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Português Prof. Herbert Santos
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ACENTUAÇÃO
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
MONOSSÍLABOS TÔNICOS: monossílabos tônicos serão
acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos
ou não de s.
Ex.: pá, pés, pôs, mês, já.
OXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na última
sílaba . São acentuadas, quando terminarem em A, E,
O, seguidos ou não de “s” e em EM, ENS.
Ex. Corumbá, maracujás, sapé, mocotó.
PAROXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na
penúltima sílaba. São acentuadas, quando terminarem
em UM, UNS, L, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo
crescente (s), N, I (s), R, Ã (s).
Ex. álbum, ágil, fórceps, tórax, pônei, órgão, bônus,
Para uma melhor assimilação desta regra, não se
acentuam as paroxítonas terminadas em A, E, O, EM,
ENS.
PROPAROXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na
antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são
acentuadas.
Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo.
ÉI, ÓI, ÉU: estes ditongos somente receberão acento,
quando forem abertos, seguidos ou não de “s”. Ex.
chapéu, troféus, anéis, réis, destrói.
Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em
palavras paroxítonas: assembleia, plateia, heroico,
paranoico.
AS LETRAS “I”/ “U”: serão acentuadas quando
forem tônicas e formarem hiato, seguido ou não de
“s”. Ex. saída, ataúde, miúdo, balaústre, juízes.
Não se acentua mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas
quando precedidos de ditongo baiuca, boiuna, feiura.
Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais
rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e'
ou 'i' (gue, que, gui, qui).
VERBOS “TER” / “VIR”
Os verbos ter e vir, no Presente do Indicativo, têm a
seguinte conjugação:
TER VIR
Eu tenho Eu venho
Tu tens Tu vens
Ele tem Ele vem
Nós temos Nós vimos
Vós tendes Vós vindes
Eles TÊM Eles VÊM
Perceba que a terceira pessoa do plural possui acento
circunflexo.
Os derivados dos verbos ter e vir, no Presente do
Indicativo, têm a seguinte conjugação:
Exemplo: manter e intervir
MANTER INTERVIR
Eu mantenho Eu intervenho
Tu manténs Tu intervéns
Ele mantém Ele intervém
Nós mantemos Nós intervimos
Vós mantendes Vós intervindes
Eles mantêm Eles intervêm
Observe que a 2ª e a 3ª pessoas do singular (tu e ele)
possuem acento agudo enquanto a 3ª pessoa do plural
(eles), não recebem mais o acento circunflexo:
EEM: Não se esqueça dos verbos que possuem a
terminação ÊEM: CRER, DAR, LER, VER e todos
os seus derivados.
Eles creem, leem, veem. Que eles deem.
O hiato 'ee' não será mais acentuado.
Não existe mais o acento diferencial em palavras
homógrafas.
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo
'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo -
'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição
'por'.
O HIATO ‘OO’: não é mais acentuado.
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo.
.
CLASSES DE PALAVRAS
São dez as classes de palavras na língua portuguesa:
Substantivo: é o nome com que designamos pessoas,
animais, coisas e que funciona como núcleo do
sujeito ou complemento em geral.
Aquela bandeira é tricolor.
Adjetivo: indica qualidade ou propriedade de seres,
funcionando como modificador de substantivos.
As árvores são bonitas.
Pronome: é a palavra que representa o ser ou ao
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ser se refere, considerando apenas como pessoas
do discurso (1a , 2
a , 3
a ) ou relacionando-os com elas.
Ela é a razão da minha vida.
Verbo: é a palavra que apresenta uma ação, um
fenômeno, um estado ou mudança de estado. É o termo,
na maioria dos casos, essencial do enunciado.
O Santa Cruz é o time de maior tradição.
Artigo : tem a função de identificar toda uma classe
de palavras, os substantivos, determinando-os,
indicando-lhes o gênero.
O homem tinha uma solução para tudo.
Numeral : é o nome que indica a quantidade
(cardinais), ou a seriação (ordinais) ou a
proporção dos seres (multiplicativos e fracionários).
Ele foi o sexto no concurso.
Preposição : é a palavra conectiva que, posta entre
dois termos de função diversa, indica que o
segundo se subordina ao primeiro.
Entregamos em domicílio.
Interjeição : é a expressão com que traduzimos os nossos
estados emotivos.
Caramba!
Conjunção : tem por missão reunir orações num mesmo
enunciado e determina a coordenação entre dois termos,
Ou entre duas orações, ou subordinação entre duas
orações.
Tentei ler, mas dormi.
Advérbio: é a palavra que se acrescenta à significação de um
verbo, de um adjetivo, de outro advérbio, ou de toda uma frase.
O dia está muito frio.
O homem não falava muito bem.
SUBSTANTIVO
O substantivo admite as flexões de gênero, número e
grau.
GÊNERO
FORMAÇÃO DO GÊNERO
Substantivos biformes
monge > monja
Substantivos comuns de dois gêneros
Mantêm uma só forma para os dois gêneros e
diferenciam-se através da colocação do artigo:
o estudante - a estudante
Substantivos sobrecomuns
Aplicam-se a pessoas de ambos os sexos, não
mudando nem mesmo o artigo: o cônjuge, a vítima.
Substantivos epicenos
São certos nomes de animais. Usa-se macho ou fêmea
para distinguir o sexo: cobra macho - cobra fêmea.
NÚMERO
PLURAL DE SUBSTANTIVOS SIMPLES
A) singular: carro, porta, capacete, mola, barata
B) plural: carros, portas, capacetes, molas, baratas
PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
PLURALIZAM-SE OS DOIS ELEMENTOS:
Substantivo + substantivo
couve-flor -couves-flores
Substantivo + adjetivo
cachorro-quente -cachorros-quentes
Adjetivo + substantivo
má-língua -más-línguas
Numeral + substantivo
segunda-feira -segundas-feiras
APENAS O SEGUNDO ELEMENTO
Nos compostos com as formas grã, grão, bel
grão-duque -grão-duques
bel-prazer -bel-prazeres
Elemento invariável + palavra variável
sempre-viva -as sempre-vivas
Verbo + substantivo (V+S)
guarda-chuva -guarda-chuvas
Palavras repetidas
quero-quero -quero-queros
Elementos unidos sem hífen
os pontapés, as autopeças
VARIA APENAS O PRIMEIRO
Substantivo + de + substantivo
pé-de-moleque -pés-de-moleque
Quando o segundo elemento limita ou determina o
primeiro
pombo-correio -os pombos-correio
FICAM OS DOIS ELEMENTOS INVARIÁVEIS
Verbo + advérbio
o bota-fora -os bota-fora
Só verbos não-repetidos
os leva-e-traz
GRAU
a) Em geral, os diminutivos e aumentativos,
juntamente com a idéia de grandeza ou
pequenez, podem exprimir deformidade,
desprezo ou troça. Dizemos, por isso, que podem
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assumir sentido pejorativo ou depreciativo:
gentalha, narigão, gentinha, povinho, etc.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
É a relação entre um substantivo e as palavras que a ele
se ligam.
REGRAS BÁSICAS
1. O adjetivo concorda em gênero e número com o
substantivo a que se refere.
A bonita casa está ali.
Os lápis e os cadernos estão novos.
2. O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de
gênero e número diferentes, quando posposto, poderá
concordar no masculino plural (mais aceita) ou com o
substantivo mais próximo.
