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Português Prof. Herbert Santos ESPAÇO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 1 F.: 3222-6231 www.espacohebervieira.com.br ACENTUAÇÃO REGRAS DE ACENTUAÇÃO MONOSSÍLABOS TÔNICOS: monossílabos tônicos serão acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s. Ex.: pá, pés, pôs, mês, já. OXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na última sílaba . São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de “s” e em EM, ENS. Ex. Corumbá, maracujás, sapé, mocotó. PAROXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas, quando terminarem em UM, UNS, L, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo crescente (s), N, I (s), R, Ã (s). Ex. álbum, ágil, fórceps, tórax, pônei, órgão, bônus, Para uma melhor assimilação desta regra, não se acentuam as paroxítonas terminadas em A, E, O, EM, ENS. PROPAROXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo. ÉI, ÓI, ÉU: estes ditongos somente receberão acento, quando forem abertos, seguidos ou não de “s”. Ex. chapéu, troféus, anéis, réis, destrói. Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas: assembleia, plateia, heroico, paranoico. AS LETRAS “I”/ “U”: serão acentuadas quando forem tônicas e formarem hiato, seguido ou não de s”. Ex. saída, ataúde, miúdo, balaústre, juízes. Não se acentua mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo baiuca, boiuna, feiura. Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, qui). VERBOS “TER” / “VIR” Os verbos ter e vir, no Presente do Indicativo, têm a seguinte conjugação: TER VIR Eu tenho Eu venho Tu tens Tu vens Ele tem Ele vem Nós temos Nós vimos Vós tendes Vós vindes Eles TÊM Eles VÊM Perceba que a terceira pessoa do plural possui acento circunflexo. Os derivados dos verbos ter e vir, no Presente do Indicativo, têm a seguinte conjugação: Exemplo: manter e intervir MANTER INTERVIR Eu mantenho Eu intervenho Tu manténs Tu intervéns Ele mantém Ele intervém Nós mantemos Nós intervimos Vós mantendes Vós intervindes Eles mantêm Eles intervêm Observe que a e a pessoas do singular (tu e ele) possuem acento agudo enquanto a 3ª pessoa do plural (eles), não recebem mais o acento circunflexo: EEM: Não se esqueça dos verbos que possuem a terminação ÊEM: CRER, DAR, LER, VER e todos os seus derivados. Eles creem, leem, veem. Que eles deem. O hiato 'ee' não será mais acentuado. Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas. Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por'. O HIATO ‘OO’: não é mais acentuado. enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo. . CLASSES DE PALAVRAS São dez as classes de palavras na língua portuguesa: Substantivo: é o nome com que designamos pessoas, animais, coisas e que funciona como núcleo do sujeito ou complemento em geral. Aquela bandeira é tricolor. Adjetivo: indica qualidade ou propriedade de seres, funcionando como modificador de substantivos. As árvores são bonitas. Pronome: é a palavra que representa o ser ou ao

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Português Prof. Herbert Santos

ESPAÇO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 1 F.: 3222-6231 – www.espacohebervieira.com.br

ACENTUAÇÃO

REGRAS DE ACENTUAÇÃO

MONOSSÍLABOS TÔNICOS: monossílabos tônicos serão

acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos

ou não de s.

Ex.: pá, pés, pôs, mês, já.

OXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na última

sílaba . São acentuadas, quando terminarem em A, E,

O, seguidos ou não de “s” e em EM, ENS.

Ex. Corumbá, maracujás, sapé, mocotó.

PAROXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na

penúltima sílaba. São acentuadas, quando terminarem

em UM, UNS, L, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo

crescente (s), N, I (s), R, Ã (s).

Ex. álbum, ágil, fórceps, tórax, pônei, órgão, bônus,

Para uma melhor assimilação desta regra, não se

acentuam as paroxítonas terminadas em A, E, O, EM,

ENS.

PROPAROXÍTONAS: têm a maior inflexão de voz na

antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são

acentuadas.

Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo.

ÉI, ÓI, ÉU: estes ditongos somente receberão acento,

quando forem abertos, seguidos ou não de “s”. Ex.

chapéu, troféus, anéis, réis, destrói.

Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em

palavras paroxítonas: assembleia, plateia, heroico,

paranoico.

AS LETRAS “I”/ “U”: serão acentuadas quando

forem tônicas e formarem hiato, seguido ou não de

“s”. Ex. saída, ataúde, miúdo, balaústre, juízes.

Não se acentua mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas

quando precedidos de ditongo baiuca, boiuna, feiura.

Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais

rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e'

ou 'i' (gue, que, gui, qui).

VERBOS “TER” / “VIR”

Os verbos ter e vir, no Presente do Indicativo, têm a

seguinte conjugação:

TER VIR

Eu tenho Eu venho

Tu tens Tu vens

Ele tem Ele vem

Nós temos Nós vimos

Vós tendes Vós vindes

Eles TÊM Eles VÊM

Perceba que a terceira pessoa do plural possui acento

circunflexo.

Os derivados dos verbos ter e vir, no Presente do

Indicativo, têm a seguinte conjugação:

Exemplo: manter e intervir

MANTER INTERVIR

Eu mantenho Eu intervenho

Tu manténs Tu intervéns

Ele mantém Ele intervém

Nós mantemos Nós intervimos

Vós mantendes Vós intervindes

Eles mantêm Eles intervêm

Observe que a 2ª e a 3ª pessoas do singular (tu e ele)

possuem acento agudo enquanto a 3ª pessoa do plural

(eles), não recebem mais o acento circunflexo:

EEM: Não se esqueça dos verbos que possuem a

terminação ÊEM: CRER, DAR, LER, VER e todos

os seus derivados.

Eles creem, leem, veem. Que eles deem.

O hiato 'ee' não será mais acentuado.

Não existe mais o acento diferencial em palavras

homógrafas.

Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo

'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo -

'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição

'por'.

O HIATO ‘OO’: não é mais acentuado.

enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo.

.

CLASSES DE PALAVRAS

São dez as classes de palavras na língua portuguesa:

Substantivo: é o nome com que designamos pessoas,

animais, coisas e que funciona como núcleo do

sujeito ou complemento em geral.

Aquela bandeira é tricolor.

Adjetivo: indica qualidade ou propriedade de seres,

funcionando como modificador de substantivos.

As árvores são bonitas.

Pronome: é a palavra que representa o ser ou ao

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ser se refere, considerando apenas como pessoas

do discurso (1a , 2

a , 3

a ) ou relacionando-os com elas.

Ela é a razão da minha vida.

Verbo: é a palavra que apresenta uma ação, um

fenômeno, um estado ou mudança de estado. É o termo,

na maioria dos casos, essencial do enunciado.

O Santa Cruz é o time de maior tradição.

Artigo : tem a função de identificar toda uma classe

de palavras, os substantivos, determinando-os,

indicando-lhes o gênero.

O homem tinha uma solução para tudo.

Numeral : é o nome que indica a quantidade

(cardinais), ou a seriação (ordinais) ou a

proporção dos seres (multiplicativos e fracionários).

Ele foi o sexto no concurso.

Preposição : é a palavra conectiva que, posta entre

dois termos de função diversa, indica que o

segundo se subordina ao primeiro.

Entregamos em domicílio.

Interjeição : é a expressão com que traduzimos os nossos

estados emotivos.

Caramba!

Conjunção : tem por missão reunir orações num mesmo

enunciado e determina a coordenação entre dois termos,

Ou entre duas orações, ou subordinação entre duas

orações.

Tentei ler, mas dormi.

Advérbio: é a palavra que se acrescenta à significação de um

verbo, de um adjetivo, de outro advérbio, ou de toda uma frase.

O dia está muito frio.

O homem não falava muito bem.

SUBSTANTIVO

O substantivo admite as flexões de gênero, número e

grau.

