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ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 82 páginas.  A apostila completa contém 255 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes (Lei nº 11.343/2006); 2. Apresentação e uso de documento de identificação pessoal (Lei nº 5.553/1968); 3. Definição dos crimes de tortura (Lei nº 9.455/1997); 4. Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003); 5. Crimes contra a dignidade sexual ( Lei nº 12.015/2009); 6. Lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998); 7. Crimes contra o meio ambiente (Lei nº 9.605/1998); 8. Código de Trânsito Brasileiro; 9. Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989); 10. Crime organizado (Lei nº 9.034/1995); 11. Crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990); 12. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990); 13. Abuso de autoridade (Lei nº 4.898/1965); 14. Juizados especiais cíveis e criminais (Lei nº 9.099/1995).

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7/14/2019 ApostilaLeisPenaisEspeciais01

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ATENÇÃO:Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 82 páginas.

 A apostila completa contém 255 páginas e está disponível para download aosusuários assinantes do ACHEI CONCURSOS

APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL

Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em

www.acheiconcursos.com.br

Conteúdo:

1. Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes (Lei nº 11.343/2006);

2. Apresentação e uso de documento de identificação pessoal (Lei nº 5.553/1968);3. Definição dos crimes de tortura (Lei nº 9.455/1997);

4. Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003);

5. Crimes contra a dignidade sexual ( Lei nº 12.015/2009);

6. Lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998);

7. Crimes contra o meio ambiente (Lei nº 9.605/1998);

8. Código de Trânsito Brasileiro;

9. Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989);

10. Crime organizado (Lei nº 9.034/1995);

11. Crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990);12. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990);

13. Abuso de autoridade (Lei nº 4.898/1965);

14. Juizados especiais cíveis e criminais (Lei nº 9.099/1995).

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LEI DE DROGAS

 A Lei n° 11.343/2006 revogou tanto a Lei n° 6.368/1976, que previa os crimes ligados aentorpecentes, quanto a Lei n° 10.409/2002, que previa o procedimento para esses crimes.

Certamente, a alteração mais significativa foi em relação ao delito de porte de drogas paraconsumo pessoal (art. 28 da Lei n° 11.343/2006). Na nova disciplina legal, esse delito, de competênciados Juizados Especiais Criminais, não admite nunca a pena de prisão, mas apenas as "medidas

educativas" de advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e parti-cipação em programa ou curso educativo. Caso o autor não cumpra, voluntariamente essas medidas,a condenação criminal poderá impor-lhe, no máximo, a pena de multa. Expressamente, a lei afirmaque o enfoque em relação ao usuário não é mais repressivo, e sim o de proporcionar "atenção ereinserção social". Há entendimento de que, como o enfoque não é mais repressivo e as medidaseducativas são relativas a direitos disponíveis, seriam admissíveis sucessivas transações penais paracumprimento das medidas educativas. Há entendimento de que, considerando que esse delito nãopossui pena de reclusão ou detenção, não seria mais um crime, mas uma contravenção penal.Todavia, o STF decidiu que a conduta continua configurando crime (STF, 1. T., RE-QO n° 430.105/RJrel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 13/2/2007, DJ 27/4/2007, p. 69, Ementário v. 2273-04, p. 729).

 A conduta de um usuário ceder droga gratuitamente a outro usuário continua sendo infraçãopenal de menor potencial ofensivo com pena de prisão, sendo admissível a transação penal sepresentes seus requisitos (art. 33, § 3°).

 As principais características do procedimento para os delitos de tráfico de drogas e similares sãoas seguintes:

1. o prazo do inquérito policial será de trinta dias para réu preso e de noventa dias para réu solto,admitindo-se duplicação pelo juiz (art. 51 da Lei n° 11.343/2006);

2. caso o réu identifique os co-autores e auxilie na recuperação do produto do crime (delaçãopremiada), fará jus à redução da pena de um a dois terços (art. 41);

3. possibilidade de infiltração de agentes policiais mediante autorização judicial (art. 53, I);

4. possibilidade de não-atuação policial diante de flagrante delito, mediante autorização judicial,para maior sucesso das investigações (art. 53, II);

5. prazo de dez dias para o Ministério Público oferecer denúncia (art. 54), arrolando até cinco

testemunhas;

(...)

ESTE É UM MODELO DE DEMONNSTRAÇÃO DA APOSTILA.O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAISPÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁOBTER EM www.acheiconcursos.com.br  

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LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 Atualizada até Outubro/2010  

Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; definecrimes e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA  Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

TÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

 Art. 1o  Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários edependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráficoilícito de drogas e define crimes.

Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtoscapazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas

periodicamente pelo Poder Executivo da União. Art. 2o  Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a

colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidasdrogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece aConvenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito deplantas de uso estritamente ritualístico-religioso.

Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos nocaput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazopredeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.

TÍTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS

 Art. 3o  O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividadesrelacionadas com:

I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes dedrogas;

II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS

DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS

 Art. 4o  São princípios do Sisnad:

I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à suaautonomia e à sua liberdade;

II - o respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes;

III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-oscomo fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados;

IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o estabelecimentodos fundamentos e estratégias do Sisnad;

V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo aimportância da participação social nas atividades do Sisnad;

VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido dedrogas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;

VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido,atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção nãoautorizada e ao seu tráfico ilícito;

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VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciáriovisando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad;

IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a naturezacomplementar das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários edependentes de drogas, repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas;

X - a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido, atenção ereinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada

e ao seu tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social;XI - a observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad.

 Art. 5o  O Sisnad tem os seguintes objetivos:

I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumircomportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentoscorrelacionados;

II - promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país;

III - promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserçãosocial de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao tráficoilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal,Estados e Municípios;

IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades deque trata o art. 3o desta Lei.

CAPÍTULO II

DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO

DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS

 Art. 6o  (VETADO)

 Art. 7o  A organização do Sisnad assegura a orientação central e a execução descentralizada dasatividades realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constituimatéria definida no regulamento desta Lei.

 Art. 8

o

  (VETADO) CAPÍTULO III

(VETADO)

 Arts. 9o  a 14 (VETADOS)

CAPÍTULO IV

DA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES

SOBRE DROGAS

 Art. 15. (VETADO)

 Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social queatendam usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo

sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade daspessoas, conforme orientações emanadas da União.

 Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarãosistema de informações do Poder Executivo.

TÍTULO III

DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATENÇÃO E

REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS

CAPÍTULO I

DA PREVENÇÃO

 Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei,

aquelas direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e ofortalecimento dos fatores de proteção.

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 Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintesprincípios e diretrizes:

I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vidado indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual pertence;

II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação científica como forma de orientar asações dos serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização daspessoas e dos serviços que as atendam;

III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevidode drogas;

IV - o compartilhamento de responsabilidades e a colaboração mútua com as instituições do setorprivado e com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de drogas erespectivos familiares, por meio do estabelecimento de parcerias;

V - a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às especificidadessocioculturais das diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas;

VI - o reconhecimento do “não-uso”, do “retardamento do uso” e da redução de riscos comoresultados desejáveis das atividades de natureza preventiva, quando da definição dos objetivos aserem alcançados;

VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais vulneráveis da população, levando emconsideração as suas necessidades específicas;

VIII - a articulação entre os serviços e organizações que atuam em atividades de prevenção douso indevido de drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivosfamiliares;

IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras,como forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;

X - o estabelecimento de políticas de formação continuada na área da prevenção do uso indevidode drogas para profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;

XI - a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nasinstituições de ensino público e privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aosconhecimentos relacionados a drogas;

XII - a observância das orientações e normas emanadas do Conad;

XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas.

Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas dirigidas à criança e aoadolescente deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - Conanda.

CAPÍTULO II

DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO SOCIAL

DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS

 Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivosfamiliares, para efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dosriscos e dos danos associados ao uso de drogas.

 Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas erespectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou reintegraçãoem redes sociais.

 Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente dedrogas e respectivos familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes:

I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condições,observados os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do Sistema Únicode Saúde e da Política Nacional de Assistência Social;

II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção social do usuário e dodependente de drogas e respectivos familiares que considerem as suas peculiaridades socioculturais;

III - definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e para aredução de riscos e de danos sociais e à saúde;

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IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre quepossível, de forma multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;

V - observância das orientações e normas emanadas do Conad;

VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas.

 Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dosMunicípios desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao dependente de drogas, respeitadas

as diretrizes do Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatória aprevisão orçamentária adequada.

 Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder benefícios àsinstituições privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho, do usuárioe do dependente de drogas encaminhados por órgão oficial.

 Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da atençãoà saúde e da assistência social, que atendam usuários ou dependentes de drogas poderão receberrecursos do Funad, condicionados à sua disponibilidade orçamentária e financeira.

 Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal,estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têmgarantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário.

CAPÍTULO III

DOS CRIMES E DAS PENAS

 Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente,bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.

 Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumopessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar serásubmetido às seguintes penas:

I - advertência sobre os efeitos das drogas;

II - prestação de serviços à comunidade;

III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

§ 1

o

  Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva oucolhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz decausar dependência física ou psíquica.

§ 2o  Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e àquantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, àscircunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.

§ 3o  As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazomáximo de 5 (cinco) meses.

§ 4o  Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serãoaplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.

§ 5o  A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários,entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privadossem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperaçãode usuários e dependentes de drogas.

§ 6o  Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisosI, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:

I - admoestação verbal;

II - multa.

§ 7o  O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente,estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

 Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz,atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior

a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidadeeconômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.

Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6o do art. 28serão creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas.

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 Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, notocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.

TÍTULO IV

DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA

E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

 Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair,fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter,transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas oumatéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais.

 Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas autoridades de polícia judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto delevantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidasnecessárias para a preservação da prova.

§ 1o  A destruição de drogas far-se-á por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias,guardando-se as amostras necessárias à preservação da prova.

§ 2o  A incineração prevista no § 1o deste artigo será precedida de autorização judicial, ouvido oMinistério Público, e executada pela autoridade de polícia judiciária competente, na presença derepresentante do Ministério Público e da autoridade sanitária competente, mediante autocircunstanciado e após a perícia realizada no local da incineração.

§ 3o  Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além dascautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto no 2.661, de 8 de julho de1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

§ 4o  As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art.243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.

CAPÍTULO II

DOS CRIMES Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,

oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar aconsumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo comdeterminação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil equinhentos) dias-multa.

§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, temem depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou emdesacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico

destinado à preparação de drogas;II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legalou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração,guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorizaçãoou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

§ 2o  Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

§ 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,para juntos a consumirem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil

e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.§ 4o  Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um

sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja

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primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organizaçãocriminosa.

 Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquertítulo, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ouqualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, semautorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois

mil) dias-multa. Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não,

qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil eduzentos) dias-multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para aprática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.

 Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e §1o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000(quatro mil) dias-multa.

 Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à práticade qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 desta Lei:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)dias-multa.

 Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, oufazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 200(duzentos) dias-multa.

Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissionala que pertença o agente.

 Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a danopotencial a incolumidade de outrem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação dahabilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdadeaplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.

Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serãode 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículoreferido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.

 Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a doisterços, se:

I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato

evidenciarem a transnacionalidade do delito;II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de

educação, poder familiar, guarda ou vigilância;

III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentosprisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculosou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou dereinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;

IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ouqualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;

V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;

VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquermotivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;

VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.

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 Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e oprocesso criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação totalou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.

 Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e aconduta social do agente.

 Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que

dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo ascondições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco)vezes o maior salário-mínimo.

Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas semprecumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica doacusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.

 Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis einsuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suaspenas em restritivas de direitos.

Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicionalapós o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.

 Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, provenientede caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenhasido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou dedeterminar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que esteapresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo,poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.

 Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstânciasprevistas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plenacapacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento.

 Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade deencaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competênciaespecífica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

CAPÍTULO III

DO PROCEDIMENTO PENAL

 Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelodisposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penale da Lei de Execução Penal.

§ 1o  O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concursocom os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 eseguintes da Lei no  9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados EspeciaisCriminais.

§ 2o  Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante,devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste,assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-seas requisições dos exames e perícias necessários.

§ 3o  Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2o  deste artigo serãotomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção doagente.

§ 4o  Concluídos os procedimentos de que trata o § 2o deste artigo, o agente será submetido aexame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente,e em seguida liberado.

§ 5o  Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no 9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados

Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art.28 desta Lei, a ser especificada na proposta.

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 Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz,sempre que as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de colaboradorese testemunhas previstos na Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999.

Seção I

Da Investigação

 Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,

comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista aoórgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.

§ 1o  Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidadedo delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por peritooficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

§ 2o  O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido departicipar da elaboração do laudo definitivo.

 Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiverpreso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido oMinistério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

 Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária,remetendo os autos do inquérito ao juízo:

I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram àclassificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, olocal e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta,a qualificação e os antecedentes do agente; ou

II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias.

Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares:

I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento;

II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou

que figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três)dias antes da audiência de instrução e julgamento.

 Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, sãopermitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, osseguintes procedimentos investigatórios:

I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãosespecializados pertinentes;

II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outrosprodutos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade deidentificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, semprejuízo da ação penal cabível.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde quesejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.

Seção II

Da Instrução Criminal

 Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquéritoou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotaruma das seguintes providências:

I - requerer o arquivamento;

II - requisitar as diligências que entender necessárias;

III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que

entender pertinentes. Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa

prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

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§ 1o  Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá arguirpreliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar asprovas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

§ 2o  As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Leino 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

§ 3o  Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10(dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.

§ 4o  Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.

§ 5o  Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará aapresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.

 Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente,se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

§ 1o  Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1o, e34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar dodenunciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.

§ 2o  A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) diasseguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestardependência de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias.

 Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquiriçãodas testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e aodefensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.

Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fatopara ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.

 Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias,ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

§ 1o  Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havido controvérsia, no curso do processo, sobre anatureza ou quantidade da substância ou do produto, ou sobre a regularidade do respectivo laudo,

determinará que se proceda na forma do art. 32, § 1o, desta Lei, preservando-se, para eventualcontraprova, a fração que fixar.

§ 2o  Igual procedimento poderá adotar o juiz, em decisão motivada e, ouvido o Ministério Público,quando a quantidade ou valor da substância ou do produto o indicar, precedendo a medida aelaboração e juntada aos autos do laudo toxicológico.

 Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderáapelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido nasentença condenatória.

CAPÍTULO IV

DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO

 Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação daautoridade de polícia judiciária, ouvido o Ministério Público, havendo indícios suficientes, poderádecretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratóriasrelacionadas aos bens móveis e imóveis ou valores consistentes em produtos dos crimes previstosnesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua prática, procedendo-se na forma dos arts. 125a 144 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

§ 1o  Decretadas quaisquer das medidas previstas neste artigo, o juiz facultará ao acusado que,no prazo de 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produção de provas acerca da origem lícita doproduto, bem ou valor objeto da decisão.

§ 2o  Provada a origem lícita do produto, bem ou valor, o juiz decidirá pela sua liberação.

§ 3o  Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado,podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores.

§ 4o  A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata possa comprometer asinvestigações.

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 Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova dos fatos e comprovado o interessepúblico ou social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante autorização do juízocompetente, ouvido o Ministério Público e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderão serutilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na atenção ereinserção social de usuários e dependentes de drogas e na repressão à produção não autorizada eao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.

Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz

ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a expedição decertificado provisório de registro e licenciamento, em favor da instituição à qual tenha deferido o uso,ficando esta livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, até o trânsito em julgado dadecisão que decretar o seu perdimento em favor da União.

 Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, osmaquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prática doscrimes definidos nesta Lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma de legislação específica.

§ 1o  Comprovado o interesse público na utilização de qualquer dos bens mencionados nesteartigo, a autoridade de polícia judiciária poderá deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com oobjetivo de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público.

§ 2o  Feita a apreensão a que se refere o caput deste artigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou

cheques emitidos como ordem de pagamento, a autoridade de polícia judiciária que presidir o inquéritodeverá, de imediato, requerer ao juízo competente a intimação do Ministério Público.

§ 3o  Intimado, o Ministério Público deverá requerer ao juízo, em caráter cautelar, a conversão donumerário apreendido em moeda nacional, se for o caso, a compensação dos cheques emitidos apósa instrução do inquérito, com cópias autênticas dos respectivos títulos, e o depósito dascorrespondentes quantias em conta judicial, juntando-se aos autos o recibo.

§ 4o  Após a instauração da competente ação penal, o Ministério Público, mediante petiçãoautônoma, requererá ao juízo competente que, em caráter cautelar, proceda à alienação dos bensapreendidos, excetuados aqueles que a União, por intermédio da Senad, indicar para serem colocadossob uso e custódia da autoridade de polícia judiciária, de órgãos de inteligência ou militares, envolvidosnas ações de prevenção ao uso indevido de drogas e operações de repressão à produção nãoautorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.

§ 5o  Excluídos os bens que se houver indicado para os fins previstos no § 4o  deste artigo, orequerimento de alienação deverá conter a relação de todos os demais bens apreendidos, com adescrição e a especificação de cada um deles, e informações sobre quem os tem sob custódia e olocal onde se encontram.

§ 6o  Requerida a alienação dos bens, a respectiva petição será autuada em apartado, cujosautos terão tramitação autônoma em relação aos da ação penal principal.

§ 7o  Autuado o requerimento de alienação, os autos serão conclusos ao juiz, que, verificada apresença de nexo de instrumentalidade entre o delito e os objetos utilizados para a sua prática e riscode perda de valor econômico pelo decurso do tempo, determinará a avaliação dos bens relacionados,cientificará a Senad e intimará a União, o Ministério Público e o interessado, este, se for o caso, poredital com prazo de 5 (cinco) dias.

§ 8o

  Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, porsentença, homologará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão.

§ 9o  Realizado o leilão, permanecerá depositada em conta judicial a quantia apurada, até o finalda ação penal respectiva, quando será transferida ao Funad, juntamente com os valores de que trata o§ 3o deste artigo.

§ 10. Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos contra as decisões proferidas nocurso do procedimento previsto neste artigo.

§ 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4o  deste artigo, recaindo a autorização sobreveículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgãode registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento, em favor daautoridade de polícia judiciária ou órgão aos quais tenha deferido o uso, ficando estes livres dopagamento de multas, encargos e tributos anteriores, até o trânsito em julgado da decisão que

decretar o seu perdimento em favor da União. Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá sobre o perdimento do produto, bem ou

valor apreendido, sequestrado ou declarado indisponível.

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§ 1o  Os valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei e que não foremobjeto de tutela cautelar, após decretado o seu perdimento em favor da União, serão revertidosdiretamente ao Funad.

§ 2o  Compete à Senad a alienação dos bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar,cujo perdimento já tenha sido decretado em favor da União.

§ 3o  A Senad poderá firmar convênios de cooperação, a fim de dar imediato cumprimento aoestabelecido no § 2o deste artigo.

§ 4o  Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz do processo, de ofício ou arequerimento do Ministério Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e valores declaradosperdidos em favor da União, indicando, quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade ouo órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da legislação vigente.

 Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar convênio com os Estados, com oDistrito Federal e com organismos orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a atençãoe a reinserção social de usuários ou dependentes e a atuação na repressão à produção não autorizadae ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na liberação de equipamentos e de recursos por elaarrecadados, para a implantação e execução de programas relacionados à questão das drogas.

TÍTULO V

DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

 Art. 65. De conformidade com os princípios da não-intervenção em assuntos internos, daigualdade jurídica e do respeito à integridade territorial dos Estados e às leis e aos regulamentosnacionais em vigor, e observado o espírito das Convenções das Nações Unidas e outrosinstrumentos jurídicos internacionais relacionados à questão das drogas, de que o Brasil é parte, ogoverno brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros países e organismos internacionaise, quando necessário, deles solicitará a colaboração, nas áreas de:

I - intercâmbio de informações sobre legislações, experiências, projetos e programas voltadospara atividades de prevenção do uso indevido, de atenção e de reinserção social de usuários edependentes de drogas;

II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e tráfico de drogas e delitos conexos, emespecial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores químicos;

III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre produtores e traficantes de drogas eseus precursores químicos.

TÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

 Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o desta Lei, até que seja atualizada aterminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes,psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maiode 1998.

 Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei no  7.560, de 19 de dezembro de 1986, emfavor de Estados e do Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito às diretrizes básicascontidas nos convênios firmados e do fornecimento de dados necessários à atualização do sistema

previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias judiciárias. Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar estímulos fiscais e

outros, destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção do uso indevido dedrogas, atenção e reinserção social de usuários e dependentes e na repressão da produção nãoautorizada e do tráfico ilícito de drogas.

 Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de empresas ou estabelecimentoshospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde queproduzirem, venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualqueroutro em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao juízo perante o qual tramite o feito:

I - determinar, imediatamente à ciência da falência ou liquidação, sejam lacradas suasinstalações;

II - ordenar à autoridade sanitária competente a urgente adoção das medidas necessárias aorecebimento e guarda, em depósito, das drogas arrecadadas;

III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para acompanhar o feito.