O homem e mulher músicos.
Músicos e bailarinas ciganas.
___________________________________________
3. Se o adjetivo estiver anteposto a dois ou mais
substantivos de gênero e número diferentes, concorda,
em geral, com o mais próximo.
Velhas revistas e livros.
Velhos livros e revistas.
__________________________________________
4. Quando dois ou mais adjetivos se referem a um
substantivo determinado por artigo, são aceitas duas
construções:
Estudo a cultura italiana e a francesa.
Estudo as culturas italiana e francesa.
5. Quando um adjetivo atua como predicativo de um
sujeito simples ou de um objeto simples, concorda com
ele em gênero e número.
A situação é delicada.
As árvores velhas continuam acolhedoras.
__________________________________________
6. Quando o sujeito ou o objeto são compostos e
formados por elementos de gêneros diferentes, o
predicativo concorda no masculino plural.
Pai e filha são talentosos.
Marido e mulher são bem-humorados.
Se o predicativo do sujeito estiver anteposto ao sujeito,
pode concordar apenas com o núcleo mais próximo.
Era deserta a vila e o campo.
Estavam molhadas as mãos e os pés.
__________________________________________
7. No caso de numerais ordinais que se referem a um
único substantivo posposto, podem ser usadas as
construções:
Avisei os moradores do primeiro e segundo andar.
Avisei os moradores do primeiro e segundo andares.
__________________________________________
8. O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero
e número com o substantivo a que se refere.
Ele quebrou uma cadeira e jogou-a no povo.
A moça abriu as pálpebras e cerrou-as logo.
9. O pronome que se refere a dois ou mais substantivos
de gêneros ou números diferentes flexiona-se no
masculino plural.
Ele quebrou casa e carro e queimou-os.
PALAVRAS E CONSTRUÇÕES QUE MERECEM
DESTAQUE
PRÓPRIO, MESMO, ANEXO, INCLUSO, QUITE, LESO
E OBRIGADO
Concordam em gênero e número com o substantivo ou
pronome a que se referem.
Seguem anexas as cópias solicitadas.
Seguem inclusos os documentos requeridos.
Não há mais nada a discutir: estamos quites.
Os aposentados disseram: - Muito obrigado!
Ele cometeu um crime de leso-patriotismo.
OBS: A locução “em anexo” é adverbial, portanto,
invariável.
MEIO E BASTANTE
Pedi meia cerveja e bastantes tira-gostos.
Meia classe terá de permanecer após o fim da aula.
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o que ganham.
As jogadoras estavam meio desgastadas pela
competição.
Ainda acreditamos bastante em nós mesmos.
É BOM, É NECESSÁRIO, É PRECISO
Quando desacompanhados de determinante, os
substantivos podem ser tomados em sentido amplo.
Nesse caso, as expressões como é proibido, é bom, é
necessário, é preciso e similares não variam.
É proibido entrada.
É proibida a entrada de estranhos.
CARO E SÉRIO
As palavras caro e sério podem ter funções
adjetivas ou adverbiais. Tudo depende da ligação com o
substantivo ou com o adjetivo, verbo ou advérbio. No
primeiro caso haverá mudança; no segundo não.
Ela falou sério.
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Tais produtos custam caro.
ALERTA, PSEUDO, MENOS
As palavras alerta, pseudo e menos são invariáveis.
Os soldados permaneceram alerta.
Eles são pseudo-heróis.
SÓ
O vocábulo só pode ser adjetivo (= sozinho) ou
advérbio (= somente). Há ainda a locução a sós, que é
invariável.
Depois da batalha só restaram cinzas.
Podemos estar sós nesse assunto.
A OLHOS VISTOS
A expressão a olhos vistos fica invariável, pois trata-se
de locução adverbial de modo.
O rio avolumava a olhos vistos.
Sua amiga está emagrecendo a olhos vistos.
POSSÍVEL
Com o mais possível, o menos possível, o melhor
possível, o pior possível, quanto possível, o menor
possível, o adjetivo possível fica invariável, ainda que se
afaste da palavra mais.
Paisagens o mais belas possível.
Ele assistiu o maior número de jogos possível.
Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores,
o adjetivo possível vai ao plural:
Ela escolhia as tarefas menos penosas possíveis.
As frutas são as mais deliciosas possíveis.
PRONOMES
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais variam de acordo com as
funções que exercem nas orações, dividindo-se em
pronomes do caso reto e do caso oblíquo.
1. Associados a verbos terminados em -r, -s ou -z, os
pronomes oblíquos o, a, os, as assumem as formas lo,
la, los, las.
Ex: prender + o = prendê-lo
ajudemos + a = ajudemo-la
fez + o = fê-lo
2. Associados a verbos terminados em ditongo nasal
(-am, -em, -ão, -õe), os pronomes oblíquos o, a, os,
as assume a seguinte forma:
Ex: trazem + o = trazem-no
dão + os = dão-nos
3. Na função de complemento, usam-se os pronomes
oblíquos e não os pronomes retos.
Avisei-o do fato.
Faltaram-lhe modos.
4. Os pronomes pessoais do caso reto devem ser
empregados na função sintática de
sujeito. Considera-se errado o seu emprego como
complemento.
Chamei ele . (errado) / Chamei-o . (certo)
Eu comprei a casa. (certo)
As formas retas eu e tu só podem funcionar como
sujeito. Considera-se errado o seu emprego como
complemento.
Nunca houve problemas entre eu e tu. (errado)
Nunca houve problemas entre mim e ti. (certo)
Obs 1: Quando precedidas de preposição, não se
usam as formas retas eu e tu.
Ninguém sairá sem eu. (errado)
Ninguém sairá sem mim. (certo)
Obs 2: Poderão ser empregadas as formas retas eu e
tu mesmo precedidas por preposição quando essas
formas funcionarem como sujeito de um verbo no
infinitivo.
Isso é para eu ler.
5. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando
precedidos de preposição, passam a funcionar como
oblíquos. Somente nesse caso, considera-se correto
seu emprego como complemento.
Assiste a ele julgar o fato.
Informaram a nós os danos causados.
PRONOMES DE TRATAMENTO
Pronome Abreviatura Emprego
Vossa Alteza V. A. Príncipes e duques
Vossa Eminência V. Emª. Cardeais
Vossa Excelência V. Exª. Altas autoridades em
geral e bispos
Vossa
Magnificência
V. Magª. Reitores de
universidades
Vossa
Reverendíssima
V. Rev Sacerdotes
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. Sª. Funcionários
graduados
Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores
1. Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam
com as formas verbais e os pronomes possessivos de
3ª pessoa.
Ex: “Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua
expedição”.
2. Esses pronomes devem vir precedidos de vossa,
quando nos dirigimos à pessoa representada pelo
pronome, e, por sua, quando falamos dessa pessoa.
Outros: você, vocês (no trato familiar), o Senhor (Sr.) e
a Senhora (Sra.) (no tratamento de respeito).
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PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que indicam posse com relação às três
pessoas do discurso.
NÚMERO PESSOA Pronomes Possessivos
SINGULAR
1ª meu, minha, meus,
minhas
2ª teu, tua, teus, tuas
3ª seu, sua, seus, suas
PLURAL
1ª nosso, nossa, nossos,
nossas
2ª vosso, vossa, vossos,
vossas
3ª seu, sua, seus, suas,
Vale ressaltar que os pronomes possessivos “seu(s)” /
“sua(s)” necessitam de um referente claro. Se isso não
ocorrer, teremos um caso clássico de ambigüidade, ou
seja, de duplo sentido.
