatilidades histricas: mdia mvel (VMA), procedimento High-Low de Parkinson (VHL), procedimento Close-High-Low de Garman e Klass (VCH) e o modelo GARCH (1,1).

    2.3. Clculo da Volatilidade Implcita

    Para Gabe e Portugal (2004), a volatilidade implcita est associada ao preo da opo, sendo que a utilizao da volatilidade implcita uma forma de avaliar as expectativas dos agentes econmicos quanto a volatilidade futura. O clculo da volatilidade implcita realizado a partir do prmio observado da opo, por meio da aproximao de Newton-Rapson9, que segundo Stoll

    8 Dada ao maior custo computacional para o clculo da volatilidade com o modelo GARCH (1,1), as janelas de 45 e 75 foram desconsideradas da anlise.9 Algoritmo muito utilizado na precificao de opes, que pode ser calculado em planilhas do Excel, por meio de macro do Visual Basic.

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    e Whaley (1993) pode ser descrita da seguinte forma:

    i

    miii c

    ccs

    sss

    =+

    )(1

    (5.1)em que, )( ic s o preo observado e m

    c o preo calculado da opo; ic s

    a medida de sensibilidade do valor da opo em relao a volatilidade (letra grega vega10).

    Cabe destacar que, no mtodo de Newton-Rapson, necessrio conhecer a medida de sensibilidade vega, medida essa que no prontamente observ-vel em opes exticas e algumas opes americanas. Resolvendo a equao (5.1) obtm-se a volatilidade implcita imputada no modelo de apreamen-to. A definio 1+is demonstra que essa volatilidade no uma varivel contempornea, ou seja, a volatilidade implcita obtida com os dados de um determinado dia ser utilizada como estimativa da volatilidade futura para o clculo do preo terico da opo no dia seguinte.

    No tocante ao caf arbica na BM&FBOVESPA, em muitos casos, a volatilidade implcita calculada no pode ser utilizada para estimao no dia seguinte, por no haver negociaes com o ativo subjacente com as mesmas caractersticas (mesma srie de opes, mesmo vencimento, etc.) do ativo que foi utilizado para calcular previamente a volatilidade implcita. Para contornar esse pro-blema, essa volatilidade ponderada pela mdia das volatilidades implcitas dos ativos subjacentes com as mesmas caractersticas

    iponderado sls = com )(1 ssl = i

    (5.2)em que, l um peso que desconta o desvio da volatilidade implcita em rela-o a mdia das volatilidades implcitas para o mesmo vencimento (s ).

    Em outras situaes, h mais de uma opo negociada para um mesmo contrato futuro e geralmente os valores das volatilidades implcitas so diferentes entre essas opes. Para Luccas (2007), esse um fato estilizado no apreamento de opes, conhecido como sorriso da volatilidade. Para mitigar os problemas associados com o uso da volatilidade implcita simples, foram desenvolvidos alguns mtodos para ponderar a volatilidade, levando em conta a distncia em relao ao dinheiro. Neste trabalho, ser utilizado o procedimento de Macbeth e Merville (1979). Segundo o autor, a volatilidade implcita de uma opo no-dinheiro boa referncia para a volatilidade do ativo objeto e, como cada srie de opes lanadas sobre o mesmo contrato futuro pode fornecer diferentes resultados, necessrio estimar a regresso apresentada na equao (5.3) para se obter uma estimativa da volatilidade do contrato futuro:10 O vega de uma opo de compra, por exemplo, dado por ssnn == CStCC ),,( e demonstra quanto o preo da opo afetado por mudanas na volatilidade.

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    0 1ijt i t i t ijt jtms s s e= + + (5.3)em que, ijts a volatilidade implcita da opo j sobre o contato futuro i no instante t; ti0s a volatilidade implcita de uma opo no-dinheiro; ti1s um parmetro da regresso; ( ) ijijitijt XXFm = , com itF , o preo do contato futuro e ijX o preo de exerccio da opo, e jte o erro padro. De forma simplicada, Vitiello Jr (2000) destaca que o processo para obteno da volatilidade implcita de uma opo no-dinheiro segue as seguintes etapas:

    Calcular a volatilidade implcita, ijts , ou seja, calculam-se, no dia t, as volati-lidades implcitas das opes lanadas sobre determinado contrato futuro i;

    Tendo-se calculado ijts , utiliza-se a equao (5.3) para se obter 0i ts , a vo-latilidade implcita no-dinheiro do contrato futuro i, no instante t.