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§ 1o  Da licitação para alienação de substâncias ou produtos não proscritos referidos no inciso IIdo caput deste artigo, só podem participar pessoas jurídicas regularmente habilitadas na área desaúde ou de pesquisa científica que comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a serarrematado.

§ 2o  Ressalvada a hipótese de que trata o § 3o deste artigo, o produto não arrematado será, atocontínuo à hasta pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos Conselhos Estaduaissobre Drogas e do Ministério Público.

§ 3o  Figurando entre o praceado e não arrematadas especialidades farmacêuticas em condiçõesde emprego terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do Ministério da Saúde, que asdestinará à rede pública de saúde.

 Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, secaracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal.

Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serãoprocessados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva.

 Art. 71. (VETADO)

 Art. 72. Sempre que conveniente ou necessário, o juiz, de ofício, mediante representação daautoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério Público, determinará que se proceda,nos limites de sua jurisdição e na forma prevista no § 1 o do art. 32 desta Lei, à destruição de drogas

em processos já encerrados. Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com o Distrito Federal,

visando à prevenção e repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e com os Municípios,com o objetivo de prevenir o uso indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social deusuários e dependentes de drogas.

 Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação.

 Art. 75. Revogam-se a Lei no  6.368, de 21 de outubro de 1976, e a Lei no  10.409, de 11 de janeiro de 2002.

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LEI DE DROGAS - QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (POLÍCIA CIVIL - RN, Cespe - Escrivão - 2009)  Acerca das disposições da Lei nº 11.343/2006,que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas,assinale a opção correta.

a) Na hipótese de tráfico internacional praticado em município do território nacional que não seja sede

de vara da justiça federal, a competência para julgamento será da justiça comum estadual.b) A vedação expressa pela referida lei do benefício da liberdade provisória na hipótese de crimes detráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão dessa benesseao réu preso em flagrante.

c) Essa lei trouxe nova previsão de concurso eventual de agentes como causa de aumento de pena,razão pela qual não é ilegal a condenação do réu pelo delito de tráfico com a pena acrescida dessamajorante.

d) A norma extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas para consumo pessoal,recomendando apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde.

e) Terá a pena reduzida de um a dois terços o agente que, em razão da dependência de droga, era, aotempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramenteincapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

(TJ-PA, FGV - Juiz - 2007) 

02. A respeito da Lei 11.343/2006, assinale a afirmativa incorreta.

a) Prevê a redução de pena de um sexto a um terço para os crimes definidos no caput e no parágrafoprimeiro do art. 33, quando o agente for primário, de bons antecedentes e não se dedique àsatividades criminosas nem integre organização criminosa.

b) Tipifica em separado, no art. 37, a conduta de quem colabora, como informante, com grupocriminoso destinado ao tráfico de drogas (art. 33).

c) Prevê o aumento de pena de um sexto a dois terços para o crime de tráfico (art. 33) quando oagente financiar a prática do crime.

d) Criminaliza a conduta de quem conduz aeronave após o consumo de drogas, expondo a danopotencial a incolumidade alheia no art. 39.

e) Permite que o condenado por tráfico de drogas (art. 33) obtenha livramento condicional após ocumprimento de dois terços da pena, se não for reincidente específico.

03. Oferecida denúncia em face do acusado, pela prática do crime de expor à venda drogas (artigo 33da Lei 11.343/06), caberá ao juiz:

a) designar audiência de instrução e julgamento, mandar citar o réu e notificar o Ministério Público e astestemunhas.

b) examinar se há justa causa para a ação penal e em seguida receber a denúncia.

c) designar audiência do acusado e, após o interrogatório, receber a denúncia caso constate que há justa causa para a ação penal.

d) rejeitar desde logo a denúncia, pois se aplica aqui o procedimento da Lei 9.099/95.

e) ordenar a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

04. (OAB-MG - Exame de Ordem - 2007)  Pela Lei nº 11.343/2006, que estabelece normas pararepressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, é correto afirmar que:

a) Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo comdeterminação legal ou regulamentar será submetido à pena privativa de liberdade.

b) Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal ou ao tráfico, o juiz está adstrito ao

aspecto quantidade da substância apreendida.c) Reconhecendo a causa especial de diminuição de pena, se o agente do tráfico for primário, de bonsantecedentes, não se dedicar às atividades criminosas nem integrar o crime organizado, poderá o juizsubstituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

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d) O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processocriminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime será beneficiado por causaespecial de diminuição de pena.

05. (POLÍCIA CIVIL - MG - Delegado - 2007) Assinale a opção INCORRETA:

a) Em qualquer fase da persecução criminal, relativa aos crimes previstos na lei 11.343/06, é permitida

a não atuação policial sobre os portadores de droga, seus precursores químicos ou outros produtosutilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro e estrangeiro, com a finalidade deidentificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição,dependendo de autorização judicial, ouvido o Ministério Público, e desde que sejam conhecidos oitinerário e a identificação dos agentes ou de colaboradores.

b) A lei 9.034/95, chamada de “Lei do Crime Organizado”, em qualquer fase de persecução criminal,permite a ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe açãopraticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação eacompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista daformação de provas e fornecimento de informações.

c) Em qualquer fase da persecução criminal, relativa aos crimes previstos na lei 11.343/06, é permitida,mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, a infiltração por agentes de polícia, em

tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes.d) A lei 9.034/95, chamada de “Lei do crime organizado”, em qualquer fase de persecução criminal,permite a infiltração, por agentes de polícia ou de inteligência, em tarefas de investigação, constituídapelos órgãos especializados pertinentes, mediante circunstanciada autorização judicial.

(TJ-MG - Juiz - 2008) 

06. Nos termos da Lei de Tóxicos (Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006), é CORRETO  afirmar:

a) Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,para juntos a consumirem, deve ser considerado como usuário.

b) É vedada a progressão de regime do réu condenado pela prática de tráfico de drogas.

c) É permitida a conversão da pena privativa de liberdade em restritivas de direito quando o agenteadquire droga com o objetivo de revendê-la.

d) Justifica-se o aumento da pena se ocorrer tráfico interestadual de drogas.

07. O prazo para conclusão do inquérito policial instaurado para apurar a prática dos delitosrelacionados ao tráfico de entorpecentes, previstos na Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, é de:

a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade policial, duplicar os prazos.

b) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade policial, triplicar os prazos.

c) 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 (sessenta) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade policial, duplicar os prazos.

d) 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 (sessenta) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade policial, triplicar os prazos.

08. (OAB - Exame de Ordem - 2008)  Acerca das modificações penais e processuais penaisintroduzidas pela Lei nº 11.343/2006 Lei de Tóxicos — com relação à figura do usuário de drogas,assinale a opção correta.

a) A conduta daquele que, para consumo pessoal, cultiva plantas destinadas à preparação desubstância capaz de causar dependência física ou psíquica permanece sem tipificação.

b) É possível, além das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida

educativa, a imposição de pena privativa de liberdade ao usuário de drogas.c) O porte de drogas tornou-se infração de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimentoda Lei nº 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais.

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d) Poderá ser imposta ao usuário de drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser encaminhadoao juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da prisão, após a lavratura dotermo circunstanciado.

09. (OAB-RS - Exame de Ordem - 2007) Acerca do processo e julgamento do tráfico de drogas (Leino 11.343/2006), assinale a assertiva incorreta.

a) Em caso de sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade deencaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competênciaespecífica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 dareferida Lei.

b) O juiz sentenciará na própria audiência, logo após os debates, ou no prazo de 10 dias, caso não se julgue habilitado para proferi-la.

c) Na defesa preliminar, o acusado poderá apenas discutir questões de mérito.

d) Os debates realizados na audiência de instrução e julgamento terão duração de 20 minutos, tantopara a acusação quanto para a defesa.

10. (TJ-SC - Juiz - 2007) e acordo com o princípio da supremacia da Constituição, no tocante à posse

de droga para consumo pessoal, com o advento da Lei de Drogas nº 11.343/06, é correto afirmar:I. Houve descriminalização.

II. Houve legalização.

III. Houve despenalização.

IV. Houve abolitio criminis.

V. O fato ainda é crime.

Está correta:

a) Somente a proposição IV está correta.

b) Somente a proposição III está correta.

c) Somente a proposição V está correta.d) Somente a proposição II está correta.

e) Somente a proposição I está correta.

11. (TRF-4ª Região - Juiz - 2008) Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.

I. A condenação pelo crime de tráfico de entorpecentes exige o laudo definitivo do material tóxico, quepode ser trazido até a sentença, respeitado o contraditório.

II. O consumo pessoal de drogas, sem autorização legal ou regulamentar, é punido com advertência,prestação de serviços à comunidade ou medida educativa.

III. Pune a Lei de Entorpecentes a mera colaboração como informante da organização de tráfico.

IV. O crime de tráfico, segundo a Lei nº 11.343/06, é inafiançável e insuscetível de graça, indulto,anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos, emborapermitido o sursis e a unificação de penas.

a) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.

b) Estão corretas apenas as assertivas I, II e III.

c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV.

d) Estão corretas todas as assertivas.

(OAB-SP, Cespe - Exame de Ordem - 2008) 

12. Assinale a opção correta com base na legislação atual de combate às drogas (Lei nº 11.343/2006).

a) Se um indivíduo, acusado de tráfico de drogas, colaborar voluntariamente com a investigaçãopolicial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores do crime e na recuperação total

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do produto do crime, nessa situação, caso ele seja condenado, terá sua pena reduzida nos termos dalei.

b) Segundo a novel legislação, o indivíduo que esteja cumprindo pena em decorrência de condenaçãopor tráfico ilícito de entorpecentes não pode beneficiar-se de livramento condicional.

c) O agente que, em razão da dependência de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquerque tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato oude determinar-se de acordo com esse entendimento terá sua pena reduzida pela metade.

d) É vedada, em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos na lei em questão,a infiltração, por agentes de polícia, em tarefas de investigação.

13. A respeito da Lei de Drogas — Lei nº 11.343/2006 —, assinale a opção correta.

a) Segundo entendimento doutrinário predominante, a conduta do usuário de drogas foidescriminalizada.

b) O número de testemunhas de defesa, nos crimes apenados com reclusão, foi reduzido de oito paracinco.

c) Não há delação premiada na nova lei de drogas, tendo diminuído a punição ao agente que,voluntariamente, colabora com a justiça na identificação dos demais co-autores ou partícipes, bem

como na recuperação do produto do crime.d) O crime de associação ao tráfico exige um concurso de mais de três pessoas, da mesma formacomo ocorre no crime de formação de quadrilha, tratado pelo Código Penal.

14. (OAB-SP - Exame de Ordem - 2007) Entre as afirmativas seguintes, assinale a que corresponde ànova Lei Antitóxicos (Lei nº 11.343/2006).

a) A nova lei não permite que se aplique qualquer tipo de sanção ao usuário.

b) A nova lei manteve o mesmo procedimento da lei antiga (Lei nº 6.368/1976).

c) A nova lei pune o crime de tráfico de entorpecente na mesma gravidade com que era punido na leiantiga (Lei nº 6.368/1976).

d) A nova lei cria crime inexistente na lei anterior (Lei nº 6.369/1976) consistente no oferecimentoeventual de droga, sem intuito de lucro, a pessoa de relacionamento do agente, para juntosconsumirem.

15. (TJDFT - Juiz - 2007) Qual o entendimento do Supremo Tribunal Federal relativamente ao art. 28da Lei nº 11.343/2006 (Nova Lei de Tóxicos)?

a) Implicou abolitio criminis do delito de posse de drogas para consumo pessoal.

b) A posse de drogas para consumo pessoal continua sendo crime sob a égide da lei nova, tendoocorrido, contudo, uma despenalização, cuja característica marcante seria a exclusão de penasprivativas de liberdade como sanção principal ou substitutiva da infração penal.

c) Pertence ao Direito penal, mas não constitui "crime", mas uma infração penal sui generis; houve

descriminalização formal e ao mesmo tempo despenalização, mas não abolitio criminis.d) Não pertence ao Direito penal, constituindo-se numa infração do Direito judicial sancionador, sejaquando a sanção alternativa é fixada em transação penal, seja quando imposta em sentença final (noprocedimento sumaríssimo da Lei dos Juizados), tendo ocorrido descriminalização substancial (ouseja: abolitio criminis).

16. (POLÍCIA CIVIL - PB, Cespe - Delegado - 2008) Acerca do tráfico ilícito e do uso indevido desubstâncias entorpecentes, com base na legislação respectiva, assinale a opção correta.

a) No caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão em flagrante,devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste,assumir o compromisso de a ele comparecer.

b) Para a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente o laudo de constatação da natureza equantidade da droga, o qual será necessariamente firmado por perito oficial.

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c) O IP relativo a indiciado preso deve ser concluído no prazo de 30 dias, não havendo possibilidadede prorrogação do prazo. A autoridade policial pode, todavia, realizar diligências complementares eremetê-las posteriormente ao juízo competente.

d) Findo o prazo para conclusão do inquérito, a autoridade policial remete os autos ao juízocompetente, relatando sumariamente as circunstâncias do fato, sendo-lhe vedado justificar as razõesque a levaram à classificação do delito.

e) É legalmente vedada a não-atuação policial aos portadores de drogas, a seus precursores químicos

ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro.

17. (POLÍCIA CIVIL - PB, Cespe - Agente de Investigação - 2008) Considerando que uma pessoatenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, assinale a opção correta acerca dainvestigação desse caso.

a) A autoridade de polícia judiciária deve fazer, imediatamente, comunicação ao juiz competente,remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do MP, em 24 horas.

b) Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,é prescindível o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga.

c) O inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 45 dias, seestiver solto.

d) A ausência do relatório circunstanciado torna nulo o inquérito policial.

e) A autoridade policial, após relatar o inquérito, deverá remeter os autos à justiça, que osencaminhará ao MP. Depois disso, a autoridade policial não poderá, de ofício, continuar ainvestigação, colhendo outras provas.

18. (POLÍCIA CIVIL - ES, Cespe - Agente - 2008) Acerca da legislação antidrogas, julgue os itens em(C) CERTO ou (E) ERRADO.

a) É vedada a progressão de regime do réu condenado por tráfico de drogas, devendo aquele cumprira totalidade da pena em regime fechado.

b) Se um indivíduo, imputável, ao regressar de uma viagem realizada a trabalho na Argentina, for

flagrado na fiscalização alfandegária trazendo consigo 259 frascos da substância denominada lança-perfume e, indagado a respeito do material, alegar que desconhece as propriedades toxicológicas dasubstância e sua proibição no Brasil em face do uso frequente nos bailes carnavalescos, ondepretende comercializar o produto, nessa situação, a alegação de desconhecimento das propriedadesda substância e ignorância da lei será inescusável, não se configurando erro de proibição.

c) O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substânciaentorpecente será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, dequalquer natureza, é também considerada produto de importação proibida.

d) Se Y, imputável, oferecer droga a Z, imputável, sem objetivo de lucro, para juntos a consumirem, aconduta de Y se enquadrará à figura do uso e não da traficância.

e) Em decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a conduta do usuáriofoi descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a parte geral do Código Penal, não se consideracrime a conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção.

f) Caso um indivíduo, imputável, seja abordado em uma blitz policial portando expressiva quantidadede maconha, sobre a qual alegue ser destinada a consumo pessoal, e, apresentado o caso àautoridade policial, esta defina a conduta como tráfico de drogas, considerando, exclusivamente, naocasião, a quantidade de droga em poder do agente, agirá corretamente a autoridade policial, pois aquantidade de droga apreendida é o único dado a ser levado em consideração na ocasião da lavraturada prisão em flagrante.

g) Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, suspeito de tráficointernacional de drogas, tenham-no observado no momento da obtenção de grande quantidade decocaína, acompanhando veladamente a guarda e o depósito do entorpecente, antes de sua destinaçãoao exterior. Buscando obter maiores informações sobre o propósito de Carlos quanto à destinação dadroga, mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias e lograram a apreensão da droga, em plenotransporte, ainda em território nacional. A ação da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos ede outros componentes da quadrilha por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou evidenciada ahipótese de flagrante provocado, inadmissível na legislação brasileira.

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19. (DPE-SP, FCC - Defensor Público - 2009) A Lei no 11.343/06 (lei de drogas) dispõe que o crimede tráfico ilícito de entorpecentes é insuscetível de anistia, graça, indulto e que ao condenado pelaprática desse crime dar-se-á livramento condicional, após o cumpri mento de 2/3 da pena, vedada aconcessão ao reincidente específico. Ante o silêncio desta lei quanto à possibilidade de progressão deregime de cumprimento de pena para o crime de tráfico, assinale a alternativa correta.

a) A lei de drogas não permite a progressão de regime de cumprimento de pena já que, por ser o crime

de tráfico assemelhado a hediondo, a pena deve ser cumprida integralmente em regime fechado.b) A lei de drogas não permite a progressão de regime de cumprimento de pena, pois, por ser leiespecial, prevalece o silêncio sobre determinação de lei geral.

c) Após ter o STF declarado a inconstitucionalidade e a consequente invalidade da vedação deprogressão de regime de cumprimento de pena contida na lei de crimes hediondos, a única normaexistente, vigente e válida, no que tange à progressão de regime de cumprimento de pena, é a contidano art. 112 da Lei de Execução Penal, aplicando-se, portanto, o lapso de 1/6 para progressão deregime de cumprimento de pena, também ao crime de tráfico.

d) A lei de crimes hediondos permite, de forma diferenciada, a progressão de cumprimento de pena e,consequentemente, os condenados por crime de tráfico podem progredir após o cumprimento de 2/5da pena, se primários e 3/5, se reincidente.

e) A omissão contida na lei de drogas é inconstitucional, já que fere o princípio da individualização dapena e, consequentemente, os condenados por cri me de tráfico podem progredir de regime decumprimento de pena nos termos da Lei de Execução Penal, ou seja, após o cumprimento de 1/6 dapena, se primários e 2/5, se reincidentes.

GABARITO

01. B

(...)

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LEI DE DROGAS - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (OAB-CE, Cespe - Exame de Ordem)  Acerca das modificações penais e processuais penaisintroduzidas pela Lei n.º 11.343/2006 — Lei de Tóxicos — com relação à figura do usuário de drogas,assinale a opção correta.

a) A conduta daquele que, para consumo pessoal, cultiva plantas destinadas à preparação de

substância capaz de causar dependência física ou psíquica permanece sem tipificação.b) É possível, além das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade ou medidaeducativa, a imposição de pena privativa de liberdade ao usuário de drogas.

c) O porte de drogas tornou-se infração de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimentoda Lei n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais.

d) Poderá ser imposta ao usuário de drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser encaminhadoao juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da prisão, após a lavratura dotermo circunstanciado.

02. (TJ-AC, Cespe - Juiz - 2007) Acerca dos crimes previstos nas leis penais especiais, assinale aopção correta.

a) Com relação ao crime de abuso de autoridade, inexiste condição de procedibilidade para ainstauração da ação penal correspondente.

b) A nova Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006) estabelece um rol de penas possíveis para a pessoaque adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para uso pessoal, drogasilícitas. Para determinar se a droga se destinava ao consumo pessoal, o juiz observará apenas anatureza e a quantidade da droga.

c) O STF admite, em casos excepcionais, a fixação de regime integralmente fechado para ocumprimento da pena de condenados por crimes hediondos.

d) Sendo crime próprio, o crime de tortura é caracterizado por seu sujeito ativo, que deve serfuncionário público.

03. (TJ-TO, Cespe - Juiz - 2007)  A respeito do crime de tráfico ilícito de entorpecentes, assinale aopção correta.

a) A Lei n.º 11.343/2006, que revogou expressamente a Lei n.º 6.368/1976, ao definir novos crimes epenas, não previu a incidência de majorante na hipótese de associação eventual para a prática dosdelitos nela previstos. Conclui-se, portanto, diante da abolitio criminis  trazida pela nova lei, que seimpõe retirar da condenação dos pacientes a causa especial de aumento previsto no art. 18, inciso III,da Lei n.º 6.368/1976, em obediência à retroatividade da lei penal mais benéfica.

b) A nova Lei de Tóxicos, Lei n.º 11.343/2006, não veda a conversão da pena imposta ao condenadopor tráfico ilícito de entorpecentes em pena restritiva de direitos.

c) A Lei n.º 11.343/2006 possibilita o livramento condicional ao condenado por tráfico ilícito deentorpecente após o cumprimento de três quintos da pena de condenação, em caso de réu primário, edois terços, em caso de réu reincidente, ainda que específico.

d) O inquérito policial deve ser concluído no prazo de 30 dias, caso o indiciado esteja preso, e no de 60dias, caso este esteja solto.