José disse ao amigo que sua sogra havia morrido.
Pergunta-se: Quem é que chorou? José ou o amigo?
De quem é a sogra falecida?
Perceba que o pronome “sua” não possui um referente
claro. Logo temos um caso de ambigüidade.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Indicam o lugar ou a posição dos seres com relação às
três pessoas do discurso.
Pronomes Demonstrativos
1ª pessoa Este, esta, estes, estas, isto
2ª pessoa Esse, essa, esses, essas, isso
3ª pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas,
aquilo
São também pronomes demonstrativos: o (quando
equivale a aquele, aquela, aquilo), mesmo, próprio
(como pronomes de reforço - ex: Ele mesmo tomou o
lugar), tal (=este, esse, isso, etc) - ex: Não havia razão
para tal procedimento) Com relação aos pronomes demonstrativos, é
importante observar que eles possuem uma
particularidade com referência ao processo coesivo
referencial. Podem retomar palavras, orações, períodos
e, até mesmo, parágrafos.
Ex: O carnaval é uma das festas mais esperadas pelo
povo pernambucano. Isso o deixa ansioso durante o
ano.
PRONOMES INDEFINIDOS
Referem-se à 3ª pessoa do discurso, designando-a de
forma vaga, imprecisa, indeterminada.
São pronomes indefinidos:
Algo, qualquer, alguém, ninguém, outrem, quem,
algum, nenhum, todo e toda (desacompanhados de
artigo), certo (antes de nomes).
Exemplo:
Acreditam em tudo que fulano diz ou sicrano escreve.
PRONOMES RELATIVOS
Representam nomes já mencionados, com os quais estão
relacionadas. Geralmente retomam um termo
antecedente da oração, projetando-o numa outra oração.
São eles: que (= o qual, a qual, os quais, as quais),
quem, qual, quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quanto,
quanta, quantos, quantas.
Pagamos as contas. As contas estavam atrasadas.
Pagamos as contas que estavam atrasadas.
1. O pronome relativo quem é empregado com referência
a pessoas e sempre vem precedido de preposição.
Ex: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
2. Os pronomes cujo(s), cuja(s) sempre indicam posse
e podem ser desdobrados em um complemento
que também indica posse.
Exemplos: "Devemos socorrer João, cuja casa se
incendiou" (a casa de João se incendiou) ou "A mala,
cuja chave foi perdida" (a chave da mala foi perdida).
3. Onde é usado para indicar lugar e significa em que,
no qual e é usado com verbos que não dão idéia de
movimento.
Ex: Este é o lugar onde vivo.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Aparecem em frases interrogativas. Como os
pronomes indefinidos, referem-se de modo impreciso à
3ª pessoa do discurso.
Ex: Quantos vêm?
Exercícios
VERBO
É a palavra que, por si só, indica um fato (ação, estado,
fenômeno) e situa-o no tempo. É o termo, na maioria dos
casos, essencial do enunciado.
MODOS DO VERBO
Modo Indicativo: expressa atitudes de certeza.
As crianças brincam no parque.
Modo Subjuntivo: expressa atitudes de dúvida,
hipótese.
Se você não fosse embora, nós nos entenderíamos.
Modo Imperativo: indica ordem, súplica, etc.
Preste atenção, menino!
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TEMPOS DOS VERBOS
São três os tempos fundamentais do verbo: presente,
pretérito e futuro.
Presente: enuncia o fato como realizado agora, no
momento em que se fala.
Eu posso passar no Vestibular.
Pretérito: indica fotos que já aconteceram. Divide-se em
Pretérito Imperfeito, Pretérito Perfeito, Pretérito-mais-que-
perfeito.
Futuro: exprime o fato como posterior a determinado
momento. Divide-se em Futuro do Presente e Futuro do
Pretérito:
DEFINIÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS:
Tempo presente: exprime um fato que ocorre no
momento da fala.
Estou fazendo exercícios diariamente.
Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do
momento da fala.
Ontem eu fiz uma série de exercícios.
Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do
ato da fala.
Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer
exercícios.
O Pretérito subdivide-se em:
Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente
concluído.
Ninguém relatou o seu delírio.
Pretérito imperfeito: indica um processo passado não
totalmente concluído, revela o fato em sua duração.
Ele conversava muito durante a palestra.
Pretérito mais-que-perfeito: Exprime ações concluídas
há muito tempo no passado. “... sempre nos faltara
aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)
O futuro subdivide-se em:
Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento
em que se fala.
Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus
pais chegarem contarei o fato ocorrido.
Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em
relação a um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.
OBSERVE O QUADRO ABAIXO
MODO INDICATIVO
Presente Perfeito Terminado em AR
- VA Pretérito Imperfeito Terminado em ER / IR -
IA
Mais que perfeito - RA
Presente - RE / RA
Futuro
Pretérito - RIA
MODO SUBJUNTIVO
Presente Terminado em AR - E
(Que) Terminado em ER / IR - A
Pretérito Imperfeito -SSE
(Se)
Futuro -R
(Quando)
Exercícios
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à classificação, os verbos podem ser regulares,
irregulares, anômalos, defectivos e abundantes.
REGULARES: seguem um modelo de conjugação,
mantendo o mesmo radical.
Comprar>> compro, compras, compra,
compramos, comprais, compram.
Vender >> vendo, vendes, vende, vendemos,
vendeis, vendem.
IRREGULARES: sofrem alterações no radical e nas
terminações.
DIZER - Pres. Indic.: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis,
dizem.
TRAZER - Pres. Indic.: trago, trazes, traz, trazemos,
trazeis, trazem.
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OUVIR - Pres. Indic.: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis,
ouvem.
Entre os irregulares destacam-se os anômalos, como o
verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo), ser e ir (que
apresentam radicais diferentes).
Ser - Pres. Indic.: sou, és, é, somos, sois, são.
Ir - Pres. Indic.: vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
DEFECTIVOS: não possuem conjugação completa,
faltando a eles certos tempos e pessoas.
ABOLIR - Pres. Indic.: ----, tu aboles, ele abole, nós
abolimos, vós abolis, eles abolem.
FALIR >> Pres. Indic.: ----, -----, -----, nós falimos, vós
falis, ----.
VERBOS IMPESSOAIS
IMPESSOAIS são aqueles verbos conjugados
apenas na 3ª pessoa do singular, que não
apresentam sujeito. Geralmente indicam fenômenos
da natureza. São também impessoais os verbos haver,
no sentido de existir, e o verbo fazer no sentido de
tempo decorrido. Aparecem normalmente:
a) Nas orações existenciais com o verbo haver.
Há muita gente na sala. Havia milhares de pessoas no recinto.
b) Nas orações que exprimem fenômenos naturais:
Chove pouco em algumas regiões do Nordeste.
Ventou muito durante o dia.
c) Nas orações onde o verbo fazer indica tempo
decorrido:
Faz dias que não os vejo.
TRANSITIVIDADE
A classificação de um verbo como intransitivo ou
transitivo depende da oração ou do contexto em que
ele surge.
Ele lê mal. (verbo intransitivo)
VERBO INTRANSITIVO
É o verbo que não exige um elemento sobre o qual
recaia a ação, ou seja, não necessita de complemento
por ter sentido completo.
