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  • 7/22/2019 ApostilaLeisPenaisEspeciais01 (1)

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    ATENO:Esta apostila uma verso de demonstrao, contendo 82pginas.

    A apostila completa contm 255pginas e est disponvel para download aosusurios assinantes do ACHEI CONCURSOS

    APOSTILA PARA CONCURSOS PBLICOS

    LEGISLAO PENAL ESPECIAL

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    www.acheiconcursos.com.br

    Contedo:

    1. Trfico ilcito e uso indevido de substncias entorpecentes (Lei n 11.343/2006);

    2. Apresentao e uso de documento de identificao pessoal (Lei n 5.553/1968);3. Definio dos crimes de tortura (Lei n 9.455/1997);

    4. Estatuto do desarmamento (Lei n 10.826/2003);

    5. Crimes contra a dignidade sexual ( Lei n 12.015/2009);

    6. Lavagem de dinheiro (Lei n 9.613/1998);

    7. Crimes contra o meio ambiente (Lei n 9.605/1998);

    8. Cdigo de Trnsito Brasileiro;

    9. Priso temporria (Lei n 7.960/1989);

    10. Crime organizado (Lei n 9.034/1995);

    11. Crimes hediondos (Lei n 8.072/1990);12. Estatuto da Criana e do Adolescente (Lei n 8.069/1990);

    13. Abuso de autoridade (Lei n 4.898/1965);

    14. Juizados especiais cveis e criminais (Lei n 9.099/1995).

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    LEI DE DROGAS

    A Lei n 11.343/2006 revogou tanto a Lei n 6.368/1976, que previa os crimes ligados aentorpecentes, quanto a Lei n 10.409/2002, que previa o procedimento para esses crimes.

    Certamente, a alterao mais significativa foi em relao ao delito de porte de drogas paraconsumo pessoal (art. 28 da Lei n 11.343/2006). Na nova disciplina legal, esse delito, de competnciados Juizados Especiais Criminais, no admite nunca a pena de priso, mas apenas as "medidas

    educativas" de advertncia sobre os efeitos das drogas, prestao de servios comunidade e parti-cipao em programa ou curso educativo. Caso o autor no cumpra, voluntariamente essas medidas,a condenao criminal poder impor-lhe, no mximo, a pena de multa. Expressamente, a lei afirmaque o enfoque em relao ao usurio no mais repressivo, e sim o de proporcionar "ateno ereinsero social". H entendimento de que, como o enfoque no mais repressivo e as medidaseducativas so relativas a direitos disponveis, seriam admissveis sucessivas transaes penais paracumprimento das medidas educativas. H entendimento de que, considerando que esse delito nopossui pena de recluso ou deteno, no seria mais um crime, mas uma contraveno penal.Todavia, o STF decidiu que a conduta continua configurando crime (STF, 1. T., RE-QO n 430.105/RJrel. Min. Seplveda Pertence, j. 13/2/2007, DJ 27/4/2007, p. 69, Ementrio v. 2273-04, p. 729).

    A conduta de um usurio ceder droga gratuitamente a outro usurio continua sendo infraopenal de menor potencial ofensivo com pena de priso, sendo admissvel a transao penal sepresentes seus requisitos (art. 33, 3).

    As principais caractersticas do procedimento para os delitos de trfico de drogas e similares soas seguintes:

    1. o prazo do inqurito policial ser de trinta dias para ru preso e de noventa dias para ru solto,admitindo-se duplicao pelo juiz (art. 51 da Lei n 11.343/2006);

    2. caso o ru identifique os co-autores e auxilie na recuperao do produto do crime (delaopremiada), far jus reduo da pena de um a dois teros (art. 41);

    3. possibilidade de infiltrao de agentes policiais mediante autorizao judicial (art. 53, I);

    4. possibilidade de no-atuao policial diante de flagrante delito, mediante autorizao judicial,para maior sucesso das investigaes (art. 53, II);

    5. prazo de dez dias para o Ministrio Pblico oferecer denncia (art. 54), arrolando at cinco

    testemunhas;

    (...)

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    LEI N 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006Atualizada at Outubro/2010

    Institui o Sistema Nacional de Polticas Pblicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas parapreveno do uso indevido, ateno e reinsero social de usurios e dependentes de drogas;estabelece normas para represso produo no autorizada e ao trfico ilcito de drogas; definecrimes e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

    TTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Polticas Pblicas sobre Drogas - Sisnad;prescreve medidas para preveno do uso indevido, ateno e reinsero social de usurios edependentes de drogas; estabelece normas para represso produo no autorizada e ao trficoilcito de drogas e define crimes.

    Pargrafo nico. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substncias ou os produtoscapazes de causar dependncia, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas

    periodicamente pelo Poder Executivo da Unio.Art. 2o Ficam proibidas, em todo o territrio nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a

    colheita e a explorao de vegetais e substratos dos quais possam ser extradas ou produzidasdrogas, ressalvada a hiptese de autorizao legal ou regulamentar, bem como o que estabelece aConveno de Viena, das Naes Unidas, sobre Substncias Psicotrpicas, de 1971, a respeito deplantas de uso estritamente ritualstico-religioso.

    Pargrafo nico. Pode a Unio autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos nocaput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou cientficos, em local e prazopredeterminados, mediante fiscalizao, respeitadas as ressalvas supramencionadas.

    TTULO II

    DO SISTEMA NACIONAL DE POLTICAS PBLICAS SOBRE DROGAS

    Art. 3o O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividadesrelacionadas com:

    I - a preveno do uso indevido, a ateno e a reinsero social de usurios e dependentes dedrogas;

    II - a represso da produo no autorizada e do trfico ilcito de drogas.

    CAPTULO I

    DOS PRINCPIOS E DOS OBJETIVOS

    DO SISTEMA NACIONAL DE POLTICAS PBLICAS SOBRE DROGAS

    Art. 4o So princpios do Sisnad:

    I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto suaautonomia e sua liberdade;

    II - o respeito diversidade e s especificidades populacionais existentes;

    III - a promoo dos valores ticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-oscomo fatores de proteo para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados;

    IV - a promoo de consensos nacionais, de ampla participao social, para o estabelecimentodos fundamentos e estratgias do Sisnad;

    V - a promoo da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo aimportncia da participao social nas atividades do Sisnad;

    VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido dedrogas, com a sua produo no autorizada e o seu trfico ilcito;

    VII - a integrao das estratgias nacionais e internacionais de preveno do uso indevido,ateno e reinsero social de usurios e dependentes de drogas e de represso sua produo noautorizada e ao seu trfico ilcito;

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    VIII - a articulao com os rgos do Ministrio Pblico e dos Poderes Legislativo e Judiciriovisando cooperao mtua nas atividades do Sisnad;

    IX - a adoo de abordagem multidisciplinar que reconhea a interdependncia e a naturezacomplementar das atividades de preveno do uso indevido, ateno e reinsero social de usurios edependentes de drogas, represso da produo no autorizada e do trfico ilcito de drogas;

    X - a observncia do equilbrio entre as atividades de preveno do uso indevido, ateno ereinsero social de usurios e dependentes de drogas e de represso sua produo no autorizada

    e ao seu trfico ilcito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social;XI - a observncia s orientaes e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad.

    Art. 5o O Sisnad tem os seguintes objetivos:

    I - contribuir para a incluso social do cidado, visando a torn-lo menos vulnervel a assumircomportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu trfico ilcito e outros comportamentoscorrelacionados;

    II - promover a construo e a socializao do conhecimento sobre drogas no pas;

    III - promover a integrao entre as polticas de preveno do uso indevido, ateno e reinserosocial de usurios e dependentes de drogas e de represso sua produo no autorizada e ao trficoilcito e as polticas pblicas setoriais dos rgos do Poder Executivo da Unio, Distrito Federal,Estados e Municpios;

    IV - assegurar as condies para a coordenao, a integrao e a articulao das atividades deque trata o art. 3odesta Lei.

    CAPTULO II

    DA COMPOSIO E DA ORGANIZAO

    DO SISTEMA NACIONAL DE POLTICAS PBLICAS SOBRE DROGAS

    Art. 6o (VETADO)

    Art. 7o A organizao do Sisnad assegura a orientao central e a execuo descentralizada dasatividades realizadas em seu mbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constituimatria definida no regulamento desta Lei.

    Art. 8

    o

    (VETADO) CAPTULO III

    (VETADO)

    Arts. 9o a 14 (VETADOS)

    CAPTULO IV

    DA COLETA, ANLISE E DISSEMINAO DE INFORMAES

    SOBRE DROGAS

    Art. 15. (VETADO)

    Art. 16. As instituies com atuao nas reas da ateno sade e da assistncia social queatendam usurios ou dependentes de drogas devem comunicar ao rgo competente do respectivo

    sistema municipal de sade os casos atendidos e os bitos ocorridos, preservando a identidade daspessoas, conforme orientaes emanadas da Unio.

    Art. 17. Os dados estatsticos nacionais de represso ao trfico ilcito de drogas integrarosistema de informaes do Poder Executivo.

    TTULO III

    DAS ATIVIDADES DE PREVENO DO USO INDEVIDO, ATENO E

    REINSERO SOCIAL DE USURIOS E DEPENDENTES DE DROGAS

    CAPTULO I

    DA PREVENO

    Art. 18. Constituem atividades de preveno do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei,

    aquelas direcionadas para a reduo dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoo e ofortalecimento dos fatores de proteo.