GÊNERO

FORMAÇÃO DO GÊNERO

Substantivos biformes

monge > monja

Substantivos comuns de dois gêneros

Mantêm uma só forma para os dois gêneros e

diferenciam-se através da colocação do artigo:

o estudante - a estudante

Substantivos sobrecomuns

Aplicam-se a pessoas de ambos os sexos, não

mudando nem mesmo o artigo: o cônjuge, a vítima.

Substantivos epicenos

São certos nomes de animais. Usa-se macho ou fêmea

para distinguir o sexo: cobra macho - cobra fêmea.

NÚMERO

PLURAL DE SUBSTANTIVOS SIMPLES

A) singular: carro, porta, capacete, mola, barata

B) plural: carros, portas, capacetes, molas, baratas

PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

PLURALIZAM-SE OS DOIS ELEMENTOS:

Substantivo + substantivo

couve-flor -couves-flores

Substantivo + adjetivo

cachorro-quente -cachorros-quentes

Adjetivo + substantivo

má-língua -más-línguas

Numeral + substantivo

segunda-feira -segundas-feiras

APENAS O SEGUNDO ELEMENTO

Nos compostos com as formas grã, grão, bel

grão-duque -grão-duques

bel-prazer -bel-prazeres

Elemento invariável + palavra variável

sempre-viva -as sempre-vivas

Verbo + substantivo (V+S)

guarda-chuva -guarda-chuvas

Palavras repetidas

quero-quero -quero-queros

Elementos unidos sem hífen

os pontapés, as autopeças

VARIA APENAS O PRIMEIRO

Substantivo + de + substantivo

pé-de-moleque -pés-de-moleque

Quando o segundo elemento limita ou determina o

primeiro

pombo-correio -os pombos-correio

FICAM OS DOIS ELEMENTOS INVARIÁVEIS

Verbo + advérbio

o bota-fora -os bota-fora

Só verbos não-repetidos

os leva-e-traz

GRAU

a) Em geral, os diminutivos e aumentativos,

juntamente com a idéia de grandeza ou

pequenez, podem exprimir deformidade,

desprezo ou troça. Dizemos, por isso, que podem

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assumir sentido pejorativo ou depreciativo:

gentalha, narigão, gentinha, povinho, etc.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

É a relação entre um substantivo e as palavras que a ele

se ligam.

REGRAS BÁSICAS

1. O adjetivo concorda em gênero e número com o

substantivo a que se refere.

A bonita casa está ali.

Os lápis e os cadernos estão novos.

2. O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de

gênero e número diferentes, quando posposto, poderá

concordar no masculino plural (mais aceita) ou com o

substantivo mais próximo.

O homem e mulher músicos.

Músicos e bailarinas ciganas.

___________________________________________

3. Se o adjetivo estiver anteposto a dois ou mais

substantivos de gênero e número diferentes, concorda,

em geral, com o mais próximo.

Velhas revistas e livros.

Velhos livros e revistas.

__________________________________________

4. Quando dois ou mais adjetivos se referem a um

substantivo determinado por artigo, são aceitas duas

construções:

Estudo a cultura italiana e a francesa.

Estudo as culturas italiana e francesa.

5. Quando um adjetivo atua como predicativo de um

sujeito simples ou de um objeto simples, concorda com

ele em gênero e número.

A situação é delicada.

As árvores velhas continuam acolhedoras.

__________________________________________

6. Quando o sujeito ou o objeto são compostos e

formados por elementos de gêneros diferentes, o

predicativo concorda no masculino plural.

Pai e filha são talentosos.

Marido e mulher são bem-humorados.

Se o predicativo do sujeito estiver anteposto ao sujeito,

pode concordar apenas com o núcleo mais próximo.

Era deserta a vila e o campo.

Estavam molhadas as mãos e os pés.

__________________________________________

7. No caso de numerais ordinais que se referem a um

único substantivo posposto, podem ser usadas as

construções:

Avisei os moradores do primeiro e segundo andar.

Avisei os moradores do primeiro e segundo andares.

__________________________________________

8. O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero

e número com o substantivo a que se refere.

Ele quebrou uma cadeira e jogou-a no povo.

A moça abriu as pálpebras e cerrou-as logo.

9. O pronome que se refere a dois ou mais substantivos

de gêneros ou números diferentes flexiona-se no

masculino plural.

Ele quebrou casa e carro e queimou-os.

PALAVRAS E CONSTRUÇÕES QUE MERECEM

DESTAQUE

PRÓPRIO, MESMO, ANEXO, INCLUSO, QUITE, LESO

E OBRIGADO

Concordam em gênero e número com o substantivo ou

pronome a que se referem.

Seguem anexas as cópias solicitadas.

Seguem inclusos os documentos requeridos.

Não há mais nada a discutir: estamos quites.

Os aposentados disseram: - Muito obrigado!

Ele cometeu um crime de leso-patriotismo.

OBS: A locução “em anexo” é adverbial, portanto,

invariável.

MEIO E BASTANTE

Pedi meia cerveja e bastantes tira-gostos.

Meia classe terá de permanecer após o fim da aula.

Há bastantes pessoas insatisfeitas com o que ganham.

As jogadoras estavam meio desgastadas pela

competição.

Ainda acreditamos bastante em nós mesmos.

É BOM, É NECESSÁRIO, É PRECISO

Quando desacompanhados de determinante, os

substantivos podem ser tomados em sentido amplo.

Nesse caso, as expressões como é proibido, é bom, é

necessário, é preciso e similares não variam.

É proibido entrada.

É proibida a entrada de estranhos.

CARO E SÉRIO

As palavras caro e sério podem ter funções

adjetivas ou adverbiais. Tudo depende da ligação com o

substantivo ou com o adjetivo, verbo ou advérbio. No

primeiro caso haverá mudança; no segundo não.

Ela falou sério.

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Tais produtos custam caro.

ALERTA, PSEUDO, MENOS

As palavras alerta, pseudo e menos são invariáveis.

Os soldados permaneceram alerta.

Eles são pseudo-heróis.

O vocábulo só pode ser adjetivo (= sozinho) ou

advérbio (= somente). Há ainda a locução a sós, que é

invariável.

Depois da batalha só restaram cinzas.

Podemos estar sós nesse assunto.

A OLHOS VISTOS

A expressão a olhos vistos fica invariável, pois trata-se

de locução adverbial de modo.

O rio avolumava a olhos vistos.

Sua amiga está emagrecendo a olhos vistos.

POSSÍVEL

Com o mais possível, o menos possível, o melhor

possível, o pior possível, quanto possível, o menor

possível, o adjetivo possível fica invariável, ainda que se

afaste da palavra mais.

Paisagens o mais belas possível.

Ele assistiu o maior número de jogos possível.

Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores,

o adjetivo possível vai ao plural:

Ela escolhia as tarefas menos penosas possíveis.

As frutas são as mais deliciosas possíveis.

PRONOMES

PRONOMES PESSOAIS

Os pronomes pessoais variam de acordo com as

funções que exercem nas orações, dividindo-se em

pronomes do caso reto e do caso oblíquo.

1. Associados a verbos terminados em -r, -s ou -z, os

pronomes oblíquos o, a, os, as assumem as formas lo,

la, los, las.

Ex: prender + o = prendê-lo

ajudemos + a = ajudemo-la

fez + o = fê-lo

2. Associados a verbos terminados em ditongo nasal

(-am, -em, -ão, -õe), os pronomes oblíquos o, a, os,

as assume a seguinte forma:

Ex: trazem + o = trazem-no

dão + os = dão-nos

3. Na função de complemento, usam-se os pronomes

oblíquos e não os pronomes retos.

Avisei-o do fato.

Faltaram-lhe modos.

4. Os pronomes pessoais do caso reto devem ser

empregados na função sintática de

sujeito. Considera-se errado o seu emprego como

complemento.