    2.3 Mtodo de Avaliao dos Modelos de Apreamento

    Para avaliar a capacidade preditiva dos modelos, apurou-se o erro relativo mdio, para verificar se os modelos de apreamento subavaliam ou supera-valiam o valor do prmio pago pela opo, dado por:

    =i

    ii

    ccc

    ERM

    (6.1)em que, ic e ic so o preo de mercado e o preo estimado da opo.Como cada observao refere-se a um negcio efetuado, em que so negociadas lotes de opes de venda, com o mesmo prmio, os resultados obtidos para o ERM foram ponderados pelo nmero de contratos. Essa medida reduz o impacto negativo de negcios efetuados com poucas opes e com elevados erros de apreamento nos resultados obtidos.

    Quanto a metodologia de anlise estatstica, cabe destacar que os dados foram submetidos anlise de Varincia (ANOVA), seguidos do teste de Tukey. O objetivo da ANOVA avaliar se as diferenas observadas entre as mdias das amostras so estatisticamente significativas. O teste de Tukey, segundo Hoffmann (2006), consiste em comparar mdias duas a duas, com amostras de tamanhos iguais, buscando identificar um valor de diferena mnima significativa e compar-lo com valores crticos estudentizados. A diferena mnima significativa (DMS) dada por:

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    nsq 200 = (6.2)em que, 2s a soma do quadrado dos resduos e 0q o valor crtico da am-plitude total estudentizada que depende do nvel de significncia adotado e n o nmero de observaes ( in e jn representam grupos de tamanhos diferentes).

    A seguir, comparam-se os valores absolutos das estimativas dos contrastes

    ji uu dados por ji mm , como o valor de 0 . Se o valor de 0 ji mmrejeita-se ao nvel de significncia adotado a hiptese 0H de que todas as diferenas de pares de mdia sejam nulas.

    2.4 Fonte de Dados

    Com o intuito de atender a anlise de apreamento coletou-se no Sistema de Recuperao de Informaes da BM&FBOVESPA, o resumo estatstico do prego referente ao perodo de 01 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2009, contendo as seguintes informaes: ajuste dirio do contrato futuro de caf arbica (ativo subjacente), maior cotao e menor cotao negociada, sries de opes sobre contratos futuros de caf arbica autorizadas com respectivos prmios pagos, preo de exerccio, dias teis at o vencimento e nmero de contratos negociados (BVMF, 2010).

    Dado que a BM&FBOVESPA apresenta em seu relatrio as sries de opes de compra e de venda negociadas e o nmero de negcios efetuados11, no perodo de anlise a amostra utilizada compreende 949 negcios efetuados com opes de venda. No presente estudo utilizou-se as opes de venda, com maior liquidez, dada que as mesma so utilizadas na gesto do risco de preo, especificamente contra possveis quedas de preos, sendo teis aos produtores rurais e demais hedgers. Como em cada negcio efetuado so transacionadas diversas opes, a amostra utilizada representa 105.655 opes de venda. Seguindo o proposto por Gabe e Portugal (2004) e Silva e Guimares (1999), adotou-se como proxy a taxa de juros dos Certificados de Depsitos Interbancrios (CDI) anual e composta, obtida junto ao Banco Central (BC, 2010). Os dados foram operacionalizados por meio do software Eviews 6.0.

    11 Negcio efetuado a forma de contabilizar a participao de cada agente no mercado de opes. Por exemplo, se s um agente negociar 50 opes em um determinado dia, nessa data contabilizado um negcio efetuado e 50 contratos negociados.

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    3. Resultados e discusso

    3.1. Anlise preliminar dos dados

    A Figura 1 demonstra o comportamento de preos do ativo subjacente, ou seja, o contrato futuro de caf arbica. possvel identificar facilmente o padro sazonal de variao dos preos no decorrer de cada ano, bem como o ciclo de alta desse produto. Para o Instituto de Economia Agrcola (IEA), 2002 delimita um perodo de acentuada queda nos preos do caf, sendo que aps uma lenta recuperao (2003 e 2004) inicia-se um novo ciclo plurianual de elevao nos preos do caf. A srie de retornos ressalta a variao dos preos, sendo que, a inspeo visual permite apenas detectar o padro inconstante das oscilaes de preos.