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    Art. 19. As atividades de preveno do uso indevido de drogas devem observar os seguintesprincpios e diretrizes:

    I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferncia na qualidade de vidado indivduo e na sua relao com a comunidade qual pertence;

    II - a adoo de conceitos objetivos e de fundamentao cientfica como forma de orientar asaes dos servios pblicos comunitrios e privados e de evitar preconceitos e estigmatizao daspessoas e dos servios que as atendam;

    III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relao ao uso indevidode drogas;

    IV - o compartilhamento de responsabilidades e a colaborao mtua com as instituies do setorprivado e com os diversos segmentos sociais, incluindo usurios e dependentes de drogas erespectivos familiares, por meio do estabelecimento de parcerias;

    V - a adoo de estratgias preventivas diferenciadas e adequadas s especificidadessocioculturais das diversas populaes, bem como das diferentes drogas utilizadas;

    VI - o reconhecimento do no-uso, do retardamento do uso e da reduo de riscos comoresultados desejveis das atividades de natureza preventiva, quando da definio dos objetivos aserem alcanados;

    VII - o tratamento especial dirigido s parcelas mais vulnerveis da populao, levando emconsiderao as suas necessidades especficas;

    VIII - a articulao entre os servios e organizaes que atuam em atividades de preveno douso indevido de drogas e a rede de ateno a usurios e dependentes de drogas e respectivosfamiliares;

    IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais, artsticas, profissionais, entre outras,como forma de incluso social e de melhoria da qualidade de vida;

    X - o estabelecimento de polticas de formao continuada na rea da preveno do uso indevidode drogas para profissionais de educao nos 3 (trs) nveis de ensino;

    XI - a implantao de projetos pedaggicos de preveno do uso indevido de drogas, nasinstituies de ensino pblico e privado, alinhados s Diretrizes Curriculares Nacionais e aosconhecimentos relacionados a drogas;

    XII - a observncia das orientaes e normas emanadas do Conad;

    XIII - o alinhamento s diretrizes dos rgos de controle social de polticas setoriais especficas.

    Pargrafo nico. As atividades de preveno do uso indevido de drogas dirigidas criana e aoadolescente devero estar em consonncia com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dosDireitos da Criana e do Adolescente - Conanda.

    CAPTULO II

    DAS ATIVIDADES DE ATENO E DE REINSERO SOCIAL

    DE USURIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS

    Art. 20. Constituem atividades de ateno ao usurio e dependente de drogas e respectivosfamiliares, para efeito desta Lei, aquelas que visem melhoria da qualidade de vida e reduo dosriscos e dos danos associados ao uso de drogas.

    Art. 21. Constituem atividades de reinsero social do usurio ou do dependente de drogas erespectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integrao ou reintegraoem redes sociais.

    Art. 22. As atividades de ateno e as de reinsero social do usurio e do dependente dedrogas e respectivos familiares devem observar os seguintes princpios e diretrizes:

    I - respeito ao usurio e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condies,observados os direitos fundamentais da pessoa humana, os princpios e diretrizes do Sistema nicode Sade e da Poltica Nacional de Assistncia Social;

    II - a adoo de estratgias diferenciadas de ateno e reinsero social do usurio e dodependente de drogas e respectivos familiares que considerem as suas peculiaridades socioculturais;

    III - definio de projeto teraputico individualizado, orientado para a incluso social e para areduo de riscos e de danos sociais e sade;

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    IV - ateno ao usurio ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre quepossvel, de forma multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;

    V - observncia das orientaes e normas emanadas do Conad;

    VI - o alinhamento s diretrizes dos rgos de controle social de polticas setoriais especficas.

    Art. 23. As redes dos servios de sade da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dosMunicpios desenvolvero programas de ateno ao usurio e ao dependente de drogas, respeitadas

    as diretrizes do Ministrio da Sade e os princpios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatria apreviso oramentria adequada.

    Art. 24. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero conceder benefcios sinstituies privadas que desenvolverem programas de reinsero no mercado de trabalho, do usurioe do dependente de drogas encaminhados por rgo oficial.

    Art. 25. As instituies da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuao nas reas da ateno sade e da assistncia social, que atendam usurios ou dependentes de drogas podero receberrecursos do Funad, condicionados sua disponibilidade oramentria e financeira.

    Art. 26. O usurio e o dependente de drogas que, em razo da prtica de infrao penal,estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurana, tmgarantidos os servios de ateno sua sade, definidos pelo respectivo sistema penitencirio.

    CAPTULO III

    DOS CRIMES E DAS PENAS

    Art. 27. As penas previstas neste Captulo podero ser aplicadas isolada ou cumulativamente,bem como substitudas a qualquer tempo, ouvidos o Ministrio Pblico e o defensor.

    Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depsito, transportar ou trouxer consigo, para consumopessoal, drogas sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar sersubmetido s seguintes penas:

    I - advertncia sobre os efeitos das drogas;

    II - prestao de servios comunidade;

    III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

    1

    o

    s mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva oucolhe plantas destinadas preparao de pequena quantidade de substncia ou produto capaz decausar dependncia fsica ou psquica.

    2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atender natureza e quantidade da substncia apreendida, ao local e s condies em que se desenvolveu a ao, scircunstncias sociais e pessoais, bem como conduta e aos antecedentes do agente.

    3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo sero aplicadas pelo prazomximo de 5 (cinco) meses.

    4o Em caso de reincidncia, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo seroaplicadas pelo prazo mximo de 10 (dez) meses.

    5o A prestao de servios comunidade ser cumprida em programas comunitrios,entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congneres, pblicos ou privadossem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da preveno do consumo ou da recuperaode usurios e dependentes de drogas.

    6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisosI, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poder o juiz submet-lo, sucessivamente a:

    I - admoestao verbal;

    II - multa.

    7o O juiz determinar ao Poder Pblico que coloque disposio do infrator, gratuitamente,estabelecimento de sade, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

    Art. 29. Na imposio da medida educativa a que se refere o inciso II do 6odo art. 28, o juiz,atendendo reprovabilidade da conduta, fixar o nmero de dias-multa, em quantidade nunca inferior

    a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidadeeconmica do agente, o valor de um trinta avos at 3 (trs) vezes o valor do maior salrio mnimo.

    Pargrafo nico. Os valores decorrentes da imposio da multa a que se refere o 6odo art. 28sero creditados conta do Fundo Nacional Antidrogas.

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    Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposio e a execuo das penas, observado, notocante interrupo do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Cdigo Penal.

    TTULO IV

    DA REPRESSO PRODUO NO AUTORIZADA

    E AO TRFICO ILCITO DE DROGAS

    CAPTULO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 31. indispensvel a licena prvia da autoridade competente para produzir, extrair,fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depsito, importar, exportar, reexportar, remeter,transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas oumatria-prima destinada sua preparao, observadas as demais exigncias legais.

    Art. 32. As plantaes ilcitas sero imediatamente destrudas pelas autoridades de polciajudiciria, que recolhero quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto delevantamento das condies encontradas, com a delimitao do local, asseguradas as medidasnecessrias para a preservao da prova.

    1o A destruio de drogas far-se- por incinerao, no prazo mximo de 30 (trinta) dias,guardando-se as amostras necessrias preservao da prova.

    2o A incinerao prevista no 1odeste artigo ser precedida de autorizao judicial, ouvido oMinistrio Pblico, e executada pela autoridade de polcia judiciria competente, na presena derepresentante do Ministrio Pblico e da autoridade sanitria competente, mediante autocircunstanciado e aps a percia realizada no local da incinerao.

    3o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantao, observar-se-, alm dascautelas necessrias proteo ao meio ambiente, o disposto no Decreto no2.661, de 8 de julho de1998, no que couber, dispensada a autorizao prvia do rgo prprio do Sistema Nacional do MeioAmbiente - Sisnama.

    4o As glebas cultivadas com plantaes ilcitas sero expropriadas, conforme o disposto no art.243 da Constituio Federal, de acordo com a legislao em vigor.

    CAPTULO II

    DOS CRIMESArt. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor venda,

    oferecer, ter em depsito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar aconsumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorizao ou em desacordo comdeterminao legal ou regulamentar:

    Pena - recluso de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil equinhentos) dias-multa.

    1o Nas mesmas penas incorre quem:

    I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expe venda, oferece, fornece, temem depsito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorizao ou emdesacordo com determinao legal ou regulamentar, matria-prima, insumo ou produto qumico

    destinado preparao de drogas;II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorizao ou em desacordo com determinao legalou regulamentar, de plantas que se constituam em matria-prima para a preparao de drogas;

    III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administrao,guarda ou vigilncia, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorizaoou em desacordo com determinao legal ou regulamentar, para o trfico ilcito de drogas.

    2o Induzir, instigar ou auxiliar algum ao uso indevido de droga:

    Pena - deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

    3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,para juntos a consumirem:

    Pena - deteno, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil

    e quinhentos) dias-multa, sem prejuzo das penas previstas no art. 28. 4o Nos delitos definidos no caput e no 1odeste artigo, as penas podero ser reduzidas de um

    sexto a dois teros, vedada a converso em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja

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    primrio, de bons antecedentes, no se dedique s atividades criminosas nem integre organizaocriminosa.

    Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquerttulo, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinrio, aparelho, instrumento ouqualquer objeto destinado fabricao, preparao, produo ou transformao de drogas, semautorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar:

    Pena - recluso, de 3 (trs) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois

    mil) dias-multa.Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou no,

    qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1o, e 34 desta Lei:

    Pena - recluso, de 3 (trs) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil eduzentos) dias-multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para aprtica reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.

    Art. 36. Financiar ou custear a prtica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1o, e 34 desta Lei:

    Pena - recluso, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000(quatro mil) dias-multa.

    Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organizao ou associao destinados prticade qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1 o, e 34 desta Lei:

    Pena - recluso, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)dias-multa.

    Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, oufaz-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar:

    Pena - deteno, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 200(duzentos) dias-multa.

    Pargrafo nico. O juiz comunicar a condenao ao Conselho Federal da categoria profissionala que pertena o agente.

    Art. 39. Conduzir embarcao ou aeronave aps o consumo de drogas, expondo a danopotencial a incolumidade de outrem:

    Pena - deteno, de 6 (seis) meses a 3 (trs) anos, alm da apreenso do veculo, cassao dahabilitao respectiva ou proibio de obt-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdadeaplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.