Chamei ele . (errado) / Chamei-o . (certo)

Eu comprei a casa. (certo)

As formas retas eu e tu só podem funcionar como

sujeito. Considera-se errado o seu emprego como

complemento.

Nunca houve problemas entre eu e tu. (errado)

Nunca houve problemas entre mim e ti. (certo)

Obs 1: Quando precedidas de preposição, não se

usam as formas retas eu e tu.

Ninguém sairá sem eu. (errado)

Ninguém sairá sem mim. (certo)

Obs 2: Poderão ser empregadas as formas retas eu e

tu mesmo precedidas por preposição quando essas

formas funcionarem como sujeito de um verbo no

infinitivo.

Isso é para eu ler.

5. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando

precedidos de preposição, passam a funcionar como

oblíquos. Somente nesse caso, considera-se correto

seu emprego como complemento.

Assiste a ele julgar o fato.

Informaram a nós os danos causados.

PRONOMES DE TRATAMENTO

Pronome Abreviatura Emprego

Vossa Alteza V. A. Príncipes e duques

Vossa Eminência V. Emª. Cardeais

Vossa Excelência V. Exª. Altas autoridades em

geral e bispos

Vossa

Magnificência

V. Magª. Reitores de

universidades

Vossa

Reverendíssima

V. Rev Sacerdotes

Vossa Santidade V. S. Papa

Vossa Senhoria V. Sª. Funcionários

graduados

Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores

1. Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam

com as formas verbais e os pronomes possessivos de

3ª pessoa.

Ex: “Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua

expedição”.

2. Esses pronomes devem vir precedidos de vossa,

quando nos dirigimos à pessoa representada pelo

pronome, e, por sua, quando falamos dessa pessoa.

Outros: você, vocês (no trato familiar), o Senhor (Sr.) e

a Senhora (Sra.) (no tratamento de respeito).

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PRONOMES POSSESSIVOS

São aqueles que indicam posse com relação às três

pessoas do discurso.

NÚMERO PESSOA Pronomes Possessivos

SINGULAR

1ª meu, minha, meus,

minhas

2ª teu, tua, teus, tuas

3ª seu, sua, seus, suas

PLURAL

1ª nosso, nossa, nossos,

nossas

2ª vosso, vossa, vossos,

vossas

3ª seu, sua, seus, suas,

Vale ressaltar que os pronomes possessivos “seu(s)” /

“sua(s)” necessitam de um referente claro. Se isso não

ocorrer, teremos um caso clássico de ambigüidade, ou

seja, de duplo sentido.

José disse ao amigo que sua sogra havia morrido.

Pergunta-se: Quem é que chorou? José ou o amigo?

De quem é a sogra falecida?

Perceba que o pronome “sua” não possui um referente

claro. Logo temos um caso de ambigüidade.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Indicam o lugar ou a posição dos seres com relação às

três pessoas do discurso.

Pronomes Demonstrativos

1ª pessoa Este, esta, estes, estas, isto

2ª pessoa Esse, essa, esses, essas, isso

3ª pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas,

aquilo

São também pronomes demonstrativos: o (quando

equivale a aquele, aquela, aquilo), mesmo, próprio

(como pronomes de reforço - ex: Ele mesmo tomou o

lugar), tal (=este, esse, isso, etc) - ex: Não havia razão

para tal procedimento) Com relação aos pronomes demonstrativos, é

importante observar que eles possuem uma

particularidade com referência ao processo coesivo

referencial. Podem retomar palavras, orações, períodos

e, até mesmo, parágrafos.

Ex: O carnaval é uma das festas mais esperadas pelo

povo pernambucano. Isso o deixa ansioso durante o

ano.

PRONOMES INDEFINIDOS

Referem-se à 3ª pessoa do discurso, designando-a de

forma vaga, imprecisa, indeterminada.

São pronomes indefinidos:

Algo, qualquer, alguém, ninguém, outrem, quem,

algum, nenhum, todo e toda (desacompanhados de

artigo), certo (antes de nomes).

Exemplo:

Acreditam em tudo que fulano diz ou sicrano escreve.

PRONOMES RELATIVOS

Representam nomes já mencionados, com os quais estão

relacionadas. Geralmente retomam um termo

antecedente da oração, projetando-o numa outra oração.

São eles: que (= o qual, a qual, os quais, as quais),

quem, qual, quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quanto,

quanta, quantos, quantas.

Pagamos as contas. As contas estavam atrasadas.

Pagamos as contas que estavam atrasadas.

1. O pronome relativo quem é empregado com referência

a pessoas e sempre vem precedido de preposição.

Ex: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.

2. Os pronomes cujo(s), cuja(s) sempre indicam posse

e podem ser desdobrados em um complemento

que também indica posse.

Exemplos: "Devemos socorrer João, cuja casa se

incendiou" (a casa de João se incendiou) ou "A mala,

cuja chave foi perdida" (a chave da mala foi perdida).

3. Onde é usado para indicar lugar e significa em que,

no qual e é usado com verbos que não dão idéia de

movimento.

Ex: Este é o lugar onde vivo.

PRONOMES INTERROGATIVOS

Aparecem em frases interrogativas. Como os

pronomes indefinidos, referem-se de modo impreciso à

3ª pessoa do discurso.

Ex: Quantos vêm?

Exercícios

VERBO

É a palavra que, por si só, indica um fato (ação, estado,

fenômeno) e situa-o no tempo. É o termo, na maioria dos

casos, essencial do enunciado.

MODOS DO VERBO

Modo Indicativo: expressa atitudes de certeza.

As crianças brincam no parque.

Modo Subjuntivo: expressa atitudes de dúvida,

hipótese.

Se você não fosse embora, nós nos entenderíamos.

Modo Imperativo: indica ordem, súplica, etc.

Preste atenção, menino!

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TEMPOS DOS VERBOS

São três os tempos fundamentais do verbo: presente,

pretérito e futuro.

Presente: enuncia o fato como realizado agora, no

momento em que se fala.

Eu posso passar no Vestibular.

Pretérito: indica fotos que já aconteceram. Divide-se em

Pretérito Imperfeito, Pretérito Perfeito, Pretérito-mais-que-

perfeito.

Futuro: exprime o fato como posterior a determinado

momento. Divide-se em Futuro do Presente e Futuro do

Pretérito:

DEFINIÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS:

Tempo presente: exprime um fato que ocorre no

momento da fala.

Estou fazendo exercícios diariamente.

Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do

momento da fala.

Ontem eu fiz uma série de exercícios.

Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do

ato da fala.

Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer

exercícios.

O Pretérito subdivide-se em:

Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente

concluído.

Ninguém relatou o seu delírio.

Pretérito imperfeito: indica um processo passado não

totalmente concluído, revela o fato em sua duração.

Ele conversava muito durante a palestra.

Pretérito mais-que-perfeito: Exprime ações concluídas

há muito tempo no passado. “... sempre nos faltara

aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)

O futuro subdivide-se em:

Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento

em que se fala.

Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus

pais chegarem contarei o fato ocorrido.

Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em

relação a um fato passado.

Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.

OBSERVE O QUADRO ABAIXO

MODO INDICATIVO

Presente Perfeito Terminado em AR

- VA Pretérito Imperfeito Terminado em ER / IR -

IA

Mais que perfeito - RA

Presente - RE / RA

Futuro

Pretérito - RIA

MODO SUBJUNTIVO

Presente Terminado em AR - E

(Que) Terminado em ER / IR - A

Pretérito Imperfeito -SSE

(Se)

Futuro -R

(Quando)

Exercícios

CLASSIFICAÇÃO

Quanto à classificação, os verbos podem ser regulares,

irregulares, anômalos, defectivos e abundantes.

REGULARES: seguem um modelo de conjugação,

mantendo o mesmo radical.