Ele caiu feio no chão.
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Necessita de um complemento verbal (objeto direto)
sem preposição.
Ele comprou feijão.
VTD OD
VERBO TRANSITIVO INDIRETO
São verbos que necessitam de complemento iniciado
por preposição (objeto indireto) para completar o seu
sentido.
Ela gosta DE feijão.
VTI OI
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
São todos os verbos que apresentam dois
complementos: um deles sem preposição (OD) e outro
com preposição (OI).
Joana prefere as festas AO estudo.
VTDI OD OI
VOZES VERBAIS
Vozes do verbo são as formas que estes assumem para
indicar a relação de atividade, passividade ou,
simultaneamente, ambas as coisas. São três: ativa,
passiva e reflexiva.
ATIVA
O sujeito é agente, isto é, geralmente exerce a ação
expressa pelo verbo. Observe:
O presidente acabou com aquela nação.
PASSIVA
O sujeito é paciente, ou seja, sofre ou recebe a ação
pelo verbo.
Aquela nação foi destruída pelo mau presidente.
A voz passiva pode apresentar-se de duas formas:
analítica e sintética.
ANALÍTICA: formada pelo verbo auxiliar SER seguido
do particípio do verbo principal.
As meninas foram beneficiadas no concurso.
Os barcos serão consertados pelos pescadores.
SINTÉTICA: o verbo principal apresenta-se conjugado
na 3ª pessoa, acompanhado do pronome apassivador
SE.
Consertam-se barcos de pescadores.
Ainda não se consertou o carro de corrida.
REFLEXIVA
O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente:
pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.
O homem feriu-se com a faca.
Exercícios
CONJUNÇÕES
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
ADITIVAS: dão idéia de adição, ou seja, somam
informações num texto: e, nem, mas também.
Pedro comeu o bolo e Paulo tomou café.
Ela não trabalha nem estuda.
ADVERSATIVAS: que dão idéia de oposição, ressalva:
mas, porém, todavia, contudo.
Ele gosta de coca, mas ela gosta.
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ALTERNATIVAS: que exprimem alternativa,
alternância: ou...ou, nem....nem, ora....ora.
Ou você estuda ou não passa no concurso.
Quer queira, quer não queira, o homem vive.
CONCLUSIVAS: que iniciam ou dão idéia de
conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois
(depois do verbo), por isso.
Você é o responsável, portanto assuma as
conseqüências.
EXPLICATIVAS: dão idéia de explicação: que, porque,
pois (antes do verbo).
Choveu durante a noite, pois está tudo molhado.
Fique quieto, pois preciso estudar.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CAUSAIS: porque, visto que, como, já que, uma vez
que.
Visto que estava de ressaca, não saiu.
Como não saiu, não pôde ver a cena.
COMPARATIVAS: como, (tal) qual, assim como,
que nem, (tão ou tanto) como, o mesmo que.
Ela era arrastada pela vida como uma folha seca.
Sua atenção é tão boa como a de uma mula.
CONCESSIVAS: embora, posto que, por mais que, por
muito que, por menos que, se bem que, dado que, nem
que.
Ele vestia-se muito bem, embora fosse pobre.
CONDICIONAIS: se, caso, contanto que, desde
que. Se ela
for, eu não irei.
Sairei desde que me faça um favor.
CONFORMATIVAS: como, conforme, segundo,
consoante. As
pessoas vivem conforme suas condições.
CONSECUTIVAS: que (precedido de tão, tal, tanto,
tamanho – às vezes subentendido), de sorte que, de
maneira que, de forma que, de modo que.
Comeu tanto que passou mal.
Sofreu tanta pressão, que acabou confessando.
FINAIS; a fim de que, para que, que (= para que).
Afastou-se depressa para que não o víssemos.
Acenei-lhe que se aproximasse.
PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida
que, ao passo que, quanto mais..(tanto mais), quanto
mais...(tanto menos).
À medida que se vive, mais se aprende.
Ao passo que se estuda, mais se aprende.
TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, mal (=
logo que), sempre que, agora que, até que, assim
que, apenas.
Quando você quiser, estarei aqui.
INTEGRANTES: que, se.
Sabemos que você é fiel.
Não sei se você é fiel.
CONCORDÂNCIA VERBAL
REGRAS BÁSICAS
01. O verbo e o sujeito de uma oração mantêm entre si
uma relação mútua chamada de concordância verbal. De
acordo com essa relação, verbo e sujeito concordam em
número e pessoa.
Reconheço os próprios erros.
O sujeito composto equivale a um sujeito no plural:
Pai e filho conversaram longamente.
02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais
diferentes, o verbo concorda com a pessoa de menor
número no plural.
Nossos amigos, tu e eu (nós) formaremos um time.
Tu e teus (vós) colegas formareis um belo time.
03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto,
pode concordar no plural com a totalidade do sujeito ou
com o núcleo do sujeito mais próximo.
Bastaram determinação e capacidade.
Bastou determinação e capacidade.
Quando há reciprocidade, a concordância deve ser feita
no plural.
Agrediram-se o deputado e o senador. (agrediram-se
um ao outro)
04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo,
leva geralmente este para o plural.
A moça e o rapaz cumpriram seus deveres.
Se os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou
quase sinônimos ou estabelecem uma gradação, o verbo
pode concordar no singular.
O desalento e a tristeza minou-lhe as forças.
Um aceno, um gesto, um estímulo faria muito por ele.
CONCORDÂNCIAS QUE MERECEM DESTAQUE
O VERBO PODE CONCORDAR NO PLURAL E
SINGULAR
A) PORÇÃO DE, A METADE DE, A MAIORIA DE, A
MAIOR PARTE DE
A maioria dos alunos participou/participaram da festa.
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Nesses casos, o uso da forma singular do verbo
enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural destaca
os elementos que formam esse conjunto.
B) UM DOS QUE, UMA DAS QUE
O Amazonas é um dos rios que cortam a floresta.
A ministra é uma das que defende tal postura.
O verbo usado no singular se aplica somente ao ser que
se fala, ou quando se deseja destacar o indivíduo do
grupo.
Este é um dos alunos que mais se destacou.
C) NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR “OU”
Se a conjunção “ou” indicar exclusão, ou retificação, o
verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo.
Milão ou Berlim sediará a próxima Olimpíada.
O ladrão ou os ladrões conseguiram fugir.
Se a idéia por ele expressa se referir a todos os núcleos
do sujeito, o verbo irá para o plural.
Um sorriso ou uma lágrima o tirariam daquela incerteza.
Só Deus ou Nossa Senhora podem ajudá-lo nesse seu
desespero.
D) UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO
NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR “NEM”
SUJEITOS CORRELACIONADOS
NÚCLEOS DO SUJEITO LIGADO POR COM”
O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo
concordará, de preferência, no plural.
Um e outro gostavam de cerveja.
Nem uma nem outra casa foram visitadas.
Nem o jogador nem o técnico podem salvar o
time.
Não só a seca mas também o descaso assolam o
Nordeste.
FORMAS “FECHADAS” DE CONCORDÂNCIA
VERBAL
A) CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE
Quando o sujeito é formado por expressão que indica
quantidade aproximada seguida de numeral e
substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
Cerca de vinte corpos foram resgatados dos escombros.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas
Olimpíadas.