    FIGuRA 1 COMPORTAMENTO DOS PREOS FuTuRO E DO RETORNO DOS PREOS FuTuROS DE CAF ARBICA, NO PERODO DE 2003 A 2009.

    FONTE: BM&FBOVESPA (2010)

    As caractersticas observadas na srie de retorno so compatveis com a hiptese de no-normalidade e leptocurtose, ou seja, um choque que afete o preo futuro do caf arbica pode implicar em vrios perodos de volatili-dade no mercado, fato esse que pode ser comprovado por meio do teste de normalidade de Jarque-Bera (Figura 2).

    preos, sendo que, a inspeo visual permite apenas detectar o padro inconstante das oscilaes de preos.

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    FIGuRA 2 HISTOGRAMA E SuMRIO ESTATSTICO DOS RETORNOS SOBRE OS PREOS FuTuROS DE CAF ARBICA NA BM&FBOVESPA, NO PERODO DE 2003 A 2009.

    Fonte: Dados da Pesquisa

    No tocante ao clculo da volatilidade histrica, buscou-se incorporar na anlise da srie de retornos dirios por meio do emprego de mdia mvel, a anlise da volatilidade no decorrer dos dias de negociao, com o procedimento de Parkinson (1980) e o procedimento de Garman e Klass (1980) e a volatilida-de condicional, com a estimao do modelo GARCH (1,1)12. Na Figura 2 so apresentados os clculos dos diferentes mtodos de extrao da volatilidade, sendo que, para efeito de comparao, utiliza-se uma janela recursiva de 30 dias. Verifica-se uma semelhana entre as volatilidades VMA, VHL e VHLC. O procedimento de Parkinson (1980) capta a volatilidade intradiria, por meio da anlise dos preos mnimos e mximos dirios, enfatizando assim, os perodos de baixa volatilidade no mercado. O mtodo GARCH destoa das demais volatilidades histricas, captando picos de volatilidade, fato esse que demonstra a dependncia temporal nos retornos dirios dos ativos (Figura 3).

    12 O modelo GARCH (1,1) foi escolhido com base no menor valor do critrio Akaike e Schwarz.

    ser comprovado por meio do teste de normalidade de Jarque-Bera (Figura 2).

    0

    40

    80

    120

    160

    200

    240

    -0.05 0.00 0.05

    Series: LNCAFESample 1 1731Observations 1730

    Mean 0.000589Median 0.000382Maximum 0.072855Minimum -0.081854Std. Dev. 0.017883Skewness 0.062710Kurtosis 4.373640

    Jarque-Bera 137.1470Probability 0.000000

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    FIGuRA 3 VOLATILIDADES HISTRICAS ANuALIzADAS DO RETOR-NO DOS PREOS FuTuROS DE CAF ARBICA NA BM&FBOVESPA.

    FONTE: Dados da Pesquisa. (*) Volatilidades: mdia mvel (VMA); procedimento High-Low de Parkinson (VHL) ; procedimento High-Low-Close de Garman e Klass (VHLC) e o modelo GARCH (1,1).

    Feito o clculo da volatilidade pelos diferentes mtodos de induo retroativa, parte-se para o clculo da volatilidade implcita. Obedecendo aos critrios de Macbeth e Merville (1979), procedeu-se ao clculo da volatilidade implcita no-dinheiro, doravante denominada VOI e a volatilidade implcita ponderada pela mdia das volatilidades do mesmo vencimento, doravante denominada VOI-P. Na Figura 4, verifica-se que a ponderao reduziu os efeitos de picos de volatilidade.

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    FIGURA 4 VOLATILIDADES IMPLCITA ARBICA NA BM&FBOVESPA.

    FONTE: Dados da Pesquisa. (*) As volatilidade so: volatilidade implcita no-dinheiro (VOI) calculada com base no procedimento de Macbeth e Merville (1979) e volatilidade implcita no-dinheiro ponderada (VOI-P).

    3.3. Resultados da Apreamento das Opes de Venda

    Para avaliar as 949 observaes, representativas de 105.655 opes de venda sobre futuros de caf arbica na BM&FBOVESPA, so comparados os preos tericos com os preos de mercado (Tabela 1).