Comprar>> compro, compras, compra,

compramos, comprais, compram.

Vender >> vendo, vendes, vende, vendemos,

vendeis, vendem.

IRREGULARES: sofrem alterações no radical e nas

terminações.

DIZER - Pres. Indic.: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis,

dizem.

TRAZER - Pres. Indic.: trago, trazes, traz, trazemos,

trazeis, trazem.

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OUVIR - Pres. Indic.: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis,

ouvem.

Entre os irregulares destacam-se os anômalos, como o

verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo), ser e ir (que

apresentam radicais diferentes).

Ser - Pres. Indic.: sou, és, é, somos, sois, são.

Ir - Pres. Indic.: vou, vais, vai, vamos, ides, vão.

DEFECTIVOS: não possuem conjugação completa,

faltando a eles certos tempos e pessoas.

ABOLIR - Pres. Indic.: ----, tu aboles, ele abole, nós

abolimos, vós abolis, eles abolem.

FALIR >> Pres. Indic.: ----, -----, -----, nós falimos, vós

falis, ----.

VERBOS IMPESSOAIS

IMPESSOAIS são aqueles verbos conjugados

apenas na 3ª pessoa do singular, que não

apresentam sujeito. Geralmente indicam fenômenos

da natureza. São também impessoais os verbos haver,

no sentido de existir, e o verbo fazer no sentido de

tempo decorrido. Aparecem normalmente:

a) Nas orações existenciais com o verbo haver.

Há muita gente na sala. Havia milhares de pessoas no recinto.

b) Nas orações que exprimem fenômenos naturais:

Chove pouco em algumas regiões do Nordeste.

Ventou muito durante o dia.

c) Nas orações onde o verbo fazer indica tempo

decorrido:

Faz dias que não os vejo.

TRANSITIVIDADE

A classificação de um verbo como intransitivo ou

transitivo depende da oração ou do contexto em que

ele surge.

Ele lê mal. (verbo intransitivo)

VERBO INTRANSITIVO

É o verbo que não exige um elemento sobre o qual

recaia a ação, ou seja, não necessita de complemento

por ter sentido completo.

Ele caiu feio no chão.

VERBO TRANSITIVO DIRETO

Necessita de um complemento verbal (objeto direto)

sem preposição.

Ele comprou feijão.

VTD OD

VERBO TRANSITIVO INDIRETO

São verbos que necessitam de complemento iniciado

por preposição (objeto indireto) para completar o seu

sentido.

Ela gosta DE feijão.

VTI OI

VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO

São todos os verbos que apresentam dois

complementos: um deles sem preposição (OD) e outro

com preposição (OI).

Joana prefere as festas AO estudo.

VTDI OD OI

VOZES VERBAIS

Vozes do verbo são as formas que estes assumem para

indicar a relação de atividade, passividade ou,

simultaneamente, ambas as coisas. São três: ativa,

passiva e reflexiva.

ATIVA

O sujeito é agente, isto é, geralmente exerce a ação

expressa pelo verbo. Observe:

O presidente acabou com aquela nação.

PASSIVA

O sujeito é paciente, ou seja, sofre ou recebe a ação

pelo verbo.

Aquela nação foi destruída pelo mau presidente.

A voz passiva pode apresentar-se de duas formas:

analítica e sintética.

ANALÍTICA: formada pelo verbo auxiliar SER seguido

do particípio do verbo principal.

As meninas foram beneficiadas no concurso.

Os barcos serão consertados pelos pescadores.

SINTÉTICA: o verbo principal apresenta-se conjugado

na 3ª pessoa, acompanhado do pronome apassivador

SE.

Consertam-se barcos de pescadores.

Ainda não se consertou o carro de corrida.

REFLEXIVA

O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente:

pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.

O homem feriu-se com a faca.

Exercícios

CONJUNÇÕES

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

ADITIVAS: dão idéia de adição, ou seja, somam

informações num texto: e, nem, mas também.

Pedro comeu o bolo e Paulo tomou café.

Ela não trabalha nem estuda.

ADVERSATIVAS: que dão idéia de oposição, ressalva:

mas, porém, todavia, contudo.

Ele gosta de coca, mas ela gosta.

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ALTERNATIVAS: que exprimem alternativa,

alternância: ou...ou, nem....nem, ora....ora.

Ou você estuda ou não passa no concurso.

Quer queira, quer não queira, o homem vive.

CONCLUSIVAS: que iniciam ou dão idéia de

conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois

(depois do verbo), por isso.

Você é o responsável, portanto assuma as

conseqüências.

EXPLICATIVAS: dão idéia de explicação: que, porque,

pois (antes do verbo).

Choveu durante a noite, pois está tudo molhado.

Fique quieto, pois preciso estudar.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

CAUSAIS: porque, visto que, como, já que, uma vez

que.

Visto que estava de ressaca, não saiu.

Como não saiu, não pôde ver a cena.

COMPARATIVAS: como, (tal) qual, assim como,

que nem, (tão ou tanto) como, o mesmo que.

Ela era arrastada pela vida como uma folha seca.

Sua atenção é tão boa como a de uma mula.

CONCESSIVAS: embora, posto que, por mais que, por

muito que, por menos que, se bem que, dado que, nem

que.

Ele vestia-se muito bem, embora fosse pobre.

CONDICIONAIS: se, caso, contanto que, desde

que. Se ela

for, eu não irei.

Sairei desde que me faça um favor.

CONFORMATIVAS: como, conforme, segundo,

consoante. As

pessoas vivem conforme suas condições.

CONSECUTIVAS: que (precedido de tão, tal, tanto,

tamanho – às vezes subentendido), de sorte que, de

maneira que, de forma que, de modo que.

Comeu tanto que passou mal.

Sofreu tanta pressão, que acabou confessando.

FINAIS; a fim de que, para que, que (= para que).

Afastou-se depressa para que não o víssemos.

Acenei-lhe que se aproximasse.

PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida

que, ao passo que, quanto mais..(tanto mais), quanto

mais...(tanto menos).

À medida que se vive, mais se aprende.

Ao passo que se estuda, mais se aprende.

TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, mal (=

logo que), sempre que, agora que, até que, assim

que, apenas.

Quando você quiser, estarei aqui.

INTEGRANTES: que, se.

Sabemos que você é fiel.

Não sei se você é fiel.

CONCORDÂNCIA VERBAL

REGRAS BÁSICAS

01. O verbo e o sujeito de uma oração mantêm entre si

uma relação mútua chamada de concordância verbal. De

acordo com essa relação, verbo e sujeito concordam em

número e pessoa.

Reconheço os próprios erros.

O sujeito composto equivale a um sujeito no plural:

Pai e filho conversaram longamente.

02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais

diferentes, o verbo concorda com a pessoa de menor

número no plural.

Nossos amigos, tu e eu (nós) formaremos um time.

Tu e teus (vós) colegas formareis um belo time.

03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto,

pode concordar no plural com a totalidade do sujeito ou

com o núcleo do sujeito mais próximo.

Bastaram determinação e capacidade.

Bastou determinação e capacidade.

Quando há reciprocidade, a concordância deve ser feita

no plural.

Agrediram-se o deputado e o senador. (agrediram-se

um ao outro)

04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo,

leva geralmente este para o plural.

A moça e o rapaz cumpriram seus deveres.

Se os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou

quase sinônimos ou estabelecem uma gradação, o verbo

pode concordar no singular.

O desalento e a tristeza minou-lhe as forças.

Um aceno, um gesto, um estímulo faria muito por ele.

CONCORDÂNCIAS QUE MERECEM DESTAQUE

O VERBO PODE CONCORDAR NO PLURAL E

SINGULAR

A) PORÇÃO DE, A METADE DE, A MAIORIA DE, A

MAIOR PARTE DE

A maioria dos alunos participou/participaram da festa.