OBS: Quando a expressão MAIS DE UM se associar
a verbos que exprimem reciprocidade ou for repetida, o
plural é obrigatório.
Mais de um parlamentar se ofenderam na tumultuada
sessão de ontem.
Mais de um casal, mais de uma família, já perderam
qualquer esperança num futuro melhor.
B) QUAIS, QUANTOS, ALGUNS, MUITOS, POUCOS,
VÁRIOS + DE NÓS, DE VÓS, DENTRE NÓS, DENTRE
VÓS
O verbo fica na 3ª pessoa do plural, ou concorda
com o pronome nós ou vós.
Quais de nós sabiam/sabíamos disso tudo?
Alguns de vós temiam/temíeis novas relações.
Se o sujeito interrogativo ou o indefinido estiver no
singular, o verbo ficará na 3a pessoa do singular.
Qual de nós sabia de tudo. / Algum de vós fez isso.
Algum de vós fez isso? / Qual de vós duvida do fato? C) SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL
Quando o sujeito é formado por nomes que só têm
plural, se não houver artigo antes do nome, o verbo
fica no singular.
Flores não recebe mais acento.
Pelotas é um bom local para se viver.
Memórias póstumas de Brás Cubas renovou a estética
do romance.
Se houver artigo antes do nome, o verbo vai para o
plural.
Os Estados Unidos impuseram uma ordem mundial.
D) PRONOME RELATIVO “QUE / QUEM” COMO
SUJEITOS
Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo
concordará com o antecedente do que.
Fui eu que fiz tudo isso.
Quando o sujeito é o pronome relativo QUEM, pode-se
utilizar o verbo na 3a pessoa do singular ou
concordá-lo com o sujeito do verbo “ser”.
Fui eu quem fiz isso. Somos nós quem pagamos.
E) CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS
Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem
seguida termo preposicionado, a tendência é fazer a
concordância com esse termo que especifica a
referência numérica.
1% do orçamento do país deve destinar-se à
educação.
85% dos entrevistados declararam impostos.
99% da população brasileira assistiu à Copa do
Mundo.
Se a porcentagem for particularizada, o verbo
concordará com ela:
Os 99% da população assistiram à Copa do Mundo.
Aqueles 45% de eleitores estão indecisos.
F) NÚMEROS FRACIONÁRIOS
Quando o sujeito é um número fracionário, a tendência é
concordar o verbo com o numerador.
1/5 da prova de matemática foi anulada.
Singular singular singular
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2/5 das questões foram anulada.
plural plural plural
2/5 da população votou / votaram
plural singular singular ou plural
Obs:
Se o sujeito é um número fracionário com numerador no
singular, seguido de expressão preposicionada no plural,
ou vice-versa, o verbo poderá concordar no plural ou no
singular.
1/5 dos jovens votou / votaram.
singular plural
G) PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO
O verbo fica na 3a pessoa.
Vossas Excelências desejam algo?
H) SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA /
NINGUÉM
O verbo concorda no singular.
Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído pelo
terremoto.
I) UM OU OUTRO
O verbo concorda no singular com o sujeito um ou
outro.
Um ou outro caso será resolvido.
Uma ou outra candidata saiu-se bem.
J) NÚCLEOS DO SUJEITO SÃO
INFINITIVOS
O verbo concordará no plural se os infinitivos forem
determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas;
caso contrário, tanto é lícito o singular como o plural.
O comer e o beber são fundamentais à vida.
L) SUJEITO COLETIVO
O verbo concorda no singular .
A multidão gritava. (regra geral)
Coletivo + termo preposicionado no plural
A multidão de pessoas gritava / gritavam.
CONCORDÂNCIA DE ALGUNS VERBOS E
ESTRUTURAS VERBAIS
ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A
PARTICIPAÇÃO DO PRONOME “SE”:
Dentre as várias funções que esse pronome exerce, há
duas de particular importância para a concordância
verbal:
A) Quando atua como índice de indeterminação do
sujeito, o “se” acompanha verbos intransitivos, transitivos
indiretos e de ligação, que devem obrigatoriamente estar
na 3a pessoa do singular.
Aos domingos, ia-se sempre à praça.
Precisa-se de pedreiros.
Era-se feliz.
B) Quando atua como pronome apassivador, o “se”
acompanha verbos transitivos diretos e
transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva
sintética. Nesse caso , o verbo concorda com o sujeito da
oração.
Construiu-se uma nova praça no bairro.
Construíram-se novas praças no bairro.
O VERBO “SER”
A) Estando entre dois substantivos de números diversos, o
que orientará a concordância será o sentido da frase, ou
seja, o verbo “ser” concordará com o termo a que se
quiser dar mais ênfase.
Mulher muda é problemas.
O horizonte de sucesso são cordilheiras transpostas.
B) O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concorda o
verbo ser.
Maria é os olhos da avó.
Mário era só alegrias.
C) Concorda com o predicativo quando o sujeito for um
dos pronomes tudo, isso, isto, aquilo, o.
Tudo eram alegrias naquela noite.
Isso são manias de um ocioso.
O que mais atrapalhava eram as burocracias.
Menos comum é a concordância com o sujeito, mas
também é uma forma aceita segundo a Norma Padrão:
Tudo é flores.
Era tudo ameaças de violência.
D) Quando um dos dois termos – sujeito ou predicativo –
for pronome pessoal, faz-se a concordância com este
pronome:
Todo eu era olhos e coração.
O Brasil, senhores, sois vós.
E) Nas expressões que indicam quantidade, medida,
peso, preço, valor (é muito, é pouco, é suficiente, é mais
que, etc.), o verbo ser é invariável:
Dois quilos é pouco.
Vinte mil reais é bom.
Dez minutos é mais do que eu preciso.
F) Nas indicações de tempo, horas, datas e
distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com a
expressão numérica que o acompanha.
É uma hora.
Hoje é dia cinco de março.
Daqui para minha casa são três quilômetros.
O VERBO “HAVER”
Quando indica existência ou acontecimento, é
impessoal, devendo permanecer sempre na 3a pessoa
do singular.
Ainda há pontos obscuros nessa versão.
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Deve ter havido pontos obscuros naquela versão.
HAVER / FAZER / CHOVER
São impessoais quando indicam tempo decorrido. Nesse
caso, devem permanecer na 3a pessoa do singular.
Há anos que não o vejo.
Faz anos que não o vejo.
Choveu durante vários dias.
HAJA VISTA
A expressão haja vista admite 03 construções.
Formas invariáveis:
Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo)
Haja vista aos livros desse autor. (=olhe-se para)
Forma Variável:
Hajam vista os livros desse autor. (vejam-se, tenham
vista)
BATER, SOAR, DAR
Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam
regularmente com o sujeito.
Nisto, deu três horas o relógio da botica.
Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo.
PARECER
Em construções com o verbo parecer seguido de
infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo
que o acompanha.
As paredes pareciam estremecer.
As paredes parecia estremecerem.
REGÊNCIA VERBAL
Os casos mais importantes são:
ACARRETAR
Transitivo Direto - ocasionar, causar, trazer.
Isso acarretará sérios prejuízos para o consumidor”?
AGRADAR
Transitivo Indireto - Satisfazer. Rege a preposição A;
admite LHE(s).
Isto não lhe agrada.
A paisagem agrada à vista.
Transitivo Direto - Fazer agrado (alguém agrada
alguém, sendo o sujeito nome de pessoa).
João agradava a esposa.