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    TABELA 1 RESULTADOS DA APREAMENTO DAS OPES DE VENDA COM VOLATILIDADES HISTRICA E IMPLCITA PARA DIFERENTES JANELAS TEMPORAIS

    Fonte: Resultados da Pesquisa. (*) Coeficientes no estatisticamente significativos ao nvel de 1%; NS Coeficientes no significativos ao nvel de 5%; ERM o erro relativo mdio.

    No tocante anlise da volatilidade histrica, o aumento da janela recursiva reduz os erros de apreamento para a volatilidade VMA, e de modo geral, aumenta os erros para as demais volatilidades histricas. Com exceo da volatilidade VCH, houve subavaliao das opes com o uso da volatilidade histrica. Quanto utilizao da volatilidade implcita, verifica-se uma su-peravaliao das opes, porm ao comparar com os resultados obtidos com a volatilidade histrica, houve uma melhora significativa no apreamento, principalmente na volatilidade implcita ponderada (VOI-P).

    Em termos estatsticos, o teste de Tukey, por meio da diferena absoluta entre a mdia dos preos tericos e do valor dos prmios praticados no mercado, indica que os resultados para volatilidade histrica VMA, VHL e GARCH foram superiores a diferena mnima significativa calculada pelo teste, demonstran-do que as mdias no so estatisticamente iguais ao nvel de significncia de 5%, com exceo da volatilidade VMA com 90 dias de janela recursiva. Cabe destacar que no apreamento com essas volatilidades (VMA, VHL e GAR-CH), uma grande parcela da amostra foi subavaliada, enquanto que com a volatilidade histrica VCH e as volatilidades implcitas houve um equilbrio entre as opes subavaliadas e superavaliadas. Com base nos erros relativos mdios observados e no teste de Tukey foi feita a escolha da janela recursiva adequada para cada metodologia de extrao da volatilidade histrica: 90

    Histrica e Implcita para diferentes janelas temporais

    ERM

    Mdia Modelo

    Diferena do Mercado

    % Sub Precificado

    Erro Mnimo

    Erro Mximo

    VM

    A

    30 -15,71% 5,06 0,92NS 70,81% -99,99% 368,42% 45 -15,14% 5,05 0,92NS 71,55% -99,93% 356,99% 60 -13,65% 5,06 0,91NS 69,34% -98,83% 359,86% 75 -12,31% 5,14 0,83NS 68,18% -98,98% 342,83% 90 -11,39% 5,19 0,79* 67,76% -98,91% 360,15%

    VH

    L

    30 -47,50% 3,73 2,24 NS 91,25% -100,00% 324,99% 45 -50,21% 3,70 2,27 NS 92,41% -100,00% 317,07% 60 -52,28% 3,62 2,35 NS 94,20% -100,00% 314,17% 75 -52,28% 3,62 2,35 NS 94,20% -100,00% 314,17% 90 -50,31% 3,69 2,28 NS 94,10% -100,00% 324,45%

    VC

    H

    30 26,27% 6,06 0,68 50,79% -98,95% 404,52% 45 20,97% 6,04 0,42 49,53% -97,97% 433,42% 60 22,89% 6,06 0,28 48,47% -96,83% 384,60% 75 21,28% 5,99 0,23 45,84% -97,76% 448,99% 90 23,98% 5,98 0,24 43,73% -98,65% 466,85%

    Gar

    ch 30 -19,71% 4,65 1,32 NS 76,71% -100,00% 299,32%

    60 -58,63% 2,89 3,09 NS 93,57% -100,00% 692,86% 90 -87,84% 1,48 4,49 NS 96,78% -100,00% 735,18%

    VOI 8,02% 5,94 0,03 51,53% -99,99% 653,64% VOI-P 3,82% 5,83 0,15 51,63% -99,89% 570,16%

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    dias para VMA, 30 dias para VHL e GARCH e 45 dias para VCH, sendo assim, parte-se para a anlise dos diferentes extratos da amostra utilizada.

    Em seguida, partiu-se para a anlise dos erros de apreamento de cada ano do perodo selecionado (Tabela 2). Verifica-se que o aumento dos contratos de opo de venda sobre futuros de caf arbica de 2003 para 2004 e de 2006 para 2007 foi seguido de uma reduo da subavaliao nos modelos com volatilidade histrica. Em contrapartida, nos perodos em que houve redu-o dos contratos futuros houve piora dos resultados de apreamento. Cabe destacar que 2005 se configura com uma exceo, sendo que os resultados dos modelos com volatilidade histrica VHL e GARCH apresentaram leve melhora dos resultados, enquanto que os modelos com volatilidade VMA e VCH apresentaram um aumento da superavaliao das opes. Enfim, desse modo verifica-se que os resultados dos modelos com a utilizao da vola-tilidade histrica esto diretamente relacionados com o nvel de contratos transacionados, ou seja, com a liquidez de mercado.