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Nesses casos, o uso da forma singular do verbo

enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural destaca

os elementos que formam esse conjunto.

B) UM DOS QUE, UMA DAS QUE

O Amazonas é um dos rios que cortam a floresta.

A ministra é uma das que defende tal postura.

O verbo usado no singular se aplica somente ao ser que

se fala, ou quando se deseja destacar o indivíduo do

grupo.

Este é um dos alunos que mais se destacou.

C) NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR “OU”

Se a conjunção “ou” indicar exclusão, ou retificação, o

verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo.

Milão ou Berlim sediará a próxima Olimpíada.

O ladrão ou os ladrões conseguiram fugir.

Se a idéia por ele expressa se referir a todos os núcleos

do sujeito, o verbo irá para o plural.

Um sorriso ou uma lágrima o tirariam daquela incerteza.

Só Deus ou Nossa Senhora podem ajudá-lo nesse seu

desespero.

D) UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO

NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR “NEM”

SUJEITOS CORRELACIONADOS

NÚCLEOS DO SUJEITO LIGADO POR COM”

O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo

concordará, de preferência, no plural.

Um e outro gostavam de cerveja.

Nem uma nem outra casa foram visitadas.

Nem o jogador nem o técnico podem salvar o

time.

Não só a seca mas também o descaso assolam o

Nordeste.

FORMAS “FECHADAS” DE CONCORDÂNCIA

VERBAL

A) CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE

Quando o sujeito é formado por expressão que indica

quantidade aproximada seguida de numeral e

substantivo, o verbo concorda com o substantivo.

Cerca de vinte corpos foram resgatados dos escombros.

Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas

Olimpíadas.

OBS: Quando a expressão MAIS DE UM se associar

a verbos que exprimem reciprocidade ou for repetida, o

plural é obrigatório.

Mais de um parlamentar se ofenderam na tumultuada

sessão de ontem.

Mais de um casal, mais de uma família, já perderam

qualquer esperança num futuro melhor.

B) QUAIS, QUANTOS, ALGUNS, MUITOS, POUCOS,

VÁRIOS + DE NÓS, DE VÓS, DENTRE NÓS, DENTRE

VÓS

O verbo fica na 3ª pessoa do plural, ou concorda

com o pronome nós ou vós.

Quais de nós sabiam/sabíamos disso tudo?

Alguns de vós temiam/temíeis novas relações.

Se o sujeito interrogativo ou o indefinido estiver no

singular, o verbo ficará na 3a pessoa do singular.

Qual de nós sabia de tudo. / Algum de vós fez isso.

Algum de vós fez isso? / Qual de vós duvida do fato? C) SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL

Quando o sujeito é formado por nomes que só têm

plural, se não houver artigo antes do nome, o verbo

fica no singular.

Flores não recebe mais acento.

Pelotas é um bom local para se viver.

Memórias póstumas de Brás Cubas renovou a estética

do romance.

Se houver artigo antes do nome, o verbo vai para o

plural.

Os Estados Unidos impuseram uma ordem mundial.

D) PRONOME RELATIVO “QUE / QUEM” COMO

SUJEITOS

Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo

concordará com o antecedente do que.

Fui eu que fiz tudo isso.

Quando o sujeito é o pronome relativo QUEM, pode-se

utilizar o verbo na 3a pessoa do singular ou

concordá-lo com o sujeito do verbo “ser”.

Fui eu quem fiz isso. Somos nós quem pagamos.

E) CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS

Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem

seguida termo preposicionado, a tendência é fazer a

concordância com esse termo que especifica a

referência numérica.

1% do orçamento do país deve destinar-se à

educação.

85% dos entrevistados declararam impostos.

99% da população brasileira assistiu à Copa do

Mundo.

Se a porcentagem for particularizada, o verbo

concordará com ela:

Os 99% da população assistiram à Copa do Mundo.

Aqueles 45% de eleitores estão indecisos.

F) NÚMEROS FRACIONÁRIOS

Quando o sujeito é um número fracionário, a tendência é

concordar o verbo com o numerador.

1/5 da prova de matemática foi anulada.

Singular singular singular

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2/5 das questões foram anulada.

plural plural plural

2/5 da população votou / votaram

plural singular singular ou plural

Obs:

Se o sujeito é um número fracionário com numerador no

singular, seguido de expressão preposicionada no plural,

ou vice-versa, o verbo poderá concordar no plural ou no

singular.

1/5 dos jovens votou / votaram.

singular plural

G) PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO

O verbo fica na 3a pessoa.

Vossas Excelências desejam algo?

H) SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA /

NINGUÉM

O verbo concorda no singular.

Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído pelo

terremoto.

I) UM OU OUTRO

O verbo concorda no singular com o sujeito um ou

outro.

Um ou outro caso será resolvido.

Uma ou outra candidata saiu-se bem.

J) NÚCLEOS DO SUJEITO SÃO

INFINITIVOS

O verbo concordará no plural se os infinitivos forem

determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas;

caso contrário, tanto é lícito o singular como o plural.

O comer e o beber são fundamentais à vida.

L) SUJEITO COLETIVO

O verbo concorda no singular .

A multidão gritava. (regra geral)

Coletivo + termo preposicionado no plural

A multidão de pessoas gritava / gritavam.

CONCORDÂNCIA DE ALGUNS VERBOS E

ESTRUTURAS VERBAIS

ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A

PARTICIPAÇÃO DO PRONOME “SE”:

Dentre as várias funções que esse pronome exerce, há

duas de particular importância para a concordância

verbal:

A) Quando atua como índice de indeterminação do

sujeito, o “se” acompanha verbos intransitivos, transitivos

indiretos e de ligação, que devem obrigatoriamente estar

na 3a pessoa do singular.

Aos domingos, ia-se sempre à praça.

Precisa-se de pedreiros.

Era-se feliz.

B) Quando atua como pronome apassivador, o “se”

acompanha verbos transitivos diretos e

transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva

sintética. Nesse caso , o verbo concorda com o sujeito da

oração.

Construiu-se uma nova praça no bairro.

Construíram-se novas praças no bairro.

O VERBO “SER”

A) Estando entre dois substantivos de números diversos, o

que orientará a concordância será o sentido da frase, ou

seja, o verbo “ser” concordará com o termo a que se

quiser dar mais ênfase.

Mulher muda é problemas.

O horizonte de sucesso são cordilheiras transpostas.

B) O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concorda o

verbo ser.

Maria é os olhos da avó.

Mário era só alegrias.

C) Concorda com o predicativo quando o sujeito for um

dos pronomes tudo, isso, isto, aquilo, o.

Tudo eram alegrias naquela noite.

Isso são manias de um ocioso.

O que mais atrapalhava eram as burocracias.

Menos comum é a concordância com o sujeito, mas

também é uma forma aceita segundo a Norma Padrão:

Tudo é flores.

Era tudo ameaças de violência.

D) Quando um dos dois termos – sujeito ou predicativo –

for pronome pessoal, faz-se a concordância com este

pronome:

Todo eu era olhos e coração.

O Brasil, senhores, sois vós.

E) Nas expressões que indicam quantidade, medida,

peso, preço, valor (é muito, é pouco, é suficiente, é mais

que, etc.), o verbo ser é invariável:

Dois quilos é pouco.

Vinte mil reais é bom.

Dez minutos é mais do que eu preciso.

F) Nas indicações de tempo, horas, datas e

distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com a

expressão numérica que o acompanha.

É uma hora.

Hoje é dia cinco de março.

Daqui para minha casa são três quilômetros.

O VERBO “HAVER”

Quando indica existência ou acontecimento, é

impessoal, devendo permanecer sempre na 3a pessoa

do singular.

Ainda há pontos obscuros nessa versão.

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Deve ter havido pontos obscuros naquela versão.