GABARITO e COMENTÁRIOS

01. C

a) Errada. Diferentemente da Lei anterior, a Nova Lei de Drogas prevê, no §1º do art. 28, a conduta doagente que, “para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de

pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.”b) Errada.  Uma das inovações jurídicas da Nova Lei de Drogas foi abolir as penas privativas deliberdade para o crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoal (art. 28). Não existe maispossibilidade alguma de prisão para aquele agente que adquire, traz consigo, guarda, tem em depósito

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ou transporta droga para consumo pessoal. As penas cominadas são exclusivamente restritivas dedireitos.

c) Correta. Todos os delitos, estejam ou não submetidos a procedimento especial, cuja pena máximanão ultrapasse 2 (dois) anos de prisão estão sujeitos à Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei N.º9.099/95). Com a redação da Nova Lei, o crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoaltornou-se crime de menor potencial ofensivo.

d) Errada. Conforme explicação da opção “B”, em hipótese alguma será cabível prisão para o caso de

posse ilegal de drogas para consumo pessoal, nem mesmo prisão em flagrante. Encontrado portandoa droga, o criminoso será encaminhado para a Delegacia, ouvido e posto em liberdade, após assinar otermo de compromisso de comparecer à audiência preliminar. E se não aceitar prestar termo decompromisso? Ainda assim, não poderá ser preso.

(...)

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LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 Atualizada até Outubro/2010  

Define os crimes de tortura e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Constitui crime de tortura:

A Tortura na Constituição Federal

 A Constituição Federal de 1988 foi a primeira carta de nosso país a fazer menção expressa aocrime de tortura, isso depois do nosso país figurar como signatário de convenções e tratadosinternacionais pelos quais se obrigou a reprimi-la. Pode-se, neste sentido, destacar a Convençãocontra Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas e Degradantes, do ano de 1984,ratificada pelo Brasil em setembro de 1989, além da Convenção Americana de Direitos Humanos, quese convencionou denominar Pacto de São José da Costa Rica.

O Tratamento Constitucional do Crime de Tortura

 A Constituição Federal, no art. 5º, III, dispõe que "ninguém será submetido a tortura nem

tratamento desumano degradante", podendo-se, ainda, no bojo do mesmo art. 5 2, citar o inciso XLIII,segundo o qual "a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática datortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimeshediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, seomitirem".

Destarte, pode-se concluir que, entre nós, a tortura é crime equiparado a hediondo, sujeito àsmesmas regras impostas aos crimes hediondos.

A Tipificação da Tortura no Ordenamento Jurídico Brasileiro

Embora a Constituição Federal tenha trazido tratamento tão rigoroso ao crime de tortura, emverdade não havia, naquela época, tipificação do referido delito em nosso ordenamento jurídico. Assim, podemos ressaltar que o primeiro diploma brasileiro a conceituar tortura foi a Lei nº 8.069/90, o

Estatuto da Criança e do Adolescente em seu art. 233. O referido diploma, entretanto, foi objeto devárias críticas e estava longe de suprir a necessidade de tipificação de tão grave delito. A uma, porquesó falava de tortura de que fosse vítima criança e adolescente. A duas, por se tratar de norma pordemais ampla, violando o princípio da legalidade, na medida em que não fornecia os elementosnecessários para que se pudesse extrair o seu verdadeiro significado, embora o STF tenha decidido ocontrário.

Toda essa discussão está hoje superada, na medida em que foi editada a lei em comento,revogando o art. 233 do ECA.

Objetividade Jurídica do Crime de Tortura

Cuida-se de crime que tutela a dignidade da pessoa humana, na sua integridade física epsíquica, bem como a sua liberdade.

Sujeito Ativo

Cuida-se de crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, não apenas pelofuncionário público. Na hipótese do sujeito ativo ser funcionário público, incidirá causa de aumento depena, nos termos do § 4º, I.

Sujeito Passivo

Será a pessoa contra quem se praticar a violação à dignidade, à integridade física ou psíquicaou à liberdade.

Competência

Cuida-se de crime afeto à justiça comum, estadual ou federal, neste último caso, quandocausar violação algum interesse ou serviço da união federal, suas entidades autárquicas ou empresas

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públicas, nos exatos termos do art. 109, IV, da Constituição Federal.

Tortura Praticada por Militar e Competência

Não se tipifica a tortura no Código Penal militar, razão pela qual pode-se afirmar que não setrata de crime militar. Destarte, ainda que praticada por um militar, a competência continua sendo da justiça comum, estadual ou federal.

A Prova no Crime de Tortura A tortura pode deixar, ou não,vestígios. Assim poderá ser crime não transeunte (que deixa

vestígio) ou transeunte (que não deixa vestígio). Deixando vestígios, será necessária a realização doexame de corpo de delito, observadas as regras processuais dos arts. 158 e 167 do CPP. Nãodeixando, a prova de sua existência poderá ser feita por qualquer forma admitida em direito. Nestesentido, atentemos para a lição do STJ no julgado abaixo:

Processo HC 72.084 / PB

HABEAS CORPUS Nº 2006/0271196-4

Relator(a) Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA (1131) Órgão Julgador T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento 16/04/2009

Data da Publicação/Fonte DJe 04/05/2009

Ementa

PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE TORTURA.

1. EXAME DE CORPO DE DELITO. INEXISTÊNCIA. ALEGADA NULIDADE. INOCORRÊNCIA.

CRIME QUE NÃO DEIXOU VESTÍGIOS. SOFRIMENTO DE ORDEM MENTAL.

COMPROVAÇÃO POR DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS. SUFICIÊNCIA.

2. ORDEM DENEGADA.

1. Em se tratando do crime de tortura, previsto no art. 1º, inciso I, 'a', da Lei nº 9.445/97, e sendo impingido àvítima apenas e tão somente sofrimento de ordem mental, e que, portanto, e de regra, não deixa vestígios, ésuficiente a sua comprovação por meio de prova testemunhal.

2. Ordem denegada

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico oumental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

A Tortura Confissão, ou Tortura Persecutória, ou Tortura Prova, ou Tortura Probatória, ou TorturaInstitucional, ou Tortura Inquisitorial

Cuida-se de modalidade de tortura em que o agente obriga alguém a fazer o que não quer, utilizando-se,para tanto, de violência ou grave ameaça, com intuito de obter uma confissão ou declaração da vítima ou deterceira pessoa. Cuida-se da forma mais conhecida de tortura, que recebe as várias denominações apontadasacima.

Sujeito Ativo e Sujeito PassivoQualquer pessoa pode figurar como sujeito ativo ou sujeito passivo.

(...)

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CRIMES DE TORTURA - QUESTÕES DE CONCURSOS 

01. (POLÍCIA CIVIL - RN, Cespe - Escrivão - 2009)  Em relação aos crimes de tortura (Lei nº9.455/1997), julgue os itens subsequentes em (C) CERTO ou (E) ERRADO.

a) Um delegado da polícia civil que perceba que um dos custodiados do distrito onde é chefe estásendo fisicamente torturado pelos colegas de cela, permanecendo indiferente ao fato, não seráresponsabilizado criminalmente, pois os delitos previstos na Lei nº 9.455/1997 não podem ser

praticados por omissão.b) A pena para a prática do delito de tortura deve ser majorada caso o delito seja cometido por agentepúblico, ou mediante sequestro, ou ainda contra vítima maior de 60 anos de idade, criança,adolescente, gestante ou portadora de deficiência.

c) Se um membro da Defensoria Pública Estado do Rio Grande do Norte, integrante da ComissãoNacional de Direitos Humanos, for passar uma temporada de trabalho no Haiti — país que não pune ocrime de tortura — e lá for vítima de tortura, não haverá como aplicar a Lei nº 9.455/1997.

02. (POLÍCIA CIVIL - PB, Cespe - Agente - 2008)  César, oficial da Polícia Militar, está sendoprocessado pela prática do crime de tortura, na condição de mandante, contra a vítima Ronaldo,policial militar. César visava obter informações a respeito de uma arma que havia sido furtada pela

vítima.Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta de acordo com a lei que define oscrimes de tortura.

a) O tipo de tortura a que se refere a situação mencionada é a física, pois a tortura psicológica e ossofrimentos mentais não estão incluídos na disciplina da lei que define os crimes de tortura.

b) Se César for condenado, deve incidir uma causa de aumento pelo fato de ele ser agente público.

c) Se César for condenado, a sentença deve declarar expressamente a perda do cargo e a interdiçãopara seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada, pois esses efeitos não são automáticos.

d) A justiça competente para julgar o caso é a militar, pois trata-se de crime cometido por militar contramilitar.

e) O delito de tortura não admite a forma omissiva.

03. (OAB-RJ - Exame de Ordem - 2007) Considerando a Lei de Tortura, assinale a opção incorreta.

a) O condenado por crime de tortura, por constranger com violência alguém, causando-lhe intensosofrimento físico, com o fim de obter confissão, inicia o cumprimento da pena em regime fechado, composterior possibilidade de progressão de regime, se atendidos os critérios legais.

b) O crime de tortura é inafiançável.

c) O crime de tortura é insuscetível de graça ou anistia.

d) Não cabe como forma de extinção da punibilidade o instituto do indulto no crime de tortura.

04. (MP-SP - Promotor de Justiça - 2006) Nos termos do que prevê a Lei nº 9.455/97, que define oscrimes de tortura, é correto afirmar que:

a) a prática de tortura mediante sequestro qualifica o crime.

b) o homicídio praticado mediante tortura passou a ser disciplinado por esse estatuto legal.

c) somente se caracteriza a tortura quando dela resultar lesão corporal.

d) quando a lesão decorrente da tortura for de natureza leve, somente se procede medianterepresentação da vítima.

e) o agente ativo do crime deve ser, obrigatoriamente, agente público.

05. (OAB-RJ - Exame de Ordem - 2006) Everaldo pretendendo obter a confissão de Alexander acerca

da prática de determinada conduta delituosa queima-o por meio de choques com um fio desencapado.Entretanto, sem prestar atenção a corrente elétrica utilizada vem a causar a morte de Alexander.Diante do fato narrado é correto afirmar-se que:

a) Everaldo praticou os delitos de homicídio qualificado e tortura em concurso formal de crimes;

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b) Everaldo praticou os delitos de homicídio qualificado e tortura em concurso material de crimes;

c) Everaldo praticou o delito de homicídio qualificado pela tortura;

d) Everaldo praticou o delito de tortura qualificada pelo resultado morte.

06. (OAB-MG - Exame de Ordem - 2009)  A Lei de tortura tem tipos penais descritos que visamproteger o seguinte objeto jurídico:

a) o estado, devido aos abusos dos direitos constitucionais, principalmente os previstos no artigo 5º daConstituição da República.

b) a administração pública, considerando que tal lei revogou os crimes de abuso de autoridade.

c) a vida, sendo inclusive, julgados pelo Tribunal do Júri.

d) os direitos à integridade física, psicológica e de cidadania da pessoa, inclusive a própria dignidade.

07. (OAB-PR - Exame de Ordem - 2007) Sobre o crime de tortura, assinale a alternativa CORRETA:

a) é crime inafiançável, insuscetível de graça, anistia e progressão de regime.

b) trata-se de crime próprio, pois o legislador restringiu sua prática apenas a funcionários públicos no

exercício de suas funções.c) trata-se de um crime formal, que se consuma com a morte da pessoa submetida ao intensosofrimento físico.

d) o efeito automático da condenação é a perda do cargo, função ou emprego público e a interdiçãopara seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

08. (TJDFT - Juiz - 2006) No crime de tortura, a condenação acarretará a perda do cargo, função ouemprego público:

a) Qualquer que seja a pena privativa de liberdade;

b) Quando a pena privativa de liberdade for superior a 1 (um) ano;

c) Quando a pena privativa de liberdade for superior a 2 (dois) anos;d) Quando a pena privativa de liberdade for superior a 4 (quatro) anos.

09. (POLÍCIA CIVIL - ES, Cespe - Agente - 2008) No que tange aos crimes de tortura, julgue os itenssubsequentes.

a) Considerando que X, imputável, motivado por discriminação quanto à orientação sexual de Y,homossexual, imponha a este intenso sofrimento físico e moral, mediante a prática de graves ameaçase danos à sua integridade física resultantes de choques elétricos, queimaduras de cigarros, execuçãosimulada e outros constrangimentos, essa conduta de X enquadrar-se-á na figura típica do crime detortura discriminatória.

b) Se um policial civil, para obter a confissão de suposto autor de crime de roubo, impuser a este

intenso sofrimento, mediante a promessa de mal injusto e grave dirigido à sua esposa e filhos e,mesmo diante das graves ameaças, a vítima do constrangimento não confessar a prática do delito,negando a sua autoria, não se consumará o delito de tortura, mas crime comum do Código Penal, poisa confissão do fato delituoso não foi obtida.

c) O crime de tortura é crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, não sendo própriode agente público, circunstância esta que, acaso demonstrada, determinará a incidência de aumentoda pena.

d) O artigo que tipifica o crime de maus-tratos previsto no Código Penal foi tacitamente revogado pelaLei da Tortura, visto que o excesso nos meios de correção ou disciplina passou a caracterizar a práticade tortura, porquanto também é causa de intenso sofrimento físico ou mental.

10. (POLÍCIA CIVIL - TO, Cespe - Agente - 2008) Acerca do crime de tortura, julgue os itens em (C)CERTO ou (E) ERRADO.

a) Considere a seguinte situação hipotética.

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No momento de seu interrogatório policial, João, acusado por tráfico de entorpecentes, foisubmetido pelos policiais responsáveis pelo procedimento a choques elétricos e asfixia parcial, visandoà obtenção de informações sobre o endereço utilizado pelo suposto traficante como depósito da droga.João, após as agressões, comunicou o fato à autoridadepolicial de plantão, a qual, apesar de não terparticipado da prática delituosa, não adotou nenhuma providência no sentido de apurar a notícia detortura.

Nessa situação, a autoridade policial responderá por sua omissão, conforme previsão

expressa na Lei de Tortura.b) Considere a seguinte situação hipotética.

Carlos, após a prática de atos eficientes para causar intenso sofrimento físico e mental emJosé, visando à obtenção de informações sigilosas, matou-o para que sua conduta não fossedescoberta.

Nesse caso, Carlos responderá pelo crime de tortura simples em concurso material, com odelito de homicídio.

(PF, Cespe - Agente - 2004) 

11. Um agente de polícia federal, irritado com a postura arrogante de um traficante de substânciasentorpecentes preso durante uma operação na fronteira, por iniciativa própria, durante interrogatóriolevado a efeito no local da prisão, agrediu o preso fisicamente para obter informações quepossibilitassem encontrar o laboratório onde a droga era processada. O fato ocorreu na presença dodelegado que chefiava as operações, o qual não autorizou ou incentivou a atitude do subordinado e seafastou do local logo após o início das agressões. Ao final, a informação buscada foi obtida e aoperação atingiu sucesso total, com a apreensão de grande quantidade de cocaína e a destruição dolaboratório de refino da droga.

Com base na situação hipotética descrita acima, julgue o item em (C) CERTO  ou (E)ERRADO.

a) Como a conduta do agente é tipificada como tortura na lei federal que disciplina a matéria, trata-sede crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele respondendo, nesse caso, apenas oagente, uma vez que a iniciativa da prática do crime foi sua e não houve ordem ou incentivo para a suaconduta por parte do delegado que chefiava as operações, o que impede a qualificação dessaautoridade como mandante do crime.

12. Julgue o item em (C) CERTO ou (E) ERRADO.

a) Agentes de polícia civil prenderam um ladrão de automóveis em flagrante delito e, para conseguirinformações sobre a quadrilha de que ele participava, disseram-lhe que ele sofreria gravesconsequências caso não entregasse imediatamente seus cúmplices. Intimidado, o preso entregou onome de seus comparsas. Nessa situação, os policiais não cometeram crime de tortura, que somentese consuma com a violência, não bastando para a sua caracterização a existência de uma ameaça,ainda que grave.

13. (PF, Cespe - Delegado - 2004) Julgue o item em (C) CERTO ou (E) ERRADO.a) Como forma de punir um ex-membro de sua quadrilha que o havia delatado à polícia, um traficantede drogas espancou um irmão do delator, em plena rua, quando ele voltava do trabalho para casa.Nessa situação, o referido traficante praticou crime de tortura.

GABARITO

01. E, C, E(...)

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CRIMES DE TORTURA - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (PF, Cespe - Delegado de Polícia Federal - 2004) Julgue em (C) CERTO ou (E) ERRADO.

a) Um agente penitenciário submeteu a intenso sofrimento físico um preso que estava sob suaautoridade, com o objetivo de castigá-lo por ter incitado os outros detentos a se mobilizarem parareclamar da qualidade da comida servida na penitenciária. Nessa situação, o referido agente cometeu

crime inafiançável.

02. (DPU, Cespe - Defensor Público da União - 2007)  A respeito do direito penal, julgue o itemseguinte em (C) CERTO ou (E) ERRADO.

a) Não se estende ao crime de tortura a admissibilidade de progressão no regime de execução dapena aplicada aos demais crimes hediondos.

03. (Polícia Civil - RJ, CEPERJ - Delegado - 2009)  Relativamente à legislação penal extravagante,assinale a afirmativa incorreta.

a) Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei nº 4.898/65, o serventuário da justiça.

b) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de grave ameaça, causando-lhesofrimento mental, em razão de discriminação religiosa.

c) Constitui crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente submeter à tortura criança ouadolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância.

d) De acordo com a doutrina, os sistemas de definição dos crimes hediondos são o legal, o misto e o judicial, sendo certo que o ordenamento jurídico brasileiro adotou o sistema legal.

e) A pena do crime de tortura é aumentada se o crime é cometido mediante sequestro.

04. (Polícia Civil - SC - Delegado - 2001) Análise as seguintes afirmativas.

I - Os crimes hediondos - Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, são insuscetíveis de anistia, graça,indulto, fiança e liberdade provisória.

II - A prática de tortura, definida na Lei nº 9.455 de 7 de abril de 1997, é afiançável e suscetível degraça e anistia, mas a condenação ensejará a perda de cargo, função ou emprego público.

III - O disposto na Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, aplica-se ainda que o crime não tenha ocorridoem território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdiçãobrasileira.

IV - O transporte de pássaros em vias de extinção, em gaiolas, devidamente anilhados e registrados junto a uma federação de criadores de passeriformes da fauna brasileira, é crime tipificado na Lei nº9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais).

 Assinale a alternativa CORRETA.

a) somente as afirmativas I e II são verdadeiras;

b) somente as afirmativas II e IV são verdadeiras;c) somente as afirmativas I e III são verdadeiras;

d) somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.

05. (MP-BA, FCC - Promotor - 2004) Considerando as afirmações abaixo, que podem ser falsas ouverdadeiras, marque a letra que corresponde à resposta correta.

I - O crime de tortura não admite qualquer forma omissiva.

II - São considerados crimes hediondos, consumados ou tentados, o latrocínio, a epidemia comresultado morte, a extorsão mediante sequestro, a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração deproduto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

III - A Lei nº 10.259/2001, dos Juizados Especiais Federais, definiu como crimes de menor potencialofensivo, aqueles a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, ou multa, desde que nãopossuam rito especial.

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a) apenas a I é verdadeira;

b) apenas a II é verdadeira;

c) apenas a III é falsa;

d) a II e a III são falsas;

e) todas são falsas.

06. (MP-MG - Promotor - 2002)  Sobre os crimes hediondos e crimes equiparados a hediondos, écorreta a afirmação:

a) Aplicada a pena privativa de liberdade de três anos é possível a substituição por duas penasrestritivas de direito.

b) É inconstitucional o regime integralmente fechado, por não violar o princípio da individualização dapena, graças à aplicação do princípio da especialidade.

c) A Lei nº 9.455/97, que define os crimes de tortura, derrogou a Lei nº 8.072/90, permitindo aprogressão de regime em crimes hediondos, por se tratar de sucessão de leis penais no tempo.

d) A delação premiada constitui causa especial de aumento de pena.

e) O homicídio qualificado-privilegiado não é delito hediondo.

07. (MP-SC - Promotor - 2002) Julgue os itens.

I. É incabível a transação penal em relação aos crimes de abuso de autoridade definidos na Lei nº4.898/65, por serem processados em rito especial.

II. Caracteriza ilícito penal a recusa da inscrição de aluno portador de deficiência em estabelecimentode ensino de qualquer curso ou grau, somente se o estabelecimento for público.

III. Pratica infração penal militar o civil que invade as dependências de quartel da Polícia Militar e aliagride oficial dessa Instituição, causando-lhe lesões corporais de natureza grave.

IV. A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo, embora estejamsujeitos à disciplina da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, não são considerados hediondos, apenas

assemelhados a esses.V. A decisão do Tribunal de Contas do Estado ou da Câmara de Vereadores relativa à aprovação dascontas municipais é condição de procedibilidade para a ação penal pela prática de crime por parte dePrefeito Municipal.

a) apenas I e IV estão corretos;

b) apenas II e III estão corretos;

c) apenas II está correto;

d) apenas IV está correto;

e) apenas IV e V estão corretos.