    TABELA 2 RESULTADOS DE APREAMENTO DAS OPES DE VENDA COM VOLATILIDADES HISTRICA E IMPLCITA PARA CADA ANO DO PERODO ANALISADO

    VMA VHL VCHGAR-

    CH VOI VOI-P CN*2003 -25.48% -53.13% -11.63% -57.49% 9.13% 6.31% 14655.002004 -13.34% -44.83% 35.38% -35.84% 10.33% 6.78% 24253.002005 14.21% -23.11% 48.03% -27.20% 12.29% -0.40% 11867.002006 -27.03% -49.35% -7.01% -32.25% 7.60% 2.82% 12632.002007 -6.63% -48.19% 19.40% -25.38% 14.51% 12.69% 27211.002008 -11.92% -48.61% 6.48% 22.30% -0.26% 0.48% 25471.002009 -17.10% -49.58% -22.91% -27.91% 0.20% -1.58% 5423.00

    FONTE: Resultados da Pesquisa. (*) Contratos Negociados.

    Quanto a volatilidade implcita no-dinheiro, obtida por meio do procedimento de Macbeth e Merville (1979), independente do ano analisado, os resultados foram sistematicamente melhores do que com o uso da volatilidade histrica. Na anlise da volatilidade implcita ponderada, no houve grandes divergn-cias da volatilidade implcita, com exceo dos anos de 2005 e 2006, perodos que apresentaram quedas significativas dos contratos de opes de venda negociados. Ou seja, nessas ocasies a ponderao da volatilidade implcita foi til para contornar o problema de liquidez, melhorando os resultados de apreamento.

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    TABELA 3 - RESuLTADOS DE APREAMENTO DAS OPES DE COM-PRA PARA DIFERENTES GRAuS DE Moneyness

    FONTE: Resultado da Pesquisa

    * Coeficientes no estatisticamente significativos ao nvel de 1%. NS - Co-eficientes no estatisticamente significativos ao nvel de 5%. ERM o erro relativo mdio e Dif. a diferena entre os prmios observados e estimados pelos diferentes modelos de apreamento.

    Na anlise do grau de moneyness (Tabela 3) verifica-se que as opes mais afastadas do-dinheiro (DOTM e DITM) foram as que apresentaram os maiores erros relativos mdios. Desse modo, verifica-se o fato estilizado conhecido como sorriso da volatilidade no apreamento de opes sobre futuros de caf arbica. Com exceo das opes no-dinheiro (ATM), os melhores resultados na precificao foram obtidos com a utilizao da volatilidade implcita, sen-do que a ponderao dessa volatilidade melhorou ainda mais os resultados de precificao, com exceo das opes DITM. Em termos estatsticos, os modelos de apreamento em que utilizou-se as volatilidades histricas VHL e GARCH, no se mostraram adequados, dados que apenas para as opes OTM ambos foram estatisticamente significativos.

    de Moneyness

    Volat. DITM ITM ATM OTM DOTM

    ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. VMA -25,41% 2,26* -6,00% 0,50* -4,74% 0,97 -29,12% 1,15 -41,66% 0,91* VHL -62,69% 3,20NS -45,69% 2,12 NS -31,47% 2,85NS -49,15% 1,96* -76,99% 1,61NS VCH 31,62% 0,85 21,89% 0,54* 7,22% 0,36 -8,51% 0,47 -33,05% 0,68*

    GARCH -53,26% 2,95NS -20,21% 1,05 NS -15,16% 1,58* -43,93% 1,49 -82,85% 1,81 NS VOI -23,49% 2,21* 9,98% 0,05 7,89% 0,03 6,14% 0,03 14,18% 1,37*

    VOIP -31,95% 2,45* 5,34% 0,05 5,93% 0,13 1,87% 0,13 4,17% 1,45* n 25 510 215 175 24

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    TABELA 4 - RESuLTADOS DO APREAMENTO DAS OPES DE COM-PRA PARA DIFERENTES VENCIMENTOS

    FONTE: Resultado da Pesquisa

    * Coeficientes no estatisticamente significativos ao nvel de 1%. NS - Coefi-cientes no estatisticamente significativos ao nvel de 5%.