HAVER / FAZER / CHOVER

São impessoais quando indicam tempo decorrido. Nesse

caso, devem permanecer na 3a pessoa do singular.

Há anos que não o vejo.

Faz anos que não o vejo.

Choveu durante vários dias.

HAJA VISTA

A expressão haja vista admite 03 construções.

Formas invariáveis:

Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo)

Haja vista aos livros desse autor. (=olhe-se para)

Forma Variável:

Hajam vista os livros desse autor. (vejam-se, tenham

vista)

BATER, SOAR, DAR

Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam

regularmente com o sujeito.

Nisto, deu três horas o relógio da botica.

Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo.

PARECER

Em construções com o verbo parecer seguido de

infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo

que o acompanha.

As paredes pareciam estremecer.

As paredes parecia estremecerem.

REGÊNCIA VERBAL

Os casos mais importantes são:

ACARRETAR

Transitivo Direto - ocasionar, causar, trazer.

Isso acarretará sérios prejuízos para o consumidor”?

AGRADAR

Transitivo Indireto - Satisfazer. Rege a preposição A;

admite LHE(s).

Isto não lhe agrada.

A paisagem agrada à vista.

Transitivo Direto - Fazer agrado (alguém agrada

alguém, sendo o sujeito nome de pessoa).

João agradava a esposa.

ASPIRAR

Transitivo Direto - inalar, tragar, sorver.

A menina aspirou o aroma da flor.

Transitivo Indireto - desejar, almejar. Rege a

preposição A; rejeita LHE(s).

Os jovens aspiram a grandes conquistas.

ASSISTIR

Transitivo Indireto - ver, presenciar, estar presente.

Rege a preposição A, rejeita LHE(s).

Assistiu ao filme calada.

Transitivo Indireto - Caber, pertencer. Rege a

preposição A; aceita LHE(s)

Não lhe assiste o direito de intervir.

Transitivo Direto - auxiliar, ajudar, confortar.

O médico assiste o doente.

Intransitivo - Morar. Rege a preposição EM

Há quanto tempo assistimos em Recife?

CHEGAR

Não se diz, na língua culta, "chegar em". Assim não é

culto falar: "Cheguei em casa ontem.." Diz-se:

"Chegamos a casa ontem."

CUSTAR

Intransitivo - ter valor de.

A casa custou trinta mil reais.

Transitivo Indireto - demorar, ser difícil, custoso. Só

se emprega na 3ª pessoa do singular e tem como

sujeito uma oração reduzida de infinitivo, precedida ou

não da preposição A.

Custa-me (a) aceitar que retornou ao vício.

ESQUECER / LEMBRAR

Transitivo Direto - quando não são pronominais, ou

seja, quando não estiverem acompanhados dos

pronomes oblíquos. (me, te, se, etc.)

Transitivo Indireto - quando usados como verbos

pronominais.

Esqueci tudo (TD) / Esqueci-me de tudo.(TI)

Não lembro nada.(TD) / Não me lembro de nada.(TI)

IMPLICAR

Transitivo Direto - trazer como conseqüência,

acarretar.

A assinatura de um contrato implica a aceitação de todas

as suas cláusulas.

O desrespeito às leis implica sérias conseqüências.

Transitivo Direto e Indireto - envolver, enredar,

comprometer.

Negócios ilícitos o implicaram em vários crimes.

Falsos amigos implicaram o jornalista na conspiração.

Transitivo Indireto - promover rixas, mostrar má

disposição para com alguém.

Ele era uma criatura que implicava com todo o mundo.

NAMORAR

Transitivo Direto - Cortejar

Quem você quer namorar?

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Sempre namorei a Lua.

OBEDECER / DESOBEDECER

Transitivos Indiretos - regem a preposição A.

Os filhos obedecem aos pais.

Embora transitivos indiretos , esses verbos aceitam a

voz passiva. Ex: A lei foi obedecida por todos.

PAGAR / PERDOAR

Transitivos Diretos e Indiretos - pedem objeto direto

da coisa que se paga ou se perdoa, e objeto indireto

da pessoa a quem sem paga ou se perdoa.

Perdoemos as ofensas (coisas) aos nossos ofensores

(pessoas).

PREFERIR

Transitivo Direto e Indireto - Não aceita reforço, rege

preposição A .

Prefiro morrer a fugir como covarde.

OBS: Devem ser evitados os pleonasmos "preferir

mais", "preferir antes", "preferir muito mais", "preferir

mil vezes do que"...

PRECISAR

Transitivo Direto - determinar com exatidão.

Ele não soube precisar a quantia perdida.

Transitivo Indireto - necessitar.

O país precisa de guerreiros.

QUERER

Transitivo Direto - Desejar.

Eu quero o biscoito recheado.

Transitivo Indireto - Amar, ter afeto: rege a

preposição A. Os filhos querem aos pais.

VISAR

Transitivo Direto - apontar, mirar, rubricar.

O atirador visou o alvo.

Transitivo Indireto - pretender, almejar. Rege

preposição A e rejeita LHE(s).

A ação visava ao restabelecimento da paz.

CRASE

NÃO SE USA ACENTO GRAVE INDICADOR DE

CRASE

A doença vem a cavalo e volta a pé.

Nos livros, só escrevia a lápis.

Não ocorre crase diante de palavras masculinas.

NOTA:

Escrevia à Rui Barbosa.

Fez alguns sonetos à Vinícius de Morais.

Subentendendo-se moda, estilo ou maneira, usa-se

a crase.

Prefiro falar pouco a dizer tolices.

Encontrei-o a passear com os colegas.

Não ocorre crase diante de verbos.

Contou seu caso a ela.

Ele se dirigiu a V. Exª.

Cheguei a esta cidade ontem.

Aquela é a jovem a que te referes.

Escrevi a todas as pessoas conhecidas. Estamos a pouca distancia de você.

A qual das questões se refere ?

Não ocorre crase diante de pronomes Pessoais

(retos , oblíquos e de tratamento), Relativos,

Indefinidos, Demonstrativos e Interrogativos. (PRIDI)

4. Não ia a festas nem a bailes.

Não dê atenção a pessoas insistentes.

Contei meus problemas a uma certa senhora.

Referi-me a várias causas.

Não se usa crase diante de palavras femininas em

sentido geral ou indeterminado, com a preposição

A no singular.

___________________________________________

5. O sangue jorrava gota a gota.

Encontrou-se com ele face a face.

Disputou palmo a palmo o jogo.

Deparou-se frente a frente com o inimigo.

Não se usa crase diante de palavras repetidas.

6. Dirigi-me a uma pessoa.

Assisti a um filme.

Obedeci a uma ordem superiora.

Chegarei a uma hora qualquer.

Não se usa crase antes de artigo indefinido.

___________________________________________

7. Após as enchentes, o número de vítimas chega a

trezentos.

Daqui a duas semanas estarei em férias.

Não se usa crase diante de numerais cardinais não

determinados por artigo.

OBS: Será usada a crase quando o numeral estiver

precedido de artigo.

Assisti às duas sessões de ontem.

Os títulos foram entregues às duas finalistas.

USA-SE ACENTO GRAVE INDICADOR DE CRASE

1. Vou à praia. / Vou ao campo.

As crianças foram à praça. / foram ao jogo.

Fez-se referência à melhor aluna. / ao melhor aluno.

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Comunicou o ocorrido à mãe./ comunicou ao pai.

Emprega-se a crase sempre que, ao substituir

o vocábulo feminino por um masculino,

aparecer a combinação AO antes do nome

masculino

Portanto, não haverá crase em:

Ela escreveu a redação a tinta.

(Ela escreveu a redação a lápis.)

Compramos a TV a vista.

(Compramos a TV a prazo.)

Chegou às três horas.

Saiu às dez horas.

Chegou à uma hora.

Saiu à meia-noite.

Usa-se o acento grave indicador de crase diante

das horas determinadas.

