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CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA MUNICIPAL B O L E T I M 2340 (1407) N.º 1140 23 Q U A R T A - F E I R A DEZEMBRO 2015 - Deliberação n.º 349/AML/2015: - Proposta n.º 668/CM/2015 - Permuta do prédio municipal denominado “Palácio do Machadinho” pelos prédios particulares descritos no registo predial sob os n. os 247 e 248 da freguesia de Carnide, nos termos da proposta Subscrita pelo Sr. Vereador Manuel Salgado. Votação na CML: Aprovada por maioria, com 11 (onze) votos a favor e 4 (quatro) votos contra. Votação na AML: Aprovada por maioria, com a seguinte votação: Favor - PS, PCP, PEV, PNPN e 6 IND - Contra: BE, CDS-PP, MPT, PAN, 2 D.M. PSD - Abstenção: 3 D.M. PSD. Os restantes Deputados Municipais do PSD não estavam presentes na sala no momento da votação. Proposta n.º 668/2015 Assunto: Aprovar submeter à apreciação da Assembleia Municipal a permuta do prédio municipal denominado “Palácio do Machadinho” pelos prédios particulares descritos no registo predial sob os n. os 247 e 248 da freguesia de Carnide Pelouro: Vereador Manuel Salgado. Serviço: DMGP. Considerando que: a) Na reunião de Câmara de 17 de junho de 2015 foi aprovada a Proposta n.º 322/2015, relativa ao início do procedimento de delimitação da Unidade de Execução do Parque Urbano da Pontinha e à abertura do período de discussão pública; b) A área desta Unidade de Execução não se encontra abrangida por plano de pormenor, pelo que, nos termos do Aviso n.º 7280/2015, publicado no «Diário da República», 2.ª Série, n.º 126, de 1 de julho, decorreu o período de discussão pública da delimitação da Unidade de Execução do Parque Urbano da Pontinha, pelo prazo de 22 dias úteis a contar de 7 de julho de 2015, nos termos do disposto no artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, que aprovou o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, e por força do n.º 4 do artigo 120.º do mesmo diploma; c) Findo o período de discussão pública, foi feita a ponderação dos respetivos resultados nos termos da discussão pública dos planos de pormenor, submetendo-se, nesta data, a deliberação da Câmara a aprovação definitiva da delimi- tação da Unidade de Execução; d) A Unidade de Execução reforça as competências do Município em matéria de promoção da execução coorde- nada e programada dos planos que este aprova e de um urbanismo de parcerias, com ganhos de tempo, determinando que os particulares assumam o dever de concretizarem e adequarem as suas pretensões às metas e prioridades dos planos; e) A delimitação da Unidade de Execução da Pontinha decorre dos objetivos gerais definidos no PDM de Lisboa, visando concretizar uma solução integradora que permita requalificar esta área da Cidade, cujo desenho urbano irá materializar-se de modo a atingir os seguintes objetivos: i) Desenvolver a coesão territorial e social, diluindo o efeito da fragmentação que atualmente esta zona patenteia; ii) Potenciar a afirmação deste território expetante, como uma nova centralidade polarizadora em torno de uma porta de entrada da cidade de grande acessibilidade metropolitana, área que se configura como importante catalisador de novas atividades num território ainda desqualificado e periférico; iii) Garantir a continuidade física do sistema de corredores verdes estruturantes da cidade, nomeadamente o do Arco Periférico; iv) Instalar novos usos e novas valências funcionais, prefe- rencialmente, os serviços, novas atividades emergentes em articulação com o parque tecnológico e de um parque urbano equipado e diversificado; v) Adequar o sistema de acessibilidades e a oferta de estacio- namento de acesso público e privado em função da ocupação urbana a consignar na área da Unidade de Execução, bem como estacionamentos dissuasores da entrada na cidade; vi) Compatibilizar e adequar a proposta com os planos em desenvolvimento para este território, nomeadamente o Parque Tecnológico e empresarial de Lisboa, promovendo a articulação formal e funcional coim as áreas do Lispolis, IAPMEI e área envolvente. f) A Unidade de Execução do Parque Urbano da Pontinha concretizar-se-á mediante o sistema de imposição adminis- trativa, pertencendo ao Município a iniciativa de delimitação, o estabelecimento da programação, a execução do plano e controlo das mesmas; g) Nos ternos previstos no artigo 124.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, no sistema de imposição administrativa, a iniciativa de execução do plano pertence ao município que atua, diretamente ou mediante concessão de urbanização, de acordo com os meios previstos na lei, como sejam, o direito de preferência, a demolição de edifícios, a expropriação, a reestruturação da propriedade e o reparcelamento do solo urbano; h) Nos termos do Despacho do Senhor Vereador Manuel Salgado, de 22 de junho de 2015 (cf. Anexo I), foi autorizado que se iniciassem os procedimentos tendentes à concretização do processo expropriativo, se necessário, desde logo através da contratação de perito avaliador legalmente habilitado, que definisse os valores a atribuir a cada uma das propriedades particulares identificadas na Planta n.º 15/120/DMGP do Programa Desenhado da Unidade de Execução do Parque Urbano da Pontinha (cf. Anexo II), com encargos autónomos quando for o caso, ao início de contactos com os propri- etários particulares para informação e esclarecimento sobre a operação a levar a cabo pelo Município naquela zona de intervenção e se iniciasse um processo negocial, em fase prévia, à do processo expropriativo;