    Pargrafo nico. As penas de priso e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serode 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veculoreferido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.

    Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei so aumentadas de um sexto a doisteros, se:

    I - a natureza, a procedncia da substncia ou do produto apreendido e as circunstncias do fato

    evidenciarem a transnacionalidade do delito;II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de funo pblica ou no desempenho de misso de

    educao, poder familiar, guarda ou vigilncia;

    III - a infrao tiver sido cometida nas dependncias ou imediaes de estabelecimentosprisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetculosou diverses de qualquer natureza, de servios de tratamento de dependentes de drogas ou dereinsero social, de unidades militares ou policiais ou em transportes pblicos;

    IV - o crime tiver sido praticado com violncia, grave ameaa, emprego de arma de fogo, ouqualquer processo de intimidao difusa ou coletiva;

    V - caracterizado o trfico entre Estados da Federao ou entre estes e o Distrito Federal;

    VI - sua prtica envolver ou visar a atingir criana ou adolescente ou a quem tenha, por qualquermotivo, diminuda ou suprimida a capacidade de entendimento e determinao;

    VII - o agente financiar ou custear a prtica do crime.

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    Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigao policial e oprocesso criminal na identificao dos demais co-autores ou partcipes do crime e na recuperao totalou parcial do produto do crime, no caso de condenao, ter pena reduzida de um tero a dois teros.

    Art. 42. O juiz, na fixao das penas, considerar, com preponderncia sobre o previsto no art.59 do Cdigo Penal, a natureza e a quantidade da substncia ou do produto, a personalidade e aconduta social do agente.

    Art. 43. Na fixao da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que

    dispe o art. 42 desta Lei, determinar o nmero de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo ascondies econmicas dos acusados, valor no inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco)vezes o maior salrio-mnimo.

    Pargrafo nico. As multas, que em caso de concurso de crimes sero impostas semprecumulativamente, podem ser aumentadas at o dcuplo se, em virtude da situao econmica doacusado, consider-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no mximo.

    Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e 1o, e 34 a 37 desta Lei so inafianveis einsuscetveis de sursis, graa, indulto, anistia e liberdade provisria, vedada a converso de suaspenas em restritivas de direitos.

    Pargrafo nico. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se- o livramento condicionalaps o cumprimento de dois teros da pena, vedada sua concesso ao reincidente especfico.

    Art. 45. isento de pena o agente que, em razo da dependncia, ou sob o efeito, provenientede caso fortuito ou fora maior, de droga, era, ao tempo da ao ou da omisso, qualquer que tenhasido a infrao penal praticada, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou dedeterminar-se de acordo com esse entendimento.

    Pargrafo nico. Quando absolver o agente, reconhecendo, por fora pericial, que esteapresentava, poca do fato previsto neste artigo, as condies referidas no caput deste artigo,poder determinar o juiz, na sentena, o seu encaminhamento para tratamento mdico adequado.

    Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um tero a dois teros se, por fora das circunstnciasprevistas no art. 45 desta Lei, o agente no possua, ao tempo da ao ou da omisso, a plenacapacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento.

    Art. 47. Na sentena condenatria, o juiz, com base em avaliao que ateste a necessidade deencaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de sade com competnciaespecfica na forma da lei, determinar que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei.

    CAPTULO III

    DO PROCEDIMENTO PENAL

    Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Ttulo rege-se pelodisposto neste Captulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposies do Cdigo de Processo Penale da Lei de Execuo Penal.

    1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concursocom os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, ser processado e julgado na forma dos arts. 60 eseguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispe sobre os Juizados EspeciaisCriminais.

    2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, no se impor priso em flagrante,devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juzo competente ou, na falta deste,assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-seas requisies dos exames e percias necessrios.

    3o Se ausente a autoridade judicial, as providncias previstas no 2o deste artigo serotomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a deteno doagente.

    4o Concludos os procedimentos de que trata o 2odeste artigo, o agente ser submetido aexame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polcia judiciria entender conveniente,e em seguida liberado.

    5o Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no9.099, de 1995, que dispe sobre os Juizados

    Especiais Criminais, o Ministrio Pblico poder propor a aplicao imediata de pena prevista no art.28 desta Lei, a ser especificada na proposta.

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    Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz,sempre que as circunstncias o recomendem, empregar os instrumentos protetivos de colaboradorese testemunhas previstos na Lei no9.807, de 13 de julho de 1999.

    Seo I

    Da Investigao

    Art. 50. Ocorrendo priso em flagrante, a autoridade de polcia judiciria far, imediatamente,

    comunicao ao juiz competente, remetendo-lhe cpia do auto lavrado, do qual ser dada vista aorgo do Ministrio Pblico, em 24 (vinte e quatro) horas.

    1o Para efeito da lavratura do auto de priso em flagrante e estabelecimento da materialidadedo delito, suficiente o laudo de constatao da natureza e quantidade da droga, firmado por peritooficial ou, na falta deste, por pessoa idnea.

    2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o 1odeste artigo no ficar impedido departicipar da elaborao do laudo definitivo.

    Art. 51. O inqurito policial ser concludo no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiverpreso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

    Pargrafo nico. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido oMinistrio Pblico, mediante pedido justificado da autoridade de polcia judiciria.

    Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polcia judiciria,remetendo os autos do inqurito ao juzo:

    I - relatar sumariamente as circunstncias do fato, justificando as razes que a levaram classificao do delito, indicando a quantidade e natureza da substncia ou do produto apreendido, olocal e as condies em que se desenvolveu a ao criminosa, as circunstncias da priso, a conduta,a qualificao e os antecedentes do agente; ou

    II - requerer sua devoluo para a realizao de diligncias necessrias.

    Pargrafo nico. A remessa dos autos far-se- sem prejuzo de diligncias complementares:

    I - necessrias ou teis plena elucidao do fato, cujo resultado dever ser encaminhado aojuzo competente at 3 (trs) dias antes da audincia de instruo e julgamento;

    II - necessrias ou teis indicao dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou

    que figurem em seu nome, cujo resultado dever ser encaminhado ao juzo competente at 3 (trs)dias antes da audincia de instruo e julgamento.

    Art. 53. Em qualquer fase da persecuo criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, sopermitidos, alm dos previstos em lei, mediante autorizao judicial e ouvido o Ministrio Pblico, osseguintes procedimentos investigatrios:

    I - a infiltrao por agentes de polcia, em tarefas de investigao, constituda pelos rgosespecializados pertinentes;

    II - a no-atuao policial sobre os portadores de drogas, seus precursores qumicos ou outrosprodutos utilizados em sua produo, que se encontrem no territrio brasileiro, com a finalidade deidentificar e responsabilizar maior nmero de integrantes de operaes de trfico e distribuio, semprejuzo da ao penal cabvel.

    Pargrafo nico. Na hiptese do inciso II deste artigo, a autorizao ser concedida desde quesejam conhecidos o itinerrio provvel e a identificao dos agentes do delito ou de colaboradores.

    Seo II

    Da Instruo Criminal

    Art. 54. Recebidos em juzo os autos do inqurito policial, de Comisso Parlamentar de Inquritoou peas de informao, dar-se- vista ao Ministrio Pblico para, no prazo de 10 (dez) dias, adotaruma das seguintes providncias:

    I - requerer o arquivamento;

    II - requisitar as diligncias que entender necessrias;

    III - oferecer denncia, arrolar at 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que

    entender pertinentes.Art. 55. Oferecida a denncia, o juiz ordenar a notificao do acusado para oferecer defesa

    prvia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

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    1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e excees, o acusado poder arguirpreliminares e invocar todas as razes de defesa, oferecer documentos e justificaes, especificar asprovas que pretende produzir e, at o nmero de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

    2o As excees sero processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Leino3.689, de 3 de outubro de 1941 - Cdigo de Processo Penal.

    3o Se a resposta no for apresentada no prazo, o juiz nomear defensor para oferec-la em 10(dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeao.

    4o Apresentada a defesa, o juiz decidir em 5 (cinco) dias.

    5o Se entender imprescindvel, o juiz, no prazo mximo de 10 (dez) dias, determinar aapresentao do preso, realizao de diligncias, exames e percias.

    Art. 56. Recebida a denncia, o juiz designar dia e hora para a audincia de instruo ejulgamento, ordenar a citao pessoal do acusado, a intimao do Ministrio Pblico, do assistente,se for o caso, e requisitar os laudos periciais.

    1o Tratando-se de condutas tipificadas como infrao do disposto nos arts. 33, caput e 1o, e34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denncia, poder decretar o afastamento cautelar dodenunciado de suas atividades, se for funcionrio pblico, comunicando ao rgo respectivo.

    2o A audincia a que se refere o caput deste artigo ser realizada dentro dos 30 (trinta) diasseguintes ao recebimento da denncia, salvo se determinada a realizao de avaliao para atestardependncia de drogas, quando se realizar em 90 (noventa) dias.

    Art. 57. Na audincia de instruo e julgamento, aps o interrogatrio do acusado e a inquiriodas testemunhas, ser dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministrio Pblico e aodefensor do acusado, para sustentao oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,prorrogvel por mais 10 (dez), a critrio do juiz.

    Pargrafo nico. Aps proceder ao interrogatrio, o juiz indagar das partes se restou algum fatopara ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.

    Art. 58. Encerrados os debates, proferir o juiz sentena de imediato, ou o far em 10 (dez) dias,ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

    1o Ao proferir sentena, o juiz, no tendo havido controvrsia, no curso do processo, sobre anatureza ou quantidade da substncia ou do produto, ou sobre a regularidade do respectivo laudo,

    determinar que se proceda na forma do art. 32, 1o, desta Lei, preservando-se, para eventualcontraprova, a frao que fixar.

    2o Igual procedimento poder adotar o juiz, em deciso motivada e, ouvido o Ministrio Pblico,quando a quantidade ou valor da substncia ou do produto o indicar, precedendo a medida aelaborao e juntada aos autos do laudo toxicolgico.

    Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1o, e 34 a 37 desta Lei, o ru no poderapelar sem recolher-se priso, salvo se for primrio e de bons antecedentes, assim reconhecido nasentena condenatria.

    CAPTULO IV

    DA APREENSO, ARRECADAO E DESTINAO DE BENS DO ACUSADO

    Art. 60. O juiz, de ofcio, a requerimento do Ministrio Pblico ou mediante representao daautoridade de polcia judiciria, ouvido o Ministrio Pblico, havendo indcios suficientes, poderdecretar, no curso do inqurito ou da ao penal, a apreenso e outras medidas assecuratriasrelacionadas aos bens mveis e imveis ou valores consistentes em produtos dos crimes previstosnesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua prtica, procedendo-se na forma dos arts. 125a 144 do Decreto-Lei no3.689, de 3 de outubro de 1941 - Cdigo de Processo Penal.

    1o Decretadas quaisquer das medidas previstas neste artigo, o juiz facultar ao acusado que,no prazo de 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produo de provas acerca da origem lcita doproduto, bem ou valor objeto da deciso.

    2o Provada a origem lcita do produto, bem ou valor, o juiz decidir pela sua liberao.

    3o Nenhum pedido de restituio ser conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado,podendo o juiz determinar a prtica de atos necessrios conservao de bens, direitos ou valores.

    4o A ordem de apreenso ou sequestro de bens, direitos ou valores poder ser suspensa pelojuiz, ouvido o Ministrio Pblico, quando a sua execuo imediata possa comprometer asinvestigaes.

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    Art. 61. No havendo prejuzo para a produo da prova dos fatos e comprovado o interessepblico ou social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante autorizao do juzocompetente, ouvido o Ministrio Pblico e cientificada a Senad, os bens apreendidos podero serutilizados pelos rgos ou pelas entidades que atuam na preveno do uso indevido, na ateno ereinsero social de usurios e dependentes de drogas e na represso produo no autorizada eao trfico ilcito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.

    Pargrafo nico. Recaindo a autorizao sobre veculos, embarcaes ou aeronaves, o juiz

    ordenar autoridade de trnsito ou ao equivalente rgo de registro e controle a expedio decertificado provisrio de registro e licenciamento, em favor da instituio qual tenha deferido o uso,ficando esta livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, at o trnsito em julgado dadeciso que decretar o seu perdimento em favor da Unio.

    Art. 62. Os veculos, embarcaes, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, osmaquinrios, utenslios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prtica doscrimes definidos nesta Lei, aps a sua regular apreenso, ficaro sob custdia da autoridade de polciajudiciria, excetuadas as armas, que sero recolhidas na forma de legislao especfica.

    1o Comprovado o interesse pblico na utilizao de qualquer dos bens mencionados nesteartigo, a autoridade de polcia judiciria poder deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com oobjetivo de sua conservao, mediante autorizao judicial, ouvido o Ministrio Pblico.

    2o Feita a apreenso a que se refere o caput deste artigo, e tendo recado sobre dinheiro ou

    cheques emitidos como ordem de pagamento, a autoridade de polcia judiciria que presidir o inquritodever, de imediato, requerer ao juzo competente a intimao do Ministrio Pblico.

    3o Intimado, o Ministrio Pblico dever requerer ao juzo, em carter cautelar, a converso donumerrio apreendido em moeda nacional, se for o caso, a compensao dos cheques emitidos apsa instruo do inqurito, com cpias autnticas dos respectivos ttulos, e o depsito dascorrespondentes quantias em conta judicial, juntando-se aos autos o recibo.

    4o Aps a instaurao da competente ao penal, o Ministrio Pblico, mediante petioautnoma, requerer ao juzo competente que, em carter cautelar, proceda alienao dos bensapreendidos, excetuados aqueles que a Unio, por intermdio da Senad, indicar para serem colocadossob uso e custdia da autoridade de polcia judiciria, de rgos de inteligncia ou militares, envolvidosnas aes de preveno ao uso indevido de drogas e operaes de represso produo noautorizada e ao trfico ilcito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.

    5o Excludos os bens que se houver indicado para os fins previstos no 4o deste artigo, orequerimento de alienao dever conter a relao de todos os demais bens apreendidos, com adescrio e a especificao de cada um deles, e informaes sobre quem os tem sob custdia e olocal onde se encontram.

    6o Requerida a alienao dos bens, a respectiva petio ser autuada em apartado, cujosautos tero tramitao autnoma em relao aos da ao penal principal.

    7o Autuado o requerimento de alienao, os autos sero conclusos ao juiz, que, verificada apresena de nexo de instrumentalidade entre o delito e os objetos utilizados para a sua prtica e riscode perda de valor econmico pelo decurso do tempo, determinar a avaliao dos bens relacionados,cientificar a Senad e intimar a Unio, o Ministrio Pblico e o interessado, este, se for o caso, poredital com prazo de 5 (cinco) dias.

    8o

    Feita a avaliao e dirimidas eventuais divergncias sobre o respectivo laudo, o juiz, porsentena, homologar o valor atribudo aos bens e determinar sejam alienados em leilo.

    9o Realizado o leilo, permanecer depositada em conta judicial a quantia apurada, at o finalda ao penal respectiva, quando ser transferida ao Funad, juntamente com os valores de que trata o 3odeste artigo.

    10. Tero apenas efeito devolutivo os recursos interpostos contra as decises proferidas nocurso do procedimento previsto neste artigo.

    11. Quanto aos bens indicados na forma do 4o deste artigo, recaindo a autorizao sobreveculos, embarcaes ou aeronaves, o juiz ordenar autoridade de trnsito ou ao equivalente rgode registro e controle a expedio de certificado provisrio de registro e licenciamento, em favor daautoridade de polcia judiciria ou rgo aos quais tenha deferido o uso, ficando estes livres dopagamento de multas, encargos e tributos anteriores, at o trnsito em julgado da deciso que

    decretar o seu perdimento em favor da Unio.Art. 63. Ao proferir a sentena de mrito, o juiz decidir sobre o perdimento do produto, bem ou

    valor apreendido, sequestrado ou declarado indisponvel.

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    1o Os valores apreendidos em decorrncia dos crimes tipificados nesta Lei e que no foremobjeto de tutela cautelar, aps decretado o seu perdimento em favor da Unio, sero revertidosdiretamente ao Funad.

    2o Compete Senad a alienao dos bens apreendidos e no leiloados em carter cautelar,cujo perdimento j tenha sido decretado em favor da Unio.

    3o A Senad poder firmar convnios de cooperao, a fim de dar imediato cumprimento aoestabelecido no 2odeste artigo.

    4o Transitada em julgado a sentena condenatria, o juiz do processo, de ofcio ou arequerimento do Ministrio Pblico, remeter Senad relao dos bens, direitos e valores declaradosperdidos em favor da Unio, indicando, quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade ouo rgo em cujo poder estejam, para os fins de sua destinao nos termos da legislao vigente.

    Art. 64. A Unio, por intermdio da Senad, poder firmar convnio com os Estados, com oDistrito Federal e com organismos orientados para a preveno do uso indevido de drogas, a atenoe a reinsero social de usurios ou dependentes e a atuao na represso produo no autorizadae ao trfico ilcito de drogas, com vistas na liberao de equipamentos e de recursos por elaarrecadados, para a implantao e execuo de programas relacionados questo das drogas.

    TTULO V

    DA COOPERAO INTERNACIONAL

    Art. 65. De conformidade com os princpios da no-interveno em assuntos internos, daigualdade jurdica e do respeito integridade territorial dos Estados e s leis e aos regulamentosnacionais em vigor, e observado o esprito das Convenes das Naes Unidas e outrosinstrumentos jurdicos internacionais relacionados questo das drogas, de que o Brasil parte, ogoverno brasileiro prestar, quando solicitado, cooperao a outros pases e organismos internacionaise, quando necessrio, deles solicitar a colaborao, nas reas de:

    I - intercmbio de informaes sobre legislaes, experincias, projetos e programas voltadospara atividades de preveno do uso indevido, de ateno e de reinsero social de usurios edependentes de drogas;

    II - intercmbio de inteligncia policial sobre produo e trfico de drogas e delitos conexos, emespecial o trfico de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores qumicos;

    III - intercmbio de informaes policiais e judiciais sobre produtores e traficantes de drogas eseus precursores qumicos.

    TTULO VI

    DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 66. Para fins do disposto no pargrafo nico do art. 1odesta Lei, at que seja atualizada aterminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substncias entorpecentes,psicotrpicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no344, de 12 de maiode 1998.

    Art. 67. A liberao dos recursos previstos na Lei no 7.560, de 19 de dezembro de 1986, emfavor de Estados e do Distrito Federal, depender de sua adeso e respeito s diretrizes bsicascontidas nos convnios firmados e do fornecimento de dados necessrios atualizao do sistema

    previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas polcias judicirias.Art. 68. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero criar estmulos fiscais e

    outros, destinados s pessoas fsicas e jurdicas que colaborem na preveno do uso indevido dedrogas, ateno e reinsero social de usurios e dependentes e na represso da produo noautorizada e do trfico ilcito de drogas.

    Art. 69. No caso de falncia ou liquidao extrajudicial de empresas ou estabelecimentoshospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congneres, assim como nos servios de sade queproduzirem, venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou fornecerem drogas ou de qualqueroutro em que existam essas substncias ou produtos, incumbe ao juzo perante o qual tramite o feito:

    I - determinar, imediatamente cincia da falncia ou liquidao, sejam lacradas suasinstalaes;

    II - ordenar autoridade sanitria competente a urgente adoo das medidas necessrias aorecebimento e guarda, em depsito, das drogas arrecadadas;

    III - dar cincia ao rgo do Ministrio Pblico, para acompanhar o feito.