GABARITO e COMENTÁRIOS

01. CERTO

Cuida-se de tortura castigo, prevista no art. 1º, II, da Lei nº 9.455/97, tratando-se de crime equiparadoa hediondo e, portanto, nos termos do art. 5º, XLIII da Constituição Federal, inafiançável.

(...)

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ESTATUTO DO DESARMAMENTOLEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003

 Atualizado até Julho/2010  Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o SistemaNacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS

 Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da PolíciaFederal, tem circunscrição em todo o território nacional.

 Art. 2o Ao Sinarm compete:

I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;

II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela PolíciaFederal;

IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveisde alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurançaprivada e de transporte de valores;

V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo;

VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;

VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;

VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer aatividade;

IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadoresautorizados de armas de fogo, acessórios e munições;

X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e demicroestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelofabricante;

XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros eautorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastroatualizado para consulta.

Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.

(...)

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ESTATUTO DO DESARMAMENTO - QUESTÕES DE CONCURSOS 

01. (TJ-MG - Juiz - 2006) Quanto ao Estatuto do Desarmamento, é INCORRETO afirmar que:

a) a empresa que comercializa arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda àautoridade competente, bem como a manter banco de dados com todas as características da arma;

b) as armas de fogo utilizadas pelas empresas de segurança privada e de transporte de valores,constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das empresas, sendo a

autorização de porte expedida pela Polícia Federal em nome do empregado da respectiva empresa;c) o certificado de registro de arma de fogo autoriza seu proprietário a manter a arma no seu local detrabalho, desde que seja ele o responsável legal pela empresa;

d) aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para proversua subsistência, será autorizado, na forma prevista no regulamento dessa Lei, o porte de arma defogo na categoria “caçador”.

02. (OAB-GO - Exame de Ordem - 2007) Segundo o Estatuto do Desarmamento, a utilização de armade brinquedo para o fim de cometimento de crimes constitui

a) posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

b) fato atípico.c) porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

d) comércio ilegal de arma de fogo.

(Prefeitura de Betim - MG, Fumarc - Guarda Municipal - 2008)

03. Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetivanecessidade, atender aos seguintes requisitos, EXCETO:

a) Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões de antecedentes criminaisfornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral.

b) Não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal.

c) Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.

d) Apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de domicílio eleitoral.

04. O porte de arma de fogo em todo o território nacional é permitido para a generalidade dos agentesabaixo, EXCETO:

a) Quaisquer integrantes dos corpos de bombeiros militares.

b) Os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal.

c) Quaisquer integrantes da Receita Federal.

d) Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 250.000 (duzentos e cinquentamil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço.

05. (TJ-PR - Juiz - 2006)  Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº10.826/2003), é CORRETO afirmar:

a) A novel legislação separa, em dois tipos distintos, a posse irregular de arma de fogo de usopermitido e a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A fim de verificar a classificação ea definição de armas de fogo, deve-se consultar a parte final da referida lei, eis que, em suasDisposições Gerais, consta o rol de armamentos restritos, permitidos e proibidos.

b) Aquele que deixa de observar as cautelas necessárias e permite que menor de 18 (dezoito) anos seapodere de arma de fogo de sua posse ou propriedade não pode ser punido, eis que os crimesprevistos no Estatuto do Desarmamento só admitem o dolo como elemento subjetivo do tipo.

c) O disparo de arma de fogo em via pública, quando crime autônomo, é afiançável, inexistindoqualquer jurisprudência que admita liberdade provisória em tal delito.

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d) A lei expressamente consagra a proibição de porte de arma de fogo em todo o território nacional,ressalvadas algumas hipóteses específicas, como os integrantes das Forças Armadas e as empresasde segurança privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de fogo, desde queobedecidos os requisitos legais e regulamentares.

06. (DEPEN, Cespe - Agente Penitenciário Federal - 2005) Julgue o item em (C) CERTO  ou (E)ERRADO.

a) O Estatuto do Desarmamento, Lei nº 10.826/2003, prevê como crime autônomo o porte de armabranca (faca).

07. (POLÍCIA CIVIL - RN, Cespe - Escrivão - 2009) Em relação às disposições da Lei nº 10.826/2003(Estatuto do Desarmamento), assinale a opção correta.

a) Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos que realizar publicidadepara venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicaçõesespecializadas.

b) Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia Federal, o delito de posse dearma de fogo foi claramente abolido pela referida norma.

c) É amplamente admissível a consideração da arma desmuniciada como majorante no delito deroubo, porquanto, ainda que desprovida de potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzirtemor maior à vítima.

d) A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a majoração, de um terço atémetade, da pena eventualmente aplicada ao criminoso.

e) É permitido o porte de arma de fogo aos integrantes das guardas municipais dos municípios commais de cinquenta mil e menos de quinhentos mil habitantes, mesmo fora de serviço.

08. (POLÍCIA CIVIL - PB, Cespe - Agente - 2008) A Lei nº 10.826/2003 — Estatuto do Desarmamento— determinou que os possuidores e os proprietários de armas de fogo não-registradas deveriam, sobpena de responsabilidade penal, no prazo de 180 dias após a publicação da lei, solicitar o seu registro,

apresentando nota fiscal de compra ou a comprovação da origem lícita da posse ou entregá-las àPolícia Federal. Houve a prorrogação do prazo por duas vezes — Lei nº 10.884/2004 e Lei nº11.118/2005 — até a edição da Lei nº 11.191/2005, que estipulou o termo final para o dia 23/10/2005.

 Assinale a opção correta acerca do estatuto mencionado no texto acima.

a) O porte consiste em manter no interior de residência, ou dependência desta, ou no local de trabalhoa arma de fogo.

b) A posse pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou do local de trabalho.

c) As condutas delituosas relacionadas ao porte e à posse de arma de fogo foram abarcadas peladenominada abolitio criminis temporária, prevista na Lei nº 10.826/2003.

d) O porte de arma, segundo o Estatuto do Desarmamento, pode ser concedido àqueles a quem ainstituição ou a corporação autorize a utilização em razão do exercício de sua atividade. Assim, um

delegado de polícia que esteja aposentado não tem direito ao porte de armas; o pretendido direitodeve ser pleiteado nos moldes previstos pela legislação para os particulares em geral.

e) A objetividade jurídica dos crimes de porte e posse de arma de fogo, tipificados na Lei nº10.826/2003, restringe-se à incolumidade pessoal.

09. (TJ-MG - Juiz - 2008) Sobre as leis que regulam as armas de fogo no Brasil, é CORRETO afirmar:

a) Aquele que deixa de observar as cautelas necessárias e permite que menor de 18 (dezoito) anos seapodere de arma de fogo de sua posse ou propriedade não pode ser punido, eis que os crimesprevistos no Estatuto do Desarmamento só admitem o dolo como elemento subjetivo do tipo.

b) O agente que mantém em sua residência arma de fogo de uso permitido, sem o devido registro emseu nome, incorre no delito de porte ilegal de arma, previsto no art. 14 da Lei nº 10.826, de 22

dezembro de 2003.

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c) A fim de verificar a classificação e a definição de armas de fogo, deve-se consultar a parte final doEstatuto do Desarmamento, eis que, em suas Disposições Gerais, consta o rol de armamentosrestritos, permitidos e proibidos.

d) A lei expressamente consagra a proibição de porte de arma de fogo em todo o território nacional,ressalvadas algumas hipóteses específicas, como os integrantes das Forças Armadas e as empresasde segurança privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de fogo, desde queobedecidos os requisitos legais e regulamentares.

10. (MP-SP - Promotor de Justiça - 2006)  Em relação ao estatuto do desarmamento, Lei nº10.826/03, assinale a alternativa correta:

a) não prevê a criminalização da posse de arma de fogo de uso permitido, desde que no interior deresidência.

b) prevê a criminalização da posse irregular de arma de fogo em residência, desde que se trate dearma de uso privativo das Forças Armadas.

c) equipara a conduta de porte de arma de fogo de uso restrito à de porte de arma de fogo de usopermitido que tenha seus sinais identificadores suprimidos ou alterados.

d) o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é punível com penas mais graves que as cominadaspara a posse de munição destinada a arma de fogo de uso permitido.

e) pune mais severamente o tráfico internacional de armas de fogo que o comércio ilegal de armas defogo.

(TRF-3ª Região, FCC - Técnico Judiciário - 2007)

11. Serão obrigatoriamente cadastradas no SINARM – Sistema Nacional de Armas

a) todas as armas de fogo portáteis produzidas no país ou legalmente importadas.

b) as armas de fogo institucionais, constantes de registros próprios de órgãos públicos cujos servidorestenham autorização legal para o porte em serviço.

c) todas as armas de fogo institucionais das Polícias Militares dos Estados.

d) as armas de fogo obsoletas.e) todas as armas de fogo de uso restrito, inclusive as institucionais das Forças Armadas.

12. É permitida legalmente a aquisição de armas de fogo diretamente do fabricante, desde queprecedida de autorização

a) do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

b) do Poder Judiciário.

c) do Ministério da Justiça.

d) da Polícia Federal.

e) do Comando do Exército.

13. Trata-se de arma de fogo de uso restrito:

a) pistola calibre nominal “9 mm”.

b) pistola calibre nominal “6,35 mm”.

c) pistola calibre nominal “380”.

d) revólver do calibre nominal “32”.

e) pistola do calibre nominal “7,65 mm”.

14. A transferência de propriedade de arma de fogo entre particulares, desde que cumpridas asformalidades legais, está sujeita à prévia autorização

a) do Comando do Exército.

b) da Polícia Federal.

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c) do Chefe do SINARM.

d) do Chefe do SIGMA.

e) das autoridades das Polícias Civis dos Estados.

15. Algumas equipes que competiram nas modalidades de tiro nos Jogos Panamericanos de 2007trouxeram suas próprias armas de fogo. Neste caso, para a entrada destas armas no país,

a) será necessária autorização da Polícia Internacional – INTERPOL.

b) basta a comunicação do Comitê Olímpico Internacional à Polícia Federal.

c) elas devem ser registradas no SIGMA.

d) será necessária autorização do Comando do Exército.

e) será necessária uma autorização do órgão esportivo da Organização das Nações Unidas e oregistro da Federação Internacional de Tiro.

16. É proibida a aquisição de armas de fogo por particulares

a) estrangeiros.

b) menores de vinte e um anos.c) menores de dezoito anos.

d) deficientes físicos.

e) menores de vinte e cinco anos.

(Banco Central, FCC - Técnico - 2005)

17. Armas de fogo, acessórios ou munições apreendidos serão, após elaboração do laudo pericial esua juntada aos autos, encaminhados pelo juiz competente, quando não mais interessarem àpersecução penal,

a) ao Ministério da Defesa, para destruição, no prazo máximo de vinte e quatro horas.

b) à Polícia Federal, para destruição, no prazo máximo de quarenta e oito horas.

c) ao Comando do Exército, para destruição, no prazo máximo de vinte e quatro horas.

d) à Polícia Federal, para destruição, no prazo máximo de vinte e quatro horas.

e) ao Comando do Exército, para destruição, no prazo máximo de quarenta e oito horas.

18. O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza oseu proprietário a manter a arma de fogo

a) no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, bem como transportá-la dentrodo território nacional, independente de prévia autorização das autoridades competentes.

b) exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seulocal de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

c) no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local detrabalho, independentemente de ser o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa,bastando a qualidade de empregado.

d) no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, bem como de terceiros, desdeque não haja aglomerações de pessoas e nem a presença de menores de 18 anos.

e) no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, bem como de terceiros, desdeque não haja aglomerações de pessoas e nem a presença de menores de 21 anos.

19. Mário, integrante das forças armadas, favorece, gratuitamente, a saída do território nacional, de

arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente. Neste caso, Márioa) comete crime de omissão de cautela, estando sujeito a pena de reclusão de quatro a oito anos, emulta.

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b) comete crime de comércio ilegal de arma de fogo, estando sujeito a pena de detenção de dois aquatro anos, e multa, aumentada da metade.

c) comete crime de comércio ilegal de arma de fogo, estando sujeito a pena de reclusão de quatro aoito anos, e multa.

d) comete crime de tráfico internacional de arma de fogo, estando sujeito a pena de reclusão de quatroa oito anos, e multa, aumentada da metade.

e) não comete crime algum, uma vez que praticava a conduta a título gratuito, não havendo, portantoprevisão legal.

20. Com relação ao comércio de arma de fogo e munição, é correto afirmar que

a) a aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma adquirida.

b) a empresa que comercializar armas de fogo e munição em território nacional é obrigada apenas amanter banco de dados com todas as características da arma vendida.

c) a empresa que comercializa armas de fogo e munições responde legalmente por essasmercadorias, ficando registradas como de propriedade do Governo Federal enquanto não foremvendidas.

d) a comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas poderá serefetivada independentemente de autorização do SINARM.e) é proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para asforças armadas, polícia federal e civil.

21. Ao SINARM – Sistema Nacional de Armas – compete:

I. cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Brasil;

II. informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros eautorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios;

III. apreender armas de fogo ilegais, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais.

É correto o que consta em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

22. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em viapública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outrocrime, constitui crime

a) passível de fiança e de pena de detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.b) passível de fiança e de pena de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

c) inafiançável, passível de pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

d) insuscetível de liberdade provisória e passível de pena de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, emulta.

e) suscetível de liberdade provisória e passível de pena de detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses emulta.

23. Considere as assertivas abaixo a respeito da aquisição e renovação de arma de fogo de usopermitido:

I. Ter no mínimo 21 anos, declarar efetiva necessidade e apresentar cópia simples da carteira deidentidade.

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II. Comprovar apenas no pedido de aquisição e na primeira renovação do registro, idoneidade einexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminaisfornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral.

III. Comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada em laudo conclusivofornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado.

Para a aquisição e renovação, está correto o que se afirma APENAS em

a) III.b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) I.

24. O desembaraço alfandegário das armas e munições trazidas por agentes de segurança dedignitários estrangeiros, em visita ao país, será feito

a) pela Polícia Federal, com posterior comunicação ao Ministério da Justiça.

b) pelo Comando do Exército, com posterior comunicação à Polícia Federal.

c) pela Receita Federal, com posterior comunicação ao Ministério da Justiça.

d) pelo Comando do Exército, com posterior comunicação à Polícia Militar.

e) pela Receita Federal, com posterior comunicação ao Comando do Exército.

25. Mário possui porte de arma de fogo de uso permitido. Como sua esposa Joana está sendoameaçada de morte, Mário resolveu transferir o porte de sua arma para sua cônjuge. Neste caso, écorreto afirmar que Mário

a) deverá requerer a autorização ao Ministério da Defesa, independentemente do pagamento dequalquer taxa.

b) deverá requerer a autorização ao Ministério da Defesa, mediante o pagamento prévio da taxa básica

de transferência.c) deverá requerer a autorização ao Ministério da Justiça, mediante o pagamento prévio da taxa básicade transferência.

d) não terá como transferir o porte de sua arma, uma vez que o Porte de Arma de Fogo é pessoal eintransferível.

e) deverá requerer a autorização para a Polícia Federal, mediante o pagamento prévio da taxa básicade transferência.

26. Arma de fogo de uso restrito é aquela

a) destinada à segurança exclusiva do Presidente da República Federativa do Brasil, desde que

autorizado pelo Gabinete da Defesa Civil.b) de uso exclusivo das Forças Armadas, de instituições de segurança pública e de pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com legislaçãoespecífica.

c) destinada à segurança exclusiva do Presidente do Banco Central do Brasil, desde que registrada junto ao Sistema de Inteligência Brasileiro.

d) de uso permitido à utilização autorizada a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas, de acordocom a legislação específica do SIGMA – Sistema de Gerenciamento Militar de Armas ou normasadvindas da Polícia Civil.

e) destinadas exclusivamente à utilização de dignitários, desde que registradas na Polícia Civil, apósautorização do SIGMA.

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27. A perda, furto ou roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório e munições queestejam sob a guarda das empresas de segurança privada e de transporte de valores deverá sercomunicada

a) à Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, após a ocorrência do fato, sob pena deresponsabilização do proprietário ou diretor responsável.

b) ao Comando do Exército, no prazo máximo de quarenta e oito horas, após a ocorrência do fato, sobpena de responsabilização do proprietário ou diretor responsável.

c) à Polícia Civil, no prazo máximo de vinte e quatro horas, após a ocorrência do fato, sob pena deprisão do proprietário ou diretor responsável.

d) ao Ministério da Justiça, no prazo máximo de vinte e quatro horas, após a ocorrência do fato, sobpena de reclusão do proprietário ou diretor responsável.

e) ao Ministério da Defesa, no prazo máximo de quarenta e oito horas, após a ocorrência do fato, sobpena de reclusão do proprietário ou diretor responsável.

(TRT-SP, FCC - Técnico Judiciário - Segurança - 2008)

28. De acordo com a Lei nº 10.826, de 22/12/2003, e alterações posteriores, é correto afirmar que oCertificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu

proprietário aa) portar a arma de fogo na via pública nas proximidades de sua residência ou domicílio.

b) manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependênciadesses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal peloestabelecimento ou empresa.

c) manter a arma de fogo exclusivamente no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou oresponsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

d) portar a arma de fogo na via pública nas proximidades de seu local de trabalho, desde que seja eleo titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.

e) portar a arma de fogo nas proximidades de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou,ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo

estabelecimento ou empresa.

29. A respeito do crime de comércio ilegal de arma de fogo, considere:

I. Não se equipara à atividade comercial ou industrial, para efeito do crime de comércio ilegal de armade fogo, a fabricação irregular exercida em residência.

II. É isento de pena quem utiliza munição em proveito próprio, no exercício de atividade comercial ouindustrial, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar.

III. Está sujeito à pena de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa, quem vender, no exercício de atividadecomercial, arma de fogo, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Está correto o que consta APENAS em

a) II.b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) III.

30. A respeito do porte de arma de fogo, é INCORRETO afirmar que

a) o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de valoresestá obrigado a registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal o extravio de armas defogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido ofato.

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b) as armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de transportede valores, constituídas na forma da lei, somente podem ser utilizadas quando em serviço, devendoessa observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente.

c) o certificado de registro e autorização de porte de arma de uso permitido será concedido pelo órgãoda Justiça Federal do domicílio do requerente.

d) a listagem dos empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores deveráser atualizada semestralmente junto ao SINARM.

e) compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pelasegurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil.

31. De acordo com a Lei nº 10.826, de 22/12/2003, e alterações posteriores, poderá ser concedidopela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, aos residentesem áreas rurais, maiores de

a) 30 anos, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistênciaalimentar familiar, de uma arma de uso permitido de tiro simples, de repetição ou automática, com 1(um) ou 2 (dois) canos de calibre igual ou inferior a 44.

b) 18 anos, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistênciaalimentar familiar, de uma arma de uso permitido de tiro simples ou de repetição, com 1 (um) ou 2(dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 12.

c) 25 anos, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistênciaalimentar familiar, de uma arma de uso permitido de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, dealma lisa e de calibre igual ou inferior a 16.

d) 18 anos, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistênciaalimentar familiar, de uma arma de uso permitido de tiro simples ou automática, com 1 (um) cano, decalibre 22.

e) 30 anos, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistênciaalimentar familiar, de uma arma de uso permitido de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, decalibre igual ou inferior a 12.

(BANCO CENTRAL, Cesgranrio - Técnico - 2010)

32. X e Y são vigilantes e estão conduzindo, em serviço, veículo da instituição financeira em quetrabalham, para recebimento de numerário a ser transportado de um depósito para outro. Ambos estãouniformizados e armados. No caminho para o primeiro depósito, param em um restaurante de beira deestrada para almoçar. Na oportunidade, quando já se encontram dentro do restaurante, sãosurpreendidos por policiais militares que decidem prendê-los em flagrante por porte ilegal de arma defogo de uso permitido.

 Analisando o trecho da narrativa referente à decisão da prisão em flagrante, conclui-se que, deacordo com a Lei nº 10.826/2003,

a) os policiais estão certos, porque os vigilantes deveriam ter deixado suas armas dentro de veículo.

b) os policiais estão certos, porque os vigilantes só poderiam estar armados quando estivessem notransporte efetivo de numerário.

c) os policiais estão errados, porque o caso seria de prisão por posse irregular de arma de fogo e nãoporte ilegal de arma de fogo.

d) os policiais estão errados, porque os vigilantes podem portar armas em serviço ou fora dele.

e) não se pode afirmar se os policiais estão corretos ou errados, pois faltam informações.