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O A

M U N I C I P A LB O L E T I M

2340 (1407)N.º 1140 23 Q U A R T A - F E I R A

DEZEMBRO 2015

- Deliberação n.º 349/AML/2015:

- Proposta n.º 668/CM/2015 - Permuta do prédio municipaldenominado “Palácio do Machadinho” pelos prédiosparticulares descritos no registo predial sob os n.os 247e 248 da freguesia de Carnide, nos termos da proposta

Subscrita pelo Sr. Vereador Manuel Salgado.

Votação na CML:

Aprovada por maioria, com 11 (onze) votos a favor e 4 (quatro)votos contra.

Votação na AML:

Aprovada por maioria, com a seguinte votação: Favor - PS, PCP,PEV, PNPN e 6 IND - Contra: BE, CDS-PP, MPT, PAN, 2 D.M.PSD - Abstenção: 3 D.M. PSD.

Os restantes Deputados Municipais do PSD não estavampresentes na sala no momento da votação.

Proposta n.º 668/2015

Assunto: Aprovar submeter à apreciação da Assembleia Municipal a permutado prédio municipal denominado “Palácio do Machadinho” pelos prédiosparticulares descritos no registo predial sob os n.os 247 e 248 da freguesiade Carnide

Pelouro: Vereador Manuel Salgado.Serviço: DMGP.

Considerando que:

a) Na reunião de Câmara de 17 de junho de 2015 foi aprovadaa Proposta n.º 322/2015, relativa ao início do procedimentode delimitação da Unidade de Execução do Parque Urbanoda Pontinha e à abertura do período de discussão pública;

b) A área desta Unidade de Execução não se encontraabrangida por plano de pormenor, pelo que, nos termosdo Aviso n.º 7280/2015, publicado no «Diário da República»,2.ª Série, n.º 126, de 1 de julho, decorreu o períodode discussão pública da delimitação da Unidade de Execuçãodo Parque Urbano da Pontinha, pelo prazo de 22 dias úteisa contar de 7 de julho de 2015, nos termos do dispostono artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro,que aprovou o Regime Jurídico dos Instrumentos de GestãoTerritorial, e por força do n.º 4 do artigo 120.º do mesmodiploma;

c) Findo o período de discussão pública, foi feita a ponderaçãodos respetivos resultados nos termos da discussão públicados planos de pormenor, submetendo-se, nesta data,a deliberação da Câmara a aprovação definitiva da delimi-tação da Unidade de Execução;

d) A Unidade de Execução reforça as competênciasdo Município em matéria de promoção da execução coorde-nada e programada dos planos que este aprova e de umurbanismo de parcerias, com ganhos de tempo, determinandoque os particulares assumam o dever de concretizareme adequarem as suas pretensões às metas e prioridadesdos planos;

e) A delimitação da Unidade de Execução da Pontinhadecorre dos objetivos gerais definidos no PDM de Lisboa,visando concretizar uma solução integradora que permitarequalificar esta área da Cidade, cujo desenho urbano irámaterializar-se de modo a atingir os seguintes objetivos:

i) Desenvolver a coesão territorial e social, diluindo o efeitoda fragmentação que atualmente esta zona patenteia;

ii) Potenciar a afirmação deste território expetante, comouma nova centralidade polarizadora em torno de umaporta de entrada da cidade de grande acessibilidademetropolitana, área que se configura como importantecatalisador de novas atividades num território aindadesqualificado e periférico;

iii) Garantir a continuidade física do sistema de corredoresverdes estruturantes da cidade, nomeadamente o do ArcoPeriférico;

iv) Instalar novos usos e novas valências funcionais, prefe-rencialmente, os serviços, novas atividades emergentesem articulação com o parque tecnológico e de um parqueurbano equipado e diversificado;

v) Adequar o sistema de acessibilidades e a oferta de estacio-namento de acesso público e privado em função da ocupaçãourbana a consignar na área da Unidade de Execução,bem como estacionamentos dissuasores da entrada na cidade;

vi) Compatibilizar e adequar a proposta com os planosem desenvolvimento para este território, nomeadamenteo Parque Tecnológico e empresarial de Lisboa, promovendoa articulação formal e funcional coim as áreas do Lispolis,IAPMEI e área envolvente.

f) A Unidade de Execução do Parque Urbano da Pontinhaconcretizar-se-á mediante o sistema de imposição adminis-trativa, pertencendo ao Município a iniciativa de delimitação,o estabelecimento da programação, a execução do planoe controlo das mesmas;

g) Nos ternos previstos no artigo 124.º do Regime Jurídicodos Instrumentos de Gestão Territorial, no sistemade imposição administrativa, a iniciativa de execução do planopertence ao município que atua, diretamente ou medianteconcessão de urbanização, de acordo com os meios previstosna lei, como sejam, o direito de preferência, a demoliçãode edifícios, a expropriação, a reestruturação da propriedadee o reparcelamento do solo urbano;

h) Nos termos do Despacho do Senhor Vereador ManuelSalgado, de 22 de junho de 2015 (cf. Anexo I), foi autorizadoque se iniciassem os procedimentos tendentes à concretizaçãodo processo expropriativo, se necessário, desde logo atravésda contratação de perito avaliador legalmente habilitado, quedefinisse os valores a atribuir a cada uma das propriedadesparticulares identificadas na Planta n.º 15/120/DMGPdo Programa Desenhado da Unidade de Execução do ParqueUrbano da Pontinha (cf. Anexo II), com encargos autónomosquando for o caso, ao início de contactos com os propri-etários particulares para informação e esclarecimento sobrea operação a levar a cabo pelo Município naquela zonade intervenção e se iniciasse um processo negocial, em faseprévia, à do processo expropriativo;

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M U N I C I P A LB O L E T I M

2340 (1408) N.º 114023 Q U A R T A - F E I R A

DEZEMBRO 2015

i) Neste sentido, a Direção Municipal de Gestão Patrimonialiniciou o processo negocial com o Fundo de InvestimentoImobiliário Fechado - Imogestão, gerido e representado pelaSelecta - Sociedade Gestora de Fundos de InvestimentoImobiliário, S.A., enquanto proprietário das parcelas identi-ficadas com os n.ºs 12 e 14 do Programa Desenhado -Proposta de Solução Urbanística, correspondentes aosprédios descritos no registo predial sob os n.ºs 247 e 248da freguesia de Carnide, inscritos na matriz predial rústicada freguesia de Carnide sob os artigos 55 e 67, respeti-vamente, com a área total registada de 30.000 m2 e medidaem planta de 24.400 m2, doravante designados, em conjunto,por Prédios Particulares (cf. Anexo III);

j) Tais negociações tiveram por balizas os parâmetros urba-nísticos estabelecidos nos termos de referência da Unidadede Execução, que prevê o índice médio de 0,80 de utilizaçãodos Prédios Particulares, a que corresponde uma superfíciede pavimento acima do solo de 19.200 m2 para os PrédiosParticulares, bem como os valores fixados pelo perito avaliadornos relatórios elaborados para o efeito (cf. Anexo IV);