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    1o Da licitao para alienao de substncias ou produtos no proscritos referidos no inciso IIdo caput deste artigo, s podem participar pessoas jurdicas regularmente habilitadas na rea desade ou de pesquisa cientfica que comprovem a destinao lcita a ser dada ao produto a serarrematado.

    2o Ressalvada a hiptese de que trata o 3odeste artigo, o produto no arrematado ser, atocontnuo hasta pblica, destrudo pela autoridade sanitria, na presena dos Conselhos Estaduaissobre Drogas e do Ministrio Pblico.

    3o Figurando entre o praceado e no arrematadas especialidades farmacuticas em condiesde emprego teraputico, ficaro elas depositadas sob a guarda do Ministrio da Sade, que asdestinar rede pblica de sade.

    Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, secaracterizado ilcito transnacional, so da competncia da Justia Federal.

    Pargrafo nico. Os crimes praticados nos Municpios que no sejam sede de vara federal seroprocessados e julgados na vara federal da circunscrio respectiva.

    Art. 71. (VETADO)

    Art. 72. Sempre que conveniente ou necessrio, o juiz, de ofcio, mediante representao daautoridade de polcia judiciria, ou a requerimento do Ministrio Pblico, determinar que se proceda,nos limites de sua jurisdio e na forma prevista no 1 odo art. 32 desta Lei, destruio de drogas

    em processos j encerrados.Art. 73. A Unio poder estabelecer convnios com os Estados e o com o Distrito Federal,

    visando preveno e represso do trfico ilcito e do uso indevido de drogas, e com os Municpios,com o objetivo de prevenir o uso indevido delas e de possibilitar a ateno e reinsero social deusurios e dependentes de drogas.

    Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias aps a sua publicao.

    Art. 75. Revogam-se a Lei no 6.368, de 21 de outubro de 1976, e a Lei no 10.409, de 11 dejaneiro de 2002.

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    LEI DE DROGAS - QUESTES DE CONCURSOS

    01. (POLCIA CIVIL - RN, Cespe - Escrivo - 2009) Acerca das disposies da Lei n 11.343/2006,que estabelece normas para represso produo no autorizada e ao trfico ilcito de drogas,assinale a opo correta.

    a) Na hiptese de trfico internacional praticado em municpio do territrio nacional que no seja sede

    de vara da justia federal, a competncia para julgamento ser da justia comum estadual.b) A vedao expressa pela referida lei do benefcio da liberdade provisria na hiptese de crimes detrfico ilcito de entorpecentes , por si s, motivo suficiente para impedir a concesso dessa benesseao ru preso em flagrante.

    c) Essa lei trouxe nova previso de concurso eventual de agentes como causa de aumento de pena,razo pela qual no ilegal a condenao do ru pelo delito de trfico com a pena acrescida dessamajorante.

    d) A norma extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas para consumo pessoal,recomendando apenas o encaminhamento do usurio para programas de tratamento de sade.

    e) Ter a pena reduzida de um a dois teros o agente que, em razo da dependncia de droga, era, aotempo da ao ou da omisso, qualquer que tenha sido a infrao penal praticada, inteiramenteincapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

    (TJ-PA, FGV - Juiz - 2007)

    02. A respeito da Lei 11.343/2006, assinale a afirmativa incorreta.

    a) Prev a reduo de pena de um sexto a um tero para os crimes definidos no caput e no pargrafoprimeiro do art. 33, quando o agente for primrio, de bons antecedentes e no se dedique satividades criminosas nem integre organizao criminosa.

    b) Tipifica em separado, no art. 37, a conduta de quem colabora, como informante, com grupocriminoso destinado ao trfico de drogas (art. 33).

    c) Prev o aumento de pena de um sexto a dois teros para o crime de trfico (art. 33) quando oagente financiar a prtica do crime.

    d) Criminaliza a conduta de quem conduz aeronave aps o consumo de drogas, expondo a danopotencial a incolumidade alheia no art. 39.

    e) Permite que o condenado por trfico de drogas (art. 33) obtenha livramento condicional aps ocumprimento de dois teros da pena, se no for reincidente especfico.

    03. Oferecida denncia em face do acusado, pela prtica do crime de expor venda drogas (artigo 33da Lei 11.343/06), caber ao juiz:

    a) designar audincia de instruo e julgamento, mandar citar o ru e notificar o Ministrio Pblico e astestemunhas.

    b) examinar se h justa causa para a ao penal e em seguida receber a denncia.

    c) designar audincia do acusado e, aps o interrogatrio, receber a denncia caso constate que hjusta causa para a ao penal.

    d) rejeitar desde logo a denncia, pois se aplica aqui o procedimento da Lei 9.099/95.

    e) ordenar a notificao do acusado para oferecer defesa prvia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

    04. (OAB-MG - Exame de Ordem - 2007) Pela Lei n 11.343/2006, que estabelece normas pararepresso produo no autorizada e ao trfico ilcito de drogas, correto afirmar que:

    a) Quem tiver em depsito, para consumo pessoal, drogas sem autorizao ou em desacordo comdeterminao legal ou regulamentar ser submetido pena privativa de liberdade.

    b) Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal ou ao trfico, o juiz est adstrito ao

    aspecto quantidade da substncia apreendida.c) Reconhecendo a causa especial de diminuio de pena, se o agente do trfico for primrio, de bonsantecedentes, no se dedicar s atividades criminosas nem integrar o crime organizado, poder o juizsubstituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

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    d) O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigao policial e o processocriminal na identificao dos demais co-autores ou partcipes do crime ser beneficiado por causaespecial de diminuio de pena.

    05. (POLCIA CIVIL - MG - Delegado - 2007)Assinale a opo INCORRETA:

    a) Em qualquer fase da persecuo criminal, relativa aos crimes previstos na lei 11.343/06, permitida

    a no atuao policial sobre os portadores de droga, seus precursores qumicos ou outros produtosutilizados em sua produo, que se encontrem no territrio brasileiro e estrangeiro, com a finalidade deidentificar e responsabilizar maior nmero de integrantes de operaes de trfico e distribuio,dependendo de autorizao judicial, ouvido o Ministrio Pblico, e desde que sejam conhecidos oitinerrio e a identificao dos agentes ou de colaboradores.

    b) A lei 9.034/95, chamada de Lei do Crime Organizado, em qualquer fase de persecuo criminal,permite a ao controlada, que consiste em retardar a interdio policial do que se supe aopraticada por organizaes criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observao eacompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista daformao de provas e fornecimento de informaes.

    c) Em qualquer fase da persecuo criminal, relativa aos crimes previstos na lei 11.343/06, permitida,mediante autorizao judicial e ouvido o Ministrio Pblico, a infiltrao por agentes de polcia, em

    tarefas de investigao, constituda pelos rgos especializados pertinentes.d) A lei 9.034/95, chamada de Lei do crime organizado, em qualquer fase de persecuo criminal,permite a infiltrao, por agentes de polcia ou de inteligncia, em tarefas de investigao, constitudapelos rgos especializados pertinentes, mediante circunstanciada autorizao judicial.

    (TJ-MG - Juiz - 2008)

    06. Nos termos da Lei de Txicos (Lei n 11.343, de 23 de agosto de 2006), CORRETOafirmar:

    a) Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,para juntos a consumirem, deve ser considerado como usurio.

    b) vedada a progresso de regime do ru condenado pela prtica de trfico de drogas.

    c) permitida a converso da pena privativa de liberdade em restritivas de direito quando o agenteadquire droga com o objetivo de revend-la.

    d) Justifica-se o aumento da pena se ocorrer trfico interestadual de drogas.

    07. O prazo para concluso do inqurito policial instaurado para apurar a prtica dos delitosrelacionados ao trfico de entorpecentes, previstos na Lei n 11.343, de 23 de agosto de 2006, de:

    a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministrio Pblico, mediante pedido justificado da autoridade policial, duplicar os prazos.

    b) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministrio Pblico, mediante pedido justificado da autoridade policial, triplicar os prazos.

    c) 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 (sessenta) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministrio Pblico, mediante pedido justificado da autoridade policial, duplicar os prazos.

    d) 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 (sessenta) dias, se estiver solto, podendo o juiz,ouvido o Ministrio Pblico, mediante pedido justificado da autoridade policial, triplicar os prazos.

    08. (OAB - Exame de Ordem - 2008) Acerca das modificaes penais e processuais penaisintroduzidas pela Lei n 11.343/2006 Lei de Txicos com relao figura do usurio de drogas,assinale a opo correta.

    a) A conduta daquele que, para consumo pessoal, cultiva plantas destinadas preparao desubstncia capaz de causar dependncia fsica ou psquica permanece sem tipificao.

    b) possvel, alm das penas de advertncia, prestao de servios comunidade ou medida

    educativa, a imposio de pena privativa de liberdade ao usurio de drogas.c) O porte de drogas tornou-se infrao de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimentoda Lei n 9.099/1995, que dispe sobre os juizados especiais criminais.

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    d) Poder ser imposta ao usurio de drogas priso em flagrante, devendo o autuado ser encaminhadoao juzo competente para que este se manifeste sobre a manuteno da priso, aps a lavratura dotermo circunstanciado.

    09. (OAB-RS - Exame de Ordem - 2007)Acerca do processo e julgamento do trfico de drogas (Leino 11.343/2006), assinale a assertiva incorreta.

    a) Em caso de sentena condenatria, o juiz, com base em avaliao que ateste a necessidade deencaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de sade com competnciaespecfica na forma da lei, determinar que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 dareferida Lei.

    b) O juiz sentenciar na prpria audincia, logo aps os debates, ou no prazo de 10 dias, caso no sejulgue habilitado para proferi-la.

    c) Na defesa preliminar, o acusado poder apenas discutir questes de mrito.

    d) Os debates realizados na audincia de instruo e julgamento tero durao de 20 minutos, tantopara a acusao quanto para a defesa.