ASPIRAR
Transitivo Direto - inalar, tragar, sorver.
A menina aspirou o aroma da flor.
Transitivo Indireto - desejar, almejar. Rege a
preposição A; rejeita LHE(s).
Os jovens aspiram a grandes conquistas.
ASSISTIR
Transitivo Indireto - ver, presenciar, estar presente.
Rege a preposição A, rejeita LHE(s).
Assistiu ao filme calada.
Transitivo Indireto - Caber, pertencer. Rege a
preposição A; aceita LHE(s)
Não lhe assiste o direito de intervir.
Transitivo Direto - auxiliar, ajudar, confortar.
O médico assiste o doente.
Intransitivo - Morar. Rege a preposição EM
Há quanto tempo assistimos em Recife?
CHEGAR
Não se diz, na língua culta, "chegar em". Assim não é
culto falar: "Cheguei em casa ontem.." Diz-se:
"Chegamos a casa ontem."
CUSTAR
Intransitivo - ter valor de.
A casa custou trinta mil reais.
Transitivo Indireto - demorar, ser difícil, custoso. Só
se emprega na 3ª pessoa do singular e tem como
sujeito uma oração reduzida de infinitivo, precedida ou
não da preposição A.
Custa-me (a) aceitar que retornou ao vício.
ESQUECER / LEMBRAR
Transitivo Direto - quando não são pronominais, ou
seja, quando não estiverem acompanhados dos
pronomes oblíquos. (me, te, se, etc.)
Transitivo Indireto - quando usados como verbos
pronominais.
Esqueci tudo (TD) / Esqueci-me de tudo.(TI)
Não lembro nada.(TD) / Não me lembro de nada.(TI)
IMPLICAR
Transitivo Direto - trazer como conseqüência,
acarretar.
A assinatura de um contrato implica a aceitação de todas
as suas cláusulas.
O desrespeito às leis implica sérias conseqüências.
Transitivo Direto e Indireto - envolver, enredar,
comprometer.
Negócios ilícitos o implicaram em vários crimes.
Falsos amigos implicaram o jornalista na conspiração.
Transitivo Indireto - promover rixas, mostrar má
disposição para com alguém.
Ele era uma criatura que implicava com todo o mundo.
NAMORAR
Transitivo Direto - Cortejar
Quem você quer namorar?
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Sempre namorei a Lua.
OBEDECER / DESOBEDECER
Transitivos Indiretos - regem a preposição A.
Os filhos obedecem aos pais.
Embora transitivos indiretos , esses verbos aceitam a
voz passiva. Ex: A lei foi obedecida por todos.
PAGAR / PERDOAR
Transitivos Diretos e Indiretos - pedem objeto direto
da coisa que se paga ou se perdoa, e objeto indireto
da pessoa a quem sem paga ou se perdoa.
Perdoemos as ofensas (coisas) aos nossos ofensores
(pessoas).
PREFERIR
Transitivo Direto e Indireto - Não aceita reforço, rege
preposição A .
Prefiro morrer a fugir como covarde.
OBS: Devem ser evitados os pleonasmos "preferir
mais", "preferir antes", "preferir muito mais", "preferir
mil vezes do que"...
PRECISAR
Transitivo Direto - determinar com exatidão.
Ele não soube precisar a quantia perdida.
Transitivo Indireto - necessitar.
O país precisa de guerreiros.
QUERER
Transitivo Direto - Desejar.
Eu quero o biscoito recheado.
Transitivo Indireto - Amar, ter afeto: rege a
preposição A. Os filhos querem aos pais.
VISAR
Transitivo Direto - apontar, mirar, rubricar.
O atirador visou o alvo.
Transitivo Indireto - pretender, almejar. Rege
preposição A e rejeita LHE(s).
A ação visava ao restabelecimento da paz.
CRASE
NÃO SE USA ACENTO GRAVE INDICADOR DE
CRASE
A doença vem a cavalo e volta a pé.
Nos livros, só escrevia a lápis.
Não ocorre crase diante de palavras masculinas.
NOTA:
Escrevia à Rui Barbosa.
Fez alguns sonetos à Vinícius de Morais.
Subentendendo-se moda, estilo ou maneira, usa-se
a crase.
Prefiro falar pouco a dizer tolices.
Encontrei-o a passear com os colegas.
Não ocorre crase diante de verbos.
Contou seu caso a ela.
Ele se dirigiu a V. Exª.
Cheguei a esta cidade ontem.
Aquela é a jovem a que te referes.
Escrevi a todas as pessoas conhecidas. Estamos a pouca distancia de você.
A qual das questões se refere ?
Não ocorre crase diante de pronomes Pessoais
(retos , oblíquos e de tratamento), Relativos,
Indefinidos, Demonstrativos e Interrogativos. (PRIDI)
4. Não ia a festas nem a bailes.
Não dê atenção a pessoas insistentes.
Contei meus problemas a uma certa senhora.
Referi-me a várias causas.
Não se usa crase diante de palavras femininas em
sentido geral ou indeterminado, com a preposição
A no singular.
___________________________________________
5. O sangue jorrava gota a gota.
Encontrou-se com ele face a face.
Disputou palmo a palmo o jogo.
Deparou-se frente a frente com o inimigo.
Não se usa crase diante de palavras repetidas.
6. Dirigi-me a uma pessoa.
Assisti a um filme.
Obedeci a uma ordem superiora.
Chegarei a uma hora qualquer.
Não se usa crase antes de artigo indefinido.
___________________________________________
7. Após as enchentes, o número de vítimas chega a
trezentos.
Daqui a duas semanas estarei em férias.
Não se usa crase diante de numerais cardinais não
determinados por artigo.
OBS: Será usada a crase quando o numeral estiver
precedido de artigo.
Assisti às duas sessões de ontem.
Os títulos foram entregues às duas finalistas.
USA-SE ACENTO GRAVE INDICADOR DE CRASE
1. Vou à praia. / Vou ao campo.
As crianças foram à praça. / foram ao jogo.
Fez-se referência à melhor aluna. / ao melhor aluno.
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Comunicou o ocorrido à mãe./ comunicou ao pai.
Emprega-se a crase sempre que, ao substituir
o vocábulo feminino por um masculino,
aparecer a combinação AO antes do nome
masculino
Portanto, não haverá crase em:
Ela escreveu a redação a tinta.
(Ela escreveu a redação a lápis.)
Compramos a TV a vista.
(Compramos a TV a prazo.)
Chegou às três horas.
Saiu às dez horas.
Chegou à uma hora.
Saiu à meia-noite.
Usa-se o acento grave indicador de crase diante
das horas determinadas.
Eles andam à procura do criminoso.
Estamos à espera do resultado.
À proporção que o tempo passa, desespera-se.
Usa-se crase diante de locuções adverbiais,
prepositivas e conjuntivas formadas por palavras
femininas.
CASOS ESPECIAIS DE CRASE
NOME DE CIDADE / ESTADO / PAÍS / REGIÃO Vou a Curitiba visitar uma amiga.
Eles chegaram a Londres ontem.
Vou à Bahia amanhã.
Chegarei à Venezuela em dois dias.
Regra Prática:
Quem vai A e volta DA, crase HÁ.
Quem vai A e volta DE, crase para quê?
Há nomes de lugar que não possuem artigo e passam
a exigi-lo quando recebem determinante.