k) No âmbito do processo negocial, foi possível chegara acordo quanto aos termos e condições para a realizaçãode uma operação de permuta dos Prédios Particulares peloprédio municipal denominado “Palácio do Machadinho”, sitona Rua do Machadinho, 12 a 22, em Lisboa, descrito emsede de registo predial sob o n.º 856 da freguesia de Santos--o-Velho e inscrito na matriz predial urbana da freguesiada Estrela sob o artigo 1033, o qual é classificado e se encontraatualmente ocupado pela Direção Municipal de Cultura,doravante designado por Prédio Municipal (cf. Anexo V);

l) Esta operação de permuta permite a adequada gestãoda liquidez de tesouraria do Município e a imediata aquisiçãodos Prédios Particulares sem necessidade de recorrerà expropriação, justificando-se, neste caso, fixar o valorunitário por superfície de pavimento em 150 euros/m2,ligeiramente acima do valor de 140/m2 acordado com algunsproprietários de parcelas abrangidas pela Unidade de Execuçãoque exigiram receber em dinheiro, encontrando-se, noentanto, dentro da margem de valores apurado pelo peritoda lista oficial no relatório de avaliação elaborado para efeitosdo processo expropriativo;

m) Nestes termos, foi possível acordar para os PrédiosParticulares o valor unitário de 150 euros/m2, o que parauma área superfície de pavimento acima do solo de 19.200 m2corresponde ao valor global de 2.880.000 euros (dois milhõesoitocentos e oitenta mil euros);

n) Relativamente à valorização do Prédio Municipal, cadaparte solicitou 2 (duas) avaliações imobiliárias a empresasdevidamente certificadas, existindo convergência entre osvalores emitidos pelas 4 (quatro) diferentes entidades, comdiferenças inferiores a 20 % (cf. Anexo VI);

o) Assim, foi acordado desconsiderar as avaliações imobi-liárias de valor mais elevado e mais baixo valores e calcularo valor do prédio municipal, para efeitos de permuta, atravésda média aritmética das 2 (duas) avaliações intermédias,obtendo-se, desta forma, o valor de mercado para o Prédio

Municipal de 3.856.175,34 euros (três milhões oitocentose cinquenta e seis mil cento e setenta e cinco euros e trintae quatro cêntimos);

p) O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado - Imogestão,gerido e representado pela Selecta - Sociedade Gestorade Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., entregará nadata da celebração do contrato definitivo a posse dos PrédiosParticulares ao Município e que o Município continuaráa utilizar e a manter a posse do Palácio do Machadinho peloprazo de 42 (quarenta e dois) meses a contar a datade aprovação da presente proposta pela Assembleia Municipal,permitindo esta solução assegurar o planeamento e a desloca-lização atempada dos serviços da Direção Municipal de Culturapara outro imóvel municipal;

q) A opção das partes pela operação de permuta nos termose condições previstos na presente proposta e na minutade contrato-promessa de permuta surge como a alternativapossível para evitar o recurso à expropriação, nos termosdo processo iniciado com a aprovação pela Câmarada Proposta n.º 322/2015;

r) A operação de permuta deve obedecer ao disposto na Lein.º 75/2013, de 12 de setembro, devendo a Câmara, sempreque o valor de alienação seja superior a 505.000 euros(quinhentos e cinco mil euros), correspondente a 1.000 (mil)vezes a remuneração mínima mensal garantida, obtera respetiva autorização da Assembleia Municipal, ficando,igualmente, a operação de permuta sujeita a visto préviodo Tribunal de Contas, que deverá apreciar a minutado respetivo contrato.