Eles andam à procura do criminoso.

Estamos à espera do resultado.

À proporção que o tempo passa, desespera-se.

Usa-se crase diante de locuções adverbiais,

prepositivas e conjuntivas formadas por palavras

femininas.

CASOS ESPECIAIS DE CRASE

NOME DE CIDADE / ESTADO / PAÍS / REGIÃO Vou a Curitiba visitar uma amiga.

Eles chegaram a Londres ontem.

Vou à Bahia amanhã.

Chegarei à Venezuela em dois dias.

Regra Prática:

Quem vai A e volta DA, crase HÁ.

Quem vai A e volta DE, crase para quê?

Há nomes de lugar que não possuem artigo e passam

a exigi-lo quando recebem determinante.

Dirigi-me a Brasília. Dirigi-me à Brasília de JK.

Vou a Roma. Vou à Roma dos Césares.

NOMES PRÓPRIOS FEMININOS

A crase é facultativa diante dos nomes próprios

femininos.

Contou a (à) Cristina o ocorrido.

Não fez alusão a (à) Teresa.

I. Se o nome próprio vier determinado ou ficar claro

que pertence ao círculo de amizades, a crase será

obrigatória.

Refiro-me à Silvia, minha namorada.

Obedeci à Márcia, minha sogra.

II. Diante de nome de santo ou santa ou mesmo

Nossa Senhora não há artigo, logo não há crase.

Obedeço a Santa Teresinha

Sempre agradecia a Nossa Senhora.

III. Diante de nomes que representam pessoas

célebres não há artigo, portanto, não há crase.

Refiro-me a Maria, a louca.

Ele fazia referência a Maria Madalena, personagem

bíblica.

POSSESSIVOS

PREPOSIÇÃO "A" + POSSESSIVO NO SINGULAR,

A CRASE É FACULTATIVA

Referiu-se a (à) minha roupa.

Desobedeceram a (à) minha ordem.

Não deu crédito à sua palavra.

PREPOSIÇÃO "A" + POSSESSIVO NO PLURAL,

A CRASE É PROIBIDA

Não assisto a suas aulas. (a seus jogos)

Obedeço a suas ordens. (a seus comandos)

Assisti a suas palestras. (a seus encontros)

PREPOSIÇÃO "A" + POSSESSIVO + ELIPSE DO

SUBSTANTIVO,

A CRASE É OBRIGATÓRIA

Minha blusa é igual à sua.

Sua caneta é inferior à minha.

Suas preferências são iguais às minhas.

CASA = lar, residência, domicílio

Quando CASA está sem determinante, não aceita

artigo e, por isso, rejeita crase.

Dirigi-me a casa. Assisti a casa de longe.

Se CASA estiver com determinante e houver a

preposição "A", a crase será obrigatória.

Cheguei à casa de meus avós.

Fui à casa do atleta, mas não o encontrei.

DISTÂNCIA

Quando vem determinada, ocorre crase.

Ele foi jogado a distância.

Ele foi jogado à distância de alguns metros.

Eu estava a três metros de distância.

Eu estava à distância de três metros.

QUAL = pronome interrogativo dispensa artigo e

rejeita crase.

QUAL = pronome relativo exige artigo e pode

receber crase.

A qual praia nós iremos?

A qual professora te diriges?

Esta é a aluna a que te referes = à qual te referes.

ATÉ

É a única preposição que admite outra depois de si,

por isso com a preposição ATÉ a crase é

facultativa.

Vim até a sala. ou Vim até à sala.

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PONTUAÇÃO

EMPREGO DA VÍRGULA

01. Para separar os termos da mesma função,

assindéticos:

"Vim, vi, venci."

02. Para isolar o vocativo:

"João, onde está o feijão?"

"E agora, José?

03. Para isolar o aposto explicativo:

"FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar muito."

04. Para assinalar a inversão dos adjuntos

adverbiais:

"Por impulso instantâneo, toda a equipe comemorou "

Diante de todos os convidados, o casal disse sim."

Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um

simples advérbio, pode-se dispensar a vírgula, ainda

que venha deslocado:

"Hoje, completamos mais um ano de vida".

"Hoje completamos mais um ano de vida".

05. Para marcar a elipse do verbo:

"João e Maria comeram feijão, arroz, farinha e beberam

suco, refrigerante, caldo de feijão."

06. Nas datas:

"Recife, 23 de novembro de 2000."

07. Nas construções onde o complemento verbal,

por vir anteposto, é repetido por um pronome

enfático (objeto direto / indireto =>pleonástico):

"A mim, ninguém me engana."

"Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."

08. Para isolar certas palavras ou expressões

explicativas, corretivas, continuativas, conclusivas,

tais como “por exemplo, além disso, isto é, aliás,

então, etc”.

09. Para separar as orações coordenadas ligadas

pela conjunção "e", quando os sujeitos forem

diferentes:

"Veio a noite da feijoada, e João não havia se

preparado."

10. Para separar as orações coordenadas ligadas

pelas conjunções mas, senão, nem, que, pois,

porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora;

quer...quer, etc.

"O adolescente é muito rico, mas não vive feliz."

"Ou o conhece, ou não".

11. Para isolar as conjunções adversativas porém,

todavia, contudo, no entanto; e as conjunções

conclusivas logo, pois, portanto.

"Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.

12. Para separar as orações adverbiais ,

principalmente quando antepostas à principal:

"Como estudou direito para o vestibular, passou para o

curso de Direito."

Quando você vier, eu sairei de casa.

13. Para separar os adjetivos e as orações adjetivas

de sentido explicativo:

"O jardim, que está florido, será protegido durante a

chuva."

"As mulheres, loucas, procuraram a maquiagem."

EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA

01. Para separar orações independentes que têm

certa extensão, sobretudo se tais orações possuem

partes já divididas por vírgula:

"Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros

folgavam, descuidavam-se, não pensavam no futuro."

02. Para separar as partes principais de uma frase

cujas partes subalternas têm de ser separadas por

vírgulas:

"Recife e Olinda são cidades de Pernambuco;

Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do Rio de Janeiro.

03. Para separar os diversos itens de uma lei, de

um decreto, etc.

"Art.12. Os cargos públicos são providos por:

I - Nomeação; II - Reversão;

EMPREGO DO PONTO FINAL

01. No período simples:

A família representa tudo na vida de uma pessoa.

02. No período composto :

João comeu feijão, e Maria bebeu suco.

03. Nas abreviaturas:

d.C - depois de Cristo

EMPREGO DOS DOIS PONTOS

01. Para anunciar a fala do personagem:

O militar ordenou:

- Todos para a flexão!

02. Para anunciar uma enumeração:

Alguns homens preferem as seguintes opções de vida:

lazer, dinheiro, uma boa mulher, futebol, feijão e muita

saúde para viver intensamente.

03. Para anunciar uma citação:

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"Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos, não

há amigos".

PONTO DE INTERROGAÇÃO

É o sinal que se coloca no fim de uma oração para

indicar uma pergunta direta:

Quem quer feijão?

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

Emprega-se depois das interjeições ou depois de

orações que designam espanto, admiração:

"Quantos gols! Esse time é muito bom!

RETICÊNCIAS

Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou,

ainda, hesitação ou falta de necessidade de exprimi-lo:

"Quem conta um conto..."

"Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os

homens menos satisfeitos..."

PARÊNTESES

Servem os parênteses para separar palavras ou frases

explanatórias, intercaladas no período:

"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora

dela), quando ouviu baterem..."

TRAVESSÃO

É um traço de certa extensão, maior do que o hífen,

que indica a mudança de interlocutor:

- Quem é?

- Sou eu.

ASPAS

Usam-se as aspas:

A) No princípio e no fim das citações, para distingui-las

da parte restante do discurso:

Um sábio disse:

"Agir na paixão é embarcar durante a tempestade."