33. Habilitado como vigilante e contratado por uma empresa de segurança, X recebe uma arma parautilização em serviço. Por ter tido treinamento adequado, ter amplo conhecimento dos procedimentosde segurança e ainda por estar assustado com a violência no bairro onde mora, X compra uma armado mesmo calibre da que utiliza no serviço para mantê-la no seu apartamento. Algumas semanas

depois, no entanto, entusiasmado com uma vitória do time de futebol para o qual torce, X retira a armaque comprara do local onde estava guardada e dispara alguns tiros da varanda de seu apartamento,em comemoração. Logo depois, deixa a arma sobre a mesa de jantar e vai dormir. Seu filhoadolescente, 14 anos, encontra a arma sobre a mesa e a leva para o colégio no dia seguinte. O menor

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é apreendido pela polícia no momento em que mostrava a arma para um colega. Analisando essanarrativa, conclui-se que, tendo em vista a Lei nº 10.826/2003, X

a) praticou quatro crimes: porte irregular de arma de fogo de uso permitido; omissão de cautela;disparo de arma de fogo e entrega de arma de fogo a menor de idade.

b) praticou três crimes: posse irregular de arma de fogo de uso permitido; omissão de cautela e disparode arma de fogo.

c) praticou dois crimes: omissão de cautela e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.d) praticou um crime: porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

e) não praticou crime algum.

34. Ao final de um inquérito policial em que se investigavam ações ilícitas praticadas por VIGILANTES,a autoridade verificou que

1 - W, ex-militar, tem em casa uma pistola de propriedade particular a qual cedeu repetidas vezes parao seu filho de 17 anos;

2 - X modificou o mecanismo de travamento de sua arma, tornando-a de repetição (tipo metralhadora),o que é vedado pela legislação em vigor;

3 - Y, quando em serviço, entregou sua arma repetidas vezes a seu companheiro de trabalho, vigilanteT, para ir ao banheiro;

4 - Z raspou o sinal identificador da arma que usava em serviço.

Diante de tais informações e considerando a Lei nº 10.826/2003, conclui-se que

a) somente Y não praticou crime.

b) somente W, Y e Z não praticaram crime.

c) somente W praticou crime.

d) somente X, Y e Z praticaram crime.

e) todos praticaram crime.

35. Y tem 22 anos e é vigilante de uma instituição bancária que faz transporte de valores. Nessafunção, de acordo com a Lei nº 10.826/2003, é permitido a Y

a) portar arma municiada em serviço e fora dele.

b) fazer o carregamento de arma de fogo em serviço.

c) adquirir arma de fogo no comércio legal.

d) ter arma de fogo em sua residência.

e) ter munição em sua residência.

36. Y é preso e acusado de prática de comércio ilegal de arma de fogo, por expor à venda, sem

autorização, segundo a autoridade policial, 75 revólveres calibre 38; 23 espingardas calibre 12; 100lunetas red dots para armas de precisão; 25 estojos municiadores e carregadores de pistolas calibre765; 12 reservatórios de gasolina para preparo de coquetéis molotov ; 80 caixas de munição calibre 22e 5 granadas de mão. Considerando a acusação específica feita pela autoridade policial (comércioilegal de arma de fogo) e a Lei no 10.826/2003 e seus complementos, o enquadramento policial daconduta de Y está

a) totalmente equivocado, tendo em vista que a conduta narrada se enquadra em outro crime dalegislação.

b) totalmente correto, tendo em vista que a conduta narrada se enquadra, integralmente, no delito de“comércio ilegal de arma de fogo”.

c) parcialmente correto, sendo equivocadas apenas as referências aos estojos municiadores ecarregadores de pistolas e aos reservatórios de gasolina, que se relacionam a delitos diferentes do

comércio ilegal de arma de fogo.

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d) parcialmente correto, sendo equivocadas apenas as referências às granadas de mão e aos estojosmuniciadores e carregadores de pistolas, que se relacionam a delitos diferentes do comércio ilegal dearma de fogo.

e) parcialmente correto, sendo equivocadas apenas as referências aos reservatórios de gasolina e àsgranadas de mão que se relacionam a delitos diferentes do comércio ilegal de arma de fogo.

37. Durante serviço em uma agência bancária, o vigilante X é informado discretamente pelo cliente Yde que há um homem armado no local. X observa o homem supostamente armado e verifica que elese encontra sem uniforme e está retirando dinheiro de um caixa eletrônico. O cliente Y, no entanto,relata a X que conhece o homem armado e lhe informa a profissão do mesmo. O vigilante X decidechamar a polícia para verificar se o homem tem porte de arma, tendo em vista que, pela profissãorelatada, sabe que a legislação, particularmente o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003),não o autoriza a portar arma naquela situação. Diante da narrativa, é possível afirmar que a pessoaera

a) policial civil.

b) policial rodoviário federal.

c) bombeiro militar.

d) vigilante.

e) membro da polícia do Senado Federal.

(TRT-9ª Região, FCC - Técnico Judiciário - Segurança - 2010)

38. José teve sua arma de fogo furtada juntamente com seu veículo, que estava estacionado em viapública. Neste caso, quanto à arma, analise:

I. José deverá comparecer imediatamente à uma das instalações da Polícia Federal para registrarboletim de ocorrência, uma vez que o porte de arma é regulamentado por lei federal e, com o furto, ele já não é mais portador da arma.

II. José é obrigado a comunicar, imediatamente, à unidade policial local, o furto de sua arma de fogo.

III. Se a arma é de uso restrito, cuja autorização depende do exército brasileiro, José tem quarenta eoito horas para remeter as informações coletadas ao Quartel do Exército mais próximo.

É correto o que consta APENAS em

a) II.

b) I e II.

c) I.

d) III.

e) II e III.

39. Quanto aos requisitos para a aquisição de arma de fogo, conforme lei competente, analise:

I. O interessado deve ter idade mínima de vinte e um anos, exceto para os cargos definidos em lei.

II. O interessado deverá apresentar certidão negativa, fornecida na forma da lei competente, atestandoque não está respondendo a inquérito policial.

III. O interessado deverá comprovar, conforme lei competente, sua capacitação técnica para omanuseio de arma de fogo, incluindo comprovação do conhecimento acerca das normas de segurançapertinentes a arma de fogo.

É correto o que consta em

a) I e III, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II e III.

d) II, apenas.

e) III, apenas.

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GABARITO

01. B

(...)

ESTE É UM MODELO DE DEMONNSTRAÇÃO DA APOSTILA.

O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAISPÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁOBTER EM www.acheiconcursos.com.br  

ESTATUTO DO DESARMAMENTO - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS 

01. (DPU, Cespe - 2007) Julgue o item que se segue em (C) CERTO ou (E) ERRADO segundo as leispenais especiais.

a) É pacífico o entendimento, na jurisprudência, de que o porte de arma desmuniciada, ainda que semmunição ao alcance do agente, gera resultado típico, pois se trata de crime de perigo abstrato.

02. (MP-SC - Promotor - 2001) Marque a alternativa em que se insere a afirmação verdadeira.

a) No crime permanente, a consumação prolonga-se no tempo e, assim, o agente não pode fazercessar a atividade delituosa.

b) Só no Código Penal estão as causas de suspensão do curso do prazo da prescrição.

c) Indivíduo que constrange a vítima a assistir a ato de libidinagem executado por terceiros, sem aintervenção material daquela, comete o crime de atentado violento ao pudor.

d) O excesso de velocidade de veículo automotor (velocidade incompatível), em alguns casos, constitui

crime.e) Responde por crime qualificado quem porta arma de fogo de uso permitido, sem a autorização e emdesacordo com determinação legal e regulamentar, e possui processo em andamento por crime contraa pessoa, contra o patrimônio ou por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

03. (TJ-SC - Juiz - 2009) Assinale a alternativa correta:

a) Nos termos do § 1º do art. 19, da Lei nº 11.340/06, as medidas protetivas de urgência poderão serconcedidas de imediato, observada a prévia manifestação do representante do Ministério Público.

b) O ato de comercializar emblemas que utilizem a cruz suástica ou gamada, ainda que sem afinalidade de divulgação do nazismo, constitui o crime previsto no art. 20, § 1º, da Lei nº 7.716/89.

c) Ceder, gratuitamente, arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e emdesacordo com determinação legal ou regulamentar, não tipifica a conduta penal de que trata o art. 14do Estatuto do Desarmamento.

d) O art. 28, da Lei nº 10.826/03 veda, em qualquer hipótese, ao menor de 25 anos, a aquisição dearma de fogo.

e) Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, segundo as disposiçõesexpressas na Lei nº 11.340/06, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ouseparadamente, entre as medidas protetivas de urgência, a de restrição ou suspensão de visitas aosdependentes menores, nesta hipótese ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviçosimilar.

04. (TJ-SP, Vunesp - Juiz - 2006) A Lei nº 10.826/2003 (Sistema Nacional de Armas), que revogou aLei nº 9.437/97, mesmo prevendo o crime de porte ilícito de arma, não contemplou a hipótese previstano art. 10, parágrafo 3º, inciso IV, da lei revogada (que tratava do mesmo delito e estabelecia penasmais severas de 2 a 4 anos de reclusão e multa para o réu que possuísse condenação anterior por

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crime contra a pessoa, contra o patrimônio e por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins). Écorreto afirmar, então, no caso de réu já condenado definitivamente como incurso no preceitorevogado:

a) A irretroatividade do novo ordenamento penal, considerando que, em geral, a lei rege os fatospraticados durante a sua vigência (tempus regit actum). 

b) A retroatividade da nova lei, mais favorável, para desqualificar circunstância específica maisgravosa, anterior a sua vigência, com a adequação da sanção imposta, na via própria.

c) A retroatividade da nova lei, sem a possibilidade, contudo, de ela gerar efeitos concretos naatenuação da pena, tendo em conta a decisão condenatória transitada em julgado.

d) Tratar-se de caso de ultratividade da lei, porque o fato punível e a circunstância mais gravosaocorreram e foram considerados na vigência da lei revogada.

05. (TJ-MG, FUNDEP - Juiz - 2009) Sobre o Estatuto do Desarmamento. Lei nº  10.826, de 2003,marque a alternativa CORRETA.

a) No julgamento da ADI nº 3112, o STF entendeu pela constitucionalidade do art. 21, da Lei nº10.826, de 2003, que veda a concessão de liberdade provisória aos crimes dos seus arts. 16, 17 e 18(respectivamente: posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito; comércio ilegal de arma de

fogo; e tráfico internacional de arma de fogo).b) Também no julgamento da ADI nº 3112, o STF considerou constitucionais os parágrafos únicos dosarts. 14 e 15, da Lei nº 10.826, de 2003, que estabelecem a inafiançabilidade dos delitos nelesprevistos (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo, respectivamente).

c) Com a entrada em vigor da Lei nº 10.826, de 2003, o crime previsto em seu art. 12 (posse irregularde arma de fogo de uso permitido) teve, inicialmente, sua aplicação afetada por sucessivas medidasprovisórias, cujo conteúdo foi considerado pela jurisprudência como espécie de abolitio criministemporário.

d) O crime de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, tipificado no art. 12 da Lei nº 10.826, de2003, com pena privativa de liberdade, abstratamente cominada em detenção de 01 a 03 anos, nãocomporta a substituição por pena restritiva de direitos, consoante as regras do art. 44, do CP, em faceda violência intrinsecamente ligada ao comércio e utilização de armas de fogo em nosso país.

06. (TJ-SE, Cespe - Juiz - 2008)  Com relação ao Estatuto do Desarmamento, Lei nº 10.826/2003,assinale a opção correta.

a) O agente que perambula de madrugada pelas ruas com uma arma de fogo de use permitido, semautorização para portá-la, comete infração penal, independentemente de se comprovar que umapessoa determinada ficou exposta a uma situação de perigo.

b) Na hipótese de porte de arma absolutamente inapta a efetuar disparos, o fato é considerado típico,porque se presume o risco em prol da coletividade, apesar de não haver exposição de alguém a umasituação concreta de perigo.

c) O crime de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor se apodere de arma

de fogo que esteja sob sua posse admite tentativa.d) O porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável e hediondo, sendo irrelevante o fatode a arma de fogo estar registrada em nome do agente.

e) No crime de comércio ilegal de arma de fogo, a pena é aumentada se a arma de fogo. acessório oumunição for de uso permitido.

07. (DPE-MS, Vunesp - Defensor Público - 2008)  Com relação aos crimes definidos na Lei nº10.826/03, não admite a figura do art. 14. II, do Código Penal, o de:

a) Omissão de cautela (art. 13, caput). 

b) Comércio ilegal de arma de fogo (art. 17, caput). 

c) Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18).d) Produzir munição sem autorização legal (art. 16, parágrafo único, VI).

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08. (Polícia Civil - PA, Movens - Delegado - 2009) No que se refere à Lei n º 10.826/2003 (Estatutodo Desarmamento), assinale a opção correta.

a) As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas nos departamentos de polícia civil dosestados.

b) Caberá à polícia federal autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito,exceto em relação às aquisições pelas polícias civis estaduais.

c) O Sistema Nacional de Armas tem circunscrição em todo o território nacional.d) Os auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil estão proibidos de portar arma de fogo no territórionacional.

09. (Polícia Civil - SC, Acafe - Delegado - 2008)   "Caio", proprietário da empresa de segurança etransporte de valores "Vaisegur", deixou de registrar ocorrência policial e de comunicar à PolíciaFederal a perda de uma arma de fogo utilizada na atividade típica da empresa, nas primeiras 24 horasdepois de constatado o "sumiço" deste objeto. Considere o enunciado acima e assinale a alternativacorreta.

a) Se "Caio" agiu culposamente responderá pela modalidade fundamental do crime de omissão decautela, previsto na Lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento).

b) "Caio" não cometeu crime algum, pois o fato é penalmente atípico.

c) Se "Caio" se omitiu dolosamente, deve responder por modalidade equiparada ao crime de omissãode cautela, prevista na Lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento). Se a omissão foi culposa nãohaverá crime.

d) "Caio" somente responderá pelo crime de omissão de cautela se terceiro, que tenha se apoderadoda arma de fogo, passar a utilizá-la indevidamente, e desde que ele não tenha nas as primeiras 24horas depois de constatado o "sumiço" da arma, registrado boletim de ocorrência a respeito.

10. (Polícia Civil - GO, UEG - Delegado - 2008) [B] é parado em uma blitz policial quando é flagradotransportando no porta-malas de seu veículo uma espingarda desmontada, acondicionada em um saco

plástico. A conduta de [B] configura:a) Crime impossível por impropriedade absoluta do objeto.

b) Crime impossível por inidoneidade absoluta do meio.

c) Crime de porte de arma de fogo, previsto no art. 14, do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826,de 22 de dezembro de 2003).

d) Crime de posse de arma de fogo, previsto no art. 12, do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826,de 22 de dezembro de 2003).

(Polícia Civil - MG - Delegado - 2006)

11.  Assinale a opção CORRETA.

a) A prisão temporária pode ser decretada de ofício pela Autoridade Judiciária.

b) A prisão preventiva será admitida em crime punido com detenção, se envolver qualquer violênciadoméstica e familiar.

c) É possível a não lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, na hipótese de crime de Omissão deCautela, previsto no art. 13, da Lei nº 10.826/03, conhecida como "Estatuto do Desarmamento".

d) A falta da exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamenteapresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, se a infração for afiançável.

12. Assinale a opção CORRETA.

a) Quando a prisão é efetuada em lugar diverso da consumação, será competente, para a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, a autoridade do local da prisão, ficando assim prorrogada suacompetência aos atos subsequentes.

b) A Lei nº 11.101/05 admite o inquérito policial, requisitado pelo Ministério Público, apenas no caso de

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decretação de falência.

c) A lavratura do Auto de Prisão em Flagrante somente poderá ser feita pela Autoridade judiciária se ocrime for praticado em sua presença, no exercício de suas funções.

d) É possível a concessão de fiança, pela Autoridade Policial, após a lavratura do Auto de Prisão emFlagrante, na hipótese de crime de Posse Irregular de Arma de Fogo de Uso Permitido.

13. (Polícia Civil - RR, Cespe - Delegado - 2003)  A respeito dos crimes da Lei de Imprensa, doCódigo de Defesa do Consumidor, do porte de arma e da ordem tributária, julgue o item subsequenteem (C) CERTO ou (E) ERRADO.

a) De acordo com o posicionamento do STJ, comete crime de porte ilegal de arma de fogo o agenteque porta revólver, ainda que desmuniciado, sem a devida autorização da autoridade competente.

14. (Polícia Civil - CE, UECE - Delegado - 2006) Marque a opção verdadeira.

a) O sistema da dupla imputação é aceito no Direito Penal Brasileiro e refere-se à possibilidadeexistente de, nos crimes ambientais, ser imposta a responsabilidade criminal tanto à pessoa jurídicaquanto aos seus respectivos sócios.

b) O crime de disparo de arma de fogo em lugar público abrange também o acionamento de muniçãoisolada, desde que com dolo, admite prisão em flagrante e é afiançável.

c) O civilmente identificado não poderá ser identificado criminalmente, admitindo como únicasexceções os casos onde há fundada suspeita de falsificação ou adulteração do documento deidentidade e constar nos registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.

d) O atual entendimento do STF é de que a vedação à progressão de regime nos crimes hediondos éconstitucional, estendendo-se inclusive ao assemelhados a aqueles, tais como a tortura, tráfico ilícitode entorpecentes, genocídio e terrorismo.

15. (MP-RS - Promotor - 2009) Assinale a alternativa correta.

a) Em se tratando de homicídio culposo cometido na condução de veículo automotor (Lei nº 9.503/97),estando o agente, comprovadamente, sob efeito de substância entorpecente, a pena deverá seraumentada de 1/5 (um quinto) a 1/3 (um terço).

b) A elementar idoso prevista na Lei nº 10.741/2003 (Crimes contra os idosos) pressupõe ou estácondicionada a idade do sujeito passivo,aliada a sua condição física ou grau de senilidade.

c) São circunstâncias, entre outras, que agravam a pena dos crimes ambientais (Lei nº 9.605/98),quando não constituem ou qualificam o próprio crime: o cometimento à noite, praticado mediantefraude ou abuso de confiança, bem assim quando perpetrado em domingos ou feriados.

d) O réu, condenado por crime decorrente de organização criminosa (Lei nº 9.034/95), e nos termos dalei respectiva, deverá iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade no regime fechado ousemiaberto, sendo excepcionalmente permitida a fixação do regime aberto.

e) A Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do desarmamento), não prevê ou descreve, em se tratando deprática criminosa, a modalidade culposa.

16. (Polícia Civil - RJ - Delegado - 2006) Quanto aos crimes previsto no Estatuto do Desarmamento,são corretas as afirmações abaixo, EXCETO:

a) A posse, no interior da residência, de arma de fogo de uso restrito, em desacordo com determinaçãolegal ou regulamentar, possui as mesmas penas que o porte de arma de fogo, de uso proibido, em viapública, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

b) Modificar as características de uma arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo deuso proibido, possui as mesmas sanções que a conduta típica de ceder gratuitamente munição de usoproibido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

c) Transportar munição, de uso permitido, no exercício de atividade comercial, sem autorização ou emdesacordo com determinação legal ou regulamentar, é crime mais grave do que portar um fuzil, em viapública, sem autorização legal ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

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d) No crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, as penas são aumentadas em metade sefor praticado por policial civil;

e) O porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é sempre inafiançável.

17. (Polícia Civil - MT, UFMT - Delegado - 2009)  Às pessoas residentes em áreas rurais, e quecomprovem a necessidade do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar

familiar, será autorizado, na forma prevista no regulamento da Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de2003, o porte de arma de fogo na categoria.

a) Pessoas físicas especiais.

b) Caçador.

c) Amador.

d) Posse para subsistência.

e) Posse em zona rural.

18. (Polícia Civil - RJ, NCE/UFRJ - Delegado - 2002) Considerando as leis especiais que tratam dostemas abordados abaixo, analise as seguintes assertivas:

I. Utilizar arma de brinquedo, simulacro de arma capaz de atemorizar outrem, para o fim de cometercrimes é conduta cominada com a mesma pena que empregar arma de fogo de uso permitido, sem aautorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

II. Constitui tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhesofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa.

III. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ouquebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

 A(s) alternativa(s) correta(s) é/são somente:

a) I, II, e III;

b) I e II;c) I e III;

d) II e III;

e) III.

19. (Polícia Civil - SC - Delegado - 2001) Assinale a alternativa CORRETA:

a) O depósito de valores oriundos de crimes contra a Administração Pública realizado em "paraísosfiscais" é matéria da Lei nº 9.613 de 03 de março de 1998 - "Lei de Lavagem de Dinheiro".

b) Os detentores de cargos públicos não se sujeitam à "Lei de Lavagem de Dinheiro", pois gozam deimunidade funcional.

c) Sendo alguém preso em flagrante delito por portar arma de fogo de porte restrito ou proibido, poderáser solto mediante fiança, em conformidade com a Lei nº 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, e com oCódigo de Processo Penal.

d) O SINARM - Sistema Nacional de Armas foi instituído no âmbito da Policia Federal e das PolíciasCivis, sendo coordenado pelo Ministério da Justiça.