    10. (TJ-SC - Juiz - 2007)e acordo com o princpio da supremacia da Constituio, no tocante posse

    de droga para consumo pessoal, com o advento da Lei de Drogas n 11.343/06, correto afirmar:I. Houve descriminalizao.

    II. Houve legalizao.

    III. Houve despenalizao.

    IV. Houve abolitio criminis.

    V. O fato ainda crime.

    Est correta:

    a) Somente a proposio IV est correta.

    b) Somente a proposio III est correta.

    c) Somente a proposio V est correta.d) Somente a proposio II est correta.

    e) Somente a proposio I est correta.

    11. (TRF-4 Regio - Juiz - 2008)Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.

    I. A condenao pelo crime de trfico de entorpecentes exige o laudo definitivo do material txico, quepode ser trazido at a sentena, respeitado o contraditrio.

    II. O consumo pessoal de drogas, sem autorizao legal ou regulamentar, punido com advertncia,prestao de servios comunidade ou medida educativa.

    III. Pune a Lei de Entorpecentes a mera colaborao como informante da organizao de trfico.

    IV. O crime de trfico, segundo a Lei n 11.343/06, inafianvel e insuscetvel de graa, indulto,anistia e liberdade provisria, vedada a converso de suas penas em restritivas de direitos, emborapermitido o sursis e a unificao de penas.

    a) Esto corretas apenas as assertivas III e IV.

    b) Esto corretas apenas as assertivas I, II e III.

    c) Esto corretas apenas as assertivas I, II e IV.

    d) Esto corretas todas as assertivas.

    (OAB-SP, Cespe - Exame de Ordem - 2008)

    12. Assinale a opo correta com base na legislao atual de combate s drogas (Lei n 11.343/2006).

    a) Se um indivduo, acusado de trfico de drogas, colaborar voluntariamente com a investigaopolicial e o processo criminal na identificao dos demais co-autores do crime e na recuperao total

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    do produto do crime, nessa situao, caso ele seja condenado, ter sua pena reduzida nos termos dalei.

    b) Segundo a novel legislao, o indivduo que esteja cumprindo pena em decorrncia de condenaopor trfico ilcito de entorpecentes no pode beneficiar-se de livramento condicional.

    c) O agente que, em razo da dependncia de droga, era, ao tempo da ao ou da omisso, qualquerque tenha sido a infrao penal praticada, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato oude determinar-se de acordo com esse entendimento ter sua pena reduzida pela metade.

    d) vedada, em qualquer fase da persecuo criminal relativa aos crimes previstos na lei em questo,a infiltrao, por agentes de polcia, em tarefas de investigao.

    13. A respeito da Lei de Drogas Lei n 11.343/2006 , assinale a opo correta.

    a) Segundo entendimento doutrinrio predominante, a conduta do usurio de drogas foidescriminalizada.

    b) O nmero de testemunhas de defesa, nos crimes apenados com recluso, foi reduzido de oito paracinco.

    c) No h delao premiada na nova lei de drogas, tendo diminudo a punio ao agente que,voluntariamente, colabora com a justia na identificao dos demais co-autores ou partcipes, bem

    como na recuperao do produto do crime.d) O crime de associao ao trfico exige um concurso de mais de trs pessoas, da mesma formacomo ocorre no crime de formao de quadrilha, tratado pelo Cdigo Penal.

    14. (OAB-SP - Exame de Ordem - 2007)Entre as afirmativas seguintes, assinale a que corresponde nova Lei Antitxicos (Lei n 11.343/2006).

    a) A nova lei no permite que se aplique qualquer tipo de sano ao usurio.

    b) A nova lei manteve o mesmo procedimento da lei antiga (Lei n 6.368/1976).

    c) A nova lei pune o crime de trfico de entorpecente na mesma gravidade com que era punido na leiantiga (Lei n 6.368/1976).

    d) A nova lei cria crime inexistente na lei anterior (Lei n 6.369/1976) consistente no oferecimentoeventual de droga, sem intuito de lucro, a pessoa de relacionamento do agente, para juntosconsumirem.

    15. (TJDFT - Juiz - 2007)Qual o entendimento do Supremo Tribunal Federal relativamente ao art. 28da Lei n 11.343/2006 (Nova Lei de Txicos)?

    a) Implicou abolitio criminisdo delito de posse de drogas para consumo pessoal.

    b) A posse de drogas para consumo pessoal continua sendo crime sob a gide da lei nova, tendoocorrido, contudo, uma despenalizao, cuja caracterstica marcante seria a excluso de penasprivativas de liberdade como sano principal ou substitutiva da infrao penal.

    c) Pertence ao Direito penal, mas no constitui "crime", mas uma infrao penal sui generis; houve

    descriminalizao formal e ao mesmo tempo despenalizao, mas no abolitio criminis.d) No pertence ao Direito penal, constituindo-se numa infrao do Direito judicial sancionador, sejaquando a sano alternativa fixada em transao penal, seja quando imposta em sentena final (noprocedimento sumarssimo da Lei dos Juizados), tendo ocorrido descriminalizao substancial (ouseja: abolitio criminis).

    16. (POLCIA CIVIL - PB, Cespe - Delegado - 2008)Acerca do trfico ilcito e do uso indevido desubstncias entorpecentes, com base na legislao respectiva, assinale a opo correta.

    a) No caso de porte de substncia entorpecente para uso prprio, no se impe priso em flagrante,devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado ao juzo competente ou, na falta deste,assumir o compromisso de a ele comparecer.

    b) Para a lavratura do auto de priso em flagrante, suficiente o laudo de constatao da natureza equantidade da droga, o qual ser necessariamente firmado por perito oficial.

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    c) O IP relativo a indiciado preso deve ser concludo no prazo de 30 dias, no havendo possibilidadede prorrogao do prazo. A autoridade policial pode, todavia, realizar diligncias complementares eremet-las posteriormente ao juzo competente.

    d) Findo o prazo para concluso do inqurito, a autoridade policial remete os autos ao juzocompetente, relatando sumariamente as circunstncias do fato, sendo-lhe vedado justificar as razesque a levaram classificao do delito.

    e) legalmente vedada a no-atuao policial aos portadores de drogas, a seus precursores qumicos

    ou a outros produtos utilizados em sua produo, que se encontrem no territrio brasileiro.

    17. (POLCIA CIVIL - PB, Cespe - Agente de Investigao - 2008)Considerando que uma pessoatenha sido presa em flagrante pelo crime de trfico de drogas, assinale a opo correta acerca dainvestigao desse caso.

    a) A autoridade de polcia judiciria deve fazer, imediatamente, comunicao ao juiz competente,remetendo-lhe cpia do auto lavrado, do qual ser dada vista ao rgo do MP, em 24 horas.

    b) Para efeito da lavratura do auto de priso em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, prescindvel o laudo de constatao da natureza e quantidade da droga.

    c) O inqurito policial ser concludo no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 45 dias, seestiver solto.

    d) A ausncia do relatrio circunstanciado torna nulo o inqurito policial.

    e) A autoridade policial, aps relatar o inqurito, dever remeter os autos justia, que osencaminhar ao MP. Depois disso, a autoridade policial no poder, de ofcio, continuar ainvestigao, colhendo outras provas.

    18. (POLCIA CIVIL - ES, Cespe - Agente - 2008)Acerca da legislao antidrogas, julgue os itens em(C) CERTOou (E) ERRADO.

    a) vedada a progresso de regime do ru condenado por trfico de drogas, devendo aquele cumprira totalidade da pena em regime fechado.

    b) Se um indivduo, imputvel, ao regressar de uma viagem realizada a trabalho na Argentina, for

    flagrado na fiscalizao alfandegria trazendo consigo 259 frascos da substncia denominada lana-perfume e, indagado a respeito do material, alegar que desconhece as propriedades toxicolgicas dasubstncia e sua proibio no Brasil em face do uso frequente nos bailes carnavalescos, ondepretende comercializar o produto, nessa situao, a alegao de desconhecimento das propriedadesda substncia e ignorncia da lei ser inescusvel, no se configurando erro de proibio.

    c) O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substnciaentorpecente ser tambm responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, dequalquer natureza, tambm considerada produto de importao proibida.

    d) Se Y, imputvel, oferecer droga a Z, imputvel, sem objetivo de lucro, para juntos a consumirem, aconduta de Y se enquadrar figura do uso e no da traficncia.

    e) Em decorrncia da nova poltica criminal adotada pela legislao de txicos, a conduta do usuriofoi descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a parte geral do Cdigo Penal, no se consideracrime a conduta qual a lei no comina pena de recluso ou deteno.

    f) Caso um indivduo, imputvel, seja abordado em uma blitz policial portando expressiva quantidadede maconha, sobre a qual alegue ser destinada a consumo pessoal, e, apresentado o caso autoridade policial, esta defina a conduta como trfico de drogas, considerando, exclusivamente, naocasio, a quantidade de droga em poder do agente, agir corretamente a autoridade policial, pois aquantidade de droga apreendida o nico dado a ser levado em considerao na ocasio da lavraturada priso em flagrante.

    g) Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputvel, suspeito de trficointernacional de drogas, tenham-no observado no momento da obteno de grande quantidade decocana, acompanhando veladamente a guarda e o depsito do entorpecente, antes de sua destinaoao exterior. Buscando obter maiores informaes sobre o propsito de Carlos quanto destinao dadroga, mantiveram o cidado sob vigilncia por vrios dias e lograram a apreenso da droga, em plenotransporte, ainda em territrio nacional. A ao da polcia resultou na priso em flagrante de Carlos ede outros componentes da quadrilha por trfico de drogas. Nessa situao, ficou evidenciada ahiptese de flagrante provocado, inadmissvel na legislao brasileira.