B) Para distinguir palavras e expressões estranhas ao

nosso vocabulário:

João vive num verdadeiro "trash".

C) Para dar ênfase a palavras ou expressões:

A palavra "sexo" está presente 24h na mente

masculina.

TIPOLOGIA TEXTUAL

Refere-se à estrutura de composição dos textos. Hoje,

admitem-se os seguintes tipos textuais: narração,

dissertação , exposição, descrição e injunção.

A narração está presente quando o texto fornece

informações sobre o tempo e espaço do fato narrado. Há

um narrador que pode ser observador, personagem ou

onisciente. Além disso, é comum aparecerem

personagens e um "clímax" em determinado momento.

Há, portanto, o desenvolvimento da história, um momento

de tensão, e a volta à estabilidade.

A dissertação - estilo de texto com posicionamentos

pessoais e exposição de idéias. Tem por base a

argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a

fim de defender um ponto de vista. Presença de estrutura

básica: apresentação da idéia principal, argumentos,

conclusão. Utiliza verbos na 1ª e 3ª pessoas do presente

do indicativo.

Obs.: É a modalidade mais exigida nos concursos em

geral, por promover uma espécie de “raio-X” do candidato

no que toca às suas opiniões. Nesse sentido, exige dos

candidatos mais cuidado em relação às colocações, pois

também revela um pouco do seu temperamento, numa

espécie de psicotécnico.

A exposição - apresenta informações sobre assuntos,

expõe idéias; explica, avalia, reflete. A sua estrutura

básica é formada por: idéia principal, desenvolvimento,

conclusão. Faz uso de linguagem clara, objetiva e

impessoal. A maioria dos verbos está no presente do

indicativo.

Nos textos descritivos existe a riqueza de detalhes e a

constante presença de adjetivos. A descrição é muito

recorrente em diversos gêneros textuais.

Os textos injutivos, por sua vez, são aqueles que

indicam procedimentos a serem realizados. Nesses

textos, as frases, geralmente, são no modo imperativo.

Bons exemplos desse tipo de texto são as receitas e os

manuais de instrução.

FUNÇÕES DE LINGUAGEM

São elas: emotiva, conativa ou apelativa, poética,

metalingüística, referencial e fática.

FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA

A função emotiva centraliza-se na emoção do emissor,

que dá mais importância a seu sentimentos do que ao

fato narrado. Por isso, o objetivo principal é expor um

sentimento ao receptor.

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Tem linguagem subjetiva e apresenta, com freqüência,

verbos e pronomes na 1ª pessoa do singular.

Encontra-se em livros autobiográficos, cartas e bilhetes

de amor, poesias líricas, algumas músicas.

“Quando você me deixou, meu bem

Me disse para ser feliz e passar bem

Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci

Mas depois, como era de costume,

Obedeci.” (Chico Buarque)

“Quando olho para mim, não me percebo

Tenho tanto a mania de sentir

Que me extravio às vezes ao sair

Das próprias sensações que eu recebo.”

(Fernando Pessoa)

FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA

O objetivo principal dessa função é interferir no

comportamento do receptor, seja em forma de apelo, de

ordem, ou mesmo chamada à realidade, despertando a

consciência do ouvinte ou leitor.

Tem uma linguagem simples, direta e se caracteriza

pelo emprego de verbos no imperativo e pronomes que

se referem à pessoa com quem se fala.

Encontra-se em discursos, em horóscopos, anúncios,

propagandas, músicas, etc.

“Se não dá para passar o verão na praia, curta a cidade

com roupas que desafiem o calor tropical.”

“Atue com cautela. Não se precipite ao tomar decisões

na área profissional e seja mais tolerante com as

pessoas queridas. Tudo isso em benefício de sua paz.”

FUNÇÃO POÉTICA

Nesse tipo de função de linguagem, o emissor não se

preocupa apenas com o significado da mensagem, mas

com a maneira de montar essa mensagem, revelando

sua criatividade.

Apresenta linguagem metafórica e conativa. É comum o

jogo de palavras.

Encontra-se em artigos e obras literárias, poemas, letras

de música, provérbios e em algumas propagandas.

“Telefonei para o Departamento Nacional de

Meteorologia, indagando que tempo iria fazer. De lá me

responderam:

Tempo nostálgico.

Acrescentaram:

Ventos do passado, temperatura rememorativa,

visibilidade.

É mesmo o que anda de nostalgia por aí!

“Não se pode mudar o curso do rio, pelo menos, não sem

tocá-lo; e o sonho era como o rio, ia e vinha sem se

dividir, sem parar. E nele a vida.”

FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA

A função metalinguagem usa a palavra para explicar a

própria palavra.

Encontra-se na poesia que fala da poesia, da função e do

poeta, num texto que comenta outro texto. Os dicionários

e as gramáticas, por utilizarem palavras para explicar as

palavras, são os exemplos mais comuns de

metalinguagem.

Expressões explicativas como isto é, ou seja introduzem

sempre textos metalingüísticos.

“Passei uma hora pensando um verso que a pena não

consegue escrever.”

“Objeto direto é o complemento verbal, sem preposição,

exigido por verbo transitivo direto.”

FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA

A intenção da função referencial ou denotativa é

transmitir ao receptor dados da realidade de uma forma

direta e objetiva, com palavras empregadas no seu

sentido denotativo.

Nesse tipo de função, prevalece o uso da 3ª pessoa.

Encontra-se em jornais, revistas, livros científicos e

outros.

“Brasileiros que moram no exterior terão que declarar

Imposto de Renda em 1996.”

“O presidente FHC disse que as medidas propostas pelo

governo para a reforma da Previdência se transformaram

em objeto de demagogia.”

FUNÇÃO FÁTICA

Centraliza-se no canal (meio pelo qual circula a

mensagem) e tem como objetivo prolongar ou não o

contato com o receptor ou testar a eficiência do canal.

Apresenta fala cheia de expressões comuns. (alô,

entende?, então tchau, está ouvindo?

Encontra-se nas falas telefônicas.

RESUMO

1. Função referencial ou denotativa = traduz

objetivamente a realidade exterior ao emissor.

Refere-se ao conteúdo da mensagem. Por exemplo,

os textos de jornais e os didáticos.

2. Função emotiva ou expressiva = traduz opiniões e

emoções do emissor da mensagem. Ocorre quando

o fator mais importante é o próprio eu, o remetente

da mensagem. Por exemplo, um texto dissertativo ou

uma poesia lírica.

3. Função fática = tem por objetivo iniciar, prolongar ou

encerrar o contato entre emissor e receptor.

Predomina também nas mensagens em que se testa

o canal. Por exemplo, uma conversa telefônica.

4. Função conativa ou apelativa = procura influir no

comportamento do receptor, por meio de uma ordem,

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um apelo, um pedido ou uma súplica. Por exemplo,

as propagandas em geral.

5. Função metalinguística = utiliza o código como

assunto ou explicação do próprio código. Por exemplo,

um dicionário.

6. Função poética = enfatiza a elaboração da

mensagem de modo a ressaltar seu significado. Por

exemplo, uma poesia.

Nos textos ficcionais predomina sempre a função

poética, pois o autor cria mundos que não têm,

necessariamente, de corresponder ao mundo real.

É importantíssimo notar que nenhuma mensagem

apresenta apenas e exclusivamente uma única função

da linguagem. Uma das seis funções será

predominante, mas nunca exclusiva.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS

EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou

melhor, “escorregar na maionese”. Ocorre quando se

interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são

fatos reais, mas que não estão expressos no texto.

Deve-se dar importância somente ao que está relatado.

REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do

contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se

de considerar o texto como um todo para se ater

apenas à parte dele.

CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o

contrário do que está escrito. É bom que se tome

cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”,

“não”, o verbo “ser”, principalmente.