Dirigi-me a Brasília. Dirigi-me à Brasília de JK.
Vou a Roma. Vou à Roma dos Césares.
NOMES PRÓPRIOS FEMININOS
A crase é facultativa diante dos nomes próprios
femininos.
Contou a (à) Cristina o ocorrido.
Não fez alusão a (à) Teresa.
I. Se o nome próprio vier determinado ou ficar claro
que pertence ao círculo de amizades, a crase será
obrigatória.
Refiro-me à Silvia, minha namorada.
Obedeci à Márcia, minha sogra.
II. Diante de nome de santo ou santa ou mesmo
Nossa Senhora não há artigo, logo não há crase.
Obedeço a Santa Teresinha
Sempre agradecia a Nossa Senhora.
III. Diante de nomes que representam pessoas
célebres não há artigo, portanto, não há crase.
Refiro-me a Maria, a louca.
Ele fazia referência a Maria Madalena, personagem
bíblica.
POSSESSIVOS
PREPOSIÇÃO "A" + POSSESSIVO NO SINGULAR,
A CRASE É FACULTATIVA
Referiu-se a (à) minha roupa.
Desobedeceram a (à) minha ordem.
Não deu crédito à sua palavra.
PREPOSIÇÃO "A" + POSSESSIVO NO PLURAL,
A CRASE É PROIBIDA
Não assisto a suas aulas. (a seus jogos)
Obedeço a suas ordens. (a seus comandos)
Assisti a suas palestras. (a seus encontros)
PREPOSIÇÃO "A" + POSSESSIVO + ELIPSE DO
SUBSTANTIVO,
A CRASE É OBRIGATÓRIA
Minha blusa é igual à sua.
Sua caneta é inferior à minha.
Suas preferências são iguais às minhas.
CASA = lar, residência, domicílio
Quando CASA está sem determinante, não aceita
artigo e, por isso, rejeita crase.
Dirigi-me a casa. Assisti a casa de longe.
Se CASA estiver com determinante e houver a
preposição "A", a crase será obrigatória.
Cheguei à casa de meus avós.
Fui à casa do atleta, mas não o encontrei.
DISTÂNCIA
Quando vem determinada, ocorre crase.
Ele foi jogado a distância.
Ele foi jogado à distância de alguns metros.
Eu estava a três metros de distância.
Eu estava à distância de três metros.
QUAL = pronome interrogativo dispensa artigo e
rejeita crase.
QUAL = pronome relativo exige artigo e pode
receber crase.
A qual praia nós iremos?
A qual professora te diriges?
Esta é a aluna a que te referes = à qual te referes.
ATÉ
É a única preposição que admite outra depois de si,
por isso com a preposição ATÉ a crase é
facultativa.
Vim até a sala. ou Vim até à sala.
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PONTUAÇÃO
EMPREGO DA VÍRGULA
01. Para separar os termos da mesma função,
assindéticos:
"Vim, vi, venci."
02. Para isolar o vocativo:
"João, onde está o feijão?"
"E agora, José?
03. Para isolar o aposto explicativo:
"FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar muito."
04. Para assinalar a inversão dos adjuntos
adverbiais:
"Por impulso instantâneo, toda a equipe comemorou "
Diante de todos os convidados, o casal disse sim."
Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um
simples advérbio, pode-se dispensar a vírgula, ainda
que venha deslocado:
"Hoje, completamos mais um ano de vida".
"Hoje completamos mais um ano de vida".
05. Para marcar a elipse do verbo:
"João e Maria comeram feijão, arroz, farinha e beberam
suco, refrigerante, caldo de feijão."
06. Nas datas:
"Recife, 23 de novembro de 2000."
07. Nas construções onde o complemento verbal,
por vir anteposto, é repetido por um pronome
enfático (objeto direto / indireto =>pleonástico):
"A mim, ninguém me engana."
"Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."
08. Para isolar certas palavras ou expressões
explicativas, corretivas, continuativas, conclusivas,
tais como “por exemplo, além disso, isto é, aliás,
então, etc”.
09. Para separar as orações coordenadas ligadas
pela conjunção "e", quando os sujeitos forem
diferentes:
"Veio a noite da feijoada, e João não havia se
preparado."
10. Para separar as orações coordenadas ligadas
pelas conjunções mas, senão, nem, que, pois,
porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora;
quer...quer, etc.
"O adolescente é muito rico, mas não vive feliz."
"Ou o conhece, ou não".
11. Para isolar as conjunções adversativas porém,
todavia, contudo, no entanto; e as conjunções
conclusivas logo, pois, portanto.
"Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.
12. Para separar as orações adverbiais ,
principalmente quando antepostas à principal:
"Como estudou direito para o vestibular, passou para o
curso de Direito."
Quando você vier, eu sairei de casa.
13. Para separar os adjetivos e as orações adjetivas
de sentido explicativo:
"O jardim, que está florido, será protegido durante a
chuva."
"As mulheres, loucas, procuraram a maquiagem."
EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA
01. Para separar orações independentes que têm
certa extensão, sobretudo se tais orações possuem
partes já divididas por vírgula:
"Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros
folgavam, descuidavam-se, não pensavam no futuro."
02. Para separar as partes principais de uma frase
cujas partes subalternas têm de ser separadas por
vírgulas:
"Recife e Olinda são cidades de Pernambuco;
Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do Rio de Janeiro.
03. Para separar os diversos itens de uma lei, de
um decreto, etc.
"Art.12. Os cargos públicos são providos por:
I - Nomeação; II - Reversão;
EMPREGO DO PONTO FINAL
01. No período simples:
A família representa tudo na vida de uma pessoa.
02. No período composto :
João comeu feijão, e Maria bebeu suco.
03. Nas abreviaturas:
d.C - depois de Cristo
EMPREGO DOS DOIS PONTOS
01. Para anunciar a fala do personagem:
O militar ordenou:
- Todos para a flexão!
02. Para anunciar uma enumeração:
Alguns homens preferem as seguintes opções de vida:
lazer, dinheiro, uma boa mulher, futebol, feijão e muita
saúde para viver intensamente.
03. Para anunciar uma citação:
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"Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos, não
há amigos".
PONTO DE INTERROGAÇÃO
É o sinal que se coloca no fim de uma oração para
indicar uma pergunta direta:
Quem quer feijão?
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Emprega-se depois das interjeições ou depois de
orações que designam espanto, admiração:
"Quantos gols! Esse time é muito bom!
RETICÊNCIAS
Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou,
ainda, hesitação ou falta de necessidade de exprimi-lo:
"Quem conta um conto..."
"Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os
homens menos satisfeitos..."
PARÊNTESES
Servem os parênteses para separar palavras ou frases
explanatórias, intercaladas no período:
"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora
dela), quando ouviu baterem..."
TRAVESSÃO
É um traço de certa extensão, maior do que o hífen,
que indica a mudança de interlocutor:
- Quem é?
- Sou eu.
ASPAS
Usam-se as aspas:
A) No princípio e no fim das citações, para distingui-las
da parte restante do discurso:
Um sábio disse:
"Agir na paixão é embarcar durante a tempestade."
B) Para distinguir palavras e expressões estranhas ao
nosso vocabulário:
João vive num verdadeiro "trash".
C) Para dar ênfase a palavras ou expressões:
A palavra "sexo" está presente 24h na mente
masculina.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Refere-se à estrutura de composição dos textos. Hoje,
admitem-se os seguintes tipos textuais: narração,
dissertação , exposição, descrição e injunção.