Nestes termos, tenho a honra de propor que a CâmaraMunicipal delibere submeter à apreciação da AssembleiaMunicipal, ao abrigo do disposto na alínea ccc) do n.º 1do artigo 33.º e da alínea i) do n.º 1 do artigo 25.º da Lein.º 75/2013, de 12 de setembro:

1 - A permuta do prédio municipal classificado denominado“Palácio do Machadinho”, sito na Rua do Machadinho,12 a 22, em Lisboa, descrito em sede de registo predialsob o n.º 856 da freguesia de Santos-o-Velho e inscritona matriz predial urbana da freguesia da Estrela sobo artigo 1033, identificado na Planta n.º 15/122/DMGP(cf. Anexo VII), ao qual é atribuído o valor de 3.856.175,34 euros(três milhões oitocentos e cinquenta e seis mil centoe setenta e cinco euros e trinta e quatro cêntimos), pelasparcelas de terreno identificadas com os n.ºs 12 e 14 doPrograma Desenhado - Proposta de Solução Urbanística,correspondentes aos prédios descritos no registo predial sobos n.ºs 247 e 248 da freguesia de Carnide e inscritosna matriz predial rústica da mesma freguesia sob os artigos 55e 67, respetivamente, com a área de 16.365 m2 e 13.635 m2e individualizados na Planta n.º 15/123/DMGP (cf. AnexoVIII), às quais é atribuído o valor de 1.571.040 euros (ummilhão quinhentos e setenta e um mil e quarenta euros)e de 1.308.960 euros (um milhão trezentos e oito milnovecentos e sessenta euros);

2 - Aceitar que a diferença de valores da operação de permuta,no montante de 976.175,34 euros (novecentos e setentae seis mil cento e setenta e cinco euros e trinta e quatro euros),

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seja imputado à manutenção da posse pelo Municípiodo “Palácio do Machadinho” pelo prazo de 42 (quarentae dois) meses a contar a data de aprovação da presenteproposta pela Assembleia Municipal, solução que permiteo planeamento e a deslocalização atempada dos serviçosda Direção Municipal de Cultura para outro imóvelmunicipal sem realização de despesa, montante que, tendopor referência os valor de mercado para arrendamentos nãohabitacionais para a área atualmente ocupada, se consideraequilibrado do ponto de vista económico e ajustado à defesados interesses do Município;

3 - A celebração de um contrato-promessa de permuta,nos termos da minuta em anexo (cf. Anexo IX);

ANEXOS

I. Despacho do Senhor Vereador Manuel Salgado, de 22 de junhode 2015;

II. Planta n.º 15/120/DMGP;

III. Documentação registral das Parcelas n.ºs 12 e 14;

IV. Relatório do Perito Avaliador para efeitos do processoexpropriativo;

V. Documentação registral do prédio municipal;

VI. Relatórios de avaliação do prédio municipal;

VII. Planta n.º 15/122/DMGP;

VIII. Planta n.º 15/123/DMGP;

IX. Minuta de contrato-promessa de permuta.

(Processo n.º 29 200/CML/15.)

Justificação de valores

1 - Introdução:

A Direção Municipal de Gestão Patrimonial iniciou o processonegocial com o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado- Imogestão, gerido e representado pela Selecta - SociedadeGestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., enquantoproprietário das parcelas identificadas com os n.os 12 e 14do Programa Desenhado - Proposta de Solução Urbanística,correspondentes aos prédios rústicos descritos no registopredial sob os n.ºs 247 e 248 da freguesia de Carnide,inscritos na matriz predial rústica da freguesia de Carnidesob os artigos 67 e 55, respetivamente, com a área totalregistada de 30.000 m2.

Tais negociações tiveram em consideração os parâmetrosurbanísticos estabelecidos nos termos de referência da Unidadede Execução, que prevê o índice médio de 0,80 de utilizaçãodos Prédios Particulares, o que para uma área real medidade 24.000 m2 de terreno, corresponde a uma superfíciede pavimento acima do solo de 19.200 m2.

No âmbito do processo negocial, foi possível chegar a acordoquanto aos termos e condições para a realização de uma operaçãode permuta das Parcelas 12 e 14 pelo prédio municipaldenominado “Palácio do Machadinho”, sito na Rua do Machadinho,

12 a 22, em Lisboa, descrito no registo predial sob o n.º 856da freguesia de Santos-o-Velho, inscrito na matriz predialurbana da freguesia da Estrela sob o artigo 1033, o qualé classificado e se encontra atualmente ocupado pela DireçãoMunicipal de Cultura.