    Na anlise dos diferentes vencimentos do ativo-subjacente (Tabela 4) verifica-se que as volatilidades histricas VMA e VCH foram as que apre-sentaram os melhores resultados para os vencimentos de maro e setembro, respectivamente, enquanto que para os demais contratos o melhor resultado foi da volatilidade implcita ponderada. Em termos estatsticos os modelos com volatilidade VHL e GARCH no se mostraram adequados, sendo que so-mente foram estaticamente significativos para os vencimentos de maio e julho, respectivamente. As volatilidades histricas VMA e VCH seguem a mesma dinmica, sendo que do contrato de maro para maio aumenta a subavaliao das opes, enquanto que do contrato de setembro para dezembro aumenta a superavaliao das mesmas. Quanto a ponderao da volatilidade implcita, houve melhora em todos os vencimentos analisados, sendo a melhora mais expressiva foi obtida no contrato de maio, um contrato com baixa liquidez, no comparativo com os demais contratos.

    Enfim, busca-se avaliar os resultados de apreamento considerando diferentes perodos de maturidade das opes (Tabela 5). Na anlise dos mo-delos com volatilidade histrica, verifica-se que com exceo da volatilidade VCH h uma subavaliao das opes, independente do prazo de maturidade analisado. A volatilidade histrica VCH, assim com as volatilidades implcitas, superavalia as opes de venda. Com exceo das opes com prazos curtos de maturidades, os melhores resultados so obtidos com a utilizao da vo-latilidade implcita ponderada.

    Vencimentos

    Volat. MAR MAI JUL SET DEZ ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. VMA 4,99% 0,02 -15,14% 0,47 -11,29% 0,26 -18,52% 1,42* -5,92% 0,32 VHL -28,09% 1,78NS -30,13% 1,35NS -46,15% 1,33* -50,37% 3,32NS -40,07% 1,63NS VCH 46,64% 0,35 7,23% 0,23 4,50% 0,18 -2,41% 0,56 22,04% 0,54

    GARCH -34,23% 1,89 NS -9,85% 0,52 -29,83% 1,10* -22,74% 1,69NS -32,00% 1,12NS VOI 9,03% 0,75 10,96% 0,14 0,89% 0,10 9,50% 0,02 5,23% 0,02

    VOI-P 7,83% 0,77 1,38% 0,14 0,42% 0,68 3,95% 0,01 3,24% 0,07 n 123 98 47 427 254

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    TABELA 5 - RESuLTADOS DO APREAMENTO DAS OPES DE COM-PRA PARA DIFERENTES MATuRIDADES

    FONTE: Resultado da Pesquisa

    * Coeficientes no estatisticamente significativos ao nvel de 1%. NS - Coefi-cientes no estatisticamente significativos ao nvel de 5%.

    Com exceo dos procedimentos que incorporam na anlise a volatilidade intradiria (VHL e VCH), verifica-se que, no comparativo entre os diferentes prazos de maturidade, as opes de venda com prazo mdio de maturidade (45 a 90 dias) so melhor precificadas. Em termos estatsticos, a volatilidade VHL no foi estatisticamente significativa para nenhum dos prazos de ma-turidade utilizados, enquanto que a volatilidade GARCH s tem significncia estatstica para opes de at 45 dias de maturidade.

    4. Concluso

    reconhecida a importncia histrica do caf para a economia brasileira e com a crescente importncia dos instrumentos de derivativos na gesto de risco do setor cafeeiro, o presente estudo buscou avaliar sob vrios aspectos a aplicabilidade da Frmula de Black no apreamento de opes sobre con-tratos futuros de caf arbica. Alm da preocupao com a identificao da volatilidade mais apropriada a ser utilizada na determinao dos prmios das opes agropecurias, deu-se especial ateno aos resultados em diferentes extratos da amostra: diferentes anos, diferentes vencimentos, graus de mo-neyness e maturidade distintas.