20. (Polícia Civil - RJ, NCE/UFRJ - Delegado - 2001)  Antônio, analfabeto, atendendo às ordens deseu chefe, Rogério, diretor da empresa de segurança e vigilância, Vigia Perfeita, retira uma arma defogo, calibre 38, que estava guardada dentro de um cofre e a leva para a sede social do clube ValeTudo, nesta cidade, onde Rogério estava disputando a eleição para Presidente. Durante o percurso, no

interior de um ônibus, policiais militares que realizavam uma blitz encontram a arma que estava numabolsa em poder de Antônio. Apresentado o fato, o Delegado de Polícia deve lavrar:

a) O auto de prisão em flagrante contra Antônio pela prática do crime previsto no art. 10, caput, da Leinº 9.437/97;

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b) O auto de prisão em flagrante contra Rogério pela prática do crime previsto no art. 10, caput, da Leinº 9.437/97;

c) O auto de prisão em flagrante contra Antônio e Rogério pela prática do crime previsto no art. 10,caput, da Lei nº 9.437/97;

d) O auto de infração administrativo impondo uma multa à empresa, liberando Antônio em seguida semadotar contra ele qualquer medida;

e) O auto de prisão em flagrante contra Antônio pela prática do crime previsto no art. 10, caput, da Leinº 9.437/97 e instaurar inquérito contra Rogério pela prática do mesmo delito.

21.  (MP-PR - Promotor - 2009)  Analise as assertivas relacionadas a crimes previstos na legislaçãopenal especial, e assinale a alternativa correta:

a) A perda do cargo e a inabilitação, pelo prazo de 05 (cinco) anos, para o exercício de cargo oufunção pública, efetivo ou de nomeação, é aplicável em caso de condenação definitiva em qualquerdos crimes previstos no art. 1º e incisos, do Decreto-Lei nº 201/67, que dispõe sobre aresponsabilidade de prefeitos e vereadores.

b) No crime de tráfico de drogas, para aplicabilidade do benefício de redução de pena previsto no art.33, §4º, da Lei nº 11.343/06, os requisitos necessários são: que o agente seja primário e não integre

organização criminosa.c) A prorrogação reiterada dos prazos previstos no art. 30 e 32, da Lei nº 10.826/03 (Estatuto doDesarmamento), para registro ou entrega espontânea de arma de fogo, acabou proporcionandohipótese de vacatio legis indireta, com consequente abolitio criminis temporária das condutas de posseilegal e de porte ilegal de arma de fogo.

d) A Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) prevê variadas causas especiais de aumento depena, aplicáveis exclusivamente ao crime tipificado no art. 302 (homicídio culposo praticado na direçãode veículo automotor).

e) A pena privativa de liberdade referente aos crimes de tráfico e de associação ao tráfico, previstosrespectivamente nos arts. 33 e 35, da Lei nº 11.343/06, deverá ser cumprida em regime inicialmentefechado, por força do disposto no art. 2º, §1º, da Lei nº 8.072/90.

22. (MP-AM, Cespe - Promotor - 2007)  A respeito de aspectos penais das leis especiais, assinale aopção correta.

a) De acordo com a Lei nc 10.826/2003, os crimes de porte de arma de fogo de uso restrito admitem aconcessão de liberdade provisória mediante termo de compromisso de comparecimento aos atosprocessuais, obedecidos para tanto os requisitos elencados no CPP.

b) A ação penal em relação a crime de violação de direitos de autor de programa de computador é, viade regra, pública incondicionada.

c) O crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentíciosnão admite a modalidade culposa.

d) Em caso de agente que tenha tido intensa e efetiva participação em organização criminosa, a

legislação aplicável à espécie somente admite a concessão de liberdade provisória com fiança.

e) Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741/2003 -, cuja pena máxima privativa deliberdade não ultrapasse 4 anos, aplicam-se o procedimento previsto na Lei dos Juizados EspeciaisCriminais e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do CP e do CPP.

23. (MP-SC - Promotor - 2005)  Analise os enunciados das questões abaixo e assinale a alternativacorreta.

I - Por disposição expressa contida no Estatuto do Desarmamento a autorização de porte de arma defogo de uso permitido será automaticamente suspensa caso o portador seja detido ou abordado emestado de embriaguez ou sob o efeito de substância entorpecente.

II - No Código Eleitoral, sempre que não for indicado o mínimo da pena em abstrato para os crimesnele definidos, será de 15 dias para os delitos apenados com detenção e 1 (um) ano para os dereclusão.

III - Constitui crime contra a administração pública, apenado com reclusão, efetuar o loteamento ou

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desmembramento do solo para fins urbanos sem autorização do órgão competente.

IV - Segundo a Lei nº 11.101/05, os efeitos automáticos decorrentes da sentença condenatória porcrime falimentar perdurarão pelo prazo de 5 anos após a extinção da punibilidade.

V - Em qualquer caso, o erro de tipo essencial, se invencível ou escusável exclui o dolo e a culpa. Sevencível ou inescusável exclui o dolo, subsistindo a culpa.

a) apenas I, II e III estão corretos;

b) apenas II e III estão corretos;

c) apenas III e IV estão corretos;

d) apenas I e V estão corretos;

e) apenas II e IV estão corretos.

24. (MP-SC - Promotor - 2004) Julgue os itens.

I - O agente juridicamente capaz que vende o próprio rim não comete ilícito penal, pois a Lei nº9.434/97, que dispõe sobre a remoção de órgãos para fins de transplante e tratamento, autoriza adisposição de órgãos duplos.

II - A conivência desvincula o agente de participação no delito que haja presenciado, se inexistir odever jurídico de impedir o resultado.

III - Sendo a extorsão um crime formal, consuma-se com a efetiva ação de constranger a vítima,considerando-se o recebimento da vantagem econômica almejada simples exaurimento do crime.

IV - Caracteriza o crime de porte ilegal de arma a simples posse de arma de brinquedo ou simulacro dearma capaz de atemorizar outrem, desde que a posse tenha o fim de cometer crime.

V - O princípio da taxatividade impõe que as leis penais sejam precisas na determinação do tipo legale, por isso, não admitem a existência no ordenamento jurídico-penal de tipos penais abertos, cujopreenchimento da tipicidade depende de complementação judicial.

a) apenas I, III e V estão corretas;

b) apenas II e III estão corretas;c) apenas III, IV e V estão corretas;

d) apenas II, III e IV estão corretas;

e) apenas III e IV estão corretas.

25. (MP-MG - Promotor - 2004) Em face das assertivas seguintes, pode-se afirmar que:

I. O peculato de uso de prestação de serviço público municipal, praticado pelo Prefeito Municipal, épunido pelo Decreto-Lei nº 201/67.

II. O agente que pratica contravenção penal com menor de dezoito anos, facilitando-lhe a corrupção,

comete o crime descrito na Lei nº 2.252/54.

III. O Decreto-Lei nº 3.688/41 pune somente as contravenções penais dolosas e preterdolosas.

IV. Pelo Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), o porte ilegal de arma de fogo de usopermitido ou restrito, o comércio ilegal e o tráfico internacional inadmitem liberdade provisória.

a) somente I e II estão corretas;

b) somente II e IV estão corretas;

c) somente II e III estão incorretas;

d) somente I e IV estão incorretas;

e) todas estão corretas.

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GABARITO e COMENTÁRIOS

01. ERRADO

Nada existe de pacífico quanto ao tema, pois a própria jurisprudência do STF é vacilante neste sentido.Para exemplificar, poderíamos citar o Informativo 550 daquela Corte, em que cada uma das Turmaschegou a uma conclusão diferente.

(...)

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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

Entrou em vigor no dia 10 de agosto de 2009, data de sua publicação, a Lei nº 12.015, de 07de agosto de 2009, que alterou o Título VI da Parte Especial do Código Penal (Decreto-lei nº 2.848, de07 de dezembro de 1940) e o artigo 1º da Lei dos Crimes Hediondos (Lei nº 8.072, de 25 de julho de1990), além de ter revogado a Lei nº 2.252, de 1º de julho de 1954, que tratava da corrupção demenores.

 A mudança começa com a denominação do Título VI da Parte Especial do Código Penal. Aexpressão crimes contra os costumes, criticada pela doutrina, foi substituída pela expressão crimescontra a dignidade sexual, seguramente mais adequada, pois indica real bem jurídico protegido.

O Capítulo I manteve a nomenclatura crimes contra a liberdade sexual, mas seu conteúdo foibastante alterado, a começar pela junção dos tipos penais estupro e atentado violento ao pudor,previstos, antes, nos artigos 213 e 214, respectivamente.

O tipo objetivo de estupro era “constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ougrave ameaça”, enquanto o de atentado violento ao pudor era “constranger alguém, mediante violênciaou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunçãocarnal ”. A pena, para os dois crimes, era de reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

O novo tipo penal, previsto no artigo 213, ao qual foi atribuído o nome estupro, incrimina a

ação de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena foi mantida no mesmopatamar – reclusão de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

Uma primeira indagação: se o agente praticar a conjunção carnal e outro ato libidinoso, emações sucessivas, haverá crime único ou estarão configurados dois delitos? Em outras palavras: o tipoé misto alternativo ou cumulativo? Fica, por enquanto, apenas a indagação.

O novo crime de estupro admite três formas qualificadas, relacionadas ao resultado (nãoquerido) da conduta ou à qualidade da vítima. Assim, se da conduta resulta lesão corporal grave ou sea vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos, a pena será de reclusão, de 8 (oito) a12 (doze) anos (§ 1º). E se da conduta resulta morte, a pena será de reclusão, de 12 (doze) a 30(trinta) anos (§ 2º).

Os crimes contra a liberdade sexual praticados mediante fraude também foram reunidos numúnico artigo. A posse sexual mediante fraude, punida com reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, eraprevista no artigo 215, com a seguinte redação: “ter conjunção carnal com mulher, mediante fraude”.Se o crime era praticado contra mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze)anos, a reclusão ia de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

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CÓDIGO PENAL Atualizado até Outubro / 2010

DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 

TÍTULO VI

DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL CAPÍTULO I

DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 

Estupro 

 Art. 213 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou apraticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) oumaior de 14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2o  Se da conduta resulta morte:Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Atentado violento ao pudor  

 Art. 214 - REVOGADO.

Violação sexual mediante fraude 

 Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outromeio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se tambémmulta.

Atentado ao pudor mediante fraude 

 Art. 216. REVOGADO.

Assédio sexual 

 Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes aoexercício de emprego, cargo ou função.

Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

§ 1o  VETADO.

§ 2o  A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.

CAPÍTULO IIDOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 

Sedução 

 Art. 217 - REVOGADO.

Estupro de vulnerável 

 Art. 217-A - Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, porenfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que,por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

§ 2o  VETADO.

§ 3o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.

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§ 4o  Se da conduta resulta morte:

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Corrupção de menores 

 Art. 218 - Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. VETADO.

Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente 

 Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar,conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável 

 Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguémmenor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessáriodiscernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.

§ 1

o

  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.§ 2o  Incorre nas mesmas penas:

I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;

II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidasno caput deste artigo.

§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licençade localização e de funcionamento do estabelecimento.

CAPÍTULO III

DO RAPTO

 Arts. 219 a 222 - REVOGADOS. CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES GERAIS 

Formas qualificadas 

 Art. 223 - REVOGADO.

Presunção de violência 

 Art. 224 - REVOGADO.

Ação penal 

 Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penalpública condicionada à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima émenor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

Aumento de pena 

 Art. 226. A pena é aumentada:

I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;

II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro,tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobreela;

CAPÍTULO V

DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMADE EXPLORAÇÃO SEXUAL 

Mediação para servir a lascívia de outrem 

 Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:

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Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 1o  Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seuascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem estejaconfiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos.

§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

Favorecimento da prostituição 

 Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la,impedir ou dificultar que alguém a abandone:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 1o  Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor oucurador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação decuidado, proteção ou vigilância:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.

§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.

§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

Casa de prostituição 

 Art. 229 - Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual,haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Rufianismo 

 Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-sesustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1o  Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido porascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ouempregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteçãoou vigilância:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 2o  Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça oudificulte a livre manifestação da vontade da vítima:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.

Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual 

 Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer aprostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la noestrangeiro.

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.

§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como,tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.

§ 2o  A pena é aumentada da metade se:

I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;

II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a práticado ato;

III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor oucurador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação decuidado, proteção ou vigilância; ou

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IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude.

§ 3o  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.

Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual 

 Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para oexercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada,assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.

§ 2o  A pena é aumentada da metade se:

I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;

II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a práticado ato;

III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor oucurador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação decuidado, proteção ou vigilância; ou

IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude.

§ 3o  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. Art. 232. REVOGADO.

CAPÍTULO VI

DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR 

Ato obsceno 

 Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Escrito ou objeto obsceno 

 Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de

distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:

I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;

II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibiçãocinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;

III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráterobsceno.

CAPÍTULO VIIDISPOSIÇÕES GERAIS 

Aumento de pena  Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:

I – VETADO.

II – VETADO.

III - de metade, se do crime resultar gravidez; e

IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível deque sabe ou deveria saber ser portador.

 Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça.

 Art. 234-C. VETADO.

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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

01. (DPE-PI, Cespe - Defensor Público - 2009)  Acerca do crime contra a dignidade sexual e da Leidas Contravenções Penais, assinale a opção correta.

a) Considere a seguinte situação hipotética.

 Antônio convidou Bruna, 25 anos de idade, para ir a uma festa. De forma dissimulada, Antônio

colocou determinada substância na bebida de Bruna, que, após alguns minutos, ficou totalmentealucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de Bruna, que não poderia oferecer resistência, Antônio levou-a para o estacionamento da festa, onde com ela manteve conjunção carnal. Passado oefeito da substância, Bruna de nada se lembrava.

Nessa situação, Antônio praticou o delito de estupro comum, e não o de estupro de vulnerável.

b) Aquele que mendiga, por ociosidade ou cupidez, pratica contravenção penal, ficando sujeito à penade prisão simples.

c) Aquele que pratica tentativa de contravenção penal deve ser punido, no entanto fará jus à causa deredução de pena prevista no CP em seu limite máximo.

d) A mulher pode ser coautora do delito de estupro.

e) A lei brasileira é aplicável a contravenção penal praticada fora do território nacional.

02. (Polícia Civil - DF, Funiversa - Delegado - 2009)  Acerca dos crimes contra a dignidade sexual,com a nova redação dada pela Lei n.º 12.015, de 7 de agosto de 2009, assinale a alternativaincorreta.

a) Nos crimes contra a dignidade sexual, não mais haverá ação penal privada.

b) A ação será pública incondicionada se a vítima for menor de dezoito anos de idade, se estiver emsituação de vulnerabilidade ou se ocorrer o resultado morte ou lesão corporal grave ou gravíssima.

c) Configura crime de estupro constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a terconjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

d) O crime de assédio sexual caracteriza-se quando o agente, prevalecendo-se de sua condição desuperior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função, constrange

alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual.e) Se alguém der sonífero à vítima para, aproveitando-se do seu sono, manter com ela relação sexual,ele pratica o crime de estupro com violência presumida.

GABARITO e COMENTÁRIOS

01. D

O professor Luiz Flávio Gomes assim explica a possibilidade de a mulher ser coautora do crime deestupro "Coautoria da mulher no crime de estupro: diante da moderna teoria do domínio do fato, nãohá nenhuma dúvida que a mulher pode ser coautora do crime de estupro. Pode ser coautora intelectual

(se planeja e dirige a atividade dos demais), coautora executora (do verbo constranger) ou coautorafuncional (fica na porta de um banheiro, por exemplo, impedindo o ingresso de qualquer pessoa nesselocal, onde está ocorrendo o estupro). Só não pode evidentemente ser coautora executora do verbomanter conjunção carnal" .

(...)

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LEI DE CRIMES AMBIENTAIS

Na área ambiental concorre para a prática de crimes previstos na Lei n° 9.605, de 1998, bemcomo são responsabilizadas administrativamente, civil e penalmente:

- pessoa física, o diretor, o administrador, o membro do conselho e de órgão técnico, o auditor, ogerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica; (arts. 1° a 4° da Lei n° 9 605/1998)

- pessoa jurídica, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legalou contratual;

- a responsabilidade da pessoa jurídica não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras oupartícipes do mesmo ato;

- pode ser considerada pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimentode prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

DA APLICAÇÃO DA PENA (arts. 6° a 24 da Lei n° 9.605/1998)

Na imposição da penalidade, a autoridade observará:

- a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúdepública e para o meio ambiente;

- os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambientai.

Penas restritivas de direito:

 As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando:

- tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do condenado, bem como osmotivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos dereprovação e prevenção do crime;

- as penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena privativade liberdade substituída.

 As penas restritas de direito são:

- prestação de serviços à comunidade;

- interdição temporária de direitos;

- suspensão parcial ou total de atividades;

- prestação pecuniária;

- recolhimento domiciliar.

 A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidade de conservação e, no caso de dano da coisa particular,pública ou tombada, na restauração desta, se possível.

 As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o PoderPúblico, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como participar delicitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

 A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescriçõeslegais.

 A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vitima ou à entidade pública ou privadacom fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior atrezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventualreparação civil a que for condenado o infrator.

O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado,que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendorecolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia

habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.

Circunstâncias Atenuantes

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São circunstâncias que atenuam a pena:

- baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

- arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitaçãosignificativa da degradação ambiental causada;

- comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;

- colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.

Circunstâncias Agravantes

São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:

- reincidência nos crimes de natureza ambiental;

(Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado asentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.)

- ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução material da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regimeespecial de uso;

(...)

ESTE É UM MODELO DE DEMONNSTRAÇÃO DA APOSTILA.O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAISPÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ

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LEI DE CRIMES AMBIENTAISLEI No 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

 Atualizado até Outubro/2010  Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas aomeio ambiente, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

 Art. 1º (VETADO)

 Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide naspenas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, omembro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podiaagir para evitá-la.

 Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme odisposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legalou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

 Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo aoressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

 Art. 5º (VETADO)

CAPÍTULO II

DA APLICAÇÃO DA PENA

 Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúdepública e para o meio ambiente;

II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;

III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.

 Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando:

I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como osmotivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos dereprovação e prevenção do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração dapena privativa de liberdade substituída.

 Art. 8º As penas restritivas de direito são:

I - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

 Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular,

pública ou tombada, na restauração desta, se possível.

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 Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com oPoder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar delicitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

 Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo àsprescrições legais.

 Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ouprivada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior

a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventualreparação civil a que for condenado o infrator.

 Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade docondenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada,permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado asua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.

 Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:

I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitaçãosignificativa da degradação ambiental causada;

III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;

IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.

 Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:

I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;

II - ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução material da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regimeespecial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna;

h) em domingos ou feriados;

i) à noite;

 j) em épocas de seca ou inundações;

l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança;

o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiadapor incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;

r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

 Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casosde condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.

 Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feitamediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverãorelacionar-se com a proteção ao meio ambiente.

 Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda queaplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagemeconômica auferida.

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 Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante doprejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.

Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada noprocesso penal, instaurando-se o contraditório.

 Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dosdanos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meioambiente.

Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelovalor fixado nos termos do caput , sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamentesofrido.

 Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordocom o disposto no art. 3º, são:

I - multa;

II - restritivas de direitos;

III - prestação de serviços à comunidade.

 Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:

I - suspensão parcial ou total de atividades;

II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;

III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções oudoações.

§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposiçõeslegais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.

§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem adevida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ouregulamentar.

§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações nãopoderá exceder o prazo de dez anos.

 Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:I - custeio de programas e de projetos ambientais;

II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;

III - manutenção de espaços públicos;

IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.

 Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitarou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônioserá considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.

CAPÍTULO III

DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU DE

CRIME Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se osrespectivos autos.

§ 1º Os animais serão libertados em seu habitat   ou entregues a jardins zoológicos, fundações ouentidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.

§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituiçõescientíficas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.

§ 3° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituiçõescientíficas, culturais ou educacionais.

§ 4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a suadescaracterização por meio da reciclagem.

CAPÍTULO IV

DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL

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 Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.

Parágrafo único. (VETADO)

 Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de penarestritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somentepoderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata oart. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

 Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimesde menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações:

I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo referido no caput , dependeráde laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista noinciso I do § 1° do mesmo artigo;

II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo desuspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput ,acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;

III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigomencionado no caput ;

IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação dereparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o períodode suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III;

V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá delaudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à reparaçãointegral do dano.

CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Seção I

Dos Crimes contra a Fauna

 Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rotamigratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em

desacordo com a obtida:Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza outransporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem comoprodutos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devidapermissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode

o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias equaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendodentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

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 Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização daautoridade ambiental competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

 Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedidapor autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

 Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos oudomesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda quepara fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

 Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento deespécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionaisbrasileiras:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de domínio público;

II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ouautorização da autoridade competente;

III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos oucorais, devidamente demarcados em carta náutica.

 Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgãocompetente:

Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos,técnicas e métodos não permitidos;

III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha epesca proibidas.

 Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;

II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:

Pena - reclusão de um ano a cinco anos.

 Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar,

apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetaishidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas deextinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

 Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;

II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desdeque legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

III – (VETADO)

IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

Seção II

Dos Crimes contra a Flora Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que emformação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

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Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

 Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio deregeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

 Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão daautoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

 Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, asReservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre.

§ 2o  A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades deConservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Art. 40-A. (VETADO)

§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental,as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, asReservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares doPatrimônio Natural.

§ 2o  A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades deConservação de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.

§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

 Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

 Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas edemais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

 Art. 43. (VETADO)

 Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, semprévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

 Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público,

para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordocom as determinações legais:

Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

 Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outrosprodutos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridadecompetente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transportaou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo otempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

 Art. 47. (VETADO)

 Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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 Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação delogradouros públicos ou em propriedade privada alheia:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.

 Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetorade mangues, objeto de especial preservação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras dedomínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente:

Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.

§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente oude sua família.

§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um) anopor milhar de hectare.

 Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, semlicença ou registro da autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios paracaça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridadecompetente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

 Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:

I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regimeclimático;

II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

b) no período de formação de vegetações;c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local dainfração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

Seção III

Da Poluição e outros Crimes Ambientais

 Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar emdanos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa daflora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.§ 1º Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2º Se o crime:

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes dasáreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água deuma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substânciasoleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

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§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim oexigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ouirreversível.

 Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização,permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ouexplorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgãocompetente.

 Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar,armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúdehumana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seusregulamentos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem.

I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as normasambientais ou de segurança;

II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final aresíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.

§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a umterço.

§ 3º Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

 Art. 57. (VETADO)

 Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas:

I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral;

II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;

III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.

Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultarcrime mais grave.

 Art. 59. (VETADO)

 Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do territórionacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorizaçãodos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

 Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à

fauna, à flora ou aos ecossistemas:Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Seção IV

Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural

 Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:

I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;

II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, atoadministrativo ou decisão judicial:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízoda multa.

 Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, atoadministrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico,

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histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridadecompetente ou em desacordo com a concedida:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

 Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razãode seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico,etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com aconcedida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

 Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valorartístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.

Seção V

Dos Crimes contra a Administração Ambiental

 Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegarinformações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamentoambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

 Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com asnormas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativodo Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo damulta.

 Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação derelevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.

 Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

 Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outroprocedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ouenganoso, inclusive por omissão:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1o Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

§ 2o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há dano significativo ao meioambiente, em decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou enganosa.

CAPÍTULO VI

DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

 Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.

§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processoadministrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes dasCapitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades

relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a suaapuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.

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§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito deampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.

 Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintesprazos máximos:

I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da datada ciência da autuação;

II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sualavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;

III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacionaldo Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordocom o tipo de autuação;

IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.

 Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto noart. 6º:

I - advertência;

II - multa simples;

III - multa diária;

IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

V - destruição ou inutilização do produto;

VI - suspensão de venda e fabricação do produto;

VII - embargo de obra ou atividade;

VIII - demolição de obra;

IX - suspensão parcial ou total de atividades;

X – (VETADO)

XI - restritiva de direitos.

§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação emvigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.

§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:

I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinaladopor órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha;

II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministérioda Marinha.

§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da

qualidade do meio ambiente.§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.

§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput  obedecerão ao disposto no art. 25desta Lei.

§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput  serão aplicadas quando o produto, a obra, aatividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares.

§ 8º As sanções restritivas de direito são:

I - suspensão de registro, licença ou autorização;

II - cancelamento de registro, licença ou autorização;

III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais decrédito;

V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.

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 Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos aoFundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, Fundo Naval,criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de meioambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

 Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medidapertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado.

 Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido

periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).

 Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territóriossubstitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.

CAPÍTULO VII

DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

 Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes, o Governobrasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, semqualquer ônus, quando solicitado para:

I - produção de prova;

II - exame de objetos e lugares;III - informações sobre pessoas e coisas;

IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão deuma causa;

V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasilseja parte.

§ 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça, que a remeterá,quando necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou a encaminhará àautoridade capaz de atendê-la.

§ 2º A solicitação deverá conter:

I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante;II - o objeto e o motivo de sua formulação;

III - a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante;

IV - a especificação da assistência solicitada;

V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso.

 Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para a reciprocidade dacooperação internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o intercâmbiorápido e seguro de informações com órgãos de outros países.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

 Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código deProcesso Penal.

 Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA,responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dosestabelecimentos e das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficamautorizados a celebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoasfísicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento deestabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva oupotencialmente poluidores.

§ 1o  O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir queas pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções desuas atividades, para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades ambientais

competentes, sendo obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre:I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representanteslegais;

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II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obrigações nelefixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade deprorrogação por igual período;

III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma físico deexecução e de implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas;

IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos derescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas;

V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do investimento previsto;

VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.

§ 2o  No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998, envolvendoconstrução, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores derecursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, a assinatura do termo decompromisso deverá ser requerida pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 dedezembro de 1998, mediante requerimento escrito protocolizado junto aos órgãos competentes doSISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do estabelecimento.

§ 3o  Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o e enquanto perdurar a vigência docorrespondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram causa àcelebração do instrumento, a aplicação de sanções administrativas contra a pessoa física ou jurídica

que o houver firmado.§ 4o  A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a execução deeventuais multas aplicadas antes da protocolização do requerimento.

§ 5o  Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando descumprida qualquerde suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior.

§ 6o  O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da protocolização dorequerimento.

§ 7o  O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as informaçõesnecessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano.

§ 8o  Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão oficialcompetente, mediante extrato.

 Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias a contar de suapublicação.

 Art. 81. (VETADO)

 Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

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 CRIMES AMBIENTAIS - QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (TJ-SC - Juiz - 2007) É correto afirmar:

I. Nos crimes ambientais, é vedado o oferecimento de denúncia genérica que narra conduta,em tese, criminosa, quando o suposto autor do fato integra apenas o contrato social, segundoentendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

II. A competência para processar e julgar a prática de crime ambiental é, em regra, da JustiçaEstadual.

III. No caso de crime ambiental, a competência da Justiça Estadual é fixada quando ointeresse da União se manifestar de forma genérica no caso penal.

IV. Sem prova de que a floresta desmatada é de preservação permanente, não há crimeambiental.

V. A Justiça Federal é competente para processar e julgar crime ambiental no caso deabatimento de um tatu-carreta, espécie ameaçada de extinção, porque atrai interesse direto eespecífico de autarquia federal.

Estão corretas:a) As proposições I e V estão incorretas.

b) Somente a proposição I, III e V estão incorretas.

c) Somente as proposições II e III estão corretas.

d) Todas as proposições estão corretas.

e) Somente as proposições II, III e IV estão corretas.

02. (TJ-PI, Cespe - Juiz - 2007) Acerca da lei que dispõe sobre crimes ambientais, assinale aopção correta.

a) A Lei dos Crimes Ambientais só admite o crime qualificado quando ausentes as medidasde precaução, em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível, por parte daquelesque as deveriam adotar e quando assim o exigir a autoridade competente.

b) Não há hipótese de crime de poluição atmosférica qualificada que não seja a prática deterrorismo, estando, nesse caso, a legislação dos crimes ambientais sujeita à Lei deSegurança Nacional e às convenções internacionais que regulam os crimes contra ahumanidade.

c) O crime de poluição hídrica só ocorre quando verificados danos à saúde humana, aopasso que o crime de poluição atmosférica consuma-se com a mera exposição ao risco.

d) O crime de poluição atmosférica só ocorre quando a suspensão do abastecimento público

compromete as atividades rotineiras de um bairro, de um conjunto de bairros ou de umacidade inteira, por mais de dois dias úteis.

e) Classificam-se como crimes qualificados causar poluição atmosférica que provoque aretirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, bem como causarpoluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público, ainda queapenas por algumas horas.

03. (TRF-4ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Constitui um dos crimes ambientais,a conduta de quem der causa à

a) ampliação ou reforma de estabelecimentos ou obras, potencialmente poluidoras.b) deterioração de instalação científica protegida por lei ou ato administrativo.

c) produção de substância tóxica, perigosa ou nociva ao meio ambiente.

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d) execução de lavra ou extração de recursos minerais.

e) alteração da estrutura de local protegido por lei em razão de seu valor etnográfico.

04. (TRF-3ª Região - Juiz - 2006) Assinale a alternativa incorreta:

a) Quem executa extração de recursos minerais sem autorização da autoridade competente

(IBAMA, DNPM) comete o crime do artigo 55 da Lei n° 9.605/98 (executar pesquisa, lavra ouextração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão oulicença, ou em desacordo com a obtida) em concurso formal com o delito do artigo 2° da Lein° 8.176/91 (constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bensou explorar matérias-primas pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordocom as obrigações impostas pelo título autorizativo);

b) A responsabilização criminal da pessoa jurídica por crime ambiental - que exclui aresponsabilidade das pessoas naturais autoras ou concorrentes para a realização do fatopunível - é restrita por força da Lei n° 9.605/98 às pessoas privadas. Recebida denúnciaoferecida contra a pessoa jurídica é possível a impetração de habeas corpus visando otrancamento da ação penal;

c) Tanto a grafitagem quanto a pichação de qualquer edifício urbano ou monumento constituicrime contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural, previsto na Lei n° 9.605/95; omesmo ocorre se o agente sujá-Ios ou maculá-Ios, mas desde que atue intencionalmente.Entretanto, trata-se de infração de menor potencial ofensivo;

d) O chamado “crime de poluição” (artigo 54 da Lei n° 9.605/98) é um tipo penal aberto queabarca qualquer tipo de degradação da qualidade ambiental - visual, sonora, atmosférica,terrestre e da biosfera em geral - mas sua correta conformação depende de perícia quepermita avaliação de elementos normativos do tipo. Admite a forma culposa. Trata-se dedelito que aceita conduta omissiva.

05. (OAB-SP - Exame de Ordem - 2008) Assinale a opção correta acerca dos crimes contrao meio ambiente.

a) As pessoas jurídicas devem ser responsabilizadas administrativa, civil e penalmente noscasos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual,ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

b) Punem-se pelo crime ambiental o autor e os co-autores, mas não o partícipe.

c) A competência para o julgamento desses crimes, em regra, é da justiça federal.

d) Quando animais forem exterminados dentro de unidade de conservação ambiental mantidapela União, a competência para julgamento do crime ambiental será da justiça estadual.

06. (PGE-PA - Procurador do Estado - 2009) Assinale a alternativa INCORRETA a respeitodas disposições legais acerca dos crimes contra o meio ambiente:

a) As pessoas jurídicas poderão ser responsabilizadas criminalmente nos casos em que ainfração seja cometida por decisão de seu representante legal no interesse ou benefício daentidade, estando sujeitas à imposição de penas.

b) Configura-se como tal crime provocar incêndio em mata ou floresta sem autorização doórgão competente, ainda que tenha ocorrido o evento por culpa do agente.

c) A utilização de motoserra, sem licença ou registro da autoridade competente, em área de

plano de manejo autorizado pelo IBAMA, não constitui crime, mas está sujeito à multa porinfração administrativa.

d) Não há crime ambiental quando o agente, em estado de necessidade, abate animal

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silvestre, para saciar sua fome ou de sua família, ou ainda por ser nocivo o animal.

07. (TRF-2ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2007) "A" mantém em cativeiro, na suacasa, sem permissão, licença ou autorização da autoridade competente, oriundos decriadouro NÃO autorizado, dois espécimes de ave ameaçada de extinção apenas na regiãoonde reside. Ele

a) não pratica nenhum crime porque são aves nascidas em criadouros e não apreendidas noambiente em que vivem.

b) não pratica nenhum crime porque são apenas dois espécimes.

c) não pratica nenhum crime porque as aves estão bem tratadas.

d) pratica crime ambiental com pena agravada porque a espécie está ameaçada de extinção.

e) pratica crime ambiental simples, porque a espécie está ameaçada de extinção apenas naregião onde ocorreram os fatos.

08. (INSTITUTO GERAL DE PERÍCIAS - SC - Perito Criminal - 2008) Sobre a Lei de Crimes Ambientais podemos afirmar que:

a) Pode haver condenação criminal de pessoa jurídica.

b) A poluição é sempre considerada um crime de menor potencial ofensivo.

c) A pessoa jurídica constituída ou utilizada preponderantemente com o fim de permitir, facilitar ouocultar a prática de crime definido nesta lei poderá ter decretada sua liquidação forçada.

d) Só há previsão de penas restritivas de direitos.

09. (SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - RJ, Cesgranrio - Advogado - 2006) A Lei no9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas

ao meio ambiente, inclusive aquelas cometidas por pessoas jurídicas. Sobre a matéria, pode-seafirmar que:

I - o administrador de pessoa jurídica que, ciente da conduta criminosa adotada pela empresa, deixarde impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la, incorre nas penalidades cominadas à referidaconduta;

II - poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo aoressarcimento de prejuízos causados ao meio ambiente;

III - a pessoa jurídica constituída com o fim de ocultar a prática de crime ambiental pode ter sualiquidação forçada decretada;

IV- a responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras da conduta lesiva aomeio ambiente.

Estão corretas as afirmações

a) I e II, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

10. (SECRETARIA EXECUTIVA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE - PA, Unama -Advogado - 2006)  Considere as seguintes afirmativas sobre a Lei n° 9.605/98 (Lei de Crimes

 Ambientais) e o Decreto n° 3.179/99, que a regulamentou:I - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, nos casos em quea infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão

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colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade, excluindo-se a responsabilidade da pessoafísica.

II - As penas de interdição temporária de direito são: a proibição de o condenado contratar com oPoder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar delicitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

III - O pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federalou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo órgão federal, em decorrência do

mesmo fato.IV - Os órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e aCapitania dos Portos do Comando da Marinha ficam obrigados a dar, bimestralmente, publicidade dassanções administrativas aplicadas com fundamento no Decreto n° 3.179/99.

É correto o que se afirma em:

a) I, II, III e IV.

b) II e III, somente.

c) III e IV, somente.

d) I e II, somente.

GABARITO

01. D(...)

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LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

Texto devidamente atualizado até Outubro/2010

Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

CAPÍTULO XIXDOS CRIMES DE TRÂNSITO

Seção IDisposições Gerais

 Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuserde modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

Se um crime for cometido quando na condução de um veículo automotor, e estiver previsto no CTB,no capítulo XIX, seção II, as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal deverãoser aplicadas em relação a ele, isto desde que o CTB não disponha de modo diverso.

Sabemos que existe uma hierarquia entre duas ou mais normas penais, fazendo com que a aplicaçãode uma norma esgota a punição do fato, excluindo a aplicação cumulativa de outra norma, ou seja,ninguém pode ser condenado 2 vezes pelo mesmo crime.

Para entendermos melhor, vamos imaginar a ocorrência de um acidente de trânsito que tenharesultado lesões corporais culposas em certas pessoas. Qual norma seria aplicada ao caso: asnormas do Código Penal ou as do CTB ?

- Com certeza as normas do CTB, no caso das mesmas existirem, e isto pelo princípio daespecialidade (a lei especial tem preferência em relação à lei geral). Norma especial é aquela quecontém todos os elementos da norma geral, com o acréscimo de elementos especificadores.

§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei

n

o

 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:

Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995

Art. 74.  A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediantesentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.

Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal públicacondicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ourepresentação.

Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, nãosendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de penarestritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.

§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:

I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, porsentença definitiva;

II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de penarestritiva ou multa, nos termos deste artigo;

III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como osmotivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.

§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.

§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena

restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas paraimpedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.

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§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentescriminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aosinteressados propor ação cabível no juízo cível.

Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação aação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.

I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição oudemonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridadecompetente;

III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquentaquilômetros por hora).

§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1o  deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para ainvestigação da infração penal.

 Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículoautomotor pode ser imposta como penalidade principal, isolada ou cumulativamente com outraspenalidades.

 Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, paradirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.

§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.

§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigirveículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiverrecolhido a estabelecimento prisional.

 Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia daordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Públicoou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensãoda permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

Comentário :

Como garantia de ordem pública, o juiz, por meio de ofício, o Ministério Público, por meio derequerimento, a autoridade, por meio de representação, podem decretar a suspensão da permissão,da habilitação ou obtenção para dirigir veículo automotor. O ÚNICO COMPETENTE PARADECRETAR É O JUIZ DE DIREITO.

Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir orequerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.

(...)

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CRIMES DE TRÂNSITO - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS

(PRF, FUNRIO - Policial Rodoviário Federal - 2009)

01. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito do Código de Trânsito Brasileiro,da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidadese medidas administrativas. Com relação aos crimes relacionados no Código de Trânsito Brasileiro, é

correto afirmar que:a) Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, se imporá a prisãoem flagrante e se exigirá fiança, independente dele prestar pronto e integral socorro àquela.

b) É crime conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro desangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substânciapsicoativa que determine dependência, contudo, com relação aos testes de alcoolemia, para efeito decaracterização do crime tipificado, o Poder Executivo Federal não poderá estipular a equivalência entredistintos testes de alcoolemia, devendo estes ser regulados pelo CONTRAN.

c) No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço àmetade, se o agente não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; praticá-lo em faixade pedestres ou na calçada; se deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, àvítima do acidente; se o praticar no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo

de transporte de passageiros.d) É considerado crime participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputaou competição automobilística, mesmo que autorizada pela autoridade competente, já que semprepode resultar dano potencial à incolumidade pública ou privada.

e) A multa reparatória poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.

02. No dia 15 de junho de 2007, por volta das 09h, pela Avenida Canal, proximidades do "AtacadãoRio do Peixe", José Antônio, guiando o veículo ônibus, ano 1998, de cor branca, provocouatropelamento contra Marinalva, que pedalava uma bicicleta próximo à guia da calçada, sofrendotraumatismos generalizados. O socorro foi prestado por solicitação de populares do SAMU ao HospitalRegional de Urgência e Emergência de Campina Grande, e o infrator se evadiu. No que se refere à

conduta praticada, uma vez que o infrator se evadiu sem prestar socorro à vítima, é correto afirmar queo condutor:

a) Não merece aplicação, em tese, do aumento de pena daí decorrente, conforme estipulado pela Leinº 9.503/97.

b) Merece aplicação, em tese, do aumento de pena daí decorrente, conforme estipulado pela Lei nº9.503/97.

c) Não merece aplicação do aumento de pena daí decorrente, uma vez que a vítima não era pedestre,conforme estipulado pela Lei nº 9.503/97.

d) Merece aplicação, em tese, do aumento de pena daí decorrente, se testemunhas confirmarem queele conduzia o veículo em alta velocidade, sendo irrelevante a não prestação de socorro, conformeestipulado pela Lei nº 9.503/97.

e) Merece aplicação, em tese, do aumento de pena daí decorrente, se testemunhas confirmarem queele conduzia em aparente estado de embriaguez, conforme estipulado pela Lei nº 9.503/97.

03. (Polícia Civil - AP, FGV - Delegado - 2010) José da Silva dirigia seu automóvel em velocidadeacima da permitida e de forma imprudente. Ao passar por um cruzamento, José não percebe que osinal estava vermelho e atropela Maria de Souza, que vem a sofrer uma fratura exposta na pernadireita e fica mais de 30 dias impossibilitada de desenvolver suas ocupações habituais.

 A fim de socorrer a vítima, José da Silva para o carro, sai do veículo e retira Maria do meio da via.Contudo, ao ver um grupo de pessoas vociferando e gritando "assassino!", "pega!" e "lincha!", Joséretorna para seu veículo e se evade do local, sendo parado alguns metros adiante por uma patrulha depoliciais militares que o levam preso em flagrante à Delegacia de Polícia.

Com base no relato acima, analise as afirmativas a seguir:I. Segundo a Lei nº 9.503/97 (Código Nacional de Trânsito), José não poderia ser preso em flagranteporque prestou socorro à vítima e só não permaneceu no local porque corria risco pessoal.

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II. José praticou o crime de lesão corporal culposa grave na direção de veículo automotor.

III. José praticou o crime do art. 305, da Lei nº 9.503/97 (Afastar-se o condutor do veículo do local doacidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída).

 Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta;

b) se somente a afirmativa II estiver correta;

c) se somente a afirmativa III estiver correta;

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas;

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

04. (TJ-SC - Juiz - 2009) Assinale a alternativa correta.

a) O fato de alguém, sendo casado, contrair novo casamento, náo constitui infração penal.

b) De acordo com a Lei nº 11.705/08, aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa odisposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei nº 9.099/95, exceto em algumas hipóteses, como por exemplo seo agente estiver transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h(cinquenta quilômetros por hora).

b) Na hipótese de condenação por homicídio culposo na direção de veículo automotor, o autor docrime poderá ter a pena aumentada até o dobro se o fato ocorrer na faixa de pedestres ou na calçada..

c) Uma vez condenado o agente pela prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor,faculta-se ao magistrado incrementar a reprimenda com a suspensão ou proibição da obtenção depermissão ou habilitação para dirigir.

d) A direção de veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão para dirigir ou habilitação,ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, é crime punido com detenção, independentemente de gerarperigo de dano.