2 - Valor das Parcelas 12 e 14:

Constituindo uma operação de permuta, com pagamento emespécie, e não sendo necessário um esforço de tesouraria,assumiu-se como razoável um valor unitário por superfíciede pavimento em 150 euros/m2, ligeiramente acima do valorde 140 euros/m2 acordado com alguns proprietáriosde parcelas abrangidas pela Unidade de Execução que exigiramreceber em dinheiro, encontrando-se, no entanto, dentroda margem de valores apurado pelo perito avaliadorno relatório de avaliação elaborado para efeitos do processoexpropriativo.

Nestes termos, foi possível acordar para as Parcelas 12 e 14,acima identificadas, o valor unitário de 150 euros/m2,o que para uma área superfície de pavimento acima do solode 19.200 m2, corresponde ao valor global de 2.880.000 euros(dois milhões oitocentos e oitenta mil euros).

3 - Valor do “Palácio do Machadinho”:

Relativamente à valorização do prédio municipal, cada partesolicitou 2 (duas) avaliações imobiliárias a empresas devida-mente certificadas, existindo convergência entre os valoresemitidos pelas 4 (quatro) diferentes entidades, com diferençasrelativas inferiores a 20 %.

Consideraram-se neste caso as avaliações imobiliárias quese encontram mais próximo do valor intermédio, eliminandoportanto os 2 extremos. Através da média aritmética dessas2 (duas) avaliações intermédias, obtém-se o valor de mercadopara o prédio municipal de 3.856.175,34 euros (três milhõesoitocentos e cinquenta e seis mil cento e setenta e cincoeuros e trinta e quatro cêntimos).

Este valor foi obtido com base nas avaliações e critériosseguintes:

- RIGHTVALUE - Foi determinado um valor de mercadode 4.400.000 euros, para uma área de construção de 2.950 m2,o que perfaz um valor unitário de 1.491,53 euros/m2;

- UON CONSULTING - Foi determinado um valor de mercadode 4.455.000 euros, para uma área de construção de 2.741 m2,o que perfaz um valor unitário de 1.625,32 euros/m2;

- ENGIVALOR - Foi determinado um valor de mercado de3.800.000 euros, para uma área de construção de 2.556 m2,o que perfaz um valor unitário de 1.486,70 euros/m2;

- AGUIRRE NEWMAN - Foi determinado um valor de mercadode 3.900.000 euros, para uma área de construção de 2.556 m2,o que perfaz um valor unitário de 1.525,82 euros/m2.

Tendo sido aferidas as áreas de construção do projetode arquitetura, verificou-se que estão mais aproximadasdo existente, as áreas apresentadas pelas empresas ENGIVALORe AGUIRRE NEWMAN, e que convergem numa área de cons-trução de 2.556 m2.

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Assim, uniformizando as áreas de construção, e tendo emconsideração os valores unitários atribuídos pelas empresasde avaliação, fica:

- RIGHTVALUE - 3.812.338,98 euros que corresponde ao produtodo valor unitário atribuído na avaliação de 1.491,53 euros/m2,pela área de construção consensual de 2.556 m2;

- UON CONSULTING - 4.154.315,94 euros que correspondeao produto do valor unitário atribuído na avaliação de1.625,32 euros/m2, pela área de construção consensualde 2.556 m2;

- ENGIVALOR - 3.800.000 euros;- AGUIRRE NEWMAN - 3.900.000 euros.

Nestes termos considerou-se então o critério de eliminar as duasavaliações com valores extremos e calcular a média aritméticados dois valores intermédios, ou seja, 3.812.338,98 euros

e 3.900.000 euros, o que resulta num valor de 3.856.175,34 euros(três milhões oitocentos e cinquenta e seis mil cento e setentae cinco euros e trinta e quatro cêntimos).

4 - Diferença de valores entre os imóveis:

A diferença de valores da operação de permuta é de976.175,34 euros (3.856.175,34 euros - 2.880.000 euros).

Utilizando-se o método do rendimento e aplicando uma yieldde 7 %, considerando market value atribuído ao “Paláciodo Machadinho”, o valor a compensar vai corresponderà manutenção da posse pelo Município do “Paláciodo Machadinho” pelo prazo de 42 (quarenta e dois) meses,ou seja, o não pagamento de rendas durante 42 meses.

Nota: Os restantes anexos referidos na proposta encontram-searquivados na DACM.

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