    De maneira geral, visvel o melhor desempenho do apreamento de opes sobre futuros de caf arbica com a utilizao da volatilidade implcita do que as metodologias de clculo com volatilidade histrica propostas. Considerando a ponderao da volatilidade implcita, verifica-se que essa metodologia

    Tabela 5 - Resultados do Apreamento das Opes de Compra para Diferentes Maturidades

    n Time VMA VHL VCH GARCH VOI VOI-P

    ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif. ERM Dif.

    294 < 45 -16,34% 0,53 -43,57% 1,3

    3,60% 0,12 -34,62% 0,91 14,25% 0,02 4,88% 0,16 NS

    357 45 - 90 -8,39% 0,51 -46,40% 2,03

    NS 15,59% 0,18 -20,37% 0,99

    3,77% 0,06 2,89% 0,11 NS

    298 > 90 -10,10% 1,37

    -42,42% 3,43

    NS 17,28% 0,25 -23,90% 2,13

    6,98% 0,01 3,91% 0,17 * NS Fonte: Resultado da Pesquisa

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    adequada para todos os modelos utilizados na anlise das opes de venda, devido reduo dos erros de apreamento.

    Quanto volatilidade histrica, uma dificuldade inicial definir a janela recursiva a ser utilizada no clculo. No presente estudo testou-se as janelas de 30, 45, 60,75 e 90 dias. Sendo que, uma janela recursiva maior melhora a apreamento quando se utiliza a volatilidade histrica com o procedimento de mdia mvel (VMA). Porm, os procedimentos de Parkinson (VHL) e Garman e Klass (VCH) apresentam melhores resultados com janelas menores, de 30 e 45 dias, respectivamente.

    Por meio da anlise dos resultados em cada ano do perodo selecionado, buscou-se fazer um contraponto com a liquidez de mercado, comparando com o total de contratos negociados. No possvel fazer uma correlao direta entre erros de apreamento e nmero de contratos, porm, verifica-se que em perodos de aumento dos contratos negociados houve uma reduo dos erros nos modelos com volatilidade VMA e VHC. Como grande parcela das observaes subprecificada nesses modelos, logo, houve uma melhoria no apreamento em ambiente de maior liquidez.

    No tocante ao conceito de liquidez, partiu-se para a anlise de cada vencimen-to dos contratos futuros. Como o contrato de julho que apresenta a menor liquidez no foi o contrato com pior resultados, no foi possvel estabelecer uma relao direta entre liquidez e erros de apreamento. Porm, verificou-se o aumento da subavaliao no comparativo com o vencimento de maro para maio e aumento da superavaliao no comparativo do vencimento de setembro com dezembro, com a utilizao das volatilidades histricas VMA e VCH. Ou seja, o aumento da superavaliao ou subavaliao est relacionado a rolagem de posio entre os contratos futuros em perodos primordiais do ciclo produtivo do caf.

    Na anlise dos diferentes graus de moneyness, comprovou-se que nas opes sobre futuros de caf arbica tambm existe o fato estilizado conhecido como sorriso da volatilidade, em que os erros de apreamento so maiores em opes mais afastadas do dinheiro e menores nas opes mais prximas do dinheiro. Quanto ao perodo de maturidade, os resultados destoam dependendo do pro-cedimento de clculo da volatilidade adotada. As volatilidades que incorporam na anlise a volatilidade intradiria (VHL e VCH), apresentam os melhores resultados para o menor perodo de maturidade analisado, enquanto que as demais volatilidades, o melhor resultado de apreamento ocorre quando se precificam opes de vena com prazo mdio de maturidade.

    Enfim, dada a diversidade de modelos existentes para o apreamento de opes sobre contratos futuros, a abordagem utilizada nesse trabalho, sob diversos aspectos para diversos extratos da amostra pode ser replicada em outros trabalhos para analisar os resultados de modelos mais complexos. Entre as contribuies desse trabalho, esto o procedimento de Macbeth e Merville

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    (1979) para o clculo da volatilidade implcita no dinheiro e a ponderao na volatilidade implcita que foi capaz de amenizar o problema da baixa liquidez na negociao de opes de futuros de caf arbica, melhorando os resultados dos modelos de apreamento. Porm, no que tange a volatilidade histrica, apesar das diversas tcnicas existentes, h uma carncia de metodologias que captem adequadamente a volatilidade intradiria, para empreg-la de maneira eficiente na precificao de opes.

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    Recebido em: 13 de agosto de 2010

    Primeira resposta em: 16 de novembro de 2010

    Aceite em: 25 de abril de 2011