A narração está presente quando o texto fornece
informações sobre o tempo e espaço do fato narrado. Há
um narrador que pode ser observador, personagem ou
onisciente. Além disso, é comum aparecerem
personagens e um "clímax" em determinado momento.
Há, portanto, o desenvolvimento da história, um momento
de tensão, e a volta à estabilidade.
A dissertação - estilo de texto com posicionamentos
pessoais e exposição de idéias. Tem por base a
argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a
fim de defender um ponto de vista. Presença de estrutura
básica: apresentação da idéia principal, argumentos,
conclusão. Utiliza verbos na 1ª e 3ª pessoas do presente
do indicativo.
Obs.: É a modalidade mais exigida nos concursos em
geral, por promover uma espécie de “raio-X” do candidato
no que toca às suas opiniões. Nesse sentido, exige dos
candidatos mais cuidado em relação às colocações, pois
também revela um pouco do seu temperamento, numa
espécie de psicotécnico.
A exposição - apresenta informações sobre assuntos,
expõe idéias; explica, avalia, reflete. A sua estrutura
básica é formada por: idéia principal, desenvolvimento,
conclusão. Faz uso de linguagem clara, objetiva e
impessoal. A maioria dos verbos está no presente do
indicativo.
Nos textos descritivos existe a riqueza de detalhes e a
constante presença de adjetivos. A descrição é muito
recorrente em diversos gêneros textuais.
Os textos injutivos, por sua vez, são aqueles que
indicam procedimentos a serem realizados. Nesses
textos, as frases, geralmente, são no modo imperativo.
Bons exemplos desse tipo de texto são as receitas e os
manuais de instrução.
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
São elas: emotiva, conativa ou apelativa, poética,
metalingüística, referencial e fática.
FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA
A função emotiva centraliza-se na emoção do emissor,
que dá mais importância a seu sentimentos do que ao
fato narrado. Por isso, o objetivo principal é expor um
sentimento ao receptor.
Português Prof. Herbert Santos
ESPAÇO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 16 F.: 3222-6231 – www.espacohebervieira.com.br
Tem linguagem subjetiva e apresenta, com freqüência,
verbos e pronomes na 1ª pessoa do singular.
Encontra-se em livros autobiográficos, cartas e bilhetes
de amor, poesias líricas, algumas músicas.
“Quando você me deixou, meu bem
Me disse para ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume,
Obedeci.” (Chico Buarque)
“Quando olho para mim, não me percebo
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.”
(Fernando Pessoa)
FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA
O objetivo principal dessa função é interferir no
comportamento do receptor, seja em forma de apelo, de
ordem, ou mesmo chamada à realidade, despertando a
consciência do ouvinte ou leitor.
Tem uma linguagem simples, direta e se caracteriza
pelo emprego de verbos no imperativo e pronomes que
se referem à pessoa com quem se fala.
Encontra-se em discursos, em horóscopos, anúncios,
propagandas, músicas, etc.
“Se não dá para passar o verão na praia, curta a cidade
com roupas que desafiem o calor tropical.”
“Atue com cautela. Não se precipite ao tomar decisões
na área profissional e seja mais tolerante com as
pessoas queridas. Tudo isso em benefício de sua paz.”
FUNÇÃO POÉTICA
Nesse tipo de função de linguagem, o emissor não se
preocupa apenas com o significado da mensagem, mas
com a maneira de montar essa mensagem, revelando
sua criatividade.
Apresenta linguagem metafórica e conativa. É comum o
jogo de palavras.
Encontra-se em artigos e obras literárias, poemas, letras
de música, provérbios e em algumas propagandas.
“Telefonei para o Departamento Nacional de
Meteorologia, indagando que tempo iria fazer. De lá me
responderam:
Tempo nostálgico.
Acrescentaram:
Ventos do passado, temperatura rememorativa,
visibilidade.
É mesmo o que anda de nostalgia por aí!
“Não se pode mudar o curso do rio, pelo menos, não sem
tocá-lo; e o sonho era como o rio, ia e vinha sem se
dividir, sem parar. E nele a vida.”
FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA
A função metalinguagem usa a palavra para explicar a
própria palavra.
Encontra-se na poesia que fala da poesia, da função e do
poeta, num texto que comenta outro texto. Os dicionários
e as gramáticas, por utilizarem palavras para explicar as
palavras, são os exemplos mais comuns de
metalinguagem.
Expressões explicativas como isto é, ou seja introduzem
sempre textos metalingüísticos.
“Passei uma hora pensando um verso que a pena não
consegue escrever.”
“Objeto direto é o complemento verbal, sem preposição,
exigido por verbo transitivo direto.”
FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA
A intenção da função referencial ou denotativa é
transmitir ao receptor dados da realidade de uma forma
direta e objetiva, com palavras empregadas no seu
sentido denotativo.
Nesse tipo de função, prevalece o uso da 3ª pessoa.
Encontra-se em jornais, revistas, livros científicos e
outros.
“Brasileiros que moram no exterior terão que declarar
Imposto de Renda em 1996.”
“O presidente FHC disse que as medidas propostas pelo
governo para a reforma da Previdência se transformaram
em objeto de demagogia.”
FUNÇÃO FÁTICA
Centraliza-se no canal (meio pelo qual circula a
mensagem) e tem como objetivo prolongar ou não o
contato com o receptor ou testar a eficiência do canal.
Apresenta fala cheia de expressões comuns. (alô,
entende?, então tchau, está ouvindo?
Encontra-se nas falas telefônicas.
RESUMO
1. Função referencial ou denotativa = traduz
objetivamente a realidade exterior ao emissor.
Refere-se ao conteúdo da mensagem. Por exemplo,
os textos de jornais e os didáticos.
2. Função emotiva ou expressiva = traduz opiniões e
emoções do emissor da mensagem. Ocorre quando
o fator mais importante é o próprio eu, o remetente
da mensagem. Por exemplo, um texto dissertativo ou
uma poesia lírica.
3. Função fática = tem por objetivo iniciar, prolongar ou
encerrar o contato entre emissor e receptor.
Predomina também nas mensagens em que se testa
o canal. Por exemplo, uma conversa telefônica.
4. Função conativa ou apelativa = procura influir no
comportamento do receptor, por meio de uma ordem,
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um apelo, um pedido ou uma súplica. Por exemplo,
as propagandas em geral.
5. Função metalinguística = utiliza o código como
assunto ou explicação do próprio código. Por exemplo,
um dicionário.
6. Função poética = enfatiza a elaboração da
mensagem de modo a ressaltar seu significado. Por
exemplo, uma poesia.
Nos textos ficcionais predomina sempre a função
poética, pois o autor cria mundos que não têm,
necessariamente, de corresponder ao mundo real.
É importantíssimo notar que nenhuma mensagem
apresenta apenas e exclusivamente uma única função
da linguagem. Uma das seis funções será
predominante, mas nunca exclusiva.
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS
EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou
melhor, “escorregar na maionese”. Ocorre quando se
interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são
fatos reais, mas que não estão expressos no texto.
Deve-se dar importância somente ao que está relatado.
REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do
contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se
de considerar o texto como um todo para se ater
apenas à parte dele.
CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o
contrário do que está escrito. É bom que se tome
cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”,
“não”, o verbo “ser”, principalmente.