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    19. (DPE-SP, FCC - Defensor Pblico - 2009)A Lei no11.343/06 (lei de drogas) dispe que o crimede trfico ilcito de entorpecentes insuscetvel de anistia, graa, indulto e que ao condenado pelaprtica desse crime dar-se- livramento condicional, aps o cumpri mento de 2/3 da pena, vedada aconcesso ao reincidente especfico. Ante o silncio desta lei quanto possibilidade de progresso deregime de cumprimento de pena para o crime de trfico, assinale a alternativa correta.

    a) A lei de drogas no permite a progresso de regime de cumprimento de pena j que, por ser o crime

    de trfico assemelhado a hediondo, a pena deve ser cumprida integralmente em regime fechado.b) A lei de drogas no permite a progresso de regime de cumprimento de pena, pois, por ser leiespecial, prevalece o silncio sobre determinao de lei geral.

    c) Aps ter o STF declarado a inconstitucionalidade e a consequente invalidade da vedao deprogresso de regime de cumprimento de pena contida na lei de crimes hediondos, a nica normaexistente, vigente e vlida, no que tange progresso de regime de cumprimento de pena, a contidano art. 112 da Lei de Execuo Penal, aplicando-se, portanto, o lapso de 1/6 para progresso deregime de cumprimento de pena, tambm ao crime de trfico.

    d) A lei de crimes hediondos permite, de forma diferenciada, a progresso de cumprimento de pena e,consequentemente, os condenados por crime de trfico podem progredir aps o cumprimento de 2/5da pena, se primrios e 3/5, se reincidente.

    e) A omisso contida na lei de drogas inconstitucional, j que fere o princpio da individualizao dapena e, consequentemente, os condenados por cri me de trfico podem progredir de regime decumprimento de pena nos termos da Lei de Execuo Penal, ou seja, aps o cumprimento de 1/6 dapena, se primrios e 2/5, se reincidentes.

    GABARITO

    01. B

    (...)

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    LEI DE DROGAS - QUESTES COMENTADAS DE CONCURSOS

    01. (OAB-CE, Cespe - Exame de Ordem) Acerca das modificaes penais e processuais penaisintroduzidas pela Lei n. 11.343/2006 Lei de Txicos com relao figura do usurio de drogas,assinale a opo correta.

    a) A conduta daquele que, para consumo pessoal, cultiva plantas destinadas preparao de

    substncia capaz de causar dependncia fsica ou psquica permanece sem tipificao.b) possvel, alm das penas de advertncia, prestao de servios comunidade ou medidaeducativa, a imposio de pena privativa de liberdade ao usurio de drogas.

    c) O porte de drogas tornou-se infrao de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimentoda Lei n. 9.099/1995, que dispe sobre os juizados especiais criminais.

    d) Poder ser imposta ao usurio de drogas priso em flagrante, devendo o autuado ser encaminhadoao juzo competente para que este se manifeste sobre a manuteno da priso, aps a lavratura dotermo circunstanciado.

    02. (TJ-AC, Cespe - Juiz - 2007)Acerca dos crimes previstos nas leis penais especiais, assinale aopo correta.

    a) Com relao ao crime de abuso de autoridade, inexiste condio de procedibilidade para ainstaurao da ao penal correspondente.

    b) A nova Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006) estabelece um rol de penas possveis para a pessoaque adquirir, guardar, tiver em depsito, transportar ou trouxer consigo, para uso pessoal, drogasilcitas. Para determinar se a droga se destinava ao consumo pessoal, o juiz observar apenas anatureza e a quantidade da droga.

    c) O STF admite, em casos excepcionais, a fixao de regime integralmente fechado para ocumprimento da pena de condenados por crimes hediondos.

    d) Sendo crime prprio, o crime de tortura caracterizado por seu sujeito ativo, que deve serfuncionrio pblico.

    03. (TJ-TO, Cespe - Juiz - 2007) A respeito do crime de trfico ilcito de entorpecentes, assinale aopo correta.

    a) A Lei n. 11.343/2006, que revogou expressamente a Lei n. 6.368/1976, ao definir novos crimes epenas, no previu a incidncia de majorante na hiptese de associao eventual para a prtica dosdelitos nela previstos. Conclui-se, portanto, diante da abolitio criminis trazida pela nova lei, que seimpe retirar da condenao dos pacientes a causa especial de aumento previsto no art. 18, inciso III,da Lei n. 6.368/1976, em obedincia retroatividade da lei penal mais benfica.

    b) A nova Lei de Txicos, Lei n. 11.343/2006, no veda a converso da pena imposta ao condenadopor trfico ilcito de entorpecentes em pena restritiva de direitos.

    c) A Lei n. 11.343/2006 possibilita o livramento condicional ao condenado por trfico ilcito deentorpecente aps o cumprimento de trs quintos da pena de condenao, em caso de ru primrio, edois teros, em caso de ru reincidente, ainda que especfico.

    d) O inqurito policial deve ser concludo no prazo de 30 dias, caso o indiciado esteja preso, e no de 60dias, caso este esteja solto.

    GABARITO e COMENTRIOS

    01. C

    a) Errada.Diferentemente da Lei anterior, a Nova Lei de Drogas prev, no 1 do art. 28, a conduta doagente que, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas preparao de

    pequena quantidade de substncia ou produto capaz de causar dependncia fsica ou psquica.b) Errada. Uma das inovaes jurdicas da Nova Lei de Drogas foi abolir as penas privativas deliberdade para o crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoal (art. 28). No existe maispossibilidade alguma de priso para aquele agente que adquire, traz consigo, guarda, tem em depsito

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    ou transporta droga para consumo pessoal. As penas cominadas so exclusivamente restritivas dedireitos.

    c) Correta.Todos os delitos, estejam ou no submetidos a procedimento especial, cuja pena mximano ultrapasse 2 (dois) anos de priso esto sujeitos Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei N.9.099/95). Com a redao da Nova Lei, o crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoaltornou-se crime de menor potencial ofensivo.

    d) Errada.Conforme explicao da opo B, em hiptese alguma ser cabvel priso para o caso de

    posse ilegal de drogas para consumo pessoal, nem mesmo priso em flagrante. Encontrado portandoa droga, o criminoso ser encaminhado para a Delegacia, ouvido e posto em liberdade, aps assinar otermo de compromisso de comparecer audincia preliminar. E se no aceitar prestar termo decompromisso? Ainda assim, no poder ser preso.

    (...)

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    LEI N 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997Atualizada at Outubro/2010

    Define os crimes de tortura e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA

    Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1 Constitui crime de tortura:

    A Tortura na Constituio Federal

    A Constituio Federal de 1988 foi a primeira carta de nosso pas a fazer meno expressa aocrime de tortura, isso depois do nosso pas figurar como signatrio de convenes e tratadosinternacionais pelos quais se obrigou a reprimi-la. Pode-se, neste sentido, destacar a Convenocontra Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruis, Desumanas e Degradantes, do ano de 1984,ratificada pelo Brasil em setembro de 1989, alm da Conveno Americana de Direitos Humanos, quese convencionou denominar Pacto de So Jos da Costa Rica.

    O Tratamento Constitucional do Crime de Tortura

    A Constituio Federal, no art. 5, III, dispe que "ningum ser submetido a tortura nem

    tratamento desumano degradante", podendo-se, ainda, no bojo do mesmo art. 5 2, citar o inciso XLIII,segundo o qual "a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica datortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimeshediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, seomitirem".

    Destarte, pode-se concluir que, entre ns, a tortura crime equiparado a hediondo, sujeito smesmas regras impostas aos crimes hediondos.

    A Tipificao da Tortura no Ordenamento Jurdico Brasileiro

    Embora a Constituio Federal tenha trazido tratamento to rigoroso ao crime de tortura, emverdade no havia, naquela poca, tipificao do referido delito em nosso ordenamento jurdico.Assim, podemos ressaltar que o primeiro diploma brasileiro a conceituar tortura foi a Lei n 8.069/90, o

    Estatuto da Criana e do Adolescente em seu art. 233. O referido diploma, entretanto, foi objeto devrias crticas e estava longe de suprir a necessidade de tipificao de to grave delito. A uma, porques falava de tortura de que fosse vtima criana e adolescente. A duas, por se tratar de norma pordemais ampla, violando o princpio da legalidade, na medida em que no fornecia os elementosnecessrios para que se pudesse extrair o seu verdadeiro significado, embora o STF tenha decidido ocontrrio.

    Toda essa discusso est hoje superada, na medida em que foi editada a lei em comento,revogando o art. 233 do ECA.

    Objetividade Jurdica do Crime de Tortura

    Cuida-se de crime que tutela a dignidade da pessoa humana, na sua integridade fsica epsquica, bem como a sua liberdade.

    Sujeito Ativo

    Cuida-se de crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, no apenas pelofuncionrio pblico. Na hiptese do sujeito ativo ser funcionrio pblico, incidir causa de aumento depena, nos termos do 4, I.

    Sujeito Passivo

    Ser a pessoa contra quem se praticar a violao dignidade, integridade fsica ou psquicaou liberdade.

    Competncia

    Cuida-se de crime afeto justia comum, estadual ou federal, neste ltimo caso, quandocausar violao algum interesse ou servio da unio federal, suas entidades autrquicas ou empresas

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    pblicas, nos exatos termos do art. 109, IV, da Constituio Federal.

    Tortura Praticada por Militar e Competncia

    No se tipifica a tortura no Cdigo Penal militar, razo pela qual pode-se afirmar que no setrata de crime militar. Destarte, ainda que praticada por um militar, a competncia continua sendo dajustia comum, estadual ou federal.

    A Prova no Crime de TorturaA tortura pode deixar, ou no,vestgios. Assim poder ser crime no transeunte (que deixa

    vestgio) ou transeunte (que no deixa vestgio). Deixando vestgios, ser necessria a realizao doexame de corpo de delito, observadas as regras processuais dos arts. 158 e 167 do CPP. Nodeixando, a prova de sua existncia poder ser feita por qualquer forma admitida em direito. Nestesentido, atentemos para a lio do STJ no julgado abaixo:

    Processo HC 72.084 / PB

    HABEAS CORPUS N 2006/0271196-4

    Relator(a) Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA (1131) rgo Julgador T6 - SEXTA TURMA

    Data do Julgamento 16/04/2009

    Data da Publicao/Fonte DJe 04/05/2009

    Ementa

    PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE TORTURA.