05. (TJ-SP, Vunesp - Juiz - 2006) JOSÉ, com 16 anos de idade, sem habilitação para conduzir veículoautomotor e sob a guarda e vigilância de seu pai, JOÃO, saiu com o automóvel do genitor, que sabiade sua conduta e tinha o dever de vigilância, envolvendo-se em grave acidente automobilístico a quedeu causa por excesso de velocidade, motivo direto da morte da vítima VILMA. Como definir aresponsabilidade de JOÃO:

a) JOÃO responderá por homicídio culposo (crime comissivo por omissão).

b) JOÃO responderá por homicídio doloso (crime comissivo por omissão).

c) JOÃO responderá por homicídio culposo (crime comissivo).

d) JOÃO responderá por homicídio doloso (crime omissivo).

06. (TJ-SC - Juiz - 2003) Assinale a alternativa correta.

a) No crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, a reparação do dano, depoisde iniciada a ação penal e antes da sentença de 1º grau, extingue a punibilidade, se os ferimentos nãoforem graves.

b) Comete crime de omissão de socorro, definido no art. 304, do Código de Trânsito Brasileiro, oterceiro, motorista ou pedestre, que não tendo se envolvido no acidente, deixa de prestar socorro àvítima, quando era a única pessoa no local em condições de fazê-lo.

c) Pratica o delito de fuga, definido no art. 305, do Código de Trânsito Brasileiro, o motorista, envolvido,sem culpa, no acidente, que podendo prestar socorro à vítima, afasta-se do local, solicitando-o àautoridade pública.

d) Só comete o delito de embriaguez ao volante, enquadrado no art. 306, do Código de TrânsitoBrasileiro, o motorista que dirigindo embriagado em via pública expõe a risco determinada pessoa.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

07. (Polícia Civil - AP, MOVENS - Delegado - 2009)  Acerca dos crimes cometidos na condução deveículo automotor, da Lei nº 11.340/2006 (violência doméstica), dos crimes contra o meio ambiente e

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do Estatuto do Idoso, assinale a opção correta.

a) Configura violência doméstica e familiar contra a mulher apenas a ação ou omissão baseada nogênero que cause a morte da vítima, excluindo-se as situações de lesão corporal.

b) Tratando-se de delitos contra o meio ambiente, a responsabilidade das pessoas jurídicas exclui adas pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

c) Não constitui crime humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.

d) Quando o agente estiver sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa quedetermine dependência e, nessas condições, praticar lesão corporal culposa no trânsito, deverá serinstaurado inquérito policial para a investigação da infração penal.

08. (Polícia Civil - SC, ACAFE - Delegado - 2008) "A", depois de consumir cocaína e sob o efeitodessa substância, conduziu uma pequena embarcação a motor de sua propriedade, na praia, expondoa risco a incolumidade de outrem, com as manobras perigosas que fazia. Pode-se afirmar que, assimagindo, "A" praticou:

a) Crime de "direção perigosa", previsto na Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro).

b) Contravenção penal de "direção perigosa".

c) Crime previsto na Lei nº 11.343/06 (Lei sobre Drogas).

d) Mera infração administrativa.

09. (Polícia Civil - BA, IFBA - Delegado - 2008) Rapaz, capaz e imputável, dirigindo seu veículo comvelocidade compatível para a localidade, termina por atropelar um transeunte que, imprudentemente,atravessa a rua. Com base nesse relato, o rapaz.

a) Responderá por crime doloso.

b) Responderá por crime culposo.

c) Responderá por crime preterdoloso.

d) Não será responsabilizado pelo crime, pois a vítima deu causa ao acidente.

e) Responderá pelo crime por dolo eventual.

10. (Polícia Civil - RS, FAURGS - Delegado - 2002) Um homem atropela um transeunte com suacharrete e o leva ao hospital de pronto-socorro, mas este nega-se, lá, a receber uma necessáriatransfusão de sangue por obediência à sua crença religiosa, fato que acaba causando-lhe a morte.Nesse caso, o condutor da charrete deve ser condenado por:

a) Homicídio culposo, conforme Código de Trânsito Brasileiro, art. 302.

b) Lesão seguida de morte, conforme Código Penal, art. 129, parágrafo 32.

c) Lesão corporal culposa, conforme Código de Trânsito Brasileiro, art. 303.

d) Lesão corporal, conforme Código Penal, art. 129.

e) Homicídio simples, conforme Código Penal, art. 121.

11.  (Polícia Civil - SC - Delegado - 2001)  Analise as seguintes afirmativas relativas aos crimes emespécie constantes da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, (Código de Trânsito Brasileiro).

I - A prestação imediata de socorro à vítima é compulsória. A omissão nesse sentido, contudo, sendocrime de menor potencial ofensivo, não sujeita o autor a ser indiciado em inquérito policial, ficando tãosomente sujeito à lavratura de um Termo Circunstanciado.

II - Dirigir sob influência de álcool ou de substância de efeitos análogos sujeitará o autor a serconduzido em auto de prisão em flagrante.

III - O homicídio culposo, sendo crime de médio potencial ofensivo, sujeita o autor à pena máxima nãosuperior a um ano.

IV - Trafegar com velocidade incompatível com a segurança, nas proximidades de escolas e hospitais,sujeita o infrator à sanção pecuniária, tão somente.

 Assinale a alternativa CORRETA.

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a) somente as afirmativas I e II são verdadeiras;

b) somente as afirmativas III e IV são verdadeiras;

c) somente a afirmativa I é verdadeira;

d) somente a afirmativa II é verdadeira.

12.  (Polícia Civil - RJ, NCE/UFRJ - Delegado - 2001) Durante os treinamentos para obtenção dacarteira de motorista, na condução de um veículo da própria autoescola, ao fazer uma manobra sob aorientação direta de seu instrutor, Ana acaba por atropelar Maria e João, que estavam na calçada,provocando em Maria lesões graves que lhe causam a morte e, em João, algumas escoriações. Ascondutas de Ana e do instrutor, respectivamente, constituem:

a) Homicídio culposo com aumento de pena e lesões corporais culposas com aumento de pena, naforma do concurso material para ambos;

b) Homicídio culposo com aumento de pena e lesões corporais culposas com aumento de pena, naforma do concurso formal para ambos;

c) Homicídio culposo com aumento de pena e lesões corporais culposas com aumento de pena, naforma do concurso material para ela; indiferente penal para ele;

d) Indiferente penal para ela; homicídio culposo com aumento de pena e lesões corporais culposascom aumento de pena, na forma do concurso material, para ele;e) Homicídio culposo e lesões corporais culposas, na forma do concurso formal para ambos.

13. (Polícia Civil - RJ - Delegado - 2000)  Após ingerir grande quantidade de bebida alcoólica, aopassar em frente a uma escola pública, exatamente no horário de saída dos alunos, João perde adireção e vem a subir na calçada, terminando por colidir com o muro e derrubá-lo sem, contudo, atingiros transeuntes que por ali passavam. Nesse caso, João responde por:

a) Contravenção de direção perigosa (art. 34 da LCP).

b) Tentativa de lesão corporal culposa (art. 303, do Código de Trânsito Brasileiro c/c art. 14, II do CP).

c) Crime de embriaguez ao volante (art. 306, do Código de Trânsito Brasileiro).

d) Contravenção de embriaguez (art. 62, da LCP).

e) Crime de dano qualificado (art. 163, parágrafo único, inciso III do CP).

14. (Polícia Civil - SP - Delegado - 2000)  Estudando o crime de dirigir veículo automotor na viapública sem a devida habilitação previsto no Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) verifica-seque a circunstância de essa conduta estar "gerando perigo de dano".

a) Passou a ser uma exigência doutrinária e até jurisprudencial, embora ausente nesse dispositivolegal.

b) Não é uma exigência expressa do tipo legal e nem de cunho doutrinário ou jurisprudencial, bastandoa mera conduta do agente.

c) É uma exigência expressa nesse tipo penal.d) Por não estar prevista no tipo penal tem gerado diversos posicionamentos doutrinários atéconflitantes.

15. (Polícia Civil - PE, IPAD - Delegado - 2003) Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativacorreta.

a) Genitora que mata seu filho em estado puerperal comete crime de infanticídio.

b) João atropela seu filho por encontrar-se dirigindo em excesso de velocidade. Devido às lesões, acriança falece. João incidiu em homicídio privilegiado.

c) Só gestantes podem ser autoras do crime de aborto.

d) Suicídio é crime hediondo.e) Homicídio privilegiado não pode receber qualificadora objetiva.

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16. (Polícia Civil - RJ, NCE/UFRJ - Delegado - 2005)  Quando conduzia veículo automotor, semculpa, Fulano atropela um pedestre, deixando de prestar-lhe socorro, constituindo tal conduta, em tese,a prática de:

a) Omissão de socorro, prevista no art. 135, do Código Penal;

b) Lesão corporal culposa, com o aumento de pena previsto no art. 129, § 7º, do Código Penal;

c) Expor a vida de outrem a perigo, previsto no art. 132, do Código Penal;

d) Omissão de socorro, prevista no art. 304, da Lei nº 

9.503/97;e) Lesão corporal culposa na condução de veículo automotor, com o aumento de pena previsto no art.303, § único, da Lei nº 9.503/97.

17. (MP-PR - Promotor - 2009)  Sobre o crime de embriaguez ao volante, previsto no art. 306 doCódigo de Trânsito Brasileiro (Lei nº  9.503/97), alterado pela Lei nº  11.705/08, assinale a alternativaINCORRETA:

a) A nova redação do art. 291 do Código de Trânsito Brasileiro excluir qualquer possibilidade deaplicação do instituto da transação penal (Lei n2 9.099/95, art.76) ao crime de embriaguez ao volante(art. 306 da Lei nº 9.503/97).

b) Com a nova redação do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, o legislador elevou à categoria de

elemento do tipo objetivo a circunstância de o agente conduzir veículo automotor, na via pública,estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 06 (seis) decigramas.

c) A pena mínima abstratamente cominada ao crime do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro podeadmitir proposta de suspensão condicional do processo (Lei nº  9.099/95, art. 89).

d) O crime do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro é crime de perigo concreto.

e) A nova redação do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro também contemplou a possibilidade decondutas típicas alternativas, como a condução de veículo automotor, na via pública, sob a influênciade qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.

18. (MP-CE, FCC - Promotor - 2009) Nos crimes de trânsito:

a) A multa reparatória não será descontada de eventual indenização civil do dano.b) Cabível a transação penal, se a infração for de menor potencial ofensivo.

c) A penalidade de suspensão da habilitação deve, necessariamente, durar o mesmo período da penaprivativa de liberdade.

d) Não há necessidade de representação do ofendido para apuração do delito de lesão corporalculposa.

e) Não constitui circunstância agravante o fato de o condutor do veículo haver cometido a infraçãosobre a faixa de trânsito destinada a pedestres.

19. (MP-MG, Fumarc - Promotor - 2000) O motorista "A”, acompanhado pelo passageiro "B", distraiu-

se ao acender um cigarro e acabou por atropelar o pedestre "C", provocando-lhe importantestraumatismos. Em seguida, induzido pelo acompanhante "B", "A" deixou de prestar socorro a "C", omesmo fazendo, evidentemente, o indutor. Considerando que o pedestre veio a falecer horas maistarde em virtude dos ferimentos sofridos, assinale a resposta correta:

a) "A" responderá por homicídio culposo, funcionando a omissão de socorro como causa especial deaumento de pena, nos termos do Código de Trânsito brasileiro; "B" responderá pela prática de omissãode socorro, prevista no art. 135 do Código Penal;

b) ambos responderão nos termos do Código de Trânsito: "A" por homicídio culposo em concursomaterial com a omissão de socorro e "B" exclusivamente pela prática de omissão de socorro;

c) "A" responderá por homicídio culposo, funcionando a omissão de socorro como causa especial deaumento de pena, nos termos do Código de Trânsito; "B" se sujeitará às mesmas sanções, porém naqualidade de participe;

d) "A" responderá por homicídio culposo em concurso material com a omissão de socorro, tipificadospelo Código de Trânsito brasileiro; "B" responderá pela prática de omissão de socorro, prevista no art.135 do Código Penal;

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e) "A" responderá por homicídio culposo, funcionando a omissão de socorro como causa especial deaumento de pena, nos termos do Código de Trânsito; "B" não responderá pelo fato diante daatipicidade de sua conduta.

20. (MP-MS - Promotor - 2006) Motorista de veículo automotor, em razão de imprudência na direçãodo mesmo, causa lesão corporal culposa ou homicídio culposo e empreende fuga, deixando de prestarsocorro à vítima do acidente, quando lhe era possível fazê-lo sem risco a sua pessoa, responde por

lesão corporal culposa ou homicídio culposo, crimes previstos:a) No Código de Trânsito Brasileiro, com pena majorada por causa de aumento de pena.

b) No Código Penal, em concurso com a omissão de socorro prevista no Código de Trânsito Brasileiro.

c) No Código de Trânsito Brasileiro, em concurso com a omissão de socorro prevista no Código Penal.

d) No Código de Trânsito Brasileiro, ficando absorvida a omissão de socorro.

21. (MP-SC - Promotor - 2004) Julgue os itens.

I - A diferença básica entre a multa reparatória, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, e a prestaçãopecuniária, definida no Código Penal, reside em que aquela somente é cabível quando houver danomaterial ao ofendido, causado pelo acidente, e esta ser admissível ainda na ausência de prejuízomaterial decorrente do ilícito.II - A medida provisória, por ser constitucionalmente equiparada à lei, pode definir crimes e cominarpenas sem ofensa ao princípio da legalidade.

III - O superior hierárquico que, após inúmeras investidas, convence subordinado a prestar-lhe favoressexuais pratica o crime de assédio sexual.

IV - A anistia opera ex tunc, apagando o crime e todos os efeitos penais da sentença condenatória,mas não abrange os efeitos civis decorrentes do mesmo fato.

V - A perda do cargo ou função pública constitui efeito automático da condenação para servidor públicopor crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

a) apenas II e III estão corretas;

b) apenas I, III e IV estão corretas;c) apenas I, IV e V estão corretas;

d) apenas I e IV estão corretas;

e) apenas IV e V estão corretas.

22. (MP-GO - Promotor - 2004) Dentre os enunciados abaixo:

I - Face ao princípio da confiança (criação da jurisprudência alemã), fundamental em matéria decirculação de veículos, o participante do tráfego tem o direito de esperar que os demais se comportemigualmente de maneira correta, obedecendo as regras de trânsito.

II - A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir

veículo automotor, tem a duração de seis (6) meses a dois (2) anos.III - Inicia-se a contagem da penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou ahabilitação para dirigir veículo automotor, por efeito de condenação penal, a partir do momento em queo sentenciado esteve recolhido a estabelecimento prisional.

IV - Na fase da investigação, havendo a necessidade para a garantia da ordem pública, a autoridadepolicial poderá decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigirveículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

V - A utilização de veículo sem placas ou com placas falsas pelo condutor ou quando a infração detrânsito tiver sido perpetrada sobre faixa de trânsito destinada a pedestres são circunstânciasirrelevantes no cálculo da pena dos crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 

9.503/1997).

a) todas as alternativas são falsas;b) somente as alternativas III e IV são verdadeiras;

c) as alternativas II, IV e V são verdadeiras;

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d) somente a alternativa I é correta.

23. (MP-PB - Promotor - 2003) À luz das disposições contidas na Lei nº 9.503/97 (Código de TransitoBrasileiro), é correto afirmar que:

a) A proibição de se obter a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta comopenalidade principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades, por período de 02 (dois)

meses a 06 (seis) anos;b) No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço àmetade, se o agente não possuir carteira de habilitação;

c) A multa reparatória a ser paga em favor da vítima, ou seus sucessores, poderá ser fixada em valorsuperior ao prejuízo material resultante do crime, devidamente demonstrado no processo;

d) A utilização de veículo sem placas somente constitui circunstância agravante do delito de trânsitoquando tiver sido propositadamente retirada pelo seu condutor para fins de cometimento de outrosilícitos penais;

e) A condução de veículo automotor em velocidade incompatível com a segurança em logradourosestreitos, gerando perigo de dano, constitui unicamente ilícito administrativo.

(MP-DFT - Promotor - 2002)24. O indivíduo A conduzia seu veículo pela Av. W3 Sul, com excesso de velocidade, e colidiu comuma motocicleta, conduzida pelo indivíduo B, que trafegava regularmente pela via em questão. Dacolisão, saiu lesionado o indivíduo C, que ocupava a garupa da motocicleta. Os condutoressupracitados, bem como as pessoas que passavam pelo local, apesar de poderem fazê-lo, nãoprestaram socorro à vítima. Acerca dessa situação, julgue os itens abaixo.

I. O condutor A responderá pelo crime de lesões corporais em concurso com o delito de omissão desocorro, ambos previstos na Lei n2 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro).

II. O condutor B responderá pelo crime de omissão de socorro tipificado na Lei nº  9.503/1997.

III. As pessoas que passavam pelo local responderão pela omissão de socorro tipificada no art. 135 doCP.

 Assinale a opção correta.

a) apenas o item I está certo;

b) apenas o item II está certo;

c) apenas os itens I e II estão certos;

d) apenas os itens II e III estão certos.

25. O CP, em seu art. 121, § 3.2, tipificou o homicídio culposo, todavia a Lei 9.503/1997, em seu art.302, tipificou a conduta de quem causa homicídio culposo na direção de veículo automotor, inclusivefixando pena mais grave. Considerando os princípios existentes para a solução do conflito aparente denormas, para encontrar a norma aplicável ao condutor que causasse um homicídio culposo de trânsito

no dia de hoje poderia ser utilizado o princípio da:a) Alternatividade;

b) Consunção ou absorção;

c) Subsidiariedade;

d) Especialidade.

26. (MP-SC - Promotor - 2002) Julgue os itens:

I. Para que uma determinada prática criminosa seja considerada "crime organizado", segundo a Lei nº9.034/95, exige-se que seja praticada por quadrilha ou bando.

II. A penalidade de multa reparatória, inserida no ordenamento jurídico através do Código de TrânsitoBrasileiro, consiste no pagamento, em favor da vítima ou seus sucessores, de quantia a serdeterminada na sentença, sempre que houver prejuízo material ou moral resultante do crime.

III. Dificultar o acesso dos consumidores às informações que sobre ele constem em cadastro ou banco

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de dados, apesar de ser uma infração administrativa, não configura um fato típico.

IV. Nos crimes eleitorais cometidos por meio do rádio ou da televisão, aplicam-se as normas da Lei deImprensa (Lei nº 5.250/67), em virtude do princípio da especialidade.

V. A contravenção penal de perturbação do trabalho ou do sossego alheios, prevista no art. 42, doDecreto-Lei nº 3.688/41, é apurada mediante ação penal privada.

a) apenas I e V estão corretos;

b) apenas II e III estão corretos;c) apenas I está correto;

d) apenas III, IV e V estão corretos;

e) apenas II e IV estão corretos.

27. (MP-SP - Promotor - 2001)  O condutor de veículo automotor que na direção do mesmo causalesão corporal culposa ou homicídio culposo e deixa de prestar socorro à vítima do acidente quandopossível fazê-lo sem risco pessoal, responde por lesão corporal culposa ou homicídio culposo, crimesprevistos.

a) No Código de Trânsito Brasileiro, em concurso com a omissão de socorro prevista no Código Penal.

b) No Código de Trânsito Brasileiro, ficando absorvida a omissão de socorro.c) No Código de Trânsito Brasileiro, em concurso com a omissão de socorro prevista no mesmoCódigo.

d) No Código de Trânsito Brasileiro, com pena agravada.

e) No Código Penal, em concurso com a omissão de socorro prevista no Código de Trânsito Brasileiro.

GABARITO OFICIAL e COMENTÁRIOS

01. C

a) Errada, pois não se imporá prisão em flagrante nem se exigirá fiança daquele que prestar imediatoe integral socorro à vítima, nos termos do art. 301 do Código de Trânsito Brasileiro.

b) Errado, diante do que dispõe o parágrafo único do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, comatual redação dada pela Lei nº 11.705/08.

c) Correta, nos termos do parágrafo único do art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro.

d) Errada,  pois se faz necessária a demonstração de causação de perigo de dano, tratando-se decrime de perigo concreto.

e) Errada, pois, nos termos do art. 297, deverá corresponder ao prejuízo efetivamente demonstrado,não admitindo a inclusão de outros valores, como o referente aos danos morais, lucros cessantes etc.