    1. EXAME DE CORPO DE DELITO. INEXISTNCIA. ALEGADA NULIDADE. INOCORRNCIA.

    CRIME QUE NO DEIXOU VESTGIOS. SOFRIMENTO DE ORDEM MENTAL.

    COMPROVAO POR DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS. SUFICINCIA.

    2. ORDEM DENEGADA.

    1. Em se tratando do crime de tortura, previsto no art. 1, inciso I, 'a', da Lei n 9.445/97, e sendo impingido vtima apenas e to somente sofrimento de ordem mental, e que, portanto, e de regra, no deixa vestgios, suficiente a sua comprovao por meio de prova testemunhal.

    2. Ordem denegada

    I - constranger algum com emprego de violncia ou grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico oumental:

    a) com o fim de obter informao, declarao ou confisso da vtima ou de terceira pessoa;

    A Tortura Confisso, ou Tortura Persecutria, ou Tortura Prova, ou Tortura Probatria, ou TorturaInstitucional, ou Tortura Inquisitorial

    Cuida-se de modalidade de tortura em que o agente obriga algum a fazer o que no quer, utilizando-se,para tanto, de violncia ou grave ameaa, com intuito de obter uma confisso ou declarao da vtima ou deterceira pessoa. Cuida-se da forma mais conhecida de tortura, que recebe as vrias denominaes apontadasacima.

    Sujeito Ativo e Sujeito PassivoQualquer pessoa pode figurar como sujeito ativo ou sujeito passivo.

    (...)

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    CRIMES DE TORTURA - QUESTES DE CONCURSOS

    01. (POLCIA CIVIL - RN, Cespe - Escrivo - 2009) Em relao aos crimes de tortura (Lei n9.455/1997), julgue os itens subsequentes em (C) CERTO ou (E) ERRADO.

    a) Um delegado da polcia civil que perceba que um dos custodiados do distrito onde chefe estsendo fisicamente torturado pelos colegas de cela, permanecendo indiferente ao fato, no serresponsabilizado criminalmente, pois os delitos previstos na Lei n 9.455/1997 no podem ser

    praticados por omisso.b) A pena para a prtica do delito de tortura deve ser majorada caso o delito seja cometido por agentepblico, ou mediante sequestro, ou ainda contra vtima maior de 60 anos de idade, criana,adolescente, gestante ou portadora de deficincia.

    c) Se um membro da Defensoria Pblica Estado do Rio Grande do Norte, integrante da ComissoNacional de Direitos Humanos, for passar uma temporada de trabalho no Haiti pas que no pune ocrime de tortura e l for vtima de tortura, no haver como aplicar a Lei n 9.455/1997.

    02. (POLCIA CIVIL - PB, Cespe - Agente - 2008) Csar, oficial da Polcia Militar, est sendoprocessado pela prtica do crime de tortura, na condio de mandante, contra a vtima Ronaldo,policial militar. Csar visava obter informaes a respeito de uma arma que havia sido furtada pela

    vtima.Considerando a situao hipottica acima, assinale a opo correta de acordo com a lei que define oscrimes de tortura.

    a) O tipo de tortura a que se refere a situao mencionada a fsica, pois a tortura psicolgica e ossofrimentos mentais no esto includos na disciplina da lei que define os crimes de tortura.

    b) Se Csar for condenado, deve incidir uma causa de aumento pelo fato de ele ser agente pblico.

    c) Se Csar for condenado, a sentena deve declarar expressamente a perda do cargo e a interdiopara seu exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada, pois esses efeitos no so automticos.

    d) A justia competente para julgar o caso a militar, pois trata-se de crime cometido por militar contramilitar.

    e) O delito de tortura no admite a forma omissiva.

    03. (OAB-RJ - Exame de Ordem - 2007)Considerando a Lei de Tortura, assinale a opo incorreta.

    a) O condenado por crime de tortura, por constranger com violncia algum, causando-lhe intensosofrimento fsico, com o fim de obter confisso, inicia o cumprimento da pena em regime fechado, composterior possibilidade de progresso de regime, se atendidos os critrios legais.

    b) O crime de tortura inafianvel.

    c) O crime de tortura insuscetvel de graa ou anistia.

    d) No cabe como forma de extino da punibilidade o instituto do indulto no crime de tortura.

    04. (MP-SP - Promotor de Justia - 2006)Nos termos do que prev a Lei n 9.455/97, que define oscrimes de tortura, correto afirmar que:

    a) a prtica de tortura mediante sequestro qualifica o crime.

    b) o homicdio praticado mediante tortura passou a ser disciplinado por esse estatuto legal.

    c) somente se caracteriza a tortura quando dela resultar leso corporal.

    d) quando a leso decorrente da tortura for de natureza leve, somente se procede medianterepresentao da vtima.

    e) o agente ativo do crime deve ser, obrigatoriamente, agente pblico.

    05. (OAB-RJ - Exame de Ordem - 2006)Everaldo pretendendo obter a confisso de Alexander acerca

    da prtica de determinada conduta delituosa queima-o por meio de choques com um fio desencapado.Entretanto, sem prestar ateno a corrente eltrica utilizada vem a causar a morte de Alexander.Diante do fato narrado correto afirmar-se que:

    a) Everaldo praticou os delitos de homicdio qualificado e tortura em concurso formal de crimes;

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    b) Everaldo praticou os delitos de homicdio qualificado e tortura em concurso material de crimes;

    c) Everaldo praticou o delito de homicdio qualificado pela tortura;

    d) Everaldo praticou o delito de tortura qualificada pelo resultado morte.

    06. (OAB-MG - Exame de Ordem - 2009) A Lei de tortura tem tipos penais descritos que visamproteger o seguinte objeto jurdico:

    a) o estado, devido aos abusos dos direitos constitucionais, principalmente os previstos no artigo 5 daConstituio da Repblica.

    b) a administrao pblica, considerando que tal lei revogou os crimes de abuso de autoridade.

    c) a vida, sendo inclusive, julgados pelo Tribunal do Jri.

    d) os direitos integridade fsica, psicolgica e de cidadania da pessoa, inclusive a prpria dignidade.

    07. (OAB-PR - Exame de Ordem - 2007)Sobre o crime de tortura, assinale a alternativa CORRETA:

    a) crime inafianvel, insuscetvel de graa, anistia e progresso de regime.

    b) trata-se de crime prprio, pois o legislador restringiu sua prtica apenas a funcionrios pblicos no

    exerccio de suas funes.c) trata-se de um crime formal, que se consuma com a morte da pessoa submetida ao intensosofrimento fsico.

    d) o efeito automtico da condenao a perda do cargo, funo ou emprego pblico e a interdiopara seu exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    08. (TJDFT - Juiz - 2006)No crime de tortura, a condenao acarretar a perda do cargo, funo ouemprego pblico:

    a) Qualquer que seja a pena privativa de liberdade;

    b) Quando a pena privativa de liberdade for superior a 1 (um) ano;

    c) Quando a pena privativa de liberdade for superior a 2 (dois) anos;d) Quando a pena privativa de liberdade for superior a 4 (quatro) anos.

    09. (POLCIA CIVIL - ES, Cespe - Agente - 2008)No que tange aos crimes de tortura, julgue os itenssubsequentes.

    a) Considerando que X, imputvel, motivado por discriminao quanto orientao sexual de Y,homossexual, imponha a este intenso sofrimento fsico e moral, mediante a prtica de graves ameaase danos sua integridade fsica resultantes de choques eltricos, queimaduras de cigarros, execuosimulada e outros constrangimentos, essa conduta de X enquadrar-se- na figura tpica do crime detortura discriminatria.

    b) Se um policial civil, para obter a confisso de suposto autor de crime de roubo, impuser a este

    intenso sofrimento, mediante a promessa de mal injusto e grave dirigido sua esposa e filhos e,mesmo diante das graves ameaas, a vtima do constrangimento no confessar a prtica do delito,negando a sua autoria, no se consumar o delito de tortura, mas crime comum do Cdigo Penal, poisa confisso do fato delituoso no foi obtida.

    c) O crime de tortura crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, no sendo prpriode agente pblico, circunstncia esta que, acaso demonstrada, determinar a incidncia de aumentoda pena.

    d) O artigo que tipifica o crime de maus-tratos previsto no Cdigo Penal foi tacitamente revogado pelaLei da Tortura, visto que o excesso nos meios de correo ou disciplina passou a caracterizar a prticade tortura, porquanto tambm causa de intenso sofrimento fsico ou mental.

    10. (POLCIA CIVIL - TO, Cespe - Agente - 2008)Acerca do crime de tortura, julgue os itens em (C)CERTOou (E) ERRADO.

    a) Considere a seguinte situao hipottica.

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    No momento de seu interrogatrio policial, Joo, acusado por trfico de entorpecentes, foisubmetido pelos policiais responsveis pelo procedimento a choques eltricos e asfixia parcial, visando obteno de informaes sobre o endereo utilizado pelo suposto traficante como depsito da droga.Joo, aps as agresses, comunicou o fato autoridadepolicial de planto, a qual, apesar de no terparticipado da prtica delituosa, no adotou nenhuma providncia no sentido de apurar a notcia detortura.

    Nessa situao, a autoridade policial responder por sua omisso, conforme previso

    expressa na Lei de Tortura.b) Considere a seguinte situao hipottica.

    Carlos, aps a prtica de atos eficientes para causar intenso sofrimento fsico e mental emJos, visando obteno de informaes sigilosas, matou-o para que sua conduta no fossedescoberta.

    Nesse caso, Carlos responder pelo crime de to